Tumgik
#anne moeglin delcroix
rbolick · 8 months
Text
Books On Books Collection - Anne Moeglin-Delcroix
Ambulo Ergo Sum: Nature As Experience in Artists’ Books (2015)  Ambulo Ergo Sum: Nature As Experience in Artists’ Books (2015) Anne Moeglin-Delcroix and Richard Sadleir, trans. Case bound, printed paper over board, with green endbands and matching doublures. H225 x W155 mm. 96 pages. Acquired from Book Depository, 21 August 2019. Photo: Books On Books Collection. For her extended essay, Anne…
Tumblr media
View On WordPress
1 note · View note
Text
Fundamentação Teórica
As publicações das autoras citadas anteriormente, Riva Castleman, Johanna Drucker e Anne Moeglin-Delcroix, levantam apontamentos sobre as transformações do livro. As autoras discutem como os artistas pensam o livro como obra, o processo de concepção e execução, que pode ser parcialmente executado através de uma colaboração interdisciplinar ou centralizada em uma pessoa só.
  Entre muito dos apontamentos, um marcante seria que o livro não precisa ser de fato um livro, bastante ser a ele referente, mesmo que remotamente; os limites estão cada vez convidativos a serem passados pelas propostas gráficas, plásticas e de leituras. O suporte livro não é somente suporte verbal. É fator fisicamente ativo na leitura e os artistas levam esta preposição cada vez mais longe.
  Serão as ideias trabalhadas por essas autoras que irão guiar inicialmente a pesquisa que, consequentemente se complementa com Julio Plaza e suas publicações em solo brasileiro assim como sua importante participação no cenário institucional e da produção artística com Caixa Preta (1975).
  Há uma retomada de publicações anteriores que fomenta a ideia destes autores como o mexicano Ulises Carrión, o contraste do racionalismo e objetividade defendida por Jan Tschichold em “A Forma do Livro: ensaios sobre tipografia e estética do livro” (2007), com ensaios escritos na segunda parte do século XX.   
  Para uma maior abrangência e organização das ideias dois livros importantes serão utilizados, Poéticas do Visível, de 2006 e A página Violada, de 2008, que exploram melhor os conceitos apresentados pelos autores anteriores e buscam compreender melhor desde o conteúdo textual e imagético, como também a composição material e escolha gráfica de livros já publicados.
- A bibliografia aqui apresentada serve de base para as experimentações e será revisada no decorrer da bolsa.
ARBEX, Márcia (Ed). Poéticas do visível: ensaios sobre a escrita e a imagem. Programa de Pós-Graduação em Letras, Estudios Literários, Faculdade de Letras, UFMG, 2006.
CARRIÓN, Ulises. El arte nuevo de hacer livros. Plural, México, feb.1975. objetivos e metas;
CASTLEMAN, Riva. A century of artists books. New York: The Museum of Modern Art, 1994. DRUCKER, Johnna. Figuring the word: essays on books, writing and visual poetics. New York: Granary Books, 1998. MOEGLIN-DELCROIX, Anne. Livres d’artistes. Paris: Centre Georges Pompidou/B.P.I.; Éditions Herscher, 1985.
PLAZA, Julio. O livro como forma de arte. Mar. 1980. 3p (Artigo avulso)
PLAZA, Julio. O livro como forma de arte (I). Arte em São Paulo, São Paulo, n.6, abr.,1982.
PLAZA, Julio. O livro como forma de arte (II). Arte em São Paulo, São Paulo, n.7, maio, 1982.
PLAZA, Julio. Tradução intersemiótica. São Paulo: Perspectiva; [Brasília]: CNPq, 1987.
SILVEIRA, P. (2008). A página violada: da ternura à injúria na construção do livro de artista. 2ª ed. Porto Alegre: UFRGS.
TSCHICHOLD, Jan. A forma do livro: ensaios sobre tipografia e estética do livro. Atelie Editorial, 2007.
0 notes
testandolivromaju · 1 year
Text
Fundamentação Teórica e Bibliografia
As publicações das autoras citadas anteriormente, Riva Castleman, Johanna Drucker e Anne Moeglin-Delcroix, levantam apontamentos sobre as transformações do livro. As autoras discutem como os artistas pensam o livro como obra, o processo de concepção e execução, que pode ser parcialmente executado através de uma colaboração interdisciplinar ou centralizada em uma pessoa só.
