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#cabelos 2017
ethyella · 1 month
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Ꮺ⠀⠀⠀TASK #02⠀⠀⠀:⠀⠀⠀missões⠀⠀⠀!
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⸻⠀⠀⠀but i've seen this episode and still love the show.
evangeline estava sentada em sua cama, com as pernas cruzadas em posição de borboleta e o caderno em suas mãos. as instruções eram simples, precisava apenas focar tudo que tinha naquele momento e o único lugar que considerava calmo o suficiente era seu próprio chalé. para a jovem, a tarefa era árdua, pelo simples fato de não saber identificar os sentimentos daquela missão. podia ser considerada extrovertida, despreocupada, quase nunca demonstrava o que de fato sentia. e se nem ela mesma sabia reconhecer seus sentimentos, como poderia transferi-los para um papel? e o pior, como fazer aquilo sem abrir feridas que deveriam ficar fechadas, soterradas o mais fundo possível? o local estava tão silencioso que o barulho da brisa atravessando entre as frestas da janela podia ser ouvido, se prestasse atenção o suficiente. encarou a página em branco, brincando com a caneta dentro os dedos, incerta de como iniciar. divagou até a missão que considerava mais importante, aquela que mais guardava medos. respirou fundo, aproximando a ponta da caneta do papel. com cautela, escreveu tudo que sentia enquanto as cenas vinham em sua cabeça: pânico, angustia, incerteza.
** a leitura a seguir menciona temas como sangue, dilaceração de pele e músculo, morte, cabeça perfurada, desmembramento. caso seja sensível à qualquer um dos tópicos, a leitura é desencorajada e, até mesmo, não indicada.
fort bragg, califórnia. junho, 2017.
tirou os fios de cabelo da frente do rosto ao fazer um rabo de cavalo no cabelo. era uma tarefa simples, ponderou. precisavam apenas explorar as ruínas e trazer o que achassem relevante ser estudado, nada mais. fort bragg era uma cidade pequena, sem muitos registros, mas haviam informado que precisavam de novas avaliações e eva se ofereceu, sem pensar muito. ela tinha uma profecia que a mandava para o oeste, afinal, e seu pai era o deus do vento oeste. o que podia dar de errado?
o clima na cidade pequena era agradável e, apesar de ser um mês seco, estava chovendo naquele dia, sem a presença do sol. o vento transpassava a vestimenta e lhe agarrava a pele, mas evangeline mantinha-se focada em seu objetivo. com a lanterna em mãos, estava em uma pequena ruína, perto da praia, onde poucos se aventuravam a explorar. era necessário quarenta minutos de subida íngreme, passar por um descampado e descer uma escada velha - tudo tranquilo até então para uma dupla de semideuses.
assim que entrou nas ruínas, um arrepio percorreu toda a espinha, a fazendo estremecer. o silêncio era ensurdecedor, apenas com os passos deles ecoando no local. segurou a pulseira do pulso esquerdo com força. era apenas um balançar. com passos firmes, avançou na frente, enquanto o outro semideus ficou na retaguarda. não sabia explicar, mas seu sentido de semideus dizia que havia algo de errado. estava em alerta por conta daquilo. podia ser pela atmosfera que estava pesada, como se o ar no local fosse denso e difícil de respirar, com a poeira subindo conforme avançava. o som das gotículas de chuva batendo no mármore trazia um aspecto ainda mais assustador. cada passo era uma dose da sorte que gastavam, pois sequer sabia o que tinha embaixo daquilo.
evangeline, por ser mais rápida, ia na frente com a lança aposta e logo atrás, seguindo-a, vinha kimberly, uma filha de hebe, alguns anos mais velha. quando estavam no centro das ruínas, um barulho na extremidade a nordeste delas chamou a atenção, fazendo com que eva pusesse a ponta da lança mais a frente. ouviu-se um sibilar que fez a filha de zéfiro congelar. viu-se a silhueta de uma cauda de cobra, porém o corpo... era humano. uma lâmia. era grande, ágil e os olhos pareciam que iriam devorá-las. sem pensar muito, kimberly partiu para cima do monstro, usando seu poder de teletransporte e velocidade acima do normal para desferir alguns golpes na criatura, que parecia estar sofrendo. enquanto isso, eva permaneceu estática.
ao que parecia, o combate não duraria mais muito tempo, já que kimberly, com maestria, parecia ter tudo sobre controle. talvez a criatura não estivesse pronta para alguém tão novo e tão experiente. a lâmia não fazia mais esforço para se defender dos golpes ágeis da semideusa. uma dor aguda sua perna fez evangeline gritar e cair de joelhos. algo havia perfurado sua perna, fundo, passando pelo músculo e chego no osso. havia outra lâmia, mas essa, mais velha e com uma expressão de ainda mais ódio nos olhos.
a dor era tamanha, que mal conseguia mais embainhar a lança para se defender. kimberly, do outro lado, não tinha como a ajudar sem antes finalizar seu combate. sentia o sangue escorrendo para fora de seu corpo e nada podia fazer. o ataque a pegou de surpresa, mas ainda fazia força para levantar, a dor excruciante tomando conta do seu ser. sabia que precisava levantar, e assim o fizera, após soltar um berro de dor, atraindo a atenção da segunda lâmia.
a criatura tentou novamente acertar eva, dessa vez com a ponta da cauda, que desviou, se abaixando. a dor era tamanha, que agia por instinto de sobrevivência. virou a lança, batendo no peito da lâmia com a base da lança, a jogando em um canto das ruínas, rugindo de dor. a perna ainda sangrava, formando agora uma pequena poça no chão. se continuasse perdendo sangue daquele jeito, logo não conseguiria andar e quem dirá batalhar. sabia que precisava continuar, ao menos até que kimberly finalizasse com a lâmia maior.
enquanto a semideusa analisava as possibilidades, a lâmia se levantou e avançou em sua direção, mas eva fora mais rápida. virou a ponta da lança contra ela, e em um movimento rápido, cravou a lâmina no meio da cabeça da criatura. tudo fora rápido demais. a força do impacto contra o crânio da lâmia arremessou evangeline para longe, a obrigando a fazer força com a perna machucada para impedir que caísse sentada. a lâmia soltou um urro, uma mistura de dor agonizante por conta do metal com raiva pelo ferimento. sua arma presa no meio da cabeça da criatura a queimava. demorou mais um tempo enquanto a criatura se contorcia, lentamente ficando mais fraca, até cair no chão.
evangeline precisava ignorar a dor em sua perna. respirou fundo, ainda vendo kimberly lutando com a primeira lâmia, que parecia aguentar os golpes desferidos contra, usando todos os truques que podia com a sua cauda. ao voltar sua atenção para o ferimento, rasou a manga da camisa e usou para fazer um torniquete improvisado em sua perna. ainda não havia terminando a missão e estavam longe de encontrar o objeto. estava terminando o nó quando som medonho do metal rasgando a carne atravessou seus ouvidos.
aterrorizada pela crueldade presente nos olhos de kimberly, evangeline não deu um passo sequer enquanto ela finalizava o desmembramento, apenas observava e uma sensação de alívio a invadiu. brevemente, pois um estrondo chamou sua atenção. a colega de missão havia pisado em alguma coisa, que ativou algumas armadilhas ocultas. os pilares, antes de beleza intocada, davam espaço em seu meio para um sistema de gatilhos armados com flechas. ela não queria saber do que eram, por isso, tentou correr ao máximo para onde haviam entrado, arrastando a perna feria junto.
de costas, pode ouvir um guincho de dor vindo atrás de si. kimberly havia sido atingida pelas flechas. a vontade de virar contrastava com o instinto de manter-se a salvo. ao chegar na ponta, virou-se, apenas para flagrar a imagem de kimberly e seus olhos arregalados de dor. quis gritar, mas a dor excruciante em sua perna a mantinha presa, tamanho esforço que a adrenalina havia feito para tirá-la do raio de ataque, agora cobrava o preço de não poder salvar a companheira, que estava morrendo diante de seus olhos. com o suspiro final, seu corpo despencou lentamente, atingindo o chão com um estrondo.
a visão alterou conforme a sua vontade. agora via ela deitada no lugar de kimberly, depois de ter ido enfrentar a primeira criatura, assim, teria salvo a companheira. nunca desejara que ela morresse, ainda mais por algo que deveria ser fácil. era como se estivesse assistindo um episódio mais triste da temporada ser gravado em tempo real.
era atingida pela flecha no mesmo lugar onde havia sido ferida pela lâmia, caindo de joelhos. kimberly lutou para tentar chegar até ela, mas a salva de flechas não a permitiu. o cheiro metálico do sangue permeava o ar, trazendo um ar melancólico na despedida delas. por mais que estivesse ferida, não sentia dor alguma.
quando a folha de louro terminou de queimar, evangeline estava com os olhos inchados e o rosto molhado, tomado pelas lágrimas que escorriam livremente. por mais que tivesse desejado que fosse diferente, sabia que nada mudaria o que já havia acontecido. era tomada por uma culpa cada vez que revisitava as memórias. juntou as cinzas que restaram, colocando-as sobre o pergaminho que havia escrito e enrolou tudo, colocando a conta agora em seu colar.
