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#Rabo de Peixe
twinklelilstarkey · 1 year
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"Foda-se"
TURN OF THE TIDE | 1.01 "Tempestade/The Storm"
José Condessa as Eduardo
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anneowl2803 · 1 year
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Turn of the Tide is seriously so good!
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worldofdrowie · 1 year
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RABO DE PEIXE - COM QUE LINHAS SE COZEM A LIBERDADE? - A MINHA PARTICIPAÇÃO NA SÉRIE | A MINHA OPINIÃO
Rabo de Peixe. Esta pequena vila, bem no coração da ilha de São Miguel, nos Açores, com pouco mais de 7000 habitantes. Esta vila, fortemente caracterizada pelas suas cores, pelas suas gentes e pela indústria piscatória que abunda na zona.
Rabo de Peixe. Esta pequena vila, bem no coração da ilha de São Miguel, nos Açores, com pouco mais de 7000 habitantes. Esta vila, fortemente caracterizada pelas suas cores, pelas suas gentes e pela indústria piscatória que abunda na zona, sofreu um grande abalo no ano de 2001, depois de mais de quatrocentas toneladas de cocaína darem à costa no mar da região. Este é o mote, para muitas…
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Romeu Bairos, Eu não vou chorar, 2023
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tuxedosaiyan · 10 months
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edsonjnovaes · 11 months
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As melhores gambiarras automotivas
As melhores gambiarras automotivas Palavras Perdidas: Carrinho de controle remoto, simples e rápido 1.2, Revolução Automotiva: China Lança Carro de $10.000, The Homer o carro, Os brasileiros inventaram tudo isso?!? Apoie: Art and culture of the native peoples of our planet. ART AMBA MIRIM
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pssnboots · 4 months
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៹      𝐨𝐩𝐞𝐧  𝐬𝐭𝐚𝐫𝐭𝐞𝐫      :            na  festa  três  ,    luau  encantado    !   
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primeiramente   ,   adorava   festas .   entretanto,   aquela   ali   cheirava   a   sacanagem   .   .   .   e   não   da   gostosa   ,   a   que   ele   gostava   .   secretamente   ,   pensou   em   diversas   hipóteses   .   pensou   tanto   que   a   cabeça   doeu   por   algumas   horas   .   a   verdade   é   que   estava   uma   pilha   de   nervos   ,   os   pelos   do   pescoço   até   se   eriçaram   quando   cogitou   a   ideia   de   layla   ter   a   bunda   chutada   para   fora   do   mundo   dos   perdidos   .   não   ,   ele   precisava   dela   .   um   precisava   do   outro   .   era   sobre   isso   que   ponderava   quando   pegou   aquele   biscoito   mágico   ,   nem   prestou   atenção   e   ,   de   repente   ,   estava   parado   no   meio   de   um   corredor   branco   com   roupas   que   claramente   não   eram   as   que   era   para   estar   vestindo   .   fez   uni duni tê salamê minguê   e   escolheu   a   terceira   porta   .   quando   viu   a   bandeja   de   ostras   fresquinhas   passar   bem   na   sua   frente   ,   a   boca   encheu   de   água   .   se   ainda   tivesse   seu   rabo   ,   todos   veriam-no   mexendo   pra   lá   e   pra   cá   .  
bem   ,   graças   a   merlin   os   óculos   de   abacaxi   ainda   estavam   no   rosto   ,   se   não   ,   as   pupilas   gigantescas   o   denunciaram   lindamente   .   passou   a   mão   pela   saia   de   palha   e   jurou   que   podia   sentir   cada   pedacinho   ,   cada   farpinha   .   o   peixe   em   sua   frente   falava   e   falava   ,   mas   valentin   tão   pouco   prestava   atenção   —   na   verdade   ,   era   melhor   que   o   animal   parasse   de   falar   ,   pois   o   ex   gato   já   conseguia   imaginá-lo   dentro   de   sua   boca   ,   gritando      socorro   ,   socorro   esse   felino   filho   da   puta   está   me   comendo   .   felizmente   ,   para   sua   sorte   ,   muse   apareceu   em   seu   campo   de   visão   e   ,   sem   pensar   duas   vezes   ,   levantou-se   da   areia   e   foi   na   direção   delu   .   não   poderia   cometer   um   assassinato   ,   não   na   frente   dos   outros   e   muito   menos   durante   uma   festa   ,   talvez   deixasse   para   um   outro   momento   mais   oportuno   .   ❛      ei   ,   você   vem   sempre   aqui   ?   ❜   disse   ,   o   sorrisinho   vagabundo   tomando   forma   nos   lábios   .   tombou   levemente   a   cabeça   ,   olhando   para   muse   por   cima   da   armadura   dos   óculos   .   ❛   talvez   esses   perdidos   sejam   a   melhor   coisa   a   já   acontecer   conosco   .   não   acha   ?   ❜
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cursedtouch · 13 days
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀───⠀⠀⠀⠀⠀⠀pinterest⠀⠀⠀⠀⠀⠀﹔⠀⠀⠀⠀⠀development⠀⠀⠀⠀⠀⠀───
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era uma vez… uma pessoa comum, de um lugar sem graça nenhuma! há, sim, estou falando de você saoirse quinn. você veio de dublin, irlanda e costumava ser poetisa/escritora por lá antes de ser enviado para o mundo das histórias. se eu fosse você, teria vergonha de contar isso por aí, porque enquanto você estava  autografando livros, tem gente aqui que estava salvando princesas das garras malignas de uma bruxa má! tem gente aqui que estava montando em dragões. tá vendo só? você pode até ser divertida, mas você não deixa de ser uma baita de uma arrogante… se, infelizmente, você tiver que ficar por aqui para estragar tudo, e acabar assumindo mesmo o papel de garota do toque amaldiçoado na história hansel e gretel… bom, eu desejo boa sorte. porque você vai precisar!
