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oquefreudnaoexplica · 4 years
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Aristóteles e Dante descobrem os segredos do universo
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⠀⠀⠀ Esse é mais um daqueles livros que me fazem medir e pesar bem as palavras antes escrevê-las aqui. Conheci Aristóteles e Dante em 2012, e não fazia a menor ideia de que os dois existiam até receber esse livro como presente de uma pessoa muito querida. Só por esse fator, as minhas expectativas estavam altas antes mesmo de iniciar a leitura. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Tratando minhas expectativas como se não fossem nada, Benjamin A. Sáenz entrega uma história linda, intensa, com personalidade, personagens envolventes e repletos de particularidades. Com a narrativa em primeira pessoa, conhecemos Ari, um jovem de 15 anos que se depara com um verão inteiro pela frente, mas nenhum amigo e nada de interessante para fazer, até que conhece Dante. Os garotos criam um forte laço de amizade e algumas semanas antes de o verão acabar, uma notícia inesperada e um acidente acabam mudando o curso da história dos dois.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Família, amizade e aceitação são assuntos abordados e tratados com bastante atenção pelo autor. Não quero entregar muita coisa porque desejo que quem ainda não leu possa ter a mesma primeira experiência que eu tive (e que, caso haja uma segunda, que seja tão mais incrível quanto foi pra mim), mas preciso dizer que, apesar de ter me sentido envolvida por uma porção de histórias que li ao longo dos anos, o sentimento que esse livro me provoca fez com que se tornasse meu segundo livro preferido até hoje.
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Há um tempo recebi a feliz notícia de que teremos uma continuação para a história de Ari e Dante, e mal posso esperar para continuar descobrindo os segredos do universo dos dois.
- Escrito por Beatriz
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oquefreudnaoexplica · 4 years
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Carry On - Raibow Rowell
Carry On conta a história de Simon Snow, que é um bruxo órfão estudando no último ano da escola de mágica de Warford. Ele é o escolhido para vencer a profecia, a qual diz que alguém acabará com a mágica e só Simon pode vencê-lo e restabelecer a ordem. Se a vida de Simon não fosse difícil o suficiente, ele ainda tem que dividir o quarto com Baz, que além dele ter certeza que é um vampiro, também é seu arqui-inimigo.
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Assim que Simon chega no colégio, após as férias, ele se depara com o quarto vazio, o seu colega não está lá, e por isso ele começa a suspeitar que Baz está tramando algo. Enquanto ele não aparece, no entanto, Simon recebe a visita do fantasma da mãe de Baz - que era a antiga diretora da escola - e pede para que Simon avise o filho que quem a matou ainda está vivo.
A aventura começa por ai, Simon se junta a Baz para auxiliá-lo a desvendar o mistério da morte da mãe, e para que isso aconteça ele pede ajuda para a sua melhor amiga Penélope - que é uma das personagens mais inteligentes do livro -, no mesmo tempo em que eles precisam descobrir o que ou quem está sugando a mágica do mundo.
Para piorar um pouquinho mais tudo, Simon, o escolhido, não consegue controlar a sua mágica, sobrecarregando-se de mágica em vários pontos cruciais da história.
Esse livro foi lançado a partir da obra Fangirl. A personagem principal estava escrevendo uma fanfic que é o Carry On, eu achei demais essa ideia da autora de fazer uma história inteira dentro de outra narrativa sua.
Os capítulos são intercalados entre a visão dos personagens, apresentando vários pontos de vistas, o que fez com que eu achasse que todo mundo era o culpado por sugar a mágica de Warford hahahaha 
É uma história cheia cheia de aventura, eu achei bem animada, mesmo não sendo o gênero de livro que eu gosto de ler, e é claro, para eu indicar para vocês tinha que ter algo LGBT+ por aqui, existe a relação entre Baz e Simon, que é fofíssimo, btw.
No começo do livro a autora apresenta para nós que Simon estava namorando Agatha, mas depois de ver ela com Baz juntos os dois terminam. Baz, por sua vez, não tinha interesse nenhum em Agathe e estava, desde o começo das aulas quando ambos eram crianças, interessado em Simon, achando que este nunca teria interesse nele.
Não vou dar spoiler, é lógico, mas eu amei o primeiro beijo dos dois hihihihi
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- Escrito por Marobah
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oquefreudnaoexplica · 4 years
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DIA DO LIVRO
Um milhão de finais felizes de Vitor Martins
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  Parece que não existem palavras boas o suficiente no mundo (ou eu apenas não consigo encontrá-las no meu vocabulário) para descrever, com exatidão, o quanto eu gosto de certas coisas. E digo gosto, no presente, porque quando a gente gosta mesmo, o sentimento não vai embora tão cedo. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ É assim que eu me sinto em relação a um milhão de finais felizes. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ No livro, a gente conhece a história de Jonas, um jovem aspirante a escritor que trabalha em uma cafeteria e vive um conflito interno (e externo) em relação à sua orientação sexual, que acaba influenciando sua fé (religiosa) e seu relacionamento com os pais. Além de Jonas e Arthur, o cara dos sonhos que aparece pra dar aquela pitada de romance deliciosa na história, nós somos apresentados também a outros personagens interessantes e bem desenvolvidos. É o caso de Tod e Bart, dois piratas gays que surgem por aí e eu prefiro não falar muito sobre eles para não estragar a experiência de quem ainda não leu. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ É um livro muito bem escrito e extremamente divertido que, apesar de ter me arrancado risadas altas em várias cenas, também me trouxe momentos de tristeza e bastante reflexão sobre amizade, família, amor, e, principalmente, sobre a relação entre felicidade e aceitação.
