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easteregggeek-blog · 7 years ago
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Harry Potter
           Quando eu ouvi falar pela primeira vez sobre Harry Potter há quase 20 anos, eu pensei comigo mesmo: “É modinha, deve ser muito ruim, não vou me dar nem o trabalho de ler”. Isso deve ter sido entre 1999 e 2000. No longínquo ano de 2001, eu terminei de ler Hannibal e fiquei sem nada para ler, em algum lugar eu vi a Harry Potter e a pedra filosofal e resolvi comprovar a minha tese de que o livro era ruim.
           Comecei a ler o livro e o primeiro capítulo é sobre um tal de Dursley que sai para trabalhar e vê um monte de gente estranha, usando roupões como se tivessem comemorando alguma coisa que tanto eu e o tal de Dursley não faziam a menor ideia do que seja. E eu me perguntei cadê o Harry Potter? Vou ler mais um capítulo para ver se ele aparece.
           O segundo capítulo é a cena que abre o filme, o Dumbledore deixando o Harry bebê para ser criado pelos tios. Beleza, o Harry apareceu, mas o que aconteceu com os pais dele? Vamos ler mais um pouco e tentar descobrir. Quando o Hagrid fala para o Harry que um bruxo das trevas chamado Voldemort tentou mata-lo quando ele tinha um ano de idade, eu disse: “OK J.K Rowling agora você tem minha atenção”. Em poucos dias eu terminei a pedra filosofal e fui assistir o filme que tinha acabado de estrear. Até o fim de janeiro de 2002 eu já tinha lido todos os livros lançados.
           O Cálice de Fogo até hoje me chama atenção pela trama de Voldemort e Barty Crouch Jr. Confesso que não percebi nada do plano deles. Mesmo assim a J. K. Rowling deixou tudo muito bem amarrado, e esta é uma das coisas que me fazem gostar da série: a trama, além de lhe prender ao ponto de você não querer parar de ler, é tudo muito bem amarrado.
           Quando A Ordem da Fênix saiu em julho de 2003, eu estava de férias da faculdade. Passei uma semana lendo o livro da hora em que eu acordei até a hora de dormir. É o melhor livro da série na minha opinião, ainda me lembro do meu entusiasmo de quando eu percebi quando o Dumbledore e o Voldemort iam lutar. Dumbleodore chamando Voldemort de Tom é simplesmente impagável.
           O Enigma do Príncipe é o começo do fim da história. Aprendemos um pouco mais sobre o passado de Voldemort e como ele conseguiu sobreviver após o “Avada Kedavra” ricochetear em Harry e voltar para ele e o que Harry precisa fazer para derrota-lo. É um livro importante para a trama, mas não tão emocionante quanto os anteriores. Exceto pela morte que muita gente considera desnecessária no final.
           Falando em mortes, cronologicamente falando, George Martin matou os nossos personagens mais queridos de Game of Thrones antes de J. K. Rowling matar Sirius e Dumbledore, mas na época em que o bruxo da barba longa morre, eu nem sabia que as crônicas de gelo e fogo existiam, portanto para mim a escocesa foi a primeira a não ter pena de personagens carismáticos. Me lembro que demorei um pouco para digerir a morte de Dumbleodore e que comecei a ler antes de cair a ficha do que tinha acontecido. Parei e reli as últimas páginas do capítulo anterior para ter certeza e passei alguns minutos tentando acreditar se era verdade.
Por fim chegamos ao último volume da saga. O último diálogo entre Harry e Voldemort vale mais do que a cena em que Voldemort morre. Para quem só viu os filmes, recomendo ler apenas esse diálogo no livro. A relação do Snape com a mãe do Harry é fantástica. Em um capítulo J. K. Rowling mudou a percepção que os leitores tinham do personagem completamente, sem precisar mudar o personagem.
A evolução do personagem de Neville Longbottom chega ao seu ápice quando ele mata Nagini. Conhecemos um pouco loucura por excesso da maldição Cruciatus e em A Ordem da Fênix, vemos os pais dele internados no hospital St Mungo’s. Ao ver o neto envergonhado pela situação de seus pais a sua avó o incita a se orgulhar pelos feitos dos pais. Neville aprende bem essa lição e passa a crescer cada vez mais na trama.
