Tumgik
#e está tão bem escrito e as histórias são tão boas e tão bem contadas
brainmoss · 2 years
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Eu @ Pepetela
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Olá, tudo bem? Eu estou pretendendo escrever sobre um casal que pretende se separar e durante o caminho até o lugar onde vão assinar o divórcio minha protagonista comece a lembrar de tudo começou, mas não sei como fazer isso exatamente. Não quero colocar tipo: há três anos atrás, ou a data específica, porque sou de humanas :-:. Eu pensei em escrever em ordem cronológica e depois fazer a vida de casados e porquê deu errado em uma duologia, mas não é o tipo de livro que eu leria, então desisti de escrever assim.
Eu deveria fazer um prólogo com a cena atual e no capítulo 01 colocar o começo e ir seguindo?
Olá! Tudo bem sim, e como você?
Entendi o que você quer fazer. Eu faria exatamente o que você falou.
Eu começaria com uma cena, neles o casal já se separando. Eu colheria uma cena no cartório com os advogados ou eles já assinando o papel, até porque para que haja a separação tem que ter um sessão conciliatória antes da finalização do divórcio. É bom fazer uma boa pesquisa antes.
Então, eu escolheria uma cena desse tipo para fazer a introdução da história e personagens, e depois disso usaria cenas-chave para desenvolver porque eles não deram certo, voltando no passado. Eles têm filhos? A família influenciou nessa tomada de decisão? Outros amigos criticavam eles? Surgiu um novo amor? Tudo isso pode ser razões muito boas para explicar o enredo.
No fim, eu não posso exatamente como fazer e sim como eu faria. O que eu posso afirmar com certeza é o que eu não faria:
Contar e mostrar: Para mim é o aspecto mais importante. Mais vale uma história bem contada do que uma interessante e mal feita. Não importa se sua cena se passa no passado, futuro ou presente, ela sempre deve ser contada no presente, usando o mostrar. Sabe quando vemos aquelas histórias com monólogos internos intermináveis? Ou quando se fala, eu fiz aquilo e vi isso? Tudo é contar a história, ao invés mostrar. O mostrar sempre está no presente, nos fazendo sentir que estamos vivendo esse momento e não apenas ficar sabendo dele. Então, mesmo que você conte cenas do passado, use tempos verbais do presente.
Prólogo: Aconselho a não usa-lo. Isso vindo de uma pessoa que fez muitos prólogos (inúteis) na vida. A verdade é que com eles ou sem eles, uma parte do passado/futuro sempre vai estar presente na história, porque, querendo ou não essas cenas vão estar lá, assim, se vai estar escrito capítulo 1, inicio ou Prologo não faz nenhuma diferença.
Para simplificar o prologo é como a decoração da história, é legal colocar algo poético e algo que vá prever algo importante da história, que na minha opinião deve ter no máximo um parágrafo. Agora, se você quer fazer um capítulo inteiro sobre essa primeira cena, acho bem mais elegante começar como se fosse o primeiro capítulo mesmo.
Se você achar melhor, pode até na cena seguinte colocar um "Anos antes..." ou colocar isso no texto, falando "Eu havia o conhecido em um dia chuvoso." A partir daí, mostrar o que aconteceu até o termino. Usar o contar no começo do capítulo é muito bom para dar contexto ao enredo, já continuar usando isso durante toda a história não é tão legal. E se você for usar o prologo, use ele para contar algo mais deslocado da história, algo importante que tenha importância máxima.
Em uma das minhas histórias, ao invés de colocar um capítulo gigante no início como prólogo, dividi essas cenas do passado durante a história, em pequenas cenas sempre no início de cada capítulo. As possibilidades são infinitas, basta usar a criatividade.
Escreva o mais soar natural para você: Imagine que sua história é um quadro em branco, e dentro desse quadro há vários espaços que devem ser preenchidos por cenas, que devem uma vir atrás da outra, preenchendo o quadro até seu fim. Prefiro ver um livro dessa forma, de início, apenas as vendo como elas são, uma cena atrás da outra sem dar nome a elas. E só quando eu tiver todas as cenas nesse quadro me dou o dever de nomeá-las.
É assim que eu vejo, você fez todo o planejamento e decidiu a estrutura do seu enredo. Mas... algo falta... aprendi esse ano que não importa o quanto você planeje, as coisas não vão sair como o esperado. Então, mantenha o mostrar em mente, coloque as cenas que você quer abordar no papel e comece a trabalhar nelas. O que mais te empolgou nelas? Qual você mais quer escrever? Vá lá e escreva, as melhores coisas saem das situações mais inesperadas. Se lembre que essa é a primeira versão, virão a segunda e terceira versão, é por isso que existe edição, revisão e rescrita. Se divirta e faça seu melhor, sempre podemos voltar a ajeitar as coisas.
PS: Você já assistiu "História de um Casamento", da Netflix? Pode te dar um pouco de inspiração.
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sailmc · 4 years
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                                                Let your plans be dark and impenetrable as night, 
                        and when you move, fall like a thunderbolt.
                                                               ☾ — Sun Tzu, The Art of War.
Realeza Convidada.
É com imensa honra que a Família Real de Illéa dá as boas-vindas a SALIH "SALIME" MELGREN BURAK SARIKAYA , PRINCÍPE HERDEIRO do IMPÉRIO DA TURQUIA. Com VINTE E OITO anos, escolheu justamente o momento da seleção para fazer sua visita ao país, ficando o questionamento se veio pela competição ou para acertar tramites políticos mesmo. Costumam falar que se parece com CAN YAMAN, apesar de não sabermos de quem se trata.
Histórico
Kerem e Tugba descendem de uma linhagem memorável para o grande reino da Turquia. Filhos de grandes conquistadores, homens de políticas e líderes do exército. Unidos pelo único objetivo de livrar a terra amada da influência dos outros países. Devastada e explorada, a vitória veio como um alívio, a brisa suave ao fim de um verão escaldante. Os políticos viraram pacificadores, os generais transformaram as armas em ancinhos. Crescia um reino próspero, de terras férteis e cercado pela liberdade inconfundível do mar. Ergueram as velas para explorar, ampliar seus horizontes e reatar ramos cortados pela dominação, deleitavam-se no doce sucesso da lábia dos grandes e na facilidade de troca de mercadorias. E foi nesse paraíso na terra que os grande casal, a união perfeita e anunciada por todos os deuses, que ambos decidiram cumprir com seus deveres matrimoniais.
Na primeira tentativa veio Salih e Sabah. Gêmeos. Previstos nas folhas secas queimadas como o novo passo para a Turquia, mesmo que completamente diferentes. Salih veio primeiro, forte e poderoso no choro ao romper no mundo desconhecido. Seu nome carregando tantos significados quanto o peso que era imposto nos ombros minúsculos. O herdeiro. O principal. O que devia ser moldado à altura de seus antepassados. Sabah veio seis horas depois, num trabalho de parto e complicado, e que ocasionou a mudança abrupta de nome. Sabah, o amanhecer, assim como o sol que brilha do lado de fora do Palácio Topkapi.
A família teve exata uma semana de pura felicidade e êxtase. Na calada da noite do sétimo dia, um dos gêmeos desapareceu sem deixar rastro. O palácio inteiro foi revistado de cima a baixo, todas as passagens secretas expostas. Jardins, estábulos, cais, revirados até não sobrar tapete nas paredes ou decoração sobre as ricas mesas. Tugba se permitiu chorar pela morte do filho meses depois, ao passo que Kerem se convencia de que não tinha sido tão ruim. O herdeiro ainda estava nos seus braços, certo? Os rostinhos eram idênticos, o formato da boca e a pintinha na lateral da coxa. Crianças dessa idade sequer eram vistas de perto, a tonalidade única de seus olhos longe do olhar público.
A partir daí, Salih ganhou uma nova vida. Para onde quer que fosse, soldados o acompanhavam para a proteção. Vivendo no luxo e no conforto, mimado ao máximo, porque o seu nascimento era mantido em segredo. Ninguém comentava nada perto do príncipe que desenvolvia, aprendia tudo e mais um pouco. O temperamento cortado logo pela raiz com o treinamento militar, rígido do pai criado no exército. A mãe dera o toque do discurso, da artimanha e da esperteza. Contudo, nem as melhores intenções conseguiriam mantê-lo longe da verdade. No décimo quarto aniversário, explorando o enorme palácio, Salih encontrou a tapeçaria em homenagem aos gêmeos.
A verdadeira história foi contada e… Nada foi feito sobre. Salih tinha em sua cabeça que se era segredo, algo pior estava escondido por baixo. Camadas e mais camadas de segredos de Estado e planos nefastos. E cabia a ele explorar o que realmente significava o rapto do irmão e onde ele estava. Deveria estar vivo, tinha que estar vivo, ou não faria sentido os terrores noturnos e sensações repentinas que o acometiam ao longo do dia.
Pela promessa de achar o irmão, o herdeiro seguiu viagem com os maiores, acompanhando os líderes de seu povo para procurar em outros lugares. Para conhecer a cultura e mostrar presença, fincar o pé de que não sairia da sociedade assim tão fácil. Era um futuro Sultão! Seu destino estava escrito nas estrelas! Sabia a arte da esgrima e o manejo das armas, conhecia os passos das danças mais rebuscadas e do trono. Da escorregadia passagem onde nenhuma lâmina ou projétil resolveria facilmente. Kerem e Tugba sentiam o peso em seus corações ao ver o filho partir, mas precisavam aceitar que ninguém tiraria seu filho de novo. Seu primogênito, não as outras donzelas das dezenas de concubinas do Sultão.
A aliança com Illéa foi ideia única e exclusiva do ambicioso Kerem, mirando a liberdade conquistada para juntar forças e concretizar um forte laço econômico. Um país daquele tamanho tinha o significado de caminhar para a prosperidade. A troca de cartas transformou-se em comissários, subindo de cargo até que o fim veio de forma abrupta. O desaparecimento e a declaração de morte do Rei e Rainha trouxe… familiaridade. A imagem do gêmeo desaparecido ressurgindo depois de tanto tempo… Sobrou para Salih investigar em que pé estava a aliança e se o filho colocado no lugar compartilhava das mesmas ideias dos progenitores.
Salih pouco importava com tudo, sendo bem sincero. As pistas do irmão desaparecido colocavam-no do outro lado do mundo, longe de Illéa. O costume de procurar uma esposa daquele jeito lhe era ridícula. Tantos motivos para recusar, tantos argumentos para colocar outra pessoa no lugar. E só para torcer o nariz durante toda a viagem de navio - pomposo e cheio de luxo - para a terra desconhecida. Esperava concluir os trâmites de maneira eficiente e rápida, favorável para seu reino.
Curiosidades
Bennedict, noivo de @lillicnc, é o irmão gêmeo perdido de Salih. Os dois são cópias exatas em rosto e altura, assim como a forma do corpo de maneira generalizada. Suas diferenças estão nas nuances da cor dos olhos, e no físico e graciosidade de Salih. Além do desgaste proveniente de dois tipos de vida diferentes.
Atualmente está noivo de @deutscheidi por influência dos pais e para concretizar a aliança entre os países. É comum dos progenitores usarem a figura do filho para fecharem acordos, e selá-los por outros meios. Um mero artifício.
Ganhou o apelido de canlı heykel (estátua) pela comum mania de ficar parado, somente a observar. Parecendo uma decoração muito realista do Palácio. E quando se aproxima, ele volta a vida num susto.
Fluente em tantas línguas quanto o pai tem de concubinas.
Seguindo a tradição, Salih seguirá no concubinato à sua maneira. Construirá um novo Palácio e começará o seu harém.
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hollvcrap · 3 years
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𝒂𝒕𝒐 𝒊𝒊𝒊. 𝒄𝒆𝒏𝒂 𝒊𝒊.
3. & you want to find peace with yourself, to move foward, to blaze in the way that only angels or comets can. 
4. & i want to hope so fiercily it will be the one thing this tender earth remembers of me after a thousand years.
                                                               — KEATON ST. JAMES
como alguém que está acostumada a escrever histórias a serem contadas, posteriormente, através da lente de uma câmera, holly deveria saber que quando uma história é narrada em primeira pessoa, ela é total e completamente parcial. os fatos são expostos de acordo com unilateralidade e percepção do narrador — que apesar de, no auge de sua prepotência, pensar que sim, não é onipresente. não sabe de tudo. não é o mais esperto. está mesmo sempre um passo à frente? ou esse ideal é apenas fruto de um narcisismo exacerbado? enfim... fato é que o narrador em primeira pessoa possui uma interpretação dos fatos viciada por suas vivências pessoais. e então, o leitor não percebe as coisas como elas são. mas como o protagonista acha que são. como pôde ser tão burra? perguntava-se na primeira hora da manhã do dia nove de maio, enquanto caminhava de um lado para o outro, impaciente, pela sala de andreas cotillard. teria chegado mais cedo, afinal, não conseguiu dormir por um segundo sequer. como poderia? as palavras do áudio reproduzido por chloé ecoavam em seus pensamentos, sem parar, em um looping irritante que mais parecia um sinal de alerta.
estavam a vigiando. e, talvez, o narrador dessa história — na qual holly não fazia ideia de que papel interpretava — fosse, de fato, onipresente. a sensação de ter o controle que pensava que tinha lhe escapando por entre os dedos havia sido um choque de realidade. pela primeira vez, desde que aquela história começava, estava mesmo com medo. e em uma daquelas epifanias que se vê em filme, tinha decidido ir até ali por conta própria. porque o tempo que passou acordada, refletindo sobre sua vida — que poderia acabar como a de eloise, bom... ela está viva, mas a que custo — fez com que chegasse a conclusão de que ela não podia controlar a história de outras pessoas como tantos outros coadjuvantes de sua história, e protagonista de suas próprias, tentaram ditar como o prólogo, atos e cenas da sua vida deveriam ser. pois bem, era hora de criar o clímax para que pudesse antecipar o epílogo antes que o -e ou qualquer outra ameaça maior o fizesse. 
❝ a que devo sua ilustre presença, ma cherie? ❞ — andreas apareceu na suntuosa sala de estar, usando um suéter azul que realçava os olhos que eram idênticos aos de holly. a mais nova ponderou por uns dez segundos, se estava mesmo convicta do que estava prestes a fazer. — ❝ quero que ela volte pra casa. ❞ — foi direto ao assunto. o cotillard mais velho passou a mão pelos cabelos longos e grisalhos, a expressão confusa tão rara ao cineasta se fazia presente. e então o homem riu, descrente, provavelmente achando que era algum tipo de piada e, de fato, era... uma piada de péssimo gosto. porque não estava nos planos de holly que sua mãe deixasse a clínica antes que estivesse em los angeles, cuidando da sua própria vida. inclusive, tinha se assegurado de que o último laudo assinado pelo psiquiatra atestasse a inaptidão de audrey para voltar a conviver em sociedde. mas circunstâncias a levavam a pedir aquilo. o mais velho estreitou os olhos.  — ❝ você foi visitar ela? ela te mandou aqui? olha, holls... você pode pensar que não, mas é facilmente manipulável. pensei que você já tivesse aprendido  não dar ouvidos ao que audrey diz, ela é uma dissimulada do caralho e... ❞ — holly balançou a cabeça de um lado para o outro, em negativa, com a intenção de interromper o avô.  — ❝ não converso com ela desde... ❞ — fez uma pausa, ele não podia saber o que aconteceu da última vez que estiveram no mesmo ambiente. porque a interação apenas endossaria a representação dele contra a filha no tribunal. invadir o sistema e apagar as gravações do dia quinze de março. fez a anotação mental.  
❝ enfim, faz muito tempo. ❞ — suspirou, andreas ainda estava desconfiado e longe de se dobrar ao pedido da garota. mas ela o convenceria a fazer exatamente o que queria, era o que fazia de melhor. porque ela tinha uma vantagem sobre o avô que audrey nunca tivera: o benefício da dúvida, porque ele não sabia que ela também era uma uma dissimulada do caralho [sic].  — ❝ eu não entendo. a promotora disse que vem tentando entrar em contato com você, sem sucesso. e você não é uma pessoa particularmente não localizável. esquece, não vai rolar. por mim, você já sabe... ❞ — o mais velho deu de ombros e deixou escapar uma risada de escárnio que provocou o revirar de olhos da neta.  — ❝ tem certeza? você sabe que eu não viria até aqui se eu não tivesse uma proposta, andreas. ❞ — delimitou um sorriso mínimo, sentindo o mesmo embrulho no estômago que sentira quando foi entrevistar os girard-dampierre. aquilo não era certo, negociar a liberdade de audrey depois de mexer tantos pauzinhos para que ela passasse o maior tempo possível em seu “retiro espiritual”. felizmente, existia remorso. e essa era a única coisa que a diferenciava da mais velha. aprendia, aos poucos a duras penas, que nem sempre os fins justificam os meios. 
...
os olhos azuis e vazios de audrey se revezavam entre os papéis a sua frente, holly, andreas, a assessora de imprensa e os três advogados (duas mulheres e um homem) que ocupavam a sala do diretor da clínica em que a mãe de holly estava internada. o cômodo fora cedido à pequena reunião organizada às pressas. de fato, não havia nada que o dinheiro não pudesse comprar. inclusive as horas de folga de três juristas e a privacidade em um lugar que praticamente inexistia o direito. assim como andreas estivera à princípio, a filha do cineasta se mostrava relutante e desconfiada enquanto passeava pelas folhas do contrato demasiadamente extenso. quando, enfim, ela se pronunciou: — ❝ entendo o que você ganha com isso... ❞ — olhou para a filha, ao que se referia às cláusulas constando a transferência definitiva da titularidade de todas as contas e créditos de monetização. bem como a cessão dos direitos do conteúdo do canal no youtube e a rescisão do contrato que destituiria audrey da posição de empresária. não parecia particularmente feliz com aquelas configurações, e sabia que holly não abriria mão disso. — ❝ e entendo o que eu ganho com isso... ❞ — continuou, ao olhar para andreas. e era ali que estava o ponto de interrogação, não conseguia entender porquê, depois de anos alimentando a mesma contenda, o pai parecia disposto a ceder direitos de imagem e autorizar a produção do documentário sobre margo silvers que audrey tentou emplacar pouco tempo depois da morte da renomada atriz. o homem encolheu os ombros, com ambas as palmas das mãos viradas para cima. não era tão fácil explicar.  
❝ holly me abriu os olhos. sua mãe não gostaria de nos ver brigando pela história e memória dela. ❞ — passou a mão pelos cabelos grisalhos e balançou a cabeça pesaroso, rodeando o assunto o máximo que podia.  — ❝ na época fez sentido porque você não respeitou nosso luto, audrey. da minha perspectiva você passou por cima de mim, de antoine, quincy e june por cinco minutos de fama. você queria ser o centro das atenções em um momento que não cabia. você fazia isso sempre... por que não? ❞ — arqueou as sobrancelhas, ele não estava disposto a perdoar ela ainda. não de verdade, então holly decidiu intervir. — ❝ o que o vovô quer dizer é que... ele entende que, talvez, essa tenha sido sua forma de processar o luto. ❞ — o encorajou a continuar.  — ❝ é, isso que ela disse. vou retratar minha representação contra você amanhã, caso aceite a proposta. você sai daqui em um ou dois dias, com um contrato assinado com a netflix para produzir o documentário que você tanto queria. eu vou dirigir, é claro. ❞ —  constatou o que já estava escrito em uma das cláusulas. 
❝ e eu quero produzir um filme-documentário sobre a sua história. ❞ — curvou-se sobre a mesa, para olhar nos olhos de audrey. holly encarava a mãe em expectativa, esperando que ela rubricasse sua assinatura nas páginas expostas à sua frente.  — ❝ continuo sem entender o que você ganha. ❞ — admitiu, visivelmente incomodada.  — ❝ o meu quinto oscar, talvez. ❞ — deu de ombros.  — ❝ me deixe apostar em você, audrey. quero que você seja uma boa filha e, principalmente, uma boa mãe. só isso! ❞ — concluiu. alguns minutos se passaram, os três se encararam e audrey suspirou. o advogado, então, tirou uma caneta montblanc do bolso do paletó do terno impecável e estendeu à atriz. tão logo, a caligrafia caprichada preenchia um pequeno espaço nas folhas dos respectivos contratos. enquanto isso, holly relaxava os ombros ao soltar o ar que sequer sabia que estava prendendo desde sua última fala. mais um passo para o fim.            
