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#quarteirão
catarinacochinilha · 4 months
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da coleção ao museu
30 de maio, WOW – Quarteirão Cultural comAdrian Bridge | Colecionador “The Bridge Collection”Álvaro Sequeira Pinto | Colecionador particularLopo Feijó | Colecionador ParticularJoão Espregueira Mendes | Colecionador Particular  Moderação: João NetoAssociação Portuguesa de Museologia15h00 | Mesa-Redonda16h30 | Visita “The Bridge Collection”17h30 | Porto de Honra inscrições, AQUI
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shoujobella · 5 months
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primeiro bc com um look nada girly da minha parteKKKKKKKK (em minha defesa, as roupas mais legais estão no varal secando por conta da viagem recente)
aceito dicas e links de exercícios para aumentar o thigh gap, qria um espaço equivalente a distância da minha rua até o próximo quarteirão 💗💞
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imninahchan · 7 months
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⌜ 𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎𝐒: friends to lovers, fwb, cockwarming, sexo sem proteção [ó chiquititas não façam noooooo], dirty talk, elogios e ‘eu te amo’, creampie. Espanhol — tranqui (tranquila/o), no me lastimes (não me machuque). ˚ ☽ ˚. ⋆ ⌝
꒰ 𝑵𝑶𝑻𝑨𝑺 𝑫𝑨 𝑨𝑼𝑻𝑶𝑹𝑨 ꒱ en serio buenisimoooooo.
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𓍢ִ໋🀦 O SOM DAS RISADAS SE MISTURAM ENQUANTO VOCÊ SE DESPEDE DOS SEUS AMIGOS ─────
Abraça um, Abraça outro. Falam sobre marcar mais um encontro, talvez na casa de fulano, e tals. Você concorda, vamos marcar, sim, mesmo sem saber se terá disposição para socializar quando o rolê sair do papel de fato.
— Tchau, amiga! — Francisco se aproxima com um sorriso enorme, os braços abertos. Você percebe, só pelo tom agudo, o nível de zoação que carrega, porque te envolve forte, e quando separa, deixa um beijinho numa bochecha, depois n’outra, e ameaça deixar um nos seus lábios, porém recua, rindo. — Ay, perdón, desequilibrei... — alega, cínico.
Você não segura o riso, por mais que quisesse ter repreendido. Nem se pergunta se algum dos seus amigos notou algo, vai na sorte mesmo, empurrando Romero pela porta até que possa se juntar aos outros no corredor. Depois de tanto sorrir, os cantos da boca até doloridos, você os vê descendo as escadas. Se apressa pra janela da sala, gritando e acenando novamente, mais uma sessão de despedidas e vozes embriagadas dizendo o quanto gostam de você, que Buenos Aires não seria legal sem ti, e blá blá blá de bêbado.
Os seus olhos partem dos seus amigos entrando no carro de aplicativo pra figura esguia de Francisco seguindo pela rua noturna. Quando não o avista mais, nem se preocupa, já conhece o trajeto que será feito — dar a volta no quarteirão e tocar o interfone do seu prédio mais uma vez.
Dito e feito. Não precisava ter atendido formalmente como faz, afinal não é surpresa quem está do outro lado da linha, mas não se arrepende de ter tirado o telefone do gancho, uma vez que o som da voz chiando uma canção antigaça te arranca boas risadas. Libera a entrada, e ao espiar pelo olho mágico, a imagem distorcida é mais cômica ainda quando ele chega com a boca bem pertinho da lente. Já tá aberta, palhaço, você resmunga, girando a maçaneta para recebê-lo outra vez.
— ¡Hola! Quanto tempo... — Ele adentra o apartamento cumprimentando, te envolvendo. Dá dois beijinhos em cada uma das suas bochechas. Não te libera depois, entretanto, prolonga o abraço, te aperta, os pezinhos de ambos cambaleando para fechar a porta novamente e avançar até o sofá da sala.
O seu corpo cai no estofado, por cima das diversas almofadas, e o peso do dele te faz rir, sabe que o rapaz está fazendo tudo para implicar, para conseguir te fazer gargalhar até a barriga doer. Ao finalmente conseguir arredá-lo pro canto, tem o pulso tomado pela mão alheia. A cabeça descansando sobre o seu ombro, todo mal posicionado, mas insistindo em estar emaranhado a ti feito um bichinho pedindo atenção.
— Vou poder dormir aqui, né? — ele quer saber, mas já com aquele entonação de pergunta retórica. Os olhos sobem pro seu rosto.
— Vou pensar — você responde, fingida também.
— Pensar?! Você me trouxe pra sua casa, me embebedou, me jogou pra fora e me chamou pra voltar só pra usar o meu corpinho... — começa a enumerar, argumentando com o indicador no ar — ...e, agora, quer me jogar na rua de novo?
— Você voltou porque quis...
Ele ergue a postura, te encarando boquiaberto, com drama. Dali, um sorriso se abre, é porque eu te amo, e vem se aproximando pra distribuir beijinhos pelo seu queixo.
Certo, vocês não são só amigos, porém se alguém questionar, é capaz de ambos não saberem exatamente o que responder.
Você conhece Fran porque ele é amigo de uma amiga sua, e quando menos percebeu já estavam ambos nas mesmas festinhas, tirando foto no espelho do banheiro de balada e se arrumando na casa um do outro pra poder sair. Talvez a tensão entre os dois tenha sido grande demais ao dançar coladinhos o som da canção de letra indecente, porque acabou se encontrando sentada no colo dele num pós-festa, passando mais gloss nos lábios só porque ele queria provar o saber através de um beijinho.
Mas é tudo silencioso demais. Os seus amigos não sabem, quem sabe desconfiam, só que ninguém diz nada, e muito menos vocês dois. Estão mais do que acostumados a fazer o que fizeram hoje — se ‘despedem’, ele dá uma volta no quarteirão só pra dar tempo de todo mundo ir embora, e aí volta pra ficar contigo. Já perdeu as contas das vezes em que ele dormiu aqui, tipo daquela vez em que fizeram a listening party de Motomami, quando o álbum saiu, e no outro dia ele acordou com o glitter da noite passada todo espalhado pelo rosto.
A presença dele te ilumina. A cada risada, você jura, é como se mil fadinhas nascessem, igual no filme da Tinker Bell. Vocês combinam tanto que é absurdo. O mesmo senso de humor, o mesmo gosto musical, às vezes se expressam da mesma forma no automático.
— Saaai! — você estende a pronúncia, empurrando-o com a primeira almofada que alcança. — Me ajuda a arrumar as coisas, anda. — Joga o corpo dele pro canto, se levantando.
Francisco cai no chão, teatral.
— Então, é pra isso que eu voltei? — parece sussurrar para si mesmo. — Pra ser empregada doméstica... A que ponto cheguei...
Mas vem atrás quando te vê partindo pra cozinha. Enquanto você lava as louças na pia, ele as seca com o pano de prato, tagarelando sobre algum acontecimento que se deu entre a família dele recentemente, ou sobre algum Tik Tok engraçado que viu e, com certeza, te mandou.
— Vou tomar banho — você avisa, e ele automaticamente escuta a frase como se fosse um convite.
A relação de vocês já está tão sólida que o rapaz tem uma pilha de coisas guardadas no seu armário, entre elas a tolha que pega agora para partir contigo pro chuveiro. Vê-lo tirar a roupa se tornou cotidiano, conhece cada pintinha no corpo masculino e os olhos são ágeis pra achar uma espinha aqui ou ali. Posso cortar seu cabelo amanhã, se você quiser, é o que oferece, afetuosa, ao correr os dedos pelos fios dele. E ele aceita, confia cem por cento.
Antes de entrar no box, porém, tem que colocar aquela playlist do banho pra tocar. As canções ecoam pelo celular sobre a pia, as faixas se somando no ambiente ao passo que vocês se alternam sob a água. Uma pausa ou outra pra cantar as letras com a embalagem de shampoo na mão, e logo já estão embalados na toalha.
Ele nem se dá ao trabalho de vestir algo mais do que a bermuda de algodão. Se esconde entre os seus cobertores, tapa a cabeça e tudo, esparramado pelo colchão. Você até tinha separado o conjuntinho de pijama que costuma vestir, mas aí lembra que provavelmente não vai dormir agora, e fica com preguiça de ter que tirar tudo. Pega uma blusa larga mesmo, se cobre só com isso.
Engatinha sobre a cama, procurando um espacinho pra se esconder sob o cobertor também.
— Vem, tá frio, uuuuh, que frio. — É dominada pelos braços do argentino. Rolam por cima da bagunça que se torna a cama, o rosto dele afundado na curva do seu pescoço enquanto murmura as gracinhas ao pé do seu ouvido. A temperatura está okay, é arriscado até que acordem suando, mas Romero os cobre totalmente. Os olhinhos arregalados te encaram sob o escurinho do cobertor. — Eu tô morrendo de frio, dá pra ver meus dentes batendo? — Exibe os dentes, engraçadinho, só pra te fazer rir. — O que você vai fazer sobre isso?
— Eu?
— É, você mesma.
— Não sei... — entra no joguinho dele. — O que você acha que eu devo fazer?
— O que eu acho?
— Uhum.
