Tumgik
#top emulador celular
nazariatakus · 2 years
Video
TOP MELHOR EMULADOR Com TODOS VIDEO GAMES Em 1 APP No CELULAR ANDROID Do...
0 notes
iuriinacio · 8 months
Text
Post Especial: Evolução dos meus celulares!
Há 10 anos comecei a usar a internet, de lá pra cá eu já tive vários celulares que acompanhou nessa jornada, hoje irei mostrar os celulares que eu já tive, então bora comecar
Pilotos:
Tablet Multilaser M7s (2013-2014)
Tumblr media
Esse primeiro é desconhecido para vocês, mas foi aqui onde começou, foi meu primeiro aparelho que eu tive para usar YouTube e jogar alguns jogos, foi daí que comecei a usar a internet através de um modem de notebook que vinha nele, mas por causa de um descuido meu, eu quebrei a tela desse tablet, mas tive bons momentos com ele.
Principais:
Samsung Galaxy Win 1 (2014-2016)
Tumblr media
Esse de fato foi meu primeiro celular que eu tive, ele era bem simples com os míseros 700mb de RAM e 8gb de memória interna, além de ter colocado root e as vezes eu ter brickado ele, mas hoje eu sinto falta desse celular, pois além de ter sido meu primeiro celular, o launcher dele era o TouchWiz que até hoje eu considero o mais bonito que a Samsung já fez.
Motorola G2 (2016-2017)
Tumblr media
Esse é o mais famoso da Motorola, foi meu segundo celular, na época que a Motorola era da Google e tinha celulares bons, a versão que eu tinha era a mais top com 1gb de RAM e 16gb de memória, na época que eu peguei, 16gb era muita coisa, mas com um tempo eu acabei estragando o telefone colocando root e chegando até corromper o sistema, mas vivi bons momentos com ele, além dele ter o Android semi-puro!
LG K10 (2017) (2017-2020)
Tumblr media
Esse daqui já falei algumas vezes no meu Twitter/X, foi meu terceiro celular, ele rodava jogos até que legal e tinha uma boa memória interna pra época, agora as câmeras eram horríveis, ele estava me atendendo bem até que em 2019 deu problema na bateria e ele descarregava com 37% de carga, infelizmente foi por conta desse celular que eu fiquei na mão.
Samsung Galaxy J6+ (2020-2021)
Tumblr media
Como quebra galho esse foi meu quarto celular, ele era mais ou menos memória interna ok e ram boa, mas infelizmente seu processador era muito fraco, além de que suas câmeras era mais ou menos, infelizmente por causa de um descuido na quina da mesa, a tela do celular trincou deixando mais uma vez na mão!
Curiosidade sobre esse celular, foi o primeiro celular da Samsung a ter biometria na lateral.
Samsung Galaxy J6 (2021-2022)
Tumblr media
Como mais outro quebra galho, esse foi meu quinto celular, ele era bom, tinha ram de 2gb e 32gb de memória, além de seu processador ser melhor do que a sua derivante, tinha boas cameras e tinha tela super amoled que a qualidade era excepcional, estava me atendendo super bem, até que em março de 2022 tive que desfazer dele, porque o microfone interno dele simplesmente deu defeito, me deixando mais uma vez na mão!
Motorola E6 Plus (2022)
Tumblr media
Esse eu apelido como "celular provisório", não tenho muito que falar sobre ele, apenas dizer que ele tinha memória interna de 64gb e 4gb de ram o que é o padrão para os celulares básico de hoje em dia!
Samsung Galaxy A12 Nacho (2022-2024)
Tumblr media
Esse é meu sexto e atual celular, não tenho nada que reclamar dele, ele tem 64gb de memória interna e 4gb de ram, além de boas cameras para um celular básico, roda quase todos os jogos no máximo e inclusive roda emuladores como do Nintendo, PS1 e PS2 na tranquilidade, além de sua bateria durar o dia todo até o momento não estou pensando trocar de telefone nem tão cedo.
Bem essa foi a história dos celulares que eu tive, apesar dos antigos terem me dado dores de cabeça, ainda sinto falta deles, obrigado pela leitura.
1 note · View note
cupomzeiros · 2 years
Text
Quais São Os Melhores Cabos OTG? Confira o TOP 5!
Tumblr media
Que tal conectar seu smartphone a outros acessórios, como mouses, teclados ou controles? Já pensou poder transformar as funções do seu celular? Hoje em dia, temos diversos tipos de cabos no mercado que atendem a objetivos diferentes. Os cabos OTG (On-The-Go) servem justamente para esse tipo de conexão entre celular e outros equipamentos, a fim de facilitar a sua navegação e a tornar mais confortável. Se você acha muito caro comprar um notebook, você pode adquirir produtos que assemelhem o celular a ele. Assim, fica mais fácil trabalhar, estudar ou fazer tarefas da universidade através da conexão com o teclado, por exemplo. Além de ser compatível com smartphones, algumas entradas também encaixam em tablets. Está ficando interessante, não é? Nós vamos apresentar a você nesse artigo os 5 melhores cabos OTG do mercado para que a sua aquisição seja sem erro! É só continuar aqui conosco. Os 5 Melhores Cabos OTG Os cabos OTG possuem duas entradas, uma com entrada macho (para saber mais, vá em “Como escolher” mais abaixo) para os smartphones e uma USB-A fêmea para conectar com outro aparelho – este é USB que conhecemos normalmente. Mais do que celulares e tablets, os cabos OTG podem ainda ser utilizados para alguns tipos específicos de notebooks, como os MacBooks mais recentes, que não utilizam mais a entrada convencional de USB. Esses cabos, apesar de serem uma inovação para smartphones, não se dão bem com todos. Para checar isso, é preciso apenas baixar na PlayStore o aplicativo “Easy OTG Checker” e verificar a compatibilidade. Fica tranquilo, que nós vamos relembrar isso ao longo do texto! Ficou curioso? Então dê uma olhada nos nossos cupons de desconto e se prepare para a nossa lista! Foto: Cabo OTG USB-C macho para USB-A fêmea P3AMUP-15 – PCYES Veja avaliações do produto: VER NA AMAZON Cabo OTG USB-C macho para USB-A fêmea P3AMUP-15 – PCYES O cabo OTG da PCYES é o primeiro que figura em nossa lista. Tem entradas USB-C macho e USB-A fêmea. Com 15 centímetros de comprimento, é feito de cobre. Permite uma conexão 3.0, transmitindo dados em até 5 Gigabits por segundo (Gbps). Isso significa uma ótima velocidade de transmissão. Conta com um visual minimalista e um design clean focados na durabilidade do produto e em sua usabilidade e fácil manuseio. Possui blindagem de qualidade, revestimento em PVC e conectores ABS, que tornam o cabo mais resistente. Ele pode ser utilizado, por exemplo, para conectar um teclado ao tablet, transferir músicas e imagens do pen drive direto para o celular ou mesmo conectar joystick ao smartphone para jogar com o emulador. É compatível com celulares mais recentes. Foto: Cabo OTG USB-C macho para USB-A fêmea – Ugreen Veja avaliações do produto: VER NA AMAZON Cabo OTG USB-C macho para USB-A fêmea – Ugreen O cabo OTG da Ugreen tem entradas USB-C macho e USBA-fêmea.