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𝙴𝚜𝚝á 𝚝𝚞𝚍𝚘 𝚋𝚎𝚖, 𝚝𝚊𝚕𝚟𝚎𝚣 𝚟𝚘𝚌ê 𝚜ó 𝚎𝚜𝚝𝚎𝚓𝚊 𝚌𝚊𝚗𝚜𝚊𝚍𝚊 𝚍𝚎 𝚕𝚞𝚝𝚊𝚛 𝚎𝚖 𝚐𝚞𝚎𝚛𝚛𝚊𝚜 𝚚𝚞𝚎 𝚗ã𝚘 𝚜ã𝚘 𝚜𝚞𝚊𝚜.
#reflexões#autoria#feelings#escrita#lucian cael#auto conhecimento#amor propio#lardepoetas#autocuidado#poesia#escritores#escritores no tumblr
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𝚆𝚎 𝚌𝚊𝚗 𝚍𝚘 𝚒𝚗𝚌𝚛𝚎𝚍𝚒𝚋𝚕𝚎 𝚝𝚑𝚒𝚗𝚐𝚜 𝚘𝚗𝚕𝚢 𝚋𝚎𝚒𝚗𝚐 𝚘𝚞𝚛𝚜𝚎𝚕𝚟𝚎𝚜.
#reflexões#feelings#autoria#escrita#lucian cael#poetry#letters#frases#lardepoetas#write#writers on tumblr#auto conhecimento#love yourself
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We don't need the light.
#darkside#alan walker#lyrcs#abismo#música#feelings#sombras#tradução#light and shadow#dualidade#espiritualidade#sentimentos#Youtube
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𝙻𝚒𝚟𝚎 𝚖𝚢 𝚕𝚒𝚏𝚎, 𝚒𝚗 𝚖𝚢 𝚖𝚒𝚗𝚍
𝚆𝚑𝚎𝚛𝚎 𝙸 𝚖𝚊𝚔𝚎 𝚞𝚙 𝚜𝚝𝚘𝚛𝚢'𝚜 𝚊𝚕𝚕 𝚝𝚑𝚎 𝚝𝚒𝚖𝚎
𝙰𝚗𝚍 𝙸 𝚙𝚛𝚎𝚝𝚎𝚗𝚍 𝚝𝚑𝚊𝚝 𝙸'𝚖 𝚗𝚘𝚝 𝚜𝚘𝚖𝚎𝚘𝚗𝚎
𝙻𝚎𝚏𝚝 𝚝𝚘 𝚏𝚊𝚌𝚎 𝚝𝚑𝚎 𝚠𝚘𝚛𝚕𝚍, 𝚊...𝚕𝚘𝚗𝚎
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Bredstedt - SH Alemanha Uns 12 anos atrás.
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Entre o Império Decadente e o Aliado Suspeito
O Sul Global diante da encruzilhada geopolítica
O Ocidente está em declínio — e não apenas no campo econômico ou militar, mas principalmente moral e espiritual. A promessa liberal-democrática de liberdade, dignidade e prosperidade para todos cedeu lugar a uma realidade cinzenta: um cidadão cada vez mais despossuído de autonomia, controlado por algoritmos, dívidas e narrativas hegemônicas travestidas de progresso. Grandes corporações tecnológicas, fundações bilionárias e organismos internacionais se tornaram os novos padres de uma religião laica, onde a fé não está mais em Deus, mas no dado. No lugar da verdade, vêm diretrizes. No lugar da dignidade, vem a submissão a protocolos sociais e identitários fabricados por elites desconectadas da vida real.
Diante disso, a crítica vinda do eixo Rússia-China parece ganhar força. Putin e Xi Jinping se apresentam como líderes de civilizações, não apenas de Estados. Sob a bandeira da soberania nacional e da resistência ao globalismo, oferecem apoio militar, tecnológico e ideológico a países que se opõem ao domínio liberal-ocidental. Na África, América Latina e Ásia, esse discurso encontra corações dispostos e feridos: países saqueados por séculos de colonialismo, humilhados por políticas de austeridade, tratados como quintais por grandes potências, hoje veem na Rússia e na China possibilidades de aliança.
Esse movimento está em curso — e é real. O caso de Burkina Faso é emblemático: um país empobrecido, palco de golpes e insegurança, encontra numa junta militar jovem e nacionalista um novo tipo de esperança. Capitão Ibrahim Traoré, símbolo dessa virada, encarna uma rejeição frontal ao Ocidente, especialmente à França. E numa das cenas mais simbólicas dos últimos tempos, vê-se um jovem burquinabê erguendo a bandeira do seu país ao lado da bandeira da Rússia. Um gesto simples e poderoso. Diz: “Não queremos ser colônia da França. Preferimos morrer de pé com a Rússia do que ajoelhar para o Ocidente.”
