" eu sou a última esperança, o tempo amou primeiro, o amor amou mais..."
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Alguma ideia de one larry?
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Entre o sangue e a névoa •L.S oneshort


Em um mundo dominado pela força e pelo sangue, Louis é um guerreiro viking impiedoso que captura Harry, um prisioneiro tão belo quanto indomável. O que começa como um jogo de poder e posse se transforma em um enlace visceral, onde desejo e submissão se confundem sob o céu frio do Norte. Entre batalhas, marcas na pele e promessas sussurradas, os dois descobrem que pertencem um ao outro de uma maneira tão brutal quanto inevitável.
•Louis Tops
•Vikings
•Consesual.
•Dominação
• "Meu" Possessividade
( em grau leve )

O céu era uma tapeçaria cerrada de cinza e aço, como se os próprios deuses tivessem esquecido de mover as nuvens que pendiam pesadas sobre as montanhas ao longe. O fiorde estendia-se adiante, cortando a terra como uma lâmina enferrujada, com águas negras que lambiam lentamente as rochas frias. Ao norte, as árvores retorcidas dos bosques de pinheiros erguiam-se como sentinelas antigas, de troncos grossos e raízes afundadas no musgo úmido e espesso. O cheiro de sal, sangue seco e fumaça pairava no ar, como um véu invisível que se entranhava nos pulmões e na pele de quem ali ousasse respirar.
Louis, o filho mais velho de um lendário jarl, permanecia em pé sobre o rochedo, com a capa de lobo cinzento esvoaçando ao sabor do vento cortante do norte. Seus olhos de um azul glacial fitaram o horizonte sem pressa, como quem mede a eternidade com o próprio olhar. O machado pendia preso ao cinturão de couro cru, ao lado de uma adaga curta e afiada, de lâmina negra como as águas do fiorde. Seus cabelos castanhos, longos e presos em pequenas tranças laterais, estavam úmidos da névoa constante, grudando-se à pele rude e marcada de pequenas cicatrizes. A barba rala sombreava-lhe o rosto anguloso, como se cada fio ali tivesse sido forjado em batalhas e noites passadas ao redor da fogueira.
Mais abaixo, no acampamento entre as pedras e os barcos atracados, os guerreiros celebravam a vitória da manhã: corpos de inimigos derrotados empilhavam-se entre os estandartes rasgados e os escudos partidos, enquanto as tochas ardiam alimentadas pela gordura e pelo triunfo. Mas Louis não celebrava. O sangue quente e o ferro quebrado já não lhe traziam júbilo. Apenas uma lembrança o consumia, incessante como a brisa gelada: Harry.
Harry, o estrangeiro de cabelos revoltos e olhos verdes, encontrado semanas atrás em meio a um vilarejo destruído, capturado como espólio de guerra e, desde então, mantido sob a custódia direta de Louis. Não como um escravo, nem como um inimigo — mas como um enigma, uma fagulha inesperada acesa entre o fumo e o aço.
— Não deveria estar aqui sozinho — a voz grave e serena de Harry cortou o silêncio, vindo de trás, como se brotasse das pedras úmidas.
Louis virou-se devagar, e ali estava ele, envolto em uma túnica simples de linho escuro, as mangas arregaçadas até os antebraços fortes, enfeitados com linhas de tatuagens rúnicas que Louis aprendera a decifrar ao toque, mas jamais à simples vista. O cabelo, comprido e preso num nó frouxo na nuca, os lábios ligeiramente entreabertos pelo frio, respirando a névoa densa como se cada partícula fosse um chamado aos sentidos.
— E você não deveria ter saído da tenda — replicou Louis, num tom entre a ordem e o convite velado, a voz rouca como madeira queimada.
Harry sorriu de canto, aquele sorriso que Louis já não sabia se era desdém ou desejo, e deu mais um passo, com a confiança perigosa de quem conhece o efeito do próprio olhar.
— Você mandou que ficasse, mas nunca disse que eu obedeceria — provocou, detendo-se a poucos passos, tão perto que o calor sutil do seu corpo parecia ameaçar a frieza pétrea daquele rochedo.
Louis inspirou fundo, fechando brevemente os olhos, como quem luta contra um impulso primal. Mas de nada adiantava: o desejo surgia sempre como um fogo antigo, que nem a água gélida do fiorde poderia extinguir.
Sem dizer mais, Harry estendeu a mão e tocou o peitoral de couro que protegia Louis, os dedos passeando lentamente até encontrar a pele nua sob a borda da armadura, ali onde o calor do corpo ainda pulsava em contraste absoluto com o frio do ambiente. Louis não se mexeu, mas um músculo repuxou-se sob o toque. A tensão era densa, como a própria névoa, envolvendo-os num casulo de respirações pesadas e olhares que não se desviavam.
— Você é feito de pedra... — sussurrou Harry, os lábios quase roçando a clavícula de Louis — ...mas até a pedra se parte sob o tempo e a vontade.
Louis abriu os olhos, fitando-o com a intensidade de um lobo que acaba de farejar a presa — ou o companheiro.
— E você... — respondeu baixo, com a respiração quente condensando-se em fumaça branca — ...é feito de fogo. Perigoso. Incontrolável.
O beijo veio como o embate de duas forças que haviam sido contidas por tempo demais. Louis puxou Harry pela nuca, esmagando seus lábios com a ferocidade de quem não teme a dor, mas a ausência. Harry respondeu com igual intensidade, abrindo a boca, mordendo-lhe o lábio inferior com a fome acumulada em dias e noites de olhares desviados, de toques interrompidos pelo peso dos elmos e o clamor das espadas.
Louis girou o corpo e o pressionou contra a pedra fria, arrancando-lhe um gemido abafado que se perdeu no vento. As mãos de Harry deslizaram ávidas pelo torso firme do guerreiro, desfazendo os nós do couro, libertando a pele quente sob a armadura, enquanto Louis, com brutalidade ensaiada, rasgava a túnica simples de linho, expondo a pele alva e tatuada do prisioneiro, agora muito mais do que isso: um amante, uma tempestade viva sob o domínio do guerreiro.
E ali, sob o céu carregado, com o fiorde ao fundo e o sangue dos derrotados ainda manchando as pedras, Louis enterrou o rosto no pescoço de Harry, aspirando-lhe o cheiro de sal, fumaça e desejo, antes de arrastar a língua úmida sobre a pele exposta, saboreando-o como quem prova o mel após uma travessia no gelo.
— Diga que é meu — ordenou, com a voz abafada pelo pescoço dele, os dentes cravando levemente na carne macia.
Harry arqueou o corpo contra o dele, os quadris se encontrando com um atrito quase cruel, e, mesmo arfando, respondeu num fio de voz:
— Sempre fui.
O gemido rouco de Harry perdeu-se no vento, enquanto Louis, com um movimento brusco e certeiro, puxava-lhe a cintura, fazendo seus corpos se chocarem com uma força primitiva, como se o atrito das peles, o calor das respirações e o frenesi dos corações pudessem, por si só, incendiar a névoa espessa ao redor. As mãos calejadas de Louis deslizaram pelas costas expostas de Harry, sentindo cada músculo, cada cicatriz, até cravarem-se com brutalidade deliciosa em suas nádegas, apertando, marcando, reivindicando aquele corpo como seu, como quem marca território sobre a carne que deseja.
— Você não faz ideia do que me provoca — sibilou Louis, os dentes raspando lentamente na mandíbula de Harry, até chegar à sua orelha, onde mordeu, puxou, e lambeu numa sucessão que fez o outro arfar, inclinando a cabeça para trás, oferecendo-se ainda mais.
Harry não respondeu com palavras. Suas mãos, famintas e ousadas, desceram pelo ventre firme de Louis, até encontrarem o cinto de couro que prendia as calças rústicas do guerreiro. Tentou desfazê-lo com pressa, mas Louis o deteve, segurando-lhe os pulsos com força, erguendo-os acima da cabeça e os prensando contra a rocha fria. Os olhos se encontraram num duelo silencioso: um querendo provocar, o outro pronto para dominar.
— Não tão rápido — murmurou Louis, os lábios roçando levemente os de Harry, mas sem beijá-los, mantendo a distância milimétrica que enlouquece mais do que sacia.
E então, soltou-lhe os pulsos, mas com uma ordem muda: “Espere”. Harry obedeceu, com a respiração pesada, os olhos verdes faiscando em desafio, mas o corpo tenso de antecipação.
Louis, então, ajoelhou-se à frente dele, puxando lentamente a túnica rasgada para cima, expondo as pernas fortes, o sexo semi-ereto, latejante, que pulsava em expectativa sob o frio cortante, mas que, paradoxalmente, parecia ferver sob o toque quente das mãos do guerreiro.
— Já está pronto para mim… — provocou Louis, olhando para cima, os olhos azul-gelo fixos nos de Harry, antes de passar a língua, lenta e impiedosamente, da base até a glande, saboreando o sal e o desejo, enquanto Harry soltava um gemido abafado, cravando os dedos nas pedras atrás de si.
Louis não teve piedade. Envolveu-o por completo com a boca quente e úmida, sugando, pressionando, usando a língua com uma perícia que não tinha nada de casual. Harry ofegou alto, os quadris buscando mais, mas Louis manteve o ritmo que queria, firme, possessivo, até sentir Harry estremecer, as pernas fraquejando, o corpo se curvando em pura rendição.
E então parou, erguendo-se de novo, com a expressão marcada pela luxúria contida. Virou-o de costas, com um movimento que não admitia resistência, prensando-lhe o peito contra a pedra fria, as pernas abertas, vulnerável e exposto sob o céu cinzento. Harry arfava, as bochechas tingidas de vermelho pelo frio e pela excitação, enquanto Louis inclinava-se sobre ele, mordendo-lhe a omoplata com força suficiente para deixar marcas.
