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#Saqueando a Cidade
bunkerblogwebradio · 4 months
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O Direito e a “Grande Besta Metálica”
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O cunho do princípio que determina o comportamento dos povos e Nações entre si – principalmente na guerra – alterou-se da Europa impregnada pelo Novo Testamento para os EUA impregnados e liderando segundo o Velho Testamento.
Os EUA como a encarnação da imoralidade
Nós podemos pensar na vontade em saciar a própria fome com o peixe que o irmão pescou para satisfazer a sua própria, como expressão de boa vontade?
Nós não saberíamos que todos nós teríamos morrido de fome há muito tempo se coletivamente fosse assim pensado e realizado?
Não é razoável querer que cada um providencie seu próprio sustento sem roubar o próximo?
Se todos nós concordamos que não é o roubo generalizado, mas sim a constante aquisição por meios próprios é que pode garantir nossa existência, então não iríamos tomar precauções para conduzir a este caminho aqueles que dentre nós querem outra via e, saqueando, assolam seus vizinhos?
Como deveriam ser estas precauções? Nós não pensamos logo na polícia, a qual teria que agarrar os ladrões? E mais: nós não iríamos querer um juiz imparcial que proteja suspeitos inocentes contra acusações improcedentes?
Seguramente nós iríamos concordar mutuamente e aqui confirmar, que a vontade a favor do próprio ganha-pão e da proteção contra ladrões e punições injustas seja nosso melhor Bem – e neste sentido, crua razoabilidade?
Essa vontade eu chamo de Direito, se ele se apresenta como lugar comum de fato.
Ele é de fato quando um policial está a postos, agarra o ladrão em flagrante e o coloca atrás das grades. Ele é lugar comum de fato, quando sem considerar a posição social das pessoas, a todo ladrão e a todo bandido possa ser garantido, que ele irá ser agarrado, apresentado diante do tribunal e julgado.
Este lugar comum de fato é a vontade razoável de uma sociedade, que através da polícia, justiça e Forças Armadas – como instâncias supremas, como poder da coletividade, se coloca contra a arbitrariedade de um indivíduo ou contra inimigos externos e então, é, como Estado, um ente duradouro. O fundamento deste poder está na vontade de todos nós. O Estado passa a ser, portanto, a Existência de toda nossa liberdade.
[A forma e o meio como este lugar comum de fato de uma Sociedade desenvolvida é determinado, diz respeito à forma externa. Em nossos dias, admite-se que os muitos indivíduos, que formam a sociedade, poderiam determiná-la através da contagem de votos (democracia). As críticas deste sistema e sua essência destrutiva serão tratadas em outra oportunidade.]
Somente quando estivermos certos que a patrulha policial ao final da rua é formada por nosso pessoal, que a todo o momento estão a postos para aparecer armados no local do crime, nós iremos – se estivermos cansados – baixar nossas armas e dormir tranqüilo.
Mas nós não iríamos nos assustar em nossos sonhos e nos lançar às armas, se formos assolados com a constatação de que a patrulha policial não seja formada por nossos cidadãos que deveriam nos proteger, mas sim por marionetes de um inimigo saqueador, prestes a abrir os portões e entregar a cidade à pilhagem?
Direito é, portanto, o poder organizado da vontade coletiva de uma concreta Sociedade. A vontade razoável de cada cidadão tem seu reconhecimento por parte deste poder, o qual é livre, pois ele depende somente de si mesmo. O indivíduo se espelha desta forma na Sociedade e sua própria vontade como Direito. Este é seu poder e liberdade. Se ele é prejudicado em seu Direito, o poder público o serve como Justiça para restabelecer através de sanções seu reconhecimento como cidadão.
Pode-se imaginar o ordenamento jurídico como uma fonte de energia sob alta-tensão, a qual entrelaça a Sociedade com “energia da vontade”. A quebra do Direito seria como o contato com um cabo energizado. O choque produzido pela descarga elétrica seria como as sanções que recaem sobre os infratores.
São sempre e somente os povos e nações de fato que produzem por si próprio um ordenamento jurídico e na forma descrita, garantam o Direito subjetivo mantenedor do poder.
Este poder não existe isolado, não está separado do corpo vivo da comunidade, mas ele é sua própria força vital e sua existência. Um ordenamento jurídico não pode ser então transferido para uma outra comunidade ou até mesmo imposto. Ele pode quando muito ser aceito de dentro para fora – através da assimilação da vontade popular dos pensamentos provenientes de uma ordenamento jurídico externo.
O poder desta livre vontade coletiva – o Direito – termina ali onde a comunidade se extingue e uma outra comunidade com vontade própria inicia.
Se a primeira comunidade usurpasse da segunda comunidade com seu braço armado – seja até bem intencionada, este braço não seria um organismo da própria livre vontade da segunda comunidade? Esta seria em todo caso submetida ilegalmente ao domínio estrangeiro e tornar-se-ia indignada já com o abuso.
Povos auto-determinados não se encontram em relações jurídicas entre si como as aqui descritas. Suas relações são de outra natureza. Elas são para si mesma não parte de um todo, que como comunidade com vontade própria que contém os povos como momentos dependentes de si. A abstrata comunidade dos povos não é um poder que se ocupa das partes integrantes de si. A comunidade dos povos ou até mesmo a humanidade –assim como a fruta – é uma abstração. Como sabemos não existe fruta, mas sim somente as frutas concretas – maças, peras, morangos etc.
Esta diferença é importante e deve ser lembrada quando o tema dor “Direito Internacional”. Direito internacional não é direito no sentido aqui mostrado.
Como foi exposto, a vontade no Direito não é determinada arbitrariamente, mas sim dentro da razoabilidade. O mundo como razão existencial (como espírito mundial) é também o parâmetro para a determinação do comportamento ou dos comportamentos dos povos entre si ou não. Mas se agora, nas relações entre si, a razão determina aquela especial vontade dos povos, a razão é como um dever ser – mas não como um poder da vontade coletiva – efetivo. Para ser de Direito, falta à vontade a concreta coletividade.
“O direito internacional resulta das relações entre Estado independentes. O seu conteúdo em si e para si tem a forma do dever ser porque a sua realização depende de vontades soberanas diferentes.” [Hegel, Princípios da Filosofia do Direito, Editora Martins Fontes, pág. 301]
Logo, o direito internacional não é concreta vontade coletiva, mas sim aquela especial vontade dos diferentes povos soberanos, Estados e Nações. É real somente como dever ser, a realidade vence só em especiais vontades dos povos soberanos que se comportam segundo o dever ser.
“Enquanto Estado, o povo é Espírito em sua racionalidade substancial e em sua realidade imediata. É pois o poder absoluto sobre a terra. Em relação aos outros Estados, o Estado é, por conseguinte, soberanamente autônomo. Existir como tal para um outro Estado, isto é, ser reconhecido por ele, é sua primeira e absoluta legitimação.” [Hegel, Princípios da Filosofia do Direito, Editora Martins Fontes, pág. 301]
“A realidade imediata dos Estados uns em face dos outros divide-se em situações diversas que se regulam pela autônoma boa vontade de ambas as partes e, em geral, tem pois esse regulamento a natureza formal do contrato. A natureza de tais contratos é, porém, de uma diversidade muito menor do que na sociedade civil, em que os indivíduos reciprocamente dependem uns dos outros em numerosos aspectos. Os Estados independentes são, pelo contrário, totalidades que a si mesmas se satisfazem.” [Hegel, Princípios da Filosofia do Direito, Editora Martins Fontes, pág. 302-303]
“O fundamento do direito dos povos (direito internacional, red.) como direito universal que entre Estados é válido em si e para si e que é diferente o conteúdo particular dos contratos reside no dever de se respeitar os contratos, pois neles se fundam as obrigações dos Estados uns para com os outros. Como, porém, a relação entre eles tem por princípio a sua soberania, daí resulta que se encontram uns perante os outros num estado de natureza e os seus direitos não consistem numa vontade universal constituída num poder que lhes é superior mas obtêm a realidade das suas recíprocas relações na sua vontade particular. Esta condição geral mantém-se no estado de dever ser e o que realmente se passa é uma sucessão de situações conformes a tais tratados e de abolições desses tratados. Nota – Não há pretores mas, quando muito, árbitros ou mediadores entre os Estados e da sua vontade dependem as contingentes arbitragens e mediações. A concepção kantiana de uma paz eterna assegurada por uma liga internacional que afastaria todos os conflitos e regularia todas as dificuldades como poder reconhecido por cada Estado, assim impossibilitando a solução que a guerra traz, supõe a adesão dos Estados; teria esta de assentar em motivos morais subjetivos ou religiosos que dependeriam sempre da vontade soberana particular, e estaria, portanto, sujeita à contingência.” [Hegel, Princípios da Filosofia do Direito, Editora Martins Fontes, pág. 303-304]
Kant e Hegel se debruçaram sobre a questão do direito internacional tendo como pano de fundo a dominante opinião dos Estados envolvidos durante a guerra européia dos 30 anos sobre solo alemão (1618-1648), como descrita principalmente por Hugo Grotius.