— Ah, deixa eu pensar... — Desvia o olhar, parando até o dedinho no canto da boca. — Tá tão frio hoje, eu preciso de alguém pra me esquentar... sabe... — Volta os olhos pra ti, a cara lavada é óbvia demais. — Dentro de você é tão quentinho...
Você sorri, feito boba. Tá, pode ser, autoriza. A diversão na face do argentino passa do doce, ao te acompanhar no princípio, para o lascivo quando te escuta permitir. Gracías, chiquita, ele responde de volta, te dando um beijo no cantinho da boca.
Te abraça por trás, e você não precisa nem espiar por cima dos ombros pra visualizar a destra masculina escorregando por baixo do endredom pra poder tocar a si próprio até estar pronto. O rosto de Fran mergulha entre o seu pescoço, arrasta o nariz pelo seu ombro, aspirando o perfume do sabonete usado no banho. Está sussurrando pertinho do seu ouvido, diz o quão cheirosa e bonitinha você está, agradece por não encontrar mais peça nenhuma no meio do caminho até as suas pernas. É reconfortante saber que as coisas que o excitam são os elogios que faz para ti.
Você mesma empina um pouquinho quando necessário, oferece um ângulo melhor ao jogar a bunda pra trás e separar os joelhos, de lado. Ganha outro beijo, dessa vez posicionado melhor na bochecha. Sente a cabecinha sendo esfregada pelo seu pontinho, deslizando pra cá e pra lá. E quando ele se encaixa, empurra devagarzinho, você morde o lábio, trocando um olhar com o argentino só pra poder vê-lo sorrindo ladino. Entra com cuidadinho, sem forçar muito porque não te deixou bem molhadinha primeiro.
— Agora sim... — Te aperta mais entre os braços, empurrando o quadril contra o seus, ao máximo, tudo, sempre parecendo querer ir mais fundo embora já esteja no limite. — Tão bom... — Chega a suspirar, de tamanha completude.
De fato, o somatório do calor natural do seu corpo junto da quentura do endredom formam um fervor delirante. Febril. Agora, vamo’ dormir, você deita a lateral do rosto sobre as costas das mãos, plena. Poderia estar externando também o prazer que sente; a sensação de fartura, a excitação por guardá-lo dentro de si, o jeito com que pisca ao redor do que te preenche, espremendo, fazendo o rapaz estremecer contigo, porém resolve manter a pose. Especialmente pois sabe que Francisco Romero não ostenta pose nenhuma quando se trata de ti.
Aqui, ele acata o seu comando. Pelo menos, a princípio. Não demora muito e ele quebra o personagem, feito já era de se esperar. Recua de dentro e joga de novo, ocupando mais uma vez. A boca se encarrega de beijar pelo seu pescoço, a voz arranhando próxima do seu ouvido, como um gatinho. Eu falei dormir, você reitera numa falsa irritação.
— Eu sei — ele fala —, mas não é o suficiente. — Sem muita dificuldade, se coloca por cima de ti, se trancando entre as suas pernas. — Necesito más, mi amor.
— E o que você quer? — pergunta, apesar de já imaginar o que vem por aí.
Canalha, chulo. O sorriso vai se alargando na face do argentino.
— Assim, sabe... — começa, malandrinho. Ergue o dedo indicador pra contornar as voltinhas dos seus lábios enquanto diz: ‘se eu te encher de porra, aí você vai ficar quentinha também...’
‘Vai, deixa’, insiste, com charme. Não vai ser a primeira e nem a última vez, e ‘eu sei que você gosta de dormir lotadinha de mim, hm? Não adianta dizer o contrário’, igual ele mesmo afirma.
A face que exibe aquele cretino sorriso vai chegando mais perto, os lábios finos encontram os seus. Selam, estalam, molhadinhos. Você o rodeia com os braços, traz ainda mais pra próximo.
Hm?, o escuta ronronar, meigo. Porra, que se dane qualquer marra, né? De que adianta continuar nesse joguinho de implicância quando pode ganhar uma foda gostosinha, sob o endredom quentinho, pra poder dormir tranquila a noite toda? Amanhã vai acordar, sim, com o meio das pernas todo melado, mas daí é só guiar o rapaz até o banho que tudo se repete e resolve satisfatoriamente. ‘Dale, Fran, me fode’, pede, então, num dengo sem igual.
Ele atende ao seu pedido, claro. As mãos escorregam pelos cantos do seu corpo porque devem chegar até a sua cintura, segurar ali, para poder meter com mais ritmo. Lento, porém, devorador de sanidade. É sensual na medida certa pra te fazer revirar os olhinhos e respirar pela boca entreaberta, o ar quente soprando contra o rosto alheio.
O silêncio da madrugada é propício pra sobressair o devasso do momento. Escuta a voz dele falhando, os arfares. Principalmente, escuta o som ensopadinho do seu corpo, cada vez que ele se soca no seu interior. É de alucinar. Crava as unhas nas costas dele, o que faz o garoto resmungar de tesão. Tranqui, nena, no me lastimes, murmurando nos seus lábios como se nem tivesse quase se derramado só pela selvageria.
Mas quando se derrama de verdade, os próprios dedos dele estão tão firmes e fortes na carne das suas coxas que você sente queimar. Tudo dobra de intensidade; o orgasmo, o gemido que você queria encobrir pra não ecoar pelo cômodo e, possivelmente, ser ouvido pelos vizinhos. O peito dói, o coração parece parar por uns segundinhos e voltar com tudo, disparado.
O corpo do argentino pesa sobre o seu, feito mais cedo, praticamente se joga por cima de ti, proposital. E é só você recuperar o fôlego que começa a importuná-lo, anda, Fran, levanta.
— Tempo, tempo — ele repete, ofegante. O rosto afogado na curva do seu pescoço.
— Fraaan — manha, dando tapinhas nas costas dele.
— Nossa ‘cê é muito chatinha... — Te agarra, repentino, um excesso de carinho que te faz colar o corpo nele, mais ainda porque permanece enterrado inteirinho dentro de ti. O garoto levanta o olhar, te dá um selinho. — Te amo muito, okay?
— Tá, tá, tá — murmura entre os selinhos que se seguem, os estalidos de lábio em lábio quando não se importa se vai causar ruído ou não.
— Hmmm — Esfrega a ponta do nariz no cantinho do seu rosto, meloso. — Quentinha agora?
Você sorri, e mesmo mordendo o lábio entre os dentes para disfarçá-lo, Francisco flagra, sorri junto.
— Sim, né? — responde por ti, e não mente. — Bem melhor agora, vai dormir que é uma beleza, né, gatinha? De nada, tá? — Se move outra vez, retornando com a lateral do corpo pro colchão e te abraçando por trás. No caminho, escorrega pra fora de ti, de tão encharcadinho que tudo ficou. — Ah, não... Deixa eu voltar, deixa... — lastima com desespero, apressa para suspender de levinho a sua coxa para se colocar fundo novamente.
— Vai dormir assim, é? — o questiona, entre o riso.
— Dentro de ti? — ri também, daquele jeitinho doce. — Se eu pudesse, ficava enfiado em você, bem fundo, pelo resto da minha vida.
— Bobo... — Bagunça os cabelos dele.
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sunshyni · 2 months
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oioioi, como vc tá linda??
devo dizer q o anton e o wonbin não saí da minha cabeça 🗣️😵
vc pode escrever algo bem gostosinho com algum deles, vc escolhe :)
obrigada!
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shower – Anton Lee
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contém: Anton Lee × fem!reader, friends to lovers, fluffy
notinhas da sun: oioi, anon!! Tô bem e você?? Espero que esteja bem!! 🙏 Seu pedido é uma ordem, amor!! 🫡
Então, sinceramente?? Eu não gostei disso KKKKKKK Eu não tinha um plot muito bem construído na cabeça, então eu só fui escrevendo baseado em como eu enxergo este homem. Com ajuda de música, obviamente KKKKKKK
Enfim, pode ter ficado péssimo?? Certamente, mas eu juro que me esforcei anon 😭 Espero que você goste!!
w.c: 1k
boa leitura, docinhos!! 💜
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Você subiu as escadas da sua casa em passos apressados, como a corrida que sustentou pelo quarteirão nos últimos quarenta minutos. Era domingo, e sua família enorme começava a se reunir no extenso quintal localizado nos fundos da residência. No entanto, você ainda não cumprimentara ninguém, apenas a prima intrometida que mexia distraidamente no celular quando você atravessou a sala de estar em direção à escadaria.
Podia ouvir os zumbis se aproximarem pelos seus fones sem fio. Não literalmente, é claro. Tinha baixado o aplicativo de corrida que simulava um apocalipse zumbi exatamente para te incentivar na prática do exercício. No momento, estava no ritmo dos zumbis boomers de “Zumbilândia”, mas já estava começando a melhorar na coisa toda. Estranhou quando adentrou o seu quarto cheio de frufrus, cortinas rosas com babados, roupa de cama no mesmo tom. Pôsteres de artistas e bandas que nem existiam mais enfeitavam suas paredes revestidas por um papel de bolinhas também rosas. Era uma poluição visual sem fim, mas fazia parte da sua identidade e personalidade moldadas por seriados do Disney Channel e da Nickelodeon.