É compatível com vários dispositivos, como MacBook Pro, Mini iPad Pro e Samsung Galaxy. O comprimento do cabo não é especificado na descrição. Tem conexão 3.0 de 5Gps com carregamento rápido de 2A. Ele suporta transferência de arquivos enquanto faz o carregamento do aparelho. O cabo é feito de nylon trançado, tornando-o mais durável e resistente. Seu revestimento de alumínio desacelera o desgaste da peça, além de conferir um design único a ela. Possui a tecnologia Plug&Play, sendo necessário somente conectá-lo aos dois dispositivos desejados e usar o quanto quiser, sem nenhum mistério. Tem ampla compatibilidade: suporta teclados, mouses, microfones, HDs externo, entre outros. Foto: Cabo OTG Micro USB-B macho para USB-A fêmea – MD9 Veja avaliações do produto: VER NA AMAZON Cabo OTG Micro USB-B macho para USB-A fêmea – MD9 O nosso TOP 5 continua com o cabo OTG da MD9, marca especializada em venda de cabos. Tem entradas Micro USB-B macho e USB-A fêmea. Possui uma conexão 2.0 de 480 Megabits por segundo (Mbps), fazendo com que sua transmissão de dados seja um pouco mais lenta do que os anteriores. Sua entrada Micro USB-B é compatível com celulares Android mais antigos. É importante comparar a entrada do seu dispositivo com a do cabo para não ter problemas. Os comentários alegam que o produto é de fácil manuseio e atende bem a sua função. A garantia do produto é de 2 anos por defeito de fabricação. Não consta o tamanho do cabo nas características. Foto: Cabo OTG para Micro USB-B macho para USB-A fêmea – Science Purchase Veja avaliações do produto: Cabo OTG para Micro USB-B macho para USB-A fêmea – Science Purchase O cabo OTG da Science Purchase tem entradas USB-B macho e USB-A fêmea, 14 centímetros de comprimento e conexão 2.0, transmitindo dados em 480 Mbps. Possui vasta compatibilidade com tablets e celulares, porque sua entrada é a tradicional dos aparelhos mais antigos. Além disso, gera conexão com pen drives, mouses com ou sem fio, teclados e leitores de mídia. Com um ótimo custo-benefício, o produto promete tirar o máximo proveito do seu smartphone e entregar qualidade e praticidade na hora de transformar os seus dispositivos móveis. Foto: Cabo OTG Micro USB-B macho para USB-A fêmea – Ugreen Veja avaliações do produto: VER NA AMAZON Cabo OTG Micro USB-B macho para USB-A fêmea – Ugreen A Ugreen chega novamente em nosso TOP 5 com um cabo OTG de entrada Micro USB-B, para aparelhos Android mais antigos, e USB-A fêmea, com conexão 2.0 de 480 Mbps. Tem revestimento de PVC, o que aumenta sua resistência e consequente durabilidade. Ele é portátil e versátil, com apenas 16 centímetros, e você pode levá-lo a qualquer lugar. Estabelece conexão com controle de jogos de PS3 e PS4, fones de ouvido USB, teclados e muito mais. Serve também para conectar mouses ao seu dispositivo móvel, especialmente se a tela estiver quebrada. É importante esclarecer que ele não suporta carregamento e transferência de dados ao mesmo tempo tampouco transferência de vídeos. Foto: BÔNUS: Adaptador USB-C macho para USB-A fêmea – MD9 Veja avaliações do produto: VER NA AMAZON BÔNUS: Adaptador USB-C macho para USB-A fêmea – MD9 Um bônus que cabe perfeitamente na nossa lista é o Adaptador USB da MD9. Apesar de não ser um cabo OTG e sim um adaptador, ele cumpre as mesmas funções e é uma escolha da Amazon muito prática para transportar no dia a dia. Tem entradas USB-C macho e USB-A fêmea. Sua entrada USB-C, como já comentamos, é compatível com vários Android mais recentes e também com dispositivos da Apple. Ele não tem cabo: se conecta direto ao smartphone e ao aparelho desejado. Ele possui conexão 3.1 de 10 Gbps, sendo mais veloz em transferência de dados do que todos os produtos que apresentamos nesta lista. Apesar disso, as informações estão um pouco confusas na página, em que consta, no início, a conexão 2.0, depois 3.1, dizendo que ele suporta apenas 5Gbps. Vale a pena se comunicar com o fornecedor. As pessoas também perguntam Para que serve o cabo OTG? Como já dissemos lá em cima, o cabo OTG serve para conectar o seu smartphone a diversos dispositivos, fazendo-o funcionar à semelhança de um notebook. Você pode, por exemplo, conectar controles de videogame ao seu smartphone. Além disso, é possível também ligar a dispositivos como: tablets, pen drives, cabos de rede, impressoras, câmeras, microfones e até mesmo instrumentos musicais. Por isso, o cabo OTG é bastante versátil e prático, comportando diversas funções em um só cabo. Quais celulares são compatíveis com o cabo OTG? Aqui vai uma lista de alguns dos modelos compatíveis com esse cabo: LG G2 e superiores, Galaxy S3 e superiores, Moto E e superiores, Xperia Z. Para utilizar em outros aparelhos compatíveis, como os da Xiaomi, basta instalar o cabo no smartphone e ele estará pronto para ser utilizado. Mas existe outra forma de verificar a compatibilidade: Como saber se meu smartphone é compatível com o cabo OTG? Só para relembrar o que dissemos lá no início: Nem todos os smartphones têm essa compatibilidade, então dica é baixar o aplicativo “Easy OTG Checker” através PlayStore para verificar se o seu smartphone foi configurado para isso. Qual é a diferença entre o cabo OTG e o cabo USB? A diferença está no número de conexões possíveis. Enquanto o cabo USB permite a conexão do smartphone apenas com o computador ou carregador, o cabo OTG torna possível essa conexão com diversos outros dispositivos. Como escolher Entrada USB É o formato do conector USB que vai definir, em última instância, se seu dispositivo pode ou não ser compatível com o cabo OTG. A definição de macho e fêmea é simples: os conectores macho são para fora e os conectores fêmea para dentro. Confira os tipos mais famosos: - USB-A: são os USB mais comuns e mais antigos, os retangulares, que geralmente recebem o nome de USB por nós. - Micro USB-A: seu design é mais fino e mais compacto do que o primeiro, mas ainda retangular. - Micro USB-B: têm o formato que lembra um trapézio, mas é fino. É o tipo de entrada mais comum nos Android mais antigos ou mais baratos. - USB-C: são os mais modernos, com bordas arredondadas, servindo para smartphones mais recentes. Tipo de conexão Existem diferentes tipos de conexão USB e isso diz respeito à velocidade com que as informações são transmitidas de um dispositivo para outro. A conexão influenciou os formatos dos USB que vimos acima. Então, é importante verificar qual é o tipo de conexão do seu cabo OTG: - USB 1.0: até 1,5Mbps (megabits por segundo) em banda estreita e 12 Mbps em banda larga. É o mais antigo, lançado em 1996, mas que subsiste até hoje. - USB 1.1: até 1,5Mbps em banda estreita e 12 Mbps em banda larga. Muito comercializado, foi lançado logo após o 1.0 com algumas correções de falhas, mas velocidades semelhantes. - USB 2.0: até 480 Mbps. Lançado em 2000, possui velocidade muito maior do que a dos lançamentos anteriores. - USB 3.0: até 5 Gbps (gigabits por segundo). Lançado em 2008, foi considerado com uma “super velocidade” quando comparados aos demais. - USB 3.1: até 10 Gbps. Lançado em 2013, aperfeiçoou ainda mais a transmissão de dados e a sua velocidade. - USB 3.2: até 20 Gbps. Lançado logo depois do 3.1, teve sua velocidade aprimorada. Existem ainda outros lançamentos mais recentes, não tão populares no Brasil, mas que não citaremos aqui, porque não aparecem nas descrições dos cabos OTG no nosso TOP 5. Material O material dos cabos é importantíssimo para definir a sua durabilidade e resistência. Os cabos mais resistentes são os de revestimento de PVC, mas também há o revestimento de alumínio que desacelera o desgaste. O material dos cabos pode ser de cobre ou nylon, o que garante a sua qualidade. Além disso, algumas empresas optam por colocar blindagem nos conectores e os banhar a ouro, para torná-los mais duradouros. Comprimento Um fator importante de escolha é o comprimento do cabo OTG. Em geral, eles são cabos pequenos, mas você tem a opção de escolher o tamanho do seu. Considerações finais Enfim, nós agora já somos especialistas em cabos OTG e em todos os tipos de USB existentes. E você pensando que o USB era só aquele cabo tradicional, não é? O Cupomzeiros também é conhecimento! Depois de tantas informações, você já pode olhar os nossos destaques TOP 5 e escolher o seu cabo OTG com total consciência do produto que você está adquirindo. Vale lembrar que é muito recomendado dar uma lida nas avaliações e comentários para fazer uma compra ainda melhor. Colocamos o adaptador como bônus, porque ele não é um cabo propriamente dito, mas pode servir bastante às suas intenções e se torna uma boa fonte de busca também. Nós prezamos por não te deixar com noções incompletas. Você gostou do conteúdo que apresentamos? Escreva aqui nos comentários para sabermos. Seu feedback é essencial para nós! Fico por aqui, e até a próxima! Read the full article
0 notes
koopatrope · 5 years
Text
Sonhos lúcidos
- É sua tarefa, Luís, não minha.