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basics.
nome completo: saoirse wellis quinn
apelido: sasa
ocupação: bibliotecária auxiliar, na biblioteca principal
data de nascimento e zodíaco: 13 de outubro (sol em libra, lua em escorpião e ascendente em peixes)
gênero e orientação sexual: cisgênero feminino e pansexual
skeleton
traits.
traços positivos: divertida, destemida, leal, aventureira, racional, prudente e leal
traços negativos: arrogante, teimosa, impetuosa, impaciente, egoísta, reservada e desconfiada
hobbies: ioga, cerâmica, bordado, escrita criativa, restauração de livros, clube do livro
vícios:
aesthetics: feeling homesick while home, late night drives alone, unread text messages, confidence that could kill, driving fast, needing everything to be perfect, saving everyone but yourself, quiet music, smell before the rain, reading in the bathtub, working on your novel, always learning something new, organizing your bookshelf, inspired, 3am writing
physical.
cor e estilo do cabelo: saoirse tem um longo cabelo preto liso, que chega na metade de suas costas. quase sempre vai estar trançado ou preso em um rabo de cavalo, pela praticidade.
cor dos olhos: azuis
altura e peso: 168cm e 68kg
cicatrizes ou marcas de nascença: não possuí
tatuagens: não possuí
piercings: não possuí
biography.
saorise não pode dizer que teve uma vida difícil, na verdade, toda sua vida estava programa antes mesmo que ela pudesse tomar alguma escolha. por ser filha de um casal de advogados, esperava que ela fosse advogada e seguisse os passos de seus pais. mas não foi bem ainda… ainda pequena começou a desenvolver um gosto por literatura, dos gêneros mais variados. os pais sempre a alertaram que aquilo deveria ser apenas um hobby, passatempo enquanto ela se preparava para o que de fato era importante. a ironia do destino aplaca todo tipo de escritor, não é mesmo? mesmo antes de decidir que o direito não era seu destino, ela sentia que algo a chamava, que estava no caminho errado. foi apenas no ensino médio que decidiu desapontar os pais e seguir o caminho das letras. entrou na faculdade de literatura e linguística, onde se apaixonou ainda mais. os anos seguintes foram cheios de novas descobertas e gostos, com saoirse começando o gosto também por poemas. antes de sair da faculdade, já tinha alguns livros publicados e alguns milhares de exemplares vendidos. por ter crescido em uma cidade como dublin, acostumou-se a receber ensaios e manuscritos de outras pessoas, por isso sequer achou estranho quando um livro parou em sua porta, redirecionando para ela. era algo que nunca havia visto ou se assemelhava a qualquer conto que conhecia. consumida pela curiosidade, acabou por cair dentro da terra das histórias mágicas, com uma nova vida para seguir.
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nominzn · 1 year
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Me Conta da Tua Janela
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johnny x leitora gênero: fluff; friends to lovers; br!au. wc: 1k (998) nota: recebi meu primeiro pedido, e fiquei muito feliz! johnny friends to lovers é tão minha agenda, não pode ter sido coincidência. a história se passa no rj. isso tá MUITO fofo, se preparem! <3
Fita, por trás das cortinas blecaute, a janela do prédio em frente, esperando o sinal de Taeil para que pudesse começar o seu plano mirabolante de surpreender o melhor amigo, Johnny.
É inegável que as últimas semanas foram cansativas para o rapaz, estava cheio de trabalhos pra entregar, e o chefe não largava do pé dele no estágio. A fim de fazê-lo relaxar um pouco, você resolveu preparar um singelo jantar no meio da semana.
Deixou tudo combinado com seu colega de quarto: Taeil tiraria ele de casa por uma horinha, só o tempo de você arrumar uma mesa bonita, porque todo o resto já estava engatilhado.
Checa mais uma vez a bolsa reciclável e a pequena lista ticada no celular, só por precaução. Os potes com o estrogonofe de frango, prato favorito de Johnny, ainda pelando, os pacotes de batata palha e duas garrafas bem geladas de guaraná antártica estavam ali dentro. Além do saco de meio quilo de arroz e um pequeno tupperware cheio de alho picado, pra fazer arroz fresquinho no apartamento do outro prédio.
O moreno aparece na janela e discretamente te mostra o polegar, anunciando que estavam deixando o lugar livre. Coloca a sacola por cima do ombro e parte para o elevador, apertando algumas vezes o botão por causa do nervosismo. Tudo tem que dar certo!
Seu Gerson, o porteiro do bloco cinco, te espera na portaria com sorriso travesso no rosto e um chaveiro em formato de lua nas mãos gordinhas. "Vai, criança!" Ele te entrega o objeto. "Corre, que daqui a pouco ele tá de volta."
"Já tá tudo pronto! Tomara que o Taeil enrole bastante." Riem juntos e você entra no cubículo espelhado.
Chegando no 902, nota tudo bem limpinho e cheiroso. Culpa de Johnny, fanático por limpeza. Sem perder tempo, começa a refogar o arroz. Assim que derrama água o suficiente, forra a mesa da cozinha com uma toalha e dispõe os utensílios guardados para ocasiões especiais.
Vai até a sala e espalha as guloseimas fini e alguns chocolates que comprou ontem sobre a mesinha de centro. Um mimo extra, porque ele merece.