- Escrito por Beatriz Montenegro
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oquefreudnaoexplica · 4 years
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Lie to Me - BTS FANFIC
Recentemente comecei a leitura de uma fanfic do BTS com o Jeon Jungkook e o Kim Taehyung, chamada Lie To Me, da Veggiekook, e decidi vir aqui falar um pouco sobre. A história ainda não está finalizada e eu ainda não li todos os capítulos disponíveis, mas ainda assim acho válido indicar essa leitura.
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❌ Antes de tudo, quero dizer que existem alguns gatilhos na fanfic e que vocês só devem ler se estiverem bem quanto a isso. Há o uso de drogas explícito (tanto a maneira de usar quanto a seus efeitos e sensações), homofobia, agressão, violência, abuso e sexo. 
A história começa com Jeon Jungkook, um garoto de programa que até então só se relaciona com mulheres, e recebe uma proposta tentadora demais que o ajudaria a se livrar de algumas dívidas e do trabalho. E mesmo que essa proposta seja diferente de tudo o que ele fez até hoje, já que o cliente em questão seria um homem, ele se vê incapaz de recusar a quantia exorbitante que lhe é oferecida.
E tudo poderia ser apenas mais uma saída com um de seus clientes se não fosse o fato de Kim Taehyung despertar certas reações e emoções em Jungkook, juntamente com sua personalidade adorável e beleza encantadora. O único problema é que Taehyung não fazia ideia das intenções de Jungkook ao aborda-lo naquela noite no bar, e muito menos que alguém tão próximo assim o queria machucar de maneira tão baixa.
Como disse no início, a história ainda não está finalizada, então não posso dizer com exatidão o que realmente acontecerá entre eles e os outros personagens, mas tudo o que foi mostrado até a parte disponível me fez analisar algumas coisas e ter opiniões acerca de todos.
Tanto Jungkook quanto Taehyung têm seus medos e receios, cada um sentindo isso devido a acontecimentos distintos em suas vidas. A maneira negativa como se enxergam em muitos momentos, até mesmo utilizando-se de palavras pesadas e artifícios para fugir da realidade só reforçam o quanto eles precisam voltar a enxergar que são bem mais do que aquilo que os outros o fazem acreditar. Mas, esse é um caminho difícil de se seguir, porque é como se eles dessem um passo adiante e recuassem dez. Mas gosto muito de ver como a humanidade deles é mostrada, e suas dúvidas e questionamentos acerca de como vivem, se enxergam, sentem e pensam.
Por fim, tem uma outra questão que inicialmente apareceu de maneira bem implícita e no último capítulo que li ficou em evidência, que é sobre a questão do gênero. O desenrolar do assunto está interessante e quero ver como o personagem passará a se enxergar e se aceitar, assim como enfrentar aos que estão ao seu redor.
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É uma história que me chamou atenção desde a sinopse, e a leitura só me faz ver o quanto ela é boa. E enquanto isso, sigo ansiosa pelas próximas atualizações.
- Escrito por Giselle
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oquefreudnaoexplica · 4 years
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A leitura é, provavelmente, uma outra maneira de estar em um lugar
Hoje é dia nacional da leitura e nós não podíamos deixar esse dia passar sem postar algo. A gente sabe que o número de leitores no Brasil é baixíssimo e o apoio financeiro e social para com as artes, além de desvalorizá-la, faz com que muitas histórias não sejam contadas.
E como última notícia ruim para tudo isso, antes de falarmos de algo bom, é que com a taxação dos livros e o argumento de que livro é coisa da elite, criamos um abismo cultural ainda maior.
Agora, pronto.
Para comemorar o dia nacional da leitura nós d’O que Freud não explica, vamos indicar livros e uma fanfic para vocês.
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A primeira indicação é da Beatriz Montenegro. A Bia é escritora e ilustradora, para quem não conhece essa diva, e ela tem publicado muita coisa legal no wattpad dela e começou a publicar no twitter!
Ela escolheu o livro A Lógica Inexplicável Da Minha Vida do Benjamin Alire-Saenz que conta a vida da família do Salvador, que é hetero, mas tem um pai gay. O Salvador não tem mãe e vive só com o pai, mas tem uma melhor amiga que fica órfã e o Vicente – pai do Salvador – a adota. Além disso, eles têm um amigo que é gay, mas não aceito pela família.