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Amor de outras vidas - capitulo 134
Uns 5 anos atrás Amanda: Oi…-abrindo a porta de leve
Lisa: Amanda…-sorrindo Amanda: Oi linda…-sorrindo- Tudo bem? Lisa: Melhor agora…-sorrindo Amanda: Que bom.-colocando sua bolsa e indo até ela- porque as enfermeiras me disseram que você não estava colaborando. Lisa: Mentira delas…-se levantando- eu só…queria te ver. Amanda: Eu to aqui…eu prometi que voltava.--sorrindo- Gostou do que mandei para você?--apontando para o notebook em cima da cama Lisa: Sim…-sorrindo- nem sei como te agradecer, e nem sei como deixaram isso entrar aqui.--franzindo o cenho Amanda: Eu tenho muitos contatos.--pegando em sua mão e a puxando para sentarem na cama- está escrevendo? Lisa: Não é nada demais…-fechando o notebook antes de Amanda conseguir ler algo- coisa boba. Amanda: Nada do que sente é bobo…--acariciando seu rosto Lisa abaixou a cabeça Amanda: O que foi?-puxando seu rosto para ela lhe encarar Lisa: Você disse que me tiraria daqui…-desfazendo-se do contato Amanda: Mas eu vou… Lisa: Não vai ser possível Mandinha, eu estou presa! Não apenas internada… Amanda: Eu sei, mas quando toma seus remédios direitinho, você consegue ficar sóbria não é?-fazendo a olha-la novamente e Lisa apenas confirmou- Preciso que tenha paciência… Lisa: Enquanto isso, Mayra está livre…-falando com raiva- ela me jogou aqui dentro! Amanda: Mas a amiga dela também colaborou com isso né. Lisa a encarou e assumiu uma feição diferente- Vanessa! Amanda: Eu sei…-fazendo carinho em seus cabelos- ela também foi má comigo, é por isso que eu vou te tirar daqui. Lisa: Eu queria poder esquecer, não quero mais saber da Mayra, da Vanessa, ou de toda minha vida antiga…-se levantando Amanda: Pra esquecer, é preciso…devolver.-indo até ela Lisa: Vingança? Amanda: Uma palavra forte, mas nesse caso eu julgo necessária. Lisa: Eu pensei muito nisso…-fitando o chão- mas desde que você apareceu, querendo o mesmo que eu…-a encarando- curiosamente pela mesma pessoa. Amanda: Coincidência…-dando de ombros Lisa: É mas…até agora você, sabe de tudo sobre mim, e eu não sei nada sobre você...além de você odiar muito a Vanessa, mas fora isso, nem os motivos eu sei. Amanda: O que você precisa saber é que eu não acho justo você estar aqui, e que eu vou te tirar daqui…e te proteger.-suspirando- O meu problema com a Vanessa, vem de muito, muito, tempo atrás. Lisa: E porque veio até mim? O que uma presa pode lhe oferecer? Amanda: Vi em você, a oportunidade de te ajudar… Lisa: E em troca disso…? Amanda: Eu não quero nada de você, apenas uma coisa…-se aproximando mais- Sua lealdade.- Lisa a encarava- E eu prometo, que eu nunca vou te abandonar.-pegando algo em sua bolsa- Olha, fica com isso.-lhe entregando um pen drive- Caso você queria guardar o que está escrevendo.-sorrindo Lisa: Obrigada…-sorrindo de leve pra ela Amanda: Aguenta só mais um pouquinho meu amor..-suspirando- Eu te prometo, que eu vou te tirar daqui. Lisa apenas balançou a cabeça em sinal positivo, não sabia o que dizer e talvez nem tinha, sua vida havia se transformado, ela havia tentado cometer um crime passional, e depois de toda investigação, e pelo seu histórico anterior, o juiz entendeu que ela seria um grande risco para a sociedade. Amanda: E então? Advogado: Não sei como podemos ajuda-la, pelo que tô lendo, ela não pode sair daqui, ela tem um laudo médico, onde diz que ela é uma psicopata. Amanda: Eu sei o que tá escrito ai, eu to te pagando para me dizer o que fazer daqui pra frente.-sem encara-lo- Tem que haver uma brecha. Advogado: Só seria possível se ela tivesse uma espécie de…"tutor", ou um outro documento que contestasse esse laudo. Amanda: E quanto tudo isso vai custar?--arqueando as sobrancelhas Advogado: Pra isso teríamos que pagar um médico que nos dê um laudo, mas isso é muito difícil de conseguirmos… Amanda: Você é advogado, e eu te pago para fazer esse trabalho sujo.- O ignorando- Tenho certeza, que você consegue algo. Advogado: Farei o possível…-se levantando- Se permite senhora…-Amanda o encarou- A senhora tem dimheiro, pode pagar para qualquer um fazer isso...Porque uma psicopata é tão importante. Amanda: Ninguém, vai muito longe sem a lealdade de alguém…no fim, você acaba descoberto, Lisa confia em mim, e toparia qualquer coisa, para me convencer disso.-sorrindo- qualquer coisa. Na empresa Amanda: Bom senhores, eu ainda não entendo em que posso ajuda-los?-os encarando- Pois, como podem ver, isso é uma cópia de um contrato. Ricardo: Ainda sim, consta a sua assinatura, e estava no local do crime! -Gomes o encarou Amanda: Como também tem a assinatura da Vanessa…-apontando e suspirando- Olha, contratos como esses, tem apenas duas cópias originais, nesse caso, a de nossa empresa e a da CIA Mesquita, mas existem outras cópias, que são entregue a…acionistas, sócios, parceiros..-fazendo gestos com as mãos- sendo assim, esse papel pode ter vindo de qualquer lugar. Ricardo: Você não acha grave, que um documento envolvendo seu nome, esteja envolvido em um crime de assassinato? Amanda: Eu acho gravissimo, além do mais Ricardo, eu sou umas das amigas da Clara, e sei o quanto ela sofre, o que eu mais quero é que esse caso seja logo solucionado Gomes: O que você sabe sobre o assassinato do senhor, Valter Slim? Amanda: Não muita coisa, apenas que foi um assassinato.-pigarreando Ricardo: Não te assusta, estar assumindo uma cadeira de um homem que foi assassinado? Amanda: Bem, até onde sei, seu assassino está preso, e esta empresa, já não o pertence.-calma- assim como essa cadeira não me pertence, ela é do presidente, estou aqui, porque em sua ausência, eu sou responsável. Gomes: E onde ele está agora? Amanda: De férias… Ricardo: Ja ouviu falar sobre a Chefia? Amanda: Já…a Clara me falou um pouco sobre essa história.-fazendo gestos com as mãos- E quando eu vim pra cá, eu fiquei sabendo quem era o chefia, o Cássio, mas não acho que são a mesma pessoa. Gomes: Como era seu relacionamento com a Vanessa? Você já trabalhou para ela correto? Amanda: Sim, tínhamos um relacionamento extremamente profissional, de chefe, e funcionária. Gomes: E porque você saiu de lá? Amanda: Problemas pessoais, familiares sendo mais exata. Ricardo: E nesse tempo, onde você esteve? Amanda: No interior de Minas Gerais, cuidando da minha mãe que estava muito doente. Gomes: Você disse que, foi contratada, por meio de um email? Não teve interesse em saber, para quem você estaria trabalhando. Amanda: Sim, bom, essa empresa está sob dominio de grandes investidores, e é com um representante dos mesmos, com quem conversamos... Gomes: E a assinatura desses emails, não tem nenhum nome especifico? Amanda: Bom eles costumam usar a razão social… Ricardo: E o Cássio? Tem parentescos com algum desses investidores? Afinal é o presidente… Amanda: Bom, em relação a isso, eu já não sei responder… Ricardo: Você o conhecia? Amanda: Sim, nós fizemos faculdade juntos, éramos da mesma turma. Gomes: E porque ele usa a alcunha de chefia? Amanda: Bem…eu acredito que seja pelo seu cargo hierárquico. Ricardo: Onde estão esses emails, pode nos mostrar? Amanda: Claro, sem nenhum problema, mas…-se ajeitando na cadeira- Eu preciso comunicar os meus superiores, e antes…eu preciso ver o mandato… Os dois se entreolharam Ricardo: Como amiga da Clara, eu tenho certeza, que você gostaria de nos ajudar… Amanda: Claro que sim, mas…-negando com a cabeça- Não sem um mandato, aqui dentro, eu sou uma funcionária. Gomes: Concordo! -se levantando- Nós vamos providenciar um mandato, e voltaremos. Amanda: Tudo bem…-sorrindo- e no que eu puder ajudar, eu ajudarei. Os dois saíram e Ricardo havia ficado com a pulga atrás da orelha, não sabia o que exatamente estava lhe causando estranheza, mas Amanda havia lhe levantado grandes suspeitas. Gomes: Não adianta Ricardo! Ela está certa, sem o mandato não podemos fazer nada. Ricardo: Essa história tá mal contada Gomes… Gomes: Mas é lógico que está, mas o que a gente pode fazer? -Pensativo- no momento, a gente precisa ir atrás desse Cássio. Ricardo: Se ela estudou na mesma turma que ele, a Clara o conhece, vamos falar com ela.-entrando no carro Gomes: Antes de mais nada, precisamos do mandato…-fazendo o mesmo ~Cel tocando~ Gomes: São os policiais que tão nas buscas, tomara que tenham encontrado algo.-esperançoso- Fala Robson! Me dê boas noticias… Robson: Sinto muito doutor, as noticias não são boas? Gomes: O que houve? Encontraram algo? Robson: Não senhor, pelo contrário, temos mais um problema. Flashback Paula: Lu..-surpresa Lu: Ah…Oi Paula.-apressada- Bom dia! Paula: tudo bem? Como a May está? Lu: Nada bem…-Suspirando- Paulinha, sabe me dizer se tem mais alguém do adm por aqui? Paula: Além de você, apenas os meninos do TI… Lu: Beleza…preciso que você me faça um favor, caso a Fernanda pergunte por mim, não diga que cheguei. Paula: Ihh..brigaram foi? Lu: Acontece com os melhores casais. Paula: Bom, então tá bom…se ela perguntar, eu digo. Lu: Obrigada Paulinha…-mandando um beijo de longe- Ah..outra coisa, sabe me dizer se as câmeras estão ligadas? Paula: Sim, elas sempre estão…-estranhando- Porque? Lu: Por nada…-sorrindo Lu passou por todos os corredores com cautela para ter certeza que não havia ninguém ali, e ao constatar que estava sozinha, girou a maçaneta da sala que não a pertencia, respirou aliviada por a mesma estar destrancada. Ela sabia que não podia demorar, tinha apenas 15 minutos até que o pessoal começasse a chegar, olhava tudo o que era possivel, mas não encontrou nada, o computador tinha senha, e após algumas tentativas, desistiu de tentar acessa-lo. Estava quase desistindo e enquanto guardava uns papéis que havia tirado da gaveta, algo escorregou dentre eles, um pendrive, ouviu alguns passos no corredor e resolveu sair dali, guardou-o em seu bolso e saiu dali rapidamente indo direto para sua sala. Mais tarde Lisa: Bom dia…-cumprimentando Paula Paula: Bom dia... Lisa: Tem algo para mim? Paula: Não, sem ninguém da presidência aqui, eu desmarquei todas as reuniões. Lisa: Não tem ninguém?-arqueando as sobrancelhas- Quanto amadorismo. Paula: Não, na ausência delas, Fernanda está como responsável, mas ela ainda não chegou. Lisa: Esqueci que estão em busca da mamãe perdida.-rindo enquanto Paula a encarava seria- Eu passei por lá mais cedo, para dar uma forcinha para Mayra.-rindo debochando Paula: Bom…-ainda séria e ignorando seus comentários- Se caso eu receber algo para você, levo até a sua sala. Lisa: Ótimo, ainda que eu ache que essa empresa sem a Vanessa, está cada dia mais, a ladeira abaixo.-a encarando da cabeça aos pés- a começar pela secretária. Paula não disse nada, apenas voltou ao que fazia, Lisa pegou suas coisas e tava se encaminhando para sua sala quando Lu vinha em sua direção pelo mesmo correndor que ela havia entrado. Lu: Paulinha…-esbarrando forte em Lisa pois não tinha a visto ali- desculpa…-quebrando o contato Na sala de Lu Ela havia conseguido abrir o pen drive, estava cheios de arquivos em PDF, pareciam contos, relatos, os títulos só haviam datas, de 5 anos anos atrás até os dias de hoje, eram muitos, então abriu apenas alguns. 23/06/2014 Ganhei esse computador dela, estava surpresa com tamanho poder que ela tinha, sobre a clinica e sobre mim, é muito bom tê-la ao meu lado, ela me faz esquecer completamente o que me trouxe aqui, mas a cada visita sua, ela parece querer que eu lembre disso todas as vezes. 25/06/2014 Chefia, como a apelidei, pois ela tinha um jeito misterioso, como quem quizesse esconder a propria identidade, pensei em chefinha, mas seria patético chama-la desse jeito, hoje ela veio me ver novamente, por um momento pensei que ela havia me esquecido. 23/08/2014 Enfim chefia conseguiu o que havia me prometido, ela me tirou daquela clinica horrenda onde fui jogada, pensei que fosse me levar para morar com ela, mas para meu desapontamento, não. Desde que sai da clinica, a vejo conversando com pessoas, "estranhas" para não dizer verdadeiramente com o que elas se pareciam, "bandidos". 01/06/2017 Chefia cada vez mais se mostra ambiciosa, seu plano está saindo perfeitamente, adquirimos inúmeros casebres velhos, e os usaremos para fazer todo nosso trabalho sujo, as vezes me sinto desconfortável por ter de fazer essas coisas, não sinto mais o desejo de vingança, mas por ela, eu me sujeito a tudo, na esperança de um dia ser recompensada sentimentalmente por isso. Lu continuou abrindo outros arquivos, até o momento apenas havia descoberto que já sabia, que Lisa era completamente insana, e apesar de algumas coisas serem bem reveladoras, a identidade de chefia era bem guardada por ela. Dentre esses arquivos, enfim ela encontrou algo que pudesse ajudar. Lisa: Ta apressada cunhadinha?- A seguindo Lu deu uma leve risada antes de responder- Ainda não superou Lisa, faz um tempinho já né, mas, respondendo a sua pergunta, sim, estou apressada.-se virando para Paula- Paulinha eu… Lisa: Pra que tanta pressa, encontraram a cunhadinha perdida?-Se aproximando Lu: Porque tanto interesse? -Sem encara-la Lisa: Nenhum, mas, pelo jeito que sua irmã estava hoje mais cedo, eu torço pra que a encontrem…-rindo- Se é que alguém está com ela, ela pode ter ido por livre espontânea vontade.-vitóriosa Lu: Bom..-se virando e a encarando- talvez tenham encontrado algo. Lisa: Como assim? -interessada Lu: Ah sei la, ninguém é tão esperto assim, existe uma margem de erro, mas tenho que confessar, as prova estão onde menos procuram…-sorrindo- por ser improvável. Lisa: A policia disse algo? Lu: Não…-franzindo- Você sabe de algo? Lisa: Não, porque eu deveria? Lu: Por nada, mas seria bom que a policia descobrisse algo, não acha? Lisa sorriu irônica - Claro, seria maravilhoso. Lu apenas devolveu o sorriso a encarando, mas Lisa não sustentou por muito tempo o olhar. Lisa: Bom, boa sorte cunhadinha, eu espero que ela apareça, seria uma pena qualquer outro desfecho.-saindo Paula: Ela é ridícula…-balançando a cabeça Lu: Paulinha, vou precisar sair...-olhando pra trás onde Lu havia saido- E lembre-se, caso a Fernanda pergunte, você não me viu hoje. Paula: Lu…-desconfiada Lu: Relaxa Paulinha, não é nada disso que você está pensando.-sorrindo- Pode fazer isso? Paula: Tudo bem...mas olha lá hein Lu, o melhor para um casal, sempre é o dialogo, Richard e eu nunca deixamos… Lu: História demais pra pouco capitulo Paulinha, prometo que num outro momento, você conta, mas eu preciso ir. Paula: Ta bom, mas juizo hein… Lu: Pode deixar.-saindo No cativeiro Thais: Junior, por favor…-chorando Junior: CALA A BOCA! -gritando enquanto a arrastava Thais após atingir Junior saiu correndo em direção ao carro, não estava muito longe, mas para a condição dela estava o suficiente, o lugar era um tipo de mata, era difícil ver onde estava pisando, sendo assim, se corresse, corria o risco de cair. Agiu por impulso, mas logo se arrependeu, pois antes mesmo que pudesse chegar proxima ao carro, Junior conseguiu alcança-la. Junior: Você vai tirar isso das minhas costas, agora! - A jogando no colchonete Thais: Eu não consigo…. Junior: É melhor conseguir…- pegando a arma fazendo Thais recuar Thais: Junior….--amedrontada Junior: A vontade que eu tenho é atirar na sua cara! -apontando a arma pra ela Thais: Junior, nossas filhas…-tentando acalma-lo Junior: Você é estupida Thais, sempre foi…-soltando uma risada irônica- O que você esperava fazendo isso? Thais: Junior, por favor…-erguendo as mãos Junior: Você…-respirando fundo- vai tirar esse garfo das minhas costas.-engatilhando a arma- Ou eu atiro em você, e mando seu corpo numa caixa pra Mayra. O garfo estava cravado, a camisa de Junior manchada de sangue, Junior gritava de dor cada vez que ela encostava em si, e apesar de todo desespero que aquela situação lhe causava, Thais teve de fazer aquilo, não tinha muita escolha, havia uma arma apontada para ela. Junior: Quando eu te falei pra não fazer nenhuma idiotice, era exatamente disso que eu falava…-a amarrando Thais: A policia vai te encontrar Junior, todos que te ajudaram caíram fora, se é que já não estão presos, me deixa ir embora! -Aos prantos- São suas filhas! Junior: Tem razão…-se ajoelhando em sua frente- São as minhas filhas…-sorrindo- lembra do plano inicial? - aumentando mais o sorriso para o desespero de Thais Thais: JUNIOR! -gritando enquanto o mesmo saia e trancava a porta Na empresa Fernanda: Oi Paula.-sorrindo Paula: Oi Fe…tudo bem?- devolvendo o sorriso Fernanda: To bem e você? Paula: Na medida do possível né?-suspirando Fernanda: Alguma noticia? -A secretária apenas balançou a cabeça negando- A May ta muito mal… Paula: Não é pra menos, Thais está grávida, Junior é um sociopata, quem sabe o que pode fazer. Fernanda: Olha eu nem quero pensar nisso…-atordoada- melhor a gente pensar em coisas boas, e torcer pro melhor desfecho. Paula: Concordo… Fernanda: Bom, a Lu está por ai? Paula: Não, ainda não chegou. Fernanda: Não falei com ela hoje…-franzindo o cenho- Bom, ela deve estar com a May.-pegando suas coisas- Bom Paulinha, qualquer coisa estou em minha sala...pede pra ela passar lá se ela vir. Paula: Claro, pode deixar.-sorrindo As duas escutam um barulho Fernanda: O que é isso? Lisa: Quem entrou na minha sala! -se aproximando de Paula Paula: O que foi?--assustada Lisa: Alguém entrou na minha sala, quem? Paula: Como assim Lisa? Lisa: Entraram na minha sala sua lerda! -rispida Fernanda: Hey Lisa, da uma segurada…-estranhando Lisa: O que você estava fazendo que não viu alguém entrando lá?-ignorando Fernanda Paula: Esse não é o meu trabalho… Lisa: Claro que não, seu trabalho é ficar parada aqui igual uma idiota esbanjando simpatia para esconder o quão é incompetente.-batendo na mesa- Quem foi que entrou lá? Paula: Eu vou falar com o pessoal da limpeza Lisa, eu não sei… Lisa: Você só tem esse trabalho sua inútil, como não sabe? Aliás, o que você sabe? Paula: Não é o meu trabalho…-acuada Fernanda: Deu Lisa...-Indo até Paula que estava com os olhos marejados- Qual é o seu problema? O que tem de tão importante na sua sala…? Lisa: Não importa, eu quero saber quem foi! -alterada Fernanda: Primeiro baixa o tom, segundo, é pra isso que as salas tem chave! Pra cada um trancar caso necessário. Paula: O pessoal da limpeza pode ter entrado Lisa…--respirando fundo Lisa: Haviam documentos, importantes, largados em cima da minha mesa, a gaveta estava vazia, como se alguém tivesse procurando algo por lá e….-parando de falar e se lembrando de algo Lisa: Nenhum, mas, pelo jeito que sua irmã estava hoje mais cedo, eu torço pra que a encontrem…-rindo- Se é que alguém está com ela, ela pode ter ido por livre espontânea vontade.-vitóriosa Lu: Bom..-se virando e a encarando- talvez tenham encontrado algo. Lisa: Como assim? -interessada Lu: Ah sei la, ninguém é tão esperto assim, existe uma margem de erro, mas tenho que confessar, as prova estão onde menos procuram…-sorrindo- por ser improvável. Lisa: A policia disse algo? Lu: Não…-franzindo- Você sabe de algo? Lisa: Não, porque eu deveria? Lu: Por nada, mas seria bom que a policia descobrisse algo, não acha? Lisa sorriu irônica - Claro, seria maravilhoso. Fernanda: Seja la qual for o seu problema, se controla, não é trabalho da Paula. Lisa: O Pen Drive…-falando mais pra si e saindo rapidamente dali.
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gabrielmatias · 4 years
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7 livros que você precisa ler em 2020!
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Caro leitor e leitora, o artigo de hoje começa com uma pergunta. Você tem o hábito de ler?! Ah, e esqueça a leitura de blogs (ironicamente) e revistas.
Eu desejo saber quando foi a última vez que você leu um livro. Então, sem interrupções, pausas e olhadinhas no celular.
Você também pode gostar de:
19 aplicativos que todo empreendedor deve ter.
5 dicas para quem deseja empreender em 2020.
Acredite, com o passar dos anos e a evolução da tecnologia, nós encontramos dezenas de maneiras para sempre procurar algo que apresente uma forma de diversão mais “instantânea”.
Afinal quem tem tempo para investir em uma boa leitura (mesmo que seja somente 30 minutos por dia)?!
Aliás, não temos tempo para mais nada. Estamos preocupados com as contas, o aluguel, ipva, a escola das crianças. Parece que, existe uma conspiração do universo contra você!
Surpreendentemente, se você contar as horas que passa em seu celular todos os dias, verá que será superior a uma hora e em alguns casos, pode ser maior do que três horas por dia.
Então eu lhe pergunto novamente, você realmente não tem tempo para ler ou somente procrastinando o que deve ser feito?
Ah, claro, você pode dizer que não tem dinheiro. Vejamos, se você é um brasileiro médio e está acessando esse blog, eu já posso definir dois parâmetros.
Primeiramente, você tem um computador com acesso a internet! E principalmente, é alfabetizado (até onde eu sei) e se chegou até esse artigo foi por uma busca direta (google), veio de outros artigos do site ou estava buscando planilhas para ajudar na gestão da sua empresa.
Bom, independente do motivo, você tem condições para comprar um livro!
Entretanto, assim como a maioria das pessoas, você “investe” em um carro melhor, roupas mais caras, entretenimento (netflix, spotify, amazon e derivados) e talvez em um celular que tenha o potencial lançar 100 foguetes à lua, mas é usado somente para o “zap e alguns joguinhos”
O fato é que, um simples almoço em SP, tende a ser muito mais caro que a maioria dos livros! Mas então, porque boa parte da população brasileira não tem o hábito de ler?
Pegar um livro (seja físico ou digital) e se comprometer a leitura é algo muito complicado, principalmente hoje onde tudo é rápido, prático e moderno!
Bom, dito isso, neste artigo eu vou te indicar sete livros para serem lidos ao longo de 2020. Isso mesmo, apenas 7 livros.
PS: Ah, e antes que você me pergunte, os livros não são tão longos! Se você investir 30 minutos por dia de leitura é bem provável que você termine cada livro em uma semana ou menos!
