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#crítica religiosa
imninahchan · 5 months
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contar pra vocês, porque esse blog não vive só de safadezas. hoje eu mediei uma roda de leitura com um amigo da geografia sobre o conto olhos d'água da conceição evaristo, e foi muito produtivo.
não sei se vocês conhecem o trabalho dela, mas é uma autora contemporânea nossa que vem sendo muito lida e estudada, com o todo o mérito porque a queria é uma querida talentosíssima e muito humilde made in minas gerais. ela tem uma literatura muito sensível, muito bonita, e que faz diversas críticas sociais.
o meu amigo da geografia trouxe toda essa perspectiva geográfica e tals, depois a gnt pode até discutir, e eu só queria mesmo é encorajar vocês a lerem a obra dela. esse conto tem muitas camadas, seja religiosa, de ancestralidade negra, da questão social, política e econômica num geral. é uma leitura muito válida, muito completa. acho que vocês conseguem o pdf numa pesquisa no google mesmo, mas quem se interessar, eu tenho o pdf do livro completo com outros contos além desse, que é curtinho, dá pra ler em dez minutos ou menos.
queria começar a fazer uns comentários ou resenhas de livros que eu tô lendo ou já li aqui no blog, talvez fazer um clubinho do livre não sei. me ajuda a refletir melhor sobre o que eu consumo, e também pode servir pra incentivar vocês a lerem mais do que vocês já leem aqui.
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primeirapagina · 21 days
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prometeu demais e entregou tudo!
Parecia que abandonei o meu blog pessoal? Sim. Até eu me dizia isso. Mas agora estou sentindo que tenho muito tempo livre, e resolvi voltar. Eu parei de escrever sobre os livros, apesar de nunca ter sido algo constante, mas isso não quer dizer que eu parei de ler. Só que parei de escrever e postar aqui. Resolvi voltar e voltei.
Senti que faltava um amigo que pudesse me escutar (ou ler) sobre minhas últimas leituras, que, na minha humilde opinião, melhoraram bastante desde “Silent Vows”. Mas também fiquei bastante crítica. Às vezes, ler um livro desse calibre faz coisas com uma pessoa.
Comecei a pegar o ritmo de livros clássicos por conta da faculdade, e é uma coisa diferente. Um sentimento diferente. É engraçado notar como meu gosto por livros foi mudando. Hoje, muito dificilmente vou pegar um Percy Jackson da vida, mas isso não quer dizer que não lerei um Percy Jackson da vida. O que quero expressar é que meu gosto mudou com a minha idade, mas ainda continua o mesmo. Entendeu? Não? Tudo bem, porque para mim faz sentido. E, numa dessas leituras, acabei lendo Frankenstein, da queridíssima Mary Shelley. Ela é realmente uma querida com uma cabeça totalmente perturbada, mas eu a amo. 
Frankenstein, ou O Prometeu Moderno é tudo aquilo que você não achava que seria. Acho que todos que não conhecem acham que é um cientista louco que cria o monstro em um castelo mal-assombrado, com chuvas e trovões, mas a verdade é que não é isso. Pois é. Fiquei chocada.
Nossa mas quem é Prometeu? E porque é moderno? Prometeu foi um titã da mitologia grega, que foi incumbido de criar os animais, e roubou o fogo para dar de presente para nós, meros humanos, o que nós deu superioridade sobre os outros animais. E o que fizeram com ele? Botaram ele preso, enquanto um corvo comia o fígado dele. Ah, a mitologia grega né.
Achava que conhecia a história do Frankenstein até de fato ler a história do Frankenstein. É muito mais do que a história de um cientista doido. Agora, um momento sério, o livro tem implicações religiosas e filosóficas. 
O livro no final é uma boneca russa, uma história dentro de uma história dentro de outra história.
De início, temos Capitão Walton, um explorador que resolve… explorar. Pegou o navio dele, e foi rumo ao Polo Norte. E ele está lá, de boas, explorando, e o barco dele fica preso em meio a gelo e neve, e bem ao longe, ele vê uma figura enorme, bem grande, sendo puxada por cachorros e ele fica bem encucado. Não é todo dia que se vê um homem correndo em baixas temperaturas. E mesmo à distância, conseguia ver que o homem era grande. Uma baita de uma visão. E quando o barco se solta do gelo um dia depois, ele encontra Victor Frankenstein! Meu Deus. Outro homem nessa imensidão de gelo. E digo mais, o Frankenstein não é o monstro.
Enfim, Walton acolhe Frankenstein, e este, já pelas últimas, resolve contar a história dele, sobre sua irmã, seu irmão, seu amigo Clerval e sobre como ele, em um momento de loucura em que achou que iria desafiar Deus, criou um monstro. Esse monstro cruel e rude, que foi solto pelo mundo, querendo cometer atrocidades a todos e estava atormentando o pobre do Victor.
Voltando um pouco a parte do Prometeu, uma pesquisa básica vai mostrar muito mais significados, mas nunca saberemos qual é verdadeiro, já que a Mary Shelley está morta. Mas, juntando dois mais dois, temos mais ou menos a premissa de Frankenstein. Um criador que, após ir contra Deus ou deuses, sofre as consequências por suas próprias ações. Daí ele é moderno, porque 1818 já foi moderno um dia.
Cá entre nós, para mim o livro é sobre preconceito contra feios. Não quero falar demais da história que Frankenstein conta a Walton pois é parte importante do livro e do enredo.
O livro é muito bom e entrou na lista dos meus livros favoritos, mas é bem denso de ler. Assim que acaba, percebe como várias histórias, filmes e conceitos foram inspirados no livro, o mais recente sendo o filme “Pobre Criaturas”, com a Emma Stone. Infelizmente, nunca vi nenhuma adaptação cinematográfica de Frankenstein porque meu cérebro não aguenta ver uma tela, sem querer abrir o YouTube. Enfim: recomendo demais.
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jartita-me-teneis · 3 months
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En la noche del 30 de octubre de 1501, víspera del día de todos los Santos, el Papa Alejandro VI y su hijo César Borgia organizaron en el Palacio Apostólico Vaticano una gran fiesta.
A dicha fiesta fueron invitados varios cardenales y obispos, además de las autoridades más importantes de Roma. Cómo era habitual en estas celebraciones, el banquete fue fastuoso y no se reparo en gastos, sirviéndose una gran variedad de comidas y bebidas para solaz de los allí presentes.
No obstante, y a pesar de que las viandas eran fabulosas, lo mejor estaba por llegar. Y es que una vez terminado los postres, y ante la sorpresa de los invitados, César Borgia dió orden de que se recogieran las mesas y se dispusieran varios candelabros por el suelo. Acto seguido, entraron en la estancia unas cincuenta cortesanas (eufemismo por aquel entonces para prostitutas de lujo) que empezaron a danzar de forma sensual en torno a ellos.
Se fueron desnudando al compás de la música, ataron las manos a la espalda de las mujeres, les arrojaron castañas al suelo y debían recogerlas con la boca para que adoptaran posturas lascivas que despertaran el instinto lascivo.
El Papa anunció que habrían premios (lujosos zapatos, caros ropajes y joyas preciosas) para aquellos que fueran capaces de fornicar con más cortesanas.
Muchos, al día siguiente, no pudieron asistir a las ceremonias del Día de Todos los Santos, por lo que se generó un escándalo más del Vaticano.
La fiesta, conocida como "El banquete de las castañas" o "El banquete de las cortesanas", fue una muestra más del lujo y la decadencia que caracterizaban a la corte papal de la época. Alejandro VI, cuyo nombre de nacimiento era Rodrigo de Borja, había sido elegido papa en 1492 y desde entonces había llevado una vida llena de excesos y escándalos.
César Borgia, por su parte, era el hijo ilegítimo de Alejandro VI y una de las figuras más controvertidas de la época. Conocido por su ambición y su crueldad, había sido nombrado capitán general de la Iglesia y había llevado a cabo una serie de campañas militares para expandir el poder de los Borgia.
La fiesta del 30 de octubre fue una muestra más de la influencia que César Borgia tenía en la corte papal. Según los relatos de la época, las cortesanas que participaron en el banquete eran las más bellas y famosas de Roma, y habían sido cuidadosamente seleccionadas por el propio César.
El espectáculo que se llevó a cabo tras la cena fue una muestra más de la lascivia y el libertinaje que reinaban en la corte papal. Las cortesanas, que habían sido despojadas de sus ropas y atadas de manos, fueron obligadas a recoger castañas del suelo con la boca, adoptando posturas que despertaban el deseo de los allí presentes.
El Papa, que había estado observando el espectáculo con deleite, anunció entonces que habría premios para aquellos que fueran capaces de mantener relaciones sexuales con más cortesanas. La orgía que siguió fue descrita por los cronistas de la época como algo jamás visto en el Vaticano.