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@silencehq @hefestotv
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conjugames · 10 days
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Little Girl Blue
Não de forma premeditada tenho consumido bons conteúdos sobre viagens no tempo, linhas temporais, realidades paralelas, passado e futuro. Sempre me atraiu esse assunto como algo bastante possível, nada de surpreendente para quem prefere viver no mundo das ideias ao invés da realidade esmagadora que se encontra por ai. Pois fui fazer o jantar, dia de massa por ter tido um dia cansativo, por ser simples, rápido, por eu ter prazer em comer massas como forma de consolo em dias estressantes, ainda não aprendi deixar de comer minha emoções. Seguindo o mesmo raciocínio o vinho me xavecou quando fui pegar o molho na geladeira, servi uma taça e coloquei Janis Joplin para tocar. Foi ali, naquele exato milésimo de segundo que puder dizer "fica tudo bem." para eu mesma que fazia o jantar tão perdida e decepcionada com a própria realidade ali por volta de 2017, também fazia massa naquela noite e me lembro de sequer ter tido tempo de lavar o cabelo, ocupada com tudo menos com minhas próprias vontades. Capturando aquele segundo em minha mente tudo que eu desejava era silêncio, uma taça de vinho, luzes amarelas dessas que traz conforto para a casa em belíssimas luminárias, aconchego, andar descalça me atentando a sentir o chão frio em meus pés, o cabelo solto sem preocupação com o alinhamento dos fios, uma blusa duas vezes o meu tamanho, uma calcinha confortável, meus livros e quinquilharias expostas pela casa para que em cada centímetro estivesse espalhado vestígios meus, comprovando que naquele lugar eu existia por ser meu e não por ser útil. Tudo isso parecia tão longe e distante, inalcançável como a paz era para aquela noite em 2017. Não tinha apenas imaginado, tinha visto minha casa, isso mesmo! A que hoje habito e tem meu cheiro por todos os cômodos e também meus livros e quinquilharias. Só me dei conta quando estava exatamente na cena que tanto almejava com a taça de vinho na mão direita, desconectada com a realidade e pensando sobre qualquer outro artigo que vai fritar meus neurônios. O lapso de percepção só me veio quando Janis sussurrou em meu ouvido novamente "oh minha menininha triste [...] ". Consegui chegar onde pude me encontrar novamente e essa tem sido minha maior conquista, espero nunca mais me perder de vista.
terça-feira, setembro.
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pussycatalex · 20 days
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Aleksan’it te Tskaha Mo'at'ite, the predator.
First and most fearless Palulukan Makto in Omatikaya clan.
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Amado filho da poderosa tsahìk Ale'santralí e do feroz olo'eyktan Haní’it, os grandes lideres do abençoado clã Omaticaya. Protetor das florestas, curandeiro engenhoso e o mais bravo arqueiro que seu povo já viu depois de sua adorada bisavó Neytiri.
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❛Aleksan’it era um príncipe tão lindo quanto selvagem, com seus longos cabelos pretos como as noites mais escuras da floresta e cachos volumosos livres como os dos Metkayina, sua outra parte da familia. Tinha pele em um tom azul bem mais escuro que os de outros Omatikaya, facilmente destacável entre todos, e olhos verdes fortes quanto os de um Thanator voraz.❜
Foi o montador mais jovem entre todos os clãs, aos 12 anos de idade e cheio de uma coragem não lhe cabia dentro do peito, Aleksan’it ficou cara a cara com um Palulukan implacável como um touro,montou em suas costas com tudo e perguntou-lhe em tom firme:
"Você quer ser o meu melhor amigo da maneira mais fácil ou pela maneira mais dificil?"
Claro que havia sido pela maneira mais dificil, ambos eram orgulhosos demais para cederem o primeiro passo e algo conquistado de forma dura era muito mais glorificante para dois bravos guerreiros.
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It is very hard to fill a cup which is already full. You have a strong heart, no fear.
Aleksan’it ainda é vaidoso, mantém um cuidado a mais para suas próprias e confecciona os próprios acessórios, ele ama usar penas em demasia, braceletes grossos e locks feitos de pequenos corais nas tranças chamativas, do mesmo modo que tem um grande carinho por usar flores de cores muito vivas. Carrega consigo tatuagens ancestrais de diversos significados, canções antigas, animais sagrados, marcas de guerra contra os humanos e sigilos na'vi que representam a marca do guerreiro.
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Sempre preferiu a noite do que o dia, as más linguas da maioria dos na'vi dizem que animais perigosos dispertam pela floresta como um mundo completamente novo e transformado por tais criaturas.
O principe não tinha medo, ele amava cada uma das criaturas que habitavam os arredores de sua casa, porque elas eram criações de Eywa e nada poderia ser mais bonito do que criaturas sagradas.
"Não terei medo. O medo envenena a mente. Ele é a pequena morte que nos leva à aniquilação total, por essa razão eu não temo e enfrentarei o meu medo."
Além de Palulukan, Aleksan’it também mantém conexões com seus outros amados animais. Todos eles tem a mesma idade que a sua, dessa forma a ligação se fortalece a cada ano que crescem juntos.
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Tok, a Sombra.
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Tic'ê, a rainha.
Palulukan Makto, the predator.
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badpotterhead · 9 months
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Ficha técnica: Rose Granger-Weasley
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NOME: Rose Granger-Weasley
APELIDO: Rosie
DATA DE NASCIMENTO: 27 de novembro de 2005
SIGNO: Sagitário
PAIS: Hermione Granger e Ronald Weasley
IRMÃOS: Hugo Granger-Weasley
CABELOS: ruivos e ondulados
COR DA PELE: branca
COR DOS OLHOS : azuis
ANOS EM HOGWARTS: Setembro de 2017 até junho de 2024
CASAS: Grifinória
POSTOS OCUPADOS EM HOGWARTS: Monitora, monitora-chefe, artilheira do time de quadribol da Grifinória
ATUAL EMPREGO: empresária
RELACIONAMENTOS: Cormac McLaggen Junior (atual)
TEMPERAMENTO: estudiosa, vaidosa, sociável, inteligente, atlética, metida, arrogante
AMIGOS: Tessa Boot, James Potter, Albus Potter (anteriormente)
Rose é uma das integrantes mais populares da nova geração, e sua fama já era muito grande em Hogwarts, não só por seus feitos acadêmicos e atléticos, como também pelos foras que ela deu no seu admirador nada secreto Scorpius Malfoy. Mas o que ninguém sabe é que há outra razão muito forte para que Rose tenha rejeitado tantas vezes o Malfoy, e que ela tem a ver com uma certa colega de time.
Saiba mais lendo o capítulo dedicado a Rose na fanfic
HARRY POTTER: NEXT GENERATION EXPOSED
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Disponível no WATTPAD e no SPIRIT FANFICS
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blogdojuanesteves · 1 year
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Lantejoulas cintilantes no Vale do Amanhecer  > JOAQUIM PAIVA
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O capixaba Joaquim Paiva, fotógrafo, tradutor, curador e um dos mais importantes colecionadores de fotografia da América Latina, com cerca de 2000 obras de seu acervo cedido em comodato para o Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, um material amealhado por anos em suas viagens como diplomata, em diferentes países que exerceu sua profissão desde o final dos anos 1960 até recentemente. Foi em Brasília, DF, que graduou-se em Direito e onde fez sua primeira exposição em 1972, Abstrações, no Clube das Nações. Desde então a capital e sua peculiar sociedade esteve em seu repertório e em seus livros, o mais recente Lantejoulas cintilantes no Vale do Amanhecer ( [Lp] Press, 2023).
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O Vale do Amanhecer é uma comunidade religiosa eclética localizada em Planaltina, a 45 km do centro de Brasília, fundada em 1959 pela sergipana Neiva Chaves Zelaya (1925-1985) conhecida como "Tia Neiva", ex-caminhoneira, um dos personagens deste livro que como o autor descreve poeticamente: "aparece sentada, olhando para a câmera, os cabelos pretos armados e um elegante vestido com faixas em tons de amarelo, preto, branco, vermelho, verde e roxo. Olhar atencioso, muito educada, falava pouco."
