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#Rio de Moinhos
pennylanephoto · 2 years
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heavenknowsffs · 2 years
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Ihihihi
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fabien-euskadi · 2 years
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Most people believe that the city of Barreiro is, probably, one of the most uninteresting places on Earth. But those people have never visited the Alburrica Windmills, built circa 1852 in the Alburrica Beach (in the mouth of River Tagus).
I love windmills - and, obviously, I quinda like this place, despite having visited it during an extremely gloomy day.
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Célebre/Crédito
Esse corpo é um mapa de desafogos Nele habitam metrópoles de todo o mundo A cobiça de pares sem pares Uma nuvem palpável de especulação imobiliária
Ratos correm pelas veias Cirandando fonemas Com quais antecipam Todo e qualquer labirinto
A química depõe canonizações Uma crença que convence generais A habitarem um tempo inabitável Acordando uma lástima sacra
Um abraço cálido, o sangue de Medusa Uma viúva selvagem ruminando Um rito de escombros, tais catedrais Devolvidas ao obstáculo do sonho
América você poderá exumar seus porões? Sem culpa? Sem equilibristas? Sem restos mortais? América por que deixam você esquecer de seus filhos? Vitimas sem nome de uma obsessão cruel
Afunda-se nesse rio inconsciente de gafanhotos despejados Uma cabeça que tem a característica de um moinho Capaz de cooptar capatazes e ascendê-los A reencarnação de uma carnificina da sexta-feira santa
As paisagens do hotel gritando de dentro para fora: Querida, me decomponha para fora dessa boca Me dispa dessa alegoria vertiginosa Leia-me a nudez e conclua pura sua reputação enganosa
Você ameaça uma pompeia com os dedos Prometendo derrama-los em meu corpo Cismo a sina em que estes olhos de faróis Se encarregarão de frear a comoção
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fly-musings · 9 months
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— Point of view . Oidhche eagal
Uma das vantagens as quais se vincularam ao retorno de Flynn ao acampamento meio sangue foi a falsa necessidade de introspecção. Durante dois anos se manteve distante pois, apesar de ainda reconhecer alguns rostos dentre os campistas, muitos lhe eram desconhecidos e, por vezes, desinteressantes. Ciente do turbulento hábito de socialização ao qual era empurrado pelos mais novos, optava pelo exílio em locais não muito frequentados e o lago sempre foi o endereço certo para a calmaria. Ali, congelado sobre o deck de madeira, encarava o reflexo da lua nas águas inquietas, em absoluto silêncio.
Os devaneios despertos o guiaram até uma data não tão distante, quando finalmente havia se emaranhado em uma teia de normalidade. A rotina se resumia à recepção de clientes e aos procedimentos funerários de praxe que consistiam na preparação dos corpos e ao encaminhamento para seus devidos destinos. A Casa Funerária, como adorava comparar, era como um rio onde as águas corriam mas não perdiam a rota em hipótese alguma, em uma monotonia por muito tempo idealizada.
Rotineiramente recebia corpos onde os espíritos ainda estavam vinculados, estas almas vagavam buscando por elucidações e o semideus, pacientemente, se comunicava com cada uma, buscando explanar o que havia ocorrido e como se procederia as próximas etapas da morte. Alguns reagiam em fúria e outros, mais conscientes, choravam durante todo o procedimento de limpeza. Os religiosos, sem sombra de dúvidas, eram sempre os mais resistentes, desacreditados que percorreram a vida rugindo contra moinhos de vento, permaneciam ao lado do próprio corpo até que Flynn os encaminhasse para Thanato forçosamente.
Em certa ocasião, uma criança de dez anos foi entregue aos seus cuidados. A criança apresentava cortes finos e profundos em seu corpo e estava suja de fuligem e terra, sinais não muito comuns em casos de assassinato na cidade grande. Com o auxílio de seu assistente, o tanatopraxista começou a despir o cadáver e encontrou, no bolso de sua jaqueta, um colar comumente utilizado por semideuses de Hermes, com o símbolo do deus grego entalhado no pingente central. Em um espectro fantasioso, surgiu ao seu lado o espírito da criança, que sequer conseguia ver a si sobre a mesa pois não possuía altura suficiente para tanto. Ela chorava, ruidosamente, olhando para os profissionais enquanto o filho de Thanato buscava reaver suas forças para acolhe-la em si. Flynn dispensou seu assistente rapidamente e olhou fixamente para o espírito do infante.
