Tumgik
#empresariado bandido
Link
Quantos já falaram isso...agora vai né ?? Aprenda a reconhecer empresas fascistas. É fácil.
3 notes · View notes
noticiaspace · 6 years
Text
“Liberais” limpinhos e “Conservadores” sem paciência vão acabar elegendo o chavista Ciro Gomes
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Leandro Ruschel
Está havendo uma confusão absurda na avaliação da greve dos caminhoneiros e suas consequências, talvez pela multiplicidades das condições que permitiram o seu alcance e também dos objetivos em jogo. Está sendo confundida a discordância dos meios e objetivos com a discordância dos resultados finais.
Há dois pressupostos básicos dessa discussão:
1.                Ser contra qualquer tipo de mudança de estrutura política do país através de uma ruptura.
2.                Acreditar que há um ponto de degeneração das instituições onde apenas uma ruptura pode restabelecer a ordem.
Aqueles que lutam para aprofundar o regime de escravidão brasileiro atual contam com a passividade dos crentes nas “instituições”, representadas pelo Executivo controlado por um presidente que foi eleito com dinheiro de propina, um Congresso formado por 2/3 de corruptos segundo a Lava Jato e um Judiciário cujas altas cortes servem mais para proteger os bandidos dos outros poderes do que cumprir o seu papel, transformando-se em parte do esquema corrupto.
Pior ainda, há quem não perceba o nível de degeneração que alcançamos em relação à segurança pública, destruída pela lógica do bandido como vítima da sociedade, produzindo a liderança mundial do Brasil em homicídios e outros tipos de violência. Só isso já deveria ser motivo para uma revolução.
Resumindo, se você acredita na força das nossas “instituições”, você é parte do problema, não da solução.
Caso você acredite na necessidade da ruptura, algumas possibilidades se apresentam, especialmente em relação à sua necessidade imediata e o meio a se atingir tal resultado. Em outras palavras, qual é o limite tolerável para buscar algum tipo de intervenção militar, por exemplo, que no passado já impediu o Brasil de virar provavelmente uma espécie de Cubão.
O próprio Thomas Jefferson apresenta esse ponto na Carta de Independência dos EUA:
“Na realidade, a prudência recomenda que não se mudem os governos instituídos há muito tempo por motivos leves e passageiros; e, assim sendo, toda experiência tem mostrado que os homens estão mais dispostos a sofrer, enquanto os males são suportáveis, do que a se desagravar, abolindo as formas a que se acostumaram. Mas quando uma longa série de abusos e usurpações, perseguindo invariavelmente o mesmo objeto, indica o desígnio de reduzi-los ao despotismo absoluto, assistem-lhes o direito, bem como o dever, de abolir tais governos e instituir novos guardiães para sua futura segurança.”
Qual é o limite da tolerância? Lula livre através de conchavos da nossa “suprema corte”? Lula candidato? Fraude eleitoral? Lula presidente?
Não podemos esquecer que a esquerda busca uma ruptura desde sempre no Brasil. Tentaram golpes militares, guerrilhas e alcançaram o sucesso através do uso dos próprios instrumentos democráticos para destruir a democracia. Perceberam que uma ruptura de longo prazo seria mais efetiva. Primeiro tomaram os meios culturais, depois as universidades, em seguida a imprensa e posteriormente a própria estrutura do Estado, seguindo a estratégia gramsciana. O objetivo sempre foi o mesmo: a instalação de um regime socialista totalitário. Talvez tenham buscado uma ruptura gradual porque não tiveram acesso aos instrumentos necessários para a imposição da sua ditadura à força, como ocorreu na Venezuela, e mesmo lá depois de um longo processo de destruição das instituições. Alguém duvida que se a esquerda tivesse os militares nas mãos teria declarado Estado de Exceção durante o processo de Impeachment? Até uma tentativa nesse sentido houve. Ou seja, quando falamos em ruptura, o termo correto seria uma anti-ruptura, visto que em processo de ruptura já estamos há anos.
De qualquer forma, resumindo a questão, caso você aceite que uma mudança radical do sistema é necessária, há dois caminhos que parecem ser viáveis no momento:
1.                O uso do processo eleitoral para eleger um presidente disruptivo, junto com o maior número de deputados, senadores e governadores que o apoiem.