As nações européias formam uma família segundo o princípio geral de seu ordenamento jurídico, seus costumes, sua formação, e assim se modifica através disso o relacionamento entre os povos europeus de tal forma, onde normalmente dominaria a maldade.
É o modo de pensar do ocidente cristão que aqui aflora. No mandamento do batismo (“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações…”, Mateus 28,19), os povos são reconhecidos como jovem Jesus. Isto corresponde à terminologia européia da guerra.
“Até na guerra como situação de violência e contingência, como situação não-jurídica, subsiste uma que é a de os Estados mutuamente se reconhecerem como tais. Nesta ligação valem eles um para o outro como existentes em si e para si, de tal modo que a guerra se determina como algo de transitório. Implica ela, portanto, o seguinte caráter concordante com o direito: até na guerra, a possibilidade da paz é preservada; os parlamentares são, por exemplo, respeitados e, em geral, nada é feito contra as instituições internas de cada Estado, contra a vida familiar do tempo de paz nem contra as pessoas privadas. Aliás, este comportamento recíproco durante a guerra (como quando, por exemplo, se fazem prisioneiros) depende dos costumes das nações, que constituem um interno caráter geral de comportamentos e se mantêm em todas as situações.” [Hegel, Princípios da Filosofia do Direito, Editora Martins Fontes, pág. 303-304]
Isto mudou radicalmente desde então. O cunho do princípio que determina o comportamento dos povos e Nações entre si – principalmente na guerra – alterou-se da Europa impregnada pelo Novo Testamento para os EUA impregnados e liderando segundo o Velho Testamento. Ponto central deste é o pensamento elitista, que não deixa lugar para o reconhecimento dos outros povos e nações. A guerra é desde o início levada mentalmente para fora das fronteiras e sobre a guerra propriamente dita, ela objetiva o extermínio do inimigo, ou seja, a niilização de sua soberania, nacionalidade e forma de pensar do povo (guerra total). A América sucumbida diante do Velho Testamento é a Existência da imoralidade pura e somente. Sua linguagem é a linguagem da dissimulação, da hipocrisia (“Fale manso e tenha sempre consigo um grande porrete!”, Theodor Roosevelt). Suas guerras são – como as guerras das linhagens segundo o Velho Testamento de Judá e Israel – campanhas de extermínio.
A forma embrionária desta barbárie contemporânea se formou na guerra contra os índios e principalmente na Guerra Civil norte-americana (1861-1865).
Queira comprovar este contexto um extrato da obra do militar inglês Fuller [J.F.C. Fuller, A conduta da Guerra, Biblioteca do Exército Editora, Rio de Janeiro 2002, Pág. 106 et. seq.]:
Decadência Moral
À proporção que a defensiva ganhava força, a luta se tornava mais encarniçada e indecisa, mais distante se situava o fim da guerra e mais intenso era o ódio, até que a frustração despertou um espírito de vingança no coração dos Federais contra toda a população do Sul. Antes de Grant e Sherman terem iniciado sua campanha simultânea, em 1864, a violência, com poucas exceções, tinha sido limitada à frente exterior, isto é, às forças armadas da Confederação. Agora, porém, devia também ser dirigida contra a frente interna, a população civil do Sul, isto é, contra os fundamentos morais e econômicos tanto do Governo confederado como de seu Exército. Esta modificação na direção da violência foi estimulada, como devia acontecer cada vez mais nas futuras guerras, pela crescente civilização materialista do Norte. A respeito de Lee, diz Rhodes, que, por suas características essenciais, parecia-se com Washington. Pertencia ele, portanto, ao século XVIII, à fase agrícola da História. Sherman e, em menor escala, Sheridan e outros generais federais pertenciam À fase da Revolução Industrial e seu princípio diretor era o da máquina, isto é, da eficiência. Como esta é governada por uma única lei, a de que o fim justifica os meios, não podia ser tolerada qualquer concepção moral ou espiritual ou de comportamento tradicional que a isso constituísse obstáculo.
Sherman era o expoente máximo desta volta ao barbarismo. Rompeu com as convenções da guerra do século XIX, travou-a com o aço tão impiedosamente como o fazia Calvin com a palavra. Após uma luta árdua, conquistou, em 1° de setembro de 1864, Atlanta, “a porta de entrada do Sul”, e, decidido a não deixar o inimigo à sua retaguarda, evacuou toda a população. Explicou, em carta dirigida ao General Halleck, Chefe do Estado-Maior, em Washington, que: “Se os habitantes bradarem contra minha barbaridade e crueldade, direi que guerra é guerra… Se querem a paz, devem eles e suas famílias parar de fazer a guerra.”
Para o século XIX, esta era uma concepção nova, porque significava que o fator decisivo na guerra – o de solicitara paz – passava do governo par ao povo e que a pacificação era uma conseqüência da revolução. Isto significava levar o princípio da Democracia a seu último estágio e, ao mesmo tempo, a introdução da teoria do ataque psicológico – em essência a guerra marxista. De Sherman, conta-nos o Major George W. Nichols, um de seus ajudantes-de-ordens: “É um democrata na melhor acepção da palavra. Nele nada existe de europeu. É um tipo impressionante de nossas instituições.”
Mais tarde, quando Sherman empreendeu sua famosa marcha através da Virgínia, tomou este novo conceito de guerra seu princípio guia e levou a guerra tanto à população do Sul como às suas forças armadas.
Nada parecido com esta marcha fora visto no Ocidente, desde os saques de Tilly e Wallestein, na Guerra dos Trinta Anos. As guerrilhas sulistas, observa Sherman, tinham mostrado e continuavam a mostrar grande brutalidade. As atrocidades que perpetravam, porém, eram ações individuais e não atos de política. Com certa razão, Jefferson Davis chama Sherman de “o Átila do Continente Americano”.
O terror era o fator básico na política de Sherman. Eis três citações selecionadas entre um número considerável delas. “É inútil ocupar a Geórgia, antes de poder povoá-la de novo, mas a destruição completa das estradas, das casas e da população anulará seus recursos militares (…) sentir-me-ei justificado em recorrer às medidas mais duras e farei pouco esforço para conter meu exército.”
“Não estamos combatendo apenas exércitos inimigos, mas um povo inimigo e devemos fazer velhos e jovens, ricos e pobres sentirem a mão de ferro da guerra (…). A verdade é que todo o exército arde no insaciável desejo de vingar-se da Carolina do Sul. Eu quase tremo por sua sorte.”
Sherman, como Nichols, acreditava que seu exército era o “instrumento da justiça de Deus”. Hitchcock, outro ajudante-de-ordens de Sherman, afirma quase a mesma coisa: “É agora a guerra que não pode durar sempre. Que Deus nos mande a paz – não há porém paz a não ser com a completa submissão ao governo, e isto parece impossível, salvo através dos horrores de guerra.” E continua: “Sherman está perfeitamente certo – a única maneira possível de terminar este triste e atroz conflito (…) é torná-lo tão terrível, que ultrapasse qualquer resistência.”