  Entre muito dos apontamentos, um marcante seria que o livro não precisa ser de fato um livro, bastante ser a ele referente, mesmo que remotamente; os limites estão cada vez convidativos a serem passados pelas propostas gráficas, plásticas e de leituras. O suporte livro não é somente suporte verbal. É fator fisicamente ativo na leitura e os artistas levam esta preposição cada vez mais longe.
  Serão as ideias trabalhadas por essas autoras que irão guiar inicialmente a pesquisa que, consequentemente se complementa com Julio Plaza e suas publicações em solo brasileiro assim como sua importante participação no cenário institucional e da produção artística com Caixa Preta (1975).
  Há uma retomada de publicações anteriores que fomenta a ideia destes autores como o mexicano Ulises Carrión, o contraste do racionalismo e objetividade defendida por Jan Tschichold em “A Forma do Livro: ensaios sobre tipografia e estética do livro” (2007), com ensaios escritos na segunda parte do século XX.   
  Para uma maior abrangência e organização das ideias dois livros importantes serão utilizados, Poéticas do Visível, de 2006 e A página Violada, de 2008, que exploram melhor os conceitos apresentados pelos autores anteriores e buscam compreender melhor desde o conteúdo textual e imagético, como também a composição material e escolha gráfica de livros já publicados.
- A bibliografia aqui apresentada serve de base para as experimentações e será revisada no decorrer da bolsa.
ARBEX, Márcia (Ed). Poéticas do visível: ensaios sobre a escrita e a imagem. Programa de Pós-Graduação em Letras, Estudios Literários, Faculdade de Letras, UFMG, 2006.
CARRIÓN, Ulises. El arte nuevo de hacer livros. Plural, México, feb.1975. objetivos e metas;
CASTLEMAN, Riva. A century of artists books. New York: The Museum of Modern Art, 1994. DRUCKER, Johnna. Figuring the word: essays on books, writing and visual poetics. New York: Granary Books, 1998. MOEGLIN-DELCROIX, Anne. Livres d’artistes. Paris: Centre Georges Pompidou/B.P.I.; Éditions Herscher, 1985.
PLAZA, Julio. O livro como forma de arte. Mar. 1980. 3p (Artigo avulso)
PLAZA, Julio. O livro como forma de arte (I). Arte em São Paulo, São Paulo, n.6, abr.,1982.
PLAZA, Julio. O livro como forma de arte (II). Arte em São Paulo, São Paulo, n.7, maio, 1982.
PLAZA, Julio. Tradução intersemiótica. São Paulo: Perspectiva; [Brasília]: CNPq, 1987.
SILVEIRA, P. (2008). A página violada: da ternura à injúria na construção do livro de artista. 2ª ed. Porto Alegre: UFRGS.
TSCHICHOLD, Jan. A forma do livro: ensaios sobre tipografia e estética do livro. Atelie Editorial, 2007.
0 notes
garadinervi · 2 years
Photo
Tumblr media
herman de vries – all all all. Werke 1957–2019. Gerhard-Altenbourg-Preis 2019, Compiled by Laura Rosengarten, Edited by Roland Krischke and Lindenau-Museum Altenburg, Texts by Roland Krischke, Anne Moeglin-Delcroix, Laura Rosengarten, Maren Wienigk, Deutscher Kunstverlag, Berlin, 2019 [Exhibition: Lindenau-Museum Altenburg, October 13, 2019 – January 1, 2020]
23 notes · View notes
robertogreco · 6 years
Photo
Tumblr media
Library Underground — a reading list for a coming community (Sternberg Press, direct link to .pdf, via Benjamin Hickethier):
What does it mean to publish today? In the face of a changing media landscape, institutional upheavals, and discursive shifts in the legal, artistic, and political fields, concepts of ownership, authorship, work, accessibility, and publicity are being renegotiated. The field of publishing not only stands at the intersection of these developments but is also introducing new ruptures. How the traditional publishing framework has been cast adrift, and which opportunities are surfacing in its stead, is discussed here by artists, publishers, and scholars through the examination of recent publishing concepts emerging from the experimental literature and art scene, where publishing is often part of an encompassing artistic practice. The number and diversity of projects among the artists, writers, and publishers concerned with these matters show that it is time to move the question of publishing from the margin to the center of aesthetic and academic discourse.
