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#endógene
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Endogenogender/Exogenogender
Endogenogender Pride Flag
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Endogenogender (endogenous gender or gender endogeny/endogeneity): a gender experience tied to intrapersonal/internal factors (eg. how you see yourself); the gender one externalizes from the inside.
Exogenogender Pride Flag
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Exogenogender (exogenous gender or gender exogeny/exogeneity): the gender one internalizes from the outside; a gender experience tied to external/extrapersonal factors (ex.: how others see you or how the environment around you affects you).
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systempositive · 1 year
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Another endógenic system that doesn’t exist please stop get off the internet touch grass and stop faking unless you want to live your life pretending to be someone who you aren’t stop faking real disorders that effect peoples life’s so do everyone a favor dig a 10 foot deep hole and bury ur self in it
so you wrongly assume we're endogenic (and say we're fake based on that when endos evidently exist), use the ableist phrase "touch grass," more assuming we're faking when you don't even know us, and then telling us to bury ourselves alive which is literally telling us to kill ourselves.
and for what? because we support endogenic systems to no end? because we support people different from us?
this is why we're not exclus; this is the most hateful shit we've ever had spewn at us, we can only imagine what actual endos go through on a daily basis just for existing.
we were on a hiatus due to extreme stress causing a form of system communication upheaval and this is what we come back to.
thanks.
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blogdojuanesteves · 4 years
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ABRIGO > Marcelo Greco
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As imagens do fotógrafo paulistano Marcelo Greco provocam uma fluidez em sua natural descrição cotidiana e nos levam a um certo ficcionar da existência, expresso habilmente em atraentes e acima de tudo elegantes registros fotográficos, de uma história sendo vivida a parecer-nos uma vida contada. Uma analogia - já citada por mim anteriormente no review de seu livro Helena (Edição do Autor, 2019) - ao pensamento da escritora e jornalista mineira Mariana Lage. Seu novo livro, Abrigo (Rios.Greco-Origem, 2020) desenvolve-se pela mesma vereda, o que nos leva diretamente a duas proposições: constância e persistência, elementos fundamentais em um bom autor.
 O substantivo autor, originário do inglês medievo, significa alguém que inventa ou causa alguma coisa. Por derivação, no latim, estabelece-se sob a influência do autêntico. Neste movimento Marcelo Greco não inventou a roda - felizmente, pois já temos inventores dela em demasia - mas afirma-se como alguém que causa algo: estese, contemplação e certa melancolia em determinada autenticidade, o que já é mais profundo e certamente distante dos que germinam em nosso universo a expor conceitos como se surgissem em pencas.
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Igualmente já por mim escrito, penso na sua frutuosa inspiração com o fotógrafo francês Bernard Plossu e acrescento agora os holandeses Leo Divendal e Machiel Botman (dos quais sou admirador confesso e acredito que ele também) pela posição ontológica nas suas referências, pelo grafismo a evocar outra temporalidade estruturado pelo processo analógico e pela qualidade romântica oriunda de suas composições no modesto uso de uma objetiva normal e na opção pela sombra, como importância em seu espectro, a lembrar das ideias do genial arquiteto americano Philip Johnson (1906-2015) para quem os fotógrafos deviam se preocupar mais com a penumbra do que com a luminescência.
 Abrigo já mostra um título que enseja um duplo caminho. É sinalizador de uma situação e ao mesmo tempo um bramido, o que nos faz voltar às duas questões prévias, a autenticidade e a possibilidade de expor-se como ser humano e (necessariamente) como autor. Em seu texto que começa " O sentimento de desamparo é devastador capaz de perfurar as profundas estruturas da existência humana muitas vezes velado, manifesta-se das mais diversas maneiras", paradoxalmente, ilumina essa "sombra" imagética e nos direciona à divagação semiótica sob certo interacionismo simbólico, signos que funcionam como mediadores de um processo de conhecimento  tácito através de imagens poéticas, densas e - como já escrevi, melancólicas no sentido da beleza do trágico, este no âmbito da modernidade, como parte da cultura ocidental contemporânea.
