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#Casa do Comum do Bairro Alto
narizentupidocartazes · 11 months
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[2023] 11 de Novembro | FEIA#3 | Abate & Castro | Casa do Comum do Bairro Alto - Lisboa
Cartaz [Isabela Abate]
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babydoslilo · 2 years
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Church Boy
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A diferença entre eles era gritante. Um corpo se tornou rígido e tão tenso que não se podia notar o livre movimento da inspiração e exalação, os dentes pressionados juntos e o maxilar tão rígido que parecia capaz de cortar. O outro exalava uma maleabilidade enganosa quando, na verdade, tinha cada movimento perversamente calculado para conseguir o que quer, combinado com grandes doses de luxúria.
Essa one contém: Smut gay; Ltops; Hbottom; Harry power bottom; Exibicionismo leve; CNC leve (Louis trava e não consente verbalmente no início das coisas); Perda da virgindade e leve manipulação. 
WC: 4.6k
°°°°°
O sol brilhava forte no caminho para casa, as ruas asfaltadas só serviam para aumentar o calor escaldante para os pobres pedestres que vinham da igreja em pleno domingo ao meio dia. A missa das 9h se estendeu mais do que o comum neste dia, então Louis além de faminto, estava cansado e suado por baixo das vestes comportadas que ele costumava usar. 
A rotina de Louis era a mesma desde moleque. Nasceu em uma família tradicional católica, frequentou a catequese, seguiu a maior parte dos sacramentos deixados por Deus, como o batizado, eucaristia, crisma e penitência, e enquanto não arranjava uma bela moça para contemplar a bênção do matrimônio, seguia frequentando os seminários promovidos pela paróquia local e não deixava de ir às missas todos os domingos. 
Ele amava estar em comunhão com a pequena comunidade do bairro enquanto celebram a vida na santidade, o que é uma grande vantagem de morar no subúrbio da cidade e todos se conhecerem. 
Foi por conhecer todos da própria rua, e de várias outras, que estranhou uma picape velha encostada na casa em frente à sua. Louis conhecia muito bem aquela família, os Styles, a matriarca era uma costureira de mão cheia e fazia um preço muito bom para a família Tomlinson por seu serviço e o marido dela trabalhava na biblioteca da cidade, ele até deu a Louis uma bíblia antiga que encontrou por lá, mas isso era um segredo só deles. A família também contava com mais um integrante, porém as lembranças de Louis se limitavam a um pequeno garoto desengonçado e com cachos rebeldes que há muito tempo não via. 
Os cachos chocolate que enfeitavam o rosto marcante e anguloso poderiam ter uma certa semelhança, mas o sorriso grande de lábios brilhantes por uma espécie de gloss rosado o  deixou desconcertado. De onde estava, do outro lado da calçada, Louis conseguia ver apenas a cabeça cacheada pouco mais alta que o carro e conseguia ouvir a voz rouca e os risos altos do outro garoto que parecia estar levando caixas e algumas mochilas para dentro da residência. É.. talvez o outro membro da família Styles tenha resolvido voltar para casa. 
°°°°°
– Mamãe?? Olha quem está de volta! – o grito reverberou na casa silenciosa e o coração da mais velha acelerou só de pensar na alegria que seria ter de novo seu bebê embaixo das suas asas.
Ana, mãe de Harry, não via o filho com muita frequência desde que ele passou a detestar o ambiente pacato em que viviam e foi morar com uma tia no centro da cidade. A adolescência dele foi uma fase conturbada para a família que, apesar das crenças um pouco ultrapassadas, tiveram que abrir a mente “à força” tendo um menininho, que era doce e determinado na mesma medida, descobrindo se identificar com coisas que ninguém ali estava esperando. 
Ele sempre foi uma criança extrovertida e cresceu sendo mimado de mais por ser filho único, então quando começou a demonstrar interesse nas roupas que a mãe costurava para as filhas dos vizinhos e por objetos tidos como femininos, Ana não conseguiu reprimir e simplesmente acabar com a felicidade do seu bebê. Assim Harry, ou Haz para os mais íntimos, desenvolveu uma personalidade forte, descobriu a própria sexualidade, teve certeza sobre seus gostos mais afeminados e percebeu também que não conseguiria viver livremente ali naquele ambiente tão tradicional, apesar da família acolhedora.
– Haz, querido! Deixa eu olhar pra você, vem cá. – levantou-se da mesa de costura em que passava as tardes e puxou o menino para os seus braços. A altura dele não o impediu de se aconchegar nos braços gordinhos e com cheiro de lar.
– Tá bom.. chega. – se soltou entre risadinhas – nem parece que a gente se viu mês passado, a senhora pode ser bem dramática as vezes. Mas.. – ele não tinha muita paciência para enrolações, então resolveu contar de uma vez. – eu tô voltando de vez para casa, agora eu vou ficar de verdade.
A mulher precisou de alguns segundos para se dar conta do que aquelas palavras significavam e quando enfim entendeu, os olhos verdes lacrimejaram e ela voltou a apertar o filho com mais afinco entre seus braços. Sabia que era questão de tempo até Harry finalizar sua jornada de autoconhecimento e lapidação de personalidade e logo perceberia que um bairro ou as pessoas a sua volta não deveriam lhe impedir de estar com quem você ama, pois as vezes o tempo não espera estarmos prontos e segue o rumo fazendo o que for preciso.
Durante a sua estadia fora, Harry aproveitou as oportunidades para fazer a faculdade que queria, sair com pessoas diferentes, vestir diversos tipos de roupas até aceitar que tons pastéis realmente realçam seus olhos, e finalmente colocar como prioridade a sua satisfação pessoal. Ele não ia mudar seu jeito, independente de quantos olhares tortos e palavras feias lhe fossem direcionados. Agora, aos 23 anos e desempregado, ele encarou a volta para casa como mais uma etapa importante para reivindicar respeito por suas escolhas, aproveitar um tempo com a família e esperar aparecer ofertas de trabalho no rumo desejado. 
Após matar um pouco da saudade e conversar sobre isso com a mãe, Harry meio que não esperava o que ouviu.
– Tudo bem querido. Você pode esperar o tempo que for, aqui é sua casa e é até bom que enquanto você não consegue o emprego perfeito, vai me ajudar na lojinha e com as meninas dos Tomlinson – ela falava já voltando a sentar em frente a máquina de costura e não reparou como o sorriso do mais novo foi caindo. – Eu amo cuidar delas, você sabe, mas já tô um pouco velha demais para aguentar tanta energia e tenho certeza que vocês vão se divertir muito. – olhou para trás com o típico sorriso de mãe que não aceita objeções.
O cacheado assentiu devagar com a cabeça e sorriu amarelo, murmurando uma confirmação baixinho. Parece que a estadia em casa não seria tão ociosa quanto ele estava imaginando. 
°°°°°
A adaptação à nova rotina não foi tão difícil assim. Harry passava as manhãs na internet procurando oportunidades de trabalho ou só matando o tempo, as tardes eram preenchidas na lojinha da mãe que ficava na garagem da casa deles cuidando de duas garotinhas de 5 e 7 anos, afinal a mãe delas trabalhava nesse horário e Ana não se importa de prestar esse favor à colega, e durante a noite ele se dividia entre assistir seriados pelo notebook, passear pela vizinhança e ver o quanto as coisas podiam mudar, ou sentar na calçada de casa com algumas amigas de infância para colocar o papo em dia. Ele apreciava muito esses momentos porque trazia o conforto que ele não sabia ter sentido tanta falta.
Outro ponto que ele passou a se acostumar novamente foi em acompanhar os pais na igreja algumas vezes. Ele não era tão subversivo assim e reconhecia o valor que a família e, na verdade, todo o bairro dava àqueles momentos. Mas isso não significa que ele deixaria de colocar suas calças ou shorts jeans com alguma blusinha delicada e com estampas fofinhas para ir às missas, o gloss labial e quem sabe uma trança nos cachos também podiam se fazer presentes se ele estivesse no humor certo. 
Foi, inclusive, em uma dessas ocasiões que ele se interessou bastante pelo o que viu.. Era domingo e na saída da igreja ele avistou dois vultos pequenos correndo em sua direção, as meninas agarraram suas pernas em um abraço conjunto e ele sorriu largo olhando para os cabelos castanhos lisinhos até uma sombra cobri-las e ele direcionar o olhar para o dono dela. O mais velho achou extremamente fofo quando o menino na sua frente desviou rapidamente o olhar para os pés e a bochecha manchou em tons vermelhos.
A semelhança dele com as pequenas garotas era extrema, então Harry deduziu ser algum parente… talvez o irmão mais velho que elas adoravam falar sobre. Os olhos azuis cintilavam na luz do sol, o cabelo em uma franjinha jogada para o lado, o moletom cinza que parecia maior que ele e a calça jeans larguinha completavam a aura angelical e pura que o menino passava.
– É.. oi pequenas, que bom vê-las aqui! – falou sem ao menos desviar o olhar do garoto a sua frente, talvez isso esteja contribuindo para a postura cada vez mais acanhada dele, mas Harry gostou dessa reação – Não vão me apresentar ao irmão de vocês? – ele quase riu quando o mais baixo levantou abruptamente a cabeça com os olhos arregalados.
– Oi Haz! – disseram juntas e uma delas continuou – esse é o Louis, mas pode chamar ele de Lou – sorriu com os dentinhos amostra.
– Hm, é, oi. – Louis falou quase em um sussurro com a voz fininha e Harry iria ter que pedir perdão a Deus por imaginar essa voz em outra ocasião bem em frente a casa do Senhor. – meninas nós temos que ir agora, mas foi bom te conhecer Harry. – agarrou as irmãs uma de cada lado e saiu com os passos apressados.
As semanas que sucederam esse primeiro contato entre ambos serviu como um divisor de águas. Se até então o maior não tinha notado a existência do outro, agora ele parecia procurar aquele serzinho tímido em todos os lugares e quando encontrava, se divertia provocando com olhares até o menino parecer vermelho e assustado demais. Ele sabia que era bonito e chamava atenção até dos caras héteros, apesar da leve desconfiança que aquele em específico não era tão hétero assim, então não deixou passar as vezes em que o olhar azulado se perdia na sua boca molhadinha ou nas pernas quase nuas.
