Tumgik
#transgressora
amorcarnivoru · 11 months
Text
_eu não sou daqui também marinheiro_
u amor são bobagens soltas na mente
um barulho suspeitu
uma ponta di pé
um cheiru di verme
na calada noite um istrondo vermelho
ouvi us vermes si rastejandu pra dentru da sacola em busca de alimento
até os vermes comem
i aquele outro verme lá fez a gente passa fome
come osso
seu corpo difunto não é digno nem de ser comido
não é alimento nem da terra
você mi fez sentir ódio de mim
por vezes desejei ser adubo i mi unir as plantas
essas sim
seres vivos qui transformam sem destruir
eu queria ser uma planta
uma begônia esplendorosa
eu amo esse nome
be go ni a
um Q de beleza meio agunia meio incantu qui pode dar bixeira
ou aquela planta gigantesca ostentadora qui tem cheiro di carne podre
só da pra admirar por fotografia
imagem não tem odor
imaginar ser planta ser forte e profundu como pinheiro i doce como erva doce
mas as britadeiras as escavadeiras us concretos corações palpitandu veneno químico nuclear
fazem seu serviço di destruição em nome do senhor
“as flores plásticas da 25 de março estão na promoção i possuem uma durabilidade de 2.000 anos”
u amor não existe
imaginei nóis dues
teve um dia qui senti seu cheiro
tive raiva
sou vizinho du silêncio
mas vezes ouço a solidão subindo a escada
um mininu si foi
era apegadu dimais com a tristeza
dizem qui u país nasceu di novo
di qual ventre dessa vez?
quis falar tantas coisas
mas era tudo só sentimento
minha linguagem du amor é muda i expressiva
não tenhu medo mas toda vez qui mi arrisco piso em bombas di emoções
será possível ser menos?
prefiro não ser nada
imaginu uma partícula criando u universo inteiro
infinito
u amor é infinito
2 notes · View notes
marginal-culture · 7 months
Text
A alma é o componente consciente da necessidade de evolução. só a alma transgressora, só a traição ao corpo moral resgata a verdadeira possibilidade de imortalidade.
9 notes · View notes
maodevenus · 3 months
Text
As faces de Rosa
Tumblr media
Preciso começar dizendo que Rosa Rasuck é a artista visual de maior caminhada no tempo que já ouvi falar assim, tão de perto. O tempo importa pois é premissa na Guilda Anansi: quanto mais tempo de estrada, mais histórias para contar, e assim mais aprendizados são entregues aos olhos atentos. Foi assim com Rosa, e aquelas duas horas (que já saíram do tempo marcado), foram pequenas se comparadas à imensidão de sua experiência. Logo reconheço as manias de artista visual: o amor pelas linhas, fios, aglomerações, espaçamentos, cores,  pelo peso das cores, dos traços, movimento, das milhões de matemáticas até o sentimento. Reconheço a rebeldia, o rompimento, quando conta que foi educada tradicionalmente em desenho mas em ação, fugia às expectativas limitantes criadoras de reprodutores em série. Rosa não exerceu as artes visuais como principal ponto de sua vida em tempo integral desde que a desabrochou em si. Foi tantas coisas, fez tantas coisas. Foi professora de inglês, escritora, articuladora cultural, produtora também, trabalhou com arquitetura, passou por muitos institutos fundantes em sua formação, parecerista em projetos artísticos e culturais, experimentou por todas as partes das artes, em tantas épocas, conhece com as mãos cada tempo, e não deixou de ser nada disso, assim entendi. Ensinou nesse dia que tudo, de uma oficina de dança à feitura de papel, é alimento a um artista visual. O que importa mesmo é não se limitar. Falando em papel, meu coração brilhou ao saber que tem intimidade profunda com esse processo de feitura e seus aparatos. Disse que a fibra do quiabo dá o papel mais lindo. Que papel é sobre o poder de transformação. Pelo que conta, imagino que sua casa não seja diferente do que meu quarto é. Tudo é reminiscência, rastro, processos, tentativas, resultados, todo papel é potente, tudo pode ser. A inevitável e constantíssima matéria que acompanha um artista plástico. São ‘Habitantes do Sono’ porque não me deixam dormir, ela disse quando perguntei sobre a motivação das obras expostas ali. Rosa é filha primogênita, irmã, escorpiana certeira, mãe e avó, para se dizer o mínimo, num mundo em que a dissidência se inicia em ser mulher. Está tudo ali nas figuras transgressoras de rostos alongados, indistintas em gênero, muito ambíguas, humanas e não humanas ao mesmo tempo. De qualquer forma, cheias de vida. Muito grata eu sou pela abertura inspiradora de sua parte, principalmente nessa semana de curso profundo até o Sarau Boca Acesa 0.22, onde exporei uma obra deveras importante em meu caminho. Pra lembrar de não deixar passar. A série “Habitantes do Sono” está no mural-galeria posicionado no salão de um agradável restaurante no centro de Serra Grande em exposição junto a outros artistas. Nossa conversa aconteceu no dia 29 de Junho, de 11h às 13h, e contou também com a presença de Izabella Valverde e Victor Diomondes, além de Eric Ra, fotógrafo e coordenador da galeria. imagem de izabella valverde, desenhos de rosa rasuck
5 notes · View notes
da5vi · 4 months
Text
O reboot de "Hora do Recreio" que (ainda) não aconteceu (será?)
Tumblr media
Caiu nas graças da internet nos últimos dias uma "bíblia" (documento usado no audiovisual para apresentar personagens, temas, ambientes e outras coisas de uma série em desenvolvimento) para Recess: Next Bell, que seria um spin-off de Hora do Recreio, feita há quase dois anos, em 3 de Junho de 2022.