- Eu sei, só estou pedindo ajuda. Você não pode me explicar?
O escritório inteiro olhava para os dois, mas a colega com quem ele falava nem tirava os olhos da tela para respondê-lo.
- Não. É responsabilidade sua.
Ele ficou ali, de pé, constrangido. A mulher acrescentou:
- Pôr calças também seria uma boa ideia.
Luís percebeu que estava pelado abaixo da cintura. Cobriu suas partes com as mãos e, envergonhado, voltou ao seu lugar. Sentou-se e fingiu que estava tudo normal. Perguntou-se se Mara havia visto aquela humilhação toda.
Tentou trabalhar, mas raciocinar estava difícil, então abriu o Outlook e digitou:
“Para: Suporte Técnico Assunto: Café Mensagem:
Olá, Poderiam, por favor, me trazer uma xícara de café? Aguardo sua resposta. Atenciosamente, Luís Monteiro”
Assim que enviou o e-mail, Mara veio ao seu cubículo conversar. Ela estava de saia rosa e uma boa parte da coxa de fora. Luís afundou-se na cadeira tentando esconder sua nudez debaixo da mesa.
- Precisa de ajuda? - A voz, assim como o rosto, era da sua ex, mas aquela era a Mara mesmo assim.
- Preciso.
Ele tentou se lembrar aonde estava guardado, na rede, o arquivo que precisava preencher. Abria diversas pastas mas não o achava. Mara mudava o peso de uma perna para a outra, impaciente.
Ele clicou duas vezes em um arquivo e um emulador de Super Nintendo se abriu, com as palavras “STAR WARS” em amarelo num fundo preto. A versão 16-bit do tema do filme tocando alto.
- Não sei o que é isso - ele mentiu enquanto tentava abaixar o volume da caixa de som, sem sucesso. - Nunca instalei isso. Não é meu.
Diversos colegas se aproximaram para olhar sua tela.
- Aqui está o café! - gritou o cara do suporte técnico, tentando ser ouvido por cima da música.
Luís tentava fechar a janela do emulador, mas não conseguia. O logo amarelo se distanciava da tela e um texto o seguia lentamente pelo espaço. A música continuava jorrando. O cursor estava em cima do “X”, mas quando ele clicava nada acontecia. No desespero, acertou com o cotovelo a xícara que havia surgido em cima da mesa. Mara gritou quando o café pelando caiu na sua perna.
- Desculpa! - Luís disse se levantando.
Os olhares dos colegas o lembraram que ele estava pelado. Mara chorava. Ela tirou a mão da coxa revelando uma ferida em carne viva.
- Desculpa! - Ele implorou.
A menina olhou para a nudez de Luís. Sua expressão passou de dor para surpresa, e logo para a de desespero.
- Na sua barriga também! - Ela disse, apontando para o jovem.
Ele olhou para baixo.
Sua barriga estava tostada. Bolhas cresciam e estouravam, fazendo sangue e pus escorrerem pelas suas pernas.
Tudo aquilo desapareceu, exceto pela música, e Luís viu-se em seu quarto, deitado na cama. O lap top estava quente em sua barriga ainda com Super Star Wars ligado. Fechou a janela do jogo assim que entendeu o que estava acontecendo. Ah, silêncio!
Havia chegado tarde do trabalho, descongelado e comido uma lasanha e deitado no escuro para jogar um pouco e relaxar. Nem percebeu quando caiu no sono. Devia ter esbarrado em alguma coisa e o lap top saiu do modo inativo, o acordando.
“Que merda de sonho”, pensou. Ter pesadelos já era ruim, mas sonhar que estava trabalhando era horrível. Chegara do serviço e pegara no sono por oito horas, só para trabalhar lá também. E agora já tinha que voltar pro escritório. Era como se fizesse três turnos emendados. O pior é que esses sonhos estavam cada vez mais frequentes.
Pensou sobre o pesadelo que teve. Aliviava-se ao lembrar dos detalhes e se assegurar de que nenhum deles tinha acontecido de verdade. Riu da ideia de pedir um café por e-mail para o suporte técnico. “Acho que vou fazer isso hoje”, brincou para si mesmo, começando a ficar grogue de sono novamente. Abriu os olhos com urgência e checou as horas no celular. Faltavam quinze minutos pra ter que se levantar.
Quinze minutos era o pior. Muito pouco para voltar a dormir mas muito tempo para desperdiçar se levantando. Já que estava com o computador na cama, abriu uma janela do Reddit e começou a navegar.
No meio de memes e gifs de cachorros, viu uma postagem que, se houvesse visto em outro dia, teria ignorado, mas hoje lhe chamara a atenção. Era um texto sobre sonhos lúcidos. Ele já havia ouvido falar naquilo, sabia que tinha a ver com controlar seus sonhos. “Num pesadelo como o de hoje isso seria muito útil”, pensou.
Ao meio-dia, enquanto almoçava, Luís leu o artigo salvo no celular.
O conceito era o que imaginava: controlar a si mesmo e tudo ao seu redor nos sonhos. A maneira como se alcançava isso era percebendo que estava sonhando sem acordar. Assim a realidade era sua para ser modelada. “Eu poderia fazer o que quisesse”, pensou. “Poderia ser um jedi, ter uma Ferrari, comer a Megan Fox…”.
Leu atentamente a segunda parte do texto, que ensinava como atingir a lucidez nos sonhos.
A primeira dica era ter um diário de sonhos, que deveria ficar na cabeceira da cama, tanto para que fosse possível anotá-lo antes de esquecê-lo, quanto para que de noite a pessoa caísse no sono perto do caderno. Isso faria com que ela inconscientemente se preparasse para sonhar, aumentando suas chances de perceber que sonhava.
Aquilo pareceu bobagem para Luís. Esse papo de inconsciente não era sua praia, mas o próximo ponto parecia mais racional e o fascinava.
Tratava-se de outro tipo de truque para perceber que se estava sonhando. A grande sacada era se viciar nesses truques, de maneira com que a pessoa começasse a testar o seu redor mesmo sem pensar a respeito, até que em algum momento acabaria fazendo aquilo sem querer em um sonho, e então perceberia que estava dormindo.
Dois desses truques fizeram muito sentido para Luís. Um era olhar a palma de sua mão o tempo todo, de cinco em cinco minutos, se possível, todos os dias, até que começasse a fazê-lo sem pensar. Acabaria conhecendo a imagem da sua palma, e quando, por vício, fizesse aquilo em um sonho, reconheceria que aquela não era exatamente a sua mão.
