Tumgik
#realidade misturada
educibercultura · 6 months
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AS DIVERSAS REALIDADES DA CULTURAL DIGITAL
Na semana passada, o cineasta Steven Spielberg anunciou a continuidade de Jogador Nº 1. Lançado em 2018, o filme faz referência a um futuro distópico onde a humanidade prefere viver conectada à realidade virtual do jogo eletrônico OASIS. Não sabe o que é realidade virtual? Fique tranquilo, pois vamos explicar.
A realidade virtual possibilita a visualização, a imersão e a interação das pessoas em ambientes virtuais gerados por computadores. É como se a gente passasse a ocupar uma realidade criada no computador.
Outra tecnologia que mexe com a nossa imaginação é a realidade aumentada. Esta possibilita que elementos criados virtualmente possam fazer parte do mundo real. Quer um exemplo prático disso? O jogo Pokémon Go estimula jogadores a caçar bichinhos virtuais em espaços da nossa realidade como praças, parques e shoppings.
E para não esquecer... Existe também a realidade misturada, onde pessoas e objetos reais e virtuais interagem em tempo real, a exemplo da apresentação de Ivete Sangalo e o holograma de Luiz Gonzaga.
Gostaram da leitura? Então não percam o próximo post, pois falaremos sobre arte e tecnologias de comunicação. Ficou curioso, não é mesmo? Segue um spoiler: não tem como negar que as diversas realidades da cultura digital transformam o modo como produzimos e consumimos arte...
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Referências
GAMA NETO, Edilberto Marcelino. Da realidade misturada e educação: uma experiência com o aplicativo Mar. 2016. Dissertação. (Mestrado em Educação) – Universidade Tiradentes, Aracaju, 2016. Disponível em: https://mestrados.unit.br/pped/wp-content/uploads/sites/2/2016/03/UMA_EXPERIENCIA_COM_O_APLICATIV O_MAR.pdf. Acesso em: 8 abr. 2024.
LOPES, L. M. D. et al. Inovações Educacionais com uso da realidade aumentada: uma revisão sistemática. Educação em Revista, v. 35, p. e197403, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/j/edur/a/D8BG7VqVDPmYk3d5xmCJJyF/?lang=pt#. Acesso em: 8 abr. 2024.
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geniousbh · 6 months
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⸻ ❝ 𝒇𝒊𝒏𝒆 𝒍𝒊𝒏𝒆 ❞
matías recalt ₓ f.reader
wc: 4,3k
prompt: seus pais são superprotetores e não te enxergam como mulher, ent acabam te obrigando a ir pro acampamento de férias pelo segundo ano consecutivo e você reencontra seu inimigo #1
obs.: nenas, eu achei que ia demorar mais pra lançar essa aqui, porém desenrolou legal depois da metade. o único problema é que tava chegando nas quatro mil palavras e eu kkpercebi que não poderia ser uma oneshot nem fodendo, portanto, terá segunda parte!
obs.²: o enemies to lovers aqui é forte, tá? e o matías é um 🥺pouco🥺 estúpido também, mas nada que faça ele virar subcelebridade cancelada no twitter ok (eu acho)? eu tb sou muito ruim com nomes, então eu uso quaisquer q caibam na história (vcs vão entender isso quando tiverem lendo)! obrigada mais uma vez pelo apoio que vocês têm me dado!!! uma grande bitoca pra todas e boa leitura (dscl os errinhos)!!! <3
tw.: smut, linguagem chula, dumbfication, degrading (mais contextualmente), aquele kink meio hunter/prey, praise, manhandling, oral (f. receiving), ligeiro dry humping coisa pouca, portunhol duvidoso, e se tiver algo mais que eu não coloquei me avisem! MDNI
— o quê? tá de sacanagem comigo?! pai! — você olhou incrédula para o mais velho que sentava na ponta da mesa, e tudo o que este fazia era continuar serrando um pedaço de carne para levar à boca.
— não adianta insistir, é pelo seu irmão. vai e ponto final. — sua mãe foi firme.
— eu nem tenho mais a idade pra ir nessa droga de acampamento. — você bufou, empurrando o prato pela metade e cruzando os braços. — sério que vocês vão estragar as minhas férias da faculdade com isso?
— é o acampamento escoteiro ou o retiro espiritual com a gente, sozinha não vai ficar.
e era assim que pelo segundo ano consecutivo você ia parar no acampamento escoteiro de férias com seu irmão mais novo. o lugar era inegavelmente lindo, como se tivesse saído de um daqueles filmes de vampiros ou meio-sangues, sua galeria tinha voltado cheia de fotos da última vez. as dinâmicas, as competições e a comida também eram nada mal. o problema não estava em nenhuma dessas coisas. o problema tinha nome e sobrenome.
matías recalt.
o puto sequer tinha altura, (apesar de ser um palmo maior que você) e era o ser mais intragável que você já tinha conhecido. nas férias passadas você estava para completar dezoito ainda, o que te colocava junto de um grupo de outros cinco jovens de dezesseis pra cima, os quais matías tinha ficado responsável na escalação. então além de ter que aguentar o cheiro de cigarro impregnado nas roupas dele e a soberba, passara duas semanas observando o jeito moleque dele de resolver as coisas, quando em realidade, ele já era homem feito.
isso porque num dos últimos dias, depois que matías socava um dos garotos por uma coisinha besta, você intervia, o puxando pela blusa e esgarçando o tecido completamente. "ô sua, pendeja. olha a porra que você fez com o uniforme!", mas sua frustração era tanta que você o estapeava o rosto e desatava a dizer tudo que estava entalado, que ele era desorganizado, que ele tinha pegadinhas de extremo mal gosto e que muito provavelmente tinham o colocado com os mais velhos porque nunca confiariam uma criança a ele, e tudo o que matías tinha te respondido fora um "e eu acho que essa sua marra é falta de uma boa foda, acertei?", fazendo não só com que você se calasse e ficasse igual um pimentão, mas ligasse para seus pais irem buscar você e seu irmão antes que o programa acabasse; sem dar o motivo.
por isso quando o carro se aproximava da enorme placa "acampamento escoteiros do sul" e a estradinha estreita misturada de feno e grama que levava à cabana principal, onde aconteciam as cerimônias e ficava a administração, seu estômago rodopiou e retorceu sabendo o que te aguardava.
entrava segurando a mão do menor e o levava até onde a fila das crianças entre seis e oito deviam ficar. a abertura devia começar em uns dez ou quinze minutos, apenas esperando que a maioria dos inscritos estivesse lá. você em toda sua inocência, caminhava para o canto dos adolescentes quando sentia uma cutucadinha no ombro.
— oi, você veio ano passado né? eu lembro de você. — a garota de cabelos curtinhos à sua frente te cumprimentava alegre antes de te agarrar pelo braço. pela sua vaga memória, malena era uma das coordenadoras do acampamento e só aparecia nos dias importantes. — vem, esse ano você não pode participar como escoteirazinha, só como supervisora. vou te mostrar onde ficam os dormitórios, vai ter uniforme pra ti lá.
o caminho até a área de funcionários era o oposto das casinhas enumeradas onde as crianças eram alojadas, contudo era uma cabana também, bem mais simples. assim que adentravam, o cheiro familiar entrava por suas narinas. tinha uma área imitando uma salinha de estar, cheia de puffs e uma mesa no centro, além de dois jogos de fliperama e uma mesa de bilhar. você apenas concordava com o que ela te passava, sem saber ao certo se eles podiam te colocar pra trabalhar se seus pais estavam pagando.
— aqui, querida, tem três uniformes. e não se preocupa tá, vai ter treinamento mais tarde pros que estão vindo supervisionar pela primeira vez. — ela mostrava sua cama, que na verdade era a parte de baixo de uma beliche e as mudas de roupa dobradas sobre o colchão. — qualquer coisa eu te mandei uma mensagem no celular, só me chamar por lá! — e saía antes que você conseguisse tirar suas dúvidas.
bufou e colocou a mochila com suas coisas aos pés da cama antes de começar a tirar a blusa e desabotoar a calça já que não parecia ter mais ninguém com você. doce engano, porque logo que o jeans passava pelo seu calcanhar, um som de porta seguido de um assobio zombeteiro soavam atrás de ti, te fazendo congelar no lugar e se arrepiar.
— no creo... la señorita marrenta. — a voz ralhou e você juntou a blusa e a saia do uniforme para tampar seu corpo, se virando para ele. — até que você é gostosa. quer dizer, pelo menos isso né.
matías ria e se jogava num dos puffs erguendo o quadril para tirar o cigarro de palha do bolso traseiro e acender. tragou e então voltou a te olhar, de cima a baixo, deitando a cabeça pro lado.