Ao que parece, ou a Disney+ está analisando os números do clássico, que foi ao ar no Brasil tanto no Disney Channel quanto no SBT (e é uma das minhas séries Disney preferidas), ou os próprios criadores estão muito animados com a possibilidade de retomar a animação. "Nós escrevemos a série original pensando em nossos próprios filhos, por isso ela tem um carinho muito grande", diz o documento. "Fizemos testes com vários grupos de pesquisa, e tudo que pensamos é real: os três grupos adoraram a ideia!"
Os grupos, diga-se de passagem, são a audiência para qual o reboot está sendo escrito: crianças que nunca viram a primeira série, pais que gostam de assistir os episódios com os filhos e adultos (sem filhos) que amam a série e adorariam ver onde estão os personagen.
A ideia de Next Bell é apresentar outro grupo de crianças que frequenta a escola Third Street. Muita coisa mudou e pouca coisa mudou ao mesmo tempo, e a série reconhece isso: Randall, o dedo-duro, será o novo diretor da escola, que está prestes a se tornar uma "penintenciária do aprendizado". A nova gangue decide contar com a ajuda de TJ, que se tornou um adulto rico, preguiçoso e sem vida, para tentar salvar a situação.
Tumblr media
O novo grupo de crianças da Third Street é liderado por Ruby, uma garota birracial que é ninguém menos que a filha de SPINELLI e VINCE. E nele há crianças de diversas etinias também: Montijo, o palhaço da turma, é uma criança latina; Parnelli, um skatista que viraliza no YouTube e não tem medo de nada; Simone, uma garota chinesa-americana adotada por um casal gay fã de teatro e que é a "mestre dos disfarces" e Everett, um rapaz afro-americano que é o cérebro do grupo.
E onde está o pessoal da antiga Third Street?
Tumblr media
TJ, que ficou milionário da noite pro dia após ser expulso da universidade e inventar um novo tipo de videogame que virou sucesso, precisa de seus amigos para ajudar as crianças. E é aí que ele descobre que Ruby é filha de Spinelli, advogada e bissexual (ela participou de uma banda lésbica de neo-punk que se apresentou no coachella e não apenas teve um rolo com TJ, mas talvez também com a GRETCHEN!), e Vince, que por não ser alto o suficiente para a NFL acaba se tornando comentador esportivo.
Tumblr media
Eles então saem em busca dos velhos amigos e descobrem que Gretchen não apenas é uma super cientista que está trabalhando em um combustível a base de areia, mas também é uma super gostosona que mexerá com os sentimentos de TJ. Gus hoje em dia é uma mulher trans, ainda envolvida no exército e que se chama Nikki! Passou por muitos preconceitos, é claro, mas hoje é "a cara do exército" tal qual Gracie Hart em Miss Simpatia 2.
Mikey se tornou um barítono reconhecido mundialmente, mas depois abandonou tudo e virou um guru budista, contraiu uma doença misteriosa e faleceu. Ninguém consegue descobrir seu paradeiro até a gangue aparecer e encontrar, entre seus pertences, uma caixa com anotações que ele deixou para quando se reunissem.
Sim, também fiquei chocado com todos os desenvolvimentos até aqui!
Os grupinhos da nova Third Street também mudaram, até mesmo os garotos do Jardim de Infância, que antes eram primitivos, hoje são rebeldes meio Mad Max da vida. Os escavadores fazem túneis secretos por baixo da cidade, aparentemente, e tem crianças que passam o intervalo tentando hackear sistemas de computadores... o grupo das Patricinhas? Simplesmente inclui garotos e crianças não-binárias também...
...E isso nos faz pensar: a Disney de hoje, sob a tutela do chato de galochas chamado Bob Iger, seria capaz de produzir uma animação onde parte da audiência conta com crianças, tão transgressora e que toca em tantos grupos minoritários?
Não que seu antecessor, Bob Chapek, tenha sido uma luz no fim do túnel: não quiseram fazer uma série de Lizzie McGuire falando sobre uma mulher aos 30 anos, fazendo feio com Terri Minsky mais uma vez...
Talvez seja por isso que a bíblia tenha vazado, para atiçar os fãs a cobrarem a Disney um desenvolvimento da série. Nunca fiquei tão animado com um reboot, e é óbvio que fiquei triste com a morte do Mikey, mas achei algo muito ousado, louco e ao mesmo tempo mais realista que muitos outros reboots como Fuller House, que em determinado momento viveu de recriar cenas icônicas da série antiga.
Queria MUITO que a Disney tivesse colhões para seguir em frente com a série, pois é só observar a própria programação do Disney Channel para ver que o canal se sustentou e se tornou grande em meados dos anos 2000 por fazer produções voltadas a todas as crianças: sempre tinha crianças latinas, negras, judias... todas bem representadas e com suas individualidades e ancestralidades respeitadas.
Mas o Disney+ quer viver de spin-off de Marvel e Star Wars, há anos não lança conteúdo bom e diverso (e não falo nem apenas de diversidade cultural aqui, é porque eles não saem de Marvel e Star Wars há pelo menos cem anos mesmo) e se recusam a atender a demanda do pessoal que assina a plataforma porque cresceu com as produções do Disney Channel...
Nos resta pentelhar ainda mais para que coisas como Recess: The Next Bell possam acontecer. Para ler o material completo (em inglês) é só acessar esse tweet.
3 notes · View notes
quase-bruxa · 2 years
Text
🍃🌹BRUXAS🌹🍃
No meu mundo há bruxas sim!
E elas sobrevivem muito abaixo dessa crosta de aparências bizarras, tão frágil quanto esmagadora…
Sobrevivem onde sopram os ventos divinos…espiralando e circulando…e em meio à eles, elas dançam!
E é nas profundezas de tudo que há onde ainda conseguem respirar.
No meu mundo as bruxas vão bem além das vassouras, dos chapéus pontudos e do ar cinematográfico…
Humana bruxa!
E curiosas, se misturarem às massas, pulando fora das lendas, conectando-se às gentes, impregnando-se dos cheiros e gostos, sorvendo pensamentos e sentimentos, somando-se às misturas e culturas…à vida, sem subterfúgios…
Sem medos!