Estranhou porque existia uma fragrância nova no ambiente que você não sabia identificar. Ao mesmo tempo que parecia familiar, havia um toque recente e fresco que você não sabia nomear.
Foi direto para o banheiro; precisava urgentemente de uma ducha para se livrar daquela sensação grudenta, mesmo que exalasse o cheiro do body splash de ameixa que adquirira recentemente porque costumava ser completamente obcecada por produtos de frutinhas. Mas se esquecera de retirar os fones, e os mortos-vivos quase devoravam o seu cérebro naquela altura do campeonato.
— Isso aqui é daquela época que inventei de ser quarterback? — Se assustou com a voz masculina e melodiosa. Em contrapartida, seu coração iniciou um batimento acalorado como se ainda não tivesse cessado o exercício físico quando identificou aquele intruso, que de intruso nada tinha, pelo menos na sua casa não; agora, no seu coração e na sua mente já era outra história.
Provavelmente amava Anton Lee mais do que o seu próprio pai. Se conheceram e estudaram todo o ensino médio juntos. Ambos se consideravam amantes da música, da arte no geral. No entanto, você sempre achou que ele levava mais jeito para o mundo artístico, considerando a família repleta de estrelas, incluindo ele mesmo. Acabaram seguindo carreiras opostas: ele como produtor musical e você na advocacia. Trabalhava num escritório minúsculo, seu chefe era louco da cabeça, mas dava pro gasto.
Enquanto isso, Anton vivia num estrelato sem fim na cidade grande, encantando a todos com aquele olhar sonhador, voz doce que era a própria glicose e o jeitinho inocente, gentil e cavalheiresco que somente ele tinha. Qualquer um que pudesse ler a sua mente ou somente prestar atenção na sua linguagem corporal, nas pupilas que dobravam de tamanho feito um gatinho, perceberia que você estava caidinha, bobinha por ele desde... Desde sempre?
Você correu para onde ele estava ajoelhado bem ao lado da sua cama. Tinha se escondido ali para te fazer uma surpresa. Retirou o capacete pesado que escondia grande parte do rosto bonito e o abraçou, o abraçou o mais forte que pôde. Afinal, faziam exatamente 365 dias que não se viam pessoalmente, e você pensou que poderia facilmente morrer de saudades dele.
— 'Cê quer que eu morra asfixiado? — Ele questionou brincalhão, a voz levemente esganiçada, mas era só ele fingindo muito bem. Você se afastou depois de longos segundos envolvendo-o com os braços, contemplou o sorrisinho bonito dele, o cabelo diferente do habitual, o cheiro do shampoo invadindo suas narinas, fazendo com que você pensasse devagar. Por isso, demorou para perguntar como ele havia conseguido entrar no seu quarto sem que a sua família não fizesse balbúrdia. No entanto, Anton leu a sua mente antes mesmo que você pudesse começar a montar a frase.
— Entrei pela janela como nos velhos tempos. Sua abuela não me deixaria te esperar no seu quarto, e eu queria te fazer uma surpresinha.
E realmente, tinha um motivo para a sua avó querida não permitir que aquele garoto na sua frente permanecesse no seu quarto. Anton tinha mudado desde o último ano do ensino médio. Seu rosto ainda era o mesmo, mas seu corpo... Suas mãos agora descansavam puramente no peitoral dele. As coisas passaram para outra atmosfera, outra tensão quando você sentiu a firmeza do local. Talvez fosse o seu coração acelerado, talvez fosse aquela vontade avassaladora de tocá-lo. Você desceu uma das mãos para o abdômen dele, que contraiu em resposta quando você invadiu a camiseta cinza, como ele havia feito invadindo a sua casa. Seus olhos se encontraram; nem ele nem você sabiam mais como respirar, e os lábios se encontrando foi inevitável.
Anton tocou timidamente na sua cintura, te trazendo para perto, abobalhado, sem saber ao certo em que parte do seu corpo tocava. Você sorriu entre o beijo, olhou-o nos olhos e fechou os olhos porque estava verdadeiramente envergonhada. Meu Deus, estava finalmente beijando o seu melhor amigo, aquilo parecia coisa de outro mundo.
— Eu acabei de voltar de uma corrida, não quero ficar de pegação com você malcheirosa. — Aquele foi o melhor sinônimo que encontrou para fedida. Anton sorriu e se levantou, buscando a sua mão. Segurou apenas o seu indicador, como se fosse um bebezinho e, em silêncio, como ele costumava ser, quietinho, te levou até o banheiro, até o box. Ligou o chuveiro e te colocou embaixo dele, de roupa e tudo. Você soltou uma risadinha, mas seu corpo se sobressaltou quando ele partiu para mais um beijo, molhando parte da camiseta e pouco se importando com isso. Suas mãos molhavam o rosto dele, os cabelos, o corpo. O que diriam quando enfim se reunissem com o restante da família? Vocês nem pensavam nisso, só conseguiam raciocinar em beijar um ao outro, os braços de Anton te envolvendo, sorrindo constantemente cada vez que se afastavam um pouquinho para respirar. Ele era deslumbrante.
— Prima, 'cê não acha que tá demorando demais nesse banho? — Anton virou a cabeça levemente para a voz atrás da porta do seu quarto. Você até abriu a boca para responder, mas foi só uma deixa pra ele te beijar de novo, tomar suas mãos e colocá-las atrás do seu corpo. Realmente, Anton era tímido, não santo.
Você elevou a cabeça, procurando seus olhos castanhos e brilhantes. Anton sorriu feito um garotinho travesso e te deu um selinho, sussurrando sem descolar o olhar do seu.
— Shh... Deixa a gente ficar de pegação um pouquinho.
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hyuzest · 2 months
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Xodó - Lee Haechan
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Minha primeira história aqui, revisei algumas vezes, mas podem ter uns errinhos...por favor me deem feedback!
‼️ totalmente fluff, talvez um pouquinho sugestiva no final, Haechan é chamado de Donghyuck porque só consigo chamar ele assim, br au.
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Seria mais um daqueles dias em que Donghyuck passaria a noite enfurnado no quarto, gastando as cordas vocais para xingar estranhos na internet enquanto tentava ganhar mais uma partida online. Porém Renjun, seu amigo e colega de apartamento, estava decidido a arrastá-lo para uma noite de forró que aconteceria no prédio de letras da faculdade. Foi com muita insistência e uma promessa de um quarteirão duplo no fim da noite que Donghyuck se via em frente ao espelho do banheiro compartilhado, ajeitando os fios morenos. Ele até gostava de dançar e sair, porém, suas sextas eram sagradas e totalmente dedicadas ao COD e, não o leve a mal, mas forró era a última das suas escolhas musicais. O rapaz suspirou ao terminar de se arrumar; jeans rasgado, uma blusa preta lisa, sua jaqueta favorita e o allstar surrado de sempre. Borrifou um pouco de seu perfume e saiu do cômodo, se jogando no sofá enquanto esperava Renjun. Não demorou para Hyuck sacar a do amigo assim que viu o rapaz sumir com uma cacheadinha em meio às pessoas, reconhecia a menina como a paquera do chinês das aulas de filosofia. Rindo incrédulo ao perceber que havia sido arrastado para uma festinha de faculdade simplesmente para ser vela, resolveu partir para um canto mais tranquilo, se escorando em uma parede enquanto observava a movimentação. As pessoas conversavam animadas, bebendo drinks coloridos enquanto casais tomavam conta do centro da pista, se esfregando sensualmente ao som da banda ao vivo. Foi em meio a esse cenário que ele te avistou. Teve que piscar algumas vezes assim que seu olhar repousou sobre sua figura, vislumbrando cada pedacinho seu; desde o vestido azul-escuro praiano que apertava cada curva da melhor maneira e se abria em uma saia rodada, aos acessórios dourados que faziam sua pele brilhar ainda mais, a maquiagem leve, mas sedutora, complementava cada característica sua; os olhos, o nariz, as bochechas coradas e aquele sorriso lindo que exibia enquanto conversava animada com as amigas. O coreano se questionava como nunca havia te visto antes, sabia que a universidade era grande, mas um rosto daqueles, era difícil de passar batido, porém uma coisa tinha certeza, teria que chegar rápido em você antes que alguém o fizesse antes. Respirou fundo e se aproximou de onde estava, vendo suas amigas voltarem a atenção para si e sorrirem antes de darem um passo para trás, a deixando confusa, se virando para onde olhavam, indo de encontro com o maior.
"Oi, eu sou o Hyuck"
O rapaz se apresentou, aproximando o rosto para perto de seu ouvido pelo som alto, não deixando de notar o perfume floral que exalava de sua pele.
"S/n. Creio que nunca te vi antes por aqui, Hyuck"
A resposta veio com um sorriso bonito, o hálito mentolado o fazendo arrepiar quando respondeu em seu ouvido.
"Essa é minha primeira vez aqui, não manjo muito de forró, mas sabe… percebi agora que eu sempre quis aprender a dançar"
Você riu pelo comentário bobo, mordiscando o lábio inferior.