Texts by Hannes Bajohr, Paul Benzon, K. Antranik Cassem, Bernhard Cella, Annette Gilbert, Hanna Kuusela, Antoine Lefebvre, Matt Longabucco, Alessandro Ludovico, Lucas W. Melkane, Anne Moeglin-Delcroix, Aurélie Noury, Valentina Parisi, Michalis Pichler, Anna-Sophie Springer, Alexander Starre, Nick Thurston, Rachel Valinsky, Eva Weinmayr, Vadim Zakharov.
2 notes · View notes
minky-s-blog · 7 years
Photo
Tumblr media
David Tremlett
On the Border
Amsterdam, Stedelijk Museum, 1979, 1700 ex. 12.5 x 15 cm, 19 p.
source :  Anne MOEGLIN-DELCROIX, Esthétique du livre d'artiste, 1960-1980 [documents conservés dans le Département des Estampes et de la Photographie de la Bibliothèque Nationale de France],  Paris : J.-M. Place : Bibliothèque nationale de France, cop. 1997, 227 p.
12 notes · View notes
elijahweiss-blog · 7 years
Text
Anne Moeglin-Delcroix The Model of the Sciences//1997
It was interesting reading this when she said "The most authentic art is not the work of the artist" really through me off guard and made me think. This made me ask myself how could that be a real thing then I began to consider the things that I enjoy shooting myself and then thought well maybe this makes sense. I capture things that I intend or are beautiful to me but I did not make that subject. For example while shooting a person you can capture almost anything but I did not create that person.Or when shooting a beautiful landscape nature made it. So I feel as if the true beauty in art comes from the subject in a natural setting with little manipulation to it. In the article she talked about grabbing visual attention as a primary goal and this is what creates an interest into the arts and builds knowledge because in order to feel a piece you must know the content surrounding the piece.
In the book 20 rules and techniques used in 1997 by a nine year old boy described by Christian Boltanski 1975- Small photos where the child was removed from their identity to just hands and feet, The observer is in search of their own childhood, this creates a different image in everyones head depending on who is viewing it. I feel that this kind of art is the strongest form because something that can be easily relatable to an individual will bring more exposer to the piece because in turn they can go and show more people. Boltanski said he always tries to active memory in others which captures the viewer. When creating art that is in such form it becomes more of a study than art because making people reflect on past experience you will get a lot of different backgrounds that all relate to a piece.
This reading I relate back to the question of what the defoinition of art is from the beginning of the semester. It is different to everybody and holds significantly different meaning too.
0 notes
afarid21 · 7 years
Text
The Model of the Sciences Reading Response
Anne Moeglin-Delcroix The Model of the Sciences 1/29/18
I think that Anne Moeglin-Delcroix brings up a really interesting point when she talks about artists making the transition from art to science, and it is interesting to think about how an artist’s point of view may be beneficial in a scientific sense. I can see how photography would definitely be helpful scientifically, especially when trying to document a culture or certain patterns. Didier Bay’s study of couples wedding photos is intriguing to think about, especially from a sociologist’s point of view, as there is so much that can be taken into account when studying each photo; every little bit of each individual photo can be compared to other wedding photos and patterns can be discovered. I believe that looking at photograph’s from a sociologist’s viewpoint can be very powerful, and provide quite a different perspective from a regular viewer. Christian Boltanski’s project regarding the photographs of children and board games is interesting, and a cool idea, especially regarding that the photos only contain the hands and feet of the children. It would be very interesting to study any patterns that arise based on looking at just the hands and feet of children while they play board games. Moeglin-Delcroix brings up an peculiar point to me when she exclaims that these projects all focus on the concrete instead of the abstract formalism, which to me goes to show that art appears in so many different forms or projects, and is seen differently by every person, especially regarding how they specifically look at it.
