Tumgik
#papel de parede madeira
papeldeparedeonline · 3 months
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froghazz · 10 months
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glorious bunny
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Avisos: impact play, humilhação, degradação, extrema submissão.
Incesto entre irmãos de sangue.
Louis estava ficando cada vez mais maluco. Ele tinha um problema, um grande problema que se chamava Harry. Sua irmã mais nova.
Tudo começou quando a garotinha tinha dezesseis, tudo mudou em Harry, seu corpo ficou mais curvilíneo, suas saias diminuíram e os pijamas se tornaram transparentes, tudo culminando para o que aconteceria.
Agora, Harry já tinha dezoito à alguns meses e a cada dia que se passava ficava mais difícil para Louis, que sempre a tratou como a sua princesinha, sua bonequinha.
Louis viu sua irmã sair de casa à duas horas atrás, usava uma saia cintura baixa que mostrava a polpa da bunda gordinha e uma regata branca que marcava os mamilos dos peitinhos pequenos, sorrindo e se despedindo do irmão dizendo que iria voltar tarde. Os dois moravam juntos e sozinhos, Louis era o típico nerd que passava o tempo em casa estudando e jogando RPG enquanto Harry saía e voltava bêbada pra casa sendo sempre repreendida por Louis. O problema começou em um certo dia que teve um sonho erótico com a irmã, ele chupava sua boceta e estapeava enquanto ela gemia seu nome. Louis acordou assustado e duro, não demorando pra perceber que Harry realmente estava gemendo em alto e bom som no quarto ao lado.
Ele estava insano com tudo aquilo e, sabendo o quão errado era, decidiu procurar um método pra se aliviar dessa situação. Por isso estava num clube BDSM, bebendo uma cerveja enquanto criava coragem pra fazer o que havia ido para. Seu objetivo era um glory hole, uma boceta qualquer exposta para que ele fodesse e imaginasse a irmãzinha no lugar, podendo deixar sua imaginação fazer o que ele não podia fazer em casa. Ajeitou sua postura quando percebeu que ganhava olhares de alguns garotos por ali, prontamente virando sua cerveja e saindo, indo até o caixa.
- Quero um glory hole. – Disse direto, olhando nos olhos do atendente.
- Privado ou grupal? – Perguntou sem nem ao menos se importar com a obscenidade, acostumado com virgens usando o clube pra trepar pela primeira vez.
- Privado. – Louis nem sequer pensou, tirando da carteira cem dólares e passando pelo vidro.
- Mulher ou homem? Quer ver o catálogo?
- Mulher e não, não me importo nem um pouco com a aparência. – Deu de ombros, puxando sua ficha da mão do homem.
- Cabine três. – Avisou, vendo Louis assentir e sumir no corredor, sendo auxiliado por uma moça que o direcionou até a porta do quartinho.
Assim que entrou já viu a grande caixa com o buraco ao meio, ali só era visível as pernas arreganhadas da moça, ela apoiava os calcanhares na borda de madeira, sem nada os prendendo. Fechou a porta atrás de si, olhando para os lados e vendo as paredes repletas de acessórios, tinham desde chicotes e cordas até dildos e vibradores. Se aproximou mais, olhando a boceta sequinha, aparentemente ele iria ser o primeiro da noite.
- Você não está mais sozinha. – Anunciou, vendo a menina dar um pulinho de susto, achando graça. – Não quero que fale comigo, nem saiba meu nome. Eu vou foder sua boceta do jeito que eu quiser e eu espero que você esteja de acordo. No final eu irei olhar sua foto, agora quero te ver só como um brinquedinho. Estamos entendidos? – Disse autoritário.
- Uhum. – A moça disse baixinho, apenas um pigarro. Boa garota.
- Ótimo, gatinha. – Ele segurou os pés cobertos pela meia grossa, subindo a mão pelas pernas com calma, raspando o dedão na virilha. Ele olhou atentamente para o papel colado na cabine, lendo o que a garota permitia e o que não, ficando excitado demais por ver como ela gostava de apanhar e de brutalidade, exatamente o que gostaria de fazer essa noite. Queria se libertar dos seus rótulos, não queria ser o nerd que não pega ninguém, mesmo que essa não fosse a verdade; era como lhe chamavam. Harry saia e voltava de manhã, enquanto ele passava a noite no computador criando aplicativos e por mais que transasse sempre com as pessoas que queria, nada o satisfazia como ele imaginava que Harry poderia. Era exaustivo.
– Quero que goze na minha boca. – Ele cuspiu em cima da boceta, segurando as pernas abertas com firmeza, sentindo a garota arrepiar. Levou o indicador até a boceta, esfregando sua saliva nela toda, observando a garota se remexendo como podia. Afastou os lábios gordos, olhando o clitóris gostoso e sendo incapaz de não se abaixar pra lamber ela toda, fazendo a garota rebolar o quadril contra sua boca. – Que boneca sensível. – Ele riu batendo na boceta sem muita força, voltando a lamber o clitóris e sugar com delicadeza. Ele levou as mãos até a bunda gordinha, apertando com força e gemendo contra a boceta. Deslizou os dedos no buraquinho, sentindo ela toda molhada contra seus dígitos. – Isso boneca, fica bem molhada pro meu pau. – ele deslizou os dedos pra dentro, ouvido a garota gemer baixinho e rebolar o quadril, se empurrando contra suas estocadas lentas. Em sua cabeça, imaginava sua irmã deitada na sua cama, os peitos expostos cheios de saliva e vermelhos de tanto que ele bateu neles, ela estaria gemendo seu nome e se empurrando contra si exatamente como a garota fazia, gemendo e implorando pro seu maninho foder sua boceta logo, com a voz suave do jeitinho que ela sempre o chamava, manhosa e sensível, parecendo até uma virgenzinha inocente.
Com isso em mente ele passou a enfiar os dedos com mais força, indo o mais fundo que podia, saindo e entrando rápido, os gemidos da garota ficando baixos e enuviados por seus pensamentos tão obscenos. Esfregou seus lábios pela boceta com afinco, esfregando a língua com rapidez, sentindo a garota tremer e se apertar forte contra seus dedos, fechando as pernas em volta da sua cabeça. Ele se afastou, ouvido um gemido baixo saindo dela. Andou até os brinquedos dispostos na parede, pegando uma chibata simples, haste comprida e com um pequeno recorde de couro na ponta. Voltou até ela, passando a ponta do objeto pelas pernas fechadas que roçavam entre si tentando obter alívio na boceta. – Vou bater em você. – Disse em tom de aviso, batendo fraco na coxa, apreciando o modo que o quadril se levantou e as pernas fecharam com mais força. Bateu na outra coxa, dessa vez um pouco mais forte, ouvindo a garota gemer mais alto.
O gemido dela parecia tanto com o de Harry que ele teve que apertar o pau por cima da calça, procurando aliviar um pouco suas bolas doloridas. – Abre as pernas. – Disse rude, batendo na polpinha da bunda. Esperou as pernas arreganharem para si, deslizando a ponta da chibata pelo interior das coxas, batendo fraquinho contra o clitóris. As pernas dela tremeram e ele sabia que estava lutando consigo mesma para obedecer e manter as pernas abertas, apesar do medo e a certeza de que ele bateria contra sua boceta. Bateu contra o clitóris três vezes seguidas, pressionando e esfregando a ponta de um lado para o outro, como se esfregasse a pele para lhe dar alívio após a ardência. – Você é uma boa garota. – ele esfregou um pouco mais a ponta fazendo ela gemer e tremer, esfregando a bunda contra o apoio. Ele se aproximou segurando o objeto contra os dentes, fazendo carinho em suas coxas e segurando um tornozelo por vez, prendo cada um em uma contenção que era fica na parede do glory hole, deixando-a aberta e a impedindo de fechar as pernas. – Pode me avisar se for demais pra você, porém eu duvido que seja, não é? Uma puta tão boa, gatinha, quero que tente aguentar tudo, sim? – ele tomou seu tempo para observar a boceta úmida de lubrificação, ela vazava tanto que escorria até o cuzinho bonito, contraindo de tesão.
Puxou o quadril dela um pouco pra frente, deixando o bumbum quase todo no ar, se afastando pra bater com a chibata na bunda branca. Ela soltou um grito e ele gemeu, batendo de novo no outro lado, olhando como a pele era tão pálida que já se tornaram vermelha. Bateu contra suas coxas trêmulas, distribuindo pancadas por toda pele exposta, terminando em sua boceta que piscava e melava cada vez mais. Se aproximou segurando firme a bunda que ardia, esfregando a língua no cuzinho melado e subindo, tomando seu melzinho, esfregando a língua contra o clitóris. As pernas dela tremiam e as contenções faziam barulho enquanto ele chupava, sugava e estapeava sua bunda. Esfregou a língua com mais rapidez quando ouviu ela começar a bater na parede de madeira do glory hole, como se quisesse impedi-lo mas não quisesse dizer. Ela gemeu alto e gritado, levantando o quadril e gozando contra sua língua, as pernas tremendo e o quadril mexendo tentando fugir de mais estímulos.
Meu Deus, como ele precisava que fosse Harry à se submeter à ele dessa forma. Lambeu com calma a região sensível, se afastando pra ver a boceta brilhando contra a luz fraca e vermelha pela fricção que sua barba fez ali. – Que boceta gostosa, gatinha. Foi uma boa garota pra mim. – ele disse rouco, batendo contra o clitóris sensível e tirando um grito engasgado da garota, soando familiar. Voltou à imaginar a irmãzinha. – Se não houvessem normas dentro desse lugar, eu foderia sua boceta sem camisinha e encheria ela de porra. – Ele levou as mãos até sua calça, abrindo e tirando o pau pra fora, gemendo rouco enquanto punhetava devagar, aliviado. Puxou a camisinha do bolso e colocou em seu pau, se aproximando dela de novo e esfregando o pau no clitóris dela, dando batidinhas com ele na região sensível.
O barulho da contenção das pernas o tirou a atenção por um momento, percebendo que ela lutava para fechar as pernas. – Você vai ser uma boa puta pra mim de um jeito ou de outro, boneca. Está amarrada com a boceta bem aberta pra mim, não adianta tentar lutar contra isso. – Ele posicionou a cabecinha gorda e inchada contra o buraco molhado, empurrando devagarinho, fechando os olhos e visualizando sua irmã. Ela estaria com as mãos em sua nuca, fazendo carinho. Quando ele empurrasse, suas unhas se cravariam ali e seu rosto ia retorcer em prazer, as sobrancelhas juntas, a boca aberta gemendo alto. Ele começou a estocar contra a garota desconhecida, sabendo que se fosse Harry, ela estaria implorando por mais do seu cacete. – Você é apertada demais, boneca. – ele gemeu com a cabeça jogada para trás. A garota poderia ser alguém que ele não conhecia e fazia isso todos os dias, mas ainda assim era uma garota e merecia ter o melhor do puro prazer. Por isso ele cuspiu em cima do clitóris, masturbando ela enquanto ia fundo, empurrando até as bolas com força e descontrole. A cabine rangia e as contenções estralavam, tudo contribuindo para a desordem de seus pensamentos.
Harry iria implorar por si, pedindo com seu bico manhoso que ele lhe desse porra em sua boca, prometendo que engoliria tudo e seria uma boa menina, a sua boa menina, a irmãzinha e a princesinha de Louis. Eles estariam na sala para assistir filme juntos e Harry sentaria em seu colo como sempre faz, mas ficaria excitada. Ela ia rebolar lento em seu colo e gemeria baixinho, chegando à um ponto que olharia para ele e diria que sua boceta doía, que precisava que Louis à ajudasse com aquilo. Ele puxaria sua calcinha pro lado e puxaria o pau pra fora do shorts, empurraria seu pau pra dentro dela e mandaria ela sentar e rebolar bem gostoso, como a puta que o maninho sabia que tinha dentro de casa. Com seus pensamentos tão presentes ele não percebeu que estimulava a garota com rapidez, apenas foi tirado do transe quando sentiu ela gozar e ouviu seu grito ao longe, como se ele estivesse em outra dimensão. Seu pau foi esmagado com força no canal fervente e molhado. Ele gemeu alto, apoiando uma mão na cabine e segurando sua coxa com força, os dedos marcando a pele que ficava vermelha por tamanha possessividade. Sem se importar continuou estocando, dessa vez mais forte, lembrando de como Harry saiu de casa hoje.
Aquela maldita saia que mostrava a bunda dela enquanto andava, os peitos praticamente desnudos pela camiseta ser tão transparente quando era. A garota gemia alto e Louis parecia estar ouvindo sua irmã, o que deixou ele mais louco ainda de tesão, fodendo ela com mais força. – Isso boneca, geme alto, mostra que é grata por tudo que eu estou te dando. – Ele revirou os olhos por baixo das pálpebras, tentando imaginar como seria a boceta de Harry. Com certeza tão gostosa quanto a que esmagava seu pau agora com tanta força, como se quisesse que fosse cada vez mais fundo. Ele saiu de dentro da garota, indo até a seção de dildos e pegando um vibrador, voltando até ela. – Goza mais uma vez pra mim e eu prometo que vou embora pra você poder ganhar seu dinheiro, boneca.
Ele ligou o aparelho, esfregando em seu clitóris antes de meter o pau pra dentro dela de novo, ganhando uma sequência de gemidos altos e as pernas dela tremendo e se puxando, tentando ser libertada à todo instante. Ele riu de seu desespero e rosnou em tesão, fodendo ela com força, imaginando Harry desse jeito, implorando pra que ele parasse, sensível demais de tanto gozar em seu pau, chorando e implorando pra que ele terminasse em sua boca porque sua boceta já doía. Ele sentiu a garota se apertar com força em seu pau e sentiu um líquido quente esguichando em sua pelve, percebendo que ela ejaculava forte, esguichando o líquido incolor por todo seu pau. Ela gritava alto e puxava as pernas com força, fazendo Louis gozar forte dentro da camisinha e continuar estocando até que terminasse, ouvindo o choro abafado dela lá dentro.
Desligou o vibrador e encostou a cabeça na cabine, tentando regular a respiração antes de sair de dentro dela. Jogou a camisinha no lixo ao lado e arrumou o pau na cueca, fechando as calças. – Foi muito boa pra mim, gatinha. Uma boa boneca, um bom brinquedo pra foder. – Ele se afastou e guardou o vibrador e chibata que fora esquecida no chão em algum momento daquela noite.
Mas, tenho que te contar algo. Sabe em quem eu pensei esse tempo todo? – ele caminhou com calma até a garota, abrindo a contenção de uma das pernas e abaixando, beijando-a. – Na minha irmãzinha. Ah, gatinha, aquela menina não tem preço. Daria tudo pra foder ela do jeitinho que fodi você. – ele liberou a outra perna. – Mas obrigada por ter sido tão boa e obediente. – ele se afastou, dando um tapa cheio bem em cima da boceta, arrancando um grito alto da garota. - Eu vou olhar sua foto agora, gravar bem o seu rosto pra voltar aqui toda vez que quiser minha irmãzinha e foder você. – Ele deu a volta na cabine, indo até a entrada dos fundos dela para olhar a foto. Ele parou em frente à imagem grande, olhando a foto e sentindo seu sangue ferver instantaneamente – Harry. – chamou, dando um soco em cima da foto. – Você tá de sacanagem com a porra da minha cara? – ele girou a maçaneta, sendo impedido pela porta trancada. – Eu te dou cinco segundos pra abrir essa porra de porta pra mim. – anunciou, ouvindo a tranca girar. Empurrou a porta e viu sua irmãzinha peladinha, a boceta vermelha que ele tanto comeu e o rosto inchado de tanto chorar.
- Me desculpa. – ela soluçou, abaixando a cabeça.
- Porque caralhos você está aqui, Harry? Você tá maluca, porra?! – Louis gritou.
- Eu, eu não sei. – Ela disse confusa.
- Você vai sair daqui comigo, Harry. Não quero ouvir a porra de um pio. Me entendeu? – Ele se aproximou, olhando pros lados e vendo as roupas dela numa bancada. Suspirou frustrado ouvindo ela chorar baixinho, pegando a calcinha de renda branca que estava no monte de suas roupas e abrindo em frente as suas pernas. – Venha, coloque as pernas aqui. – Pediu, ela prontamente obedecendo. Subiu e ajustou a mesma em seu quadril, pegando a saia e fazendo o mesmo, repetindo o processo até ter vestido ela por completo. Segurou em sua cintura e a ergueu, a colocando sentada naquela espécie de cama do glory hole, a ouvindo choramingar pela bunda dolorida. Se abaixou e apoiou em apenas um joelho, colocando os tênis dela em seus pés. – Vamos, Harry. – Disse duro, saindo da cabine e esperando ela vir consigo. Parou em frente à foto, a puxando da madeira e amassando, guardando no bolso da calça. Quando chegou ao final do corredor, a segurança o barrou já que segurava o pulso de Harry com firmeza.
