Tumgik
#reza pessoal
bruxodeafrodite · 11 months
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✨🫧Reza para Afrodite 28/10/23🫧✨
Afrodite, minha Musa, minha Deusa, minha mãe.
Que a senhora sinta todo o amor que flui pelo meu sangue, que sinta a emoção batendo no meu coração.
Lhe ofereço toda a minha paixão, leve o que quiser dessa sensação.
Minhas mágoas, que elas se vão, lágrimas enxugadas pela suave espuma do mar no razo da praia.
Afrodite, Senhora perfeita, possuidora de todas as belezas e rainha de todo o amor: paixão, carinho e dor. Sua luz resplandescente me orienta. Quero seguir Seu caminho, que me parece rosa e com um agradável calor.
Com a Senhora, caminho pela água. Tudo o que me causa mal é sentido, entendido, e expelido. Sua magnitude se manifesta assim em mim.
Meu amor é seu, e minha dor também. Tire o que nos faz mal, e leve o que nos faz bem.
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casos ilícitos
Matías Recalt x f!Reader
Cap 5
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E eu seria esperta em ir embora, mas você é areia movediça. Essa ladeira é traiçoeira, esse caminho é imprudente, e eu, eu, eu gosto.
Estamos no ponto de visto da leitora outra vez. E já deixo um spoiler que o próximo será da perspectiva do Matias de novo. Espero que gostem, e quero avisar que eu to amando receber os comentários e perguntas de vocês 😊🩷. Boa leitura 🫶
Avisos: Angst, linguagem Imprópria
Palavras: 8,1 k (vocês pediram agora aguentem 🙈)
Você entra no carro, em um estado de frenesi, completamente desnorteada e sentindo como se estivesse fora do próprio corpo. Você ainda não consegue raciocinar o que está acontecendo, ou o que acabou de acontecer, só sabe que tem que sair do mesmo lugar que o garoto se encontra o mais rápido possível.
Colocando o cinto de segurança da maneira mais patética que existe, com as mãos trêmulas e errando o fecho várias vezes no processo, sendo bem-sucedida somente na terceira tentativa, você olha ao redor a procura do garoto ou sinal de alguém por perto, e reza para que seu cunhado termine rápido de colocar as poucas compras no porta-malas, para poderem sair logo daqui. Ajustando o espelho retrovisor interno do veículo, para que se alinhe com o seu rosto, você acha melhor conferir se está tudo certo, já que no banheiro só conseguiu dar uma olhadinha rápida, e arregalando os olhos, agradece por tê-lo feito. O seu cabelo até que está razoável, mas os seus lábios ainda estão inchados e vermelhos, porém nem se compara a vermelhidão que se encontra o seu colo e pescoço. O garoto poderia ser bagunceiro e criativo quando queria, e você o deixou te pintar como uma tela pessoal. No momento é apenas a coloração que está aparente, mas sabe que logo as marcas começaram a se formar, em vários tamanhos e cores. Um lembrete para te recordar de que ele esteve ali, e do que fizeram juntos. Você se apressa para cobrir aquilo antes que alguém veja, e sua única opção no momento é tentar ocultar a área com o cabelo, e colocar a expressão mais neutra no rosto, esperando que Wagner não faça nenhuma pergunta ao entrar no veículo e te encontrar.
Assim que ele chega e se acomoda no banco do motorista, não diz nada e dá partida, e rapidamente vocês saem dali. Mas assim que se afastam um pouco, ele direciona o olhar para você e não deixa passar em branco:
- Você está toda corada, tá tudo bem? – Aparentemente o seu teatrinho não foi muito longe, mas tentando contornar a situação, diz que ficou um pouco alterada, pois teve uma discussão acalorada com o garoto.
- Por que vocês brigaram? – Pergunta preocupado, mas então abrindo um sorriso de lado, ele se dá conta. - Ah entendi. Aquele moleque quem era o seu namorado. – Conclui, como se tivesse desvendado um enigma complexo.
- Eu já disse, ele não é, e nunca foi o meu namorado. – Afirma incomodada. Ele não era seu ex, não era seu namorado, e gostaria que seu cunhado parasse de se dirigir a ele assim. Não precisa dar mais significância para algo do que de fato foi. Você tem que continuar afirmando isso a si mesma e diminuir a situação, pois quanto menor ela for, menos motivos você tem para ficar machucada ou magoada.
Mas não adianta brigar por causa disso agora. O rótulo que tinha na relação de vocês dois, ou no caso a falta dele, não era o seu maior problema, e sim a falta de confiança, comunicação e honestidade. Dane-se a forma como o seu coração doía querendo chamá-lo de namorado, chamá-lo de seu, ou algum apelido idiota que os casais usam, ele nunca seria esse pilar para você, então não adiante ficar pensando nisso.
Wagner retira o sorriso do rosto ao continuar, parecendo arrependido ao se lembrar de algo:
- Foi mal, acho que a parte da camisinha não caiu bem né? – te olha de canto- Mas foi sua culpa. – Declara o mais velho.
- Minha culpa? – Você rebate, mesmo não estando brava.
- Sim, você quem me provocou primeiro, eu só devolvi na mesma moeda. – Explica.
Você finge um olhar triste, cabisbaixo, como se estivesse relembrando a reação do garoto, e em como Wagner só te colocou em problemas, mas quando ele te olha preocupado, você não aguenta, e cai no riso. Ele não entende nada a princípio, mas depois vendo que você não se importou, ele se entrega a uma gargalhada junto com você, quebrando a tensão.
- Fica de boa. – Você o tranquiliza, limpando as lágrimas que se formaram no canto dos seus olhos devido a risada intensa.
- Mas ele ficou bravo? – Questiona, só para ter certeza de que não te prejudicou com o rapaz. - Se quiser, sei lá, eu posso falar com ele e esclarecer tudo. Não quero passar a ideia errada de você para seus amigos. – Diz receoso.
Você sabe o que ele está insinuando, e entende agora a imagem distorcida que Matías e os outros devem ter tido sua. Com um cara mais velho, comprando bebidas, e preservativos, mas sinceramente, não liga nenhum pouco. Até onde todos os garotos sabiam, você estava solteira – o que tecnicamente era verdade mesmo – só nutrindo uma paixão platônica pelo rapaz, então poderia sair com quem quisesse sem dar satisfações, talvez tenham estranhado que isso tenha acontecido logo depois do aparecimento da ex do dito cujo, mas enfim. Sabia também que Fran, o único que sabia de tudo, não te julgaria, sendo verdade ou não. E Matías, ele que se fodesse pelo que pensa ou deixa de pensar, isso já não é mais problema seu.
Este não é o caso, mas você poderia estar muito bem sim, transando por aí e afogando suas mágoas no primeiro corpo quente que encontrasse pra aquecer sua cama, mas não quer, e mesmo se quisesse, isso não dizia respeito a ele.
- Obrigado por defender a minha honra, Senhor – Você diz fazendo graça, e até mesmo uma mini reverência improvisada e debochada – Mas não será necessário, eu não devo satisfações a ele, e se quiser pensar algo de mim, o problema é dele.
Você se mexe desconfortavelmente no acento do carro. O mero mencionar do garoto já faz com que seu íntimo estremeça e se feche em torno de nada, sentindo falta dele e de seu corpo. Mesmo não querendo admitir, você acha que uma boa parte do seu mau humor ultimamente, se deva também a falta de sexo, além do coração partido. Não queria se render tão rápido e com tanta facilidade aos encantos dele como fez. Mas foi muito prazeroso, e você também estava com saudades.
Mas não sabe ainda por que ele insistiu em falar com você, se não queria ter nada sério. Honestamente, só deve ter ido atrás, pois pensou que você estava com outra pessoa. O típico cara que só dá valor quando perde. E você o deixou acreditando nisso, porque uma parte sua gostou que ele estivesse machucado, que estivesse na sua posição do restaurante, só para ver a quão boa é a sensação. E você não gosta dessa parte de si mesma. Por mais que tenha dito que não liga para o que ele pensa, você não quer ser a escrota da história e machucar alguém a custo de nada. É errado, sujo, e totalmente mesquinho. Não tem para que ficar jogando esses joguinhos psicológicos se você quer por um final em tudo.
Mas foi tão bom. Matias sempre foi um bom amante na cama, mas quando estava com raiva, se transformava em algo a mais. Sentia uma fome e necessidade de te repreender e te pôr em seu lugar. Te mostrar quem estava no controle da situação, e como poderia te reduzir a uma bagunça de gemidos se quisesse. E com muita vergonha, você se pergunta, se está com mais raiva por ter cedido, e ter inflado o ego dele, ou por terem tão pouco tempo e não poderem ter continuado. É ridículo como você já sabe a resposta para isso.
Mas tentando deixar o assunto de lado por enquanto, você liga o rádio e deixa tocando uma música aleatória, só para preencher o ambiente. Você não quer ficar pensando no garoto que te dedou em um banheiro a minutos atrás, enquanto está do lado de seu cunhado. Ainda tensa se encolhendo no banco, e sendo cautelosa para que ele não veja através de você, e descubra algo, ou que note os hematomas roxos começando a aparecer.
__ __
O resto da sua tarde é bem tranquila e monótona, o que você aceita de bom grado depois da manhã movimentada. Como estava um dia quente, seria estranho colocar uma blusa de gola alta, então teve que pesar a mão na maquiagem, e esperar que ninguém suspeitasse. Assiste suas aulas, conversa com suas amigas, e depois vai para casa descansar. A vida parece tão cinza sem ele por perto. Era uma quietude que você pensou que gostaria depois de um tempo, mas não estava sendo o caso.
Já em sua cama, tarde da noite, você tenta miseravelmente cair no sono. Mas está sendo impossível. Se você estivesse sozinha em casa, provavelmente iria beber algo forte que pudesse te apagar rápido, mas não faria isso com a presença de sua irmã sob o mesmo teto. Ela iria surtar se descobrisse que você está se embebedando no meio da semana. E não queria arriscar chamar a atenção dela de maneira exagerada para você, foi um milagre que ela não tenha notado o seu pescoço quando chegou. Você não iria brincar com a sorte. Com um bufo irritado, você se vira no colchão e tenta encontrar uma posição mais confortável. Um sono balanceado nunca foi um problema para você, e quando era, Matías encontrava um jeito muito bom de te cansar, e te fazer dormir a noite toda. Mas agora, ele quem era o motivo de você não conseguir pregar os olhos. Os flashbacks dos dois naquele banheiro, te deixam excitada e frustrada. Não deixando que seu corpo relaxe o suficiente para sucumbir a um repouso merecido.
Decidindo que não consegue continuar assim, se levanta vai até a cozinha tomar um copo d’água, e tentar acalmar os ânimos. Mas não adianta muito. Sem outra escolha, começa a voltar para o quarto, silenciosamente, não querendo fazer barulho e acordar os outros.
Mas no meio do percurso, no corredor, escuta alguns sons abafados, e decide se aproximar para ver do que se tratava:
- Isso, continua – Vinha do quarto de sua irmã, e definitivamente era a voz dela – Isso, não para! – Exclama um pouco mais alto, e dessa vez o som é acompanhado com o ranger da cama, e a mesma batendo na parede.
Você dá um passo pra trás assustada ao perceber o que está acontecendo. Dá meia volta com nojo, e se esconde em seu quarto tentando esquecer o que acabou de ouvir. Pelo menos tiveram a decência de te esperarem dormir para começarem com suas atividades noturnas.
Mas isso só te traz ao seu problema inicial. O sexo nunca foi muito importante para você antes dele. Mas depois, se tornou algo essencial, contínuo, um desejo que precisava ser satisfeito a todo momento. Quando estava feliz, e queria comemorar, triste e queria esquecer, quando estava calma e queria algo mais preguiçoso, e quando estava com raiva. Principalmente com raiva. Querendo fazê-lo se submeter a você e vice-versa.
Recusava a tocar a si mesma, pois saberia quem iria vir a sua mente no momento, e não queria que ele fosse dono de mais essa parte de você. Então passa a noite quase em claro, adormecendo somente quando falta poucas horar para amanhecer.
-- --
No dia seguinte, quando está na faculdade, você e os outros estudantes são recebidos com a notícia de que o último período seria vago, o que foi muito bom para vocês, mas muito ruim para o professor que teve que se ausentar, pois não estava se sentindo muito bem, e não pode comparecer. Você manda uma mensagem avisando a sua irmã, para que ela não venha te buscar no horário combinado, pois iria embora mais cedo, o que ela é bem rápida em responder. Depois da noite passada, você mal falou com ela essa manhã, ainda envergonhada por ter flagrado um momento tão íntimo. E para o seu horror e surpresa, ela diz que está indo agora te pegar, pois tem planos para a tarde das duas.
- Já sei o que podemos fazer hoje. - Diz com as mãos no volante dirigindo para só Deus sabe onde.
- O que? – Você rebate interessada.
- Compras! – Responde com um gritinho animado e erguendo os ombros.
Você tenta fazer o seu melhor para demonstrar excitação com esse plano, mas não sabe exatamente se consegue. Vocês fizeram compras no dia seguinte em que ela tinha chegado, passando o domingo inteiro no shopping, comendo, vendo um filme romântico clichê em cartaz, comprando besteiras, e encerrando o dia com boliche e comida de fast food. Foi legal ter um dia das garotas, mas era isso, um, e pra você já era mais do que o suficiente. A ideia de ter que passar o resto do dia carregando sacolas, ou experimentando roupas, tendo que tirar, colocar, e depois tirar de novo, não te atrai em nada.
Ainda no estacionamento você a tenta fazer mudar de ideia. Considerar alguma outra alternativa ou atividade que ambas gostem.
- A gente não pode fazer outra coisa? – Diz ainda no carro.
Ela se vira para trás esticando o braço, tentando alcançar sua bolsa no banco de traseiro.
- Como o que? - Pergunta, finalmente agarrando o acessório e conferindo se tem tudo o que precisa dentro.
- Ir pra casa, ver um filme, e pedir alguma coisa. – Você descreve sua noite ideal, o que te rende um olhar incrédulo e julgador em sua direção. Ela sai do veículo e te espera do lado de fora, o que com um grunhido você obedece e faz. Ela retoma o assunto então:
- Primeiro, já é tarde demais porque já paguei o cartão de estacionamento – Explica, e você não consegue evitar revirar os olhos com essa desculpa – E segundo, tenho que ver a roupa do casamento. – Conclui, fechando e acionando o alarme do carro, se dirigindo a entrada do lugar enorme e lotado, sem esperar que você a siga.
- Como assim roupa do casamento? – Questiona incrédula - A cerimônia é daqui um mês e você ainda não tem o seu vestido? – Você sente como se pudesse arrancar os cabelos agora.
Ela te encara, e parece magoada ao rebater:
- O meu vestido está pronto a meses, você é uma das madrinhas, e deveria saber disso. – Diz duramente.
Então tudo volta em um borrão. As chamadas de vídeo no ateliê, fotos infinitas de modelos e tipos de tecido, por Deus, você até tinha opinado no tipo de corte que teria melhor caimento no corpo dela. Como pode esquecer?
- Me desculpa, acabei me confundindo. – Fala arrependida, e se encolhendo.
Ela começa a dar passos apressados, ficando muito a sua frente, e você a segue prontamente. Quando se aproxima, ela recomeça:
- É o meu casamento, como você esquece da droga de vestido que eu vou usar? – Ela diz exaltada, claramente magoada e sem olhar em sua direção, te ignorando. Mas se recompondo, para de caminhar, e se vira para você – Às vezes sinto que você anda dispersa e não liga para mais nada. – Te acusa.