Pois o velho caldeirão fumega dentro dela; esse sim, persiste!
Dele fazem questão! E é a essência delas.
É o que as faz o que são…
Caldeirão que exala feitiços de destemor, impelindo-as a enredar-se às fibras de todas as vidas…
E produzir encantamentos que sem distinção, a todos faça bem!
É o trabalho incansável das bruxas do mundo de onde venho…
Mundo, no qual tais criaturas são populares, trabalham com as mãos, carregam peso, embalam as crias, nuas de tabus seduzem almas, vivem amores e padecem de ocultas dores…
Dores do cosmos inteiro…
Irresistível bruxa!
Lutando em batalhas que parecem nunca ter fim…
Exigindo respeito, guerreando por seus direitos, lado a lado…com seus irmãos e irmãs…
Contra as forças dos que as querem mortas e enterradas!
Ainda!
Ainda queimadas e enforcadas, ainda caladas, ainda intimidadas, ainda objetificadas, em pleno século XXI, em plena Nova Era…
Ainda resignadas, escravas de lixo e de luxo.
Servis e submissas. Boas meninas! Comportadas!
Senão…quem as vai querer?
Forças hipócritas… que se mascaram de puras…
Sequiosas de em tudo semear o fel da amargura!
Transgressora bruxa!
No meu mundo, elas conhecem muito bem os seus poderes…
E é em prol do coletivo, que cada um desses poderes se agiganta…
Porque bruxa que é bruxa não perde tempo disputando umas com as outras…
Quem pode mais?
Quem aparece mais?
Quem brilha mais?
Hã?
Não… no meu mundo elas se amam e se protegem, lúcidas! Seguras! Livres!
(Gi Stadnicki - via @fabypsc )
#MulheresDespertas
@mulheresdespertasoficial
14 notes · View notes
fraternoviril · 1 year
Photo
Tumblr media
Rita Lee Jones (1947-2023) - São Paulo, Brasil.
Rita é brasileira, descendente de imigrantes norte-americanos que saíram do Sul dos Estados Unidos após a Guerra Civil. Seus antepassados fundaram uma cidade no interior do Estado de São Paulo (Brasil) chamada Americana. Rita foi uma cantora / compositora / atriz / escritora muito talentosa, extraordinária e transgressora. Inicialmente, começou sua carreira na década de 1960 com a emblemática banda Os Mutantes. Faleceu na cidade de São Paulo no dia 08 maio e foi cremada no dia 10 maio 2023, após um emocionante velório no Planetário do Parque do Ibirapuera - SP.
9 notes · View notes
winniebfoster · 2 years
Text
Eu tenho uma mente onde se passam muitas coisas. Muitas coisas mesmo. Meus sonhos são mundos e universos e personagens e transfigurações e cores e sons e cheiros e narrativas que não acabam mais, e eu sou capaz de acumular milhares deles ao mesmo tempo em que sou capaz de acumular milhares de noites sem dormir. E escrito assim, desse jeito, milhares parece um exagero, mas mesmo que eu seja isso, exagero, exacerbação, aos vinte e um anos vivi sete mil setecentas e oitenta e uma noites, então são sim milhares de sonhos. E sem contar os que sonhei enquanto estava acordada. Enquanto conversava com um bom amigo, enquanto via o pôr do sol, enquanto passeava pela areia da praia, enquanto estava ao lado dela…
Revisitando minhas palavras senti dor porque tenho sido um livro de um só tomo, finalizado. E eu sempre quis ser mais, sempre quis ser um calhamaço, uma produção de tantas poesias que em vida um único alguém seria incapaz de ler, e fiquei bastante pensativa sobre o porquê das minhas palavras terem se estagnado.
Eu sou mais que doer. Eu sou mais que um texto denso que carrega de angústia o mesmo tanto que carrega de beleza. Eu sou mais que as perdas que vivi. Eu sou mais que essa dificuldade. Eu sou mais que os transtornos. Talvez por isso o livro tenha acabado. Será que foi por eu ter usado todas as descrições possíveis da minha dor? É que eu precisava ser fiel a mim, e minha realidade não poderia ser pintada de outro modo que não com adjetivos infelizes. Seria, no mínimo, inoportuno.
Eu não quero crescimento, eu almejo ampliação. Revisitar o que está embaixo me parece menos interessante do que transitar pelos lados. Minha subjetividade está inflamada. Mas eu não quero ser objetiva. Prefiro estar em chamas.
Todas as boas garotas vão para o inferno.
Quando eu escuto uma música, eu escuto com o corpo. Eu sei dançar. Eu sou muito boa em ouvir, e sempre sei o que falar. Eu sou transgressora. Eu sou muitas. Eu sou plural. E sou única! Eu sou um cheiro melhor que terra molhada às cinco da manhã em um dia nublado com chá de erva cidreira. Eu sou um texto de Clarice. Eu sou interdisciplinaridade. Eu sou uma gama de possibilidades. Eu não gosto de rima. Eu não sou como todo mundo. Eu não amo café, mas eu amo o cheiro. Eu sou rápida. Eu faço devagar.
O problema é que eu queria mais! se eu tentasse mais… Mas aí eu seria diferente de mim. E eu gosto de mim. Mesmo que todos vocês transformem isso de viver numa luta constante para me defender de não gostar.
Eu sou aquele um segundo de criatividade em meio a vinte e três minutos de algo igualmente bom. E se eu fosse o muito que se passa em minha fabulosa mente todos os dias eu seria o melhor. Eu escuto o som dos passáros e acho tão bom quanto aquelas músicas que passam meses e meses em um estúdio, eu sinto o sol, eu sinto o que eu vejo, como se fosse uma experiência palpável. Não me importa a biologia, todos os meus sentidos são eles todos em um. Eu sou algo que já pensei umas três vezes hoje e posteriormente esqueci, eu sou um número escrito por extenso. Eu sou coisas e sons e sentidos e tudo o que é mais gostoso que gente. E esse é o mal humano. Buscar nas pessoas. Busque nos livros, busque nos armazéns, busque nas frutas, nas árvores, nas paisagens, nas sensações, busque com os pés na areia molhada e as mão no balde de tinta cor de rosa. Não busque em gente. Pessoas não são isso tudo. Mas eu sou!