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Boa parte do livro é centrada na paulista Helena Rios, mulher do autor , coeditora da publicação e do projeto gráfico, sua gravidez e nascimento do seu primogênito. De fato não só como sua protagonista, mas como seu leitmotiv (algo recorrente no corolário fotográfico) em uma espécie de "ressurreição" do fotógrafo expressa em sua narrativa gráfica e conceitual "Quando o desamparo pareceu definitivo, uma onda transformadora arrastou para dentro de mim um universo novo. Pude compreender que uma vida de acolhimento, é, sobretudo oferecer para si  e para o outro um abrigo...". Um nítido diferencial, no afastamento da abordagem convencional, mas a manutenção do ideal romântico na vida urbana contemporânea. Não foi à toa que o Romantismo referiu-se tanto ao artístico, quanto ao político e ao filosófico.
 Entretanto em seu Abrigo o autor subverte o drama pelo poético e coloca a cidade como coadjuvante em sua estrutura narrativa. Mas, ao prismar as imagens sobre a penumbra permanente não só resgata a intimidade interior mas também aquela exterior como metáfora de uma abertura para além de si mesmo, para o prazer outrora negado. "Encontrar esse abrigo no sentido mais amplo, é redescobrir a vida e permitir que os percursos possam ser menos dolorosos."
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Se Helena é uma publicação que traz uma acomodação endógena de seu autor com um discurso que se opõe a imprecisão das emoções, a fornecer uma empatia para adentrarmos em seus territórios, Abrigo também reflete percurso assemelhado e antagoniza as complexidades e as pseudoproblematizações tão recorrentes em fotolivros atuais, para se encaminhar simplesmente em direção mais prazerosa constituída de belas imagens que trafegam por uma muito bem amarrada edição. [ leia aqui sobre o livro Helena em https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/185869790736/helena-marcelo-greco-helena-edição-de-autor ].
  Faço a sugestão da leitura do posfácio como um prefácio, embora ao leitor caiba qualquer direção. Mas, tal qual o processo machadiano, é melhor seguir o narrador onisciente. Neste caso, o fotógrafo Marcelo Greco. Portanto, retornamos aos primórdios, ao sentimento devastador do desamparo descrito por ele: "Estar cercado de pessoas não é reconfortante, pois quando o sentimento está instalado em nossas almas, coloca-nos no deserto existencial e no abandono. Eu o conheci muito cedo ainda no período de uma infância turbulenta. Tornou-se meu companheiro e, em muitos momentos, assim permanece, marcado na alma e reafirmado como forma  de ser e estar no mundo. "
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Esta espécie de exegese formulada pelo fotógrafo ou o esforço para tocar na ferida com a fotografia, como ele mesmo descreve. Uma "cicatriz" permanente, a alegoria para a possibilidade da permanência através da fotografia, o que nos impulsiona às ideias do francês François Soulages em seu Esthétique de la Photographie -La perte et le reste (Ed.Nathan,1998) [publicado em português no mesmo ano pela editora Senac] quando pensamos nos vestígios perceptivos ou seus traços que se conservam na interação entre presente e passado, articulações entre a perda e permanência, um tempo na verdade psicanalítico e filosófico. Como Marcelo Greco escreve: "a fotografia permite viver essa relação."
 Interessante notar que a temporalidade do amadurecimento emocional se une ao profissional no arcabouço de Abrigo. A captura fotográfica, essencialmente noturna, se mostra como um desafio, tanto técnico quanto metafórico. Uma busca, contrariando uma espécie de medo do afeto humano relacionado à ideia do desamparo. Importante também o contraponto pela permanência da protagonista, uma vivência que está intimamente ligada ao autor e é através dela que podemos mensurar o grau do impacto tanto no psiquismo quanto no cotidiano em que é formulada a produção de imagens, uma superação que podemos associar a relação familiar discutida nas teses do psicanalista inglês John Frederick Winnicott (1896-1971), quando o fotógrafo expressa seus dilemas ainda em sua infância.