PS²: Alguns desses livros podem ser encontrados por menos de R$ 15,00 em algumas livrarias (isso em sua versão física). Também vale ficar de olho em algumas promoções da Amazon (sempre aparece coisa boa).
PS³: Ok, é meu último adendo. Os livros dessa lista não são somente sobre empreendedorismo e vice versa. Os títulos aqui são importantes para um CLT, PJ e autônomo.
Independente do seu ramo de atuação e objetivo, todos os livros citados aqui merecem um lugar na sua prateleira.
Onze minutos (Paulo coelho)
Um dos escritores que mais vendeu livros em todo mundo, dono de um carisma inegável e um talento nato. Paulo Coelho não precisa nem de apresentações.
Em onze minutos ele entrega uma história que lembra muito alguns dos best sellers de hoje em dia (principalmente se você é fã de romance), com algumas diferenças na linguagem, entrega narrativa e personificação dos personagens.
Nunca caricato e sempre pé no chão, onze minutos é um livro que todos devem ler, principalmente se você não é fã do gênero.
“A vida é muito curta-ou longa demais para que eu possa me dar o luxo de vivê-la tão mal”
A arte da guerra (Sun Tzu)
Simples, eficaz e direto. Talvez uma leitura obrigatória para qualquer ser humano. Sun Tzu apresenta alguns conceitos que são usados até hoje nas “guerras” atuais e em algumas situações.
O livro não reinventa a roda mas entrega o que promete e deve ser relido de tempos em tempos, principalmente se você se encontra em alguma “sinuca de bico”
A arte da guerra ensina como travar e vencer batalhas, agora cabe a você ser o general da sua própria vida (clichê demais?).
“A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar”
De zero a um (Peter thiel)
Tecnologia, pioneirismo, inovação e muito teste. De zero a um é uma trajetória, ou melhor dizendo, um handbook sobre alguma das empresas mais bem sucedidas do mundo.
Embora seu foco seja no empreendedorismo, o mesmo é quase que um manual sobre a tecnologia. De zero a um é sobre pessoas, efetividade, ação e muitos números.
Afinal, o livro é uma boa história contada por ninguém menos que o cofundador do Paypal.
“Cada momento nos negócios ocorre uma vez só”
A marca da vitória (Phil Knight)
Talvez uma das melhores biografias dos últimos tempos. Sem inventar moda, marca da vitória conta a história de Phil Knight (fundador da Nike).
Surpreendentemente, a marca da vitória é ma história real, clara e que conecta com o leitor. O título mostra como a Nike passou de uma empresa que nunca dava lucro para a grande marca que é hoje.
Contudo, depois de trancos e barrancos (olha, e foram muitos mesmo) Phil mostra o porquê chegou onde está. Sem técnicas prontas, sem fórmula mágica.
“Aqueles que pregam que os empresários nunca devem desistir são uns charlatões. Às vezes você precisa desistir. Às vezes, saber quando desistir, quando tentar outra coisa, é genial. Desistir não significa parar. Nunca pare. A sorte desempenha um grande papel. Sim, gostaria de reconhecer publicamente o poder da sorte. Os atletas têm sorte, os poetas têm sorte, as empresas têm sorte. O trabalho duro é fundamental, uma boa equipe é essencial, o cérebro e a determinação são inestimáveis, mas a sorte pode definir o resultado”.
Os segredos da mente milionária (T. Harv Eker)
Talvez o título mais conhecido por empresários e empreendedores dessa lista. Seu marketing foi tão forte que hoje é vendido com um clichê.
Entretanto, o material não perde a sua qualidade. Se você tem problemas financeiros, principalmente se você é um gastador profissional ou se não consegue guardar um único centavo, eu recomendo que você comece por esse livro.
Salvo que os segredos da mente milionária é mais sobre a sua riqueza interna do que o quanto você tem no banco.
“A maioria das pessoas simplesmente não tem capacidade interna para conquistar e conservar grandes quantidades de dinheiro e para enfrentar os desafios que a fortuna e o sucesso trazem. É sobretudo por causa disso que não enriquecem”.
Confissões de um publicitário (David Ogilvy)
Um manual de vendas e publicidade escrito por um dos maiores publicitários de todos os tempos.
Considerado um dos pais da publicidade moderna, Ogilvy mostra como ser relevante com seus clientes e pessoas a sua volta.
Um título pouco conhecido no Brasil mas que vale para profissionais de várias áreas. Se você deseja aprender a como se conectar com o seu cliente, como ampliar a sua comunicação e vender mais, esse livro é pra você.
Negociação, persuasão e publicidade.
“Não quero que você diga que meu anúncio foi criativo. Quero que o ache tão interessante e compre o produto”.
Steve jobs (Walter isaacson)
Vamos encerrar essa lista com uma biografia das maiores mentes do empreendedorismo das últimas décadas.
Primordialmente Jobs foi mimado, chato, egoísta, egocêntrico e por mais de uma vez visto como uma das piores pessoas para se conviver do mundo, mas, mesmo assim construiu uma das maiores empresas do planeta.
Entenda como funcionava a mente de Jobs. Desde seus chiliques até suas ideias mais inovadoras. Entenda como ele criou um legado, como ele criou a Apple.
Um legado que nunca será esquecido. Inegavelmente um gênio que era extremamente hippie. Talvez uma criança em um adulto. Um monstro mudou a história dos celulares e computadores para sempre.
“Seu tempo é limitado, então não o desperdice vivendo a vida de outra pessoa”.
Bom e agora?!
Eu vejo que você tem duas opções. Continuar sendo a mesma pessoa, dando as mesmas desculpas e vivendo a mesma vida que você tem hoje.
Entretanto, você tem outra opção. Siga por outro caminho. Mude seus hábitos. Comece 2020 de outra forma.
Aliás, você não vai se transformar no apaixonado por livros em 2 meses. Não pense que você irá comprar o primeiro livro e um desejo de ler irá nascer em você.
Eventualmente o mais é importante dar o primeiro passo.
Os livros são mais do que uma história. Eles são o resultado final de uma experiência. Um sonho, medo, uma paixão que será contada a todo mundo.
Com ele você pode acompanhar e entender como e porque algumas das maiores mentes do mundo foram tão especiais.
Os livros são experiências que podem mudar a sua vida!
https://excelcoaching.com.br/livros-para-2020/
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7 livros que você precisa ler em 2020!
Caro leitor e leitora, o artigo de hoje começa com uma pergunta. Você tem o hábito de ler?! Ah, e esqueça a leitura de blogs (ironicamente) e revistas.
Eu desejo saber quando foi a última vez que você leu um livro. Então, sem interrupções, pausas e olhadinhas no celular.
Você também pode gostar de:
19 aplicativos que todo empreendedor deve ter.
5 dicas para quem deseja empreender em 2020.
Acredite, com o passar dos anos e a evolução da tecnologia, nós encontramos dezenas de maneiras para sempre procurar algo que apresente uma forma de diversão mais “instantânea”.
Afinal quem tem tempo para investir em uma boa leitura (mesmo que seja somente 30 minutos por dia)?!
Aliás, não temos tempo para mais nada. Estamos preocupados com as contas, o aluguel, ipva, a escola das crianças. Parece que, existe uma conspiração do universo contra você!
Surpreendentemente, se você contar as horas que passa em seu celular todos os dias, verá que será superior a uma hora e em alguns casos, pode ser maior do que três horas por dia.
Então eu lhe pergunto novamente, você realmente não tem tempo para ler ou somente procrastinando o que deve ser feito?
Ah, claro, você pode dizer que não tem dinheiro. Vejamos, se você é um brasileiro médio e está acessando esse blog, eu já posso definir dois parâmetros.
Primeiramente, você tem um computador com acesso a internet! E principalmente, é alfabetizado (até onde eu sei) e se chegou até esse artigo foi por uma busca direta (google), veio de outros artigos do site ou estava buscando planilhas para ajudar na gestão da sua empresa.
Bom, independente do motivo, você tem condições para comprar um livro!
Entretanto, assim como a maioria das pessoas, você “investe” em um carro melhor, roupas mais caras, entretenimento (netflix, spotify, amazon e derivados) e talvez em um celular que tenha o potencial lançar 100 foguetes à lua, mas é usado somente para o “zap e alguns joguinhos”
O fato é que, um simples almoço em SP, tende a ser muito mais caro que a maioria dos livros! Mas então, porque boa parte da população brasileira não tem o hábito de ler?
Pegar um livro (seja físico ou digital) e se comprometer a leitura é algo muito complicado, principalmente hoje onde tudo é rápido, prático e moderno!
Bom, dito isso, neste artigo eu vou te indicar sete livros para serem lidos ao longo de 2020. Isso mesmo, apenas 7 livros.
PS: Ah, e antes que você me pergunte, os livros não são tão longos! Se você investir 30 minutos por dia de leitura é bem provável que você termine cada livro em uma semana ou menos!
PS²: Alguns desses livros podem ser encontrados por menos de R$ 15,00 em algumas livrarias (isso em sua versão física). Também vale ficar de olho em algumas promoções da Amazon (sempre aparece coisa boa).
PS³: Ok, é meu último adendo. Os livros dessa lista não são somente sobre empreendedorismo e vice versa. Os títulos aqui são importantes para um CLT, PJ e autônomo.
Independente do seu ramo de atuação e objetivo, todos os livros citados aqui merecem um lugar na sua prateleira.
Onze minutos (Paulo coelho)
Um dos escritores que mais vendeu livros em todo mundo, dono de um carisma inegável e um talento nato. Paulo Coelho não precisa nem de apresentações.
Em onze minutos ele entrega uma história que lembra muito alguns dos best sellers de hoje em dia (principalmente se você é fã de romance), com algumas diferenças na linguagem, entrega narrativa e personificação dos personagens.
Nunca caricato e sempre pé no chão, onze minutos é um livro que todos devem ler, principalmente se você não é fã do gênero.
“A vida é muito curta-ou longa demais para que eu possa me dar o luxo de vivê-la tão mal”
A arte da guerra (Sun Tzu)
Simples, eficaz e direto. Talvez uma leitura obrigatória para qualquer ser humano. Sun Tzu apresenta alguns conceitos que são usados até hoje nas “guerras” atuais e em algumas situações.
O livro não reinventa a roda mas entrega o que promete e deve ser relido de tempos em tempos, principalmente se você se encontra em alguma “sinuca de bico”
A arte da guerra ensina como travar e vencer batalhas, agora cabe a você ser o general da sua própria vida (clichê demais?).
“A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar”
De zero a um (Peter thiel)
Tecnologia, pioneirismo, inovação e muito teste. De zero a um é uma trajetória, ou melhor dizendo, um handbook sobre alguma das empresas mais bem sucedidas do mundo.
Embora seu foco seja no empreendedorismo, o mesmo é quase que um manual sobre a tecnologia. De zero a um é sobre pessoas, efetividade, ação e muitos números.
Afinal, o livro é uma boa história contada por ninguém menos que o cofundador do Paypal.
“Cada momento nos negócios ocorre uma vez só”
A marca da vitória (Phil Knight)
Talvez uma das melhores biografias dos últimos tempos. Sem inventar moda, marca da vitória conta a história de Phil Knight (fundador da Nike).
Surpreendentemente, a marca da vitória é ma história real, clara e que conecta com o leitor. O título mostra como a Nike passou de uma empresa que nunca dava lucro para a grande marca que é hoje.
Contudo, depois de trancos e barrancos (olha, e foram muitos mesmo) Phil mostra o porquê chegou onde está. Sem técnicas prontas, sem fórmula mágica.
“Aqueles que pregam que os empresários nunca devem desistir são uns charlatões. Às vezes você precisa desistir. Às vezes, saber quando desistir, quando tentar outra coisa, é genial. Desistir não significa parar. Nunca pare. A sorte desempenha um grande papel. Sim, gostaria de reconhecer publicamente o poder da sorte. Os atletas têm sorte, os poetas têm sorte, as empresas têm sorte. O trabalho duro é fundamental, uma boa equipe é essencial, o cérebro e a determinação são inestimáveis, mas a sorte pode definir o resultado”.
Os segredos da mente milionária (T. Harv Eker)
Talvez o título mais conhecido por empresários e empreendedores dessa lista. Seu marketing foi tão forte que hoje é vendido com um clichê.
Entretanto, o material não perde a sua qualidade. Se você tem problemas financeiros, principalmente se você é um gastador profissional ou se não consegue guardar um único centavo, eu recomendo que você comece por esse livro.
Salvo que os segredos da mente milionária é mais sobre a sua riqueza interna do que o quanto você tem no banco.
“A maioria das pessoas simplesmente não tem capacidade interna para conquistar e conservar grandes quantidades de dinheiro e para enfrentar os desafios que a fortuna e o sucesso trazem. É sobretudo por causa disso que não enriquecem”.
Confissões de um publicitário (David Ogilvy)
Um manual de vendas e publicidade escrito por um dos maiores publicitários de todos os tempos.
Considerado um dos pais da publicidade moderna, Ogilvy mostra como ser relevante com seus clientes e pessoas a sua volta.
Um título pouco conhecido no Brasil mas que vale para profissionais de várias áreas. Se você deseja aprender a como se conectar com o seu cliente, como ampliar a sua comunicação e vender mais, esse livro é pra você.
Negociação, persuasão e publicidade.
“Não quero que você diga que meu anúncio foi criativo. Quero que o ache tão interessante e compre o produto”.
Steve jobs (Walter isaacson)
Vamos encerrar essa lista com uma biografia das maiores mentes do empreendedorismo das últimas décadas.
Primordialmente Jobs foi mimado, chato, egoísta, egocêntrico e por mais de uma vez visto como uma das piores pessoas para se conviver do mundo, mas, mesmo assim construiu uma das maiores empresas do planeta.
Entenda como funcionava a mente de Jobs. Desde seus chiliques até suas ideias mais inovadoras. Entenda como ele criou um legado, como ele criou a Apple.
Um legado que nunca será esquecido. Inegavelmente um gênio que era extremamente hippie. Talvez uma criança em um adulto. Um monstro mudou a história dos celulares e computadores para sempre.
“Seu tempo é limitado, então não o desperdice vivendo a vida de outra pessoa”.
Bom e agora?!
Eu vejo que você tem duas opções. Continuar sendo a mesma pessoa, dando as mesmas desculpas e vivendo a mesma vida que você tem hoje.
Entretanto, você tem outra opção. Siga por outro caminho. Mude seus hábitos. Comece 2020 de outra forma.
Aliás, você não vai se transformar no apaixonado por livros em 2 meses. Não pense que você irá comprar o primeiro livro e um desejo de ler irá nascer em você.
Eventualmente o mais é importante dar o primeiro passo.
Os livros são mais do que uma história. Eles são o resultado final de uma experiência. Um sonho, medo, uma paixão que será contada a todo mundo.
Com ele você pode acompanhar e entender como e porque algumas das maiores mentes do mundo foram tão especiais.
Os livros são experiências que podem mudar a sua vida!
https://excelcoaching.com.br/livros-para-2020/
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robsonchavier-blog · 4 years
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7 livros que você precisa ler em 2020!
Caro leitor e leitora, o artigo de hoje começa com uma pergunta. Você tem o hábito de ler?! Ah, e esqueça a leitura de blogs (ironicamente) e revistas.
Eu desejo saber quando foi a última vez que você leu um livro. Então, sem interrupções, pausas e olhadinhas no celular.
Você também pode gostar de:
19 aplicativos que todo empreendedor deve ter.
5 dicas para quem deseja empreender em 2020.
Acredite, com o passar dos anos e a evolução da tecnologia, nós encontramos dezenas de maneiras para sempre procurar algo que apresente uma forma de diversão mais “instantânea”.
Afinal quem tem tempo para investir em uma boa leitura (mesmo que seja somente 30 minutos por dia)?!
Aliás, não temos tempo para mais nada. Estamos preocupados com as contas, o aluguel, ipva, a escola das crianças. Parece que, existe uma conspiração do universo contra você!
Surpreendentemente, se você contar as horas que passa em seu celular todos os dias, verá que será superior a uma hora e em alguns casos, pode ser maior do que três horas por dia.
Então eu lhe pergunto novamente, você realmente não tem tempo para ler ou somente procrastinando o que deve ser feito?
Ah, claro, você pode dizer que não tem dinheiro. Vejamos, se você é um brasileiro médio e está acessando esse blog, eu já posso definir dois parâmetros.
Primeiramente, você tem um computador com acesso a internet! E principalmente, é alfabetizado (até onde eu sei) e se chegou até esse artigo foi por uma busca direta (google), veio de outros artigos do site ou estava buscando planilhas para ajudar na gestão da sua empresa.
Bom, independente do motivo, você tem condições para comprar um livro!
Entretanto, assim como a maioria das pessoas, você “investe” em um carro melhor, roupas mais caras, entretenimento (netflix, spotify, amazon e derivados) e talvez em um celular que tenha o potencial lançar 100 foguetes à lua, mas é usado somente para o “zap e alguns joguinhos”
O fato é que, um simples almoço em SP, tende a ser muito mais caro que a maioria dos livros! Mas então, porque boa parte da população brasileira não tem o hábito de ler?
Pegar um livro (seja físico ou digital) e se comprometer a leitura é algo muito complicado, principalmente hoje onde tudo é rápido, prático e moderno!
Bom, dito isso, neste artigo eu vou te indicar sete livros para serem lidos ao longo de 2020. Isso mesmo, apenas 7 livros.
PS: Ah, e antes que você me pergunte, os livros não são tão longos! Se você investir 30 minutos por dia de leitura é bem provável que você termine cada livro em uma semana ou menos!
PS²: Alguns desses livros podem ser encontrados por menos de R$ 15,00 em algumas livrarias (isso em sua versão física). Também vale ficar de olho em algumas promoções da Amazon (sempre aparece coisa boa).
PS³: Ok, é meu último adendo. Os livros dessa lista não são somente sobre empreendedorismo e vice versa. Os títulos aqui são importantes para um CLT, PJ e autônomo.
Independente do seu ramo de atuação e objetivo, todos os livros citados aqui merecem um lugar na sua prateleira.
Onze minutos (Paulo coelho)
Um dos escritores que mais vendeu livros em todo mundo, dono de um carisma inegável e um talento nato. Paulo Coelho não precisa nem de apresentações.
Em onze minutos ele entrega uma história que lembra muito alguns dos best sellers de hoje em dia (principalmente se você é fã de romance), com algumas diferenças na linguagem, entrega narrativa e personificação dos personagens.
Nunca caricato e sempre pé no chão, onze minutos é um livro que todos devem ler, principalmente se você não é fã do gênero.
“A vida é muito curta-ou longa demais para que eu possa me dar o luxo de vivê-la tão mal”
A arte da guerra (Sun Tzu)
Simples, eficaz e direto. Talvez uma leitura obrigatória para qualquer ser humano. Sun Tzu apresenta alguns conceitos que são usados até hoje nas “guerras” atuais e em algumas situações.
O livro não reinventa a roda mas entrega o que promete e deve ser relido de tempos em tempos, principalmente se você se encontra em alguma “sinuca de bico”
A arte da guerra ensina como travar e vencer batalhas, agora cabe a você ser o general da sua própria vida (clichê demais?).
“A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar”
De zero a um (Peter thiel)
Tecnologia, pioneirismo, inovação e muito teste. De zero a um é uma trajetória, ou melhor dizendo, um handbook sobre alguma das empresas mais bem sucedidas do mundo.
Embora seu foco seja no empreendedorismo, o mesmo é quase que um manual sobre a tecnologia. De zero a um é sobre pessoas, efetividade, ação e muitos números.
Afinal, o livro é uma boa história contada por ninguém menos que o cofundador do Paypal.
“Cada momento nos negócios ocorre uma vez só”
A marca da vitória (Phil Knight)
Talvez uma das melhores biografias dos últimos tempos. Sem inventar moda, marca da vitória conta a história de Phil Knight (fundador da Nike).
Surpreendentemente, a marca da vitória é ma história real, clara e que conecta com o leitor. O título mostra como a Nike passou de uma empresa que nunca dava lucro para a grande marca que é hoje.
Contudo, depois de trancos e barrancos (olha, e foram muitos mesmo) Phil mostra o porquê chegou onde está. Sem técnicas prontas, sem fórmula mágica.
“Aqueles que pregam que os empresários nunca devem desistir são uns charlatões. Às vezes você precisa desistir. Às vezes, saber quando desistir, quando tentar outra coisa, é genial. Desistir não significa parar. Nunca pare. A sorte desempenha um grande papel. Sim, gostaria de reconhecer publicamente o poder da sorte. Os atletas têm sorte, os poetas têm sorte, as empresas têm sorte. O trabalho duro é fundamental, uma boa equipe é essencial, o cérebro e a determinação são inestimáveis, mas a sorte pode definir o resultado”.
Os segredos da mente milionária (T. Harv Eker)
Talvez o título mais conhecido por empresários e empreendedores dessa lista. Seu marketing foi tão forte que hoje é vendido com um clichê.
Entretanto, o material não perde a sua qualidade. Se você tem problemas financeiros, principalmente se você é um gastador profissional ou se não consegue guardar um único centavo, eu recomendo que você comece por esse livro.
Salvo que os segredos da mente milionária é mais sobre a sua riqueza interna do que o quanto você tem no banco.
“A maioria das pessoas simplesmente não tem capacidade interna para conquistar e conservar grandes quantidades de dinheiro e para enfrentar os desafios que a fortuna e o sucesso trazem. É sobretudo por causa disso que não enriquecem”.
Confissões de um publicitário (David Ogilvy)
Um manual de vendas e publicidade escrito por um dos maiores publicitários de todos os tempos.
Considerado um dos pais da publicidade moderna, Ogilvy mostra como ser relevante com seus clientes e pessoas a sua volta.
Um título pouco conhecido no Brasil mas que vale para profissionais de várias áreas. Se você deseja aprender a como se conectar com o seu cliente, como ampliar a sua comunicação e vender mais, esse livro é pra você.
Negociação, persuasão e publicidade.
“Não quero que você diga que meu anúncio foi criativo. Quero que o ache tão interessante e compre o produto”.
Steve jobs (Walter isaacson)
Vamos encerrar essa lista com uma biografia das maiores mentes do empreendedorismo das últimas décadas.