Feia mesmo a coisa fica quando você busca pessoas. Eu não busco. Se há busca, não há encontro. Eu prefiro encontrar. Acho mais poético e gosto de poesia.
Eu sou a metade inteira de um encontro.
Será que eu sou um clichê? Eu espero que não. Mas tudo bem se sim. Eu só não quero ser um clichê vazio. Quero ser um clichê daqueles preenchidos que todo mundo tem vergonha de admitir mas precisa. Porque é muito gostoso. Eu sou uma sensação. Eu sou senciente. Eu não sou ciência e eu não quero ser. Eu quero é sentir. E eu sinto como ninguém… Você se surpreenderia com o quão boa eu sou nisso.
Eu não sou o uso da vírgula. Eu sou uma reticência mal colocada e sou os espaços vazios de um texto e sou as entrelinhas e sou a ousadia de escrever incorretamente e sou liberdade e sou livre eu sou um livro com palavras e imagens e posso ser também aqueles parágrafos de saramago que tem uma pontuação toda tortuosa e que é cheia de genialidades porque eu sou genial!,;...
vinho sorvete doce comidacolorida cheiros sons sabores passarinhos um buquê um sorriso bolo de casa de vó
Você pode achar isso desinteressante, mas eu estou me divertindo.
Eu quero ser maior. Eu quero ser amada e reconhecida. Eu quero me expressar de um jeito melhor. Eu não quero me podar. Eu quero tanto e tanto tempo. Eu quero a cura que me prometeram. E mesmo perdida, eu vou fazer tudo acontecer.
Eu sou várias estrelinhas. Eu não estou nem aí para você.
Eu me acredito?
8 notes · View notes
pistissophhia · 1 year
Text
O segundo poder - Ânsia
Capítulo II - Após a crucificação de Cristo, o cristianismo era proibido. Mesmo assim, Paulo e Thecla seguiram espalhando a palavra por onde passavam. A história de Thecla, que salvou a si mesma da morte por três vezes através do amor pelo Cristo é contada nas escrituras cristãs mais antigas que já foram encontradas, chamada Os Atos de Paulo e Thecla, a qual fora condenada pelo líder e teólogo cristão primitivo chamado Tertuliano, por ela sugerir que as mulheres tinham autoridade espiritual para liderar comunidades e batizar. Thecla foi uma transgressora, quebrou os paradigmas da época. Renunciou ao matrimonio arranjado, as expectativas da mãe, foi contra a lei de se tornar esposa e não ter direitos terrenos. Ela fez o que seu coração lhe dizia para fazer. Ela reconheceu o amor do Cristo dentro de si e sendo assim, tinha o tempo todo dentro de si o poder de se salvar. E o fez. Víbia Perpétua havia dado à luz a pouco tempo. Uma mulher nobre da classe mais alta romana, por isso os guardas da prisão lhe permitiram amamentar o filho até sair sua sentença e forneceram uma pena, tinta e papiros. Assim ela escreveu sua história na prisão em 203, diário chamado mais tarde de A Paixão de Santa Perpétua. Tinha 22 anos, era esposa, filha e mãe de um recém-nascido. Nenhuma dessas posições importava como mulher, pois era cristã e por isso estava na prisão. No início do século III, no norte da África ocupada por Roma, a conversão ao Cristianismo era um crime punível com a morte. “O ego morrerá quando a matéria morrer, portanto ele é contrário a esse aspecto mais incondicional no nosso eu, nossa alma: nossa imagem [...] essa imagem, reside no coração. [...] Permaneça descontente e desobediente com o ego, não apenas o nosso, mas também o dos outros. Não deixe que as regras, projeções e expectativas de uma sociedade que não vê a sua verdadeira imagem o definam. Apenas fique contente e agradável com a imagem de si que seja livre dos limites do ego. Apenas a alma o satisfará e será capaz de definir a natureza de quem você é de verdade”. (p. 50) Thecla e Perpétua confiaram na sua fé e se tornaram contentes no coração. “Quando Cristo diz: ‘Adquira a minha paz dentro de vocês mesmos!’ no Evangelho de Maria, ouço isso como uma diretiva para me concentrar não em cultuá-lo, mas em nos tornarmos como ele. Não nos distanciarmos dele e o vermos como distintos de nós, mas, pelo contrário, vê-lo como um exemplo daquele que todos nós temos o potencial de nos tornarmos. Podemos adquirir a paz dele em nosso interior”. Meggan aprendeu na escola de teologia, e mais tarde no seminário, que existe uma história sobre Jesus que venceu. Existe uma versão do Cristo que foi criada no século IV. O imperador Constantino em 313 converteu o Cristianismo de uma religião em luta, perseguida e proibida – aquela pela qual Perpétua morreu – em uma religião de Estado definida pelos homens. Foram escolhidas quais escrituras fariam parte da Bíblia e quais seriam destruídas. As várias escrituras que não foram escolhidas tinham um tema em comum: a confirmação de mulheres no ministério de Cristo e seu relacionamento excepcional com Maria Madalena. “Caso não tivéssemos silenciado as mulheres e pedido a elas para deixarem o altar desde o início, imagino que o mundo não seria como agora. [...] E aqui estamos nós, em pleno século XXI, com todas as estatísticas a respeito da posição das mulheres em todo o mundo. As estatísticas de ataques sexuais e abuso, de salários desiguais e falta de oportunidade ou educação, além de casamentos forçados. Aqui estamos nós, em uma era de informação sobre o impacto psicológico em garotas que sempre ouvem