- O que? É claro que eu ligo. – Você se defende imediatamente – Eu só me atrapalhei um pouco pra lembrar do vestido, mas é claro que eu me importo.
Ela te olha, e pela primeira vez, sente como se ela estivesse realmente brava contigo:
- Você não tem estado presente para opinar em nada em relação ao casamento, seja decoração, comida ou até a droga dos guardanapos de mesa. – Ela aponta friamente - Eu e a mamãe quem decidimos a maioria dos detalhes. Eu tive que escolher o meu buquê com uma outra amiga minha que vai ser madrinha, sendo que é você quem é a obcecada por flores, e nem nisso você se dispôs a me ajudar. – Nessa parte, a voz dela vacila, e você se sente afundando no lugar. Não tinha notado que tinha negligenciado sua irmã tanto assim. Para ser franca, você se lembrava bem brevemente de uma discussão a respeito dos arranjos de flores nas mesas e decoração, mas não prestou atenção o bastante para recordar com clareza.
- Me desculpa, não tinha percebido que estava tão ausente. – Ela ignora suas palavras e decide continuar com o sermão, o qual você merece é claro:
- E sabe o que mais? Você também não fez a sua parte em outras coisas. To te pedindo o nome de algum acompanhante a semanas. Preciso saber, se vai levar alguém para encaixar os lugares, tanto na festa quanto nas fotos em família.
E aí quem está o problema. Você tem evitado pensar na cerimônia, pois não sabia quem iria levar, mas sabia quem queria levar. O que são coisas bem diferentes. Como convidar alguém que não demonstra o mínimo de interesse em ter algo sério e concreto com você para um casamento? Onde estariam presentes toda a sua família, amigos, e pessoas que te conhecem desde sempre. É simples, você não convida.
Fica um silencio desconfortável entre as duas. Você, sem saber o que dizer, e ela, medindo as palavras para debaterem o assunto.
- E não foi para mim que eu vim ver roupa. – Declara um minuto depois.
- Então pra quem? – Agora você está mais confusa ainda.
- Pra você. – Ela se dirige a escada rolante, indo para o próximo andar, e você vai atrás, ficando um degrau abaixo. – Eu te passei a paleta de cores a meses atrás, para que você pudesse comprar ou alugar algo que te agradasse. Mas desde que eu cheguei na tua casa, não tem uma peça de roupa na cor que eu havia falado. Você esqueceu não foi? – Ela te fita, olhando para baixo por trás do ombro.
- Foi – Mesmo já esperando essa resposta, ela fica ainda mais desapontada.
- É uma data importante sabia? Você além de ser madrinha, vai estar em todas as fotos da nossa família, não pode deixar para ver esse tipo de coisa no dia. – Te relembra. Vocês saem da plataforma giratória e começam a percorrer o local, repleto de lojas e pessoas.
- Eu já disse que sinto muito. – Está começando a ficar irritante agora. Você sabe que errou, mas já pediu desculpas. O que mais ela quer?
- Então demonstre! Eu tentei ser legal, mas sendo bem sincera – Ela se aproxima e te encara desafiadoramente - A gente não vai sair daqui hoje, enquanto não achar a droga de um vestido marsala, estamos conversadas? – Aponta o dedo no seu peito. Você se sente uma criança de novo, levando bronca por alguma travessura, e se segura para não arranjar uma briga no meio de todos.
- Sim. – Engole em seco, fechando os punhos e desviando o olhar.
- Ótimo! – E continua andando, como se não tivesse te destruído a apenas alguns segundos atrás.
Vocês visitam várias lojas, mas não encontram nada que agrade as duas de primeira. É muito estressante, e você começa a entender o nervosismo dela. Em um ateliê teriam que ver o aluguel ou comprar a roupa, o que sairia uma fortuna tão em cima da hora, isso considerando que tivesse algo disponível para alugar na mesma data e na cor exigida. O que seria difícil. Se fossem encomendar, teriam gastos semelhantes com mão de obra ou para fazer algum ajuste. A culpa começa a te corroer por dentro. Você quem deveria ajudá-la, não o contrário.
Eventualmente, acabam encontrando uma loja que chama a atenção das duas. É um espaço aconchegante e acolhedor. Bem iluminado e repleto de araras com vestidos de vários comprimentos, modelos e cores, adornando o ambiente. Assim que adentram, são recebidas por uma vendedora atenciosa e muito prestativa. Após alguns minutos de conversa, com sua irmã explicando, o que procuravam e queriam, a vendedora às guiam para uma sala de espera com o provador, e retorna depois com diversas opções para que você experimente.
- Eu estou me sentindo como um enfeite de Natal. – Diz com a primeira opção no corpo. Um vestido colado, cheio de brilho e decotado na frente.
Ela te avalia de cima a baixo:
- Um enfeite de Natal Sexy – Conclui.
Na segunda opção, é preciso que ela entre no provador, para te ajudar com a amarração nas costas. E você aproveita para se redimir:
- Me desculpa, eu não tenho sido eu mesma nos últimos meses. – Encontra o olhar dela através do espelho - Em vários aspectos. – Você diz, e ela sabe ao que se refere, ou a quem. - Mas vou ser mais presente agora, prometo! – Termina, esperando que ela acredite em suas palavras.
Ela suspira, e segurando firme em seus ombros, te aconselha:
- Eu sei que o primeiro amor pode ser animador e estimulante, mas não se perca por causa disso.
Suas bochechas queimam com essa afirmação. Como assim amor? Tudo bem, você admite que estava de cabeça para baixo pelo garoto, ficava encantada com a presença dele e admirava sua inteligência, humor ácido e em como ele te tratava na cama. Mas era só isso certo? Uma paixão boba, que iria passar eventualmente depois de algum tempo.
- Mas tudo bem, eu te desculpo – Te tira de seus pensamentos, te olhando afetuosamente – E que bom que você disse que seria mais presente – Surge um sorriso maléfico em seu rosto – Depois daqui iremos ver sapatos! – E com um pulinho animado ela começa a fastar as mãos, e se distanciar, mas no último segundo, com um olhar franzindo, ela volta com os dedos e os esfrega com força no seu pescoço, o que te arranca um chiado baixo. Você vê os dedos dela levemente mais claros por conta da maquiagem, e então entende o que aconteceu.
- Que merda é essa? – Diz com os dedos pintados e vendo o seu pescoço, que agora está mostrando um leve hematoma, o qual você tinha se empenhado tanto em cobrir. – Quer saber, você me conta depois, estamos com pressa agora – E se retira, te deixando confusa e com medo.
Ocasionalmente acabam escolhendo um vestido, que agrade as duas. É elegante, te caiu bem, não é tão chamativo, se adequa aos padrões e expectativas que a ocasião pede, e está em um valor acessível. Você agradece aos céus, quando a vendedora retorna com um par de saltos que combinam com a roupa escolhida, poupando tempo e esforço para você. Obviamente, ela fez isso pensando em sua comissão, mas ainda assim, te ajudou bastante.
Se despedem da moça, satisfeitas com a compra e com sorrisos no rosto. Seu alívio não dura muito, quando sua irmã se vira, e diz que precisam conversar. Se dirigem a uma praça de alimentação, e você começa a contar o que aconteceu. Em como devolveu as coisas dele, não mandou mensagem, e o encontrou na manhã passada enquanto estava com o noivo dela. Relata que o rapaz pediu para que conversassem e assim você o fez, não querendo causar uma comoção na hora, e que consequentemente, acabaram se beijando.
- Beijo? Você quer que eu acredite que está com chupão no pescoço por causa de um beijinho? – Diz debochada.
- Ok, a gente deu uns amassos no banheiro tá bom? Só isso – Afirma com o rosto queimando de vergonha, sabendo que é mentira – Não conta pro Wagner, não quero que ele saiba disso. – Pede meio embaraçada.
- Não contar o que? Que você foi dar uns pega no banheiro ou que voltou com o garoto?
Você ignora a provocação dela.
- Não é bem assim, e eu não voltei com ele, foi só um beijo. – Rebate.
- Não vou questionar o porquê não me disse, porque é obvio que você não queria ouvir sermão, mas é bom você estabelecer limites com ele, e logo – Observa - Não adianta devolver as coisas dele e o dar o que ele quer. - Acusa.
As palavras dela te machucam, com a insinuação que acabou de fazer. Você é amarga ao responder:
- E o que ele quer exatamente? Sexo? Uma rapidinha no banheiro? - Pergunta com desgosto.
- Não – Ela nega prontamente – Você. Isso é o que ele quer, você.
A afirmação dela em dizer que ele te queria, e não somente ao seu corpo, te conforta. Mas não tem como saber exatamente se é verdade, já que você e ele nunca exploraram mais do que isso um no outro.
- Bom, podemos ir embora se quiser, a menos que você queira comprar alguma coisa? – Ela diz, encerrando o assunto e pegando a bandeja, começando a descartar os restos de comida. Você se levanta também, e para a surpresa dela, concorda e diz que quer comprar sim algo.
- O que? - Ela questiona curiosa.
- Tampões de ouvido – Responde – Não quero mais ter que ouvir os gritos da noite passada vindo do seu quarto. – Explica ao descartar a comida também, e segue em direção a próxima loja. Agora, é ela quem fica envergonhada, e você dá um riso de satisfação com isso, enquanto caminham.
-- --
Já em casa, você começa a refletir sobre o que sua irmã disse, em estabelecer limites com o garoto. Você deveria ser a madura da história e tentar resolver a situação com ele, mas se recusava a dar o primeiro passo e ceder, e estava mais uma vez desapontada pela falta de tentativa de comunicação pelo lado dele. Como ele poderia em um instante te proporcionar um momento desenfreado de paixão, e no outro simplesmente não dizer nada? Você quem o deu as costas e o deixou lá, mas o que ele queria que você fizesse? Ficasse enrolando, enquanto ele dizia que sentia sua falta para te convencer a voltar a mesma situação de merda que se encontravam antes? Ou para dizer que tinha voltado com a ex e essa seria a última vez? Ou até pior, para dizer que queria que você fosse sua amante e continuassem se vendo em segredo? De qualquer forma, você sabia que o que quer que ele fosse falar, não iria te agradar, então fugiu, como o garoto sempre faz, não ligando para o que ele pensou ou vai pensar.
Também não parava de pensar na possibilidade de amar ele, e isso te assustava, pois se fosse verdade, você não saberia o que fazer com esse sentimento. Ele não era parecido em nada com o que você queria ou procurava em um namorado. Ele não era educado, gentil, galante ou culto, muito pelo contrário, ele era sarcástico, teimoso, com um humor ácido e as vezes difícil de lidar. E mesmo assim, você se encantou por ele, e foi o bastante para o sentimento florescer e crescer cada vez mais dentro de seu peito.
Isso era tão patético! Provavelmente ele estava nos braços dela, enquanto você estava aqui se martirizando. Você tinha que mostrar a ele que não iria voltar com um simples estalar de dedo, tinha que demonstrar convicção e certeza, mas sabia que se ele aparecesse na sua porta, agora, e te prometesse tudo o que você queria, falasse todas as palavras certas, você se deixaria levar e se entregaria com o maior prazer do mundo. Você se olha no espelho do seu quarto, passando a mão pelo pescoço e admirando as marcas deixadas, a única conexão que tem com o garoto no momento. Seus olhos viajam para o guarda-roupa, onde se encontra o vestido recém comprado e os pares de sapatos. Você o pega e o traz em frente ao corpo, dessa vez querendo realmente ver como fica sua aparência, não avaliando se era bom o bastante ou adequado para a ocasião, e não consegue deixar de se perguntar, o que ele acharia. Te acharia bonita? Sexy? Te ajudaria a tirar do corpo após o casamento? Em um universo alternativo, onde você o convida e ele aceita de bom grado, e conhece toda a sua família e os encanta, assim como fez com você.
Mas isso é uma ilusão idiota, você nem sabe o porquê se deu ao trabalho de concordar com sua irmã, quando ela perguntou se você iria querer reservar o lugar de alguém como acompanhante. Mas já estava saindo com o Matias, e pensou que até a data já teriam se oficializado e poderiam ir juntos, que ingenuidade a sua.
Com um suspiro cansado e de derrota, decide se preparar para dormir e começa a guardar as coisas, devolvendo a roupa para o cabide com cuidado para não amassar o tecido. Enquanto faz isso, é notificada com o som do telefone, alertando que chegou uma nova mensagem. Olha ao redor a procura do aparelho e o avista em cima da cômoda com a tela virada para baixo. O pega sem prestar muita atenção, e se dirige para a cama, provavelmente deve ser alguma das meninas mandando mensagem no grupo, ou algo relacionado a faculdade. Mas assim que desbloqueia a tela inicial, agradece por ter se deitado e assim não ter como cair devido a surpresa:
- Precisamos conversar – Diz a mensagem que Matias acabou de enviar.
Seu coração dá um pulo, e os pequenos pontos pulando na tela, indicam que ele ainda está escrevendo alguma coisa, e você espera, mordendo os lábios em sinal de ansiedade.
- Posso ir te ver? – Pergunta o garoto.
NÃO! Você quer escrever em letras maiúsculas e mandar pra ele. Deve te achar muito idiota para acredita que você vai recebê-lo em sua casa tarde da noite, para “conversarem”.
- Não vou tentar nada. – Ele envia, parecendo ler os seus pensamentos.
E quando você pensa em dar ao garoto o benefício da dúvida, ele replica:
- A menos que você queira, é claro.
Arghh! Isso te faz entrar em uma nova onda de fúria. Como ele tem coragem de falar assim com você? Ficar brincando depois de tudo? Você não perde tempo em respondê-lo, e acabar com as expectativas dele:
- Você é ridículo, não quero nem olhar na tua cara.
Ele responde prontamente.
- Desculpa, vou parar. Mas precisamos conversar.
E realmente precisam. Você precisa de um fechamento para poder seguir em frente, e mesmo sabendo que talvez não goste da resposta, decide que você merece uma explicação pelo motivo dele ter agido como moleque em toda essa história. Se ele estiver disposto a ter uma conversa séria, ótimo, se não for o caso, pelo menos vai poder falar todas as coisas que ficaram entaladas na sua garganta todo esse tempo.
- Ok – Você responde, e antes que ele possa te enviar mais alguma coisa, você é mais rápida e envia antes – Amanhã de manhã, no café perto do Campus.
É claro que você não vai arriscar ter ele na sua casa ou ir à dele e acabarem na cama um do outro, então optou por um lugar público, mas se lembra envergonhada, que nem isso foi o suficiente para impedi-los da última vez.
- Combinado.
E com isso você acha que o assunto está encerrado. Mas se surpreende ao ver uma última mensagem.
- Boa noite.
E indo contra todos os seus desejos de ignorá-lo, ser rancorosa, e tratá-lo mal, você o responde:
- Boa noite.
-- --
Você esteve em um estado de espírito completamente inquieto e perturbador a manhã inteira desde que acordou, sem saber muito bem o que esperar dessa conversa que iriam ter, e em como iria reagir quando o visse de novo.
Quando você se aproxima do local, examina o ambiente e surpreendentemente, ele já está te esperando. Sentado em uma mesa para dois, parecendo nervoso, e para seu descontentamento, bonito como sempre. Você até fantasia por um momento, que isso poderia ser um encontro. Que você estava indo passear com o garoto para se conhecerem melhor. Mas não é o caso. Uma das possibilidades que passou por você, do motivo dele ter te chamado, foi para se desculpar e te dar um fora, para contar que voltou com a ex, mas que não queria ter pontas soltas contigo. Mas não valia a pena se perguntar o que ele iria te dizer, a dúvida estava te matando, então era melhor acabar com isso de vez.
Com esse pensamento, você se aproxima da mesa, e ele como o cavalheiro que nunca foi, puxa a cadeira para que você se sente.