Enquanto isso, no Norte Shopping, Taeil dá tudo de si para distrair o seu roommate teimoso. Nunca experimentou tanta camisa de botão na C&A de uma vez só, a atendente até brigou com ele, dizendo que só poderia entrar com nove peças. Johnny teve de entrar com ele no provador, bufando, com outras seis camisas penduradas no braço.
"Tá bom. Já tá na hora de ir embora?" Ele pergunta, dando uma golada no milkshake de morango comprado no quiosque do Bob's.
"Hoje é tua folga, cara. Aquieta esse rabo." Disfarça. Está nervoso à espera da tua mensagem. Sente o celular vibrar no bolso e espia, receoso do outro conseguir ver.
chata do bloco 3: td pronto já tá liberado
"Aí, irmão." Chama a atenção de Johnny. "Minha irmã tá com problema lá, pô, o peixe dela..." Balbucia sem fazer sentido.
"Desde quando tua irmã te pede ajuda?" Indaga, completamente desinteressado, olhando os atrativos do shopping.
"É, cara, agendou lá um banho no peixinho." Que?
"Banho no peixe. Tu tá de marola?" Olha bem pra cara dele, entendendo tudo. "Se tu quer que eu vá embora pra pegar mulher, sabe que é só falar."
"Não, porra." Cutuca o braço do outro e ri, desengonçado. "O cara vai lá limpar o aquário. Vou ter que ir lá, valeu?" Mete bem o carão na tela do telefone de Johnny, se assegurando de que o Uber está com o endereço de casa, antes de dar chá de sumiço.
taeilzinho: ele vai chegar aí em 10 minutos, me deve uma
Lê a mensagem, e as borboletas se agitam mais ainda no seu estômago. Será que ele vai gostar, ou vai achar uma palhaçada? Bebe um copo d'água, ajeita a toalha pela vigésima vez, acha uma coisinha aqui e ali pra se manter ocupada enquanto espera.
Ouvindo o barulho das chaves na porta, endireita a coluna na cadeira, nervosa. Johnny, por sua vez, logo percebe o cheiro da tua comida. Une as sobrancelhas e caminha até a cozinha, achando estranho. Quando te vê, sorri de orelha a orelha. Os olhinhos percebem as panelas, os pratos, o refrigerante estalando de gelo, e o sorriso fica maior.
"Não acredito!" Ele exclama, vai até você com as mãos no rosto envergonhado. Puxa você pela mão pra te dar um abraço, te levantando toda torta. "Obrigado, vida. Só tu mesmo." Você inalava o cheirinho de amaciante dele, e ele olhava admirado pra mesa posta.
"Bora comer, que ainda tem fini pra gente ver filme." Riu da cara de surpresa dele, parecendo um filhotinho.
"Minha vez de escolher, tu sabe, né?" Na verdade, não é a vez dele. Mas o que ele pede sorrindo que você não faz chorando?
Antes de te deixar sair de seus braços fortes, ele te faz um cafuné no cabelo e você fecha os olhos pra aproveitar o carinho. Deposita um beijinho na sua testa, na ponta do nariz e hesita antes de unir os lábios aos seus como se você fosse feita de vidro.
E, então, se separa de você. Rindo, pega um prato e vai em direção às panelas quentes. Você ainda olha para a parede na sua frente, congelada. O que foi isso?
"JOHNNY SUH!" Você ralha e ele joga a cabeça para trás, agora sem conter a risada.
"Ué, quer mais?" O mais alto brinca, você sente as bochechas enrubescerem. Ensaia retrucar, mas a voz não sai.
Se não é capaz de pronunciar-se, prefere tomar uma atitude. De modo que vai até ele, segura seu pescoço, e nas pontas dos pés rouba mais um beijo duradouro. Johnny não demora a abandonar o prato que tinha nas mãos em qualquer lugar pra te envolver com delicadeza.
Beijar seu melhor amigo definitivamente não estava no seu bingo do mês, nem na lista do que tinha planejado pra hoje, mas o que é a vida sem surpresas?
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thwreco95 · 2 years
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bios meme 😹
as vezes eu sinto q eh apenas eu e o Manoel Gomes contra o mundo 😥🖊️
af ta em *********
nunca fui de falar pouco ent por isso eu vou falar sim se você nn gostou o twitter ta ai pra voce me xingar
mas você usa quando vai explicar algo, JÁ O MAIS vc usa quando eu meto minha pica no teu rabo
cala o dedo pq qm ta escrevendo sou e nao voce
perder a virgindade? Não, obrigada. Eu nasci campeão, e perder não está nos meus planos.
se Jesus clonava pao e peixe pq eu nao posso clonar cartao 😿
LIKE OR REBLOG! plss
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strawmariee · 11 months
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Oieee voltei pra fazer meu pedido \o/
Então, eu tinha pensado em um bruno x leitora (romântico, por favor) num AU de fantasia onde o bruno é um sereio (ou tritão, sei lá o masculino de sereia ksjkk)
Eu pensei que ele podia conhecer a leitora quando ela estivesse pescando e acaba pegando ele com a rede mas o solta logo em seguida, o que desperta a curiosidade dele na leitora, já que os humanos tendem a capturar a espécie dele.
Aí talvez ele possa retribuir o favor salvando ela de um naufrágio ou então só trazer presentinhos do mar pra ela mesmo, o que faz eles se aproximarem aos poucos.