- Aonde você pensa que vai com ela?
- Pra casa. Ela é minha irmã. – Louis a desafiou, suspirando alto.
- É verdade. Nós vamos pra casa. – Harry fungou.
- Ela não vai sair daqui. – A mulher insistiu.
- Harry Edward Tomlinson, nasceu em 01/02/1994, tem dezoito anos e um péssimo gosto pra trabalhos. Ela gosta de ursinhos fofos e ser fodida por desconhecidos no tempo livre, aparentemente na mesma proporção. – Louis ironizou, tirando o RG do bolso e dando na mão da mulher, que viu que os sobrenomes batiam. – Viu? Minha irmã.
- Você está bem, Harry? Tem certeza que quer ir? – A segurança suspirou devolvendo o RG pra Louis.
- Tenho. Obrigada. – ela assentiu, seguindo Louis que apenas a puxou quando a segurança liberou a passagem.
Louis seguiu pra fora do bar e tirou a chave do Harry do bolso, desativando o alarme a abrindo a porta do carro para Harry, que entrou sem questionar. O caminho foi silencioso, Louis batia os dedos no volante tentando pensar no que faria com toda aquela informação. Ele queria tanto foder Harry que acabou fodendo, no pior lugar e da pior maneira possível, o ciúmes fazendo ele apertar o volante até as juntas dos dedos ficarem brancas em puro ódio contido. Harry chorava compulsivamente, tentando ser o mais silenciosa possível e falhando, os soluços quebrando o silêncio.
- Engole o choro, Harry. Não adianta chorar depois de ter oferecido a boceta por cem dólares e ter sido fodida por sabe lá Deus quantos caras. Seja menos patética. – ele coçou a barba, em momento nenhum desviando o olhar do caminho, torturando Harry com sua rispidez.
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Louis trancou a porta do apartamento dos dois, vendo Harry começar a se dirigir ao seu quarto, chegando na porta do corredor.
- Onde você pensa que vai, Harry? – Louis interviu, indo até o meio da sala e parando, cruzando os braços em frente ao peito. – Venha aqui. – mandou, esperando que ela se aproximasse. – Então quer dizer que eu tenho uma puta dentro da minha casa? – Disse firme assustando Harry. – É, irmã. Agora eu sei que você é a porra de uma puta, achou que eu não iria descobrir? O que foi? – Louis observou o modo que sua cabeça se mantinha baixa e ela brincava com a barra da sua saia. – Olha pra mim enquanto eu falo com você!
- Eu… Eu preciso de dinheiro, maninho. – Harry fungou olhando-o porém evitando o contato visual. – Eu precisava.
- Precisava de dinheiro, Harry? E porque não me pediu? Acha que eu fico enfiado o dia todo na merda do computador pra quê? – Louis questionou.
- Eu não queria te incomodar, queria conseguir por mim mesma. – Justificou.
- De quanto precisa?
- Quinhentos dólares. O restante eu já consegui. – Pigarreou.
- Ajoelha. – Louis mandou, vendo o rosto confuso dela. – O que foi? Ajoelha, porra! Consiga seus quinhentos dólares por si mesma. – Louis segurou os cabelos de sua nuca com força, puxando-a e a mantendo perto. – Não quer ser uma puta, maninha? Eu vou te tratar muito pior do que uma. – Louis juntou saliva na boca e cuspiu em seu rosto, acertando um tapa forte em sua bochecha. – Não me faça mandar de novo. – ameaçou. – O que foi, Harry? Está com essa cara porquê? – Ele observou seu rosto confuso.
- Você não parecia ser assim. – Harry juntou as pernas com força, sentindo a boceta esquentar com o tratamento rude do irmão.
- Achou que eu era um virgem incel? – Louis ironizou - Pois é, aparentemente nós dois estávamos errados um sobre o outro. – Ele lhe deu outro tapa na cara e cuspiu em seu rosto, esfregando e espalhando a saliva por ele todo. – Ajoelha. - soltou seus cabelos e a viu cair de joelhos no chão. Ela levou as mãos até o jeans de Louis, abrindo e puxando pra baixo junto com a cueca, gemendo baixinho quando viu o tamanho do cacete que havia fodido ela tão bem, totalmente duro. Ela segurou pela base e esfregou a língua na glande, sugando pra dentro e indo pra frente e para trás, tentando abrigar ele por completo. – Eu espero que você seja melhor do que isso, caso contrário nem pra puta você serve, Harry.
Louis gemeu rouco ao que ela levou ele mais fundo, engasgando e tendo que tossir antes de voltar a trabalhar. – Fica quieta, garota. Já que não sabe fazer deixa eu te usar pelo menos. – Louis agarrou os cachos bagunçados, puxando a cabeça de Harry contra seu pau e mantendo a glande em sua garganta, sentindo ela estapear suas pernas. – Pense nos seus quinhentos dólares, puta, aguente o que eu preciso e não vai precisar foder com outros quatro caras pra bater sua meta. – Louis passou a estocar contra sua boca, vendo como os olhos dela estavam vermelhos e chorosos. – Você é ridícula, Harry. Patética. – Louis puxou sua cabeça pra trás, tirando seu pau da boca dela e batendo com força em seu rosto, abrindo sua boca com rispidez e cuspindo dentro dela. – Engole. – Mandou, vendo ela obedecer, soltando um gemido manhoso que vez o pau de Louis pulsar. – Pra quantos caras você deu essa sua boceta, Harry? Já perdeu as contas? Esse tempo todo você era uma vagabunda desesperada por qualquer pau e não procurou seu irmão? Tão nojenta, escondendo de mim a única coisa que o maninho sempre quis. – Louis lhe acertou mais um tapa, vendo-a revirar os olhos em prazer. – Uma cadela desesperada. – ele puxou a garota pelos cabelos, metendo o pau na garganta dela de novo estocando com força. – Quinhentos dólares para um boquete de merda. – Grunhiu, sentido seu baixo ventre borbulhando de tanto prazer que sentia. – Se tivesse vindo falar comigo eu pagaria todo o dinheiro que você precisava em troca de foder sua boceta apertada e judiar de você, exatamente como você gosta, não é? Na sua lista dizia impact play, humilhação, CNC, spit kink, breeding kink…
Praticamente a puta perfeita, tão nojenta que aceita tudo por dinheiro e por um bom pau. – Louis não deixava de estocar e Harry batia contra suas coxas em desespero, ao mesmo tempo que sentia uma vontade imensa de gozar só por estar tendo a garganta fodida ela também sentia vontade de desmaiar sem ar, Louis definitivamente tinha sido o cara mais bruto e inconsequente que já tinha usado seu corpo. Seu corpo amoleceu e Louis finalmente a soltou, ela caindo de costas no chão com um baque surdo, puxando o oxigênio com dificuldade. Seu corpo tremia contra o piso gelado e ela fechava as pernas com força, colocando a mão aberta sobre sua boceta sensível, tamanha necessidade de ter o pau dele dentro de si novamente, colocando toda essa raiva deliciosa em estocadas rudes e tapas dolorosos. Seus olhos estavam fechados enquanto ela se retorcia e sua mente virava gelatina, sentindo Louis abaixar sua blusa e expor seus peitos, logo após a porra quente dele caindo sobre eles e seu rosto. Ela abriu os olhos e vendo enorme acima de si, parado em pé olhando-a com as pupilas dilatadas. Ele enfiou a mão no bolso da calça, tirando a carteira e jogando cinco notas de cem dólares em sua barriga. – Seu dinheiro. – ele guardou o pau dentro da cueca e subiu a calça, não se preocupando em fechar a mesma antes de desaparecer no corredor.
Harry fechou os olhos e respirou fundo, sentindo que tinha magoado seu irmão que tanto cuidava bem de si, sempre a ajudando quando chegava em casa bêbada ou quando sentia seu mundo desmoronar, tendo ele como seu pilar, precisando sempre dele e só dele para se sentir melhor.
Só Louis sabia como amá-la e compreendia tudo que ela era, tornando seus defeitos sua particularidade, a enxergando de forma bela e singular. Harry jamais imaginaria que ele a quisesse tanto desse jeito e sentiu a necessidade de tê-lo quando o ouviu segredar na cabine como havia ido até lá só para imaginar como seria fodê-la. No momento em que Louis disse a primeira palavra, ela soube que era seu irmão e foi incapaz de o avisar daquilo, deixando que as consequências se tornassem futuras e o momento fosse único, sabendo que teria o pau dele dentro de si. Imaginou como seria, achando que ele à trataria com carinho e sutileza, seu discernimento afetado na primeira estocada bruta que ele deu contra sua boceta. O modo que ele engoliu seu melzinho e estapeou seu clitóris, o modo que a fez esguichar contra ele e ainda assim não parou de meter até estar saciado.
A usando como um objeto, assim como havia prometido, imaginando seu corpo nu e seus gemidos mal sabendo que era exatamente ela à gritar por ele. Harry precisava ter Louis de novo, isso não poderia terminar ali com ela jogava contra o piso coberta de porra, ela precisava do carinho e da brutalidade do irmão, precisava ouvir ele sussurrando rouco em seu ouvido que sua boceta era boa de foder. Juntou suas forças e se levantou, deixando o dinheiro pra trás enquanto caminhava com dificuldade até o quarto dele, sua boceta doía por ter sido tão bem fodida e aproveitada, e ainda assim ela não saberia dormir sem que tivesse ele pelo menos mais uma vez dentro dela.
- Lou. – ela chamou com a voz trêmula, os dedos batendo contra a porta fechada do quarto dele. – Me deixa entrar. – Pediu chorosa, não obtendo resposta. Ela girou a maçaneta devagar, abrindo a porta e entrando, o vendo sentado preguiçosamente na cama, mexendo no celular. Harry foi à passos lentos até ele, se ajoelhando no meio de suas pernas e abraçando uma delas, esfregando o rosto sujo de porra em sua calça.
- O que você quer? Você está sujando minha calça, Harry. – Disse rude, voltando a rolar a tela do celular.
- Desculpa a maninha, Lou. Eu preciso tanto de você, eu posso te recompensar. Me deixa te satisfazer, realizar sua fantasia. – Ela se agarrou mais à perna dele, chorando contra o jeans.
- Você não enxerga o quanto está sendo ridícula? – Louis olhou em seus olhos, fazendo-a se sentir pequena e inferior. Sua boceta pingou contra a calcinha.
- Não me importo, maninho. Eu sei que estou sendo burra e patética, mas eu quero ser. Pra você. O que eu posso te oferecer em troca de me tocar mais uma vez? Quer meu rabinho? Quer gozar bem fundo na minha boceta? Quer que eu implore? Eu faço qualquer coisa pra ter você, Lou. – ela levou as mãos até a barra da blusa, tirando do corpo e deixando que os olhos dele queimassem sua pele. Levantou a bunda e abaixou a sainha junto com a calcinha, ficando peladinha. Levou a mão até os cachos bagunçados, ajeitando pra trás e fazendo uma trança desajeitada, sabendo que era o penteado favorito do seu irmão, o que ele sempre à pedia pra fazer. – Me usa, Lou. Usa sua irmãzinha, me castiga por ter sido ruim. – ela encaixou a boceta melada em cima do tênis dele, esfregando ela pra frente e pra trás enquanto abraçava sua perna. – Vê como eu posso ser boa? – Ela gemeu ao ver Louis analisar cada parte do seu copo exposto.
Louis fechou o aplicativo do celular, abrindo a câmera e ligando o flash bem em seu rosto, fazendo a irmã corar fortemente. Começou a gravar e ela parou os movimentos do quadril, ficando em choque com a atitude do irmão.
- Continue se esfregando como uma cadela no cio, Harry. – mandou, vendo ela assentir e voltar à se esfregar, morrendo de vergonha enquanto a boceta encharcava a camurça do tênis. – Me diga, você vai me desapontar de novo?
- Não. – ela disse firme, a cabeça balançando em negação.
- Vai dar a boceta pra mais alguém, Harry?
- Não. Ela é só do maninho agora. – Harry disse entre gemidos, se esfregando mais rápido inconscientemente.
- Conta pra eles de quem você é. – Louis lhe acertou um tapa forte na bochecha esquerda, logo dando outro com as costas da mão do outro lado.
- Do maninho. Eu sou só do Lou, a puta dele e só dele. – Harry gemeu alto, revirando os olhos. – Só ele pode usar meu corpinho.
- Muito bem. – afagou seus cabelos, fazendo ela sorrir boba. – Abre a boca. – Ele mandou e ela fez. Ele virou a câmera em direção aos dois, abaixando e enquadrando seus rostos quando ele cuspiu dentro de sua boca.
- Obrigada, maninho. – Agradeceu, beijando seu joelho coberto.
Ele terminou o vídeo, abrindo o Instagram e clicando nos stories, carregando o vídeo ali. – Vou postar no meu close friends. Se você deixar, eu uso sua boceta de vagabunda pra gozar. Se não, não irei confiar que você não irá trair minha confiança de novo e não farei nada com você. – Explicou. Em seu close friends só haviam Harry e dois amigos de confiança de Louis, ambos eram doidos pra foder sua irmãzinha e ele sabia, entretanto, Louis não perderia a oportunidade de fazer Harry acreditar que a escola inteira saberia como ela era uma puta que dava pro irmão, totalmente nojenta.
- Tudo pra ter meu maninho pra mim, feliz comigo. Pode postar, Lou. – disse amedrontada mas mais do que isso, completamente excitada por imaginar o quão suja se sentiria com os olhares dos outros em si.
- Garota esperta. – Louis postou, colocando o celular em cima da mesa de cabeceira. – Pronto, agora me peça desculpas por ter sido idiota.
- Me desculpa, Lou. Eu fui muito burrinha, eu não pensei direito nas consequências, não pensei em você. Eu deveria ter te pedido ajuda, deveria ter guardado minha bocetinha só pra você usar. Eu me arrependo muito, maninho, nunca mais vai acontecer. – prometeu. – O que eu posso fazer pra você me perdoar?
- Levanta e apoia os peitinhos na cama, joelhos no chão e as pernas abertas. – mandou, levantando quando ela se afastou e se ajeitou como mandado. Ele foi até o guarda roupa e pegou um cinto, dobrando e parando atrás da bunda aberta, olhando o cuzinho contraindo e o melzinho pingando no carpete. – Não quero que tente fugir. Pode gritar, gemer, espernear. Não fuja e não diga nada além de me agradecer. – Instruiu dando a primeira cintada, o barulho cortando o vento antes de estalar na pele branca, tirando um grito alto de Harry que não esperava tamanha dor de primeira. Ele bateu de novo, do outro lado da bunda, ouvindo Harry gritar um obrigada. Bateu de novo e de novo, não dando descanso até que a bunda se tornasse vermelha. – Porque você está apanhando, Harry? – Perguntou apertando a bunda dolorida com força, dando tapas contra a pele sensível.
- Eu, eu fui muito má. Ruim pra você. – ela soluçou, os bicos do peitinho esfregando no lençol e fazendo ela pingar mais ainda.
- Você vai ser ruim de novo? – ele passou a acariciar a carne machucada, trazendo uma sensação de cuidado para Harry.
- Não maninho, não vou. – Negou, gemendo manhosa com o carinho.
- Conte comigo. Mais dez cintadas e seu castigo acaba. – Tranquilizou, se curvando para deixar um beijo casto em cada banda, não demorando a acertar uma cintada forte, os pontinhos de sangue aparecendo na mesma hora. – Um.
- Um. Dois. Três. Quatro. Cinco. – a cada número ele batia mais forte, tirando Harry de órbita, fazendo sua boceta contrair implorando um orgasmo. – Maninho, eu posso, ah! Seis! eu posso gozar? – disse meio confusa, esfregando o rosto no lençol e secando suas lágrimas no mesmo.
- Pode. Na décima. – avisou, lhe dando mais uma.
- Sete. Oito. Meu deus! Nove. – as pernas de Harry tremeram, o orgasmo começando a sair do seu corpo. – Dez! - Ela gritou, a boceta esguichando contra o chão, seu corpo tremendo forte. Louis segurou em sua cintura, não deixando que ela desabasse contra o chão.
- Muito bem, maninha. Você foi muito bem. – Ele beijou sua coluna, puxando Harry pra cima da cama e a jogando deitada de bruços. – Uma boa puta. – a virou de frente para si, subindo em cima de seu corpo e atacando seus peitinhos, lambendo eles e apertando contra as mãos, mordendo e estapeando, apreciando a pele se avermelhando. – Agora sim eu vou te usar pra me satisfazer, sim? – avisou.
- Sim. – ela gemeu, tentando esfregar a boceta contra o pau marcado dentro da calça jeans.