2.                Uma Intervenção Militar que destrua a ordem politica vigente e reconstrua uma nova ordem.
A primeira hipótese enfrenta uma série de desafios. O sistema político brasileiro é estruturado justamente para evitar renovações. O voto proporcional com quociente eleitoral e a nova verba pública de campanha garante que os velhos caciques corruptos dos maiores partidos continuem mandando no jogo. Além disso, o sistema de votação eletrônica não auditável representa uma fraude em si. O fato do TSE descumprir a lei para não implementar o voto impresso sugere que não há interesse por parte da Justiça de deixar o processo auditável, o que impede que haja confiança no sistema. Além disso, a justiça deixou claro que não quer ver um candidato anti-establishment chegar ao poder, ao perseguir o candidato Jair Bolsonaro com processos questionáveis, como na acusação ridícula de apologia ao estupro, entre outras. Além disso, a grande imprensa, amplamente dominada pela esquerda, atuará fortemente contra qualquer candidato conservador.
Mesmo assim, há considerável apoio da população a candidatos conservadores, o que pode dificultar o trabalho de contenção do establishment.
Uma eventual intervenção militar enfrenta uma série de obstáculos. Em 64, havia uma união entre empresariado, sociedade civil, imprensa e até mesmo a maior parte da classe política na defesa de uma intervenção. Hoje há a defesa de parte significativa da população, apesar do crescimento do apoio, a tese ainda não representa uma maioria. Os próprios militares parecem não ter interesse nesse caminho, através das declarações dos seus comandantes. O caminho eleitoral parece ser o almejado por eles, pois terão mais de 70 candidatos nessas eleições, além do próprio Bolsonaro, um militar da reserva.
Além disso, há sérios riscos num eventual golpe militar. O primeiro deles é a possibilidade de uma guerra civil, caso nem todos os comandantes e comandados concordem com a medida. O risco disso no Brasil seria baixo, apesar de maior do que em 64. Há a possibilidade de um golpe não conseguir derrubar o governo, como aconteceu na Turquia, com o efeito oposto ocorrendo: o governo ganhou força para ele mesmo dar um auto-golpe, aprofundado o seu poder e virando de fato uma ditadura. Isso ocorreu também na Venezuela. Um golpe fracassado contra Chávez acabou dando maior legitimidade para o tiranete consolidar o seu regime totalitário. Sempre há também a possibilidade dos próprios golpistas seguirem um caminho totalitário ao invés de refundar o país e reconduzi-lo ao caminho democrático.
Qualquer que seja a alternativa, há a necessidade de lideranças honestas e preparadas com as quais o povo se identifica, com uma pauta muita clara de mudanças necessárias e como implementá-las. Infelizmente, não parece ser o caso. Observamos, especialmente nas últimas duas décadas, uma verdadeira hegemonia socialista no meio político e em outras esferas de poder, criando uma completa falta de representação dos valores conservadores da sociedade brasileira no poder. Houve um aparente renascimento da direita no país a partir de 2013, mas ainda muito desorganizada e dividida.
Dentro desse contexto é que surge a paralisação dos caminhoneiros, que produziu um verdadeiro colapso de abastecimento e colocou o governo de joelhos em poucos dias porque canalizou toda a revolta da população com um regime que a escraviza. O caminhoneiro que não consegue pagar as contas mesmo trabalhando feito um burro de carga representa quase todo empreendedor brasileiro.
Alguns viram nos caminhoneiros um instrumento para provocar a tão sonhada ruptura, através da instituição do caos. Outros, com a mentalidade socialista de sempre, buscaram a “justiça social” através da ação governamental, com a oferta de subsídios, tabelamentos e reservas de mercado, alimentando exatamente o monstro que os escraviza. Aproveitadores de sempre, entre pelegos e empresários cartoriais, como definia Roberto Campos, se aproveitaram da situação para conseguir as suas vantagens. Estes foram os grandes ganhadores.