Com uma das mãos, segurou-lhe a cintura firme; com a outra, guiou-se até penetrá-lo de uma vez, num movimento brusco, possessivo, brutal — mas calibrado, como só quem conhece profundamente o corpo do outro sabe fazer. Harry gritou, um som rouco e primal que se perdeu no vento, mas não se moveu para escapar; ao contrário, arqueou-se ainda mais, oferecendo-se inteiro, aceitando o domínio, a força, a entrega total.
Louis gemeu baixo, enterrado profundamente, sentindo as paredes quentes e apertadas envolvendo-o, sugando-o como um convite à perdição. Começou a mover-se, primeiro devagar, saboreando cada centímetro, cada espasmo de Harry, e depois acelerando, os quadris batendo violentamente, produzindo um ritmo animalesco, implacável, como o bater dos tambores de guerra ao longe.
As mãos de Harry agarravam a pedra, os joelhos vacilantes tentavam manter-se firmes, mas o prazer o consumia por dentro como fogo em palha seca. Louis inclinou-se mais, cravando os dentes em sua nuca, mordendo, lambendo, marcando, enquanto estocava fundo, repetidas vezes, até que ambos estivessem suados, arfantes, as peles queimando apesar do frio que insistia em soprar sobre eles.
— Diga... — ordenou Louis, com a voz rouca e entrecortada, ainda enterrado dentro dele — ...que você é meu.
Harry abriu os olhos, trincou os dentes, e entre um gemido e um suspiro, gritou:
— Eu sou seu! Só seu, Louis!
E então Louis estocou com ainda mais força, o clímax crescendo brutal e inevitável, até que ambos explodiram juntos, Harry se desfazendo num gemido rasgado, o corpo inteiro tremendo, enquanto Louis liberava-se profundamente dentro dele, rosnando seu nome como um lobo satisfeito após a caçada.
Ficaram assim por longos instantes, as respirações pesadas misturando-se ao som do vento, os corpos colados, suados, marcados — um pelo outro, pelo tempo, pela guerra e pelo desejo.
Por fim, Louis recostou-se contra a pedra, puxando Harry para seu colo, abraçando-o forte, protegendo-o do frio com a capa de lobo, enquanto beijava-lhe o pescoço com uma ternura que contrastava com a violência de instantes atrás.
— Nunca mais será prisioneiro — murmurou Louis, os lábios roçando a pele sensível de Harry, que sorriu, fechando os olhos, entregue, seguro, amado.
Ali, entre as pedras frias e o sangue dos inimigos, só restava agora o calor dos corpos entrelaçados e a certeza silenciosa: pertenciam um ao outro. Sempre pertenceriam.
Harry permaneceu aninhado no colo de Louis, os músculos ainda latejando, a pele arrepiada sob a carícia áspera das mãos do guerreiro, que agora o envolviam com uma delicadeza desconcertante, contrastando violentamente com a força selvagem de antes. O cheiro de couro, sangue e suor impregnava o ar, denso, viril, enquanto o céu começava a clarear, com faixas pálidas de luz rasgando o nevoeiro.
Louis inclinou-se e beijou o ombro exposto de Harry, passando os lábios com lentidão pela pele marcada pelos dentes, pelas mãos e pelo desejo satisfeito. A barba cerrada arranhava de leve, e Harry soltou um suspiro rendido, inclinando ainda mais a cabeça para o lado, oferecendo o pescoço com a mesma entrega de quem já não teme mais ser ferido.
— Você me destruiu… — murmurou Harry, a voz rouca, arrastada, quase embriagada pela intensidade da entrega.
Louis sorriu de canto, puxando o queixo dele para que o fitasse. Seus olhos, de um azul cortante como o gelo do fiorde, estavam agora mais brandos, mas ainda carregavam aquele brilho de domínio absoluto, possessão inquestionável.
— Não… — sussurrou, mordendo suavemente o lábio inferior de Harry antes de beijá-lo com uma languidez que contrastava com tudo o que haviam vivido até ali — …eu te tornei meu.
O beijo aprofundou-se, quente, lento, molhado, enquanto as línguas se enroscavam com fome renovada, e Harry se acomodava ainda mais contra ele, montado em seu colo, as coxas abertas, vulnerável, mas sem medo — havia ali um tipo de confiança silenciosa, indestrutível, que só nasce quando dois corpos se conhecem até o limite da dor e do prazer.
Louis desceu as mãos pelas costas dele, até agarrar-lhe as coxas, erguendo-o com facilidade, como se Harry fosse feito de vento, e o deitou sobre a pele de urso que ele mesmo havia estendido ao pé da rocha. A textura macia contrastava com a aspereza das pedras e com os arranhões que marcavam o corpo de Harry como um mapa das trilhas que haviam percorrido até ali.
Louis ajoelhou-se entre suas pernas, os olhos percorrendo cada centímetro daquele corpo que agora era seu: as coxas trêmulas, o ventre ainda úmido, os mamilos eriçados, a boca entreaberta, as pupilas dilatadas de puro desejo.
— Olhe para você… — murmurou, passando a mão possessivamente sobre o peito de Harry, que estremeceu sob o toque. — Meu guerreiro… Meu prisioneiro… Meu amante.
Harry sorriu, um sorriso entre a exaustão e a provocação.
— Seu… para sempre.
Louis inclinou-se e beijou-lhe o ventre, descendo lentamente, traçando uma linha de beijos úmidos, arranhando com os dentes, lambendo as cicatrizes, como se marcasse o território com a boca. Quando alcançou novamente o sexo de Harry, já endurecido apesar de tudo, sorriu satisfeito, e sem aviso envolveu-o com a boca, sugando com uma lentidão calculada, profunda, meticulosa.
Harry arqueou-se violentamente, um gemido arrancado do fundo da garganta, os dedos cravando-se na pele de urso sob seu corpo, enquanto Louis o devorava com maestria, alternando sucções fortes e lambidas suaves, até que Harry estivesse à beira do colapso, o corpo todo tremendo, a respiração entrecortada em súplicas inaudíveis.
Mas Louis não se apressou.
Levantou-se, subindo sobre ele, e se posicionou novamente, segurando as coxas de Harry com firmeza, inclinando-se até que seus rostos ficassem colados, a respiração misturada, o suor escorrendo das têmporas.
— Quero te sentir de novo… — rosnou, com aquela rouquidão que fazia o corpo de Harry arder ainda mais.
E sem dar espaço para resposta, penetrou-o outra vez, agora com uma lentidão torturante, como se quisesse gravar na carne a eternidade daquele momento. Harry gritou, mordeu o ombro de Louis com força, e o guerreiro gemeu, começando a mover-se com um ritmo lento e devastador, as estocadas longas, profundas, que arrancavam suspiros, gemidos, até que o mundo inteiro se restringisse apenas àquele enlace, àquele som, àquele calor.
O tempo pareceu parar.
Ali, entre os troncos tortos, as pedras frias, o musgo úmido e o couro quente da pele de urso, dois homens se consumiam com uma fome que não era só carnal, mas ancestral — como se, desde sempre, estivessem destinados a se encontrar, a se destruir e se reconstruir nos braços um do outro.
Louis acelerou os movimentos, os quadris chocando-se com força, enquanto agarrava Harry com brutalidade, arrancando-lhe os últimos vestígios de controle, até que ele se desfizesse novamente, gritando seu nome para o bosque, para os deuses, para o próprio destino, enquanto Louis se derramava dentro dele, mordendo-lhe o pescoço, marcando-lhe a pele com dentes e sêmen, selando ali, de uma vez por todas, aquele pacto indizível.
Depois, os corpos desabaram juntos, ainda entrelaçados, ofegantes, suados, exauridos.
Louis puxou Harry para si, apertando-o contra o peito, protegendo-o do frio, enquanto sua mão acariciava os cabelos desgrenhados, e seus lábios sussurravam, quase inaudíveis:
— Meu. Para sempre.
Harry sorriu, fechou os olhos e, pela primeira vez, desde que fora capturado, sentiu-se verdadeiramente livre.
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• Book com diversas histórias larry.
Louis e Harry existem em muitas formas, em muitos tempos. E em cada um deles, algo inexplicável os atrai de novo e de novo.
Eles já foram amantes sob a luz de candelabros, desconhecidos dividindo o mesmo metrô em Londres, soldados em lados opostos da guerra, mago e criatura encantada no coração de uma floresta antiga.
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"Obediente"•L.S
Harry Styles é o secretário exemplar da Tomlinson Corp: pontual, elegante, discreto. Sempre tão correto que até incomoda. Louis Tomlinson, o CEO impiedoso e obcecado por controle, observa-o diariamente como se esperasse o momento exato para despir cada camada daquela compostura.
Categoria: Larry Stylinson | +18 | CEO/Secretário | PWP com enredo | Romance Erótico
Gênero: Erotismo, Romance, Drama Corporativo
O relógio marcava 21h47 quando Harry pousou a pasta de couro sobre a mesa do CEO, os dedos tremendo levemente. O prédio da Tomlinson Enterprises estava silencioso, andares desertos, luzes apagadas — exceto naquela sala com janelas de vidro que davam vista para a cidade iluminada, onde Louis permanecia, terno impecável, mangas arregaçadas, olhar felino cravado nele.
— Trouxe os contratos com a revisão final. — Harry disse, tentando manter a voz firme. Sabia que Louis gostava disso — de vê-lo tenso, hesitante, à beira de algo que jamais ousaria pedir.
Louis se levantou da poltrona de couro com lentidão calculada. Passou ao lado da mesa, e cada passo dele parecia marcar o compasso do coração de Harry. Quando parou perto o suficiente para que Harry sentisse seu perfume amadeirado, foi como se o mundo diminuísse ao redor deles.