Al día siguiente, muchos de los asistentes a la fiesta no pudieron acudir a las ceremonias religiosas del Día de Todos los Santos, lo que generó un gran escándalo en la ciudad. La noticia del banquete de las castañas se extendió rápidamente por toda Europa, y fue una muestra más de la corrupción y el descrédito en que había caído la Iglesia católica.
A pesar de los escándalos y las críticas, Alejandro VI y César Borgia continuaron ejerciendo su poder en la corte papal durante varios años más. No fue hasta la muerte de Alejandro VI en 1503 y la caída en desgracia de César Borgia poco después que la Iglesia católica comenzó a recuperarse de los excesos y la decadencia de la época.
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notasfilosoficas · 1 year
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“Somos avatares de la estupidez pasada”
Fernando Pessoa
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Fue un poeta, escritor, crítico literario, dramaturgo, ensayista, traductor, editor y filósofo portugués nacido en Lisboa en junio de 1888. Descrito como una de las figuras literarias más importantes del siglo XX y uno de los grandes poetas en lengua portuguesa.
Fue hijo de un funcionario público del Ministerio de Justicia y critico musical de un diario portugués, y su madre natural de Azores. 
La familia Pessoa vivió con su abuela que era enferma mental y con dos criadas ancianas.
Varios hechos marcaron su infancia, su padre murió a los 43 años víctima de tuberculosis cuando Pessoa contaba con 5 años y su hermano murió antes de cumplir un año, por lo que la madre se ve obligada a subastar parte de los muebles de su hogar y mudarse a una casa mas modesta.
Es en ese mismo año que Fernando escribe su primer poema con el epígrafe corto titulado “A mi querida mamá”.
Su madre se casa por segundas nupcias en 1895 con un comandante cónsul de Portugal en Durban, viéndose obligados a mudarse a Sudáfrica, en donde Pessoa recibe una educación británica, lo que le proporciona un profundo contacto con la lengua inglesa.
Teniendo que compartir la madre la atención con los demás hijos del padrastro, Pessoa se aísla, lo que le permite tener momentos de introspección, leyendo autores como William Shakespeare, Edgar Allan Poe, John Milton y Lord Byron.
En 1905 Pessoa deja Durban y se regresa a Lisboa solo viviendo con su abuela y dos tías, y en 1906 se matricula en la actual facultad de Lisboa abandonando al primer año por una huelga, continuando su producción literaria, e iniciando su actividad ensayística y de crítica literaria.
Su obra es una de las más originales de la literatura portuguesa, siendo uno de los introductores de su país de los movimientos de vanguardia.
A partir de 1914 proyectó su obra sobre tres heterónimos: Ricardo Reis, Alvaro de Campos, y Alberto Caeiro, para quienes inventó personalidades divergentes y estilos literarios distintos. 
Bajo la personalidad de Alberto Caeiro, expresa una espontaneidad sensual, mientras que bajo el heterónimo de Ricardo Reis trabaja minuciosamente la sintaxis y el léxico, inspirándose en los arcadistas del siglo XVIII. Por otra parte, Álvaro de Campos evoluciona desde una estética próxima a la de Walt Whitman.
Sobre estos desdoblamientos, Pessoa refleja sus distintos “yos” conflictivos en tanto que su poesía supone un intento de superar la dualidad entre la razón y la vida.
La obra ortónima de Pessoa fue profundamente influenciada en varios momentos por doctrinas religiosas como la teosofía y sociedades secretas como la masonería. El resultado de su poesía tiene un cierto aire mítico, heroico y por veces trágico.
Su obra permaneció inédita hasta su muerte, la cual fue recogida en los volúmenes de obras completas I. Poesías de Fernando Pessoa, poesías de Álvaro de Campos (1944), Poemas de Alberto Caeiro  (1946) y Odas de Ricardo Reis en (1946), Poemas dramáticos y Poesías inéditas (1955-1956).
Su obra ensayística fue publicada en 1966 bajo el título de “Páginas íntimas y de autointerpretación”, y en 1967 Páginas de estética y de teoría crítica literarias. En 1968 textos filosóficos.
Pessoa es internado en noviembre de 1935 con el diagnóstico de “cólico hepático”, falleciendo a causa de complicaciones hepáticas, asociadas a una posible cirrosis, provocada por el excesivo consumo de alcohol a lo largo de su vida.
Muere a la edad de 47 años en noviembre de 1935. En los últimos momentos de su vida se dice que pide sus gafas y clama por sus heterónomos.
En 1982 apareció el “Libro del desasosiego”, compendio de apuntes, aforismos, divagaciones y fragmentos del diario de Fernando Pessoa dejó al morir.
Fuentes: Wikipedia y biografiasyvidas.com
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soundslikemano · 1 month
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LIVRO: Caim - José Saramago
Depois de chegar na metade do Livro do Desassossego pelo Kindle, eu CISMEI que precisava comprar a versão física. Eu não viveria sem. Então, em um dia de semana normal, pesquisei uma livraria, desci a rua e fui. Chegando lá, perto do livro que eu estava buscando, assim, do ladinho mesmo, vi aquela versão clássica portuguesa dos livros do Saramago e um título que eu não conhecia: Caim.
Li poucas coisas dele, apenas algumas obras soltas e Ensaio Sobre a Cegueira. E esse era o ÚNICO livro dele na mesa, e com o nome da história bíblica que também inspirou outro título que li recentemente: Véspera, da Carla Madeira. Entendi como um sinal. Que eu poderia até chamar de divino, rs... se esse livro não tivesse o objetivo de revirar essa ideia do avesso.
Saramago vai passando pelas histórias bíblicas com uma enorme dosagem de crítica e ironia. Ironia essa que não se vê apenas no storytelling, mas também na escolha consciente de algumas palavras, como, por exemplo, "deus" com letra minúscula, etc.
"Este episódio, que deu origem à primeira definição de um até aí ignorado pecado original, nunca ficou bem explicado. Em primeiro lugar, mesmo a inteligência mais rudimentar não teria qualquer dificuldade em compreender que estar informado sempre será preferível a desconhecer, mormente em matérias tão delicadas como são estas do bem e do mal, nas quais qualquer um se arrisca, sem dar por isso, a uma condenação eterna num inferno que então ainda estava por inventar. Em segundo lugar, brada aos céus a imprevidência do senhor, que se realmente não queria que lhe comessem do tal fruto, remédio fácil teria, bastaria não ter plantado a árvore, ou ir pô-la noutro sítio, ou rodeá-la por uma cerca de arame farpado. (...) e se o senhor nunca havia reparado em tão evidente falta de pudor, a culpa era da sua cegueira de progenitor, a tal, pelos vistos incurável, que nos impede de ver que os nossos filhos, no fim de contas, são tão bons ou tão maus como os demais."
Eu queria reduzir esse destaque, mas tenho tanta coisa para falar que não consegui escolher o que cortar. Primeiro, ao longo das histórias, Saramago insere sua opinião pessoal, seus questionamentos e sua interpretação para a história. O segundo ponto foi me questionar o que de fato gerou tanto alvoroço quando este livro saiu. E, por fim, mas não menos importante, gosto de descobrir algumas pequenas obsessões dos autores que vão se repetindo quase que involuntariamente. Como, por exemplo, neste trecho, Saramago mostra sua pequena obsessão pela cegueira subjetiva. Ou como em Pequena Coreografia do Adeus, onde a autora tem uma grande questão com descrição de cheiros. Ou no Livro do Desassossego, onde Pessoa traz o tempo todo suas questões em relação ao sono.
Mas e Abel, hein? Ele é vilão, afinal?
Quando li a primeira vez, vi grandes semelhanças com a interpretação da Carla Madeira para o mesmo personagem e fiquei intrigada com o que os fez pensar que, em uma história tão rápida e sem detalhes, imaginaram que Abel fosse egoísta e exibido, quase com um toque de "vilão". Mas, depois percebi que, na verdade, Véspera é inspirada em Caim, principalmente na questão de Caim ser chamado de Abel de vez em quando.
A versão original é bem curta também e com certeza não abre espaço para pensarmos isso. Mas há outro ponto que me intriga na história original. Acho curioso Deus ter conversado com Caim antes mesmo do acontecimento, como se previsse:
E aí volta o primeiro questionamento, aquele que eu fiz lá em Véspera: Deus queria mesmo testar até onde ele ia? O tal do livre-arbítrio... Será por isso a misericórdia de um Deus que, até então, não era tanto assim?
Gostei da forma como ele interpretou o castigo de Caim como andarilho. Gosto de como algumas referências religiosas distintas se misturam ao longo das páginas. Gosto de como ele misturou a misteriosa mulher de Caim com Lilith. E gosto de como Saramago questiona tudo o tempo todo.
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01298283 · 6 months
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Acéfalas da moralidade
Eu vi um vídeo de uma mulher deve estar em torno dos seus 45+ e ela estava criticando muito às fotos que uma cantora fez de biquíni,segundo ela uma mulher de "verdade" e que se "preze" não mostra suas curvas e isso é "imoral" ou está querendo "chamar a atenção" quando eu vi isso eu lembrei disso:
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Eu acho bizarro essas mulheres se acharem especiais ou superiores porquê criam teia de aranha na buceta delas e se vestem igual a avó delas,a moda modesta no caso muito usada pelos religiosos e por esse fato elas tem um senso de superioridade e moral elevada onde acreditam que são "puras" mas no off muitas chupam uma rola e engole porra.