- Eu fico maluco com esses seus peitinhos Harry. Caralho, você me tira do sério saindo com eles praticamente expostos na rua. – Ele falou apertando um contra a sua palma, lambendo o biquinho de mordendo, mamando neles.
- Eles são seus, maninho, só seus. – gemeu com os olhos cheios de lágrimas, a boceta pulsando, o baixo ventre implorando por bastante porra dentro dela.
- É óbvio que são, Harry. Você é minha. – ele disse possessivo, lambendo a carne de seu pescoço, mordendo e marcando com um chupão. – Toda minha, bebêzinha.
- Maninho… – ela gemeu baixinho. – Preciso tanto do seu pau dentro da minha bocetinha, amor. Ela tá tão molhada pra você. – choramingou. – Usa ela, por favor. – ela enroscou as pernas nos quadris de Louis, puxando ele pra perto.
- Mas tanta gente já usou ela, maninha, não tem mais graça. – Provocou, sussurrando em seu ouvido.
- Marca ela como sua maninho. Goza lá dentro, sim? Nunca deixei ninguém gozar dentro dela. – Ela dizia toda desesperada, esfregando a boceta de um lado pro outro no cacete, o zíper trazendo incômodo na região mas não à impedindo de implorar devidamente.
- Nem seus namoradinhos? – o corpo dele enrijeceu e ele olhou bem no rosto choroso dela.
- Nem eles, maninho. Você pode gozar dentro dela e postar uma foto mostrando que ela é sua. – sugeriu chorando, um bico nos lábios. Estava dolorida de tanto tesão, ela precisava de Louis dentro dela e faria qualquer coisa pra ter seu perdão e sua porra.
- Você faria isso por mim, bebezinha? – Louis sorriu ladino, dando um beijinho em sua bochecha.
- Sim Lou, tudo que o maninho quiser. Você sempre cuidou tão bem de mim, tenho certeza que vai cuidar de novo, não é? Eu posso ser sua e só sua bebezinha. – dizia desesperada.
- Vê como fica adorável desse jeito? Sabendo que o maninho é a melhor coisa na sua vida? Huh? – ele beijou o cantinho de sua boca, vendo ela virar a cabeça pra lhe dar um selinho. – Quer meu beijo, Harry? – ele riu ao vê-la assentir, lambendo os lábios dela. Deu um selinho calmo, puxando o inferior entre os dentes e afundando a língua na boca quente, a beijando e impulsionando o pau duro contra a boceta molhada, ambos gemendo entre o beijo.
- Dá seu cacete pra mim, Lou. Fode minha bocetinha, ela tá tão, tão molhada, tá doendo de tão vazia. – manipulou, sentindo ele soltar suas mãos e levantar da cama. Tirou a camiseta, a calça e a cueca, fazendo Harry gemer com a visão. Era óbvio que Harry tinha consciência de como o irmão era bonito, mas jamais imaginaria que sua boceta doeria tanto por vontade de ter o pau grande e grosso dele metendo bem fundo em si.
- Minha boneca. – Ele abriu as pernas dela com firmeza, olhando a bagunça molhada que ela estava.
- Boneca não. – Ela brigou, fechando o semblante e as pernas.
- Porque não? Você sempre foi minha boneca. – Louis beijou seus joelhos, abaixando as meias que ela usava e tirando uma por uma.
- Você me chamou de boneca lá no glory hole. – ela virou a cabeça, desviando o olhar.
- Sim, mas o que isso tem a ver? – ele fazia carinho em suas coxas.
- Poderia ser qualquer uma! Você nem sentiu culpa de usar nosso apelido com outra. – implicou.
- Harry, era você lá. Não sei se você se perdeu aí no meio do raciocínio. – Louis riu incrédulo, reconhecendo sua irmãzinha raivosa ali.
- Mas se fosse outra ainda assim você teria chamado de boneca, oras! – Fez bico.
- Ok, meu bebezinho. – Louis esfregou sua barba entre seus joelhos fechados. – Minha coelhinha, certo? – Fez carinho em seus quadris, a vendo olhar em seus olhos e assentir. – Abre as pernas pra mim, coelhinha. – sorriu safado, ela afastando-as devagar. Ele se encaixou no meio delas, esfregando a cabecinha inchada do cacete bem em seu buraquinho molhado. – Mas não ache que eu te perdoei, Harry. Você foi muito, muito ruim. Sabe que deveria ter oferecido a boceta pra mim primeiro, não sabe? Que tipo de irmã você é? Huh? Mamãe e papai ficariam muito bravos de saber que você não foi boa pro maninho. – Ele empurrou o pau pra dentro, enfiando até as bolas de uma só vez. – Boceta boa do caralho. – Grunhiu pelo aperto, gemendo rouco no ouvido dela, assim como ela gritou arqueando as costas.
- Estou sendo boa agora, não estou maninho? Não posso mudar o que eu fiz, mas prometo que vou ser muito obediente com você agora, tá? – Ela segurou em sua nuca, arrastando as unhas ali. – Me fode Lou. Meu Deus, eu queria tanto ter gritado seu nome lá, pedido pra você me foder, pra judiar dos meus peitinhos. – Ela choramingou, rebolando.
- É, maninha? Que boa menina você é. – Ele tirou o pau todo, voltando a penetrar com força, o pressionando fundo.
- Sim, sim, sim, sim! – Harry gemeu alto, revirando os olhos. – Fode a boceta da sua irmãzinha Lou, fode? – choramingou, arranhando toda costa dele, gemendo ao sentir tesão nos músculos de suas costas.
Louis se ajeitou nos joelhos e passou a estocar contra ela, pegando força e mantendo o ritmo constante, gemendo contra o pescoço dela enquanto sentia suas unhas rasgando suas costas, os gritos e os gemidos altos que ela emitia.
- Seu pau é tão bom maninho, o melhor que já me fodeu. – choramingou com as pernas trêmulas, fervendo que sua fala irritou seu irmão quando ele passou a estocar com mais força e mais rápido, uma mão possessiva em sua cintura apertando com tanta força que era incômodo. – O melhor Lou, o único que vai ter minha boceta agora, sim? Só você. – Gemeu manhosa, assustando quando recebeu um tapa no rosto.
- Puta do caralho. – Ele a xingou, segurando em suas bochechas com força e abrindo sua boca, cuspindo nela. – Engole e agradece. – Mandou, vendo ela engolir e falar um “obrigada” baixinho. – Uma vadia do caralho, coelhinha. Você é tão, tão inútil. – ele riu quando sentiu a boceta pulsar forte em seu caralho. – Sorte que eu achei uma boa função pra você, não é? Quer ser meu brinquedinho, bebê? Vou te deixar sempre ocupada, mamando meu pau e tomando meu leite, sentada no colo do maninho com meu cacete bem fundo dessa sua boceta de puta, deixando ele quentinho enquanto eu estudo. Se esfregando em mim como uma cadela no cio quando meus amigos estiverem aqui, mostrando pra eles de quem você é, que me pertence. – Ele estocava lento e fundo, querendo esporrar dentro de Harry só por tê-la chorando e assentindo, pulsando forte por ser humilhada.
- Minha puta burra finalmente tem um valor, sim? Ser meu bibelô. Vou te usar tanto coelhinha, você vai ser meu depósito de porra. Vou entrar no seu quarto, te usar e deixar sua boceta cheia quando eu quiser. Quem sabe eu não passo na sua faculdade um dia desses, huh? Te puxar pelos cabelos pro meio da floresta e foder você contra sua vontade, enquanto você implora que tem que voltar pra aula porque é muito burrinha e não consegue aprender sozinha. – Louis viu ela revirar os olhos e sua boceta contraiu tão forte que ele gemeu alto. Ele riu da garota. – Oh meu Deus, você ama tanto se sentir inferior, coelhinha, o maninho sabe.
- Faz a sua putinha burra gozar, maninho? – ela choramingou. – Pelo menos minha boceta é boa pra você? – Ela arranhou o peitoral de Louis, o olhando com esperança.
- Não sei… Acho que vou ter que foder seu rabinho pra descobrir pra quê você serve, qual buraco é melhor. – Ele riu quando ela apertou mais as pernas em seu quadril, pegando impulso pra tentar foder sua boceta mais rápido. – Vai dar o cuzinho pro maninho deixar bem larguinho? – Ele mordeu o queixo dela.
- Vou maninho, só me faz gozar por favor. – Ela assentiu. – Preciso muito, eu só sei fazer isso, não é? Eu preciso muito gozar Lou, por favor.
- Mas se você é meu brinquedinho você não precisa se satisfazer. – ele provocou, vendo ela começar a negar com a cabeça e chorar olhando em seus olhos. – Tudo bem, tudo bem, o maninho entendeu. – ele a acalmou. Ele tirou o pau de dentro da boceta, guiando até o cuzinho melado, começando a empurrar. – Respira e não tenta fugir. – ele beijou sua bochecha enquanto ela chorava soluçando. – Esse é seu último castigo e depois o Lou vai te agradar, me fala uma palavra.
- Bibble. – ela soluçou.
- O seu urso favorito né? Tá bom, se quiser que o maninho pare chama o Bibble. Vi que gosta muito de CNC e olhe só, o maninho também. Então não tenta fugir de mim e relaxa, deixa o Lou foder seu cuzinho até você implorar pra parar. – ele sussurrou no ouvido dela, empurrando o pau pra dentro, mantendo só a cabeça gorda pra dentro. – Isso mesmo, bebê, chora no meu pau.
- Tá doendo muito Lou, tira. – pediu apertando o cuzinho, fazendo Louis gemer. Ele riu dela, cuspindo em seu rosto e empurrando o cacete todo pra dentro, levar sua até até o clitóris sensível e começando a esfregar lento.
- Tão apertado amor, vai ser tão bom ver ele arrombado pelo meu cacete. – Ele tirou até a cabeça e voltou fundo, arrancando um grito dela.
- Dói! Caralho! – ela lhe deu um tapa no braço e Louis paralisou. – Desculpa, desculpa!
- Tudo bem. – ele segurou seu pescoço e apertou, passando a estocar forte e rápido contra o cuzinho dela. – Cadela boa! Agora sim, amor. Chora, pode chorar, mas chora gozando e agradecendo por eu te foder tão bem. – Ele a beijou, soltando seu pescoço e passando a esfregar seu clitóris de novo. – Eu ainda vou encher esse seu cuzinho com tanta porra, coelhinha. Vou te mandar pra escola com sua sainha curtinha, sem calcinha e com o rabinho largo escorrendo porra pelas coxas. Quero te ver correndo pra entrar no carro quando eu te buscar, ansiosa pra me mostrar que só de pensar no maninho sua bocetinha já se melou inteirinha. Quero que fique sempre, sempre cheia de mim, que diga pros seus amiguinhos o quão bom o maninho é pra você, o quanto só ele é capaz de te deixar satisfeita. – Louis estocava forte e fundo, sentindo a cabecinha do seu pau sendo esmagada dentro do rabo apertado. – Vai contar pra todo mundo o quão vagabunda você é, coelhinha? Vai dizer que implorou pro maninho foder você? Que se esfregou no meu sapato igualzinho uma cadelinha no cio? Huh? – ele riu do desespero da garotinha, sentindo o rabo cada vez mais larguinho, o apertando pouco demais.
– Sabe o que eu descobri, Harry? – Ele a beijou, estocando e mantendo no fundo.
- O que, maninho? – choramingou.
- Que eu prefiro sua boceta. – ele riu. – Senta em mim, Harry. – Ele tirou o pau de dentro, sentando. Ela apenas chorou baixinho e arrastou até ele, sentando em seu colo e guiando a glande pra sua boceta, sentando de uma vez só. Louis abraçou sua cintura e enrolou uma das mãos em sua trança, puxando pra trás e a deixando arqueada. – Senta. – mandou. Harry apoiou as mãos em seu peito e obedeceu, sentando e rebolando os quadris, gemendo alto com a cabeça sendo puxada pra trás. Louis segurou firme em sua cintura e começou a estocar pra cima, mordendo mamilo e sugando, começando a abusar dos peitinhos gostosos. Levou sua mão até o clitóris e começou a esfregar ele rápido, ainda puxando a trança pra trás e a fodendo.
- Lou! Maninho, eu vou gozar maninho. – Harry gemeu alto.
- Goza coelhinha, goza no meu pau. – ele começou a estocar mais forte e descontrolado, fazendo a irmã gozar forte esmagar seu pau, estocando mais e mais forte até que ela gritasse alto sua palavra de segurança e ele gozasse instantaneamente bem no fundo da boceta maltratada. – Amor? Eu te machuquei, coelhinha? Oh meu Deus. – ele à abraçou e começou a fazer carinho em suas costas, beijando sua bochecha, o bico dos lábios, os ombros e a clavícula. – Bebê do maninho?
- Oi, Lou. Desculpa, me desculpa mas tava sendo muito, eu tava sentindo você em todo lugar e eu não tava conseguindo entender o que tava acontecendo. – ela escondeu o rosto na curva do pescoço dele.
- Calma amor, você ainda é minha princesa, meu bebezinho, minha e só minha. Não estou bravo, não precisa se desculpar, eu gozei muito gostoso dentro da sua boceta. Seu corpo é tão bom, amor, seu rabo tão apertadinho e a boceta também, esmagando meu pau e me fazendo sentir tão bem. – ele fez carinho em seus cabelos.
- Não sou burrinha e imprestável? – Ela falou baixinho, arrancando uma risada gostosa de Louis.
- Não, amor. Eu falei tudo aquilo porque você estava gostando, não estava? – ela assentiu. – Então, não significa que é verdade. Você é boa, Harry, a melhor. Melhor boceta que já fodi, melhor rabo que já comi, melhor mulher que já gozou já minha boca. A melhor em tudo, bebê, Inclusive a melhor maninha do mundo, sim? – Ele sorriu ao sentir ela concordando. – Olha pra mim. – ela o fez com os olhos chorosos e um bico. – Maninho está muito orgulhoso e te ama muito, tá bom? Você foi ótima pra mim, vou sempre querer te comer bebê. – Ele sorriu ao vê-la assentir com um sorriso preguiçoso e cheio de covinhas. Ele se aproximou, beijando sua boca e fazendo carinho em sua coluna, um beijo arrastado e preguiçoso, cheio de amor e cuidado. – Não quero mais você fazendo esse tipo de coisa, Harry.
- Posso fazer só pra você? – Ela sorriu safada e Louis riu aliviado. – Não foi uma coisa de um dia só, né? Porque vai ser terrível ter uma vida sexual depois do que aconteceu nesse quarto. – Ela riu e ele também.
- Não quero que seja, mas teremos tempo pra entender e organizar os pensamentos. Te amo muito, maninha. Vou pedir pizza, nós vemos filme e te dou muito carinho do jeito que você gosta. – Ele disse e ela assentiu.
- Me dá banho? Não consigo me mexer. – ela riu e ele assentiu, beijando sua boca. – Me beija pra sempre por favor. – Sussurrou em meio ao beijo, fazendo ele rir. – Será que é tão bom porque tem gosto de errado?
- Não, é porque nossa mãe fez dois gostosos e dois safados bons de cama e achou que ia ser tranquilo deixar eles dois morando juntos. – Ele riu, umedecendo os lábios antes de ser sincero. – É bom porque tem seu gosto, maninha. – Ele levantou da cama com ela no colo, fazendo seu pau sair de dentro dela e a mesma soltar um gemido reclamão.
- Te amo muito maninho. – Ela beijou seu pescoço. – Mas eu amo muito mais o seu pau.
- Ok, eu consigo conviver com isso. – ele respondeu rindo, indo até o banheiro.
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u-emo-r · 22 days
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𝒔𝒕𝒂𝒓𝒕𝒆𝒓 𝒑𝒂𝒓𝒂: Erik @erikxphantom 𝒐𝒏𝒅𝒆: o pub.