0 notes
elenaludwig-blog1 · 7 years
Text
The Model of Sciences reading
Elena Ludwig
January 24, 2017
The Model of Sciences, Anne Moeglin-Delcroix. 1997
 In the model of sciences, written by Anne Moeglin-Delcroix, the reading talks about art and science. At first when reading the title I was confused and didn’t know how the two would connect. Yes, with photos chemicals would be used with developing and the process could be considered scientific, but other than that I did not really know how the two would correlate. She connects it to human science, which studies biological, social, and other aspects of the human life. Artists Christian Boltanski, who our last reading was about, is mentioned as his work being an example. The photos taken were of children playing hand games, but the photos only show hands or feet, leaving the rest of what is going on a mystery. On page 111, Moeglin-Delcroix says “In each case, gathering and collecting refer to an empirical definition of science. They reveal a spirit of curiosity and a taste for the concrete”. When hearing this I think of the piece we saw in class of Boltanski’s, with the reel of all the babies that would whir around, and the counter of deaths and births. All photographers talked about in this article contain a collection, or series of a type of photograph, be it the same age, gender, activity, or person.
0 notes
rbolick · 8 months
Text
Books On Books Collection - Margaret (Molly) Coy & Claire Bolton
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
Text
Sobre
Pensando na materialidade do livro, busca-se explorar os desdobramentos físicos, formais e conceituais que houve acerca dos materiais impressos que hoje circulam como publicações editoriais. Há o resgate dos sentidos físicos que potencializam o significado das narrativas através desta materialidade que hoje se categoriza em inúmeras divisões: livros interativos, livros de artistas, livros objetos, etc.
  Diversos autores no decorrer do século XX tentaram sistematizar essas produções. A partir dos anos 60, com a influência do conceitualismo, as autoras Riva Castleman, Johanna Drucker e Anne Moeglin Delcroix publicaram estudos com mapeamentos de produções impressas que fogem do cânone da construção do livro. É no fim do século passado que começa haver exposições levantando debates acerca de trabalhos de exemplares únicos, publicações experimentais, livros que apresentam uma forma altamente mutável.
  No Brasil, o cenário paulista tem destaque com a poesia concreta, em particular, as experiências de Décio Pignatari, Haroldo e Augusto de Campos, com a participação de Julio Plaza. Este último, inspirado na escrita de Cárrion, inicia o debate institucional com suas publicações, acerca das produções marginais literárias, como a arte postal, mas também os termos que podem ser usados para diferenciar esses trabalhos e assim, assimilar melhor tais objetos. É importante destacar a obra de Plaza, Caixa Preta (1975), que com a parceria do poeta Augusto de Campos, materializa o que a poesia concreta buscava como uma “arte geral da palavra”, ou seja, a integração do som, visualidade e sentido de cada vocábulo. Ao estudar a interatividade do objeto livro, estes autores e artistas expostos pretendem falar da interação tátil e visual que se pode ter com o objeto, independente de seu conteúdo textual ou iconográfico.
  Com pouca bibliografia acerca das obras brasileiras, é papel do pesquisador ir além deste cenário paulista concreto e procurar mapear produções de outras regiões não só deste contexto, mas também publicações contemporâneas que são pouco valorizadas pelo mercado e instituições.
  A produção editorial independente contemporânea lida hoje com novas formas de se fazer o livro, a fronteira entre editor, design gráfico e autor está cada vez mais difusa, o que é curiosamente instigante. Editoras de uma pessoa só, de autopublicações, produção de livros de baixo orçamento, circulações marginalizadas, feiras independentes, livros digitais, livros que não se encaixam na concepção canônica do que se é entendido como livro. Borrar as fronteiras e a materialidade do livro democratizou a possibilidade de se experimentar fazer e comercializar seu livro.
  Considerando algumas produções editoriais com características mais comerciais percebe-se que há espaço para a exploração da materialidade do livro interativo. A exploração desta linguagem pode ser exemplificada em algumas publicações como a trilogia Griffin e Sabine (1991, 1992, 1993) do autor inglês Nick Bantock, um romance epistolar que é desenvolvido entre cartas e postais trocados pelos personagens, sendo as cartas removíveis das páginas, trazendo maior interatividade do leitor. A interação física com os envelopes e as folhas das cartas escritas pelos personagens da trama, a violação da página estática e como somente suporte textual demonstra que há modos de se fazer perceber a subjetividade no contexto gráfico do livro.