Na verdade esse pensamento e crítica é fruto do machismo e patriarcado,onde é pregado que caso uma mulher seja livre e viva como bem entender e cultive sua sexualidade e desejos livremente sem tabus é apelidada de vários termos pejorativo,pois o machismo e patriarcado empenha-se em manter o controle sobre os corpos e vidas de outras mulheres,assim como,ditar inúmeras regras conservadoras é um regime de hipocrisia e escravidão,com fundamentalismo religioso.
Então elas tem uma percepção onde realmente crêem que são superiores porquê são "recatadas" dentro dos parâmetros moralistas ou são mães e babás dos seus maridos e vão a igreja aos domingos, enquanto isso o marido delas no off está batendo punheta para gostosas peitudas no xvídeos,comendo gostosas com os olhos na rua,traíndo e comendo prostitutas gostosas,acho uma piada esses homens conservadores que para manter às aparências condenam a "imoralidade" mas no off são piores que tudo o que já vi,é mais ou menos assim:
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Elas criticam mulheres gostosas e livres porquê no fundo elas queriam coragem para ser e agir assim e ter a beleza que elas tem sendo que a maioria não tem,principalmente essas mulheres que vivem dentro de parâmetros religiosos elas em maioria sentem um ódio mortal por mulheres atraentes e por aquelas que vivem livremente fora dos padrões que a sociedade patriarcal impõe,eu já fui cristã (infelizmente e me envergonho muito) e uma certa vez ouvi a pregação de um pastor onde ele dizia que a sensualidade era pecado e que caso um homem sentisse atração e cobiça por uma mulher bonita vestida de forma "sensual" ,isso é,fora do padrão da modéstia a culpa era da mulher e caso ele fosse ao inferno a culpa também seria da mulher (...)
Bem,vemos então um discurso extremamente moralista,arcaico e sexista,ou seja,igrejas são o palco perfeito para o patriarcado brilhar e tais costumes estão inseridos fortemente na sociedade mesmo naqueles que não seguem o cristianismo em si. Elas acreditam que sendo escravas dos seus maridos e obedecendo regras arcaicas são superiores,vão herdar um paraíso mágico e isso é garantia de um relacionamento eterno,isso chega a ser cômico em todos os sentidos e grande parte é corna e algumas até gostam de ser cornas e estão acostumadas,até porquê o rebanho defende adultério e diz que a culpa é da mulher e ela deve salvar seu relacionamento e seu homem,educar macho escroto e ser uma espécie de instituição de caridade e escola para homens canalhas que não saíram das fraldas ainda e tudo recorrerem a mamãe deles,o cordão umbilical não foi cortado a mamãe vai atrás dando palpites.
Aquele discurso que muitas costumam dizer e argumentar sobre "feminilidade" é elitista em vários aspectos,basta pesquisar na história às raízes desses costumes e você vai entender a problemática de tudo isso. Muitos homens criticam o movimento feminista justamente pelo fato de que é difícil aceitar a mudança onde às mulheres ganham espaço e liberdade na sociedade principalmente sobre os seus corpos e escolhas,onde padrões dos tempos de suas mães e avós estão sendo desconstruídos,como por exemplo,o fato de uma mulher ter mais voz do que antes onde antigamente muitos casamentos duravam tanto tempo não por amor e respeito mas por pressões sociais e religiosas onde muitas sofriam diversos abusos e traições e permaneciam...
Até hoje a cultura do patriarcado e estupro é forte,assim como diversos costumes que reforçam isso,porém,houve uma margem de avanço,entretanto,ainda falta muito para que seja algo significativo e a questão não é ser pessimista mas realista,o Brasil é uma desgraça em quase todos os aspectos e acredito que dificilmente deixará de ser uma colônia arcaica,principalmente nesse sistema repleto de abusos e corrupção,onde a educação é precária mas é tudo arquitetado pelos "grandões" justamente porquê eles faturam com isso.
Há diversas regras e padrões impostos ao sexo feminino,inclusive a proibição de envelhecer,eu reparo muitos homens reclamando sobre o envelhecimento das mulheres e quando reparo os homens que estão criticando são assim: Carecas,gordos,velhos,calvos,dentes tortos e amarelos,pau pequeno e muita das vezes broxas:
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Mas também vejo muitas mulheres fazendo o mesmo,é como se o envelhecimento não fosse algo natural,a pressão estética sobre às mulheres é tóxica é como se elas devessem ser eternas bonecas infláveis e escravas de cirurgias plásticas e maquiagens para agradar os olhos de uma sociedade doente e hipócrita.
"Não gosto de mulheres velhas,não gosto de mulheres da bunda caída e sem definição,não gosto de mulheres feias,não gosto de mulheres gordas (...) e o cara pelado é assim:
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É imposto um padrão de beleza tóxico e inalcançável,até porquê a maioria dessas mulheres famosas não tem uma beleza natural foi algo comprado,a bunda da Anitta é perfeita mas ela gastou em torno de 15 a 20 mil reais apenas na bunda dela para ficar "perfeita" são mulheres em maioria realmente maravilhosas e muito gostosas e não há quem não repare,porém,elas construíram esses corpos com $$$.
A moralidade é o baú da hipócrisia e escravidão e a idéia retrógrada e senso de superioridade baseado em aparências e costumes,como se todos devessem seguir o seu parâmetro para ser aceito ou bem visto pois caso contrário automaticamente você não vale nada,por exemplo,sabemos o preconceito que uma prostituta sofre na sociedade e porquê,pela moralidade,o conservadorismo e os costumes judaico-cristão,mas sabemos que no off elas são desejadas,uma prostituta não é menos por ser o que é e você que segue outro parâmetro na vida não é superior por ser o que é ou ter o que tem.
Tudo o que eu sei é que essas bigodudas conseguem ser insuportáveis e baba ovo de macho pau no cu,mas lembre-se que a maioria deles não pensaria duas vezes e esfolar o pau deles pelas mulheres que vocês adoram condenar.
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rsshq · 2 years
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FINIS MALI é uma celebração religiosa de culto à vitória dos humanos sobre as forças malignas de Bellator. Tornou-se feriado universal e celebração oficial há 100 anos, e é esperado que em homenagem ao seu centenário as celebrações sejam superiores - algo que ocorreu em sua 75ª edição, a mais comentada até os dias atuais! A celebração atual contará com a presença do Cardeal do Equilíbrio Saedrann Crestmane, um veneficu bem quisto pelos mais tradicionais, por conta de suas opiniões bem formadas e fervorosas críticas ao Desequilíbrio. Os habitantes do mundo inteiro param hoje para celebrar esse momento, e não poderia ser diferente com os estudantes no Chipre. 
Os portões cujo metal dourado contém rosas entalhadas, e delimitam a entrada para o Instituto de Rosis, encontram-se totalmente abertos para a passagem do Cardeal no momento em que a procissão rumo ao Vilarejo Ethos se inicia. Os venéficos são instruídos pelo corpo docente a seguirem logo atrás dele, seguidos pelos humanos e só então os professores do Instituto. A caminhada não é longa, mas existem reclamações no percurso em linha reta de quinze minutos. Durante todo o caminho também são entoados cânticos contando parte da história de Bellator e da vitória dos humanos, isso por conta do compêndio que acompanha o cardeal, mas alguns dos alunos mais dedicados também cantam essas histórias.
Assim que chegam no vilarejo da ilha, todos são recebidos por um corredor onde, em ambos os lados, percussionistas tocam tambores para recepcionar humanos e venéficos. O primeiro ato, realizado junto ao pôr do sol, é próprio da ritualística venéfica e trata-se de uma benção realizada por Saedrann. Ao fim dela, os seres mágicos recebem uma vela, e são instruídos a entregá-la a um nobre que deseje servir. O acender da vela pelo nobre, durante a noite, representa sua disposição em conhecer as habilidades do veneficu, mesmo que não seja nenhum tipo de promessa de que atuarão juntos no futuro. Essa é a vitrine, mostre o que tem de melhor!
Tendas se estabelecem em locais estratégicos, e venéficos são incentivados a realizar pequenas demonstrações de suas habilidades — como leitura de mãos, levitação de objetos, venda de poções ou mesmo truques de ilusão. É o momento de vender seu peixe para os humanos de seu convívio, tentando já garantir um parceiro no futuro, não sendo incomum que veneficus que estão prestes a se formar e que ainda não encontraram herdeiros que os favoreçam se desesperem por atenção. Também há um espaço similar a uma arena no centro do vilarejo, para que veneficus entrem em disputas para expor seus poderes - uma réplica bem menor e menos sangrenta do que acontece na Nigéria — mas danos graves não são permitidos nessa noite.