O livro trata da construção da família e de como eles, como unidade familiar, mesmo não sendo a tradicional, devem lidar com os problemas que aparecem.
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 A outra indicação que a gente tem é da Giselle maravilhosa, que tem, no Twitter dela, várias fanfics que ela está lendo, e logo logo ela vai começar a publicar aqui algumas histórias preferidas dela.
Ela escolheu de indicação a Fanfic do BTS, Lie to Me, que apesar do nome está em português. E semana que vem teremos um post para ela falar sobre a fanfic!
A Giselle deu o resumo da história para gente:
O JK é um garoto de programa, que até então só sai com clientes mulheres. Mas recebe uma proposta muito tentadora $$$ pra sair com o irmão de um conhecido e decide aceitar. E o Tae, no meio disso, está em busca de se entender, ver como ele realmente se sente e se vê no corpo que tem. Mas tem alguns gatilhos, como uso de drogas e a maneira explícita de como é usada e sua sensação, tem homofobia, agressão física, sexo explícito.
A fanfic ainda não está concluída, então, corram lá para ficar em dia, até semana que vem e saber mais sobre a história.
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E, eu escolhi falar de um autor gay, o Allen Ginsberg. Ele foi um dos precursores da geração beat, que era movimento com ideais a libertação das estruturas da sociedade e era contra o capitalismo desenfreado. Além de iniciar uma revolução nos valores literários, antes desses autores a literatura tinha estagnado em peças formais.
A sua obra mais aclamada foi Howl, um livro de poema que apresenta questões claras de sexualidade e gênero.
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- Escrito por Marobah
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oquefreudnaoexplica · 4 years
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Qualquer maneira de amor vale a pena
Dia 23 de setembro comemoramos o dia do orgulho e da visibilidade bissexual! 🎉🎉🎉🎉🎉🎉
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Esse dia foi escolhido para honrar Freud que foi o primeiro a tratar sobre a existência de pessoas bissexuais, isto é, alguém que se sente atraído tanto pelo gênero feminino quanto masculino.
Os militante que deram visibilidade ao tópico – Wendy Curry, Michael Page e Gigi Raven –, na 22ª conferencia da associação internacional de lésbicas e gays, abrangem que depois do Stonewall – questão que já tratamos aqui – a comunidade gay e lésbica começa a ter mais espaço na sociedade civil, e a bissexual, mesmo tendo algum reconhecimento se comparado com o passado, continua invisível.
Tem-se, dentro da comunidade LGBTQIA+, que a bissexualidade é um ponto entre a pessoa assumir ou não a homossexualidade retirando, desse modo, a completude de sua individualidade e, ao mesmo tempo, sendo bifóbico.
Se na comunidade LGBTIQA+ vemos essa questão, ao observar a sociedade civil encontramos construções ainda mais preconceituosas, tal como, a objetificação da mulher bissexual e o descrédito da sexualidade do homem bissexual.
Para não terminar o texto com essas questões bifóbicas, que tal descobrir algumas curiosidades?
💓 A bandeira bissexual foi desenhada em 1997
💜 O rosa significa atração ao mesmo gênero, azul ao gênero oposto e o roxo a ambos os gêneros
💙 A bissexualidade não é 50% hetero e 50% homossexual
📷 Alguns famosos bissexuais:
Nina Simone
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Lady Gaga
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David Bowie
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 Billie Joe
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- Escrito por Marobah
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oquefreudnaoexplica · 4 years
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A GENTE ACEITA O AMOR QUE ACHA QUE MERECE
A frase do título, para quem não sabe, é do livro As vantagens de ser invisível, o qual tem um filme com o mesmo nome e atores maravilhosos como o Logan Lerman, Ezra Deuso Miller, Emma Watson e Paul Rudd.
Não sei se é pessoal demais ou se vocês querem ouvir isso, mas eu vou contar hahaha. A primeira vez que eu tive contado com a obra foi quando vi o filme um pouco depois de ter saído. E eu não dei bola o suficiente para ele, achando que era apenas um filme adolescente americano. Quanto mais a tia do Charlie aparecia mais eu ficava incomodada com o filme.
E no momento em que, eventualmente, Paul Rudd falou que a gente aceita o amor que acha que merece, eu fiquei com raiva do filme e no fundo eu não entendi o porquê. Eu terminei de assistir o filme, nunca mais quis ver e ainda fiz propaganda contra.
Anos depois eu entendi o problema. Mas calma, vamos para o livro primeiro.
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O livro é apresentado por meio de cartas que o Charlie escreve para o ‘querido amigo’, por meio delas ele começa a contar a sua vida no ensino médio. O autor, Stephen Chbosky, consegue tratar de temas extremamente pesados como suicídio, bullying, uso de drogas, homofobia, abuso sexual e depressão, utilizando essa estrutura de escrita.