Lantejoulas cintilantes no Vale do Amanhecer, de certa forma, dá continuidade a  produção primordial do autor sobre a cidade e seu entorno, iniciada nos anos 1970 e representada em livros como Foto na Hora-Lembranças de Brasília ( Centro de la Imagen-México, 2013), Rodoviária de Brasília ( [Lp] Press, 2021 ), Farsa Truque Ilusões ( [Lp] Press, 2017) e Brasília de 0 a 40 anos: Cidade Livre ( Arte 21, 2000). Publicações entre as outras de caráter mais artístico e íntimo como 1927-1970 ( {Lp} Press, 2019) um livro que homenageia sua mãe, a partir de seus diários autobiográficos e o Zine Elson faz 70 ( {Lp} Press, 2018) sobre seu irmão, em cerca de dez livros que compõem seu repertório.
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Assim como Rodoviária de Brasília, o penúltimo livro, lançado em 2022 no Festival Foto em Pauta Tiradentes e esta edição no mesmo evento em março deste ano, o autor retoma os anos 1970 não somente no seu conteúdo mas também no elegante projeto gráfico, feito pela editora que nos faz lembrar das publicações da Aperture, uma ONG criada em 1952 nos Estados Unidos, uma das poucas editoras a desembarcar nas raríssimas livrarias especializadas em fotografia no Brasil dos anos 1970 e 1980, como a da Fotoptica de Thomaz Farkas (1924-2011  ) e a  Álbum, do fotógrafo Zé de Boni.
Paiva escreve que visitou o Vale do Amanhecer pela primeira vez em 1981. Mas as  fotografias estão divididas em cores, feitas em 1983 e em branco e preto, de 1987. "A atmosfera mística do lugar era envolvente: o Vale surgiu inspirado em religiões e doutrinas variadas, como o cristianismo, o espiritismo kardecista e as civilizações do antigo Egito e dos Incas - um sincretismo que não se deixa decifrar facilmente. As vestimentas dos fiéis, muito coloridas, denotam funções dentro da hierarquia da comunidade."
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Para as imagens em preto e branco, o fotógrafo criou uma espécie de estúdio, usando um pano de fundo que pendurava fora do templo. Sua ideia foi destacar a paisagem, os fiéis e as pessoas à paisana. "A luz intensa do planalto proporcionava sombras dramáticas, que se juntavam às dobras do pano." Curiosamente, esta proposta, onde uma das imagens ilustra a capa da edição, guardadas as proporções lembra uma das primeiras imagens que Paiva adquiriu para sua grande coleção, uma fotografia da americana Diane Arbus (1923-1971), "Albino Sword Swallower at a Carnival", de 1970, a engolidora de espadas fica no centro da imagem, braços estendidos e blusa branca marcando o centro da composição, enquanto o cabo da espada espelha o crucifixo sugerido por seu corpo. Uma tenda de lona ondulante forma o pano de fundo da fotografia, indicando que esta é uma performance que ocorre nos bastidores, não para consumo público. O que podemos relacionar certamente ao proposta do fotógrafo brasileiro, ainda que a maioria das suas imagens sejam mais contemplativas.
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Joaquim Paiva escreve que, "Revendo essas fotos tempos depois, me dei conta que os fotografados pareciam personagens de um teatro. Meninos curiosos se intrometiam pelas bordas para espiar, tornando-se participantes das imagens (convidei um deles, montado a cavalo, para entrar em cena). O preto e branco é misterioso, ainda mais ao lado das cores vibrantes."
Esta última ideia, a dicotomia entre a cor e o monocromático, sustenta plenamente a narrativa do fotógrafo, ajudada pelo distanciamento temporal entre o ato fotográfico e a edição das imagens, mais livre do envolvimento afetivo e do apego que os fotógrafos normalmente têm a elas ao relacionar suas experiências com suas fotografias. O que encontramos também nos livros anteriores. A visão atual do autor sustenta-se igualmente na função do colecionador e seu ampliado arcabouço imagético adicionado por tantos anos de convivência e pesquisa da fotografia.
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No entanto, as imagens construídas em cor, em sua grande maioria retratos, sugerem mais um snapshot do fotógrafo, ao circular pelo templo e fora dele. A construção de um fundo específico, mas despojado para o P & B também tem esta leveza, que evita o embate entre os dois formatos, que na verdade trazem ganhos para as duas concepções. É um registro essencialmente documental, mas com uma cadência maior em razão destas opções.
Joaquim Paiva descreve: "Para além dos fiéis, dos interiores e das fachadas de templos, dos totens, das figuras do sol e da lua crescente, toda uma outra cena emerge, pois ali reside uma comunidade com os seus negócios: os cuidadores das malas e pertences dos frequentadores, os vendedores de automóveis expostos numa vitrine improvisada, a papelaria, as costureiras na loja de botões e aviamentos, os bares, a livraria religiosa, o engraxate."
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Sua descrição gráfica e conceitual abrange uma comunidade que transformou-se radicalmente nas últimas décadas, com a expansão caótica da capital brasileira que desviou-se do projeto original criado pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012) e o urbanista Lúcio Costa (1902-1998), distinta do momento de 1959 quando a cidade ainda estava terminando sua construção e quando a fundadora do Vale do Amanhecer, Tia Neiva, começou a ter seus episódios psíquicos, os quais ela creditava a seres extraterrestres.
"Os meninos assistem televisão no quarto com a parede decorada por um céu de estrelas e um cometa que iria passar em 1986 (a mídia criou grande expectativa a respeito, mas quase ninguém viu o cometa). Crianças brincam e jogam futebol no chão de terra batida.", descrição poética de Joaquim Paiva em seu pequeno posfácio, sintetiza o cotidiano em um senso mais amplo, quando pensamos que a comunidade é rejeitada pelas diferentes culturas religiosas no Brasil, ainda que seu contingente esteja perto de um milhão de pessoas, a seguirem pelo caminho descrito da fundadora, o que insere a obra do fotógrafo na seara da antropologia visual, no sentido de compreendermos através de imagens tal sociedade, não de uma forma mais "exótica" como encontramos em inúmeras reportagens, mas no repertório humano de uma cultura vernacular,  exposta habilmente pelo autor.
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Em seu parágrafo final, Paiva arremata no texto suas imagens: "Belos girassóis amarelos, a luz brilhante dos trópicos, as nuvens no céu a perder de vista. Nas margens do lago é possível ver estrelas durante o dia - artificiais. Do outro lado, os fiéis caminham com cruzes marrons bordadas nas costas. Flores de pano adornam as mulheres. Véus, grinaldas, lantejoulas cintilantes no Vale do Amanhecer." É uma visão de um fotógrafo  sensível pela profusão cultural popular que encontra, a vida que brota intensa e incessante e menos o documentarista analista, crítico, um pseudo-árbitro da sociedade, como tantos outros.
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Imagens © Joaquim Paiva      Texto © Juan Esteves
Infos básicas:
Imagens e conceito: Joaquim Paiva
Projeto gráfico e edição de imagens {Lp} Press
Tratamento de imagens Thiago Barros
Impressão Ipsis
Edição de 200 exemplares/ Capa dura
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escritordecontos · 1 year
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Sábado de chuva em Curitiba
CREME DE CASSIS, nunca compre licor de creme de cassis e tenha uma garrafa em casa, porque você vai querer tomar com sorvete todo dia, várias vezes ao dia, é tipo punheta pra adolescente. Eu compro uma marca de sorvete italiano que com licor de creme de cassis fica quase melhor que rola, quase. Hoje comprei um pote de sorvete de pistache, é bom, mas achei que seria melhor. O tradicional de papaia com licor de cassis é sobremesa de churrascaria, pelo menos é a clássica do Galpão Nelore, de Londrina, na minha opinião a melhor churrascaria do Brasil, conheci no início dos 90's com meu pai, e até hoje quando vou à Londrina almoço lá pelo menos uma vez. Atualmente a churrascaria está bem sofisticada, diferente do que era na década de 90, nos loucos e deliciosos 90's, é um ambiente muito agradável que faz par com o Pobre Juan, outro lugar para comer carne que amo ir, tanto aqui em Curitiba como em Barueri, no shopping Iguatemi, Alphaville, onde tudo é outro mundo. Comer bem é um prazer que a gente nunca deve abrir mão, afinal, desta vida só se leva o que se come ou as comedias que se leva, o resto é chantilly e purpurina.