Primordialmente Jobs foi mimado, chato, egoísta, egocêntrico e por mais de uma vez visto como uma das piores pessoas para se conviver do mundo, mas, mesmo assim construiu uma das maiores empresas do planeta.
Entenda como funcionava a mente de Jobs. Desde seus chiliques até suas ideias mais inovadoras. Entenda como ele criou um legado, como ele criou a Apple.
Um legado que nunca será esquecido. Inegavelmente um gênio que era extremamente hippie. Talvez uma criança em um adulto. Um monstro mudou a história dos celulares e computadores para sempre.
“Seu tempo é limitado, então não o desperdice vivendo a vida de outra pessoa”.
Bom e agora?!
Eu vejo que você tem duas opções. Continuar sendo a mesma pessoa, dando as mesmas desculpas e vivendo a mesma vida que você tem hoje.
Entretanto, você tem outra opção. Siga por outro caminho. Mude seus hábitos. Comece 2020 de outra forma.
Aliás, você não vai se transformar no apaixonado por livros em 2 meses. Não pense que você irá comprar o primeiro livro e um desejo de ler irá nascer em você.
Eventualmente o mais é importante dar o primeiro passo.
Os livros são mais do que uma história. Eles são o resultado final de uma experiência. Um sonho, medo, uma paixão que será contada a todo mundo.
Com ele você pode acompanhar e entender como e porque algumas das maiores mentes do mundo foram tão especiais.
Os livros são experiências que podem mudar a sua vida!
https://excelcoaching.com.br/livros-para-2020/
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Diário de Escrita — Edição 2: Temporada de Fanfics.
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Bom dia, boa tarde! Tudo bem?
Minhas deusas, já faz quatro meses desde a última vez que fiz uma postagem aqui? Já passou tudo isso? Alguém manda segurar os ponteiros desse relógio porque não tô conseguindo acompanhar o passo!
Aa, mas e aí? Como tem passado? Se você levantou da cama todos os quatro meses, meus parabéns! E se teve dificuldades, meus parabéns também por aguentar. Nem todos os dias são bons, mas ter coragem para tentar encarar qualquer um deles já é motivo de comemoração :D
Eu estive trabalhando em várias coisas ao mesmo tempo, tanto projetos quanto assuntos pessoais, e, ah, que cansaço! Tinha dia que eu só queria deitar na cama e afundar nos travesseiros até sair do outro lado em uma dimensão diferente esperando ser diferente D: E por esses motivos não consegui ser ativa por aqui :/
Mas como quem é vivo aparece em algum momento, voltei pra fechar o ano de vez, yay!
Retomando o tema principal aqui com as fanfics quero falar sobre um assunto interessante pra refletir um pouquinho.
Logo menos, depois desse post sair, já vou fazer um novo com todos os links das fics que não postei aqui. Então segura aí ^^
 E bora lá!
Vamos falar de storytelling.
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Nos últimos quatro meses:
✓ Escrever todos os dias um pouco. ✓ Aproveitar os finais de semana para fazer algo que não envolva a escrita. ✓ Ler mais ainda. ✓ Relaxar um pouco sem levar as tarefas como ordem absoluta. ✖ Tentar não surtar.
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Um tempinho atrás vi alguém questionando o porquê das pessoas pedirem tanta fanfiction para os outros ao invés de tomarem a atitude de começar a escrever por si próprios.
A resposta para isso pode ser:
nem todo mundo gosta de escrever ou se sente à vontade para isso.
storytelling. 
Tá, mas o que é o storytelling? 
Basicamente é o contar a estória. A forma como você transmite seus pensamentos e ideias para os outros.
Uma vez li que só existem três estórias originais em toda a história. Quando vi isso na hora pensei que fosse loucura afinal como seria possível em todo esse tempo em que a humanidade está escrevendo seus passos só existir três estórias?? Mas aí eu entendi que na verdade todas as estórias já foram escritas e adaptadas de várias formas possíveis em algum momento e o que realmente as diferencia é como ela é contada, o storytelling. (também não é tão difícil de acreditar depois que você vê a própria história se repetindo tantas vezes.)
É sério! Pra você ter uma ideia, me diz, quantos The Walking Dead existem em toda a história da ficção? E não estou falando só com o tema de zombies, mas em a relação a um grupo em sobrevivência também.
Muitos, certo? Entretanto, cada um tem a sua diferença.
Agora pensa comigo sobre isso:
Uma estória sobre um grupo sendo invadido por outras pessoas causando um romance proibido que pode levar a morte de um/ambos ou até pacificar tudo. Nesse resumo, estou falando de Avatar, pocahontas ou romeu e julieta?
Você pode até ter pensado em outras opções e tem toda razão em ter feito isso. O tema aqui é o mesmo, porém o que diferencia é como essa trama é trabalhada. Em que mundo é colocada, com que personagens, relações, limitações e problemas. E é por isso que é importante ver o trabalho dos outros acerca do mesmo tema. Cada autor é único e suas visões podem ser completamente diferenciadas dependendo da sua interpretação de mundo.
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Outro exemplo aqui, você pode pedir para que um grupo de pessoas escreva uma cena onde alguém está gritando. Uma dessas pessoas vai contar que o som veio da TV, outro que alguém foi assassinado na rua, outra que alguém foi testemunha de um roubo, um espirito na casa, um pensamento do personagem e assim por diante. Viu? Mesmo tema, diferentes formas de conta-lo :D
Minha dica sobre isso é: escrevam. Mesmo que já tenha sido escrito, mesmo que pareça inútil. Vai lá e conte a sua estória, a sua visão porque tudo isso vale muito!
E chagamos aqui :D Como disse no início esse é o último post pra fechar o tema temporadas de fanfics. Ano que vem quando voltar aqui provavelmente estarei começando uma nova edição. Claro que as dicas continuaram, é só o título que vai mudar ^^
Quero aproveitar e agradecer a você que acompanhou esses diários durante meus meses de terror e conquistas. Sempre que eu recebia uma curtidinha meu coração pulava feliz de verdade. Espero que esses textos tenham ajudado a clarear qualquer dúvida na sua rota e transmitido minha paixão pela escrita a você.
Eu ainda quero fazer mais um post esse mês antes de dar poder entrar de férias então não vou dizer tchau ainda :D Por hora é isso. Bom descanso para voce e ótimo final de ano! Obrigada por ler e até a próxima!
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Morte: como ensinar as crianças
É estranho notar como o afastamento de Deus pode alterar nossa cultura de modo profundo e definitivo. Observamos esta verdade em diversos aspectos. Um dos que me chamam a atenção é na maneira que lidamos com a morte, e consequentemente, ensinamos nossos filhos sobre ela. O antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, em sua palestra: A morte como um quase acontecimento, desvelou com precisão, que nossa cultura enlouqueceu a ponto de esconder o que deveria ser visto- a morte, e mostrar o que deveria ser ocultado- a sexualidade. Parafraseando parte de sua palestra, ele diz que antigamente a morte era algo público. As pessoas morriam cercadas de pessoas que ouviam suas últimas palavras. Pouco a pouco, no entanto, a morte foi se tornando um evento privado e secreto, que deve ser escondido, como se não pudéssemos vê-la.
Esta forma de abordar e encarar a morte nos confronta de maneira dolorosa com a podridão em que vivemos. O mundo jaz no maligno e sua maneira de pensar anda na contramão da vontade de Deus mostrada em sua Palavra. Inclusive com relação à morte.
Antes de pensar em como ajudar as mamães a falar sobre a morte com seus pequenos, devemos desfazer alguns equívocos que, talvez , povoem nossas mentes. Estabelecer as verdades bíblicas sobre o tema, nos ajudará a repensar e a colocar em nossos corações a certeza das promessas de Deus.
A morte é um fato
Não podemos nos esquecer que, por mais que não gostemos de falar do assunto, ele está sempre diante de nós. Como diz o salmista :
“Que homem há, que viva e não veja a morte? Ou que livre a sua alma das garras do sepulcro?” Salmo 89.48
Depois que o pecado entrou no mundo, a morte se tornou uma certeza.
“No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás.” Gênesis 3.19
Nunca se esqueça disso e nunca deixe de dizer isso a seus filhos. A Bíblia fala desta verdade de forma clara e rica. E se a Bíblia fala tão abertamente sobre a morte e nos ensina tantas verdades sobre ela, por que deixaríamos de meditar nestas coisas?
A vida é como uma névoa, que logo passa
“O homem, nascido de mulher, vive breve tempo, cheio de inquietação. Nasce como a flor e murcha; foge como a sombra e não permanece…” Jó 14.1-2
Esta é outra verdade irrevogável! Talvez não gastemos muito tempo por dia (ou não gastemos nenhum) pensando sobre a brevidade da nossa vida. Mas deveríamos fazê-lo! Muitas vezes temos vivido nossa agitada rotina de esposas, mães e donas de casa atarefadíssimas, sem nos recordar do fato que não estamos neste mundo para sempre. A morte nos alcançará em cheio. Mais dia menos dia. Esta é uma realidade inexorável. Se é assim, a melhor forma de enfrentar este fato é de frente. Sabendo o que a Palavra de Deus nos diz.
“Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade. Deste aos meus dias o comprimento de alguns palmos; à tua presença, o prazo da minha vida é nada. Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é pura vaidade. Com efeito, passa o homem como uma sombra; em vão se inquieta; amontoa tesouros e não sabe quem os levará.” Salmos 39.4-6
Este lindo Salmo nos encoraja a perceber a transitoriedade da vida e como somos sombra diante do Todo- Poderoso. Sabendo disso, teremos sempre a eternidade diante dos nossos olhos, não nos apegaremos em demasia a esta vida, nem valorizaremos demais as posses neste mundo. Esta lição nos foi deixada na parábola contada por Jesus:
“O campo de um homem rico produziu com abundância. E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” Lucas 12.16-20
Provavelmente você já experimentou a sensação de que a vida está passando rápido demais. Isto não é só uma impressão. Se você olhar para a história da humanidade, sentirá rapidamente como aqueles grandes vultos, tão imponentes em suas épocas, passaram. Morreram e se tornaram apenas uma lembrança.
“Pois todos os nossos dias se passam na tua ira; acabam-se os nossos anos como um breve pensamento. Os dias da nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e nós voamos.” Salmo 90.9-10
Não importa o que façamos, a morte chegará
É claro que devemos cuidar do nosso corpo e da nossa saúde de forma dedicada. Não agir desta forma, constitui-se quebra do 6º mandamento. No entanto, não podemos nos esquecer que não cabe a nós acrescentar sequer um côvado ao curso da nossa vida, por mais que desejemos fazê-lo! Cada um de nós tem suas vidas depositadas nas mãos do nosso amável Pai e Criador!
“… no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nenhum deles havia ainda.” Salmo 139.16
Não fomos criados para morrer
Não obstante a morte ser tão presente, não foi sempre assim! Devemos nos recordar que o homem não foi criado para morrer. A morte foi a consequência direta da queda. O significado da palavra já nos dá esta pista: morte significa separação. Portanto, a dor que a morte traz é inevitável.
Por outro lado, a forma como nós, cristãos lidamos com a morte é absolutamente distinta. Para o crente a morte é a libertação de uma vida de luta contra o pecado. A morte é a entrada para a vida, a vida eterna. Como deve ser consolador dizer isso aos nossos filhos! Como devemos meditar mais amiúde sobre estas verdades, para que possamos dar o valor certo às coisas e às pessoas. Tudo muda de proporção frente a morte, não é mesmo? É por isso que o sábio nos ensina que:
“Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, pois naquela se vê o fim de todos os homens; e os vivos que o tomem em consideração.” Eclesiastes 7.2
“O coração dos sábios está na casa do luto, mas o dos insensatos na casa da alegria.” Eclesiastes 7.4
Estas palavras nos confrontam com nosso modo de vida, que visa basicamente o entretenimento, a diversão e sempre que possível, evitar estradas dolorosas, infortúnios e vicissitudes. Lembre-se que não há como fugir desta realidade. Quando ela bater à nossa porta, deveremos estar firmadas na Rocha, para enfrentar as tempestades.
Enfrentando a morte pela perspectiva bíblica
A vida pode estar em seu curso normal, seguindo a rotina e o script planejado por nós, até que o telefone toca… A notícia de um exame que deu positivo para câncer, um acidente, um assalto, uma doença até então desconhecida, uma bala perdida. São tantas as possibilidades de adversidades que podem nos acalnçar de repente, que só mesmo conhecendo de perto ao Deus verdadeiro, poderemos nos manter de pé, caso sua soberana mão amorosa reserve dias maus para nós. E nestes dias, não podemos nos esquecer que Ele continua sendo o nosso Deus, continua nos amando e continua sendo bom. Nestes momentos, a nossa teologia será duramente provada. Tudo que cremos sobre Deus virá à tona: se cremos em pressupostos errados, vindos da nossa própria concepção, talvez pequemos contra Ele. Se cremos e entendemos o nosso Deus como a Bíblia nos revela, então, e só então, poderemos atravessar seguros o vale da sombra da morte, sendo gratos e sabendo que cada ação do Pai, visa um bem maior: a nossa salvação e santificação. Não foi isso que aconteceu com o povo de Deus no deserto? Leia o trecho abaixo com atenção, para entender a preciosa verdade que está no final:
“Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o SENHOR, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos. Ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conhecias, nem teus pais o conheciam, para te dar a entender que não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do SENHOR viverá o homem.” Deuteronômio 8.2-3
“Guarda-te não te esqueças do SENHOR, teu Deus, não cumprindo os seus mandamentos, os seus juízos e os seus estatutos, que hoje te ordeno; para não suceder que, depois de teres comido e estiveres farto, depois de haveres edificado boas casas e morado nelas; depois de se multiplicarem os teus gados e os teus rebanhos, e se aumentar a tua prata e o teu ouro, e ser abundante tudo quanto tens, se eleve o teu coração, e te esqueças do SENHOR, teu Deus, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão, que te conduziu por aquele grande e terrível deserto de serpentes abrasadoras, de escorpiões e de secura, em que não havia água; e te fez sair água da pederneira; que no deserto te sustentou com maná, que teus pais não conheciam; para te humilhar, e para te provar, e, afinal, te fazer bem.” Deuteronômio 8.11-16
Que verdades ricas e benfazejas! O próprio Deus nos provando, não para mostrar nada a si mesmo, mas para que nós conheçamos nossa limitação, nosso coração pecaminoso e nos voltemos exclusivamente para Ele, dependendo apenas dEle! É o desenvolvimento da nossa salvação, nossa aproximação do Senhor que está em jogo. E na maioria das vezes, por causa do pecado, isto é feito nos momentos de dor. Se lembra, do exemplo de Jó?
O exemplo de Jó
A Bíblia o descreve como um homem reto, íntegro, temente a Deus e que se desviava do mal. Não obstante, com o fim de peneirá-lo, de provar o que estava em seu coração, o Senhor permite que Satanás o toque (apenas até a medida que o próprio Deus definia!). Primeiramente tocando em tudo quanto ele tinha, menos nele. Depois tocando nele, sem tirar-lhe a vida.
Logo no começo do livro, Jó nos ensina uma proveitosa lição sobre a morte.Os primeiros versos o descrevem como um homem bem sucedido em todos os aspectos:
“Nasceram-lhe sete filhos e três filhas. Possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; era também mui numeroso o pessoal ao seu serviço, de maneira que este homem era o maior de todos os do Oriente.” Jó 1.2-3
Mas eis que tudo mudou de repente. Ele recebeu as piores notícias possíveis. Todos os seus animais, seus servos e seus filhos e filhas estavam mortos. Ele perdera absolutamente tudo. E sua reação nos ensina uma bela lição:
“Então, Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e lançou-se em terra e adorou; e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR! Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.” Jó 1.20-22
E apenas no final do livro, temos a pista que faltava! Jó precisava conhecer mais de perto o seu Deus. Todo o sofrimento não havia sido sem motivo. Não era uma provação aleatória. O Senhor o estava burilando. Jó reconhece esta verdade:
“Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem.” Jó 42.5
O Senhor fez este dia!
Eclesiaste 7.14 nos ensina esta verdade tão consoladora:
“No dia da prosperidade, goza do bem; mas, no dia da adversidade, considera em que Deus fez tanto este como aquele, para que o homem nada descubra do que há de vir depois dele.”
Podemos descansar confiados nAquele que traçou cada um dos nossos dias, sabendo que quando o dia mau chegar, Ele estará conosco!
E como tratar deste assunto com nossos filhos?
Sabedores que a morte é inevitável, que é consequência do pecado, que sobrevirá a todos nós e que o Senhor é governante absoluto sobre tudo, precisamos nos posicionar fielmemente neste assunto com as crianças. Se a morte não nos assusta, se temos a perspectiva bíblica dela, então se tornará mais fácil falar deste doloroso assunto quando a hora chegar.
Em primeiro lugar, precisamos saber que todos os assuntos que chegarem aos nossos filhos, pelo menos os mais importantes, devem chegar por nós, não por estranhos! Nós somos aqueles a quem Deus responsabilizou para instruir nossos filhos nos caminhos do Evangelho e nas grandes verdades da vida. E a morte é uma delas. A mais certa.
Em seu livro O Evangelho para os filhos da aliança, Joel Beeke nos estimula e nos incentiva para que falemos de TODO o Evangelho aos nossos filhos:
“Se Deus, ao longo das eras do Antigo Testamento, repetidamente ordenou que as crianças ouvissem o evangelho, (Ex 12.25-27; Dt 30.19; Josué 4.21-24) não deveríamos nós, na plenitude da era do Novo Testamento, ensinar o evangelho aos nossos filhos? (pg 23)
O dever dos pais é ensinar aos seus filhos TODO o evangelho.” (pg 25)
E o que é mais básico no Evangelho do que dizer às crianças que o pecado trouxe a morte, mas que há reconciliação pelo sangue de Cristo e que a morte física será vencida na ressurreição? Não ensinar sobre a morte aos nossos filhos é negar-lhes a base do Evangelho! É não contar-lher sobre BOAS NOVAS! O que são boas novas? Por que são Boas Novas, senão, porque somos livres da morte eterna e que depois da morte física viveremos eternamente com corpos transformados, glorificados e incorruptíveis? Estes assuntos precisam ser ensinados desde a mais tenra idade. Deve ser falado em nossas conversas triviais, em nossos cultos domésticos, enfatizado nas histórias bíblicas que contamos. Se assim fizermos, não ocultando das crianças a morte, dando a perspectiva bíblica para eles, ficará mais fácil tratar do assunto quando a morte bater à porta da nossa casa.
Quando a morte chega à nossa casa
Este dia chegará, talvez mais rápido do que gostaríamos ou esperaríamos. E precisamos, acima de tudo, tratar dele com verdade! Este é o grande desafio. Tratar de um problema grave, falando sempre a verdade e dando aos nossos filhos informações suficientes para dirimir suas dúvidas quanto ao que está acontecendo.
Se, por exemplo, vocês se depararem com um caso de morte iminente na família, como um vovô enfermo, com uma doença que sabidamente não poderá ser curada, você deve explicar cuidadosamente isso aos filhos. Preparar a criança para uma morte próxima, a ajudará a se preparar para lidar com a dor do momento e a saudade que sentirá.
Você não precisa evitar falar deste assunto perto deles. Se você tornar a morte o que ela é, um fato, seus filhos aprenderão a lidar com ela de forma mais natural também. Falar a verdade em amor com o doente, com as crianças, ter a família reunida sem máscaras em volta do ente querido que está para partir é um remédio amargo que tornará a partida menos traumática para todos os envolvidos.
Não evite chorar perto de seus filhos quando estiver com o coração apertado. Chorar não é vergonhoso, demonstrar amor e saudade não é repugnante, errado ou algo que se deva esconder. Não tente poupá-lo de algo que a vida não o poupará. Chore com ele, console-o quando ele chorar, deixe esta ponte aberta entre vocês! Se ele nunca a vir chorando, pode pensar que você é mais forte do que realmente é, e pode se sentir mal por ter vontade de desabar! Como é lindo quando a criança confia seus sentimentos à seus pais, porque os vêm confiar seus sentimentos a eles também. Esta relação se torna mais próxima, mais verdadeira, mais confiável, mais chegada. Seu filho terá em você e no papai aqueles a quem ele pode recorrer quando quiser abrir o coração e chorar, e mostrar seu lado mais vulnerável.
Deixe-o participar das conversas, deixe-o perceber o agravamento da situação. Não o pegue de surpresa! Leve-o para as visitas no hospital e, sim, leve-o ao velório e ao enterro. Nossas crianças podem e devem ser apresentados à realidade da morte o quanto antes. Privá-los de participar destes momentos não trará consolo e pior, atrasará um momento que ela terá que enfrentar, mais cedo ou mais tarde. Lembre o texto que lemos anteriormente, que nos ensina que é melhor está na casa que há luto, pois lá vemos o fim de todo homem. Expor a veradade da morte a seus filhos é a melhor maneira de exemplificar a seriedade e a brevidade da vida. Diante de um esquife, é momento de ensinar preciosas lições a seus filhos: lições de como confiar no Senhor, mesmo diante da morte; lições sobre como a vida é passageira e nós voamos; lições sobre como o pecado traz sempre consequências danosas, e que se não fosse o pecado de Adão, não precisaríamos passar pela morte; Lições sobre esperança! Sobre a vitória de Cristo sobre a morte, sobre ressurreição, sobre o Reinado vindouro e eterno de Cristo, onde não haverá mais morte! É a oprtunidade certa para expor textos tão profundos e lindos quanto estes:
´”Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.” I Tessalonicenses 4.13-18
Que maravilha podermos consolar-nos com estas doces palavras de esperança! E por que negaríamos este consolo a nossos pequenos, eles, que são nossos irmãos na fé? Nós devemos isto a eles! E o que dizer das lindas promessas de Apocalipse 21.3-4?
“Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.”
Bendita esperança a nossa! Estaremos todos juntos outra vez, e a morte jamais nos ameaçará novamente quando o último inimigo for vencido!
“O último inimigo a ser destruído é a morte.” I Coríntios 15.26
Nunca use a mentira para contornar uma situação
Jamais devemos mentir aos nossos filhos, em qualquer que seja a situação. Mentira é pecado e não podemos achar que escaparemos de dar maiores explicações embaraçosas, pecando contra Deus e contra nossos filhos. A mentira nunca é a melhor solução.