 23 de agosto de 1991
Querido amigo,
Estou escrevendo porque ela disse que você me ouviria e entenderia, e não tentou dormir com aquela pessoa naquela festa, embora pudesse ter feito isso. Por favor, não tente descobrir quem ela é, porque você poderá descobrir quem eu sou, e eu não gostaria que fizesse isso. Chamarei as pessoas por nomes diferentes ou darei um nome qualquer porque não quero que descubram quem sou eu. Não estou mandando um endereço para resposta pela mesma razão. E não há nada de ruim nisso. É sério.
 Percebe-se, rapidamente, que Charlie é um menino muito sensível e que sente as coisas do mundo de forma muito única, o que, talvez, possa ter relação com as questões mentais que são apresentadas durante o livro. Já no início do livro ele aborda o suicídio do colega e o acidente de sua tia Helen.
Charlie passa a ter um relacionamento com Patrick e Sam, e consegue adentrar no grupo de amigos dos dois. Tendo, além deles, o seu professor de literatura como figuras importantes no desenvolvimento mental de Charlie. Durante o livro é apresentado os conteúdos difíceis de serem abordados – como os já elencados – e Charlie tenta os resolver se apoiando no que aprende com os amigos e o professor de literatura.
Por que esse livro é LGBT? Porque o Patrick é gay e tem um relacionamento com um atleta da escola, o qual, é claro, acontece escondido. O pai do atleta descobre e bate nele. Quando se analisa as cenas gays, que não são muitas, acho que seria possível produzir outro post para comentar sobre tais acontecimentos.
Outra questão que eu achei impressionante no livro, que não é tratado da mesma forma no filme, é que após Patrick e seu namorado terminarem, o primeiro fica com Charlie, mesmo este sendo hétero.
 – Charlie, a questão não é essa. A questão é que eu não acho que você teria agido diferente mesmo que gostasse de Mary Elizabeth. É como no dia em que você ajudou Patrick e derrubou dois caras que o estavam agredindo, mas e quando Patrick estava agredindo a si mesmo? Como quando vocês iam ao parque? Ou quando ele beijava você? Você queria que ele o beijasse?
Sacudi a cabeça em negativo.
– Então, por que você deixou?
– Eu estava tentando ser amigo dele - eu disse.
– Mas você não estava sendo amigo, Charlie. Às vezes, você não é amigo de jeito nenhum. Porque você não foi sincero com ele.
 No decorrer do livro Charlie trabalha com as questões relacionadas com seus traumas e problemas que foram desenvolvidos por causa deles. Sendo esse livro não só recomendado para o público jovem, ao meu ver, por causa das questões que ele apresenta, mas também para adultos.
Mas eu não falei da frase do título. Em uma parte do livro, Charlie vê sua irmã apanhar do namorado, e ele pergunta para o seu professor porque isso acontece, e é aí que acontece a citação. É o autor tratando de amor próprio.
Em tempos em que nós temos uma construção de corpos perfeitos e vidas perfeitas, o amor próprio parece algo muitas vezes inalcançável, e mais ainda para a comunidade LGBTQIA+ que é ensinada a odiar uma parte tão grande e relevante deles mesmos.
A RuPaul fala algo que eu adoro que é “If you can't love yourself. How in the hell you gonna love somebody else?” e ela sempre fala nos episódios do seu programa, porque é necessário que nós como comunidade LGBTQIA+ reintegralizemos o conceito de amor próprio que nos foi tirado pela sociedade moderna que não encontra compatibilidade em nossos pensamentos, corpos e estilos de vida.
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Sim, eu contei toda essa história para te falar que você devia se amar, e devia aceitar o amor que achamos que merecemos, e que esse amor seja o maior e o melhor amor.
 - Escrito por Marobah
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oquefreudnaoexplica · 4 years
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JUNHO E O ORGULHO LGBTQIA+
É necessário esclarecer que a comunidade LGBTQIA+ sempre existiu. Não é de hoje que encontra-se o amor homoafetivo ou até mesmo assexual. A construção da sociedade moderna edifica a ideia de uma família tradicional, entretanto essas instituições, tal como todas as outras que circundam a sociedade, se modificam com o desenvolvimento das pessoas de sua comunidade – por acaso, um livro muito bom sobre essas construções é A origem da família, propriedade privada e Estado de Engels.
Quando essa comunidade começa a requerer seu devido espaço na sociedade, esses são classificados como transviados, uma vez que eles atravessam aquilo que é considerado como o caminho ‘correto e tradicional’.
Tem-se depois disso a nomenclatura ‘gay’ para todos aqueles que não são héteros. Nos anos 90 incluem as lésbicas e simpatizantes, tendo como sigla GLS, para que enfim em 2000 incluírem as outras classificações, LGBTQIA+.
A Rita Von Hunty fez uma análise histórica das rotulações dadas para aqueles que estão à margem da sociedade civil por causa de sua sexualidade e gênero, é interessante a visualização do vídeo da Rita para aprofundar na questão de rótulos.
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Sabe-se que além do grande preconceito que a comunidade LGBTQIA+ passou, esta ainda teve que sobreviver a AIDS, que em 1980 era chamada de câncer gay, e por ser uma doença de uma comunidade marginalizada ela não tinha tanta pesquisa quanto era necessário.