Embora os soldados fossem proibidos de entrar nos lares civis ou de “cometer qualquer delito”, como fossem instruídos a “forragear liberalmente”, nenhuma atenção era prestada a tais proibições, e “forragear liberalmente” conduzia imediatamente ao saque e à pilhagem. Escreve Hitchcock: “Os soldados ‘forrageavam liberalmente’ – levavam todo o amendoim que secava nos telhados dos depósitos e, após havermos deixado a casa e cavalgado certa distância, víamos o celeiro, velho e frágil, em chamas…” Ontem atravessamos as plantações do sr. Stubbs. A casa, a máquina de descaroçar algodão, a prensa, as pilhas de trigo, as baias, tudo que podia queimar estava em chamas… E onde quer que nosso exército tenha passado, tudo que tinha a forma de um cachorro foi morto.”
Uma das conseqüências deste forrageamento sem restrição – na realidade rapina – foi o relaxamento da disciplina. O exército transformou-se numa turba. Hitchcock anota: “Não houve muito fogo nos flancos hoje, mas os soldados estiveram sempre ‘forrageando’ e vagueando. Para um noviço, parece que tais fatos ultrapassam as normas da disciplina.”
O próprio Sherman era impotente para interromper a injustificada pilhagem que havia desencadeado. Eis dois exemplos disso: “Há homens que fazem isso”. Dizia Sherman. “Montem-se tantas guardas que se quiser, eles entrarão furtivamente e botarão fogo. Aquele Tribunal de Justiça teve o fogo apagado – de nada serve: provavelmente toda a cidade será incendiada… Eu não ordenei isso, mas nada pode ser feito. Digo que Jefferson Davis os queimou.” “O General recomendou, muito amavelmente (em tom), para que levasse tudo que pudesse de milho, trigo etc., para dentro de sua casa, a fim de os colocar ao abrigo dos soldados.” Que confissão de fraqueza! Em 21 de dezembro, Savannah caiu nas mãos das hordas de pilhagem de Sherman, agora seguidas por milhares de negros saqueadores. No dia seguinte, ofereceu-se como um presente de Natal ao Presidente Lincoln. Seguiu-se então a devastação das Carolinas. Sherman estima os danos causados na Geórgia em cem milhões de dólares, vinte dos quais apenas “em nosso benefício”: o restante representava “simples desperdício e destruição”.
Tal selvageria desagradava a numerosos oficiais de Sherman, principalmente aos generais J.C. Davis, H.W.Slocum, J.R.Hawley e J. Kilpatrick. O próprio Hitchcock considerava-a, sob o ponto de vista moral, errada. O historiador Ropes observa, corretamente, que as “operações militares não são executadas com a finalidade de punir faltas políticas” e, portanto, “se Sherman, intencionalmente destruía ou era conivente com a destruição de bens não necessários ao suprimento de seu exército ou do exército inimigo, violava um dos cânones fundamentais da guerra moderna e conduzia a guerra dentro de princípios obsoletos e bárbaros”. E assinala, com razão, que as depredações do exército de Sherman tiveram pouca influência nas operações de Grant na Virgínia.
As conseqüências da Guerra
Uma das coisas mais estranhas a respeito de Sherman é que no pedestal de sua estátua, em Washington, estão inscritas as nobres palavras certa vez pronunciadas por ele: “O legítimo objetivo da guerra é uma paz mais perfeita.” Não obstante, não podia, manifestamente, admitir que a pilhagem e o incêndio intencional não são meios próprios para obtê-la. Infelizmente, a crueldade na qual se apoiou continuou durante a paz que se seguiu à guerra.
Em 14 de abril de 1865, cinco dias depois da rendição de Lee, o Presidente Lincoln foi assassinado e o julgamento dos pretensos conspiradores devia permanecer durante oitenta anos como a maior paródia da justiça, quando o tema monotonamente repetido pelo assistente do promotor da justiça militar foi novamente explorado. O tema era o seguinte: “A rebelião, em proveito da qual foi montada esta conspiração e cometido este grande crime contra um homem público, foi (…) em si (…) uma conspiração criminal e um assassinato gigantesco.” Conseqüentemente, toda a população do Sul estava condenada.
Embora a guerra civil causasse a ruína do Sul e seus males fossem agravados pela vingança no decorrer dos anos da reconstrução, trouxe para o Norte a vitória e uma prosperidade sem precedentes.
“Jamais antes”, escreveram Morison e Commager, “tinha o povo americano mostrado maior vitalidade; jamais, desde então, foi sua vitalidade conseguida por mais imprudente irresponsabilidade. Para a geração que salvara a União, tudo parecia possível: não havia outro mundo, a não ser o do espírito, que não pudesse ser conquistado. Os homens lançavam-se pelo continente com desenvoltura brutal como se fossem arrebatar sua riqueza.”
Os recursos do novo império eram quase inesgotáveis: abundavam o ferro, o carvão, o petróleo, o trabalho e a energia pessoal. As invenções fluíam das pranchetas de desenho, as mercadorias, das fábricas, e o trigo, dos campos, enquanto centenas de milhares de emigrantes acorriam para as cidades e as planícies.
Dentro de duas gerações depois de terminada a guerra, os Estados Unidos tornaram-se a maior potência capitalista e industrial do globo. Stephen Vincent Benét denomina-os de “a grande besta metálica” e descreve seu aparecimento na luta titânica da guerra civil nestas terríveis linhas:
Dos músculos poderosos de John Brown surgiram os arranha-céus, De seu coração se elevam as monótonas construções, Rebites e vigas, motores e dínamos, Colunas de fumaça durante o dia e de fogo à noite, As cidades com a fisionomia de aço que alcançam os céus, Toda a enorme ossatura animada Ornada com austeras jóias da luz elétrica, Enfumaçada com a tristeza, enegrecida com o esplendor, De tom mais pálido do que a seda de Damasco para uma noiva de cristal Com sóis de metal, a era dominada pela máquina O gênio que criamos para governar a terra.
Com o aparecimento de um exército norte-americano em solo europeu (1917), o direito dos povos europeus sucumbiu. Em seu lugar apareceu a barbárie travestida de Direitos Humanos.
Woodrow Wilson enganou a liderança do Reich alemão ainda com a promessa do direito à auto-determinação dos povos. Ele referenciava, porém, somente à vivissecção de ambos últimos impérios em solo europeu. A ilusão do elitismo judaico no Novo Mundo, presente agora também como potência mundial, não admite os povos e nações como comunidades auto-determinadas. Eles devem sucumbir: “Submissão através da escravidão pelos juros ou a morte!”. Esta foi e é a fórmula da política externa norte-americana desde 1898. A fraude de Wilson foi somente um estágio a caminho do império nefasto dos Direitos Humanos, instituído por Franklin Delano Roosevelt. Nele, a idéia da soberania das nações foi crucificada. Em um mundo globalizado, existe por um lado somente os EUA e seus aliados e por outro, os Estados Terroristas. Estes últimos pertencem ao “Eixo do Mal” e devem ser eliminados (Bush Filho).
Eles matam do homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos (1. Samuel 15,3), e se vêem – manchados de sangue que estão – como executores voluntários de seu Senhor dos Exércitos, que está indignado sobre todos não-judeus. Estes são entregues aos judeus para a matança. E seus mortos serão arremessados e dos seus cadáveres subirá o seu mau cheiro; e os montes se derreterão com o seu sangue (Isaías 34,2-3).
Deste culto não cresce mais qualquer moral que poderia cuidar da guerra. O grande morticínio através da máquina de extermínio em massa judaico-norte-americana prevalecerá até o momento em que os povos reconhecerem o Diabo no Senhor dos Exércitos, Jeová, e o cassem até o Inferno.