Mesas rodeiam uma fogueira, e o banquete serve os cortes mais nobres de carnes, assim como frutas vistosas — mesmo aquelas que não são da estação — guloseimas, sementes, flores comestíveis e diversas bebidas importadas do México. Deve-se tomar cuidado, contudo, com uma surpresinha deixada por veneficus mais arteiros em meio a boa comida: o licor solutus — bebida que deve ser ingerida com cautela, em vista que, se tomado em excesso, provoca picos de euforia e até algumas alucinações. 
Assim que escurece, é como se Ethos inteiro se acendesse com pequenas lâmpadas penduradas nos posts e árvores, mas sua iluminação é tão fraca que as estrelas ganham nitidez. Entre conversas altas, música barulhenta, risadas e a energia alegre regada a vinho que toma a noite livre dos alunos madrugada adentro, o clima de festa contagia e o motivo real da confraternização parece se perder um pouco. Mas eles serão lembrados disso antes do amanhecer, quando parte de Saedrann a ordem para que queimem um boneco posto abaixo da fogueira, representando o Desequilíbrio que deve ser derrotado.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
Aqui está o evento/abertura de jogo, uhuuuul!! Com essa ambientação vocês podem interagir em três momentos: no Instituto, quando receberam o lembrete da comemoração; durante o caminho para o Vilarejo Ethos, e na própria confraternização. 
O evento começa hoje (23.11) às 20h e durará até sexta-feira (02.12), podendo ser estendido caso vocês tenham interesse.
No tempo IC o evento inicia à tarde e pode se estender até antes do sol nascer no dia seguinte, como mencionado no último parágrafo.
O licor solutus possui propriedades que causam efeitos semelhantes ao LSD mundano, assim sendo, explorem bastante essa questão caso seu personagem decida beber um pouco.
Looks não são realmente necessários, mas aqueles que desejarem podem postar com a tag   #rss:traje. (com ponto final) e reblogar no nosso blog de likes.
A tag de starters é #rss:trama. (com ponto final) Por favor, lembre-se de responder os da tag antes de postar o seu!
Quaisquer dúvidas, podem me chamar no chat!
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¿Por qué desconfiar de la psicología?
1. Porque ella misma desconfía de sí misma, porque se basta a sí misma para desautorizarse, porque sus diversas corrientes se refutan eficazmente unas a otras, porque tomarlas en serio nos exige descartar a sus rivales, porque ninguna corriente resiste las críticas de las demás corrientes.
2. Por su adoración de la ciencia, porque esta adoración es más religiosa que científica, porque es cientificismo y no ciencia.
3. Por su obsesión por la cientificidad, porque esta obsesión es bastante sospechosa, porque parece incompatible con la ciencia, porque si la psicología fuera de verdad científica no estaría obsesionada con ser científica, porque las auténticas ciencias no tienen esta obsesión, porque esta obsesión es típica de las pseudo-ciencias.
4. Porque se presenta cada vez más como una ciencia objetiva, porque pretende objetivar así lo subjetivo, que es lo único inobjetivable por definición.
5. Porque generaliza lo irreductiblemente singular y particular, porque se pretende universal, porque ignora las diferencias cualitativas absolutas entre los sujetos y las culturas, porque las relativiza en coeficientes y en escalas, porque las cuantifica y así las aplana en una sola dimensión.
6. Porque usurpa el lugar del sujeto humano, porque pretende saber más sobre él que él mismo, porque suplanta su capacidad autoconsciente y reflexiva que lo hace humano, porque así le permite desistir de su humanidad.
7. Porque le ha servido en su historia al poder para disciplinar a los sujetos, para someter a insumisos, para controlar a las poblaciones, para torturar a opositores, para explotar a los trabajadores, para manipular a los consumidores, para justificar el racismo y el sexismo, y para patologizar y reprimir las opciones sexuales de la comunidad LGBTTTIQ.
8. Porque suele venderse y comprarse, porque suele así operar como una mercancía y moverse con dinero, porque tiende a ponerse al servicio del mejor postor, porque sirve generalmente a quienes la pagan y no a sus víctimas, al patrón y no a los trabajadores, a las empresas y no a los consumidores, a los publicistas y no a los espectadores, a los gobernantes y no a los gobernados, a los padres y no a sus hijos.
9. Porque vende lo que tal vez tendría que regalar, porque hace negocio con una escucha y unos consejos que podrían y solían ser gratuitos, porque los transmuta así en mercancía, porque exige un pago a cambio de cumplir con obligaciones morales humanas que antes eran ofrecidas gratuitamente por abuelas y abuelos, por madres y padres, por hermanas y hermanos, por amigos, compadres, compañeros de camino, sabios y sacerdotes de las diversas religiones.
10. Porque tiene demasiado éxito en un mundo en el que el éxito suele ser para lo peor y no para lo mejor, para lo engañoso y no para lo verdadero, para lo corrupto y no para lo honesto, para lo tóxico y no para lo sano, para lo simplista y no para lo fiel a la complejidad humana.
11. Porque pretende que los individuos sean felices en un mundo en el que la felicidad suele ser para los privilegiados o para los inconscientes, en una sociedad global cada vez más injusta y desigual, en un sistema capitalista que devasta el planeta y amenaza con aniquilar a la humanidad entera.
12. Porque intenta calmar a los sujetos, porque trata de insensibilizarlos al arrebatarles su malestar, despojándolos de la frustración y la indignación que necesitan para transformar el mundo.
13. Porque elimina tensiones que podrían ser liberadoras, porque resuelve los desajustes entre los seres humanos y su contexto al cambiar a los seres humanos, porque así les quita sus motivos para mejorar su mundo, porque al ajustarlos al medio permite que el medio siga siendo el mismo.
14. Porque procede como si el entorno histórico no pudiera cambiarse, porque lo trata como un ambiente natural que sería mejor conservar que transformar, porque olvida que es él mismo producto de transformaciones previas.
15. Porque tiende a revictimizar a los sujetos, porque los responsabiliza de aquello de lo que son víctimas, porque descarga en ellos la responsabilidad estructural de sistemas como el capitalista, el heteropatriarcal y el neocolonial.
16. Porque es como un analgésico, un sedante que sólo sirve para curar el dolor y no lo doloroso, los efectos y no las causas, los síntomas y no las enfermedades, la depresión y no el entorno que nos deprime, el estrés y no las condiciones estresantes de trabajo, la agresividad y no la violencia estructural del capitalismo, la ansiedad y no la precariedad ansiógena de la vida en el neoliberalismo, la falta de autoestima y no el racismo ni el clasismo ni el sexismo que la causan.
17. Por su especificidad cultural, porque brilla por su ausencia en humanidades mejores que la nuestra, en culturas pretéritas o indígenas que se relacionaban de modo armónico y justo con la naturaleza, que no la devastaban, que no vivían a costa de ella.
18. Porque su existencia coincide con la del capitalismo, porque avanza más cuanto más avanza el capitalismo, porque su expansión en el mundo fue posibilitada por la expansión colonial del capitalismo.
19. Porque su noción del individuo sano corresponde como por casualidad con la del individuo más conveniente y provechoso para el capitalismo: el más explotable, el normal y adaptado, el flexible y resiliente, el interesado y estratégico, el encerrado en su individualidad, el positivo y propositivo, el afanoso y productivo, el asertivo y competitivo, el obediente y sumiso ante las reglas e instituciones.
20. Porque establece desigualdades en función de aptitudes o coeficientes intelectuales, representando así un peligro para la igualdad social, y porque permite descalificar, estigmatizar y excluir a ciertos sujetos por sus trastornos mentales o por sus resultados en pruebas psicológicas, violentándolos y atentando contra su dignidad humana.
Fuente: "¿Por qué desconfiar de la psicología? Veinte razones", conferencia organizada por el Círculo de Psicoanálisis y Marxismo y dictada el viernes 9 de diciembre de 2022 en la Universidad Emiliano Zapata de Monterrey, Nuevo León, México
Conferencia completa: https://sujeto.hypotheses.org/1718
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portalvherszage · 1 year
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A estreia de Raquel 1:1 nos cinemas brasileiros.
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Foto divulgação (Gustavo Kondo)
Raquel 1:1 foi lançado mundialmente em março de 2022 no SXSW, sendo o único filme brasileiro no festival. Participou, e fez sucesso em diversos festivais internacionais de cinema como em Guadalajara e Puerto Vallarta no México, onde o longa venceu o prêmio “Iguana de Oro” do FICPV. Além de festivais na Europa, e Estados Unidos que premiou Valentina Herszage na categoria de melhor performance do North Bend Film Festival por sua interpretação em Raquel 1:1.
O longa estreou no Brasil um ano após sua estreia mundial, trazendo uma estética e fotografia belíssimas que representam muito bem nosso país.
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Foto divulgação
Raquel 1:1 abre um portal imenso para reflexões e discussões sobre assuntos que não são tratados com naturalidade em nosso cotidiano. Vale ressaltar, que apesar de ter uma temática com base na religião, o filme vai muito além e apresenta diversas visões e versões de abusos e a violência contra a mulher.