HOJE acordei muito cedo, li umas páginas de "O que vi dos Presidentes - Fatos e Versões" da queridíssima Cristiana Lobo, é difícil acreditar que a jornalista não está mais entre nós, que perda! No livro ela conta dos presidentes de Sarney pra cá, quando voltamos aos presidentes civis, quando acabou a ditadura militar. De certa forma o Figueiredo, eu me lembro muito do Figueiredo, ele foi presidente de 1979 a 1984, eu tinha de 8 anos pra cima, já tava começando a bater punheta e ter ereções lindas, foi importante para o fim da ditadura, e, claro, não teve nada a ver com minha ereções lindas. Estou lendo, do livro da Cristiana Lobo, os anos do mineiro Itamar Franco, o vice de Collor que assumiu a presidência do Brasil depois do impeachment do alagoano que foi ficou pouco, mas foi um tremendo fiasco, quando se olha para trás é impossível não perguntar como pode um sujeito como esse se eleger presidente do Brasil. Pode, tanto se elegeu como outro pior também conseguiu se eleger. Vivi todos esses tempos, desde antes de Sarney tenho memória, como citei, então, do alto do meu meio século de vida eu posso te dizer, caríssimo leitor, e acredite, que sempre pode vir um pior, um mais fiasquento, um menos apto, um mais boçal, um sujeito terrível, então cuidado, afinal, quem elege é a massa, em geral a massa manipulável, a massa rude e sebosa, a massa chocha e capenga, a massa que nunca leu um livro. O mundo não é um lugar bom para a maioria das pessoas, é ótimo para uns, uns poucos. A grande maioria só se fode, sem levar pirocada, o que é mais irônico.
ÀS 9h30 eu já estava cortando o cabelo. Cabelo é preciso manter coitadinho, para ficar bonito. Outubro, o mês de cuidados pessoais, já estive no meu urologista, rotina de próstata que faço de 2017, tudo lindo, estou numa fase boa, colhendo os resultados de uma vida de intensa atividade física e dieta bacana. Todos os meus exames estão muito bons, aleluia! Mas ainda vou passar pelos outros médicos que me acompanham, todo ano faço um check-up geral, com exames de imagem e este ano estou determinado a fazer uma tomografia da cabeça, se o plano não cobrir, pago. Quero ver como estou em tudo. Quero estar bem por dentro e por fora. Ja estive na minha dentista que faz limpeza e polimento nas facetas, tudo lindo! Também já fiz o Botox semestral e preenchimento, bioestimulador de colágeno já está agendado, tenho sessão de laser semana que vem, mas isso está na rotina dos 45 e 60 dias, sim, estou me livrando de pelos indesejáveis de quase todo o corpo, até do saco. É preciso cuidar do corpinho, este ano me livrei da miopia e dos óculos com a cirurgia de miopia que fiz quase há três meses.
ALÉM dos cuidados pessoais é preciso se dar presentes, afinal, temos que nos mimar, ninguém merece mais que nós mesmo, semana passada me dei de presente um iPhone 15 Pro Max, e estou amando. Junto me dei também AirPods que eu ainda não tinha e achei a coisa mais legal e necessária, atualmente penso que todo mundo precisa ter AirPods, o meu é de terceira geração, mas depois que comprei fiquei em dúvida não não deverei ter investido mais um pouquinho e comprado a versão Pro. Em todo caso, estou achando incrível!
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tecontos · 1 year
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Transando com o meu ex em sua casa.
By; Fabi
Oi. Meu nome é Fabi, sou morena, pequena e magra. Não tenho um corpo exagerado, mas sou extremamente atraente por assim dizer. Tenho uma cor de pele que se fosse para caracterizar a cor do pecado, seria a minha, e um olhar da mais venenosa cobra.
Eu estava namorando com o Jackson, mas por questões de muitas decepções, acabei me afastando dele, e voltando a me aproximar ao Isaque, por quem fui apaixonada perdidamente em 2017 e que cheguei quase a namorar. Pra mim ele era, e é, o único homem capaz de me fazer sentir completa.
Ele é negro, forte e de baixa estatura, tem um rosto sério e adulto, que me faz perder o ar. Conversa vem e conversa vai, descobri que ele estava namorando!
Meu mundo havia até parado de girar! Mas veja bem, era por uma garotazinha de outra cidade, e pelo o que ele dizia, não parecia estar satisfeito. Mesmo assim fiquei com o pé atrás. Marcamos de sair para a Avenida conversar e matar a saudade, por que sim, apesar de tudo sempre houve um entendimento e afeição entre nós..
Porém no último instante ele mudou de ideia e pediu para que eu fosse para a casa dele! Que a mãe dele estava viajando! Congelei, pensei nas mil coisas que poderia acontecer, e não vou mentir: corri para me depilar e não deixar um único fio de cabelo na minha buceta. Vesti uma calça clara bem apertadinha coss alto, um sutiã de rendinha preto e joguei um casaco por cima.
Ele estava me esperando no ponto, maravilhoso com uma camisa colada que lhe caia bastante bem. Ficamos botando a vida em dia até chegarmos em sua casa, onde ele arrumou algumas coisas e depois foi tomar banho, dizendo pra mim me sentir em casa.
Opa! Me deitei de barriga do chão, para que quando ele saísse do banheiro tivesse uma visão melhor da minha bundinha, que eu sei ele tanto adora. Queria que ele visse o que estava perdendo. Ele passou por mim com a toalha e foi para seu quarto, em frente a sala onde eu estava deitada, vestiu uma calça de moleton, e ficou sentado lá na cama apenas olhando para mim. Eu fiquei com vergonha, certa timidez, claro, sou apaixonada com ele.
Levantei e fui para seu quarto onde escolhemos um filme, eu deitei em um tapete no chão para assistir e ele na cama. Para mim aquilo era o certo, já que ele namorava, não podia me dar tanta intimidade. Mas fiquei mal lá no fundo do coração.
Passado algum momento, ele perguntou se eu precisava de mais travesseiros para me apoiar, e eu concordei. Ele levantou e foi até a sala pegar mais, voltou com 3 e para minha grande surpresa e espanto, ele se deitou ao meu lado. Ficou inquieto, logo se sentou, e eu fiquei sentada também abraçando as pernas. Todo instante ele se virava para me olhar, mas não para mim, e sim para debaixo de minhas pernas cruzadas. Puxou então o meu pé, e colocou no seu colo, elogiou e ficou fazendo carinho nele. Eu bobinha como sou e fico perto dele, retirei o pé na hora dizendo que ele estava procurando defeito nas unhas mal feitas, mas ele só ria e puxava de volta, dizendo que na verdade estava admirando como ele é delicado. De verdade, eu fiquei com vergonha apenas por não ter feito as unhas.
Continuei assistindo o filme, tentando ignorar aquelas mãos fortes sobre mim, mas não consegui, tracei minhas pernas no seu tronco e o puxei pro meu colo, ele se achegou a cabeça nos meus seios e foi minha vez de trocar carinho nele, tocando delicadamente seu rosto e quando enjoei da posição, tirei seus braços de mim para que pudéssemos trocar de lugar, e foi aí que sem querer (realmente sem querer) minhas mãos roçaram o seu pau. Estava duro como pedra. Eu fingi que não vi, na esperança de que ele não tivesse se envergonhado. Fui para cima dele receber todo sua afeição, seus toques na minha pele, no meu cabelo…
Minutos depois nosso filme parou em uma cena que eu já havia visto e por isso comecei a contar a história, rimos bastante e em algum momento nossos olhos se cruzaram e espontaneamente nos beijamos! Beijamos lenta e longamente, deliciando cada segundo, com suas mãos grossas passando pela minha cintura, empurrando a para frente e para trás enquanto eu rebolava em seu colo.
-Seu beijo é muito gostoso. – Ele sussurrou.
Pegou na minha bunda e a apertava com força enquanto metia o rosto entre meus seios tentando os abocanhar, todo guloso. A sua verdadeira morena. E eu continuava rebolando em seu colo, quicava e me estragava até o deixar louco, eu mesma já estava. Tirou minha blusa e nos levantamos, ele ficou nu, e eu apenas de calcinha, uma vermelha rendada, que ele, tirou com a boca enquanto me deitava, e sugou cada pedacinho de mim, lambeu cada centímetro e meteu a língua dentro da minha boceta. Pela primeira vez na vida eu gostei de um sexo oral, e não queria que ele parasse, mas sim apenas para que eu retribuisse. Ele não esperava por aquilo, já queria meter, porém eu queria!
Ele se deitou na cama e eu me ajoelhei fora dela e comecei a mamar aquela rola enormemente grossa e torta. Eu nunca havia visto algo tão roliço e gostoso. Mal percebi quando ele havia se erguido um pouco, até sentir seus dedos me bombardeando; não podia mais esperar.