Eles nos condicionaram como o cachorro de Pavlov, para que, quando a palavra “Direitos Humanos” for pronunciada, nós lambamos sua saliva e, a nós mesmo, nosso povo, esqueçamos.
Mais do que nunca, o estado primitivo domina as relações com esta potência. O maior dos mandamentos é a preservação de todos os povos contra o poder do Diabo. Razoável – e neste sentido legal – é tudo que enfraqueça o Diabo e fortaleça os povos.
A guerra lançou a tecnologia de extermínio a um patamar, que o centro da força militar que serve para o extermínio não é mais formado pelas tropas da potência estabelecida. A sociedade capitalista como um todo é o centro de gravidade. A diferenciação entre combatentes e civis – se isso nos agrada ou não – se tornou sem sentido. Os soldados, que cumprem seu dever com boa fé, são tão inocentes ou culpados, como o cientista que desenvolve armas climáticas; como a universidade que forma cientistas; e como o padeiro que alimenta os professores, os técnicos da artilharia e os soldados.
As populações na sala de criadagem de Moloch levam a vida ainda de mimados escravos domésticos. Eles têm à mão a possibilidade de libertar a si mesmo e os povos através da rebelião. Se eles não cumprem este dever e canalizam sua força vital na máquina de extermínio em massa, eles se encontram na área de revide militar dos povos. Eles não devem apelar para a compaixão e solidariedade dos esfolados e daqueles privados de seus direitos. A partir de agora eles não serão mais ouvidos.
Horst Mahler
Fonte: http://www.deutsches-kolleg.org/hm/texte/metallenebestie.html
O advogado alemão Horst Mahler foi condenado a quase 12 anos de prisão por expressar suas teses a respeito da questão judaica e do nacional-socialismo. O governo alemão condena-o a quase 12 anos por crime de opinião, enquanto a pena para estupro seguido de morte não seja tão severa
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fichasnesfant · 2 years
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OOC
Nome/Apelido: Fox
Pronomes desejados: ela/dela
Idade: 23
Triggers, se há algum: aracnofobia, abuso sexual
IC - VAMPIROS
Parece que ZEHRA  IŞIL foi confundido com MELISA ASLI PAMUK enquanto passeava pelas ruas de Eden essa noite. Pertencendo ao clã  RAVNOS, da Seita SABAT, foi transformada em vampiro há 25 anos, mas ninguém diz que ela tem 49 anos, já que aparenta ser bem mais nova. Ganhou fama pela cidade não apenas por ser uma DIRETORA DO HOSPITAL mas por se mostrar livre, individualista. De qualquer forma, eu só me importaria em não estar por perto quando o sol se pôr…
HABILIDADE
Quimerismo.
DIETA
É de conhecimento do clã Ravnos que, ao mesmo tempo em que são independentes, livres, sem raízes em nenhum lugar ou alguém, sempre haverá algo que criará amarras sobre suas mentes, corpos, espíritos - se é que os Cainitas podem dizer que possuem tal coisa. O vício de Zehra é, justamente, sangue de vampiro. A turca sempre pensou-se tão esperta que poderia fugir até mesmo do mais marcante traço de sua natureza, e realmente pôde, até provar, um dia, o sangue daquele que a havia Abraçado. Desde então tal iguaria é parte principal não só de suas atividades recreativas, como cotidianas, raramente há um dia em que a Ravna consiga se controlar o suficiente para não precisar consumir tal especialidade, sendo uma cliente assídua do Bordel. Ademais, nunca fora uma mulher que suprime seus desejos, então, no meio tempo, vive saqueando os estoques do hemocentro do Hospital que dirige, inclusive suprindo as necessidades dos outros Cainitas que lhe são mais agradáveis - monetariamente, usualmente. Jamais consome sangue animal, desde que fora transformada, um hábito que herdou de seu criador.
HEADCANONS
Zehra veio de uma longa linhagem do povo Roma. Sua família sempre prezou por liberdade e posses materiais, especialmente porque não tinham muitas destas últimas. Sua mãe lhe ensinava poucas coisas, deixando que a garota descobrisse o mundo sozinha, como ela fizera um dia, e chegasse às próprias conclusões. Algo que sempre reiterava, entretanto, era a máxima: “o dinheiro nunca te fará triste”. E Zehra sabia o porquê de sua mamă estar sempre afirmando isso - a matriarca havia se casado por amor e perdido tudo por conta disso. O pai, viciado em jogo, gastara qualquer prospecto de fortuna que a esposa poderia oferecer assim que ambos foram casados e, quando perdia, era ela também quem sentia suas frustrações, geralmente, à própria pele.
A Romani, entretanto, como toda adolescente rebelde, escolheu o amor. Casou-se assim que completou 18 anos, com seu primeiro amor, à primeira vista. Um gadjé, para o desgosto da comunidade - não Roma. E, não muito diferente de sua mãe antes de si, mantendo a tradição de família, arrependeu-se amargamente. O marido a tirou de casa para que pudessem começar a vida juntos longe do que já era conhecido, monótono; mudaram até mesmo de país. O problema era que, longe de família, comunidade, proteção, a tentação de controlar Zehra pôde tornar-se realidade ao forasteiro.
Logo, a Işil viu-se perdendo toda sua liberdade, independência, dignidade e segurança. O marido a impedia de sair de casa, ganhar seu próprio dinheiro, até mesmo fazer amizades ou conversar com os vizinhos pelas janelas. Zehra havia se tornado um objeto, uma mera decoração daquela prisão que um dia pensara poder chamar de casa, e daquele contrato que firmara com o diabo que chamava de casamento. Não demorou para que viessem as agressões, xingamentos; o homem a reduzia a pó, cada vez mais delirante. A batia, diminuía, cerceava a cada segundo que estava em casa, chegando até mesmo a cortar os cabelos da mulher por pensar que este atrairia outros homens, que a roubariam. Mal sabia ele que Zehra não precisava de homem algum além dele para querer livrar-se daquele estorvo com que se casara.
E o faria. Até que, um dia, com uma única pequena trouxa de roupas e poucos acessórios que herdara da mãe, e conseguira esconder do monstro com quem coabitava aquela casa assombrada, já pronta para a fuga, ela vomitou. E de novo, e de novo e de novo. Sentia-se fraca, ia do calor escaldante ao frio extremo em minutos, desmaios tornaram-se frequentes. Ela sabia bem o que aquilo significava, afinal, em sua comunidade, as mulheres ajudavam-se sempre, sua mãe, inclusive, era uma parteira, muitos diziam que com o “poder” de saber quando uma mulher estava grávida e o sexo da criança muito antes que a própria mãe. Ela carregava dentro de si uma filha.
Os nove meses em que gestou Kiraz foram os únicos de seu relacionamento em que não fora atingida pelos golpes do marido, porém, todos os outros tipos de abuso que sofria continuaram, fazendo crescer dentro do peito de Zehra, mais e mais, ódio profundo. Um ódio que talvez superasse o amor que poderia um dia nutrir por aquela criança. Ela sabia que tinha que fugir, sabia que, se ficasse, morreria. E sabia que a única chance que teria de escapar seria no hospital; os momentos preciosos em que teria, finalmente, paz, longe do marido, naquela noite, teria de salvar duas vidas: a sua e a de sua filha.
Tudo não havia saído como planejado, entretanto. O marido parecia sentir em Zehra a repulsa e maquinação que a Roma guardava, observando-a com olhos de águia, a cada passo. Até o momento do parto. Ele dizia-se homem o suficiente para tudo, até mesmo para tocar de forma violenta uma mulher, mas para ver o nascimento da própria filha de perto, não o era. Zehra sabia que teria um parto normal, porém não foi nada fácil. Foram mais de 30 horas de contrações, dor e sangramentos, em que a turca chegou a pensar mais de uma vez que morreria, e levaria consigo a pequena Kiraz. A única coisa que teve a opção de fazer, durante todo o casamento, aliás, foi a de escolher o nome da menina.