Esse gesto é belo, carregado de dignidade. Mas também perigoso. Porque por trás do discurso russo de soberania há um sistema político que suprime dissidentes, censura a imprensa, assassina opositores, e substitui liberdade por ordem. Na China, a repressão vem sob forma de algoritmos, vigilância e crédito social — uma prisão invisível com aparência de eficiência. São regimes que não vendem liberdade: vendem poder, controle e aliança tática.
A grande encruzilhada do Sul Global é essa:
O Ocidente virou uma máquina fria e decadente. Mas o Oriente, que acena com respeito e apoio, é apenas um império com outra estética.
O verdadeiro desafio dos povos oprimidos não é apenas reconhecer o inimigo histórico — é também perceber o falso aliado. A libertação não virá por adesão cega a um bloco contra outro. O que está em jogo é a habilidade das nações do Sul Global de usar o apoio que recebem como ponte, não como coleira.
O jovem em Burkina Faso que levanta sua bandeira ao lado da bandeira da Rússia representa um desejo legítimo: ser dono de si. Mas essa luta só será realmente vencida quando esse jovem puder baixar ambas as bandeiras e dizer:
“Obrigado pela ajuda. Agora seguimos sozinhos. Livres.”
Utópico? Demais. Qualquer coisa fora desta utopia é escravidão.
#liberdade#liberdade política#política#nova ordem mundial#nom#russia#vladimir putin#kremlin#bill gates#globalismo#totalitarismo#frança#ocidente#china#crédito social#liberdade de expressão#autoria#Cael Lucian#sociedade#crítica social#reflexões#geopolítica#militarismo#burkina faso#ibrahim traoré#war#metacapitalismo#big tech
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Ibrahim Traoré 🇧🇫
Capitão do exército de Burkina Faso que chegou ao poder em 30 de setembro de 2022, após liderar um golpe de Estado que depôs o então presidente interino Paul-Henri Sandaogo Damiba — ele próprio também um líder militar que havia tomado o poder por meio de um golpe menos de nove meses antes, em janeiro de 2022.

➥Contexto do golpe de 2022 Burkina Faso vinha enfrentando uma grave crise de segurança devido à crescente presença de grupos jihadistas ligados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico, sobretudo nas regiões norte e leste do país. Desde 2015, a violência havia se intensificado, causando milhares de mortes e o deslocamento de cerca de 2 milhões de pessoas.
O governo civil eleito, liderado por Roch Marc Christian Kaboré, foi criticado por sua incapacidade de conter a insurgência jihadista. Isso motivou o primeiro golpe militar em janeiro de 2022, quando o tenente-coronel Paul-Henri Damiba assumiu o poder prometendo restaurar a segurança.
Entretanto, Damiba também falhou em conter os ataques — o número de vítimas e áreas sob controle jihadista continuou crescendo. A insatisfação entre os soldados aumentou, e em setembro, Ibrahim Traoré, então com 34 anos, liderou uma nova rebelião militar. ➥Como o golpe de Traoré aconteceu No dia 30 de setembro de 2022 tropas leais a Traoré cercaram prédios governamentais na capital Uagadugu e assumiram a emissora estatal. Eles acusaram Damiba de traição e incompetência na luta contra os jihadistas. Após algumas tensões internas (inclusive rumores de que Damiba buscava apoio estrangeiro para resistir), Damiba aceitou deixar o país, indo para o Togo. Traoré foi rapidamente declarado presidente interino. ➥Quem é Ibrahim Traoré? Nascido em 1988, é um oficial de artilharia. Participou de missões de combate nas áreas mais afetadas por ataques jihadistas. Tornou-se símbolo de renovação dentro das Forças Armadas, por sua postura mais agressiva e linha dura contra o terrorismo. Ganhou reputação entre soldados como alguém que estava no campo, ao contrário de Damiba, mais distante da linha de frente. ➥A junta militar tem apoio popular? Muitos burquinenses, exaustos com a violência e o fracasso dos governos anteriores, abraçaram inicialmente a chegada de Traoré. Ele projetou uma imagem de líder jovem, patriota e determinado. Parte da população, especialmente nas zonas urbanas e entre jovens nacionalistas, vê a junta como uma alternativa ao fracasso das democracias liberais patrocinadas pela França e pelo Ocidente. Houve manifestações populares anti-França e pró-Rússia, com bandeiras russas sendo erguidas nas ruas após o golpe.