Levantei e sentei em cima dele, pronto para aceitar todo aquele cacete! Centímetro por centímetro foi entrando dentro de mim, ocupando cada espaço, parecia o tamanho perfeito, e eu volto a repetir: Ninguém jamais vai me completar assim. Cada sentada, era acompanhada de uma bombeada dele, que não se aguentava. E eu gemia feito uma louca, feliz, sentindo a pessoa mais desejada do mundo. Em menos de 5 minutos ele gozou. Me tirou do seu colo, e gozou no canto do colchão.
Lembro que me senti horrível. Foi tão rápido! Eu já ia me levantando para vestir minha roupa quando ele me perguntou o que eu iria fazer. Isaque me fez ficar onde estava, e me abraçou e voltou a me beijar e fizemos novamente, dessa vez foi ele quem comandou, e foi quando ele me colocou de quatro que gozei e gritei de prazer para toda a vizinhança ouvir. O safado teve a coragem de gozar na minha bunda, e ainda ficou ali, me olhando apenas como se eu fosse algo belo e raro.
Ficamos então conversando, coisas aleatórias, coisas de nossa vida, séries, pessoas… E rindo e se beijando de mãos dadas. Só nos levantamos para tomar banho, que na verdade era só uma desculpa para ele me comer e ver pelo espelho a minha bunda enquanto socava em mim.
Depois de duas semanas e alguns dias, recebi a notícia dele de que havia terminado com a garota da outra cidade. Acabamos nos dando mais uma chance.
Enviado ao Te Contos por Fabi
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journaldemarina · 1 year
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Quarta-feira, 26 de julho de 2023
Fui no cinema depois do trabalho. Sozinha como sempre, desarrumada e pra lá de cansada. Nem sabia o que iria passar, só sabia que era de graça. Sentei na última fileira, lááá em cima, a sala lotou, o menino que estava a uma cadeira de distância pulou pro meu lado. E não que é veio flertar comigo? Uma graça o moleque. Cabelo comprido, óculos redondo, cheio das tatuagens e roupa de brechó. Eu tenho claramente um tipo. Risos. Ah, o filme? Era um álbum-visual Kaingang, "Goj tej e goj ror". Sem legenda. Eu realmente não era o público-alvo e tudo bem, valeu a experiência.
*Sussurrando no pé do ouvido*
— Onde será que foi filmado? — Não sei! Nem sabia o que iria passar. Mas chutaria norte do estado. Meu pai �� de lá e tem muitas reservas indígenas na região. — … — Viu aí nos créditos? Eu tava certa!
* * *
Um cara que dei match me mandou um vídeo dele tocando xilofone. Me veio à mente imediatamente a cena da Barbie ouvindo o Ken tocar violão por 4 horas ininterruptas. Algumas experiências são universais.
Ok, ele me corrigiu dizendo que não era xilofone, hahaha. Aiii sou tão loira, como sou burrinha sabe, me explique por 7 horas todos os termos técnicos!!!
* * *
Ui, a menina me chamou para um date. Ui ui ui. Ai, tô tímida. Se eu for colocar na ponta do lápis, esse ano eu fiquei com muuuito mais gurias que guris. MAS, porém, contudo, todavia, nunca tenho dates dates com as meninas, sabe. É só a vida acontecendo nos becos da cidade. Pensativa aqui.
* * *
Finalmente estou com minhas coisas de modelagem em mãos então estou voltando a lidar com isso aos poucos. Ontem fiz o molde-base do meu corpo, com as medidas atualizadas, e hoje comparei com um molde que fiz ainda no curso, em 2017/2018. Engordei 10 quilos nos últimos meses e é notável. Acho seguro dizer que usar PP talvez nunca mais.
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Seungsoo Lim: I don't need love. It's my superpower.
Aviso de gatilho: menção a alienação parental e pensamentos suicidas.
Nice, 2024.
Aquela casa era um dos motivos de ódio e pavor de Seungsoo, mas ele tinha se acostumado com ela, porque era tudo o que tinha. Todo fim de dia, ele saía do escritório da Suprema Corte Bruxa e viajava de Paris até Nice porque ele sabia que tinha aquele encargo para toda uma vida, ou ao menos até que não fosse mais preciso, que ela não fosse mais uma responsabilidade sua.
— Mr. Lim, como foi o dia? — o empregado perguntou assim que passou pela porta.
— Mais do mesmo, na verdade. Onde ela está?
— Na área do deque, senhor.
— Obrigado, janto em uma hora.
Com as mãos nos bolsos, Seungsoo andou até a área da casa onde era possível ver a praia. De manhã, era quente, caloroso e com um toque de animosidade. Mas passavam das 19:00 e o vento frio que vinha da maré obrigava qualquer um a se encolher. A figura feminina de cabelos escuros estava sentada em uma cadeira de balanço onde geralmente ficava para tomar sol no amanhecer do dia, resmungando com ela mesma.
— Não acha que está muito tarde para ficar fora de casa? — Seungsoo perguntou a ela, em um tom de voz gentil.
— Está estrelado. Alguns anos atrás eu promoveria uma festa, mas ninguém me deixa fazer mais nada nessa casa — a mulher reclamou. Então olhou para seu rosto, como se procurasse alguma coisa. — Precisa pegar sol. Está ficando pálido. Parecer doente não faz bem para a sua condição.
— E qual seria a minha condição, mãe?
— Você é um Lim — ela o lembrou, antes de apertar o casaco contra o corpo, balançando a cabeça. — Os Lim são saudáveis. Toda uma linhagem de bruxos extremamente visuais, competitivos e astutos, isso que vocês são. Deveria praticar esportes. Deveria nadar. Todos os Lim nadam.
— O pai não sabe nadar — comentou, contemplando a maré batendo com força na areia, se esforçando para falar aquilo sem sentir o peso que era tocar naquele nome.
— Sim, ele não confia nem mesmo na água. — Passaram alguns minutos antes que ela dissesse: — Que horas ele vem?
Era um daqueles dias.
— Vocês se divorciaram, omma. Foi por isso que viemos para a Nice. Porque vocês se divorciaram.
A razão atravessou o rosto da mais velha de imediato, a fazendo balançar a cabeça, abrindo a boca e fechando.
— Certo. Eu devia tomar aquelas medicações, essas coisas estão começando a escapar da minha cabeça de novo — ela respondeu, ficando de pé. Apertou o ombro dele sutilmente. — Está na hora de dar menos trabalho para você, Seungsoo.
— É mesmo? — ele perguntou, sem conseguir decidir se estava falando aquilo em gentileza ou em ironia.
— É seu dever casar com uma boa mulher coreana em breve. J�� está passando da idade. — A mulher afirmou, se encaminhando para dentro da casa. — Você me deve uma linhagem.
Seungsoo apenas balançou a cabeça concordando. Claro, a linhagem. Era por isso que ele estava ali.
Nice, 2017.
— Você vai amar Nice, é ensolarado, as praias são limpas e há muito ar puro para aproveitar. Nada desse céu cinzento, você vai ver o que é um amanhecer de verdade.
Seungsoo apenas concordava com a cabeça, porque não tinha realmente o que dizer à mãe, àquela altura. Nos espólios do casamento, seu pai ficou com a casa e ela com o herdeiro da família. Seus irmãos tinham doze e onze anos, estavam começando ainda na escola e seria tão mais fácil para se adaptarem a outra rotina, mas não. Ele era quem tinha que se virar, mesmo que estivesse prestes a fazer os NOMs. Os empregados carregavam as suas coisas para dentro do quarto e a mãe disparava ordens para cima e para baixo, se estabelecendo naquele casarão enorme apenas para eles dois.
— Acho que vou dormir um pouco… a viagem foi cansativa — mentiu a ela, porque na verdade ele queria ficar sozinho.
— Tudo bem. Mais tarde eu introduzo você aos seus tutores — a mais velha respondeu, o fazendo virar a cabeça, assustado.
— Tutores?
— Você precisa aprender francês se vai morar nessa cidade — ela respondeu, o encarando com certa incredulidade, antes de acrescentar: — E precisa de um ensino de qualidade. Algo que Beauxbatons nunca será capaz de proporcionar a você.
Aquilo tinha, sim, mexido com seus medos. Ele iria prestar o vestibular sem nenhuma experiência escolar em um país novo? Ela estava maluca?
Mas bastava olhar mais atentamente para Yerim Son que ele sabia da resposta. Ela não estava em seu perfeito estado desde o momento em que descobriu a traição de seu marido, muito menos quando descobriu que ele tinha tido outro filho nessa traição. E tudo isso com uma mulher estrangeira… Uma inglesa que veio até seu país tirar tudo o que ela tinha conquistado por anos. Alguma coisa tinha fritado a cabeça de sua mãe depois daquela humilhação com histórico de anos e Seungsoo estava agora sozinho lidando com ela.