"O que aconteceu com você, criança?" Questionou abaixando-se levemente para olha-la nos olhos "Eu te vejo e sinto sua dor, mas não entendo o motivo de sua morte."
"Eu estava sozinho quando uma Erínia apareceu." Os olhos da criança começam a demonstrar pigmentação acinzentada, triste e repleta de dor. Como se notasse um pensamento dentro de sua própria cabeça, alternou a rota de suas queixas "Eu não sei como voltar pra casa."
A noite daquele atendimento se prolongou. O filho de Thanato abraçou para si a responsabilidade de acolher os sentimentos conturbados da criança e encaminha-la me maneira honrosa para seu destino heroico. Ela, em tão tenra idade, havia sido enviada para uma missão com semideuses mais velhos e, na primeira oportunidade, foi deixada para trás como um presente para a criatura. Um ser descartável.
A angústia que se apropriou de seu psiquê naquele dia o fez se questionar, mais uma vez, se havia qualquer decência entre os deuses novos e antigos. Em outros tempos, estaria se disponibilizando para participar de missões criadas propositalmente pelos deuses, situações as quais eles poderiam solucionar em um piscar de olhos se estendesse suas atividades para além do lazer e do prazer.
"Somos só peões." disse em voz alta, pensando que era apenas uma frase dispersa em seus pensamentos nostálgicos. O som da própria voz o trouxe para a superfície da realidade e então notou que a lua não mais estava refletida das águas do lago.
Ao erguer os olhos reparou que o céu estava manchado por uma nuvem negra enquanto gotas despencavam por todo espaço. Através da audição aguçada ouviu algo além do falatório do evento, algo que muito lhe parecia um rugido bestial. A expressão de confusão em seu rosto deu espaço para o assombroso horror. Algo estava próximo, muito mais próximo do que deveria.
Suas pernas despertaram em uma corrida desesperada na direção dos campistas enquanto ouvia Dionísio ordenando a evasão. A mão esquerda caçou pelo pulso esquerdo e arrancou a pulseira de couro, segurando-a firmemente contra o palma e sentindo Miz, seu chicote, transformar-se em contato com sua pele. O ruído se espalhou por diversas direções e, por mais que buscasse localizar sua origem, era incapaz de discernir o posicionamento exato daquilo que invadia o acampamento.
Ao se aproximar de campistas que buscavam abrigo debaixo das mesas da área externa gritou para que saíssem e buscassem abrigo em algum chalé enquanto ainda possuíam tempo. Os estrondos passaram a romper entre as árvores, patrulheiros brandiam suas armas na direção do desconhecido e o veterano não pôde tomar outra decisão senão proteger aqueles que não tinham condição de lutarem pela sua sobrevivência, aquilo que o filho de Hermes necessitou em momentos de desespero e não obteve.
Manteve a corrida na direção dos chalés que se abarrotavam, aleatoriamente, por campistas de idades variadas buscando a segurança que a estrutura poderia lhe proporcionar. Apontava e dava ordens berradas para os que ainda acreditavam que se tratava se uma mera brincadeira festiva, ordenava que trancassem as portas assim que ouvirem a aproximação dos monstros e que se armassem com o que estivesse por perto, protegendo os mais novos e os escondendo se preciso fosse.
Não aceitaria perder peça alguma do xadrez montado pelas divindades, não ponderaria suas ações enquanto via o desespero arrancar a voz destes campistas. Assim que travou a porta do chalé cinco por fora sentiu a aproximação de alguém que estava circundando a estrutura, passos pesados e uma respiração ofegante que denotava o excesso de adrenalina em seu corpo.
Ao afastar-se, andando de costas, notou um rosto familiar caminhando em sua direção, com uma espada em punho. Flynn se identificou em voz alta enquanto ainda dava passos para trás, mas não viu o semideus abaixar sua arma. Pelo contrário, os passos do recém declarado aumentaram a cadência em uma investida repentina, restando ao instrutor fazer uso de seu chicote para imobilizar os pés do jovem, levando-o ao chão aos berros.
Aproximando-se do alvo notou que a face do semideus possuía uma névoa na região dos olhos, sinal comum no uso de magia de atordoamento. Mas agora estava próximo demais do raio de atuação daquela energia e sentiu, progressivamente, a névoa subindo por seu corpo.
Em uma jogada precipitada optou por mergulhar em suas sombras, invocando espíritos para que a névoa ocasionada por sua conjuração detivesse o avanço do efeito ilusório.