referências a deus como masculino e como pai”.Precisamos ser cuidadosos, desconfiados cm aqueles que sugerem uma verdade a qual não possuímos. “Não precisamos entregar nenhum dos nossos poderes para ninguém, nunca. [...] Não devemos ceder, nunca, e aceitarmos uma ‘quase’ versão de quem somos. Não temos de nos conformar com alguma verdade externa, que alguma versão do que outra pessoa está nos contando é melhor ou mais certa, mais sagrada, mais humana. Não temos de nos ajustar. Não será essa a verdade mais abençoada que já ouvimos e da qual devemos sempre nos lembrar? Nós não temos de nos encaixar. Não temos que contorcer quem somos para nos encaixarmos em um molde que nunca foi criado para nós”. No primeiro século do Império Romano, quando Cristo e Maria viveram, as hierarquias de existência eram arraigadas, “o sexo feminino, a “raça” a qual Maria Madalena pertencia – a raça das mulheres – era considerada propriedade, mais dispensável e menos valiosa que um homem”. “O Evangelho de Maria quer que compreendamos que não somos só esse corpo. Também somos uma alma. Esse corpo humano é a chance de a alma estar aqui. E esse corpo humano, seja masculino ou feminino, ou qualquer coisa no espectro entre eles, não delimita ou determina o que é possível para nós”. O Evangelho de Maria foi excluído porque naquela época não era possível pensar que uma mulher teria as mesmas condições que um homem de ser uma líder espiritual ou ser tratada como um ser humano. Era uma raça inferior, que deveria ser rebaixada. Assim, durante milhares de anos, as mulheres foram excluídas e perseguidas e acabamos nesse mundo que vivemos hoje. Ainda lutamos todos os dias pelos nossos direitos e para as que vierem depois de nós tenham uma vida melhor do que tivemos, assim como nós temos melhores condições do que nossas antepassadas.   🌹✨❤️
2 notes · View notes
gatilhosemlivros · 1 year
Photo
Tumblr media
Porco de Raça, por Bruno Ribeiro // Brasil
Sinopse
Uma distopia humana visceral e repleta de horror, Porco de Raça coloca o dedo na ferida e entrega uma narrativa transgressora que distorce e expande gêneros, unindo entretenimento a uma dura crítica social. O novo lançamento da DarkSide® Books vai deixar todos nós prontos para entrar na briga.
No enredo, acompanhamos um professor negro, falido, preso a uma cadeia de acontecimentos inescapáveis que acabam por levar a uma jornada rumo a própria degradação física e psicológica. Um personagem kafkiano, com suas motivações, conflitos e traumas, vivendo em um país em transe. Ao ser capturado e confinado, ele se vê obrigado a fazer parte de um ringue de lutadores formado por párias sociais, lutando com uma máscara de porco para deleite de espectadores da alta sociedade. Como define o autor, o romance é “um Esaú e Jacó da deep web”, em referência ao clássico de Machado de Assis em que irmãos com ideologias diferentes e visões de mundo contrárias encontram-se em eterno conflito.
Lista de Gatilhos:
Morte
Gore
Violência 
Agressão verbal
Conteúdo sexual
Racismo
Drogas
Sangue
2 notes · View notes
falangesdovento · 5 months
Text
Tumblr media
No meu mundo há bruxas sim!
E elas sobrevivem muito abaixo dessa crosta de aparências bizarras, tão frágil quanto esmagadora…
Sobrevivem onde sopram os ventos divinos…espiralando e circulando…e em meio à eles, elas dançam!
E é nas profundezas de tudo que há onde ainda conseguem respirar. No meu mundo as bruxas vão bem além das vassouras, dos chapéus pontudos e do ar cinematográfico…
Humana bruxa! E curiosas, se misturarem às massas, pulando fora das lendas, conectando-se às gentes, impregnando-se dos cheiros e gostos, sorvendo pensamentos e sentimentos, somando-se às misturas e culturas… à vida, sem subterfúgios…
Sem medos! Pois o velho caldeirão fumega dentro dela; esse sim, persiste! Dele fazem questão! E é a essência delas. É o que as faz o que são… Caldeirão que exala feitiços de destemor, impelindo-as a enredar-se às fibras de todas as vidas…
E produzir encantamentos que sem distinção, a todos faça bem!
É o trabalho incansável das bruxas do mundo de onde venho…
Mundo, no qual tais criaturas são populares, trabalham com as mãos, carregam peso, embalam as crias, nuas de tabus seduzem almas, vivem amores e padecem de ocultas dores…
Dores do cosmos inteiro… Irresistível bruxa!
Lutando em batalhas que parecem nunca ter fim…
Exigindo respeito, guerreando por seus direitos, lado a lado…com seus irmãos e irmãs… Contra as forças dos que as querem mortas e enterradas! Ainda! Ainda queimadas e enforcadas, ainda caladas, ainda intimidadas, ainda objetificadas, em pleno século XXI, em plena Nova Era… Ainda resignadas, escravas de lixo e de luxo.
Servis e submissas. Boas meninas! Comportadas!
Senão…quem as vai querer? Forças hipócritas… que se mascaram de puras… Sequiosas de em tudo semear o fel da amargura!
Transgressora bruxa! No meu mundo, elas conhecem muito bem os seus poderes… E é em prol do coletivo, que cada um desses poderes se agiganta… Porque bruxa que é bruxa não perde tempo disputando umas com as outras… Quem pode mais?
Quem aparece mais? Quem brilha mais? Hã?
Não… no meu mundo elas se amam e se protegem, lúcidas! Seguras! Livres!