— Claro, omma, como preferir — respondeu, concordando com um gesto de cabeça.
Nice, 2024.
No silêncio do seu quarto, podia ouvir o som da maré acertando as pedras ao redor da casa. Ele odiava aquilo. Odiava a maresia, o ar salgado, o som constante da natureza ao seu redor. Odiava o batalhão de empregados para cima e para baixo sendo sua companhia constante e as únicas pessoas com que se comunicava em coreano. Odiava não poder ir até Cannes ver os irmãos, porque sua mãe não queria que ele tivesse a menor chance de conviver com "os traidores" que eram seu pai e sua madrasta.
Odiava o fato de que ele faria o que ela quisesse porque ela escolheu ele para si e tinha reforçado aquela casa para atender a todas as suas necessidades, e odiava mais ainda por saber que não era sua culpa.
Seungsoo fazia tudo por conta da obrigação e apenas por isso. Porque não há amor quando sua mãe o tira de casa como uma punição para a traição do marido. Apenas uma obrigação, de continuar seguindo em frente, com o perturbador som da maré enchendo seus ouvidos, sendo um chamado bastante presente para se entregar e encerrar aquela dívida que tinha com os Lim de uma vez por todas.
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klimtjardin · 2 years
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quando e como você conheceu o nct? e toda essa admiração pelo taeyong? 🥺
Conheci em 2017. Um amigo meu me indicou, e como eu já tinha ouvido falar do nct em alguns perfis de Instagram que eu seguia decidi ver. E fiquei chocada com a qualidade de tudo.
Minha admiração pelo Taeyong começou no bendito momento que coloquei meus olhos naquele ser etéreo de cabelos róseos, no MV de cherry bomb. Na época a SM ainda tentava forçar aquela imagem de líder frio nele o que me fez ficar meio 👀 será que ele tem essa personalidade de Sasuke Uchiha mesmo? Turns out que quando descobri que ele é uma pessoa extremamente doce, cuidadosa e gentil, arriei os 4 pneu pq não tem nada que faça eu gostar mais de alguém do que essas características. Ainda mais que ele é todo estranho/nerdola/tímido. Sem contar o talento do rapaz ner amo a facilidade que ele tem de se expressar, a sensibilidade dele, etc. etc. E aqueles olhinhos? :(
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glmoregrl · 1 year
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— Resumo
Angel Gilmore, como eu posso começar a explicar Angel Gilmore? “A Angel é perfeita. Ela tem duas bolsas de pele e um carro importado prateado. O cabelo dela está no seguro por U$ 10.000,00.   Ela é a abelha rainha, estrela, as outras duas são os zangões dela.
Agora, vem conhecer os outros trabalhos dela:
Rei Leão 2 (1998): Angelic dublou a personagem Kiara
Peter Pan (2000): Angelic interpretou a personagem Wendy Darling
Camila (paródia de Matilda 2003): Angelic interpretou a personagem Camila
Tumanji (Paródia de Jumanji 2005): Angelic interpretou a personagem July Shepard
Os mágicos de Weaverly Place (paródia de Os feiticeiros de weaverly place 2007 - 2010): Angelic interpretou a personagem Charlie Russo
Live Action de Tangled (2011): Angelic interpretou a personagem Rapunzel
Wicked  (Broadway 2012): Angelic interpretou a personagem Glinda
O Diabo Veste Versace (paródia de O Diabo Veste Prada, 2016): Angelic interpretou a personagem Madeline “Mandy” Sachs
Os Miserables (2017): Angelic interpretou a Cosette
8 Mulheres e um Desafio (paródia de 8 Mulheres e Um Segredo, 2021): Angelic interpretou a personagem Persephone Klugger
E dizem os rumores que a loirinha está trabalhando num álbum independente, o que será que vem por ai?
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lanadubs · 2 years
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Can anyone help me find an undertale animation that was two Frisk, that's how I remember that in the beginning it was a Frisk with short hair and the other with long hair.
The beginning was a Frisk falling and the other still not only after the short hair Frisk almost go to flowey's room the long hair Frisk falls, and also had choices in the boss battles like Toriel's, the battle against Toriel has two choices one where one Frisk dies burned by Toriel and the other continues until he almost reaches Flowey's room and has a laugh at the pasifist ending after genocide. and I also remember that a Frisk loses an arm fighting Dogamy and Dogaressa.
That's all I remember, I'm using google translate, sorry if any words are wrong. (and i also drew in a hurry so the drawing is kinda weird or confusing) and I also think it was in 2016 or 2017 that I saw it, it was on youtuber I don't even remember the name of the guy channel, and also the channel profile it was a sprite of toilet paper. Português Alguém pode mim ajuda a encontrar uma animação de undertale que era de dois Frisk, era assim eu lembro que no começo era um Frisk de cabelo curto e o outro de cabelo long. O começo era um Frisk caindo e o outro ainda não só depois do Frisk de cabelo curto quase ir para sala do flowey o Frisk de cabelo longo cai,e também tinha escolhas nas batalhas dos chefes como a da Toriel,a batalha contra a Toriel  tem duas escolhas uma onde um Frisk morre queimado pela Toriel e o outro continua até quase chega em na sala do flowey e tem uma risada do final pasifista apos genocida. e também lembro que um Frisk perde um braço lutando com o Dogamy e a  Dogaressa. Só isso que eu mim lembro.
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criaturaespacial · 19 days
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2441
no dia 27 de dezembro de 2017, me disseram pra sair pra comprar balinha pra guardar pra quando minha amiga viesse me visitar daqui a uns dias. eu saí, contente, com minha ex babá e o filho dela. fomos no shopping depois e algo aconteceu no meio da riachuelo, eu me lembro de ver encarar a moça olhando pra tela do celular, segurando choro. eu acho que eu soube ali.
mandaram eu voltar pro apartamento da minha vó, e eu fui. meu pai havia chegado na cidade 2 dias mais cedo do que o planejado, minha tia tinha cara de choro, e meu pai me chamou pra conversar sozinha com ele no quarto da minha mãe. eu já sabia antes dele me falar, eu só queria que fosse mentira.
17 dias antes do dia 27, minha tia me acordou às 7 da manhã.
ela me tirou do apartamento da minha vó, e prontamente me levou pra passar o dia na casa dela com minhas primas. minha melhor amiga havia me mandado mensagem perguntando se minha mãe estava bem, e quando eu disse que sim, ela só disse que havia tido um sonho ruim com ela. meu boletim saia naquele dia, minha mãe iria buscar ele pra mim.
eu passei o dia todo lá, e de noite, após tomar um banho e tirar o cloro da piscina, eu peguei meu celular pra perguntar se ela havia pegado minhas notas. ela não recebeu a mensagem.
eu fui no grupo da sala pra ver se alguém estava lá, se alguém podia saber se ela já havia passado pela escola. um menino disse que a mãe de alguém havia tido um avc e que era pra rezarmos por ela, e eu fui a fundo, querendo saber quem era. eu achei meu nome entre as mensagens, eu era a última a saber.
15 dias antes, minha mãe estava acordada.
eu passei a mandar beijos e abraços pra ela pelos visitantes que iam a ver diariamente e enchia seu contato no whatsapp com novidades sobre meu dia a dia para que ela pudesse ler quando voltasse. me disseram que eu não poderia a ver na UTI, mas não falaram o motivo.
ela estava estável, e havia conseguido escrever coisas num caderno. ela havia escrito três coisas; o nome do meu pai, a palavra "mãe", e antes de tudo, ela havia escrito meu nome. minha mãe sabia o dia da semana, e deu o dedo do meio pra uma enfermeira quando ela veio mandar minhas tias embora. 15 dias antes, tudo parecia promissor e minha mãe estava bem.
minha melhor amiga disse que estaria na cidade pro meu aniversário, que era dali a 20 dias. eu havia começado uma animação pra mostrar pra minha mãe quando ela voltasse pra casa.
6 dias depois, era meu aniversário de 12 anos.
eu pedi pra não ter uma festa, mas ninguém me escutou. eu passei a tarde tentando me esconder pra ficar só eu e minhas duas amigas, mas ninguém me deixava sozinha. eu recebi mensagens do que parecia ser todas as pessoas do mundo, e nunca mais falei com metade daquelas pessoas.
meu pai me puxou pelo braço e disse que eu havia prometido a minha mãe que iria ser mais extrovertida e que eu não podia a decepcionar tão cedo. eu não comi nada do bolo. 6 dias antes, eu estava no quarto da minha mãe, sentada com meu pai.