Depois de muita luta e preces desesperadas, Kiraz, finalmente, chegou. Mas Zehra ainda precisava ir embora. Depois de tanto esforço, sangue, suor e lágrimas, ela tinha de correr se quisesse viver. E assim o fez. Ainda com as vestes do hospital, a então Aksoy correu pelas ruas de um país desconhecido e hostil, ainda sangrando, o quanto pôde. Mas sabia que Adnan a buscava. Inicialmente, deixou a pequena para trás, sabendo que não ia conseguir, em seu estado frágil, levar-se, junto de uma criança, até a segurança - e se falhasse, perderia apenas a si mesma.
Zehra caminhou uma longa e fria noite de inverno até fora da cidade, tremendo, tanto pela baixa temperatura como pelo estado fragilizado em que estava, até lembrar do que ela mesma havia sofrido pelas mãos de Adnan. E de sua mãe, antes dela, pelas mãos de seu pai, e antes disso, sua avó, e provavelmente sua bisavó. Não ia permitir que aquele ciclo se perpetuasse. Passo após passo congelante, com os cabelos chicoteando contra seu rosto pálido em meio a ventos gélidos, ela voltou, por sua menina.
Nunca conseguiu completar sua fuga, nem sua chegada, entretanto. Não sabia se era pela hemorragia, pela hipotermia, ou apenas seu karma por ter em algum momento pensado em abandonar sua filha nas mãos de um monstro, mas já não conseguia mover-se, enxergar, ou sentir. Apenas ouvia e observava os carros passando à beira da estrada, ignorando-a por crueldade ou desatenção; não importava, havia falhado. E havia morrido. Ou assim pensou, até enxergar, ao longe, um par de faróis aproximando-se de seu corpo debilitado antes de perder a consciência completamente.
E quando acordou, Zehra já não sabia mais o que era.
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filmes-online-facil · 2 years
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Assistir Filme O Exterminador Online fácil
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O Exterminador - Filmes Online Fácil
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Veteranos de Guerra do Vietnã, John e Michael agora trabalham como estivadores num depósito que fica no bairro pobre do Bronx. Certo dia, Michael flagra uns folgados saqueando cerveja de um dos depósitos onde trabalha e dá uma lição neles. Poucas horas depois, ele é brutalmente atacado pelos mesmos marginais, sendo apunhalado e surrado. Acaba no hospital, paralítico e sem chances de caminhar novamente. John fica completamente transtornado com o episódio e se transforma no Exterminador, saindo às ruas para limpar a cidade dos bandidos
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edsonjnovaes · 4 years
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Joelho de Porco
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Formado em São Paulo, em 1972, o conjunto foi um dos precursores do chamado Rock Satírico, junto com seus conterrâneos do Premeditando o Breque e do Língua de Trapo (duas bandas que também merecem um texto, diga-se). O Premê fazia um som baseado no samba e no chorinho. O Língua transitava por todo tipo de vertente musical, da bossa nova ao punk. O Joelho era mais roqueiro, com influências…
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gyntraregion · 3 years
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089 - WEROITE  Mischievous Pokemon TYPE: Dark / Psychic  Abillit:  Black Wolf (Increases attack and special attack every time the pokemon uses a Dark-type attack. ) -
ENG: Living in the forests of the Gyntra region, Weroite are nefarious pokemons of the night. It is the evolved form of Lobueno. They usually attack in packs, Hypnotizing entire villages, and looting food and devouring Marreps and Wooloos. To deal with the Weroites, the citizens create strong relationships with the Pastogs and Geischen so that these pokemons protect cities and towns.
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PT/BR :  Vivendo nas florestas da região de Gyntra, Weroite são pokemons nefastos da noite. É a forma evoluida do Lobueno.  Atacam normalmente em bando, Hipinotizando vilas inteiras, e saqueando as comidas e devorando Marreps e Wooloos. Para lidar com os Weroites,  os cidadões criar uma forte relações com os Pastogs e Geischen para que esses pokemons protejam as cidades e vilas.
- Lobueno < Lenven 38 + Night < Weroite  -
Base Status HP: 95 Ataque: 55 Defesa: 80 A. Especial: 110 D. Especial: 90 Velocidade: 97
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inutilidadeaflorada · 4 years
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A Apoteótica Veste da Cidade
Lábios de primavera Incendeiam algozes Suas cores imundas Caçoam de heróis A coloração alaranjada Em corar da anemia Sorri um ferrugem bélica Que ataca e atiça bispos Meu rosto comum entre os rostos Meu corpo comum entre os corpos O que lhe desperta de mim? O que limita é minha disposição a insuficiência Tua pele é doce como fruta madura Tua voz é leve como a paz de espírito Tua indecência é decente comparada a minha Tua vontade é de uma quimera pela metade As intenções entre máscaras Maquiadas de oportunidades Saqueando as entranhas E fazendo uma ode à anorexia A cidade se desfaz em cinzas As cinzas correm contra o tempo Procurando pele vazias de última hora Para embolarem e virarem histórias As ruas são vermelhas Por tantos corpos mortos Como indecentes são escondidos E varridos para debaixo das estatísticas Eu sou o eco das minhas palavras Que circulam aos ouvidos desprotegidos Provocando todos os sintomas corrosivos: Amor, paixão, repúdio e reformas
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blogdavania · 4 years
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Ai que preguiça...
Ai que preguiça que me dá esse país...
As pessoas que ainda acham que a Covid é só uma gripezinha;
De ver cenas de pessoas saqueando uma carreta que virou na estrada e tinha carga de carne, aquela carne sendo arrastada pela estrada e colocada nos carros, as pessoas fugindo e colocando máscaras para não serem reconhecidas;
Um ex prefeito de uma cidade do nordeste dizendo na cara dura, que ele roubou sim ,mas o atual prefeito está roubando mais;
Ouvir uma incrível argumentação  que ninguém é obrigado a tomar a vacina;
Ouvir frases ufanistas e ridículas, no dia da “independência do Brasil”;
Ouvir falar que o mercado editorial está agonizando, mas algum sábio de Brasília pretende tributar os livros;
Como se pobre não lesse, só lê quem tem poder aquisitivo;
Sentir a idolatria das pessoas com relação à tecnologia;
Ouvir falar que alguém irá fazer uma live, em tal dia e em tal hora;
Ouvir os sábios comentários postados nas redes sociais;
Saber que as dívidas das igrejas foram perdoadas;
Ver tanta gente morando nas ruas e as construtoras subindo prédios de alto padrão;
Ver as praias lotadas como se o mundo fosse acabar amanhã;
Sentir esse inverno sem frio, o clima completamente maluco, e pessoas dizendo que o problema climático é mimimi;
Ver as matas queimando, tudo se acabando e ninguém ligando;
Ai que preguiça que me dá...