Outro truque que Luís achou que podia funcionar com ele era se viciar em apertar todo interruptor de luz que visse. Teria que, toda vez que entrasse em uma sala sozinho, procurar um interruptor e apertá-lo. Segundo a postagem, assim como a palma da mão, a mudança da luz em uma sala era difícil de ser reproduzida perfeitamente por nosso cérebro.
Se ele era influenciável o suficiente para frequentemente sonhar que estava trabalhando, não via porque não conseguiria condicionar-se a testar uma dessas coisas num sonho.
- Tá tudo bem? - Perguntou Pedro, ao flagrar Luís, de novo, olhando para a palma de sua mão.
- Sim, tudo certo.
Pedro sentava ao seu lado e provavelmente o veria fazendo aquilo diversas vezes ao dia, então Luís abriu o jogo:
- Eu só estou fazendo um teste. É um truque para se ter sonhos lúcidos.
O colega franziu a testa.
- Isso é quando você tem um sonho super realista, tipo A Origem, né?
- Mais ou menos. - Ele respondeu, sem saco para explicar, e com um pouco de vergonha também.
Após os dois ficarem em silêncio por um instante, Luís checou novamente sua palma. Pedro balançou a cabeça negativamente e balbuciou:
- Coisa de louco.
Luís ouviu esse tipo de comentário diversas vezes nos dias seguintes. Mesmo assim, sua força de vontade o fez continuar. De cinco em cinco minutos, as vezes ainda mais frequentemente, ele checava sua palma, não se importando com quem via. Começou a fazê-lo sem pensar, até na frente da Mara.
Sempre que entrava em um cômodo novo e se via sozinho, procurava o interruptor e o apertava, prestando atenção em como a luz se apagava e se acendia. Não importava se estava em casa, no escritório ou qualquer outro lugar. Chegou a apagar a luz sem querer na cozinha do escritório enquanto umas dez pessoas almoçavam. Apenas pediu desculpas e acendeu a lâmpada, aproveitando para reparar bem em como isso mudava o ambiente.
Até a dica do diário de sonhos ele seguiu. No começo sentiu-se um pouco ridículo escrevendo seus sonhos, mas acabou gostando de ter um jornalzinho e poder reler aqueles sonhos bizarros que sumiam de sua cabeça alguns minutos após acordar.
Após dois meses ele havia quase desistido daquilo tudo. Quando apertava um interruptor ou olhava para a palma de sua mão se perguntava por que estava fazendo aquela idiotice, mas então imaginava-se voando num sonho, e sendo um rei por oito horas, todos os dias, e insistia no hábito.
Um dia Luís estava com a Mara na casa dela. A aparência era da casa de sua avó, mas era a da Mara mesmo assim. Sentados no sofá, os dois conversavam, e a menina o tocava quando falava, e ria toda vez que ele fazia um comentário engraçado. “Isso está indo muito bem”, ele pensava, e pela primeira vez perto dela falava com confiança.
- Sabia que seu nome é de uma personagem do Star Wars?
- É mesmo? - Ela arregalou os olhos, muito interessada.
- Sim. Mara Jade. E o seu olho é verde, igual jade…
- Uau! Que coincidência!
- É! Eu pensei nisso assim que me apresentaram você, quando eu entrei na empresa.
- Eu tenho uma coisa do Star Wars aqui.
A moça se levantou e se trancou no closet. Depois de alguns instantes saiu vestindo uma longa tanga vinho que cobria a parte da frente e de trás de sua cintura, aberta nas laterais, um biquini metálico, pulseiras douradas e um colar apertado, do mesmo metal, do qual saia uma corrente. Seu cabelo trançado caia decorado por presilhas amarelas.
- Você gosta? - Ela o provocou.
- Muito - Respondeu, finalmente ficando nervoso.
- Vem.
Mara saiu da sala em direção ao seu quarto e Luís a seguiu. Entre os dois cômodos havia um corredor, e nele, sem pensar, o jovem olhou para a sua mão.
Havia algo de errado. Tentava reconhecer as linhas mas não conseguia. Elas se embaralhavam na sua palma. Apenas quando Luís focava no lugar em que uma linha deveria estar é que ela aparecia corretamente.
“Isso não está certo”, ele pensou.
- Vem, Luís.
Ele podia ver Mara na cama, olhando para ele do quarto. Teve vontade de esquecer a sua mão e ir até ela, mas algo dentro de si dizia que aquilo era muito importante, e que, muito tempo atrás, em um tempo que ele nem se lembrava mais, queria muito que aquilo acontecesse.
“Tinha a ver com perceber se eu estava sonhando”, lembrou. Aquele pensamento o fez procurar por um interruptor de luz.
Do lado da porta do quarto onde Mara estava havia um grande interruptor amarelo. Luís o apertou e nada aconteceu.
“Estranho”, pensou. A lâmpada estava apagada, mas o corredor continuava iluminado. Apertou o botão novamente e viu a luz surgir dentro da lâmpada, um instante mais devagar do que deveria, mas a iluminação ao seu redor continuava a mesma.
Uma realização veio de repente: “estou sonhando”.
Agora ele via a diferença. Era como se tudo existisse de maneira fraca, exceto aquilo em que ele prestava atenção. Olhava para Mara e a única coisa que existia era ela. Olhava para o interruptor e Mara deixava de existir, e após alguns segundos, quando relaxava, coisas ao redor começavam a aparecer em segundo plano, desfocadas.
“O que eu quiser vai existir. Isso é tudo minha imaginação, só preciso aprender a controlá-la”. Olhou para a mulher na cama e concentrou-se, imaginando-a levantando o braço. Ela o levantou. Como se uma chave tivesse sido virada no cérebro de Luís, o sonho parou de acontecer sozinho, e ele se viu no poder.
Ao ganhar o controle, tudo ao seu redor desapareceu. Ele estava no meio do nada.
Lembrou-se do artigo que leu. Haviam diferentes níveis de domínio dos sonhos, e no mais forte apenas o que a pessoa imaginasse existiria, sem nada em segundo plano sendo projetado pelo inconsciente. “Parece que vim direto pro nível mais avançado”, pensou.
Imaginou a Mara numa cama a sua frente e o pensamento se materializou na hora. Ele se aproximou. Agora tudo o que existia era ele, a cama e Mara. Relaxou por um instante e tudo desapareceu. Ele estava no meio do nada de novo. Esforçou-se para fazer Mara e a cama reaparecerem, e conseguiu, mas a mulher não fazia nada, apenas estava lá, da maneira em que ele a imaginava.
Tinha que concentrar-se para que ela continuasse existindo. Suas curvas, seu olhar, seu sorriso, nada daquilo existia mais sozinho, como antes, tudo dependia dele imaginar.
“Isso não é muito diferente de fantasiar acordado”, pensou. Tocou a pele da mulher. Não sentiu nada. Imaginou a textura e a temperatura, e de certa maneira a sentiu. “Isso não é um sonho mais. É só imaginação.” A decepção fez com que ele se desconcentrasse e tudo desapareceu novamente. Dessa vez ele imaginou a Megan Fox na sua frente. Tocou-a e o resultado foi o mesmo: teve que imaginar a sensação. “Isso é ridículo. Eu já me imaginei tocando essas duas um milhão de vezes. No sonho deveria parecer real!”.
O sonho foi interrompido pelos berros de um despertador. Xingando, Luís o desligou. Por instinto ele abriu seu diário de sonhos na página daquele dia, destampou a caneta Bic e olhou para a folha em branco por um segundo. Fechou a caderneta com a caneta no meio e a atirou para o outro canto do quarto. “Que merda”, ele pensou, frustrado. Não anotou mais seus sonhos.
Naquele dia o jovem lutou contra o vício e não olhou nenhuma vez para a palma de sua mão. Quando via um interruptor tinha vontade de xingá-lo. Sentia-se enganado e traído.