Hoje, em meio de discursos fascistas e nazista da direita a comunidade LGBTQIA+ é violentada por todo o mundo. Quando se analisa no âmbito nacional, tem-se que no Brasil, em 2019 aconteceram 329 mortes, uma a cada 26 horas. Infelizmente esse é um dado que não é melhor no passado.
O mês de junho comemora-se o orgulho LGBTQIA+, isso pois há 51 anos, em 1969, no bar gay Stonewall Inn, houve uma manifestação da comunidade, isto pois, era ilegal em vários Estados americanos ser homossexual, e desse modo, eles sofriam preconceito sem amparo legal.
No dia 28 de junho de 1969 policiais entraram no bar com a intenção de fazer uma ‘batida policial’, entretanto não ocorreu como esperado, pois pela primeira vez os marginalizados, isto é, aqueles que estavam a margem da sociedade civil, não aceitaram a violência policial e atacaram estes.
Com o passar do tempo a movimentação só aumentou, isto pois, teve auxílio daqueles que moravam ao redor do bar que se uniram a comunidade LGBTQIA+ enfrentando os policiais que agiam com extrema violência.
Dentro das manifestações pró-direitos da comunidade LGBTQIA+ que ocorreram em 1969 encontra-se também a Marsha P. Johnson, que foi ativista da liberação gay e militante de seus direitos, ela também era travesti e modelo de Andy Warhol. Ela foi uma das primeiras mulheres trans negras a ter um espaço – relativo – de fala.
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Depois de 51 anos das manifestações os direitos da comunidade LGBTQIA+ ainda não são iguais aos direitos das pessoas heteronormativas, uma vez que em alguns países ainda não aceitam casamento do mesmo gênero e outros há pena de morte para sexualidades que diferem da hétero.
Desse modo, o mês de orgulho LGBTQIA+ é necessário para que a comunidade tenha seu direito constitucional de existir usufruindo de toda a sua liberdade. E o nosso objetivo ao tratar sobre livros e filmes é um modo de apresentar para todos a cultura de uma comunidade que por muitos anos foi invisível para a sociedade.
A necessidade de apresentar a cultura LGBTQIA+ é, entre outros motivos, a indispensabilidade desse tipo de representação na mídia, uma vez que entende-se que essas personagens como estereotipadas ou ridicularizadas, sendo indispensável apresenta-las com suas individualidades demonstrando que mesmo, ainda, estando a margem da sociedade civil elas são reais e por isso importantes para servirem de exemplos positivos para aquelas pessoas que estão passando dificuldades por se enquadrar na comunidade LGBTQIA+.
O poder da cultura e da representativa é o de construir realidades para além do mundo concreto que limita e restringe as diferenças e com isso abrangerem outras existências, todas validas e indispensáveis para construir um país democrático e diversificado, tal como o Brasil realmente é.
- Escrito por Marobah
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oquefreudnaoexplica · 4 years
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FANFIC: A NECESSÁRIA REPRESENTATIVIDADE DA COMUNIDADE LGBTQIA+
Como a grande maioria das fanfics que eu li são de conteúdo LGBTQIA+, e sim eu estou generalizando, eu queria falar um pouco sobre esse tipo de escrita e o espaço que ela tem na internet, porque eu realmente achei impressionante.
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Para começar acho que seria interessante falar sobre a definição de fanfic. É exatamente uma ficção dos fãs. Então as pessoas que assistem seriados, filmes ou leem livros e querem constituir uma outra realidade para aqueles personagens, ou até para pessoas reais.
Eles mantêm certas características do personagem e/ou de atos que ocorreram na arte original e criam em volta disso. Assim, uma história que pode se tornar relativamente conhecida na internet não pode ser vendida, isto pois, os direitos autorais são dos criadores originais dos protagonistas.
Esse gênero originou no final da década de 60 com as fanzines e a partir da década de 90 com a internet se tornando cada vez mais acessível a sociedade, percebe-se que número de histórias elaboradas por fãs aumentou exponencialmente.
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Por que eu contei tudo isso? Pois, eu achei incrível o espaço que a fanfic tem, até hoje, na internet, se você analisar que faz praticamente 30 anos de sua criação. Diferente da Beatriz, eu não tive contato com esse tipo de literatura quando era adolescente, em vez disso eu inventava minhas próprias histórias na cabeça e ficava com os mesmos personagens modificando apenas o enredo.
Hoje percebe-se que existe esse espaço de criação e que ele é utilizado por todo tipo de pessoa para que seja possível criar suas próprias realidades, mesmo que utilizando personagens que já existem.
O site, que eu entendo como sendo o mais conhecido é o https://archiveofourown.org/. Nele encontra-se diversas histórias sobre inúmeros personagens e celebridades. E todos que eu procurei, dentro dos meus gostos particulares, constituíam relacionamento homoafetivos com personagens que muitas vezes eram héteros na série.