Realmente, a chance de sucesso da “estratégia” de produzir o caos para forçar a ruptura, sem lideranças e agenda clara, eram muito pequenas, quase nulas, além de questionável do ponto de vista moral. Agora, é simplesmente errado querer ridicularizar ou mesmo atribuir a culpa pelo desfecho do episódio aqueles que defendem algum tipo de ruptura e viram na paralisação uma forma de protesto, não pelo preço da gasolina, mas pela opressão e colapso de um sistema corrupto.
Creio que nessa altura do campeonato, há poucos meses das eleições e com um candidato representando essa ruptura liderando as pesquisas, não vale a pena buscar algum tipo de intervenção, mas posso estar errado. Vejo legitimidade em quem protesta de forma não violenta por qualquer meio, até porque sabemos que uma revolução ocorre em fases. A indignação popular que está aí não acabará com o fim da paralisação. Quem conseguir canalizar da maneira correta tal sentimento ganhará as próximas eleições ou chegará ao poder de alguma forma. A baixa capacidade do povo brasileiro em compreender a realidade e seu imaginário socialista, desenvolvido através de décadas de lavagem cerebral esquerdista nas escolas, nas universidades, na cultura e na imprensa deixam o processo de mudança positiva quase impossível, mas essa é a situação que se apresenta.
Portanto, mais importante do que nunca é apresentar ao povo tal realidade, através do debate honesto e da apresentação da situação, o que infelizmente não ocorre. O debate é substituído por defesa cega de uma intervenção milagrosa por qualquer meio, usualmente entre conservadores, ou da crença cega na “nossa democracia” e de reformas econômicas “sensatas” como a solução para os nossos problemas, entre os liberais.
Para alguns “liberais”, Ciro Gomes já começa a parecer sensato e para alguns “conservadores”, Bolsonaro se transformou num traidor ao pedir que vias não fossem fechadas e o fim da greve. Ou seja, a esquerda agradece.
Leandro Ruschel é especialista em investimentos. Originalmente publicado em Médium.com em 2 de junho de 2018.
0 notes
reaconaria · 6 years
Text
2017 e o limite de fadiga do povo brasileiro
O ano de 2017 acaba marcado pelo fato das forças estabelecidas levarem ao extremo suas capacidades de auto-preservação e cinismo. Se o ápice parecia ser a farsa do julgamento da chapa presidencial petista de 2014 – em que Gilmar Mendes inocentou o PT para preservar o mandato de Temer – isto foi superado pelos atos no encerramento do ano. Ainda não está muito claro para ninguém quais serão os efeitos políticos das mais recentes movimentações em que se destacam novas ações “ousadas” em que um ministro do STF, empresário e interlocutor de Temer soltou presos provisórios, atacou a Lava Jato, praticamente proibiu as conduções coercitivas, enviou uma PEC com urgência para mudar o sistema político nacional e prepara terreno para a marmelada das favas contadas que reverterá a possibilidade de prisão após decisão em segunda instância. Mais gritante ainda foi o super indulto dado pelo Presidente “Constitucionalista” Michel Temer, beneficiando de forma nítida os criminosos do sistema político – ação tão absurda que foi revertida por Carmem Lúcia, após pedido de Raquel Dodge.
A aposta do grupo que conta hoje com Temer, a parte mais decrépita do PSDB, empresariado e boa parte do STF é que uma mínima recuperação econômica seja garantida até o período das eleições, facilitando a vitória de algum candidato meia-boca (Doria? Huck? Alckmin?), mas comprometido com o mecanismo (cf Padilha) e uma agenda mínima de salvação de bandidos.
O grande objetivo deles é, a partir de agora, fazer frente a um sentimento cada vez mais forte de que estamos prestes a uma ruptura. Tudo indicava que a Lava Jato seria isto, a grande mudança definitiva nos costumes do país, uma ação praticamente miraculosa que cresceu e ganhou corpo próprio capaz de derrubar um sistema viciado. Mas o apartidarismo da Operação também levou o PSDB e o PMDB à mesma fossa em que já estava o PT. E as descobertas se intensificaram quando Temer chegou ao poder. Começou então a ganhar corpo o “grande acordo nacional” que envolvia o PT, e a Operação foi murchando. Não sem grande contribuição de setores que faziam oposição ao petismo, diziam combater a corrupção mas que se venderam ao Temer.