@silencehq
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musicshooterspt · 1 year
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Agenda de Setembro 2023
Até dia 2 – MEO Kalorama
Parque da Bela Vista, Lisboa
Info/Bilhetes
1 – Du Nothin
Casa da Música, Porto
22:00h . Entrada Livre
Info
1 - HUH! + Úz + DJ Doraemon
DAMAS Bar, Lisboa
23:00h . 5€
Info
1 e 2 – Inferno das Febras
Parque Laser de Casais, Lousada
Entrada e Campismo Gratuito
Cartaz
1 a 3 – Do Quarto para a Rua
Jardim Municipal do Marco de Canaveses, Marco de Canaveses
Info
Entrada Livre
1 a 3 – Festa do Avante
Quinta da Atalaia, Amora
Info/Cartaz
2 – Noite Branca de Gondomar
Vários Artistas: Richie Campbell, Ivandro, entre outros
Vários Locais, Gondomar
Entrada Livre
Info/Cartaz
2 – Colos Rock Fest
Sociedade Recreativa Colense, Colos, Odemira
Info
2 – Música na Paisagem
Vários Locais, Bragança
Programa
Entrada Livre
2 – Hip Hop Fest
Teatro Municipal de Vila Real, Vila Real
Cartaz
Entrada Livre
2 - The Mandelbrot Shakes
Barracuda Clube de Roque, Porto
23:00h . 8€ com uma cerveja
3 – Infected Rain
RCA Club, Lisboa
Bilhetes
7 - Acoustic Tribal Dance
Spacy Bar & Disco, Caldas da Rainha
7 a 10 – Jazz no Largo
Theatro Gil Vicente, Barcelos
Cartaz Completo
Entrada Livre
7 a 10 - Festival da Juventude – Salfest
Parque Urbano, Alcácer do Sal
Info/Cartaz
8 – Daguida
Casa da Música, Porto
22:00h . Entrada Livre
Info
8 e 9 – Rock N’ Route Fest
Vários Artistas: Baleia Baleia Baleia, Given to Flow, entre outros
Route 66, Freamunde
Info
8 e 9 – Afro Music – Another Banger
B.Leza Associação, Lisboa
8 e 9 – Rock dos Romanos
Largo da Igreja, Condeixa-a-Velha
Info
9 - !! MÖRDÖR FESTA !!
Barracuda Clube de Roque, Porto
Info/Cartaz
9 – Organika
Casa das Virtudes, Faro
22:00h
13 – Woody Allen & The New Orleans Jazz Band
Super Bock Arena, Porto
Info/Bilhetes
E em Lisboa, no Campo Pequeno dia 14
14 - Claustrofonia - Marlene Ribeiro & Inês Malheiro
Promotor: Dedos Biónicos
Domus Municipalis, Bragança
21:30h
15 – Messer Chups + O Bom, O Mau e o Azevedo
Barracuda Clube de Roque, Porto
23:00h
Info/Bilhetes
15 e 16 – Suave Fest
Largo da Misericórdia, Guimarães
Cartaz
Entrada Livre
15 a 17 – Baldaya Vintage Fest
Vários Artistas: Wild Cat Shaker, Messer Chups, The Dixie Boys
Palácio Baldaya, Lisboa
Entrada Livre
16 – Black Panda + Death After Disease
Vortex, Lisboa
20:00h . Apenas para sócios
Formulário de sócio
16 - Cartaxo Sessions
Casa do Campino, Santarém
21:30h . Entrada Livre
Info
16 - All Kingdoms Fall + Oceans of Apathy + Ashes in the Ocean
Paranoid Beer and Records, Freamunde
22:00h . 7€
Info
17 – Ruttenscale + Derrame + Primal Warfare
RCA Club, Lisboa
16:00h . 16€ com 1 bebida
Info
20 – Rage
Convidados: Dark Embrace, Tri State Corner
RCA Club, Lisboa
Info
21 – Dead Pollys + Albert Fish
Village Underground, Lisboa
PORTAS: 22.00h . Entre 10 a 12€
21 a 24 – MUMI
Vários Locais, Valença (Viana do Castelo)
Cartaz
22 – Sétima Legião
Teatro Municipal de Bragança, Bragança
21:00h
Info/Bilhetes
22 – Tsunamiz
Tokyo, Lisboa
22h30 . 10€
22 – Dead Pollys
Sociedade Harmonia Eborense, Évora
Info
22 - Capela Mortuária
Convidados: Holocausto Canibal e Warout
Café-Concerto RUM by Mavy, Braga
22:00h . 2€
Cartaz
22 a 24 – Amplifest
Hard Club, Porto
Esgotado
Cartaz
23 – VII River Stone Fest
Rio de Moinhos, Penafiel
Info/Cartaz
23 – Barbosas + Eskilograma
Casa do Salgueiros, Porto
Info
23 - Vai-te Foder e de Systemik Viølence
Vortex, Lisboa
20:00h . Apenas para sócios
Formulário de sócio
23 - Barlos
Barcelos
Mais info brevemente
Website
26 - Pešpäkøvå + Gonçalo Alves & João Clemente
Salão Brazil, Coimbra
21h30 . 7€
27 – The Slow Show
Promotor: Os Suspeitos, Mr November                                               
Teatro Sá da Bandeira, Porto
21:30h
Info/Bilhetes
30 até 1 outubro  - Viseu Rock Fest
Largo do Orfeão, Viseu
Cartaz
*OBS: Recomendamos verificar estas informações junto dos promotores ou sites oficiais
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truthsofaheart · 10 months
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Por que não celebro aniversários?