"Hoje é seu dia de sorte, então. Eu conheço uma ótima professora"
Sua mão envolveu a dele, o puxando para o meio da pista movendo o quadril ao ritmo da música e ele poderia jurar que estava sonhando naquele momento. Quando suas mãos se posicionaram no corpo do moreno, ele se despertou do transe que estava, esboçando um sorriso ladino ao puxá-la pela cintura para perto de si, movimentando seus corpos no ritmo gostoso da música. Sentia as pernas e os braços se entrelaçam em meio ao gingado dos corpos, o calor e o cheiro de ambos se misturando naquele espaço pequeno, fazendo com que você sorrisse timidamente. Donghyuck arriscou soltar seu corpo, girando com facilidade antes de puxar para perto, abraçando sua cintura por trás enquanto movia seus corpos no ritmo da música que se animava. Sentiu o rosto esquentar pela pegada do moreno, a maneira que a movia e se movimentavam em perfeita sincronia, jamais havia sentido tanta conexão com alguém assim em uma dança.
"Achei que não soubesse dançar"
Sussurrou contra seu ouvido, apoiando a cabeça em seu peito pela proximidade.
"Eu aprendo rápido, princesa."
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Antes ela era observada pela sua solidão,agora ela causa inveja nas separadas do seu quarteirão,é a vida sempre mudando de estação.
Jonas r Cezar
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romanticaperfeita · 2 months
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Que você precise de mim. Seja para dar a volta no mundo, ou simplesmente no quarteirão. Para apresentar um discurso ou apenas jogar conversa fora. Mas que seja eu, sempre, a sua primeira opção. — Pedro Pinheiro
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lucuslavigne · 8 months
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O Vagabundo e a Dama.
Johnny × Leitora.
Apaixonar é invadir, confundir, bagunçar, despertar o corpo e o coração. É incendiar a rotina. É sentir o calor de cada dia. É sentir raiva da distância. É pôr em jogo tudo o que se tem e o que não tem.
๑: um neo + uma música br, br!au, twt, bebidas alcoólicas, pet names (princesa, dama, boneca e outros), personagens criados para o contexto da história, bem curtinho. Experimentei um tipo de narração diferente, então se estiver ruim relevem.
Espero que gostem.
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Johnny havia acabado de chegar da boate que tinha ido com os amigos Nathan e Victor. Se quer pensou em tirar a roupa que usava, apenas se jogou na cama para dormir, já que o sono o dominava.
Mas, S/N, havia acabado de começar seu dia. Abriu a cortina e logo em seguida o vidro da janela, foi para o banheiro para tomar um banho gelado e assim ir para o trabalho.
Johnny passou o dia andando por aí, conversando com um e com outro enquanto fumava um cigarro, soltando a fumaça para o alto.
S/N fez todos os cálculos dos lucros obtidos na clínica em que trabalhava, foi para a academia treinar, passou numa cafeteria para poder se alimentar e foi para casa para finalmente descansar.
O telefone toca.
“ Qual a boa John? ” Nathan perguntou. E por um momento, o homem ficou alí, pensando aonde iriam daquela vez.
“ Você não vai dar migué não, né? ” Ágatha ameaça.
“ Não vou Ágatha. ” deu uma risada. “Mas pelo menos venha me buscar. ”
O busão nunca pareceu tão lotado. Os jovens todos com roupas chamativas, acessórios exagerados indo para alguma festa que lhes fosse atraente. Johnny era um desses jovens, segurando na barra do busão torcendo para ninguém esbarrar nele e o derrubar.
O Civic preto parado em frente à porta acomodava S/N e Ágatha, o ar condicionado ligado para aguentarem o calor de Barretos enquanto o MPB tocava no rádio.
“ E aí, princesa? ” Johnny chegou-se. “ Meu nome é Johnny, e o seu? ” sorriu pequeno.
“ Meu nome é S/N. ” sorriu tímida.
“ 'Tá a fim de sair um pouquinho daqui? ” chegou mais perto.
“ Pode ser. ” colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha.
O depósito do outro quarteirão pareceu bem atraente no momento, então os dois jovens foram caminhando até lá. Esbarraram em algumas pessoas, Johnny apenas continuava a andar, mas, S/N pedia desculpas toda vez que isso acontecia.
“ Você bebe cerveja, princesa? ” perguntou.
“ Às vezes. ” confessou.
“ Não quer tomar uma cervejinha comigo? ” colocou o cabelo bonito da mulher para trás.
“ Claro. ” sorriu.
Já com suas devidas cervas na mão, continuaram a andar pelo pequeno bairro, o rapaz cumprimentava uma pessoa ou outra, enquanto a garota... Bem, ficava escondida atrás do corpo grande de Johnny.
“ 'Tá tendo show hoje? ” perguntou ao rapaz.
“ Pelo que parece, sim. ” respondeu, olhando os olhos brilhantes da menina.
Johnny colocou a mão no bolso, tirando a carteira de dentro, contando o dinheiro para poderem entrar, até que sente a mão delicada de S/N tocar a sua.
“ Deixa que eu pago, Johnny. ” o encarou, pegando na mão grande e caminhando até a entrada do local.
As luzes do palco deixavam o clima animado, Johnny estava empolgado com a menina que tinha ao lado, ambos dançando agarrados escutando uma bela música que os interligavam.
Se identificaram, mas, era hora da despedida. Foi difícil, mas, S/N passou seu telefone para o rapaz, esperando que no dia seguinte ele a ligasse.
A cama quentinha cuidava do corpo delicado da moça, os cobertores abraçando a pele bonita. O sol passou pela fresta da janela, despertando os olhos brilhantes e assim, se começava mais um dia.
O telefone toca, a curiosidade a ataca, o telefone é atendido e a voz fala “ Bom dia princesa ” em um tom tão açucarado quanto mel. “ Bom dia John ” é respondido de maneira tão alegre que até mesmo a mulher ficou surpresa.
A conversa doce, animada, aqueceu os corações em busca de um amor impossível, afinal, ela era geração saúde, sempre se cuidando, e ele, geração fumaça, vivendo por sorte.
“ O que 'cê acha de um dia na praia, hein, princesa? ” perguntou numa alegria contagiante.
“ Eu acho uma boa... ” falou timidamente enquanto enrolava uma mecha do cabelo.
E no dia seguinte eles estavam na praia, ele foi logo mergulhar nas ondas do mar, já ela, foi pegar um bronze, ficar com as marquinhas do biquíni estampadas em um tom mais claro no corpo.
“ Não vai mergulhar? ” Johnny a pergunta, mas, um “ Não sei nadar ” foi a resposta.
“ Vem. ” pegou delicadamente na mão da mulher “Vou te ajudar. ” disse enquanto ajudava S/N a se levantar da areia.
“ É muito fundo Johnny! ” se agarrou no braço forte do homem.
“ Calma minha linda. ” deu risada, pegando a menina no colo, a fazendo entrelaçar as pernas na sua cintura “ Agora você pode ir comigo. ” disse enquanto dava um beijo na bochecha de S/N.
O dia de praia havia sido repleto de alegrias, o contato da água salgada do mar nos corpos, o olhar apaixonado de S/N para Johnny, e o sorriso do mesmo quando via ela construindo pequenos castelos de areia junto com as crianças. Parece que o vagabundo já não era mais tão vagabundo assim.
“ E aí John? ” escutou pelo telefone.
“ Qual a boa princesa? Sentiu saudade já? ” perguntou, sorrindo bobo ao escutar a risada da mulher do outro lado da linha.
“ Você não quer conhecer o meu pai? ” falou ansiosa pela resposta.
“ Me fala o dia e o lugar que eu vou. ” e agora lá estava ele, se arrumando para conhecer o sogro. Colocou uma calça jeans e um cinto enquanto procurava uma camisa social, quando achou, a vestiu as pressas e saiu de casa.
Quando chegou no restaurante viu o sorriso da amada ao vê-lo e viu o sogro com a cara fechada. Engoliu seco, mas foi até eles.
“ Oi John. ” S/N se levantou e abraçou o mais alto.
“ Oi minha linda. ” deu um beijo na testa da mulher.
“ Esse é o meu pai. ” olhou o outro homem.
“ Tudo bem com o senhor? ” estendeu a mão amigavelmente para cumprimentar o sogro.
“ Tudo sim. ” foi tudo o que respondeu.
Conversa vai, conversa vem, e o pai de S/N decide conhecer melhor o rapaz que a filha está apaixonada. Queria saber com que tipo de indivíduo sua filha estava.
“ E então Johnny. ” começou a falar “ O que você faz da vida? ”
“ Eu sou MC, senhor. ” respondeu “ Eu faço uns shows por aí. ” ficou nervoso.
“ Ah sim. ”
Quando chegou em casa apenas desabou na cama, se sentiu mal por não ter causado uma boa impressão.
Mas quando a dama menos esperava, lá estava o "vagabundo" na varanda do quarto dela com um sorriso.
“ Surpresa p'ra minha dama. ” disse quando você se aproximou, te puxando pela cintura e te dando um beijo na testa.
O Vagabundo já não era tão vagabundo assim.
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viajantee-solitaria · 5 months
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Que você precise de mim...
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╭⊱ꕥ…Seja para dar a volta no mundo, ou simplesmente no quarteirão. Para apresentar um discurso ou apenas jogar conversa fora. Mas que seja eu, sempre, a sua primeira opção.