Desculpa pelo pedido grande, é que eu tô com essas fantasias na cabeça a bastante tempo e minha capacidade quase inexistente de foco não me deixa concluir essa historinha kjkkk
Novamente, gosto muito das suas fics. Tenha um bom dia/noite ^3^
Oi oi oiii! Eu achei muito fofo o seu pedido, e como eu tinha reassistido o filme da pequena sereia e também Golden Wind já que finalmente chegou na Netflix, e então fiquei bem na vibe para escrever esse request!! Espero que goste e uma boa leitura!🩷
Part of Your World
Bruno Bucciarati x Leitora
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O que normalmente as pessoas gostam de fazer em uma bela manhã de um sábado? Bom, existem várias opções como dormir, ver televisão, ficar com a família, ler…
No meu caso, eu gosto de pescar!
Minha casa fica em frente ao mar, que sempre permanece calmo independente de tudo. E é onde eu mais gosto de passar o meu tempo, já que é onde consigo organizar meus próprios pensamentos, sendo minha única companhia o belo som das águas contra o casco do barco e as gaivotas que tentavam roubar as minhas iscas.
E hoje não seria diferente!
A semana foi bastante torturante e cansativa por conta do meu trabalho e da minha faculdade, eu estava completamente estressada e precisava de um tempo sozinha, por isso que seguiria a minha tradição de tentar pescar algo para almoçar mais tarde.
Assim que coloco o meu chapéu, saio da minha casa segurando minha vara de pescar e a minha maleta de pesca onde se encontra meus anzóis reservas e iscas, na qual seriam bastante importantes. Eu inspiro tranquilamente com a familiar brisa levemente salgada enquanto caminho em direção a praia, me deliciando com a sensação da areia macia entre os dedos dos meus pés enquanto caminho na direção do meu barco que está ali, praticamente me atraindo para ele como se eu fosse um pedaço de metal e ele um ímã.
No entanto, fui capaz de perceber um som desconhecido ao longe próximo do cais, e logo fico em alerta. Minha razão diz para eu ignorar o som, mas meu instinto me diz para ir ver o que é. Optei pela segunda opção.
Mas o barulho cada vez mais alto começa a me fazer desconsiderar minha escolha de seguir minha razão, e começo a pensar que podia ser algum golfinho ou algum outro animal preso na costa.
Isso foi o suficiente para alterar minha escolha.
Começo a caminhar até o cais, questionando a mim mesma se estou fazendo o certo, mas resolvo apenas seguir o fluxo até ficar perto daquela estrutura de madeira.
— Olá, tem alguém aí?
Assim que minha voz ecoa, o som de repente cessou e com isso franzi minhas sobrancelhas e me aproximar mais ainda da ponta daquela estrutura, até que eu arregalei os olhos quando me deparei com um ser humano que estava preso em algumas redes,
— Meu Deus, como você conseguiu ficar desse jeito?! — Assim que ele ouve minha voz, sua expressão de repente muda para uma de assustado enquanto eu me aproximo.
— Pare, não se aproxime! — Ele de repente gritou, seu tom de voz mostrava sua desconfiança e aflição com minha presença.
— Calma, eu só quero ajudar. — digo de maneira sincera enquanto desço na água rasa e começo a andar até ele.
— Fique onde está!
E de repente, eu achei que estava vendo coisas ou que eu estivesse sendo influenciada por algum resquício de sono, mas não… Eu realmente vi o que eu vi…
Uma cauda… Uma cauda em forma de rabo de peixe.
Não é possível que eu estivesse de cara com um sereio! Eu sei que o mar �� bastante vasto, mas nunca achei que a possibilidade da existência dessas criaturas seria possível!
Não consigo esconder a surpresa e o choque que se revelam em meu rosto, e isso pareceu deixar o homem em choque ao ver que ele revelou sua metade de baixo sem querer.
— Uau… — Essa é a única coisa que consigo dizer, mas logo despertei quando ele começou a se mexer novamente, tentando escapar da rede que parecia cada vez mais presa no corpo dele. — Ei, calma, deixa eu te ajudar!
— Já disse para não se aproximar, humana!
Eu não escuto o que ele fala, e vou me aproximando devagar até que eu pego um pouco da rede e começo a tentar puxar ela, no entanto, eu acabo o machucando um pouco sem querer e isso faz ele grunhir e arranhar o meu braço, me fazendo gritar de dor e soltar a rede.
— Ai!
Ele apenas fica mais nervoso e então eu apenas espero o momento que ele fica cansado e, quando ele chega, eu começo a mais uma vez a tirar a rede com mais cuidado dessa vez, e aproveito para verificar se ele ainda tinha algum outro machucado, entretanto, não encontrei mais nada.
Assim que ele ficou livre daquela rede, ele parecia um pouco mais calmo e não parecia ter a intenção de me atacar.
— Obrigado…
— De nada, não é preciso agradecer! — Eu sorri para ele e vi que ele estava prestes a me dizer mais alguma coisa quando seus olhos foram para a ferida em meu braço, quando…
— BUCCIARATI! Você está bem??
Meus olhos se arregalaram quando, um pouco mais ao longe eu pude ver três cabeças emergindo da água, e pareciam de três criancinhas.
— Fica quieto, Narancia! — A menina dos cabelos rosas diz para o garoto de cabelos negros que havia gritado antes, enquanto a outra criança apenas ficou olhando sem dizer nada.
— OLHA, É UMA HUMANA!! — O garotinho chamado Narancia aponta para mim enquanto exclama de forma aguda e surpresa e eu até me espanto.
— Fica quieto Nara!
As duas crianças gritam e então afundam o pobre garoto na água, e isso me fez ver que eles também eram como o homem que ajudei.
— E-Existem mais?!
Repentinamente eu senti algo áspero bater nas minhas pernas e eu acabei caindo no chão, e quando percebi, o Bucciarati já havia mergulhado e levando aquelas três crianças.