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O dia do meu aniversário costuma ser um dia introspectivo, de reflexões e contemplações mentais. Reflexões têm o poder de dar tons ao momento. Tais tons podem ser tristes, felizes ou ambos ao mesmo tempo. Elas assumem sua própria forma. No meu aniversário do ano passado, vivi um turbilhão de emoções, como uma espécie de montanha russa de sentimentos, onde a alegria e a tristeza se chocavam num abrupto vaivém. Foi então que um amigo me distraiu e fez-me companhia. Agradeci.
"Ninguém tem que estar lá para organizar sua bagunça".
E eu sempre organizei a minha sozinha. Mas, este ano, é provável que esse amigo sequer lembre do meu aniversário, já que não temos mais tanto contato assim... E, sinceramente, não espero que seja diferente. Tenho que organizar a minha bagunça sozinha. Logo eu, que sempre me considerei madura por compreender os ciclos da vida, agora penso que talvez não devesse ter sido tão “madura” o tempo todo, especialmente quando não era necessário. Talvez devesse ter me permitido ser jovem, mas por alguma razão, nunca me dei essa liberdade.
Já me odiei e já aprendi a me amar. Já vi o mundo extremamente cinzento e nublado, onde não havia uma fresta de cor nele, ou uma fresta de luz solar. Já mergulhei em uma escuridão profunda e permaneci entre os meus fantasmas e vozes que me diziam que o mundo iria me esmagar e que eu era fraca demais para suportar. Mas ali havia uma fresta de luz: a luz no fim do túnel. Ao fim de tudo, descobri que não era fraca demais para suportar; suportei e sobrevivi. Essa experiência vivida tão jovem fez-me perceber que eu era muito mais forte do que imaginava, ou do que aparentava aos olhos dos outros.
É que um dia, eu tinha onze ou doze anos, e o mundo se apresentava cinzento para mim. Ou talvez as lentes que eu usava distorciam as suas cores. Colocam-te num mundo em que tens corpo e alma estritamente conjugados, confundidos e misturados. Um corpo tão conectado ao seu espírito que sentes nele e em partes dele apetites e afecções. O teu corpo é o teu ponto de contato com o mundo... E é neste corpo composto ao qual chamo de meu que sinto dor ou prazer, fome, sede, libido, sono, cansaço... E ainda é neste corpo que chamo de meu que percebo que outros corpos que não são meus, causam-me comodidade e incomodidade. E ainda é neste corpo e espírito que chamo de meu que sinto a necessidade de amor, de me sentir pertencente e conectada, necessidade de haver uma razão, um sentido, um propósito. Colocam-te no mundo, tens um corpo, um espírito e uma mente que apreendem o pesar da existência.
Constantemente questiono-me como as sensações afetam as pessoas em escalas divergentes.Se ao acessar uma lembrança, você se enxerga em primeira pessoa ou em terceira pessoa. Se você sente o cheiro de melancia quando há uma grande concentração de águas reunidas à noite, seja num rio ou no mar. Se você já se sentiu tão feliz a ponto do seu coração vibrar. Se você, mulher, já experimentou o êxtase do orgasmo, e se sim, como descreveria a sensação. Porque eu já tive orgasmos com sensações completamente distintas umas das outras. O fato é que não me parece horas gastas à toa quando pondero sobre como as sensações e os sentimentos nos afetam de maneiras diferenciadas, talvez únicas. De todo modo, nunca chego a uma conclusão definitiva.