Gi Stadnicki
0 notes
lobamariane · 2 years
Text
Uma costura para a Elvira que me acompanha
Tumblr media
Lá vem a Diaba. Sempre, desde que nos encontramos pela primeira vez numa encruzilhada entre mundos e tempos, advento que me deu muito o que aprender sobre ver fios e tramas, sempre que o mês das profecias aparece, ela vem junto. Primeiro, em 2018, num evento literário tradicional ilheense, entre pesquisadoras e pessoas literatas ela se revelou e contou alguns de seus segredos. Em 2019 fui recebida pela própria em sua festa-velório urdida pela bruxa mariposa que me guia. Em 2020, num outro 15 de Agosto em que nos encontramos novamente, mergulhei na escrita de uma costura entre ela, a diaba Elvira Foeppel e Nossa Senhora da Vitória, ambas marcadas pelo número quinze, pela cidade de Ilhéus, por queimas e pela necessidade de descortinarmos o olhar para vermos no horizonte a liberdade de todas as mulheres. Então para me despedir desse tão fantástico último agosto de tantas profecias realizadas e para reforçar meu laço com a escritora que desejava derramar palavras que dessem conta de dizer como ela sentia tanto a alma do mundo, oferto essa costura em cinco pontos.
revérbero • 15.08.2020 • sábado de saturno • balsâmica em câncer • lunação leão-virgem
1. Nascida em 15 de Agosto de 1923, Elvira Schaun Foeppel foi a primeira filha de Frederico Foeppel e Eulina Schaun Foeppel. O nome da mais velha dos 5 filhos foi uma homenagem de Eulina à sua mãe.
Apesar de ter nascido em Canavieiras, Elvira cresceu no Pontal, em Ilhéus, cidade que logo ganhou lugar no seu coração. Aos 13 anos inicia o curso fundamental no Colégio do Convento Nossa Senhora da Piedade da Ordem Ursulina, na época um colégio recém-inaugurado e apenas para meninas. Ali Elvira iniciou seu envolvimento com as artes, participando das atividades culturais da escola.
Quando Elvira estreia, aos 15 anos, na peça teatral Divorciados (escrita por Oduvaldo Vianna Filho) em que ela vivia o papel da divorciada, um grande tabu para a época, o Brasil vivia um processo de intensas mudanças. Através de um golpe de estado Getúlio Vargas instaura o Estado Novo um ano antes, em 1937. Uma grande onda de censura surge daí: partidos políticos extintos, imprensa calada pelo DIP, a cabeça decepada de Lampião exibida como troféu da nação unificada, Pagu, divorciada como a personagem de Elvira, presa e torturada pelo regime.
Ao mesmo tempo o feminismo protagonizado por mulheres brancas consegue avançar nas capitais brasileiras. Em Ilhéus, Elvira avançava sozinha e pagaria o preço por essa ousadia, como saberia mais tarde.
2. Todo turista que pousa em Ilhéus procura uma Gabriela. A personagem de Jorge Amado é emblemática por muitas razões, uma das mais interessantes vem da forma como ela parece se sobrepor a todas as outras mulheres-personagens dessa antiga capitania, como se estivesse acima de todas as outras tramas pois não era nem a mulher submissa e servidora do pai ou marido, nem a vagabunda ou figura rebelde que devia ser punida ou morta. Gabriela era então uma mulher livre?
Audre Lorde diria que não. É impossível, diz a autora, ser mulher livre enquanto outras mulheres ainda estiverem presas. O modelo patriarcal de sociedade de Ilhéus mantinha suas mulheres em correntes fosse como boa esposa ou como transgressora. A liberdade de Gabriela, tem outro nome, se encaixa perfeitamente no mundo dos homens que sonham com a mulata brasileira, sensual, fogosa e ao mesmo tempo inocente, que sabe cozinhar e está completamente alienada assim como sempre está num estado de felicidade todo seu. O nome é fetiche. Elvira ocupava outro lugar nessa mesma história.
A escrita literária começou pouco depois da escola. Em 1944, já formada no magistério, Elvira começa a publicar poemas na página 3 do Diário da Tarde, jornal de Ilhéus, e também começa a circular no meio intelectual da cidade. Sua figura certamente se destacava entre os homens literatos da época: os cabelos pintados, olhos pretos bem marcados, batom além do contorno da boca para valorizar os lábios finos, eram características que despertavam quem vigiava as mulheres de bem. A sociedade ilheense, que mantinha sua postura puritana e paternalista em contraste com o progresso e modernização trazido pela ascensão do cacau não demorou para encontrar em Elvira um alvo, um mau exemplo para suas conterrâneas. Se destacava também no fazer literário. Enquanto a maioria dos autores da época se dedicavam a escrever sobre o cacau e assuntos da região Grapiúna, Elvira buscava dentro de si a matéria prima dos seus textos, primeiros sinais da escritora existencialista que se tornaria. Uma mulher inteligente, vaidosa e que buscava viver suas escolhas amorosas e sexuais livremente era demais para Ilhéus e por isso ela deveria ser punida. Assim, Elvira passa a ser cerceada de suas amizades, comentada em voz alta na rua, magoada pelos parceiros que não compreendiam ou não toleravam o seu anseio de liberdade.
Ilhéus venceu, enfim.
Em 1947 Elvira parte para o Rio de Janeiro, buscando novos horizontes.
A jornada da jovem escritora na cidade provinciana é eternizada por Jorge Amado, naquele tão conhecido livro, Gabriela Cravo e Canela, através da personagem de uma jovem professora questionadora que encontrou apenas nos livros eco para a vida que desejava, independente e livre de qualquer homem, pai, marido ou amante e que, depois de muitas humilhações deixa a cidade de Ilhéus rumo a São Paulo onde poderia conquistar tudo o que era seu por direito. O nome desta jovem é Malvina.
3. 15 de Agosto é o dia de Nossa Senhora da Vitória, padroeira de Ilhéus. 