— não vai terminar de se trocar, vida? por mim você até que ficava desse jeitinho, mas 'cê sabe, to tentando ser mais organizado. — ele provocava, só pra mostrar que você não era a única que se lembrava do pequeno desentendimento que haviam tido meses atrás. — que sea rápida, você foi escalada comigo.
sua vontade era a de esganá-lo, além de estar com as pernas bambas pela forma como ele tinha te visto. vestia a saia rapidamente rezando pra que ele não visse a estampa de cerejinhas da sua calcinha e por fim a blusa e a tag com um espaço pra por seu nome. prendia o cabelo num rabo de cavalo e saía do dormitório, deixando ele pra trás, sem lhe dar o prazer de uma conversa.
a culpa era dos seus pais por serem superprotetores não só com o mais novo, mas com você principalmente. era ainda pior antes de terem o caçula, na real. não podia beber, ir a festas, por todo o fundamental não tinha a liberdade de ir na casa de amigas próximas, pintar as unhas e mexer no cabelo antes dos quinze? nem sonhando alto. e agora você era uma bobona, virgem e sem experiência alguma que vivia se deixando abalar por qualquer coisinha na coleira de dois velhos caretas.
com um bico enorme e muito injuriado você aparecia na sala de treinamento, que você encontrou usando o spot com mapa do lugar, se sentando num dos bancos da frente. eles mostravam um vídeo com o lema e as principais virtudes do acampamento antes que um dos diretores se colocasse de pé para dar as boas vindas e falar as regras. diferente de quando se ia como inscrito, estar ali como instrutor era bem menos sufocante, sem o toque de recolher às oito da noite, podendo usar as instalações que bem entendesse nos dois finais de semana, caso não fosse escalado para cuidar de alguma atividade, e, o bônus de ter wi-fi no dormitório pra usar o celular de noite.
um pouco mais tarde, depois que se enturmava com outros novatos acabava descobrindo que o programa era gratuito para quem se inscrevia como instrutor e que quando se passava da maioridade a modalidade automaticamente era preenchida como tutoria. ao menos agora fazia sentido sua mãe não ter comentado nada.
o primeiro dia passava rápido, eram muitas coisas pra fazer, e você ainda tinha se oferecido para ajudar na cozinha, preparando o lanche e o jantar de quase cinquenta crianças.
a perturbação começava apenas no dia seguinte quando era acordada com um celular tocando "danza kuduro" à UM centímetro de distância da sua orelha. o corpo se sentando na cama de súbito, assustado e uma das mãos indo direto pro ouvido, massageando a região.
de pé, ao seu lado, e já tomado banho e vestido estava o recalt.
— qual o seu problema, seu filho da puta?! — esbravejou.
— cuidado com a boca, gracinha. — matías desligava a música e guardava o celular no bolso, se jogando no colchão pequeno de atravessado. — achei que uma musiquinha ia te fazer levantar disposta. além disso, você não levantou com o seu dispertador. — te encarou sugestivo fazendo com que você grunhisse irritadiça e pegasse sua bolsa antes de se enfiar no banheiro feminino.
um diabo, um daqueles de desenho, com chifrinhos, calda e um tridente, mas num corpo humano, era isso que ele era. do que adiantava ter o cabelo brilhoso, o sorriso bonito e um corpo legal se ele usava tudo aquilo pra ser um sacana? esfregava o rosto no banho, choramingando pelo dia já ter começado uma bomba. e devia ser exatamente o que o moreno planejava, te ver emburrada e desanimada, por isso você fazia um acordo consigo mesma de aparecer com um sorriso vibrante nos lábios quando saísse por aquela porta. diria bom dia pra todo mundo, e fingiria que ele era apenas uma mosquinha enxerida.
ia para a reunião matinal, e um dos diretores te dava um puxão de orelha pelo atraso; você era a última a chegar. por sorte, as tarefas eram distribuídas com agilidade. você e o abençoado ficavam encarregados de ensinar noções básicas de sobrevivência, no caso, ele ensinaria, você só ficaria como auxiliar.
— todo mundo prestando atenção? — matías começava. vocês levaram o grupo de dez para uma clareira onde eles podiam se sentar em círculo ao seu redor. — então, a primeira coisa que todos precisam saber são os itens básicos de sobrevivência. lembrando que nós não aconselhamos que vocês usem canivetes ou ísqueiros até terem idade. — ele conduzia bem humorado, sempre dividindo a atenção entre os rostinhos atentos. — vai, a tia aqui vai ler a lista dos itens. — ele te dava um empurrãozinho no braço.
— é... — limpava a garganta e pegava o papel com a lista. — primeiro e mais importante: uma barraca, se não puderem levar uma barraca inteira que seja pelo menos um saco de dormir. — você fazia pausas tentando ver se os menores estavam entendendo. — um cantil ou garrafinha pra água, um kit de primeiros socorros e um mapa. — você terminava e olhava matías que já te fitava com um sorriso idiota de canto.
— hm, alguém tem alguma dúvida? — ele soprava antes de desgrudar totalmente os olhos de você. — não, né? claro que no, son todos playboys que vienen aquí todos los años — ele bufava baixo agora, o suficiente pra que só você ouvisse. — vou começar a explicar sobre os nós então.
você mordia o lábio divagando um pouco quando notava que as crianças te encaravam como se esperassem algo, um estalinho, enfim, te fazendo ouvir matías lhe chamando.
— pro chão. você vai ser a cobaia. — ele dizia simples.
— pra quê exatamente?
— você é burra? — ele chegava pertinho do seu rosto para sussurrar a pergunta, te deixando com vontade de socar os dedos naqueles olhos caramelados dele. — não podemos usar animais pra demonstração e eles aprendem melhor quando é em outra pessoa, vai logo.
sua boca entreabria e uma checadinha em volta apenas confirmava o que ele falava, os olhos curiosos que já estavam acostumados, esperando que você fizesse exatamente o que o rapaz dizia. matías pesava a palma no seu ombro e seus joelhos cediam até o chão, deixando com que ele ficasse atrás de ti, juntando seus pulsos numa só das mãos.
— quem quiser chegar mais pra ver, pode vir. — ele falava.
abruptamente o garoto te fazia se curvar até que seu rosto estivesse praticamente colado na terra pisada. sua primeira reação era a de tentar soltar os braços para sair da posição desconfortável, mas o joelho que ele apoiava nas suas costas e o agarre forte te impediam. você grunhia e apertava a arcada dentária enquanto ele continuava:
— estão vendo? se algum dia vocês precisarem pegar algum animal selvagem. — e nessa hora ele passava a corda ao redor de seus pulsos, dando um tranco forte para deixar apertado. — se ainda estiver vivo, com certeza vai tentar fugir, vai usar todas as forças que tem... — recalt deu o primeiro nó em formato de oito, se curvando sobre seu corpo prensado e segurando seu queixo por trás, te forçando a erguê-lo. — dá um sorrisinho pra não assustar eles — sussurrou porcamente na sua orelha e você engoliu o bolostrô de ódio que se formava na sua garganta antes de dar um sorriso não muito amigável. — viram? a tia não é um bom coelhinho? — o tom voltava ao cafajestismo normal.
seu ego estava em cacos, mesmo quando ele tinha te soltado do nó e você tinha marchado para bem longe dali, deixando que ele terminasse sozinho. os joelhos sujos de terra e o rosto vermelho de um choro que você segurava. se trancou no banheiro mais próximo e foi pra uma das cabines. assim que se sentava no vaso tampado, contudo, porém, entretanto, sentia a calcinha completamente melada, o que apenas te fazia ficar ainda mais fula.
deu um grito frustrado batendo na divisória com o punho fechado antes de se encolher e esconder o rosto nas mãos.
era tarde pra noite quando você decidia que conseguia sair do cubículo seguindo os caminhos para a cabana principal para o jantar. não conversava com ninguém e até ignorava algumas crianças que tinham estado presentes na aula mais cedo e tentavam te chamar. pegava o macarrão que era oferecido e se sentava na mesa de funcionários para comer, seus colegas novatos conversando animadamente sobre como estava sendo e que os instrutores mais experientes eram divertidos e práticos. sua sorte devia ser só uma merda mesmo.
terminou o prato a contragosto, mas antes que pudesse pensar em ir pro dormitório, fernando, um dos que trabalhavam ali há mais tempo te puxava pelo ombro.
— qual foi a dessa carinha, novata? aconteceu alguma coisa? — ele perguntava e vocês caminhavam para algum lugar que, a julgar pelos outros que seguiam, devia estar acontecendo alguma coisa.
— nada não. — negou e sorriu fraquinho.
— espero mesmo. a gente pediu umas cervejas, o caminhão já entregou lá perto do píer do lago. vai beber e nadar com a gente, sim?
a pergunta era retórica, você já conseguia ver o lago e ouvir uma música que aumentava de volume a cada passo. os que ficaram provavelmente colocando as crianças nas cabanas para se juntarem depois. tinham algumas bandeirinhas e varais com luzes pelo píer, iluminando e refletindo nas águas do lago que ficavam mais escuras conforme o céu noitecia.
uma long neck era colocada na sua mão, e você suspirava, aceitando antes de ir se sentar nas tábuas de madeira com os pés na água. outras pessoas corriam pela passarela e pulavam ali arrancando alguns urros de incentivo e risadas dos demais, e você, bem aos pouquinhos, deixava a vibe e o álcool apaziguarem seu coração.
— entra, vai! tá muito gostoso aqui dentro! — mariana, que era uma das que tinham virado instrutoras aquele ano também, te chamava depois de nadar pra perto de ti.
formou um beicinho nos lábios e negou.
— vai molhar o uniforme, quero usar ele amanhã ainda. — bebia o resto da cerveja.
— tira e entra só de calcinha ué. — mari retrucava e então espirrava uma ondinha de água em você. — vai, quem te garante que você vai ter outras oportunidades assim?
e por mais que você não devesse, ela estava certa. você faria de tudo pra que no próximo ano sua família não te forçasse ir, e caso o retiro espiritual fosse uma opção estaria indo com eles ao invés de lá, então... não ia te matar aproveitar as partes boas.
relaxou os ombros e então se levantou preguiçosamente tirando as roupas e ficando apenas com as peças íntimas antes de pegar alguma distância e pular na água. submergindo e sorrindo ao ouvir as comemorações da outra. a água não estava gelada e nem quente, era perfeito.
— quer nadar até o outro lado? — você perguntou se animando e a vendo assentir.
pegava impulso nas pernas, passando as mãos por baixo da água para o corpo ir sendo impulsionado para frente, como não tinha correnteza era mais fácil. olhou uma única vez para trás para se certificar de que a garota te seguia, apenas tendo o relance de uma cabeça afundando na água para mergulhar.
riu divertida e imitou, mergulhando e prendendo a respiração para chegar o mais longe que conseguia. o som da música e das conversas agora abafado pela distância no breve tempo em que alcançavam o outro lado, se apoiando na passarela para recuperar o fôlego.