“Raquel é uma adolescente religiosa que chega a uma pequena cidade do interior onde nasceu, em busca de uma vida nova junto ao seu pai. Nesse retorno, ela vive um misterioso acontecimento que lhe faz embarcar numa controversa missão ligada à Bíblia e a traumas de seu passado”.
Tratando de uma temática tão delicada quanto a religião, Mariana Bastos apresenta um filme que requer ampla e aberta visão sobre o que é abordado. Além de mostrar como os acontecimentos se desenvolvem, o longa induz a criatividade do próprio espectador para seguir a história, incitando o uso da imaginação quando traz cenas de lembranças (feedbacks) que são meticulosamente representadas em áudio.
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Foto divulgação
Todos os ambientes representados no longa são expressivos e comuns, o que causa uma sensação de reconhecimento por esses locais e personagens. E por falar em personagens, a entrega do elenco é admirável.
Com destaque merecido para a atuação de Valentina Herszage que, como Raquel trabalha cuidadosamente a personagem e a representa com perfeição em cada detalhe. Olhar, movimentos, postura e as expressões de Raquel são absolutamente naturais e reais, em dados momentos, chocantes.
Raquel 1:1 é o tipo filme que te faz compreender a história apenas no final (e vale a pena esperar), o que deixa o espectador com aquele ‘gostinho de quero mais’, vontade de saber o que vai acontecer dali em diante com Raquel, Laura, a pastora, a cidade e a igreja depois de todos os acontecimentos. Há espaço para muita história ser contada.
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Foto divulgação
De todo modo, o longa é muito bem executado, e consegue transmitir sua mensagem e fazer o público refletir.
- Este texto não é uma crítica de cinema.
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edisonblog · 10 months
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Realism in Portugal was a literary and artistic movement that reached its peak between the end of the 19th century and the beginning of the 20th century. It was a reaction to romanticism, seeking to portray reality in a more objective and critical way.
Eça de Queirós is one of the most prominent names of this period. His work, such as "Os Maias" and "O Crime do Padre Amaro", reflects Portuguese society at the time, criticizing aspects such as the decadence of the aristocracy, the conservatism of the church and political corruption.
Realism in Portugal also extended to other forms of artistic expression, such as painting. Artists like José Malhoa portrayed everyday life, with a more objective and less idealized look.
This movement played a crucial role in the modernization of literature and art in Portugal, influencing later generations of writers and artists.
"O Crime do Padre Amaro" is one of the most important works by Portuguese writer Eça de Queirós, published in 1875. The book is a scathing critique of Portuguese society at the time, addressing themes such as religious hypocrisy, morality, corruption and the decadence of society .
The plot revolves around Father Amaro, an idealistic young priest who goes to work in a city in the interior of Portugal. There, he becomes romantically involved with the young Amélia, a devout and naive woman. The forbidden relationship between a priest and a woman is the central point of the plot and is explored from the perspective of religious and social hypocrisy.
Eça de Queirós uses the love story between the priest and Amélia to expose the moral values of society at the time, highlighting corruption in the church, false morality and the contradictions between religious precepts and human conduct. The narrative is a profound and insightful critique of the morality of 19th century Portuguese society.
"O Crime do Padre Amaro" is considered one of the masterpieces of Realism in Portugal and one of Eça de Queirós' most significant contributions to Portuguese literature, for his social criticism and his insightful analysis of the human and social contradictions of the time.
edisonmariotti
.br
O Realismo em Portugal foi um movimento literário e artístico que teve seu auge entre o final do século XIX e o início do século XX. Ele foi uma reação ao romantismo, buscando retratar a realidade de forma mais objetiva e crítica.
Eça de Queirós é um dos nomes mais proeminentes desse período. Sua obra, como "Os Maias" e "O Crime do Padre Amaro", reflete a sociedade portuguesa da época, criticando aspectos como a decadência da aristocracia, o conservadorismo da igreja e a corrupção política.
O Realismo em Portugal também se estendeu para outras formas de expressão artística, como a pintura. Artistas como José Malhoa retrataram a vida quotidiana, com um olhar mais objetivo e menos idealizado.
Esse movimento teve um papel crucial na modernização da literatura e da arte em Portugal, influenciando gerações posteriores de escritores e artistas.
"O Crime do Padre Amaro" é uma das obras mais importantes do escritor português Eça de Queirós, publicada em 1875. O livro é uma crítica contundente à sociedade portuguesa da época, abordando temas como hipocrisia religiosa, moralidade, corrupção e a decadência da sociedade.
A trama gira em torno do padre Amaro, um jovem sacerdote idealista que vai trabalhar em uma cidade do interior de Portugal. Lá, ele se envolve romanticamente com a jovem Amélia, uma mulher devota e ingênua. O relacionamento proibido entre um padre e uma mulher é o ponto central do enredo e é explorado sob a ótica da hipocrisia religiosa e social.
Eça de Queirós usa a história de amor entre o padre e Amélia para expor os valores morais da sociedade da época, destacando a corrupção na igreja, a falsa moralidade e as contradições entre os preceitos religiosos e a conduta humana. A narrativa é uma crítica profunda e perspicaz à moralidade da sociedade portuguesa do século XIX.
"O Crime do Padre Amaro" é considerado uma das obras-primas do Realismo em Portugal e uma das contribuições mais significativas de Eça de Queirós para a literatura portuguesa, por sua crítica social e por sua análise perspicaz das contradições humanas e sociais da época. @edisonblog
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bunkerblogwebradio · 1 year
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A DEGRADAÇÃO MORAL DO OCIDENTE — O MAL SE COMBATE COM CONHECIMENTO
Em qual momento da história estamos vivendo? A promiscuidade de Calígula seria chamada de conservadora perto do que vemos atualmente. O mundo se transformou em um show de horrores. Homens nus desfilando próximos a crianças é o novo normal, levar as inocentes criaturas para assistir uma exposição em que devem apalpar um adulto é o que alguns professores e escolas da atualidade fazem. Seres do sexo masculino ganham concursos rigorosamente femininos como os de Miss. Mulheres querendo ser homens e homens querendo ser mulheres. O novo normal do momento é um ator de programa infantil que se orgulha em comer cocô, você não está lendo errado, ele aprecia comer excremento humano.
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A deturpação mental da humanidade chega a níveis jamais vistos anteriormente. O belo, o inteligente, o humano deixam de existir para que o horripilante, o analfabeto funcional e o transumano, uma espécie de alienígena, entre em cena. Hoje o legal é ser “fluido”, política, econômica, socialmente e principalmente, sexualmente. As novas gerações votam por ódio, querem alguém que destrua os princípios morais, os pilares que nos tornam humanos. Preferem um mundo em que não precisem trabalhar, correr atrás do seu sustento, pois foram criados como reis e rainhas, mimados e protegidos. Choram pelos famintos da África e pisam nos mendigos que dormem no chão nas ruas de suas casas. E principalmente, querem transar com tudo que tenha orificio ou algo que se pareça um genital masculino.
Quando isso aconteceu? Não percebemos a mudança radical na sociedade ocidental? Esse comportamento é global? Atinge os países socialistas eurasianos e os países árabes também?
Esse movimento nasceu na Renascença e ganhou forma e conteúdo na época conhecida como Iluminismo, que deveria ser chamada de Obscurantismo. Os pensadores alemães e principalmente os franceses, Voltaire e Montesquieu, influenciaram o Ocidente a criticar e a contestar tudo, a se rebelar contra o status quo da época. O principal ponto de questionamento era a crença religiosa, o grande inimigo era o poder da Igreja Católica. Indireta e muitas vezes diretamente eles pregavam o ateísmo. A melhor maneira de conseguirem êxito era usando a famosa tática do dividir para conquistar. De certo modo, não negavam a Deus, mas incentivavam que as pessoas não dessem muito valor à Igreja, como instituição e apoiavam a separação protestante do momento. O mantra da razão contra a instituição católica era o que os filósofos vociferavam naquele momento.
Passado o século da escuridão chegamos em Marx e Engels que apresentaram a teoria comunista ao mundo e pouco depois, apareceram o italiano Antonio Gramsci e seus asseclas da Escola de Frankfurt, que modificaram a famosa luta entre classes para a nominada, Guerra Cultural. Os filósofos da citada escola, fugindo do Nazismo, foram aceitos nos Estados Unidos, se infiltraram no meio cultural, na indústria do cinema e passaram a influenciar a cultura americana e Ocidental. Através dos filmes de Hollywood e das famosas peças de teatro novaiorquinas, inseriram vagarosamente seus ideais da teoria crítica, que em resumo, prega a destruição de tudo para se alcançar um novo mundo socialista.