O capítulo que se passa na famosa estação londrina King’s Cross também é uma amostra de como a autora sabe escrever diálogos. A resposta do Dumbledore para o Harry quando ele perguntou se o que está acontecendo era real ou na cabeça dele é fantástica: claro que isso está acontecendo na sua cabeça, Harry. Mas quem disse que não é real?
Por fim chegamos a cena final do livro, ainda me lembro a primeira vez que eu li a frase do Harry Potter para seu filho com medo de entrar para a Sonserina: Albus mais sobre ele em O Cálice de Fogo quando descobrimos que seus pais foram levados a
Severus, você tem o nome de dois ex-diretores de Hogwarts e um deles era da Sonserina e o homem mais corajoso que eu conheci é o melhor resumo sobre o Snape que eu já vi.
O livro termina dizendo que em 19 anos a cicatriz de Harry não tinha doído e por isso ele sabia que estava tudo bem. Até Harry Potter e a criança amaldiçoada...
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easteregggeek-blog · 7 years ago
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A adaptação de “O Senhor dos Anéis”
Eu estava devendo este texto há pelo menos sete anos. Deveria tê-lo escrito em 2011 quando o primeiro filme completou 10 anos de lançamento, em 2013 quando o último filme completou 10 anos e logo depois que que o último filme da trilogia o Hobbit foi lançado nos cinemas. Mas agora vai.
           Eu me lembro muito bem do dia em que fui assistir a sociedade dos anéis no cinema, no carro eu me perguntava se o que eu veria na telona seria igual ao que eu tinha imaginado ao ler os livros. Li a trilogia pela primeira vez entre os 14 e os 16 anos. A segunda leitura aconteceu um pouco antes do filme ser lançado. Me lembro que passei o ano inteiro enchendo o saco dos meus colegas de faculdade que não conheciam a história sobre os livros e os filmes.
Uma cena em particular de a sociedade do anel me chama atenção até hoje: o grupo já tinha saída de Lothlórien e está navegando pelo rio Anduin e os expectadores vêem uma panorâmica permitindo visualizar toda a geografia da região a cena acaba com a imagem de uma cachoeira. Para quem leu os livros vai lembrar que o Tolkien passa quase duas páginas descrevendo toda a geografia, e essa tomada é a representação cinematográfica perfeita do que Tolkien escreveu. Para mim esses pequenos detalhes é que fazem valer a pena ler o livro antes de ver o filme.
Na minha opnião os três filmes são muito bons, mas preciso falar um pouco sobre a relação entre os filmes e os seus respectivos livros. Porque eu teria feito algumas escolhas diferentes das que Peter Jackson fez.
           A sociedade do anel foi uma boa adaptação do livro. Tom Bombadil ficou de fora, mas desde que eu vi o anúncio do filme pela primeira vez eu imaginei que isso fosse acontecer. Como fã da história eu gostaria muito de vê-lo nos cinemas, e apesar dele ter sido mencionado durante o conselho de Elrond, sua participação na história é muito pequena e ao retirá-lo dos filmes Peter Jackson ganhou mais tempo de tela para contar fatos mais importantes. A cena em que Gimli pede um fio de cabelo a Galadriel ter sido colocada na versão extendida também foi um acerto de Jackson. E é um easteregg legal para quem leu a trilogia e para quem leu o silmarillion e sabe da relação de Galadriel com Feannor e do pedido do elfo por um fio de cabelo a Galadriel.
           Particularmente tenho algumas ressalvas com relação a adaptação de as duas torres. O filme é espetacular, a batalha do forte da trombeta é uma das melhores cenas de batalha que eu já vi no cinema. O problema do filme é que ao contrário de a Sociedade do Anel em que Peter Jackson soube trabalhar o tempo de tela, para mim, ele perdeu tempo de tela mostrando cenas que não estão no livro e para mim completamente desnecessárias e acabou deixando de mostrar cenas mais importantes como a que Gandalf explica tudo que está acontecendo a Aragorn Legolas Gimli.