— Pedro Pinheiro.
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nominzn · 11 months
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The Story Of Us V
— Isso é amor? Kun Qian Segundo Ato: Getaway Car
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nada bom começa num carro de fuga.
notas: oficialmente acabamos o penúltimo capítulo de the story of us. ai, tô nervosa! o final deste ato vai dar o que falar... hahahah.
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A chuva cai sem perdão agora, justo porque você esqueceu o guarda-chuva uma vez no ano. Reclamar não é uma opção, a noite foi tão divertida pelo reencontro de alguns colegas de turma da faculdade, uma chuvinha torrencial que encharca suas roupas é pequena demais para te fazer ficar estressada. 
Mas não dá para conter os xingamentos quando absolutamente todos os táxis ignoram seus sinais. Já era de se imaginar, né, todos os ocupados. 
E se eu der uma voltinha no quarteirão? 
A rua cheia de bares e restaurantes não facilitaria sua busca, mas talvez algumas ruas adiante consiga. Além do mais, já está toda molhada mesmo. 
Apesar de ser um bairro diferente do seu, atravessar pelas esquinas não é tão difícil. O problema é que, mesmo olhando para todos os lados, não há um carro amarelo sequer, e para piorar, o movimento de pessoas também é menor. 
Apressa os passos, virando à esquerda e quase comemora ao ver um táxi parado. Assim, de bobeira. Corre os poucos metros que os separam e entra com tudo no banco de trás, assustando o motorista é claro. 
— Boa noite, moço. — sacode os cabelos. — Caramba, tá muito difícil achar carro hoje. 
— Dona, o táxi tá ocupado. — o senhorzinho avisa, com pena nos olhos. Você vasculha o carro e não vê ninguém. Como se a entendesse, ele continua. — Tô esperando o rapaz que agendou com a cooperativa, mas confesso que ele tá um tantinho atrasado. 
Uma luz de esperança surge no seu corpo tenso. 
— Qual a tolerância de atraso? 
— Ele tem mais 2 minutos. 
Isso! 
— Tem problema eu esperar aqui, então? Não, né? 
O senhor balança a cabeça negativamente, e você suspira já cantando vitória. Em poucos minutos estaria em casa. 
Quando um elevador sobe rápido demais, também cai facilmente.
A porta do táxi abre de repente, e um homem alto e forte entra, fugindo dos pingos grossos que ainda não deram trégua. O motorista te olha pelo espelho retrovisor com dó, mas também engole seco. Como iria explicar? Você revira os olhos e bufa, finalmente sendo notada pelo outro.
— Boa noite, senhor. Nós vamos para o… Quem é você? — ele pergunta ao reparar sua presença e passar os olhos pela sua figura. 
— Eu já vou sair, me perdoa, eu…
O rosto é familiar. Familiar demais. Mas é impossível. Ele ainda está na… 
Não consegue terminar de raciocinar porque o estranho sorri para você, também te reconhece, agora que realmente se veem. E esse sorriso é impossível ser de outro alguém. 
Suas mãos tremem um pouco, e o coração bate mais rápido. Definitivamente ele está diferente, porém alguns traços são exatamente os mesmos. Delicados, perfeitinhos. 
— Jaemin? — sai como uma pergunta trêmula. — Que coincidência! 
— Nossa! Sim! Eu… nem sei o que te dizer. Quanto tempo! — ele ri de verdade, preenchendo o ambiente apertado com o som que não ouvia há anos. 
— Pois é! — você o segue, envergonhada. — Não sabia que você tinha voltado pra cá, achei que estivesse na Alemanha ainda. 
— Ninguém sabe, é recente. — confessa num sussurro. Parecia lhe contar um segredo, e você nota pela expressão brincalhona que o carisma ainda é uma de suas qualidades. — Cheguei tem pouco tempo, tô num projeto novo. Mas e você? 
É então que se dá conta da situação em que está. Completamente tomada pela chuva e ainda por cima roubando o transporte alheio. 
— Tô bem, melhor do que eu mereço. — desconversa, querendo adiantar o pedido de desculpas. — Olha, foi mal por isso. — gesticula para o carro. — Eu já tô indo, vou deixar você ir pra casa. Foi um prazer te ver de novo! 
Cedendo à vontade de fugir, segura firme na bolsa e abre a porta; Jaemin, todavia, impede que saia do carro antes mesmo que coloque as pernas para fora. 
— Não, tá maior chuva. — ele passa os olhos pelo seu rosto, parece pensar em algo. — Teria problema a gente alterar a rota? — pergunta ao motorista. 
— Não, problema nenhum, senhor. — teria sim, só que não deixaria uma moça na rua essa hora da noite. Para tudo tem um jeitinho. 
— Então tá resolvido. Te levo em casa e depois vou pra minha, não aceito não como resposta. 
A cada palavra que ele diz, sua mente te leva de volta aos seus quinze, dezesseis anos. Você assente devagar, ainda um pouco estatelada, e então ouve o ronco leve do motor. Vê-lo pelo instagram muito raramente é completamente diferente de agora. Incomparável. 
Foi uma grata surpresa, porque, além de ser o seu primeiro amor, Jaemin também te ajudou demais com a proposta de dividirem o táxi. Outra coisa sobre ele que não mudou foi a facilidade para conversar, ouviu-o tagarelar sobre assuntos aleatórios, rindo das expressões exageradas que fazia ao enfatizar uma ideia. Parecia que os anos sem se ver não eram nada para ele.
Chegando no seu endereço, você se despediu com um abraço fajuto e entregou o dinheiro da corrida para o motorista sem que o menino visse. 
— Obrigada, Nana. Foi muito legal te ver! Até… 
Jaemin sorri grande ao ouvir o apelido antigo. Há tempos ninguém o chamava assim. 
— Eu te mando uma mensagem pra gente botar a conversa em dia direito. — espera alguma aprovação sua, que vem em forma de um sorriso tímido. — Boa noite. 
Ele te observa sair do carro e disparar até o lobby, onde é recebida pelo porteiro preocupado e sua bronca paternal. 
O motorista limpa a garganta. 
— Podemos ir? 
— Uhm, sim, sim. Claro. 
Aquilo definitivamente foi um sonho. Mas Jaemin?
Grogue e irritada pelo despertador, se senta na cama e repassa os eventos da noite anterior. 
Amigos, faculdade, chuva… Jaemin. Que loucura. 
Começa a cumprir a rotina no modo automático, pensando em como ele está diferente, e se você também tinha deixado a mesma impressão. E se ele também acha que te ver de novo foi muito esquisito. Esquisito bom. 
Já com a bolsa toda pronta, a campainha irritante te assusta. 
— Bom dia, chatinho. 
— Já fui mais amado, hein? — Kun deixa um selinho nos seus lábios depois que você fecha a porta. — Bom dia, linda. 
Você sorri empática, sentindo a mesma ardência na barriga de sempre. Desde que dormiram juntos, Kun se aproximou mais: mãos dadas no carro, selinhos de cumprimento, expectativas… Tudo que você não estava procurando quando deu em cima dele. A cada dia que deixa ele pensar que tinham algo além de casual, a culpa dentro de você cresce. 
Não têm absolutamente nada rolando, mas por alguma razão você não consegue deixar claro. E, como se fosse óbvio, não acha que dê para terminar algo que não existe. 
No carro, por fim, tem tempo para checar o celular. Algumas notificações aparecem na tela: Yang, mãe, os amigos de ontem e Jaemin. Ignora todas as outras mensagens e, vencida pela curiosidade, abre o instagram e espera o aplicativo carregar com muita agonia. 
Jaemin: não te perdoei por ter pago a corrida sem eu ver
Jaemin: agora eu tô te devendo uma
Jaemin: amanhã cê tá livre na hora do almoço? 
A sua expressão chocada chama atenção de Kun. Preocupado, repousa a mão na sua coxa por um instante e deixa dois apertos ali. 
— Tá tudo bem?
— Hã? 
— Sua cara… aconteceu alguma coisa? 
— Não, é… um amigo que não vejo há anos me mandou mensagem. 
Silêncio. 
Kun repara suas respostas curtas, sua distância, repara quando tenta evitá-lo no trabalho… Ele só não quer admitir para si mesmo que sabe o que isso significa. Na verdade, já reconhece, mas não vai permitir que sua chance se perca assim. 
— Hoje eu vou ter umas reuniões, mas amanhã a gente pode almoçar? — ele pergunta, já no elevador. 
— Amanhã eu tenho um compromisso. Acho que não vai dar. Outro dia? — sorri e avança pelo corredor quando as portas abrem. 
O dia será longo, e Kun não tem tempo para pensar nisso agora. Entre os encontros com representantes, gerentes, líderes de equipe, ele te espia pela janela. Força um sorriso aqui e ali, encontra as soluções para as pendências dos contratos, mas o pensamento não desfoca de você, principalmente quando te ver sorrir para o celular várias e várias vezes. 
Amigo? Compromisso? 
Não gosta nada disso. No entanto, sabe que não tem o direito de ter ciúmes e muito menos de questionar algo. 