Assim que você se acomoda, uma garçonete chega, depositando uma xícara de café preto para o rapaz, e um prato com um doce na sua frente, você está prestes a falar que é um engano, que não pediu nada, mas ao notar que é o seu favorito, e olhar para Matias, ele te entrega tudo com o olhar:
- Você lembrou. – É a primeira coisa que diz a ele, assim que a garota se afasta.
- Sim. – Concorda, te lançando um sorriso contido.
Lembranças passam por você de todas as vezes em que estiveram aqui. Não era um lugar especial, mas era perto do Campus, e tinha o seu doce favorito, nada muito requintado, apenas uma fatia de cheesecake, que te fazia contente sempre que comia, então vinham aqui com certa frequência, mas nunca era um encontro, claro.
- Ok, então vamos conversar. – Você fala mudando o seu semblante, ficando séria, e o encarando, esperando que ele comece a dizer algo.
- Oi, como você tá? Estou bem também, obrigado. – Retruca debochado.
- Caso não tenha dado pra notar, eu estou brava com você, não vim aqui pra jogar conversa fora, então ou você fala algo que valha a pena, ou vou embora. – Ameaça.
Ele parece considerar se você está falando sério, e algo em seu olhar o faz desistir e concordar com o que disse. Ele se endireita na cadeira, e limpando a garganta, recomeça:
- Eu quero me desculpar – Você não diz nada, em um sinal claro para que ele prossiga – A noite no restaurante, foi injusto com você, sinto muito.
- Por que você fez aquilo? – Interroga ele.
- Eu, eu estava confuso, eu e a Malena nós... – Ele dá uma pausa, sem saber como continuar, e você fica aflita com o que vem a seguir. – Nós namoramos por dois anos, e terminamos cerca de um ano atrás... – Ele recapitula os fatos.
- Por que terminaram? – O interrompe, com a dúvida que sempre passava por sua cabeça. Um casal não termina um relacionamento de tanto tempo por nada. Quando os dois se viram no restaurante, ela ainda parecia claramente interessada, e após o comportamento dele, não poderia dizer que o mesmo estava ileso a presença dela, então o que houve realmente para que rompessem?
- Ela tinha conseguido uma bolsa pra desenvolver a tese dela no exterior – Diz, e começa a mexer o café, o revirando com a pequena colher que se encontrava na mesa, claramente desconfortável com o assunto - Eu quis continuar com o relacionamento, mesmo que fosse à distância, mas...ela não.
Um sentimento de choque e tristeza, passam por você. Primeiro, o fato deles não terem terminado por conta de alguma briga, desentendimento, discussão, ou a falta de carinho um pelo outro, e sim por conta do distanciamento. Segundo lugar, o cara por quem você estava louca, e que era averso a compromisso, quis tentar uma relação à distância? Isso parecia uma ideia tão absurda dele considerar, mas talvez essa parte, essa fração dele, esteja reservada apenas para ela, não para olhares forasteiros como o seu.
- Então terminaram porque ela foi embora? – Pergunta para confirmar, e odeia como suas palavras saem baixas, assim como o seu olhar e seus ombros se encolhendo, conforme se afunda na cadeira, tentando sumir.
- Sim, até pensamos em ter um relacionamento aberto, mas não era minha praia, então tomamos essa decisão mútua. – Ele solta um suspiro, e procura o seu olhar ao continuar – Eu não quero te machucar, não precisamos falar sobre isso. – Cessa o assunto, preocupado com sua reação.
- Não, eu quero saber – Ele te fita, ainda indeciso se deve prosseguir – Não quero ficar no escuro sobre isso. – Você justifica.
- Tudo bem – Acena com a cabeça, ainda duvidoso - A gente ainda se gostava, sabíamos que só era um momento ruim, e não queríamos acabar com tudo por causa de alguns meses separados, então... meio que fizemos um acordo um com o outro. – Nessa última frase, ele desvia o olhar e coça a nuca, em sinal de embaraço.
- Que acordo? – Você acha que pode estar hiperventilando agora.
Matías não quer falar, isso é obvio, ele olha para os lados, e solta uma expiração, conformado que não tem mais como evitar esse assunto.
- Ela poderia ficar com quem quisesse, e eu também. Se quando ela voltasse, ambos estivessem solteiros, aí voltaríamos, se não, continuaríamos amigos. – Conta por fim.
Você não sabe como reagir a essa nova informação. Isso só prova que ele nunca teve a intenção de te levar a sério, era só um escape enquanto a pessoa certa estava ausente. O que ele faria quando ela voltasse? Iria te descartar sem mais nem menos? Te jogar fora como um brinquedo quebrado?
- F-foi por isso que você não quis assumir nada, n- não é? Porque se ela voltasse e você estivesse namorando alguém, aí teria quebrado o acordo. – Gagueja ao pronunciar as palavras.
Ele engole em seco antes de responder:
- Sim.
Você sabia. Sabia, e ainda assim te machuca saber que estava certa. Você era só um passatempo, uma distração de quem realmente importava. Se sente suja, e usada, percebendo que os seus esforços, e paciência com ele, nunca te levariam a nada, pois desde o começo já estava fadado ao fracasso.
- Bom, acho que deu tudo certo no final então – Com a costa da mão, você limpa uma lágrima teimosa, que insistiu em aparecer, - Agora você pode ter sua garota de volta. - Constata.
- Eu quero você, por isso to aqui. – O rapaz diz, mas você mal presta atenção, ainda brava por sua confissão anterior.
- Não, você acabou de dizer, você estava esperando por ela, por isso que não me assumiu, eu devia ser só um prêmio de consolação pra você – As lágrimas, começam a querer vir a todo custo, e você se inclina sobre a mesa, trazendo as mãos ao rosto, se cobrindo e tentando controlar um soluço.
- Não, é claro que não, você nunca foi um prêmio de consolação, ou uma segunda opção, eu gosto de você, por isso to aqui, pode não ter começado como algo sério, assim como qualquer outro relacionamento, mas eu certamente me importo e tenho sentimentos por você. – Ele tenta se explicar.
- Você disse que quando ela voltasse, dependendo da situação, iriam reatar. Foi no dia do restaurante que ela voltou? Que você a convidou? – Questiona, ignorando as palavras anteriores dele. O mesmo só solta uma lamentação e prossegue:
- Ela já havia voltado alguns dias antes, só estava terminando de se instalar. Não mantivemos contato durante o término, mas quando ela chegou na cidade me enviou mensagem, me chamou pra sair e eu disse que já tinha planos, juro que não chamei ela, mas ela apareceu mesmo assim. Aquele dia, foi a primeira vez em que a vi pessoalmente depois do término. - Conclui ele.
- Se ela tivesse te perguntado aquele dia, pedindo pra reatar, vocês teriam voltado, não é? – Interroga em um tom de acusação.
- Eu já disse, estava confuso. Não tem como responder isso, eu disse pra ela para conversarmos em outro momento, longe de todos. – Relata o garoto.
- E longe de mim também, certo? – Sua voz é carregada de rancor.
- Sim, mas não como você está pensando. Eu não sabia o que fazer, estava desconcertado, tinha que falar com ela também e apaziguar a situação. - O mesmo argumenta.
- Tadinho de você, tendo que escolher qual garota levar pra cama dia sim, ou dia não. – Retruca com raiva e deboche.
Ele morde as bochechas, tentando se conter, e não dizer a coisa errada.
- Olha, eu admito que fiquei na dúvida, ok? Eu tenho um passado e história com ela, então fiquei balançado quando a vi depois de tanto tempo, mas eu to com você agora, eu quero você, sei que não acredita em mim, mas quero uma chance pra te mostrar que melhorei- Fala em um tom sério e decidido.
Você não sabe o que responder, mas não precisa, pois a conversa é interrompida, por um pequeno zumbido de notificação em seu celular, o qual você verifica imediatamente, querendo fugir da situação, e tem vontade de revirar os olhos ao ver que é apenas sua irmã te perguntando se poderia pegar uma bota emprestada.
- É aquele cara? Seu namorado? – Erguendo os olhos da tela, você nota como o garoto está com o semblante fechado, carrancudo e parecendo uma criança com birra. Mas ignora e responde sua irmã, dizendo que sim, e para ter cuidado.
- Ele não é meu namorado. – Diz irritada, já sabendo a quem ele está se referindo, e guardando o celular na bolsa, para não serem mais interrompidos.
- Um ficante então? – Questiona cruzando os braços e tensionando a mandíbula.
- Não que eu te deva satisfações, é claro – Você o encara, com a melhor feição de desgosto que consegue fazer e responde – Mas não, ele não é meu ficante, namorado, ou algo assim, ele é meu cunhado. – Explica por fim.
Ele parece confuso, franzindo o olhar, como se estivesse tentando se lembrar de algo.
- Eu não sabia que você tinha irmã – Ele diz.
- Eu sei, você nunca perguntou da minha família lembra? Isso não fazia parte da nossa “relação” – Você acusa. Sabe que é injusto trazer isso à tona agora, mas quer fazer com que ele reconheça que te tratou mal, e que você não merecia isso.
- Você está certa, me desculpe. – Diz com a cabeça abaixada em arrependimento.
Mas de repente, ele parece tentar conter um sorriso de surgir, aliviado ao saber que você não estava ficando com ninguém, mas isso rapidamente muda para nervosismo, remorso e até mesmo, pânico? talvez? Você realmente não o entende as vezes.
Depois de um momento de silencio, você quem decide o questionar:
- E você? Voltou com ela, ou ficou com alguém? – O receio e medo da resposta é bem perceptível em seu tom, e ele nota isso.
O rapaz paralisa, ficando com a cara pálida e baixando o olhar, parecendo culpado. E quando você está prestes a falar que vai ir embora, e pra ele não te procurar mais, ele se recompõe e diz com a maior convicção que você já viu:
- Não. – Sua voz não treme, ele não gagueja, e não dá nenhum sinal de que possa estar mentindo. Ainda assim, você não sabe o porquê, mas não se convence totalmente com a resposta dele. Mas se obriga a acreditar, pois o mero pensamento dele com ela, ou com outra pessoa, depois de como as coisas ficaram entre vocês, te machuca profundamente. Então empurra esse sentimento para o fundo do seu âmago e ignora os seus instintos. Ele percebendo sua relutância, continua:
- Por favor, a gente pode recomeçar, e eu vou fazer certo dessa vez. Vamos ter encontros, andar de mãos dadas, fazer o que você quiser, até flores se for a sua vontade, só me dá uma chance. – Os olhos dele são suplicantes agora.
- Eu não sei. Isso é muita informação Matías, você acabou de me dizer que não ficamos sérios por meses, porque estava se “guardando” pra ela, e do nada, depois de dias sem nos falarmos, você quer voltar? É meio difícil entender o seu raciocínio aqui. – Explica, para que ele entenda o seu ponto de vista.
Ele procura sua mão em cima da mesa, hesitante em segurá-la, mas você não se afasta e deixa com que ele entrelace seus dedos junto com os dele, unindo os dois. Ele te fita e continua:
- Eu sei que errei, mas quero consertar isso – Aperta sua mão suavemente, e acaricia sua palma com os dedos, te trazendo uma sensação gostosa com o calor emanando dele - Quero me comprometer e ser melhor pra você, só com você. Por favor. – Ele termina a frase, e indo contra tudo o que você espera, ele traz a sua mão até os lábios, deixando um beijo casto ali.
Que merda era essa? Ele nunca demonstrou afeto em público, e de repente, além de segurar em sua mão, ainda a beija? No meio de várias pessoas? Ele com certeza sabe como te fazer derreter, você fica sem palavras e corada com o gesto, estupefata e ao mesmo tempo se odiando por ser tão afetada por ele. Mas não era isso o que você queria o tempo todo? Que ele se desculpasse, e te prometesse o mundo? Então por que está sendo tão relutante em aceitar?
- Eu vou pensar sobre isso. Mas tenho condições. – Começa, se sentindo uma vitoriosa por sua voz não sair falha, e tentando controlar o rubor em sua face.
- Ok. – Ele diz, dando um último beijo em sua mão, e a largando. Você imediatamente sente falta do contato.
- Primeiro, e se você não concordar, já finalizamos por aqui. – Lança um olhar sério - Não quero que você mantenha contato com a Malena, você vai ficar comigo e somente comigo, não ligo pro acordo que vocês fizeram de continuarem a amizade. Não me importa se é sua ex, se tem uma história, ou o que for, ela acabou pra você entendeu? – Termina, cruzando os braços e arqueando a sobrancelha, e dane-se que você parece uma psicopata obsessiva.
- Tudo bem, eu concordo. – Responde prontamente.
Isso é estranho, ele está aceitando tudo muito fácil, você esperava um pouco mais de resistência da parte dele, não que você esteja reclamando, óbvio.
- E segundo, se me quiser de volta, vai ter que lutar por isso – Declara convicta, apontando um dedo em sua direção - Vamos no ritmo que eu quiser, ou seja, com calma, e vamos fazer certo desta vez. – Ele não parece entender o que você implicou, só inclinando a cabeça para o lado em confusão. Você revira os olhos e diz:
- Eu to querendo dizer: sem beijo, toque ou sexo. Você tem que me cortejar antes, se quiser chegar nisso.
A expressão dele cai, com certeza não esperando por essa exigência sua, e considerando a vida sexual dos dois antes do término, sabia que não seria fácil pra ele. Mas precisava disso, se ele te quisesse de verdade, e não somente o seu corpo, teria que te provar. Ele arruma o rosto e responde:
- Tudo bem – Diz convencido – Eu te conquistei uma vez, posso fazer de novo.
- Veremos. – Retruca em tom de desafio.
E com isso, um silencio se instala na mesa. De repente você se sente extremamente tímida, e sem saber como devem prosseguir a diante. Tem tantas coisas que ainda precisam ser ditas, esclarecidas, mas vocês vão se acertando pouco a pouco, ao menos é o que você espera.
- Você tá bonita. – Ele quebra o silêncio.
- Me bajular não vai te levar a lugar nenhum – Diz o alertando.
- Eu sei, mas ainda assim vou dizer. – Retruca, teimoso como sempre.
- Obrigado. – Agradece a contragosto.
- Me conta mais sobre sua irmã – Ele começa a se servir com mais café – Ela é mais velha?
Você é pega de surpresa com isso. Não acostumada com a demonstração de interesse dele em relação a sua vida pessoal, só quando envolvia estar entre suas pernas.
- Sim, ela é. – Confirma.
E antes que você se de conta, a situação não está mais tensa, com os dois tentando não pisar em ovos. Estão rindo, e conversando. Você pega o telefone e o mostra fotos de sua irmã, dela com seu cunhado, e dos três juntos. Até comenta do casamento, e ele se mostra realmente contente com os detalhes, provavelmente ainda aliviado de o homem não ser próximo de você, pelo menos não da maneira em que ele imaginava.
Você pergunta sobre os garotos, como eles estão, e pede para que o mesmo envie um abraço seu a todos, e se desculpe em seu nome por não terem conversado ultimamente. Você fica receosa em saber se eles estão chateados, ou ressentidos do seu comportamento, o que ele é rápido em negar, te tranquilizando, dizendo que eles entenderam a situação, e que apenas estão com saudades. Relata que contou ao grupo do envolvimento entre vocês, e que eles compreenderam. Mais uma vez te surpreendendo, em como ele está sendo transparente agora.
Ele é atencioso, e antes de irem embora, insiste para que você coma mais alguma coisa, sabendo como você é apaixonada pelas sobremesas de lá. Ele ri em como você abre um sorriso, e aponta animada para o doce, para que a garçonete o pegue. E em meio a isso, você não consegue parar de pensar, que se ele continuasse se comportando assim, você vai amar ele mesmo, e não vai se importar nenhum pouco com isso. Mas se está tudo tão bem, por que você ainda sente que tem algo errado?