Parte de si ainda negava que aquilo realmente acontecera. Enquanto trabalhava, fechou os olhos e imaginou-se tocando a Megan Fox pelada. A sensação era exatamente igual à do sonho. O que ele havia visto e sentido enquanto sonhava não era nem um pingo mais real do que sua imaginação era normalmente, e ele não se considerava alguém com uma imaginação super fértil. Todas aquelas semanas de treino, o ridículo que passara na frente das pessoas ao olhar para sua mão o tempo todo, tudo aquilo para nada. Para um sonho de merda que nem podia ser chamado de sonho.
- Tá dormindo? - Perguntou Pedro, voltando do banheiro.
Luís abriu os olhos e fingiu trabalhar.
- Ou tá sonhando que nem A Origem? - Pedro riu alto com seu comentário, sentou-se e abriu seu lap top com um sorriso no rosto.
Ao chegar do trabalho, Luís comeu um miojo, colocou o pijama e tomou um remédio para dormir, que gostava de ter em casa para uma emergência. Deixou a louça acumular mais um dia. Ainda não eram nem 8 horas, mas ele apagou a luz do quarto e se deitou.
Não sabia exatamente aonde queria chegar, mas precisava sonhar. Ele se perguntou se “acordaria” outra vez dentro do sonho. Se acontecesse, talvez ele pudesse fazer tudo sentir mais real do que na noite passada. Seria bom. Mas ele torcia para que nada disso acontecesse. Ele queria ter um sonho normal, sem lucidez nenhuma. Um sonho que o enganasse até alguns segundos após acordar.
Um facho de luz azulada entrava pela abertura por entre as cortinas e se estampava na parede. Ficava mais forte e esbranquiçado quando um carro passava na rua. Luís assistiu aquilo por uma meia hora.
Ele não percebeu a transição, mas se encontrava em lugar nenhum, no meio do nada. Lá não era escuro, mas também não era claro. Simplesmente não era nada.
Lembrou-se de uma postagem que leu no Reddit, de um cara tentando entender como é possível que cegos simplesmente não enxergam, ao invés de ver tudo escuro. Alguém havia explicado pedindo para que o OP fechasse os olhos. “Tudo o que você vê é preto, certo?”, dizia o comentário. “E o que você vê atrás de si? Tudo escuro também? Não, você simplesmente não enxerga nada atrás de si. Não é preto nem branco, simplesmente não existe”. Assim era o nada ao redor de Luís.
Ele já estivera ali antes. Na noite anterior, assim que começou a sonhar lucidamente e tudo ao seu redor desapareceu, mas dessa vez o jovem soube que estava sonhando no instante em que adormecera e aparecera ali. Nem tivera a chance de ter um sonho não lúcido. “Merda. Será que vai ser assim a noite inteira?”
Resolveu pelo menos tentar se divertir. Lembrou-se do comentário do Pedro sobre Inception e tentou criar uma cidade ao seu redor, como no filme. Imaginou uma rua com calçadas. Não era ultra-realista como ele esperava que seus sonhos lúcidos seriam, era apenas tão real quanto sua imaginação. Ele se perguntou se sempre sonhara assim, tudo meio fora de foco, meio descolorido.
Concentrou-se no chão e, após alguns segundos, conseguiu detalhá-lo bem. O asfalto brilhava e a calçada era feita de paralelepípedos, todos perfeitos e do mesmo tamanho. Grama crescia aqui ou ali, por entre as pedras.
Imaginou um prédio ao seu lado, uma torre de cimento e vidro. Decorou-o com um portão de ferro, alguns degraus levando até a porta de entrada e uma portaria vazia.
Percebeu que, ao imaginar o prédio, havia deixado de lado o chão, que desaparecera. Imaginou-o outra vez, agora se esforçando para manter as duas coisas na cabeça ao mesmo tempo.
Conseguiu fazer ambas as coisas existirem juntas, mas não pôde mantê-las tão detalhadas quanto antes. Se o asfalto brilhava e grama crescia na calçada, o prédio era apenas uma torre cinza sem graça. Se o prédio tinha janelas e uma fachada bonita, o chão tornava-se apenas uma sombra aos seus pés.
“Talvez se eu praticar bastante eu consiga”, pensou, mas não queria treinar aquilo. Não era divertido. Qual era o ponto daquilo tudo? Ele só queria voltar a sonhar normalmente e deixar esses sonhos lúcidos pra trás.
Esqueceu o pedacinho de cidade ao seu redor. Tudo desapareceu e ele voltou ao nada.
Quis relaxar como se tentasse dormir, mas não tinha sono. Claro, já estava dormindo. Sua mente estava relaxada mas em alerta, como quando ele tomava café no escritório mas continuava com preguiça de trabalhar.
Ficou apenas pensando na vida, esperando as horas passarem. Não havia maneira de checá-las. Achava que haviam se passado duas horas, pelo menos. Três talvez. Esperou mais.
Considerou que teria que esperar oito horas até o despertador acordá-lo. Ou mais, porque havia dormido cedo. “Pensei que o tempo nos sonhos passasse mais rápido ou algo assim. Merda de filme”.
Talvez em um sonho de verdade o tempo parecesse passar de maneira diferente, mas ele podia chamar aquilo de sonho? Só estava com sua mente acordada enquanto dormia, nada mais.
Após o que pareciam ter sido realmente oito horas, acordou. Seu corpo estava descansado, mas sua mente não. Era difícil se concentrar em qualquer coisa.
No trabalho ele não rendeu nada e em casa menos ainda. Deixou as tarefas domésticas para o dia seguinte de novo. A louça continuou acumulando e ele sabia que amanhã teria que usar uma camisa amassada, porque não tinha energia para passar.
Faziam dias que ele não falava com seus amigos e família, mas ignorou as ligações de sua mãe, apenas mandou uma mensagem de “está tudo bem, amanhã nos falamos”. Não queria conversar com ninguém naquele estado.
Perto da meia-noite se deitou. Mesmo cansado, a ideia de dormir e ter um sonho daqueles outra vez lhe parecia terrível. Passou a noite inteira jogando Dwarf Fortress e tomando Coca-Cola.
- Meu Deus, você está um caco! - Disse Pedro.
- Não consegui dormir.
Luís olhava para a tela do computador, mas não raciocinava. Os e-mails que chegavam pareciam estar em grego e as conversas ao seu redor não faziam sentido. Não comentou nada nas reuniões em que participou. Se alguém lhe pedisse para resumi-las ele não teria ideia do que foi tratado.
Era como se tivesse ficado mais de 48 horas acordado, já que duas noites atrás, quando havia dormido, não descansara sua mente. No fim do expediente esse número subiu para 56 horas.
As cores estavam diferentes e as palavras não faziam sentido. “Isso já é considerado alucinar? Acho que sim”. Quando olhava para o computador por muito tempo e depois para uma parede branca, via a tela estampada em negativo, desaparecendo aos poucos e aparecendo mais forte cada vez que piscava os olhos.
Naquela noite ele não teve escolha, dormiu. Nem se lembrava de caminhar até a cama e se jogar, mas percebeu quando apareceu naquele nada que eram seus sonhos agora. Lúcido outra vez. Foi quando teve a realização de que talvez nunca mais sonhasse normalmente, e pra sempre estaria “acordado” ao dormir. Talvez ao “virar a chave” no seu cérebro ele tivesse quebrado sua habilidade de sonhar para sempre.
O desespero bateu. Oito horas por dia daquele tédio e solidão para o resto de sua vida seria tortura. Tentou se entreter de alguma maneira.
Criou outro ser humano no sonho e tentou dar-lhe uma personalidade, mas ele só fazia o que Luís imaginasse. Voltou a tentar criar sua cidade. Talvez se fizesse uma bem grande teria como se entreter nela. Dessa vez não tentou detalhá-la demais e preocupou-se apenas em criar o maior número de objetos possíveis, sem fazer os outros desaparecerem. O esforço mental era enorme.