Mas sempre bom ressaltar: o apoio popular é condicional e volátil, se Traoré falhar na questão da segurança — como seus antecessores —, poderá perder legitimidade rapidamente. Este é um panorama atual da situação política de Burkina Faso, mas do que um resumo sobre seu líder. Parece distante, aquele tipo de lugar onde nada acontece mas as semelhanças com todo e qualquer foco de tesão política em outros países do ocidente saltam aos olhos. À primeira vista, a sensação de qualquer pessoa é se assustar com o risco do militarismo e de regressos no que se refere aos Direitos Humanos, como no caso da perseguição que homosexuais passama sofrer com o golpe na Burkina, mas a questão é bem mais complexa que isso. Em certo nível, o moralismo sexual sempre vem na bagagem de governos novos e conservadores, sobretudo militares, independente se militares alinahados à esquerda ou à direita. A situação de Burkina Faso também demonstra uma semelhança com outros locais quando grupos nacionalistas levantam bandeiras russas e enxergam o Kremlin como bastião da luta nacionalista, da auto determinação dos povos, da liberdade das nações: contra o progressismo globalista da UE e EUA e esta parece ser mesmo uma tendência para os próximos anos. Nisto, Putin tem sido exitoso. O fato é que o dinheiro, o armamento e o treinamento dos jihadistas e grupos terroristas islâmicos em geral, historicamente têm fortes ligações com a Rússia, com o Kremlin e com o FSB (antiga KGB). E você pode pensar que assim, a conta não fecha, as peças não se encaixam, ledo engano. É exatamente assim que a conta fecha: para o Exército Vermelho!
#política#russia#burkina faso#mundo#militarismo#geopolítica#ibrahim traoré#vladimir putin#kremlin#islã#terrorismo#áfrica#escrita#sociedade#direitos humanos#reflexões
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Burkina Faso 🇧🇫
Desde julho de 2024, a junta militar que governa Burkina Faso desde o golpe de Estado de 2022, liderada pelo capitão Ibrahim Traoré, mantém vigente a lei que aprovou e que criminaliza a homossexualidade no país.

A lei alterou o Código das Pessoas e da Família, estabelecendo que a homossexualidade e as práticas semelhantes passaram a ser proibidas e puníveis. No entanto, por ainda viver um regime de exceção desde o golpe, todas as legislações aprovadas desde então tem caráter temporário enquanto durar o período de transição. Não existe certeza sobre a manutenção da lei após o período.
Burkina Faso até então não possuía leis que criminalizassem relações entre pessoas do mesmo sexo. Contudo, o novo tipo penal reflete uma tendência crescente em vários países africanos de adotar legislações mais restritivas em relação aos direitos LGBT, como no casos de Uganda e Gana.
Além disso, em agosto de 2023, o Conselho Superior de Comunicação de Burkina Faso proibiu a transmissão de canais de televisão que promovam a homossexualidade, visando proteger menores de conteúdos considerados inapropriados e não alinhados aos valores morais e tradicionais do país.
A implementação e fiscalização de tais leis levantam questões sobre a privacidade e os direitos individuais. Embora o governo possa não ter meios diretos para monitorar a vida privada dos cidadãos, a existência de leis que criminalizam a homossexualidade pode incentivar denúncias anônimas, extorsões e violência contra homossexuais, aumentando a marginalização e o medo dentro dessa comunidade .
A criminalização da homossexualidade em Burkina Faso ainda está em processo legislativo e não foi oficialmente promulgada. Enquanto isso, organizações de direitos humanos e a comunidade internacional acompanham de perto os desdobramentos, preocupadas com o impacto potencial sobre os direitos e liberdades individuais no país. Interessante é ver africano indo para a Europa, lugar onde todo mundo pode liberar o fuleco para quem quiser, para chamar europeu de fascista e homofóbico. O mundo atual é uma distopia desgraçada.
