Tumgik
antologiadespoetica · 5 years
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Tatuagem
Mais um rabisco, mais uma tatuagem
Não é sujeira, é a minha verdade
É o meu eu interior estampado na cidade
É todo risco que transmito por mensagem.
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antologiadespoetica · 5 years
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Razão da Tristeza
Eu fiquei triste Porque tudo que eu imaginei que teria sido Nunca será (sobre negativas)
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antologiadespoetica · 5 years
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Flamingo trans(crito)
Ela é como um flamingo.
Não nasceu formosa.
Não teve balão, nem bolo, nem bala, nem bola rosa
numa manhã de domingo.
 Ela cresceu.
e com sua tatuagem de flamingo
da sociedade, se escondeu
numa tarde de domingo.
 Ela amadureceu
e com seu vestido estampado de flamingo,
para a família, apareceu
para os amigos, engrandeceu
e para os outros, pouco se fodeu
numa noite de domingo.
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antologiadespoetica · 9 years
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Transporte
E quem diria que o transporte público - o busão, o metrô -
te desse liberdade e independência.
Nele tu só precisas de tu,
e por enquanto de um pouco de renda.
E quem diria que seria uma maravilha a tarifa zero.
A liberdade total de ir e vir.
Precisa de pouco pra ver.
Precisa de muito pra se fazer.
Mas quando a liberdade é o horizonte,
é fácil de caminhar.
Imagina se todos usassem o transporte público.
Ele receberia atenção.
Ele receberia respeito.
Ele exigiria respeito,
dentro dele, fora dele, para ele.
-Antologia Despoética
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antologiadespoetica · 9 years
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O CRAVO E A ROSA
O jardineiro que deveria regar,
Decidiu separar: Rosa de um lado, Cravo de outro.
O Cravo não incomodava, não tinha espinhos e nem ligava
Se o jardineiro regava, ou simplesmente o deixava.
O Cravo sabia, que por mais murcho que ficaria,
Alguém sempre o compraria, por mais podre que ele fedia,
O mercado o preferiria.
A Rosa era diferente, ela precisava florescer para crescer,
Para aparecer, para alguém a querer.
Portanto, ela se interessava, se o jardineiro a regava.
Ela trabalhava, arduamente, com a terra adubada.
 Mas um dia o jardineiro perguntou o porquê a Rosa fazer assim,
Ele não entendia porque a Rosa não florescia era culpa da jardinaria,
Ele não queria ver o que o mercado não tinha a oferecê-la.
O Cravo murcho ele passava,
A Rosa murcha, ele a incriminava.
 Porém o jardineiro, era apenas um jardineiro, não um professor.
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antologiadespoetica · 9 years
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HIERARQUIA
Ainda crês nesta falsa hierarquia?
Ainda vestes esta velha fantasia?
... 
Tu pode pensar que há algum poder,
Mas tu deveria aceitar a igualdade,
Não existe uma superioridade.
 ...
Ainda crês nesta falsa hierarquia?
Ainda vestes esta velha fantasia?
 ...
Se livre logo dessa ilusão,
Nós não temos patrão.
Padrão.
Somos contra opressão.
Pensamos com a razão.
 ...
Ainda crês nesta falsa hierarquia?
Ainda vestes esta velha fantasia?
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antologiadespoetica · 10 years
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Governante e o primeiro lugar
Pergunte ao governante o quem ele coloca em primeiro lugar.
Se ele responder "Eu", "Família", "Amigos" ficará claro que a prioridade dele é favorecer a si e seus conhecidos, são estes governantes que terão chances altas para roubos, lavagens, nepotismo e outros crimes.
Se ele responder "Dinheiro", deveria sair imediatamente do poder, poder e dinheiro são uma combinação fatal e perigosa, quem te representa não pode priorizar algum dos dois.
Se ele responder "Poder" é alguém sincero e inescrupuloso. Cuidado.
Se ele responder "Meu povo" é provável que seja um populista, mas caso não e esteja sendo sincero, é aquele digno de representar alguém na política
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antologiadespoetica · 10 years
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O fim está na origem
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antologiadespoetica · 10 years
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Nome
Queria saber o nome de todas as coisas. Queria até saber de todas as coisas sem nome.
-Antologia Despoética
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antologiadespoetica · 10 years
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DO ANO PERDIDO
 DO ANO PERDIDO  (O ano em que eu não aprendi, li, assisti, dormi) 2013, o ano do Terceirão, que para mim foi mais um zero à esquerda. Vestibular chegando, a vontade de sair de casa, conquistar um pouco de independência, mudar para uma cidade diferente (visto que eu odiava aqui, isso foi muito importante), e as incontáveis matérias que ocupavam meu tempo de ócio produtivo (e cultural). Pasmem, mas foi o ano em que aprender foi ruim.