Gandalf que na opinião é o personagem mais injustiçado dos filmes. Primeiro, a cena do portão em Moria que ele descobre sozinho o enigma da porta: Fale amigo e entre. E não fale, amigo e entre como ele tinha lido da primeira vez. Frodo não o ajuda em nada no livro. Segundo a cena mencionada acima em que ele explica tudo que está acontecendo e é completamente cortada do filme. Terceiro a famosa conversa dele com Saruman depois da batalha do forte da trombeta. Em um determinado momento da conversa, Saruman vira as costas para ele e Gandalf diz: Saruman, volte. E o antigo mago branco tenta resistir a ordem, mas não consegue. Na versão extendida ele quebra o cajado de Saruman. Lembrando que é depois dessa conversa que Língua de cobra joga o Palantír e Pipin tem o primeiro contato com o orbe.
Mas a pior de todas é quando o Nazgul quebra o cajado dele na batalha de Minas Tirith, pelo menos essa cena apareceu apenas na versão extendida, para mim não deveria nem ter sido cogitada quanto mais filmada. A última das injustiças com o mago branco acontece após essa batalha. Há uma reunião para decidir o que vai se fazer e quando Faramir relata que Frodo adentrou Mordor pelas escadarias de Cirith Ungol, Gandalf dá ideia para eles atacarem pelo outro lado para distrair Sauron, Gandalf é quem diz que Sauron acredita que eles estão de posse do anel e que eles têm que continuar fazendo que ele acreditar nisso. Todas essas falas no filme são atribuídas a Aragorn.
Alguém pode argumentar que isto aconteceu para que Gandafl não se sobressaísse em relação aos outros personagens, mas esse é exatamente o problema. Gandalf está em um nível acima de todos na sociedade do anel. Ele é uma entidade enviada pelos Valar (entidades consideradas como deuses no universo de Tolkien) para ajudar na luta contra Sauron e como tal deveria ter sido retratado nos filmes.
Outro problema de As Duas Torres é Faramir que para mim tem parte de sua essência mudada. Desde criança ele sempre teve mais proximidade com Gandalf e esse foi um dos motivos para que seu pai claramente preferisse seu irmão mais velho. Essa proximidade com Gandalf fez com que ele aprendesse sobre o anel e o quão perigoso ele era. O Faramir do livro nunca pensaria em levar Frodo para Minas Tirith para usar o anel como arma contra Sauron. No livro ele deixa Frodo partir assim que descobre o que o hobbit estava carregando e ainda diz que se encontrasse o anel perdido na estrada o deixaria aonde tinha encontrado intocado.
As duas torres continua sendo um bom filme, mesmo sendo uma péssima adaptação do livro. Peter Jackson desperdiçou tempo de tela contando coisas que Tolkien nunca teria escrito e deixou coisas essenciais para história de fora.
O Retorno do Rei, assim como a sociedade do anel é um ótimo filme e uma ótima adaptação. Peter Jackson soube aproveitar o tempo de tela e suas escolhas foram ótimas. O expurgo do condado por exemplo é apenas o maior capítulo do livro, mas deixaria um filme longo apenas mais cansativo se tivesse sido incluído, uma boa escolha dele na minha opinião. O final do filme é o final do livro, mas Tolkien escreveu nos apêndices sobre o que aconteceu com os personagens depois que Sam retorna para bolsão, recomendo a leitura.
Tolkien uma vez disse que o maior defeito do livro é que ele é curto demais. Concordo, o final do livro deveria ser quando Legolas constrói um barco e leva com ele Gimli para Valinor. “E, quando aquele navio desapareceu, terminou a sociedade do anel na terra média”, estas deveriam ter as últimas palavras do livro e serão as últimas palavras deste texto: “E, quando aquele navio desapareceu, terminou a sociedade do anel na terra média”.
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easteregggeek-blog · 7 years ago
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