No dia seguinte, a mesma coisa se repete. A única diferença é que o beijo que ele tenta te dar vai para a bochecha, você desvia. Conversam sobre qualquer coisa no carro, mas Kun percebe que está se forçando a criar assuntos, não é natural. 
Os sorrisos ao usar o celular escondido são maiores, as risadinhas causam nele pequenas pontadas de desânimo. Talvez se ele tentar conversar… 
Kun se levanta para ir em direção à sua mesa, porém bem quando abre a porta da própria sala, você pega suas coisas e deixa o escritório. Horário do almoço, é claro. Não contém um suspiro frustrado, voltando para a posição anterior. 
Num dos restaurantes executivos perto do prédio, você encontra Jaemin Na já te esperando numa das mesas do recinto agitado. Ele acena para que o veja, então caminha até ele, animada. 
— Você gosta de peixe, né? — faz a pergunta que estava ensaiando nos minutos passados, não conseguia lembrar disso. 
— O quê? — finge estar magoada pela falta de memória do homem. — Gosto sim, claro. — relaxa a expressão rígida e ri, fazendo com que ele relaxasse. 
— Pô, que bom! Porque eu pedi isso pra gente dividir. 
— Hmmm, gostei. — belisca um dos pães como aperitivo. — Bom, me conta tudo, né. Cê disse que queria colocar conversa em dia. 
Jaemin começa a, novamente, tagarelar sobre como veio parar aqui. Ele abriu uma empresa de consultoria na Alemanha que começou a fazer sucesso, mas ele sempre teve interesse nas áreas de publicidade e propaganda. Acabou que, há um ano atrás, conheceu um cara que estava no país estudando exatamente sobre isso. 
O encontro foi engraçado, se conheceram em uma festa da amiga da amiga de Jaemin, que estudava na mesma turma do tal amigo. Foram apresentados e clicaram na hora, foram os chatos que conversaram a noite toda sobre carreira. Honestamente, achou que não ia dar em nada, só que dali floresceu uma amizade. E, aos poucos, a ideia de abrir uma agência de publicidade juntos surgiu. Jaemin entraria para administrar, e ele com a mão de obra.
Quando o cara precisou voltar ao próprio país, eles já tinham todo um esquema pronto. Por que não tentar? Alguns investidores toparam o compromisso, e eles agora estão trabalhando juntos para erguer um nome. 
— Você precisa conhecer ele, mas a agenda tá complicada. — Jaemin checa o celular. — Ah, não, calma. Sexta a gente se deu folga, bora num pub ou jantar? Acho que vocês vão se dar bem. 
Às sextas, você normalmente passa um tempo com Kun. Hesita um instante, então resolve aceitar o convite. Não faria mal. 
— Eu tô livre sim. — beberica o pouco que falta do suco. — Mas tem certeza? 
— Quê? Claro! Vai ser legal, vai. 
— Tá bom, então. Tudo bem.
Terminam de almoçar entre algumas piadas e as expectativas para a próxima saída. Depois, Jaemin te acompanhou até a editora a pé, disse que seria bom conhecer a área melhor, ainda estava perdido. Despediram-se com um abraço mais digno hoje, a vergonha foi deixada um pouco de lado. Ainda é estranho interagir com ele, mas é tão engraçado. 
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Kun: qual filme você escolheu pra amanhã?
Seu aparelho vibra sobre a mesa no meio do expediente. 
A reação definitivamente não foi a que ele esperava. Você o olha através do vidro, culpada. 
você: esqueci de te avisar, mas vou encontrar um amigo amanhã. me desculpa?
Ele toma o lábio inferior nos dentes, força um sorriso e balança a cabeça. Você se sente aliviada e murmura um obrigada de longe. 
Ainda valeria a pena tentar esclarecer as coisas ou será que deve deixar tudo como está? Não aprecia a ideia de perder você, especialmente sua amizade. Afinal de contas, são amigos antes de tudo. Talvez só não insistir mais na ideia de vocês dois juntos fosse o suficiente. 
Por isso, resolve abrir outra mensagem, uma que ainda não tinha respondido porque tinha esperança. Ainda tem, na verdade. Possivelmente isso seja uma oportunidade de espairecer. 
Kun: te pego às oito, pode ser?
Rachel: perfeito
Enquanto você se arruma, pensa na pasta rosa bebê que está dentro da caixa que está na prateleira mais alta da sua estante, te encarando de cima. Lembra pouco dos detalhes do primeiro namoro, e se sente feliz por ter guardado aquilo. Algum dia, não hoje, tomaria coragem para abrir. No momento só quer se divertir com um velho amigo. 
Jaemin: já chegamos aqui
Jaemin: mandei um carro te buscar, deve estar chegando aí 
Você penteia o cabelo mais rápido e põe o perfume antes de sair apressada, toda atrapalhada. Ao trancar a porta, dá de cara com Kun e uma mulher, chegando de algum lugar.
A situação é um pouco constrangedora, o clima pesa e Kun sente o pescoço esquentar. A menina apenas olha de um para o outro, confusa. Seu sorriso, entretanto, não se desfaz em nenhum centímetro. 
— Boa noite. — ela cumprimenta para quebrar o gelo do silêncio tenso que havia se instaurado. 
— Boa noite! — Kun e você dizem juntos, ele se sente um idiota por não saber como agir agora. 
— Essa aqui é a Rachel, e essa é a minha vizinha e companheira lá na editora. 
Rachel? A ex dele? Kun foi noivo dela por alguns meses, segundo a história que ele havia lhe contado. Terminaram mal, se reconciliaram, brigaram de novo e, pelo visto, estão se falando de novo. Bom pra ele, então, apesar da situação ser delicada. 
— Oi, Rachel, prazer, viu? — deveria complementar com um o Kun fala muito de você? ou seria mais estranho ainda? 
Você olha para o vizinho, e nota seu semblante assustado, ansioso. Decide, portanto, ir embora logo. 
— Eu tenho que ir, gente. Boa sexta! 
Não espera ouvir a resposta e aperta os passos para aproveitar que o elevador está parado no andar. Respira fundo para aliviar a tensão e tenta não deixar que os pensamentos sobre Kun com a ex te atormentem, ele sabe se cuidar bem. 
É normal ficar nervosa para ver o seu primeiro ex-namorado? Com certeza é. Né?
O pub está cheio, a música é agradável e não muito alta. Caminhar entre os grupos é mais fácil do que parece, mas achar Jaemin entre os rostos demora um pouco. Reconhece-o pelo sorriso outra vez, ele mexe no celular numa das mesas mais reservadas e está sozinho. 
— Ahh, finalmente! — Jaemin levanta para te abraçar rapidamente, puxando uma das cadeiras para que se sentasse.
— Cadê seu amigo? — pergunta e olha para os lados, ansiosa para conhecê-lo.
— Foi no banheiro rapidinho, deve estar voltando já. — ele bloqueia o celular e guarda na bolsa. — Quer alguma coisa pra beber? 
— Pode ser uma cerveja. 
Jaemin sinaliza para alguém no bar, e você acompanha a direção com o olhar. Aproveita, então, para reparar tudo com mais calma. Estranho nunca ter ido ali, é aconchegante e o ambiente é super leve. As pessoas falam alto, assistem o jogo que passa na TV e comemoram ou desaprovam o desenrolar da partida como se fossem amigos de longa data. 
Um homem traz sua bebida, você o vê atravessar o balcão e vir até a mesa onde estão. Assim que ele deposita a caneca enorme na sua frente, você dá uma golada. Estava precisando.
— Vai com calma, hein. — Jaemin provoca, a risada te deixa sem graça. 
Antes de rebater, o ranger da cadeira vazia interrompe a conversa. O olhar do menino que voltou do banheiro encontra o seu, e perceptivelmente vocês congelam. 
Quais são as chances? 
Demorou poucos segundos para que se reconhecessem, é claro. Óbvio. O ar para na sua garganta fechada, se tentasse disfarçar com a cerveja não funcionaria. Quando se trata dele, é difícil o seu mundo não parar. 
Não esperava rever Jaemin tão cedo, mas ele, nada teria te preparado, nem se fosse avisada com antecedência. Pois ele é… ele. 
A ferida no seu coração lateja um breve segundo enquanto analisa os traços tão surpresos quanto os seus. Os cabelos lisos agora caindo sobre as bochechas, um quê de maturidade na expressão outrora mais jovial, os lábios cheinhos que não sabem como proferir um cumprimento… continua lindo. 
— Eu, é… você… — ele é o primeiro a falar. 
Jaemin analisa a cena com as sobrancelhas unidas, claramente existe algo aí. 
— Vocês se conhecem? — o outro questiona, mesmo sabendo a resposta. 
Você desenha círculos na superfície de madeira com as unhas, olhando de um para o outro.
— Sim.
— Não. — mente sem nem saber o motivo. — Quer dizer, sim. — se corrige antes que ele pudesse te interpretar mal. 
— Que coincidência, né. — Jaemin está desconfiado, mas também muito perdido. — Vocês vão ficar se olhando como se fossem fantasmas a noite toda ou vão me contar como se conhecem? 
Você solta uma risada super forçada, ele ainda não diz nada. Não sabia que te ver de novo causaria uma comoção dessas nele, o interior está completamente bagunçado. 