  O livro Fachadas (2017), produção contemporânea publicada pela editora independente brasileira Lote42, apresenta desenhos de casas antigas e surrealistas, que dispostas em formato de livro sanfonado, quanto mais você olha para os conjuntos de fachadas, mais histórias daquela rua vêm à tona. A encadernação interativa e distinta torna física a proposta de leitura. Além de apresentar diversas opções de cores de capa, cabendo ao leitor escolher qual lhe agrada mais, e assim, integrando cada vez mais quem irá ler a obra e dando espaço para este tomar decisões acerca do objeto livro.
  O contato com estes livros exemplificados ocorreu durante o projeto do Pibiart 2020, Vicissitude Gráfica, que estudou as transformações da palavra e suas manifestações e isto englobava a sua impressão na página, no livro. A partir desse projeto, foi possível explorar o mapeamento entre design gráfico e artes visuais com enfoque na tipografia, no decorrer do século XX, no qual estudou-se cartazes, revistas, poemas, manifestos, livros, cartas e montouse um acervo digital deste material. Agora se busca aprofundar os estudos acerca do objeto livro (livro enquanto objeto) e de subversões feitas em sua construção (capa, texto, capítulos, encadernações, etc) que dispõe a passar com mais eficiência a proposta de leitura, possibilitando assim, montar um repertório de referências que poderão atender aos interessados no tema.
  Através destes estudos e entendendo a carência que existe acerca do tema no Instituto de Artes e Design (UFJF), ou melhor, no âmbito acadêmico da UFJF, já que é uma pesquisa que se tange com o campo da Letras e Comunicação, busca-se promover uma ação que enriqueça a interdisciplinaridade na formação estudantil, desse modo, possibilitando para todas as áreas a oportunidade de aprofundamento teórico e prático sobre algo tão comum a nós: o livro.
0 notes
testandolivromaju · 1 year
Text
o projeto
sobre
   Pensando na materialidade do livro, busca-se explorar os desdobramentos físicos, formais e conceituais que houve acerca dos materiais impressos que hoje circulam como publicações editoriais. Há o resgate dos sentidos físicos que potencializam o significado das narrativas através desta materialidade que hoje se categoriza em inúmeras divisões: livros interativos, livros de artistas, livros objetos, etc.
  Diversos autores no decorrer do século XX tentaram sistematizar essas produções. A partir dos anos 60, com a influência do conceitualismo, as autoras Riva Castleman, Johanna Drucker e Anne Moeglin Delcroix publicaram estudos com mapeamentos de produções impressas que fogem do cânone da construção do livro. É no fim do século passado que começa haver exposições levantando debates acerca de trabalhos de exemplares únicos, publicações experimentais, livros que apresentam uma forma altamente mutável.
  No Brasil, o cenário paulista tem destaque com a poesia concreta, em particular, as experiências de Décio Pignatari, Haroldo e Augusto de Campos, com a participação de Julio Plaza. Este último, inspirado na escrita de Cárrion, inicia o debate institucional com suas publicações, acerca das produções marginais literárias, como a arte postal, mas também os termos que podem ser usados para diferenciar esses trabalhos e assim, assimilar melhor tais objetos. É importante destacar a obra de Plaza, Caixa Preta (1975), que com a parceria do poeta Augusto de Campos, materializa o que a poesia concreta buscava como uma “arte geral da palavra”, ou seja, a integração do som, visualidade e sentido de cada vocábulo. Ao estudar a interatividade do objeto livro, estes autores e artistas expostos pretendem falar da interação tátil e visual que se pode ter com o objeto, independente de seu conteúdo textual ou iconográfico.
  Com pouca bibliografia acerca das obras brasileiras, é papel do pesquisador ir além deste cenário paulista concreto e procurar mapear produções de outras regiões não só deste contexto, mas também publicações contemporâneas que são pouco valorizadas pelo mercado e instituições.