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Independentemente das relações metafísicas embutidas, Abrigo traz um empático ensaio sobre o ser humano e a vivência em comum, seu espaço tanto íntimo quanto exterior,  cercanias geográficas e afetivas compartilhadas. São precisas dicotomias entre o nítido e o desfocado; entre o claro e o escuro, aludindo aos percalços sistemáticos que passamos, dor e amor e o reconhecimento de que não estamos sós. "Distante de qualquer efeito espetacular que possa se extrair daí, este trabalho é fundamental para minha existência hoje" finaliza seu texto Marcelo Greco, a nos lembrar que nada é definitivo, muito menos a possibilidade da feliz permanência de uma fotografia.
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Abrigo tem 88 páginas em um formato médio, digitalização de imagens e tratamento gráfico do Estudio 321,  impresso em offset pela gráfica Ipsis no seu exclusivo processo Full Black, com uma tiragem de apenas 600 exemplares em papel Eurobulk, Edição bilíngue inglês-português, disponíveis em https://www.editoraorigem.com.br/product-page/abrigo-marcelo-greco .
Também está disponível diretamente com o autor através do email [email protected] uma edição especial de apenas 10 exemplares, em uma caixa artesanal com uma imagem impressa em gelatin silver print assinada e numerada.
Imagens © Marcelo Greco  Texto © Juan Esteves
* nestes tempos bicudos de pandemia e irresponsabilidade política vamos apoiar artistas, pesquisadores, editoras, gráficas e toda nossa cultura. A contribuição deles é essencial para além da nossa existência e conforto doméstico nesta quarentena *
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nunoxaviermoreira · 7 years
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HHHH LETRAS PARA EL CUENTO DE CENICIENTA EN EL LAGO DE SANABRIA, SPONDYLOSIUM PLANUM by PROYECTO AGUA** /** WATER PROJECT CENICIENTA EN EL LAGO DE SANABRIA En Biodiversidad virtual Y también en Twiter El agua ensaya con la H del cuerpo Spondylosium planum a escribir la letra de este cuento de verdades sobre Cenicienta y el Lago Cenicienta se quedó el agua del Lago de Sanabria bajo la espuma, tras el incendio líquido que dejó en cenizas la vida verde que la teñía pintada de lunares y estrellas vivas, como la carroza de Cenicienta. Fueron las doce de la noche de cualquier fin de semana, puntualmente las del sábado 1 de julio de 2017 (antes fueron otras) las que prendieron en fuego de química emponzoñada a la carroza de florecitas de agua que conquistó sus aguas en algas minúsculas, agua verde en un Lago de cristal. Constelaciones verdes que salpicaban su alma y que como una carroza de naipes se deshicieron dejando su rastro en densas espumas de cremas blancas junto a la orilla. Después... el desastre, tras una breve pausa se impuso un silencio hondo de transparencia que el tiempo recompuso al instante, y hora tras hora, segundo a segundo, apenas de la nada, como una ave fénix de agua,la vida volvió a brotar con más fuerza de su manantial inagotable, desde un incendio provocado, y brotó en mil formas. También los incendios se propagan en el agua y arrasan la vida dejando su ola de destrucción. Las espumas que aparecen en las aguas del Lago de Sanabria, como un reloj que da las horas antes de que llegue el fin de semana, son el humo de ese incendio que arrasa todo. Efectivamente, si consideramos que la corrupción es un hecho inherente a la condición humana, podríamos calificar a esas espumas de "naturales y endógenes" así las han llamado para ilustrarnos como a necios: "espumas naturales de origen endógeno"... "hilillos de plastilina" en blanco y jabonoso. Palabras que tienen un precio alto en fajos, 1,8 millones de euros de nuestros esfuerzos y aún más alto en el futuro de nuestros hijos. Y mientras la carroza de Cenicienta se recompone, resuena un eco que se oye como las campanadas de Valverde de Lucerna: "Lago, sé fuerte ": "Lago ponte transparente..." La cenicienta estela del último incendio del agua quedó grabada a fuego líquido: densas espumas que arrasaron la