A Lava Jato foi, muito provavelmente, a última chance. Ela enfraquecida e desfeita, qual esperança terão as pessoas comuns de que exista um mínimo de justiça para quem rouba bilhões? Crescem então sentimentos de urgência e indignação que não vêem no sistema político vigente possibilidade de resgatar o país.
Não podemos contar com a Justiça para nos livrarmos dos bandidos pois ela ou está submetida ao poder Executivo ou aliada a ele. E se o sistema eleitoral também é suspeito e controlado pela mesma elite política e de toga que livra os bandidos, qual seria o caminho?
Nos anos recentes, três tipos de regime de força têm sido impostos subitamente contra o status quo, movidos por ações populares, milícias ou forças armadas.
O primeiro e mais comum na América Latina é uma intervenção militar. No Brasil de hoje, tal atitude encontraria um respaldo popular significativo não pela proporção em relação à população total, mas pela aparente fidelidade e insistência na atuação dos pequenos grupos espalhados. Atribui-se a impossibilidade de uma ação dessas pelos militares ao fato das Forças Armadas estarem sucateadas, sem recursos e efetivo. Quem diz isso se esquece que nossas polícias estaduais são “militares”. Tirando-se então o problema numérico e de aparelhagem, a resistência a uma ação dos militares se deve principalmente a não terem nenhum respaldo em grupos organizados tais como: os representantes da intelectualidade, dos meios artísticos, os líderes religiosos, os banqueiros, os donos dos meios de comunicação e mesmo boa parte do comando das Forças Armadas. Com tanta oposição organizada, seria praticamente inviável a manutenção da ordem no país e a organização de tantas estruturas de poder hoje existentes.
Outro regime de força comum na América Latina e muito ativo nos últimos anos é o comunista, impulsionado em ações coordenadas pelo Foro de São Paulo. Sorrateiros, ascendem ao poder de forma pacífica e corroem as resistências legais à ditadura aos poucos. É inegável que o Brasil seguia por este caminho a passos lentos mas na velocidade possível devido ao nosso tamanho e impopularidade dos termos “comunista” e “socialista”, além de total falta de identidade com o bolivarianismo – um brasileiro normal mal saberia citar os feitos de Simon Bolívar. A queda de Dilma inviabiliza momentaneamente um regime bolivariano, mas não um sistema comunista. De certa forma a saída do PT do poder facilita a revitalização do projeto comunista por afastá-lo de seu matiz bolivariano, cujos efeitos nefastos se vêem muito fortemente em países vizinhos e causam ojeriza enorme na população. Não é por acaso que a imprensa local se refira ao regime de Maduro como “populista”, esvaziando cada vez mais qualquer conteúdo esquerdista em suas políticas.
Um sistema comunista no país teria enorme trabalho para conquistar a população normal, embora possua base sólida entre jornalistas, empresários (é inegável a relação fraterna entre a Odebrecht e a evolução do Foro de São Paulo, por exemplo), a esquerda católica, um grande número de partidos instituídos, um enorme efetivo político e uma pequena mas barulhenta militância urbana em entidades como a UNE, a CUT e demais braços do PT. Sua dificuldade seria, além da falta de base popular significativa, a total inviabilidade de imposição de um regime abruptamente pela falta de organizações armadas e ativas – a menos que se aliem definitivamente ao crime organizado: PCC e Comando Vermelho, por exemplo. Muito pior seria apresentar o comunismo como saída para nossa crise de criminalidade quando justamente as políticas de esquerda elevaram a violência do país, sem falar nos níveis de corrupção trazidos pelo PT.
O último regime de força é aquele que não tem efetivo oficial, não possui partido político, não tem ninguém que se declare favorável e, ainda assim, é o mais citado como símbolo de ameaça à nossa institucionalidade: o fascismo. Perverso e sem risco real ao Brasil, o fascismo virou sinônimo de tudo que seja “duro” ou violento, desprendendo-se de qualquer conteúdo ideológico ou político, resultado de uma soma de ignorância e má-fé. E assim como tem sido no mundo desde os anos 20, o combate ao fascismo tem sido a justificativa da maioria dos atos nefastos da esquerda, o mesmo pessoal que simpatiza com a implantação de um regime ainda mais pernicioso e assassino, ou seja, o comunismo. Não raramente a esquerda tem misturado fascismo e militarismo na criação de seus inimigos imaginários, ignorando que na América Latina, igualmente comum é a união de militares com comunistas na implantação de regimes totalitários.