#sexualidade#liberdade sexual#liberdade#sociedade#burkina faso#africa#direitos humanos#direito#juridico#política#ocidente#reflexões#escrita#crítica social#imigração#militarismo#homosexual#blog#mundo
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Japão 🇯🇵
Existe um tipo de pornografia, geralmente oriental, sobretudo japonesa que fica num limbo entre amador ou comercial. Não dá para saber. Parece encenado, é forçado, mas tudo que japonês, coreano, e este povo faz diante de uma câmera carrega mesmo esta estética, vide Round 6 e Doramas. Não é diante da possibilidade de um orgasmo que adotariam expressões contidas. Este nem é ponto, apenas uma introdução ao assunto deixando evidente os motivos que deixam um pano de fundo ambíguo: é algo amador, real, mas aproveitado para vender como pornografia? Ou o objetivo em si é comercial mas de tanto que o pessoal é safado fica com cara de um sexo espontâneo e até desengonçado? Não dá para concluir. Pornografia japonesa geralmente é exagerada nos contextos. Aparentemente "mulher pelada" ou um casal transando passa longe de ser suficiente para o consumo oriental. Os vídeos são sempre carregados de um contexto absurdo: orgias, não com 8 ou 10 pessoas, uma surubinha à brasileira, mas com 30, 58 participantes. Todos com a mesma cara aliás. Mulheres que precisam apresentar um telejornal enquanto um número sem fim de homens ejaculam em sua face, cabelo, ouvido. Jogos e gincanas grotescas simulando (acreditemos na teoria da simulação) situações de incesto. Como em casos onde todo mundo deve colocar o pau no buraquinho de uma parede enquanto há do outro lado uma mulher que deve escolher um para lançar um gargaflex dentre os 5 participantes, o clímax é que um deles é seu filho. O destino pode ser traiçoeiro a depender da escolha errada. É um tipo de pornografia que ultrapassa o erótico, é cômica sem ser divertida, é triste por ser grotesca. E no final das contas tem aspecto de ritual. Não como um ritual de elevação através do prazer carnal e nem nada que possa ser tomado como virtuoso. Mas uma espécie de ritual como um culto aos idiotas. Ao estilo total de Dinner for Schmucks, filme de 2010 estrelado por Steve Carell, só que ao invés de um jantar onde magnatas se divertem com as anedotas dos doidinhos, ali, publico e produção gargalham com o nível de bestialidade e abobação dos participantes peladões. Tudo isto, claro, embaçando a imagem quando a câmera foca nas genitálias porque mostrar pipi e pepeca é imoral. Choques culturais.
#autoria#japão#pornografia#sociedade#sexualidade#crítica social#leitura erótica#história do erotismo#erotonia
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𝙴𝚜𝚝𝚎 𝚋𝚕𝚘𝚐 é 𝚞𝚖 𝚎𝚜𝚙𝚊ç𝚘 𝚙𝚊𝚛𝚊 𝚟𝚘𝚌ê 𝚟𝚒𝚜𝚒𝚝𝚊𝚛 𝚎 𝚜𝚌𝚛𝚘𝚕𝚕𝚊𝚛 𝚝𝚘𝚍𝚊 𝚟𝚎𝚣 𝚚𝚞𝚎 𝚜𝚎𝚗𝚝𝚒𝚛 𝚗𝚎𝚌𝚎𝚜𝚜𝚒𝚍𝚊𝚍𝚎. À 𝚌𝚊𝚍𝚊 𝚟𝚒𝚜𝚒𝚝𝚊 𝚟𝚘𝚌ê 𝚟𝚊𝚒 𝚜𝚊𝚒𝚛 𝚍𝚊𝚚𝚞𝚒 𝚞𝚖 𝚙𝚘𝚞𝚌𝚘 𝚖𝚊𝚒𝚜 𝚌𝚞𝚕𝚝𝚘, 𝚎𝚡𝚌𝚒𝚝𝚊𝚍𝚘 𝚎 𝚜𝚎𝚖 𝚊 𝚖í𝚗𝚒𝚖𝚊 𝚏é 𝚗𝚊 𝚑𝚞𝚖𝚊𝚗𝚒𝚍𝚊𝚍𝚎!
#autoria#blog#meus pensamentos#cael lucian#escrita livre#niilismo#seguidores#reflexões#frases da vida
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𝙾𝚕𝚑𝚊, 𝚎𝚞 𝚝𝚊𝚖𝚋é𝚖 𝚏𝚞𝚒 𝚊𝚝é 𝚕á 𝚎𝚖𝚋𝚊𝚒𝚡𝚘, 𝚎 𝚝𝚎𝚖 𝚊𝚛 𝚕á 𝚎𝚖𝚋𝚊𝚒𝚡𝚘. 𝙿𝚘𝚍𝚎 𝚗ã𝚘 𝚜𝚎𝚛 𝚖𝚞𝚒𝚝𝚘. 𝙼𝚊𝚜 𝚍á 𝚙𝚛𝚊 𝚛𝚎𝚜𝚙𝚒𝚛𝚊𝚛.