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bazzverse · 4 years
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@ginnymollyweasley​​ didn’t said: 39) thing you said when we first met   +   lira
Os tambores tocavam com animação, seu som misturando-se o de algumas algumas palmas dos transeuntes e o das outras centenas de vozes no mercado, formando um curiosa harmonia cotidiana. No centro de um pequeno palco improvisado, Mira girava com este som, numa coreografia já instintiva aos seus músculos e atraente aos olhares alheios. E muito embora parecesse completamente hipnotizada com seu show, os próprios olhos se mantinham atentos ao seu redor, o riso brincando com mais vontade em seus lábios ao notar as companheiras saqueando discretamente os pobres coitados que eram tolos o suficiente para focar mais em suas curvas que no dinheiro em seu bolso. Foi então que notou ele. Mesmo afastado e entre a multidão, havia simplesmente algo que o fazia se destacar em seu olhar, quase como uma intuição, uma espécie de certeza desconhecida que crescia em seu peito. E a morena conhecia o suficiente do mundo para não ignorar tais coisas — ainda mais quando a postura dele a fazia ter certeza que ele deveria ter algo bem interessante a ser, bem, emprestado... Infelizmente, tão rápido quanto ele apareceu em seu campo de visão, sumiu sem deixar rastros. Os brincos dourados reluziam entre suas mechas negras e ela discretamente andava mais depressa, imaginando que a qualquer momento o dono daria por falta deles. Aquela parte da cidade não era muito agradável para uma adolescente, mas nada com o qual Mira já não estivesse acostumada. Mantinha a atenção em alto e suas lâminas, ao alcance enquanto se aventurava pelos becos, em direção ao bar fuleiro onde encontraria Joan e o resto de sua tripulação. Desse modo escutou o passo apressado, contudo, ainda assim foi pega de surpresa quando foi praticamente atropelada por algo que poderia muito bem ser uma parede de tijolos. Os instintos despertaram na hora e ela já se preparou para sacar sua arma quando notou que era ele. Parece que o sorriso havia lhe sorrido. ❛ Hey, take it easy, pretty boy. ❜ A morena gracejou, lhe oferecendo um sorriso sedutor enquanto firmava aos mãos nos ombros dele em busca de apoio. Ele, por sua vez, se desculpou, a voz soando mais rouca do que esperava. Se a história fosse diferente e ela fosse a mera donzela indefesa que parecia, poderia ter se limitado a fitar abobalha o azul intenso dos olhos masculinos — estes eram problema, ela podia dizer muito bem. No entanto, ao invés disso, os seus tinham um brilho felino ao estudá-lo de cima a baixo, a malícia implícita no mordiscar de seus lábios. ❛ Está tudo bem, na próxima só precisa ir mais devagar, hm. ❜ Provocou. E enquanto olhava nos olhos dele, até cogitou deixar sua capitã esperando um pouco mais, todavia, o momento foi interrompido quando um grito ecoou pelo beco e o bonitinho a sua frente se afastou, com um sorriso apologético e uma piscada. Os lábios avermelhados de Mira se contorceram em um sorriso felino ao observá-lo desaparecer e só então sacou do próprio bolso uma bússola dourada. Então eu tinha razão, pensou, divertida, estudando o objeto em mãos, ele realmente tem algo interessante aqui, hm. 
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fitzaoxx · 5 years
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Zane Fitzgerald - POV
Naquela manhã de segunda-feira, dia 12 às 08:00, o filho mais velho dos Fitzgerald faria uma viagem importante para Nova Iorque onde ele deveria tratar dos assuntos e negócios de seu pai, normalmente Sebastian era designado a essas viagens porém naquele dia ele não se encontrava disponível para tal serviço. Sendo assim, Zane que fez as malas no dia anterior para passar apenas um dia na Big Apple seguia tranquilamente para a sua viagem que duraria no máximo três horas.
NY continuava a mesma que ele se lembrava, mas hoje não estava ali para curtir e ficar com quem quisesse, o rapaz não planejava voltar a cidade para negócios porém era preciso que ele estivesse ali. Manteve o compromisso de seguir a agenda que lhe foi passada indo em várias reuniões durante o resto do dia e até o período do começo da noite. O problema começa sempre quando nos recusamos a aceitar as mudanças e recorremos aos antigos vícios. Resolveu sair com o seu motorista para tomar alguma coisa no bar perto do hotel em que estavam hospedados. Na cabeça de Zane eles voltariam cedo pois ele precisaria estar de pé logo cedo para mais uma reunião e logo depois voltar à Chicago mas não foi bem isso o que aconteceu.
Fitz andava cambaleando por um beco escuro, não sabia onde e seu motorista também não estava com ele, cumprimentou algumas garotas que passou por ele e caminhando de cabeça baixa com seu corpo quase que colado na parede ele se viu encurralado por dois caras encapuzados, um o segurou por trás enquanto o outro lhe abordava colocando as mãos invasivas dentro dos bolsos do sobretudo de Zane, saqueando-o. Tentando lutar contra os dois homens o que ele não teve chance, pois nunca iria imaginar que estariam armados. Zane fora baleado e toda sua visão ficou escurecida.
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jdanrney-blog · 5 years
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Ragnar Lothbrok . Ragnar teria sido filho de Sigurd Ring, um rei sueco que conquistou a Dinamarca, membro da linhagem Ynglings, a quem sempre foram atribuídos feitos lendários nas Sagas, além de, uma ligação direta com o próprio Odin. . Fontes relatam que na sua mais notável investida, em Paris no ano de 845, ele não queimou uma única casa, já que aceitou o suborno do Rei Charles, o Calvo, que pagou a ele mais de 7000 libras de prata. Com uma armada de mais de 5000 guerreiros, Ragnar partiu até o estuário do rio Siena, saqueando com afinco cada uma das cidades que pôde encontrar em seu caminho, incluindo Rouen, até que finalmente chegasse em Paris no dia 28 de Março, segundo a tradição. Diante da facilidade em saquear a cidade, já que o próprio rei o subornou com uma quantia extremamente generosa de prata, não é difícil de imaginar o porque dele ter voltado lá inúmeras vezes depois. . Sendo um homem engenhoso, Ragnar preferia atacar cidades cristãs nos dias de maior festejo, pois assim encontraria a população desprotegida e despreparada para um ataque relâmpago e irrefreável. Desde que sentiu o gosto da conquista, ele jamais parou, levando uma vida muito bem sucedida de “pirataria”. Costumava contar aos outros que só fazia isso, de não deixar de aventurar-se jamais, pois não desejava ser superado por seus filhos que também eram valorosos guerreiros. . Quando voltou sua atenção para a Inglaterra, Ragnar encontrou seu fim. Depois de alguns saques à região, acabou sendo capturado pelo Rei Aelle da Nortúmbria, que ordenou sua execução arremessando-o em um fosso cheio de serpentes venenosas. De acordo com a lenda, Ragnar lutou como pôde com os animais peçonhentos, numa tentativa de ainda assim merecer seu lugar no Valhalla. Mesmo inchado e abatido pelo veneno das serpentes, ele cantou e suplicou para que os ventos no norte levassem seu apelo aos seus filhos. Esta canção é conhecida como Krákumál e provavelmente foi criada no século XII, onde Ragnar clamou uma vingança de sangue, o único meio para que sua alma desonrada pelo veneno fosse merecedora do Valhalla. https://www.instagram.com/p/BuPLls9BhaN/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=uolxmw7ek8r6
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Uma perseverança de justiça "o começo"
A algum tempo atrás existia um adolescente que vivia com sua familia no velho oeste aonde todos eram atiradores, seu pai era o xerife da cidade, certo dia o menino pediu ao pai que o ensinasse a atirar, o pai concordou e começou assim a treinar seu filho e lhe ensinar tudo o que sabia.
4 meses depois
Durante esse tempo de treino o menino ficou muito bom em atirar e não errava nenhum alvo, podia ser a distância que fosse, certo dia o pai precisou se ausentar e deixou o filho no cargo de xerife pois ele era o maior atirador da cidade, tudo estava calmo, a população, as ruas, os animais, então sem se preucupar muito o menino entrou em sua casa para descansar, depois de um tempo ele começa a ouvir tiros e gritos para fora de sua casa, então ele pegou o seu revolver e saiu pra ver o que estava acontecendo, ele viu uma gangue de ladrões saqueando tudo então ele decide montar em seu cavalo e começou a perseguir os ladrões que também estavam em seus cavalos tentando fugir, eles sairam da cidade e no meio da perseguição o garoto sente uma enorme batida em sua cabeça ele desmaia e os ladrões decidem levar ele pra bem longe da cidade para que não pudesse voltar tão rapido, eles o abandonaram na entrada de uma caverna e depois de um tempo o menino acorda, é noite e ele está com muito frio, então ele decide entrar na caverna para passar a noite, ele vai cada vez mais profundo e então pedras desmoronam atrás dele assim fazendo com que a entrada se fechasse, ele olha ao redor e se deparada com outro mundo uma outra realidade, a atmosfera de la era muito diferente, então ele enxerga uma criatura bem estranha...