A falta de representatividade que se encontra até hoje nas histórias e, principalmente, na indústria do entretenimento faz com que esse tipo de escrita seja necessária. Percebe-se, quando se observa esse e outros vários sites de fanfic, o quão importante é que se conte histórias LGBTQIA+, mais do que pensar nas pessoa que leem como público – que realmente são, mas entendo que essa análise é capitalista demais para o meu objetivo –, mas nota-las como uma comunidade que anseia sua real representação, se encontrar em outras pessoas e personagens.
O discurso de apresentar outros tipos de visão que não sejam do homem branco hétero e cis está sendo motivo de pauta de varias comunidade marginalizadas. Observa-se, atualmente, que mais do que a necessidade de ouvir outras histórias – ou melhor, do perigo de uma história única, como expressa Chimamanda – existe a demanda por representatividade e com isso a retirada da invisibilidade de tais comunidades.
Quando a comunidade hetero reclama da quota gay na indústria do entretenimento, esta, é claro, não percebe da necessidade de ser visto e de ser devidamente representado, uma vez que os personagens héteros – e na grande maioria das vezes brancos e homens – estão em todos os filmes e tomam a indústria cultural.
A comunidade de autores de fanfics são, em meu entendimento particular, necessários para suprir a grande lacuna de representatividade LGBTQIA+, e muitos desses constituem histórias para poder se imaginarem em novos cenários, vendo pessoas como eles contarem suas histórias.
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- Escrito por Marobah
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oquefreudnaoexplica · 4 years
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Together With Me
Together With Me (2017) é uma BL tailandesa, derivada de outro drama chamado Bad Romance (2016), e traz a história de Korn e Knock, dois amigos que acabam perdendo contato na infância e se reencontram quando ambos entram no curso de engenharia na mesma universidade. Para quem já conhece o universo BL na Tailândia, pode estar acostumado com o cenário universitário familiar e tão recorrentemente usado nos plots de séries e filmes voltados para o público mais jovem, mas Together With Me não é (exatamente) como todas as outras.
Além da química inquestionável dos protagonistas (Max Nattapol e Tul Pakorn aka MaxTul), a série conta com boas atuações, um elenco extremamente cativante e arcos interessantes.
Logo de cara, o primeiro episódio pode ser (um pouco) chocante para iniciantes no mundo BL ou para os que estão habituados à cenas de soft love que mais se assemelham a amizade do que a relações românticas, mas são esses minutos iniciais que entregam todo o potencial que há na interação entre os personagens principais. Quando Knock acorda sem roupa ao lado de Korn e começa a ter flashes do que aconteceu na noite anterior, você sabe que não tem como dar errado.
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Mas calma! Não quer dizer que não existam pontos a serem questionados. Apesar da gente amar odiar aqueles vilões inescrupulosos típicos dos dramas tailandeses (que tentam disputar o troféu com ícones mexicanos como Paola Bracho de A Usurpadora), a série apresenta alguns problemas de roteiro e diálogos que podem incomodar algumas pessoas. Além disso, o relacionamento entre o casal secundário, Farm e Dr. Bright, pode ser meio perturbador em certos momentos.
No geral, Together With Me apresenta personagens e elementos que prendem a atenção e conta com um desfecho satisfatório, deixando todo mundo com aquele gostinho de quero mais. O sucesso foi tanto que a série foi renovada para uma segunda temporada, intitulada Together With Me the Next Chapter (2018).
E para quem está se perguntando, não é necessário assistir Bad Romance para entender Together With Me. Apesar de alguns atores e personagens permaneceram, bastante coisa muda na história.
- Escrito por Beatriz Montenegro
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oquefreudnaoexplica · 4 years
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DU ER IKKE ALENE
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No dia 25 de setembro de 2015 estreou SKAM e 4 anos depois eu descobri essa maravilha e nunca mais parei de ver, é quase um post de declaração de amor esse! Tudo no Skam é legal, todo mundo no mundo inteiro devia ver, mas aqui eu quero pontuar certas coisas.
Cada temporada do seriado é feita a partir do ponto de vista de um dos personagens e tratam de questões que são essenciais a serem discutidas. A primeira temporada é feita a partir do ponto de vista da Eva e trata de feminismo, a segunda é da Noora e abrangendo abuso sexual, a terceira é do Isak e fala sobre homossexualidade e a última temporada é da Sana que discute sobre religião.
Outra coisa que, eu sinto, diferenciou esse seriado é a presença online que eles tem, todos os personagens tem instagram e postam como adolescentes, e por causa disso quem assiste está sempre conectado nas redes sociais para saber se algum personagem postou algo, fazendo com que a interação seja maior – por acaso, outro seriado que faz isso muito bem é The Muppets.
O seriado solta pedaços do episódio durante a semana, exatamente quando algo importante acontece na série. Se, por exemplo, o Isak encontra a Sana sábado as 16:07 esse é o horário que eles publicam o clipe. E em um dia da semana sai o episódio inteiro com todos os clipes.