Mas colocaram-me no mundo, com um corpo e um espírito. E com uma mente que me permitia apreender a noção da existência. Colocaram-me no mundo e não me ensinaram a lidar com o fardo que carregamos, que é existir. Apenas nos lançaram no mundo, sem manual de instruções. Cabe a nós descobrir o nosso caminho, sozinhos. E eu não sei dizer pelos outros, mas sempre senti demais. Tudo parecia ser demasiado intenso para mim. Tudo se apresentava de forma demasiadamente exacerbada. Nunca consegui ser moderada. Sempre fui oito ou oitenta.
"O mundo vai te esmagar".
Os moinhos de vento eram meus dragões. E vivenciei tantos “fins de mundo” que nem consigo enumerá-los. Não me ensinaram a lidar com os meus sentimentos, com a intensidade que eu sentia, com o meu exagero. Apenas fui lançada no mundo. E não sabia lidar com meu sentir, com a minha maneira de sentir e com o peso que era existir. Caminhei por tantos lugares em busca de respostas, apenas para perceber que muitas delas já estavam dentro de mim. Acredito que se Deus é bom, nos coloca neste mundo, nos concede um corpo, um espírito, os sentidos e uma mente capaz de compreender o peso da nossa existência, certamente também nos proporcionaria meios de acessar as respostas para essa existência.
Todo dia, o suicídio batia à minha porta, e me seduzia com sua sinistra melodia. Quis me entregar em seus braços sombrios, mas nas profundezas da minha escuridão, uma luz no fim do túnel surgia: a paciência. Uma breve expectativa no futuro. Uma expectativa na minha “eu” em potência. Um vislumbre da mulher forte e corajosa que eu me tornaria. As trevas sussurravam minha fraqueza e me deixavam no chão. É que depois de tantos dias consecutivos de perdas, há uma necessidade, quase uma honra, em vencer. Eu sobrevivia, sim, eu a sobrevivente em pessoa.
Se o mundo me parecia cinza, não era mais hora de enxergar cores nas cinzas, mas de colorir a vida com a minha própria arte. Sobreviver já não era mais suficiente, eu precisava viver. Minha vida não mudou. Nunca muda da noite para o dia. A intensidade com que os sentimentos me atingiam continuou a mesma. Não houve nada drástico ou fora do habitual. Apenas aprendi a viver o dia e a valorizar as coisas simples, a deixar de me concentrar tanto no que desejava e não tinha, mas a valorizar o que possuía, a ser grata, a olhar para as pessoas, para a natureza, e contemplá-las com os olhos atentos para enxergar o divino que há na criação. E aprendi a doar amor todos os dias, sem alarde, mas em gentilezas simples como um “bom dia”, um sorriso, um olhar atento, uma escuta empática, um ombro amigo, expressando o divino que trago em mim: o amor.
Assim, pintei a vida que outrora se apresentava cinzenta para mim, com diversas cores radiantes, em um novo matiz, com pinceladas de amor das quais fui presenteada. Transformei o meu dia a dia em meu próprio jardim, o qual todos os dias, com um olhar apaixonado, eu contemplava a beleza do Criador na criação. Ele era o meu Autor favorito. E hoje, ao colorir as cinzas, percebo que não havia fraqueza em mim, mas sim muita força e coragem. E hoje, quando as coisas se apresentam extremamente cinzentas para mim, de tal forma que me é apresentado como um bloqueio criativo de coloração, enxergo nas cinzas não mais a esperança da mulher que eu iria me tornar, pois eu já sou ela; mas sim a menina forte e corajosa que fui por ter suportado tudo aquilo sozinha, tão jovem, e ter sobrevivido e seguido em frente. Hoje tenho orgulho da minha história. E quem eu fui é quem me dá forças para continuar. Ora, se passei por aquilo sozinha, tão jovem, quando ainda era uma menina, acreditando que era fraca, como não poderia passar por algo semelhante hoje que sou uma mulher e tenho consciência da minha força e coragem? Poderia eu encontrar alguma motivação e inspiração melhor? Presumo que não.
Então, talvez eu devesse celebrar aniversários, não apenas por ser uma sobrevivente, mas por ter aprendido a enxergar cores nas cinzas. Contudo, creio que o meu verdadeiro superpoder reside em colorir aquilo que está cinza. É a conexão com a minha arte. É a contemplação da criação. É o amor que habita em mim, transbordando em gentilezas e sutilezas. É o que faz sentido. É o cotidiano. Um dia é só um dia. Um dia comemorativo configura-se numa convenção de uma contagem de dias, mas a vida se desenha no conjunto, no tecido diário de cada dia em que há fôlego de vida.