#autoria#feelings#reflexões#escrita#lucian cael#depressão#suic1de#psicologia#vida#poesia#escritores no tumblr#empatia
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𝙵𝙰𝙳𝙴𝙳 - 𝚄𝙼𝙰 𝙰𝙽Á𝙻𝙸𝚂𝙴 𝙿𝙴𝚂𝚂𝙾𝙰𝙻 𝙴 𝚂𝙴𝙽𝚃𝙸𝙼𝙴𝙽𝚃𝙰𝙻 𝙳𝙰 𝙻𝙴𝚃𝚁𝙰
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Vamos direto ao ponto. Isto é a condensação de todos os posts sobre Faded que compartilhei com vocês. Ouvidos atentos, olhos vidrados e coração aberto. Você vai entender todos os sentimentos conflitantes que esta música sempre te causou mas que não sabia nomear. Vai até entender um pouco mais sobre você mesmo. Verso por verso, passo a passo, me acompanhe. 💡'You are the shadow to my light' Uma frase. É sutil. Mas o suficiente para mostrar que não estamos falando de qualquer coisa aqui. Geralmente, em uma composição que fala sobre amor, veríamos essa estrutura invertida. “Você é a luz para minha sombra” soaria mais comum. Justamente porque estamos acostumados a sempre esperar que outra pessoa alivie tudo o que há de errado conosco: Nossas imperfeições, nossos medos, nossas necessidades, nossas inseguranças, nossa descrença no amor compõem nossa escuridão e sempre colocamos a responsabilidade de iluminar tudo isso no outro, que pode ser um parceiro romântico, um amigo, Deus.
Quando a frase é invertida, como na canção, quando, em um tom de louvor, o escritor diz: “you are the shadow to my light” (você é a sombra da minha luz), isso denota, primeiramente, um entendimento de que o outro também tem sombras, o outro tem sua própria escuridão. E que talvez não seja possível que ele venha para iluminá-lo, mas sim para diminuir sua luz. Talvez, seja disso que você precise. Pois a sua luz atual até clareia um pouco as coisas mas ela é falsa.
Ser luz o tempo todo é pesado, as vezes é um fardo. Brilhar constantemente é difícil. Há momentos em que você só quer abraçar uma sombra. E não ter a responsabilidade de iluminar nada. Nem ninguém.
A famosa frase: “não olhe para a luz”, que todo mundo já ouviu em conversas sobre não aceitar a morte, contribui ainda mais para esse pequeno raciocínio.
E quando eu não quiser a luz? E se eu não quiser ser luz o tempo todo? E se por um momento eu preferir a facilidade da escuridão? Mas eu tenho que brilhar. Tenho que iluminar. E isto cansa. Desbota. I'm faded. Aquele que é a escuridão para a minha luz é, na verdade, alguém que me tira a responsabilidade de ser a luz o tempo todo. O que me traz sombra é aquele que me tira o medo de enfrentar minha própria escuridão, que me mostra que não preciso lutar tanto contra meu lado sombrio e fazer de tudo para escondê-lo. Ele me mostra que um pouco de sombra não é errado em essência.
A sombra escurece, da mesma forma que refresca e protege qualquer pessoa que possa estar se queimando. Além do mais, a luz, só brilha na sombra. Aqui, o eu lírico já entendeu não adianta brilhar onde tudo é claridade. Sem sombra, a luz não tem forma. 🕳️'Did you feel us? Another star, you fade away' Concluindo o verso, a pergunta em aberto, talvez retórica, talvez não, mas certamente dirigida a alguém. "Você nos sentiu?" Você sentiu o que existia entre eu e você? Ou ainda, a pergunta pode estar sendo feita a um outro, um terceiro, uma entidade maior: você sentiu o que eu e aquele que era a sombra para minha luz tínhamos aqui?
A outra estrela é o abismo. É o momento em que o eu lírico percebe que o outro nunca foi a sombra que ele precisava para poder brilhar, o outro também era sombra, foi luz, mas se apagou. Mais uma estrela entre tantas que ele já viu se apagarem, o que reforça a ideia de repetição do abandono, da perda, da decepção. O tom não é de surpresa, mas de constatação amarga. Primeiro o outro era sombra, necessário, complementar, essencial. Depois, revela-se como apenas mais uma luz passageira. Uma estrela. E como todas as outras, um dia se apagou.
O eu lírico percebe que o que ele achava único era só mais um ponto de luz que não ficou. O vazio volta. O abismo se abre de novo. Cada "another star" que "fade way" é um retorno ao nada existencial. 🕳️'Afraid our aim is out of sight, Wanna see us alive' Aqui, há uma interpretação literal: a letra oficial não traz um ponto de interrogação após “wanna see us”, o que implica que sim, quem quer que seja, esse alguém quer vê-los vivos e quer vê-los vivos porque tem medo de que os objetivos de ambos ou de ambos quando juntos estejam fora de vista.
Entretanto, ao ouvir, o tom de pergunta na voz da intérprete na segunda frase é mais do que perceptível, é inquestionável. Em outras palavras: tenho medo de que nossa meta seja inalcançável, que “tenhamos sonhado grande demais”. “Sempre tivemos uma meta e agora achamos que é impossível alcançá-la.” “Como você pode querer nos ver vivos se a condição para vivermos é alcançar o inatingível". Como você pode querer nos salvar se nos impõe critérios tão impeditivos. Deus! Porque me abandonaste?