O que diabos acabou de acontecer?!
⋆。゚☁︎。⋆。 ゚☾ ゚。⋆
Após esse ocorrido, eu enfim pude ir para o meu barco para finalmente poder começar a minha tarefa de ir pescar, mas agora eu estava levemente hesitante. Agora que sei da existência dessas criaturas, nada impede a existência de outros seres mitológicos como um Kraken ou um Leviatã? Eu engoli em seco, mas como eu já estou no meio do mar… É triste, mas é a vida.
Eu então inspirei fundo e então abri minha maleta e coloquei uma isca no anzol antes de lançá-lo para as águas, e então começou a parte onde eu fico esperando…
Esperando…
E esperando…
Eu então fiquei olhando para as nuvens branquinhas no céu, me lembrando grandes algodões doces até que eu me espantei quanto a linha começou a ser puxada e eu me levantei logo no barco, vendo que em menos de 20 segundos um peixe já tinha fisgado minha isca! Eu puxei o peixe com toda a minha força e arregalei os olhos quando vi que era um grande peixe!!
— Meu Deus, muito obrigada a todos os deuses e santos que tiveram piedade de mim hoje! — Eu digo enquanto olho para o céu com um enorme sorriso enquanto puxo aquele enorme atum para dentro do meu barco.
— Que bom que isso agradou você.
Eu dei um gritinho e quase deixo o peixe escapar, e ao olhar para o lado eu vejo aquele mesmo sereio com ambos os braços apoiados próximos da proa do meu barco.
— Oh, o sereio de novo! — digo para mim mesma, todavia, ele pareceu ouvir minha frase já que ele arqueou uma de suas sobrancelhas.
— Tritão*, esse é o nome da minha espécie. — Ele diz e quando viu que eu fiquei levemente envergonhada pelo meu erro, ele deu uma risada.
— Desculpe. — Eu sorri levemente envergonhada, no entanto, o som do atum se debatendo me trouxe de volta para a realidade, e eu logo olhei para o tritão com curiosidade. — Foi você quem o atraiu para a minha isca? — Ele assentiu com a cabeça, e isso me fez inclinar a minha para o lado. — Mas por quê?
— Ora, você me ajudou lá atrás… É o mínimo que posso fazer, não é?
Eu sorri largamente enquanto eu admirava aquela criatura, conseguindo notar alguns detalhes que não pude antes, como suas orelhas parecerem com barbatanas, algumas pequenas escamas brancas peroladas na área de suas bochechas e no dorso de seu nariz, como também nos seus antebraços, mas diferente do seu rosto, ele tinha algumas manchinhas pretas que eram bastante bonitas.
— Será que eu posso perguntar uma coisa? — pergunto enquanto me aproximo cuidadosamente dele, que apesar de estar mais confortável com minha presença, ele ainda parecia vigilante sobre meus movimentos.
— Sim, claro.
— Por acaso… Existem outras criaturas como vocês sereias e tritões? — pergunto enquanto me sento perto dele e o encaro com bastante interesse por seus conhecimentos do mundo das águas.
— Bom…
⋆。゚☁︎。⋆。 ゚☾ ゚。⋆
A partir desse dia, eu fui me aproximando muito mais deste tritão, que descobri se chamar Bruno Bucciarati, e que ele era alguém bastante importante no reino dele. Sim, um reino de sereias e tritões! Mas para minha “sorte”, descobri que realmente existam outras criaturas marinhas que são dadas como extintas, como o Megalodon, Livyatan e etc. E só de saber isso me deixou assustada.
— Tá brincando Bruno, é sério?? — Eu quase que grito quando ele me disse aquilo, o que o fez dar uma pequena risada.
— Não estou brincando, mas não se preocupe, esses dois estão bem no fundo do mar, lá na Fossa das Marianas. Vocês humanos ainda não foram para lá, não é?
— Para você ter uma ideia, nós sabemos mais sobre o espaço do que sobre o mar!
— Sobre o espaço?
E assim eram nossas conversas durante esses meses em que ficávamos mais próximos, contando coisas mais gerais sobre nossos mundos. No entanto, hoje tinha sido um pouco diferente.
Assim que deu umas 16 horas, eu saí de casa e corri para a praia com rapidez, um sorriso largo logo apareceu em meus lábios quando vi Bruno em nosso ponto de encontro: Perto daquele mesmo cais que eu o salvei quando nos conhecemos.
— Olá Bruno, você está bem? — questiono enquanto me sento próxima da maré do mar, e ele logo fica ao meu lado com sua mão direita aberta e me mostrando lindas conchas com diversos tons de cores! — Bruno, elas são lindas!
— São para você. — Ele sorriu enquanto pega a minha mão e coloca as conchas, nas quais eu toquei com a ponta do meu dedo e sorri ao olhar para o tritão.
— É muita gentileza, muito obrigada! — Eu guardei as conchinhas em uma pequena pochete que sempre levo comigo e logo sorri para ele. — Não esperava por isso, você sempre consegue me surpreender.
Ele sorriu ladino por um momento, olhando para o sol que estava no horizonte, mas meu olhar continuava nele, o admirando secretamente. Não sei se isso podia ser considerado estranho, mas eu achava ele muito bonito. Não só por sua aparência, apesar da cauda, mas sua personalidade gentil, educada e cavalheira o deixavam mais belo.
A luz do sol refletia em seu corpo, e suas escamas pareciam brilhar como pequenas estrelas. Mas o que vem me chamando a atenção durante os meses é a tatuagem que ele tem em seu peito, parecia ser algo tribal mas não tenho certeza.