— Está tarde, Sr. Styles. — a voz de Louis era baixa, mas afiada como uma lâmina. — Por que ainda está aqui?
— Eu… Queria garantir que os documentos estivessem prontos para sua assinatura amanhã. — respondeu, engolindo em seco.
Louis riu, curto, quase debochado. Seus olhos deslizaram pelo corpo de Harry como se o desnudassem com um simples olhar. Então estendeu o braço e fechou a pasta, sem sequer olhar os papéis.
— Você é eficiente. — murmurou. — Mas está começando a me parecer... obediente demais.
Harry não respondeu. Não sabia o que era aquilo — talvez o calor na nuca, a tensão entre as pernas, ou o modo como o ar parecia faltar quando Louis se aproximava. Não era a primeira vez que sentia o olhar do chefe fixar-se nele por tempo demais. Nem a primeira vez que sonhava acordado com o que poderia acontecer naquele escritório de portas trancadas.
Louis passou por trás dele. Seus dedos deslizaram de leve pela base da nuca de Harry, fazendo-o prender a respiração. Ele se inclinou até o ouvido do mais novo e falou:
— Acha que eu não percebo como me olha?
Harry não respondeu, mas o leve estremecer do corpo entregou o que sua boca não conseguia. Louis sorriu. Uma das mãos segurou o quadril de Harry, puxando-o de leve para trás, colando-os. A outra subiu até o peito dele, pressionando com firmeza, sem pressa.
— Acha que não notei os olhares? Os lábios entreabertos quando te corrijo? O modo como sua caligrafia muda quando estou muito perto?
Harry se sentia em chamas.
— Talvez… eu só quisesse sua atenção. — sussurrou.
Louis girou o corpo dele com firmeza, encarando-o de frente. Suas mãos seguraram os pulsos de Harry, guiando-o até a mesa. Deitou-o com delicadeza sobre a madeira fria, sem desviar os olhos, mantendo-o ali, sob seu domínio.
— Agora tem.
E então, os lábios se encontraram. Com fome, com fúria contida. Louis beijava como quem impunha território, como quem sabia exatamente o que queria — e aquilo era Harry, entregue, exposto, moldado sob suas mãos. Os dedos de Louis começaram a abrir os botões da camisa de Harry, um a um, enquanto a língua explorava sua boca com domínio absoluto.
Harry gemeu baixo quando sentiu os lábios de Louis em seu pescoço, os dentes arranhando a pele. As mãos do CEO deslizaram por sua cintura, puxando a camisa para fora da calça, explorando com um toque que era tanto comando quanto carícia.
— Você é meu agora. — Louis disse, entre beijos, enquanto empurrava a calça social de Harry para baixo. — E vai me obedecer com cada parte do seu corpo.
Harry arfava. — Sim... sim, senhor.
Louis sorriu contra a pele dele, satisfeito.
Louis se afastou só o suficiente para tirar o cinto devagar, o som do couro deslizando pelas presilhas ecoando no silêncio luxuoso do escritório. Seus olhos não deixavam os de Harry, e havia algo naquele olhar — cru, lascivo, imponente — que fazia a espinha de Harry arrepiar-se inteira.
Ele voltou a se aproximar e passou o cinto devagar por entre os dedos de Harry.
— Mãos acima da cabeça. — ordenou, baixo.
Harry obedeceu sem pensar, os olhos dilatados, as bochechas queimando. Louis amarrou seus punhos com firmeza, mas não com brutalidade, deixando-os presos às grades metálicas que decoravam a parede atrás da mesa. Ele o observou ali — camisa aberta, pele exposta, corpo à mercê — e um sorriso lento curvou seus lábios.
— Perfeito.
Louis desceu os lábios pelo peito de Harry, mordendo levemente aqui e ali, deixando trilhas vermelhas de desejo marcado. A língua desenhou círculos preguiçosos ao redor dos mamilos dele, provocando reações imediatas — os gemidos contidos, os quadris que se arqueavam em busca de mais.
— Você geme tão bonito... — murmurou, arrastando os lábios pela barriga até o cós da cueca. — Quase parece feito pra isso.
Harry se retorcia, os braços presos acima da cabeça, os lábios entreabertos.
— Por favor… Louis...
— Hm? — ele ergueu os olhos, divertido. — Tão impaciente. Mal começamos.
Louis puxou a cueca para baixo devagar, expondo Harry por completo. A expressão em seu rosto mudou, de divertimento para algo mais sério, intenso, faminto. Sem esperar mais, ele envolveu Harry com a boca quente, firme, sem piedade para a tensão acumulada.
Harry soltou um gemido alto, o corpo inteiro arqueando sob o toque. A língua de Louis sabia exatamente o que fazia — provocava, sugava, pressionava, até que Harry estivesse à beira de perder completamente o controle. Mas, antes que pudesse, Louis parou.
— Ainda não. — disse, a voz rouca, os dedos traçando o interior das coxas de Harry com calma calculada. — Vai vir só quando eu mandar.
Harry arfava, tremendo de desejo, cada célula implorando por mais.
Louis então se despiu, devagar, os olhos fixos nos de Harry. O corpo dele era esculpido em confiança, em poder. Quando se posicionou entre as pernas de Harry novamente, passou a mão pelas coxas dele, abrindo-o, encaixando-se ali como se sempre tivesse pertencido àquele espaço.
— Me diz o que quer. — pediu, com a voz baixa.
Harry mordeu o lábio, a respiração irregular.
— Eu quero você… dentro de mim. Agora. Me usa. Por favor.
Louis riu baixo, satisfeito com a entrega. Ele se inclinou para beijá-lo de novo, profundo e molhado, ao mesmo tempo em que preparava Harry com dedos habilidosos, cuidadosos, mas sem demora. O prazer e o incômodo se misturaram, e Harry gemeu contra a boca dele, a cabeça encostada na madeira fria.
Quando Louis finalmente se posicionou e penetrou-o, devagar, firme, o mundo pareceu parar. Os olhos de Harry se fecharam, a boca entreaberta soltando um gemido que Louis abafou com um beijo voraz. Ele se moveu com ritmo, começando lento, quase reverente, mas logo aumentando a intensidade, os quadris batendo contra os dele com força, precisão e domínio absoluto.
— Você foi feito pra isso. — Louis sussurrava entre estocadas. — Tão apertado, tão bom pra mim.
Harry mal conseguia responder. Os olhos marejavam de prazer, os punhos ainda presos, o corpo inteiro entregue às investidas implacáveis de Louis. O som de pele contra pele preenchia o ambiente, junto com os gemidos, os sussurros sujos e o som úmido dos beijos devoradores.
Louis inclinou-se para morder seu pescoço, e uma das mãos desceu entre os corpos para tocar Harry, punhando-o com a mesma firmeza com que o possuía.
— Vem pra mim. Agora. — ordenou, rosnando contra seu ouvido.
Harry não resistiu. Gozou com um gemido alto, o corpo se contorcendo sob Louis, os músculos tensos, a visão embaciada.
Louis o seguiu segundos depois, gemendo baixo contra o pescoço dele, o corpo inteiro tremendo ao se derramar dentro dele, enterrado até o fim.
Por longos instantes, tudo ficou em silêncio. Apenas respirações ofegantes preenchiam o espaço.
Louis então se afastou devagar, soltou os punhos de Harry com cuidado, e o ajudou a sentar-se. Beijou seus lábios com uma doçura surpreendente, os olhos agora mais suaves.
— Está bem? — perguntou.
Harry assentiu, ainda trêmulo.
— Sim… Mas… posso confessar algo?
Louis arqueou a sobrancelha, curioso.
— Isso... não vai ser suficiente.
Louis sorriu.
— Ótimo. Porque eu não terminei com você ainda.
E puxou Harry novamente para o colo.
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A Perdição do desejo •L.S
Em uma casa marcada por silêncios e olhares proibidos, Louis, tutor legal de Harry, tenta resistir ao desejo que há anos o consome.
• Harry maior de idade- 21 anos.
• Louis tutor de Harry
•Consensual
O som da chuva era a única coisa viva naquela casa silenciosa, onde o tempo parecia escorrer pelas paredes como as gotas que desciam pela vidraça. Louis estava sentado na poltrona antiga, camisa social aberta até o peito, os dedos segurando um copo de whisky já pela metade. A luz da lareira fazia sombras dançarem sobre sua pele marcada pelo cansaço, pelas escolhas e pelo peso de ser responsável por alguém que não sabia como tocar — nem evitar.
Harry tinha vinte e um. Mas o tempo não servia como defesa contra o proibido.
Havia crescido rápido demais, com os olhos verdes grandes demais, o corpo bonito demais. E Louis, que fora designado seu tutor legal desde os dezessete, havia feito tudo certo. Até Harry completar dezoito. Depois disso, a linha entre o certo e o desejável começou a se dissolver a cada sorriso torto, cada provocação silenciosa, cada vez que o menino — não mais menino — cruzava a casa com a pele úmida do banho e uma toalha frouxa nos quadris.
Naquela noite, o mundo lá fora parecia distante. E Harry, ao pé da escada, parecia uma confissão prestes a ser sussurrada.
— Você vai me ignorar pra sempre, Louis? — ele disse, a voz grave e baixa como o trovão distante. — Vai fingir que não sente?
Louis bebeu mais um gole. Não respondeu. Seus olhos seguiram Harry quando ele desceu devagar, descalço, usando apenas uma camiseta larga — a dele — e a expressão de quem sabia exatamente o que fazia. Cada passo era um golpe no juízo.
— Eu não sou mais um garoto — Harry disse, já perto. — E você sabe que eu sei o que quero.