Por fim, existem vááááários remakes maravilhosos desse seriado, os meus preferidos são da França e da Bélgica, e eles seguem a mesma premissa da história, mas ainda apresentam suas particularidades.
Ok, agora, o que interessa, a terceira temporada. Isak é um menino que está em dúvida quanto à sua sexualidade, fato que é apresentado, mesmo que de forma sutil nas temporadas anteriores, quando mostra Isak um pouco apaixonado pelo Jonas, seu melhor amigo.
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A terceira temporada começa com Isak em uma festa, onde fica com uma menina, mas quando as coisas começam a esquentar ele consegue sair correndo, porque ele não tem interesse de ter qualquer tipo de relacionamento com a menina. Quando eles estão na escola, Isak vê, do outro lado da sala, Even. Depois disso fica muito mais difícil para Isak não encarar que ele é gay.
Além da grande importância de representatividade gay na mídia, temos, também, nesse seriado, o Even como personagem pansexual. É bem interessante observarmos como essa sexualidade ainda não é amplamente difundida como deveria ser, e é muito importante apresentar o espectro de sexualidades, não há apenas extremos de gay e hétero ou lésbica e hétero.
A visibilidade desse tipo de personagem pansexual e do Isak como personagem gay é indispensável em uma série que abrange um publico jovem, mostrando que apesar das dificuldades que os dois personagens passam – que não é só o fator da sexualidade – eles ainda têm amparo neles mesmos e nas pessoas que o circundam.
Quem ainda não viu esse seriado, eu recomendo que vejam, para ontem! Eu coloquei o link lá em cima, mas acho que vou até reforçar e colocar novamente aqui hahaha depois me falem o que acharam, e se ficaram tão viciados quanto eu. ❤️
https://portalskam.com/episodios/noruega/
E, eu vou tratar sobre os outros remakes, em breve.
- Escrito por Marobah
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oquefreudnaoexplica · 4 years
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TRAVERSEZ-MOI, LA BELLE AFFAIRE
 O filme Francês Les Chansons d’Amour conta a história de um trisal entre Ismäel (interpretado pelo maravilhoso Louis Garrel), a Julie e a Alice. É contado por meio de músicas e já no início observa-se os ciúmes da Julie. Ismäel, por sua vez, acha que as duas mulheres vão trocá-lo para ficar juntas sem ele.
Este início mostra que mesmo sendo uma relação diferente das que se apresentam como normais em uma sociedade monogâmica ela é cômoda para as partes e demonstra a rotina do trisal, uma vez que eles têm lugar na cama, e brigam por bobagens, sem discutir sobre assuntos realmente profundos.
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Quando Julie e Ismäel vão para a casa dos pais de Julie nota-se que mesmo os pais aceitando o namorado, ainda assim não entendem como a relação a três funciona e novamente, por meio de músicas pode-se notar esse fato. A mãe tenta explicar que seria viável que ela se casasse e tivesse filhos.
Esse filme é separado em três partes, e essa primeira é chamada de A Partida, depois dessas cenas entramos no segundo momento da obra, denominada de A Ausência, quando uma das personagens sai do filme, fazendo com que Ismäel tenha que confrontar questões íntimas.
Nesse ponto o personagem está tentando entender o que houve e como ele pode se reerguer depois do que tinha acontecido e para isso ele faz todas as decisões erradas, dormindo com várias mulheres e bebendo muito.
Até que chegamos a terceira parte do filme, O Regresso, espaço o qual Ismäel se encontra Erwann e começa a entender certos sentimentos seus, em meio a tudo que está acontecendo.
Erwann, porque eu acho alguns nomes dificílimos de entender o gênero, é um menino – bem mais novo, na minha opinião, que Ismäel – que o aceita, com todos as suas falhas e dificuldades que está passando, e diz:
 Être un corps je suis d'accord                      Para ser um corpo eu concordo
T'offrir mes bras pourquoi pas                     Ofereço meus braços por que não
Mon lit ok encore                                          Minha cama ok de novo
Pour rire a salir les draps                             Rir sujar os lençóis
Mais je crains que pour tout ça                    Mas estou com medo por tudo isso
Tu doives entendre je t'aime                        Você tem que ouvir eu te amo
Tu doives entendre je t'aime                        Você tem que ouvir eu te amo
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Filmes francês são estruturados diferentes do que o que costumamos consumir em apresentações hollywoodianas, e este constrói uma história dramática com questões LGBTQIA+ em forma de musical, utilizando da música e da fotografia para demonstrar os sentimentos envoltos nos personagens.
Eu sei que muita gente não gosta de musicais, não entendo porque, pois eu amo hehehe, mas acho que esse, além de ser um filme maravilhoso, vale a pena, também, pelo lindo e maravilhoso Louis Garrel.
- Escrito por Marobah
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oquefreudnaoexplica · 4 years
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Call me by your name and I’ll call you by mine
Perfeito. Vamos começar sendo altamente imparciais quanto a esse filme! Hahahahah
Da primeira vez que eu vi, devo ser sincera e falar que eu não gostei. Achei que eles fizeram o Elio parecer um adolescente com tesão, em vez de um personagem bissexual cheio de amor no coração. Mas depois a Bia sensata me fez assistir o filme novamente, do jeito certo. E eu me apaixonei.