— nossa, eu nunca tinha feito isso, sabia? nadar de noite. — comentou e se virou de novo para checar com a menina, mas sem sequer sinal.
onde ela tava? por meio segundo sua cabeça formava alguns dos piores cenários possíveis e seus olhos arregalavam quando algo puxava sua perna para baixo, te fazendo se debater e dar um chiadinho agoniado. não sabia se era reconfortante que, ao invés de algum jacaré ou uma jiboia com seus lá quatro metros, fosse matías quem aparecia na superfície da água balançando os cabelos como um cachorro antes de rir alto.
— você não cansa de ser idiota?! — esbravejou espirrando água no rosto dele.
— tem que ser muito amargurado e cabaço pra viver a vida com seriedade o tempo todo. — ele dava de ombros, ainda risonho, te rodeando na água.
— é, e tem que ser um bosta pra viver sem seriedade nenhuma também. — a ofensa saía antes que você pensasse.
— você não acha isso de mim de verdade. — matías soprou simplista antes de afundar o corpo até que só metade de seu rosto ficasse visível e se aproximou mais do seu corpo.
— larga de ser convencido. — engoliu seco, indo para trás, tentando manter a distância dele, até ficar encurralada entre o rapaz e o embarcadouro. — e para com isso! — dizia mais alto percebendo que ele não parava de chegar.
o ar escapava de seus pulmões quando o moreno envolvia sua cintura, te puxando para ele e nivelando o rosto ao seu, os narizes roçando, sua expressão atenta e a dele serena, com os olhos baixos. os dedos àsperos tocavam a carne do seu quadril e avançavam um pouco mais, até chegarem no tecido da calcinha.
— aunque te escapaste esta mañana, fiquei bem surpreso quando vi você entrar na água. — a voz masculina saía rouca pelo tom baixo e proximidade. — me faz pensar que devem ter muitas coisas que você gostaria de fazer, hm?
mordeu o inferior com força, mas diferente das outras vezes, esta era porque, apesar da água fresca, o toque dele estava te fazendo esquentar, o ar que soprava da boca dele a cada palavra proferida também era quente e te convidava a chegar mais pertinho. ele era um canalha, um desrespeitoso, um incoveniente, idiota, atraente, gostoso... era por isso que evitava pensar nos motivos de não ir com a cara dele desde o início, porque existia uma linha muito tênue que separava seu ódio mortal pelo argentino e sua vontade de que ele te mostrasse cada mínima coisinha de um mundo que você pouco conhecia.
— matías... — chamou baixinho.
e ele sorriu ardiloso. o recalt já tinha percebido desde a primeira vez que estiveram juntos, você o observava bem mais do que a maioria, nas noites de fogueira do acampamento, por mais que você reclamasse estar prestando atenção nas histórias contadas, seus olhinhos bisbilhoteiros caíam sobre a figura que fumava em algum canto afastado, sem sequer notar, durante as trilhas ficava sempre mais atrás, na retaguarda quando ele ia por último pra assegurar que ninguém se perdesse. mas, como você poderia gostar de algo que era não só o seu oposto, mas tudo o que seus pais provavelmente pediam que você evitasse? devia mesmo ser bem conflitante pra uma garotinha boba.
você era como um coelho se arriscando bem na porta da toca do lobo, muito fácil de impressionar, fácil de assustar, e pra sua infelicidade, ou não, a única pessoa que ansiava por isso mais do que você, era o próprio.
— senta na beira. — te ordenava, descendo mais as mãos para suas coxas e te ajudando a subir.
a junção do seu corpo molhado e arrepiado, com o sutiã e a calcinha transparentes por estarem encharcados por pouco não fazia ele ter uma síncope. sua cara era igualmente impagável, a boca abertinha e a expressão de quem não consegue formular um pensamento sequer.
— quero te mostrar uma coisa, você deixa? — ele perguntava voltando a te tocar a cintura com mais afinco, te arrastando mais pra beirinha o possível.
bastava que sua cabeça subisse e descesse uma vez pra que ele segurasse sua calcinha, puxando pra baixo de uma só vez. o miadinho que você soltava tinha uma reação instantânea no pau do maior, mas ele ignoraria por hora.
— e-eu nunca fiz... — você soprou, ameaçando fechar as pernas, se não fosse pelos braços ágeis dele que logo as separavam te deixando toda abertinha.
— é por isso mesmo. — matías respondia divertido e então descia o olhar até sua buceta molhada. como suspeitava, virgem, ele apostava que nem depois de te chupar conseguiria colocar mais de dois dedos. — você é tão linda... — atiçava, embora fosse a mais pura verdade.
o garoto te torturava a princípio, lambia sua virilha lentamente e espalhava beijos por sua púbis, sentindo seu corpinho tremendo em ansiedade e tesão, ficando prepotente em pensar que conseguia te ter nos dois extremos, na fúria e no êxtase. deu um beijo estalado sem tirar os olhos de você e então afundou a língua entre seus lábiozinhos sem pressa nenhuma sabendo que ninguém os veria ou atrapalharia já que estavam longe o bastante. afastou a carne molinha para ver seu clitóris e rodeou com a ponta do músculo, no mesmo instante suas mãozinhas desesperadas indo parar nos fios molhados dele.
— p-porra... isso é tão! — você apertava os olhos, pendendo a cabeça pra trás.
matías sorria contra a sua intimidade antes de envolver o ponto de nervos e chupar com mais força, enquanto isso, seus dedos puxando os cabelos castanhos e seu quadril rebolando impulsivamente. focou onde você parecia mais sensível, sugando e lambendo com vontade, sem se importar quando a entrada virgem começava a liberar uma quantidade absurda de lubrificação, o melando o queixo inteirinho.
deslizou uma das mãos que a seguravam aberta e afastava a boca do sexo avermelhado, estalando a palma ali num tapa que ecoava e te tirava um gemido choroso.
— deixa eu ver se entendi... te gusta que te aten y te azoten? — ele perguntava impiedoso, achando um amor suas bochechas coradas. — que safada.
— cala a bo — você não terminava antes que ele estivesse com a boca em ti novamente, chupando ruidosamente. linguava da entradinha até o pontinho teso, deixando o nariz grande roçar lá sem pudor nenhum, várias vezes antes de voltar a mamar, fazendo seus olhos revirarem e seu corpo pulsar como se estivesse inflamado.
suas costas curvavam e suas mãos, atadas nele, o forçavam ainda mais contra si, praticamente cavalgando o seu orgasmo no rosto do mesmo. sua cabeça estava uma desordem que só e seu corpo sofria com espasmos. matías ia dando selinhos conforme seu ápice passava, até que se afastasse e então se colocasse sobre o molhe também, segurando sua nuca para te beijar, permitindo que sentisse seu gostinho pela primeira vez.
— você é uma delícia, bebita. — soprava no beijo, deitando o corpo sobre o seu.
queria mais, sabia que era errado, mas nenhuma moral internalizada sua te impediu de rebolar contra o quadril do garoto mais velho que estava sobre si, ainda mais quando conseguia sentir o membro rijo fazendo pressão na sua coxa.
— sshh no, no. te acalma, linda... — o recalt te segurou o rosto depois de pausar o selar. encantado com o comportamento mansinho e necessitado que você exibia agora. — o acampamento tem mais uma semana e meia pela frente, não quero fazer tudo de uma vez. — desceu os beijinhos para seu pescoço. — até o fim das férias eu vou ter te mostrado tudo que você precisa saber, tá bom? — prometia em pausas.
— uhum. — e você confirmava.
depois de ter feito você ver mais estrelas do que tinham no céu aquela noite, este apenas te ajudava com a calcinha de novo e se esticava nas tábuas, encarando o céu noturno com um paiero entre os dedos e o braço atrás da cabeça servindo de travesseiro.
— quer experimentar? — ele disse depois de acender.
você, agora sentada abraçando os joelhos e o fitando sem se sentir mal por fazê-lo com tanto interesse, negou.
— boa menina.
porque apesar de ser um idiota, desorganizado e às vezes bem filho da mãe, matías recalt sabia o que valia a pena te mostrar e o que não valia. cigarro não era uma dessas coisas, e saber que você não era de toda inocente o tranquilizava. quando notavam que as pessoas ao longe iam se arrumando para irem deitar, ele te puxava para mais um beijo, soprando contra seus lábios que seria bom se você voltasse primeiro já que algumas pessoas da direção poderiam ver caso chegassem juntos.
e assim você fazia, pulando na água, que, pelo horário, estava gelando e nadando até o píer onde a festinha ia encerrando aos poucos.
— ei! — assim que saía da água mais ou menos onde tinha entrado, via mari chegar com uma toalha e suas roupas na mão. — desculpa ter sumido, mas o matí disse que queria te pedir desculpa por algo que ele fez hoje cedo então eu deixei vocês se falarem sozinhos.
— obrigada. — agradeceu enquanto começava a se enxugar breve para poder colocar as roupas outra vez.
— mas e ai? ele se desculpou? — a pergunta da menina te fazia parar alguns instantes e lembrar bem vividamente do que tinha acontecido minutos atrás.
— se desculpou sim. — respondeu com um risinho nasalado te escapando.
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lottokinn · 4 months
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               𝐓𝐑𝐘 𝐘𝐎𝐔𝐑 𝐋𝐔𝐂𝐊𝐘: ──── LOVE-KINN's point of view ;
tw: crise de ansiedade, sangue e morte.
Kinn se movia entre os feridos, suas mãos trêmulas enquanto tentava estabilizar os que estavam mais machucados. Cada gemido de dor, cada expressão de sofrimento fazia sua mente oscilar entre a realidade do presente e as memórias nebulosas do passado. A fumaça verde do veneno ainda pairava no ar, misturada ao cheiro metálico do sangue e da terra revirada. O som do Drakon rugindo ainda ressoava em seus ouvidos, um eco sinistro que se misturava ao caos do campo de batalha.