Se tornou quase uma meta pessoal fazer aquele homem, que parecia não ter saído da puberdade e que exalava inexperiência, cair aos seus pés. E Harry, mimado como era, geralmente conseguia o que queria. 
°°°°°
– Ô mãe, você viu aquele me– congelou ao entrar na parte da garagem que era fechada para os clientes provarem as roupas ou tirarem as medidas e encontrou sua mãe com uma fita métrica medindo o torso magrinho e sem blusa. – Ah, oi Lou.. – o sorriso que deixou escapar era nada menos do que predatório ao que ele passou a língua entre os lábios e procurou guardar todos os detalhes possíveis da visão.
– Harry! Você não pode entrar assim sem avisar querido. – a mãe lhe repreendeu enquanto o mais novo entre eles se atrapalhava para colocar de volta a camisa tentando não corar mais do que é humanamente possível por ter sido flagrado pelo outro naquela situação. Louis achava desrespeitoso se mostrar despido a qualquer pessoa que não fosse sua futura esposa ou, pelo menos, que não seja estritamente necessário, então quão mais rápido ele pudesse sair dali e se afundar em constrangimento dentro do próprio quarto, melhor.
– Louis, desculpe pelo Harry.. ele é meio impulsivo as vezes. – sorriu tranquilizadora – Já acabei com as medidas mas vou precisar ir na vendinha do outro bairro comprar elástico e zíper para finalizar o ajuste, você pode esperar aqui com o Harry enquanto isso, sim? – a mulher nem esperou respostas e saiu deixando os dois ali.
– É Lou – ele amava como essa palavrinha soava em seus lábios – vamos esperar na sala, as meninas estão cochilando lá em cima depois de brincar tanto e de lá a gente consegue ouvir caso elas acordem e ver pela porta caso alguém venha procurar a mamãe aqui, vem. – tomou a iniciativa de puxar o outro pela mão. Louis estava um pouco gelado e suado, mas seguiu o maior sem resistência.
– Você aceita um pouco de água, suco ou.. 
– Água, por favor. – soou baixinho, como se a presença do outro lhe intimidasse de alguma forma. Ele não tinha medo ou algo assim, mas sentia que não conseguiria controlar os próprios pensamentos caso se deixasse encarar o corpo ali tão próximo.
– Ok gatinho, você pode se sentar se quiser. Eu já volto. – sorriu com direito a covinhas e não se arrependeu pelo apelido desde que notou o cintilar passageiro nos olhos azuis.
Louis estava sentado no sofá simplório da pequena sala enquanto esperava pacientemente a vizinha voltar para enfim lhe ajudar com os ajustes nas roupas e o mais velho, por apenas 3 anos, trazer a água. Ele estava meio nervoso de estar sozinho com o garoto que lhe encara desde que voltou a morar ali, mas tentou relaxar os músculos das costas e pescoço, afastando um pouco também as pernas na tentativa de dispersar o tremor de ansiedade que costumava ter em momentos assim. 
O copo nas mãos do cacheado quase foi ao chão quando ele passou pelo aro de junção entre os cômodos e se deparou com o pescoço larguinho e sem barba esbanjando veias grossas enquanto o mais novo alongava a cabeça para trás e para os lados. A camisa branca estava um pouco marcada devido ao clima quente e a calça marrom que até então ficava larga, agora, ao abrir as pernas e se sentar de forma mais confortável, marcou as coxas pouco volumosas e não deixou muito para a imaginação sobre o volume que o "garoto santinho" possuía entre as pernas. 
A oportunidade foi dada de bandeja, só louco não aproveitaria, então o maior sentiu a adrenalina correr mais rápido nas veias, assim como o sangue que se direcionava a lugares específicos. Caminhando como uma fera que rodeia a presa, Harry se aproximou lentamente de Louis e sentou no colo dele, deixando as pernas dobradas uma em cada lado do quadril magrinho. 
Talvez impulsividade e atrevimento sejam seus sobrenomes, mas ele não queria pensar nas consequências no momento. 
Ao sentir um peso desconhecido sobre as coxas, Louis abriu os olhos imediatamente e consertou a postura. As tentativas anteriores de relaxar a tensão definitivamente foram por água abaixo por causa de um certo par de olhos verdes que lhe encaravam com determinação e algo a mais, e por um par de coxas grossas envolvidas por um short jeans curto demais para a sanidade de qualquer ser humano com olhos funcionais. 
A diferença entre eles era gritante. Um corpo se tornou rígido e tão tenso que não se podia notar o livre movimento da inspiração e exalação, os dentes pressionados juntos e o maxilar tão rígido que parecia capaz de cortar. O outro exalava uma maleabilidade enganosa quando, na verdade, tinha cada movimento perversamente calculado para conseguir o que quer, combinado com grandes doses de luxúria.
– O- o que você está fazendo? – o mais novo sussurra desesperado enquanto os olhos azuis vagam entre as escadas para o andar de cima e a porta aberta onde qualquer pessoa que entre na garagem poderia vê-los em uma situação no mínimo complicada. 
– Se você me disser que não me quer desse jeito e que eu interpretei todos aqueles olhares de forma errada, eu saio agora mesmo e nunca mais sequer me aproximo de você. É só dizer, gatinho. – essa, no entanto, seria a opção mais racional para um e a mais decepcionante para o outro. 
Louis não teve reação. A boca fininha continuava seca como se ele estivesse passando pelo deserto, os braços pareciam pesar toneladas jogados ao lado do próprio corpo, o coração palpitava em ansiedade e apreensão, e ele não tinha certeza dos próprios pensamentos. A resposta era para ser óbvia e repreensiva, mas o menino se viu congelado no lugar, observando passivamente ao que o outro interpreta tal comportamento como uma aceitação tácita e passa a rebolar lentamente, friccionando os quadris juntos. 
Descobriu que as poucas experiências que teve não serviriam como base para o que quer que viesse a partir dali. No fundo do cérebro confuso com os novos estímulos, Louis pensou ter ouvido o cacheado falar sobre serem rápidos para que ninguém chegue e veja eles. Registrou tardiamente a própria camisa jogada no braço do sofá e a quentura rastejando sobre sua pele. O arrepio que se alastrou dos pelos da nuca até a trilha entre o umbigo e a virilha quando sentiu dedos finos abrirem sua calça parecia um sonho nebuloso formulado pela mente suja que descobriu ter. 
Enquanto isso, Harry estava surpreso e admirado, no bom sentido, com o quão responsivo fisicamente o outro podia ser. Ele tinha uma vaga noção que, por causa dos ensinamentos religiosos, talvez o garoto a sua frente ainda fosse virgem.. Mas ver a íris azul ficar vidrada e sem foco, bem como a respiração cada vez mais rápida refletida no subir e descer constante do tórax e o pau duro como pedra com tão pouco, foi verdadeiramente gratificante. 
Ele nem tinha começado o que planejava, mesmo vendo com os próprios olhos a mínima probabilidade do garoto durar tanto, além do risco em serem vistos. Teriam que ser rápidos então.
– Eu vou te chupar bem gostosinho, ta? Prometo que você vai gostar. – Harry sentia a necessidade de esclarecer o que iria fazer para o outro não se assustar mais do que já aparentava, ele também gostava muito do sentimento de controle que o outro o dava de mãos beijadas. 
Não recebeu respostas mas o olhar em transe acompanhando cada movimento seu, os mamilos amarronzados durinhos e a mancha molhada na frente da cueca boxer eram fortes indicativos que ter Harry de joelhos entre as pernas abertas de Louis também o apetecia. 
A saliva quente se acumulou na boca do maior assim que ele abaixou o tecido apenas o suficiente para puxar toda aquela extensão para fora. Harry imaginava que toda aquela inocência não refletia o que estava guardado, mas não esperava ver o pau tão rígido que parecia doer e a cabecinha avermelhada brilhando em tesão. Por ele. O garotinho hetero e tímido da igreja estava quase gozando intocado por ele. 
Foi com isso em mente que Harry não tardou em cobrir todo o membro com a boca, era um pouco difícil e os cantos dos lábios ardiam se esticando ao máximo para abrigar tudo o que podia. Ele tratou de babar bastante para facilitar a lubrificação, não é como se ele andasse com lubrificante no bolso 24h por dia, então muita saliva e um esforço a mais teriam que servir... isso, claro, caso o mais novo não tenha um surto gay antes de finalizarem do jeito que o maior estava ansiando. 
Até sentir a cavidade quente e molhada ao redor do seu pau, Louis não estava tão presente no momento. O ouvido tapado como se estivesse embaixo d'água não o ajudava a se orientar e quando finalmente os olhos e a mente decidiram clarear, ele deu de cara olhos verdes marejados e vermelhos lhe encarando, o nariz fazia barulhos fortes inspirando e exalando de maneira sobrecarregada e a boca cheia beirava a sua virilha, o queixo lisinho roçando nas bolas sensíveis ao que batia lá. 
– D-deus.. oh, eu.. – O gemido saiu de forma exasperada, como se não acreditasse estar naquela situação. Um homem estava lhe chupando, afinal. Não era uma boca feminina, não era sua futura esposa dividindo um momento tão íntimo. Era a porra do vizinho, as vezes babá das suas irmãs, aquele que tinha coxas tão macias e fortes.. que por vezes deixava a poupinha da bunda redonda aparecer pelos shorts tão curtos.. que a boquinha cheia sempre estava tão molhadinha por algum tipo de maquiagem e Louis imaginou que gosto ela teria depois de lhe chupar com tanta vontade. 
– Ei, gatinho.. fica aqui comigo – percebendo talvez ser muita pressão para uma, provável, primeira vez e o outro estava se perdendo nas sensações, Harry decidiu deixar a tortura para depois e aproveitar também. 
Deslizou o jeans pelas coxas sensíveis e a boxer clara tomou o mesmo rumo, ele não tiraria a blusa para facilitar uma fuga quando a mãe voltar, e logo o maior estava novamente sentado sobre as coxas ainda vestidas do mais novo. Percebeu a postura ainda tensa e as mãos dele apertando com força o estofado marrom do sofá, se era uma tentativa de não tocá-lo ou de não gozar tão cedo não dava para saber. 