__ __
Espero que tenham gostado do capítulo, até o próximo 😚🩵
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olhos-de-coruja · 2 months
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faz algum tempo que eu não escrevo e já nem sei mais como fazia isso. tudo agora parece tão pessoal, tão incomensurável. é como se eu estivesse tentando descrever um super evento astronômico sem entender nada de astronomia. como aquela imagem do homem voltando no tempo e contando sobre a eletricidade, mas sem conseguir explicar como se faz.
é tudo muito muito muito.
mas se eu tivesse que tentar, eu diria que não é exatamente tristeza. nem exatamente raiva. nem exatamente vazio. me soa um pouco como o desespero. é como quando a gente comete um erro e não consegue desfazer. fica aquela sensação no peito de que há um segundo nada disso tinha acontecido. e é meio assim que me sinto: um segundo depois ou antes da desgraça, nunca sei, mas sempre um segundo, um segundo, um segundo.
e o dia deixou de ter vinte e quatro horas, agora existem oitenta e seis mil e quatrocentos segundos. numa espécie de looping emocional.
recentemente eu estava correndo e quase caí no meio da rua. ia ser uma queda feia. eu estava em alta velocidade. mas consegui evitar, só machuquei a lombar. e é assim que esse um segundo soa, sabe? quase caindo, quase caindo, quase caindo.
talvez a gravidade seja mesmo uma vadia sem coração.
mas meus dias estão assim. não lembro quando foi a última vez que eu dei uma risada genuína. nem quando tive esperança em algo, qualquer coisa. nem quando me senti amparada. porque, de fato, ninguém vem. não importa se é porque você afastou todos ou porque todo mundo anda meio mal. e às vezes o abraço que você recebe quando precisa desesperadamente é o seu próprio.
e a vida é meio assim, não é?
uma sucessão de precisar e não ter. de carregar sem conseguir. de seguir e seguir e seguir porque às vezes parar não é opção. e nada se resolve, tudo se enterra. e chamam de força o que eu vejo com desespero. e a gente vai e vai e vai e espera que mesmo com a desesperança algo aconteça. espera que a falta de fé no futuro seja uma dessas coisas que a gente finge não acreditar, mas que acredita lá no fundo.
e todo dia dorme fingindo que não espera nada, mas no fundo reza baixinho para o universo, ou para si, implorando por um pouco de algo. alguma coisa. qualquer coisa.
mas nada acontece.
e é assim que me sinto.
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asedanaraka · 2 years
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REZA DE PROTEÇAO E ABERTURA DE CAMINHOS🍀 Essa reza e para o Bara ou Exu pessoal Em primeiro lugar, lave sua boca com Gin e jogue na terra, em seguida mastigando 7 pimenta da costa e depois cuspa pra frente, pra direita e esquerda. Agora sim, faça a reza (Oriki) : "Exu Oni bodê Orum Oxeturá eni omo iá eni o mo babá Ti Adi toju bi omo Elegbara iuô la pe loni uá loni i bi omo ti njé Iá re uara nitori rogbô diã ilê aiê po jojô ogum ni uá Ogum lehim ilê aiê ogum ojô jumo ogum Ati iê to mu olomo ki o ma mo omo re to mu ore di otá arauom To mu eni du ipo omo lakeji to jeki a fé oju mo nkã eni Auá bebê fum abó re Exu Lalu uá gbô orô ati laroiê Uá so uá babá njadê lo so uá ti a pá padá uá le uá ki ogum Aiê ma le riuá gbe se Exu olo na onã ti Exu ba si enikã ki di uá si onã fun Uá eniti Exu ba si onarê lo segum aiê se uani olussegum ki otá Ma leri na gbe se eni onã re ba si pereguedê loni alafia babá orô Exu Odara da abó re bouá loni Axé." Tradução : Exu guardião do Orum. Oxeturá, aquele que não conhece sua mãe, aquele que não conhece seu pai. Mas que recebeu todo cuidado de Adi, O dinâmico. É você que estamos chamando, venha nos atender hoje assim que o filho atende sua mãe. As intrigas deste mundo estão demais. A guerra está na frente, a guerra está atrás de nós. O mundo é uma guerra diária A guerra de sobrevivência. Que fez os pais desconhecerem seus filhos Que fez os amigos virarem inimigos Que fez pessoas tomarem o lugar dos outros. Que fez com que colocassem olho grande em nossas coisas Nós estamos pedindo a sua proteção Exu, o ouvidor, Venha ouvir nossas palavras e reivindicações. Proteja-nos ao sairmos de casa Proteja-nos ao voltarmos para casa, que a guerra deste mundo não consiga nos vencer Exu o dono dos caminhos. O caminho que Exu abre ninguém é capaz de fechar, venha abrir nossos caminhos Aquele a quem Exu abrir os caminhos será o vencedor na guerra da vida Faça de nós vencedores Que o inimigo não consiga nos vencer. Aquele que tem seus caminhos abertos Terá saúde, o pai de todas as riquezas Exu o imprevisto venha a nos proteger hoje com todas as forças, axé. Muito Axé Hoje e Sempre. 🔴Airton Folha #ilêaséibádanaràká🌈 (em Ilê Asé Ibá Dan Aràká) https://www.instagram.com/p/CjFzpZhAHPd/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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EVANGELHO
Terça Feira 10 de Setembro de 2024
℣. O Senhor esteja convosco.
℟. Ele está no meio de nós.
℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo ✠ segundo Lucas
��. Glória a vós, Senhor.
12Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus. 13Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de apóstolos: 14Simão, a quem impôs o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; 15Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelota; 16Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, aquele que se tornou traidor.
17Jesus desceu da montanha com eles e parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e grande multidão de gente de toda a Judéia e de Jerusalém, do litoral de Tiro e Sidônia. 18Vieram para ouvir Jesus e serem curados de suas doenças. E aqueles que estavam atormentados por espíritos maus também foram curados. 19A multidão toda procurava tocar em Jesus, porque uma força saía dele, e curava a todos.
- Palavra da Salvação.
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- Comentário do Dia
💎 Se Cristo rezou, por que nós não rezamos?
Se Cristo, Deus feito homem, quis ter a experiência da oração, por que nós não tomamos jeito logo e começamos a rezar generosamente?
Hoje, o evangelista S. Lucas nos narra, com sua peculiar precisão de historiador, a eleição dos doze Apóstolos: foi após uma noite inteira de oração que Jesus escolheu os que, desde a fundação do mundo, já haviam sido eleitos como testemunhas oculares da Ressurreição, fundamentos do novo Israel e anunciadores da Boa-Nova. Um detalhe chamativo deste relato de Lucas é precisamente o fato de Cristo ser-nos apresentado em oração: era Ele Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; e, no entanto, quis como nós ter a experiência da oração. Enquanto Verbo divino, é claro, o Senhor não precisava orar: a sua vontade era una com a do Pai, cujo rosto Ele via sempre; a sua inteligência era iluminada, além disso, pela ciência que o próprio Deus tem de si mesmo: nele, portanto, não havia lugar para a fé — tudo lhe era claro e transparente. E, apesar disso, Jesus quis rezar, e o quis não só para servir-nos de exemplo, mas ainda para demonstrar, na experiência concreta de sua vida neste mundo, de que maneira Deus quer operar e agir na vida de cada um de nós. Sem oração, estamos perdidos, porque quem reza, diz S. Afonso, certamente se salva, e quem não reza certamente se condena. Temos, pois, de rezar, e rezar muito, porque era a nossa oração o que o Senhor pedia ao Pai quando da escolha dos Doze, com os quais todos nós fomos também escolhidos — escolhidos para ouvir o chamado do Evangelho, esse apelo de conversão que o Senhor quer fazer ressoar em nossos corações, mas sem prescindir da nossa livre e atenta escuta. Que a partir de hoje possamos dedicar tempo, um tempo generoso, à nossa oração pessoal, inspirados no exemplo daquele que, por amor, submeteu-se livremente ao que, para nós, é uma necessidade irrenunciável.
Deus abençoe você!
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souzavdnz · 9 months
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eu só consigo pensar que um pedaço de mim ainda está contigo
não sei onde
com quem
em quais bocas
como tenho entrado em outros corpos através de você , visto outros filmes, ouvido outros sons , provando do ácido que é existir
não sei o que vc tem feito comigo aí dentro
eu pergunto:
o que vc tem feito comigo aí dentro da sua cabeça
pele
presença?
pra onde vou quando você fecha os olhos e pede a deus que me retire da sua vida?
quem te alivia?
quem te cura de mim?
como você me enxerga quando passa pelos mesmos locais onde costumávamos existir, sobretudo juntos?
juntos sim
carregando um ao outro como se estivéssemos criando um momento perpétuo
não sei do seu paladar, como você tem feito pra me apartar de todos os seus novos momentos com outra pessoa.
eu ainda me debato na membrana da sua memória enquanto você faz amor com alguém? eu ainda grito desesperadamente dentro da sua aorta enquanto você caminha de mãos dadas por espaços em que me jurou a eternidade e todos esses discursos de quem esteve, invioladamente, apaixonado?
a pessoal qual você se entrega tem sentido seu gosto ou o meu gosto misturado ao seu? meu filme favorito tem se tornado seu filme favorito com ela?
que gosto tem o sabor de mim existindo em todas as
lembranças
contratempo
coração?
quando você corre e o tempo vai corroendo nós dois, qual braço te alcança? em quem você se enrola pra tentar fugir de mim, que resiste pela cidade e por tudo que toquei com minhas mãos energizadas pelo afeto que construímos?
pra qual deus você reza,
pedindo pra me esquecer?
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angelanatel · 1 year
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Quer contribuir na luta contra a violência que as mulheres sofrem? Combata a ideologia que diz que elas devem ser submissas ao marido e que é pecado quando elas exercem autonomia E para a luta contra a violência que pessoas LGBT sofrem? Combata a religião que ensina que não ser hétero é pecado Se essa religião ensina que pessoas dissidentes devem ser queimadas no inferno, porque o estranhamento quando quem acredita nisso expulsa os filhos de casa? Quer contribuir para o fim da destruição das casas de reza indígenas, dos terreiros de matriz afro? Combata a religião que diz que existe só um deus verdadeiro e que todos os demais devem ser destruídos Por que não vemos povos de terreiro queimando casas de reza indígenas e vice-versa? Porque nossas cosmogonias não nos orientam a isso, não somos monoteístas, admitimos a concomitância sem tentar destruí-la Quando os colonizadores perguntavam aos papas quais territórios poderiam invadir, as bulas papais respondiam: podem escravizar os povos “inimigos de Cristo”, os bárbaros/selvagens Até quando vão defender que é apenas o fã-clube que estraga? Se sua Bíblia diz que os deuses “falsos” devem ser destruídos, porque se surpreendem quando os fiéis destroem os templos alheios? Se você é cristão e discorda disso, você é exceção e é um exemplo de desobediência ao principal fundamento do cristianismo que é o monoteísmo Se tirar o monoteísmo, a culpa, a punição, a salvação, o pecado, o céu e o inferno do cristianismo, o que sobra? Porque insistir em ressignificar a religião dos colonizadores? Enquanto continuarem achando que “no fundo” o cristianismo é bom, irão continuar atualizando-o Jesus dizia: sou o único caminho, a única verdade e a vida e que “quem não cresse e fosse batizado já estaria condenado ao inferno” - onde está a incoerência dos cristãos que seguem este ensinamento queimando nossas casas de reza e nossos anciãos? Não precisamos de “mais amor” cristão, precisamos de menos. Como “respeitar” uma fé que nos desrespeita? Em 1500 os cristãos inventaram o pecado do nomadismo, hoje votam o Marco Temporal contra nós, o pecado crime Se cristianismo fosse bom não precisava de inferno.
(Parte I) Oie, pessoal, obrigada pela leitura e pelos comentários! A partir do que alguns de vocês trouxeram vou comentar alguns pontos principais. 1) A questão da tradução: sim, as disputas e transformações sobre os sentidos e significados dos textos bíblicos são históricas. Meu trabalho de pesquisa não têm o propósito de ir neste sentido, não é a minha área (recomendo para isso o trabalho fabuloso da @angelanatel). Peço apenas que cogitem o seguinte: porque só se levanta a questão dos “erros de tradução” nas partes violentas dos textos bíblicos? Porque não dizem: essa parte do amor ao próximo é erro de tradução. Me parece muito arbitrário e conveniente o modo como esse argumento costuma ser utilizado. A Bíblia como é utilizada no Brasil é o principal discurso contra a homossexualidade e outras dissidências de gênero. Isso é inegável. Curiosamente, os erros de tradução nunca falaram que heterossexuais devem ser queimados no inferno, sempre foi direcionado a nossas comunidades. Em vez de querer perdão e amor desse deus talvez possamos apostar em nossa autonomia para além dessa disputa de ingresso nessa ideologia. 2- Falar em cristofobia aqui em nosso território é como achar que existe heterofobia e brancofobia. Se quando dissemos que temos o direito a ter nossas espiritualidades vocês entendem como um ataque, como “ o sonho do oprimido virar opressor”, isso revela muito sobre a defesa da hegemonia. Nossos povos não têm como sonho converter os outros a nossa perspectiva, isso é o sonho do colonizador. Insinuar que “estamos fazendo a mesma coisa” quando lutamos contra a monocultura e pelo direito à diversidade é perverso é desonesto. 3- “Mas a maioria do Brasil é cristã”: se a maioria do Brasil acredita no capitalismo isso é motivo para incentivarmos essa crença? Justamente por estar tão alastrada essa monocultura que é preciso que haja um esforço coletivo contra sua continuidade. 4- Dar exemplos de pessoas cristãs que são boas pessoas é responder um argumento que eu não trouxe. Como disse, se há cristãos que não seguem o que o cristianismo prega, são exemplos de exceções que só reforçam a regra.
(Parte II) 5- “Jesus andava com prostitutas e homossexuais”: ele diz à Maria Madalena “vai e não peques mais”, ele considerava uma pecadora e queria que ela se arrependesse do seu “pecado”. “Que atire a primeira pedra quem nunca pecou” é uma fala sobre hipocrisia, não sobre não considerar pecado o adultério. 6- Eu estudo este tema há literalmente décadas, dizer que eu afirmo o que afirmo porque não conheço ou não estudei o suficiente é racismo, é misoginia. É a dificuldade de entender que alguém pode não ser catequizado mesmo que conheça profundamente a palavra desse deus. Obrigada novamente pela leitura! Por aqui vocês não vão encontrar defesa de nenhuma versão do cristianismo, pois o próprio sincretismo não foi resultado de uma troca consensual mas de uma violência brutal. Para quem quer ler defesa de cristianismo, há muita, mas muita gente fazendo isso, eu não sou uma delas.