Louis respirou fundo. O ar parecia denso demais. Ele fechou os olhos, tentando não ceder ao impulso de puxá-lo pela nuca, de provar o gosto daquilo que desejava há tempo demais.
— Isso é errado, Harry — murmurou, sem convicção.
— E ainda assim, você pensa nisso toda noite — ele se ajoelhou entre as pernas de Louis, mãos firmes nos joelhos dele. — Você acha que eu não ouço?
Louis abriu os olhos. E o viu ali, olhos em chamas, boca entreaberta. Uma visão feita de todos os pecados que ele estava disposto a cometer.
— Harry... — ele sussurrou, mas não era um aviso. Era uma rendição.
Harry se ergueu e sentou-se no colo dele, de frente, as pernas abertas de cada lado, o corpo quente encostado ao seu. Os dedos de Louis foram parar na cintura exposta, deslizando pela pele macia sob a camiseta que antes era sua. Agora, tudo nele parecia ser.
O beijo veio denso, urgente, como algo guardado por tempo demais. Línguas se encontraram com fome, mãos buscaram pele, carne, desejo. Louis gemeu contra a boca de Harry quando ele rebolou de leve, provocando, rindo baixinho contra os lábios dele.
— Me mostra, Louis — ele pediu, mordendo o lábio inferior dele. — Me mostra tudo que você tentou esconder.
E Louis mostrou.
Ali mesmo, na poltrona antiga, entre sussurros sujos, gemidos contidos e promessas que nunca deveriam ser feitas.
Horas depois, com os corpos suados entrelaçados no chão da sala, Harry passou os dedos pelo peito dele e disse, com aquele tom que era meio brincadeira, meio verdade:
— Você ainda é meu tutor?
Louis riu, rouco, exausto, entregue.
— Não. Acho que agora sou seu prisioneiro.
Harry ainda estava sobre ele, o corpo quente e solto, o cheiro de suor e desejo impregnando o ar pesado da sala. A chuva lá fora caía com mais força, mas tudo parecia distante. Só existia o som das respirações entrecortadas, da pele deslizando contra a pele, e dos suspiros que escapavam quase como preces.
Louis passou a mão pela nuca de Harry, puxando-o de volta para um beijo lento, fundo, como se pudesse provar de novo o que acabara de acontecer. A língua de Harry era macia, mas havia algo feroz ali — uma urgência. O jeito como ele gemia baixinho contra a boca de Louis fazia seu ventre se contrair de novo, e ele soube que aquilo ainda não tinha fim.
Harry se moveu devagar, descendo beijos pelo pescoço dele, mordiscando o caminho até o peito. Louis estremeceu quando ele passou a língua pelo mamilo, sugando devagar. As mãos dele apertaram os quadris largos de Harry com força.
— Você é insaciável — sussurrou, entre dentes, já arfando.
Harry sorriu contra sua pele.
— Você me deixou com fome por anos, Louis. Eu só tô começando.
Ele se abaixou mais, até a barriga, deixando rastros de saliva quente. Louis gemeu baixo, os olhos meio cerrados, os músculos da coxa já tensos em antecipação. Quando Harry finalmente o tomou na boca, a cabeça dele caiu para trás no encosto da poltrona e um grunhido rouco escapou.
A boca de Harry era um paraíso perigoso — quente, úmida, feita de intenções perversas e amor disfarçado de pecado. Ele sabia o que fazia. Sabia quando engolir mais fundo, quando apertar com a mão, quando olhar pra cima com aqueles olhos verdes implorando para serem adorados.
— Porra, Harry... — Louis arfava, quase sem voz. — Vai me matar assim...
Mas ele não parou. Foi fundo, devagar, torturando-o com prazer. Louis segurou os cabelos longos com uma das mãos, guiando o ritmo até não aguentar mais e puxar Harry de volta para si. Os lábios do garoto estavam vermelhos, brilhantes, e ele subiu montando no colo de Louis de novo, roçando as intimidades já duras, já famintas, uma contra a outra.
— Quero você dentro de mim — ele disse, sem vergonha, encarando-o. — Agora.
A frase ardeu dentro de Louis como álcool sobre um corte. Ele o virou de costas para o chão com firmeza, assumindo o controle com o corpo inteiro. A fome o consumia por dentro. Posicionou-se entre as pernas de Harry e o beijou de novo — mais bruto dessa vez, mais possessivo. Como se dissesse “você é meu” com a boca, com o corpo, com tudo o que era.
O toque era intenso, firme, mas cheio de adoração. Louis o preparou com paciência, com carinho, mas sem esconder o desejo. Os gemidos abafados de Harry eram a música mais bonita que ele já ouvira. Quando finalmente entrou, devagar, fundo, os dois gemeram juntos — como se o mundo inteiro existisse apenas ali.
— Me olha — Louis sussurrou, ofegante. — Quero ver sua cara enquanto eu te faço meu.
Harry obedeceu. Os olhos vidrados, úmidos de prazer. Os lábios entreabertos, a respiração falha. Louis começou a se mover, lento no começo, e depois mais forte, mais profundo. Cada estocada fazia os corpos tremerem juntos, suados, grudados. Era paixão, era fúria, era amor represado se derramando da forma mais suja e bonita possível.
O clímax veio como uma explosão, um grito contido nos lábios mordidos, um tremor que percorreu os corpos até o osso. Louis se derramou dentro dele com um gemido baixo, os dedos marcando a pele da cintura. Harry veio logo depois, sujando os próprios dedos sobre o peito, a boca solta em murmúrios que Louis não conseguiu entender — mas sentiu.
Ficaram ali, ofegantes, emaranhados, imundos de desejo e de um tipo estranho de paz.
Louis encostou a testa na dele e disse, quase num fio de voz:
— Isso muda tudo.
Harry o olhou com os olhos semiabertos, ainda em transe. Sorriu.
— Então que tudo mude!
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A Primavera •L.S
Louis Tomlinson é o ladrão mais procurado da Europa — astuto, charmoso, sempre um passo à frente. Harry Styles é o agente da Interpol que o segue há meses, mas o que começou como caça virou obsessão.

Florença, Itália — 2h11 da manhã.
As cúpulas renascentistas da cidade dormiam sob a neblina e o luar. No alto da Galleria degli Uffizi, um vulto deslizava como sombra entre sensores e vigas de pedra centenária. Louis Tomlinson, o ladrão mais procurado da Europa, agia com a elegância de um maestro.
Vestia-se em preto acetinado, luvas de couro fino, cabelos desalinhados pela brisa noturna, e olhos tão azuis quanto o céu antes da tempestade. Em seu bolso, um mapa em seda com marcações feitas à mão, como versos de um poema cifrado.
Com um clique, desativou o laser invisível que protegia o Salão de Botticelli. Caminhou até o quadro visado — A Primavera —, mas não era isso que o fazia sorrir. Era a presença.
— Achei que você viria. — A voz veio da sombra entre colunas.
Louis não se virou.
— Achei que você me deixaria roubar mais uma vez. — sorriu.
Harry Styles saiu da penumbra como se pertencesse a ela. Terno escuro, a gravata afrouxada, olhos verdes faiscando com uma mistura de exaustão e desejo. Um agente da Interpol com alma de poeta.
— Você me fez voar da Sicília em uma hora. Isso devia ser um crime. — ele disse.
— Sou especialista em crimes, amor.
— Não diga isso desse jeito. — Harry se aproximou devagar. — Você me chama de amor quando vai fugir de novo?
Louis girou, encostando-se na parede de mármore. O sorriso malicioso nunca desaparecia.
— E se eu te dissesse que não quero fugir essa noite?
— E se eu dissesse que deveria te algemar agora?
— Algema. Mas antes me beija.
Harry hesitou por um instante. Um ano de perseguição, voos noturnos, telefonemas interceptados, bilhetes deixados em línguas mortas. E, no fundo de tudo, o sentimento que nunca teve nome.
Ele avançou, tomou Louis pela cintura e o puxou contra si. Os lábios se encontraram com a urgência de quem sobreviveu a guerras internas. Beijo quente, molhado, com gosto de desafio. Louis gemeu baixo, agarrando-se à lapela de Harry.
— Você me enlouquece. — murmurou Harry, encostando a testa na dele.
— Eu sou loucura, Styles.
O ladrão girou os dois com precisão de dançarino, empurrando Harry contra a parede de pedra fria. Os beijos se intensificaram, desceram pelo pescoço, pelos ombros. As mãos de Louis estavam por dentro da camisa alva em segundos, tocando pele quente, músculos contraídos.
— Isso é errado. — Harry arfava.
— Tudo que é certo é chato. — Louis riu, e desceu os beijos até a clavícula dele.
Harry gemeu e agarrou os cabelos do outro.
— Você não vai roubar o quadro. — ameaçou, entre gemidos.
— Não vim por ele. — Louis ergueu o rosto, suado, olhos ardendo de desejo. — Vim por você.
Então, como se o tempo fosse seu cúmplice, Louis deslizou até o chão, ajoelhando-se entre as pernas do agente. O silêncio da galeria foi preenchido com sons abafados de prazer, respirações falhadas, e palavras soltas em italiano e inglês.
As roupas foram se perdendo entre colunas e tapeçarias. Quando caíram sobre o chão de mosaico antigo, o que houve entre eles não foi apenas luxúria — foi necessidade. Corpos colados, estocadas precisas, mãos ávidas, gemidos abafados na curva do pescoço. Louis dominava com graça e instinto. Harry cedia com raiva e paixão.
Horas depois, os dois estavam deitados sobre um tapete ancestral, ainda suados, ainda ofegantes. Louis acariciava a tatuagem no braço de Harry, traçando as linhas com o dedo.
— Você poderia fugir comigo. — sussurrou.
Harry sorriu triste.