A memória voltou a assombrá-la, um fragmento mais claro desta vez: seu próprio lar, a casa onde cresceu na Tailândia, transformada em um campo de batalha. As sombras da noite envolviam a cena, mas os lampejos de luz e o som de explosões iluminavam rostos familiares contorcidos em expressões de horror. Love lembrava-se de correr pelos corredores, suas asas a levavam mais rápido, mas não rápido o suficiente para salvar a todos. Ela acreditava ter sido um ataque de monstros. Mas pela primeira vez uma voz interior, pequena e sussurrante, questionava essa verdade aceita. E se...?
Ela afastou o pensamento, focando-se na tarefa à mão. Precisava ajudar o maior número de campistas. O caos ao redor não permitia pausas e muito menos surtos. O som dos Filhos da Magia murmurando feitiços, os gritos dos feridos e os comandos dos líderes do acampamento traziam Love de volta à realidade. A barreira mágica estava de novo erguida, mas algo estava errado. Ela sabia que aquela batalha era apenas um prelúdio de uma guerra maior. Era sempre assim. E enquanto se levantava para atender outro semideus, sentiu a dor de cabeça forte lhe atingir. Ajoelhada no chão e com os braços levados a cabeça, segurou os cabelos com força ao puxa-los entre os dedos. De repente, um relapso de memória atingiu Love com a força de um golpe físico. Ela viu flashes de outra cena caótica, em uma sala iluminada por luzes artificiais e cheia de gritos de pânico. Havia sangue ali, muito sangue. Pessoas que ela amava, que deveriam estar seguras, estavam caídas ao seu redor. Seus olhos encontraram os de um homem que tentava dizer algo, mas suas palavras eram abafadas pelo som do grito de um alarme. Era uma memória fragmentada, um quebra-cabeça incompleto que deixava sua mente em um estado de confusão e desespero.
Love gritou, um som desesperado que cortou o ar, fazendo com que alguns semideuses ao redor parassem por um instante e olhassem em sua direção. Ela estava presa entre duas realidades, o presente e o passado colidindo em sua mente. As memórias nebulosas da tragédia em sua casa misturavam-se com a visão dos campistas feridos à sua volta, cada imagem de dor intensificando seu pânico. Ela tentou se levantar, mas suas pernas não a obedeciam. A dor de cabeça era insuportável, latejando em suas têmporas, enquanto as memórias quebradas apareciam. Ela viu seu próprio reflexo em um espelho coberto de sangue, seus olhos arregalados de horror.
Love sentiu duas mãos firmes em seus ombros, sacudindo-a levemente. As imagens do passado começaram desvaneceram e Kinn respirou fundo, tentando estabilizar seus pensamentos. A filha de Tique olhou ao redor, tomando novamente consciência do caos do acampamento. Por agora, havia vidas para salvar, sem espaço para crises ou surtos.
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meuemvoce · 5 months
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Em outros corpos
São 06h00 da manhã de uma segunda-feira. Olhos vermelhos e lagrimas não derramadas. Maquiagem borrada. Cabelo bagunçado. Roupa amassada. Unhas com esmalte velho e descascado. Cheiro de sexo barato no corpo. Um cigarro na mão e a carteira cheia jogada na mesa. Uma dose de whisky como café da manhã. Dor de cabeça. Boca seca. Tontura e tremedeira. Mãos suando e geladas. Visão turva. Nariz com uma macha branca e levo a mão até ele para limpá-lo. Ansiolíticos e antidepressivos na minha frente. Uma carreira de pó e para acompanhar um saquinho ainda cheio que será usado durante o dia. Olho para trás e vejo um corpo estranho na minha cama e de alguém que não conheço. Roupas espalhadas pelo chão e um pacote de camisinha aberta do outro lado. Uma pessoa que eu não lembro o nome e nem como parou na minha cama. Todos os dias têm sido assim, a porta se abrindo em todas as minhas noites e alguém diferente na minha cama que nem lembro o nome. Eu me perco em outras bocas, em outros corpos e no sexo sujo sem significado nenhum. Eu te procuro em qualquer lugar e não encontro nada. Todos os dias são arrastados e me afundando em um buraco. A minha mente vive em looping infinito. Minha cabeça não para os meus pensamentos não param, eu sempre estou dopada ou chapada para não lembrar de você, para não sentir saudades e ter uma recaída em te ligar. É triste a minha realidade. Eu sou uma pessoa triste. O nosso amor me destruiu. Você me destruiu. A bebida misturada com os remédios e as drogas me fazem sair da realidade e eu começo a ter alucinações e vejo você na minha frente. Toda vez que a porta se abre eu penso que é você, sempre que ouço a voz de um homem qualquer, eu penso que é você. Quando eu me perco em outros corpos, eu queria que fosse o seu. A minha situação é caótica. Mas eu gosto do caos. Você é o meu caos.
Verso e Frente
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imperfekt · 5 months
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YOU'RE ON YOUR OWN, KID | Part two
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- Mãe? Ele chamou, sua voz embargada pelo peso das emoções que o sufocavam. Cada sílaba era um grito silencioso de esperança e desespero, uma tentativa de romper o silêncio que envolvia aquela casa como um véu sombrio. E então, ele esperou, seu coração martelando no peito enquanto aguardava pela resposta que poderia mudar o curso do seu destino.
- Theodore! A porta do quarto se abriu lentamente, revelando a figura da mãe do rapaz, Annaleigh era uma mulher de meia-idade vestindo roupas caras e com o rosto preenchido pelas marcas das cirurgias plásticas. Seu sorriso, embora forçado, irradiava uma sensação de calor e proteção, como se ela estivesse tentando manter as aparências apesar das tempestades que se agitavam dentro dela. Ao ver seu filho à porta, a mãe do rapaz se aproximou rapidamente, seus braços estendidos em um gesto de afeto. O abraço que ela ofereceu era protetor, mas havia algo de estranho em seu comportamento, uma tensão que parecia espreitar por trás da máscara de normalidade que ela tentava manter.
- Como está o meu bebê? – Ela levou as duas mãos ao rosto do rapaz, encarando-o nos olhos tão similares aos dela própria. – A mamãe sentiu tanta saudade!
- Eu também senti, mãe. – Respondeu, surpreso com a sinceridade em cada palavra proferida. – Tem tanta coisa acontecendo...
- Oh meu bebe, eu posso imaginar, posso imaginar. – Sua mãe agarrava-se a ele como um polvo. – Estou tão feliz em vê-lo.
Enquanto Theo se afundava no abraço da mãe, percebeu algo fora do lugar. Seus gestos eram rígidos, como se estivesse se esforçando para esconder algo. Seus olhos, embora brilhantes, pareciam ocultar uma sombra de tristeza e angústia que o rapaz não conseguia decifrar. Um calafrio percorreu sua espinha enquanto ele se afastava do abraço da mãe, seus olhos buscando os dela em busca de respostas que ele temia encontrar.
Era como se ela estivesse ali fisicamente, mas sua mente estivesse em algum lugar distante, perdida em um labirinto de pensamentos sombrios e preocupações. E enquanto ele a observava, uma sensação de desconforto crescente se apoderava dele, uma sensação de que algo estava muito errado com a mulher que um dia ele chamou de mãe.
Um nó de decepção e desgosto se formava em seu estômago. Seus olhos encontraram os dela mais uma vez, e foi então que ele viu a verdade escondida por trás da máscara de normalidade. Os olhos da mãe estavam vidrados, embaciados pelo brilho opaco do álcool, e o cheiro de bebida impregnava o ar ao redor deles.
- Você está bêbada? – Fora impossível não sentir o hálito de álcool quando ela falou com ele.
- O que? – Ela arregalou os olhos, parecendo surpresa. – Não, não, eu não... Quero dizer, eu bebi um pouco, mas eu não...
Embora ele já soubesse, no fundo do coração, o que esperar, ainda assim, a confirmação daquilo que ele temia trouxe consigo uma sensação de desânimo e tristeza que era difícil de ignorar. Era como se uma parte dele ainda mantivesse a esperança de que as coisas pudessem ser diferentes, de que a mãe pudesse finalmente superar seus demônios e estar presente para ele.
Enquanto a realidade se desdobrava diante dele, Theodore se questionava se aquela seria apenas a primeira de muitas decepções que teria naquela noite. Uma sensação de impotência o invadia, misturada com uma profunda tristeza pela mulher que um dia ele admirou e amou.
- Theo, querido, o que está fazendo aqui? – Ela questionou, decidida a mudar de assunto. – Não deveria estar na faculdade?
- Sim, mas senti saudades, pensei se as coisas entre todos nós não poderiam ser diferentes agora. – Disse simplesmente.
- Oh querido, como? – Ela o encarou, esperançosa de que o filho tivesse a resposta que buscava. – Esta família já passou por muito para mudar agora.
- Eu estou... Diferente agora mãe! – Afirmou, preocupado com o que entregaria a respeito de sua nova condição. – Talvez ainda seja possível para todos nós.
Annaleigh olhou para o filho desolada, quase decepcionada.
- Você sabe o dano que causou a esta família, Theodore, ao seu pai...
Theo abaixou a cabeça envergonhado, ele sabia exatamente do que sua mãe estava falando.
- Não posso ser o único culpado. – Ele balançou a cabeça em negação. Poderia jogar na cara da mulher toda a negligencia com o qual fora criado por eles, mas estava em uma missão ali e não queria por tudo a perder.
- E não é. – Ela sorriu sem humor. – Mas não pode negar o quanto você foi negligente neste ultimo ano, e tudo para que? Para irritar seu pai ainda mais?
- Eu sei. – Admitiu, seu tom era de pura decepção. – Mas é justamente por isso que estou aqui, mãe, estou tentando ser melhor, esta é minha oferta de paz.
- Entendo... – Ela respondeu depois de mais algum tempo em silencio, perdida em pensamentos novamente.
Theo encarou a mãe.
- Tudo bem se eu ficar para o jantar?
- Oh, é claro. – Annaleigh limpou o nariz com a palma da mão e o empurrou gentilmente de volta ao corredor.