O que está sendo atacado desde então é a base moral da sociedade Ocidental, os valores cristãos e a filosofia grega, ou seja, a família, a liberdade, a liberdade de expressão, o direito à propriedade privada, à legítima defesa e principalmente ao Deus da tradição ocidental. A teoria crítica evoluiu ao ponto de ter chegado a todas as redações de jornais, rádios e emissoras de televisão, a todas as Universidades, a toda classe artística, ao mundo dos esportes, e agora o alvo principal são as crianças. Eles cooptaram os movimentos raciais, feministas e os de cunho sexual. Através destes movimentos de minorias, querem doutrinar e influenciar crianças, querem moldá-las.
Não vemos o mesmo modo de ação nos países comunistas e nem nos países árabes. Os últimos estão se infiltrando na Europa para que seu meio de vida se torne o principal, mas o maior problema está no movimento comunista. Eles criaram e inseriram toda esta degradação moral em nossa cultura, estão nos implodindo por dentro, no que considero o maior Cavalo de Tróia da história. Infelizmente, a maioria da sociedade Ocidental pensante é tipicamente liberal, não enxerga um palmo à sua frente desde que suas estruturas econômicas estejam bem.
Precisamos acordar enquanto podemos. Se deixarmos a ofensiva socialista chegar ao ponto de extermínio de nossa cultura, dos nossos valores, muito em breve a sociedade ocidental se transformará em castas similares ao que Aldous Huxley nos apresentou em sua grande obra, O Admirável Mundo Novo.
Marco Mendes
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7alunosdosm · 11 months
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𝗗𝗲𝘀𝗰𝘂𝗯𝗿𝗮 𝗼 𝗔𝘂𝘁𝗼 𝗱𝗮 𝗖𝗼𝗺𝗽𝗮𝗱𝗲𝗰𝗶𝗱𝗮
𝘖 𝘲𝘶𝘦 𝘰 𝘧𝘪𝘭𝘮𝘦 𝘦 𝘰 𝘭𝘪𝘷𝘳𝘰 𝘳𝘦𝘱𝘳𝘦𝘴𝘦𝘯𝘵𝘢𝘮?
𝗢 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗲𝘅𝘁𝗼 𝗵𝗶𝘀𝘁ó𝗿𝗶𝗰𝗼 é 𝗻𝗮𝗱𝗮 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗾𝘂𝗲 𝗮 𝗿𝗲𝗮𝗹𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 𝗵𝗶𝘀𝘁ó𝗿𝗶𝗰𝗮 𝗱𝗮𝗾𝘂𝗲𝗹𝗲 𝗺𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼, 𝘀𝗲𝗷𝗮 𝗻𝗼 𝗮𝘀𝗽𝗲𝗰𝘁𝗼 𝗰𝘂𝗹𝘁𝘂𝗿𝗮𝗹, 𝗽𝗼𝗹í𝘁𝗶𝗰𝗼, 𝘀𝗼𝗰𝗶𝗮𝗹 𝗲 𝗲𝗰𝗼𝗻ô𝗺𝗶𝗰𝗼. 𝗘𝗻𝘁𝗲𝗻𝗱𝗲𝗻𝗱𝗼 𝗶𝘀𝘀𝗼, 𝗾𝘂𝗮𝗹 𝗼 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗲𝘅𝘁𝗼 𝗵𝗶𝘀𝘁ó𝗿𝗶𝗰𝗼 𝗱𝗲 𝗼 𝗔𝘂𝘁𝗼 𝗱𝗮 𝗖𝗼𝗺𝗽𝗮𝗱𝗲𝗰𝗶𝗱𝗮?
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Um clássico da cultura nordestina! Usando contos do cordel como base de seu roteiro, comédia e críticas, As aventuras de João Grilo e Chicó, dois nordestinos pobres que vivem de golpes para sobreviver. Eles estão sempre enganando o povo de um pequeno vilarejo, inclusive o temido cangaceiro Severino de Aracaju, que os persegue pela região. Isso, todo mundo sabe. Mas vamos falar de sua representação.
A história é uma sátira aos poderosos, com a crítica a hipocrisia presente na sociedade como exemplo o Padre, o Major, o Padeiro, etc, também presente a discriminação dos pobres, e crítica ao materialismo. É uma obra tão importante pois é uma reflexão dos problemas que ainda persistem na sociedade brasileira, como exemplo, dentro desse contexto, temos o João Grilo, que é a figura que representa os pobres oprimidos, é o homem do povo, é o típico nordestino amarelo que tenta viver no sertão de forma imaginosa, utilizando a única arma do pobre, a astúcia, para conseguir sobreviver.
Os instrumentos culturais mais relevantes na peça são as crendices e a literatura de cordel da realidade regional brasileira, mais precisamente da realidade regional nordestina. Acredita-se que as lendas, mitos, contos populares e fábulas não fazem parte apenas do exótico no mural da literatura brasileira. A peça baseia-se em três histórias dos romances populares nordestinos: “O castigo da Soberba”, “O Enterro do Cachorro” e “A História do Cavalo que Defecava Dinheiro".
O título da obra remete à noção de que o homem é um ser passível de erro, mas é possível que seja perdoado, por intermédio da "Compadecida", Nossa Senhora, que, na Igreja Católica, é considerada pelos fiéis a advogada capaz de interceder pelos pecadores junto a Jesus Cristo.
O processo de apropriação dos elementos da cultura popular pelos meios de comunicação de massa, tendo como objeto de estudo, a representação da devoção mariana na obra cinematográfica “O Auto da Compadecida”. A devoção a Nossa Senhora consiste em uma manifestação marcante da cultura e religiosidade popular brasileira.
Trata-se de uma história vivida no Nordeste Brasileiro, contendo fortes elementos da tradição e da cultura, além da forte influência da literatura de cordel. Possui também um enredo todo voltado para a religiosidade católica, e traz influência do barroco católico brasileiro: mistura tradição religiosa com cultura popular. Apresenta os valores religiosos e morais, e termina com o julgamento das personagens perante o acusador (Satanás), a Compadecida (defensora dos mesmos) e Emanuel (o próprio filho de Deus).Quanto à linguagem, é fortemente influenciada pelo vocabulário e linguagem oral da região nordestina, utiliza muitos regionalismos e se ajusta à linguagem dos personagens segundo sua classe social.
" JOÃO GRILO: Está esquecido da exploração que eles fazem conosco naquela padaria do inferno? Pensam que são o cão só porque enriqueceram, mas um dia hão de me pagar. E a raiva que eu tenho é porque quando estava doente, me acabando em cima de uma cama, via passar o prato de comida que ela mandava para o cachorro. Até carne passada na manteiga tinha. Para mim, nada, João Grilo que se danasse. Um dia eu me vingo."
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blogdorogerinho · 11 months
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Críticas — Enterrem Meu Coração na Curva do Rio (2007), Assassinos da Lua das Flores (2023), Primeiro, Mataram o Meu Pai (2017)
Em terra de cego quem tem um olho é Rei Desde a imaculada América pré-colombiana os índios americanos possuíam uma profunda afinidade espiritual com a natureza; surpreendentemente cuidadosos com o bem-estar ambiental, cuja terra era sagrada devido a sua ligação religiosa com os ancestrais. No entanto, o choque físico e cultural inevitável com os invasores logo após a promulgação da Independência…
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wrcl · 1 year
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O shoyu e o trigo*
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A parábola do shoyu e do trigo, que narra a história de um homem que saiu para semear, cansou, sentou-se e comeu um lanche de pão com shoyu (daí o título da parábola), está no centro da argumentação crítica de L. Boff contra as estruturas eclesiásticas no seu livro Igreja, Carisma e Poder (1625), pois demonstra como os primeiros cristãos não pretenderam que a construção simbólica dos elementos representativos do sacrifício pascal fossem pão e vinho, mas pão com shoyu (segundo indícios arqueológicos de que João 13,26 teria sido originalmente redigido como "é aquele a quem eu der o pedaço de pão com shoyu", e não como chegou até nós).
Isto explica a repulsa contra o teólogo da libertação, criticado até os dias de hoje: o conservadorismo cristão nunca poderia aceitar uma referência simbólico-religiosa tão arraigada em um elemento cultural oriundo da China dita comunista.
* qualquer semelhança com pessoas, fatos e parábolas reais é mera coincidência
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Referências
ANDERSON, Benedict. Comunidades imaginadas. São Paulo: Companhia das Letras, p. 12-32, 2008.
COLLINS, Patricia Hill. Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento. Boitempo editorial, 2019.
COLLINS, Patricia Hill. A interseccionalidade como teoria social crítica. Parte 1 – Delimitando as questões. São Paulo: Boitempo, 2022
CRENSHAW, Kimberlé W. Mapping the margins: intersectionality, identiy politics, and violence against women of color. In: Stanford Law Review, vol. 43, 1991.
DOS SANTOS, Gilvan Francisco. Catarina Paraguaçu. Nossa Senhora da Graça, 2020. Disponível em: <https://www.nsenhoradagraca.org/catarina-paragua%C3%A7u>. Acesso em: 7 jul. 2023.