— Você poderia se render.
— Você me prendeu essa noite. — Louis ergueu o rosto, sério. — Mas amanhã eu fujo. Porque é quem eu sou.
— Então me deixa algo para lembrar que não sonhei tudo isso.
Louis se inclinou e beijou-o suavemente. Depois se vestiu em silêncio, deixando para trás uma rosa branca roubada do jardim interno da galeria.
Ao lado, um novo bilhete:
“Roubar arte é fácil. Roubar seu coração foi um acidente. — L.T.”
Quando a segurança chegou ao amanhecer, não havia sinal do ladrão. Mas Harry ainda estava ali, nu, com um sorriso triste e a rosa nos dedos.
A obra? Intacta. Mas o agente, não.
#larry fanfiction#harry styles#louis tomlinson#fanfic#ltops#larry fic#louis and harry#oneshot#larrystlinson
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Me sigam no Wattpad, escrevo e publico histórias /Fanfic Larry.
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Te convencendo a ler minha fanfic's Larry no Wattpad, segue o link da Thread de motivos no Twitter, cuidem
Da um clique em uma foto, leia e se delicie com a história...
La belle de jour•L.S já concluída!

Verona•L.S uma mistura de amor e distância pelo o cruel tempo, mas eles lembram como se amam, e nada diante disso irá os separar.

Canastra •L.S uma alucinação ou verdade da realidade? Uma inversão da realidade distorcida? O que exatamente é real? Você sabe? Sua realidade não é minha... o Rei de Canastra– Louis deixará isso claro, tão claro quanto o sangue de suas cartas... não confie nos valetes.

Entre o Silêncio•L.S uma história que não precisará de palavras para florescer, apenas a presença é sua audição, você não irá fugir, ficará até o fim, não terá lugar melhor para ir. Harry como psicólogo e Louis como capitão do time de futebol, onde a mancha do nome Tomlinson o assombra, a psicologia veio em um momento fascinante e adorável para abrir um novo caminho até o gol, a paixão...

#larry fanfiction#harry styles#louis tomlinson#fanfic#wattpad#larry fic#louis and harry#insanidade#romancemaduro#romancegay#reencarnação#realidade distorcida#paixao#canção#90s#seculos18#seculo19#distorção#larries#dark
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"Bem-vindos a Canastra.


Onde o jogo não se limita às cartas, e a mente é a mesa principal."
Harry nunca soube se jogava ou era jogado. Filho de um dos maiores apostadores de Paciência, cresceu entre cartas marcadas, silêncios pesados e olhos que observavam demais. Mas Canastra… Canastra era diferente. Não era só um jogo. Era um ritual. Uma dança entre o desejo e a ruína, entre o que é real e o que se desfaz com o piscar dos olhos.
Louis — o Rei de Canastra — reina absoluto nesse universo paralelo, insano e sedutor. Ele fala em enigmas, toca como quem conhece a alma, e joga como quem aposta mais que fichas: aposta a sanidade.
Entre noites frias no bosque, mesas redondas, espelhos que distorcem a lógica e sorrisos carregados de perversidade, Harry é engolido por uma realidade onde perder é sinônimo de enlouquecer. Ou já estaria louco desde o início?
Canastra é um conto. Ou um delírio. Ou um jogo.
E você? Vai apostar sua mente nessa história?


#louis and harry#larry fanfiction#harry styles#louis tomlinson#fanfic#wattpad#larry fic#jogo mental#distorção#obscuro#manipulações#insanidade#jogodecartas#canastra#harry and louis#sedução#universo alternativo#narrativa ambígua#complexidade#desejo sombrio
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Vontade de gritar, xingar tudo... incrível uma coisa, Sinto-me bem, aliviada no caso, quando eu extrapolo e xingo tudo. Não é a questão de xingar todos, é xingar tudo... tipo? Porra do caralho que bct chata... entendeu? Algo assim... não é falta de educação, é falta de como saber realmente se expressar com as palavras, EU NÃO CONSIGO, PORRA.......
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La belle de jour•L.S uma história curta e amorosa sobre os larry na versão recifense, em boa viagem na década de 90s, Louis francês e harry compositor... nasce uma chama de paixão e uma canção!!!! ESTÁ FINALIZADA!!!!!!!
Descrição
Era na praia de boa viagem...
Tão bonito quanto o sol da tarde, avistou um moreno de olhos azuis apenas observando a paisagem. Harry, um compositor com problemas de escrita e um francês que volta para sua cidade, Louis poderia ajudá-lo indiretamente?
https://www.wattpad.com/story/347917758?utm_source=android&utm_medium=link&utm_content=share_writing&wp_page=create&wp_uname=Angellicus78



#larry fanfiction#harry styles#louis tomlinson#fanfic#ltops#wattpad#larry fic#louis and harry#romance#labelledejour
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Entre o Silêncio • L.S
Louis Tomlinson é o capitão de um time de futebol à beira do colapso emocional. Pressionado, solitário e acostumado a calar tudo o que sente, ele se esconde atrás de treinamentos intensos e respostas curtas.
Harry Styles é o novo psicólogo do clube. Jovem, observador e com um passado de cicatrizes profundas, ele enxerga o que ninguém mais vê — inclusive os silêncios de Louis.
Entre olhares contidos, palavras não ditas e a intimidade construída no intervalo entre um treino e outro, algo nasce. Mas como se permitir sentir quando tudo foi ensinado a ser escondido?
Uma história sobre escuta, entrega e as brechas onde o afeto floresce.
Romance • Drama psicológico • L.S & H.S
https://www.wattpad.com/story/394047347?utm_source=android&utm_medium=link&utm_content=share_writing&wp_page=create&wp_uname=Angellicus78
#larry fanfiction#harry styles#louis tomlinson#fanfic#wattpad#larry fic#louis and harry#futebol#psicologia#romance#romancemaduro
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Vou publicar Transcendência e Mon coeur est tien no wattpad, Transcendência sobre o bruxo Louis e afaa Harry;
Mon coeur est tien uma dark romance larry... ai
#larry fanfiction#harry styles#louis tomlinson#fanfic#ltops#wattpad#larry fic#louis and harry#bruxo#fada#dark
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Entre vidas entrelaçadas, destinos incertos e futuros inimagináveis, Verona veio para aclamar corações solitários que possam ser enchidos de amor. A paixão reluzente de sua história é algo tão admirável..

Te apresento Verona, um amor que irá ultrapassar tudo a sua volta...
https://www.wattpad.com/story/347233583?utm_source=android&utm_medium=link&utm_content=share_writing&wp_page=create&wp_uname=Angellicus78

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Então né... finalizei a querida de uma forma absurda que até mesmo eu me surpreendi, um daria tão... AAAAAAA 🥹❤️🫶 eu posto onde? Aqui? Wattpad?
Passion et Armes♡
"A introdução poderia ser fatal, mas como ele poderia saber?" – Louis.
"Uma década passou como uma tempestade, restou os resquícios da destruição." – Harry.

Aviso; Larry
Máfia francesa, a família.
Um breve rascunho, que pode ser publicado.
Ltops/Hbottom.
DarkRomance.
Diferença de idade não explícita, ambos maiores de idade.
Descrição: O destruidor de um mundo, o desalinho do destino o convocou. Uma década após terríveis decisões, juntamente do massacre na Itália, Harry se encontrava nos braços do francês que o matou, Louis o conduzia como o diabo que ministrava o inferno.
🕸♤
A fraca neblina começava assombrar aqueles desamparados. A garoa respingava levemente sob as folhas esverdeadas do imenso jardim "Mon coeur est tien" – Meu coração é seu, juntamente da fresca ventania que lá rodopiava. Como a ventania se fazia presente no jardim, a sala de visitas acolchoadas estava quente pela a lareira, lá que iluminava completamente. O rodopio da ventania apenas admirava o rodopiar dos corpos suados e grudados. Louis conduzia Harry em um dança majestosa, seduzindo os poucos olhares presos em si, a atenção deixava o clima mais quente, e a lareira lá queimava. O cheiro do mormaço aumentava gradativamente, mas não assombrava aqueles aparados.
A melodia suave ecoava na sala de visitas, juntamente dela a respiração de cada ser presente naquela apresentação, uma mera sedução, não tão barata como em teatros, uma dança formosa era vista, no silêncio os corações falavam mais que os olhares cheios de lágrimas em direção ao casal. A suavidade da condução deixava Harry simplesmente sem fôlego em seus pulmões corrompidos pela a nicotina cara entre seus dedos, a leveza que seus pés conseguiam acompanhar Louis o deixava sem chão, mesmo que ele pudesse sentir o gélido. Louis, o chefe da família francesa o olhava com tanta devoção e clamor, paixão e ódio na mesa proporção. O azul de seus olhos estavam em um escuro admirado pelo o céu, aquele escuro de tempestade que quase ninguém poderia sobreviver para a contar o depois.
Essa seria a ocasião especial, o depois estava iminente como o final da dança, a sedução chegava ao fim esplêndido, deixando espaço para a lágrimas rolarem nas bochechas avermelhadas de Harry, lembranças inundaram sua mente desgastada, a música, a dança, Louis... Louis e seus olhos famintos por ele, por vingança, paixão e rancor. Harry deixou as lágrimas rolarem, ele não poderia fazer muito, ele não queria mais esconder-se, o cansaço de uma década finalmente o atacou. O consumia como Louis fazia, mas essa forma era mortífera, não tinha prazer.
— A sua punição será a tortura da paixão. – Louis proferiu com tamanha delicadeza ao som clássico do violino que preenchia abertamente na melodia, a queimação de seu dedos na cintura marcada de Harry o deixava insano. Louis viu o arrepio levemente presente no pescoço do seu amado, ou ex-amado. O chefe da família francesa viu quando Harry deixou ainda mais lágrimas rolarem pelo o seu rosto bonito, as bochechas vermelhas como o sangue que poderia ou não está escorrendo de sua cintura pelo o aperto.