Romeu mal se passava por um pessoa, com a cabeça apoiada nas mãos e os cotovelos rígidos contra o balcão do pub. Um desesperado; ele tinha a aparência de um homem em ruínas. O tipo de homem que vai ao bar à procura da dose que atenuasse o desespero cravado aos pedaços do seu coração. Acontece que os últimos acontecimentos (a mudança da sua história de amor para uma história de suicídio duplo suuuuper romântico!) poderiam com facilidade justificar o tal estado de agonia, e assim ele se permitiu afundar ainda mais nessa... coisa. Romeu, um pouco bêbado, espreguiçou-se. Um gesto calmo, casual, que acabou despertando sua atenção para uma única moeda dourada que caia no chão há poucos centímetros dele. Girando, girando, girando. É claro: ela tinha um dono, ao qual Romeu tratou de se apresentar após tomar a moeda na palma. ⸻ Aqui. Você derrubou isso.... ⸻ mas sua mente distraída não contava que o dono tivesse dois olhos azuis muito familiares. Nem que se chamasse "Erik", e que aparecesse à sua frente semanas depois de Montéquio ter rompido um vínculo de amizade sem explicação. Estalou a língua no céu da boca. ⸻ Ah. Oi. Ele se mexeu no assento — um movimento ansioso, nunca conseguia ficar parado por muito tempo —, e convidou Erik a tomar o banco à esquerda com tapinhas sobre a madeira rígida. Tudo bem: não foi nada legal da sua parte ter começado a evitar Erik por uma razão que o próprio Romeu se recusava a admitir para o espelho. Mas, agora, Romeu sentia-se solitário. Sem marido, sem amigos, sem família — já que sua mãe se negou a olhar para o filho desde que o escândalo envolvendo Tadeu se espalhou pelos ouvidos da nobreza — e sem o seu "felizes para sempre". Ele desejava a companhia de alguém. De Erik. Sentia-se exausto de encarar as paredes do escritório, a brancura do papel sulfite, as prateleiras repletas de livros. Romeu nunca foi tão egoísta a ponto de exigir a compreensão dos outros acerca dos seus problemas, mas agora se via à procura da empatia de um homem que até então tinha desapontado — "Erik está desapontado?", ele se perguntou pela centésima vez naquele mês. ⸻ Fique, é por minha conta. Não nos falamos há um tempo considerável... ⸻ pediu ao funcionário encarregado do bar duas doses extras. Copos foram imediatamente servidos, deslizando pelo balcão. ⸻ E estou curioso sobre o quê você anda aprontando... como vai a vida?
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cartasparaviolet · 1 year
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Tenho passado a maior parte do tempo em meu ateliê particular, ultimamente. Espaço recluso e aconchegante que habita minha alma artística, enfeitados de inúmeros quadros emoldurados nas paredes recheados de memórias de tempos pretéritos. As janelas permitem uma vista belíssima da cidade enquanto a iluminação solar dá um ar natural ao ambiente, lembrando uma casa de campo. Há vasos de flores e as mais variadas plantas, envolvendo todo aquele recinto, por entre as mesas de madeira em meio a vários materiais espalhados por todos os cantos com a finalidade de reparar, pintar e dar vida àquela produção recolhida após os rascunhos saírem do papel um tanto danificados e terem retornado para uma supervisão. Encontro-me ajustando todas as suas formas, tamanhos, detalhes e seu conteúdo. Uma reforma íntima imprescindível. A manutenção de uma coletânea antiquada de um velho eu. Um trabalho imenso e minucioso reconstruir parte por parte daquela obra, mas a recompensa seria gratificante. Tinha a imagem mental da pintura perfeita, uma que no mínimo, honrasse a minha essência. Muitos não foram capazes de observar a sua imagem e captar a mensagem intrínseca daquela obra prima nem sua representatividade. Cenários distintos com uma paleta de cor indefinida, contextos abstratos e horizontes depreciados precisavam de ressignificação. Resolvi de uma vez por todas recolhe-la e colocar no devido museu: o altar do meu coração. Redefinindo o significado de meu sorriso de Monalisa para que transmitisse a todos a verdade através de um brilho contagiante nesse novo quadro reformado ao meu bel prazer denominado: eu.
@cartasparaviolet
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ravween · 11 months
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                           𝕯𝖆𝖗𝖐𝖓𝖊𝖘𝖘 𝖆𝖓𝖉 𝖑𝖔𝖓𝖊𝖑𝖎𝖓𝖊𝖘𝖘
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 ʿ ⋆                                      a noite parecia encantada, o céu estava estrelado, um manto de diamantes cintilantes espalhados na imensidão azul. a lua, plena e brilhante, assistia a tudo com seu olhar prateado. ao redor, vozes de alegria se erguiam, e o crepitar das chamas da fogueira enchia o ar de calor e energia; chamas estas que se erguiam tão alto que olhar diretamente era difícil. a noite da festa do equinócio de outono onde a tradição dos pedidos às lanternas tinha sido restaurada depois de tanto tempo sem ser realizada estava surpreendente. raven nunca teve a chance de participar de algo assim, sempre preso na torre nessas datas, olhando para o céu que se enchia com os pequenos balões flutuantes alimentados pela chama laranja. a pintura de rapunzel na parede lhe deixava com o pensamento de que apenas ela entenderia a solidão de observar a imensidão de luzes brilhantes que carregavam desejos e preces das pessoas de norvina. à medida que elas eram acesas, desejos eram sussurrados as chamas e elas eram lançadas ao céu, como mensageiras de esperança e desejos, sendo levadas direto para a estrela.
mas já era o fim da noite quando raven tentou deixar de lado os preconceitos e os receios para pegar uma das lanternas de papel. os olhos de íris âmbar ficaram presos por alguns instantes naquele item tão bobo e simples, não era possível que algo assim pudesse ajudar a realizar desejos, mas no meio do desespero, essa era sua última tentativa. no coração de raven havia uma dor profunda, uma tristeza que parecia crescer a cada dia mas que hoje tinha ganhando um espaço maior e mais profundo. se sentia como um farol solitário em uma ilha deserta, cercado pela escuridão da solidão. tinha experimentado a sensação avassaladora de ser deixado para trás muitas vezes ao longo de sua vida sempre vendo as pessoas entrarem e saírem de sua vida. amigos que prometeram amizade eterna, amores que juraram fidelidade, todos partindo, um por um. embora agora não fosse de fato uma repitação de algo assim com belladonna, raven sentia como se fosse. cada despedida deixava uma ferida mais profunda em seu peito, fazendo-o se questionar se gothel tinha razão com as palavras que dizia enquanto ele crescia.
às vezes, se perguntava se havia algo de errado consigo, algo que repelia as pessoas. sentia que carregava uma solidão densa, uma barreira que ninguém conseguia atravessar e, quando faziam, estavam cansados demais ao ponto de acabar desistindo no meio do caminho. queriam espaço de si, lhe afastavam. seu coração era uma prisão de emoções reprimidas, uma tristeza que nunca se dissipava, que apenas aumentava com o tempo. uma coleção de atritos e decepções. hoje ganhava mais uma.
a cada novo adeus, raven se afundava mais na convicção de que as pessoas eram passageiras. mas hoje, isso ia acabar. deixaria ali naquela lanterna toda agonia e tentaria se agarrar ao fio fino de esperança de que seu desejo se tornaria realidade. se aquela tradição era tão antiga, então devia haver um fundo de verdade nisso. raven se agachou para pegar um pedaço de madeira queimada e desenhar com a parte escura uma pequena estrela para marcar aquela como sua. fechando os olhos por alguns instantes, apenas desejou. que tudo isso passe, que isso saia de mim, que as coisas mudem. eu não quero sentir nada disso. chega.
as palavras foram sussurradas para a chama e então lançou-a no ar, vendo-a subir lentamente para se juntar as outras lanternas. ou ao menos achou que era isso que aconteceria. o ar que antes era ameno e confortável, transformava-se em algo frio, desconfortável de repente. algo incomum acontecia. a chama da grande fogueira mágica, que crepitava em tons de laranja, se apagou abruptamente, como se um sopro gélido do desconhecido a tivesse extinguido. o ar que antes estava preenchido com risos e música se tornou silencioso. as lanternas, que antes haviam subido em um espetáculo de luz e cor, agora flutuavam lentamente para baixo, caindo devagar sem o fogo para as alimentar.
raven perplexo e apreensivo, olhava para o vazio onde a fogueira outrora queimara. e isso piorou com a manifestação do poder do garoto esquisito das visões. a voz grossa e desconhecida, como uma névoa escura, inundava o local em pânico e trazia para si um aumento daqueles sentimentos ruins que antes tentou depositar na lanterna, quase como se trouxesse de volta para seu interior tudo aquilo ainda mais potente. seu desejo não iria se realizar e de quebra, ganhava mais um ponto para se preocupar. seria a hora de que em Tremerra? o fim? de quem era aquela voz? aquela energia que pairava no ar? podia sentir o gosto de ferro na boca, o gosto de lama pesada de tão forte a energia se espalhava pelo lugar. seus poderes não se descontrolavam por causa das luvas mágicas, mas era quase como se nem as usasse naquele momento, como se pudesse sugar a energia de tudo a sua volta.
foi a água em seus pés que lhe tirou daquela agonia interna, passou então a ouvir os gritos de desespero e pânico dos colegas ao seu redor. o garoto estava morto, derin parecia desolada e bree certamente era a autora de tanta água quehe trazia de volta à realidade. merda. a lanterna que antes tinha jogado ao céu agora estava ainda bem a sua frente a estrela desenhada no papel dava-lhe a certeza de que era a sua. sequer tinha chegado a subir tão alto. tudo o que tentava fazer era minado e destruído. o ovo virando pedra tinha sido um mau agouro ou apenas um sinal de que gothel tinha mesmo razão? ele trazia dor e desespero. ele era jabez. era assim que devia ser tratado. via isso agora.
personagens citados: @bolladonnas @justabreezz @devillvesteprada
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klimtjardin · 1 month
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Golden Age
NCT Fanfiction | Capítulo 15
{Avisos: menção à doença grave | Anteriormente: Taeyong abre uma parte de seu coração para você, o que os torna mais próximos; neste capítulo, você consegue um contato maior com Jaehyun!}
Doyoung aparece em minutos, bem menos cansado do que se lembram de tê-lo deixado no hospital. Não é que se sinta mais animado, longe disso. Apenas teve tempo suficiente para compreender sua nova realidade.
Ele logo lança um sorriso ao ver você e Taeyong juntos, no balanço de madeira em frente a casa de seus pais, e sem dizer palavra, acomoda-se entre os dois. Vocês três, tão diferentes e com experiências tão únicas, juntos. 
Há apenas silêncio, uma ruma de palavras não trocadas e companheirismo. Olhos que bordam e rebordam o céu cintilante de estrelas, mãos que nervosas adornam suas latas de bebida.
É óbvio que não há mal que sempre dure; em dois dias, o Sr. Kim pode voltar a desfrutar do conforto do lar enquanto os seus entes queridos, tanto quanto ele, aguardam seu diagnóstico. Nos dias conseguintes, você se põe a trabalhar como nunca para terminar a tela encomendada por Taeyong. Entre uma pincelada e outra, foge para a casa do senhor e senhora Kim, onde maiormente encontra Doyoung e por vezes Taeyong também. Algo nitidamente muda em você desde aquela noite. Consegue relevar com mais facilidade apesar de ainda se incomodar com os modos do rapaz.
Termina a tela de Taeyong em tempo hábil. É verdade que o trabalho te faz dispersar da maioria dos pensamentos. O acontecimento com o Sr. Kim, sem querer, desconstrói verdades que eram antes sólidas para você. Tem medo. Se julga ainda despreparada para enfrentar essas ideias.
Manda uma mensagem para Taeyong avisando que chegará com a tela na floricultura. Assim, quando o carregador entra na loja, há alguém à espera. E para sua surpresa, esse alguém é Jaehyun. O amável sorriso enfeitado por covinhas nas bochechas é a melhor recepção pela qual poderia pedir. Seus pés quase saem do chão e até mesmo River, seu ex-colega de trabalho, percebe, e os deixa a sós.
— Oi. — Jaehyun sorri um sorriso ridiculamente adorável que ficará impresso na sua mente até você pegar no sono, mas não sem antes balançar as pernas feito uma adolescente. — É a tela que meu irmão encomendou, não é? — Ele se oferece para abrir o pacote embalado em papel pardo, que é deixado pelo carregador na bancada de atendimento.
Ansiosa, permanece em silêncio. É um sentimento misto este, de quando alguém descobre uma de suas obras. Quer perceber cada detalhe da reação, um músculo que delate satisfação ou o contrário disso. É estúpido perguntar se o cliente gostou, qualquer um poderia mentir, e você se esforça para tentar capturar essa resposta se for o caso. É um sadismo, talvez, mas não consegue evitar. É como se fizesse parte da finalização da sua arte. “Pronto, agora acabou”, este é o sentimento.
Jaehyun fica em silêncio por sólidos segundos até outro sorriso brotar em seu rosto:
— Eu amei as cores, de verdade. Me lembra Monet; como um sonho de impressões. Me sinto flutuando pelos jardins de Giverny. Você é realmente talentosa, sem dúvidas do porque meu irmão pediu pelo seu trabalho.
Abre a boca para agradecer. Não, não está somente grata, está encantada. Jaehyun é um príncipe até mesmo em suas maneiras. “À moda romântica”, quer dizer a ele, mas Taeyong entra bem na hora:
— Você chegou — Observa, um pouco decepcionado por alguém ter tido o prazer de rasgar o papel pardo antes dele. Mas não por inteiro, é claro, uma vez que considera a obra um deleite. — Uau! Ele vai ficar muito bom aqui nessa parede, o que você acha?
— Aqui- aqui na frente? — Se certifica.
— É, ué. O que você pensou? Que eu fosse esconder isso aqui na minha sala? Quando bati os olhos nele no seu ateliê, já tinha esse lugar em mente.
— Você tem um ateliê? — pergunta Jaehyun.
— É, na verdade… Na verdade é na casa dos meus pais-
— Jaehyun, vai me trazer um martelo e uns pregos, faz o favor — Taeyong ordena, ao assumir que já haviam concluído a conversa. 
Não gosta de ter Jaehyun no atendimento. O mais novo sempre arranja um jeito de flertar com as clientes, e lógico que com você não seria diferente. Jaehyun é imaturo. Jaehyun atrapalha como quando era criança e se metia na barra da saia da mãe quando ela precisava organizar assuntos importantes.
Para você, ele, mais uma vez, soa grosseiro. Mas deixa passar, no entanto. Jaehyun volta com o que seu irmão mais velho rudemente ordenou e ambos começam a trabalhar juntos para pregar o quadro na parede, pedindo a você que cuide, para ver se não o deixarão torto. Ao fim e ao cabo, o quadro está pregado com sua moldura dourada reluzente enfeitando a parede da floricultura dos Lee. Taeyong te entrega o restante do pagamento e você percebe que gentilmente ele vai te empurrando à porta.
— Tem falado com Doyoung?
— Ah, sim- sim, eu falei com ele mais cedo. — Você olha para trás na tentativa de ver o Jaehyun pela última vez. — Disse que vão receber o diagnóstico agora à tarde.
Taeyong põe as mãos na cintura e suspira. Inconscientemente cata um cigarro no bolso.
— Oh, desculpa, quer um?
— Não, obrigada, eu não-
— É claro que você não fuma. — Ele dá uma única tragada antes de jogar no chão e apagar com o sapato. — Nem eu. Isso aqui você finge que não viu. E me desculpe por acender na sua frente, ia deixar suas roupas cheirando. — Faz uma careta.
Você o olha de cima a baixo. Aquele mesmo olhar inquisidor que o dá nos nervos, e cujo qual jurou nunca mais repetir, desde a primeira vez em que se viram. Isso ainda é inevitável. Você se corrige e ele parece não se abalar. Taeyong está deveras escabelado e com um semblante de quem não prega os olhos há dois dias no mínimo.
— Você é… Você é meio… Caótico, né? — Você diz e não pode evitar dar risada. Ele ri também, para sua sorte.
— É... É a vida. Bem, eu tenho que voltar a trabalhar. Obrigado e cuidado aí que tá marcando chuva. — Ele se apressa para entrar novamente, esquecendo até do motivo que o levou ali em primeiro lugar.
Antes que você possa fazer o caminho de volta, no entanto, Jaehyun te alcança.
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solitaria-psyche · 4 months
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Contadora de Histórias
Há muito, muito tempo em um lugar distante e inóspito… a luz do luar, todas as noites, desce sobre uma construção velha e abandonada. Tocando as ruínas do que um dia fora um enorme castelo, agora desgastadas, muitas das paredes caídas, teias de aranha ocupando corredores inteiros, pequenos buracos no jardim abrigam um sem número de pequenas criaturas desconhecidas e tudo parece completamente sem vida, como se congelado no passado.
Porém, nos fundos daquela construção, um último quarto ainda lutava para se manter de pé, lutava para permanecer intacto, como se esperasse por algo ou alguém. A majestosa biblioteca, com estantes de madeira escura que se erguem do chão até quase o teto está completamente repleta de exemplares encadernados, capas de couro cuidadosamente trabalhadas à mão, caixas cheias de pergaminhos de papel cru, pesadas tapeçarias enroladas e apoiadas pelos cantos, juntamente com todo tipo de livro que se pode imaginar. Todos eles descansavam, cuidadosamente arrumados lado a lado, dormindo.