— O que acha dela?
— Perdão? — Eu despertei ao ouvir a voz dele e logo me toquei ao que ele está se referindo. — Oh, eu acho incrível sua tatuagem, ela tem algum significado?
— Ele é como uma marca da minha família, então todos que possuem o sangue dos Bucciarati possuem essa marca no peito. — Ele sorriu, parecendo orgulhoso enquanto me conta sobre aquele fato de sua família, e isso acabou me contagiando e me fazendo sorrir também. — Você quer tocá-la?
Sua fala de repente me deixou de olhos esbugalhados e senti minhas bochechas esquentando levemente com sua pergunta. No entanto, minha curiosidade estava maior do que qualquer coisa, e com a permissão dele, isso parecia um sinal para mim.
— Eu adoraria.
Ele então se vira para mim, me dando abertura para eu tocar em sua tatuagem que se mesclava em seu abdômen com o começo de sua cauda que também era simplesmente linda com aquele branco perolado, com bolinhas pretas e com uma linha dourado nas laterais. Eu então coloquei a palma das minhas mãos em sua tatuagem, o calor da minha mão tendo um contraste em sua pele gelada devido ao mar.
Eu consegui ouvir a respiração dele ficando um pouco mais profunda e lenta, e isso começou a me deixar um tanto quanto envergonhada, mas não poderia perder aquela oportunidade única. Usei a ponta do meu indicador para contornar a curva da tatuagem e então olhei para ele para ver sua reação, mas seus olhos azuis pareciam me observar de uma maneira singular.
— Está tudo bem? — pergunto como uma garantia de que isso não o está atormentando.
— Sim, não se preocupe.
Ele diz isso e eu não deixo de notar o seu rosto um pouco mais perto do meu e em como o coração dele parecia acelerado sob a palma da minha mão. Senti algo em minha perna e quando notei, a cauda dele parecia querer se enroscar nela, me fazendo ruborizar com mais força.
— Posso lhe dizer algo, S/n? — Ele diz em um tom de voz baixo enquanto seu olhar permanece nos meus. — Tem algo que não te contei sobre minha espécie.
— E o que seria esse algo?
Minha voz parecia mais baixa, mas por eu estar me sentindo acanhada, e meu próprio coração batendo mais rápido não estava me ajudando a pensar direito enquanto nós estávamos tão perto um do outro.
— Nós tritões… — Ele se aproxima de meu ouvido, sua respiração quente fazendo um suave carinho em minha pele e me dando arrepios na espinha. — Carregamos conosco o costume de presentear aqueles que possuímos um vínculo forte e, assim, desejamos estar juntos até o fim de nossas vidas.
Eu imediatamente sinto um frio na barriga quando nossos olhos se reencontraram, ele tinha um olhar firme e determinado, enquanto eu estava nervosa e surpresa por todas as suas palavras.
Eu imediatamente fiquei um pouco insegura por conta de nossa diferença de espécie, todavia, Bruno não parecia considerar isto.
— Eu… É…
— Você vai ser a minha mãe??! — Subitamente uma voz infantil ecoou no local, e logo vi aquele mesmo garotinho de cabelos negros nadando até a mim.
— Narancia, o que está fazendo aqui? — Bruno logo olhou para o garotinho que ficou entre nós dois, praticamente se deitando em minhas pernas.
— Desculpe Bucciarati, ele não quis me escutar e nem a Trish. — Aquele outro menino que estava com eles, um de cabelos dourados, emergiu das águas com a garotinha de cabelos rosas atrás, parecendo irritada com o Narancia.
— Ah, tudo bem, eu entendo…
— Ei! Você quem vai ser minha mãe?! — Narancia perguntou para mim e parecia animado enquanto toca nas minhas pernas de uma forma curiosa. — Que estranho, você não tem cauda! O que você é??
— Sou uma humana, pequeno Narancia.
— Uau! Que legal! — Ele parecia animado enquanto até mesmo se sentava em meu colo, analisando as minhas coxas, pernas e pés. — Você é estranha, mas gosto de você.
Eu olhei para o garoto com uma leve surpresa e indignação e ouvi uma pequena risada do Bruno e vi as outras duas crianças se aproximando e também me olhando curiosas.
É, acho que eu fui adotada por uma família, uma família de sereios.
The End
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little-big-fan · 3 months
Note
Só eu que reparei que a Le posta imagine tipo a juu. Ate parece que copiou o modelo que a juu coloca ''titulo, par''.
ai que sem presonalidade 😒😒😒
Sabe, a gente nem ia perder tempo respondendo essa palhaçada. Mas, eu acho muito injusto com a Lê, que além de trabalhar tira o tempo dela pra escrever e postar aqui.
Você é taaaaao cheia(o) de "presonalidade" que além de assassinar a língua portuguesa se esconde em anônimo, né?
Se tá com tanto tempo assim pra poder gastar enviando hate pro perfil dos outros, porque não enfia um peixe no rabo e grita que é sereia? Ia ser mais bonito do que essa palhaçada que tá fazendo aqui, hum? 😉
Agora você tem um motivo pra mandar hate 😄. Mas, eu sinceramente espero que Deus te guarde e esqueça onde ✨
E só pra deixar bem claro, a próxima vez que tiver qualquer comentário desse tipo aqui, o IP será bloqueado!
/Lari
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as-thyy · 8 months
Note
Quando você tá comendo peixe e alguém chega perto de você, você chupa a cabeça ou dá o rabo?