Embora apresentem diferentes dificuldades práticas que inviabilizem suas imposições, cada alternativa de mudança brusca no sistema de poder brasileiro ganhará mais forças quanto mais a atual elite política continuar a desafiar os já largos limites de fadiga de nossa população. As maquinações em curso, citadas na abertura deste texto, chegam até a parecer provocações pensadas com o intuito de precipitarem um movimento em falso dessas ‘saídas alternativas’ para que possam dizer que o que temos hoje, esse sistema corrupto e asqueroso que corrói até os pessoas de bem quando os iludem simulando uma disputa política, nos protege de um mal maior desconhecido. Suportar essas artimanhas, apoiar políticos e autoridades que façam frente de fato a este ambiente de banditismo é o desafio para 2018.
2017 e o limite de fadiga do povo brasileiro was originally published on Reaçonaria
0 notes
claravix50 · 7 years
Quote
De Edesio Fernandes. "Muitos juristas progressistas tem tido dificuldades com a proposta de convocação de eleições diretas por acharem que os procedimentos estabelecidos na CF de 1988 deveriam prevalecer. Eu me pergunto se alem desse formalismo jurídico sem maiores qualificações não existe um outro olhar jurídico-filosófico e uma outra opção jurídico-politica. Tenho um respeito absoluto pelas instituições jurídicas democráticas e quero vê-las funcionando, sempre aprimoradas e aprofundadas - mas, não à custa da legitimidade sociopolítica. Uma vez em um debate um sociólogo famoso disse que eu era um "ativista institucional" - acho que era uma critica, mas tomei como um elogio, porque e' assim mesmo que me vejo Então, enquanto tal, esta e' minha posição. Acho que o impeachment da Presidente Dilma mudou radicalmente o patamar da discussão, já que foi, para mim, uma ruptura profunda da ordem constitucional. O instituto e' certamente previsto na CF, mas as condições jurídicas de sua aplicação não existiam: o processo foi essencialmente politico, com um verniz jurídico e muito apoio midiático. Rompeu-se ai para mim a pedra-de-toque da ordem democrática, pois a soberania do voto popular foi ignorada Uma presidente foi removida como se o Brasil fosse um pais parlamentarista. Mais, o que veio na sequencia foi pior. Em outros países onde há impeachment, na maioria dos casos quem assume conduz o barco até as próximas eleições sem maiores rupturas constitucionais. No Brasil, contudo, como o sociólogo Celso Barros: 'Imagine o seguinte cenário: após o impeachment de Fernando Collor, Itamar Franco assume a presidência e afasta do governo todos os partidos de direita que apoiavam Collor. Depois de expulsar essa turma toda, Itamar monta um ministério só com PT, PDT e PCdoB, os derrotados na campanha presidencial de 1989, e começa a transição para o socialismo. Trocando o sinal e descontando uns 30% de exagero inteiramente justificável, é isso que o Brasil vive desde que Temer assumiu a Presidência. Na última sexta-feira fez um ano desde que a turma que perdeu em 2014 começou seu 'Grande Salto para a Frente'. A principal diferença do impeachment de Dilma para o impeachment de Collor foi essa: o poder não mudou só de mãos, mudou de lado. Quem perdeu a eleição ficou com a Presidência. Isso não é normal. Não é assim que uma democracia bem ordenada funciona. Mesmo se nenhuma lei tiver sido violada, nossas instituições claramente pararam de funcionar como deveriam, e o Brasil hoje parece muito mais com uma República de Bananas do que parecia um ano atrás. De fato, o poder mudou de mãos e mudou de lado - e tudo isso sem eleições. Desde então, direitos sociais, fundiários, trabalhistas, previdenciários, ambientais e outros tantos tem sido descartados. Uma nova agenda sociopolítica - que não foi aprovada em voto popular - esta' sendo imposta. E por quem? Por um bando de bandidos, envolvidos quase todos sem exceção em crimes diversos. Com que legitimidade? E com que legalidade, a não ser a do formalismo jurídico literal? Porque uma leitura jurídico-filosófica hermenêutico da CF, 'a luz do que ela diz e 'a luz da teoria constitucional, permite outra opção jurídico-politica que não seja abracar cegamente os procedimentos formais estabelecidos. Quem acha como eu que algo fundamental foi rompido tem de ler 'a CF 'a luz de outros princípios. A CF brasileira inova internacionalmente ao dizer que todo o poder vem do povo e e' exercido em seu nome ou diretamente Afirmando, portanto, a soberania da vontade