Foi quando percebeu que isso só o esgotaria mais, e seus dias seriam cada vez piores.
Sentou-se no nada e tentou descansar. Teve a ideia de meditar. Não sabia muito bem como fazer aquilo mas sabia que tinha que tentar não pensar em nada. Talvez conseguisse descansar seu cérebro um pouco.
As horas passaram devagar e dolorosamente. Em nenhum momento ele sentiu que ficou menos lúcido, mas quando acordou Luís percebeu que a meditação o ajudou. Continuava exausto, mas sentia-se como se tivesse tirado uma soneca.
Nas noites seguintes ele continuou meditando, tentando usar sua cabeça o mínimo possível. Durante o dia ele lia sobre a prática e religiões orientais, o que ele teria achado ridículo alguns meses atrás. Seus dias voltaram a render, tanto no trabalho quanto em casa, e ele se sentia relativamente descansado. Voltou a comer bem, lavou a louça, ligou para a sua mãe e voltou a sair com seus amigos.
Seus dias eram bons, o problema eram as noites. Oito horas sem fazer nada além de meditar, todos os dias, sozinho, sabendo que a alternativa era sofrer de cansaço durante o dia. Houveram noites em que ele se rebelou. Imaginou-se em cenas de ação, duelando de espadas ou pilotando uma X-Wing. Outra noite passou o Episódio IV inteiro na sua cabeça, como se assistisse ao filme. O resultado dessas noites rebeldes era sempre o mesmo: no dia seguinte era como se não tivesse descansado, e ele prometia para si mesmo que naquela noite não cometeria o mesmo erro.
Após alguns meses ele estava pró em meditar. Já tinha até uma rotina. Criava uma versão simplificada de seu quarto, mas todo “zen”, com um bonsai de pinheiro-negro e um daqueles jardins de areia japoneses, uma janela que sempre dava para um céu azul por onde entrava seu cheiro favorito, o de grama cortada, e silêncio completo. Depois se sentava num puff super confortável, fechava os olhos e tentava não pensar em nada até acordar - o que fazia o quarto desaparecer, mas o importante era aquele relaxamento inicial. Ficou tão bom nisso que não gastava nem cinco minutos para criar o quarto, e conseguia descansar o resto da noite.
Ainda achava todo o papo espiritual das religiões orientais pura baboseira, mas aprender a não pensar em quase nada havia salvado sua vida.
Uma noite ele sentou-se naquele puff, fechou os olhos e prestou atenção em seus pensamentos. “Ainda tenho oito horas disso”, “não vou conseguir me concentrar hoje”, “amanhã tenho muita coisa pra resolver no trabalho”, “toda noite será assim, pro resto da vida?”. Como sempre, no começo seus pensamentos abundavam, mas Luís foi vencendo-os um a um, até que conseguiu manter o foco apenas em uma coisa: um ponto imaginário a cerca de dois metros à sua frente. Toda a sua energia mental estava focada naquilo. Algumas horas se passaram e então, como que num passe de mágica, ele esqueceu de prestar atenção no ponto.
Não percebeu quando passou a não pensar em nada, como havia lido que era possível, mas sempre duvidara. Sua autoconsciência naquele momento era como o nada lá fora: nem escura, nem clara, apenas não existia.
- Oi Luís.
A voz era grossa, mas feminina. Luís abriu os olhos assustado. Estava no meio daquele nada que já conhecia bem. Olhou ao redor, procurando alguém.
“Devo ter imaginado isso” pensou, frustrado de ter que começar a meditação de novo.
Imaginou o quarto. O chão, o puff, o bonsai, a porta, a janela, dessa vez até colocou um aquário em um canto porque estava sentindo-se criativo. Sentou-se no lugar de sempre, sentindo o cheiro de grama cortada.
Alguém bateu na porta.
Luís levantou-se de supetão. “Que porra é essa?”. Ele olhou para a porta assustado, tentando perceber se realmente tinha alguém do outro lado. Imaginou que lá fora o sol brilhava. Debaixo da porta a luz entrava em três fachos, como se houvessem dois pés parados do lado de fora. Certamente ele não estava imaginando aquilo de propósito.
Criou um olho mágico na porta e espiou. Do outro lado havia uma pessoa com longos cabelos pretos.
- Deixa eu entrar, Luís - ela disse.
Ele hesitou por um instante, mas ter um amigo nessas noites não seria nada mal. “Foda-se”, pensou, e abriu a porta.
A criatura entrou quase que violentamente, mas sorrindo. Olhava ao redor com muito interesse. Ela não usava nenhuma peça de roupa, mas seu magro corpo era coberto de pêlos, como os de um cavalo, e os longos cabelos pretos chegavam à cintura.
- Hm, não quer se sentar? - Luís apontou para a cama, sem jeito.
Ela se acomodou e bateu com uma mão peluda ao seu lado, sinalizando para que Luís se sentasse também.
Ele obedeceu.
- Quem é você? - O jovem perguntou.
Ela o olhou com grandes pupilas que cobriam quase todo o espaço branco dos olhos, que estavam abaixo de grossas e bagunçadas sobrancelhas. Quase sem queixo, seu rosto terminava em uma larga boca que ia de orelha a orelha.
- Não sei - ela respondeu, com toda a honestidade do mundo.
- Mas como você veio parar aqui, na minha cabeça, se eu não estou te imaginando?
Ela riu. Seus dentes eram pontudos.
- Eu sempre estive aqui, você que chegou faz pouco tempo.
- Então por que eu não te vi antes?
- Eu não pude fazer muita coisa desde que você assumiu o controle. - Ela já havia perdido o interesse no jovem e voltara a olhar ao seu redor. - Você me bloqueou.
- O que você fazia antes?
A mulher se levantou para olhar de perto o aquário.
- Se lá, o que eu quisesse - disse, batendo no vidro.
- Mas sempre aqui, na minha cabeça?
- Sempre aqui. Onde mais? - Ela pegou um peixe amarelo e o jogou em sua boca. Luís tentou disfarçar o choque - Mas, aparentemente, - ela continuou, mastigando - você prefere apertar um interruptor do que transar com a Mara vestida de Leia, o que eu posso fazer?
Ele ficou sem palavras por um instante, tentando entender o sentido daquilo tudo.
- Você controlava meus sonhos?
- Boa parte sim. A maior parte não.
- A maior parte eu que criava, certo? Meu inconsciente que criava?
- Sei lá - Ela fez uma cara como se nunca tivesse ouvido aquela palavra. - Só sei que você tirou todo mundo da jogada, né?
- E o que aconteceu com ele?
Ela deu de ombros, sinalizando que não sabia.
- E por que foi você que apareceu agora, e não o meu inconsciente?
Ela deixou o aquário de lado e o olhou seriamente.
- Olha, eu não sei responder essas coisas. Essas palavras que você usa… É difícil explicar o que se passa por aqui. - Ela foi até o bonsai, arrancou uma folha em formato de agulha e a cheirou. - Só sei que vi uma brexa e entrei. Fui mais rápida que qualquer outra coisa, acho. Só isso.
A mulher parecia não conseguir focar em algo por muito tempo. Luís apenas a observou, até tomar coragem e perguntar:
- Você pode me fazer sonhar como antigamente?
Ela o olhou surpresa, as grossas sobrancelhas arqueadas.
- Você quer isso?
- Quero.
- Eu… Sim, eu posso. Eu posso! Você só precisa me ajudar.
- Como?
- Senta num canto e fecha os olhos. Vou fazer umas coisas por aqui. Não me atrapalha!
- Tudo bem.
Ele sentou-se no puff e fechou os olhos. Já que teria que esperar, era melhor descansar. Esqueceu o quarto ao seu redor e focou apenas em sua mente.