– O jantar estará pronto em breve querido, eu vou... Vou descer e ver os últimos detalhes com a Bridgit, tudo bem? Ela sorriu para ele, aquele era o sorriso mais sem graça que Theo já vira na vida. Sua mãe deu dois tapas carinhosos em seu rosto, quase como um afago e se virou, deixando-o ali.
Após o encontro doloroso com sua mãe, o rapaz sentiu o impulso irresistível de buscar refúgio no lugar que um dia foi seu único santuário naquela mansão opressiva: seu quarto de infância. Ele andou até o fim do corredor com passos pesados, cada passo uma jornada através das memórias que habitavam aqueles corredores sombrios.
Ao entrar no quarto, uma onda de nostalgia o envolveu, inundando seus sentidos com lembranças de dias mais simples e felizes. Seus olhos percorreram a estante, onde sua coleção de action figures dos X-Men permanecia como um testemunho silencioso de sua infância. O vídeo-game Nintendo, que ele costumava jogar por horas a fio com seu melhor amigo Vincent, estava lá, esperando pacientemente por mãos que já não vinham.
Ele se aproximou da cama, agora menor do que ele se lembrava, e deitou-se, sentindo a familiar sensação de conforto e segurança que só aquele lugar poderia oferecer. Theo tirou o celular antigo do bolso da calça jeans e procurou o contato de Kath, abrindo a foto dela e admirando-a sorrir por um instante, seus dedos passaram pela tela por um momento antes de voltar até as mensagens e digitar “Estou na casa dos meus pais, conversamos quando eu voltar?” Sem esperar por uma resposta, guardou o aparelho novamente nos bolsos. Ele fechou os olhos e suspirou, permitindo-se afundar nas profundezas do passado, onde as preocupações do presente pareciam distantes e irrelevantes.
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j583 · 6 months
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Frases–Viajando pelas letras.
Este e o título do livro que estou trabalhando, e que pretendo em breve fazer o lançamento dele aqui nesta página Palavras Poemas, mas estou dando acesso este inteiramente grátis.
Na realidade nada e de graça tudo neste nosso mundo tem um preço e o preço para ter acesso a este livro e que tera que acessar através do site palavraspoemas.com e na barra de endereço clicar em Frases–Viajando pelas letras.
Este livro tem a quantidade de páginas que tem de letras em nosso alfabeto, algumas letras têm poucas frases com elas, ao serem letras um pouco difíceis de criar frases com elas.
Estas frases deste livro também estarão entre outras frases no livro em que estou trabalhando, que será um livro físico com frases diversas, digo misturada, espero que gostem, deste meu presente comentem e compartilhe e curtam se gostarem. // Jorge Soares
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mykristeva · 1 year
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Durante a Guerra Civil Espanhola, Dalí por várias vezes manifestou sua simpatia pelos fascistas. Propôs até à Falange um monumento comemorativo bastante extravagante. Tratava-se de fundir, misturadas, as ossadas de todos os mortos da guerra. Em seguida, a cada quilômetro, entre Madri e El Escorial, erguer-se-iam uns cinquenta soclos sobre os quais seriam colocados esqueletos feitos com as ossadas verdadeiras. Esses esqueletos iriam aumentando de tamanho. O último, chegando em El Escorial, atingiria 3 ou 4 metros. Como se pode imaginar, o projeto foi recusado. Em seu livro, A vida secreta de Salvador Dalí, ele se referiu a mim como um ateu. De certa maneira isto era mais grave do que uma acusação de comunismo. Um tal de Prendergast, representante dos interesses católicos em Washington, começou, na mesma época, a usar sua influência junto aos meios governamentais para que eu fosse despedido do Museu [de Arte Moderna de Nova York]. (...) Depois de minha demissão, um dia marquei um encontro com Dalí no bar do hotel Sherry Netherland. Ele chega, muito pontual, e pede champanhe. Furioso, em vias de agredi-lo, digo-lhe que é um canalha, que estou no olho da rua por sua culpa. Ele me responde com esta frase que jamais esquecerei: "Escrevi esse livro para erigir um pedestal para mim. Não para você." Recolhi minha bofetada. Com a ajuda do champanhe -- e das reminiscências, do sentimentalismo -- nos separamos quase amigos. Mas a ruptura era profunda. Eu só tornaria a vê-lo uma vez mais. (...) Um dia, em Montmartre, vou vê-lo em seu hotel, encontro-o de peito nu com um curativo nas costas. Pensando sentir um "percevejo" ou qualquer outro bichinho -- na verdade era uma espinha ou verruga -- ele cortara as costas com uma lâmina de barbear e sangrara abundantemente. Ele então contou muitas mentiras, embora fosse incapaz de mentir. Quando, por exemplo, para escandalizar o público americano, escreveu que um dia, visitando um museu de história natural, sentiu-se violentamente excitado pelos esqueletos de dinossauros a ponto de se ver obrigado a "sodomizar" Gala [sua mulher] num corredor, isso era evidentemente falso. Mas ele é de tal modo fascinado por si mesmo que tudo o que diz o toca com a força cega da verdade. (...) Quando de sua ida a Nova York pela primeira vez, no início dos anos 1930, foi apresentado aos milionários, de quem já gostava muito, e convidado para um baile de máscaras. A América inteira estava na época traumatizada pelo sequestro do bebê Lindbergh, o filho do famoso aviador. A esse baile Gala compareceu com uma roupa de criança, o rosto, o pescoço e os ombros manchados de sangue. Dalí dizia apresentando-a: "Ela está fantasiada de bebê Lindbergh assassinado." Isso repercutiu muito mal. Tratava-se de um personagem quase sagrado, de uma história em que não se podia tocar sob pretexto algum. Dalí, censurado por seu marchand, rapidamente recuou e contou aos jornais, numa linguagem hermético-psicanalítica, que a fantasia de Gala inspirava-se, na realidade, no complexo X. Era um travesti freudiano. (...) Quando penso nele, apesar das recordações de nossa juventude, apesar da admiração que ainda me inspira atualmente uma parte de sua obra, me é impossível perdoar-lhe seu exibicionismo ferozmente egocêntrico, sua adesão cínica ao franquismo e sobretudo seu ódio declarado pela amizade. Numa entrevista, há alguns anos, declarei que ainda assim gostaria bastante de tomar uma taça de champanhe com ele antes de morrer. Ele leu essa entrevista e disse: "Eu também, mas já não bebo."
Luis Buñuel, em seu livro de memórias Meu último suspiro, 1982.
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mayura-chanz · 1 year
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Kagerou Daze VII — from the darkness — Shissou Word I
Tradução feita a partir da tradução em inglês da Yen Press.
Apoie o autor comprando a novel original.
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— Você ama música, não é Tsubomi? Você está sempre escutando.
...Sim. Eu amo, bastante.
— Sabe, na verdade, teve uma época em que eu subia no palco e cantava. Isso mesmo: sua própria mãe! Era apenas um palco pequeno, mas, aah... ainda assim me deu tanta adrenalina. As pessoas que apareciam torciam por mim ao ritmo da música e tudo mais. Você já pensou em ser uma cantora quando crescer, Tsubomi?
...Não, nada do tipo. Eu só gosto de escutar música.
— Ah, certo, certo. Bem, eu também, acredite em mim. Eu compreendo totalmente.
Você está desapontada comigo, não está? Eu vi isto no seu rosto agora mesmo.
— Ah, claro que não estou desapontada! Eu estou apenas muito feliz que você e eu temos algo em comum, Tsubomi. Desde quando você era ainda um bebê, eu sempre pensei que seria legal se nós pudéssemos mais tarde conversar sobre nossas músicas favoritas uma com a outra.
...Ah. Certo.
— Fala, Tsubomi. Que tal nós irmos a algum tipo de show em breve? Mesmo que seja a mesma música, ouvi-la em um clube, com todo o volume e outras coisas, pode parecer completamente diferente! Aposto que você iria gostar muito. Que tal...?
——Não, Mãe. Não é nada disso.
O que eu “gosto” é diferente de como você está usando a palavra “gostar”, Mãe. Pode ser qualquer cantor, qualquer tipo de letra... Não importa. Eu só escuto música porque assim que coloco os fones de ouvido e toca a música, eu não me preocupo com todas as outras coisas. Como todo o trânsito barulhento lá fora. Como seu olhar cansado. Como o hospital. Tudo para de ser motivo de preocupação.
Quando fecho meus olhos e deixo meu corpo à deriva na música, parece como se estivesse ficando invisível... misturada com a música. Eu realmente gosto dessa sensação. Como se estivesse em um mundo sem ninguém lá—nem mesmo eu—e é completamente calmante.
Então você não precisa parecer tão feliz com isso, Mãe, tudo bem? Eu não estou como, fazendo seu sonho se tornar realidade ou algo assim. Eu não sou o tipo de garota que você acha que sou e, de qualquer forma, eu não posso fazer uma única coisa que você está esperando de mim.
...Ugh. Eu tenho que abrir meus olhos e acordar logo.
Bem, vejo você mais tarde, Mãe. Durma bem.
Eu tinha derretido no mar levemente oscilante do som. A melodia era como ondas lapidando, levando-me a algum lugar desprovido de propósito ou significado. Eu não conseguia imaginar o quão bom seria se eu chegasse a esse destino. Esquecendo tudo. Até eu mesma.
A imagem da minha mãe de outrora desapareceu nas ondas. Observei silenciosamente enquanto ela se afastava, levando consigo memórias passadas que nunca consegui expressar em palavras.
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Chamava ela de besta, mas de forma carinhosa. Sempre de forma carinhosa, eu nunca seria agressiva com o amor da minha vida.
— Eu tenho uma proposta — ela me falou.
— Diga, besta — retruquei. Eu lavava os pratos na hora, então não vi o sorriso safado que provavelmente devia estar estampado no rosto dela.
— Vamo casar.