DURKHEIM, Émile. As formas elementares da vida religiosa. 3.ed. Tradução de Joaquim Pereira Neto. São Paulo: Paulus, 2008.
FIGUEIREDO, Ângela. Carta de uma ex-mulata à Judith Butler. Revista Periódicus, v. 1, n. 3, p. 152-169, 2015.
FIGUEIREDO, Taiana; FONTES, Rafael. O caboclo, o dois de julho e o candomblé. Bahia com história, 2015. Disponível em: <http://bahiacomhistoria.ba.gov.br/?reportagem=reportagem-o-caboclo-o-dois-de-julho-e-o-candomble>. Acesso em: 7 jul. 2023.
FRASER, Nancy. Da redistribuição ao reconhecimento? Dilemas da justiça numa era “pós socialista”. Cadernos de Campo, São Paulo, n. 14/15, p. 231-239, 2006.
GONZÁLEZ, Lélia. A mulher negra na sociedade brasileira: uma abordagem político econômica. In GONZÁLEZ, L. Por um feminismo afro-latino americano.Rio de Janeiro: Zahar, 2020. p. 49-64.
GUERRA FILHO, Sérgio A. D. O Povo e a Guerra: Participação das Camadas Populares nas Lutas pela Independência do Brasil na Bahia. (Dissertação de Mestrado) Salvador: UFBA, 2004.
KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Editora Cobogó, 2020.
LIMA, João Francisco de. A incrível Maria Quitéria. São Paulo: Nova época, 1977.
MOREIRA, Neuracy Maria de Azevedo. Maria Quitéria. Resgate de Memória, n. 2, jul. 2014.
QUINTANEIRO, Tania. Émile Durkheim. QUINTANEIRO, T., BARBOSA, ML O., OLIVEIRA, MG. Um toque de clássicos: Durkheim, Marx e Weber. Belo Horizonte, Ed. UFMG, 1995.
STAEUBLE, Irmingard. Emaranhados na ordem eurocêntrica do conhecimento: por que a psicologia é difícil de descolonizar. Cidade cidadã: entre o agente construtor e a agência construída, p. 89-97, 2007.
WEBER, Max. Sociologia da dominação. In: WEBER, Max. Economia e sociedade. Brasília: UnB, 1991. p. 187-223.
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animaletras · 1 year
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Presa, Coração, Coluna, Garra e Cauda. Há muito tempo as nações viviam em paz e harmonia, mas aí, tudo isso mudou, quando Fang atacou. Só os dragões podem impedi-los, mas quando o mundo mais precisou deles, eles desapareceram. Quinhentos anos se passaram e Raya descobriu um último dragão de água. Embora sua habilidade com magia seja ótima, ela tem muito que aprender antes que possa dizer: “Eu sou a Sisu”. Mas Raya acredita que o Sissu pode salvar o mundo!
Se a introdução parece muito com a de outra animação, não é por acaso. Raya, assim como Avatar, é a junção de diversas culturas asiáticas em nações fictícias, que faz um comentário sobre guerra, com a diferença de focar no Sudeste Asiático (Brunei, Camboja, Cingapura, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Tailândia, Vietnã, Papua Nova Guiné e Timor Leste) ao invés dos países do Leste Asiático (ou Ásia Oriental) que inspiraram ATLA (China, Coreia do Sul e do Norte, Japão, Mongólia, Taiwan, Macau e Hong Kong). As similaridades, entretanto, acabam por aí, já que Avatar e Raya, ainda que com temáticas parecidas, às abordam de maneiras muito diferentes.
Raya e o Último Dragão é um filme de 2021, produzido e distribuído pelo Wall Disney Animation Studios que conta com direção de Carlos López Estrada e Don Hall. Seu anúncio foi especialmente importante para essa comunidade, que nunca teve a oportunidade de se ver representada por uma grande empresa, e agora ganharia a primeira princesa Disney do sudeste asiático, dublada por uma atriz vietnamita. Uma das primeiras decepções com o filme foi a divulgação do restante do elenco, com quase todos os outros personagens, ainda que da mesma ascendência, dublados por atores, já renomados, do leste asiático: Sandra Oh (Virana) é canadense coreana; Awkwafina (Sisu) é americana e sino-coreana; Gemma Chan (Namari) é britânica-chinesa; Daniel Dae Kim (Benja) é sul coreano e Benedict Wong (Tong) é chino-britânico, só para citar alguns exemplos.
Para nós, brasileiros, pode ser difícil entender porque isso é um grande problema, mas é preciso entender que, se um país como o nosso, já apresenta diferenças culturais significativas quando pensamos em nordeste, sudeste e sul, imagine então em países diversos, com línguas, crenças e culturas diferentes, que não podem ser resumidas apenas aos países mais conhecidos do leste. Segundo o pesquisador Stwart Hall, em “Da Diáspora: Identidades e Mediações Culturais” (2003)
“Os asiáticos não constituem de forma alguma uma ‘raça’, nem tampouco uma única ‘etnia’ (…) são perpassados por diferenças regionais, urbano-rurais, culturais, étnicas e religiosas; (…) a nacionalidade é frequentemente tão importante quanto à etnia” (HALL, 2003, p.69).
Há algum tempo em Hollywood já se faz questão de escalar atores com nacionalidades correspondentes aos personagens da dublagem, não porque as vozes são diferentes, mas porque se entende que certas minorias recebem menos oportunidades de papéis. Em Moana por exemplo, temos uma gama de atores da Polinésia dublando os personagens e o mesmo acontece com Encanto, com diversos atores latinos nos papéis principais. Em Raya e o Último Dragão, percebemos que existiu uma tentativa, mas existe uma visão tão alienada sobre a comunidade asiática que todos foram colocados em uma única categoria, favorecendo atores do leste.
A caracterização da protagonista também recebeu críticas desde o primeiro trailer. Muitos acreditam que Raya parece filipina, pelas características físicas, vestimentas e pelo tipo de arte marcial que ela pratica, ainda assim, a Disney se recusou a dizer qualquer coisa mais específica sobre o país que inspirou sua ascendência. Isso se repete para além da protagonista, para todo universo criado para a história.
Uma frase que ouvi em quase todo o material que pesquisei para escrever sobre o filme é que “as culturas asiáticas não são um monólito” e a razão pela qual ela precisa ser tão repetida, é porque foi assim que o Ocidente as viu por muito tempo. Em 1978, Edward Said escreveu o livro “Orientalismo”, que o professor Fernando Nogueira da Costa da Unicamp define como:
“um ensaio erudito sobre um tema fascinante”: como uma civilização fabrica ficções para entender as diversas culturas a seu redor. Para entender e para dominar. (…) Um clássico dos estudos culturais, Edward W. Said mostra que o “Oriente” não é um nome geográfico entre outros, mas uma invenção cultural e política do “Ocidente” que reúne as várias civilizações a leste da Europa sob o mesmo signo do exotismo e da inferioridade.
O Orientalismo é basicamente um processo do Ocidente de transformar o Oriente em um “outro”: uma cultura estranha e exótica, em contraste com a “norma” ocidental, de modo a desumanizar. Assim como a invenção do oriente, foi feita para o ocidente, a produção de Raya, não parece ter sido construída tendo em mente o público dos países em que se inspira. Diversos estudantes e críticos de mídia do sudeste asiático se reuniram, durante cerca de nove meses, para produzir, no canal da autora e youtuber americana-chinesa Xiran Jay Zhao, uma apresentação dividida em três partes somando quase seis horas de crítica a Raya e o Último Dragão por espectadores de diversos países do Sudeste Asiático numa tentativa de tornar a discussão mais plural e acessível a uma maior audiência. Destaco as principais falas aqui, de modo a ecoar suas vozes e os vídeos podem (e devem!) ser acessados integralmente nas referências.
Um dos primeiros pontos que destacam é o lançamento de Raya e o Último Dragão, apenas nos EUA, durante a pandemia, já que em diversos países que a empresa pretendia representar, sequer tinham o serviço de streaming funcionando na época em que o longa ficou disponível para o público. A verba destinada a divulgação também foi de apenas 1/3 das campanhas de Moana ou Frozen.
Pouquíssimas pessoas do sudeste asiático estiveram envolvidas no projeto. Parte da equipe chegou a fazer uma visita rápida a alguns dos países, mas mais para “uma apropriação estética das culturas para uma representação de fantasia genérica”. Afirmam que, apesar do marketing do filme repetir que “vai se tratar da primeira princesa do sudeste asiático” e retratar enfim a experiência real dessa comunidade historicamente apagada, o filme parece se destinar principalmente as audiências brancas, se ancorando no que os espectadores reconhecem da Ásia, pela mídia mainstream, disfarçado de diversidade cultural.
O que vemos na produção de Raya: O Último Dragão é exatamente o que Said escreve sobre a visão que o ocidente propaga da ásia: “exotificação, condescendência, apropriação, alteridade e tratamento geral do asiático como um bufê cultural no qual as pessoas se sentem à vontade para pegarem tudo o que querem e descartarem o que não lhes interessa.”