- Não abre os olhos! - A criatura falou.
Luís a ouvia andando de um lado pro outro, como se estivesse muito ocupada.
- Vou fazer você não perceber que é um sonho. Você gosta de terror?
Ele demorou um instante pra entender a pergunta.
- Prefiro sci-fi e fantasia.
- Mas terror é legal também, né?
- Sim.
O jovem sentia e ouvia coisas aparecendo ao seu redor. Um ar frio chegou até ele, cheirando a umidade. Ouviu passos de outras criaturas. Uma, duas, três. Andavam de quatro, como cachorros.
Ele sabia que não estava imaginando aquilo, estava tendo um sonho de verdade, finalmente. Sentiu uma das criaturas aproximar-se de si.
Luís abriu os olhos. Estava em seu quarto novamente, acordado.
O dia passou devagar. A perspectiva de voltar a sonhar e de ter uma noite inteira de descanso fez com que ele apenas pensasse em dormir. Quando finalmente se deitou, após tomar alguns comprimidos, nem percebeu a transição.
Estava escuro. Ao seu redor coisas que ele não podia ver caminhavam e rastejavam. O chão era frio e lamacento. Ele não sabia onde estava, sabia apenas uma coisa: as criaturas procuravam por ele, e podiam farejar seus pensamentos.
Se escondeu no que parecia ser, pelo tato, uma abertura nas raízes de uma árvore. Sentia pequenas coisas que viviam ali rastejando e subindo em seu corpo. Tentou não pensar em nada enquanto tremia de frio e medo espremido naquele buraco.
Um pensamento fraco acendeu em sua cabeça. Havia algo que ele deveria se lembrar. Algo óbvio que explicaria o que era tudo aquilo, como ele chegara até lá. Por um instante ele deixou aquele pensamento tomar conta de sua cabeça.
Uma das bestas saltou até sua frente, grunhindo. Ele ouviu uma segunda, uma terceira, e muitas outras criaturas se aproximarem. Elas sabiam que ele estava lá.
Antes que pudesse tentar qualquer coisa, dentes afiados espremeram seu braço e o puxaram com uma força descomunal. Luís sentiu diversos focinhos em seu corpo, cada um arrancando um pedaço de carne.
Enquanto sentia seus órgãos sendo arrancados do seu corpo, ele ouvia o rugido dos animais. Misturado com aquele som, ouvia também uma risada grave de mulher.
Luís acordou antes do despertador tocar. Checou no celular: apenas um minuto para o alarme. Desligou-o rapidamente. Adorava quando isso acontecia. Havia dormido tudo o que tinha que dormir e não teve que ouvir nenhum barulho. Riu de felicidade. "O dia começou bem", pensou.
Levantou-se e considerou o que comer. Acabou se decidindo por fazer ovos mexidos com tomate, requeijão e um presunto que ele tinha que usar antes que estragasse. Colocou "Cantina Band" pra tocar enquanto cozinhava, assobiando a melodia apenas de samba-canção.
Estava de bom humor. Por que não estaria? Fazia mais de um mês que ele dormia maravilhosamente bem. Tinha pesadelos todas as noites, mas acordava descansado, ao contrário da época dos sonhos lúcidos. Agora seu cérebro conseguia relaxar durante a noite, ainda mais do que quando meditava dormindo.
O dia se passou sem qualquer acontecimento relevante. Mais uma noite no escuro, desprotegido, ouvindo ruídos terríveis ao seu redor. Outro dia. Outra noite. E outra. E outra. As vezes era atacado durante o sonho. Sentia sua pele sendo rasgada por centenas de dentes e as bestas saltando de todos os lados para provar sua carne. Outras noites apenas se agachava e chorava, tentando entender aonde estava, e o que havia feito para merecer aquilo. Tremia de medo das coisas ao seu redor. Durante os pesadelos tinha a sensação de já ter estado ali outras vezes, de ter sido atacado e comido vivo, mas não entendia porque havia voltado, e se um dia escaparia de vez.
Durante o dia estava feliz. Produzia bastante no trabalho, via seus amigos e sua família. Depois de meses finalmente sentia-se totalmente descansado, mas as vezes, quando estava sozinho em casa ou no banheiro da firma, fechava os olhos e via cenas horríveis. Criaturas com presas gigantes esperando a noite para lhe caçar. Elas estavam lá ainda, escondidas num cantinho da sua mente. Ele se lembrava dos sonhos quando estava acordado, era quando dormia que não se lembrava de onde veio.
Ao deitar tinha receio de dormir. Sabia que os pesadelos estavam fazendo bem para ele, mas o medo era inevitável. Fazia duas semanas que ele tomava remédio para dormir todas as noites, e pegava no sono encolhido, abraçado no travesseiro. “Talvez se eu me esforçar um pouquinho pra sonhar lucidamente, só um pouquinho…”, pensou já grogue, enquanto o quarto desaparecia ao seu redor.
Estava encolhido, escondido dos monstros na escuridão. Tentava não pensar em nada para não os atrair, mas um pensamento rápido invadiu sua cabeça: aquilo poderia ser um pesadelo. Estava tão escuro que não podia ver sua palma da mão. Não havia interruptores por perto. Sabia que se imaginasse algo e aquilo acontecesse provaria que estava em um sonho, mas só de tentar isso já atrairia as bestas. Sentiu uma se aproximar, farejando. Podia ouví-la se movendo no escuro. “Foda-se”. Imaginou o local em que a criatura estava sendo engolido por labaredas.
Acendeu-se uma fogueira imensa e toda a floresta se iluminou de dourado. O monstro uivava. Olhos por todos os lados voltaram-se para Luís enquanto ele se esforçava para manter aquele pensamento e a chama acesa. Colocou fogo em outro. E mais um. Cada labareda criava compridas sombras pela floresta.
Monstros saltaram em sua direção por todos os lados. Ele imaginou-se um mago, criando uma barreira de proteção ao seu redor. Uma esfera invisível lhe protegia dos ataques. Era difícil imaginar tanta coisa ao mesmo tempo e apenas um dos monstros continuou aceso. Estava imóvel. Deitado, queimava como uma pilha de carvão.
- Idiota! - Era a voz da mulher que havia prometido o ajudar.
As criaturas rodeavam a barreira protetora. Luís, com cuidado para não a tirar da cabeça ou a enfraquecer sem querer, conseguiu imaginar outro monstro pegando fogo. Assim que teve certeza que esse havia morrido, colocou fogo em mais um. “Posso passar a noite inteira assim”.
-Idiota! Estou te ajudando!
Luís só percebeu que desviou sua atenção da barreira por um instante quando uma pata gigante bateu em seu corpo, lançado-o ao ar. Chocou-se contra uma árvore a metros de distância e caiu no chão.
Sentia sua roupa rasgada nas costas e o sangue escorrendo por seu corpo. A dor era insuportável. Tentou tirar seu braço esquerdo de baixo de si mas ele não respondia. Rolou para sair de cima do braço e sentiu sua costela, certamente quebrada, cortando sua carne por dentro com cada movimento. “É só um sonho”, pensou levantando-se devagar.
Estava escuro novamente e Luís podia ouvir os monstros correndo em sua direção.
Idiota! - a voz agora vinha de perto do jovem - Você pediu por isso!
Luís correu até ela, imaginando-se segurando a empunhadura de um sabre, e com um estalo metálico um facho de luz saiu do cabo e iluminou o lugar de vermelho. Ele viu a expressão de surpresa no rosto animalesco da mulher quando a partiu em dois.
Acordou. Mas não estava no seu quarto, estava de volta àquele nada dos seus sonhos lúcidos. O nada que não era nem frio nem quente, nem escuro nem claro.
“Estou sonhando ainda. Voltei a sonhar lucidamente”. Ele olhou ao redor, como se procurasse alguém que pudesse ajudá-lo. “Não… não…”.