Geni Nuñez - @genipapos no Instagram Assista a live “Descatequizar para descolonizar”, com Geni Nuñez em meu canal no Youtube (Angela Natel) - https://www.youtube.com/watch?v=mhtXVH-kO3I&t=2113s
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consulteotarot · 2 years
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Energia do dia 09-02-2023
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Energia do dia 09-02-2023 A Casa significa o ambiente em que se trabalha, mora, reza ou estuda. A Casa representa nosso equilíbrio pessoal, solidez e estrutura. Pode representar também a família ou até mesmo nosso corpo ou estrutura interior. No amor, A Casa significa apoio familiar. Afinidades. Confiança. Prosperidade e o amor como forma de equilíbrio cósmico. Muitas vezes A Casa sugere o apoio concreto de familiares para a obtenção de sucesso, ou mesmo sobre nosso equilíbrio interior e exterior. É uma carta positiva, que indica sorte, prosperidade e sucesso nos negócios. Tarólogo Cezar www.consulteotarot.com
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drickazen · 2 years
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Você já deve ter visto um desses por aí, ele ganha cada vez mais fama e é possível encontrá-lo em diversas lojas, com suas lindas contas, dos mais variados materiais, seja de pedrarias, madeira ou sementes. Este é o JAPAMALA.? . De origem em sânscrito, Japamala significa “Cordão de Oração” (JAPA = Sussurrar, reza, recitar mantras | MALA = cordão, terço) e pode parecer bastante com um terço católico.✨ . A sua versão original possui 108 contas, mas é possível encontrá-lo em tamanhos menores, mas sempre múltiplos de 9.✨ . É uma poderosa ferramenta ancestral de conexão, pessoal e intransferível, uma vez que capta e absorve a energia do seu dono. Mas me conte, você tem um Japamala? Possui um mantra favorito? Responda aqui nos comentários.? #Japamala #japamalas #sejazen #ConexãoPoderosa #espiritualidadequantica #energiapositiva #autocuidado #autoconhecimento #autoestimafeminina #autoconfiança #reiki #FolosofiadeVida #Mantras #DespertarDivino #hooponopono https://www.instagram.com/p/Cnp6QCROGv_/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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blogdaliga · 3 years
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Repost: Como pontuar diálogos?
Por: Ana Coelho
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Olá a todos! Como vão? Espero que esteja tudo ótimo com vocês! Hoje trago aqui ao blog um post que penso que vos será muito útil. Inspirado em e mais aprofundado até do que um post que eu tenho no meu blog pessoal, venho falar de diálogos. Afinal, vocês sabem pontuar diálogos corretamente ou não? Sabem onde devem aparecer os pontos finais, as vírgulas, as maiúsculas…? Usam aspas ou travessão? E que tipo de aspas? E, afinal, como podem inserir o símbolo do travessão no texto? Pois é, essas são algumas das questões mais frequentes que eu espero que fiquem esclarecidas quando este post chegar ao fim!
Vamos saltar já para a primeira parte:
Aspas ou travessão? Afinal, qual é a diferença? Na verdade, podem pontuar como quiserem. Quer escrevam com um, quer escrevam com o outro sinal de pontuação, a escolha é vossa. Lembrem-se apenas de optar por um ou pelo outro ao longo de toda a história ou poderão confundir os vossos leitores. Decidam qual opção querem e mantenham-na até o final, porque misturarem as duas já é errado. Mas… como é que é possível que haja duas opções? De onde saiu isso? Reza a lenda que, tradicionalmente, em português, se deve usar o travessão para marcar diálogos. (O travessão é esse sinal “ — “ . No final do post eu explico como o podem arranjar.) Aliás, nem as aspas tradicionais do português são iguais àquelas que estão habituados a ver por aí. As aspas tradicionais (e que ainda aprendemos a usar em Portugal, apesar de pouco se falar no assunto) são as típicas das línguas latinas, as retas ( « » ). No entanto, com o tempo, isso tem vindo a mudar. No Brasil é muito mais usual usarem-se as aspas curvas (“essas”), nem há teclas próprias para as aspas retas duplas como há nos teclados portugueses. Apesar de tudo, em Portugal também se tem passado a usar muito mais as aspas curvas duplas. Parece que elas estão cá para ficar, quer as usemos nos diálogos quer não.
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Teclado de Portugal, com a tecla das aspas duplas retas assinalada. Ela existe, mas é bastante ignorada.
De facto, a história das aspas é curiosa e há vários tipos diferentes usados em línguas diferentes. Há aspas retas duplas ( « » ) ou simples ( ‹ › ), e há aspas curvas diferentes, como ( “ ” ), ( ‘’ ’’ ), ( ‘ ’ ) ou ( ” “ ), entre muitos mais tipos. Tudo depende da língua em que se está a escrever ou até do país de onde vem o texto. Aconselho-vos a verificarem a página da wikipédia que fala do assunto para mais esclarecimentos e podem até investigar por conta própria, se continuarem curiosos. Mas, se é assim, então quais são as diferenças de se usar o travessão ou as aspas? Têm regras diferentes? Como eu já expliquei anteriormente, nas línguas latinas o usual é usarem-se as aspas retas, mas as aspas usadas nos diálogos por aqui, hoje em dia, são as curvas (“essas”). E as regra são ligeiramente diferentes. Isso acontece porque a forma de pontuar diálogos com aspas curvas também não é nossa, dos países com língua latina. Essa forma de escrever diálogos foi adquirida por influências de outras línguas onde essa é a forma predominante. Hoje em dia também é aceite (/aceita, em português do Brasil) na língua portuguesa e é por isso que as aspas são uma opção válida que podem considerar quando escreverem as vossas histórias. Convém ressaltar que este texto tem em conta a pontuação em inglês americano, já que é seguindo essa norma que as aspas duplas são usadas, e que o inglês britânico tem regras de pontuação próprias, que explicarei por alto no final do texto. Aconselho-vos a escolherem a forma que vos deixar mais confortáveis, juntamente com as regras correspondentes. Mas vamos avançar e vamos falar logo dessas regras! Elas são fáceis, vocês vão ver. Vamos começar com uma questão simples:
          Sabem quando devem usar letra maiúscula ou minúscula?
Esse é o erro que eu mais vejo no Nyah!, quer pontuem os textos com aspas quer os pontuem com travessão. Apesar disso, e contrariamente ao que pode parecer, a solução é bem simples. Nos diálogos, as regras mais importantes dependem do texto. Isso quer dizer que, dependendo daquilo que escreverem junto com a fala, a letra ou será maiúscula ou será minúscula. Mas daqui a pouco eu entro em mais detalhe sobre isso. Para já, vamos começar com os exemplos sem grandes acessórios!
— Gosto de bolo. “Gosto de bolo.”
Pronto, aí temos uma frase bem simples, pontuada das duas formas mais usuais. E quem não gosta de bolo? Nessa frase, duvido que haja dúvidas na pontuação. É só colocar a fala a seguir a um travessão ou dentro de aspas, com letra maiúscula no início e ponto no final. Sem problemas aqui. Mas assim não sabemos quem falou, ou como a fala foi dita, ou em que circunstâncias se desenrolou esse diálogo. Nas nossas histórias, costumamos ter muita coisa a dizer sobre as falas. E como fazemos nesses casos? Como fazemos se quisermos transmitir uma ideia com mais pormenores, como “O Pedro disse que gosta de bolo”? Como e onde colocamos esse “disse o Pedro”? Comecemos pela forma mais simples e mais usual — depois da fala, na parte final da frase.
Exemplo A. 
— Queres um sapato? — perguntou a Joana.
“Queres um sapato?” perguntou a Joana.
Pois bem, sim, pode parecer-vos estranho, e o Word pode até sugerir que façam aí uma mudança drástica, mas essas duas frases estão bem pontuadas e bem escritas. Comecei de imediato com frases com pontos de interrogação porque quero que entendam uma coisa importante: na pontuação dos diálogos, o que conta realmente é o verbo que acompanha as falas. Mais nada. Vamos comparar estas com as seguintes.
Exemplos B.
— Queres um sapato? — A Joana esticou um dedo e apontou para os seus pés.
“Queres um sapato?” A Joana esticou um dedo e apontou para os seus pés.
Conseguem ver o que há de diferente dos exemplos A para os B? Nos A, depois da pergunta, havia letra minúscula. Nos B, depois de escrevermos exatamente a mesma pergunta, surge uma frase com letra maiúscula. Então os exemplos A estão certos e os exemplos B estão errados? Não. Então são os B certos e os A errados? Também não. Ambos os exemplos estão certos.
Eu disse ainda há pouco que o que diferenciava a pontuação do diálogo era o verbo que acompanhava a fala, certo? Vamos lá olhar para os verbos. E não se preocupem, não há nada gramatical aqui.
Nos exemplos A, o verbo era “perguntar”. Nos exemplos B, os verbos são “esticar” e “apontar”. Conseguem ver aqui a solução? Pois, a verdade é que, para se descrever uma fala, nós usamos verbos que exprimem essa ideia de falar. Verbos como “dizer”, “perguntar”, “berrar”, “inquirir”, mesmo que seja através de metáforas (“chutar”: “— Gostas da Mariana? — chutou o Pedrinho.”). Todos os verbos que descrevam o ato de falar e que estejam diretamente ligados à fala têm de vir ligados a essa fala. Essa ligação é expressa através da letra minúscula, que indica que a ideia da fala ainda continua na narração, que uma complementa a outra. E agora reparem nos exemplos B. Os verbos “esticar” e “apontar” referem-se à fala? Não, claro que não. Referem-se a duas ações que a Joana fez, imediatamente a seguir a ter falado. Então isso quer dizer que temos duas ideias diferentes e que não há um verbo de fala que uma diretamente a linha do diálogo à narração. Dessa forma, temos de usar letra maiúscula. Deixo aqui mais exemplos, para irem percebendo melhor. E vou apenas usar pontos de exclamação e de interrogação.
— Gostas de chocolate? — questionou a Madalena.
— Gostavas de dançar comigo? — O olhar de Rodrigo era sincero.
— Tu és louco! Afasta-te de mim! — berrou o João.
— Sou alérgica a chocolate! — A Rita afastou-se do bolo sobre a mesa.
“Gostas de gatos?” inquiriu o Pedro.
“Tenho um enorme gato preto chamado Chinelo!” O Ricardo sorriu ao relembrar as patas fofas do seu Chinelito.
“Não gosto nada de ti!” exclamou a Bárbara.
“Detesto baratas!” A Marina fugiu para a cozinha.
Perceberam até aqui tudo? Quando o verbo descreve a fala (são chamados verbos dicendi universalmente), o verbo vem com letra pequena, unindo a narração ao que foi dito. Quando o verbo descreve uma ação paralela ou seguida à fala, então passamos a ter duas ideias diferentes e a letra que vem depois do ponto é maiúscula. Nesta altura devem estar a perguntar-se por que só optei por usar frases com pontos de interrogação e de exclamação. A minha intenção era que entendessem e não se voltassem a esquecer de que, nos diálogos, é o verbo quem manda e o resto só lhe obedece. É uma ideia bem simples e é ela que rege todas as outras regras. Tendo isso em mente, vamos agora ver o que acontece em frases mais comuns, frases que tenham pontos finais. Aqui as coisas tornam-se diferentes para o travessão e para as aspas, mas vamos avançar por um de cada vez. Acho que o melhor é dar um exemplo para vocês poderem pensar e analisar a explicação em seguida.
— Não gosto de cães — disse o Ricardo.
— Não gosto de gatos. — O Ricardo afastou-se do animal.
— Tenho pena de ti. — O tom da voz de Madalena era de pura compaixão.
Analisemos estes exemplos. Como podem ver, a letra maiúscula ou minúscula ainda está dependente do tipo de verbo. “Dizer” é um verbo de fala, então vem com letra pequenina. “Afastar-se” e “ser” são verbos que descrevem ações e não se aplicam diretamente sobre a fala, mesmo que indiretamente falem dela, como acontece no terceiro exemplo. Nesses últimos dois casos, usou-se letra maiúscula. Conseguem reparar agora na outra diferença entre o primeiro caso e os outros dois? No primeiro não há ponto final, mas nos outros há. Percebem porque usei apenas pontos de exclamação e de interrogação há bocado, certo? Porque as regras são diferentes para um e para o outro tipo de ponto. Podemos dizer que, em certos casos, os pontos de exclamação e de interrogação não funcionam realmente enquanto pontos. Eles são marcadores visuais que nos dão a entoação da frase, mas não servem para lhe colocar um final. Nos diálogos, é assim que eles funcionam e é esse o seu papel. Comparando esses pontos com o ponto final, vemos que o ponto final já serve para colocar um final real nas frases sempre que aparece. Quando a frase não termina na fala e continua na narração através de um verbo dicendi, o ponto não aparece. Quando a frase da fala termina e é seguida de uma outra frase que se refere a uma ação completamente diferente, temos lá o ponto, para mostrar que as ideias são diferentes. Entendem agora o que eu quis dizer com ser o verbo a mandar na pontuação? O tipo de verbo define como a pontuação se comporta a cada caso. Vamos agora ter mais exemplos, com tudo:
— Adoro gatos! — declarou a Maria.
— Não gosto muito da tua tia… — disse a Matilde.
— Tens quantos cães? — perguntou a Mariana?
— Tens olhos bonitos — afirmou a avó.
— Detesto pó! — A Maria estava com os olhos vermelhos de alergia.
— Não gosto do meu pai. — A voz de Pedro era fria como gelo.
— O que te aconteceu? — A Mariana estava genuinamente preocupada.
Compreenderam tudo direitinho até aqui? Vamos avançar e ver, afinal, o que distingue a pontuação com aspas da pontuação com travessões. Vamos introduzir mais exemplos, que eu acredito que eles tornam tudo mais simples. “Adoro camaleões!” disse a Vânia.
“Amas mais o teu marido do que eu pensava, não é?” perguntou a sogra.
“O golfinho sabe nadar.” Matilde bocejou. Até aqui, é tudo igual, certo? Mas, quando se relaciona uma frase com a narração com um verbo de fala, deixa de ser.
“O golfinho sabe nadar,” disse a Matilde. Notaram ali aquela vírgula? Bom, com as aspas é necessário colocar uma vírgula quando a mesma frase tem fala e tem narração, e se passa de uma para a outra.
Ficou claro o porquê da vírgula aparecer ali? Mudou de fala para narração, tem de haver alguma coisa que o indique, então surge a vírgula. Vamos expandir o exemplo e vamos colocar-lhe uma vírgula para eu falar de mais alguns pormenores e da posição na vírgula nessas frases. A fala que vai ser dita será O golfinho sabe nadar, mas o morcego não sabe.
“O golfinho sabe nadar,” disse a Matilde, “mas o morcego não sabe.” Notem que a vírgula vem sempre junto do primeiro elemento e não junto do segundo. Assim, se primeiro vier algo entre aspas, a vírgula vem dentro das aspas, junto à última palavra desse primeiro elemento. Se a vírgula separar narração de fala, e primeiro vier a narração, a vírgula vem fora das aspas, junto à última palavra da narração (vejam a segunda vírgula do exemplo). Assim, a vírgula que pertencia à fala acaba por aparecer logo de início. É bem simples, não é? Agora, aproveitando o exemplo, vamos ver como ficaria intercalada uma pequena narração dentro de uma fala maior com travessão. Reparem no que acontece à vírgula: — O golfinho sabe nadar — disse a Matilde —, mas o morcego não sabe. Ao contrário do que acontece com as aspas, nunca se coloca uma vírgula junto do primeiro elemento, ela vem sempre junto do segundo. Isto quer dizer que não podemos ter vírgulas antes de travessões. Se a fala tiver uma, temos de colocar a narração antes dessa vírgula, para que o travessão possa ficar antes dela, e a vírgula virá a acompanhar a fala.
Vejam os exemplos:
1. *— O golfinho sabe nadar — disse a Matilde — mas o morcego não sabe.
2. *— O golfinho sabe nadar — disse a Matilde, — mas o morcego não sabe.
3. *— O golfinho sabe nadar —, disse a Matilde — mas o morcego não sabe.
