Ainda no terminal um vulto passou pela minha janela, tão insignificante, tão comum, mas os cabelos escuros me pareciam conhecidos. E então você entrou, passou pela catraca e trocamos olhares por quase 2 segundos, o estranho não era mais um estranho, era uma reprimida memória que no dia-a-dia eu não fazia esforços pra lembrar, e que agora eu faria questão de ignorar. E seguimos assim, você dois bancos á frente e eu dois para trás.
...Que merda, eu só queria perguntar da sua vida; O que você andava fazendo ? O que estava estudando ? Sua mãe está melhor ? Por que aquele ônibus ? Por que naquele horário ? Mas seguimos calados, ciente de ambas as presenças, e fingindo não fazer questão das mesmas.
Você saiu e eu também um ponto depois, espero não ter que passar por esse constrangimento de novo. Mas será que você vai estar lá amanhã ? Por que estou torcendo para que esteja.
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