É uma história simples, mas tão repleta de amor e frases maravilhosas que faz qualquer coração duro amolecer. Sem falar que o filme tem uma fotografia linda e uma trilha sonora que constrói muito bem as cenas.
Para quem ainda não viu o filme, parem tudo e corram lá! Mas antes terminem de ler aqui. A história é de Elio, um menino de 16 anos, super inteligente e maduro para a idade, que percebe seus sentimentos para com o assistente acadêmico de pesquisa do seu pai, o Oliver.
Temos que lembrar que a história se passa em 1983, e se hoje enfrentamos preconceitos para amarmos quem amamos hoje, imagina nessa época. A relação se constrói lentamente até eles se beijarem e ficarem juntos.
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Perhaps we were friends first and lovers second. But then perhaps this is what lovers are.
 Só que Oliver está ali até o final do verão. Ele vai voltar para os Estados Unidos e seguir com a sua vida, e Elio ficaria para trás. Esse tempo que eles têm é limitado e por isso é necessário que o amor seja explorado o máximo possível, e a sociedade fora das paredes do quarto de Elio não aceitaria os dois juntos.
Antes de ir embora, Oliver convida Elio para viajar com ele, e ambos vão a Bergamo e passam o resto do tempo juntos. Na volta para a casa, somos presenteados com a cena mais linda do mundo, quando o pai de Elio fala que sabia da relação dos dois e que, além dele aceitar, ele entende que Elio deve abraçar todos aqueles sentimentos e não os esconder para tentar se tornar forte mais rápido.
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I suddenly realized that we were on borrowed time, that time is always borrowed.
– Escrito por Marobah
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oquefreudnaoexplica · 4 years
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Modern Family
Eu lembro a primeira vez que eu vi esse seriado na televisão, ele estreou em 2009, mas eu não tenho certeza de quando eu comecei a ver. A história, para quem não sabe, é sobre a família do Jay Pritchett, que tem sua filha Claire e seu filho Mitchell.
Jay é casado com Gloria que já tem um filho adolescente chamado Manny; Claire tem seu marido Phil e três filhos, Luke, Haley e Alex; e, Mitchell, no começo das temporadas tem um namorado, Cam, e adota uma menina, a Lily.
É um seriado muito bem escrito e com construção dos personagens. Ele conta da rotina comum, mas engraçadíssima, da família Pritchett. Ele voltou para a Netflix há algum tempo e desde então está sendo muito visto, de acordo com o site TV Time, no Instagram desse site, enquanto escrevo isso o seriado está em 4º lugar dos mais vistos nessa semana, no mundo inteiro.
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O que chama a atenção, para gente, é a relação existente entre o casal homoafetivo da série. Eles têm uma vida normal e a intenção de formarem a sua própria família com a adoção de Lily e eventualmente se casando.
Jay, mesmo não sendo totalmente a favor do casal no início das temporadas, tem uma construção de personagem, e assim, percebe-se que quanto mais o tempo se passa mais esse relacionamento se torna comum para ele, e ver seu filho com outro homem não é mais tratado como o foi na primeira temporada.
E sinto que essa visão de normalidade é edificada para demonstrar como toda forma de amor é válida e a necessidade de os pais apoiarem seus filhos, não importando a idade desses.
A família tradicional, expressão que estamos cansados de ouvir desde as eleições, nunca existiu e nunca existirá, uma vez que ela é construção de uma sociedade burguesa capitalista. Mas quando retornamos a esses discursos, muitas vezes, machucamos aquelas pessoas que não se encaixam nesses papéis irreais.
Mesmo em relação ao casamento entre Jay e Gloria, uma mulher muito mais nova que ele e de cultura latina pode-se perceber a possibilidade de preconceito que nasce desse tipo de relacionamento, entretanto, quando é visto o seriado, percebe-se que é apenas amor, como todos os outros.
Voltando ao Mitchell e Cam, ambos trazem para o seriado questões da comunidade LGBTQIA+. Dificuldades de criar um filho, tal como todos os pais passam, sendo ou não homoafetivos; e eles descobrem, em um episódio, que a semelhança entre gays e lésbicas é o amor que ambos têm para com seus filhos; e, a não aceitação dos seus pais.
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Discute-se esses e outros temas de modo muito leve e de forma cômica, para que prenda a atenção daqueles que estão assistindo e demonstre com naturalidade as questões dessa comunidade, para quem não a conhece de verdade ou está baseando os seus pré-conceitos em opiniões que fogem da realidade.
Normalizar tais fatos, principalmente em tempos de preconceito, é mais do que necessário para que possamos construir uma sociedade que aceita o outro, indiferente de suas particularidades.
Para quem ainda não viu, tem na Netflix, faça maratona e venha conversar com a gente sobre o que vocês acharam!
– Escrito por Marobah
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