O que resta saber é se é bom ou ruim. 
Para você, um reencontro assim só pode significar uma coisa.
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meu-bemquerer · 4 months
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Que você precise de mim. Seja para dar a volta no mundo, ou simplesmente no quarteirão. Para apresentar um discurso ou apenas jogar conversa fora. Mas que seja eu, sempre, a sua primeira opção.
(Pedro Pinheiro)
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sunnymoonny · 1 year
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MIDNIGHT MEMORIES - HSH
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tipo assim, o amor da minha vida
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hanie [02:06]: tá acordada? hanie [02:07]: se tiver, abre aqui a janela, tô aqui embaixo :))
Se levantou curiosa da cama. O que raios Seunghan fazia naquele horário em sua casa? Abriu a janela e olhou para baixo, encontrando um Seunghan completamente aéreo, chutando pedrinhas que estavam no chão.
"Seunghan!!" Viu o menino levantar a cabeça surpreso, mas logo sorriu para você. "O que tá fazendo aqui, seu maluco? São 2 horas da manhã!"
"Vim ver você, meu bem. Pode descer?"
Ponderou por alguns segundos. Seus pais dormiam no quarto ao lado, se saísse pela porta da frente, com certeza seria pega. Teria que pensar em algo melhor.
"Meus pais estão dormindo, Hanie. Se eu descer tem que ser por aqui. Como a gente vai fazer?"
"Pula que eu te pego."
"Tem certeza? E se você não conseguir me segurar?"
"Eu sempre vou te segurar, meu bem" abriu os braços e um sorriso, te fazendo sorrir junto.
Atravessou a janela e se sentou sobre o mármore que tinha do outro lado da mesma, se preparando psicologicamente para pular dali.
"Seunghan, eu juro pra você, se você não me segurar e eu quebrar alguma coisa, eu te quebro inteiro." Ameaçou o garoto, que só sabia rir da situação, se aproximando mais ainda da parede, ficando logo abaixo de você.
"Confia em mim e só pula."
Fechou os olhos e respirou, olhando para baixo. A distância não era tanta, se você se esticasse um pouco mais, conseguiria tocar a cabeça de Seunghan com seus pés. Pulou, não pensou muito, porque quando percebeu, Seunghan havia conseguido te segurar pelas coxas.
"Te segurei, viu?" Te colocou no chão e olhou para você de cima a baixo. "Você realmente veio de pijama?"
Merda. Havia esquecido de trocar de roupa. Seu pijama de frio consistia basicamente por um conjunto de uma blusa de manga comprida e calça com estampas de gatinho.
"Que ótimo, agora eu não vou poder trocar de roupa."
"Que nada, você tá linda. Vamos, eu te empresto meu casaco."
Decidiram apenas caminhar pelo quarteirão. Seunghan começou o caminho completamente quieto, fazendo você se perguntar o porquê dele ter te chamado.
"Então..."
"Porque..."
Falaram ao mesmo tempo, gerando uma sessão de risos entre os dois. Seughan sinalizou para você falar primeiro.
"Por que me chamou aqui se a gente só tá andando sem falar nada?"
"Na verdade, eu te chamei porque eu queria conversar com você, te contar uma coisa." Seunghan olhava para o chão, falando baixinho.
"Tá tímido comigo? Que milagre é esse?" Perguntou assustada, parando de frente para o garoto, o fazendo parar também. "Você não é de ficar assim comigo."
Pelas luzes da cidade a noite, naquela espécie de praça que estavam, viu o rosto do garoto ruborizar.
"Ai meu Deus, agora eu vi de tudo, Hong Seunghan com o rosto vermelho de vergonha. Você tá doente?"
"Que doente, o que. Eu só tô nervoso." Olhou para o laguinho que estava ao lado de vocês, tudo isso para disfarçar a situação de seu rosto.
"E por que nervoso?"
Seunghan olhou novamente para você. O rosto mais vermelho do que nunca, as mãos que estavam dentro dos bolsos agora se dirigiam até seus ombros, onde as posicionou e fez um carinho no local.
"Eu gosto de você, tipo, pra caramba."
Você travou. Agora era sua fez de ficar com o rosto vermelho.
Você e Seunghan sempre foram amigos, mas de algumas semanas para cá, percebeu uma mudança no comportamento do garoto. Cantadas e apelidos carinhos eram adicionados em conversas de forma natural, e depois de um tempo, você também se viu fazendo aquilo.
Isso desencadeou um sentimento diferente pelo garoto, algo que nem mesmo sabia o que era. Mas agora, escutar aquelas palavras vindo de Seunghan...era incrível.
"Como?" Era a única coisa que saiu de sua boca.
"Viu, quem está vermelha agora é você." Apontou para seu rosto, rindo levemente.
"Eu não estou vermelha, você está vendo coisas e..." Foi interrompida por um beijo na bochecha vindo de Seunghan.
"Você fica ainda mais bonita assim."
Não sabia como reagir. Estava se sentindo como uma adolescente boba depois do crush ter se declarado. Bem, era o que basicamente tinha acontecido.
"E aí, o que acontece agora?" Você perguntou, tirando as mãos de Seunghan, que agora estavam em sua cintura, e as juntando com as suas.
"Não sei, o que acha de outro encontro mais tarde? Em um horário aceitável e que eu possa me apresentar como seu namorado pros seus pais? O que acha?"
Perfeito! Aquela situação toda era perfeita.
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tecontos · 11 months
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Impossivel esquecer o tesão que ele me deixava
By; Ari
Me chamo Ari, tenho 26 anos,, e vou contar sobre uma ex namorada que me deixou louco de tesão e me faz ate hoje lembrar dela.
Após as aulas da faculdade, eu sempre ia com minha namorada até a sua casa, que ficava a um quarteirão dali. Ficávamos num amasso até uma ou duas horas da manhã no sofá da sala da frente. Já tinha algum tempo de namoro e possuía alguma confiança de seus pais, de modo que eles iam dormir e nos deixavam a sós naquela salinha, com a porta fechada.
A coisa esquentava e as mãos iniciavam aquelas incursões para dentro da roupa, alisando os peitinhos, que ficavam eriçados; escorregando o dedo pelo reguinho, ora no cuzinho, ora na xaninha; apertando as coxas (que coxas!) e por aí adentro.
Ela metia a mão em minha cueca e punhetava o garoto até deixá-lo petrificado e pulsante, doido para espirrar aquele leite grosso e quente.
Então, eu a colocava deitada no sofá, com a cabeça em meu colo, virada de frente para a minha barriga. E ela beijava meu umbigo, me fazia carinho, enquanto eu abaixava a sua calcinha, deixando-a no meio das pernas, e mandava ver na siririca, chupando o dedo de vez em quando para sentir aquele melzinho que escorria em abundãncia.
Daí, em meio a um carinho e outro, eu dava meu dedo para ela chupar e ela fazia aquele boquete no dedão que até o dedinho do pé levantava. Era a deixa para começar a mamada!
Ela engolia meu pau com vontade, parecia uma bezerrinha. Fechava os olhinhos e fazia cara de “Tô adorando!”. Eu me compenetrava nos detalhes: a linguinha que saía para fora e percorria o meu pau; aquela saliva que escorria pelo canto da boca; aquele clássico barulhinho “SLURRRRP” que me deixava maluco de tesão; aquela massagem campeã que ela dispensava em minhas bolas; o volume do bichão dentro de sua boca, forçando suas bochechas ao extremo…
Resumindo, não basta sentir, tem que olhar e apreciar!
Ela saía da posição de deitada e ficava ajoelhada no sofá, com a bunda virada para um lado do sofá e a rosto virado para o outro, deixando aquele rabo queen size arreganhado para cima. Ela continuava a chupeta, enquanto eu lhe batia aquela siririca melada. Ora com o dedo médio, que escorria por toda a xana e entrava em sua buceta e depois voltava e circulava o seu grelo. Ora com dois dedos, que desciam e subiam por toda a extensão da xoxota inchada. E também com o dedão, que se enterrava fundo no buraquinho, enquanto os outros dedos presionavam o seu cu. E ela rebolava muito assim.
Como é gostoso esfregar o dedo na xana de uma mulher, com o outro dedo enfiado em seu cu, enquanto ela rebola gostoso, dando aquelas voltas gigantes com a bunda. Isso sem falar, na trilha sonora: “-Huumm, huuuummm, huummm!”.
E é lógico, não pode faltar aquelas palavras sacanas no pé do ouvido:
“-Mama, vagabunda! Engole o pau do seu macho! Continua assim até beber o leitinho!”
De vez em quando, eu tirava o pau de sua boquinha e batia com ele em sua cara, falando:
“-Toma sua cachorra! Isso é pra você aprender!”
Então, eu esfregava ele em seus lábios, pescoço, no biquinho das tetas e voltava a meter em sua boca.
O rabo dela ficava lindo daquele jeito, empinado e aberto. Eu dava uns tapas, de vez em quando. Dava para ver, às vezes, pelo reflexo de um adorno de vidro que ficava pero do sofá, atrás dela, aquele detalhe da xoxota, quando a mulher fica nessa posição: parece um hamburguer no meio das pernas. E o cuzinho então…
Era um boquete demorado, caprichado e bem feito. Gosto de curtir as coisas com calma, sem pressa e com vontade.