Eu larguei a lavação e me virei. Ela estava de joelhos no sofá, o corpo projetado para frente, quase saltando o encosto; os olhos brilhando como duas pérolas negras.
— Enlouqueceu? — perguntei.
— De amor — ela respondeu com ternura.
Precisei me segurar para não me derreter ali mesmo.
— Casar? — Eu sentia minhas palpitações acelerando e uma coceira muito profunda na linha do ventre, o tal do tesão apaixonado. Por fora eu estava neutra, meio indiferente. — Não sei pra quê.
— Pra gente viver juntas pra sempre, ora.
— Precisa casar pra isso?
— Ah precisa! — ela falou séria.
— Não sei, a gente tá junto faz tempo e não é casada.
— Não uma com a outra…
Por que isso fez aumentar meu fogo? Ah sim, foi assim que a gente veio parar aqui para início de conversa.
— Por isso mesmo, seu marido ia achar estranho e tenho quase certeza que a minha esposa também não ia gostar nada disso.
— A gente não precisa convidar eles.
— Seria falta de educação.
— Nada, eles são bem grandinho, iam entender.
Relaxei meu corpo apoiado na pia e deixei escapar uma risada. Eu podia mover a realidade toda por ela.
— Vamos então — respondi enfim.
Com um sorriso enorme, ela pulou do sofá e correu para os meus braços, enchendo-me de beijos por todo meu rosto. Não fugi de nenhum, deixei meu corpo ser preenchido por todo aquele amor. Depois de algum tempo entrelaçada no calor dela, deixando nossos desejos se misturarem, segurei sua mão e a levei para fora.
No nosso quintal já estava tudo pronto: o portal de madeira adornado por rosas, a mesa para o cerimonialista com três velas — duas acesas —, as cadeiras brancas ao redor e o tapete florido por onde entraríamos. Do outro lado dos muros que nos cercavam, vi de relance que passavam os tanques de guerra, recolhendo os corpos remanescentes. A fumaça lá de fora também quase invadia nosso lugarzinho, mas eu não permitia.
— Esse é o dia mais feliz da minha vida toda — ela disse, colocando na cabeça um véu longo, preso por uma coroa de flores silvestres que ela mesma tinha colhido.
— É o meu também — sussurrei, apertando forte sua mão.
Eu atravessei a passarela primeiro. Acho que eu estava com um vestido rosa claro e longo, admito que esqueci e os eventos que se seguem explicarão o porquê. Coloquei-me logo abaixo do arco de nosso improvisado altar e esperei ansiosa pela entrada dela.
Talvez, se eu não estivesse tão nervosa, teria ouvido o som da marcha nupcial misturada com o som dos mísseis, mas minha atenção foi toda sugada pela imagem da minha amada. Ela entrou, o sorriso de orelha a orelha, os passos lentos e coreografados. Nas mãos, um buquê maior do que sua coroa e com flores que expunham seus ramos, denunciando a forma agressiva e repentina na qual haviam sido arrancadas nesses últimos minutos. Ela foi olhando de um lado para o outro — os convidados todos imaginários, já que nossos amigos estavam mortos — e quando se aproximou, virou o rosto com os olhos fechados, acho que recebia o beijo do pai. Em resposta, abaixei a cabeça, aceitando a bênção dele.
Segurei a mão dela e a conduzi aos últimos passos para debaixo do portal. Fizemos a cerimônia com o que lembrávamos, fazia muito tempo desde que tínhamos assistido a um casamento — ou que tivemos nossos próprios. Só me lembro de terminarmos acendendo juntas a terceira vela e dando um beijo tão longo que as coisas esquentaram na mesma hora.
Minhas roupas já não estavam mais comigo e nem as dela — mantive a coroa e o véu, porém, porque gostava de como ficavam nela. Possuímos uma a outra ali mesmo, sob o arco onde prometemos nosso amor eterno. Eu a ouvia gemer junto dos rangidos da atmosfera, sentia seu corpo tremer sobre meus dedos junto do tremor da terra, e engolia o suor de sua nuca com a chuva mais ácida que já havia sentido. Quando atingi o ponto alto do orgasmo, encarei o céu vermelho e o meteoro que vinha em nossa direção.
— O que eu não faço por você, besta…
Respirei fundo e olhei uma última vez para o rosto dela, dando sua gostosa gargalhada, antes de sumir com o resto da existência.
- fernis
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ocombatente · 2 months
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Entenda como agir em casos de envenenamento de cachorros e gatos
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  O tema voltou à tona em função de relatos ocorridos no Rio de Janeiro, porém essa realidade está presente em diversos locais do país. A médica-veterinária Juliana Dhein traz dicas de prevenção e de como socorrer o pet em caso de envenenamento. O envenenamento de animais por substâncias químicas e outros produtos que podem causar até mesmo a morte, ainda que seja uma prática criminosa e cruel, segue ocorrendo. Assim, gerando preocupação entre tutores e autoridades. Juliana Dhein, médica-veterinária e gerente técnica do Grupo Hospitalar Pet Support, alerta sobre este risco: “infelizmente, sabemos que essa maldade do envenenamento ainda é praticada. Além disso, sabemos que podem ocorrer também intoxicações acidentais. É muito importante estar atento ao pet e a qualquer sintoma que ele possa apresentar para agir o mais rápido possível”. Formas comuns de envenenamento: Alimentos contaminados: de acordo com Juliana, é comum que substâncias tóxicas sejam misturadas a alimentos atraentes para os animais, como pedaços de carne ou salsicha. Entre os venenos mais utilizados estão raticidas, pesticidas e medicamentos humanos. Substâncias químicas no ambiente: produtos químicos usados em jardinagem, como fertilizantes e herbicidas, podem ser altamente tóxicos para os animais. Plantas tóxicas: a médica-veterinária também explica que algumas plantas ornamentais, como lírios, azaleias e comigo-ninguém-pode, são venenosas se ingeridas, sendo estas ingestões geralmente acidentais por pets. Produtos domésticos: produtos de limpeza, medicamentos humanos e outros itens domésticos comuns podem ser extremamente perigosos se ingeridos. Sintomas de envenenamento: Juliana relata que se o pet apresentar algum dos seguintes sintomas, ele pode ter sido envenenado: -Vômito e diarreia  -Salivação excessiva -Convulsões ou tremores -Fraqueza ou letargia -Dificuldade para respirar -Pupilas dilatadas ou contraídas Como proceder em caso de suspeita de envenenamento: De acordo com a médica-veterinária, é preciso manter a calma para agir de maneira eficaz. Para isso, ela destaca alguns passos a serem seguidos: Contato imediato com o veterinário: leve o seu pet imediatamente ao veterinário. Se possível, leve uma amostra do que acredita ter causado o envenenamento (embalagem do produto, planta ou alimento). Não induza o vômito sem orientação: induzir o vômito pode ser perigoso dependendo da substância ingerida. Siga as orientações do veterinário. Mantenha produtos perigosos fora do alcance: Certifique-se de que produtos químicos, alimentos tóxicos e plantas venenosas estejam sempre fora do alcance dos animais. Use somente medicamentos prescritos por um médico veterinário: Muitos remédios de uso humano podem ser tóxicos aos pets, por isso é importante não usar nenhum medicamento que não tenha sido prescrito por um médico veterinário. Prevenção é a melhor solução! Supervisão constante: supervisionar seu pet durante passeios e evitar que ele tenha acesso a locais onde pode haver substâncias tóxicas. “O envenenamento de pets é uma prática cruel e ilegal. É fundamental que a população se mantenha vigilante e reporte qualquer atividade suspeita às autoridades competentes. Com medidas preventivas e uma resposta rápida, podemos proteger nossos animais de estimação e garantir seu bem-estar”, finaliza a médica-veterinária. Read the full article
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blogaocaos · 2 months
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Nananuê em: profanando o sagrado e sacralizando o profano
Mago-cantor brasileiro que explora elementos do Brega, Pop e Eletrônico com composições sobre vivências da masculinidade e sexualidade LGBT+, questões filosóficas, existenciais e místicas, misturadas com elementos da magia e fantasia. Com performance nos palcos bastante provocativa e sexy, busca tensionar os limites entre realidade e imaginação, questionando crenças de senso comum e provocando a pensar na transformação de si e do mundo. 
Você tem um vlog sobre Magia do Caos onde expõe suas experiências e descobertas. Como se deu seu contato com esse universo? Eu acredito que o tempo é espiral, então sinto como se eu vivesse simultaneamente no futuro, presente e passado, como se meu eu de agora influenciasse meu eu lá de trás e vice e versa. Então eu tenho uma certa sensação de que eu sempre fui a mesma coisa. Quando eu era criança eu já tive meus primeiros contatos com esoterismo pelos livros do meu avô, que tinha muita coisa falando de espiritualidade, percepção extra sensorial, astrologia e ufologia. Aí na adolescência meu caminho foi abandonar o cristianismo paro o ateísmo, lendo muito de ciência e filosofia, até que em 2019 eu tive uma experiência transcendental que me modificou muito (o que eu chamo de minha primeira morte), e a partir disso, eu me abri à espiritualidade, comecei a pesquisar pra compreender melhor, e ela passou a ser um campo central na minha vida. Quanto mais eu vivia, estudava e praticava eu ia entendendo a magia como um chamado e aí eu assumi a identidade de mago como uma forma de ser/estar/ver o mundo. E essa saída do armário foi junto com me assumir artista, então nesse vlog eu falo da pesquisa magística junto da pesquisa artística, que pra mim tudo se atravessa.
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Suas letras falam bastante de experiências como homem gay, inclusive trazendo filosofia hermética para o debate. Como você enxerga essa mistura do “sagrado” e do “profano” no que você faz? Eu gosto muito de brincar com o paradoxo, com a não dualidade, o não binarismo, as coisas em estado de contradição. Profanar o sagrado e sacralizar o profano me interessa muito como visão de mundo. Acredito que há um horizonte de descobertas quando a gente não coloca as coisas enquadradas em isso ou aquilo. E acho que minhas letras são um busca de me entender no mundo, como homem gay, como mago, e gosto muito de falar da minha sexualidade porque eu fico tentando compreendê-la e acho que cantar de uma forma bem humorada essas letras é rir de mim, do sexo, das bichas e da própria magia, que não deve ser levada tão a sério.