Sobre os temas e estrutura da história, o grupo também preparou uma apresentação sobre como o tema da “confiança” é abordado, levando em consideração o storytelling ocidental e o das histórias da região. Dentro do filme, a protagonista é retratada como alguém com dificuldades para confiar nos outros, e o filme parece trair sua própria proposta ao demonstrar que todas as vezes que confia, de fato, é traída e sua desconfiança se mostra justificada. Não ajuda que os personagens com discursos sobre confiança sejam os mais privilegiados: Benja (o pai de Raya, que é chefe da nação mais bem sucedida entre as cinco) e Sisu (que é um ser mágico e está acima dos conflitos humanos).
Como esse tema ecoa na vida real dos sudeste-asiáticos? As nações nunca foram unidas e passaram por diversos conflitos históricos, muitos que perduram até os dias de hoje. A moral de que “os países devem se unificar para ter paz” é uma fantasia imperialista que justificou diversas guerras, invasões e colonização.
Porque só é paz quando se é um? Por que a paz não pode ser múltipla e culturalmente diversa? Se as nações dividas do filme representam países reais, também é injusto justificar sua divisão como produto da ganância e desconfiança dos próprios governantes, quando, nos países reais, foi fruto de colonização de nações maiores, da europa e do leste asiático.
A filosofia do coletivismo, entre indivíduos, no sudeste asiático também é bem diferente da de Raya. São ensinados desde cedo que é através da confiança que se constrói uma comunidade e a ajuda mútua é grande parte da cultura dessa região, apesar dos conflitos. A desconfiança de Raya é americanizada e não parece autêntica com sua etnicidade. A união entre os personagens também tem um aspecto superficial: a função de cada personagem secundário é ser a representação de uma das nações, mas todos falam a mesma língua e não tem diferenças culturais relevantes o suficiente para que haja conflito e, portanto, resoluções o bastante para caracterizar a união. Mais uma vez, existe uma imensa diversidade cultural, étnica e linguística entre pessoas do sudeste asiático, e querer resolver séculos de conflitos complicados com “virem um grande país já que são todos asiáticos” é insensível.
O worldbuilding foi outro ponto de discussão. É inconsistente os países em que os animadores afirmam que as cinco nações foram inspiradas, já que essas informações mudam de entrevista para entrevista, e não batem com os países visitados pela equipe de produção para pesquisa. Em alguns a arquitetura parece vagamente inspirada em templos, castelos e outros pontos turísticos importantes, mas de forma geral, não se tem muita informação sobre as nações do próprio filme. Mesmo a fauna não é apropriada, já que os animais que inspiram as raças ficcionais não existem no sudeste asiático.
O que separa as cinco nações no filme? Nas cenas iniciais, Raya caracteriza cada uma das tribos como ladrões, violentos e assassinos. Benja, dá a entender que esses são estereótipos, vindos do preconceito, e que é necessário desconstruir, mas isso é subvertido de alguma forma no filme? Não. Cada personagem das diferentes nações, age exatamente como Raya descreve a princípio e a mudança em suas atitudes depois de conhecer Raya e Sisu é que passam a usar essas características negativas em favor delas, sem jamais deixar de reforçar os estereótipos.
Apontam também para a questão linguística e a redução que é chamar Sisu de “Dragão” e como a tradução, por vezes, acaba por apagar a real mitologia desses povos e as características mais específicas de seus seres. O argumento principal é que diversos seres, de diversas mitologias, foram misturados em uma coisa só e chamados de “dragão” para facilitar o marketing para audiências ocidentais.
Voltando à comparação com Avatar: o último mestre do ar, que foi feita a princípio, é indiscutível o cuidado de uma obra e o desleixo da outra. Mesmo que as nações do Fogo, da Água, da Terra e do Ar também sejam reinos fantasiosos inspirados em países asiáticos, cada um representa um, tendo referências na arquitetura, nas roupas, na fauna e até na filosofia e história. Também temos tempo o suficiente em cada um para que se aprenda sobre sua hierarquia e cultura enquanto em Raya tudo parece corrido e as regras de cada local não são claras. As mensagens de um e outro também são opostas: Raya defende um ideal utópico de unificação enquanto Avatar comenta essa mesma fantasia, mas apresentando as falhas desse pensamento. Mesmo a mensagem sobre confiança é melhor executada em Avatar do que em Raya: Zuko não recebe o mesmo tratamento especial de confiança cega que Namari recebe. Ele precisa de tempo para ganhar a confiança de seus pares e as diferenças culturais entre o grupo, é um ponto de discussão muitas vezes.
Também faço aqui uma breve menção ao queerbaiting, ao qual o grupo dedicou um vídeo inteiro para explicar. Afirmam que o roteiro tenta incluir uma dinâmica enemy to lovers, para Raya e Namari que não parece orgânica. As duas nunca foram amigas, apenas se conheceram em um dia, Namari traiu a confiança de Raya e as duas nunca mais se viram, por anos, de acordo com os diálogos do próprio filme. Ainda assim, temos diversas cenas com certa tensão entre as personagens nesse sentido. Ainda que as personagens fossem sáficas canonicamente, a representação ainda é muito alinhada à experiência branca e norte-americana de identidade queer, tanto em termos de design de personagem, quanto filosoficamente.
Joanna Robson, em entrevista à Vanity Fair, diz sobre o design de personagem em Raya que “(…) com o físico musculoso e o corte de cabelo assimétrico, Namari parece intencionalmente projetada para atrair a atenção da audiência queer”. Em comparação com Raya, a antagonista é muito mais codificada como queer, entretanto nada nela se parece com como uma pessoa sáfica do sudeste asiático realmente se apresentaria. Eles se preocupam a explicar como a masculinidade é percebida de formas diferentes no sudeste asiático e como as expressões de gênero não conformantes e a própria moda lésbica são em alguns dos países representados.
Se não se destina aos sudeste-asiáticos queer, para quem esse queerbaiting é destinado então? Para audiências queer brancas e ocidentais, criando uma versão palatável da experiência de uma pessoa asiática e queer. Muitos dessa audiência só foram ao filme por esse marketing alternativo, do filme ter essa “vibe sáfica”, ignorando a importância de ser uma história para o sudeste asiático.
Fica então a questão: a representatividade feminina e feminina asiática é uma boa representação? Para responder, li o artigo de Tamilyn Tiemi Massuda Ishida, “Fetichização da mulher leste asiática e de suas dispersões transnacionais: o papel do design em sua conscientização e resistência”, discutindo os estereótipos que mulheres asiáticas têm na mídia, ela destaca o da “Dragon Lady”:
(…) é a retratação da mulher leste asiática como misteriosa, exótica e ameaçadora, apresentada muitas vezes como a vilã, assim podendo ser considerada como uma versão feminina do Perigo Amarelo (ONO; PHAM, 2009). Grande parte das personagens as quais este estereótipo é aplicado usam vestimentas tradicionais e dominam alguma arte marcial (WANG, 2012).
Felizmente, tanto Raya, quanto Sisu e até Namari não são sexualizadas no decorrer do filme, mas Raya e Namari, principalmente, acabam chegando perto do estereótipo de Dragon Lady, mulheres asiáticas cujas as maiores habilidades são em artes marciais. Não dá para abordar a feminilidade separada da questão racial nesse caso, principalmente quando mulheres não-brancas são colocadas em duas caixinhas: ou submissas e servis, ou violentas e perigosas. Até Noi (que é um bebê), é completamente “dragon lady”, misteriosa, habilidosa em artes marciais e que não pode ser confiada. Sisu é a única que parece ficar num meio termo, mas também é a única que não é humana, e portanto, não é de nenhuma nacionalidade específica.
Fora todos os aspectos culturais, Raya: o último dragão também não é excelente estruturalmente. A primeira meia hora é apenas infodump em cima de infodump, com um flashback dentro de outro flashback sobre como os reinos se dividiram e consultas sem fim ao mesmo mapa. O meio da história é entediante com a constante apresentação de personagens mal desenvolvidos e a conclusão é apressada, sem se preocupar com trabalhar bons arcos de redenção ou sequer de reconciliação entre as personagens.
Referências:
(6) How Disney Commodifies Culture — Southeast Asians Roast Raya and the Last Dragon (Part 1) — YouTube
(6) How Disney Commodifies Culture — Southeast Asians Roast Raya and the Last Dragon (Part 2) — YouTube
(6) Raya’s Queerbaiting of Southeast Asians — The Importance of Cultural Context to Queerness — YouTube
Da_Diaspora_-_Stuart_Hall.pdf (hugoribeiro.com.br)
ORIENTALISMO, resenha do livro de Edward W. Said — GGN (jornalggn.com.br)
Orientalismo — O Oriente como Invenção do Ocidente | Blog Cidadania & Cultura (wordpress.com)
Como o orientalismo persiste e continua a marcar presença no cinema americano (buzzfeed.com.br)
Artigo-4.pdf (senac.br)
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