Eu aprendi a amar a vida, e a amo todos os dias. Meu aniversário é um evento anual, uma oportunidade de celebrar, mas escolhi não limitar minha celebração a apenas esse dia. Optei por viver cada dia, seja ele cinza ou colorido. Alinhado com o aprendizado que a vida me contou sobre ter tato para compreender quando devo deixá-lo cinza e quando devo pintá-lo com cores, sejam vibrantes ou em tons pasteis. Escolhi apresentar-me ao palco da vida, simples e sem grande público, ou ao menos sem um público fixo.
Talvez um dia eu ressignifique e volte a celebrar aniversários, mas, por enquanto, o que valorizo e faz sentido para mim, é o amor do dia a dia. É o sentido das coisas pequenas que realizamos cotidianamente, consciente de que tudo bem se, por uma razão divina, Deus julgar apropriado que chegou a minha hora. Não significa isto que não tenho mais sonhos que almejo realizar; eu os tenho. Mas compreendo que a vida não se resume a uma lista de tarefas que seguimos a fim de sermos aceitos, nem a uma corrida insana que se configura como uma competição de quem se diverte mais. Significa, sim, que vivi cada dia, sem esperar pelo futuro ou lamentar a memória do passado. Estive atenta ao presente, transbordando o amor imenso que fui agraciada, desfrutando do meu olhar sobre a vida, ao qual nasci cega, mas fui afortunada em enxergar. Assim, usufruo os segredos que um dia a vida fez questão de me contar.
- Da série: Confidências explícitas
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sillypoesia · 1 year
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o coração bate - tun tun - tun tun - tun tun - sístole diástole - sístole diástole - sístole diástole - perdoem-me o cientificismo.
o sangue corre quente viscoso - dentro - mas é como se jorrasse - líquido - pra fora.
há 30 anos comendo o pão que o Diabo amassou abençoado por Deus, Nossa Senhora e todos os Santos, Orixás e Entidades, Pachamama, Tupan e todas as Divindades já inventadas pela humanidade.
não sei mais se rio ou se choro, mas tenho baixas e cheias e corro e escorro e transbordo...
nunca me conformei, não iria ser ontem que eu conformaria, nem vai ser hoje, duvido muito que amanhã.
ninguém tem a pachorra de me dizer como eu devo ser. o que eu devo ser. como ser.
realmente não topo tudo por dinheiro. estou fadada ao fracasso no mundo capetalista.
eu poderia ser apenas mais uma engrenagem nesse enorme moinho mas resolvi ser vento.
sou força da natureza.
existir é ser - ser já é pertencer - toda tentativa de se encaixar é um aprisionamento.
continuo sim implicante.
e bastante debochada.
mas continuo sobretudo diplomata.
hoje sou também artista, cientista, puta, dona de casa...
e só faço o que eu quero; quando quero; o quanto quero.
tenho consciência de cada decisão tomada afinal aquela velha história: a vida é feita de escolhas.
escolhi.
de tão fraca sou forte.
dói em mim um mundo inteiro.
e uma das últimas coisas que a Fernanda deixou escrito foi:
"As pessoas me acham maluca, mas estou observando tudo - de dentro e de fora. Pensam que não percebo as suas falcatruas, mas ser gentil não significa ser otaria! Trabalho feito uma vaca, pago essas merdas desses impostos, não vejo uso para eles, escuto que mamo em tetas do governo; divirto as pessoas, ofereço poesia, e lido com ignorâncias proferidas por um bando de escroto que mete Deus nos seus discursos hipócritas. Deito e levanto cansada porque nunca peguei um centavo de ninguém e tudo o que tenho é fruto de TRABALHO. Não herdei, não ganhei, nem sou sustentada! Tenho 4 filhos que estão aprendendo a serem éticos e livres. E o que ouço? É louca! O que vejo? A nossa cultura material e imaterial, a nossa língua, a nossa fauna, flora, sendo esganiçada, sacaneada, por ogros maléficos. Estamos virando uma gente porcaria, afinal “piorar é mais fácil”! E fica tão claro o oportunismo das ratazanas sorrateiras, que veem na “loucura do criador”, achando-nos dispersos, irresponsáveis, ricos, nesgas para sermos passados para trás! Comigo, não! Não! Sei reconhecer um lápis meu em meio a um milhão! Não estive “calada nos últimos 14 anos”, não aceito desaforo! Sou uma mulher de 50 anos que sonhou alto e realizou muito. E estou longe de encerrar a minha jornada nessa orbe! Aos que se interessam: bom proveito. Para os outros: estou pouco me lixando!"