6 dias antes, eu estava sentada com meu pai no quarto da minha mãe, e o dia era 27 de dezembro de 2017.
eu tinha um saco da docelândia na mão, e meu cabelo estava decorado com uma tiara azul de bolinhas brancas que combinava com meus sapatos e meu short. meu pai tinha olheiras fundas e o dia estava claro e bonito.
era 27 de dezembro de 2017.
eu tinha 11 anos, faria 12 dali a 6 dias. eu não tinha festa nenhuma planejada pro meu aniversário, minha mãe que costumava planejar isso pra mim. ela se divertia muito mais com isso do que eu. o clima estava bom, talvez fizéssemos uma festa na piscina de novo, talvez um piquenique. eu tinha 11 anos.
era 27 de dezembro de 2017.
eu encarei a porta do banheiro enquanto a voz do meu pai tremia. eu esperei que ela saísse de lá, mas nada aconteceu. o sol estava brilhando, e eu conseguia ver uma das árvores que ficavam atrás do prédio balançando pela janela. o clima estava bom, e eu tinha um saco da docelândia na mão. eu tinha 11 anos e meu pai havia afundado seu rosto no meu ombro.
era 27 de dezembro de 2017.
eu tinha 11 anos e minha mãe estava morta.
1 dia depois, teria o enterro, e eu não teria coragem de ir. minha melhor amiga iria chegar 5 dias mais cedo.
4 dias depois, eu pularia ondinhas no ano novo, na mesma casa que haviam me levado 17 dias antes daquele dia. eu não iria me assustar com os fogos mais.
29 dias depois, eu voltaria para a cidade onde eu moraria pelos próximos 6 anos, numa casa grande demais pra duas pessoas. eu começaria meu sétimo ano, e as crianças já não fariam mais bullying comigo.
89 dias depois, seria o primeiro aniversário da minha mãe sem ela. eu iria pra escola com cara de choro porque meu pai não deixaria eu faltar. eu iria segurar as lágrimas durante toda a aula de história.
137 dias depois, seria dia das mães e eu teria observado as pessoas da minha sala fazerem coroas e cartas pras mães deles durante a semana toda. tudo cairia em silêncio quando a professora perguntaria se eu não queria fazer um cartão pra outra pessoa. eu falaria que não.
365 dias depois, eu iria pra missa de 1 ano. ninguém nunca mais me veria em nenhuma missa dessas.
988 dias depois, eu passaria mal sozinha em casa e meu pai falaria como minha mãe morreu no hospital para me dar uma lição sobre cuidar mais de mim mesma. agora eu sabia porque eu não pude visitar ela.
1915 dias depois, eu visitaria o túmulo pela primeira vez, com 17 anos. eu não teria tempo o suficiente pra sentar e falar, somente pra deixar um pote de flores e sussurrar um tchau choroso enquanto meu pai me levava embora antes que o cemitério fechasse. eu iria direto pra o shopping depois disso e me encontraria com uma amiga, mas não falaríamos nada sobre da onde eu havia vindo.
2191 dias depois, eu voltaria pro cemitério, morando na cidade onde ela cresceu, na casa da tia que havia dormido com ela na noite em que eu nasci. eu já teria terminado a escola, me formado de frente para uma cadeira vazia ao lado do meu pai, entregado uma rosa para alguém que eu imaginava ser outra pessoa.
eu estaria a 6 dias de completar 18 anos. eu iria trazer dois potes de flores, me sentaria no chão e passaria quase uma hora ali, entre o nome da minha mãe e da minha avó. o clima estaria bom, e no dia seguinte eu iria comer no meu restaurante favorito com meu pai, sua namorada e minha amiga. eu a contaria como era o restaurante que fomos uma vez em brasília, como havia aberto um desses no shopping perto da casa de vovó e como agora eu estava grande o suficiente pra aguentar a comida apimentada.
eu a diria que nunca teria uma festa planejada pro meu aniversário de novo, que ela que costumava planejar isso pra mim. ela se divertia muito mais com isso do que eu, e por isso minha última festa teria sido a de 11 anos. eu não contaria com a de 12.
eu teria 17 anos.
era 27 de dezembro de 2023.
40 dias antes, eu viajava no banco da frente pela primeira vez.
meu pai ficaria em casa, mas minha mãe e eu iríamos para a capital para passar o final de semana no apartamento da minha avó.
minha mãe e eu escutamos minha playlist a viagem toda, ouvindo as várias da britney spears que eu tinha baixado pra ela. nós passaríamos a viagem cantando juntas, e ela gravaria um vídeo nosso.
paramos na estrada pra tirar fotos do pôr do sol e iríamos parar de novo dois dias depois na volta pra casa, nossa última viagem só nós duas e a última vez que eu iria na frente com ela.
40 dias depois, minha mãe estaria morta. 46 dias depois, eu iria ter 12 anos e minha mãe estaria morta.
mas ali eram 40 dias antes, e a 40 dias antes, eu tinha 11 anos, um vestido rosa, um óculos de sol roxo e uma mãe viva.
o clima estava bom, o pôr do sol era lindo, e ela estava respirando. eu tinha 11 anos, e minha mãe ria do meu lado. se o clima se mantivesse bom até meu aniversário, talvez fizéssemos uma festa na piscina de novo, talvez um piquenique, tudo poderia ser possível, se minha mãe estivesse viva.
e ela estava.
minha mãe estava viva.
eu faria 12 anos, e minha mãe estaria viva, porquê ela sempre estaria viva e tudo estaria bem.
ela iria me mandar as fotos do meu boletim.
eu iria me assustar com os barulhos dos fogos.
minha amiga chegaria no meu aniversário.
ela montaria uma décima segunda festa.
eu voltaria para uma casa cheia.
eu dormiria na aula de história.
eu faria uma carta na escola.
não teríamos missa.
eu não estaria sozinha.
eu não iria pro cemitério.
eu não iria pro cemitério.
eu não iria pro cemitério.
eu não iria pro cemitério.
era 17 de novembro de 2017.
eu tinha 11 anos, e minha mãe estava viva.
e isso não era nada demais.
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badpotterhead · 9 months
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Ficha Técnica: Scorpius Malfoy
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NOME: Scorpius Hyperion Malfoy
APELIDO: Scorp
DATA DE NASCIMENTO: 22 de setembro de 2005
SIGNO: Libra
PAIS: Draco e Astoria Malfoy
IRMÃOS: nenhum
CABELOS: loiros e lisos
COR DA PELE: branca
COR DOS OLHOS : cinzentos
ANOS EM HOGWARTS: Setembro de 2017 até junho de 2024
CASAS: Sonserina
POSTOS OCUPADOS EM HOGWARTS: nenhum
ATUAL EMPREGO: escritor
RELACIONAMENTOS: Sandy Armstrong (atual)
TEMPERAMENTO: estudioso, inteligente, calmo, tranquilo, comportado, introvertido, tímido, triste
AMIGOS: Albus Potter, Lily Luna Potter
Scorpius é o único herdeiro dos Malfoys, mas ele diz que é um cara da paz. Ele sofreu bastante na vida: foi humilhado e excluído pelos colegas, rejeitado publicamente por Rose Granger-Weasley, a garota a quem tanto amava, e também teve que enfrentar a perda da mãe, ainda na adolescência. Pelo menos, ele pôde contar com o apoio de Albus, que para todos os efeitos, é seu melhor amigo. Oficialmente, ele namora uma garota, mas os comentários são de que esse relacionamento é de fachada, pois Scorpius gosta de outra fruta...
Saiba mais lendo o capítulo dedicado a Scorpius na fanfic
HARRY POTTER: NEXT GENERATION EXPOSED
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Disponível no WATTPAD e no SPIRIT FANFICS
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blogdojuanesteves · 2 years
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SINGULAR > JAIRO GOLDFLUS
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 Imagem acima: Setsuko Saito
O paulistano Jairo Goldflus, fotógrafo consagrado pela sua atuação em publicidade, moda e principalmente pelos seus retratos, publica mais um livro, Singular (Ed. do Autor, 2022) onde mostra uma série de novos retratos que vão de jovens modelos como a baiana Shirley Pitta de 23 anos, até outras com mais experiência como a também modelo paulista Setsuko Saito, de 68 anos com seus longos cabelos brancos e entre elas atrizes conhecidas como a paulistana Ana Paula Arósio,  47 anos e a campineira Gabriela Duarte, de 48 anos, que foi casada com o fotógrafo  por quase 20 anos.