vida del Lago. Dejaron su agua transparente, como el horizonte de un bosque calcinado. Con estas cenizas la Naturaleza se ha apresurado a devolver en exhuberante generosidad de belleza y vida lo que el hombre devastó. Ha puesto ahora todavía más empeño en sembrar de verdor su paisaje fluido y desierto y en algo más de tres semanas, y en una carrera contra reloj, las estrellas y las pecas y lunares del color de mil prados, que salpicaban el agua han vuelto a multiplicarse, como cuando tras el incendio cae la lluvia y el campo reverdece con rebelde intensidad. Querer destruir la carroza verde de Cenicienta a martillazos de espuma es cortar la cabeza de Hydra que la multiplicará en 100 a cada intento. Hagamos entre todos una hermosa carroza de cristal para esta Cenicienta de la Naturaleza en este Lago hermoso al que se maltrata injustamente...somos ella. Si se depura y limpia el agua que llega al Lago no se necesitarán incendios de espuma abrasadora y el agua volverá a brillar en una carroza transparente,cristalina como la que fue, para la que los toques de hora a las doce de la noche, como en el cuento, sean ya recuerdo. En poco más de tres semanas, después de ser arrasada por completo la biodiversidad del fitoplancton del Lago se ha multiplicado. Resurgen con fuerza cerca de cincuenta formas de vida diferentes que tratan de nuevo de encontrar su lugar en el agua, y el Lago empieza a reverdecer abonado por las cenizas y por la misma espuma que dejó su estela de destrucción. Este panorama que ofrece la imagen muestra la recuperación de la biodiversidad el viernes día 28 de julio de 2017 ...el sábado día 29 de julio de 2017, las campanadas de la noche de Cenicienta volvieron a sonar a las 12 en el Lago de Sanabria y esta carroza de vida incipiente ha vuelto a ser pasto de las "espumas naturales de origen endógeno", puntuales, que con su carga de veneno ya están de nuevo aquí, para que se pueda decir que el Lago recuperó su transparencia (por un instante). Cenicienta es la Naturaleza y seguirá siempre viva, mientras nosotros somos ocasionales pasajeros. La fotografía que mostramos, realizada a 1000 aumentos empleando la técnica de contraste de interferencia se ha tomado sobre una muestra de superficie, a tres metros de profundidad, junto a la boya de Bouzas por Lucas Patrick y Alberto Martínez el viernes 28 de julio de 2017 en el Lago de Sanabria (Zamora), desde el catamarán Helios Sanabria el primer catamarán construido en el Planeta propulsado por energía eólica y solar. LIBRO: Lago de Sanabria 2015, presente y futuro de un ecosistema en desequilibrio Presentación ponencia congreso internacional de Limnología de la AIL El Lago en Europa Informes de contaminación en el Lago de Sanabria informe de evolución de la contaminación en el Lago de Sanabria vídeo El Lago en TVE http://ift.tt/2hzJAQQ
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nunoxaviermoreira · 7 years
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HHHH LETRAS PARA EL CUENTO DE CENICIENTA EN EL LAGO DE SANABRIA, SPONDYLOSIUM PLANUM by PROYECTO AGUA** /** WATER PROJECT CENICIENTA EN EL LAGO DE SANABRIA En Biodiversidad virtual Y también en Twiter El agua ensaya con la H del cuerpo Spondylosium planum a escribir la letra de este cuento de verdades sobre Cenicienta y el Lago Cenicienta se quedó el agua del Lago de Sanabria bajo la espuma, tras el incendio líquido que dejó en cenizas la vida verde que la teñía pintada de lunares y estrellas vivas, como la carroza de Cenicienta. Fueron las doce de la noche de cualquier fin de semana, puntualmente las del sábado 1 de julio de 2017 (antes fueron otras) las que prendieron en fuego de química emponzoñada a la carroza de florecitas de agua que conquistó sus aguas en algas minúsculas, agua verde en un Lago de cristal. Constelaciones verdes que salpicaban su alma y que como una carroza de naipes se deshicieron dejando su rastro en densas espumas de cremas blancas junto a la orilla. Después... el desastre, tras una breve pausa se impuso un silencio hondo de transparencia que el tiempo recompuso al