Um amor não correspondido. No melhor estilo “não posso viver sem você”, “se você não ficar comigo, vou matar nós dois”, não me parece razoável. Essa frase poderia ser lida num registro tóxico de amor obsessivo, mas acredito que o tom aqui é outro: trata-se menos de chantagem emocional e mais de um dilema existencial — viver exige abrir mão.
“Ficar juntos é impossível, então, para vivermos, precisamos desistir” é um pouco mais crível. Sinceramente, esse verso sempre me pareceu uma crítica à visão cristã da salvação da alma. “Tenho medo de não estar apto a viver no Paraíso, essa meta parece impossível.” “Você realmente quer nos ver vivos?” (Vivo é o mesmo que salvo, o conceito de vida eterna), Como você pode querer nos salvar e tornar isso tão difícil? Onde Você está? Where? 📍'Where are you know?' O último grito de desespero. A pergunta que é feita àqueles que não podem mais responder. Onde você está agora que não responde às minhas dúvidas? Isso pode estar falando tanto de um amor que se foi quanto de Deus, ou do próprio eu que já não mais se reconhece. 💭'Was it all in my fantasy?' 'Were you only imaginary?' Aqui, acredito que vocês já pegaram a ideia, amamos fantasias, projeções do eu no outro, acreditamos em deuses que nunca vimos e chega um momento em que a própria identidade fica nebulosa, o próprio eu se dissolve e nos sentimentos como uma fraude completa. A mais real dentre as fantasias. 🕳️'Atlantis, Under the sea' A referência à cidade perdida de Atlântida sob o oceano menciona que ele está praticamente concluindo que sim, tudo é imaginário e que sim, as respostas que ele procura são impossíveis de encontrar. Por já estarem muito submersas, em um plano inacessível. 🕳️'Another dream, The monster's running wild inside of me' Os monstros aqui podem ser encarados como os demônios que o eu lírico tem, que todos nós temos. O medo, a preocupação, o desespero, a tristeza, a saudade, a revolta e a angústia que essa busca por respostas impossíveis de serem encontradas nos causa. Ou pode significar entidades que de fato percorrem o corpo, a mente e a alma desse ser. A arte é arte por ser interpretativa mas creio a coisa aqui é mais sutil do que isso. 🕳️'I'm Faded, so lost' Tudo isso é cansativo, essa eterna busca pelo inatingível. Chega um momento em que você não é capaz nem de sentir revolta, nem mesmo indignação com o silêncio. Apenas cansaço. Você desmorona, se rende ao estado de dúvida. Desaparece! 💧These shallow waters never met what I needed I'm letting go, a deeper dive' No post anterior, falamos sobre como nas estrofes pós-refrão a música assume um tom épico. Como se o eu lírico estivesse se aproximando de descobrir as soluções para seus problemas. Ele encontrou o caminho, o caminho é não fugir do abismo, é sair das águas rasas da ilusão e deixar-se afundar ainda mais nas incertezas, o caminho está diante dele, agora só precisa segui-lo. E essa jornada é acompanhada por uma nova trilha sonora.
Note que na versão da música usada para fazer esse post (piano e violoncelo) os instrumentistas fazem uso dessa mesma diferenciação, adotando no segundo ato (minuto 1"35 do vídeo) o mesmo tom épico, por meio do baixo, assim como o DJ na versão original faz com uma nova linha melódica, um beat, que vai aumentando a intensidade da busca e a expectativa da chegada. O casal (Brooklyn Duo) teve essa sensibilidade aqui, sensibilidade que passa despercebida pela maioria dos artistas que regravam a faixa.
As águas rasas representam o cotidiano: em suas dores e disfarces. Deixar-se levar para águas mais profundas é reconhecer que você e tudo que compõe a sua luz só pode ter forma na sombra. E que a sombra nunca esteve no outro. Não era o outro. Está dentro de você! Você é seu abismo! É o seu abismo que dá forma à tua luz! Enquanto você negar sua escuridão, a luz que você é e que você carrega não pode brilhar.
