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Hoje estou triste e zangado.

Primeiro, mais uma notícia de uma agressão por parte de um neonazi no Porto.

Segundo, é noite de Santos Populares e só me apetece chorar por não estar lá e por viver aqui, longe do meu bairro.

Odeio o sítio onde vivo, detesto.

Vivi no meu bairro 21, 22 anos e depois tive de vir para aqui.

Eu tento gostar minimamente disto, mas não consigo.

Sinto-me um autêntico apátrida. Cada vez mais.

As pessoas que conheço daqui, nasceram aqui ou nas proximidades e viveram sempre aqui.

Mas para quem viveu numa grande cidade, vir para aqui é um choque tremendo que, pelo menos para mim, só aumenta com o tempo.

Vi a marcha do meu bairro.

Agora refugio-me na minha salvação, a música.

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Álbum – From Zero (Deluxe Edition)

Não me canso de ouvir.

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Boa noite, amigos!

Há algum tempo que não escrevo aqui.

Precisei de tempo para digerir tudo o que se está a passar no país e no mundo, o que não está a ser fácil, isto, claro, além dos afazeres.

Tudo começou na noite de 18 de maio com os resultados estarrecedores das eleições legislativas. Não que não estivesse à espera, mas quando chega a hora H, a ficha cai...e caiu.

Acompanho também com especial preocupação o que se passa com os jovens do sexo masculino, cada vez mais estupidificados e "recrutados" por pseudo-influenciadores da extrema-direita, com discursos absolutamente medonhos, que jamais pensei ouvir na minha vida, e menos ainda, de pessoas com 20, 20 e poucos anos.

Um anúncio medonho sobre o aborto na televisão, de um empresário que devia estar preocupado em pagar os bónus que prometeu aos seus funcionários e está preocupado em mandar no corpo das mulheres, o que abre um precendente perigosissimo, visto que, pelos vistos, o único critério agora para ter um anúncio na TV e em horário nobre é o dinheiro, tudo o resto, não importa. Nem a constituição, que querem mudar, mas que até ver, é o que é e devia ser respeitada.

Não, não é liberdade de expressão fazer piadas e discursos de ódio contra grupos historicamente marginalizados.

Podem dizer que sou da malta do mimimi, vocês podem dizer o que quiserem, I DON'T GIVE A SHIT.

Ah e by the way, o aborto sempre existiu e existirá sempre, porque os homens machistas, fruto desta sociedade hipócrita e patriarcal não conseguem segurar o facho nas calças e acham que podem fazer o que querem e bem lhes apetece. A diferença está entre a mulher fazê-lo de modo seguro, sem colocar a sua vida em risco ou o oposto, como até 2007.

Não sei se viram também a palhaçada que foi a nova marcha do orgulho hétero...coitados, são tão marginalizados, estou cheio de pena. No sigilo saem de casa e deixam as mulheres com os filhos para irem levar na bunda e ainda choram por mais. Viva a hipocrisia.

Nos EUA, vejo pessoas a dizerem que estão arrependidas de terem votado no Trump depois do que está a passar na Califórnia. Essa conversa não pega. Sabiam e sabem no que estavam a votar. Vão todos à merda. Sinceramente, espero que a Califórnia vire aquilo tudo do avesso. Trump como os da sua família, não respeita a constituição do seu país e disse inclusivamente que o governador da Califórnia devia ser preso. Pode ser e oxalá que seja ele preso primeiro.

Assisti com o coração nas mãos à missão da Flotilla, com Greta e mais 11 ativistas a bordo e sejamos sinceros, já sabíamos que este seria o desfecho, porque Israel tem as costas tão quentes que acha que pode (e pode infelizmente) fazer tudo o que quer. Qualquer argumento válido que se utilize contra um genocídio escancarado é logo antisemitismo. Só se for do próprio Israel que não tem respeito pela sua própria história.

Ontem, 30 anos depois da morte de Alcindo Monteiro, o seu homicida e seus camaradas, agrediram cobardemente um ator de teatro, em Lisboa, que teve de ser hospitalizado.

Fiquei também com o coração nas mãos com o caso da senhora que levou 150 facadas em Alvalade, por parte do homem que conheceu no Tinder. Como já não estava interessada (e agora compreende-se porquê), o "senhor" não foi de modas...150 facadas...mais um hetero mimado que não sabe ouvir um não.