4. *— O golfinho sabe nadar, — disse a Matilde — mas o morcego não sabe. Todas estas frases estão mal pontuadas (geralmente, um asterisco representa uma frase errada, e é o que está a representar aqui). Pensem assim: a vírgula existe na fala, então tem de estar lá, não pode desaparecer (1). A vírgula pertence à fala, então não pode vir junto da narração, isso não faz sentido (2 e 3). E a última regra é a mais simples: a vírgula nunca vem antes de um travessão (4). Assim sendo, só a primeira frase dada anteriormente estava correta:
— O golfinho sabe nadar — disse a Matilde —, mas o morcego não sabe. E eu agora pergunto: e se vier um verbo de fala dentro de duas frases diferentes?
O golfinho sabe nadar. O morcego, por sua vez, sabe voar.
Quero colocar “disse a Matilde” entre as frases. Vamos lá pontuar isso corretamente. Ficaria:
— O golfinho sabe nadar — disse a Matilde. — O morcego, por sua vez, sabe voar.
“O golfinho sabe nadar,” disse a Matilde. “O morcego, por sua vez, sabe voar.” Sim, a narração vai restringir-se apenas a uma frase. O verbo “dizer” está ligado à primeira parte da fala. Depois, a frase termina e começa outra, sem verbo na narração. Assim, temos de assinalar a separação das duas frases da fala com o ponto antes da segunda, separando a primeira da segunda. A narração fica “embutida” nas falas se tiver um verbo dicendi. É como se a fala se estendesse e perdurasse durante a narração que a descreve. Só aí é que termina e, terminando a narração, termina a fala que lhe estava ligada.
Noutros casos, se tivermos uma ação no meio da fala, fica assim:
“O golfinho sabe nadar.” A Matilde sorriu. “O morcego, por sua vez, sabe voar.”
— O golfinho sabe nadar. — A Matilde sorriu. — O morcego, por sua vez, sabe voar. A ação não está ligada à fala por um verbo dicendi, então temos três ideias e três frases diferentes.
Se tivermos um verbo de fala MAIS uma ação, unindo as regras anteriores, fica assim:
“O golfinho sabe nadar,” disse a Matilde, sorrindo. “O morcego, por sua vez, sabe voar.”
“O golfinho sabe nadar,” disse a Matilde. Ela sorriu. “O morcego, por sua vez, sabe voar.”
— O golfinho sabe nadar — disse a Matilde, sorrindo. — O morcego, por sua vez, sabe voar.
— O golfinho sabe nadar — disse a Matilde. Ela sorriu. — O morcego, por sua vez, sabe voar.
Vamos terminar agora ao falar dos casos com frases maiores.
Apesar de ser correto intercalarem uma narração com verbos de fala no meio de uma linha de diálogo longa sem a quebrarem, não podem intercalar ações no meio de uma linha de fala grande sem a interromperem. Lembrem-se, os verbos de fala completam o diálogo, a fala estende-se para os verbos dicendi… mas os verbos de ação interrompem a fala, abordam ideias completamente diferentes e não se ligam entre si.
Peguemos na frase longa:
“Eu gosto de caracóis, mas detesto porcos.”
— Eu gosto de caracóis, mas detesto porcos. Podemos ter um enunciado de fala no meio:
“Eu gosto de caracóis,” disse a Mariana, “mas detesto porcos.”
— Eu gosto de caracóis — disse a Mariana —, mas detesto porcos. Ou podemos ter um enunciado de fala no final:
“Eu gosto de caracóis, mas detesto porcos,” disse a Mariana.
— Eu gosto de caracóis, mas detesto porcos — disse a Mariana. A ideia é que, realmente, enunciados com verbos dicendi completam a fala, venham onde vierem, e ela segue sem problemas, esteja o enunciado onde estiver, e desde que não quebre nem interrompa nenhuma ideia que componha a frase. Mas se tiverem uma ação já não têm essa liberdade. Vejam como se inicia uma frase nova no final por causa do verbo em questão: “Eu gosto de caracóis, mas detesto porcos.” A Mariana coçou o queixo.
— Eu gosto de caracóis, mas detesto porcos. — A Mariana coçou o queixo.
A única maneira de intercalarem uma ação durante uma fala é cortando a fala em várias frases distintas, assim: “Eu gosto de caracóis…” A Mariana coçou o queixo. “Mas detesto porcos.
— Eu gosto de caracóis… — A Mariana coçou o queixo. — Mas detesto porcos. E pronto! Eu disse que estávamos a terminar! Já abordámos todas as exceções e todas as situações básicas de pontuação de diálogo! Foi um post longo, mas espero que vos tenha ajudado! Vou agora deixar aqui uma lista com exemplos de diálogos um pouco maiores e intercalados com mais narração para as duas formas de pontuação. Espero que não tenham mais dúvidas! Estudem os exemplos agora do final e reparem nos verbos e na pontuação usada ao intercalar o diálogo com os enunciados. Boa escrita para todos!
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“Queria um pouco mais do teu incrível café mágico.” Lourenço deu um toque na caneca à sua frente, sorriu para a sua filha. “Por favor, claro.”
“Está bem, está bem… Mas só porque o senhor é um bom cliente!” Ela saiu da cozinha a correr e no segundo seguinte berrou do quintal, “Com muita ou com pouca terra?”
Lourenço suspirou e depois respondeu de volta, “Com muita, minha senhora!” Ele só esperava que desta vez não houvesse minhocas.
— Odeio-te! — exclamou Renata. Ele tentou aproximar-se dela, mas a mulher foi mais rápida. — Não me toques! — Antes que ela sequer pudesse pensar no que fazia, a sua mão subiu e acertou no rosto dele.
“Não acredito nisto!” disse Linda. Olhou à sua volta e ainda lhe custava reconhecer a jarra que fora da sua avó entre os cacos espalhados no chão. As flores jaziam sobre uma poça de água suja. Ela voltou a sua atenção para os seus filhos. “Quem foi que fez isto?” As crianças recusavam-se a olhá-la. “Eu fiz uma pergunta!” exclamou. Eles tremeram, e ela tornou a insistir, “Quem foi o pobre infeliz que fez isto? Juro que se vai arrepender de ter achado que brincar às espadas com a vassoura era uma boa ideia!”
— De certeza que sabes conduzir isto?
Flávia apertou mais as mãos à volta de Hugo. Ele sorriu, mas estava de costas para ela sobre a mota e ela não o viu.
— Sim, de certeza, boneca. — De travão bem preso, ele acelerou um pouco, só para fazer barulho com o motor. Ouviu o guincho dela com prazer e o seu sorriso aumentou. — Estás com medinho? — perguntou. — Se tens medinho, diz-me. Não precisas de vir agora.
Ela mordeu o lábio e apertou-se mais contra ele.— Claro que não tenho medo! — disse. A sua voz soou surpreendentemente mais firme do que ela estava à espera, e isso agradou aos dois.
Mas Flávia tinha tanto medo que nem sentia as pernas. Apesar de tudo, ela deu por si a incentivá-lo:
— Estás à espera de quê? És tu quem tem medo agora?
Hugo riu-se alto e no momento a seguir a sua risada deixou de se ouvir sobre o som ensurdecedor da mota a arrancar a toda a velocidade.
“Já não sei o que mais posso fazer, sabes?” disse Inês. Tinha as sobrancelhas franzidas e a boca contraída numa linha fina. “Tudo me parece tão… estranho,” concluiu. “Não confio em ninguém aqui.”
“Sim, eu sei o que queres dizer,” respondeu Rodrigo, pegando na cerveja que tinha sobre a mesa. Fez o líquido girar no seu interior e depois bebeu um gole rápido. “É como se o tempo corresse de forma diferente, não é? As prioridades aqui são diferentes. Mas as pessoas têm-nos ajudado,” concedeu.
Ela suspirou e retrucou, “Esta cidade deixa-me confusa.” Formou-se um beicinho amuado no seu rosto. “Quanto tempo ainda vamos ficar aqui?”
“Isso depende.” Rodrigo coçou a sobrancelha direita e pareceu pensativo por um momento. Depois olhou para ela. Não disse nada e tornou a coçar a sobrancelha, com o olhar perdido na parede atrás de Inês. “Isso depende e não é só de nós os dois…”
— Gostas de mim? — perguntou ela. O seu sorriso era confiante. Ela sabia que a resposta seria positiva. Ela só queria torturá-lo por mais um momento.
Ele indicou que sim com um meneio de cabeça.
— Diz-me — insistiu —, gostas realmente de mim?                           ___________________________________
Extras:
COMO COLOCAR TRAVESSÕES
Se o vosso teclado tiver o number pad (o “num lock”) do lado direito, é muito simples. Mantenham o dedo sobre a tecla ALT e primam os números 0151. Esse é o código ASCI para o travessão aparecer.
Se tiverem um notebook/computador portátil e ele não tiver o number pad, podem colocar o travessão ao acederem à aba INSERIR do Microsoft Word, acederem a SÍMBOLO e o encontrarem na lista que aparece.
Uma sugestão muito boa é criarem um atalho próprio no programa que usam para escrever para poderem ter o travessão facilmente. O meu atalho é ALT + A. Sempre que eu primo essas teclas, eu coloco um travessão no Word. No Word podem ir a SÍMBOLOS e depois escolher TECLA DE ATALHO para definirem qualquer atalho à escolha para qualquer símbolo que queiram.
Se não tiverem um processador de texto que permita essas edições ou essas inserções de símbolo, podem fazer o que eu faço quando uso o Google docs. Procuro literalmente “travessão Wikipédia” no Google e acedo à página da Wikipédia sobre o travessão. Aí só tenho de copiar o símbolo diretamente da página e colá-lo sempre que precisar de colocar um no texto. Em vez de fazer ALT+A, faço CTRL+V.
UMA ÚLTIMA DICA SOBRE DIÁLOGOS — O VOCATIVO
Esta dica é um extra. Acrescento-o aqui porque é outro erro grave que incontáveis diálogos no Nyah! têm e que é realmente simples, se quiserem tentar descobrir qual é esse erro.
O vocativo é o que se chama ao “nome” da pessoa com quem estamos a falar.
Se eu me viro para um grupo de pessoas e falo “Gente, socorro!”, esse “gente” é o que eu estou a chamar a esse grupo de pessoas. “Gente” é o vocativo.
Se eu digo “Professor, tenho uma dúvida!”, “professor” é o que eu estou a chamar à pessoa com quem falei. “Professor” é o vocativo da frase.
Se eu digo “Meu amor, podes passar-me o sal?”, “meu amor” é a forma que eu tenho de chamar a pessoa com quem estou a falar, então é o vocativo.
Caso tenham reparado, tudo aquilo que eu identifiquei como vocativo veio entre vírgulas nas frases. É uma regra gramatical muito importante e simples, que basta que interiorizem para não errarem. O vocativo tem sempre de vir entre vírgulas. Ele vem só com uma se estiver encostado ao início ou ao final da frase, mas tem de vir sempre isolado do resto.
Deixo aqui outro mini exemplo de diálogos, mas com alguns vocativos em todas as falas para servir de exemplo:
— Sabes, Pedro, eu detesto o frio…
— Sei sim, Maria, estás sempre a falar disso…
— Estou? Deixa de ser chato, deixa-me em paz, seu… seu chato!
— Eu sou chato? Tu é que és irritante, sua irritante!
— Não sejas mau, irmão, não me quero chatear contigo.
— Nem eu contigo, maninha. Tens razão.
— Vamos fazer as pazes, cabeça de mula?     
— Vamos, ancas de cegonha, vamos…
DIFERENÇAS DE PONTUAÇÃO US VS UK
As diferenças de pontuação com aspas são poucas. Basicamente, nos Estados Unidos da América usam as aspas curvas duplas (“ “) e no Reino Unido e na Austrália usam as aspas curvas singulares (‘ ‘). Para além disso, na norma norte-americana, a posição da vírgula entre fala e narração com verbos dicendi é fixa. Na norma britânica e australiana, essa posição é normalmente um pouco relativa.
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dointimemp3 · 2 years
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  ‎   ‎  contra todos os próprios instintos, contra todo o seu raciocínio, até contra sua fé, apollonia estava pedidamente apaixonada. fingia ignorar os próprios suspiros e os momentos em que sua mente divagava e focava os pensamentos nele, mas agora era chegada a hora de encarar a situação. no começo, acreditara que sentia apenas uma curiosidade pelo desconhecido, uma vontade de ter uma pequena paixão para poder aguentar a pesada rotina com mais facilidade. agora, sabia com definitiva certeza que tinha deixado se apaixonar. como podia ser tão boba?
 ‎   ‎   o motivo de suas aflições e das rezas reforçadas que vinha fazendo nas últimas semanas tinha nome e sobrenome, os quais ela julgava belíssimos: phoenix wisetkaew. nix. quando menos esperava, se pegava pensando nesse nome, no que o rosto bonito por trás dele estaria fazendo e, o mais importante, se por acaso ele não estaria pensando nela também. toda vez que isso acontecia, ela fazia questão de se ajoelhar onde estivesse e, em completo silêncio, rezar para que conseguisse o tirar da cabeça. não imaginava que, após uma vida toda sendo fiel, deus fosse a abandonar de tal forma.
 ‎   ‎  quando várias semanas se passaram e o nome de phoenix parecia teimar em não lhe escapar, começou a pensar que talvez fosse um teste. se deveria resistir-lhe, se deveria se render a ele, não sabia direito, mas as duas opções lhe provocavam um profundo desespero. no fim das contas, polly imaginava que o pior da situação não era ter se apaixonado, mas ter sido por alguém tão diferente dela. duvidava que phoenix, cheio de opções e com tanta experiência, se interessaria por alguém que mal conhecia alguma coisa além do portão da própria casa. e se, a possibilidade mais distante da realidade que existia, começassem a namorar? o que poderia oferecer a ele? o que sequer sabia? nada. preferia ficar na eterna dúvida do que enfrentar a rejeição. portanto, nada poderia nem deveria acontecer.
‎   ‎  a conclusão pessoal não era o suficiente para lhe manter longe dele. diariamente, fazia questão de esperar na rua que sabia que ele passava todos os dias, quase sempre no mesmo horário, ansiando pelo momento em que, por breves instantes, estavam no mesmo lugar. não desejava ser vista e, em algumas ocasiões, torcia para que ele não aparecesse, como um sinal de que deveria desistir de uma vez por todas daquilo.
‎   ‎  estava quase voltando para igreja, pronta para passar pelo menos mais uma hora se confessando e contrariada pelo homem suspeito que parecia a observar, quando ele apareceu, mais bonito do que nunca. diferente de outros dias, passou a caminhar do seu lado, fingindo o reconhecer abruptamente. “ei! lembra de mim?”
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aylawitch · 3 years
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Preconceito e conexão com o mentor 💥✨🍃
Cheguei um bagaço ontem da capoeira e não consegui escrever, semana passada queria ter feito um Deipnon mais elaborado, mas antes feito do que não feito e quero terminar as cartas com as runas essa semana.
Ontem fiz uma reflexão no meio do caminho enquanto voltava da capoeira, o pessoal tava comentando no treino sobre a galera não vir por conta do preconceito, já que ligam a capoeira com as religiões de matriz africana criadas aqui, que na verdade faz bastante sentido a relação pois a capoeira nasceu com os negros, e isso me fez pensar na síndrome de vira lata que o brasileiro tem de achar que tudo que vem de fora é melhor e o por que de isso acontecer. A gente foi obrigado a engolir uma cultura que não nasceu dessa terra e foi criado um pensamento de que só tem um caminho certo e que só ele vale. Pra que ter tanto preconceito e medo com o que nasceu aqui e o pior é que é enraizado assim como o racismo, que não deveria acontecer num país tão multicultural.