Os dois
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delirantesko · 2 months
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Conto completo: Selinho e Legrinho (conto, 2024)
Só deveria existir um fada por universo. Nesse universo, nossa fada Selinho ocupava esse lugar. Um dia Selinho, nossa protagonista, teve o choque de sua vida.
Na porta de sua casa mágica, um bordo com exatamente mil anos, surgiu outra fada. Seu nome era Legrinho.
Na época, Selinho não sabia o impacto que esse encontro iria causar. Legrinho não deu muito tempo para ela pensar também.
Ela entrou, apertando o queixinho de nossa fada, e tascando um beijo mágico que desnorteou completamente os sentido dela.
Quando Selinho deu por si, estava na cama.
Legrinho a despiu, e as duas, nuas na cama com pó de limpirilimpimpim pulando no lençol e espalhado pelos dois corpos, Selinho simplesmente se tornou completamente submissa e permitiu que Legrinho fizessse o que quisesse com ela.
A fada Legrinho parecia mais velha, mais sábia, mais matreira, e muito mais safada que nossa fadinha. Essa tendência dominante a seduziu, e ela se permitiu. O que de pior poderia acontecer?
Grelinho criou um clone masculino dela mesmo que segurou os braços de Selinho.
Enquanto Legrinho sentia o gosto do pózinho direto da fonte, a versão masculina aproximou o membro rígido e pingando perto da boca de Selinho, que não aguentou e abocanhou. Foi a primeira vez que sentiu o gosto do pózinho de outra fada, que era diferente do dela. O pó deixou ela completamente desnorteada. Ela nunca sentiu tanta vontade por alguém em sua existência.
Grelinho aproveitou isso e fez o que podia e não podia com ela.
Depois do primeiro jorro na boca dela, trocou de lugar com o clone masculino e colocou Selinho de quatro.
Agora o clone a penetrava por trás, passando seu pau na bucetinha mágica de nossa fada, que não parava de escorrer pózinho. Esse pozinho no cuzinho da Selinho deixou ela vesguinha de tesão.
Enquanto isso, Legrinho estava de pernas abertas e Selinho também abocanhou aquela bucetinha dela.
Como as duas exalavam magia, especialmente misturando os pózinhos, os orgasmos eram sequenciais, ininterruptos.
A cama tinha virado uma verdadeira piscina com todos os fluídos que eles produziram durante horas dessa orgia a três. Na verdade, era só trocar o lençol, mas elas fizeram o que parecia ser o mais natural, que era se transformar, e então os três viraram criaturas do mar.
Legrinho virou um tubarão, e Selinho uma sereia. O clone masculino se transformou num peixe-espada, e eles diminuíram de tamanho e a poça na cama se transformou num oceano.
Agora Selinho, como uma sereia, escapava do tubarão (Legrinho) e seu clone peixe-espada.
Sua cauda permitia que ela nadasse em alta velocidade, e evitou uma mordida que teria sido fatal, mas com a distração o peixe-espada atravessou seu ventre.
Paralisada pelo choque, o tubarão engoliu os dois.
As duas acordaram na cama, já seca, recuperando o fôlego.
“Gozei 3567 vezes e você?” perguntou casualmente Legrinho.
“Eu perdi as contas depois da milésima vez!”
“Então você gostou?”
“Como assim, foi a melhor experiência da minha vida.”
“‘Foi’ você disse? Você acha que já acabou?”
“Não sei se é certo a gente fazer isso, aliás, como é seu nome mesmo?”
“Legrinho. Vem de Grelinho. Meu pai quis fazer uma piada com meu nome.”
“Que babaca!”
“Pois é, a gente é o que a gente faz da gente mesmo não é mesmo? Nossos nomes não são mais importantes do que nossas ações. E porque se importar com palavras quando temos acesso a isso aqui?”
Legrinho se transformou num unicórnio, e falando unicorninês, desafiou Selinho numa corrida.
“Quem chegar primeiro na Lua ganha!”
Selinho sai em desvantagem, e olha admirada, tanto para aquele rabo em sua frente baçançando enquanto cavalga pelo ar, como para a atitude de Legrinho. É como se ela soubesse exatamente o que dizer e fazer em seguida.
Talvez esse fosse o mistério dela. Ela se ocupa tanto, que não dá tempo pra pensar exatamente no que está acontecendo. Bem, é uma forma de se viver também.
Nisso, ela sente uma aura envolvendo ela, e então a voz de Legrinho em sua cabeça.
“Desculpe entrar sem perguntar. Essa aura é como se fosse uma nave espacial. Assim a gente não precisa cavalgar, até porque vou precisar das suas baterias cheias quando chegarmos a Lua.”
Então, Legrinho toca com seu chifre de unicórnio no chifre de Selinho. O som reverbera pelo universo inteiro, passado, presente e futuro.
As duas se vêem em forma de silhuetas de luz de cores diferentes. Legrinho explica:
“Vou explicar agora, mas talvez seja tarde demais. Entenda, a gente nunca deveria ter se encontrado. Sua intuição de antes estava certa. A gente nunca deveria ter se conhecido.”
As palavras doeram de verdade em Selinho. Foi tudo tão maravilhos até agora, então o que ela queria dizer com isso, que estava arrependida em me conhecer?
“Não seja boba, eu amo você. Eu quebrei regras pra estar aqui, assim junto com você.”
Selinho com seus olhos em forma de esferas de luz soltava uma lágrima, e ela não sabia porquê exatamente.
“A gente não tem muito tempo. Por isso vamos aproveitar cada segundo.”
As duas silhuetas de luz então se contorceram, envolvendo-se, apenas como duas formas bidimensionais poderiam, até que se tornaram uma cor só, num formato em que seus corpos não eram mais distinguíveis.