e, mesmo que um tanto inflamada, ela estava sim certa de que não encerraria sua jornada nessa orbe, ainda que dias depois seu corpo viesse a óbito por uma "simples" asma.
essa jornada continua em mim e em milhares de outros seres.
hoje me perguntarem se estou feliz. obviamente eu disse a verdade, que não - mas que está tudo bem.
meu critério pra essa decisão é: não estou passando fome nem em situação de rua, então tá tudo bem. mas não significa que estou feliz.
assumo a tristeza, a angústia, o medo.
sonho com o desejo e acordo todos os dias com a necessidade.
mas vem cá, você sabia que cada átomo dos nossos corpos vieram da fusão termonuclear de estrelas ancestrais que explodiram e deram origem aos nosso sistema solare, então não é como se só a gente tivesse vivo perdido aqui nesse planetinha no meio do Universo, mas sim, o Universo está vivo junto e no meio da gente?
como se o próprio Universo tivesse se manufaturado em pequenas partes, que se manufaturam em outras pequenas partes, que se manufaturam em outras pequenas partes ... que se manufaturam em outras pequenas partes.
por isso talvez eu assuste tanta gente, por sentir em mim cada molécula, cada átomo - e ainda assim esse vazio todo do Universo.
e também talvez por isso meu brilho seja tão forte, mesmo que eu nem consiga enxergar.
brilhemos, então.
sou caboclo forte, mulher da vida.
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thegirlfromomegle · 2 years
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Indo embora mais uma vez, já perdi as contas de quantas vezes me despedi daqui, dessa terra seca, árida, desconectada de si e de seus arredores
todas as vezes que eu volto eu tenho um lembrete muito vívido do que será de mim se eu falhar, se eu me despedaçar pelo moinho que eu mesma me enfiei, sem plano, e sem nenhuma pretensão real de sair daqui.
Espero ser daquele tipo de planta que cresce as raízes no ar, porque se depender de solo eu definho e morro. Sinto que para ter um pouco de felicidade eu tenho que fingir que não é isso que acontece comigo.
Eu te odeio, Brasília
Te desprezo, São Paulo
Me faz saudosa, Rio
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sitioliterario · 16 days
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Um rio, fiel ao seu curso
“…Um rio, fiel ao seu curso, ora as acompanhava em suas curvas e voltas, ora se afastava fugindo para os prados, para, serpenteando lá embaixo em caprichosos meneios, brilhar em reflexos de fogo diante do sol, sumir nos bosques de bétulas, olmos e álamos e reaparecer novamente em triunfante corrida, seguido por pontes, moinhos e diques, que pareciam correr-lhe ao encalço a cada uma das suas…
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pennylanephoto · 2 years
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heavenknowsffs · 2 years
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My fellow portuguese moots (and everyone else, if you use your browser translation tool 😙) the review of the festival i photographed is out!
You can read and check out all the pics here ! Huge deal for me tbh, my first festival 🥺🤯
Here's a peek:
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pfjarwoski1977 · 1 month
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inutilidadeaflorada · 2 months
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A Trama Publicitária
Sete formas decepcionantes de comer Saturno Ante o pai, antes que seja filho Antes de ameaças veladas ou sonhos projetáveis Alcancem-nos. Use nosso novo produto limitado
Lança de longinus ambígua, capaz de matar deuses Capaz de auto forjar-se digitalmente e ameaçar seus rivais Capaz habitar múltiplas praças ao mesmo tempo Em que se fragmenta em um episódio de desprazer
Sua crista de penugem impermeável Cerdas capazes de capitalizar ácaros Limpar manchas questionáveis Sumir com granulados de tintas oleosas
Tão macias, deveriam interpretar cílios Sem que houvesse uma tendência cinematográfica a isso Nossa lança será capaz de desviar o curso de rios Sem o esforço desses lobbys ou máquinas
Aqui entre nós: Esta é uma oferta única Uma nova especiaria descoberta na Suíça Tão popular com turistas e europeus
Sem cerimônia, te garanto um test drive Podes usa-la para declarar guerras e nega-las Podes usa-la para matar moinhos na lua Pode conforma-la em afastar visitas
Sua voltagem côncava, trezentos e sessenta Dobrável de dentro para fora, tal um origami Funcional a energia eólica, capaz de presumir Com sua inteligência artificial o momento mais oportuno de uso
Corra até um de nossos empórios E garanta já o seu exemplar Não recomendado para menores O uso indevido pode gerar complicações físicas...