– Você vai me abrir com seus dedos, ok? Vamos ser rápidos porque eu tô doido pra sentar em você há um tempo.. hmm – mal terminou de falar e já colocou o dedo médio e o anelar de Louis na sua boca, babando tanto quanto fez no pau anteriormente. Os dedos grossos preenchiam sua boca de uma maneira lasciva e finalmente presenciou uma reação do garoto ao que a outra mão voou para a parte de trás do pescoço, se enlaçando aos cachos, e forçando a cabeça para frente até sentir pontas redondas na sua garganta. 
– Isso, vem.. coloca aqui – retirou às pressas e direcionou a mão até sua bundinha que rebolava ansiosa por algo a preenchendo. 
– Mas eu.. eu nã– a timidez e insegurança quase o fez recuar. 
– Eu te guio, não é tão difícil. Só.. – revirou os olhos e abriu a boca em um gemido mudo sentindo as pontas molhadas pela própria saliva rodearem sua entrada. Ele também conseguia sentir os próprios dedos que continuavam direcionando os outros dois até que a ponta de um deles lhe invadiu. 
A preparação era precária e a lubrificação não era o suficiente, mas a ardência e queimação de se esticar, prevendo uma dorzinha maior quando for o membro grosso do outro, fez Harry aumentar as reboladas estimulando, também, os membros juntos. Olhar para baixo e ver as glandes vermelhas se ligando por um fio elástico de pré gozo ou olhar para trás e abaixo encarando dois dedos tesourarem seu cuzinho, era uma decisão difícil. 
Um barulho assustou os dois garotos que estagnaram em seus lugares com os corações palpitando e o estômago gelado. Pareceu ter vindo do andar de cima, talvez uma das meninas tenha acordado ou talvez o teto amadeirado tenha estralado como costuma fazer. Fato é que a adrenalina subiu ao sangue de ambos e eles se encararam por alguns segundos em uma conversa silenciosa sobre o que fariam a seguir. Eles podiam seguir em frente e correr mais esse risco ou parar por agora e não ter certeza nenhuma sobre voltarem desse mesmo ponto em outro momento. 
– Droga.. foda-se.
Os lábios se encontraram em um estalo, as línguas despontando para fora em uma dança explícita e quente. O cacheado tinha o domínio do beijo e provava do sabor do outro direto da fonte, os lábios inchando conforme os dentes branquinhos raspavam e prendiam a carne macia e fininha entre eles, a saliva espessa fazendo caminho até o queixo em uma bagunça que era só deles.
Harry passou a seguir a trilha molhada até o pescoço dando leves mordidinhas e chupadas que talvez deixassem vestígios mais tarde. Seriam ótimas lembranças. As mãos pequenas, mas fortes, estavam presas na cintura macia por baixo da blusa rosa bebê que o maior usava e a cabeça com os fios castanhos totalmente bagunçados estava recostada no apoio do sofá enquanto o quadril despido se esfregava com mais força e rapidez levando a ereção alheia entre as bochechas branquinhas da bunda.
Foi por tamanha distração em tantas partes diferentes do corpo que Louis não notou imediatamente a mão pálida segurando firmemente seu pau, guiando ele até a entrada pouco lubrificada. O calor abrigando sua glande sensível e virgem era inebriante, o aperto era tão intenso e dolorido que lágrimas brotaram nas orbes azuis e um gemido manhoso deixou os lábios inchados. 
Enquanto isso, Harry podia gozar apenas por saber ser o primeiro a proporcionar tal sensação ao garoto. Os dentes prendiam os próprios lábios para não gritar com a ardência da invasão, ele imaginava o quão fora de si o mais novo estaria se sentindo quando para ele, que já estava acostumado, já era um sentimento tão esmagador. 
– Isso é tão.. porra! – Louis se sentia sobrecarregado, desnorteado e sem palavras.
– Shh.. – calou o outro com selinhos enquanto escorregava cada vez mais pra baixo, abrigando agora toda a extensão dentro de si – Eu sei, Lou. Eu tô te sentindo tão, oh, tão fundo.. você vê? – agarrou a destra do outro e direcionou ao fim do abdome, entre as duas folhagens tatuadas. 
Sentir a pele suada e a respiração descompassada na palma da mão, bem como uma leve protuberância do que identificou ser seu pau, fez todos os músculos da perna e quadril tensionar, provocando, consequentemente, uma estocada curta e certeira na próstata do cacheado que não estava esperando por isso. Ambos os gemidos foram surpreendentemente altos.
Com isso, os movimentos se tornaram febris e constantes. Harry sentava com força, sentindo as coxas arderem e falharem pelo esforço, mas sem parar por um momento sequer. A mão grande com uma cruz tatuada parecia irônica em um cenário tão devasso ao segurar fortemente o pescoço bronzeado para ter algum apoio enquanto beijos e mordidas eram depositadas no peitoral nu.
– Eu não.. eu vou, hmm, eu– palavras desconexas saiam do lábios do menor e Harry percebeu as pernas abaixo de si tremerem e a barriga magrinha contrair indicando a chegada de um orgasmo. Ele não queria ser mau, mas não era do seu feitio aceitar que os parceiros gozassem antes dele mesmo, por isso levantou.
– Não gatinho.. não é legal vir antes do seu parceiro, você vai ter que segurar só mais um pouquinho.. eu sei que você consegue. 
Apesar de querer fazer o momento durar pela eternidade, sabia que não seria possível então trocou a posição para uma em que alcançaria o ápice bem rápido. Ele amava cavalgar de costas e ser observado e desejado pelos homens com quem transava, e o bônus dessa vez era estar de frente para a garagem aberta e totalmente clara pela luz do Sol, podendo ser visto por quem passasse prestando um pouco mais de atenção.
O corpo grande escondia e sobrepunha o menor que se sentia acolhido ao que teve novamente a ereção tomada pelo cacheado e as costas largas recostadas em seu peito. Os cabelos da nuca do cacheado batia em seu rosto e o tecido leve da camisa rosa esbarrava em seus mamilos a cada quicada que o outro dava; a bunda branquinha subindo e descendo pecaminosamente pelo pau cada vez mais rubro e dolorido agora era alvo das unhas curtas de Louis, que sentia as bolas repuxando e doloridas para liberar todo seu prazer. Ele estava desesperado por isso.
Gemidos saíam cada vez mais altos da boca cheinha e rosada do cacheado quando ele sentou completamente no colo do outro e puxou a cabeça dele de encontro a sua nuca, rebolando agora apenas para frente e para trás, dessa forma ele fazia a cabecinha gorda esmagar a sua próstata em todos os ângulos possíveis. Toda essa pressão nos lugares mais sensíveis fez as pernas tremerem, gemidos escandalosos soarem, estômagos retorcerem e líquidos quentes jorrarem. Eles gozaram quase ao mesmo tempo, pintando uma tela inesquecível para ambos.
Infelizmente o momento de frenesi e de recuperação foi tomado por desespero ao ouvirem uma voz muito conhecida se aproximando no meio da rua. A corrida entre catar as roupas, subir as escadas aos tropeços e se jogar na cama exaustos foi marcada por risadinhas e olhares travessos nada arrependidos. Essa foi por pouco.
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lucuslavigne · 1 year
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𖦹 Sou problemático, um pouco ciumento.
Sungchan × Leitora.
๑: Sungchan da ZL, sugestivo, linguagem imprópria, fluffy (?), um Chenle meio burrinho, [Não sei se gostei ou não desse daqui 😭]
Espero que gostem.
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Era apenas mais um sábado comum na ZL. Sungchan estava na casa de Wonbin, “ resenhando com os de verdade ” é o que posta no instagram, mas sinceramente, a única coisa que pensava era em você.
Desde que terminou com ele, sempre perguntava de você para seus amigos, olhava seus stories e postava indiretas para você. Já havia perdido as contas de quantas vezes te ligou para tentar reatar o relacionamento, porém, sem sucesso.
— Você viu o que a S/N postou? — Sohee o perguntou.
— O que? — virou para olhar o celular. — Essa desgraçada... — respirou fundo, tentando acalmar os nervos.
Sungchan queria matar Chenle! Como ele podia ter o talaricado daquele jeito? Dançando agarrado com a mulher dos outros.
— Calma Sungchan. — Sohee tentou falar com o amigo.
— Calma o cacete. — pegou o celular. — Sabe qual é a placa do carro do Chenle?
— Sei, mas, por que? — o encarou.
— Você vai saber. — respondeu.
• • •
— Por que vocês estão levando o meu carro?! — perguntou indignado.
— Você está estacionado em uma vaga para deficientes senhor. — o policial falou.
— Mas isso nem é lei. — Chenle tentou rebater.
— Na verdade é sim. — olhou para o rapaz.
— E qual lei seria? — perguntou, estressado.
— Chenle, calma... — tentou acalmar o Zhong.
— A lei número treze mil cento e quarenta e seis, de dois mil e quinze senhor. — respondeu.
— Certo. — bufou. — E quanto fica a multa?
— Mil quatrocentos e sessenta e sete reais e trinta e cinco centavos, fora a reclusão de um ano, no seu caso, em regime aberto. — o falou.
— Eu posso pagar agora? — Chenle perguntou.
— Claro, só um instante. — falou.
• • •
“ Você que denunciou o Chenle para o seu tio policial? ” leu na tela e deu um sorriso. Um “ sim ” fora respondido.
Uns dois minutos depois o celular passou a tocar, Sungchan só atendeu porque era você.
— Tudo bem vida? — perguntou cínico.
— É sério que você denunciou o Chenle só porque eu não quis voltar com você, porra? — perguntou brava.
— Ah, 'cê sabe né? — riu. — Eu sou problemático e um pouquinho ciumento gata.
— Você é maluco! — falou.
— Por você? Se for, sou sim. — respondeu.
— Aceita que você tomou um pé na bunda Sungchan! — esbravejou.
— Nunca. — retrucou. — Aliás, 'tô indo aí na sua casa.
— Se você vier... — alertou.
— Se eu for você vai transar comigo como se ainda fosse a minha namorada. — e desligou o telefone.
Pegou as chaves do Jetta azul e correu para a garagem da casa, apertando o botão do controle do portão automático. O portão se abre, e o som do carro foi escutado, dirigindo às pressas nas ruas do bairro da Penha, cantou pneu aqui e alí, e devia ter passado por uns dois, três radares, fora os semáforos vermelhos. Mas pouco importava, afinal, ele ia ver a gatinha dele.
Escutou uma buzina do lado de fora de sua casa, já sabendo exatamente quem era.
— Não acredito. — bufou.
— Pode abrir a porta por que eu sei que você me escutou lindeza. — escutou o Jung pela porta.
— Vai se foder moleque! — falou, mas abriu a porta, mas nunca ia admitir que sentia falta do mais alto. Do zóin puxado da ZL.
— Eu vou foder você. — te puxou pela cintura, beijando seus lábios com fervor.
Escutou a porta se fechando porque Sungchan empurrou a mesma com o pé, mas não teve tempo de reparar nisso pois o mais maior te deitou no sofá da sala.
— Sungchan. — tentou resistir aos toques tão bons.
— Quietinha. — falou. — Não finja que não quer. — desceu os beijos para seu pescoço. — Eu aposto que se eu descer a minha mão... — desceu a mão para dentro de seu vestido curto. — ... até aqui, você vai estar molhadinha só por conta de uns beijinhos. — sorriu quando viu que o que falou era verdade.
— Você é um idiota. — gemeu quando os dedos longos passaram a massagear seu pontinho.
— Sou idiota e você 'tá gemendo nos meus dedos? — provocou.
— Se você vai me foder, por que não anda logo? — rebateu.
— Com pressa minha linda? — sorriu.
— Sim. — o olhou profundamente. — Algum problema?
— Nenhum. — e inverteu as posições alí mesmo, te deixando por cima do corpo alto.
— Você é problemático. — suspirou. — E ciumento. — riu.
— Um pouco só. — selou os lábios. — Mas você sabe que eu sou foda na cama.
— Por isso que eu te amo. — o beijou novamente. — Por que ninguém me come como você.
— Assim eu apaixono gatinha. — deu risada.
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matheusalvarengah · 10 months
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Quietinha pra morrer velhinha...
Querido diário,
É muito bom fazer fofoca e isso edifica a vida da gente, sim. Qual é? É só comentar sobre a vida dos outros, saber das coisas e é divertido e não tem que ter um "porquê" exato para isso. No entanto, recenetemente eu passei por uma situação que me fez pensar melhor em algumas coisas.
Lara é uma amiga da época do Ensino Médio que viveu por muito tempo, até mesmo depois da escola, aquele típico relacionamento de "montanha russa" com o atual marido dela. Os altos e baixos eram causados pelas traições e mentiras dele e vinganças e discussões por parte dela. Os dois, hoje em dia, vivem um relacionamento aparentemente perfeito. É claro que têm brigas e discussões, o que é bem comum em relacionamentos, só que ele a trata super bem com o carinho e respeito que ela merece. Os dois parecem ter evoluído muito. Só que... Recentemente, uma fofoca começou a surgir entre a galera do Ensino Médio e pelo o nosso bairro de que ele a estava traindo. Parece que alguém que a conhece o flagrou com outra em um bairro super afastado do ciclo social da gente, onde ninguém desconfiaria que ele poderia estar. Eu não sabia se comentava ou não com ela sobre esse assunto e ela parecia que sabia do que estavam falando. Quando a tal menina que flagrou Pedro, o marido de Lara, de mãos dadas com outra na praça, chegou em Lara para falar do que estava acontecendo, a mesma a interrompeu dizendo: "Gisele, eu não quero saber.".
Segundo Lara, se ela é traída ou não, ela prefere não saber porque no final do dia ele volta pra casa para ela, para sua família e para os braços dela, dormir com ela. Ele a trata bem e os dois vivem um relacionamento muito bom e os filhos deles são felizes, então ela não precisa saber.
Indignada, Gisele perguntou para mim e as garotas: "Como ela pode não querer saber? Isso não é viver uma mentira? E se ela sabe que ele a trai, como isso não a magoa?".
Veja bem, eu tenho as minhas opiniões igual a Gisele e todas as outras pessoas que fofocaram sobre o assunto têm. Eu posso comentar isso com as minhas amigas, só que naquele momento de indignação de Gisele por Lara se recusar a saber o que ela tinha para contar sobre Pedro me fez perceber que: Quando uma pessoa é adulta, ela sabe exatamente o que está fazendo! Todo mundo tem poder de escolha e todo mundo consegue reconhecer o que é melhor ou não para si mesmo e não importa o que achamos ou deixamos de achar, porque não é da nossa vida. Isso não é da nossa conta... Eu poderia dizer para Lara: "Não é melhor abrir o relacinamento, já que vocês vivem esse tipo de vida..." Mas seria melhor para quem? Para eles ou para mim? Porque eu não estou casado com o Pedro e não compartilho do mesmo coração e alma de Lara. Isso não vai mudar nada na minha vida!
Com isso, eu concluo que, ás vezes, ninguém precisa saber o que realmente pensamos. A gente não precisa dar sempre "pitaco" na vida alheia, então é melhor guardar nossos "conselhos" pra quem realmente se importa. Porquer, querendo ou não, isso não tem nada a ver com a gente.
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suncpesquisa · 1 year
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SPOILER #1 - You manage to live beautifully in front of what needs your attetion.
[...] Em um bairro litorâneo em específico, famílias de classe média que viviam ali há gerações foram expulsas de suas casas, no sentido não tão figurativo do termo, pelo aumento absurdo dos aluguéis, impostos e preços nos estabelecimentos locais. O custo de vida que já era mantido com muito trabalho passou a ser inviável para o cidadão comum. Essa consequência estava nos planos da construtora, que não demorou a apresentar propostas à associação de moradores a fim de comprar e demolir as casas da região. As negociações eram um verdadeiro impasse, pois todas aquelas pessoas já haviam criado raízes na região e não tinham para onde ir. Com isso, a empresa usufruiu de sua influência entre as autoridades do governo local e rapidamente, por uma falsa coincidência, diversos laudos foram emitidos pela administração pública classificando as residências das famílias restantes como construções irregulares. Com a área devidamente desocupada e as casas demolidas, a cidade testemunhou a paisagem urbana dando lugar ao colosso que emergiu à beira-mar.
A estrutura de três arranha-céus demonstra sua imponência arquitetônica em belas curvas inspiradas pela fluidez das ondas e o relevo de Haeundae. Janelas expansivas que refletem as luzes do ambiente ornamentam a fachada, presenteando moradores e visitantes com o espetáculo da união entre o céu azul e o mar de Busan. As luzes da cidade harmonizam com a presença estonteante das torres, permitindo que elas se destaquem na paisagem, coexistindo entre o natural e o urbano. O Sundowner Complex é o investimento imobiliário que simboliza a conclusão do projeto de revitalização. Consiste em um condomínio residencial classe A, hotel seis estrelas, parque aquático e uma instalação comercial de alto padrão, oferecendo à nata da sociedade sul-coreana toda a opulência que ela requer, e apesar de todas as controvérsias acerca da criação do oásis luxuoso do qual essas pessoas desfrutam, criou-se um pacto social velado em que todos concordam em ignorar as polêmicas. Seja aproveitando um drink na beira da piscina, lendo um livro no lounge do hotel, levando seus herdeiros para o playground ou simplesmente entregando as chaves de seus carros a um vallet simpático, os moradores e visitantes do Sundowner Complex conhecem bem a sensação de pertencer ao topo do mundo. Afinal, fazer parte desse ecossistema repleto de luxo, ego, exclusividade e mistério resume o privilégio de repousar onde o sol brilha e a consciência social não chega.
EM BREVE, ASK ABERTA.
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mo-onchildren · 2 years
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2022.12.29 - II
Como explicar para o eu do futuro que escrevi no diário duas vezes no mesmo dia? A última vez foi um compilador de coisas que aconteceu em um lapso de tempo se escrever, fiz isso de madrugada, antes do dia realmente acontecer e, após viver minhas aventuras no dia de hoje, venho aqui contar para você... Querido diário.
Hoje não fiz muita coisa pela manhã, sabia que tinha que ir até a rodoviária, lutar pelas coisas que quero fazer, mas a preguiça é maior.
Entrei por trás do primeiro ônibus, pulei a catraca do segundo e, quando cheguei no metrô encontrei com um colega de ensino médio... Colega? Não, nunca gostei dele, na verdade não gostava de quase ninguém ali. Mas da parte dele sentia um veneno, algo passivo agressivo. Contudo ele deu o primeiro passo, falou comigo e manteve conversa durante todo o trajeto me atualizando da sua vida após o ensino médio - já que não terminamos o ensino médio juntos após eu ter sido expulso daquela escola. 
Ele está casado com uma garota que estudava conosco no segundo ano e, segundo ele, se conheciam desde o fundamental dois. Falou que quase todos que terminaram juntos na verdade. Depois que ele terminou o curso de gastronomia e já vai ser pai. Também que continua trabalhando no Jordão e em um restaurante localizado em uma cidade a quase 30min de Recife e, nessa cidade ele constrói sua casa... Um primeiro andar em cima da casa dos pais. Então percebi que - me perdoem por está julgando a vida dele e, se de alguma forma você se identificar com isso me perdoe - que eu não estou tão atrasado assim.
Me comparo demais com os outros, sempre me acho inferior. Me acho inferior a todos que conheci depois que iniciei a faculdade, pessoas classe média em instituições de ensino mais renomada que a minha. Que já viajaram para um país desenvolvido enquanto eu não consigo sair do estado em que nasci - e essa frase tem mais significado do que uma primeira leitura será capaz de entender. Que ganham cargos com salário altos, mesmo eu me esforçando o dobro de tempo que eles... Mas vamos parar de me diminuir, pois lembro de algo que a minha amiga sempre me disse: “Olhe de onde você saiu e onde você chegou, de todos da nossa sala (o final do meu ensino médio foi em um colégio no bairro mais caro da cidade) você foi o que conseguiu chegar mais longe academicamente e tudo por esforço próprio.” 
E é isso, eu não me sinto bom o suficiente, tenho medo de não conseguir atingir tudo o que quero e viver uma vida comum e, mesmo que seja na Europa, eu quero mais que uma vida comum. Saber que, eu já fugi de viver uma vida comum como o resto dos meus colegas de ensino médio, de certa forma, me deixou feliz. Eu não quero e não preciso da validação de uma relaciono e família heteronormativo para me sentir realizado. 
Contudo, juntos aos outros jovens que “estão apenas se divertindo enquanto buscam algo mais” eu não me sinto incluindo também. Eles não fazem questão de me incluir e as vezes sinto que muito pelo contrário. Até mesmo me deram um apelido que detesto pelas costas. Por que eu me forço tá com essas pessoas? Pois é a única coisa que restou pra mim nessa cidade. Recife está morrendo, todos os indicadores dizem isso. Então, após todos os meus amigos da Team Bo$$ - que eu já não gostava -, saírem da minha vida, me sobrou o kpop. É divertido poder ouvir com outras pessoas as musicas que eu gosto... Mas eles não gostam do mesmo kpop que eu. Contudo eu penso: Já faz cinco anos que eu estou “apenas me divertindo enquanto busco algo a mais” e esse algo a mais nunca vem. Não quero acabar como muitos ali que, aos 27 anos ou até mais, todo final de semana, fazendo cotinha de vinho quente e barato com gente de 16 anos sustentada pelos pais e pulando a catraca do ônibus para voltar pra casa tarde da noite rezando para não ser morto em meio ao caos de violência. Mas adivinha? Eles tem amigos que os convidam para festas de final de ano, eu não :)
Após devagar sobre esse grande assunto vamos voltar aos acontecimentos do dia. O meu destino era a rodoviária e, após chegar lá fui direto ao meu destino: Os guichês com passagem para São Paulo! Tentei, tentei três vezes e nada. Sinto que eles estão apenas me enrolando, tentando de alguma forma impedir ao máximo que eu seja capaz de exercer algo que tenho direito. Mas a minha vida toda não foi assim? A vida toda eu ouvi não, ouvi não para tudo o que tinha direito. Porém nunca baixei a cabeça e sempre consegui. Mas cansa, cansa sabe? Cansa você ter que insistir quatro vezes mais para conseguir algo que você tem por direito e - aquelas mesmas pessoas que citei anteriormente que fazem eu me sentir inferior -, nem precisam passar pelo processo para conseguir.
Eu tenho direto a essa viagem - tanto para São Paulo quanto para a Europa -, mas existe algo, algum karma, que me prende em Recife. Quando isso vai acabar? Quando poderei viver a minha vida? Correr pelas ruas do bairro da Liberdade, fazer alguém se apaixonar por mim na Irlanda, ouvir a minha banda favorita em Barcelona, estudar em Paris. EU TENHO DIREITO A TUDO ISSO! 
Após um não eu fui atrás do outro não, peguei o primeiro ônibus para o centro da cidade e, mesmo sem esperança nenhum fui resolver o dilema do meu cartão internacional e, para minha surpresa: Foi resolvido! E logo quando ia saindo do shopping, sentindo aquela minha fobia social por causa da violência que castiga o cento, meu ônibus não demorou a chegar, mesmo essa linha sempre demorando.
Me falta dinheiro, emprestei dinheiro demais pros meus colegas e agora tô sem, porém, tirando o mais rico que queria comprar pack de nudes no twitter, todas foram por motivos muito importante. 
Por último queria falar que tem um estranho parado no portão da minha casa, ele deve está lá a mais de uma hora. Ele não olha pra dentro, só para rua. Acho que é o marido da minha tia, a fisionomia é parecida e vi meu primo voltando de lá. Ou eu prefiro acreditar nisso. É legal poder escolher no que vai acreditar. Não queria que tanta lembrança ruim voltasse a minha mente em tantos momentos do dia, mas eu não queria ter passado por tanta coisa e nem ao menos ter 24 anos. Hoje, enquanto pegava os dois primeiros ônibus, percebi que fazer o mesmo percurso que fiz durante cinco anos, naquele local que morei contra a minha vontade, as lembranças vinham. Elas tinha o mesmo peso que antes? Não. Mas vinham, não chegava a sentir uma disforia, mas reviver aquele mesmo trajeto - mesmo que eu não viva mais ali - me incomoda de uma forma que ainda não sou capaz de explicar.
É isso. 
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algo-dentro · 2 years
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Pegue as suas coisas... Pode se mudar pra minha vida.
Você não vai mais sofrer... Ou se enganar. Não se vende amor a cada esquina!
E você vai brilhar como prata no mar da minha história. Se você não vier... Tudo aqui vai ficar na memória...
Deixa eu aprender. Deixa eu me enganar. De querer alguém por toda vida...
Depois não vem dizendo que eu não te avisei... Que todo amor acaba se não se regar. No inicio achei que não te amava, mas já sempre te amei... Abri todas as portas pra você entrar...
No bairro da paixão... Casa do amor...
Eu sei que nossa vida pode desandar... E ter altos e baixos de um casal comum. O sonho dessa casa é ver você chegar... Amar como eu te amo não é pra qualquer um!
Você não vai mais sofrer... Ou se enganar. Não se vende amor a cada esquina! Deixa eu aprender. Deixa eu me enganar. Eu quero você por toda a minha vida!
Pegue as suas coisas... Pode se mudar pra minha vida! No bairro da paixão... Casa do amor... Rua sem saída!
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sunnyvalehqs · 2 years
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BRING DISCO BACK!
Quando se escuta a palavra DISCO, provavelmente a maioria pensa logo nas roupas brilhantes revestida de paetês e lurex, patins, uma calça flare, camisas estampadas com golas enormes, além de uma pista de dança iluminada por um globo reflexivo. Muitos moradores de Sunnyvale cresceram na década de 70 e se lembram bem quando o estilo começou a estourar com músicas soul, funk e R&B. Você se lembra de crescer ouvindo alguns pais torcendo o nariz para festas do tipo, principalmente aquelas aconteciam bem tarde da noite. Se você morou em um bairro mais humilde, provavelmente se recorda de escutar o barulho alto da discoteca enquanto tentava dormir ou estudar. Pessoas de outros bairros que queriam se divertir enchiam ainda mais as ruas nessas horas dos fins de semana, procurando por festas de verdade, já que suas famílias sempre se mostravam certinhas demais pra elas. Você se lembra, também, de fofocas sobre alguns adolescentes mais rebeldes escaparem no meio da noite para tentar de qualquer forma entrar nas discotecas para dançar, ou conseguir bebidas, ou fumar. Você se lembra bem das fofocas sobre Louis Jordan, filho do atual prefeito que, assim que completou dezoito anos, não parava de tentar sua sorte para entrar nas discotecas, mesmo que ainda não tivesse idade para beber.
E agora, com vinte e oito anos em 1987, foi Louis quem prometeu que traria o disco de volta a Sunnyvale. Mas ele nunca foi um homem bom com promessas.
29 de Outubro de 1987.
Esse seria apenas um dia comum em Sunnyvale se não fosse aqueles malditos panfletos. Aparentemente, Louis Jordan estava convidando a cidade inteira a ir até a mansão dele no dia 13 de Novembro para celebrar o seu aniversário com uma ‘festa de verdade’ em sua mansão com o tema DISCO. Você tenta não rolar seus olhos de um jeito muito dramático, afinal, você sabe que Louis está tentando cutucar o dono do Heaven’s Wheels, que vai organizar a festa de Halloween esse ano, e ele precisa fazer uma festa ainda maior. Tudo bem que Louis é filho do prefeito, e você respeita aquele homem por sempre se preocupar com a cidade, mas você deseja às vezes que o filho dele não tivesse um histórico de briga com todo mundo daquela cidade. Sem contar que os panfletos estavam em todo lugar de Sunnyvale: fosse colados nas paredes, nas vitrines das lojas, passando por baixo da porta de sua casa... todo lugar. Um desperdício de papel!
31 de Outubro de 1987.
Essa com certeza foi uma noite inesquecível. Pessoas fantasiadas, animadas para dançar, muitas caídas na área de patinação... Se você conseguiu participar, provavelmente se lembra de se divertir até o dia seguinte na pista de dança do Heaven’s Wheels, ou não se lembra de quase nada, até porque as bebidas eram de graça naquele dia. De qualquer jeito, todos se divertiram, apesar do carro de som que Louis colocou para rodar o quarteirão, relembrando a todos sobre sua festa no dia 13.
1 de Novembro de 1987.
Sendo um sábado, o dia após o Halloween era pra ser algo tranquilo, se não fosse pelos burburinhos sobre o famoso laboratório construído próximo ao shopping de Sunnyvale, que havia terminado suas obras. Aquele lugar estava dando no que falar, já que muitos relatam que, desde que começou a ser construído, vinham recebendo telefonemas estranhos com barulhos de estática, suas televisões mudavam de canal sozinhas, a água da torneira às vezes vinha com uma cor estranha, e a fofoca que rolava por aí era que aquele laboratório fazia testes em muito mais que apenas marcas de cosméticos.
Naquele dia, você também recebe a notícia que Rudy Reyes, filho dos donos da Universidade local, nunca retornou pra casa depois do Halloween.
2-8 de Novembro de 1987.
O desaparecimento de Rudy deu no que falar. Nos dias seguintes à tragédia, você viu os pais do rapaz desesperados nos noticiários, clamando pela volta do filho. Ninguém sabia se ele havia fugido, ou se algo ainda mais trágico aconteceu com ele, mas muita gente se juntou para fazer uma busca na área próxima à discoteca, e na área mais fechada da floresta próxima do tal laboratório, onde havia muito mato, árvores e um pântano. O pessoal da igreja Evangélica de Sunnyvale fez uma roda de oração todos os dias no parque... e você meio que chegou a pensar que talvez eles seriam de mais ajuda se simplesmente saíssem pra ajudar na busca, mas era apenas sua opinião.
A polícia também parecia estar fazendo seu melhor... na primeira semana. Você sabia, no entanto, que aquilo logo se tornaria um caso arquivado.
13 de Novembro de 1987.
Treze dias se passaram desde que Rudy sumiu e, naquela manhã, você avistou um dos velhos panfletos que Louis jogou pela cidade. Pela primeira vez, você tentou levar aquilo um pouco mais a sério: talvez uma festa não fosse uma má ideia. Principalmente uma que seria em uma mansão; isso queria dizer que haveria uma boa segurança, não é mesmo? E você está loucx pra usar aquela roupa especial só para o estilo disco. Inicialmente, você se preocupou um pouco sobre Louis e sobre como ele costuma ser babaca. Talvez já tenha sido babaca com você, ou com um conhecido seu, ou você simplesmente o viu ser babaca com um simples trabalhador... mas algo estava te puxando para aquela festa. Você precisava de uma folga do trabalho, dos estudos, das fofocas, das tragédias, tudo!
Você deixa de lado as preocupações e então coloca sua melhor roupa do tema. É HORA DO DISCO, BABY!! Você chega lá às 18h como combinado. Você pode ver pelas grades da mansão de Louis que o jardim está lindo naquela iluminação do sol se pondo. Você se aproxima com um sorriso do rosto, só para notar que... está trancado. Está tudo trancado! Quinze minutos de passam, e o segurança da portaria avisa tanto pra você quanto para as outras cem pessoas do lado de fora que estão suando naquelas roupas apertadas que não vai ter mais nenhuma festa.
Você escuta muitos xingamentos e muitos chamam o nome de Louis, pedindo explicações. Agora pensando melhor, fazia alguns dias que ninguém ouvia falar sobre o rapaz, mas ninguém está preocupado com isso agora. Todos querem uma festa.
Depois de muita discussão, alguém tem a brilhante ideia de fazer a própria festa no parque:
O tema ainda é o mesmo. Todo mundo ainda se encontra com suas roupas inspiradas no estilo de discoteca dos anos 70-80.
Cada pessoa toma a iniciativa de ajudar com os comes e bebes. Muitos donos de estabelecimentos trazem consigo algumas mesas e cadeiras, e alguns trazem puffs coloridos para os convidados relaxarem, mas muitos ainda se sentam no chão para conversar e ‘ficar próximo da natureza’. Alguns moradores de Sunnyvale conseguem criar algo de última hora, seja bolos, tortas, sanduíches, misto quente, maçãs do amor, e outros doces. O dono de um dos restaurantes colocou uma churrasqueira em uma outra área, e agora até seu próprio churrasco você pode montar.
Um rádio foi colocado em cima de um fusca estacionado próximo ao parque, e as músicas mais populares da década de 70 e 80 começam a tocar. Conseguiram também a proeza de pendurar um globo reflexivo em um poste, trazendo uma iluminação única para a quadra de basquete que se tornou a pista de dança do local.
Alguém conseguiu convencer um pescador de Sunnyvale a emprestar suas canoas, o que se torna uma atração para a festa improvisada: você agora pode remar para longe de toda aquela barulheira com um amigo ou alguém especial para apreciar a visão da noite... mas tome cuidado para não perder um dos remos quando já estiver longe da terra firme. No entanto, alguns ainda acham divertido dar um mergulho no lago do parque no fim da festa.
A área da pista de skate é um pouco mais afastada, mas alguns adolescentes aproveitaram a chance e estão cobrando apenas 5 dólares para ensinar alguns truques radicais.
O restaurante Passion Tales está distribuindo biscoitos da sorte! Tire a sua aqui.
O fliperama do outro lado da rua também está de portas abertas, e você pode tentar sua sorte em alguns jogos em troca de prêmios!
A igreja local aproveitou mais uma vez para fazer uma roda de oração perto do fliperama. Se você passar por lá, o pastor vai lhe entregar um panfleto, convidando-o para um culto no próximo domingo. Ele diz que “O cancelamento da festa é um sinal e que você deveria aparecer para rezar mais antes que desapareça que nem o outro garoto, já que você também não tem uma fama lá muito boa”. O que isso significa??
OOC
Oi gente! Esse é o evento que vai abrir o RPG para interações. O evento em IC dura de 19h num domingo até onde seu personagem aguentar mesmo sabendo que o dia seguinte é segunda. O evento vai durar em OOC até dia 17/11, quinta-feira, às 23:59.
Só um aviso que vai ser acrescentado nas regras: por mais que o RP se passe em 1987, os dias e os meses vão seguir o nosso de agora para não ficar confuso.
Seu personagem está livre para participar e ajudar na festa improvisada como puder.
O tema do evento é DISCO, então é esse estilo de roupa e/ou cabelo que seu personagem vai estar usando, mesmo que resolva tirar ou mudar depois. A tag para looks é SVHQ:LOOKS
Tag de starters: SVHQ:STARTER
Vai ser feito um blog de likes e de starters, e vou mandar os links hoje e amanhã.
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tecontos · 2 years
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Aprendi direitinho...
By; Angelica
Me chamo Angelica, tenho hoje 26 anos, sou casada e quero revelar que nasci para ser puta (e sou!).
Gosto de me sentir uma puta, embora seja bastante discreta. Mas quando estou sozinha e entre quatro paredes assumo totalmente essa condição que me satisfaz intimamente e me realiza como femea, como mulher, seja com homem, seja com mulher.
Mas, gostaria de voltar ao passado e contar como minha mãe, na época com 38 anos, me ensinou, sem querer, a ser uma puta.
Moravamos numa casa simples, de madeira, num bairro aqui em São Paulo. Minha mãe ganhava pouco, como funcionária da Prefeitura e para poder viver um pouco melhor e também me sustentar, pois era mãe solteira e sequer sabia quem era o meu pai, pois sempre teve também uma vida sexual bastante ativa e com vários parceiros, fazia ainda alguns programas. Sempre dava um jeito de sair e me deixar com uma vizinha.
Mas, costumava também receber em casa uma especie de namorado, um amante. Tinham um relacionamento sem qualquer compromisso. Ele era casado, alto, musculoso, mulato, trabalhava como segurança em boates, bem ao gosto da minha mãe. E meu também.
Lá pelos meus treze anos de idade, quando já menstruava, já com algum interesse em sexo, passei a acompanhar mais de perto essas vindas desse amante da minha mãe. Passei a prestar mais atenção nos dois. Na minha frente era o maior respeito. Mas eu via que era só cena, então me recolhia para o meu quarto logo apos o jantar para deixar os dois a sós. Fechava a porta, apagava a luz e ia direto para um buraquinho feito na tábua da parede, que separava o meu quarto do quarto da minha mãe, e esperava os acontecimentos.
As vezes demorava, pois costumavam entrar nas preliminares ou na sala ou na cozinha, e depois quando a coisa esquentava iam para o quarto, onde minha mãe logo trocava a lâmpada comum por uma lâmpada vermelha, dessas de puteiro, para dar um clima melhor para os dois. Eu assistia do buraquinho minha mãe ser fodida por aquele animal musculoso. Segurava a cabeça da minha mãe fazendo com que ela chupasse o pau dele. Trepava nela feito fazendo ela se agarrar com força nas grades da cama, inclusive de quatro.
Fiquei assistindo isso durante um ano, pelo menos, aprendendo a trepar, e morrendo de vontade de estar naquela cama também. Tanto que sempre que podia, principalmente quando minha mãe ia ao banheiro, usava shortinhos curtos e camisetas, sempre descalça, e passava na sua frente tentando seduzi-lo, tentando despertar a sua atenção. Claro que eu sabia que ali, na minha casa, principalmente com a minha mãe presente, eu não poderia sequer sonhar em ser levada para a cama por ele. Se tivesse que acontecer alguma coisa teria que ser em um motel. Eu me exibia, mas não dava moleza. Nunca deixava ele se aproximar, pois não queria ter problemas com a minha mãe que apesar de ser uma mulher de programa gostava muito dele. Se ele se casasse com ela, acredito que ela desistiria inclusive de fazer programas. Mas como ele já era casado, tudo isso ficava no terreno das hipóteses.
De qualquer forma, vi e aprendi como se trepava com os dois.
Aos quinze anos de idade, finalmente, pude realizar o meu sonho, o de rasgar o meu cabaço. Fui para a cama com um motorista de táxi, mulato também, não muito alto, mas em forma fisicamente. A gente já vinha trocando olhares há muito tempo e um dia finalmente ele me abordou e passamos a conversar amenidades. Disse, é claro, que não queria namoro, mas uma amizade mais íntima vinha bem a calhar, com encontros sem compromissos de qualquer um dos dois. Assim, após algumas saídas, cinema de tarde, lanchinhos dentro do carro, e o relacionamento se estreitando.
Numa dessas vezes, quando estavamos fazendo um lanche, tomei a iniciativa, quando estava sendo beijada, de levar minha mão ao pau dele, que estava duro feito pedra e para a minha alegria parecia ser grande, grosso, eu apertei ele com vontade para mostrar que eu estava a fim de te-lo nas mãos, sem uma calça atrapalhando. Queria sentir o seu calor, a sua textura, o seu cheiro, queria acaricia-lo. Ele imediatamente chamou o garçom, pagou a despesa e fomos para um hotelzinho que ele conhecia, onde casais se encontram. Um puteiro enrustido.
Sem vergonha nenhuma, acompanhei ele ao tal hotelzinho, entramos num dos quartos e nos atracamos em cima da cama. As vezes que eu tinha visto minha mãe ser jogada em cima da cama e fodida pelo amante dela me trouxeram pelo menos um conhecimentozinho a respeito de como eu devia me comportar entre quatro paredes.
De repente me livrei dele e comecei a me despir, o que ele também fez. Tão logo ficou completamente nú, vi aquele pau grande, igual ao do amante da minha mãe, eu me agarrei com ele, chupando ele de tudo que foi jeito e maneira. Imaginem uma garota de apenas quinze anos se transformando finalmente, ali, naquele momento, numa puta, numa vagabunda, pois o que eu mais queria era fazer sexo.
De repente, ele se levantou, me deitou na cama e me chupou por inteira, da boca aos pés, parando na minha buceta, chupando meu clitóris, meus lábios vaginais, passando a lingua nela, por inteiro, num vai-vem enlouquecedor. Nesse momento eu disse a ele que era virgem. Antes que ele dissesse alguma coisa eu me adiantei e implorei para que ele me rasgasse, que me tornasse mulher de uma vez por todas.
Como resposta me deu um beijo de língua daqueles de tirar o folego e olhando nos meus olhos me chamou, da maneira mais tarada que eu já vi, de vagabunda, de piranha, o que eu adorei. Disse que não queria me rasgar naquela tarde. Queria apenas brincar, apenas colocar a cabeça do pau na entrada da minha buceta, só para me dar prazer, mas que não iria me comer.
É claro que fiquei estranhando aquela atitude, e comecei a ficar chateada, pois estava preparada para ser rasgada e pelo jeito tudo tinha ido para o "beleleu". Enquanto ele apenas encostava a cabeça do pau na minha entrada, eu resolvi perguntar para ele porque ele tinha decidido fazer isso. Me olhou nos olhos e de repente, numa estocada firme, rápida, sem me dar qualquer chance, me rasgou, me enfiando aquele pau enorme. Só me restou gritar um "ai" e me agarrar nele com força, enquanto ele levemente botava e tirava o pau de dentro de mim.
A essa altura eu só queria que ele completasse o serviço. Pedi a ele que me comesse, que me fodesse, que me fizesse ter o primeiro orgasmo com um macho dentro de mim. Enquanto ele me comia passei também a massagear meu clitóris e o gozo logo veio, intenso, como eu nunca tinha sentido antes. Ele também gozou, mas em cima de mim, me lambuzando toda.
Toda animada com toda aquela porra em cima de mim, espalhei ela pelos seios, pelo rosto, lambuzei o dedo e enfiei na boca, sentindo aquele gosto caracteristico pela primeira vez. Enquanto isso, ele estava se lavando, pois estava com o pau todo melado com vestigíos de sangue da minha buceta.
Fui ao encontro dele, debaixo do chuveiro, onde o lavei e ele a mim, nos abraçamos, nos beijamos, e como não podia deixar de ser me ajoelhei e o chupei mais uma vez, agradecida por tudo que tinha acontecido naquele quarto, principalmente o fato de eu ter tido a minha buceta finalmente inaugurada e pronta para agasalhar todos aqueles que eu viesse a me agradar dali para a frente. Tinha iniciado a minha vida de puta, de vagabunda. Senti isso com o mais gostoso orgulho.
Ficamos trepando ainda por uns dois anos, sem compromisso, sem ciumeiras, apenas, como parceiros de sexo, nada mais.
Enviado ao Te Contos por Angelica
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eduardocantagalo · 15 days
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Passeios Noturnos em Curitiba: O Que Fazer para Aproveitar a Noite
Curitiba é uma cidade que oferece uma vasta gama de opções de lazer noturno, perfeita para quem deseja explorar seus encantos ao anoitecer. Se você está buscando atividades diferentes para fazer à noite, a capital paranaense não decepciona. Além de passeios culturais e históricos, a gastronomia local é um ponto alto para quem deseja uma experiência completa. Se você quer aproveitar sem gastar muito, há ótimas opções de restaurantes Curitiba baratos, ideais para curtir a noite com economia.
As opções não param por aí! Além da gastronomia, Curitiba oferece passeios únicos que a tornam uma cidade imperdível no Brasil. Se já teve boas experiências em passeios noturnos em cidades famosas, você certamente vai gostar das atividades noturnas que a capital paranaense tem a oferecer.
Exploração Cultural Noturna
Curitiba é rica em cultura, e à noite, muitos de seus espaços culturais ganham uma atmosfera diferente. A Ópera de Arame, por exemplo, é um dos pontos turísticos que pode ser visitado à noite, oferecendo espetáculos e uma vista deslumbrante. O Teatro Guaíra é outra opção imperdível para quem deseja assistir a uma peça ou concerto durante a noite.
Para os amantes de história, a Rua XV de Novembro, mais conhecida como Rua das Flores, se ilumina ao cair da noite e proporciona um passeio agradável pelo centro da cidade. Além disso, museus como o Museu Oscar Niemeyer, mesmo que fechados à noite, têm uma arquitetura iluminada que vale a visita.
Gastronomia Local
Curitiba também é conhecida por sua diversidade gastronômica. A noite é o momento ideal para conhecer os sabores da cidade em diferentes bairros, como o Batel e o Largo da Ordem. Provar a gastronomia curitibana é uma maneira de mergulhar ainda mais na cultura local, com opções que vão desde comidas típicas até culinária internacional. Para quem busca uma experiência mais autêntica, os restaurantes que servem o tradicional barreado são imperdíveis.
Outra dica interessante é combinar seu passeio noturno com um roteiro gastronômico, conhecendo restaurantes e bares que são conhecidos por suas inovações culinárias e coquetéis diferenciados.
Locais para Visitar à Noite
Curitiba oferece vários espaços abertos que ficam ainda mais bonitos à noite, como o Jardim Botânico, que mesmo fechado para visitação após o entardecer, pode ser admirado iluminado, proporcionando uma vista única. O Parque Barigui também é uma ótima opção para um passeio noturno mais tranquilo, sendo comum ver pessoas caminhando ou correndo, aproveitando o clima agradável da cidade.
Se você está planejando um roteiro de final de semana em Curitiba, inclua na sua lista alguns dos bares e casas noturnas que estão sempre movimentados nos finais de semana. A vida noturna de Curitiba é vibrante e diversificada, com opções para todos os gostos, desde pubs descontraídos até baladas sofisticadas.
Dicas de Hospedagem
Ao explorar Curitiba à noite, é essencial ter um bom local para descansar após um dia cheio de atividades. A boa notícia é que a cidade possui várias opções de hotéis de qualidade com preços acessíveis, oferecendo conforto sem comprometer o orçamento. Muitas dessas opções estão bem localizadas, facilitando o acesso aos principais pontos turísticos e restaurantes da cidade.
Para quem gosta de aproveitar ao máximo a noite, hospedar-se no Batel pode ser uma excelente escolha, pois essa região oferece várias opções de bares e restaurantes, tudo ao seu redor.
Experiências Únicas
Curitiba à noite oferece experiências únicas e memoráveis para todos os gostos. Quer esteja procurando um passeio cultural, uma boa refeição ou uma noite animada em um dos bares da cidade, a capital do Paraná oferece de tudo. Não deixe de explorar seus pontos turísticos iluminados e aproveitar a vibração única da cidade ao anoitecer.
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ambientalmercantil · 24 days
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reinato · 2 months
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Devocional diário
Vislumbres da Eternidade - Víctor Armenteros
Os de “baixo” e os de “cima”
Somente recomendaram que nos lembrássemos dos pobres, o que também me esforcei por fazer. Gálatas 2:10
Conheci certa igreja na periferia da cidade argentina de Santa Fé, uma área muito pobre, de muita delinquência e marginalidade. A igreja havia sido assaltada sete vezes e até houve uma ameaça de incêndio. Convidaram-me para pregar e, de coração aberto, fui. O edifício não se destacava em relação às casas ao redor: muros sem reboco, grades nas janelas e umidade nas paredes. Tive uma imagem bem diferente quando comecei a falar com os irmãos da igreja. Eram indivíduos com garra, resilientes e alegres, gente de bem que tinha ido até onde as pessoas precisavam deles. Admirável!
É comum as igrejas fazerem ações solidárias em bairros carentes. Contudo, somente isso não é o bastante. As pessoas necessitadas costumam continuar necessitadas no dia seguinte ao dos nossos donativos. Devemos pensar mais continuamente nos pobres, nos marginalizados, nos perdidos, pois essa é a função essencial do cristianismo. A igreja deve sair da calçada da comodidade e se instalar onde sua influência benfeitora é necessária.
No entanto, não são apenas os maiso desfavorecidos e os mais simples que precisam do evangelho. Certa vez, participei de um congresso com muitos intelectuais, repleto de temas profundos e gente de alto nível social. A certa altura, meu companheiro de atividades, um erudito de uma denominação bem diferente da minha, abriu seu coração. Eu o ouvi falar de sua solidão, de suas dúvidas, de suas pressões sociais. Depois, foi minha vez de falar. Também abri o coração e falei das minhas lutas espirituais, de como voltei para Deus e como procurava conciliar a fé com a razão. Éramos acadêmicos com necessidades universais, porque as pessoas cultas também têm carências.
O evangelho precisa ser levado igualmente aos que estão “em cima”. Entre essas pessoas, também há muita gente em dor e solidão, em conflitos existenciais terríveis. A igreja deve sair da calçada da camuflagem e expor, também a essa classe, a transcendência de sua mensagem.
O evangelho é para todos, independentemente de classe social ou nível de escolaridade. Portanto, peçamos a Deus sabedoria para alcançar, da melhor forma possível, aqueles que necessitam do evangelho – onde quer que estejam.
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ninabees · 4 months
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apresentando rachel baek. a estudante de medicina de vinte e quatro anos é do signo de aquário e se considera bissexual. dizem que ela parece muito com a jennie kim, mas são só boatos.
pinterest.
atualmente está indisponível para novos plots.
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𝐌𝐄𝐄𝐓 𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐔𝐒𝐄
criada apenas pela mãe, que a teve aos vinte anos, rachel sempre a viu batalhar para que elas pudessem viver com dignidade. a matriarca sempre trabalhou como doméstica, apenas para por comida na mesa, mesmo que fosse apenas para a única filha. e bem, depois de certo tempo, acabou vendo que aquele tipo de negócio poderia ser muito rentável, se administrado de forma correta. com anos de batalha, michelle abriu sua própria empresa de limpeza. começou pequeno, mas logo conseguiu se estabelecer melhor no mercado e podia, agora, dar uma vida melhor para rachel. a partir desse momento, rachel começou a ter coisas para si. não usava mais roupas usadas e nem passava por necessidades, podendo por vezes se dar ao luxo de ter as coisas que queria, agora que a mãe tinha condições. com a melhora de vida, foi natural para elas se mudarem da cidade onde viviam para um local mais seguro, sendo um subúrbio escolhido por michelle e apoiado por rachel. e de uma garota que passava necessidade, rachel passou a ser uma garota mais “comum”. não eram as mais ricas do bairro, mas também não eram as mais pobres. tinha um grupo relativamente volumoso de amigos e vez ou outra tinha a liberdade de sair para ser uma simples adolescente. sempre uma aluna aplicada, com a melhora de condições, rachel podia enfim escolher a faculdade que queria sem se preocupar realmente com custos ou em fazer empréstimos estudantis. apaixonada por cuidar dos outros e por crianças, o caminho para a medicina foi natural, quase como se ela tivesse sido feito para aquilo. não tinha o que reclamar, já que conseguia tirar boas notas - a não ser, claro, o fato de que agora vivia mais cansada e com mais saudade de casa e de sua mãe. mas sabia, também, que tudo aquilo seria temporário em prol de uma vida boa e, quem sabe, feliz. rachel é uma pessoa muito tranquila, quase good vibes. uma jovem comum, que curte praia, sair com os amigos e ficar em casa maratonando as mesmas séries de sempre (hello, friends!). vive cansada da faculdade, com tantas provas e práticas para fazer, mas tenta levar as coisas da melhor forma possível, com seu alto astral.
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𝐏𝐋𝐎𝐓 𝐈𝐃𝐄𝐀𝐒
(f/m): someone please give me a plot with a frat boy who’s like every normal frat boy. he drinks too much, he parties, and he sleeps with random girls but everything changes when he’s around the girl from back home. the girl that really matters to him. he doesn’t want to admit that he likes her a lot but, that’s what it comes down to when one of the guys in his frat house wants to hook up with her and she’s perfectly willing.
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luiscarmelo · 5 months
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Este Sábado, dia 4 de Maio, pelas 16h00, a Casa do Comum do Bairro Alto vai acolher uma homenagem a Luís Carmelo (1954-2023). Serão lançados dois novos livros do autor, no momento em que passa um ano do seu desaparecimento. Acabam de chegar às livrarias, pela mão da Guerra e Paz Editores, dois livros: o inédito Talvez o Ciclone (2024) e a reedição de E Deus Pegou-me Pela Cintura (2007).
Apresentação:
Cláudia Sousa Pereira
João M. Nogueira
Teresa Maia Carmo
Casa do Comum do Bairro Alto (CCBA)
Rua da Rosa, 285, 1200-385 Lisboa
Sábado, 4 de Maio de 2024, 16h00
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naoedicoes · 5 months
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Colecção Mutatis-mutandis, # 26
Obrigado a todas as pessoas que participaram no lançamento de ONDA DESOBEDIENTE, livro de poesia de Álvaro Seiça com desenhos/pinturas de Yannis Kotinopoulos.
Fica também um agradecimento especial à Casa do Comum do Bairro Alto - Ler Devagar pelo acolhimento. https://livrosnaoedicoes.tumblr.com/post/748093691763245057/colecção-mutatis-mutandis-26-onda
O livro está disponível através de pedidos via [email protected]; Chegará também às livrarias habituais na próxima semana /// https://naoedicoes.tumblr.com/livrarias
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pacosemnoticias · 7 months
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Moradores e comerciantes do Bairro Alto exigem mais fiscalização à animação noturna em Lisboa
Local de referência da noite lisboeta, o Bairro Alto enfrenta um agravamento dos problemas associados à animação noturna, o que preocupa moradores e comerciantes, que reclamam mais fiscalização e questionam as propostas da câmara.
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A venda e consumo de “muito álcool” é uma preocupação comum a moradores e comerciantes do Bairro Alto, na freguesia da Misericórdia, que se queixam da falta de fiscalização, sobretudo ao consumo na via pública, e alertam para a existência de estabelecimentos a funcionar como bares, mas com licenças para casas de chá.
Isto acontece porque o Plano de Urbanização do Bairro Alto e da Bica proíbe a abertura de novos bares.
Por proposta da Câmara Municipal de Lisboa (CML), liderada por Carlos Moedas (PSD), encontram-se em processo de consulta pública, até 01 de abril, novas medidas para “garantir equilíbrio entre o direito ao descanso e a atividade económica noturna”.
A proibição de venda de bebidas alcoólicas para o exterior a partir da 01:00 no Bairro Alto, Bica, Cais do Sodré e Santos é uma das propostas, assim como a obrigatoriedade de todos os estabelecimentos que não cumpram as exigências para funcionar até às 23:00 terem de fechar a essa hora.
Pelas ruas estreitas do Bairro Alto, o presidente da Associação de Moradores da Freguesia da Misericórdia, Luís Paisana, conta à Lusa que viveu quase 18 anos no bairro, mas há quatro decidiu morar noutro sítio “porque não conseguia dormir”.
Segundo o representante dos moradores, que vai ao bairro quase todos os dias, os problemas relacionados com a animação noturna agravaram-se após a covid-19, “com cada vez mais bares, cada vez mais ruído, mais situações em que é impossível as pessoas viverem de uma forma equilibrada”.
Quanto às propostas da CML, Luís Paisana diz que os moradores estão “um pouco céticos sobre mais uma situação que se pretende melhorar e que, depois, na prática, ou agrava ou fica tudo mesma”.
Entre as medidas apresentadas, diz que a proibição de venda de álcool para a via pública a partir das 01:00 “peca por tardia”, reclama que a fiscalização “não atua como devia” e defende que a lei do licenciamento zero, que facilita a abertura de estabelecimentos, “devia ser limitada ou proibida”.
Nascido e criado no Bairro Alto, Filipe Santiago Dominguêz, de 55 anos, resiste na zona, mas já pensou ir embora, até porque tem dois filhos pequenos.
Para este morador, tanto a CML como a Junta da Misericórdia podiam ter “mais ação” para equilibrar o direito ao descanso dos moradores e a animação noturna.
As propostas que estão em consulta pública “não vão alterar muito o que sucede atualmente”, considera, queixando-se do ruído noturno e do “monopólio” dos comerciantes, que fazem prevalecer os seus interesses.
“Consigo estar aqui e ouço o barulho do bar lá ao fundo […] a batida ouve-se a mais de 100 metros de distância”, indica.
Lembrando que os moradores têm o poder eleitoral, o morador nota “uma certa ação da Junta de Freguesia, que não havia antes” e mudanças a nível da atuação da câmara desde a eleição de Carlos Moedas.
A viver sozinha na Rua da Atalaia, uma das artérias mais movimentadas durante a noite no Bairro Alto, Albina Lobo, de 96 anos, confirma as dificuldades em conseguir descansar: “A gente quer dormir e não pode”.
“À noite é uma desgraça”, desabafa, explicando que a situação se repete “todos os dias” e que são cada vez mais os moradores a saírem do bairro, o que não faz por não ter para onde ir.
A cerca de 50 metros de distância, na Rua da Barroca, Ivone Simão, de 85 anos, moradora no Bairro Alto há quase 30, diz que a situação já foi “muito pior”. Atualmente, tem vidros duplos nas janelas de casa e “tolera” o ruído.
Afirmando que um dos problemas que se mantém é a falta de segurança, a moradora diz ter “muito medo” de sair de casa à noite e reclama “mais policiamento e mais fiscalização”.
Numa resposta por escrito, a associação de moradores Aqui Mora Gente diz que “as regras existem, o que não existe é fiscalização adequada”, por isso, “ao invés de novas regras sem sentido, a CML deveria focar-se em criar um manual de boas práticas de fiscalização e formar os seus serviços e agentes municipais nessa matéria”.
Como medidas que “parecem positivas”, a associação destaca que “todos os estabelecimentos abertos como casas de chá, barbearias, galerias - e que mais não são que bares de venda de álcool - passam a ter o horário de casas de chá, barbearias e galerias”.
Excetuando “duas ou três” medidas, “tudo o resto é uma amálgama de regras mal redigidas, ambíguas, algumas não fazendo mesmo sentido, outras estabelecendo regras, mas logo oferecendo a possibilidade de as ultrapassar, que não irão contribuir em nada, antes pelo contrário, para a resolução dos graves problemas de ruído, segurança, insalubridade, lixo, vandalismo, criminalidade que a cidade enfrenta e que tem levado à saída de milhares de moradores”, perspetiva a associação, acrescentado que Lisboa não pode ter “freguesias inteiras entregues à venda de álcool barato para a via pública, com todas as consequências nefastas que isso traz”.
Defendendo que o direito ao descanso “é intocável”, o presidente da Associação de Comerciantes do Bairro Alto, Hilário Castro, assegura que cerca de 80% dos estabelecimentos cumpre essa responsabilidade e critica a existência de “cervejeiras a patrocinar todo este ambiente porque, quanto mais venderem, melhor”.
Ressalvando que “o consumo na via pública muitas das vezes é feito por pessoas que trazem a bebida de casa, das lojas, dos minimercados”, Hilário Castro queixa-se ainda que, após o encerramento dos estabelecimentos, ninguém fiscaliza ou controla as ruas.
Sobre as propostas direcionadas para o Bairro Alto, o representante sublinha que “todas as medidas discriminatórias que venham a ser específicas para este local da cidade não são compreensíveis”, lamentando que os comerciantes sejam “vítimas de medidas que, depois, não são acompanhadas e não são fiscalizadas”.
“Temos vindo a verificar, nos últimos tempos, uma mudança para o comércio de bebidas. Isso em nada ajuda e em nada favorece todo o ambiente comercial nas zonas históricas e isto é da responsabilidade da CML porque estamos a falar de licenciamento”, alerta.
Proprietário da Ginjinha das Gáveas, no Bairro Alto, António Esteves compreende as propostas da CML, mas prevê que vai ser “mau para o comércio”, sobretudo a proibição da venda de bebidas para o exterior a partir da 01:00 “porque, à hora que querem fechar o consumo de copo na rua, é quando o pessoal trabalha melhor”.
“Como é que a gente pode controlar um cliente que vai para a rua beber o seu copo?”, questiona, recordando que a proposta inicial era proibir a venda de bebidas para o exterior a partir das 23:00, o que levaria “a maioria” dos comerciantes para o desemprego: “Se for à 01:00, ainda há uma esperançazinha”.
O comerciante constata ainda que, agora, 70% dos moradores são turistas e 30% portugueses, lembra que “antigamente já havia barulho no Bairro Alto” e sugere “um melhor policiamento” após o encerramento dos estabelecimentos.
Em resposta à agência Lusa, a CML informa que a Misericórdia é a freguesia que teve mais fiscalização por ruído entre 2019 e 2023, com um total de 1.211 ações, numa média de 20 por mês, e houve um total de 281 autos de contraordenação.
A alteração ao Regulamento de Horários de Funcionamento dos Estabelecimentos de Venda ao Público e de Prestação de Serviços no Concelho de Lisboa, aplicado desde 2016, é outra das propostas da CML, sugerindo que os estabelecimentos equiparados a lojas de conveniência e que vendam bebidas alcoólicas têm de encerrar às 22:00 e que os horários de funcionamento das esplanadas passam a ser diferenciados dos estabelecimentos, tendo como limite as 24:00.
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