A voz de Legrinho continuava na cabeça dela.
“O preço que preciso pagar é alto.”
Selinho prestava atenção enquanto a Lua se tornava cada vez maior ao fundo.
“Primeiro eu vou ter que esquecer que conheci você. Não é porque eu quero, eles vão me obrigar. Eu eventualmente posso aparecer nos seus sonhos, ou você lembrará de mim, nunca de forma completa, eu acho.”
Selinho apenas ouvia passivamente a descrição, ainda desnorteada com a sequência de eventos.
“Por isso quero fazer com que esse dia seja sua experiência mais absurda e gostosa.”
A nave pousou delicadamente no solo lunar, e começou a expandir cada vez mais, até se transformar num castelo.
Nao só a nave, mas Selinho agora era uma princesa, e Legrinho se transformou num cavaleiro de uma terra distante.
O que acontecia agora é que o Rei, pai de Selinho na história, afagava suas barbas brancas questionando se deveria permir o casamento de sua filha com o cavaleiro do país vizinho.
Embora os dois se amassem, Selinho estava prometida para outro príncipe, uma troca política que visava apenas o status quo pacífico dos dois territórios.
“Negarei seu convite! Preciso que a paz perdure em meu reino pelos próximos muitos anos.”
O cavaleiro se virou para a princesa, dando uma pequena piscada e se dirigiu ao Rei.
“Compreendo completamente. Não mais lhe importunarei com esse pequeno assunto que é o amor.”
Selinho apenas observava enquanto o cavaleiro se despedia, até que ele pegou em sua cintura, e a carregou até seu cavalo, sequestrando a princesa, o que deixou o Rei completamente irritado.
“Guardas, prendam este homem e salvem minha filha dessa desonra!”
Mas o cavaleiro já tinha sumido de vista, e o castelo diminuía cada vez mais de tamanho.
A Lua já tinha se trasnformado quase que por inteiro em outra coisa, algo mágico.
O cavaleiro tirou sua armadura. Era o clone masculino de Legrinho.
Ele explicou que ela já tinha sido capturada: ficou para trás para que pudéssemos fugir.
“Nem eu vou durar muito tempo, já que quem me criou deixará de ser quem é, então meu destino é provavelmente desaparecer.”
Selinho então se viu abandonada duas vezes, e correu para abraçar o clone.
Sentindo que isso o tinha excitado, aproveitou para sentir pela última vez o pózinho de outra fada.
Dessa vez foram 2000 orgasmos, e então o clone desapareceu.
A Lua voltava a ser o que era, então ela magicamente evocou um estilingue de energia, sentou na cadeirinha e voltou pra casa.
No dia seguinte ficou de ressaca por uma semana, sem lembrar de nada do que aconteceu.
Quando foi lavar os lençóis, viu o pó de limpirimpimpim de outra cor, olhou pra cima se perguntando o que aconteceu, deu de ombros e jogou na máquina.
“Estou exausta, vou dormir.”
E dormiu sem ter noção do que aconteceu com o mundo ao redor. Mas isso fica pra outra história, outro dia.
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anairamsi · 6 months
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O primeiro texto que publiquei. Segue também abaixo:
Respirei fundo. Tensionei cada músculo do meu corpo, na dança réplica do sentimento que me esmagou quando fui tomada pela não centralidade. Tornei-me elástica para ser capaz de dimensionar-me como quem anda na beirada e tem gosto por isso. E descobri o quanto tenho sido habitada por você. No centro, nas bordas, por todo canto. A memória corpo do teu toque ecoa como quando uma criança grita em vales montanhosos só para se ouvir de volta, se divertindo consigo mesma, brincando de explorar a própria voz e descobrindo os agudos, graves, sustenidos e lá maiores. Brinquei, brinquei, brinquei… e me perdi. Me perdi ao encontrar o que foi deixado lá nas profundezas, dentre as fissuras que, em raras estações do ano, a luz do sol é capaz de penetrar e quarar o que foi introjetado e esquecido. Como a luz do outono, que faz tudo parecer mais silenciosamente vivo sobre a terra. Ou a do inverno, brilhando tão pouco que permite que vejamos aquilo que ilumina desde dentro. Com mais perguntas do que respostas, faço mosaico dos pedaços de concha que envolveram o feitio sereno desta breve vida que, agora, rompeu a casca caracol para criar uma nova que a acolha. 
Mudar é doloroso. Se recuso a dor, me recuso a ser inteira. Se a seguro, me vejo tentando controlar o incontrolável e a introjeção verte a medicina em veneno. Tento dar passagem - as palavras servem para isso? Escrever liricamente é sublimar a angústia através da arte, dizer não dizendo tudo aquilo que precisa não ser dito. Rio de mim mesma. Urano quadra Vênus e a Lua Cheia desvela o rabo de peixe, no espelho das águas, da cabra mater Amalteia. É o amor tensionado pela liberdade, visto pelos olhos maduros que precisam imergir em si à procura de doses cavalares de criatividade para construir o que se quer fazer pouso e não prisão. Na senda do tempo, o novo e o velho se reconhecem na mesma face tríplice, familiaridade, presença e devir. Na fenda iluminada, os sonhos depositados pela vida precedente e, constituinte do eu, ainda criam tremores subterrâneos. Na terra, os passos largos e ligeiros de Mercúrio se tornam miúdos e vagarosos para deixar que Kairós sufoque Chronos e alquimize as substâncias do sentido (à nível molecular, desejo e limite) na flor do real.
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anditwentlikethis · 1 year
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rabo de peixe tá bué bom
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