Harry tentava não desmaiar nos braços do homem que o destruiu, a sensação angustiante da queimação em suas costelas ele ainda poderia sentir, sentia o gélido se tornando quente e vendo seu sangue ferver ao descer na lâmina cravada em suas costelas marcadas por ele, seu amado passado, Louis.
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Uma prévia do gosto doce de uma Fada e um Bruxo, Harry e Louis sempre irão se encontrar, não importa a ocasião, o destino já foi selado.
( Caso queiram que eu poste os outros cap��tulos, Comentem! Ao todo são 4° capítulos recheados, esse é a apenas o 1° )
🧚♂️🧙♂️
Em um mundo velado por magia e lendas, o retorno de um bruxo ancestral desperta profecias esquecidas. Entre luz e trevas, nasce um vínculo proibido entre um bruxo e uma fada - uma conexão capaz de mudar o destino de todos. Uma história de poder, sacrifício e o renascer da esperança.
#Harryfada
#Wattpad
#LouisBruxo
4281 palavras de puro carinho e amor, talvez muita magia...
1° Transcendência.
Essa era a palavra que sussurrava nos ossos do Bruxo.
A chama indomável da individualidade.
O ímpeto de romper os limites do mundo, da carne e do próprio tempo.
O desejo que, se revelado, poderia queimar não só o mortal, mas o próprio destino.
Era essa chama que ardia nos olhos de Louis IV, descendente direto de uma linhagem de magos antigos, herdeiro de um poder que já ameaçou desfazer os alicerces do mundo.
Louis tinha a aparência de um mortal jovem, seus traços belos e marcantes pareciam congelados nos 25 anos - mas a verdade era outra: ele carregava nas veias mais de 300 anos de existência. Seus cabelos brancos caiam em linhas suaves até a nuca, contrastando com seus olhos azuis cintilantes, que pareciam refletir memórias de guerras, perdas e promessas quebradas. A pele pálida, quase translúcida, e o manto negro que o envolvia como uma sombra viva completavam sua figura.
Louis era mais que um bruxo - era uma lenda viva.
Dominava os quatro elementos, controlava o fogo como sangue, invocava sombras como extensão da própria alma e sussurrava com os ventos. Mas acima de tudo... ele buscava algo que nem seus poderes poderiam dar: transcendência verdadeira.
A profecia era clara apenas para aqueles que ousassem ler além das palavras:
"O último herdeiro selado pelo trovão cruzará a fronteira sagrada.
Com ele virá a desordem,
Mas também a cura.
Uma fada selará seu destino.
E o amor proibido entre luz e trevas decidirá o fim ou o renascimento dos dois mundos."
Essa profecia era contada nas noites entre os galhos sagrados do bosque, entoada por fadas antigas e crianças élficas que a recitavam como canto, sem compreendê-la. Mas uma fada a compreendia.
Harry, habitante do Bosque Velado, sentia a verdade antes mesmo de vê-la.
Dono de cabelos encaracolados na cor do chocolate, olhos verdes vibrantes como folhas à luz do sol, e asas claras, com tonalidades de lilás e azul que pareciam feitas de névoa e luar, Harry era a essência da natureza. Aparentava 23 anos, mas seu corpo leve carregava 190 anos de vida eterna.
Seu dom era raro até entre os de sua espécie:
ele podia pressentir os caminhos do futuro, mesmo que enevoados.
Ele já aguardava Louis, sem saber exatamente quem ele era - mas sentia a dor, a fúria, o desequilíbrio... e a promessa.
Na floresta antiga, Louis IV avançava entre árvores que ainda lembravam o toque de seus antepassados. O ar ali era diferente - carregado de poder contido, de segredos enterrados e da presença viva dos Guardiões: criaturas mágicas forjadas pelos três primeiros magos - Magnus VI, Tommy III e Louis I - para proteger o mundo místico do avanço humano.
As raízes pulsavam sob seus pés.
A floresta sussurrava seu nome.
Foi ali que ele o viu.
Harry pairava entre as brumas do amanhecer, quase translúcido sob a luz das flores noturnas.
O tempo parou.
— Você voltou. – disse a fada, sem medo.
— Nunca deixei de estar aqui.– Louis respondeu, os olhos azuis fixos no ser que o observava com olhos de floresta. — Meu sangue pertence a esta terra, mesmo quando o mundo tentou esquecê-lo.
— Você é o trovão da profecia.
Louis franziu o cenho, desconfiado. — Você sabe?
— Sinto. – Harry pousou os pés no solo musgoso. – Eu vejo ecos de futuros que ainda não nasceram. Vi você muitas vezes. Em guerras. Em silêncio. E... ao meu lado.
— Profecias mentem.– disse Louis, com frieza. — Elas mostram o que queremos, não o que será.
— E ainda assim, você veio.
Louis se calou. Pela primeira vez em séculos, algo no peito dele - antes endurecido como pedra - estremeceu.
Harry se aproximou. —Você destruiu muito para chegar até aqui. Mas algo dentro de você ainda pulsa... algo que não é ódio.
— Isso se chama fraqueza. – Louis respondeu, mas sua voz tremia.
— Não. Isso se chama amor.
Eles se tocaram - breve, leve, como o roçar de folhas ao vento.
E naquele instante, o mundo reagiu.
O céu escureceu. A floresta tremeu. As raízes antigas se ergueram, e olhos monstruosos se abriram no solo.
Os Guardiões despertaram.
A barreira que separava o mundo dos homens do mundo místico reconheceu a energia de Louis – e o amaldiçoou.
Harry recuou um passo, sentindo a tensão que crescia no ar.
—Se você cruzar essa linha, Louis... se ficar... não haverá volta.
Louis cerrou os punhos, sentindo o peso do destino em suas costas.
— Eu nasci para cruzá-la.
— Mas não para cruzá-la sozinho.
Louis o encarou.
— Você me seguiria, mesmo sabendo o que sou capaz de destruir?
— Se for preciso... eu o reconstruo.
A floresta gritou.
E a escolha estava feita.
A terra se abriu.
Raízes grossas como serpentes se erguiam dos solos antigos, revelando olhos amarelos e bocas cheias de presas feitas de pedra viva. As árvores tremiam como se estivessem vivas, e uma energia sombria pulsava, ancestral e furiosa.
Os Guardiões estavam completamente despertos.
Louis deu um passo à frente, o manto esvoaçando atrás de si com o vento que ele mesmo conjurou. Os olhos brilharam com azul flamejante. Em sua mão, a escuridão tomou forma: um bastão feito de sombras compactadas, vivo como uma extensão de sua alma.
Harry abriu as asas num estalo suave, e toda a vegetação ao redor respondeu. Lianas se ergueram, flores desabrocharam com luz dourada, e os ventos perfumados da floresta se colocaram entre ele e os monstros.
— Eles não vão parar. — disse Harry, o tom sereno, mas firme. — Eles protegem a barreira, não veem diferença entre amor e invasão.
— Então, vão aprender a diferença. – rosnou Louis. —Mesmo que eu tenha que arrancá-la deles.
Com um grito que parecia vir de dentro da própria terra, o primeiro Guardião avançou. Gigante, com pele de rocha e olhos de fogo, ele ergueu uma pata monstruosa contra Louis.
Mas Louis era mais rápido.
Com um gesto, o tempo ao redor desacelerou. A gravidade se dobrou. E quando a criatura tentou alcançar o bruxo, foi arremessada para trás por uma rajada de magia sombria, que deixou um rastro de relâmpagos azuis na terra.
— Louis! – gritou Harry, enquanto outra criatura investia por trás.
O bruxo girou no ar, e do solo, espinhos negros brotaram, perfurando as pernas da fera. Mas antes que ela pudesse cair, raízes douradas a envolveram - Harry a continha com o poder da natureza.
— Você luta bem. – disse Louis, ofegante, olhos fixos no caos ao redor.
— Não estou lutando por mim. – respondeu Harry. – Estou lutando por nós.
Mais Guardiões surgiram, rodeando-os. Cada um mais grotesco, mais brutal, como se o próprio mundo mágico testasse a união do improvável casal.
—Eles sabem. – disse Harry, voando até Louis e pousando ao lado dele. — Sabem que se vencermos, a barreira vai se romper. E os mundos não serão mais separados.
Louis olhou para ele.
Pela primeira vez, não via um inimigo, nem um obstáculo.
Mas um aliado, um espelho. E talvez... um destino.
Ele tomou a mão de Harry.
E, juntos, canalizaram os dois poderes em um só feitiço.
Sombras e luz.
Fúria e esperança.
No céu, uma espiral de energia nasceu, girando em torno deles.
A floresta assistia. O mundo místico estremecia.
E então - explodiu.
Um clarão varreu a barreira antiga.
Os Guardiões gritaram e se dissolveram em pó de estrelas.
A floresta ficou em silêncio.
E Louis e Harry... ainda de mãos dadas, respiravam como um só.
Ao longe, uma nova presença surgia.
Encapuzada. Observando.
— Eles ativaram a profecia... – Uma voz feminina sussurrou para si mesma, nos limites da floresta. — O amor renasceu... mas nem todo mundo quer ver os mundos unidos.
O destino de Louis e Harry estava só começando.
O silêncio após a explosão mágica parecia pesar mais que o próprio feitiço.
A floresta estava imóvel. Nem vento, nem canto de criatura. O solo ainda vibrava, como se o tempo segurasse o fôlego.
Harry mantinha os olhos fechados, sentindo os fluxos da natureza.