Sobre o atual cenário da Música. Você ainda acredita nela como agente de mudança? Se cenário aqui significa mercado musical, eu acredito que ele um mar. É algo maior que nós, e temos que aprender a tirar nosso peixe dele, surfar nele e sobreviver nele. Que pode fazer nós artistas, nos afogarmos, ou viajar para outros mundos. Não crio idealizações sobre. Vejo como um Mar. E tô tentando aprender a nadar.‌
Agora se cenário aqui significa a própria música e músicos contemporâneos, aí sim eu acredito profundamente que é um agente de mudança, de expansão, de conexão, de luta, de criação de comunidades. A música toca em lugares profundos e inconscientes e tem um poder cabuloso de movimentar as pessoas. Acredito muito e por acreditar, escolhi a música.
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Você já expôs que gostaria de ter estudado aulas de canto quando mais novo. O quão importante é a técnica para sua expressão como artista? Eu AMO técnica, eu sou muito nerd de tudo que me proponho a fazer, gosto de me aprofundar ao máximo, entender as camadas que compõem a música e a voz. Eu não sou alguém que nasceu com o dom não, se eu canto razoavelmente bem hoje é porque eu treino bastante, gosto muito de rotina, de fazer um pouquinho todo dia, isso me aterra. Mas também acho que tem que ter abertura pra o descontrole, aprender pelo delírio, pela soltura, pela coragem, pelas emoções, apegar-se somente a técnica é ficar muito virtuoso e há muito potencial nos espaços desconhecidos onde só a falha pode abrir portas pra chegar.
Nos momentos de bloqueio criativo, o que você faz? Depende. Se for algo que não tenho pressa, eu não faço Nada. Eu aceito o que eu sinto, se não tá fluindo, vou fazer alguma outra coisa. Agora se é algo que eu preciso entregar num certo prazo, eu tento criar momentos de ócio e silêncio pra dar espaço para que as respostas apareçam. Nós temos conosco muitos seres e eles estão o tempo todo falando, e o silêncio é importante para ouvi-los, muitas ideias vêm deles. Acho que presença e aceitação é sempre bom em qualquer situação, a criatividade, pra mim funciona bem num fluxo yin-yang/ permitir que seja-fazer ser. Até a aceitação de não conseguir criar é um caminho. Alongar, aquecer, meditar e intencionar é bom também para qualquer processo criativo. Eu crio fazendo magia né, então gosto de ritualizar processos de criação também, chamando energias e entidades, criando atmosfera.
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Recentemente você fez um projeto de mapeamento de aroeiras em Belo Horizonte com plaquinhas que trazem uma mensagem sobre a filosofia Solarpunk. Fale um pouco sobre isso.
Esse projeto é muito influenciado pelas filosofias de Ailton Krenak e Sidarta Ribeiro que vão nos provocar a imaginar futuros possíveis, não caindo nas narrativas apocalípticas de que o mundo vai acabar, que tudo vai piorar, e que não é possível superar o capitalismo. E isso também tem tudo a ver com o Solarpunk, que é esse movimento que busca olhar para o futuro e a humanidade com certo otimismo, criando ficções esperançosas pra esse futuro. No projeto Aroeira Multiversal, eu coloco QR codes acoplados às árvores aroeiras, que direcionam pra um áudio de 10 minutos,  levando as pessoas a imaginar uma outra cidade de BH com os rios soltos, limpos, cheios de árvores, a cidade movida por energia solar e outras perspectivas pra despertar nelas essas visões. É uma espécie de encantamento.
INDICAÇÕES: - Música: Dove - Cymande - Minha música preferida. 10 minutos de um soul com batidas africanas que gera sensações esquisitas no corpo e mente. Especialmente gostoso de ouvir em crises existenciais. - HQ: Promethea - Alan Moore - Minha ficção desse ano. 32 edições. - Podcast Magickando: pra quem quer começar a aprender sobre magia.
ENCONTRE: instagram | spotify
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reinato · 3 months
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Devocional diário Vislumbres da Eternidade - Víctor Armenteros
Resgate total
[Deus] nos libertou dos nossos inimigos, porque a Sua misericórdia dura para sempre. Salmo 136:24
Quantos filmes você já viu sobre entrega, sacrifício e resgate? Vários, não é verdade? O herói passa por inúmeras dificuldades para salvar essa ou aquela pessoa ou, em alguns casos, todo o planeta. As missões são impossíveis; o herói, duro na queda e especialista em vingança; os lances, frenéticos ou de calma absoluta.
Falemos agora de realidades. Jesus Se entregou por nós para nos resgatar e, no mínimo, deveríamos pensar nisso. Observe o que Ellen G. White nos diz a esse respeito: “A infinita misericórdia e o amor de Jesus, bem como o sacrifício feito em nosso favor, requerem a reflexão mais séria e solene. Devemos dedicar tempo para pensar no caráter de nosso querido Redentor e Intercessor. Devemos meditar sobre a missão Daquele que veio salvar Seu povo de seus pecados. Ao meditarmos sobre temas celestiais, nossa fé e amor ficarão fortalecidos; nossas orações serão mais aceitáveis a Deus, pois estarão cada vez mais misturadas com fé e amor. Elas serão inteligentes e fervorosas. Haverá uma confiança mais constante em Jesus e uma experiência diária e viva com Seu poder capaz de salvar todos os que vão a Deus por meio Dele” (Caminho a Cristo, p. 89).
É muito difícil que, depois de passarmos o dia inteiro vendo séries, tenhamos vontade de sair para cumprir nossa missão de resgatar e ajudar os outros. Argumentamos que temos muito trabalho, que estamos cansados; além disso, é mais fácil que o meu ator favorito faça isso por mim. Com tal atitude, não somente há controles remotos como também vidas remotas. Mas essas vidas não se apagam de acordo com a nossa vontade, nem se aceleram quando ficamos entediados, tampouco ficam mais lentas quando assim queremos. Por serem reais, essas vidas que estão em sofrimento precisam de nós. Enquanto isso, ficamos sentados confortavelmente em nosso sofá.
Quando contemplarmos a Cristo, teremos vontade de fazer o que nos corresponde. O trabalho e os obstáculos não terão a menor importância; sempre haverá tempo para os outros. Essa é a realidade de ser ator em vez de espectador. Pense nisso. E que ninguém tire de você o papel de protagonista!
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theclubhero-blog · 5 months
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Marvel Rivals apresenta Yggsgard, um de seus primeiros mapas
Por Vinicius Torres Oliveira
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Um novo teaser de Marvel Rivals apresenta Yggsgard, misturando dois lugares icônicos das HQs para a disputa entre heróis e vilões
A NetEase e a Marvel Games trouxeram um novo teaser de Marvel Rivals, apresentando um dos primeiros mapas que estarão presentes no multiplayer online: Yggsgard, que parece ser uma mistura de palavras entre Asgard e Yggdrasil (a árvore da vida).
De acordo com a descrição, o local foi construído por Loki em parceria com o temido Surtr – dois vilões conhecidos de Thor. Como pode notar no início do curto video, há até uma estátua em homenagem ao deus das trapaças, irmão e um dos maiores oponentes do deus do trovão e também dos Vingadores.
O lugar recriará diversos pontos do ambiente de Asgard, com seus salões dourados e construções gigantescas dentro de Marvel Rivals. No céu teremos diversos planetas, contando com um design similar ao que é visto em outras obras – como nas HQs e até mesmo nas adaptações cinematográficas da Marvel Studios.
Vale notar que um dos pontos centrais da trama do jogo são distorções no tempo/espaço, causando diversos distúrbios em locais conhecidos pelo público. Ver que Loki aproveitou esta brecha para reconstruir Asgard – agora misturada à Yggdrasil – realmente soa como um dos planos dele para tomar controle de tudo, começando pelo seu próprio lar.
Ainda que estejam revelando informações sobre Marvel Rivals aos poucos, uma rodada de testes beta já estão agendados para chegar no mês de maio de 2024. Ela contará com doze super-heróis e vilões, incluindo o Homem-Aranha, Magik, Magneto e Pantera Negra.
Como foi revelado anteriormente, as alterações criadas na nossa realidade estão sendo causadas pelo Doutor Destino – icônico vilão do Quarteto Fantástico e também dos Vingadores. Ele e sua contraparte do ano 2099 estão provocando fusões em diversos locais e obrigando heróis e vilões a fazerem alianças inusitadas.
O objetivo é semelhante às Incursões vistas nas HQs – trazer seis personagens de cada lado para defender a sua própria dimensão. A experiência será free to play, mas obviamente contará com microtransações.