Aquela biblioteca também tinha uma enorme cúpula abobadada no topo, enfeitada com um mosaico de vidros coloridos, agora empoeirados e quase sem brilho, ligeiramente rachados, alguns faltando, de onde os buracos deixavam penetrar a luz prateada da noite. O piso era ladrilhado e exibia um desenho gasto demais para se identificar. Em uma das paredes, no entanto, não havia estante, não havia nada, somente um pequeno relógio velho, com a caixa de madeira meio corroída pelos anos ou pelos cupins, e ponteiros tão finos como agulhas, tão mortos, tão parados como pedra. Ao redor desse relógio, saltava para cima do piso alguns degraus em desnível, como um pequeno palco circular onde um divã solitário permanecia de pé, exatamente no centro. Lá repousava um livro de capa clara, grande e pesado, estranhamente conservado, era a única coisa que parecia intocada pela poeira. 
Acontece que naquela biblioteca, em determinado tempo, numa determinada noite, a luz da lua entrou pelos vitrais e sorriu gentilmente para o relógio velho, um sorriso tão doce e mágico que o pobre objeto rangeu, suas pequenas engrenagens ruidosamente suspiraram um débil tic-tac quase mudo, quebrando o silêncio frio daquele lugar. 
Uma brisa suave soprou por debaixo das pesadas portas, arranhou o chão e subiu pelas estantes, rodopiando junto às lombadas dos livros e agitando partículas de poeira até enfim repousar calmamente. Silenciosamente.
Surgiu por entre algumas rachaduras no teto algumas pequeninas sombras luminosas.
O relógio sussurrou um pouco mais alto o seu tic-tac, que ainda era quase mudo. 
As pequenas constelações desceram pelo interior da biblioteca, flutuando suavemente como flocos de neve. 
Tic-tac, disse o relógio. 
A luz da lua deu um risinho. 
Tic-tac...
A brisa soprou de novo, abriu uma fresta estreita entre as portas por onde entraram mais alguns dançantes pontinhos de luz.
Tic-tac. 
Os ponteiros congelados do relógio se moveram, como se tivessem sido tratados com óleo, deslizaram suavemente para frente e para trás, depois para frente novamente e continuaram rodando e rodando sem parar. 
Começou uma diminuta vibração na superfície do solo, o arranhado manhoso de algo distante, um som duro de passos leves. As pequenas faíscas se dispensaram em cordões pelo chão e pelas prateleiras da estante, confortavelmente a esperar aquele abafado ritmo que passava pelo tapete do corredor, cada vez mais próximo da porta. 
Então, com uma batida seca ela se move, vagarosamente, com o mesmo murmúrio carrancudo que fazem todas as antigas e pesadas portas que se abrem depois de tanto tempo. Uma onda de poeira avançou sobre os vagalumes, que balançaram em seus lugares contemplando a aprumada figura que se erguia na entrada.
Tic-tac!
Uma respiração longa e profunda ecoou pela sala, rebateu nas paredes e reverberou até o teto. Como se fosse a primeira respiração na vida de alguém.
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— Amiguinhos, eu voltei. – Soou a voz feminina.  
Uma nuvem de bichinhos se agitou em silêncio, piscando em boas vindas. 
A lua riu e cintilou sobre o palco novamente, banhando a pele fria da figura que lhe cumprimentava em acenos: Uma soberana mulher de mármore branco.
Ela tinha cabelos curtos e claros, era manchada de verde menta e rosa chá. Com rachaduras delineadas em ouro, riscando padrões em todo o corpo. O brilho de sua pele lisa era como de porcelana esmaltada, não importava quanto tempo aquele corpo de pedra já tivesse descansado, já tivesse vivido. 
Seus finos dedos se esticaram naquela luz, a boca traçando um sorriso leve. Os braços desceram em arco depois de uma saudação. E tilintou acima da abóbada de vidro um som vindo da lua. 
— É claro que eu não me esqueci de você. – Respondeu a mulher de pedra. — Na verdade, estou feliz que ainda se lembre de mim. Precisei de alguns anos para pensar, mas estarei de volta agora. 
As suas feições eram delicadas e agradáveis, tinha o olhar vazio e ao mesmo tempo intenso. Ela era como uma deusa grega, perfeitamente esculpida para permanecer sobre as eras, adornando a passagem do tempo. 
Virando-se de costas para a lua, encarou a estante e continuou:
— O que você gostaria de ouvir? Que tipo de romance gostaria dessa vez? Qualquer coisa que você quiser. Será a minha compensação. 
Ressoou a voz do luar mais uma vez, baixinhos sons de cristal. 
— Me apresentar? É verdade, temos muitos amiguinhos novos, eu vejo. 
A mulher de mármore virou-se para o pequeno conjunto de flocos luminosos, fazendo uma reverência engessada. 
— Olá! O meu nome é Psychē e é uma honra conhecê-los. Há centenas de anos a dama da noite veio até mim e tive a alegria de ser coroada com o mais nobre dos títulos: Contadora de Histórias. É isso que eu faço de toda a minha alma. – A mulher tocou o próprio peito com a ponta dos dedos, indicando o coração. 
— E este aqui é o meu lar. – Ela abriu os braços num gesto amplo, mostrando a biblioteca. — Se vocês desejarem conhecer as histórias que dormem aqui, toda noite em que a lua sorrir, quando o vento soprar e o tempo correr neste meu castelo esquecido, contarei histórias aqueles que quiserem ouvir. 
E a pequena multidão de vagalumes dançou à sua volta agradecendo pelo presente. 
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averyovard · 8 months
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🔥 • 𝔄 𝔉𝔞𝔩𝔩.
Na plataforma do topo da torre, a fila de candidatos se agita nervosamente enquanto o vento aumenta, sussurrando presságios mal intencionados. A luz confusa da manhã tenta iluminar a cena. A tempestade rugia com intensidade, o céu escurecido, impregnado de nuvens. A massa corpórea é barulhenta e um calor orgânico surge no meio da multidão.
— Próximo. — Uma voz ressoa, chamando a atenção para a mesa de madeira onde repousam os pergaminhos dos Cavaleiros do Dragão. O cavaleiro desconhecido, com marcas distintivas, está ao lado de um semblante familiar, enquanto o Comandante Sutton, com suas sobrancelhas arqueadas, observa com olhos experientes. — Avery Ovard? —  Pergunta o homem.
Concordando com a cabeça, Avery pega a pena, assinando seu nome na próxima linha do papel envelhecido. No entanto, surpresa enruga a testa de Sutton. — Pensei que você viesse apenas no ano seguinte. — Ele diz suavemente.
Incapaz de encontrar as palavras, Avery é salva pela explicação de Mira, a irmã mais velha de Briar. — A criança está na idade, John. — Mira fornece, enquanto a apreensão enche os olhos do Comandante. O desprezo do cavaleiro ao lado é direcionado para a silhueta menor. Avery poderia ouvir seus pensamentos, mas os ignora por hora.
— Você é a irmã mais nova do Mason? — No instante em que Avery é atingida pelo nome, o peito arde. 
— Vamos, Avery. — Mira agarra o seu braço lhe poupando da pergunta.
Enquanto a notícia de sua presença se espalha, o clima muda, e os candidatos se transformam em olhares furiosos. Avery e Mira se dirigem para a porta escura da torre, onde o Comandante Sutton aponta o caminho. A escuridão parece ameaçadora, mas Avery engole o medo enquanto cita uma canção.
Quando a neve cair, vou estar com você. 
E quando a neve se for vou lembrar de você. 
Faça chuva ou sol, vou sorrir ao pensar que a levo em meu coração.
O branco intenso da neve cobre o campo vasto, uma criança pequena irradia pura alegria enquanto corre desenfreada. Seus passos rápidos deixam pegadas marcadas no tapete de neve macia, e sua risada cristalina preenche o ar frio. Seu pai, um homem robusto e afetuoso, corre atrás dela, seus olhos cheios de amor. A menina, envolta em um casaco vermelho que se destaca contra o cenário monocromático, gira enquanto corre, os flocos de neve dançando ao redor dela como estrelas caídas.
Ela olha para trás, vendo o pai sorrindo enquanto tenta alcançá-la. O amor entre eles é palpável, uma conexão indelével que transcende o frio do inverno. Contudo, à medida que a criança se aventura um pouco mais à frente, o céu limpo é interrompido por uma figura colossal. Um dragão negro, de asas imponentes, surge majestosamente nos céus. Seu rugido ecoa, cortando o silêncio da paisagem gélida. O sorriso da criança desvanece, substituído pelo medo em seus olhos inocentes.
O pai acelera o passo, correndo em direção à sua filha assustada. A criança, agora paralisada, vê o dragão negro pairando no céu, suas escamas reluzindo sob a luz do sol invernal. O rugido do dragão ecoa novamente, fazendo a pequena tremer. 
Ele envolve a criança em seus braços protetores. Os soluços da menina misturam-se ao rugido do dragão, criando um contraste emocional na paisagem. O homem, seguro em sua determinação de proteger sua preciosidade, levanta o rosto da criança com ternura nas mãos.
— Pequena, não tenha medo. Ele está aqui por você. E lembre-se, quando a neve cair.
As pedras, já escorregadias pela chuva persistente, testavam a habilidade do fugitivo em manter o equilíbrio. O som dos passos ecoava no ar, misturando-se ao rugido do vento e às gotas de chuva que se chocavam contra as superfícies irregulares do terreno. As muralhas da cidadela, imponentes e cinzentas, erguiam-se como guardiãs impassíveis, desafiando qualquer tentativa de fuga.
À medida que Avery se aproximava da torre, o nervosismo se intensifica, alimentada pela iminência do que a aguardava além daquelas altas paredes de pedra. O vento sibilava entre as ameias, ecoando a tensão no ar. Quando finalmente alcançou a entrada da torre, seus olhos encontraram os de uma jovem candidata que compartilhava a mesma jornada rumo ao Parapeito. Ela, com seu olhar baixo, parecia mais distante do que qualquer outro.
— Sai da frente, traidora! — Uma voz desconhecida surge e em seguida Avery sente um ombro combater o seu. Ela dá um passo para trás e inspira, o peito subindo com dificuldade. — Sua irmã pode ter conseguido passar do Parapeito, mas com esses braços, aposto que você não passa do primeiro andar da torre. — A voz é carregada de escárnio e há um grupo ao redor rindo.
Avery permanece em silêncio.
Ela não é uma traidora.
Ele não era um traidor.
— Não se importe com eles. — A jovem cabisbaixa diz, fixando suas urbes esverdeadas em Avery.
— Eu não me importo com nada além daquilo hoje. — Avery responde, a nuca lançada em direção a torre.
— Você vai conseguir. — Talvez não, ela pensa instintivamente. Céus, como Avery queria que sua irmã estivesse ao seu lado! Mas apenas de imaginar como seria se ambas tivessem a mesma idade… Quinn faria de tudo para protegê-la.
— Você também vai. — Ela diz antes de um nome ser chamado e a silhueta diante dela responder. Seu nome era Hanna.
Chegando ao topo, o Parapeito se revela, e a fila avança para a plataforma exposta. O vento aumenta, as nuvens obscurecem o céu e a iminência paira sobre todos. Avery observa os outros candidatos atravessarem quando são chamados, alguns com coragem, outros com hesitação. Ela sente seu corpo ruir, os músculos desistem antes mesmo dela ouvir seu nome. Avery imaginou inúmeras formas de como morreria. Via claramente a tonalidade do seu sangue colorir o chão rochoso diante da torre.
Enquanto a ansiedade cresce e o Parapeito aguarda, ela, entre a incerteza e a coragem, enfrenta a prova que decidirá seu destino como Cavaleira.
— Avery… Ovard. — Uma mulher de feições mais velhas grita o nome de Avery como um insulto. — Boa travessia, cadete. — Outra mulher ri, compartilhando alguns sussurros com a companheira. Os outros candidatos começam a surgir e Avery compreende. Não há para onde fugir. Ou ela seria uma Cavaleira ou morreria tentando.
Sua determinação diminui quando, de um instante para outro, uma silhueta robusta cai do segundo andar e o som do seu corpo preenche o ambiente. Houve mais duas antes dela seguir.
O vento uiva sobre a torre enquanto Avery, impulsionada pelo medo, abandona a segurança do interior e avança em direção ao parapeito. Cada passo é uma batalha contra a vertigem, o coração pulsando como um tambor ensurdecedor em seus ouvidos. O conselho de Mason ressoa em sua mente, instando-o a manter os olhos fixos nas pedras à frente e a resistir ao impulso de olhar para baixo.
Os músculos tensionados, ele se equilibra nos degraus irregulares, concentrando-se para desviar o olhar de suas botas. A chuva, o vento e a queda iminente de duzentos pés tornam a tarefa muito mais desafiadora do que as práticas no pátio com Mira. Cada passo é um teste de coragem, e sua mente luta para manter a calma.
Ela alcança o ponto mais alto, mas não pode se dar ao luxo de pensar nisso. O pânico ameaça paralisá-la, mas ela luta contra a ansiedade, recitando informações sobre a escalada que ouviu nos últimos dez anos. Cada ato pronunciado parece estabilizar sua respiração, diminuindo a tontura.
A visão da marca do primeiro andar está à frente, onde Hanna de repente surge, o que incentiva Avery a continuar. Contudo, o vento a faz perder o equilíbrio, agarrando-se ao parapeito para não cair. Ela poderia ter caído. Avery fecha os olhos e arrisca pensar por um momento. O primeiro andar é o mais difícil, ela precisa apenas segurar firme por alguns metros.
TW: MORTE E SUÍCIDIO.
— Não temos chance! — Hanna urra e por um motivo desconhecido, Avery consegue ouví-la por debaixo da tempestade.
— Você consegue, estamos quase lá! — As palavras buscam alcançá-la, mas antes do seu pulo aproximar mais suas silhuetas, Avery percebe uma mudança drástica no rosto de Hanna.
— Eu não vou conseguir. Eu… sou fraca. — A dor irrompe no seu peito, as palavras descreviam o que sentia em seu âmago e se esforçava para ignorar. — Eles nos possuem. Possuem nossos corpos, nosso destino. — Ela solta um dos pés e seu corpo pende por míseros centímetros. Avery avança, mas uma pequena roche se solta e ela precisa se agarrar a outra para não cair. — Mas eles não podem possuir nossa morte.
— Por favor... — As lágrimas queimam e se misturam com as gotas de chuva cortantes.
— Espero que você consiga se libertar. — Hanna sussurra antes de lançar todo seu corpo. Ela cai e por um instante, Avery pensa em fazer o mesmo.
Ela encarou a cena diante de seus olhos, determinada a não sucumbir aos pensamentos que pairavam sobre ela. Agarrando os lados da pedra com firmeza, distribuiu seu peso cuidadosamente, confiando nas pedras lisas para sustentar seu equilíbrio. Com a perna esquerda balançando para cima, a sola do pé encontrou a passarela, marcando um momento crucial. O primeiro andar, o segundo, o terceiro…
A partir desse ponto, sua mente estava em um turbilhão, sem força para estabilizar seus pensamentos. A necessidade de colocar o pé direito com precisão era imperativa, pois uma escolha errada poderia levá-lo a descobrir o frio mortal ao lado de Hanna. 
Ao se afastar da pedra, recitou a canção silenciosa, esperando que suas botas encontrassem o caminho enquanto se punha de pé. Mesmo se caísse, aceitaria o erro como seu próprio, mas não o faria deliberadamente. Optar por enfrentar a vida ao invés da morte, era a escolha lógica. Ela sabia que era fraca e que precisaria se esforçar mais do que todos para sobreviver, mas não se perdoaria por deixar Quinn antes de lutar.
Restavam apenas três metros fora das imponentes muralhas da cidadela. Seu pé esquerdo escorregou, desencadeando um momento de desequilíbrio, mas ela se recuperou rapidamente, perdendo apenas uma batida do coração antes de retomar. A fortaleza, esculpida na montanha, erguia-se majestosamente atrás das espessas muralhas, formando uma configuração em forma de L. As construções robustas resistiam ao fogo, evidenciando a precaução.
As paredes imponentes ao redor do pátio da cidadela, com três metros de espessura e dois metros e meio de altura, estavam diante dele, com uma única abertura. Ele estava lá, sobre ela. Um soluço de alívio escapou quando pedras se ergueram dos lados, indicando que ela havia conseguido.
Não morreria hoje.
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skzoombie · 2 years
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S(ong) C(haracter) - Seulgi
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O corpo da coreana começava a tremer gradualmente, ainda que tampada com o cobertor de inverno, não conseguia controlar o tremor que subia dos dedos do pé até os dentes, batiam ecoando um som baixo, o tecido quente por cima do corpo começava a mexer mais e mais, caindo lentamente para fora da cama e a deixando exposta, completamente nua, despida para a criatura para aos pés do local que dormia. Seulgi matinha as pálpebras fechadas com força, lágrimas imparável caindo pelo canto dos olhos, mesmo com uma desconforto eminente na face pela expressão forçada que estava fazendo inevitavelmente, não sentia a coragem alimentar sua mente, não havia mais pensamentos acidentais que desviasse sua mente da sombra que beirava o colchão da cama.