E, para terminar, uma tentativa de homicídio de uma claque do Sporting a adeptos do FCPORTO, quando estes saiam do pavilhão do Sporting, depois de um jogo de hóquei em patins que o Porto venceu.

Frustrados, os adeptos do Sporting, fizeram uma emboscada aos adeptos do Porto e colocaram tochas dentro do seu carro, com eles lá dentro. Só tiveram tempo de sair antes do carro arder completamente em chamas.

Criminosos como estes, o das facadas do Tinder, o da agressão no teatro não podem sair da prisão passados meses ou alguns anos.

Aliás, o grupo de extrema-direita que agrediu o ator do teatro em Lisboa estava referenciado como ameaça e sob vigilância no relatório de segurança interna. Sem saber o porquê, essa ameaça deixou de fazer parte do mesmo relatório.

Esta pessoa ainda devia estar presa pelo homicídio de Alcindo Monteiro.

Vivemos tempos muito difíceis, mas não escolhemos o tempo em que vivemos. Se eu esperava que isto voltasse a acontecer fora dos livros de história? Não, mas é a sua função alertar-nos para que estas coisas não se repitam e enquanto não aprendermos a lição, ela será cíclica.

Não baixo a cabeça, não baixo os braços. Sempre de cabeça erguida.

Mais do que nunca temos de estar unidos e a verdadeira união faz a força e já fez tantas vezes, na história.

Eles pensam que estão a passar, mas não passarão e se passarem, se for necessário, faremos um novo 25 abril. Podem ter a certeza.

🌈✊💙💖

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Apagões e angústias | Voz de Cama | Antena 3

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Tudo é Política, Até o Amor | Voz de Cama | Antena 3

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Merda de gente, merda de vida.

Não me identifico com nada, com ninguém.

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Estou super desmotivado.

Já gostei do meu trabalho. Hoje odeio-o. Estou mesmo muito desmotivado.

Queria só sair daqui, mas não sei o que fazer depois.

Odeio-o.

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Nαo se diminuα pαrα cαber nos pαdrões dos outros. Sejα quem você é com orgulho e verdαde. αme-se!

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Vocês acreditam que hoje um aluno se virou para mim e me perguntou quando cortarei o cabelo porque daqui a nada pareço uma mulher?!

E eu respondi que não corto nem pretendo cortar, porque quero deixar crescer o cabelo.

Não entendo estas pessoas, incluindo esta juventude podre que não respeita nada nem ninguém, pensam que podem meter-se na vida das pessoas e serem homofóbicos e machistas.

Depois chamam wokes aos outros.

E se eu pudesse a minha resposta teria continuado assim: mete-te na tua vida, vai à merda e pede aos teus pais que te eduquem...se conseguirem. Pó caralho.

Sinais dos tempos de retrocesso, mas comigo não contam. Sempre prá frente, caralho.

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Não sei vocês, mas eu estou muito triste com o que se está a passar no meu país e no mundo.

Felizmente, nasci no final de 88, já em democracia e, enquanto pessoa homossexual, é extremamente preocupante e deprimente estar a assistir a este retrocesso global de direitos LGBT e ao regresso de mentalidades homofóbicas, sobretudo em populações extremamente jovens.

Eu sou professor de línguas, história e geografia e ouço muitos comentários dos meus alunos do segundo e terceiro ciclos do ensino básico contra as pessoas LGBT e os seus direitos, extremamente homofóbicos.

Estou realmente muito, mesmo muito triste.

Mas jamais, em tempo algum, deixarei de ser eu mesmo. Nunca deixem vocês também. Conto convosco.

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— Kriti G.

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Já fiz os exames médicos todos por causa da hipertensão arterial.

O coração e os rins estão bem, sem alterações.

As análises, pelo que a médica disse, o que têm de mal é o colesterol elevado, e a minha alimentação não o justifica.

Já percebi que tudo isto é hereditário. A minha família da parte das mulheres tem imenso historial de doenças cardíacas, infelizmente.

Estou a tomar os comprimidos para a hipertensão, dois, e a medi-la todos os dias.

Haja paciência...mas tem de ser.

Veremos as cenas dos próximos capítulos.