instante, y hora tras hora, segundo a segundo, apenas de la nada, como una ave fénix de agua,la vida volvió a brotar con más fuerza de su manantial inagotable, desde un incendio provocado, y brotó en mil formas. También los incendios se propagan en el agua y arrasan la vida dejando su ola de destrucción. Las espumas que aparecen en las aguas del Lago de Sanabria, como un reloj que da las horas antes de que llegue el fin de semana, son el humo de ese incendio que arrasa todo. Efectivamente, si consideramos que la corrupción es un hecho inherente a la condición humana, podríamos calificar a esas espumas de "naturales y endógenes" así las han llamado para ilustrarnos como a necios: "espumas naturales de origen endógeno"... "hilillos de plastilina" en blanco y jabonoso. Palabras que tienen un precio alto en fajos, 1,8 millones de euros de nuestros esfuerzos y aún más alto en el futuro de nuestros hijos. Y mientras la carroza de Cenicienta se recompone, resuena un eco que se oye como las campanadas de Valverde de Lucerna: "Lago, sé fuerte ": "Lago ponte transparente..." La cenicienta estela del último incendio del agua quedó grabada a fuego líquido: densas espumas que arrasaron la vida del Lago. Dejaron su agua transparente, como el horizonte de un bosque calcinado. Con estas cenizas la Naturaleza se ha apresurado a devolver en exhuberante generosidad de belleza y vida lo que el hombre devastó. Ha puesto ahora todavía más empeño en sembrar de verdor su paisaje fluido y desierto y en algo más de tres semanas, y en una carrera contra reloj, las estrellas y las pecas y lunares del color de mil prados, que salpicaban el agua han vuelto a multiplicarse, como cuando tras el incendio cae la lluvia y el campo reverdece con rebelde intensidad. Querer destruir la carroza verde de Cenicienta a martillazos de espuma es cortar la cabeza de Hydra que la multiplicará en 100 a cada intento. Hagamos entre todos una hermosa carroza de cristal para esta Cenicienta de la Naturaleza en este Lago hermoso al que se maltrata injustamente...somos ella. Si se depura y limpia el agua que llega al Lago no se necesitarán incendios de espuma abrasadora y el agua volverá a brillar en una carroza transparente,cristalina como la que fue, para la que los toques de hora a las doce de la noche, como en el cuento, sean ya recuerdo. En poco más de tres semanas, después de ser arrasada por completo la biodiversidad del fitoplancton del Lago se ha multiplicado. Resurgen con fuerza cerca de cincuenta formas de vida diferentes que tratan de nuevo de encontrar su lugar en el agua, y el Lago empieza a reverdecer abonado por las cenizas y por la misma espuma que dejó su estela de destrucción. Este panorama que ofrece la imagen muestra la recuperación de la biodiversidad el viernes día 28 de julio de 2017 ...el sábado día 29 de julio de 2017, las campanadas de la noche de Cenicienta volvieron a sonar a las 12 en el Lago de Sanabria y esta carroza de vida incipiente ha vuelto a ser pasto de las "espumas naturales de origen endógeno", puntuales, que con su carga de veneno ya están de nuevo aquí, para que se pueda decir que el Lago recuperó su transparencia (por un instante). Cenicienta es la Naturaleza y seguirá siempre viva, mientras nosotros somos ocasionales pasajeros. La fotografía que mostramos, realizada a 1000 aumentos empleando la técnica de contraste de interferencia se ha tomado sobre una muestra de superficie, a tres metros de profundidad, junto a la boya de Bouzas por Lucas Patrick y Alberto Martínez el viernes 28 de julio de 2017 en el Lago de Sanabria (Zamora), desde el catamarán Helios Sanabria el primer catamarán construido en el Planeta propulsado por energía eólica y solar. LIBRO: Lago de Sanabria 2015, presente y futuro de un ecosistema en desequilibrio Presentación ponencia congreso internacional de Limnología de la AIL El Lago en Europa Informes de contaminación en el Lago de Sanabria informe de evolución de la contaminación en el Lago de Sanabria vídeo El Lago en TVE http://ift.tt/2hzJAQQ
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