Com seus sentidos aguçados pelo medo que sentia, a coreana escutou o som dos passos da criatura aproximando-se de seu corpo, passos que pareciam tremer o ambiente, um som que rompia as paredes do cômodo. A lentidão do caminhar da sombra atingia a mais torturante agonia que se sonhar, uma tamanha calma que passaria a sensação que nunca terminaria de caminhar até ela, cinco horas ou cinco minutos, não importava, sempre seria atormentador.
Sem ao menos perceber, seu corpo começou gradativamente a parar de tremer, os pensamentos em sua mente começaram a direcionar a momentos de sua juventude, seu inconsciente parecia querer carregar sua mente a distrações específicas de sua adolescência, um recalque estratégico do cérebro, era o momento exato de clarificar a situação amedrontadora.
Uma viagem aos sentimentos mais reprimidos por ela, a brecha perfeita para se abrir as portas fechadas por si mesma e seus pais principalmente. O monstros da escuridão, parou em frente ao corpo da mulher deitada, lentamente curvou-se para perto da face da mesma, respirou perto de rosto, o que causou pequenos arrepios, uma respiração pesada e alta, esticou a mão, - se assim poderia ser nomeada - tocou o rosto dela e em seguida a mulher pareceu ser puxada para dentro da mente da criatura.
Com uma coragem inexplicável, enfim abriu os olhos, percebeu-se dentro de um grande quarto, na cama do ambiente, não parecia ser do tempo atual. No quarto havia uma pequena televisão de cinco polegadas, um pequeno rádio em cima, ao lado uma mesa com o que parecia materiais escolares espalhados por cima, a luminosidade do ambiente entrava por uma janela grande que se localizava acima da cama onde estava sentada, bem ao lado da mesa com os materiais havia uma porta de madeira com um espelho atrás.
Seulgi levantou calmamente da cama e foi receosamente observar seu reflexo no espelho, observou-se com um uniforme escolar, exatamente o mesmo que usava quando adolescente, seu rosto parecia o mesmo, tudo parecia como novo menos a coreana, continuava com sua aparência de adulta. Afastou-se rapidamente da porta quando escutou a maçaneta ecoar um barulho, avisando que alguém entraria no ambiente, correu para sentar novamente do colchão.
-Ufa, finalmente achei as anotações, não poderia em hipótese alguma perder esse papel, como iríamos estudar?! - quando escutou a voz e reconheceu a pessoa entrando pela porta de madeira, kang seulgi começou a tremer levemente novamente, não parecia possível estar em frente aquela pessoa estar a sua frente novamente, ela havia morrido, como poderia ser possível?
-Lee Mi Suk? - soltou para a amiga que organizava os materiais na mesa.
-Sou eu - estudante respondeu rindo baixo e de forma divertida com o que parecia uma afirmação de nome repentina vindo da amiga.
Seulgi levantou da cama novamente e caminhou calmamente até misuk, parou o corpo em frente ao dela e tocou seu rosto carinhosamente, sem medo de ser incompreendida, início uma sessão de lágrimas, chorava soluçando baixo, agarrou o corpo da amiga da adolescência com força e abraçou a mesma sem receio.
-O que houve? Por que está chorando? - devolveu o aperto mas sem entender como a situação chegou naquele momento.
-Por que você me deixou? - seulgi sussurrava repetidamente enquanto puxava com força o ar pelas narinas, tentava ao máximo impregnar o cheiro único da amiga, queria eternamente sentir o cheiro e o hálito da mesma.
Repentinamente soltou o abraçou e observou o rosto de misuk, puxou a face para perto da sua e iniciou um beijo, amiga pareceu ficar paralisada nos primeiros instantes mas não pensou muito no segundo que devolveu o movimento dos lábios. Parecia uma dança coreografada, como uma combinação perfeita, medida mil vezes para não ter o perigo de não combinar, cambia da forma mais forma de todo o mundo, a saliva que trocavam entre si criava um rio de eterna juventude e desejo dentro de suas bocas, mãos desesperadas que tocavam seus corpos juntamente, nádegas massageadas, seios apertando um contra o outro, uma luta para o que parecia tentarem se fundir e tornarem-se um só corpo.
-Como? Pensei que você não gostasse - misuk perguntou depois de separar os lábios de ambas e encarar de forma confusa a atitude da amiga a sua frente.
-Desculpa por nunca devolver os sentimentos, tinha medo do que as pessoas pensariam. - justificava enquanto fechava os olhos e acariciava a face da amiga com o próprio rosto, esfregava devagar os dois e corria com as narinas para o pescoço para sentir seu cheiro.
-Todos vão pensar que sou uma monstrinha que levou você para o mau caminho - misuk rebateu sussurrando e rindo pelo nariz.
-Então você uma monstrinha que vai viver para sempre me assombrando. - ambas riram juntas e juntaram os lábios novamente.
Uma lembrança revigorada por seu inconsciente, tudo seria mais fácil em sua vida se realmente tivesse acontecido desta forma como foi revisitado, mas a verdade sempre foi dolorosa, uma ferida aberta e que nunca foi dada o tempo de ser curada, quem dera seulgi tivesse ignorado todos os julgamentos alheios e vivido seu grande amor, seu sonho de felicidade. Nunca mais encontrou tamanho sentimento por outro daquela mesma forma, nunca mais houve uma pessoa que a cativasse como na primeira vez, pode ser porque não se permitiu sentir novamente, bloqueou todos os sentimentos por qualquer áurea como aquela.
A forma como sua paixão foi retirada de sua vida, como tudo que viveram e sentiram juntas, simplesmente parece ter sido queimado, uma história que ardeu juntamente com o pedaços de metais do automóvel que explodiu com o corpo e alma de Lee MiSuk dentro. Mesmo que desenvolvesse uma negação de desejo interna todas as vezes que se via em um mesmo ambiente que misuk, mesmo que deixasse a timidez direcionar suas atitudes ao extremo, seulgi jamais vislumbrou uma vida futura sem a "outra" ao seu lado.
Aos poucos a criatura trouxe a mente da coreana para a realidade. Um desconforto insuportável acertou o peito dela, algo que se transformou em dor em questão de segundos, o mundo real era a sua maior angústia desde o fim da adolescência, cada instante naquele tempo e espaço, ardia dentro do peito e transformava as suas motivações de viver cada vez menos prazerosas, sabia que estava chegando o dia que não aguentaria mais "viver apenas para sobreviver".
A Criatura levou a face peluda para próximo da orelha da mulher, respirou pesado causando o que parecia ser pequenos tremores no quarto, abriu a boca e soltou uma respiração forte que espalhou os fios de cabelo dela para o rosto.
A coreana abriu os olhos lentamente e com coragem encarou a criatura gigante colada ao seu rosto, deixou mais lágrimas escorrerem quando percebeu sua visão embaçando e formando a imagem de Lee MiSuk irradiando uma luminosidade cintilante em meio a escuridão profunda do quarto na madrugada. A monstrinha sussurrou com uma voz cavernosa que tremia tudo.
-O que te causa tanto medo, kang seulgi?
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taenatos · 2 years
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cimopoleia ; a grande chuva      {   pov.
Taehyun não lidava muito bem com memórias, apesar de parecer sempre muito impassível e sem reação a absolutamente tudo o que poderia ser colocado como sentimentos, ele tinha seus momentos de solidão em que tudo parecia pesar sobre os seus ombros, como um sinal de que não deveria ignorar aquilo pra sempre. E era nesses momentos que ele simplesmente não conseguia aceitar ou lidar com tudo o que vinha junto daquele sentimento, ou seja, todas as vezes que realmente expressou algo, ninguém tinha presenciado a exposição de seu coração ferido. Taehyun estava disposto e determinado a encerrar a reforma daquela casa o mais rápido possível, tudo para que ele pudesse se livrar também das memórias que haviam em cada piso, pedaço de papel de parede e até mesmo o carpete da sala.
A chuva batia contra o telhado e o vento fazia um som assustador, forte demais, enquanto ele tentava abafar tudo com o martelo batendo contra o assoalho de madeira, havia decidido cuidar do quarto de hóspedes quando a chuva repentina surgiu no céu claro e limpo da ilha. Não se importou, ligou a música e continuou o seu trabalho apenas para que o tempo pudesse passar logo e ele não tivesse que lidar com os vizinhos reclamando depois da barulheira incômoda da reforma. Porém, algo estava estranho e diferente, não era como qualquer outra chuva que já tivesse acontecido em Zakynthos e ele percebeu a diferença, parando com o que fazia de maneira distraída, caminhando até a varanda do quarto, ainda que não tivesse saído da sua zona segura, ele ficou observando da janela os brilhos intensos no céu.
Tinha uma sensação breve de já ter visto algo parecido em algum lugar, mas foi uma sensação rápida e facilmente ignorado, afinal, era só uma chuva como qualquer outra. Travou a janela e seguiu pela casa para repetir o gesto em outras, quando chegou no último cômodo no terceiro andar da casa, ele percebeu o vazamento e as goteiras que manchavam o assoalho, além das manchas na parede e pronto, lá estava mais uma dor de cabeça que precisariam pensar depois. Por sorte, era um cômodo sem utilidade alguma, no qual a sua mãe usava para a sala de visitas, ainda que precisasse subir todos os lances de escada e passasse pelos corredores que davam acesso a quase toda a casa, era onde ela gostava de conversar com as visitas, podia até mesmo ver a mulher sentada em sua poltrona surrada, que agora tinha um tecido manchado e com rasgos em suas costuras, conversando com qualquer pessoa sobre a vida dos outros, era um passatempo interessante.
Duas gotas tocaram a sua testa, mais três lhe tocaram a bochecha e desviou a sua atenção para o telhado mais uma vez, suspirando com isso antes de simplesmente deixar o cômodo vazio, fechando a porta e seguindo para o lugar onde estava antes, deixando a água gelada da chuva secar sozinha na bochecha, que agora tinha a mancha do caminho que as gotas fizeram. Prendeu alguns pregos entre os dentes, enquanto continuava a bater o martelo. Mal sabendo ele, que agora, teria sonhos estranhos e pesadelos mais fortes, intensos e dolorosos, Taehyun definitivamente não estava livre das dores que aquele lugar podia trazê-lo, seja qual for.
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colisivos · 1 year
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Existem muitas coisas que eu dissociei sobre você. Como as vezes em que você me deixou sem comida e sem dinheiro e foi passar o fim de semana na casa da sua nova namorada. Ou as vezes em que eu saía da escola e tinha que fazer as compras pra casa e trazer tudo sozinha de van, aos 15 anos, mesmo você sendo empresário e tendo um carro. Até mesmo o fato de eu ter que pagar todas as suas contas sozinha na lotérica no centro da cidade desde os 12 anos. Algumas delas voltam em momentos aleatórios do dia a dia, e eu quase me pergunto se eu não estou imaginando. Eu ainda tenho esse hábito terrível. Parece tudo tão longe, parece outra vida.
Mas também existem as coisas que minha memória suprimiu e eu só lembrei que haviam acontecido quando contaram pra mim (normalmente, a minha mãe): tipo o jeito que eu acordei no meio da noite até os 18 anos com pedaços de tijolo caindo do teto pelo meu corpo porque você nunca fez o acabamento do meu teto, mas meu irmão sempre tinha as versões mais atuais dos videogames. Ou o jeito que você nos deixou morar em uma casa sem nenhum móvel além das camas nos quartos por anos (após jogar todos eles fora porque um dia tinham sido da minha mãe) com carrapatos caindo pelas paredes e pulgas pulando nos nossos tornozelos, e você tinha tanto dinheiro mas nunca comprava o remédio. Eu nunca tive coragem de contar isso pra ninguém. Era tão embaraçoso. Eu estava tão à mercê. E às vezes eu ainda me sinto MAL por não ter conseguido acabar eu mesma com os carrapatos de alguma forma, mesmo que eles NÃO saissem com produtos de limpeza. Mesmo que eu não tivesse um real e também fosse impossível trabalhar. Eu me sentia eu mesma negligente por não ter feito nada. Mesmo que não houvesse nada que eu pudesse fazer. Eu só tinha 16 anos.
E já era dona de casa. Eu praticamente criava você, e não o contrário. E você ainda me fez sentir um lixo por não conseguir cumprir o papel que VOCÊ devia desempenhar. Era SEU dever. Não meu. Até arrumar sua cama era minha obrigação. Eu tenho dificuldade para compreender tudo que aconteceu. Perceber que nada daquilo era nem de longe normal ou rotineiro. Ou simplesmente 'daddy issues' no sentido mais comum da palavra. No sentido mais "meu pai nunca lembra do meu aniversário". É difícil conceber como uma pessoa pode se esforçar tanto para ser tão cruel. Como você pôde? Como você pôde, aos 10 anos, me obrigar a limpar larvas de uma panela de feijão só porque eu esqueci ela destampada, sabendo que era a coisa que eu mais tinha medo no mundo e, depois de eu ter limpado cada uma me tremendo inteira, ter ido te abraçar e pedir perdão e você dizer que não me perdoava? Como você pôde? Como você pode cruzar os braços e se recusar a me tocar quando eu tinha encarado meu pior medo pra me redimir pela sua decepção? Como você pôde, entre os 15 e 18 anos, ter me deixado comer comida estragada de propósito quando eu esquecia, eventualmente, as panelas destampadas e sabendo que eu não conseguia diferenciar? Como você pôde fazer piadas disso enquanto eu mastigava aquelas salsichas passadas e ria na minha cara? Como você pode esvaziar uma casa inteira, da qual você SABIA que ia se mudar, com seus filhos dentro dela, e deixá-la sem móveis nenhum e jogar boa parte da mobilia fora, na chuva, incluindo minha casa de bonecas de madeira, que minha mãe tinha passado um dia inteiro pra fazer pra mim e eu tinha guardado por anos ainda brincando com ela, mesmo já tendo 16 anos?
Todos os anos eu me forço a ir te ver no dia dos pais. Todos os anos eu fico aterrorizada de que, se não for, você vai morrer logo em seguida e eu vou me arrepender pra sempre de não ter 'te dado mais uma chance' ou 'passado por cima dessas coisas'. É o que as pessoas sempre dizem não é? E é o que minha mãe diz também, porque ela também teve um pai que fez coisas horríveis e que morreu de repente, e ela se sentiu mal por não ter magicamente, sem terapia, se curado de todo aquele mal e superado tudo, só pra ele morrer com a consciência tranquila, sem enfrentar nenhuma consequência ou remorso. Só pra tornar as coisas mais fáceis PRA ELE.
Eu odeio que meu cérebro tenha suprimido todas essas coisas e muitas outras, porque meu corpo ainda responde aos traumas de tudo isso. De vez em quando eu ainda fico tensa quando ouço um barulho de carro subindo a rua, porque acho que é o seu, mesmo que você não more aqui há mais de 5 anos. Eu ainda levo bronca da minha mãe por sempre, toda vez, cheirar a comida na panela antes de botar no prato. Ela fica possessa, e grita "Você acha que eu seria capaz de te deixar comer comida estragada?" e eu não tenho o que dizer. Porque é uma reação automática. Porque eu também não achava que você me deixaria comer. E você deixava. E ria da minha cara. Eu parei de tomar leite porque nunca sei dizer quando já está passando. Comecei a jogar leites bons fora e volta e meia só percebia que estava estragado na metade do copo. E minha mãe também brigava comigo por isso. Eu odeio porque, embora eu não lembre de muitas coisas, as respostas à elas ainda estão aqui e eu me sinto o ser humano mais podre do mundo por ter essas respostas. Porque parece gratuito. Parece que eu sou só uma mimadinha cujo mundo caiu porque o pai não lembrou do aniversário. Mas isso tudo vai além de negligência, não é? Vai além de esquecer o filho na escola algumas vezes porque está muito estressado ou não abraçá-lo o suficiente, porque você também nunca recebeu abraços o suficiente e agora não sabe como dar. Isso tudo se enquadra como maus tratos, não é?
Então por que eu ainda me sinto culpada de não querer te ver no dia dos pais? Por que eu me sinto ingrata de não querer viajar 6h de ônibus pra ver você se gabando pros parentes da sua esposa sobre como você foi um excelente pai e como é possível ver os resultados disso na gente? Por que eu me sinto infantil de sentir um pouco de dor ao ver você ser tão presente pras duas filhas da sua esposa, que tratam feito gato e sapato, quando você não me dá nem migalhas, até hoje? O jeito que você as trata sempre me faz perceber que não é que você não PODIA ser melhor, não é que você NÃO TEVE para dar. Você só... Não quis dar.