Neste momento o eu lírico ainda percebeu isto com tanta clareza, mas ele percebeu que a resposta está no mergulho profundo, não mais nas águas rasas do cotidiano. 🤍'Eternal silence of the sea, I'm breathing, Alive' Senhora Dúvida, este ser eterno que jamais me responde, perceba: eu me lancei ao mar, eu aceitei a incerteza e olhe só: estou respirando! Eu ainda estou vivo! Não sei até quando, ainda não sei o porquê, mas respiro. Estou vivo. 📍'Where are you now' e a repetição do refrão É a primeira vez que a pergunta do refrão se repete, desta vez, a pós a trajetória épica do eu lírico. A entonação é diferente, as linhas melódicas aqui são mais vibrantes, mas a tristeza permanece. A dúvida permanece. Num tom que mistura ironia, nostalgia pelo eu anterior que não entendia que o abismo era parte de si mesmo, o eu lírico continua perguntando onde está aquele que possa lhe responder, mas aqui a pergunta é de alguém que já entendeu que a resposta talvez nunca venha, e que está bem com isso. Não está feliz. Não cabem aqui sentimentos como a felicidade. Mas está em paz. Ele não encontrou um pote de ouro no final da jornada, encontrou um local de repouso para sua angústia: o eterno silêncio do mar. 🔥'Under the bright but faded lights, You set my heart on fire' É quase como se, ao se dirigir ao próprio abismo e à própria dor, o eu lírico estivesse a falar com um amigo: eu achava que você queria meu mal mas você só queria me tirar da superficialidade de estar em baixo de uma ponte sob luzes apagadas e me fazer enxergar que existia muito mais além disso. Ainda que minhas dúvidas não tenham sido respondidas eu sai dali, sai da parte debaixo da ponte. Aqui tudo é novo. Cada passo é uma descoberta. Me sinto vivo, começando uma nova jornada. Você incendiou um coração. Não para destruí-lo, mas para despertá-lo.
A jornada em Faded não é feliz, não é gloriosa, não tem volta por cima, tão pouco trata-se de desistência. É um despertar para a necessidade de aprender, de aprender a conviver com a própria ausência.
'Faded' Interpretation on Piano and Cello by the duo Brooklyn Duo'. Música original de Alan Walker Texto de Cael Lucian. Obrigado por ler até o final! Você importa!
#faded#alan walker#análise musical#filosofia#filosofia niilista#abismo#depressão#escrita#cael lucian#existencialismo#musica#brooklyn duo#musica classica#piano#violoncello#arte simbólica#reflexões#autoria#feelings#lucian cael#lyrics#poesia#filiosofia poética#redenção#Youtube#psicanálise#psicologia#tristeza#solidão#dor
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Nessa altura creio que já faz sentido mencionar. O público aqui do blog se divide em dois grupos: 🔞(͡• ͜ʖ ͡•) A: Gente interessada no mais baixo nível de putaria. Que chegou até aqui muito provavelmente por conta de alguma foto ou post que o excitou e o fez ficar alegrinho(a). E acreditou que o blog se tratava apenas disso. ✍(◔◡◔) B: Gente que está aqui pela poesia, pela crítica social e pela profundidade e qualidade que muitos textos e artigos carregam. O problema é que este público, quando vê uma teta se escandaliza. Seria deverás aprazível, apesar de eu considerar isto uma utopia, que os seguidores tivessem a capacidade de dançar entre uma coisa e outra com naturalidade. Sem se escandalizar com o pornográfico e sem entediarem-se com os posts que não são sobre sexo. O site, o projeto Erotonia é sobre sexo, erotismo e as relações disto tudo com cada aspecto da vida social. Eu não. Eu não sou apenas isto. E este blog, que nasceu como um apoio ao site foi ganhando contornos de um espaço pessoal para compartilhar pensamentos e reflexões sobre outros aspectos da minha personalidade e de minha vida pessoal. Tenham paciência. Eu sou apenas um ser humano tentando se entender e entender o mundo. Façam o mesmo. Apreciem a arte erótica sem se tornarem masturbadores compulsivos. E não caiam em um outro tipo de masturbação que é tão prejudicial quanto: a masturbação mental, filosófica e argumentativa. Falta para o primeiro grupo entender que a vida não é só sexo e punheta. Falta para o grupo B: transar um pouco por aí. Amo vocês! Mas tenham um pouco mais de maturidade para lidar com isto aqui. É simples, mas tudo que está aqui, está carregado de tudo que eu sou verdadeiramente!
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𝙵𝙰𝙳𝙴𝙳 : 𝙰 𝚝𝚛𝚒𝚕𝚑𝚊 𝚎𝚖𝚘𝚌𝚒𝚘𝚗𝚊𝚕 𝚎𝚖 𝚌𝚊𝚍𝚊 𝚕𝚒𝚗𝚑𝚊 𝚖𝚞𝚜𝚒𝚌𝚊𝚕.