Entretanto, não estou sugerindo que você deva dizer tudo nos mínimos detalhes. Muitas vezes a maturidade de seu filho não será capaz de alcançar o que você pretende explicar. Diga as coisas à medida de sua capacidade de entendimento. Não dê informações demais (e isso vale para todas as áreas!). Dê as informações necessárias, de uma doença ou acindente, de acordo com o tamanho da dúvida e a idade da criança. Explicações demais para crianças muito pequenas podem confundir suas cabecinhas. Use o bom senso e o conhecimento do nível de compreensão que você sabe que seu filho tem.
Mas lembre-se: não dar todos os detalhes é bem diferente de mentir, ou de usar eufemismos duvidosos do tipo: “vovô virou uma estrelinha”. Uma hora você terá que desfazer esta “mentirinha” gerando dúvidas no coração de seus pequenos sobre se ele deve mesmo confiar nas suas explicações.
Mesmo quando você perder alguém da família que não ame e tema ao Senhor, não engane seu filho dizendo que tal pessoa está, agora, morando no céu. O máximo que você pode fazer é se calar sobre a questão. Mas não afirme algo que você sabe que não aconteceu. Se seu filho for mais velho, talvez também já seja hora de falar sobre o inferno e sobre a gravidade que é viver uma vida de desobediência e alheia à vontade de Deus. A condenação dos ímpios ao inferno também é parte do Evangelho! Não esconda esta verdade de seus filhos! Nossa gratidão e louvor a Ele está nesta verdade: merecíamos o inferno, mas fomos resgatados por sua graça. Diga isso a eles! E deixe claro o destino eterno de todos quantos não são salvos pelo sangue de Cristo.
Lembro-me de ter que falar sobre a morte do bisavô de nossos filhos. E como foi doloroso ver a tristeza deles ao se lembrarem que o “biso” não amava ao Senhor e nunca demosntrou nenhum tipo de arrependimento. Mas o conhecimento prévio sobre as verdades eternas do Evangelho deu a eles consolo e a certeza de que podiam confiar no julgamento de um Deus totalmente justo!
Portanto, minhas irmãs, não tenham medo de tratar de todo e qualquer assunto com seus filhos. Quando sua base é a verdade eterna das escrituras, seu fundamento é firme e isso será segurança para seus pequenos!
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effyssogolden · 4 years
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Recife, 26 de março de 2021. Faltando apenas 2 dias para meu aniversário de 21 anos.
Por muitos anos a música "say you won't let go" teve um significado para mim, mas nunca entendi. nunca associei a ninguem. falava sempre de um imaginário que criei em minha cabeça, uma ilusão que teria alguém tão incrível, que chegaria em um momento que as coisas não estavam tão boa para mim e iluminaria tudo, trazendo a paz que tanto precisava.
projetei uma pessoa no qual teria filhos e levaríamos juntos na escolinha, como se fosse um evento todo dia, acordar, comer todo mundo junto, arrumar as crianças -entre brigas entre eles, comida voando e um sapato arremessado pela janela- depois nos arrumarmos, coloca-los na cadeirinha e ir o caminho todo revesando entre cantarolar músicas infantis e discutir como seria nossa rotina naquele dia, quem levaria o almoço de quem em seu trabalho, se sairíamos pra comer fora, ou simplesmente ir pra casa após pegar as crianças na escola e mais uma vez, comer tudo junto enquanto um brócolis foi lançado na cabeça do inofensivo gatinho que estava embaixo da mesa ansiando um pedacinho de carne.
por muito tempo sempre senti algo forte nessa música, talvez por um desejo romântico nunca realizado, por uma perspectiva de acontecimentos futuros com o rosto do outro alguém ainda embassado, no qual a medida que os dias foram passando, o rosto, o formato, a altura, os fios brancos perdidos pelo cabelo foram ganhando forma.
talvez eu seja boba de estar imaginando tanta coisa em tão pouco tempo, em tão pouca conversa, em tão pouca história. Mas tudo bem, também está tudo bem em criar uma expectativa saudável, qual a graça de viver e conhecer novos seres sem criar um mínimo de futuro naquilo?
já tive alguns relacionamentos passados, uns agregaram minha vida, outros foi um total atraso, no qual eu nem sei o porquê que eu me meti naquilo. pura carência e falta de senso -meu-? sim.
já conversei sobre futuro, mas nunca I meant it, foi sempre um "tapa buraco" da conversa, para não parecer tão pessimista e não-in no relacionamento, no que prejudicou bastante o anterior a -Você-  seria injusto falar algo sem significar nada para mim.
não lembrava a última vez que eu acordei e pensei, poxa! coisa boa estar por vir. Os dias melhores que imaginei talvez estejam mais próximos que eu pensei.
Tudo isso que falei ainda são projeções, não tenho o conhecimento do futuro, nem de -Você- mas ai de mim que sou romântica não ter criado planos, criado nomes pros gêmeos hipotéticos misturinhas nossa, como o sobrenome deles serão  "não" de tanto ouvir após seu nome.
nada disso é real, não passa de mais uma madrugada em claro olhando pras luzes de led vermelha acima de mim. não passa de historinha contadas em fanfics para adolescente. mas se tudo sonhado acima e pensando tim tim por tim tim for com -Você- vai ser a melhor coisa que poderá acontecer comigo -espero que conosco- nesses tempo na Terra.
nunca pensei que agradeceria tanto pela paciência de um outro alguém pra ter um fio de esperança, um motivo para continuar a batalhar para alcança os objetivos acadêmicos e empregatícios, um motivo para dizer "esse filme é a nossa cara,  precisamos assistir juntos".
serve também como uma carta -aberta- de agradecimento por todos os bons sentimentos e carinho mútuo. obrigada por -você- existir e tentar fazer tudo escrito aqui em realidade.
@ammyeffy
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niceto-meet-you · 4 years
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2:32am
no vazio do silêncio se vão. todas as partes de você dentro de mim. e no amanhecer de cada manhã retornam. como se fosse um ritual em que as partes de você fossem como coisas boas ainda dentro de mim e todo o resto estivesse corrompido. com todas as minhas frustrações. e fosse como uma mistura de água e óleo. impossível de se misturar.
um dia fui água. talvez não das melhores pique voss ou essas merdas que as pessoas querem. mas água. solúvel. natural. com ph neutro talvez. mas a realidade é que o tempo nos deixa meio ácido em um número inferior a 7. com aquela aumentada brusca de íons. e eu sempre curti o número 14. consequentemente uma diminuída nos íons e aquela acidez indo embora. tão bonito cara. olha só.
talvez eu não fique na acidez por muito tempo. digamos que tempo indeterminado. como se fosse um ciclo. rola aquela chorada. você acha que está pronto pra seguir. depara que é impossível prosseguir porque é como se enganasse não só a ti próprio. mas consequentemente a qualquer outro ser humano envolvido nessa situação. aí rola a negação envolvida a você não entender absolutamente mais nada. esse é o momento mais merda na verdade. onde você se deixa levar. acaba fazendo coisas que não deveria. e no dia seguinte acorda algumas vezes pior do que já estava. como se fosse um poço e de repente. parabéns, você está no subterrâneo do seu próprio poço. após um longo tempo você acha que está bem e as coisas vão melhorar e mudar. pique acampamento espiritual. uau. agora sim. (interrupção pra falar que textos com ironia talvez deixam as situações menos tristes a serem contadas. humor é sempre bom talvez). aí todo esse ciclo se repete novamente.
vivo nesse ciclo há anos. nessa roda de altos e muitos mais baixos. como se minha roda fosse uma espécie de sistema à manivela. é até possível subir mas quando descer é difícil erguer novamente. é absurdo esperar um milagre ou algo novo acontecer. as vezes me pego pensando em momentos felizes. confesso que é meio triste assumir isso. mas sabe quando nada mais te faz dar um riso verdadeiro mesmo. daquele que você fala “caralho. que bom isso.” confesso que gin me faz ficar feliz momentaneamente. uma das oito maravilhas do meu mundo. aliás algum dia irei escrever sobre isso.
é engraçado a influência que pequenas coisas tem sobre nós. esses tempos fiquei dois meses sem fumar. cara. eu quase surtei. é ridículo saber o quanto uns tragos te acalmam e dão aquela paz no teu peito que é impossível de ter as vezes. é como se fosse um colo de mãe. mas ao mesmo tempo nem isso. é como se fosse muito melhor.. não menosprezando o colo da minha mãe. mas ela nunca foi do tipo “mãe abraçadora”. será que existe esse termo? enfim. a questão é que é bom pra caralho. é como se eu saísse do meu próprio corpo. me olhasse e falasse “relaxa mano. vai da tudo certo”. acho que finalmente encontrei a melhor maneira de expressar esse sentimento.
wrote this above some months ago. some shit changed since i wrote this.
a perda dos sentidos acompanha toda essa jornada. e não é de uma maneira legal que um site aleatório da oprah obtenha suas respostas como: how to find ur life purpose again (http://www.oprah.com/inspiration/how-to-find-your-sense-of-purpose-again_1). mas de uma maneira em que nada tenha mais o sentido de que tinha. sofrimentos de antes parecem banais após perder alguém. de modo em que nada mais faça algum sentido. o prazer apenas morre. e sobra a existência. alguns dias muito ruins outros você se ocupa com multiple tasks p esquecer. apenas no piloto automático da respiração e vivência. tentando de certa forma consolar a minha mãe mas de certa maneira não tendo nem ideia de como fazer isso.
a morte é uma merda. a nossa única certeza e não fazemos ideia como lidar com isso. mas uma coisa que a morte me passou é a fragilidade de ser humano. a gente pensa em tanto. temos a capacidade de pensar em tanta coisa. coisas ridiculamente inúteis. mas não sabemos lidar com situações peculiares. procuramos ter tanta coisa e no final nada tem um sentido específico. nos próprios damos sentido ao que quisermos até que um dia a morte leve a nossa vida e consequentemente essa caixa de sentidos que obtivemos ao longo dessa jornada chamada vida.
acabamos tentando enganar nos mesmos p ser mais agradável. confesso q as vezes penso q minha vó tá naquelas viagens de velho de cruzeiro por 2 anos. é meio ridículo mas confortante.
sobram as lembranças e aprendizados. como fazer o bife mais suculento do mundo. como fazer o mousse de chocolate com calda de morango específico que renomeamos por conta de ter um nome não tão bom antes. lençol branco dar paz em dias ruins. você me perguntando quando eu viria ver você. me falando todas as coisas gostosas que tu iria fazer p eu comer. me pedindo p tocar músicas p você ou jogar algum jogo p você assistir. e felizmente você aprendeu a como dar colocar filme no netflix. uma conquista.
ao lado da saudade sempre vai morar a gratidão. por você ser não só minha avó. mas minha mãe. por me acolher em tempos difíceis e falar que acima de tudo eu não era alguém difícil. você sempre me deu esperança que as coisas iriam acabar bem no final. me deu o conhecimento da vida. passou um perrengue na vida e se tornou alguém forte. uma mulher que se demonstrava forte mesmo no seu pior. sei que você sentia falta do vô. e espero que vocês se encontrem de novo. não sei se espíritos poder dar as mãos p ser romântico. mas espero que você seja feliz onde quer que tu esteja. se puder cuidar de mim as vezes. sei lá.
liza e os dogs tem sentido sua falta. a kiara só dorme com o antônio e o froid agr. a companhia deles faz ela ficar mais feliz. te prometi que ia ficar com a senhora até dezembro. e vou cuidar deles até lá pela senhora. dps que eu for embora a mãe vai cuidar. a sua casa se tornou um museu. ando nela e lembro das histórias do passado. sento naquele lugar específico onde o vô curtia sentar a tarde e fico pensando nas coisas. fazendo carinho na kiara e de certa maneira ela fica muito feliz como se eu fosse você ou o vô.
sei que carrego muito da essência sua e também do vô. as vezes se torna degradante tentar viver nesse século específico. as pessoas da minha idade são tão supérfluas. que parece que foi “curse” viver por agora. as vezes queria ter vivido com vocês desde o ano em que vocês nasceram. p quem sabe a gente morrer todo mundo junto. mas antes de morrer ter ainda mais experiências e aprendizados. mas sei que sonho muito e tenho que aprender a lidar com o que tenho. a filha da puta da realidade.
ps: se um dia eu casar. eu vou colocar escrito no bolo “i did grandma”. você ficava meio triste em pensar que eu não ficaria com ninguém. acho que você achava meio solitário. mas talvez um dia isso aconteça. e você vai estar certa como sempre.
http://www.oprah.com/inspiration/how-to-find-your-sense-of-purpose-again_1
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cordiona · 4 years
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a cabeça pensa onde os pés pisam
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Imagem disponibilizada por satélite de algum interior do estado do Paraná, Brasil. Capturada por mim pelo serviço on-line de mapas do Google Maps (2020).
Esta é a imagem. 
Essas foram as cores que me tocaram por muitos anos sem causar, nem em mim nem nelas, nenhum tipo de desgaste cromático, digamos que nenhuma grande erosão. Essas foram as linhas que se traçaram em mim, ano após ano, levando algum tipo de mensagem secreta das máquinas. Cor e linha, meus primeiros rabiscos num papel. Eram cor e linha que se queimavam no fogão a lenha todas as manhãs, meus papéis rabiscados. Cor e linha teorizadas ou não, se tornam imagens de um satélite particular, invisível a olho nu. A terra vermelha que suja, e... como ela é suja! — diriam tantas trabalhadoras — se torna imagem, e, contêm tantas linhas tecnicistas, lenha da nossa origem e rabiscos da nossa aragem. 
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 Ao centro da imagem, vemos os matos, que cercados por uma aridez terraplanada, eram dela o contrário. Os matos são muito vivos, úmidos e vistosos. Luz difusa fresca sem nenhuma linha paralela. Na imagem, é a mancha de verde mais escuro. Quando um verde se torna mais escuro que outro, é nessa cor indefinível que guardaram-se mistérios e lendas do mato. Matagal Memória, monumentos de avós, esculturas de crianças, esculturas de caboclos. Conhecido em pequenas doses de verdade que apontam para o chão e depois para o passado. No mato é que se desenvolve uma dessas histórias compartilhadas por meia dúzia de cidadezinhas paranaenses. O mundo começa no mato. E nesse estado de mato narrativo se organizam as suas referências e a introdução da história. Não é um mato genérico assim. Árvores com nome e sem nome, imprevistos improvisados e a notícia que vem pelo barulho das folhas. Enfim, uma dessas histórias orais, um mito, compartilhado de momentos em momentos entre adultos nostálgicos e crianças curiosas, que chamaremos provisoriamente de história do ouro. Sabemos que é encontrada, também, na região entre Paraná e São Paulo, sob o nome de Ouro dos Jesuítas. Pistas. 
Presente na primeira fileira das ideias coloniais, ali estava o ouro. Elemento da natureza que para minha geração não vale o esforço de uma vida. O ouro, sabemos, representa assim por dizer o liberalismo de cada trabalhador/a rural. Nosso conceito de espaço é liberal, e vemos as suas linhas de montagem. É que nos dizem que a terra tem um custo e o trabalho também; uma troca que muitas vezes não chega a ser econômica. 
O trabalho, nessa imagem, ocupa um lugar fundamental, é pelo trabalho que aquelas terras se desenham e possuem cores e linhas. Salvo o mato, todo o restante de imagem foi criada por mãos sujas de terra, mãos que carregam o medo de serem julgadas pela consciência silenciosa das rodas de uma novena. O trabalho possui um valor social muito bem convencionado, mesmo em comunidades rurais com nome de santos e coisas sem história. Quando algo sobre esse lugar precisa ser escrito e nomeado, oficialmente é chamado de linha. Linha Palmital, Linha Boa Vista, Linha Cristo Rei. A noção de linha (poderia ser bairro ou povoado), me parece, que é parte de um rastro caboclo, de uma organização espacial pré-existente, que organizava as habitações em uma espécie de reta. Caboclos urbanistas. Em cada uma dessas linhas rurais, há posições determinadas por quem terminou o ensino fundamental, quem sabe ler em público, quem colheu uma boa safra, quem tem carro e quem não tem, ou de qual família pertence. Essa qualquer cultura, desse qualquer lugar, desse qualquer povo, possui essa história sobre ouro. Contextualizando, durante o século XVII houve um ciclo de prosperidade colonial no Paraná, baseado na exploração do ouro. E na de guaranis, caingangues e xetás escravizados (ortografia definida pela 1a Reunião Brasileira de Antropologia, em 1953) para trabalharem nas minas de metais preciosos. Ruínas Jesuítica da Palavra. A violência dourada nos matos, alguns que restaram entre uma monocultura e outra. 
Ayvi (palavra-ato), na antropogênese guarani está na origem. A origem é ayvu é ao mesmo tempo divina e humana. A linguagem tem, por esse significado central da palavra, toda uma conotação especial para os nativos e que foi aproveitada pela catequese. A primeira tarefa de um padre jesuíta não era ensinar, era aprender. A linguagem vem antes da terra. A linguagem vem antes da criação. Faremos uma psicanálise guarani? Não podemos. 
Bem, o ouro da história dá aos seus ouvintes a forma de seus próprios desejos: uma imagem da compensação do trabalho. Com um sentimento de herança ou uma espécie de loteria mágica da vida, o ouro, como se cristalizasse o futuro em um ready-made da natureza, seria por fim apreciado sem o fio da enxada ou sem dores nas costas. Será que alguma utopia poderia ser fácil? Ainda somos El Dorado. Uma ideia que caminha pelos corredores psicológicos do ser e se falasse diria para me levantar e trabalhar todas as manhãs. Se eu me revolto é por isso. A imagem do ouro é contínua. Se cria porcos e se produz leite, e se vai àquela igreja que é tão igual as outras. Digo arquitetonicamente que igreja tão azul celeste! e com samambaias das outras gerações de fiéis, penduradas pelo art-nouveau gancho de 1970. O verde arqueológico das samambaias pré-históricas e o vermelho enfileirado dos bancos arranhados por unhas e velas. As duas coisas mais coloridas de Deus. Quem foi responsável por replicar estilisticamente aquelas igrejas rurais pelas linhas afora? O que mais varia em termos de diferença de uma igreja para outra é onde está posicionada a cruz, que altura ela tem, de que madeira é feita, em que ano surgiu. Sempre números da sua instalação marcados de cal num entalhe da madeira. Mas as paredes? Parecem todas iguais. Mobiliários? Todos iguais. Ventiladores? Todos iguais. Não esqueçamos da arte gráfica dos folhetos litúrgicos e dos livros de cantos? A mesma em todas as igrejinhas octogonais. Eu mesmo me entusiasmei muitas vezes quando ia à igrejas que existiam fora do meu conhecimento rural. Na parte mais urbanizada da região, as igrejas eram sempre maiores e homenageavam algum padroeiro. São precárias em escala mas desfrutam da sensação de uma igreja matriz. Apenas eram uma construção maior do que as igrejinhas rurais, com algum tipo de diferença na altura, no forro de madeira, nos vidros, nas aberturas. No seu interior, às vezes tinha por sorte uma ou duas pinturas ou uma escultura. Tudo o que nos restou do barroco e nos chegou aos pedaços. Anjinhos e homens, que não saberia os santos, copiados tantas vezes, de tantas formas, por tantas mãos, com o propósito visual menos rigoroso possível, a imaginação. Eu adorava essas igrejas com cuidados metropolitanos simplesmente por esses pedaços. Esse tipo de igreja eram meus museus. Conheci o de Matelândia, Medianeira e São Miguel. Edifícios cujo lugar repousam a pintura e a escultura de uma sociedade clerical. Secularização não chega no mato. Lembro-me de apreciar as pinturas, as esculturas (sempre havia menos que as pinturas), os ornamentos, o formato dos azulejos. As artes estavam mais próximas do asfalto. Quanto mais longe uma igreja do asfalto, menos chance de ser museu ela terá. É que os investidores não vivem no mato. Um/a trabalhador/a angustiado/a, colhendo milho com as mãos, quebrando espigas, estocando o sensacional rastoio para bovinos... estará pensando em alguma escultura? 
Pensemos no ouro que, no mito, é proveniente de algum indígena. Foi pelo ouro a violência? Nessa história desse lugar, o ouro também faz parte de uma endêmica tradição. Em algum momento da história nos é revelado que é no mato, onde não se trabalha, que pode estar o ouro do próprio trabalho, suficiente para se libertar dele. Era para chegar na riqueza que todas aquelas gentes e gerações trabalharam. O trabalho é a imagem dessa terra. E o mato é metafísico para uma cultura que não tem direito de descansar. Trabalhar a terra, arar e semear, esperar, colher. Uma mise-en-scène da vida evolutiva ou circular? Linguagem da agricultura passeando com o sucesso da cultura. Puesta-en-escena de uma história mal contada. 
Imagem e trabalho, ofício visual, é essa a inútil paisagem? Ou é esse o prendado barroco? Nesse lapso intermediário de linguagem, ora sagrada, ora profana do espaço, há arquiteturas e projetos, e um deles especificamente que chamaremos de terreiro. É um lugar ou um espaço que o dicionário define assim: 1 porção de terra larga e plana; 1.1 largo ou praça dentro de uma povoação; 1.2 pequeno quintal, de terra batida, diante das residências populares do interior; 1.3 espaço ao ar livre, à porta das habitações, onde há folguedos, bailados, cantos e desafios. 2 terraço, eirado; 3 local onde se celebram os ritos dos cultos afro- brasileiros (candomblés, batuques etc.). Quantas culturas estéticas já passaram pelas mãos da agricultora, do agricultor? Quantos períodos e quantos estilos têm os terreiros? Variam o tempo todo de tamanho, de posição, de relação e usos, variam de animais que o habitam e de vegetações que o compõem. 