E eu achei que tinha superado isso. Normalmente, não penso em você. Te ver uma ou no máximo duas vezes no ano está bom pra mim. Mas não acho que consigo por mais um ano. Não acho que consigo fingir que nada disso aconteceu e que não me afetou só para deixar as coisas mais confortáveis pra você, só para você não ficar triste com um possível remorso, quando você nem ao menos tenta ser melhor. Quando você descartou a gente como se fôssemos um protótipo que deu errado e começou do zero com outra família, com filhos que nem são seus. Eu estou cansada depois de 23 anos me colocando em situação de desconforto e de morder caco de vidro só para você não ficar mal com suas próprias atitudes, que você não deixou de cometer. Eu estou tão cansada. Não é meu dever. Não é meu dever. Mesmo que você tenha feito parecer.
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papeldeparedeonline · 11 months
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Conheça a coleção imitação madeira woods em qualidade vinílica superior texturizada, estampas que imitam o tronco de árvores, nervuras das folhas e madeiras naturais com variedade de cores para escolher. Conheça toda a coleção e se apaixone.
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nanagoeswest · 1 year
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ir às compras de olhos fechados
A minha loja preferida só existe nos meus sonhos. Que me lembre só a visitei duas vezes, mas se pudesse viveria lá. Sei-lhe o caminho imaginário. Vive numa rua longa e solarenga à semelhança de uma que existe na minha cidade.
O que tem de tão especial esta loja? À primeira vista parece uma papelaria. Entramos somos preenchidos pelo cheiro a papel e cola. É um espaço amplo, tem expositores no meio e grandes estantes a cobrir as paredes. Nelas há tudo o que poderia querer, livros e livros. Livros antigos cheios de imagens para poder cortá-los sem misericórdia e colá-los em novos contextos. Livros velhos escritos em português, pois chateiam-me os novos, são todos tão iguais. Passeio os dedos pelas lombadas nas estantes, espero absorver toda a sabedoria que ali existe. Aqui e ali há cestinhos com pequenos objetos, coisas que qualquer outra pessoa chamaria quinquilharia. Remexo-os, tentando decorar cada um deles. Um dedal com um morango pintado, um sininho, uma pulseira mais velha que eu. A um canto está uma arca de madeira aberta. É funda como um poço. Debruçando-me sobre ela, encontro uma panóplia de tecidos. Pequenos retalhos. Gravatas. Uma luva de renda sem par. Olho em volta, podia jurar que algures numa estante estava um globo. Talvez mudaram-no desde a última vez.
Passo pelo balcão. Digo “bom dia” à mulher. A dona da loja parece-se com a minha professora de guionismo. Rosto rechonchudo. Cabelo loiro rente à cabeça. Óculos em massa colorida. Ela nunca sai detrás do balcão. Diz poucas palavras, está sempre entretida com algo que eu não consigo perceber. Talvez uma leitura? Talvez no seu telemóvel, a fazer scroll no Facebook? Ou uma sopa de letras? Não sei, como disse. É uma incógnita para mim. Uma vez mais, ela mal reconhece a minha presença. Diz apenas “Não te atrevas”. Pelo tom acusatório, senti-me culpada por um crime que não tinha cometido. Senti-me escrutinada. Segui pelo pequeno corredor que dava para a sala adjacente, tentando sacudir a sensação.
A segunda divisão era como que um museu. Tinha pequenas montras de vidro que protegiam as relíquias contidas no seu interior. Perdoem-me agora, que revelarei as minhas verdadeiras cores. Pois, aproximando-me das campânulas de vidro, olho, abismada, para esculturas de Lego. Umas maiores que as outras, todas elas coloridas. Dou volta à sala, a iluminação é branca como as paredes. Há monumentos em miniatura, um estádio de futebol, animais (nomeadamente um golfinho) e flores. No centro da sala, uma árvore em tamanho real, construída também ela com as pequenas peças de plástico. Para além das obras de arte em Lego não havia muito mais, apenas, debaixo destas, caixas empilhadas com o kit.
Entrei na loja sabendo muito bem que não sou portadora de nenhum dinheiro imaginário. Nunca há dinheiro nos meus sonhos. Talvez porque no fundo saiba que o que existe nos sonhos não pode ser realmente meu. Não tem qualquer tipo de transferência física para a realidade. E se nos sonhos tudo é imaterial, sei que dali apenas poderei observar e tentar recordar. Joga-se ao “caça o tesouro”, mas deixa-se sempre o tesouro.
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mxrymc · 1 year
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✦ * - 𝔶𝔬𝔲 𝔠𝔞𝔫'𝔱 𝔟𝔢 𝔢𝔳𝔢𝔯𝔶𝔱𝔥𝔦𝔫𝔤 𝔶𝔬𝔲 𝔴𝔞𝔫𝔫𝔞 𝔟𝔢 𝔟𝔢𝔣𝔬𝔯𝔢 𝔶𝔬𝔲𝔯 𝔱𝔦𝔪𝔢, 𝔞𝔩𝔱𝔥𝔬𝔲𝔤𝔥 𝔦𝔱'𝔰 𝔰𝔬 𝔯𝔬𝔪𝔞𝔫𝔱𝔦𝔠 𝔬𝔫 𝔱𝔥𝔢 𝔟𝔬𝔯𝔡𝔢𝔯𝔩𝔦𝔫𝔢 𝔱𝔬𝔫𝔦𝔤𝔥𝔱.
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‎‏‏‎ ‎‏‏‎ ‎‏‏‎ ‎‏‏‎ ‎‏‏‎ Não compreendia porquê precisava redigir uma redação contando sobre sua escolha de profissão: o que mudaria na vida de seus professores saber como gastaria seu futuro? Talvez servisse para alimentar seus egos, para se darem um tapinha nas costas ao lerem parágrafos idealistas sobre como seus pupilos mudariam o mundo. Para que pudessem dizer "fui responsável por moldar esse jovem" dali alguns anos quando um deles ganhasse reconhecimento. Se precisasse entregar sua redação para qualquer outro, Mary, provavelmente, teria escrito um monte de baboseiras ("quando crescer quero ser uma groupie!"). Entretanto, sendo a Professora Mcgongall, escrever a verdade soava menos como uma afronta, e mais como uma confidência.
‎‏‏‎ ‎‏‏‎ ‎‏‏‎ ‎‏‏‎ ‎‏‏‎ ‎‏‏‎ Sozinha na estufa, empurrou os vidros e utensílios de jardinagem de cima da mesa de madeira, puxando a pilha de pergaminhos manchados e o tinteiro. Se ajeitou na cadeira, cruzando uma das pernas sobre a almofada, e odiou que seu walkman não funcionava naquele castelo. Mas a música estava tão integrada ao seu âmago que melodias fluíam em sua mente. "Don't you know that only fools are satisfied?", sibilou conforme pingava a pena na tinta preta.
‎‏‏‎ ‎‏‏‎ ‎‏‏‎ ‎‏‏‎ ‎‏‏‎ ‎‏‏‎ Mary sempre tinha uma música em sua cabeça porque era melhor que sucumbir aos seus pensamentos. Da mesma maneira que o devoto recitava mantras, precisava do ritmo de seus deuses do punk para manter seus demônios nas correntes. Se deixasse seus sentimentos à solta eles a consumiriam, a mandariam de volta para o mormaço duma madrugada de verão, quando Londres se tornou o palco de seus pesadelos; ou para o poente enevoado em que o gosto de terra e cálcio haviam preenchido sua boca ao que se contorcia sobre as folhas avermelhadas do outono. A morte de seus pais a ensinara a temer o inesperado — mas, o ataque de Mulciber a havia ensinado que nunca estaria segura. Hogwarts era como sua casa, estava cercada de seus amigos, de pessoas em quem confiava: e, mesmo assim, aquilo acontecera. Entretanto, não deixava o medo paralisá-la.
‎‏‏‎ ‎‏‏‎ ‎‏‏‎ ‎‏‏‎ ‎‏‏‎ ‎‏‏‎ O sentimento era seu amante e seu arqui-inimigo, a sustentando e guiando suas decisões. Mesmo quando a acordava na calada da noite em suor frio, Mary não o rejeitava. O medo que se espreitava nas costuras de seu ser alimentava sua chama interior, sua força de vontade e sua esperança. Porque, sim, apesar de suas palavras pessimistas, possuía esperança para o futuro — somente não se deixava cegar por ela. E, no fim do dia, achava mais importante oferecer o chá da verdade para aqueles à sua volta. Em breve seus amigos deixariam aquelas paredes que os protegiam e precisariam enfrentar a realidade, perceber que palavras bonitas e sonhos não eram o suficiente para lutar pelo que acreditavam. Ao contrário deles, tinha o privilégio (e a maldição) de ter experimentado a realidade em sua forma mais crua em diferentes momentos de sua vida. Por isso, assumia o papel de ser a resiliente, resistente e rebelde Mary Macdonald. A camada superficial de sua personalidade que expunha para os outros era seu escudo, sua forma de lutar: se ficasse quieta ou se comportasse, estaria dizendo para os babuínos puristas que estavam a intimidando, que ficaria de cabeça baixa; mas, soltando suas farpas e usando seus pequenos punhos, Mary os estava mostrando que não importava o quanto de ameaças recebesse, não tinha nada a perder. Não dispunha do privilégio de meramente existir. Cada aspecto de sua existência carregava uma força política que não podia recusar se quisesse proteger aqueles que amava. No fundo, entretanto, estava exausta.
‎‏‏‎ ‎‏‏‎ ‎‏‏‎ ‎‏‏‎ ‎‏‏‎ ‎‏‏‎ Tocou a pena no pergaminho, a tinta sangrando pelo papel a cada curva, dando um aspecto borrado às palavras. Não era arrogante o suficiente para pensar que mudaria o mundo. Queria sim, destruir os fundamentos daquela sociedade tijolo por tijolo. Mas, naquele momento, a única coisa que almejava era se tornar mais forte, mais inteligente, mais ágil.
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‎‏‏‎  ‎‏‏‎  ‎‏‏‎  ‎‏‏‎  ‎‏‏‎  ‎‏‏‎ Provavelmente outros escreveram carreiras honrosas e sonhos grandiosos. Mas, quanto mais penso em meu futuro, menos consigo imaginá-lo. Há muitas coisas que me interessam e que gostaria de explorar… mas a verdade é que sempre que penso no que poderia ser, não consigo deixar de pensar naquilo que outros como eu nunca poderão. Em que futuro devo pensar? No futuro em que nascidos-trouxas continuam a ser perseguidos ou naquele em que estamos em paz? E o que paz significa, afinal? Não ter mais mortes estampando a primeira página do Profeta Diário? Em vez disso, preenchendo uma coluna na quinta página onde o assassino tem "motivações desconhecidas"? Minha cabeça é preenchida por esses pensamentos constantemente. Adoraria calá-los e viver em sossegada ignorância, mas não consigo. ‎‏‏‎  ‎‏‏‎  ‎‏‏‎  ‎‏‏‎  ‎‏‏‎  ‎‏‏‎ Então a minha resposta sobre o que quero ser no futuro é: a fucking menace. ‎‏‏‎  ‎‏‏‎  ‎‏‏‎  ‎‏‏‎  ‎‏‏‎  ‎‏‏‎ Mary Macdonald. ‎‏‏‎  ‎‏‏‎  ‎‏‏‎  ‎‏‏‎  ‎‏‏‎  ‎‏‏‎ P.S. se a detenção, dessa vez, puder ser no sábado depois do meio dia, agradeceria. Minhas ervas precisam da minha atenção pela manhã.
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linyarguilera · 2 years
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Óptica Geométrica
Introdução
         Ondas luminosas originam-se das oscilações eletromagnéticas, ou seja, formadas por um campo elétrico e um magnético, mas quando se comporta como partícula é um efeito fotoelétrico, ambos os fenômenos podem acontecer no mesmo instante. A luz se propaga no vácuo em velocidade máxima de aproximadamente 299.792.458 m/s (3X10*8) no vácuo, podendo sofrer alteração na velocidade dependendo do meio de propagação.
         Sendo os fenômenos de ondas luminosas objeto de estudo da óptica geométrica.
A natureza da luz
        Existem faixas do espectro da luz visível ao olho humano, e faixas não visíveis, bem como fenômenos observáveis e não observáveis pela óptica natural humana.
         Para a física, a luz ao olho nu humano é apenas a radiação eletromagnética contida na estreita faixa de freqüência visível, além dessa faixa há outras intensidades luminosas como rádio, micro-ondas, entre outra, não visualizada em escala ocular alcançável pelo ser humano.
Representação gráfica do espectro da luz:
  Tratando-se da natureza da luz faz-se possível a observação da representação de raio de luz; feixe de luz; meios de propagação da luz e suas fontes de luminosidade.
Raio de luz: o raio de luz é a representação geométrica da trajetória da luz, podendo ser retilínea ou curvilínea, estando especificadas em representações divergentes; convergentes e paralelas.
Representações gráficas:
Feixe de luz: é composto por vários raios de luz, todos com mesma orientação, podendo ser classificado como cônicos convergentes quando os raios de luz atingem um único ponto; cônicos divergentes quando os raios luminosos saem de um único ponto; e cilíndricos quando os raios de luz são paralelos entre si.
Representações gráficas:
         Meios de propagação da luz: a luz pode se propagar por vários meios, pois é uma onda eletromagnética.
As ondas luminosas podem atravessar por meios transparentes, possibilitando uma visualização completa dos objetos, como por exemplo, as lentes dos óculos de grau para correção da refração em míopes, portadores de astigmatismo, ou mesmo de um vidro de uma vitrine.
É possível que as ondas eletromagnéticas passem em parte por meios translúcidos, não permitindo visualização total do objeto, apenas algo um pouco “embaçado”, como por exemplo, vidros foscos ou papel manteiga.
Outro meio de propagação da luz é o opaco, esse por sua vez não permite a passagem de luz, portanto não é possível ver objeto através deles por meios normais da óptica natural humana, ou de qualquer outro animal, como exemplos de objetos opacos existem as portas de ferro, parede de concreto, roupas, etc.
Fontes de luz: são corpos visíveis que emitem ou refletem luz, a maioria da luz vista pelo ser humano é refletida, ou seja, corpos de fonte secundária ou iluminado como a Lua ou o livro.  Outro tipo de fonte é de luz primária ou fonte de luz própria, exemplos é o Sol em estado de plasma (quarto estado da matéria) e fusão nuclear, ou mesmo fogueias que emitem calor em forma de combustão de madeiras, entre outros. Ainda é possível classificar a fonte de luz quando se despreza suas dimensões em relação ao meio envolvente classifica-se em pontual ou puntiforme, citando como exemplo a chama de uma vela em combustão e emissão de calor. Quando se faz necessário a observação das dimensões da fonte de luz a mesma é classificada como extensa, como por exemplo, uma lâmpada fluorescente, ou mesmo o próprio sol.
Princípios da óptica geométrica
1º) Princípio da propagação retilínea:  em meios homogêneos a luz se propaga em linha reta.
2º) Princípio de reversibilidade:  a trajetória não depende do sentido de propagação.
3º) Princípio da independência dos raios de luz: cada raio de luz se propaga independentemente dos demais.
Eclipse
A partir do princípio da propagação retilínea a luz é possível observar os fenômenos de sombra e penumbra.
Representação gráfica da sombra e da penumbra:
Só as fontes pontuais de luz geram sombra. As fontes extensas, como o Sol, geram a sombra e penumbra, fenômeno que permite compreender as fases lunares bem como os eclipses.
Representação gráfica das fases da Lua:
Eclipse solar: ocorre quando a Terra entra na sombra da Lua, ou seja, quando a Lua se alinha entre a Terra e o Sol,sendo possível apenas na Lua em fase Nova.
Eclipse lunar: ocorre quando a Lua entra na sombra da Terra, ou seja, quando a Terra se alinha entre o Sol e a Lua e a Lua encobrindo total ou parcialmente a Lua. Esse tipo de eclipse só é possível quando a Lua está na fase cheia.
Observações:
            Os eclipses da Lua são vistos de todos os lugares Terra de onde se vê a Lua durante a ocorrência de eclipse; são totais quando ela passa inteiramente pela região de sombra e parciais quando a Lua passa parcialmente por essa região.
            O eclipse do Sol, no entanto, depende da região que a Terra atravessa na ocasião do eclipse. Ele será parcial quando a Terra passar apenas pela região de penumbra da Lua e total quando a Terra passar também pela região da sobra.
         Faz-se importante ressaltar que, a forma como esses eclipses são vistos dependerá da localização do espectador.
Câmara escura de orifício
         Para comprovar que é válido o princípio da propagação retilínea da luz existe a câmara escura de orifício, constituída de uma caixa de paredes opacas e pretas internamente, totalmente fechada, com exceção de um pequeno orifício feito em uma das paredes por onde penetra a luz.
         O fato de a imagem ter forma semelhante à do objeto e ser invertida evidencia a propagação retilínea da luz.