popular para (re)fundação da ordem jurídico-democrática. A soberania popular e' maior do que a representação e não se esgota nela - ela e' a fonte da representação. Ou seja, não basta a legalidade formal dos procedimentos quando os princípios básicos da ordem constitucional democrática estão sendo tao barbaramente desrespeitados. Como justificar dar a esse bando de bandidos a legitimidade para resolver essa questão tão profunda em nome da sociedade? Lembrem-se que o apartheid era legal, o nazismo também, a escravidão também... Mesmo em termos mais pragmáticos, qualquer parlamentar indiretamente eleito por esse Congresso amanha pode estar - e certamente vai estar - debaixo dos holofotes, com novas revelações e acusações - Rodrigo Maia, por exemplo. Duvido que eles optem por um não-parlamentar, mas mesmo esses não terão condições minimas de, com legitimidade, restaurar as bases da estabilidade sociopolítica no pais. Prefiro a posição do filosofo Vladimir Safatle: Vladimir Safatle O povo pode desfazer as leis que ele mesmo fez e destituir instituições. "Devemos obedecer a um governo ilegítimo? Devemos aceitar ordens de quem, de forma explícita, se mostra capaz de servir-se do governo para impedir o funcionamento da Justiça ou para fazer passar leis que contrariam abertamente a vontade da maioria? Essas perguntas devem ser lembradas neste momento. Pois a adesão pontual do povo a seu governo não se dá devido à exigência da lei, mas devido à capacidade dos membros do governo de respeitarem a vontade geral. Essa capacidade está definitivamente quebrada. Não. Na verdade, ela nunca existiu. Se quisermos ser mais precisos, devemos dizer que apenas se quebrou a última de todas as aparências. O desgoverno Temer não consegue nem sequer sustentar uma aparência de legitimidade. Cada dia a mais desse 'governo' é uma afronta ao povo brasileiro. O que nos resta é a desobediência sistemática a todas as ações governamentais até que o 'governo' caia. Temer entrará para a história brasileira não apenas como o primeiro vice-presidente a ter conspirado abertamente contra sua própria presidenta até sua queda final. Ele será lembrado como o primeiro presidente a ser pego operando diretamente casos de tráfico de influência (o caso de seu antigo ministro da Cultura sendo obrigado a liberar uma licença para viabilizar o apartamento de Geddel Vieira) e de pagamento para silenciar presos. Exatamente no mesmo momento em que esse senhor exigia do povo brasileiro "sacrifícios" ligados à destruição de condições mínimas de trabalho e garantia previdenciária ele pedia ao dono da Friboi que continuasse a dar mesada para presos ficarem calados. O mesmo que entregará o país com 14 milhões de desempregados e mais 3,6 milhões de pobres garantiu lucros recordes para os bancos brasileiros no último trimestre. Agora, alguns acham que o Brasil deve seguir então 'os procedimentos legais' e empossar o investigado Rodrigo Maia para que convoque uma eleição indireta para presidente. De todos os disparates nesta república oligárquica, este seria o maior de todos. Em um momento como o atual, o país não deve recorrer a leis claramente inaceitáveis, ainda mais se levarmos em conta a situação em que vivemos. Afinal, como admitir que um presidente seja escolhido por um Congresso Nacional de indiciados e réus, fruto de um sistema incestuoso de relações entre casta política e empresariado que agora vem a tona? Uma das bases da democracia é não submeter a soberania popular nem a decisões equivocadas feitas no passado, nem a instituições aberrantes. O povo não é prisioneiro dos erros do passado, mas sua vontade é sempre atual e soberana. Ele pode desfazer as leis que ele mesmo fez e destituir instituições que se mostram corrompidas. Por essa razão, o único passo na direção correta seria a convocação extraordinária de eleições gerais, com a possibilidade de apresentação de candidaturas independentes, para que aqueles que não se sentem mais representados por partidos possam também ter presença política. Que o Brasil entenda de um vez por todas: em situações de crise, não há outra coisa a fazer do que caminhar em direção ao grau zero da representação, convocar diretamente o povo e deixá-lo encontrar suas próprias soluções. Toda democracia é um 'kratos' do 'demos', ou seja, o exercício de uma força ('kratos') própria ao povo em assembleia. Essa é a única força que pode abrir novos horizontes neste momento." E' por ai que eu vou...