Louis estava de pé ao seu lado, mas com os punhos cerrados. Algo no ar havia mudado.
Então, da névoa espessa que se formava entre as raízes mais antigas, uma figura encapuzada surgiu, envolta por um manto de poeira prateada e folhas mortas. A aura era antiga, opressiva - como se a própria floresta se curvasse diante dela.
— Magnus... – murmurou Louis, com a voz cheia de incredulidade e temor.
Magnus VI, o primeiro grande mago, fundador da linhagem dos Louis, seu avô. Desaparecido há séculos, tido como morto em batalha. Mas ali estava ele, vivo, ou algo além disso.
O capuz caiu.
Os cabelos longos e brancos escorriam como neve, os olhos eram cinzentos como pedra, e a pele marcada por runas que pulsavam uma luz ancestral. Ele parecia parte da floresta - como se o tempo tivesse esculpido nele o próprio passado.
— Eu observei você, neto. – A voz dele era profunda, firme, como trovão abafado. — Desde o momento em que ousou cruzar a floresta proibida.
Louis deu um passo à frente.
— Você... está vivo.
Magnus inclinou levemente a cabeça.
— Nem vivo. Nem morto. Eu sou o que sobra quando o mundo nega o descanso a quem carrega demais.
Harry se aproximou, desconfiado.
— Por que estava escondido? – perguntou, as asas abertas, prontas para qualquer ameaça.
— Porque esperava. A profecia foi minha criação. – respondeu Magnus, sem olhar para ele. — Mas nunca foi sobre união. Foi sobre controle.
Louis franziu o cenho.
— Você a escreveu...
— Sim. Eu a plantei como um feitiço nas raízes do mundo. A esperança de que um herdeiro traria ordem após o caos. Mas o caos que você traz, Louis... é amor. E o amor... é desobediência.
— O amor é escolha. – respondeu Louis. – E eu escolhi parar de repetir os erros da nossa linhagem.
Magnus o encarou, os olhos bruxuleando com raiva contida.
— Você se entrega a uma fada. Um ser do instinto e do coração. Você é um bruxo. Um soberano da razão. O sangue que carrega é meu.
Harry avançou, firme.
— Então talvez seja hora de mudarmos o que esse sangue representa.
Um silêncio gélido caiu entre os três.
Então, Magnus ergueu uma mão, e do chão, raízes negras começaram a se mover, como serpentes.
— Se não posso deter o amor com palavras... então será com poder.
Louis e Harry recuaram.
— Você me forçará a destruir minha própria linhagem? – gritou Louis, invocando a magia nas mãos.
— Eu o ensinarei o preço de trair a linhagem. – djsse Magnus. — E destruirei essa profecia de dentro pra fora.
As raízes se ergueram.
O céu escureceu outra vez.
O passado agora caminhava contra o futuro.
E Louis e Harry... precisariam lutar não apenas por sua sobrevivência, mas por sua verdade.
As raízes negras avançavam como serpentes, rachando o solo e se estendendo como garras vivas. Árvores antigas se contorciam, e o ar tornava-se pesado, como se a floresta chorasse por dentro.
Magnus VI caminhava como um deus entre as ruínas do que um dia foi paz. Louis e Harry recuavam lentamente, cercados pela magia ancestral.
— Você quer selar o mundo novamente, Magnus? – gritou Louis, seus olhos brilhando em azul cintilante. — Esconder-se atrás do medo, como se fosse sabedoria?
Magnus não respondeu com palavras. Ele ergueu o cajado de ébano, relíquia dos Primeiros Três Magos. O céu se rasgou em trovões negros. Um ciclo de runas girava ao redor dele.
Harry apertou a mão de Louis.
— Ele está usando o feitiço de contenção do Elo de Sangue. – sussurrou Harry. — Se ele terminar, vai cortar nossa ligação... vai me arrancar de você.
Louis não hesitou.
Ergueu sua própria mão ao céu, e da terra, brotou uma luz azul e prateada, uma nova magia - não herdada, mas criada.
— Você ensinou a conquistar pelo medo, Magnus. – gritou ele. — Mas eu aprendi com Harry que há poder na empatia.
— Empatia não sustenta um reino. – respondeu Magnus, sombrio. — Ela o destrói.
Então, ele lançou o ataque.
As raízes negras se uniram em uma lança viva, disparando na direção de Harry. Mas Louis saltou à frente, conjurando um escudo feito de memórias conjuntas - risos, toques, olhares silenciosos. A lança quebrou-se contra o amor que pulsava entre eles.
— Não! – rugiu Magnus. — Essa profecia não é sua! Ela foi feita por mim! Você é só... meu erro.
Harry flutuou, os cabelos de chocolate dançando com o vento mágico.
Suas asas se abriram em plena luz, e de suas mãos brotou vida pura - cipós, flores, borboletas de energia. Elas se lançaram contra o chão corrompido, purificando os símbolos sombrios.
— A profecia não é sobre controle. – disse ele. — Ela é sobre equilíbrio.
Louis levantou o cajado, e com um gesto final, uniu sua magia com a de Harry. Luz e sombra dançaram como um eclipse invertido.
— Se somos o erro... que sejamos o novo começo.
O feitiço colidiu com a aura de Magnus, e por um momento, tudo se calou.
Depois - explodiu em luz.
Magnus caiu de joelhos.
As raízes recuaram.
A floresta respirou.
Ele olhou para o casal, e pela primeira vez, não havia ódio em seus olhos. Apenas exaustão.
— O tempo me venceu. – murmurou. — Mas não se enganem... o mundo lá fora não aceitará essa união com facilidade.
Harry se aproximou.
— Então, que o mundo aprenda.
Louis, de pé ao lado dele, completou.
— Como nós aprendemos.
Magnus desapareceu em névoa cinzenta, carregado pela própria magia que o moldou. Não restaram palavras. Apenas o eco de uma linhagem que, enfim, se partia para que outra nascesse.
E na clareira da floresta, dois seres outrora inimigos se mantinham juntos - não por imposição, mas por escolha.
O céu parecia mais claro. Mas isso era apenas uma ilusão.
A barreira entre os mundos... havia sido rompida. Ainda não destruída, mas enfraquecida, como um vidro trincado que podia se estilhaçar com o menor toque errado.
Louis e Harry caminhavam em silêncio pela clareira, agora tomada por flores azul-lilases, uma reação viva à energia mágica que havia sido lançada. Cada flor parecia cantar — como se reconhecesse os dois como centelha de uma nova era.
— Sente isso? – murmurou Harry. Seus olhos verdes cintilavam com preocupação.
— O equilíbrio está mudando. – respondeu Louis. — A ruptura chamou atenção.
Harry assentiu.
— Não só de seres do nosso mundo…
Como se confirmando as palavras do fada, um clarão cortou o céu, e do horizonte, uma nuvem negra se formava — mas não feita de chuva. Era um redemoinho de sombras e asas, e dentro dele, vozes antigas murmuravam em línguas esquecidas.
Louis fechou os olhos.
— O Concílio Esquecido.
Harry empalideceu.
— Eles ainda existem?
— Sempre existiram. Dormindo, esperando que a promessa da união mágica fosse quebrada.— Ele olhou para Harry. — E nós… somos a quebra.
No coração do redemoinho, uma forma se revelou. Uma figura feminina, envolta em chamas etéreas, com os olhos cobertos por um véu de ouro.
— Louis IV. Fada Harry. Vocês quebraram o véu.
A voz ecoava como uma oração antiga.
— O que é feito com amor, também pode ser punido com fogo. – Disse ela.
Harry se adiantou, os olhos firmes.
— Não há crime em sentir. Não há traição em amar.
— Mas há perigo. – replicou a figura. — A união de suas essências criou um novo fio no tecido do mundo. Algo que não podemos controlar.
Louis deu um passo à frente.
— Vocês tiveram séculos para manter a ordem. Nós a respeitamos. Mas agora… ela precisa evoluir.
A mulher estendeu a mão, e do céu, uma pedra flutuou. Nela, marcado com sangue e luz, um novo símbolo surgia: duas metades de um coração, entrelaçadas por espinhos e raízes.
— Então façam seu juramento diante do Véu. — disse a voz. — Ou enfrentarão não apenas o Concílio... mas todos os mundos.
Louis olhou para Harry.
O medo nos olhos dele era real — não do castigo, mas do que teriam que sacrificar para manter-se juntos.
— Eu juro. – disse Louis, sem hesitar. — Que minha magia jamais servirá à dominação, mas à união.
Harry segurou sua mão.
— E eu juro… que minha essência não florescerá no medo, mas na verdade. Mesmo que ela queime.
O Véu brilhou, e então, uma rachadura cortou o céu — dourada, viva. O mundo havia escutado. E mudado.
Mas nas profundezas onde nem luz nem magia alcançam, algo despertava, faminto e antigo, algo que nem mesmo Magnus ousara nomear...
A Era do Rachado Véu havia começado.
Muito longe dali, sob as montanhas frias de Norwind, onde nem mesmo a magia dos Elfos ousava alcançar, uma antiga prisão mágica repousava.
Ou assim acreditavam os registros.
Ela era chamada Vórtice Sombrio — uma espiral subterrânea construída pelos Primeiros Magos, incluindo Magnus VI, para selar criaturas que não pertenciam a este mundo: os Pré-Mundos, formas vivas de magia bruta, criadas antes do tempo, antes da luz, antes das raças.
No fundo desse vórtice, algo acordava.
E sua primeira palavra foi: “Harry.”
Não em ameaça. Mas em… reconhecimento.
Enquanto isso, na vila humana de Kheron, rumores percorriam as tabernas e os becos.
— Um bruxo e uma fada... juntos?
— Dizem que quebraram o Véu…
— Que espécie de filhos podem nascer dessa mistura?