Fim 1° parte
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aucpucminas-2022 · 2 years
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Aprofundamento 4
Grupo:  David Lacerda, Letícia Maíris, Marcus Fonseca, Marlon Mota e Vinicius.
Link da Notícia: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/11/27/politica/1543348031_337221.html
Texto-Resumo: O artigo Saqueando Berlim, de Quinn Slobodian e Michelle Sterling, foi escrito em 2013, mas traz uma discussão muito atual. A gentrificação é um fenômeno presente nas cidades que perpetua há décadas e acompanha o desenvolvimento urbano.
Essa temática foi apresentada através do exemplo de Berlim. No texto, os autores mencionam um ponto muito importante: o aumento dos alugueis nas regiões de desenvolvimento em comparação com os salários, fazendo com que os pobres saíssem das regiões centrais em busca de moradia nas periferias. Com o aumento do turismo em Berlim, os alugueis subiram mais de 20% em bairros com maior concentração de hipsters e turistas, gerando uma série de manifestações dos berlinenses.
Em nosso País, percebemos essa gentrificação marcante em diversos municípios, mas, principalmente, em São Paulo. Com a expansão do centro da cidade, a especulação imobiliária tem se intensificado, afastando os pobres da região.
Na reportagem do jornal EL País, “O abismo dentro de São Paulo que separa Kimberly e Mariana”, são apresentadas as realidades de duas adolescentes que vivem a 10km uma da outra, não sendo a distância física o maior problema. Kimberly reside na Vila Andrade, onde está localizada a comunidade de Paraisópolis, que lidera o ranking de distritos com mais favelas, tendo quase 50% das moradias em situação irregular. Kimberly mora em uma casa de 2 quartos com mais 7 familiares. Enquanto Mariana, moradora da Zona Oeste, reside no bairro Perdizes, com indicador com 0% de domicílios favelizados. Com isso, é notável que uma pessoa de baixa renda jamais poderá habitar o mesmo bairro de Mariana, uma vez que, segundo pesquisa no site “Quinto Andar”, os alugueis de kitnets de 45m² giram em torno de 3 a 4mil reais, chegando a 250% do valor do salário mínimo. A gentrificação é um dos fenômenos causadores dessa segregação dos espaços e aumento da especulação imobiliária.
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Samsung consegue bloquear qualquer SmartTV que foi roubada
Samsung consegue bloquear qualquer SmartTV que foi roubada
Embora seja mais trivial roubar algo que cabe no bolso como um smartphone, há momentos em que o crime organizado ou multidões furiosas tentam se safar com produtos ainda maiores. No mês passado, vilas e cidades sul-africanas viram os distúrbios se transformarem em tumultos, que geralmente resultam em multidões saqueando lojas desprotegidas. Isso, é claro, […]
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leopoldopaulinoblog · 4 years
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Guariba: A greve dos cortadores de cana – 1984
 foto: Leopoldo preside a Histórica Assembleia da Greve de Guariba
 Logo depois do encerramento da greve dos cortadores de cana de Guariba, em maio de 1984, pensei em escrever um livro sobre aquele episódio, que se traduziu na maior conquista obtida por aquela categoria, em toda a História de nosso país.
Acabei não o fazendo, absorvido pelo tempo ocupado como militante de esquerda, advogado sindicalista e vereador, terminando por deixar uma lacuna, que possibilitou a alguns falseadores da História contarem os fatos de forma a distorcer completamente a realidade.
Recentemente, assisti a um vídeo de dez minutos sobre o tema, editado pelo PT, ode se estampa a versão dada por aquele partido aos acontecimentos da época.
No vídeo, aparecem apenas declarações de membros do Partido dos Trabalhadores, demonstrando de modo falso que aquele partido foi o responsável pelo movimento.
O vídeo se encerra com uma imagem da assembleia final da greve, quando o acordo foi aprovado.
Na edição das do vídeo, os petistas colocam minha fala encerrando a assembleia, mas chegam ao extremo de eliminar minha imagem, de modo a narrar aquela parte importante da História do país de forma distorcida e mentirosa.
Indignado, decidi escrever este texto, contando a verdadeira História da greve de Guariba, não deixando espaço para aqueles que buscam se promover politicamente, através de falsidades.
 O Movimento
O movimento teve início no dia 14 de maio de 1984, quando centenas de trabalhadores, revoltados com o brutal aumento dos valores da taxa de água, destruíram o prédio da SABESP em Guariba, saqueando também um supermercado, que ficou parcialmente destruído.
Na verdade, a população daquele município, composta majoritariamente por cortadores de cana, estava profundamente insatisfeita pela exploração a que eram submetidos pelas Usinas de Cana de Açúcar da região e por seus intermediários, os agenciadores de mão de obra conhecidos como “gatos”.
A repressão contra os trabalhadores foi muito violenta, com efetivos da PM espancando homens, mulheres e até crianças, invadindo casas e atirando, deixando no chão o cadáver de Amaral Vaz Meloni.
Na madrugada do dia 15 de maio, eu, Élio Neves, então militante do PCB e outros dirigentes, da FETAESP (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de São Paulo), chegamos a Guariba e passamos a organizar os trabalhadores rurais, transformando sua justa revolta  em um forte movimento grevista, que passou a exigir do patronato os direitos que eram negados aos cortadores de cana.
O movimento cresceu em poucas horas e logo, todos os trabalhadores rurais de Guariba, responsáveis pelo abastecimento de cana às usinas São Carlos, de Guariba e São Martinho, de Pradópolis, paralisaram o trabalho.
Juntamente com Élio Neves, organizamos com eles algumas reuniões e assembleias, nas quais, já no dia seguinte, elaboramos uma pauta de reivindicações proposta pelos trabalhadores e que passou a ser o rol de exigências dos grevistas.
Organizei também, no final daquela tarde, uma reunião no estádio Municipal de Guariba, com cerca de 500 cortadores de cana, onde propus que fossem por eles escolhidos quinze representantes, que seriam o elo entre os trabalhadores e o sindicato da categoria.
Entre os quinze escolhidos, um deles foi José de Fátima Soares, que passou a integrar o grupo.
Poucos dias depois, o patronato decide negociar, reconhecendo a força do movimento e temendo por mais prejuízos, pois a safra estava em andamento e, além da paralização, os trabalhadores passaram a atear fogo nos canaviais, atividade da qual participei com empenho, já que, após a queima, a cana tem que ser cortada em 48h, sob pena de não poder ser mais aproveitada pelas usinas.
Dias depois do início da greve, começaram a chegar a Guariba alguns membros do PT paulista, com o objetivo de apoiarem a greve, destacando-se a atuação do deputado José Cicote, o único deles que se pôs a serviço do movimento sem pretender ser o “dono” do mesmo.
Os visitantes petistas passaram a assediar José de Fátima que, despolitizado, encantou-se andando em veículos oficiais com motoristas e com jantares em lugares em que nunca havia frequentado.
No dizer de Chico Buarque, “quem brincava de princesa, acostumou com a fantasia”.
Os líderes petistas passaram, então, a andar com José de Fátima a tiracolo, levando-o a dar entrevistas para diversos meios de comunicação do país, outorgando-lhe ainda o título de “Lula Rural”.
O sucesso da greve fez com que o patronato rural sentasse à mesa de negociação e então foi marcada uma reunião pelas partes em contenda, que teve Leopoldo, Élio Neves e o presidente do sindicato dos trabalhadores rurais de Guariba, como representantes dos trabalhadores.
Representando os patrões usineiros, sentou-se à mesa Roberto Rodrigues, capitalista agrário que anos depois, seria Ministro da Agricultura do Presidente Lula.
Esteve presente também o Secretário das Relações de Trabalho de São Paulo, que chegou a Guariba para participar da reunião.
A negociação durou seis horas e meia e finalizada, coube a mim divulgar para representantes da imprensa de todo o país, que lá se encontravam, os importantes pontos que o vitorioso movimento dos trabalhadores rurais havia conquistado para a categoria, com grande melhoria nas relações de trabalho, que teriam reflexo em todo o Brasil.