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capixabadagemabrasil · 6 months
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Boston, essa metrópole vibrante, carrega em seu cerne a essência da história americana, misturada com o sopro da modernidade. Conhecida por sua influência decisiva na Revolução Americana, a cidade hoje se destaca como um centro de inovação, educação e cultura. Neste artigo, mergulhamos nas profundezas dessa cidade fascinante, explorando seu passado glorioso e sua dinâmica atual. Prepare-se para descobrir os tesouros escondidos nas ruas de paralelepípedos, a efervescência de suas instituições educacionais e o fervor de seu cenário artístico e esportivo. Foto de Kelly Sikkema na Unsplash A História Viva nas Ruas de Boston Caminhar pelaa cidade é como folhear as páginas de um livro de história ao vivo. A Freedom Trail, um caminho de 2,5 milhas, oferece uma experiência imersiva, conduzindo visitantes por locais históricos que narram a luta pela independência americana. Desde a Old State House até o Bunker Hill Monument, cada passo revela uma história que contribuiu para a formação dos Estados Unidos. Boston: Um Farol de Educação e Inovação A cidade não é apenas um marco histórico, mas também um epicentro de educação e inovação. Instituições como Harvard e o MIT não apenas moldam as mentes do futuro, mas também são catalisadores de avanços tecnológicos e científicos. Boston é um caldeirão onde ideias se transformam em realidade, influenciando globalmente diversos campos do conhecimento. https://youtu.be/Yrl3R0n_V_U A Cena Cultural e Artística De orquestras sinfônicas a galerias de arte contemporânea, Boston é um celeiro cultural. O Museum of Fine Arts e o Isabella Stewart Gardner Museum são apenas o começo de uma jornada artística que a cidade oferece. Eventos como o Boston Pops Fireworks Spectacular e o Boston Film Festival são testemunhos da rica tapeçaria cultural da cidade. Boston e Seu Amor pelo Esporte O fervor esportivo é palpável em Boston, uma cidade que respira suas equipes. O Fenway Park, casa do Boston Red Sox, não é apenas um estádio, mas um santuário para os fãs de beisebol. A cidade celebra suas vitórias e sofre com suas derrotas, mostrando o verdadeiro espírito esportivo. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Amano Jack (@pinboke1147) A Gastronomia Diversificada A cidade é um paraíso para os amantes da gastronomia, oferecendo uma fusão de sabores que refletem sua diversidade cultural. De frutos do mar frescos no North End a delícias culinárias em Chinatown, a cidade é um mosaico de experiências gastronômicas que aguçam o paladar e convidam à exploração. Por que Boston é chamada de "Cidade da Educação"? A cidade abriga algumas das mais prestigiadas instituições educacionais do mundo, como Harvard e o MIT, atraindo estudantes e acadêmicos de todos os cantos do planeta. Essa concentração de conhecimento e inovação confere a Boston o título de "Cidade da Educação". Como a Revolução Americana é celebrada na cidade? A Revolução Americana é celebrada em Boston através de eventos e reconstituições históricas, como a reencenação anual da Boston Tea Party. A cidade orgulha-se de seu papel crucial na luta pela independência, mantendo viva a memória desses eventos através de museus e celebrações. Quais são as principais atrações culturais em Boston? A cidade é rica em atrações culturais, desde a Boston Symphony Orchestra até o Boston Ballet. Museus como o Museum of Fine Arts e eventos como o Boston Arts Festival destacam a vibrante cena cultural da cidade, oferecendo uma ampla gama de experiências artísticas. Como o esporte influencia a cultura? O esporte é uma parte intrínseca da identidade de Boston, com times como os Red Sox, Celtics e Bruins desempenhando um papel central na vida da cidade. A paixão dos torcedores e a história rica dos clubes influenciam profundamente a cultura local, unindo a comunidade em um espírito de camaradagem e orgulho. Qual é a importância da gastronomia? A gastronomia
na cidade é um reflexo de sua diversidade cultural, oferecendo uma variedade de pratos que vão desde o tradicional clam chowder até influências culinárias globais. A cidade celebra sua herança culinária através de festivais de comida e mercados, destacando a gastronomia como um aspecto vital de sua identidade. Ao explorar as maravilhas da cidade, não se esqueça de mergulhar em sua rica história, vibrante cultura e inovadora esfera educacional. Deixe-se encantar pela cidade que é um microcosmo do espírito americano. E se você deseja experimentar o melhor que a cidade tem a oferecer, clique no botão abaixo e descubra mais sobre esta metrópole fascinante. Benefícios do cartão do Santander Select Programa Esfera: 2,6 pontos a cada US$ 1 em compras internacionais e 2 pontos a cada US$ 1 em compras nacionais Ganhe cashback, descontos e mais pontos com a Esfera: Compre no shopping Esfera e receba parte do valor de volta. Aproveite também, descontos em parceiros, opções para juntar mais pontos e trocar por produtos, viagens, experiência, vales-compra e muito mais. Até 5 cartões adicionais Sem anuidade. Acesso a salas VIP 2 acessos gratuitos por cartão ao ano para utilizar nas salas VIP LoungeKey.Saiba mais Veneza: Explore a Cidade das Águas e Descubra Suas Maravilhas Ocultas
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k-eepbreath · 6 months
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Parte 3/? da segunda carta para mim mesma
26.03.2024
Querido diário virtual,
Nunca, em toda a minha vida, achei que ia pensar tanto em Karl Marx. Estudar sociologia do trabalho foi um dos melhores presentes que essa nova fase me deu. Me sinto emancipada. Explico.
Comprei o sonho grande de me tornar sócia de um grande escritório e comecei trabalhar alucinadamente pra que ele se tornasse realidade. Eu. Sócia. Alguns milhões na conta. Operações que saem no Valor Econômico. Saia lápis. Birkin. Laboutin. Miranda Priestly dos escritórios da advocacia.
Mas quando eu olho pra isso, não é o que eu vejo. As sócias não trabalham de Laboutin, até porque esse é um calçado estupidamente desconfortável. Que eu saiba, também não têm Birkin. Nem usam saias lápis - ainda que por opção. Quanto ao Valor Econômico, posso dizer - quanto maior o veículo de mídia envolvido, mais caótica a operação noticiada e mais sugada a equipe. Não à toa, elas parecem cansadas. Se eu tivesse que apostar, diria que a maioria somente está ali porque precisa pagar contas. “Ame seu trabalho e não terá que trabalhar um dia sequer”. Não me parece ser verdade. Posso apontar uma pá de pessoas que somente está ali porque precisa pagar os boletos. Mesmo como sócio(a), você ainda tem metas para bater. A equipe ainda não é sua. Você ainda tem que dar satisfação e pagar um imposto para o suserano sobre os casos que você capta.
Foi quando eu descobri que escritórios de advocacia são uma grande pirâmide que eu passei a amar Karl Marx. Somente o capitalista lucra com a estrutura. O título de sócio é um mero status. Você continua sendo um CLT (só que sem férias e FGTS, por exemplo). Todos da estrutura, sem exceção (salvo o capitalista, é claro), vendem a sua força de trabalho. Somos todos mercadoria. A mais-valia (ou o bônus) nunca chega na nossa mão de forma justa.
Me pergunto, então, a razão de terem demonizado Marx, se a teoria dele é tão verdadeira e facilmente verificável na prática. Tenho minhas críticas, sim, mas o cerne da teoria da mais-valia faz todo o sentido. Mas eu entendi. É claro que o demonizariam. Um trabalhador pensante é um trabalhador defeituoso. Melhor substituí-lo por outro, sem “defeitos de alienação”.
O sonho grande vende. Hollywood lucra. Revistas lucram. Empresários lucram. Falemos baixinho para que não nos escutem - o sonho grande é uma fonte inesgotável de mais-valia.
Mas diferente do que muitos marxistas pregam, eu não demonizo do empresário. O empresário gera empregos. Mas expropria, sim, os meios de produção e a força de trabalho. Expropria, porque se trabalho 14h ou 19h em um dia tal qual na Primeira Revolução Industrial e recebo um bônus equivalente a um 13o salário, fui expropriada. Porque a mais-valia nunca chega na minha mão. E se não chega, torno-me dependente da estrutura. Aliás, sequer tenho tempo de elaborar esse racional todo. Apenas choro de cansaço, tomo um banho (nem sempre, inclusive), durmo e acordo no dia seguinte pronta para virar para o lado, puxar o notebook e continuar a trabalhar.
Me pergunto se estou com burnout. Se eu passar em um concurso e daqui a 2 anos estiver infeliz novamente na minha profissão, eu quero que eu me lembre de como eu me senti após 19h ininterruptas de trabalho. Aquela sensação de esgotamento, em que parece não haver forças sequer para satisfazer as suas necessidades mais básicas. A vontade de chorar. O desespero, como se toda a sua existência tivesse dado errado e você pudesse se jogar da janela bem ali. A to do list interminável. A sensação de “preciso sair dessa rodinha de hamster” misturada com “mas sair pra onde?”
E aí, quando daqui a 2 anos eu estiver numa repartição pública sentindo calor pela falta do ar condicionado e respirar bem fundo e sentir aquele cheiro de MOFO, eu quero me lembrar: às 17h eu faço log off.
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tephinha · 6 months
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“Ah, se esse aperto fosse falta de dinheiro, horário de pico, ônibus lotado, eu dava um jeito!”.
Só Deus sabe o que estou passando, essa doença cruel que passa por muitos estigmas. Dificuldades em relações pessoais, problemas profissionais, problemas de saúde física… Eu não reclamo muito de tudo porque aprendi que tudo tem um propósito. Mas é terrível conviver com pessoas que não procuram saber do que se trata e acabam me julgando por sintomas que eu não tenho nenhum controle. Hoje passei minha folga procurando remédio, médico e até uns tratamentos alternativos. Sabendo que nada supre que VOCÊ seja consciente. Exemplo: “ Você engordou! “, “Faz um tratamento pra espinhas.”, “É falta de Deus!” … Garanto que ninguém quer espinhas, aumento de peso e problemas graves de delírios, alucinações, vozes, uma psicose misturada com episódios de depressão ou mania, com pensamentos de perseguição. Deus era meu consolo, mas até de religião eu tive que me afastar. Com sintomas de esquizofrenia, mas sem o respeito que a esquizofrenia tem. Prazer tenho bipolaridade, mas antes de julgar dizendo que eu apenas mudo de humor, saiba que não é isso que nos define. Mas sim uma vida aonde comer pode ser difícil por sentir cheiros que não existem, que além da síndrome do pânico, ansiedade, partes do meu corpo ficam dormentes, tenho quebras com a realidade, esqueço coisas importantes como senha do celular… Não sou a doença, mas luto diariamente pra conviver com ela, lute comigo, não contra mim. Se você teve o interesse de dar zoom aqui, peço sua empatia antes de julgar, okay?
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