E bora pra parte mágica XD percebi que precisava me conectar com o(s) meu(s) mentor(es) espiritual(is), então decidi fazer uma reza com um versinho rimado para me conectar pela manhã, noite e quando desse vontade. O bonito é que esqueci de fazer isso ontem kkkkk (já que fiz a reza na segunda 🌙) mas já fiz hoje então já comecei o processo :3
Fiquem com a fotinho do céu que tirei logo depois que lembrei que não tinha rezado pela manhã 😹😹😹
E é isso ai, bom dia pra galerinha do dia ☀️ e boa noite pra galera da noite 🌙✨
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theholyxmc · 3 years
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𝒏𝒂𝒎𝒆: martha cristina bastos müller
𝒏𝒊𝒄𝒌𝒏𝒂𝒎𝒆𝒔: mc
𝒂𝒈𝒆: 20 (no RG falso 25)
𝒔𝒆𝒙𝒖𝒂𝒍𝒊𝒕𝒚: heterossexual
𝒃𝒊𝒓𝒕𝒉: 02 de junho
𝒔𝒊𝒈𝒏: gêmeos
𝒉𝒆𝒊𝒈𝒉𝒕: 1.75cm
𝒘𝒆𝒊𝒈𝒉𝒕: 58kg
𝒐𝒄𝒄𝒖𝒑𝒂𝒕𝒊𝒐𝒏: estudante de moda (intercambista) e assistente pessoal
𝓹𝓮𝓻𝓼𝓸𝓷𝓪𝓵𝓲𝓽𝔂: Animada, enérgica, extrovertida. A natureza curiosa faz com que tenha desenvolvido grande facilidade em se infiltrar em qualquer conversa e grupo, o que igualmente desenvolveu a capacidade de comunicação e a falta de vergonha. Sua inocência acaba na aparência, onde sustenta a imagem de filha perfeita e jovem recatada, visto que no decorrer dos anos aprendeu por conta própria (na teoria somente, por hora!!) sobre os mais diversos pecados. É inquieta, mas tem um controle bastante impressionante de suas emoções. Se por um lado gosta de fazer besteira e tudo que possa ser classificado como ‘errado’ pelo simples sabor da desobediência e liberdade, o tempo presa pela rigidez dos pais a fez reconhecer como e quando fingir da melhor maneira possível. É então difícil vê-la agir puramente pelo calor da emoção, e sim; todas as coisas idiotas e imprudentes que faz é uma escolha bastante consciente. Nunca foi muito próxima dos pais, e o seu círculo de amizades também não a oferecia tantas pessoas em quem pudesse confiar, desse modo a maneira que a moça transitou por diversos assuntos e conhecimentos nunca fora muito saudável. Sua paixão sempre foi a moda, que muito admirava nas modelos e nas passarelas, bem como no dia a dia. Até fazia o melhor que podia dentro das vestimentas que os pais aprovavam, mas quando eles não estavam olhando? Então finalmente podia utilizar as peças que tanto apreciava. É a forma que a jovem sabe se expressar, visto que nunca o pudera fazer com palavras sinceras.
𝓱𝓮𝓪𝓭𝓬𝓪𝓷𝓷𝓸𝓷𝓼:
- Fala inglês fluente desde muito nova (bem como espanhol e francês), mas ainda tem um sotaque brasileiro muito forte.
- Já dominou a arte de sair de casa vestindo algumas peças de roupas somente para trocá-las do lado de fora, utilizando aquelas que seus pais jamais aprovariam.
- Não é muito presente nas redes sociais por ter medo de alguma foto ou vídeo acabar chegando até seus pais.
- Enquanto cursa Moda, tanto seus pais quanto os donos da residência em que ficará temporariamente pensam que ela está estudando Fisioterapia, e por isso ela constantemente compra livros sobre o assunto para fingir que está estudando ou entra em salas de aula para tirar fotos e enviar aos pais.
- Gosta de chamar atenção. Tinha de controlar isso em casa, mas em Storybrooke, agora que não mais sob constante vigilância dos patriarcas, o que mais aprecia é receber olhares para si. Não é muito bem trabalhada na sororidade e ainda está na fase da rivalidade feminina, então sempre que tem a oportunidade de provocar alguém garota que não gosta, faz questão disso. Especialmente se envolver interesses amorosos.
- Ao contrário do que possa parecer para quem a conhece de verdade, Martha acredita sim em Deus e na religião católica, apenas não acha que Ele criaria tantas coisas boas para impedir a todos de aproveitar. Reza todas as noites antes de dormir e vai à igreja todos os domingos, embora acabe esquecendo uma ou outra vez em Storybrooke.
- Não sabe nadar e tem medo de água.
𝓫𝓲𝓸:
Não era tão incorreto descrever a partir dos estereótipos da igreja católica a infância de Martha — o apreço pelo ouro, pelo excesso, e acima de tudo, pelas regras e limitações. Nascera em uma família muito bem endinheirada, filha do cirurgião anglo-germânico Michael Müller que havia se juntando com a herdeira de um dos maiores vinhedos do Rio Grande do Sul, Giovanna Bastos. O estrangeiro instalou-se no Brasil não apenas pela amada (pela qual havia se apaixonado em poucos meses de trabalho voluntário no local), mas também pelo enorme apreço pelo país em si; ou seja, pela oportunidade de viver com todo o luxo que a combinação do custo de vida e salário elevado lhe ofereciam. A garota tinha acesso desde muito cedo ao melhor sempre: as melhores escolas - de cunho religioso em respeito a moral e os bons costumes -, os mais caros cursos, os mais exclusivos eventos. Mas se por um lado crescera com a possibilidade de obter tudo que pudesse querer, então as doutrinas rígidas dos progenitores eram como barras em uma luxuosa cela. Crescer naquele ambiente com tanta recriminação era difícil, especialmente para uma jovem tão curiosa e extrovertida. Quanto mais os pais evitavam assuntos, mais queria saber sobre cada um. Quanto mais escondiam os prazeres mundanos, mais se perguntava como seriam. Talvez se pudesse dizer que Giovanna e Michael fossem uma vergonha hipócrita para a igreja, então teria ao menos alguma moral para desobedecê-los. O problema? Eles de fato agiam tal qual seus discursos, recriminando tudo o que supostamente era pecado (que, ao ver antiquado, enquadrava muitíssimas coisas). Claro, pareciam ignorar a tal frase bíblica sobre camelos, agulhas e fortuna; mas de modo geral, eram devotos e fiéis até demais às doutrinas que tanto marcavam o estilo de vida fervorosamente religioso. Martha praticamente cresceu na igreja. Fazia parte do couro, finalizou a catequese, a crisma, tornou-se coroinha. Tornou-se assistente, e até mesmo organizadora de eventos beneficentes em nome das figuras santas. Sua vida girava em torno daquele mundo, bem como das expectativas da filha perfeita que havia sido criada para ser. Casta, recatada, inteligente (mas não a ponto de contrariar os homens de sua vida), esforçada. Sempre com as melhores notas, o mais bonito sorriso, e a mais discreta vestimenta. Seu histórico poderia lhe conquistar bolsas em diversos locais, mas era em Storybrooke que estava sua chance.
Suas escolhas para a carreira não estavam tão abertas. Precisava ser algo digno, honroso, que permitisse apreciação e reconhecimento dos olhares externos. Também devia ser algo com retorno financeiro que a mantivesse no nível superior em que se encontravam, de preferência que a fizesse ser respeitada. Assim, a Fisioterapia pareceu encaixar. Dentro da área medicinal como seu pai, mas longe de coisas mundanas demais como cirurgias plásticas, por exemplo. Com retorno monetário de qualidade e um título que lhe renderia olhares de aprovação (e inveja! mas que Deus a protegesse), pôde sentir o orgulho nos olhos dos pais ao constatar para qual curso havia optado. Quando nomeara as diversas universidades estrangeiras, no entanto, a situação se tornou um pouco mais complicada. Eles não a permitiriam viver sozinha, exposta ao mundo dos pecadores! Também não viam motivos para que ela quisesse estudar tão longe, quando parecia lógico que continuasse por perto, finalizando seu curso e tão logo se juntando em matrimônio, como deveria. Foi com muito custo que conseguiu finalmente a permissão dos Müller para a universidade de Storybrooke. Definitivamente não era o que a moça tinha em mente, mas precisaria servir! O intercâmbio através da igreja também não era o ideal, sabendo que residiria com pessoas tão próximas de seus pais (e parecidas com eles). Ainda sim, era muito melhor que permanecer no Sul, presa aos progenitores e suas regras. Foi no aeroporto que deu o adeus que antecedia seus próximos anos de liberdade, enfim capaz de decidir por si mesma o que fazia ou não. Tudo bem, não era como se Martha tivesse sido a mais obediente das filhas - ha!! os progenitores não podiam nem começar a imaginar -, mas as pequenas mentiras durante aqueles anos não se comparariam aos planos que tinha de finalmente, pela primeira vez, realmente viver. Instalando-se na cidade, percebia-se que estava distante da inicialmente aspirada Los Angeles ou Nova Iorque, mas tinha seu charme. O maior deles sendo o fato de estar por volta de oito mil quilômetros distante de casa. Os colegas de seus pais? Seria fácil enrola-los, enchendo seu dia de falsas tarefas, aproveitando o máximo possível qualquer ingenuidade ou crença na figura de garota perfeita. A universidade? Faria tudo para que os pais não desconfiassem de que na realidade, a garota havia aplicado para cursar Moda, e não Fisioterapia como prometido. E a diversão? Bem, essa estaria prestes a iniciar assim que finalmente desfizera as malas.
𝓫𝓮𝓯𝓸𝓻𝓮 𝓽𝓱𝓮 𝓬𝓾𝓻𝓼𝓮:
Foi em algum momento tão antigo que se tornava impossível saber ao certo, ainda nos primórdios da Floresta Encantada, que a vida outrora feliz de Murtagh Carbonell iniciava. Tempos tão longínquos que poderiam questionar se sequer houvessem existido. A filha única do chefe da comunidade em que viviam, todos conheciam a mulher, todos a admiravam. Uma jovem educada, enérgica, curiosa. Boa moça, devota da fé que o pai, como líder, incitava aos moradores que seguissem como deviam. Uma que ainda não aceitava a magia, ou sequer a conhecia. Murtagh crescia com toda a possível tranquilidade, um único problema tomando conta dos seus dias: a curiosidade. Será que havia mais da vida além dos dias vazios e da rotina simplista? E não falava sobre o que lhe esperaria após a morte, prometido por profetas como o próprio pai, e sim sobre o que poderia conhecer ainda em vida. Queria sair da vila pequena, descobrir além do que os olhos conheciam ate então. Arriscava ultrapassar os limites da floresta que permitiam que os habitantes atingissem, escapar algumas noites pela janela para encontrar alguns amigos e até mesmo a experimentar os chás feitos com cogumelos que a fazia sentir leve e especialmente criativa. Mas nada se compararia à novidade que fora o desconhecido forasteiro que chegou um dia, tornando-se pauta em todo o vilarejo. Padraig era um enviado de Deus, passaram a acreditar, quando o suposto profeta começou a citar passagens do livro sagrado. Instalou-se no local, tornando-se quase tão influente quanto o próprio chefe do lugar. Sedenta por conhecimento, não tardou para que Murtagh, então com pouco mais de dezesseis primaveras, se aproximasse do homem na intenção de aprender o que existia fora dali. Afinal, ela só poderia escolher viver em outro mundo, se soubesse de sua existência! As histórias eram encantadoras, literalmente. O profeta então admitia, solicitando segredo, que o mundo era repleto de magias inexplicáveis. Não que aquela hipótese fosse desconhecida pelos residentes, mas a bruxaria era vista como algo satanista. Padraig afirmava o contrário, e Murtagh? Estava animada demais para desacreditar.
Se de um lado crescia a curiosidade da mais jovem, ao mesmo tempo o mais velho desenvolvia certa obsessão pela garota. Tão ingênua, tão cheia de vida, de inocência. Pura. Casta. E haveria algo mais atraente que isso, para alguém em sua posição? Acostumada a lhe tratarem sempre com alguma distância por conta de seu pai, era muito agradável a familiaridade e liberdade que parecia ter com o profeta. Também lhe permitia, pela primeira vez, experimentar a sensação deliciosa do proibido. Não porque nunca havia desobedecido alguma regra, mas porque jamais se atrevera a desrespeitar uma norma tão grande. Murtagh não somente flertava com o pecado de se envolver com um homem fora do matrimônio, mas com um homem de Deus, que teoricamente se resguardava unicamente para este. Foi pouco mais de um ano se contentando com as trocas de olhares, os toques singelos das mãos, o calor quando os corpos se tocavam discretamente as esbarrarem ou se sentarem perto demais. Foram as palavras bonitas de incentivo e segurança que, finalmente, fizeram com que as ressalvas de Carbonell se esvaíssem e a permitissem se deitar com Padraig. Quem poderia saber o que teria acontecido se o pai da garota não tivesse invadido o quarto aos fundos da igreja, onde presenciara os dois acordando juntos. Fato era que nenhum cenário dos mais assustadores imaginados por Murtagh a prepararia para o que de fato aconteceu. Com medo de perder o título, Padraig imediatamente disse que não havia sido sua culpa. A magia que ele tanto dizia não ser negativa? Agora utilizava para culpar por bruxaria garota que o seduzira e o fizera pecar de tamanha forma aos olhos de seu Deus. Sim, pois apenas uma bruxa enviada do próprio demônio seria capaz daquilo! A sentença foi breve, apenas a palavra do profeta prova necessária. Tirariam-lhe a cabeça, e atariam fogo! Traída, Murtagh clamou por misericórdia, mas não foi ouvida. O próprio pai a encarava como se não tivesse um resquício sequer de sentimento pela menina que protegera durante toda a vida. A única a lhe demonstrar empatia fora uma moça, aproximando-se do corpo preso ao palanque em frente do centro do vilarejo, admitindo ser, por sua vez, uma bruxa de verdade. A filha do líder aceitou então a saída oferecida pela feiticeira, uma promessa de que continuaria viva. E assim ocorreu, quando acordou novamente, após sua decapitação. Mas não tinha sido salva. Não exatamente. Havia sido amaldiçoada. Sua alma agora presa à terra, rondado como um fantasma, embora também não fosse um. Sua alma parecia estar conectada a um animal; uma mula, cujo sacrifício fora o que permitira que ainda estivesse ali. A visão da criatura sem cabeça poderia ser assustadora, mas transmitia uma segurança para Murtagh, como se soubesse em seu âmago que estavam conectadas. Assim, sua existência penosa passou a contar com os dias em que, montada no animal, vagava em busca de vingança. Não podia dizer que fora a Land of Untold Stories a única responsável por suas memórias escassas, já que perdera grande parte de si nos anos em que assombrara a Floresta, fazendo vítimas, espalhando a história de uma tal Mula sem Cabeça perigosa. Em determinado ponto, já não mais sabia por que exatamente estava se vingando. Ou ainda: de quem. As coisas ficavam menos claras, mas foi ao escutar sobre a lenda de um lugar mágico e desconhecido cuja passagem se dava através da morte, que decidiu se arriscar. Talvez quem sabe conseguisse enfim se libertar? Não teve qualquer receio de adentrar o lago, pronta para enfim descansar, interpretando o tal reino mágico como, quem sabe, o reino de Deus que por tanto tempo escutara existir. Mas para sua surpresa, a moça continuava viva. Viva, mas perdida em quem era, ou porquê era. Ali o feitiço era quebrado, e ela estava viva por completo outra vez; mas… onde estava mesmo? A vida em Land of Untold Stories foi como um recomeço, e eventualmente, aprendera a deixar para trás tudo o que fosse do passado. Afinal, ele já não importava há muito tempo.
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marianeaparecidareis · 3 months
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O COMANDO DE MARIA VEM DO ALTÍSSIMO!!