Postulado da arquitetura rural, o terreiro existe em relação à sombra de árvores. É um espaço com plantas deliberadas. Não é construído a base de máquinas, não se remexe a terra, não edifica-se nada, é a construção de um vazio e a verdade é que não se sabe onde ele exatamente começa e onde termina, e mesmo assim, todo mundo sabe onde está. Uma linha seria inútil para definir o terreiro, e acreditamos que é impossível demarcá-lo, é antes de tudo um espaço que existe coletivamente. É uma concepção espacial compartilhada, um conceito para uma arquitetura invisível. Um entre-lugar, literalmente entre a casa e o galpão, a casa e o pomar, a casa e o potreiro. É a terra obrigatoriamente combinada com a sombra que propõe uma setorização de serviços e usos, como se fosse um projeto urbanístico de uma cidade. Para a escolha das plantas, há um acervo oral das mais quistas (criado ao longo da vida com vizinhos/as e familiares). Pesam também os objetivos mais pragmáticos da lógica trabalhista. "Essa árvore solta muita folha pra varrer", "Essa cresce rápido", ouvi muitas vezes dizer minha mãe. A decisão sobre as plantas sempre tentava o seu melhor. Debates sérios, prós e contras de cada espécie, árvores que valem a pena manter, árvores que simbolizam alguma coisa. Sabemos que as mulheres estão sendo responsabilizadas constantemente pela manutenção do espaço. A limpeza se torna uma repetição exaustiva, duradoura e exigente, é isso que sustenta o espaço no ocidente: a higiene. No caso dos terreiros, até existe o dia correto para varrer, dependendo da chuva, da época ou da circulação de pessoas. Se decide a periodicidade, se escolhe o tipo de vassoura (existem as vassouras feitas de mato por mulheres: se escolhe galhos de algum tipo de árvore já especificada para isso, corta-se os galhos com um facão e amarra-se todos juntos formando uma vassoura) e o cesto mais adequado para pôr as folhas varridas, sempre prestando atenção em como está o tempo. Na minha casa, por muitos anos, uma das maneiras de varrer o terreiro era a de ir fazendo milhares de montinhos de folhas espalhados para se recolher todos depois de varrer. Um trabalho com folhas e terra ao redor de uma casa. É que terreiro varrido renova a vida por mais uma semana. 
Eu tenho a impressão que os terreiros mais considerados são aqueles mais antigos, de várias gerações. Os que existem de um jeito patrimonial. Casas velhas com seus respectivos terreiros, às vezes conhecidos por mulheres de outras infâncias, por vegetação de outras velhices. Esses que apareceram nas primeiras casas daquelas pessoas e de alguma forma chegaram até aqui. Se a fotografia aparecia por lá, ela era suja de terra. Pés e terra vermelhos. Famílias que foram fotografadas estão nos seus terreiros ou nos seus jardins. Em algum momento, o jardim pareceu ser importante para o fundo daquelas reveladas fotos. Para fotografia, sempre havia alguma vegetação para ser aproveitada. O jardim ou o terreiro percorrem os espaços extra corporais das fotografias até chegarem nos cantos das casas. Inúmeras fotos tiradas em meio aqueles campos não prestavam atenção no céu ou no horizonte, muito menos nas paisagens. Uma arte cara, a fotografia era dedicada a pessoas. Boa parte da arquitetura está documentada, com seus entraves, mata-juntas, caibros e calçadas, por detrás dos fotografados. O paisagismo também. Plantas que mereciam aparecer na fotografia tanto quanto as pessoas, ou aquelas que por descuido do olho apareciam tímidas ao fundo como cortinas. Do lugar que falo não há uma tradição de paisagem. Tradição pertence a outras coisas e plantas. O céu não aparece na maioria das imagens, nem a linha do horizonte. Não há uma generosa profundidade de campo, não há o observador que caminha ao longe. Em vez de paisagem, as imagens são aproximadas para documentar a consciência que o tempo possui, cenas que podem se perder daqui uns anos, ou, podem um dia atualizar com uma precisão, detalhes de uma história a ser contada. A fotografia desempenhava para mim uma iniciação consciente na vida rural. Foi pela fotografia que olhei para os terreiros que não vivi, os jardins que não pisei, onde descobriria que minha mãe tinha sido uma jovem e meu pai um rapaz. 
A fotografia era a espessa entrada ao que me precedeu. Todas as casas que desapareceram, todas as plantas que se foram. As políticas estéticas de inúmeras mulheres. 
Continuamos com o terreiro. O arquiteto pergunta: e o mobiliário? O mobiliário é um tanto dinâmico ao ponto de não ser considerado fixo ou preso ao lugar. Já vi terreiro com banco feito com cepo de madeira — peça clássica rural; e também com cadeiras de palha, cadeiras de cordas, com redes, com pedras, com assento improvisado. Mobiliário vai e mobiliário vem, dia após dia. Não é tão mais livre do que a Bauhaus?! O investimento no mobiliário do terreiro nunca é econômico ou estético. É um investimento de energia, de intimidade: "sento no chão para não precisar buscar a cadeira", "hoje trago a cadeira porque tem visita". Assim o mobiliário aparece e desaparece do terreiro. Já o chão de terra vermelha batida ou solta, enfrentando bravamente o sol ardente, é um palco metonímico. Agricultura e Teatro. Atuar na terra. O terreiro é um cômodo da casa mas pelo lado externo (onde termina uma casa?), e um espaço nem público nem privado de terra. É importante dizer que não aparece em nenhum lugar nas faculdades de arquiteturas. Nunca foi considerado projeto, nem patrimônio. Nem teoria. A despeito da França, eu gostaria de uma história dos terreiros. 
O ouro prometido no mito, continuando, tinha sido enterrado por indígenas que estavam prestes a perdê-lo. Uma perda tamanha, que no sistema das heranças, não fora nem destinada para seus filhos, nem aos seus descendentes. Talvez, sabiam eles, algo sobre a morte. Então riqueza e terras indígenas perdidas, usurpadas, assassinatos. E sabe se lá, em que ato de pensamento ou em quais condições o indígena se encontrava quando resolveu enterrá-lo. O ouro e terra se confundem. A síntese: contra o roubo do seu ouro, um índio escondeu-o no mato; gerações tardias serão avisadas por um atípico sinal. A Hollywood das roças. Faroeste, fantasia e carência pedagógica. Povos originários vivendo uma luta genocida com o colonizador. Fresta de memória colonial socializada pelo território. É a história daquele lugar arquivado no mato. Essa quase tomada de consciência, falha em uma coisa. Colocar o ouro como parte da continuação filosófica do mito, essa transferência de posses. É uma grilagem ao nível do sonho. É uma forma liberal de anistia pela violência. 
O mato, então, compõe não só o lugar misterioso, o lugar do sonho, mas também um inconsciente, onde a História Oficial se recorda. A mata, que aparece como mancha na imagem inicial, não é genérica e muito menos homogênea. Se conhece algumas árvores, algumas plantas, alguns caminhos mentais (já que não estão demarcados no chão), se conhece numa relação de simpatia até algumas pedras dali. Sabe-se onde ficam as cachopas de abelhas, de marimbondos, de mata-cavalo. A agricultora ou agricultor no mato, sabe onde está (em qual árvore e em qual galho) as mais temidas vespas daquela cultura. Sabe-se das cigarras e das saracuras. Sabe-se o caminho mais fácil e o mais rápido para visitar os/as vizinhos/as, separados/as nas periferias dos matos e cercados/as de monoculturas. Notem na imagem que todas as pessoas moram na beira do mato. Vemos as casinhas na parte mais verde do mapa. E sabiamente, estão lá por aquela cor. 
Outro postulado de arquitetura rural, escolha construir perto do verde. Perto da monocultura é cilada, como já comprovaram os loucos que se encantaram pelas linhas de cima. Veja que não falamos de cidade, ruas e carros. Nem de psiquiatria. Mas de uma espécie de planejamento rural com o mato no centro? Cartografia local em memórias de agricultores/as. Eu sei que onde está verde mais escuro, está a água. Literalmente é por ali que um rio passa. É a água que difere o mato mais abaixo daqueles dois matos poligonais no meio das roças vermelhas. Aqueles que não têm rio são menos conhecidos. Já na mata ao centro do mapa, cada habitante tem trechos de rios na sua cabeça e em sua terra, sempre entre o privado e o público. Onde é melhor para pescar, onde é melhor para nadar. No meio do mato, há um rio que tem nome. Ali, subterrânea à cor verde, está o rio mais popular para aquelas meia- dúzias de casas. Duvidar diante da imagem. Segundo a geografia, esse rio passa pelas Cataratas, se torna outro país e chega ao mar do extremo Sul. Esses rios têm linhagens. 
Muitas casas foram perdidas, foram abandonadas ou destruídas. Se transformaram em um pouco de roça, espalharam alguns cacos de azulejo, deixaram alguns banheiros arruinados. Arqueologia de taperas. Em memória dessas casas que não existem materialmente, imaginemos o seguinte: edificações em madeira branca, pois são pintadas com cal. Desde a mesma época que se construía o modernismo, o branco movimento modernista brasileiro. O que sabemos de Brasília? Por alguma razão todos no meio da terra vermelha usavam cal para pintar. Assim, tínhamos a casa propriamente dita, em madeira e pintada a cal, e depois as outras edificações: o chiqueiro, o galinheiro, a estrebaria, todas brancas. A pintura, quando acontecia, era feita sempre no final de cada ano. Nesse período eram vistas muitas tradições ligadas à limpeza das casas, como a lavagem da casa por dentro e por fora, ou, podas das árvores. A branca cal, além das tábuas de arquiteturas anônimas, pintava inúmeras árvores. Pintava-se uma porção do tronco das árvores, a partir do chão até onde o tronco se torna mil galhos. 
Um pincel exclusivo para isso. Por entre as árvores se desenhava em pinceladas de cal, repetidas, monótonas, de vegetação em vegetação, até todas as árvores nos arredores de uma casa estarem marcadas de branco. Mas falaremos de land-art. Segundo o Tate Museum, instituição de arte moderna fundada por um homem enriquecido pelo açúcar (canavial é um land-art?) diz que o termo land-art refere-se à Arte da terra ou arte da terra como aquela que é feita diretamente na paisagem. Então nosso/a agricultor/a é um/a artista?! Genérico e injusto demais. 
Monocultura ≠ land-art. Terreiro ≠ land-art. 
Agricultura ≠ land-art. 
Sabe-se que depois de alguns anos, a técnica de pintura com cal experimentou outras coisas. Por exemplo, vi se fazer uma mistura de água e cal em uma máquina pulverizadora pequena usada para aplicar agrotóxicos nas plantas. É um tanque portátil no formato de uma mochila, onde se pode bombear o líquido (veneno) que passa por uma mangueira e jorra como se fosse um chuveiro. Proposta de rapidez e melhor acabamento. A pintura de árvores com branco cal se dá através de uma máquina de passar veneno. Vanguarda. A mesma técnica, a mesma máquina, serve a estética e a morte. Cal e veneno. Ritos das poeiras brancas misturadas em água e despejadas sob a terra vermelha. O branco da cal é visível na planta, o veneno invisível. Todas as partes mais vermelhas e geométricas da imagem de satélite do início do texto, são feitas sob agrotóxicos. Essas terras que se espremem entre as linhas existem para serem cultivadas com agrotóxicos. Tudo o que circunda e é periférico ao mato é trabalho capitalista no terceiro mundo. Das linhas de produção dos tratores de marcas inglesas ou norte-americanas, das sementes híbridas e transgênicas coloridas da Monsanto, de duas plantas escolhidas para se repetirem até o infinito, a soja e o milho. O trabalho das mulheres. O trabalho das crianças. O trabalho dos peões. Artistas do subdesenvolvimento. Performances científicas. A terra é um laboratório de testes que assustaria a inocente land-art. 
Mas até mesmo as plantas se revoltam, crescem indecentes ervas daninhas na monocultura que incomodam seu esplendor. Plantas com nomes próprios: Guaxumba, Tiririca, Picão, Pé-de-Galinha, Mata- Campo, Quebra-Pedra e a terrível Roseta. Todas elas perseguidas e combatidas como profanas. Quantos terreiros já foram julgados coletivamente pela quantidade de guaxumba ou de rosetas? O mal estar na civilização. Carpir, arrancar, envenenar. Como pode uma planta ser tão má? Ela é daninha e danada. Aparece lá para envergonhar os terreiros, as estradas e as roças. Aparece lá para garantir por mais um ano o trabalho. Uma luta sem fim, um ethos civilizatório rural. Longe de binarismos, não são todas as plantas que prestam. Não são todas as plantas que entram no terreiro ou no jardim. Elas não podem, sem mais nem menos, aparecerem por lá sem dar satisfações. Enredos para a classificação de plantas, estudos botânicos sobre as quiçaças. As plantas mais bem vistas chegaram há muito tempo e são respeitadas, ou são mais jovem e prometem novidades. Outras chegaram num dia de chuva, pelas mãos das comadres que se conhecem e compartilham da mesma lei de só plantar depois da chuva. Outras plantas estão ali, por lembrarem estranhamente suas infâncias, suas subjetividades dilaceradas por um corpo enrijecido. Ainda, as plantas úteis para a vida doméstica e as que se bastam por terem nascido belas e arrancar elogios. Teorias para um projeto de vida. Paisagismo. Nessa altura, além das plantas, falaremos dos vasos das plantas. Era comum que nas áreas e nas varandas — que por sua vez intermediam o espaço da casa com o do terreiro — estivessem repletas de vasos com flores e folhagens diversas. Desde plantas nativas como a samambaia, moda estilística do paisagismo local de décadas passadas, até as mais "exóticas", como a orquídea nas décadas seguintes. Os vasos me interessavam. Cada vaso era diferente do outro, parados e sentados sob pratos anônimos ou os pratos da cozinha. O vaso de barro, o vaso de plástico, o balde quebrado, a bacia rachada, a panela furada, ou a lata vazia de tinta. A lata de tinta de 500ml tinha uma vantagem para ser vaso, vinha com uma alça para carregar, e que servia para pendurá-lo nos paisagismos mais ousados. Depois surgiram as latas de tinta que eram maiores e quadradas. Uma forma peculiar que o vaso de barro, o balde, a bacia e a panela não tinham. Ainda, os vasos estão organizados segundo a ordem política daquela casa. Cada planta e cada vaso tem seu lugar, e, estão dispostos no ambiente conforme a curadoria que tiveram. Seria uma instalação artística ou os princípios dos canteiros? Pessoas circulam diariamente pelo terreiro, pela varanda e pelo jardim e apreciam a peça. Por isso os vasos melhores ou os mais bonitos ficam em lugares de importância, para garantir que sejam vistos. Categorias hierárquicas envasadas. Bem, o vaso de lata de tinta ocupou esse lugar, sempre a frente se exibindo. É como se quisesse provar alguma coisa. Cores de uma propaganda de tinta servida a cultura. Como as latas que fizeram Warhol famoso. 
Enfim, o mito em questão, nos diz que o mato nos dá sinais sobre a riqueza. Sinais que nos levam até o ouro dos fragmentos históricos, ou, por exemplo, se a colheita foi boa. Agricultura, guarda suas sabedorias na natureza e os ciclos das colheitas medem seu espaço. Conhecer o mato e seus sinais, como as estações do ano se comportam, como funcionam seus ventos, o que me dizem seus sons. Os pássaros que anunciam chuvas fortes, os pássaros que cantam a chuva curta, a aranha que aparece se caso amanhã choverá. E esse conhecimento dos humores da natureza pela percepção de seus sinais permite a agricultura ser praticada. Saber os melhores dias para plantar, para colher, para passar veneno. É na planta que o veneno se encontra com a vontade de prosperar. É a plantação que nos dá lucros. O ouro brilhando amarelo em grãos de soja. Foi para isso que todas aquelas gentes se dedicaram ao mato. Para ler seus sinais. Pedir seus conselhos. Para, por fim, preparem a terra para a monocultura. 
O termo lavoura é de certa forma, um respectivo corte espacial sob seus próprios paradigmas imagéticos, que vem encobrir a palavra roça. Dizer tenho uma lavoura é diferente de dizer tenho uma roça. Lavoura, ao contrário daquelas fotografias locais, pressupõem imensidões abertas com plantações que se perderam ao infinito. A tônica em torno da lavoura é essa, é o modo certo de sentar-se à mesa. A lavoura é um desses sentidos coletivizados, que é associado a algo próspero. Boas safras e a sacra colheita. Ninguém usa lavoura para comentar tragédia. É ao mesmo tempo, um espaço evocado para a propaganda. Ao falar em lavoura, sabemos a-priori que aquela pessoa está falando bem de sua plantação. Lavoura é uma paisagem orgulhosa. Céu sempre azul, nunca nem vi uma lavoura debaixo de chuva. Campos bem plantados e sadios se acabam no horizonte onde a terra encontra o céu. Terraplanagem é uma das técnicas usadas para preparar a terra para a lavoura, e é a técnica que cria um horizonte na visão — um preenchimento de fartura e autoestima agrícola. A lavoura tem uma certa atração pela paisagem, como tinha a land-art. A lavoura, como podemos dizer, é a mais bem sucedida das filhas do mato, ela é a mais rica e por isso é o que aparece sempre nos testamentos dos herdeiros. Oficialmente para o Estado é só o que se herda daquele local. Em termos de imagens, as lavouras como representação são vistas em: calendários ilustrados, brindados, sempre ao fim do ano, por alguma empresa agrícola que desejava prosperidade ao/a agricultor/a; no pote de margarina com sua propaganda ao soja e ao milho; estampadas pelos sacos de insumos e sementes; e cenas rurais na televisão. Todas as lavouras representadas nos mais diversos suportes, no papel, na impressão, no carimbo do agrônomo e no vídeo — conformam o conjunto pedagógico de imagens sobre essa lavoura onírica, abundante e rica. As lavouras carregam esses pedaços de Colombo que se transformaram em fertilizantes. A imagem da lavoura tem tradição endêmica e paradisíaca.  
É para santos que se reza para chover na lavoura. A lavoura é a representação compartilhada da riqueza. É uma representação a nível desejante da cultura que se manifesta pela terra. Um espaço sacro talvez, junto àquelas igrejinhas parecidas. 
Se o gênero de paisagem e a história da arte, que a endossa, se tornaram importantes foi devido a agricultura. Explico: A tinta óleo, surgida de mãos dadas com a paisagem, foi produzida com óleos de plantas agrícolas, como a linhaça. Ora, são os braços trabalhando os ciclos agrários no campo que subsidiaram a criação de pinturas artísticas a partir do século XV. Boas colheitas nas artes. 
Bom, de volta a imagem do início, já podemos dizer que as porções de terras que estão em marrom são chamadas de roça e as que estão em um escasso e ralo verde, talvez, sejam a metamorfose para as lavouras. É um conceito móvel e flexível de espaço. O espaço e até seu nome, é definido por períodos da natureza e suas capacidades naturais. Um espaço que não é fixado, ele sempre pode mudar. A roça vira lavoura, o mato vira roça, casas viram monoculturas. O que faz esses espaços mudarem é o trabalho. Pela sua posição em relação ao sucesso no imaginário local, geralmente toda as histórias do ouro partem sempre de uma personagem que estava trabalhando e é interrompida pelo sinal do mato enviado pelo índio. O trabalho rural é a situação onde se encontra a personagem que inicia a trama da lenda. Também muitas vezes os sinais são revelados para as crianças. Uma projeção religiosa. A qual designa quais classes são mais propícias a receber a mensagem do indígena. A trabalhadora e o trabalhador rural e as crianças. O mito, funciona como alegoria que resolve um fragmento da cultura na identidade de famílias rurais que todo dia trabalham para enriquecer, e que toda noite sonham no mato. 
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No lado direito da imagem, naquela parte onde uma imagem de satélite capturada em um determinado horário emenda com uma imagem capturada em outro, e revela uma diferença de cores e tons, está o cemitério. Bem pequeno e quadrado, ao lado de uma estrada sem nome, no lado direito do mapa. Fica mais ou menos próximo à igreja azul celeste. O minúsculo quadrado do cemitério está localizado na beira de uma estrada de terra, fazendo fronteiras com algumas grandes lavouras. O cemitério é simples, suas fileiras de cimento e granitos parados, materiais de acabamento desbotados e algumas antigas esculturas com forma de anjinhos. O passado está assim inscrito numericamente, em registros visíveis, nas datas das lápides. É por onde circulam as tipografias e diagramações feitas nas melhores das intenções. Onde azulejos de várias épocas se misturam em desalento com o granito chamado popularmente de mármore. Como seria uma estética para o fim? Sabemos que nesse lugar existem muitas experimentações artísticas. Cor e textura dos pisos cerâmicos combinando entre si, granitos com vários veios e tons, pequenas edificações para conter as velas que o vento apaga, o próprio tamanho de cada cruz e os canteiros onde se depositam as flores. Nos espaços ainda não ocupados por cadáveres, aparece uma rebelde terra vermelha. Essa terra que suja tudo, empoeirando os túmulos e embarreando seus entes, colaborando estrategicamente com a cultura de lavagem de túmulos para o dia de finados. O cemitério é uma instituição de intuição pública, aquela terra não é de ninguém, mas não chega a ser registrado oficialmente. Sendo assim, alguém às vezes costuma plantar no cemitério. Tem mandioca, milho, batata-doce. Tem algumas flores que foram plantadas ao redor de túmulos. É quase como se fossem plantadas para os mortos. Além dessas plantas, temos as incontáveis flores de plástico, e claro, seus respectivos vasos. Vasos de planta, caprichados ou não, se repetem infinitamente caídos e levados por um vento antigo. Nada fica no lugar, talvez seja por isso que se construíram aquelas “casinhas” nas lápides dos túmulos, seguras e fechadas por portinhas de vidro ou janelas. Ali se coloca flores de plástico, alguns santos e depois cadea-se, para durarem por mais tempo e para evitar qualquer imaginado roubo. Quando eu pensei que os vasos estavam abandonados e poderiam reciclar algumas das estéticas inacessíveis do meu repertório de vasos (como conseguiria isso de outra maneira?), minha mãe contou que levar vaso do cemitério para casa não era boa ideia e desrespeitava profundamente os mortos. Qualquer vaso de planta em qualquer lugar do perímetro do cemitério estava proibido de ali sair. Assim, já que ficaram, conformam um conjunto bastante variado de decadência dos materiais de uma cultura. Mas além das flores de plástico, tinham as flores vivas. E as flores vivas se dividem em duas categorias que são importantes na ruralidade: as que são plantadas por nossas mãos e as que são compradas. Se colhiam em jardins flores e folhas que viravam buquês de cemitério, colocados em algum vaso, geralmente algum vidro usado de Nescafé; o vidro era muito mais sofisticado que os outros vasos. As flores diretamente colhidas e selecionadas para compor o buquê eram postas em água nesses recipientes de café, que poderiam ser também de conservas de pepino, que depois de cumprirem sua função na indústria viravam vasos elegantes para os mortos. E por estarem na água, as flores ficam vivas por mais dias, enquanto aquelas que são compradas morrem rapidamente. 