Acordou de verdade, suado, com o despertador tocando. Levantou-se e se arrumou para o trabalho de forma automática, pensando em como seria sua vida a partir de agora. Matara a única coisa que pôde o ajudar. Voltara a sonhar lucidamente. Saiu de casa em direção ao ponto de ônibus.
Suas pernas estavam bambas. Teria que passar oito horas todos os dias sozinho, sem ter o que fazer, para o resto de sua vida. Não descansaria mais. Enlouqueceria.
Atravessou a rua tão perdido em seus pensamentos que nem viu o que lhe atingiu.
O nada não era nem preto, nem branco. Luís não sabia por que estava sonhando. Ele ouvia vozes que vinham do mundo lá fora. Pessoas que ele não conhecia gritando. Ouviu familiares. Alguns falavam pra ele que tudo ficaria bem. Reconheceu a voz de sua mãe.
Esperou horas fazendo o que costumava fazer quando sonhava lucidamente: meditando, imaginando algo, passando um filme em sua cabeça. Só quando, durante uma conversa da sua mãe com um médico, Luís ouviu a palavra “coma”, que ele entendeu quanto tempo passaria naquela tortura.
3 notes · View notes
tecnoappsreview · 4 years
Link
Quieres tener todos los juegos de consolas antiguas en tu celular Android. 🤔 Aquí te dejo un tutorial con el mejor top de emuladores para tu móvil. 👏 Mira la publicación completa en el blog Tecno Apps Review 😍 con el link: https://tecnoappsreview.com/todos-los-juegos-de-super-nintendo-para-android/
0 notes
Text
5 emuladores de PSP gratis para Android para jugar juegos de PSP
Los mejores entretenimientos de PSP para Android fueron probados en un teléfono celular Samsung Galaxy Note 3. Sin embargo, las capturas de pantalla que ves aquí son auténticas imágenes oficiales de las sentencias. Esto se debe a que mi teléfono celular se rompió cada vez que intentaba tomar una captura de pantalla mientras jugaba a las diversiones. Intenté los emuladores y los dos no estaban preparados para tomar capturas de pantalla en mi gadget.
Las diversiones corrió genial, sin embargo, había bichos y algunos problemas surgieron en medio de juegos de diversión. Imitación de una diversificación de la aplicación PPSSPP en la descarga de Android PPSSPP Emulator evaluará su equipo como ningún otro entretenimiento ha hecho alguna vez recientemente. Lo que es más, provocará un desperdicio de batería poco común. Prescribo excesivamente que usted juega las diversiones cuando el gadget se conecta a un enchufe eléctrico. Un controlador también se sugiere para una experiencia ideal.
Tumblr media
TOP 5 JUEGOS PSP
Emulador PSP # 1 - PPSSPP
PPSPP es quizás el primer PSP históricamente hablando o el primer emulador Play Station Portable para Android. Teniendo en cuenta PPSPP existe en torno a un largo tiempo ahora, ha ido numerosas mejoras y etapas de solución de errores y tiene algunos componentes notables, por ejemplo,
Full Speed ​​ayudó a imitar para las diversiones de PSP en cualquier gadget Android (S7 No confirmado todavía)
Controlador USB y soporte para Gamepad sin necesidad de raíz
Teclado productivo y el mapa del ratón para que pueda incluso jugar-diversión sin tocar la pantalla.
Inactividad de pantalla táctil inmaterial para un juego suave
Haga clic aquí para descargar PPSSPP Emulator para Android de Google Play
Emulador de PSP # 2 - AwePSP
AwePSP es otra opción de contraste para PPSPP para Android y es fundamentalmente lo mismo que PPSPP. AwePSP tiene una UI / Skin que es fundamentalmente la misma que la de PPSPP, sin embargo, el controlador en pantalla es quizás uno de los mejores en todos los emuladores PSP que hemos ido.
Además, estos soportes de AwePSP -
Juego de PSP arreglado
El apilamiento y también el ahorro de los estados de desviación es rápido
Apoya varios arreglos de documentos de ROM de desviación de PSP, por ejemplo, .iso / .cso / .mythical person / .ISO / .CSO / .ELF
Presiona aquí para descargar AwePSP de Google Play Store
Emulador PSP # 3 - OxPSP
OxPSP es casi un emulador PSP alternativo, ya que funciona de manera productiva para las recreaciones más grandes también, sin embargo, con pequeñas diversiones, cuelga un poco.
Además, descubrimos que es algo extraordinario en boondocks, por ejemplo,
Sonido magnífico que no vacila
Trucos de diversión se refuerzan también!
Haga clic aquí para descargar Emulador portátil de Play Station de OxPSP de Play Store
Emulador PSP # 4 - Emulador Pro para PSP 2016
A pesar de que el nombre parece extraño, Emulator Pro para PSP 2016 es un emulador de PSP que puede ser utilizado como parte de 2017 también. Lo mejor del emulador de PSP que descubrimos fue -
Espectáculo de FPS en el lado superior derecho
Demostración de la velocidad del juego
Estos dos componentes por sí solos nos ayudan a comprobar cómo el desvío está jugando en su teléfono Android o comprobar si la holgura se debe a las ilustraciones o gradualidad del procesador.
Además, se descubrieron diferentes desviaciones de PSP, como Dragon Ball Z, Persona 2, 3 y Fifa 14, que funcionaban fácilmente con el emulador.
Haga clic aquí para descargar Emulator Pro para PSP - Android desde Google Play
PSP Emulator # 5 - Ultra PSP
Ultra emulador de PSP para Android podría ser nombrado un clon básico de PPSSPP con un toque de limpieza personalizada. De hecho, incluso tiene una distorsión indistinguible aberturas de la de PPSSPP, sin embargo, se ocupa de S7 así como PPSSPP no.
Lo malo de Ultra PSP es que tiene un número mucho mayor de promociones que preferir, coincidió en que es un emulador gratuito, sin embargo, los anuncios son algunas de las veces excesivamente irritante.
Recreaciones, por ejemplo, Tekken 6 y Naruto funcionó sin problemas, sin embargo, con la excepción de las promociones.
5 notes · View notes
eurkplay · 5 years
Text
Tweeted
Este mi 9t é bem legal A bateria dura muito Mas ele é intermediário O modelo dele com processador top de linha infelizmente só tem ROM chinesa Mas este aqui parece rodar tudo , então não é um celular ruim Da pra jogar vários emuladores pic.twitter.com/Rw4A7I7Sdl
— Roberto Karlos | RK Play (@robertocarlosfj) July 27, 2019
0 notes
fulvius · 7 years
Link
Tumblr media
Dragon Ball Z é um dos animes de maior sucesso no mundo inteiro. Esse sucesso aparece também nos jogos de Android . São muitos games inspirados em Goku e seus amigos. Por conta do sucesso de Dragon Ball Super , muita gente pediu um top de games com os personagens. Então confira uma lista com os melhores jogos de Dragon Ball Z. Alguns dos jogos são fan games, outros são títulos oficiais e por último alguns jogos que já podem ser emuladores em celulares Android graças aos avançados da emulação do
via: http://eexponews.com/12-melhores-jogos-de-dragon-ball-z-para-android_6603383062921216
0 notes
eurkplay · 5 years
Text
Tweeted
Este mi 9t é bem legal A bateria dura muito Mas ele é intermediário O modelo dele com processador top de linha infelizmente só tem ROM chinesa Mas este aqui parece rodar tudo , então não é um celular ruim Da pra jogar vários emuladores pic.twitter.com/Rw4A7I7Sdl
— Roberto Karlos | RK Play (@robertocarlosfj) July 27, 2019
0 notes
eurkplay · 5 years
Link
via Twitter https://twitter.com/robertocarlosfj
0 notes