  A produção editorial independente contemporânea lida hoje com novas formas de se fazer o livro, a fronteira entre editor, design gráfico e autor está cada vez mais difusa, o que é curiosamente instigante. Editoras de uma pessoa só, de autopublicações, produção de livros de baixo orçamento, circulações marginalizadas, feiras independentes, livros digitais, livros que não se encaixam na concepção canônica do que se é entendido como livro. Borrar as fronteiras e a materialidade do livro democratizou a possibilidade de se experimentar fazer e comercializar seu livro.
  Considerando algumas produções editoriais com características mais comerciais percebe-se que há espaço para a exploração da materialidade do livro interativo. A exploração desta linguagem pode ser exemplificada em algumas publicações como a trilogia Griffin e Sabine (1991, 1992, 1993) do autor inglês Nick Bantock, um romance epistolar que é desenvolvido entre cartas e postais trocados pelos personagens, sendo as cartas removíveis das páginas, trazendo maior interatividade do leitor. A interação física com os envelopes e as folhas das cartas escritas pelos personagens da trama, a violação da página estática e como somente suporte textual demonstra que há modos de se fazer perceber a subjetividade no contexto gráfico do livro.
  O livro Fachadas (2017), produção contemporânea publicada pela editora independente brasileira Lote42, apresenta desenhos de casas antigas e surrealistas, que dispostas em formato de livro sanfonado, quanto mais você olha para os conjuntos de fachadas, mais histórias daquela rua vêm à tona. A encadernação interativa e distinta torna física a proposta de leitura. Além de apresentar diversas opções de cores de capa, cabendo ao leitor escolher qual lhe agrada mais, e assim, integrando cada vez mais quem irá ler a obra e dando espaço para este tomar decisões acerca do objeto livro.
  O contato com estes livros exemplificados ocorreu durante o projeto do Pibiart 2020, Vicissitude Gráfica, que estudou as transformações da palavra e suas manifestações e isto englobava a sua impressão na página, no livro. A partir desse projeto, foi possível explorar o mapeamento entre design gráfico e artes visuais com enfoque na tipografia, no decorrer do século XX, no qual estudou-se cartazes, revistas, poemas, manifestos, livros, cartas e montouse um acervo digital deste material. Agora se busca aprofundar os estudos acerca do objeto livro (livro enquanto objeto) e de subversões feitas em sua construção (capa, texto, capítulos, encadernações, etc) que dispõe a passar com mais eficiência a proposta de leitura, possibilitando assim, montar um repertório de referências que poderão atender aos interessados no tema.
  Através destes estudos e entendendo a carência que existe acerca do tema no Instituto de Artes e Design (UFJF), ou melhor, no âmbito acadêmico da UFJF, já que é uma pesquisa que se tange com o campo da Letras e Comunicação, busca-se promover uma ação que enriqueça a interdisciplinaridade na formação estudantil, desse modo, possibilitando para todas as áreas a oportunidade de aprofundamento teórico e prático sobre algo tão comum a nós: o livro.
0 notes
mercurymirror · 7 years
Quote
La société contemporaine a instauré une approche collective des œuvres elles-mêmes, favorisée par une politique d’expositions à succès qui les transforment en événements culturels ; or, cette « massification de l’aura » est tout le contraire d’une démocratisation de l’art, car en elle se perd l’expérience esthétique au profit d’une vague culture artistique où le musée sert à vérifier l’image déjà familière des chefs-d’œuvre donnée par la reproduction.
Anne Moeglin-Delcroix
1 note · View note
katalektos · 7 years
Quote
El libro es, tanto históricamente como por su propia naturaleza, un medio concebido para conferir prioridad al mensaje. Esa es una de las principales razones que avalan su aparición en el mundo del arte en los años 60’s.: El rechazo al formalismo artístico (en aquel momento dominante en la práctica creativa y crítica) a favor de un arte cuyo fin era significar (para modificar hábitos de pensamiento) o intervenir en el mundo y en la vida real (para transformarlo). En resumen, el libro, por su verdadera naturaleza, me parece ser el medio idealista (visible) por excelencia. El soporte material no tiene que ser tenido en cuenta, excepto en la medida en que contribuye al contenido
Anne Moeglin-Delcroix. Esthétique du livre d´artiste 1960-1980 (Paris: Jean Michel Place/ Bibliothèque National de France, 1997).
0 notes