No lado esquerdo da imagem de satélite, quase saindo da borda dessa folha, tem um retângulo de área verde, onde se encontra um campo de futebol. Geralmente, esses retângulos nascem perto das mesmas igrejas espalhadas pela confusão de Deus no território, e, ali perduram por muitos anos sendo planície. Projeto público majoritariamente masculino. A comunidade cuida do campo que sempre está disponível para cada qual. Talvez seja nesse campo de futebol que se tem uma noção de horizonte e por consequência de landscape. Pela implantação, o campo nos faz ver longe. 
Conseguimos dimensionar algumas silhuetas de cores que se erguem ao Sul, ao Oeste, em direção a porta da casa do João-de-Barro. Dizem que esse pássaro sabe por qual direção a chuva cairá naquele ano, pois sempre constrói sua casa de barro com a porta no sentido contrário em que cai a chuva. A porta da casa do João-de-Barro enuncia a direção dos ventos ao longo das estações que marcam o plantio. 
A chuva não cai na mesma direção ao longo de um ano, uma informação importante para a agricultura. Dessa forma, de porta em porta, de pássaro em pássaro, se especula por onde o vento ventará. O campo, entretanto, é um grande gramado plano em medidas não oficiais, uma área-verde rural. Ali além do esporte, é onde cavalos solitários pastam. Onde corujas e quero-queros se esgueiram entre gritos e bolas. Também, é ali que o espaço terraplanado em nossa volta nos seduz e nos leva até as linhas entre o firmamento distante de uma geometria vaga. Skyline. Panorama. Vista. Teremos a consciência que ao fim de cada paisagem, em verdade, o que olhamos são borrões que nos ludibriam, nos confundem, que se terminam em equívocos e incertezas. A paisagem sempre é incerta. A imagem é sempre inconclusa. E nessa dissolução de fronteiras reside o fim do dia. 
À noite, o banhado. A água, o barro e a vegetação tipicamente atlântica, são os traçados de uma peculiar partitura, a trilha sonora noturna. É no meio das plantas que grilos, sapos e pássaros, entoam sua ode ao jardim. Romantismo a povera. É pela escuridão que essa arquitetura acontece. É pela lama, pelo som, pela escuta. Contra toda imagem, de mal com o olhar. Um banhado eficiente é um banhado oculto. Tão misterioso como o mato, quase sempre se visitam como dois grandes amigos. Não são lagos, não são parques, não são riacho, são barro. Ninguém lá chama de brejo, o manifesto é pelo banhado. Quantos açudes se encheram em cima deles? O cemitério  dos banhados acontece por baixo de todo açude. Cada açude é um banhado higienizado, compreensível e sem mato. Um banhado forçado a ser minimalista. 
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O açude é o folclore do mato. É onde festejam seu esvaziamento e seu enchimento. Família, vizinhos/as, amigos/as, todos/as saberão o dia da secagem. O dia em que o leito enlameado vira o chão dos peixes, e, que pessoas sujas comem os peixes. Também marca um novo ciclo de águas e da alimentação. O dia que vi pela primeira vez o chão por debaixo da água e me pareceu tanto uma monocultora de lodo em meio as memórias de outras secas. 
Noite. Não há como fugir da terra, morremos, nos esquecemos, nos perdemos por alguns dias e quando voltamos, ela está lá. Embaixo da nossa cama, em cima dos nossos móveis, sujando nossa arquitetura, pronta pra causar alergia, injustiça, jornada dupla. Nada escapa da terra. 
escrito por Maicon Rodrigo Rugeri
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liviamariapereira · 5 years
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O guia do planejamento estratégico pessoal 
*Matéria publicada originalmente na Revista Administradores edição número 26 (janeiro/fevereiro 2014) e divulgada online no site Administradores.com.br. Texto escrito por Lívia Maria e Eber Freitas. 
Somos todos sonhadores inatos, possuidores de desejos e aspirações. Casar, ter filhos, fazer aquela tão esperada viagem, conseguir o cargo na empresa que sempre imaginou, comprar aquele carro com o motor potente, ter o reconhecimento em seu trabalho. Por mais variado que seja, fazer projeções é uma característica intrínseca no real “jogo da vida”. Mas, como conquistar todos os nossos sonhos no curto período de tempo que nos é dado pela natureza? Como atingir satisfação plena na vida quando, muitas vezes, na velocidade imposta pelo dia a dia, estamos em busca de quantidade e não qualidade? Muitas pessoas esperam um sinal divino, que as coisas caiam do céu, seja pela simples acomadação ou por esperar que tudo irá melhorar por si só. No geral, existe uma dificuldade em, após identificar uma necessidade, dar um próximo passo para resolver o problema. Um “culpado” bastante apontado nesses momentos é o tempo: “eu ainda não fiz isso porque não não tive tempo” é uma frase que provavelmente você já deve ter escutado algumas vezes (se você mesmo já não a repetiu). No entanto, o que muitas vezes se esquece é que nós mesmos somos os grandes responsáveis para realizações de nossos sonhos e aspirações - e que, com dedicação, trabalho árduo e planejamento, é possível realizar boa parte deles. Da mesma forma que empresários e empreendedores têm suas metas de vendas e lucros para seus negócios, é necessário estabelecer objetivos pessoais claros e alcançáveis. Se o gestor não possui uma vida pessoal organizada e estrategicamente pensada, dificilmente conseguirá comandar uma empresa ou sua própria carreira de maneira funcional. Primeiro Passo Para dar início a um planejamento estratégico pessoal, você deve, primeiramente, estar ciente da sua situação de vida. Esta capacidade de autoconhecimento e autoanálise lhe dará discernimento para diferenciar quais são os seus desejos e objetivos sinceros, separando-os daqueles que "foram passados ao longo da vida como 'ideais a serem alcançados'", afirma Heloisa Capelas, coach e especialista em Psicodinâmica Aplicada aos Negócios. Quando se faz planos, entretanto, é necessário pensar na vida como um todo. Para o educador Tom Coelho, não existe sucesso se não olharmos uma série de fatores que afetam vários comportamentos e momentos da nossa rotina, que ele caracteriza como "sete vidas" (veja o box)."Integrar, conciliar e harmonizar vários elementos da nossa vida pode significar o caminho mais curto para você encontrar o sucesso e a felicidade", afirma. Segundo os especialistas, entretanto, olhar e privilegiar apenas a principal dimensão de um objetivo é um dos maiores erros na hora de colocar em prática um plano de vida. Quando se mantém uma visão limitada da vida, perde-se o que acontece paralelamente e isso pode significar a perda de oportunidades que adicionariam novas perspectivas. "Os dois únicos fatos verdadeiros para qualquer pessoa são que você nasce um dia e vai morrer em algum outro dia. O que acontece entre essas duas datas depende de seu modo de vida", reflete Tom Coelho. Não adianta fazer planos na esfera financeira ou profissional e gastar toda sua energia na realização desse sonho para, no fim, estar exausto fisicamente e emocionalmente. Organização pessoal e profissional O administrador Douglas Duran, hoje aos 60 anos de idade, precisou organizar a vida desde cedo. Aos 7 anos, já trabalhava como engraxate, passando a vendedor de frutas na estação de trem e, depois, entregador. Seu passado em nada lembra a atual posição de vice-presidente de finanças do grupo editorial Abril e CEO da DGB, a holding de logística do grupo. A experiência o ensinou uma lição valiosa: é possível se projetar para o futuro, mas planejá-lo não é tarefa fácil. Duran conta que sempre foi organizado e para controlar as contas diárias comprou um caderno de anotações. "Abri várias colunas, do primeiro ao último dia do mês, onde anotava meus gastos reais e o balanço diário do que estava sobrando ou faltando para cumprir meus objetivos", comenta. Enquanto que, para Douglas, estruturar a vida pessoal foi o que ajudou em sua carreira, para José Rubens a necessidade surgiu através do seu próprio negócio. Quando abriu o "Guia-se Negócios" a ideia era ter um guia de anúncios para as cidades de cada um dos sócios, porém, a sociedade eventualmente desmoronou. O administrador, analisando os concorrentes, percebeu que as empresas do setor não contavam com uma organização adequada nas áreas de atendimento ao cliente e desenvolvimento de produtos e serviços. “Decidi que nosso compromisso principal deveria ser com os resultados do cliente”, relembra. Para conseguir alinhar seu posicionamento com as novas diretrizes da empresa, Rubens precisou reestruturar sua vida. "Eu penso o seguinte: eu preciso ser feliz, meus colaboradores precisam ser felizes, meus franqueados precisam ser felizes e os clientes e os usuários precisam também." Da sua experiência, ele ressalta que é preciso definir bem o que você quer para transmitir com facilidade e exatidão para o público. "Não adianta a sua missão de vida ser diferente ou se contrapor à missão da empresa. O planejamento só funciona se a cultura, missão, visão e valores estão bem alinhados, pessoal e profissionalmente", finaliza. Geração Y, Planejamento e Carreira Uma das dificuldades que os jovens esbarram na hora de se planejar é a falta de visão em longo prazo e o imediatismo pelos resultados exigido por eles mesmos. Duran culpa a formação da "geração Instagram", com sua"arrogância e falta de humildade", pelas frustrações que encontram pelo caminho, principalmente no profissional. "Eles não conseguem se sentir satisfeitos com o trabalho porque acham que são os melhores", critica. "Fazem parte de uma geração que sempre teve tudo nas mãos e não aprendeu a ter certas responsabilidades e a dar valor ao que tem. Eles não acham que precisam se esforçar para atingir o sucesso". As mudanças ocorridas no estilo de vida da população criaram, na visão de Duran, uma necessidade de planejamentos que sejam em curto prazo, de no máximo 12 meses. O especialista em finanças pessoais Maurício Galhardo compartilha da opinião e aconselha a sempre estipular prazos para suas metas, dessa forma, atribuindo o valor desse sonho na sua vida: o que é mais importante e precisa ser realizado primeiro? "Quando você coloca data, está mudando a situação de um sonho para um objetivo e a coisa começa a ficar mais palpável", explica. Por isso, todo planejamento, por mais que tenha um foco, deve ser flexível. Muitas vezes nos deparamos com situações que fogem ao nosso controle e que necessitam de tomadas de decisões que alteram o futuro. A partir do momento que você estabelece um objetivo a ser alcançado, não se deve fechar os olhos para as outras oportunidades que surgem no meio do caminho e que devem ser consideradas. Apanhado teórico Sabe aquela história contada por Sun Tzu de vencer a guerra antes da batalha? Ou melhor, de evitar a todo custo a própria batalha para vencer a guerra? Essa é uma das melhores imagens para se ter em mente quando o assunto é estratégia. "Não procures vencer teus inimigos à custa de combates e vitórias", recomenda. Quando um general domina todas as variáveis envolvidas no conflito, sua vitória é certa; quando deixa ao acaso, corre o risco de ficar à mercê do inimigo ou de simplesmente medir forças no campo de batalha. Faz sentido. Um conflito tem um custo alto para vitoriosos e derrotados, e a estratégia é a melhor maneira de encerrar o combate com a menor quantidade de baixas possível, o mais cedo que puder -- se possível, antes de começar. No mundo corporativo, pode-se calcular as baixas em tempo gasto, profissionais envolvidos, horas trabalhadas, refeições, salários, benefícios e -- o mais importante -- o timing do mercado. "Pior do que ter uma estratégia rasa é não ter estratégia", afirma o executivo e professor de Administração Carlos Alberto Júlio. Antes de pensar na estratégia, no entanto, é necessário entender o planejamento. Como essa palavra é mastigada ad infinitum nas salas de aula dos cursos de Administração, não é necessário um aprofundamento maior nestas páginas. Henry Mintzberg, autor de Ascensão e queda do planejamento estratégico destaca cinco formas de compreender o conceito: 1. Planejamento é pensar o futuro; 2. Planejamento é controlar o futuro; 3. Planejamento é tomada de decisão; 4. Planejamento é tomada de decisão integrada e, o mais importante; 5. Planejamento é um procedimento formal para produzir um resultado articulado na forma de um sistema integrado de decisões. "O que capta a ideia de planejamento acima de tudo é sua ênfase na formalização, a sistematização do fenômeno ao qual se pretende aplicar o planejamento", explica. A formalização, de acordo com Mintzberg, é a chave. Pode se referir a "decompor", "articular" mas, principalmente, "racionalizar" o processo. Significa, trocando em miúdos, pegar um papel, lápis e criar uma representação gráfica do que está estruturado em sua mente. "Acima de tudo, o planejamento é caracterizado pela natureza de decomposição da análise -- reduzindo situações e processos a suas partes". Planejar torna-se, portanto, uma ferramenta essencial para coordenar e mensurar a produtividade, racionalizar os processos e, sobretudo, antecipar o futuro. De modo básico, o planejamento se subdivide em estratégico, tático e operacional, conforme o tipo de decisão que se precisa tomar, segundo notação de Djalma Rebouças no livro Planejamento Estratégico. "De forma resumida, o planejamento estratégico relaciona-se com objetivos de longo prazo e com estratégias e ações para alcançá-los que afetam a empresa como um todo, enquanto o planejamento tático relaciona-se a objetivos de mais curto prazo e com estratégias e ações que, geralmente, afetam somente parte da empresa", relata. Apenas grandes empresas devem planejar e pensar estrategicamente seu futuro? A resposta é não. Segundo Júlio, pequenas empresas e até mesmo as pessoas em sua individualidade devem ter noções de estratégia sem precisar recorrer a teorias e métodos complexos. Assim, pode-se dizer que qualquer planejamento do “jogo da vida”, aquele jogado na vida real e com ações reais, é estratégico -- uma vez que uma pessoa é indivisível, não dá para determinar que seu cérebro coordene e planeje e que suas mãos façam o trabalho operacional. O sistema já é perfeito, não tem o que melhorar. Resta saber o que você quer, e como chegar lá. Como faz? Rebouças explica que, bem ou mal, cada empresa tem sua estratégia. E, bem ou mal, cada qual aplica de uma maneira que lhe parece melhor, independente se isso é feito de forma eficiente e eficaz. Porém, quando há uma forma -- um esquema definido e fielmente executado --, diferentes metodologias tendem a englobar os elementos fundamentais de uma estratégia bem consolidada. E isso vale para a vida pessoal. São quatro etapas no planejamento estratégico: diagnóstico estratégico, missão, instrumentos prescritivos e quantitativos e controle e avaliação. 1. Diagnóstico Parece frívolo, mas é determinante ter um objetivo que possa ser alcançado por etapas, "pois somente dessa forma se pode verificar a validade da metodologia apresentada". No diagnóstico, são definidos também a visão e os valores da empresa. Em um nível pessoal, pode-se considerar os valores como os princípios consolidados durante a criação e formação do indivíduo, e a visão como suas aspirações -- algo que requer uma boa dose de autoconhecimento. Ao final do planejamento você irá obter as seguintes informações: 1.1 SWOT
Forças -- Quais são os meus pontos fortes e como posso utilizá-los melhor; Fraquezas -- Quais são os meus pontos fracos e como torná-los irrelevantes ou adequá-los; Oportunidades -- Quais são as oportunidades que tenho e como aproveitá-las; Ameaças -- Quais são as ameaças que vou enfrentar e como evitá-las ou superá-las. 2. Missão Também requer autoconhecimento. Rebouças define a missão como o "motivo central da existência". Ou seja, o que você quer fazer, para quem você quer fazer e por quê. Os propósitos vão informar quais são os setores dentro da missão onde você vai atuar -- ou já atua. Depois são montados os cenários do futuro, com base nas informações coletadas até então e nas projeções. Com isso, você vai saber se posicionar estrategicamente diante do que você quer ou espera para o futuro. 3. Instrumentos 3.1. Objetivo: o que você pretende, afinal, atingir. Para esse destino é que devem ser direcionados os seus esforços; 3.2 Desafios: feitos que precisam ser conquistados, porém com um prazo, e quantificáveis; 3.3. Metas: passos, também quantificáveis, para se chegar aos desafios e objetivos; 3.4. Projetos: trabalhos que devem ser executados com resultados esperados, considerando os recursos e tempo que deverão ser gastos; 3.5. Planos de ação: reunião das partes comuns dos projetos, direcionadas ao objetivo. 4. Controle e avaliação "Por mais bela que seja a estratégia, esporadicamente você deve analisar os resultados", dizia Winston Churchill. E essa é a etapa a ser cumprida antes de reiniciar o ciclo. Você deve criar indicadores para avaliar o desempenho, o quanto você se desviou do objetivo, desafios, metas e projetos e, então, tomar uma atitude com as informações disponíveis. Por fim, esses resultados devem ser acrescentados ao planejamento estratégico, e o processo recomeça. Como diria Ford, ninguém constrói uma reputação com base no que pretende fazer. Portanto, mais vale uma execução malfeita do que a mais bela estratégia que nunca saiu do papel. O que se espera é a compreensão da estratégia, o direcionamento dos esforços rumo ao objetivo traçado e a construção de uma agenda com início e fim, destacando as prioridades. Assim, o “jogo da vida”, aquele jogado na vida real e com ações reais, pode ser muito mais tranquilo. E mesmo que não se termine no “espaço do milionário”, ainda sim, você terá tudo para sair como o vencedor.
Muitas metas atrapalham?
É preciso que se estabeleça uma quantidade de metas que você possa lidar sem pressão, para que não desista no meio do caminho. À medida que suas realizações vão acontecendo, pode-se incluir novos objetivos a serem perseguidos. Se um de seus objetivos é grande demais, foque apenas nele por um momento. Pense e estude todas as possibilidades e, sempre que possível, distrinche-o em pequenos (porém não muitos) outros marcos idealizadores. Ajuda na visualização se você escrever todos os sonhos em um papel em branco. "É importante ver que quando a pessoa escreve isso, você percebe o que não está fazendo. É muito comum encontrar pessoas que parecem saber o que querem, mas em momento nenhum pararam para pensar nisso", indica o especialista Maurício Galhardo.
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7 livros que você precisa ler em 2020!
Caro leitor e leitora, o artigo de hoje começa com uma pergunta. Você tem o hábito de ler?! Ah, e esqueça a leitura de blogs (ironicamente) e revistas.
Eu desejo saber quando foi a última vez que você leu um livro. Então, sem interrupções, pausas e olhadinhas no celular.
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Acredite, com o passar dos anos e a evolução da tecnologia, nós encontramos dezenas de maneiras para sempre procurar algo que apresente uma forma de diversão mais “instantânea”.
Afinal quem tem tempo para investir em uma boa leitura (mesmo que seja somente 30 minutos por dia)?!
Aliás, não temos tempo para mais nada. Estamos preocupados com as contas, o aluguel, ipva, a escola das crianças. Parece que, existe uma conspiração do universo contra você!
Surpreendentemente, se você contar as horas que passa em seu celular todos os dias, verá que será superior a uma hora e em alguns casos, pode ser maior do que três horas por dia.
Então eu lhe pergunto novamente, você realmente não tem tempo para ler ou somente procrastinando o que deve ser feito?
Ah, claro, você pode dizer que não tem dinheiro. Vejamos, se você é um brasileiro médio e está acessando esse blog, eu já posso definir dois parâmetros.
Primeiramente, você tem um computador com acesso a internet! E principalmente, é alfabetizado (até onde eu sei) e se chegou até esse artigo foi por uma busca direta (google), veio de outros artigos do site ou estava buscando planilhas para ajudar na gestão da sua empresa.
Bom, independente do motivo, você tem condições para comprar um livro!
Entretanto, assim como a maioria das pessoas, você “investe” em um carro melhor, roupas mais caras, entretenimento (netflix, spotify, amazon e derivados) e talvez em um celular que tenha o potencial lançar 100 foguetes à lua, mas é usado somente para o “zap e alguns joguinhos”
O fato é que, um simples almoço em SP, tende a ser muito mais caro que a maioria dos livros! Mas então, porque boa parte da população brasileira não tem o hábito de ler?
Pegar um livro (seja físico ou digital) e se comprometer a leitura é algo muito complicado, principalmente hoje onde tudo é rápido, prático e moderno!
Bom, dito isso, neste artigo eu vou te indicar sete livros para serem lidos ao longo de 2020. Isso mesmo, apenas 7 livros.
PS: Ah, e antes que você me pergunte, os livros não são tão longos! Se você investir 30 minutos por dia de leitura é bem provável que você termine cada livro em uma semana ou menos!
PS²: Alguns desses livros podem ser encontrados por menos de R$ 15,00 em algumas livrarias (isso em sua versão física). Também vale ficar de olho em algumas promoções da Amazon (sempre aparece coisa boa).
PS³: Ok, é meu último adendo. Os livros dessa lista não são somente sobre empreendedorismo e vice versa. Os títulos aqui são importantes para um CLT, PJ e autônomo.
Independente do seu ramo de atuação e objetivo, todos os livros citados aqui merecem um lugar na sua prateleira.
Onze minutos (Paulo coelho)
Um dos escritores que mais vendeu livros em todo mundo, dono de um carisma inegável e um talento nato. Paulo Coelho não precisa nem de apresentações.
Em onze minutos ele entrega uma história que lembra muito alguns dos best sellers de hoje em dia (principalmente se você é fã de romance), com algumas diferenças na linguagem, entrega narrativa e personificação dos personagens.
Nunca caricato e sempre pé no chão, onze minutos é um livro que todos devem ler, principalmente se você não é fã do gênero.
“A vida é muito curta-ou longa demais para que eu possa me dar o luxo de vivê-la tão mal”
A arte da guerra (Sun Tzu)
Simples, eficaz e direto. Talvez uma leitura obrigatória para qualquer ser humano. Sun Tzu apresenta alguns conceitos que são usados até hoje nas “guerras” atuais e em algumas situações.