“Quanto mais autoritária e segura for a criatura de seus comandos humanos, menos dependerá do Divino e das Orientações Celestes!!... Este é um fato delicado num mundo em que ser dono de si mesmo alcança níveis assustadores!!.. Ninguém mais precisa de DEUS!! São auto suficientes e possuidores de grande preparo intelectual, emocional e profissional!!... São os comandantes, cada qual comandando seu reduto seja ele empresarial, político, paroquial ou doméstico!!... Lutam por soberania e domínio!!... Poder de decisão e comando!!.. Nesses comandantes não há espaço ao Comandante Supremo!!..."
"Digo isso de forma Paternal aos que erroneamente exercem papeis até importantes na Igreja!!.... A quem escutam??? A quem perguntam orientação??.. Somente à sua intuição falha e humana??... A intenção pode ser a melhor possível, mas continua sendo falha e humana!!... São raríssimos os casos em que a escuta silenciosa precede estas atitudes. Geralmente são impulsos egoístas que enxergam o 'interesse pessoal' como um forte determinante numa decisão!!..."
(Penso em alguns membros da CNBB)
"Esta é a importância de se conectar com pessoas aptas a receber Nossas Instruções, resultado de anos de preparação!.... Não é da noite para o dia!!... Não é sem esforço e sofrimento. Ao contrário!!! É fruto da extrema doação, a princípio indesejada e receosa, mas que com os anos é rendida pela sua incapacidade de assumir sozinha qualquer que seja a decisão!!..."
"Tu és filha, uma delas, que à custa de lágrimas e de sangue atingiste o ponto de temor diante de qualquer que seja a atitude a tomar. TEMOR A DEUS!!.. Temor de ti mesma; de tua limitação e fragilidade!!... Erraste muito, muito, e hoje já não desejas errar mais!!... Com certeza esta tua postura cautelosa causa estranheza e até críticas..."
"Mas que profeta foi elogiado neste mundo, filha??... Teria EU recebido aplausos por haver falado as Verdades que queriam ocultas?? Filha amada Nossa!!... Quando as criaturas entenderem que este é um treinamento para o Céu, compreenderão que as coisas da Terra devem desaparecer: Orgulho, vaidade, prepotência, autoridade, arrogância, e acima de tudo a vontade pessoal, grande vilã que arrasta milhões para os descaminhos!.."
"O Comando de MARIA vem do Altíssimo; assim como o teu deve vir Dela!!... Nada decidirás por ti mesma!!... Nada que se referir aos seus Comandos poderá ser executado sem o seu consentimento!!.... Ela é tua Mestra, Mãe e Rainha na expressão plena da palavra!!.. E Rainha tem a última palavra!!... Soberana!!.. Imagina então a Rainha do Céu e da Terra??... Pois então!! Esta é tua Mestra!... Procura te assemelhar a Ela na docilidade e meiguice!... Se te acusarem, reza com intensidade e fervor para que se convertam!!... Agora descansa filha!....”
Teu Pai, Filho, Espírito Santo
(Orientações de Jesus a Marjorie Dawe)
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asedanaraka · 3 years
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🕯️REZA DE PROTEÇÃO E ABERTURA DE CAMINHOS🕯️ Essa reza e para o Bara ou Exu pessoal Em primeiro lugar, lave sua boca com Gin e jogue na terra, em seguida mastigando 7 pimenta da costa e depois cuspa pra frente, pra direita e esquerda. 🍀Agora sim, faça a reza (Oriki) : "Exu Oni bodê Orum Oxeturá eni omo iá eni o mo babá Ti Adi toju bi omo Elegbara iuô la pe loni uá loni i bi omo ti njé Iá re uara nitori rogbô diã ilê aiê po jojô ogum ni uá Ogum lehim ilê aiê ogum ojô jumo ogum Ati iê to mu olomo ki o ma mo omo re to mu ore di otá arauom To mu eni du ipo omo lakeji to jeki a fé oju mo nkã eni Auá bebê fum abó re Exu Lalu uá gbô orô ati laroiê Uá so uá babá njadê lo so uá ti a pá padá uá le uá ki ogum Aiê ma le riuá gbe se Exu olo na onã ti Exu ba si enikã ki di uá si onã fun Uá eniti Exu ba si onarê lo segum aiê se uani olussegum ki otá Ma leri na gbe se eni onã re ba si pereguedê loni alafia babá orô Exu Odara da abó re bouá loni Axé." Tradução : Exu guardião do Orum. Oxeturá, aquele que não conhece sua mãe, aquele que não conhece seu pai. Mas que recebeu todo cuidado de Adi, O dinâmico. É você que estamos chamando, venha nos atender hoje assim que o filho atende sua mãe. As intrigas deste mundo estão demais. A guerra está na frente, a guerra está atrás de nós. O mundo é uma guerra diária A guerra de sobrevivência. Que fez os pais desconhecerem seus filhos Que fez os amigos virarem inimigos Que fez pessoas tomarem o lugar dos outros. Que fez com que colocassem olho grande em nossas coisas Nós estamos pedindo a sua proteção Exu, o ouvidor, Venha ouvir nossas palavras e reivindicações. Proteja-nos ao sairmos de casa Proteja-nos ao voltarmos para casa, que a guerra deste mundo não consiga nos vencer Exu o dono dos caminhos. O caminho que Exu abre ninguém é capaz de fechar, venha abrir nossos caminhos Aquele a quem Exu abrir os caminhos será o vencedor na guerra da vida Faça de nós vencedores Que o inimigo não consiga nos vencer. Aquele que tem seus caminhos abertos Terá saúde, o pai de todas as riquezas Exu o imprevisto venha a nos proteger hoje com todas as forças, axé. Muito Axé Hoje e Sempre. #ilêaséibádanaràká🌈 (em Salvador, Bahia, Brazil) https://www.instagram.com/p/CWWvKJTA54u/?utm_medium=tumblr
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relicariodasideias · 3 years
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O QUE TE DÓI NO OSSO? — GUEDES, KANT, E A TEORIA DA CAPTURA.
A mão (in)visível do mercado.
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Existe uma expressão de língua inglesa que utiliza o termo “to the bone”, tal expressão pode ser traduzida literalmente como “até o osso” e é utilizada, de modo geral, para expressar atitudes ou sentimentos de um modo radical, como por exemplo, é comum se dizer que uma empresa cortou seus gastos até os ossos para indicar uma atitude radical da empresa visando diminuir despesas, ou mesmo, pode-se utilizar essa expressão para expor algo que causa um imenso sentimento de tristeza e consternação, “hurt me to the bones”—me dói no osso (no núcleo).
Não à toa, optei por utilizar essa expressão saxã ao realizar a provocação constante do título do presente texto, pois, conforme veremos em seguida, tudo tem a ver com ossos, dólares e dor lacerante.
Não é de hoje que essa bola — Redonda! — gira, e gira sem parar, sem adentrar nas enciclopédias da filosofia moral, em um de seus últimos escritos Kant nos pôs a seguinte questão: “Se o gênero humano está, moralmente, em constante progresso para melhor”, e após realizar uma extenuante análise da metafísica da moral, talvez tomado pelo entusiasmo gerado pela revolução francesa, o jusfilósofo respondeu essa questão de modo afirmativo.
O principal argumento exposto por Kant para chegar a essa conclusão foi o de que a conquista dos cidadãos ao direito de dar a si mesmo, sem impedimentos, uma Constituição, teria o condão de transformar os que sofrem injustiças também em legisladores, afastando assim os males de um Estado cruel que reduziria os cidadãos a entes sem autonomia. Lembremos aqui que as grandes e significativas atrocidades realizadas no decorrer da história foram feitas por Estados, o que nos leva a crer que sem o Estado o diabo tem um grande limite em sua atuação.
Não precisamos ser grandes conhecedores das obras de Kant para constatarmos que, embora bem intencionado, ele errou muito em seus escritos, mesmo que tenha acertado bastante, mas, no que diz respeito à questão colocada, trata-se de mais um daqueles questionamentos impossíveis de se impor uma resposta, pois, seja ela qual for, mais vai esclarecer sobre quem a produz (opinião) e a interpretação histórica que faz, do que sobre o questionamento propriamente dito.
Diante disso, seria leviano da minha parte afirmar, embora sedutor, que Kant não imaginaria que, após 150 anos de sua morte, bem ao lado de seus restos mortais, pessoas seriam queimadas em campos de concentração, ou mesmo, que passados mais de dois séculos, no novo continente, a fila para se pegar um pouco dos ossos, sobras de mercado que antes eram doadas para os amigos caninos da região, estaria aumentando a cada dia, somando-se a ela pessoas famintas dispostas a lutar por um osso para roer quando a dignidade e autonomia, exaltadas por Kant, apenas encontram abrigo nos livros que ninguém lê.
Após essa imagem chocante — que me dói no osso— ter sido reverberada pela imprensa e por algumas bolhas, à exceção das bolhas que englobam os “tiozões do zap”, acéfalos, que pedem ditadura militar, creio que essa cena nos impõe a fazermos o seguinte questionamento: “Por que demos errado”, ou, “Onde foi que erramos”.
Por óbvio, tal questionamento, em perspectiva, assim como o de Kant, não passa de mera retórica, mas, talvez os Deuses — quer se acredite —, ou o destino, tenha nos fornecido, logo após o retrato da miséria, um forte indício a corroborar com essa reflexão.
O forte indício que me refiro como apto a corroborar com a reflexão proposta sobreveio no dia de hoje (03/10/2021), quando um consórcio internacional de jornalistas expôs documentos contendo nomes de pessoas que mantém aplicações financeiras em locais denominados como sendo “paraísos fiscais”, onde inexiste, ou quase não há, tributação sobre o dinheiro lá inserido. Tais documentos, para a surpresa de alguns, revelam que nosso Excelentíssimo Senhor Ministro da Economia é detentor de uma vultuosa quantia em dólar depositada no exterior.
Em respeito aos economistas, e a mim, pois “a coisa mais difícil que existe é não falar besteira”, jamais emiti opinião, ou mesmo, examinei a política econômica adotada pelo atual governo por não entender suficientemente de economia para julgar as políticas econômicas adotadas pelo governo— tautologia proposital—, pois, como cientista do direito, não detenho de conhecimento econômico apto a criticar ou elogiar uma política econômica de modo justo, no entanto, como ser humano que sou, posso afirmar, sem pretensão, que entendo de seres humanos e sobre esse fato sinto-me confortável, de observar os fatos, documentalmente comprovados, e ligá-los ao questionamento acima proposto.
Pois bem, voltemos um pouco até o ano de 2019, onde, sob aplausos dos “faria limers” nosso atual ministro, amante do dólar, assumiu o cargo, aspirando otimismo no tal do “mercado” que, reza a lenda, comanda e possibilita, com sua mão invisível, o progresso de uma nação.
Naquela ocasião, a moeda norte americana tinha o valor de R$ 3,87 (três reais e oitenta e sete centavos), vindo de alta de 16% em relação ao ano anterior, o que já pesava no bolso dos brasileiros.
É fato notório, já que a opinião encontra limites nos fatos, que a política econômica adotada pelo governo, talvez em razão da presença de uma raposa no galinheiro, foi a de deixar que o dólar subisse, inclusive, tal política pode ser facilmente verificada nos discursos de nosso Ministro, que, à guisa de exemplo, no dia 26/11/2019, após o dólar alcançar o valor de R$ 4,27, se manifestou para a nação, e para o mercado —Deus de alguns—, no sentido de que “não precisamos nos preocupar com o aumento do dólar”.
Como era de se esperar, pela postura do Ministro, a moeda norte americana continuou batendo recordes históricos de alta, alcançando a marca de R$ 5,00 em 16/03/2020, para a felicidade do ministro e dos “patriotas” latifundiários do boi e da soja que há muito exportavam suas produções por valores antes inimagináveis, e estariam, inclusive, dispostos a colocarem seus tratores nas ruas para defender a continuidade do ótimo governo que se desenrolava, mas isso deverá ser assunto em outro texto.
Outro discurso do Ministro que merece destaque ocorreu em 23/04/2021, na Fiesp, onde o hábil investidor afirmou, in verbis, querer o dólar “um pouco mais alto”.
Até então, considerei que, para nós, leigos em economia, seria no mínimo leviano criticar, por criticar, nosso Ministro, senhor “estudado”, pois certamente seria, e sempre vai ser, um erro presumir que uma pessoa age, como age, em razão de objetivos espúrios.
No entanto, com o descobrimento das grandes quantias em dólar de propriedade do nosso Ministro, que ganhou em média R$ 14.000,00 (quatorze mil reais) por dia em que esteve comandando as baquetas da economia do país, em razão da elevação do dólar, a política econômica do nosso “Warren Buffet” brasileiro deve ser observada por dois aspectos fora do econômico, sendo estes o aspecto humano e jurídico.
No que diz respeito ao aspecto jurídico, podemos fazer uma analogia do ocorrido com a chamada “Teoria da Captura”, que surge como um problema a ser enfrentado principalmente dentro do modelo de Estado Social Liberal, e, a grosso modo, busca evitar que uma pessoa, ou um setor interessado, “capture” um órgão burocrático estatal e utilize-se deste visando a produção de atos destinados ao interesse de um, ou alguns, em detrimento ao interesse coletivo. Ressalte-se que, com a descoberta de que o Ministro é grande interessado na alta do dólar, e que este, em razão disso, adotou política visando este fim, logo, houve então a captura de nosso governo federal por um senhor que visou interesses egoísticos.
Certamente nos próximos dias o senhor Ministro deverá se pronunciar, ironicamente, no sentido de que “não é ilegal ter investimento em dólar em offshore, está declarado... blá, blá,blá” ou coisas do tipo, daí então o papel do direito em aplicar os princípios constantes de nossa constituição e reconhecer o ato de improbidade do Ministro, que deu o tom das baquetas de nossa economia enquanto via seus investimentos, em razão disso, multiplicarem-se.
De todo modo, embora o direito nos forneça as ferramentas aptas a configurar a improbidade do Ministro, devemos nos lembrar que demos errado, vivemos em um país onde temos que colocar placas em repartições públicas com dizeres “feche a porta”, ou mesmo “dê descarga após o uso”, talvez na atual sociedade distópica em que vivemos seja exigível colocarmos uma “plaquinha” dentro do ordenamento jurídico com os dizeres “se você tem milhões em moeda estrangeira, logo não pode conduzir o órgão que pode tomar medidas que fazem as moedas estrangeiras subirem”.
Posto isso, a outra breve análise que nos resta — além da vergonha—, reside no simples fato de refletirmos se, um ser humano, em pleno uso de suas faculdades mentais, na posição de ministro da economia, tomaria alguma medida que promovesse o bem-estar social mesmo ciente de que tal medida ocasionaria um prejuízo pessoal financeiro de milhões?
A resposta para essa pergunta é fácil e deriva da própria lógica, pois seria incognoscível reconhecer que qualquer pessoa que tenha um investimento não espere que isso seja positivo e gere lucro.
Diante disso, conclui-se que, embora não podemos afirmar, por mais tentador que seja, que a mão invisível do mercado é aquela que desligaria nossos respiradores, nós podemos afirmar, com fundamentos fáticos, que a mão visível do Ministro é a que empurra aqueles sujeitos — não para o ministro—, até a fila dos restos dos ossos.
Por derradeiro, sejamos justos, talvez Kant não estivesse tão errado em sua premissa, pois a bola realmente gira, portanto evoluímos, mas, faltou ao filósofo também fazer constar que, por vezes, alguns homens fazem com que a bola simplesmente gire ao contrário, e involuímos.
José Henrique Borges de Campos - humanista e advogado.
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