Não com os ouvidos, pois demandaria um certo conhecimento técnico de produção musical que a maioria das pessoas não são obrigadas a ter, mas com o coração. Com este sim. De uma maneira emocional, é possível até ao ouvinte mais desatento, ao escutar a faixa em alguma rádio pop, perceber certas nuances, que mudam seu estado de acordo com o momento da música. E isto é proposital. Músicas são produzidas em linhas (tracks), presentes e dividas em estrofes que funcionam como blocos: introdução, estrofes, pré-refrão, refrão, estrofes, e cada compositor é livre para brincar entre os blocos, adicionar mais, menos, mudar o tom de um para outro, acrescentar mais elementos em uns ou outros, etc. Uma introdução pode ter uma track de piano, uma sequencia de acordes de guitarra, ao entrar na primeira estrofe entram tracks de contra-baixo e o vocal. Assim sucessivamente. Cada sequencia de acordes de algum instrumento, dentro de cada bloco é uma track, uma linha melódica que vai compondo o todo que você ouve tudo junto, de uma vez só e chama de música tal. É aqui que dizemos que Faded tem a estrutura de uma ópera moderna. As linhas melódicas seguem uma sequencia que contam uma história: o caminhar do eu lírico diante do abismo - e uma das ferramentas utilizadas para compor a trajetória é a diferenciação na velocidade, no tom, na intensidade dos sintetizadores, na entonação da voz da intérprete e na diferenciação do uso do reverb em cada bloco. Essas diferenças geram emoções diferentes em cada parte da faixa e assim sendo Faded pode ser entendida como uma obra dividida em atos. Como uma ópera. Enquanto estrutura reduzida em escala.
Em Faded, observamos claramente um tom neutro nas primeiras estrofes, dramático no primeiro refrão, épico nas estrofes que vêm depois do refrão, como se algo estivesse próximo de uma conclusão e uma conclusão final em que o épico, o alegre e o dramático se juntam, tudo isso se prestarmos atenção à tonalidade das linhas melódicas em cada parte da música, que, junta com a letra, tentam contar uma história. ➥O tom neutro das primeiras estrofes, com um vocal mais sóbrio, menos sintetizador e um reverb tímido apresentam a problemática: o eu lírico está diante do abismo, tudo está confuso e a obra está dizendo ao ouvinte: é deste ponto que partimos. ➥O primeiro refrão é dor, é desespero: "Where are now?" "The monsters running wild inside of me, i'm faded" é cantada em uma entonação de lamento, de grito existencial, o eu lírico não suporta mais a dúvida, e este sentimento angustiante é ampliado com uma ligeira aceleração na faixa a a explosão de sintetizadores e linhas mais agudas que dão o clímax do que anteriormente, em outro post, chamamos de drop emocional. ➥As estrofes que se seguem após o reconhecimento do abismo, após o eu lírico reconhecer o tamanho do problema e como isto dói, ganham uma tonalidade épica. Uma das linhas musicais, que não aparece no bloco de estrofes antes do refrão, de maneira persistente, acompanha o bloco como se colocasse o eu lírico cada vez mais próximo da certeza, cada vez mais perto de chegar à uma conclusão, efeito muito explorado em filmes de ação por exemplo, quando a batalha final do protagonista se aproxima, a intensidade vai aumentando, a velocidade vai aumentando também, a expectativa vai ficando maior (pré-drop, linha que leva ao drop, para entendedores de música eletrônica), e tudo isto no som de um linha que remete o ouvinte à algo como um exército romano se aproximando da linha de batalha, ou de um desenho animado em que o personagem está procurando alguma coisa e começa a se sentir perto de achar. Ouça a partir do minuto 1'38 e note esta linha. ➥ O ultimo refrão é o ato final. Os acordes são os mesmos mas a entonação da voz da intérprete muda, uma sutil mudança nos sintetizadores e no reverb também, dando um aspecto de conclusão. O que antes era um "não sei onde você está" e isto me desespera, agora é: "ainda não sei onde você está" mas está tudo bem. Aprendi a conviver com a dúvida, com o abismo. Entendi que o abismo é parte de mim. Há um certo regozijo irônico na voz de Iselin Solheim quando repete a fala sobre os monstros ou sobre estar perdida. Como quem ri na cara do abismo! E este é o clímax final.
Transmitir a sensação de ter acompanhado uma história, sentindo a música como se fosse uma ópera, em uma faixa de três minutos com batidas eletrônicas ao fundo pode parecer para alguns uma blasfêmia contra a música clássica, para outros um ato de genialidade: por levar o sutil ao coração de uma geração que não tem nada de bom sendo influenciada a ouvir. É uma maneira de pessoas comuns e desinteressadas ter acesso à um pouco de cultura musical, mesmo que inconscientemente. Alan Walker e os produtores da Sony Music são geniais.
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