— Isso é contra a Ordem!
Os humanos, por séculos mantidos afastados pelas barreiras mágicas, agora sentiam a vibração da magia no vento. Colheitas floresciam sem razão, animais selvagens se curvavam aos que sonhavam, e crianças começavam a ver luzes onde antes havia apenas escuridão.
A magia retornava. Mas o medo também.
Em um salão subterrâneo, escondido sob a velha igreja de pedra, um grupo de humanos vestia mantos negros, com símbolos de runas riscadas — a seita do Ferro Silencioso.
— Eles profanaram os limites sagrados. – disse o líder, uma mulher de voz firme chamada Maedra. — Bruxos podem se destruir entre si. Mas fadas… fadas são portadoras do tecido da vida. Se esse amor florescer, não teremos mais controle.
— Eles precisam ser detidos. – murmurou outro. — Antes que a profecia deles destrua o equilíbrio que ainda nos resta.
Na floresta sagrada, Louis e Harry observavam as transformações ao redor.
A natureza crescia de forma incomum. Criaturas mágicas que estavam desaparecidas há gerações surgiam: unicórnios de sombra, pássaros de chamas cristalinas, flores que cantavam à noite.
Mas Louis também sentia algo mais…
Um sussurro distante, uma presença que ecoava como uma lembrança esquecida:
Harry… ele te conhece.
Louis olhou para Harry.
— Você sentiu isso?
Harry assentiu, a testa franzida.
— Há algo me chamando. Algo que sabe meu nome antes de mim mesmo existir.
Louis apertou sua mão.
— Talvez a profecia não tenha terminado. Talvez ela… apenas tenha começado.
Nas profundezas do Vórtice, a escuridão respirava.
A criatura não tinha corpo fixo — era feita de fios de energia bruta, oscilando entre luz e sombra. Seus olhos, quando se formavam, pareciam refletir todas as eras do mundo. E no centro de sua essência, havia algo ainda mais poderoso: a memória da primeira união mágica já registrada.
Eles quebraram o ciclo. – murmurou a entidade, sua voz um eco dentro da rocha viva. –
Ele… é como ela. A flor eterna. A semente do caos doce.
Seu nome fora apagado das histórias. Mas os Elfos mais antigos ainda murmuravam sobre Elarion, o primeiro espírito a tocar o mundo com vida, e o único que conheceu o Vínculo de Raízes — a antiga lenda sobre uma fada e um bruxo que quase trouxeram equilíbrio… antes de serem destruídos por medo.
Harry era descendente dessa fada antiga.
Louis carregava o sangue do bruxo selado.
E os dois, ao se unirem, despertaram Elarion, guardião e juiz do Destino Mágico.
Na floresta, enquanto Harry dormia com as asas abertas sobre as folhas de luz, Louis escutava a terra chamar por ele. As árvores murmuravam. As pedras pulsavam.
Louis… Ele o espera.
Guiado por instinto, Louis caminhou até o círculo antigo das Runas de Sangue, onde as pedras ainda tremiam com a lembrança da batalha contra Magnus. Lá, no centro, uma fenda se abriu. E dele, uma névoa prateada se elevou.
A voz o envolveu.
— Louis IV, herdeiro de Magnus e filho do Fogo. Você ama o Guardião da Vida.
Louis apertou os punhos.
— Sim. Amo.
— Então ouça: os deuses antigos não planejaram isso. A magia não é amor. A magia era divisão. Luz e sombra. Ar e terra. Você... a uniu.
— E se eu a uni. – disse Louis, encarando a névoa. — Então talvez seja hora da magia reaprender o que significa existir.
A névoa tremeu.
Um olho imenso se abriu entre os vapores — olhos como os de Harry, mas infinitos, com dor e esperança entrelaçadas.
— Então venha. – disse Elarion. — Venham ambos. O mundo deve testemunhar o Julgamento da Nova Essência.
O Véu agora está instável.
A seita humana do Ferro Silencioso se prepara para atacar.
E os dois amantes são convocados a entrar no Vórtice e enfrentar a própria origem da magia.
O caminho até o Vórtice não era feito de terra ou pedra. Era uma espiral de memória, onde cada passo fazia Louis e Harry reviverem ecos do passado que nunca viveram.
Louis via guerras que jamais lutou.
Harry ouvia canções que não lembrava ter aprendido.
As raízes do mundo se entrelaçavam ao redor, formando corredores de luz âmbar e sombra líquida. Ao centro, a pulsação viva do Vórtice os aguardava — uma esfera feita de energia translúcida, que girava lentamente como um coração universal.
E então, ele apareceu.
Elarion.
Uma figura alta, envolta em uma névoa dourada e escura, como se fosse feita de aurora e eclipse ao mesmo tempo. Seus olhos mudavam de cor a cada palavra que falava — e sua voz, quando ecoou, foi como sentir todas as estações do mundo ao mesmo tempo.
— Vocês vieram. – disse. — O coração do mundo os reconhece. Mas isso não basta.
Louis firmou o olhar.
— Estamos aqui para provar que a união não é ruína.
Harry, com suas asas abertas, parecia feito de vento e flor.
— Estamos aqui para amar. E para proteger.
Elarion estendeu os braços e do Vórtice surgiram três portas, feitas de pura magia:
1. A Porta da Memória — onde teriam que encarar quem foram.
2. A Porta do Medo — onde enfrentariam o que poderiam se tornar.
3. A Porta da Semente — que mostraria o que sua união poderia gerar.
— Escolham. – disse Elarion. — Mas saibam: só juntos sairão. Se um tombar, o outro será esquecido.
Louis e Harry trocaram um olhar.
— Vamos pela Semente. – disse Harry.
Louis assentiu.
— Se estamos criando um novo mundo, devemos ver o que ele pode se tornar.
A Porta se abriu, revelando um campo silencioso onde um jardim pulsava com flores nunca vistas, e no centro, uma criança, de pele dourada como o pôr do sol e olhos divididos entre azul e verde, os observava.
— Eu sou o que será. – disse a criança. — E o mundo não está pronto para mim. Mas estou vindo mesmo assim.
Louis deu um passo, o peito apertado.
— Você é nosso filho?
A criança sorriu.
— Sou a fusão do que o mundo proibiu. E por isso... posso curá-lo.
Do jardim, luzes começaram a se erguer, vozes de antigas fadas, velhos magos, seres esquecidos. E do céu da memória, um rugido.
A seita humana estava se aproximando.
Elarion surgiu ao lado deles.
— A prova está feita. Mas agora… o mundo decidirá. Vocês não terão paz ainda. Mas terão poder. Usem com sabedoria.
Ele tocou as testas de ambos, e uma runa em espiral se desenhou em suas peles — viva, ardente, eterna.
Ao voltarem do Vórtice, o mundo já havia mudado.
O céu não era mais o mesmo.
O tempo não corria igual.
E no horizonte, Kheron ardia em chamas.
A seita havia atacado.
O véu não protegia mais.
Mas agora, Louis e Harry não estavam mais sozinhos.
Eles traziam o começo de algo novo... e a promessa de um herdeiro destinado a mudar todos os reinos.
As chamas já tomavam os telhados da vila quando Louis e Harry emergiram da floresta, as runas ainda brilhando em suas testas, os olhos diferentes — antigos. Poderosos.
A seita do Ferro Silencioso marchava sobre o povoado com armas encantadas em runas antigas, e nas mãos de sua líder, Maedra, havia uma lança forjada em ferro puro, resistente à magia.
Ela os viu antes de todos.
— Ele voltou. – rosnou. — O Bruxo do Vórtice. E a fada perversa ao seu lado.
Harry avançou primeiro, os olhos verdes vibrando, e as raízes da floresta responderam. Árvores se moveram como soldados antigos, galhos se tornaram lanças, e da terra, um rugido.
— Chega de destruição. – disse ele, voz como vento e trovão. — Vocês não entendem o que estão quebrando.
Louis ergueu a mão e os céus escureceram. Uma aura azul-escura o envolveu, e da sua palma, chamas frias se espalharam, cercando o vilarejo em um anel protetor.
Ele olhou para os humanos com pesar.
— A magia não é sua inimiga. Mas vocês são inimigos de si mesmos.
Maedra gritou, e os homens avançaram. Mas nenhum pôde atravessar a barreira viva que se formou entre Louis e Harry — uma fusão de natureza e sombra, luz e fogo, entrelaçados.
E então, o mundo silenciou.
Do céu, a criança apareceu.
Não como carne, mas como espírito.
Pairando acima da batalha, olhos entre azul e verde, pele dourada, a voz suave e terrível:
— Parem.

O tempo congelou.
Os soldados da seita caíram de joelhos.
As chamas cessaram.
As armas, quebraram-se como vidro.
Maedra, mesmo trêmula, tentou resistir.
— Você não existe…
Mas a criança sorriu.
— Eu existo porque fui sonhado. E agora… o mundo deve acordar.
Louis e Harry caminharam entre os restos da batalha, agora silenciosa, e observaram enquanto o povoado respirava de novo.
Os anciãos elfos chegaram, alertados pelo brilho do Véu, seguidos por fadas e bruxos que por anos se esconderam.
E pela primeira vez…
os reinos estavam lado a lado.
Mas nem todos estavam satisfeitos.
Nas montanhas distantes, a sombra de Magnus VI, o ancestral sombrio, observava.
Seus olhos mortos brilhavam em prata, e ele murmurou:
— A semente cresceu. Mas raízes podem ser cortadas.
E do fundo das montanhas, ele começou a se mover.
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Gente, terminei Passion et armes...FINALMENTE e terminei também de escrever Transcendência, a história do Bruxo Louis e a Fada Harry... AAAAAAAAAAAAA
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