Virtuose do retrato, Goldflus já em Privado (Edição do Autor, 2015), um de seus belos livros, trabalhou de forma peculiar diferenciando-se dos demais, adotando conceitos interessantes em parceria com quem fotografou. No primeiro, com uma série de modelos famosas nuas, finalizou suas imagens em conjunto com elas, escolhendo uma única imagem, logo após a sessão, e descartando todas as demais. Em Singular optou em não registrá-las com maquiagem e sem retoques, aumentando assim a altivez e individualidade de cada uma. As vezes repetindo algumas modelos da primeira publicação, como a paranaense Marcelle Bittar, hoje com 40 anos e a paulistana Gianne Albertoni que tem 41 anos, que deixaram aquela carreira para serem apresentadoras de televisão.
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Imagem acima: Lenny Blue
Se em Privado estavam nuas, na maioria de corpo inteiro, aqui em Singular estão com uma roupa preta e em primeiro plano, quase sempre sem algum adereço. Juntam-se a maioria de modelos, a premiada jornalista e apresentadora de televisão paulistana Adriana Couto, conhecida como Didi Couto, a cantora carioca Lúcia Veríssimo, a advogada feminista e ativista racial paulista Lenny Blue, a atriz paranaense Maria Fernanda Cândido e a escritora curitibana Giovana Madalosso que escreve o texto do livro. 
Há uma espécie de "enxugamento" progressivo em rumo a essência, no conceito e no fazer fotográfico, que de certa forma retorna aos primórdios do meio. Nada de barroquismos, um excessivo adornamento ou uma estética rebuscada, como vemos na maioria das produções do gênero, onde personagens parecem ser um cabideiro ou um comediante a fazer micagens. Jairo Goldflus depura a imagem, permitindo que elas ganhem mais personalidade e força. O que vemos, paradoxalmente, é mais interior do que exterior. Uma certa elegância que encontramos em fotógrafos como o escocês Albert Watson, ou ainda mais clássicos como o americano Richard Avedon (1923-2004) ou para trazer alguém mais próximo de nós, o catalão J.R.Duran.
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Imagem acima: Giulia Dias
Essa rara "depuração" exercida por Goldflus vem de uma vasta carreira conectada à construção de "imagens belas" onde acabou cansando-se dessa linguagem na maioria das vezes construída com softwares e em ambientes digitais, distanciando-se da sua realidade. Ele me conta que "O mundo perdeu a mão em relação a imagem... As pessoas saem de casa como se fossem para uma festa, existe uma geração que nasceu com os filtros, se produzem como um avatar. As pessoas se vêem como uma selfie. Criaram até a frase " Eu quero meu nariz da self" quando vão ao cirurgião plástico. Acham-se bonitas nos filtros.Vamos voltar a realidade. Porque isso é uma espécie de escravidão... É possível fotografar uma mulher sem maquiagem, sem retoques..."
A ideia do desapego é encontrada também em seu livro  YOU ARE NOT HERE - 689 DAYS, 456 PEOPLE & 1 SUBWAY SEAT (Edição de autor, 2017) um senhor volume com 456 fotografias, todas capturadas, como o título diz, em um único assento do metrô de Nova Iorque, durante quase 2 anos, feitas com um smartphone. Um espaço que, segundo o autor, é um lugar em que nunca estamos de verdade, apenas de passagem, um gap entre um lugar e outro seja a caminho do trabalho, rumando para casa, para um evento ou para levar os filhos para escola, como ele mesmo fez. [ leia review deste livro aqui https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/164061293226/you-are-not-here-689-days-456-people-1-subway ]
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Imagem acima: Ana Paula Arósio
A viagem não surgiu por conta de um país em crise, disse ele à época do embarque, em 2015, para os Estados Unidos, mas para renovar a inspiração pela fotografia que ele achava estar perdendo em um meio que não qualifica mais o talento do fotógrafo. “Quando via cerca de 21 pessoas no meu estúdio para produzir apenas uma pequena foto, eu começava a entrar em pânico” conta. Entretanto, revela que a decisão tomada no Brasil de não pegar em uma câmera durante a viagem não foi adiante, em parte pela facilidade do uso de um aparelho no bolso, bem como o impulso incontrolável que acomete os grandes criadores.
 A escritora Giovana Madalosso em seu prefácio aponta que o livro nasce em um momento tão singular quanto cada uma destas fotos. "de um lado o feminismo se populariza e assistimos à desconstrução de padrões do gênero e de beleza. De outro crescem as redes sociais e a tela passa a ser um espelho narcísico, onde admiramos sobretudo a própria imagem, transformadas pelos filtros e nunca satisfatória o bastante." Ainda nesta seara contemporânea, o fotógrafo também estabelece uma amplitude em sua produção, afastando-se de preconceitos de gêneros ou raciais.
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Imagem acima: Letícia Pires 
É preciso lembrar também, como colocou o premiado crítico de arte e educador americano Peter Charles Schjeldahl (1942-2022), que o retrato é uma arte complexa, sendo como exemplo o gênero que mais resistiu à luta dos pós-impressionistas -como Paul Cézanne (1839-1906) e outros- contra o surgimento da “dificuldade” como uma característica notória da arte moderna, necessitando de explicação especializada – em direção a novas formas de transpor as três dimensões do mundo para as duas da pintura, o que podemos trazer para a fotografia, que paralelamente estava em seus primórdios neste momento da arte.
 Madalosso faz uma pergunta oportuna, em meio a cultura do self: "O que é a beleza?" entre o abismo da imagem real e a construída, para responder que não há uma resposta única, "já que o conceito definitivo do que é belo escapa inclusive do tempo, mudando de uma época para outra, de uma cultura para outra ou mesmo de uma classe social para outra." Ela continua então: "Onde está essa beleza?"para responder novamente que Goldflus tenta desvendar a questão em um trabalho corajoso, por meio de um olho sagaz de sua câmera. Ao fotografar mulheres tão diferentes "em pé de igualdade", diz a escritora, no mesmo cenário, luz, ângulo e sem retoques, o fotógrafo elimina os ruídos, ou seja "Dessa superfície plácida, emerge a singularidade de cada uma delas."
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Imagem acima: Constanze Von Oertzen 
Muito do resultado deste livro vem igualmente da personalidade do autor, que conversava de duas a três horas com suas 130 modelos e fazia não mais de dez fotografias, ao contrário de fotógrafos que se gabam de ter uma superprodução ou de terem gerado milhares de imagens, como se quantidade fosse qualidade. "Em meu estúdio sou só eu, que sirvo café e faço tudo." conta Goldflus. Para ele, o resultado foi uma questão de confiança, entre suas personagens nos seis meses que levou o trabalho. Tinha a questão do olhar, onde elas precisavam se sentir bem assim." diz. Ele resume: "O preto e branco é igual a Ciência. Para se descobrir uma cura ela isola todas as variáveis. O livro é linear. Não importa a cor da pele, gênero ou profissão." Em meio a um mundo onde o excesso é o mote, o "singular"  torna-se algo cada vez mais raro e precioso.
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Imagem acima: Reis Rodrigues 
Imagens  © Jairo Goldflus   Texto © Juan Esteves 
 Ficha técnica básica
Imagens: Jairo Goldflus
Direção de arte e design: Ines Néspoli
Pós-Produção:Sergio Lavinas
Produção gráfica: Jairo da Rocha
Texto: Giovana Madalosso
Impressão: Gráfica Ipsis
 Para adquirir o livro entre direto aqui: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-2971252338-livro-singular-jairo-goldflus-_JM
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conniebbay · 25 days
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Eu nunca pensei igual ao resto do mundo, todos tem o desejo de se casaram, de ter filhos e criar uma família.
Pra mim isso é muito banal, todo mundo faz isso, se formar aos 22 anos, casar aos 24, ter filhos aos 25 e isso é tudo.
Pra mim, a vida é muito mais que isso, a vida é curtir, beijar na boca, viajar, fazer intercâmbio, fazer merda e aprender com isso, beber e ter ressaca no outro dia (e jurar que nunca mais vai beber), cantar desafinado, ralar o joelho jogando bola, ir em brinquedos radicais, entrar no mar a noite, tomar um sorvete no frio, ou um chocolate quente no verão, mudar o cabelo radicalmente, não ter medo de decepcionar alguém por fazer algo que você queira muito, aconselhar seus amigos, juntar dinheiro e conhecer seu lugar dos sonhos, mudar de cidade e morar sozinho, jantar fazendo chamada de vídeo com seus pais, rir sozinha, assistir um filme tomando um vinho, olhar as estrelas, ser você mesmo e não ter vergonha ou medo do que as outras pessoas vão pensar.
Por que a vida é uma só, e não sabemos até quando ela vai.
Texto escrito: 22/04/2017
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