O livro não reinventa a roda mas entrega o que promete e deve ser relido de tempos em tempos, principalmente se você se encontra em alguma “sinuca de bico”
A arte da guerra ensina como travar e vencer batalhas, agora cabe a você ser o general da sua própria vida (clichê demais?).
“A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar”
De zero a um (Peter thiel)
Tecnologia, pioneirismo, inovação e muito teste. De zero a um é uma trajetória, ou melhor dizendo, um handbook sobre alguma das empresas mais bem sucedidas do mundo.
Embora seu foco seja no empreendedorismo, o mesmo é quase que um manual sobre a tecnologia. De zero a um é sobre pessoas, efetividade, ação e muitos números.
Afinal, o livro é uma boa história contada por ninguém menos que o cofundador do Paypal.
“Cada momento nos negócios ocorre uma vez só”
A marca da vitória (Phil Knight)
Talvez uma das melhores biografias dos últimos tempos. Sem inventar moda, marca da vitória conta a história de Phil Knight (fundador da Nike).
Surpreendentemente, a marca da vitória é ma história real, clara e que conecta com o leitor. O título mostra como a Nike passou de uma empresa que nunca dava lucro para a grande marca que é hoje.
Contudo, depois de trancos e barrancos (olha, e foram muitos mesmo) Phil mostra o porquê chegou onde está. Sem técnicas prontas, sem fórmula mágica.
“Aqueles que pregam que os empresários nunca devem desistir são uns charlatões. Às vezes você precisa desistir. Às vezes, saber quando desistir, quando tentar outra coisa, é genial. Desistir não significa parar. Nunca pare. A sorte desempenha um grande papel. Sim, gostaria de reconhecer publicamente o poder da sorte. Os atletas têm sorte, os poetas têm sorte, as empresas têm sorte. O trabalho duro é fundamental, uma boa equipe é essencial, o cérebro e a determinação são inestimáveis, mas a sorte pode definir o resultado”.
Os segredos da mente milionária (T. Harv Eker)
Talvez o título mais conhecido por empresários e empreendedores dessa lista. Seu marketing foi tão forte que hoje é vendido com um clichê.
Entretanto, o material não perde a sua qualidade. Se você tem problemas financeiros, principalmente se você é um gastador profissional ou se não consegue guardar um único centavo, eu recomendo que você comece por esse livro.
Salvo que os segredos da mente milionária é mais sobre a sua riqueza interna do que o quanto você tem no banco.
“A maioria das pessoas simplesmente não tem capacidade interna para conquistar e conservar grandes quantidades de dinheiro e para enfrentar os desafios que a fortuna e o sucesso trazem. É sobretudo por causa disso que não enriquecem”.
Confissões de um publicitário (David Ogilvy)
Um manual de vendas e publicidade escrito por um dos maiores publicitários de todos os tempos.
Considerado um dos pais da publicidade moderna, Ogilvy mostra como ser relevante com seus clientes e pessoas a sua volta.
Um título pouco conhecido no Brasil mas que vale para profissionais de várias áreas. Se você deseja aprender a como se conectar com o seu cliente, como ampliar a sua comunicação e vender mais, esse livro é pra você.
Negociação, persuasão e publicidade.
“Não quero que você diga que meu anúncio foi criativo. Quero que o ache tão interessante e compre o produto”.
Steve jobs (Walter isaacson)
Vamos encerrar essa lista com uma biografia das maiores mentes do empreendedorismo das últimas décadas.
Primordialmente Jobs foi mimado, chato, egoísta, egocêntrico e por mais de uma vez visto como uma das piores pessoas para se conviver do mundo, mas, mesmo assim construiu uma das maiores empresas do planeta.
Entenda como funcionava a mente de Jobs. Desde seus chiliques até suas ideias mais inovadoras. Entenda como ele criou um legado, como ele criou a Apple.
Um legado que nunca será esquecido. Inegavelmente um gênio que era extremamente hippie. Talvez uma criança em um adulto. Um monstro mudou a história dos celulares e computadores para sempre.
“Seu tempo é limitado, então não o desperdice vivendo a vida de outra pessoa”.
Bom e agora?!
Eu vejo que você tem duas opções. Continuar sendo a mesma pessoa, dando as mesmas desculpas e vivendo a mesma vida que você tem hoje.
Entretanto, você tem outra opção. Siga por outro caminho. Mude seus hábitos. Comece 2020 de outra forma.
Aliás, você não vai se transformar no apaixonado por livros em 2 meses. Não pense que você irá comprar o primeiro livro e um desejo de ler irá nascer em você.
Eventualmente o mais é importante dar o primeiro passo.
Os livros são mais do que uma história. Eles são o resultado final de uma experiência. Um sonho, medo, uma paixão que será contada a todo mundo.
Com ele você pode acompanhar e entender como e porque algumas das maiores mentes do mundo foram tão especiais.
Os livros são experiências que podem mudar a sua vida!
https://excelcoaching.com.br/livros-para-2020/
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Blog - Instituto de Cinema - 18 filmes dirigidos por mulheres que você não pode deixar de ver
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Mais do que pontual, o machismo é um fenômeno estrutural e que acomete os diversos âmbitos humanos. Com a arte não seria diferente! No total, mulheres representaram apenas 8% dos diretores dos 250 filmes de maior bilheteria nos Estados Unidos, em 2018,  e no Brasil, apenas 16% dos 160 filmes brasileiros lançados nos cinemas em 2017 foram dirigidos exclusivamente por mulheres, apontou estudo da Agência Nacional do Cinema (Ancine).
Fato é: o machismo restringe (e muito!) as oportunidades de mulheres estarem presentes atrás das câmeras e impede que diretorAs explorem o vasto potencial criativo que resultariam em grandes produções na telinha.
Por esse motivo, muitas vezes nem conhecemos ou entramos em contato com grandes nomes femininos que estão a frente de produções brilhantes, clássicas e contemporâneas do cinema brasileiro e internacional!
Pensando em cada vez mais quebrar esse ciclo constante no Cinema e desconstruir o machismo no meio, o Instituto de Cinema, em parceria com o site Mulher no Cinema, que celebra o trabalho de mulheres na tela, e o portal Cinemascope, oferece o curso Mulheres no Cinema: 12 encontros.
As aulas serão ministradas pela criadora e moderadora do “Mulheres no Cinema”, Luisa Pécora, formada em Jornalismo, foi editora do catálogo da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e colaborou para publicações como Playboy, Filme B,FilmMaker, Getúlio e Diálogos&Debates, entre outras, e que integra o Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
Juntamente com Pécora, o curso também será ministrado pela fundadora e editora-chefe do Cinemascope, além de jornalista, professora, palestrante e filmmaker paulistana, Joyce Pais.
O conteúdo será dividido em três módulos: “Cineastas pioneiras”, “Vanguarda e resistência” e “Cinema contemporâneo”, oferecendo um panorama introdutório do cinema realizado por mulheres no Brasil e no mundo. Com início em 02 de abril, ele acontece na sede do Instituto de Cinema, localizado no bairro de Pinheiros, em São Paulo.
Para mais informações acesse aqui
Que tal aquecer para o início do curso? Confira uma lista de 18 filmes maravilhosos e para todos os gostos, dirigidos por mulheres!
Lady Bird: A Hora de Voar
Tudo para ser um filme clichê sobre colégio e a passagem da adolescência para a vida adulta, “Lady Bird” (2017), dirigido por Greta Gerwig, surpreende pelas imagens bonitas e ao explorar com eloquência a relação entre mãe e filha.
Com 4 indicações ao Oscar, o longa conta a história de uma adolescente que passa pelos comuns traumas que todos passamos na adolescência: o primeiro namorado, crises na amizade, a necessidade de se sentir diferente do coletivo e ao mesmo tempo como é difícil se sentir a parte.
O filme fica ainda mais rico com as características autobiográficas da diretora em pequenos detalhes, como com a sua cidade de nascimento que é a mesma que da protagonista, Sacramento.  “Lady Bird” por muitas vezes representa nós mesmos na época da adolescência! O longa ganha pontos por, além de ser dirigido por uma mulher, explorar bastante questões relacionadas a maternidade.
Cleo das 5 a 7
Na maioria das vezes deixada de lado quando o papo é sobre a Nouvelle Vague, Agnès Varda dirigiu verdadeiras obras de arte! Dentre elas, temos “Cleo das 5 às 7” (1961) que mostra em suas duas horas de duração, as angústias de Cleo, que aguarda o resultado de um exame que dirá se ela tem câncer ou não.
O longa deixa claro ser feito por uma mulher, principalmente devido a época que foi feito, quando Varda explora a energia sexual de Cleo e transparece os primeiros momentos em que a protagonista fica sem rumo e decide o que fazer com o que lhe sobra de vida, com a iminência da doença.
O belo filme retrata como em duas horas, Cleo passa a dar mais atenção aos pequenos momentos e detalhes do cotidiano, por muitas vezes esquecidos.  
Que horas ela volta?
Escrito e dirigido por Anna Muylaert, o filme “Que Horas Ela Volta?” (2015) é um filme provocador e que retrata muito bem o ciclo que ainda se perpetua entre empregados e empregadas e seus patrões. Ambientado na casa de um família de classe média alta no bairro do Morumbi, em São Paulo, o filme de Muylaert retrata o cotidiano de Val, pernambucana que veio para a capital paulistana em busca de melhores condições de vida para sua família.
Lotado de estereótipos quanto a família, o filme toca em diversos pontos que mostram como é o tratamento de Val, que representa todas as empregadas brasileiras. O longa tem cenas marcantes e mostra um trabalho primoroso da Regina Casé.
Raw
“Raw” (2016) chamou a atenção no ano de lançamento quando no Festival de Toronto pessoas desmaiaram após ver o filme que aborda o canibalismo. A diretora e escritora do longa é Julia Ducournau e se trata de uma produção franco-belga!
Muito além do canibalismo em si, “Raw” trata também de violência psicológica ao contar a trama de Justine, uma jovem de 18 anos que acabou de entrar na faculdade de veterinária e é vegetariana. O processo dissociativo da protagonista começa quando em um trote violento e extremamente invasivo da faculdade, os veteranos a forçam a comer carne crua, o fígado de um coelho.
A partir daí Justine começa a tomar atitudes extremamente diferentes do estilo de vida que levava antes, contribuindo para a narrativa relativamente absurda da trama. Uma obra prima!
As Sufragistas
Esse filme franco-britânico é de 2015 e, basicamente, retrata o início dos movimentos feministas em prol, principalmente, da igualdade no voto, mas também na igualdade das condições de trabalho e de representatividade. O filme conta com duas mulheres na sua direção e roteirização: Sarah Gavron e Abi Morgan, respectivamente.
A personagem principal é a lavadeira Maud Watts que leva uma vida pacata na Inglaterra até ser chamada para uma reunião das sufragistas que, após serem ignoradas por tempos, passaram a realizar ações mais ativas, organizando passeatas que são reprimidas pela polícia.
“As Sufragistas” cumpre com a questão histórica e reativa discussões feministas que até hoje estão em pauta, não a questão do sufrágio em si mas da igualdade de gênero.
Bicho de Sete Cabeças
Eleito um dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema, “Bicho de Sete Cabeças” (2000) é dirigido pela paulistana Laís Bodanzky.
Baseado na autobiográfico Austregésilo Carrano Bueno, Canto dos Malditos, o longa conta a história de Neto, que foi internado num hospital psiquiátrico/manicômio depois do seu pai encontrar maconha nos seus pertences. Além de mostrar as mazelas da relação entre pai e filho, o filme foca em contar os abusos e violências sofridos nesses hospitais através das situações que o protagonista é exposto.
Mais do que qualquer outra coisa, o filme de Bodanzky é uma denúncia que surtiu efeitos na época, culminando na sanção da lei que proíbe esse tipo de institutição no Brasil.
Mulher Maravilha
Baseado na personagem homônima da DC Comics, “Mulher Maravilha” (2017) demorou para sair do papel e foi dirigido pela americana Patty Jenkins. Desde Elektra, em 2004, foi a primeira vez que reavemos uma heroinA-solo nas telinhas, mas talvez seja a primeira vez que vemos algo do tipo e com essa dimensão.
Ambientado na Primeira Guerra Mundial, o filme conta a história de Diana, uma semideusa (que ainda não sabe disso) amazona, que vive em uma ilha com outras amazonas, inclusive sua mãe. De uma forma inesperada ela conhece Steve, um espião britânico que parte numa missão com Diana, e algumas outras figuras para tentar impedir os desastres da guerra.
Com cenas de ação, muitos efeitos, mitologia, fantasia, romance, a história aborda ainda o desejo puro pelo bem da sociedade refletido em Diana. É um filme feito por uma mulher e que aborda, essencialmente, o genuíno heroísmo feminino.
O Babadook
“O Babadook” (2014) é um filme de terror que não se utiliza de ferramentas como o sangue ou sustos para causar horror, mas sim angústia com as cenas sufocantes. Dirigido por Jennifer Kent, o filme conta a história de Amelia, uma mãe traumatizada pela morte do marido, e seu filho, Samuel.
Os dois começam a ser aterrorizados pelo pesadelo de Sam, o Babadook que, inclusive, não é retratado com os costumeiros efeitos cinematográficos atuais que procuram trazer as imagens para o mais próximo do real. O monstro em si é bem simples, demonstrando que o foco não é a imagem em si, mas o que ela representa.
É aí que a questão subjetiva entra em pauta: o longa, essencialmente, se trata da depressão pós-parto, tão mal entendida pela nossa sociedade atual machista e que ainda não compreende doenças psicológicas.
Era o Hotel Cambridge
Participando da escrita do roteiro e também dirigindo, temos a importante cinegrafista brasileira Eliane Caffé! O longa conta o dia a dia dos moradores de um prédio ocupado no centro de São Paulo. A mistura de culturas se intensifica quando os moradores têm que conviver com refugiados.
Um ponto interessante e que descola o filme do comum é a mistura de realidade e ficção: o filme é resultado da parceria entre Frente de Luta por Moradia (FLM), do Grupo Refugiados e Imigrantes Sem Teto (GRIST) e da Escola da Cidade, além de fazer parte do elenco pessoas que, de fato, moram na ocupação.
O filme de Caffé é um grande exemplo de como o cinema brasileiro pode servir para defesa de uma causa.
Encontros e Desencontros
Sofia Coppola, que já tinha se consagrado com o longa “As Virgens Suicídas” (2000), chamou atenção e encantou mais uma vez dirigindo “Encontros e Desencontros” (2003). O longa foi todo gravado em Tóquio, mas mais do que uma estética marcante ou fotografia marcantes, o filme mostra a essência do cinema: uma boa história, sendo contada por uma boa cineasta e estrelada por bons atores: Bill Murray e Scarlett Johansson.
Ele é um ator que foi famoso nos anos 70 e ela está acompanhando o marido, fotógrafo de celebridades, e que se conectaram pela insônia na intensa cidade de Tóquio, com seus leds coloridos. Coppola consegue mostrar com essa narrativa simples, as cisuras identitárias que os tempos atuais causam no ser humano. Tudo isso pontuado por uma bela trilha sonora.
Guerra ao Terror
Vencedor do Oscar de Melhor Filme, “Guerra ao Terror” (2008) também rendeu o Oscar de Melhor Diretor para Kathryn Bigelow, que conseguiu renovar a forma que guerras são retratadas nos cinemas.
O longa aborda a Guerra do Iraque na perspectiva do exercito, mostrando como os motivos de todos estarem ali eram muito mais por ser uma questão presente na realidade de toda a população ao longo dos anos do que por concordarem ou até mesmo saberem porque aquela guerra estava acontecendo.
Deixando de lado a visão épica e dando lugar a visão humana, Bigelow explora as questões psíquicas que envolvem aqueles que põe “a mão na massa” em uma guerra e como eles entendem a situação em que estão.
Zama
“Zama” (2017) nasceu do encantamento da diretora argentina Lucrecia Martel com a obra de Antonio di Benedetto, publicado em 1956. O longa é ambientado numa América Latina dominada pelo colonialismo no século 17, com seus contrastes entre o que era considerado “civilizado” e “selvagem”.
O protagonista da trama é Dom Diego de Zama, que enfrenta questões profundamente existencialistas que em um primeiro momento parecem alheias ao período em si, ao ficar isolado e preso no ciclo do sistema burocrático da época, se sentindo subestimado nas categorias que ocupa e na possível estadia na capital argentina, Buenos Aires.
Cada cena do longa é um combate de Martel a imagem européia do conquistador como herói na América Latina. O diferencial da cineasta se mostra no caráter sobrenatural e de delírio nas imagens, pensamentos, diálogos e até som. O filme tem um final marcante!
A Hora da Estrela
Baseado na famosa obra de mesmo nome, da autora Clarice Lispector, “A Hora da Estrela” (1985) é um filme dirigido por Suzana Amaral, que pôs em imagens a narrativa de Lispector, contando a história de Macabéa, uma nordestina que foi para São Paulo em busca de uma nova vida.
O filme consegue cumprir com louvor o importante papel de representar, através da sétima arte, essa bela história, realizando um intenso estudo de personagens que dá outra dimensão para a obra.
Trabalhando como datilógrafa em um pequeno escritório, Macabéa tem como sua principal característica a ingenuidade, pureza e baixa auto estima, muito bem representadas pela atriz Marcélia Cartaxo. A trama se desenrola contando a história da protagonista, sua paixonite, também migrante, Olímpico, sua amiga Glória e as mudanças em suas vidas depois de ir na cartomante Madame Carlota.
O filme é sinalizado pela Associação Brasileira dos Críticos de Cinema como um dos 100 melhores da história de nossa cinematografia, além de ser escolhido como o melhor filme pela crítica no Festival de Berlim, recebendo também o prêmio de  Melhor Atriz, pela atuação de Cartaxo.
Amor Maldito
O longa não só foi um marco na história do cinema nacional, como também um marco na luta contra o preconceito racial, o machismo e a homofobia. Adélia Sampaio foi a primeira mulher negra a dirigir um filme no Brasil, além de escolher uma temática extremamente disruptiva e afrontosa para a época: o relacionamento homossexual entre duas mulheres.
“Amor Maldito” (1984) retrata o relacionamento dessas duas mulheres que, diariamente, tem que lidar e combater o preconceito não só da sociedade como das duas famílias também, culminado por um suicídio.
Apesar de já fazerem anos desde o seu lançamento, o filme mantém sua importância não só pela representatividade, como também por, até os dias atuais, o tema ser recorrente.
Tomboy
Escrito e dirigido pela francesa Céline Sciamma e lançado em 2012, “Tomboy”, como a expressão contemporânea que dá nome ao filme já indica, conta a história de um menino que tem características e comportamentos que a sociedade estabelece como masculinas.
Na história, Laurie, uma garota de 10 anos, se muda com os pais e a irmã mais nova para uma casa nova. A garota se apresenta para as outras crianças da vizinhaça como Mickael, se socializando como um garoto. Com sua crescente amizade com uma das garotas, chamada Lisa, a menina passa por uma crise de identidade.
O filme aborda assuntos que são importantíssimos e ainda mal compreendidos na nossa sociedade: as diferenças entre sexualidade e comportamento e o que é ser transgênero. Além disso, fica claro como desde a infância, os padrões do que é “de menino” e “de menina” já são implementados e geram futuras violências.
Inspire, Expire
Filme recente, “Inspire, Expire” é dirigido e escrito pela islandesa Ísold Uggadóttir e foi lançado em Festival Sundance de Cinema em janeiro do ano passado e é um longa original da Netflix. O enredo trata de um tema extremamente atual: a crise de refugiados e, num espectro mais amplo, a desigualdade social.
O longa conta a vida de Lara, islandesa, mãe solteira e com extensos problemas financeiros que estão causando grandes apertos e prejudicando sua vida de forma muito preocupante. A situação chega ao apíce quando ela precisa morar, junto com seu filho pequeno, em seu carro.
Tudo parece melhorar quando ela arruma um emprego na capital, na alfândega do aeroporto. É aí que as duas mulheres que, aparentemente não têm nada em comum, se encontram a primeira vez, já que Lara descobre o passaporte falso de Adja, uma refugiada de Guiné-Bissau, que tenta ir para o Canadá para se reencontrar com  filha que conseguiu chegar até o destino final.
Essencialmente o que liga as duas mulheres é sua dedicação aos filhos e o descaso da sociedade para com elas.
Cafernaum
Filme árabe-libanês, “Cafernaum” (2018) foi dirigido pela libanesa Nadine Labaki! Indicado ao prêmio Palma de Ouro e no Festival de Cannes, o longa foi ovacionado por 15 minutos na premiação francesa.
Traduzido como “Caos”, o longa tem como personagem principal Zain, interpretado por Zain Al Rafeea que atua através de sua própria história: um menino de 12 anos, refugiado de Beirute. Imagens aéreas da cidade, evidenciam a destruição e o caos instaurado, em que, crianças como Zain, perderam a muito tempo sua ingenuidade.
A narrativa se desenrola através dos acontecimentos na vida do menino, que passar por poucas e boas depois de fugir de casa, ficar sob custódia por um esfaqueamento e depois processar seus pais por ter nascido.
Garota Sombria Caminha pela Noite
O longa “Garota Sombria Caminha pela Noite” (2015) foi dirigido e roteirizado pela cineasta americo-iraniana Ana Lily Amirpour. Um detalhe no mínimo instigante na obra é o fato de ter sido gravado em apenas 24 horas, por imigrantes iranianos. Além disso o filme é inteiro em preto e branco e que faz uso de criaturas pós-modernas: os vampiros.
O enredo se passa na cidade fictícia “Bad City”, ou Cidade do Mal em português,  que já alerta sobre o caos da cidade, lotada de traficantes e prostitutas. No mais, é importante ressaltar o elemento essencial do filme: os sentidos, já que nada na narrativa é linear ou fortemente ligado aos quesitos espaço-temporais.
O filme tem um forte cunho feminista, já que conta a história do ponto da garota, uma vampira que vaga pela cidade a noite, com uma capa preta, a procura de alimento: homens que desrespeitam mulheres. Em meio a essa temática melancólica, Amirpour ainda acha espaço para uma história de amor.  
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