Conta-se que os colonos portugueses que moravam na então Vila de São Jorge obtiveram ajuda de uma mulher muito branca que foi vista lutando na batalha contra os Aimorés, população indígena originária da região. Os registros de Jesuítas e do próprio governador Mem de Sá que estava presente liderando a luta dos colonos dão conta de uma batalha sangrenta, que deixara praias "cobertas por corpos sem alma". Nos mesmos registros, consta que os Aimorés eram a mais temida espécie de selvagens, o que justificava a matança de homens, mulheres e crianças. Findada a batalha, Mem de Sá retorna à vila e segue direto à igreja de Nossa Senhora onde agradece publicamente por mais uma conquista.
É sempre bom fazer o lembrete incômodo de que fomos educados para defender a história dos vencedores, dos conquistadores. Quem dos Aimoré assassinados nessa guerra genocida ficou em Ilhéus para contar sua história? A luta e sofrimento indígena no sul da Bahia, assim como em todo o o país, prevalece até os nossos dias. Toda vitória é santa?
4. Vencida pela sociedade ilheense, Elvira muda-se para o Rio de Janeiro aos 24 anos de idade, seu caderno de poesias na mão e uma grande vontade de encontrar-se no mundo como escritora e livre das perseguições que sofreu em Ilhéus.
Na então capital do país, Elvira foi publicada em alguns do mais importantes jornais cariocas; com ajuda dos amigos escritores conterrâneos consegue entrar no círculo intelectual da cidade. O encontro e a amizade com outra escritora a marca profundamente: Clarice Lispector, que não tinha o costume de ir a lançamentos de publicações estava lá quando Elvira lançou seu primeiro livro, Chão e Poesia (1956).
Embora a vida na grande metrópole tenha sido agitada, as cervejas com os amigos de ofício, idas ao cinema, variadas leituras e trabalho intenso de 30 anos na Revista Súmula Trabalhista não afastaram Elvira do sentimento de inadequação, desconforto e incompreensão do mundo ao seu redor, temas que crescem em sua obra literária. As mulheres de Elvira vivem o impedimento e a censura dos próprios desejos em nome de conseguir manter-se socialmente de forma aceitável. 
Na década de 70 sua produção cai até que Elvira para de escrever completamente. Cuidou dos pais até a morte de ambos e viveu a própria velhice em casas de repouso até o seu falecimento em 28 de Julho de 1994, aos 74 anos.
5. Elvira Foeppel deixou uma extensa produção literária, a maioria publicada em periódicos em Ilhéus e Rio de Janeiro, entre crônicas, poemas e contos. 
Ao mesmo tempo, se conseguiu algum destaque na cidade carioca, pouca ou quase nenhuma memória de Elvira circulava em Ilhéus até o lançamento de A Violeta Grapiúna, livro da pesquisadora Vanilda Mazzoni que resgata a trajetória da escritora ilheense, vencida e silenciada por tantos anos. Vanilda também publicou uma seleção de contos publicados da autora, Da Sombra à Luz. Ambas as obras estão disponíveis para leitura no mundo virtual.
Hoje é 15 de Agosto. Enquanto eu escrevia sobre Elvira, à meia-noite ouvi fogos para a outra dona do dia, Nossa Senhora da Vitória. Acredito que seja um dia para rever histórias e buscar novas lutas. Pode ser um dia milagroso.
Fogem ao contato frio da lama E ao horror das podridões. Na minha boca que se abre Gradativamente Ressoa o grito volumoso de todos os revoltados Que as injustiças e as misérias Fizeram morrer na garganta. No meu corpo esquecido que se mantém ereto Como torres erguidas contra o céu Pela soma de equilíbrio de todas as moléculas Instintivamente Vêm se refugiar todos os sentimentos Que pululam em grupos pelo mundo. O meu espirito se alarga em espirais Como fumaças beijando o espaço Inquietamente Em busca sôfrega e crescente De toda a Sabedoria Universal. E o meu cérebro recolhe Cuidadosamente Para a integridade perfeita Da parcela que é mais um no todo Os gestos de mistério contidos Na fecundação dos seres criados No abandono de vida dos corpos apodrecidos E na imobilidade completa dos seres inertes. E esta inquietação constante Em busca da perfeição sem limites Assustadoramente Invade como marés enchentes a praia devassada Como o meu eu Que se encerra nos contornos da matéria E se dilata pelo meu Espírito
Elvira Foeppel
Tumblr media
0 notes
amorcarnivoru · 1 year
Text
sentir
sentimentu qui senti i tranca a pele
mói u juízo
istraçalha ladrão qui nem papel
na muralha da vida mais um cidadão em distaque
na calçada da fama
suicida
não
não vão nus matar
já morremus
a morte eu vejo todo dia todo dia na minha mente
você não sabi mas você mi mata
mi dilacera com seu olhar com suas palavras
não é bem assim?
é sim!
é exatamenti assim
eu não sou seu inimigu eu não sou seu inimigu
então pq mi trata como um?
pq mi questiona?