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casaseterrenos · 3 months
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R 21 - Z
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Artigo Matricial R 21 - Z, Rio de Moinhos, Abrantes
Área: 75 742 m2
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musicshooterspt · 2 years
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Agenda de Março, 2023
01 – The Black Wizards
Cineteatro António Lamoso, Santa Maria da Feira
03 a 05 - Lobos da Neve
Parque de Campismo Ponte Pedrinha, Covilhã
Vários Artistas: UHF, funkoff, David Antunes
03 – Rui Veloso Trio
Convento São Francisco, Coimbra
19:00h
03 – And Also the Trees
Hard Club, Porto
E no dia 04 no RCA Club em Lisboa
03 - Bas Rotten + Negative Frame
Vortex, Lisboa
03 – UROCK
Texas Bar, Leiria
PORTAS: 22:00h . Preço: 8€
Bilhetes
04 a 18 - Festival Sons de Vez
Casa das Artes, Arcos de Valdevez
Vários artistas: The Black Mamba, Valter Lobo, Frankie Chavez
04 – Tiago Noia + Alina
Casa do Salgueiros, Porto      
04 – Super Rock Famalicão
Casa do Artista Amador, Vila Nova de Famalicão
19:30h
04 - Quelle Dead Gazelle
Café Concerto RUM by Mavy, Braga
Preço: 4€
05– Warhaus (Esgotado)
Promotor: Os Suspeitos
M.OU.CO., Porto
08 – Fado Bicha
Casa da Cultura, Ílhavo
21:30h
09 - João Espadinha & Primeira Dama
Galeria Zé dos Bois, Lisboa
10 – The Warboys
Coliseu do Porto, Porto
11 – Tara Perdida
LAV, Lisboa
22:00h . Preço: 22€
Info
11 - Angracomvida – Noble in concert
Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo, Açores
21:30h
Info/Bilhetes
11 – Luís Trigacheiro
Cineteatro António Lamoso, Santa Maria da Feira
21:30h
11 – Wave Flow + aBAND'onados
Casa do Artista Amador, Vila Nova de Famalicão
17:00h . Preço: 5€
12 – Mordkaul + Godark
Barracuda Clube de Roque, Porto
E no dia 11 no DRAC na Figueira da Foz
12 – Pale Blue Eyes
Promotor: Os Suspeitos
M.OU.CO., Porto
21:00h
13 - Pixies
Campo Pequeno, Lisboa
Info/Bilhetes
14 – Don The Tiger
Promotor: Dedos Biónicos
Mina Co-Working, Bragança
Reserva de bilhetes: [email protected]
17 – Perpétua
Teatro Municipal da Guarda, Guarda
22:00h . Entrada Livre
17 a 24 - Festival Jazz Alémtejo
Vários Locais, Vila Nova de Santo André e Santiago do Cacém
Website
Instagram/Cartaz
18 – River Stone Winter Fest
Rio de Moinhos, Penafiel
Info/Cartaz
18 – Salgalhada
Casa do Salgueiros, Porto
Vários artistas: Leo the Painter, Jarda, The Faqs
22:00h . Preço: 7,5€
22 – Surma
Teatro Académico Gil Vicente, Coimbra
21:30h
23 – BAEST
RCA Club, Lisboa
Convidados: Blast Open e Nihility
PORTAS: 20:00h  . Preço: 20€
Info/Bilhetes
24 – Dead Club
Teatrão, Coimbra
24 – The Black Mamba
Feira do Porco Alentejano, Ourique
Entrada Livre
24 – Fugly
Sede da Junta de Freguesia de Barcelinhos, Barcelos
22:00h . Preço: 6€
Info/Bilhetes
25 – MAQUINA
Promotor: Dedos Biónicos
Casa da Seda, Bragança
22:00h . Preço: 6€
Reserva de bilhetes: [email protected]
Mais datas em Março/Abril em Lisboa, Pombal, Porto, Aveiro, Coimbra, entre outros
25 – Glockenwise
GrETUA, Aveiro
22:00h
29 – Cassete Pirata
Musicbox, Lisboa
22:00h . Preço: 12€
30 - THE LAST INTERNATIONALE
Hard Club, Porto
E no dia 31 no Salão Brazil em Coimbra
31 - Carmen Souza
Museu do Oriente, Lisboa
19:30h . Preço: 20€
*OBS: Recomendamos verificar estas informações junto dos promotores ou sites oficiais
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