Representação gráfica:
Fenômenos ópticos
            As ondas luminosas, ao atingirem determinado objeto ou sistema óptico, podem passar por alguns fenômenos coincidentes, mas geralmente um deles ocorrerá de forma acentuada.
Reflexão da luz: quando a luz atinge uma superfície polida ela retorna ao meio original de propagação
Refração da luz: é a passagem dos feixes de luz de um meio material para outro.
Absorção: é o fenômeno em que a luz incide sobre uma superfície escura e sem polimento, sem sofrer reflexão ou refração, comumente causando o aquecimento do corpo. Exemplo: asfalto absorvendo a energia solar.
Difração da luz: é um fenômeno físico que acontece quando uma onda encontra um obstáculo, ou seja, a luz precisa superar esse obstáculo contornando o mesmo ou passando por orifícios.
Fórmula: d.sin(teta)=n.lambda
d= distância entre fendas
teta= ângulo de difração
n= número de ordem para o máximo
lambda= comprimento de onda
Bibliografia:
Livro: Compreendendo a física: ondas, óptica e termodinâmica (Alberto Gaspar);
Livro: Maximize Ensino Médio (Matemática e suas tecnologias- Ciências da Natureza e suas tecnologias);
Atividades da página 208
A propagação retilínea da luz
A luz se propaga em linha reta pelos meios, podendo gerar fenômenos como o eclipse.
Independência dos raios de luz
Nesse princípio cada raio é independente dos outros raios de luz, como “luzes de festas”.
Reversibilidade
A trajetória não depende de sentido de propagação.
Eclipse
Fenômeno natural da propagação retilínea da luz, onde há obscurecimento total ou parcial de um astro por outro.
Cor
Acontece quando diferentes comprimentos de ondas fotoelétricas atingem a retina ocular, como a cor de corpos iluminados, por exemplo.
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madneocity-universe · 2 years
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LIVING HELL
Manchester, Inglaterra. 2026.
A aura daquele lugar é tão pesada, que Teddy sente os cabelos mudando de cor no mesmo segundo que passa pela porta e é convidado para entrar mais pela escuridão daquele prédio. Os colegas do quartel estão espalhados por toda igreja trouxa, conversando com os vizinhos curiosos e exercendo seu papel de distração enquanto os Obliviadores não chegam pra conter aquela bagunça, antes que ela fique cada vez maior.
Ele jura que é o mesmo sentimento que teve no dia que foi chamado pra cobrir o caso da garota prensada na parede, nos Estados Unidos, só uma semana atrás, e jura que o desconforto é ainda pior quando sobe as escadas do púlpito e olha aquela cova — aquele local de desova — por cima, e está lá: mais ossos prensados em concreto, mas mais antigos dessa vez.
— É como se tivessem deixado ele aí, de qualquer jeito, bem na hora que jogaram o cimento por cima, e ninguém percebeu. Não tem nem um registro, e esse lugar está aqui há quase cem anos. — Seu assistente é muito rápido em resumir o que ele parece ainda não saber, trocando as folhas do bloquinho que tem nas mãos enquanto Lupin se agacha perto do buraco no chão. — Estavam demolindo pra construir outra por cima, o lugar todo não tem mais estrutura apesar da história, e foi aí que encontraram ela…
— Como nós já sabemos que é ele? — O mais velho quis saber, erguendo uma sobrancelha, na direção do outro.
— Deixaram os documentos com ele, e é por isso que os trouxas não saem daqui e tem tantas perguntas.
Em cima do apoio de madeira mofado pra onde seu assistente aponta com a cabeça, um conjunto de pertences foi deixado parecendo gravemente comprometidos pelo tempo, mas Teddy consegue identificar uma pulseira e um cordão também, uma varinha e uma carteira de motorista trouxa. Aquele menino tinha nascido vinte anos atrás, e aquela habilitação tinha sido tirada no ano passado de acordo com o próprio registro no plástico.
Teddy vê as pessoas se dispersando do lugar como se nada de estranho tivesse acontecido naquela manhã, os obliviadores são rápidos em fazer seu trabalho, como de costume, se espalhando pra procurar qualquer pessoa que possa ser um empecilho mais tarde, ocultando aquele ocorrido tão bem quanto aquele assassino pensou ter feito com aquele corpo. Quantas outros eles vão precisar achar, pro ministério entender que estavam falando de um assassino cruel que viola o tempo sem pensar nas consequências também?
Teddy sente muito por ele, sente pela família dele e os amigos também, imagina que ele teria sido um medibruxo incrível se tivesse oportunidade de terminar os estudos, e que ele merecia uma vida longa acima de tudo, e é ridículo e infeliz como seus superiores parecem fazer pouco caso dele. Ele só consegue pensar no que pode ser mais importante de proteger, que impede que eles divulguem a verdade sobre aqueles casos.
Londres, Inglaterra. Hoje, em 2026.
O arquivo do Quartel General dos Aurores tinha virado uma verdadeira sala de operações graças às três mentes conspiratórias que tinham se unido naquele dia, e por mais que os três temessem ser descobertos e levar advertências das mais diversas de seus superiores, não parecia suficiente pra impedi-los de continuar juntando pistas, agora que eles pareciam ter uma base.
— Então, nós temos pessoas, jovens, sendo brutalmente assassinadas e tendo seus corpos quase sempre dilacerados e sendo desovados nos mais diversos pontos pelo mundo, mas sempre em épocas diferentes pra dificultar a descoberta dos restos mortais. — Pandora é a primeira a falar quando a teia de informações deles fica pronta bem no meio da sala, suspensa por magia, por ser mais fácil esconder no menor sinal de outra pessoa entrando no recinto. — E graças ao Segen, agora também sabemos que não se trata mais só de duas pessoas.
A leve menção faz ele mesmo suspirar, interceptar corujas com mensagens secretas tinha sido difícil pra cacete, e mesmo com todos os curativos, ele sabe que vai sentir a dor daquelas bicadas pro resto da vida, mas tinha sido por uma boa causa. Se sentia quase um gangster.
— Acho que depois do garoto na igreja, o próprio ministério deve ter começado a procurar mais pessoas, já que tem um padrão bem ali. — Segen solta ao apontar pra um dos cantos da teia com o dedo enfaixado. — São sempre construções antigas, mas não tanto, e eles são sempre encontrados prensados em concreto de lugares trouxas.
— No caso do corpo que a Yuri encontrou, o assassino deve ter confundido os prédios. Tenho certeza que a pessoa não fazia ideia que aquele prédio ia virar disfarce pra uma construção nova e mágica. — A voz de Jun se faz presente também, apesar de estar em um canto da sala tomando nota de tudo que eles estão falando e descobrindo nos últimos dias, ele quer que eles saibam que ele está atento a tudo e tem as próprias convicções. — Então, quando ela levantou a parede… Provavelmente interferiu no processo e o assassino nem percebeu, por isso a vítima apareceu tão rápido.
Nosso assassino provavelmente não tem conexões ou informações diretas com pessoas que trabalham com construção bruxa, é adicionado em uma folha de papel na teia na mesma hora que Jung constata a informação, se virando pra dupla atrás dele.
— São todos estudantes de medibruxaria ou medibruxos formados e exercendo função. — Segen expõe seu raciocínio mais uma vez, Pandora se ocupando em adicionar aquela informação na teia também. — Acho que a gente devia começar uma investigação em campo pelo St. Mungus, estão divulgando as mortes agora todos os dias de maneira discreta, mas tenho certeza que vamos encontrar colegas preocupados dispostos a conversar por lá.
Jun se levanta quase na mesma hora, o aparelho eletrônico trouxa começa a tocar dentro do casaco e o barulho é simplesmente insuportável, espantando Pandora e Segen pra buscar os próprios pertences na sala enquanto ele segue logo atrás deles.
— Eu preciso receber alguém, não acho que vou poder ficar muito tempo, mas ainda podemos ir. — Jun comenta quando eles entram no corredor em direção ao elevador no final, na frente dele, Pandora e Segen trocam olhares e se seguram pra não fazer todas as perguntas que eles querem fazer, quando ele completa, impaciente. — Vão se sentir melhores se eu disser namorada?
— Vão se sentir melhores se eu disser namorada? — Segen o imita, em uma voz mais lenta e aguda, arrancando uma risada de Pandora. — Você é um otário.
Stretton é incapaz de concordar, apesar de ter passado anos esperando aquele desfecho entre os dois, ela preferia não tecer nem um tipo de comentário quando ela mesma era a rainha da negação, e tinha consciência de que estava evitando o amor à todo custo.
Quando os três estão dentro do elevador, encarando os próprios reflexos na porta fechada enquanto ele se move, é que ela percebe um detalhe que eles parecem ter deixado passar.
— Eles são mestiços, as vezes nascidos trouxas… Vocês acham que pode ser… Um crime de ódio também?
E de repente, nem um deles tem muita certeza se quer encontrar aquela resposta também.
▪︎
Londres, Inglaterra. Hoje, em 2026.
Eles só se espalham porque o St. Mungus é mesmo um lugar enorme, não querem parecer estar fazendo uma investigação sem autorização mesmo que estejam e porque também não tem muito tempo pra perder quando tem as próprias vidas pra cuidar, mas no fim das contas parece ter resultado.
Enquanto Segen foca nos enfermeiros e que podem ter conhecido as vítimas, Pandora se ocupa com os pacientes que podem ter sido deles em vida, fazendo sempre as mesmas perguntas, não querendo parecer suspeitos.
Como era sua relação com essa pessoa?
Como você descreveria essa pessoa?
Você se lembra de terem falado sobre algo diferente antes dessa pessoa sumir?
Essa pessoa falava de mais alguém?
E quando eram questionados sobre porquê estavam lá, faziam questão de citar que só queriam ajudar os setores que estavam sobrecarregados com tantos problemas, e que era de se esperar que alguém se comparecesse com toda situação. O que não era de todo uma mentira, só estavam omitindo a parte que o Ministério estava se mostrando um buraco de pessoas mentirosas e corruptas escondendo uma barbaridade daquelas, com certeza, pra proteger algo ou alguém.
Jun fica com os médicos e residentes porque é um número menor, e ele precisa mesmo sair daquele lugar o quanto antes. Namorar uma pessoa curiosa e que vivia pra expor fatos já era difícil antes, mas agora parecia impossível, por isso carregava um livro em branco e uma pena com ele agora por toda parte e a todo momento que estavam trabalhando no caso; sabia que Marigold jamais o perdoaria por ocultar aquela situação dela, então queria garantir que quando tudo se resolvesse e tivesse um fim, ela ia ser a primeira com um furo da fonte mais confiável que poderia ter.
Tinha a atenção em cada pessoa com quem falava, e no relógio no bolso, enquanto a pena mágica discretamente escrevia o que era conversado atrás de suas costas, como uma verdadeira espiã, ninguém parecia notar o objeto escrevendo sobre o pergaminho ali.
Helena Darkling, no outro canto do corredor, pensa que Jun se acha mesmo muito esperto e que esse era um dos motivos pra ela o detestar quando eles ainda estavam na escola, mesmo que ela não dissesse e demonstrasse, ela sempre odiou aquele traço seu em especial só porque ela achava que era ainda mais rápida e inteligente do que ele.
— Não sabia que estava interessado em migrar de profissão. — O jeito que a loira o alcança e ele deixa a pena e o pergaminho caírem no chão com o susto, só faz ela ter mais certeza de que é melhor do que ele. — Colhendo depoimentos pra ver se vale a pena?
— Não acho que medibruxaria é a mais segura das profissões nos tempos atuais, mas eu adoraria colher um depoimento seu. — Jun abre um sorriso cínico para Helena, uma das mãos erguidas no ar pra recuperar os objetos largados no chão. — Como é nunca ter tido uma nota boa a sua vida acadêmica inteira, e mesmo assim ter sido aceita pra ser medibruxa só por que sua família inteira domina essa área?
Jun também odeia a coisinha odiosa e forçada que é Helena Darkling desde quando eles foram introduzidos, tanto na escola quanto quando a família passou a fazer parte do convívio dos puro sangue de importância graças ao cargo da mãe no Ministério. Algo sobre ela sempre parecer feliz demais, doce demais e amigável demais o incomodava, e ele a via como uma armadilha viva e perigosa o tempo todo. A provocava sempre que tinha oportunidade, esperando ela o atacar e provar seu ponto de que ela não era nada que os outros pensavam, mas sempre terminava em espera também: Ela não o atacava, e não era porque ela não queria, mas porque sabia que era o que ele esperava.
Ela era uma merdinha, mas era uma merdinha esperta, e isso fazia o sangue dele ferver.
— Você veio pelos desaparecimentos ou pra insultar alguém que pode te ajudar? Sinceramente, Jun, você nunca foi uma pessoa sutil. — A mais jovem comenta, o rosto se fechando em uma carranca quase magoada, ao encolher os ombros e se encostar na parede. — Isso tá deixando todo mundo estressado e eu não sou e nem nunca fui sua inimiga, me importo com os assassinatos tanto quanto você. Eles eram meus colegas de trabalho, aprendizes do curso.
O jeito que Helena perde o olhar no corredor, quase faz Jun sentir muito por ela e acreditar que ela realmente tem uma dor ali a consumindo, mas ele não ia se deixar levar por um comentário.
— Se você sente mesmo, por que não me diz algo que eu não sei? — Jun insiste, ficando impaciente com o peso da melancolia daquela garota. Por Merlim, que perturbação. — Sua família é praticamente dona desse lugar, tem sido lei aqui por anos, sabem que isso não é normal e que tem um padrão. Um funcionário suspeito, um opositor de como as coisas funcionam no hospital, alguém puto tentando se vingar. Tem pessoas morrendo e ninguém parece dar a mínima aqui.
Helena acha graça no jeito que Jun parece desesperado, no jeito que ele parece realmente preocupado com a situação que não diz respeito a ele. Ela acha graça porque faz ele parecer fraco e sem propósito, um lugar que um sangue puro nunca deveria experimentar, mas eles eram muito diferentes.
— Acho que essa situação é muito maior do que eu e você, e não cabe a nós tentar achar a raiz desse problema. — A loira murmura pra ele, alisando a roupa de medibruxa impecável, ao se desencostar da parede. — Se eu fosse você, deixaria isso pra lá. Imagina os perigos que você pode correr se metendo nisso?
— Eu não tenho medo.
— Mas acha que está pronto pro que vai te atacar mesmo assim?
A verdade é que por mais que Jun não admita, ele pensa muito nas palavras de Helena agora no escuro de seu quarto, e não consegue dormir tentando descobrir o que ela queria dizer com aquilo. Estava alertando ele por que o considerava e temia por sua segurança? Estava sendo irônica por que sempre acabava mesmo tentando ser o herói? Ele não confiava em Helena Darkling, preferia acreditar que ela tinha o amaldiçoado, do que o tentado proteger por qualquer motivo aleatório que ela tivesse, mas bastou Goldie se mexer um pouco em seu sono pra ele esquecer aquele encontro estranho no hospital, e voltar toda sua atenção a garota dormindo ao seu lado.
A mão que não estava atrás da cabeça, foi automaticamente pras costas nuas dela, tocando a pele com a ponta dos dedos sem a menor intenção de acordá-la depois de terem passado horas muito acordados e se movimentando pela casa dele. Sabia que a mãe ia ficar muito magoada quando soubesse por outras pessoas que ela estava na cidade e ele não avisou, mas precisava de cada segundo possível sozinho com Kang e não queria dividir ela com ninguém. Tudo bem, uns anos atrás ele tinha suas ressalvas, mas agora era diferente.
Ele era diferente agora e sabia disso.
Deixou um beijo no ombro dela antes de se levantar e puxar o cobertor mais sobre sua figura pequena, e acredita com todas as suas forças que só saiu do quarto com a varinha na mão por costume e um movimento quase involuntário, e não porque sentiu que ia precisar quando entrou no corredor meio iluminado de sua casa e viu a mancha no papel de parede em sua frente.
Vermelho escuro, fresco e tinha cheiro. Um ponto inofensivo que ficava maior cada vez que ele piscava os olhos, mas foi só quando olhou pro resto do corredor que percebeu que aquela não era a única, mas sim uma de cinco. Foi tudo muito rápido: um segundo estava trancando a porta do quarto e recitando um feitiço de proteção com a voz firme pra garantir que nada ia acontecer com a namorada quando ele se voltou pra parede e respirou fundo, empunhando a varinha com habilidade ao dar uma ordem. — Cistem aperio. — E um corpo cair sob os pés dele logo depois, e outro, e outro, e outro e mais um ao longo do corredor.
Quente, com lágrimas nos olhos e muito menor e mais jovem do que os já encontrados, apesar de estarem tão dilacerados quanto. Eram só crianças, crianças brutalmente assassinadas e desovadas agora dentro de sua própria casa.
CAP O3.
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