Ruim? Ninguém deveria se arrepender de aprender. Pois é. O sistema brasileiro está tão defeituoso e anacrônico que ele não ensina, vomita fórmulas e fórmulas, nomes e nomes de biologia e de gente da história, você não aprende. Decora. Não decora o conteúdo, mas como se faz questão. Como arriscar a resposta correta, como descartar as erradas, como um texto belíssimo deve ser ignorado para que se ganhe tempo nas outras questões, às vezes mais difíceis, e menos belas. Decora-se o nome do buraco da esponja do mar, mas não decora-se quem desviou o dinheiro público semana passada. Decora assuntos específicos e não aprende. Não conhece o mundo. Não sabe sobreviver nele. Sabe como calcular resistores em paralelo mas não sabe como consertar o fio do ferro de passar roupa com defeito. O aprendizado não é prático, é decorado e malmente.
Nesse ano eu não li o que eu normalmente leio num ano, li livros obrigada -muitos que nunca teria interesse de ler- e deixei livros sensacionais esperando os fura-filas. Eu não construí meu pensamento da maneira que queria, foi imposto para mim uma série de palavras e ideias que não me identifico. Me senti como um sambista num show de rock. Eu não li. Eu não tive tempo suficiente para ler - estava decorando reações de eletrólise.
Nesse ano eu não assisti as magníficas obras cinematográficas, não acompanhei histórias contadas em seriados, não torci junto aos personagens para o mocinho derrotar o vilão, ou para o vilão ser aquele vilão, ou para o mocinho e vilão não existirem num universo cinza. 
Eu não pensei, não estimulou a minha criatividade e não tinha tempo para me questionar e nem espaço no cérebro para tal, a memória estava tão cheia que desgastava o sistema nervoso, me deixando cansada. Eu não raciocinava, apenas absorvia. Acordei todos os dias cedo, sendo que eu gosto da madrugada para fazer o que tinha que ser feito. Eu não dormi. Eu não vivi, nem a minha vida, nem as vidas dos livros, dos filmes. E pior, eu nem aprendi a viver.
- Desabafo de um vestibulando
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antologiadespoetica · 10 years
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Eu não mereço ser estuprada, mas eu ainda tenho medo
Eu não mereço ser estuprada,
Não, eu não mereço, esse fato muda, mas não muda tudo.
Eu ainda tenho medo de andar sozinha em lugares desconhecidos.
Eu ainda não estou segura em pegar um táxi e não ser assediada pelo motorista.
Eu sou culpada por ser mulher pelos meus erros no transito.
Eu  não posso ir em festas e beber o suficiente porque podem se aproveitar em mim- As vezes, nem é preciso beber para isso.
Eu não posso confiar em bebidas de amigos ou de outras pessoas, porque posso ser drogada.
Eu não pego onibus sozinha a noite.
Eu não vou sozinha a eventos.
Eu sou impedida de ser independente porque há perigos.
Perigos que só existem para mim.
Perigos que me machucarão e ainda me culparão pelo acontecido.
Eu não posso vestir o que eu quero,
Eu não posso tirar a camisa porque está calor,
Eu não posso usar short sem receber comentarios que eu estou provocando,
Eu sou culpada pelo desejo alheio;
Eu, que nem sabia disso.
Eu supostamente não tenho desejo,
E se tenho sou ninfomaniaca, ou histerica - Sim, Mary del Priore, estamos no Brasil dos tempos do Império.
Eu não comento que assisto porno,
E o porno é feito para homens.
Eu não ter minha sexualidade sem ouvir comentários maliciosos ou preconceituosos,
Eu não posso amar quem e quantos eu quero.
Eu sou a vítima dos homens maus,
Mas estão querendo esconder o corpo da vítima...
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antologiadespoetica · 11 years
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- Aquele filme foda que você não entende o final. - That fucking awesome film which you don’t understand the end. - Ce film foutu que tu ne comprends pas la fin
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antologiadespoetica · 11 years
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Poema de uma face suja
Imunda imunda muito imunda Se eu me chamasse Raimunda Seria uma rima, não seria um sabão.
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antologiadespoetica · 11 years
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Tumblr media
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antologiadespoetica · 11 years
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O meu estilo é como os ébrios
O maior defeito deste poema és tu, leitor Que quer rimas, métricas, palavras requintadas, E o meu estilo é como os ébrios, de versos quirais e desajeitados,  sem nexo, ritmo, rimas e dicionário. O meu poema fala com tu, leitor, mas tu não ouve, porque tu quer a Norma e a Norma não vem, Ela foi beber.
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antologiadespoetica · 11 years
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Uma barata
Gregor Samsa era uma barata, poderia ter sido uma mulher, um homossexual, um transexual, um imigrante, um negro, um índio, um mulato, um mestiço, um cigano. Gregor Samsa poderia ter sido todos esses, mas era somente uma barata. Aquela para ser pisada, degradada, abusada. Aquela que dá asco para a família perfeita, para o patrão, para o padrão.
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antologiadespoetica · 11 years
Conversation
-Não tenho roupa para ir
-O que importa é a roupa que você veste ou a sua presença?
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