questiona meu ser questiona meu estar questiona meu saber questiona minha vida meu corpo meu estadu de espíritu
você mi julga
busca na minha imagem a sua própria imagem i semelhança
não
eu não sou você nunca serei nunca queru ser
eu sou louco
imaginu um mundo sem você sem você sem você
sem suas regras sem sua presença sem seu julgamentu sem sua morte
você é um assassinu
você mi matou
você matou minha ideia
você matou minha vontade
você matou meu deseju
como vou sonhar si não tenho como dormir
si permaneçu constantementi em alerta
alerta pela minha vida
alerta pela minha própria vontadi di não mi aliar a você
não querer ser você
não querer você
eu não quero você não quero nada qui venha di você
queru qui você ixploda em bombas caseiras di todu essi ódio qui você implantou em mim
cansei di você
cansei di você
cansei di você
cansei du qui você representa
você só mi dá mais ódio
você só mi faz ter ódio
i eu não queru mais ter ódio
não quero mais mi encaixar mi limitar mi segurar sem segurança
sem cautela
sem apego
transbordandu
alagandu tudu
destruindu em água
água du meu ser
água da minha alma
eu ti alagu
enchente di mim
enchente di tudu qui mi faz sentir assim
sentimentu
sentimentu jórra
afogo tudu
morte di baixo dágua
1 note · View note
portalresenhando · 7 months
Text
"Novas Cartas Portuguesas", a obra transgressora que marcou a revolução
0 notes
passionpupussy · 8 months
Text
uma tarde em novembro
relembrando memórias marcadas de melancólica miséria lembro-me então da taciturna tarde na qual hamlet conhece sua ofélia dotada de personalidade impassível e sensibilidades transgressoras ela portava apenas uma coleção de palavras e um casaco felpudo coberto de folhas disse estar partindo em viagem quando carreguei sua bagagem ofereceu-me uma conversa, um cigarro e um abraço e nele perdeu-se o pobre rapaz enamorado e encantado feche os olhos e rumine as ímpares interações ímpares mon amour mon amour mon amour i have been waiting for you não sei muitas línguas mas acho que prefiro a sua dama ou dominatrix? masoquista, marxista ou imperatriz cuidado onde pisa nunca se sabe o quão sensível é um tapete humano de dezenove anos que é fã de cantores australianos vive e revive aquela tarde não tão mais taciturna a criatura de tímida ternura e extensa estatura assombrado por triste passado, o tolo romântico é torturado pela memória que o assola mas ainda sobra uma única lembrança que o acalma e o consola
0 notes
fairiesarebarefoot · 9 months
Text
Há examente uma década, eu decidi que não queria mais viver. Olhar para o céu me trazia angústia e não mais brandura. Já não queria mais sentir o sangue se arrastando por mim. Sentir minhas veias pulsando apenas nocauteava meu inconsciente, me lembrando que eu ainda estava ali: sozinha, perdida, fadada a passar os dias rodeada de pessoas que desprezavam minha existência.
Mas o que me manteve em pé, mesmo que forçamente, foi me encontrar em chamas. Era como se eu tivesse conhecendo a melhor de mim (ou o que eu achara que fosse). Mesmo sem que eu soubesse, fora ali que Cecília submergiu. Ela transmutava tudo que me destruía em meras palavras. Às vezes, nem ao mesmo no papel. Primeiro, até que um tanto retraída, apenas aparecia em lápis, até vir em todas as cores (mas isso foi só depois).
Ela também não era perfeita, até porque ela, assim como eu, também não sabia o que fazer. Era como se ela nem ao menos se esforçasse. E, mesmo se ela falhasse, o conforto em ver a mais brilhante seiva carmim destilando-se pela minha pele era o suficiente para me manter anestesiada por alguns momentos. Mas, Cecília, mesmo que enfraquecida, sempre aparecia transmutando para lá e para cá. Vez ou outra, ela gostava de me pregar peças, fazendo-me achar que estava enlouquecendo de fato.
Por um tempo, acreditei fielmente que Cecília queria tomar meu lugar. Ela estava convencida a me aniquilar, ainda não sabendo que, sem mim, ela não existiria. Mesmo assim, ela tentou. Porém, não foi ela quem tentou enforcar a vida pelas minhas tripas. A transgressora, nesse caso, fui eu mesma. Uma vez que senti que nem ao menos os ecos dos ventos seriam capazes de me fazer ficar, eu apenas devorei o que foi feito para me salvar.
Era como se tudo tivesse se transformado em um sonho, no qual eu apenas via relances e escutava sons, mas sem saber o que acontecia. Entretanto, mal sabia eu que a pior parte estava por vir. A falha. A tomada de consciência de que não era um sonho. A realização de que, se uma das quatro lâmpadas brancas do hospital estava piscando, significava que a vida me reivindicou a ela.
Durante um longo período, esse acontecimento me arrebatava uma raiva melancólica. Eu estava ali, mais uma vez forçada a estar pisando nesse chão que apenas endurece a cada dia. Mas eu também acreditava que era inevitável. Eventualmente, seria ou por mim ou por Cecília, mas que eu triunfaria. O que eu nunca sequer imaginei é que eu seria grata a esse curto-circuito que me fez transbordar a cabeça. Não triunfei, mas ainda estou aqui para não deixar que isso nunca mais aconteça. Jamais considerei que viveria uma década desde dezesseis de novembro de dois mil e treze.
E, contrariando todas as apostas que eu tinha em mim mesma (e em Cecília), agradeço por olhar para o céu e sentir sua imensidão curando minha alma. Agradeço por sentir o amor transbordar pelos meus poros. E também por vivenciar as melodias que fizeram minha mente e meu espiríto se alinharem, mesmo que por algumas horas.
O mundo ainda pode ser excruciante e, na maioria da vezes, sombrio, mas são os momentos em que sinto minha sala de controle menos empoirada os quais encontro brandura. Essa mesma sala que, não apenas inundou, como também esteve em chamas, hoje é abrigo para as memórias que fazem eu me lembrar que se estar em pé nesse chão também significa compartilhá-lo com quem divide esses momentos comigo.
Sobrevivi, enfim.
escrito em 16 de novembro de 2023.
0 notes
geekpopnews · 11 months
Text
Livro "Chucky: O Legado do Brinquedo Assassino" será lançado pela DarkSide
Em novembro, DarkSide revela segredos do icônico boneco Chucky em "Chucky: O Legado do Brinquedo Assassino". Confira mais detalhes sobre o livro em nossa matéria. #DarkSide #BonecoChucky #MacabraFilmes
Um dos livros mais aguardados pelos fãs da DarkSide finalmente chega às prateleiras este mês de novembro: “Chucky: O Legado do Brinquedo Assassino”, lançado pelo selo Macabra. A parceria entre a Macabra Filmes e a DarkSide Books deu origem ao selo Macabra em 2020. Seu objetivo principal é introduzir obras transgressoras no mundo dos livros e quadrinhos, proporcionando ao público brasileiro…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes