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#Preservação Cultural
revista-amazonia · 2 months
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Avanço Histórico: MEC Intensifica Debate sobre Criação da Primeira Universidade Indígena no Brasil
O debate sobre a criação de uma Universidade Indígena no Brasil avança com significativos desenvolvimentos liderados pelo Ministério da Educação (MEC). Este projeto, que está sendo discutido em várias esferas do governo e da sociedade, representa um marco histórico para os povos originários, oferecendo uma plataforma que combina educação superior com a preservação e valorização das culturas…
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antonioarchangelo · 6 months
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Explorando o Multilinguismo no Brasil: O Olhar das Línguas Indígenas
Bem-vindos ao Portal Archa! Neste conteúdo, vamos explorar o fascinante mundo do multilinguismo no Brasil, sob o olhar das línguas indígenas. Vamos mergulhar na riqueza linguística e cultural do nosso país, destacando a importância das línguas indígenas e refletindo sobre o seu papel na construção da identidade nacional. Fonte: https://mirim.org/pt-br/lingua O Brasil é um país conhecido por sua…
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rtrevisan · 2 years
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O que é a Carta de Veneza
A Carta de Veneza é um documento internacionalmente convencionado para a conservação do patrimônio material de bens culturais. Seu nome oficial é Carta Internacional para a Conservação e Restauro de Monumentos, e resulta do II Congresso Internacional de Arquitetos e Técnicos de Monumentos Históricos, realizado em Veneza, Itália, em 1964. A convenção estabelecida na Carta de Veneza é reconhecida…
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ddb-celiapalma · 9 months
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Canto a Vozes de Mulheres
Poéticas do Canto Polifónico
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(documentário, 2019)
“Canto a vozes de mulheres” designação criada numa sessão plenária no dia 1 de março de 2020 por cerca de 360 cantadeiras para referir uma expressão vocal coletiva, com três ou mais vozes polifónicas sem acompanhamento instrumental, mantida viva por mulheres, por vezes com o apoio de homens nas vozes mais graves, ao longo de sucessivas gerações, em comunidades do centro e norte de Portugal continental. Nas comunidades onde se faz cantar e ouvir, o canto a vozes de mulheres tem designações distintas, sendo conhecido como cantada, cantaraço, cantaréu, cantarola, cantarolo, cantedo, cantiga, cantiga em lote, cantoria, cramol, moda, modas de campo, ou terno.
Este tipo de canto é considerado dos mais raros e únicos na Europa.
No século XXI, o canto a vozes de mulheres vincula as cantadeiras e os cantadores na salvaguarda do saber fazer tradicional, na coesão das comunidades em que se inserem e na desocultação do papel das mulheres nos processos e práticas culturais, nomeadamente ao atualizar o conhecimento e memória coletivos no espaço público das suas comunidades.
Desde o início do século XX, foi extensamente documentado nas coleções de transcrições musicais e registos sonoros de folcloristas, etnógrafos, coletores e músicos como Gonçalo Sampaio, Armando Leça, Vergílio Pereira, Artur Santos, Michel Giacometti, Fernando Lopes-Graça, José Alberto Sardinha e Tiago Pereira.
Canto a Vozes de Mulheres entrou na lista do Património Cultural Imaterial português
(dezembro 2023)
"É um património riquíssimo, que não é divulgado, a maior parte dos portugueses não o conhece e ele é muito extenso e faz parte da nossa identidade enquanto povo e especificamente enquanto mulheres", defende a vice-presidente da Associação de Canto a Vozes - Fala de Mulheres, Margarida Antunes, que define este canto de trabalho, "que passa de forma oral, de mãe para filhas e netas", como um canto de superação, "um canto de liberdade".
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O Canto a Vozes de Mulheres, "não é exclusivo de mulheres, é inclusivo, há homens, mas é um tipo de canto que começou nos trabalhos agrícolas, que era essencialmente realizado por mulheres".
O canto "era usado para aliviarem o trabalho e as dores do trabalho, para estimularem outras mulheres, para se incentivarem e desafiarem, no fundo, era um canto libertador".
Estes cantos de mulheres tiveram um papel central na sociedade rural agro-pastoril durante séculos, até aos anos 80 e 90, do século XX: faziam-se ouvir no trabalho agrícola coletivo, das sementeiras às colheitas, na apanha da azeitona, na limpeza e preservação das florestas e nas festas e rituais religiosos como a “Encomendação das Almas”. O progressivo desaparecimento desses contextos performativos conduziu ao progressivo silenciamento do canto a vozes de mulheres.
"As mulheres viviam fechadas nos trabalhos domésticos e a cuidar dos filhos e depois na agricultura e era lá que soltavam o canto e se expressavam". Era um canto de liberdade.
O Grupo de Cantares de Manhouce, em São Pedro do Sul, distrito de Viseu, é dos grupos mais conhecidos graças ao trabalho da Isabel Silvestre.
O trabalho de Isabel Silvestre parte da ideia de registar o canto de Manhouce e das terras da sua infância. Cantora que co-fundou em 1978 o Grupo de Cantares e Trajes de Manhouce.
fonte: https://www.publico.pt/2023/12/14/culturaipsilon/noticia/canto-vozes-mulheres-entrou-lista-patrimonio-cultural-imaterial-portugues-2073757
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pedrocaspn · 1 month
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Pessoas estão sendo presas no Reino Unido por planejarem ou serem suspeitas de planejar uma manifestação pelos direitos humanos, liberdade civil e preservação cultural.
(People are being arrested in the UK for planning or suspected of planning a rally for human rights and civil liberty and cultural preservation)
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maryflorlovyblog · 1 year
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O dia dos Povos Indígenas é celebrado em 19 de abril, sendo uma data de grande importância porque celebra a diversidade cultural dos povos indígenas no Brasil, além de contribuir para a preservação da cultura e da história desses povos. Essa data serve ainda como momento de reflexão sobre a luta contra o preconceito contra os indígenas e pela manutenção de seus direitos. O Dia dos Povos Indígenas é uma data comemorativa criada durante o Estado Novo, em 1943, com o nome de Dia do Índio. A alteração no nome aconteceu por meio de uma lei sancionada em 2022. A criação dessa data se deu por conta de uma orientação de um evento que aconteceu em defesa dos povos indígenas no México, em 1940.
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projeto-potiguara · 25 days
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Alguns fatos sobre a escritora :
Ela concluiu a graduação e a licenciatura em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e foi professora por quase 20 anos na rede municipal.
Potiguara foi nomeada uma das “Dez Mulheres do Ano de 1988”, pelo Conselho das Mulheres do Brasil, por ter criado a primeira organização de mulheres indígenas no Brasil: GRUMIN (Grupo Mulher-Educação Indígena), e por ter trabalhado pela Educação e integração da mulher indígena no processo social, político e econômico no país e trabalhado na elaboração da Constituição Brasileira.
Eliane Potiguara é muito mais do que uma escritora talentosa; ela é uma voz poderosa que tem dedicado sua vida à promoção da justiça social, da preservação cultural e da igualdade de direitos para os povos indígenas do Brasil. Sua jornada inspiradora e suas contribuições significativas para a literatura e o ativismo deixam um impacto duradouro, lembrando-nos da importância de ouvir e valorizar as vozes indígenas em nossa sociedade.
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fonte : urfb.edu.br
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beatrizog0306 · 1 month
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Dança Potiguara
Hoje eu quero levar vocês a uma viagem fascinante, mais especificamente para a Aldeia Potiguara! Localizada no litoral da Paraíba, é um lugar rico em histórias e tradições. Uma das tradições conhecidas no mundo todo é a dança, que é uma forma de expressão onde os indígenas também se expressam através dela, e vai muito além de ritmo e passos.
A Aldeia Potiguara: Um Patrimônio Vivo
A Aldeia Potiguara é uma comunidade indígena que carrega um patrimônio cultural muito grande. Os Potiguara são conhecidos por sua ligação profunda com a terra, suas tradições e suas práticas tradicionais. Entre essas práticas, a dança é um papel essencial, funcionando como uma forma de contar histórias, celebrar rituais e manter viva a tradição cultural do povo.
A Dança: Mais do que Movimento
Para os Potiguara, a dança não é apenas um meio de entretenimento, ela é uma expressão espiritual e cultural. Cada passo, movimento e gesto têm um significado, muitas vezes relacionado a histórias, lendas ou elementos da vida cotidiana. A dança é uma maneira de se conectar com os ancestrais e com a natureza ao redor, criando uma conexão entre o passado e o presente.
Os dançarinos vestem trajes tradicionais que são verdadeiras obras de arte, feitos com materiais naturais que simbolizam diferentes aspectos da vida e da espiritualidade Potiguara. As danças são geralmente acompanhadas por músicas tradicionais, tocadas com instrumentos que também têm um significado especial dentro da cultura indígena.
Rituais e Festividades com dança:
Na Aldeia Potiguara, a dança está ligada a várias festividades. Uma das ocasiões mais tradicionais é o Cajueiro, uma celebração que homenageia a árvore de caju, essencial para a sustentação e conhecimento da comunidade. Durante este festival, os Potiguara realizam danças que expressam admiração à natureza, além de contar histórias sobre a importância do caju para o povo. Outro exemplo é a Festa do Milho, onde a dança é usada para celebrar e agradecer aos ancestrais que garantem a prosperidade da agricultura. Nesses eventos, a dança torna-se uma forma de agradecimento e uma maneira de garantir boas colheitas para o futuro.
A Dança como Testemunha da Identidade
A dança indígena da Aldeia Potiguara é muito mais do que uma apresentação artística, ela é um testemunho vivo da identidade e da manifestação cultural. Ao valorizar a preservação dessas tradições, não apenas respeitamos a cultura Potiguara, mas também apoiamos a diversidade cultural global. Então, ao deparar-se com uma dança indígena, lembre-se de que está assistindo a uma parte fundamental de uma história muito maior, uma história que merece ser reconhecida e celebrada.
Até a próxima, e continue explorando as maravilhas da cultura e da tradição!
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mechamedealeisharoiz · 3 months
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Motivos para se falar de teatro na internet
1. Influenciar Crianças e Adolescentes: Divulgar trabalhos teatrais na internet pode inspirar os mais jovens a se interessarem por artes. Quando expostos ao teatro desde cedo, desenvolvem um maior potencial criativo ao longo da vida.
2. Promover a Cultura e as Artes: A divulgação online do teatro também ajuda a promover a importância da cultura, das artes visuais, da música e da dança como formas essenciais de expressão humana.
3. Valorizar a Cultura Nacional: É fundamental destacar a riqueza da cultura brasileira. Nosso país possui uma vasta diversidade cultural que merece ser mais valorizada e mais conhecida.
4. Acessibilidade ao Teatro: Muitas pessoas não frequentam o teatro devido a recursos limitados, falta de inclusão e valores financeiros altos. Porém, divulgar mais trabalhos teatrais na internet torna o teatro mais acessível a todos.
5. Atrair a Atenção da Mídia e Influenciadores: A presença online do teatro pode chamar a atenção da mídia, da televisão ou de canais com influência, proporcionando suporte essencial para companhias e grupos teatrais locais em seus projetos e montagens.
6. Democratizar a Cultura: A internet possibilita a democratização da cultura, priorizando criações brasileiras, a literatura nacional, histórias locais e tradições.
7. Valorização do Folclore Brasileiro: Divulgar peças teatrais baseadas no folclore brasileiro contribui para a preservação e valorização de nossa rica cultura popular.
8. Crescimento Pessoal e Exercício Mental: O teatro promove o crescimento pessoal, exercitando o corpo e o raciocínio lógico, além de desenvolver habilidades como empatia e trabalho em equipe.
9. Terapia Artística: Participar de atividades teatrais também servem como uma forma de terapia, permitindo que pessoas de todas as idades explorem e desenvolvam seus potenciais mentais e artísticos.
10. Contar Histórias Inspiradoras: O teatro é uma poderosa ferramenta para criar e contar histórias importantes e inspiradoras, que podem impactar positivamente a vida de muitas pessoas.
11. Cuidado com a Saúde: Praticar teatro envolve trabalhar o corpo e a voz, contribuindo para a saúde física e mental.
12. Redescoberta e Reinvenção: A divulgação de trabalhos teatrais incentiva a contínua reinvenção e redescoberta artística, mantendo a arte viva e dinâmica.
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costaeira · 1 year
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EXPOSIÇÃO DO ARTISTA GILDECIO COSTAEIRA NO 8° ENCONTRO CULTURAL 2023, DENTRO DA PROGRAMAÇÃO DOS 143 ANOS DA CIDADE DE LAGARTO 🦎 SERGIPE - PRAÇA DO ROSÁRIO.
Obrigado a todos que fazem esse belíssimo evento em especial
.Nome da Exposição:
*A sobrevivência dos Seres na Terra*
Artista: *Gildecio Costaeira*
Comemorando 30 anos de Artes Plásticas pelo Brasil e pelo mundo representando Sergipe nas principais cidades Brasileiras tendo passagens por São Paulo-SP, Salvador-BA, Rio de Janeiro-RJ, Brasília-DF, Pelotas-RS, Poços de Caldas-MG, Aracaju-SE entre outras suas obras chegaram até USA, Itália, Uruguay e Áustria...
Tema e Obras:
Está exposição é aberta com 15 obras , todas ligadas a espécies vivas e em extinção na terra, estás obras são todas sobre preservação, adaptação e mutação do passado e do futuro....
Data: 21 de abril
As: 17:00 horas
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#artprimitivanatural #costaeira
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#gildeciocostaeira #prefeituradelagarto
#secretariadecultura #funarte #brasil
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theselection-rp · 1 year
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É com grande prazer que damos as boas vindas à WILHELM LUDVIG MCCOY, de 28 ANOS. As fofocas dizem que ele se parece muito com PAUL MESCAL, mas ele é apenas o PRÍNCIPE vindo de NOVA IRLANDA. Seja muito bem vindo, WILLYS.
Príncipe Wilhelm, conhecido carinhosamente como Willys, é o herdeiro da realeza da Nova Irlanda, um reino situado em terras repletas de encantos e tradições. Nascido em uma família de sete irmãos, Wilhelm cresceu cercado de amor. Sua vida foi permeada por uma série de experiências marcantes, desde suas aventuras exploratórias ao redor do mundo até seus encontros com diversas culturas e línguas.
Apesar de ser destinado a uma vida de luxo e privilégios, Wilhelm mantém princípios sólidos que o definem. Ele valoriza a liberdade, a amizade e a autenticidade, enxergando além das convenções da realeza. Sua personalidade cativante e charmosa é apenas um aspecto divertido de sua natureza, e ele a utiliza como uma forma de conectar-se com as pessoas ao seu redor. Embora aprecie a vida de luxo que lhe é proporcionada, Wilhelm é consciente das responsabilidades que acompanham sua posição e busca equilibrar a tradição com seu desejo por aventuras e descobertas. Mesmo com o seu casamento marcado para uma herdeira de outro país.
O seu convite, além de ser uma decisão estratégica da família de Wilhelm, é a antiga amizade com o príncipe Alarik. Sua inclusão visa estreitar os laços com a família de Illéa com base nessa amizade, buscando fortalecer alianças políticas e econômicas entre os reinos. Além disso, a participação de Wilhelm é vista como uma oportunidade para mostrar a Nova Irlanda ao mundo e promover sua cultura rica e tradições encantadoras. A família McCoy acredita que, por meio da participação na Seleção, eles podem abrir portas para futuras parcerias e desenvolvimentos favoráveis para ambas as nações.
Wilhelm, por outro lado, encara a participação na Seleção como uma oportunidade emocionante. Ele é a favor dessa experiência, pois vê nela a chance de conhecer e interagir com jovens de diversos lugares, compartilhando suas histórias e perspectivas únicas. Embora tenha apreço por sua vida de luxo e privilégios, Wilhelm também sente uma inquietação dentro de si, uma curiosidade insaciável que o impulsiona a explorar além das fronteiras de seu reino. Participar da Seleção é uma maneira de satisfazer essa sede por novas experiências e, ao mesmo tempo, representar a Nova Irlanda com orgulho e respeito.
Nova Irlanda, um reino repleto de paisagens deslumbrantes e rica herança cultural, é conhecida por sua dedicação à preservação da natureza e à harmonia com o ambiente. As colinas verdejantes e os lagos serenos são testemunhas da beleza que permeia o país. Sua população calorosa e acolhedora é conhecida por celebrar festivais tradicionais e honrar as tradições ancestrais. O país e seu povo orgulham-se de suas lendas e mitos antigos, que são transmitidos de geração em geração, mantendo vivo o espírito único da nação.
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pearcaico · 2 years
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Monumento Ícaro da Praça Dezessete - Década de 1940.
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Uma escultura pouco conhecida com uma história fascinante que daria um filme. Assim é o Monumento aos Aviadores Gago Coutinho e Sacadura Cabral, localizado na Praça 17, no bairro de Santo Antônio, Centro do Recife, que ganhou do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC) parecer favorável ao tombamento.
A solicitação foi apresentada, em 2014, pela Comunidade Portuguesa em Pernambuco (CCPP) com o intuito de reconhecer a importância histórico-cultural do monumento que marca a bravura e o ineditismo da viagem empreendida pelos lusitanos Cabral e Coutinho que, em 1922, realizaram a primeira travessia aérea do Atlântico Sul e, num local próximo onde fica atualmente a Praça 17, amerissou no rio Capibaribe o hidroavião monomotor Santa Cruz completando a ligação entre Portugal e o Brasil.
Vale ressaltar que o ponto de chegada dos aviadores já tem grande importância para a história da Cidade. Lá Dom Pedro II e família desembarcaram em visita ao Estado, em 1859. Após esse episódio, o Cais do Ramos, do Colégio (pois ficava próximo ao colégio dos jesuítas) ou 22 de Novembro, foi reformado e rebatizado como Cais do Imperador.
O monumento, concluído em 1927, foi uma doação da CCPP à Cidade. Obra de Santos e Simões Estatuários, foi construído com peças de cantaria esculpidas em pedra lioz e tem no alto uma escultura em bronze representando o personagem mitológico Ícaro, símbolo do desejo humano de voar.
"No nosso parecer colocamos algumas recomendações. Uma delas é a conexão com os outros monumentos daquela área", lembrou a conselheira e relatora do processo, Ana Júlia de Souza Melo. "Além do fato histórico, há a contribuição cultural e o próprio monumento, que é de art déco e passa a integrar o roteiro turístico de Pernambuco.”
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blogdojuanesteves · 2 years
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FOTOGRAFIAS DESERDADAS > Rubens Fernandes Junior
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Em uma era em que a reprodutibilidade da imagem é intensa e o pensamento da fotografia é moderado, para não dizer muito brando, Fotografias Deserdadas (Tempo D'Imagem, 2022), livro do professor, pesquisador e curador paulista Rubens Fernandes Junior coloca-nos diante de algumas questões, como a possível razão para uma produção tão exagerada, quase sempre "dispensável" para maioria absoluta da crítica, e quais os quesitos que conferem alguma importância a uma imagem. O que é possível sobreviver em um mundo onde o descarte imagético é mais prolífico do que as seleções mais criteriosas da fotografia? 
Fernandes Junior é um colecionador não somente de imagens de consagrados autores, que podemos ver no livro Percursos e Afetos Fotografias, 1928-2011 (Pinacoteca do Estado, 2011) e também de coisas mais simples, mas interessantes, que encontramos em Papéis Efêmeros da Fotografia (Tempo D'Imagem, 2015) [ leia aqui review https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/118798545271/papeis-efemeros-da-fotografia-rubens-fernandes ]. Em seu novo livro ele trata de uma grande série de fotografias raramente identificadas e em sua maioria circunstanciais. Como ele mesmo explica nesse apanhado reservado para a publicação oriundo de décadas de dedicada coleta a satisfazer sua curiosidade incansável por esta mídia prestes a completar 200 anos. A ideia do "anônimo" acima de tudo lhe atrai: "Todo o conjunto de dados, ou melhor a falta deles, foi o atrator estranho que despertou em mim o desejo de adquirir e preservar estas fotografias..."
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Em Fotografias deserdadas, encontramos imagens vindas de sebos, feirinhas bric-à-brac e mercados de antiguidades, "Tudo aquilo que teve seu fim determinado por aqueles que, em tese, eram seus proprietários." escreve o pesquisador sobre uma parcela ínfima de sua grande coleção, embora de relevância pelo resumo de um olhar arguto construído em algumas décadas de estudo, pesquisas e no exercício curatorial. Pequenos portfólios divididos em 13 capítulos acompanhados de importantes considerações na discussão sobre o que é e o que não é uma imagem que vale a pena ver, discutir e acima de tudo a ideia da sua preservação.
Sobre a "Paisagem" Fernandes Junior nos explica que este recorte sempre foi uma tradição das artes visuais. A ideia da provocação da percepção do leitor inclui detalhes - que até mesmo podemos anexar a outros segmentos- como a escala, volumetria, ponto de vista entre outras categorias espaciais. Ele define seu conjunto como a representação de "experiências reconhecidamente advindas de convenções pictóricas e literárias."
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No entanto, continua o autor, "são fotografias produzidas despretensiosamente, que agora, inseridas em novo contexto de leitura, clamam por nossa atenção. Exigem uma imersão com outra densidade cultural. Tudo isso para melhor adentrar essa aventura de desvendar o enigma que cada uma delas insinua, abala e desequilibra nossas crenças." Sua proposta é que ainda é possível interpretar o reconhecimento ou o estranhamento que emerge, atiçando a memória a surpreender a nossa sensibilidade. Certamente o que nos leva a pensar como um gênero tão primordial ainda sustenta-se no turbilhão de bilhões de imagens aleatórias produzidas e como o meio reinventa-se sistematicamente em um desafio constante.
Em "Estúdios e Cenários" o autor  descola o eixo dos personagens para ênfase do ambiente do estúdio fotográfico e seus cenários. "É interessante aprofundar o olhar nesses cenários e refletir um pouco sobre o repertório de imagens que, acrescidas à fotografia, cria situações que muitas vezes beiram o absurdo. Colunas tridimensionais, pinturas de florestas, paisagens, escadas, rios e lagos, vasos com flores (artificiais?) são parte desse imaginário universal do fotógrafo retratista."
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A prática social, particularmente na questão do retrato, criou estratégias de representação, uma importante abordagem da fotografia, define o autor. "O retratista é o mágico que insere na imagem visualidades que qualificam e reforçam a ideia de eternidade do instante efêmero." O portfólio é um conjunto em que os personagens são transpostos para o repertório do fotógrafo. Seja um grupo de crianças fantasiadas que tem como fundo o Pão de Açúcar; a pompa do elegante senhor e seu cavalo em uma floresta; uma imagem cômica de dois rapazes, um deles sentado em um cavalinho de pau, onde o trompe-l'oeil  estranhamente reproduz uma paisagem talvez inspirada em alguém como o anglo-americano Thomas Cole (1801-1848), entre o romantismo e o realismo. Imagens de pessoas mais modestas, as quais são elevadas pela inclusão de um cenário empolado e de certo modo mais teatral.
Importante também, apesar de algumas fotografias soarem fascinantes e incompreensíveis em seu mistério, diz o pesquisador, as imagens coletadas para ele  testemunham e denunciam a mentalidade do descarte. Mas, o que lhe intriga é que "elas contemplam um tempo indeterminado. O que marca estas fotografias é justamente o intangível que nelas habita." ao lembrar o francês Roland Barthes (1915-1980) "a imagem é o veículo das pulsões, tabus, afetos, forças irracionais e intuitivas." completa Fernandes Junior.
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Aqui vemos que apesar do anonimato de seus autores, algumas fotografias transcendem o aspecto comum. Interessante para contrapor ao nosso tempo onde muitos parecem dedicar-se menos ao conteúdo e mais a uma determinada autoria cultuada, como é visível principalmente nas redes sociais. A contemplação pelo autor e não por suas imagens, sugere um viés contemporâneo mais niilista, onde o que importa é ser mais uma "celebridade" virtual do que mostrar algo realmente interessante, o que é corroborado pela efemeridade da fotografia nesses suportes.
O capítulo "Simulações" nos propõe uma discussão muito pertinente hoje sobre a representação da realidade, em especial quando discute-se o fotojornalismo no país. Para o autor, durou pouco tempo a ideia de que a fotografia representava uma espécie de verdade. O interessante é que ao mesmo tempo em que esse estigma - fotografia é a representação inquestionável da realidade - fortalecia a operação entre fotografia e mundo visível, nascia a possibilidade de surgir, pela primeira vez, uma linguagem maquínica que questionava esses cânones. Tão logo a técnica foi dominada e codificada, muitos usuários já experimentavam expandir a imagem de base fotográfica."
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Fernandes Junior reúne neste tópico uma série de imagens feitas na pequena cidade mineira de Poços de Caldas, cujas manipulações constroem uma espécie e imaginário coletivo produzida por cenários desenhados, onde a inserção é somente da cabeça do personagem, algo que possivelmente quase toda família brasileira com alguma posse fazia por volta do início do século XX e mais adiante: o tradicional par de um casamento; ações de heroísmo como lutar com um tigre, um jacaré ou um touro, ou coisas mais curiosas ainda como um senhor que coloca sua cabeça em um corpo de uma dançarina insinuante, além dos indefectíveis passageiros nas janelas de aviões. 
"Quando se pensa em fotografia, se pensa em retrato." Fernandes Junior explica que ambos são quase sinônimos. No capítulo deste, "Retrato", que talvez seja o gênero mais popular da fotografia, como ele mesmo diz: "Em quase todos os módulos as imagens têm a predominância do retrato que reforça essa relação muito particular e curiosa. Uma singular identificação entre técnica (a fotografia) e gênero (o retrato)."
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As abordagens são clássicas: Mulheres posando como noivas, ou vestidos de baile, ou recatadas com um livro às mãos; os grupos escolares, tanto de crianças ou de formandos da faculdade, com suas simetrias tradicionais, e até mesmo uma bela fotografia carnavalesca, de mulheres em um carro de corso a nos lembrar do reverenciado fotógrafo alagoano Augusto Malta ( 1884-1957) radicado no Rio de Janeiro e grande cronista do final do século XIX e início do XX.
"Desde Leonardo da Vinci o homem é fascinado pelas máquinas.", introduz o autor à categoria "Homem e máquina". Afinal, as máquinas foram fundamentais para diminuir o esforço humano, acelerar processos produtivos e produzir novos deslocamentos. Nesse sentido, esse grupo de fotografias evidencia o desejo humano de se aproximar dessas tecnologias de velocidade e movimento que causavam sensação plena de liberdade.
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A proposta é quase literal, com pessoas interagindo com trens, carros, bicicletas ou aviões, a nos recordar o genial francês Jacques-Henri Lartigue (1894-1986), que de maneira "amadorística" traçou a evolução técnica da humanidade do início do século XX em suas poéticas imagens. Para Fernandes Junior, "A identificação dessas tecnologias com um futuro imaginário cumpria um papel de fantasia e ficção científica. Estar ao lado desses veículos, com seus designs arrojados, era registrar sua presença física num momento particular."
Outra analogia está em "Homem e cidade" que nos leva a popularização do meio, que, como diz o autor, "entrou no cotidiano das famílias." nos levando também aos primórdios da imagem publicitária: "Os anúncios propagados pelas maiores empresas buscavam mostrar que não era difícil dominar a técnica fotográfica. Registrar a família, as férias, as viagens, os passeios e organizar as imagens em álbuns significava construir uma narrativa afetiva no tempo e no espaço."
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A ideia da "Fotografia como certificado de presença - "sim, eu estive lá - garante a construção da memória familiar, que a cada olhar, a experiência documentada possibilita reviver o momento vivido com alguma intensidade. As fotografias são como vertigens do tempo: acionam os gatilhos da memória e das lembranças e permitem que o passado se torne presente novamente. Uma boa leitura sobre este aspecto é o livro Picture Ahead- A Kodak e a construção do turista-fotógrafo (Ed.do Autor, 2016) da pesquisadora e artista cearense Lívia Aquino, [ leia o review aqui em https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/158355830541/picture-ahead-a-kodak-e-a-constru%C3%A7%C3%A3o-do .]
Para o pesquisador no capítulo "Estranhamentos" há algo de especial nas imagens que clamam por uma indagação. "Particularmente, aquelas que provocam alguma pulsão irresistível, invocam algum drama, nos empurram para as fronteiras entre o familiar e o estranho. Geralmente são retratos que, a despeito das semelhanças formais e da frontalidade intrigante, exercem uma tensa relação entre a figura e o observador...". "Imagens engendradas numa atmosfera contraditória que povoam de mistérios nossa curiosidade. Afinal, quem seriam esses personagens desconhecidos que permitiram que suas fotografias fossem atravessadas por uma lógica indecifrável?"
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A referência é ilustrada por fotografias que ora são representações mais notáveis, como a mulher que segura uma bandeja com uma cabeça, na porta de sua casa, uma alusão bíblica a Salomé e o triste fim do evangelista João Batista a uma fotografia mais nonsense de mulheres na praia e uma pessoa vestida de urso; o bizarro de uma formação de crianças como uma escola e uma pequena boneca no chão, a nos lembrar da franquia cinematográfica  Chucky, de 1988, ou a ideia da representação do nanismo, hoje politicamente incorreta, como o palhaço de circo ou mais comparativa à sua escala como objeto exótico, o que nos leva mais além do que certa curiosidade pelas construções das mesmas para o entendimento da própria sociedade e suas mazelas.
Rubens Fernandes Junior propõe também discussões mais ontológicas em "Espelho e Sombra": Se a luz é o instrumento da visão, a sombra é a sua grande antagonista. A nova experiência de olhar o mundo através da fotografia é resultado da transformação da percepção e do estranhamento causado pela surpresa instaurada pelas máquinas produtoras de imagens, onde a informação contida na sombra também é um auxiliar fundamental para o aprimoramento visual. Vale lembrar do famoso arquiteto americano Philip Johnson (1906-2005) que dizia não saber o porquê dos fotógrafos se importarem tanto com a luz quando deveriam preocupar-se com as sombras.
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Em suas imagens, vemos a ideia direta da distorção, como observamos  na obra do genial fotógrafo húngaro André Kertész (1894-1985); relações mais diretas como ao mito de Narciso; a introdução do próprio fotógrafo pela sua sombra, uma recorrência infinita no corolário contemporâneo, ou a simples tentativa do fotógrafo em sair do comum, caso de uma imagem em que a criança olha para câmera, mas através de um espelho, ou a inclusão de pessoas no mesmo, fugindo do corriqueiro portrait outrora com fundo de um trompe-l'oeil.
Certamente o capítulo "Crianças" não poderia deixar de existir e o extrato da coleção de Fernandes Junior é representativo no alcance de inúmeras analogias à grandes clássicos da fotografia, o que levanta a questão que inicia este texto quanto as circunstâncias em que a maioria das imagens são "deserdadas" e outras não, como a imagem de gêmeos e sua conexão imediata com a americana Diane Arbus (1923-1971); ou o menino com um pomposo traje, que nos levaria a obra do alemão August Sander (1876-1964) em sua importante série Homens do Século XX, da década de 1920 não fosse o fundo pintado do estúdio fotográfico, ou a bela menina negra  à obra do americano Gordon Parks (1912-2006). 
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"Walter Benjamin ao comentar o retrato de Kafka, aos seis anos de idade, numa "espécie de paisagem de Jardim de Inverno" afirma que vê um "olhar desolado e perdido", e ainda segura "um enorme e desproporcional chapéu". Seu comentário torna-se factível quando acessamos essa fotografia. Mais tarde, Roland Barthes", logo após a morte de sua mãe, encontra um retrato de estúdio, dela com o irmão quando crianças, que simulava "uma pequena ponte de madeira num Jardim de Inverno" Continuando, Barthes escreve: "observei a menina e encontrei finalmente minha mãe". Essa fotografia poucos conhecem, mas ela deve existir. Nas duas passagens, o mesmo Jardim de Inverno e a mesma impossibilidade de decifração imediata, escreve Fernandes Junior.
A psicanalista e professora da FFLCH/USP e da FAAP, onde Fernandes Junior é diretor da Faculdade de Comunicação e Marketing, escreveu um posfácio em tom poético: "Quem é digno de ser fotografado? Quem tem lugar de honra. Quem é o centro e funda o polo de atração do campo? O contrário do avesso. Que é: quem é excluído da cidadania e da imagem?" posicionando a questão fundamental do livro em meio às questões contemporâneas, de que hoje em pleno século XXI - "muito além da época das fotos retratadas neste livro, somos obrigados a sorrir, a rir, e mesmo a ler a realidade pela ótica do Witz* do humor, do meme. Já dizia Freud: aí está uma das formações do inconsciente, uma das maneiras de o aparelho psíquico operar o retorno do recalcado."
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Em "O corpo e movimento" as imagens anônimas alcançam representações de imagens de autores importantes, como o já citado Lartigue ou aos alemães Herbert List (1903-1975) e Leni Riefensthal (1902-2003), esta com sua estética nazista, e até mesmo as abordagens do mexicano Manuel Álvarez Bravo (1902-2002). Considerações sobre a expansão imagética que misturam-se entre o imaginário popular espontâneo e aquele produzido intencionalmente por profissionais, mas que provocam o pensamento sugerido por Maria Homem: Quem é digno de ser fotografado ou quem é excluído?
O autor entende que “a democratização da fotografia e sua intensa propagação propiciou novas abordagens em relação ao corpo. Essa popularização e acessibilidade muito contribuíram para a prática da autorrepresentação e da autoimagem. Uma pluralidade de olhares se insurgiu e com eles outros modos de ver e representar o corpo, o movimento, os gêneros e seus papéis sociais. O corpo passa a ser visto como um lugar de representações." o que pode ser visto, segundo ele, em outros conjuntos publicados.
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Fernandes Junior argumenta que "há um lado hedonista da cultura do corpo livre, que os alemães denominaram de "Freikörperkultur"**. Essa nova sensação de liberdade foi a maneira encontrada para liberar a tensão na sociedade burguesa brasileira, profundamente restritiva. Nas primeiras décadas do século passado, a fotografia encontrou na representação do corpo livre e seus movimentos a possibilidade de resistir ao avanço da modernidade industrial e suas imposições cadenciadas e repetitivas." Não obstante à acertada colocação, a propagação desta manifestação não encontra tanta liberdade entre as mídias mais usadas e a censura instalou-se paralelamente, assim como atuava em tempos passados, ainda que o hedonismo seja a palavra chave para a vida contemporânea.
Já em "Coincidências estéticas", a obra toca em um tema frequentemente visto e que em determinados níveis ( plágio ou apropriação artística) costuma gerar polêmica, ou no mínimo uma incompreensão. Para o autor, "Muitas destas fotografias deserdadas surpreendem pela sua plasticidade - singularidades estéticas que invariavelmente remetem a outras imagens, publicadas e circuladas no período histórico da modernidade. Ao se deparar com essas fotografias, não apenas é possível relacioná-las com as vanguardas europeias, como também estabelecer aproximações diretas com as diversas sintaxes imagéticas."
É o caso de imagens, que usando certa liberdade poética, por exemplo aproximam-se de obras históricas como Le Déjeuner sur L' herbes, do genial pintor francês Édouard Manet (1832-1883) pintada em 1862/63, ainda que a fotografia não tenha a mulher nua que provocou controvérsias em seu tempo. Ou o belo retrato da jovem que remete aos feitos pela inglesa Julia Margaret Cameron (1815-1879).
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As coincidências encontram-se em diferentes segmentos da fotografia como Pictorialismo, Fotodinamismo (Futurismo Italiano), Straight Photography (Fotografia Direta), Construtivismo, Fotomontagem, entre outras inúmeras manifestações, que Fernandes Junior considera presentes na produção fotográfica amadora: "Ao olhar para algumas dessas fotografias selecionadas, elas remetem à Édouard Manet, Rembrandt, Jacques-Henri Lartigue, Man Ray, Stieglitz, e tantos outros artistas que, cada um à sua maneira, revolucionaram a forma de ver e entender o mundo visível."
"Casais enamorados, apaixonados. Amantes inseparáveis. A câmera fotográfica não é apenas um aparelho gerador de imagens. E muito mais do que isso. Ela intensifica certas situações, em particular quando envolve uma relação afetiva. Não se trata de um encontro fortuito e sim de um registro que necessita de um fotógrafo que tenha uma especial sensibilidade para transformar a experiência do encontro numa imagem rara. Uma fotografia que exala um clima de afeto." escreve o autor em "Casais", um tópico que certamente teria que ser incluído.
No entanto, Fernandes Junior alerta que "Os retratos de casais aqui apresentados se diferenciam justamente por apresentarem uma situação de extrema cumplicidade. A pose denota uma possível e duradoura relação. Uma proximidade íntima que celebra e eterniza o momento. Não importa o ambiente - a praia, o estúdio, o jardim, o campo, o olhar se volta para a circunstância que fixou a imagem para a posteridade. Ou não, como a pose é muito encenada, essa visível promessa de felicidade pode transformar o idílio numa dolorosa separação." Uma relação que encontramos com frequência nas redes sociais atuais.
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"Acidental", o primeiro capítulo, que segue no livro, pela ordem alfabética, traz "uma atenção especial para as fotografias amadoras descartadas que apresentam enquadramentos não convencionais." O autor comenta a sua fascinação pelo tema, sem saber explicar sua atração, mas que "Elas denotam as situações de luz ruidosa, os cortes nos enquadramentos, os erros de fotometragem, os desajustes no sistema de foco, as superposições de imagens, as luzes invasivas decorrentes de eventuais falhas do equipamento, os acidentes eventuais e não intencionais. Uma série de ajustes passíveis de controle que não foram devidamente acionados pelo usuário amador".
Particularmente, segundo ele,  são imagens que saltam aos olhos justamente por serem ruidosas e provocativas. "Elas instigam nosso olhar e clamam por olhares mais atentos. Intriga o fato delas terem sido mantidas nas gavetas ou nos álbuns familiares. Seria pelo alto custo do processamento da cópia? Ou pelo inusitado resultado imagético? Ou até mesmo pela singularidade do acontecimento? Não sei. Sem dúvida, com seus defeitos e falhas técnicas, elas provocaram algum espanto nos leitores mais conservadores."
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A fotografia, deserdada ou não, antiga ou contemporânea, tem o condão de provocar muitas reflexões. Neste ponto, Rubens Fernandes Junior, amealhou uma coleção que estimula a discussão em torno das suas particularidades, sejam elas imagéticas ou até mesmo ontológicas. São exemplos de como esta sinergia temporal mantém-se juntamente com seu desenvolvimento técnico, perpetuando um imaginário coletivo, ao qual os leitores encontrarão muitas afinidades. Ainda que ele explique que estas "sejam muito familiares e façam parte do nosso repertório visual e aparentemente compreensíveis", há um alerta: "Mas, não é bem assim..."
Imagens © Coleção Rubens Fernandes Junior .  Texto © Juan Esteves
Ficha técnica básica:
Concepção, pesquisa e texto: Rubens Fernandes Junior
Texto do posfácio: Maria Homem
Coordenação editorial: autor e Isabel Santana
Edição do texto: Augusto Massi e Rodrigo Petrônio
Projeto gráfico: Ana Soter
Reproduções e tratamento de imagem: Ricardo Tilkian
Impressão: Gráfica Ipsis
O livro será lançado dia 11 de fevereiro de 2023, das 11 às 15Hs
Conversa com o autor as 11:30hs
Na livraria Lovely House- Rua Augusta 2690, Galeria Ourofino, 2º andar, São Paulo.
https://lovelyhouse.com.br/
*uma referência a obra Der Witz un de Seine Beziehung zum Unbewußten do médico e psicanalista Sigmund Freud (1856-1939) de 1905 . Publicada em português como O chiste e sua relação com o inconsciente ( Ed. Imago, volume 7 das obras completas de Freud, 2006), um estudo em que Freud examinou o funcionamento e o significado da piada e apresenta estudos anteriores para conectar características específicas da piada com sua teoria da psicodinâmica usando exemplos concretos. O estudo é considerado um trabalho fundamental da psicanálise e da pesquisa sobre o tema.
**Freikörperkultur — FKK é uma expressão em alemão que significa cultura do corpo livre. A sigla é internacionalmente reconhecida entre os adeptos do naturismo, e frequentemente utilizada para identificar locais ou associações naturistas mesmo em países onde não é falada a língua alemã.  
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renatoandrade · 11 hours
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Centro de Tradições Nordestinas / 2021 -2022 Gestor e Produtor Cultural
Responsável pela coordenação de todos eventos do Centro de Tradições Nordestinas, em São Paulo. No CTN, organizou uma variedade de atividades culturais, incluindo o Luz de Natal, o Festival Gastronômico, o Carnaval e o Aniversário da Instituição.
Renato também produziu o Sabadaço, com programação semanal que manteve o CTN vibrante e repleto de atividades atrativas. Além disso, coordenou o São João de Noís Tudim, que se destacou como o maior da cidade, reunindo mais de 300 mil pessoas em celebrações de música, dança e gastronomia.
Seu trabalho é marcado por um compromisso com a qualidade na execução de eventos e pela busca constante em fortalecer o papel do CTN como um espaço de preservação cultural e encontro comunitário.
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eduardocantagalo · 4 days
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Conheça o Pará Autêntico Através de Suas Comunidades Ribeirinhas e Cultura Local
O Pará é um estado singular, com uma riqueza cultural e natural incomparável, especialmente nas áreas ribeirinhas. As comunidades que vivem às margens dos rios amazônicos oferecem uma visão autêntica da vida local e experimentaram experiências culturais únicas. Uma viagem por esses recantos revela a verdadeira essência do Pará, seja através de sua culinária, tradições ou interação com a natureza. Se você está planejando uma viagem para a região, é possível encontrar restaurantes baratos em Belém , garantindo uma experiência gastronômica sem gastar muito.
As Comunidades Ribeirinhas do Pará
As comunidades ribeirinhas no Pará vivem em harmonia com os rios, sendo os principais meios de transporte, alimentação e subsistência. Nessas áreas, as famílias ribeirinhas mantêm tradições seculares, transmitidas de geração e
Algumas das comunidades mais visitadas incluem a Ilha do Combu, localizada próxima à capital Belém, e o Arquipélago do Marajó, famoso por sua rica cultura marajoara. Em ambos os locais, o visitante encontra tradições como o artesanato em cerâmica e couro de búfalo, além de festas religiosas e pagas que animam os moradores durante o ano.
Experiências Culturais Únicas
Uma das principais razões para visitar as comunidades ribeirinhas do Pará é uma experiência em experiências culturais genuínas. Quem chega a esses vilarejos é recebido de braços abertos pelos moradores, que gostam de compartilhar suas tradições e saberes. O turista pode participar de oficinas de artesanato, onde aprender a fazer peças de cerâmica ou palha, típicas da região. Outra experiência inesquecível é acompanhar a pesca tradicional, uma prática diária para muitas famílias ribeirinhas.
As festividades são outro ponto alto. Muitas comunidades organizam festas religiosas que mesclam o cristianismo com crenças e tradições indígenas. Durante essas celebrações, é comum ver danças folclóricas, como o carimbó, e saborear pratos típicos feitos com ingredientes frescos da Amazônia.
A Culinária do Pará: Uma Herança Cultural
A culinária do Pará é um reflexo direto de sua cultura e de suas comunidades ribeirinhas. Baseados em ingredientes locais, como peixe fresco, camarão, açaí e mandioca, os pratos paraenses são famosos pelo sabor autêntico e único. Entre os pratos mais icônicos, destacam-se o tacacá, o pato no tucupi e o açaí servido com farinha, que é preparado de uma maneira completamente diferente do que muitos estão acostumados.
Quem deseja explorar a gastronomia da região sem gastar muito pode encontrar facilmente restaurantes baratos em Belém , onde é possível provar essas delícias típicas a preços acessíveis.
Turismo Sustentável e Comunidades Ribeirinhas
Ao visitar as comunidades ribeirinhas do Pará, é importante praticar o turismo sustentável. O desenvolvimento dessas regiões depende muito do respeito à cultura local e ao meio ambiente. O turismo sustentável incentiva o visitante a minimizar seu impacto ambiental e a apoiar as iniciativas locais, como a compra de produtos artesanais diretamente das comunidades e a preferência por orientações locais.
A preservação da Amazônia é vital para essas comunidades, que depende do equilíbrio ecológico para sua sobrevivência. A participação em atividades turísticas que respeitem o meio ambiente e as tradições locais contribuem para o desenvolvimento sustentável da região e garantem que as futuras gerações também possam vivenciar a beleza e a prosperidade do Pará.
Como Planejar Sua Visita
Se você planeja explorar as comunidades ribeirinhas do Pará, é importante se preparar para uma viagem que combine simplicidade e aventura. Esses muitos vilarejos são acessíveis apenas por barco, o que faz parte da experiência autêntica. -se de que seu roteiro inclui guias locais e que você tenha tempo suficiente para desfrutar das interações com os moradores e das atividades culturais oferecidas.
Belém, capital do Pará, serve como ponto de partida para muitas dessas viagens. De lá, é possível organizar passeios de barco e excursões para diversas comunidades ao longo dos rios. Durante sua passagem por Belém, aproveite para explorar os mercados locais, como o Mercado Ver-o-Peso, onde você encontrará uma variedade de produtos típicos da região, como ervas, frutas e peixes, além de experimentar pratos regionais.
A Beleza Natural das Comunidades Ribeirinhas
Além da rica cultura e das tradições, as paisagens das comunidades ribeirinhas são um espetáculo à parte. A natureza exuberante da Amazônia oferece cenários de tirar o fôlego, com rios que se entrelaçam por meio de ilhas e florestas densas. O pôr do sol refletido nas águas do rio é um dos momentos mais memoráveis ​​para quem visita a região.
Passeios de barco ao longo dos igarapés (pequenos rios que cruzam a floresta) proporcionam uma oportunidade única de observar a fauna e a flora locais. Durante esses passeios, é comum avistar animais como botos, jacarés e uma grande variedade de aves. A sensação de estar no coração da Amazônia é algo que dificilmente se encontra em qualquer outro lugar.
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Localizada no coração de Vitória, a Basílica de Santo Antônio é mais do que um simples templo religioso; é uma obra-prima da arquitetura que combina história, fé e beleza. Este espaço sagrado, que atrai visitantes de todas as partes, remete à rica tradição cultural da Itália e oferece uma experiência única a quem busca um refúgio de tranquilidade e contemplação. Neste artigo, vou guiá-lo por sua história, arquitetura e os tesouros que abriga. Um Pouco de História A construção do Santuário de Santo Antônio começou na década de 1950 e se estendeu até os anos 70. A edificação foi um esforço comunitário, com a colaboração dos padres pavonianos e moradores do bairro de Santo Antônio. Ao longo das décadas, esse trabalho coletivo resultou em um espaço que, em 2008, foi elevado à condição de basílica pelo Vaticano. A Inspiração Italiana O design da Basílica foi inspirado na Igreja de Nossa Senhora da Consolação, situada em Todi, na Itália. Esta influência se reflete nas cúpulas majestosas e na simetria das formas, características que tornam a Basílica um ícone da arquitetura religiosa. A estrutura, composta por uma grande cúpula central e quatro semicúpulas, pode ser avistada de longe, emanando uma aura de serenidade. A Arquitetura Características Estruturais A Basílica destaca-se pela sua altura imponente, atingindo 37 metros. Com um espaço interno de 900 metros quadrados, o local pode acomodar até duas mil pessoas, sendo que 650 delas têm assentos. Os elementos arquitetônicos incluem arcos elegantes, pilastras robustas e uma combinação de concreto, tijolos e argamassa, resultando em uma obra de grande solidez e beleza. Basílica de Santo Antônio O Interior da Basílica Adentrar a Basílica é como entrar em um universo de arte e espiritualidade. A grande cúpula central e suas semicúpulas estão adornadas com lindas pinturas religiosas, criadas pelo artista italiano Alberto Bogani. O altar principal apresenta um crucifixo de madeira do escultor Carlos Crépaz, que imortalizou sua arte em Vitória. Vitrais: Uma Obra de Arte A História dos Vitrais Os vitrais da Basílica foram instalados em 1966 e representam uma das características mais marcantes do local. Eles foram criados pela Arte Decorativa Ltda., de Curitiba, e foram doados por várias entidades e famílias capixabas. O resultado é um conjunto de vinte vitrais retangulares, todos dispostos verticalmente, que permitem a entrada da luz natural de forma encantadora. Temática e Cores Os vitrais possuem cores vibrantes e estilizadas, retratando passagens da vida de Santo Antônio e outros santos. Cada peça é um testemunho da devoção da comunidade e um convite à reflexão. Por exemplo, um dos vitrais representa Santo Antônio distribuindo pães aos necessitados, ressaltando a generosidade e a compaixão do santo. Celebrações e Atividades Missas e Eventos As missas são realizadas com regularidade, sempre com um público devoto. Na terça-feira, as celebrações ocorrem às 19:00, enquanto aos domingos há missas às 8:00 e 19:00. Além disso, o Santuário está aberto para visitação nas segundas-feiras, das 14:00 às 20:00, oferecendo um espaço para meditação e reflexão. Projetos Futuros O Santuário não só se destaca pela sua importância religiosa, mas também pelo seu potencial como patrimônio histórico. Recentemente, um projeto de lei propôs o tombamento da Basílica como patrimônio histórico material do estado do Espírito Santo, garantindo sua preservação para as futuras gerações. Conclusão A Basílica de Santo Antônio é um verdadeiro tesouro cultural e espiritual em Vitória. Sua arquitetura inspirada, seus vitrais coloridos e a história de comunidade envolvida em sua construção tornam este lugar um ponto de encontro entre o sagrado e o humano. Ao visitar este espaço, não apenas se participa de uma experiência religiosa, mas também se aprecia uma obra de arte que conta a história de um povo.
Ao planejar sua visita, lembre-se de que a Basílica é mais do que um destino; é um convite à reflexão e à paz. E quem sabe, ao explorar esse santuário, você poderá descobrir uma nova perspectiva sobre fé e arte que transformará sua visão de mundo. Você está preparado para esse encontro?
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