Em seguida, nós, representantes dos trabalhadores, no dirigimos ao Estádio de Futebol de Guariba, oportunidade em que Élio Neves e os demais dirigentes sindicais presentes, pediram que apenas eu falasse e passei então a ler os termos do acordo que acabara de ser aceito pelas partes na reunião.
Antes de subir ao palanque, o secretário Pazzianoto me indaga: “Quem vai garantir minha segurança nesse ato?” Prontamente, respondi que quem garantiria sua segurança eram os dez mil trabalhadores presentes no Estádio.
Assim, falando para dez mil cortadores de cana, li os termos do acordo e coloquei a proposta em votação, quando dez mil braços se ergueram em aprovação, tendo eu tecido as considerações finais sobre o movimento e encerrado a histórica assembleia.
 O “Atentado”
Poucos dias depois da greve, eu estava aguardando para participar como advogado de uma audiência na cidade de Jaboticabal, quando me chamam ao telefone do Fórum para atender a um jornalista de algum órgão da imprensa nacional.
Para meu espanto, a pergunta foi se eu confirmava ou não haver mandado matar José de Fátima Soares.
De imediato, perguntei o que havia acontecido, e disse meu interlocutor que Fátima havia levado um tiro, disparado por um revólver calibre 22 que não o acertando, furou sua camisa.
Em seguida, a autoridade policial de Guariba tomou seu depoimento, tendo ele declarado que eu era o suspeito de ter praticado o crime, pois alguns dias antes eu teria dito a algumas pessoas que “José de Fátima teria que desaparecer, nem que fosse à bala”.
Minha resposta à imprensa foi curta:
- Não mando matar!
- Não uso 22!
- Não erro tiro!
Jamais havia feito também nenhum tipo de declaração a mim atribuída por ele e nunca ameacei José de Fátima Soares.
Para mim, estava claro que Fátima não fez essa armação sozinho e seguramente agiu por orientação do grupo político que o comandava.
 A “Festança”
No dia seguinte, o PT convoca uma reunião na casa do médico David Aidar, à época presidente do diretório municipal do partido, com a presença do então senador Eduardo Matarazzo Suplicy, onde diante de toda a imprensa nacional, José de Fátima, a estrela do espetáculo , me acusa de ser o mandante de uma tentativa de assassinato contra ele.
A Investigação
A investigação sobre a tentativa de homicídio contra José de Fátima Soares durou 48 horas e a polícia de Guariba, mostrando competência e honestidade, elucidou os fatos com muita rapidez.
O autor do disparo fora uma um antigo desafeto de Fátima, que já o havia ameaçado por assediar sua mulher.
Ficou provado ainda que Fátima reconheceu de imediato o atirador e seguramente decidiu me acusar para satisfazer interesses políticos do PT.
Desmontara-se a farsa, sem que nenhum membro do Partido dos Trabalhadores me pedisse desculpas pela infâmia.
Maluf
Pouco tempo depois, aliciado por Paulo Salim Maluf, José de Fátima Soares, o “Lula Rural”, vende-se por 30 dinheiros e assina a ficha de filiação do PDS, o partido da ditadura militar.
 Epílogo
Essa é a verdadeira História da greve de Guariba, apesar das distorções e mentiras do PT a respeito daquele fato histórico. Afinal: “Lupus et capillus non perdit suam extra ferocitas”.
Parafraseando o guerrilheiro heroico: “O PT apronta, apanha, mas sem perder a arrogância jamais”.
Leopoldo Paulino
Julho/2020
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se7enseals · 5 years
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PARTE I
Hoje é dia 4 de julho. Ano passado a queima de fogos durou vinte minutos e todos assistiam em comemoração pelo Dia da Independência, mas agora… agora eu não sei que horas isso vai parar. Tenho dez por cento de bateria e não faço ideia de até quando 4G vai funcionar, só que eu sempre gravei tudo o que acontece aqui, não seria diferente agora. Primeiro achei que fosse um terremoto, vocês sabem, aqui na Flórida não é impossível de acontecer mesmo que as previsões sejam confiáveis. Custei a perceber que o tremor não era natural, mas sim pelos bombardeios. A Lucy tinha saído pra levar a mãe em casa, o celular de nenhuma das duas atendia, então entrei no carro e fui atrás. Andei menos de dois quilômetros quando bati em alguma coisa. Achei que era um alce ou qualquer bicho até ver o corpo arremessado alguns metros. Saí desesperado pra prestar socorro, mas aquilo… aquilo se levantou e veio na minha direção rosnando do jeito que nunca ouvi algum cão fazer. No lugar dos olhos tinham dois círculos pretos, fundos, e o rosto prestes a derreter ou descamar(...)
Nos últimos meses, inúmeras filmagens e áudios foram compartilhados nas redes sociais, a maioria mostrando cenas semelhantes: pessoas atacando umas as outras. Não pessoas mas algo parecido com isso. A princípio os jornais relataram casos de intoxicação alimentar, mas as indústrias de carne iniciaram uma forte retaliação contra as mídias, que passaram a esconder o que acontecia com quem consumiu carne bovina e suína daqueles lotes. Os primeiros sintomas eram gripe, febre, náusea, vômito, enxaqueca e olhos secos. A piora do quadro se dava com inchaços na pele e queimação estomacal. Uma fome voraz que não tem fim. Por último, alguns casos de alucinação também foram relatados. Análises foram feitas para identificar algum vírus mas não houve tempo hábil para qualquer conclusão precisa.
Em poucas semanas, aqueles que não morreram com a intoxicação perderam a consciência e entraram no estado de loucura - como os jornais disseram. Mas quem viu afirma que não eram humanos, mas sim demônios. Zumbis. Inúmeras teorias acerca do que pode ter acontecido, mas ninguém está isento do contágio. Em poucas semanas as cidades entraram em colapso. Hospitais perdendo profissionais, delegacias sem policiais. Ruas congestionadas com famílias tentando deixar as cidades. Aeroportos lotados. A histeria coletiva levou a violência e não foi preciso um vírus para justificar os saqueamentos e brigas que terminavam em morte, o egoísmo humano fazia isso por si só.
A situação em Washington representava a perda total de controla do país. Quando três funcionários da Casa Branca foram infectados, nem mesmo o presidente estava a salvo. Os que ficaram na tentativa de resistir foram, também, contagiados, e se há alguém imune, é bom que se mantenha longe dos arruaceiros. Grupos que continuam saqueando lojas e casas para estocar comida e outros pertences. Atualmente o silêncio das ruas é mais amedrontador do que as explosões, tiroteios e gritos pedindo por socorro, mas isso está prestes a mudar. Na fronteira do estado, um grupo de mortos-vivos se aproxima. A barricada feita outrora não tem força o bastante para impedi-los.
INSTRUÇÕES:
O primeiro turno deve constar, obrigatoriamente, um breve panorama de como o seu personagem chegou na cidade, se não é morador. Aproveitem para explorar os tópicos e tentar ampliar o inventário.
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breno-schnider · 5 years
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Trouxeram-lhe, então, um endemoninhado cego e mudo; e, de tal modo o curou, que o cego e mudo falava e via. E toda a multidão se admirava e dizia: Não é este o Filho de Davi? Mas os fariseus, ouvindo isto, diziam: Este não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios. Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá. E, se Satanás expulsa a Satanás, está dividido contra si mesmo; como subsistirá, pois, o seu reino? E, se eu expulso os demônios por Belzebu, por quem os expulsam então vossos filhos? Portanto, eles mesmos serão os vossos juízes. Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de Deus. Ou, como pode alguém entrar na casa do homem valente, e furtar os seus bens, se primeiro não maniatar o valente, saqueando então a sua casa? Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha. Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens. Mateus 12;22-31 (em Conceição da Feira) https://www.instagram.com/p/B5fXYd7hgkc/?igshid=m4ukz87xx5ac
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