Até que, depois de muita mamada, linguada, lambida, mordidinhas e dedadas, eu avisava que iria gozar. Meu saco já estava cheio, parecendo um nelore de tão inchado. O pau começava a tremer, suas veias ficavam mais inchadas. A cabeça da pica parecendo um cogumelo, saindo e entrando de sua boca. Ela acelerava o ritmo das mamadas até que a porra espirrava forte em sua boca. Quente, grossa e branca. Muita porra! Ela engolia o que podia. Saia um pouco pelo canto da boca e escorria. Ela rebolava aquele rabo igual uma cadela no cio. Eu queria gritar bem alto e espancar aquela bunda mas tinha que me conter e a já manjada almofadinha ia para na minha boca, para abafar os gemidos mais altos.
Depois do banho de esperma, ela levantava a cara, toda melada, feito uma putinha de beira de estrada, e fazia aquela expressão de missão cumprida. Detalhe: com porra ainda no canto da boca e no queixo, ela mordia os lábios, esfregava a sua xana e, olhando nos meus olhos, dizia:
- agora eu quero na bunda!
É minha gente! Isso já é outra história… Muita calma nessa hora!
Espero que tenham gostado, pois eu sempre fico maluco quando lembro deste acontecimento
Enviado ao Te Contos por Ari
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gatovesgolir · 4 months
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Resolvi desenhar os vigilantes do quarteirão
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vizinhoghost · 4 months
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POV - plot drop #1 / SMOKE ON THE WATER
tw: inalação de fumaça, falta de ar, perca de forças.
A chuva não o impediu de ir trabalhar naquele dia, mesmo sendo domingo, preferia passar os finais de semana que não havia eventos trabalhando na agência do que ficar em casa sem fazer nada, olhando para o teto e se lamentando. Se ocupar era sua forma de impedir que a tristeza sem fim tomasse conta de si. Adiantou o que deu em relação a contratos e planilhas, contemplou a chuva através da janela de seu escritório, tomou alguns cafés. Ryan fez o possível para que seu dia fosse produtivo na agência, a falta de um casamento para aquele dia foi bom e ruim, bom por causa da chuva, ruim por ele não ter uma ocupação mais intensa. Quando a chuva começou a diminuir, finalmente foi pra casa, aproveitando e saindo para correr no quarteirão (como em todas as manhãs e noites) mesmo com o garoar fraco. O banho quente de banheira o ajudou a relaxar depois de correr até cansar. Sentia-se exausto fisicamente, sinal de que conseguiria dormir profundamente por algumas horas, aquela noite o vinho não seria necessário.
Os tampões de ouvido que usava abafaram o barulho da explosão fazendo com que despertasse apenas poucos minutos depois tossindo com intensidade. Piscou os olhos que ardiam em meio a escuridão de seu quarto, a fumaça deixando tudo ainda mais denso, o cheiro foi o alerta para se mover, retirando os tampões de ouvido e se arrastando para fora da cama que (ainda bem!) era no chão. Tateava o piso tentando manter a calma, a tosse constante e o arder dos olhos o atrapalhavam, deixando-o levemente desnorteado. Se apoiou na porta do quarto para conseguir levantar e a abriu, escorava-se nas paredes em sua tentativa de chegar à entrada do apartamento.
A tosse continuava, sem conseguir enxergar direito devido a ardência dos olhos, a respiração ficando cada vez mais difícil, acabou batendo com seu joelho problemático em uma quina qualquer, nem mesmo conseguiu identificar o que era, afinal não haviam muitos móveis em seu apartamento e poderia ter sido na parede. Gritou de dor. Doía tanto que sua visão ficou turva e a cabeça começou a latejar. Caiu ao chão tanto pela dor quanto pela dificuldade em dobrar o joelho, começou a rastejar em direção a porta de entrada, uma tentativa quase que desesperada para se salvar, mas já não havia forças, a dificuldade para respirar tinha piorado. Esticou o braço numa tentativa de alcançar a maçaneta, o braço tremia devido ao esforço já começava a baixar devido a fraqueza quando a porta se abriu com um estrondo. Vozes alcançaram seus ouvidos, mas ele não conseguia falar, não conseguia distinguir quem eram aqueles vultos, tampouco quantas pessoas eram. Sentiu seu corpo sendo erguido e o aroma familiar de @yoyohajun , seu vizinho, o atingiu em cheio, fazendo-o relaxar brevemente. A consciência de que era alguém que conhecia fez com que ficasse mais tranquilo, apesar de se sentir confuso e estar a beira de um desmaio, estava sendo salvo.
Uma onda de alívio se apoderou de todo seu corpo quando finalmente o ar fresco da madrugada alcançou suas narinas, estava livre daquele inferno de fumaça apesar de todas as dores que sentia, tinha sido carregado vergonhosamente quase inconsciente e sem conseguir dobrar um dos joelhos, talvez fosse a dor latejante da articulação que o mantivera levemente desperto ao invés de apagar por completo. A calça de linho cor areia com a qual dormira estava cinza de tanta fumaça e fuligem. A ardência nos olhos não diminuiu, sua respiração ainda era errática e por isso foi logo colocado em uma ambulância, seu estado era deplorável. Tudo parecia um grande pesadelo, Ryan não tinha muita noção se era real ou não, os acontecimentos foram rápidos demais para que conseguisse distinguir a realidade direito. Porém, a mão quente que segurava a sua em meio as sirenes da ambulância que o levava para longe do complexo, era real, muito real.
Ao chegar no hospital, exames foram realizados, houve verificação da função pulmonar e inspeção dos olhos, uma lavagem ocular foi realizada e algumas horas depois Ryan estava em um quarto com uma máscara de oxigênio. Ao abrir os olhos na penumbra sentiu-se confuso, ainda sentia uma leve ardência em seus olhos, foram os sons dos aparelhos do quarto de hospital que trouxeram as lembranças de tudo que tinha acontecido. Não tinha sido um pesadelo afinal, suspirou fracamente virando a face na direção da figura ao seu lado, o coração aqueceu ao notar a presença do Pequeno Príncipe (apelido que usava internamente para Hajun), aparentemente o vizinho ficou consigo todo o período que esteve ali.
Infelizmente o rapaz precisou ir embora por algumas horas, retornando para avisar Ryan que o prédio estava interditado e explicando todas as informações que os moradores tinham recebido. Não queria abusar da boa vontade de seu vizinho, mas precisava de algumas coisas que estavam em seu apartamento e não havia como sair do hospital para ir buscar, a solução era pedir para que o pequeno príncipe a sua frente o ajudasse mais uma vez. Pedindo para que ele buscasse alguns pertences como carteira, celular, algumas roupas e sua pasta de trabalho onde estavam o notebook e agenda.
A decisão de ir para Londres foi repentina, sua sócia e amiga Dabin falou com os pais de Ryan e estes queria vir para a Coréia cuidar do filho, o ex patinador achou que era melhor ir para a casa dos pais, lá receberia cuidados e teria onde ficar já que o prédio estava interditado. Despediu-se de Hajun com o coração na mão, sentia que deixava o rapaz desamparado depois de toda a ajuda que ele lhe dera, infelizmente não havia muito o que fazer além de fazê-lo prometer entrar em contato consigo caso precisasse de algo. Agradeceu toda a ajuda do rapaz, mas sentia que suas palavras jamais seriam suficientes para agradecer tudo que foi feito por si.
Claro que ele contou com a ajuda de Danbi para embarcar, afinal não podia forçar o joelho machucado que por sorte não precisou de cirurgia e não queria abusar da ajuda de seu pequeno príncipe. Tentou ao máximo manter contato com Hajun durante todo o período que ficou em Londres, sempre querendo saber como ele estava e se estaria precisando de algo.
Apesar do condomínio ser liberado para o retorno dos moradores após treze dias, foi apenas no décimo quinto que Ryan voltou. Ainda mancava um pouco, precisaria de fisioterapia e natação para se recuperar por completo, ao menos o pior já tinha passado, seus olhos e pulmões estavam bem depois de seguir as recomendações médicas com o uso de colírios e antiinflamatórios.
A dedo duro de sua amiga contou bem mais que apenas sobre o incêndio para os pais de Ryan, em Londres ele fora obrigado a começar a fazer terapia e algumas mudanças em sua rotina foram sugeridas pela psicóloga que passaria a atendê-lo online após seu retorno para a Coréia do Sul. Como uma forma de melhorar sua relação com os vizinhos trouxe de presente para todos um kit de vela aromática e home spray para ajudar com o cheiro desagradável de fumaça nos apartamentos, assim como uma caixa cheia de chocolates, bombons e trufas para adoçar os dias que estavam por vir.
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Ela só me pediu para brincar de pega pega com a gente, não foi um beijo,um quer namorar comigo,nem um aperto de mão,ela só queria correr igual doida atrás das crianças do meu quarteirão,meu coração queria sair correndo e pegá-la como se estivesse brincando como todas as crianças,meus olhos corriam atrás, cada vez que ela mudava de direção,esse é o impacto do amor em um garoto distraído
Jonas R Cezar
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