Edesio Fernandes
0 notes
gracavieira · 7 years
Video
youtube
(via https://www.youtube.com/watch?v=EtmdzNKPeTg) O empresariado que hoje persegue o AMADO LULA, já o tratou assim... Que gentalha mal agradecida, merecem mesmo é um bandido como TEMERbroso vira latas. Mas o povo, não!
0 notes
Text
VAMOS FALAR DE (MAIS UMA!) CRISE
Por João Paulo Duarte Mello 16 de fevereiro de 2017 
O momento atual pede que saiamos um pouco do script de nosso blog para trazer a situação que assola nosso Estado. Não parece mais, mas ainda estamos imersos em uma verdadeira guerra nas ruas, aliada a uma crise econômica (trazida em várias publicações anteriores), que já existia e vinha prejudicando o empresariado como nunca neste país. 
Para os leitores que estão fora ou por algum motivo não estão acompanhando os noticiários, o Espírito Santo viveu (e ainda vive) nos últimos dias uma greve dos policiais militares (mesmo estes afirmando que não), encampada por seus familiares que “bloquearam” a saída dos batalhões para que consigam melhores condições de trabalho (o que inclui conserto de viaturas quebradas, troca de coletes vencidos etc.), bem como o reajuste dos salários pela inflação, que, de acordo com os grevistas, não ocorre desde 2013, e aumento real, que não ocorre há 7 (sete) anos. 
A greve desencadeou graves consequências, principalmente pela demora no governo do Estado em tomar qualquer iniciativa, se limitando a pedir que retornassem ao trabalho, e que obedeceria a Lei de Responsabilidade Fiscal, ou seja, não daria qualquer tipo de aumento. Diante de várias reuniões, o governo tentou negociar com as mulheres dos policiais a fim de que fosse dada anistia a todos, esposas e militares, com o intuito de que não fossem punidos por essa ocasião, o que não foi aceito. Inclusive, firmou-se acordo com as Associações que representam essas pessoas no intuito de garantir o retorno dos policiais às ruas na sexta-feira passada, o que não foi seguido pelos próprios soldados. Em meio ao vai e vem das negociações, a cidade viveu o maior caos registrado nos últimos tempos. 
Independente de qual lado se posicionar, se do Governo ou dos policiais, não há que se questionar o prejuízo trazido pela série de roubos e furtos que ocorreram a olho nu da população, de norte a sul do Estado. Além do próprio cidadão, prejudicou (se não ainda mais!) os empresários que viram suas lojas saqueadas, com portas de aço destruídas por carros a fim de que o furto fosse facilitado e, não menos importante, o fechamento de praticamente todo e qualquer ponto comercial. As cidades pararam. O capital parou de girar. A economia capixaba está estagnada há dias, começando a respirar novamente desde a última segunda-feira, ainda num clima de incerteza! 
A resposta foi a ajuda das guardas municipais e a presença do Exército e da Força Nacional de Segurança nas ruas que, mesmo com todo o seu (suposto) preparo, não tem efetivo suficiente para substituir toda a PM e trazer a segurança, ou pelo menos a sensação de segurança que é trazida com eles na rua. Um efetivo inicial de 1200 homens do exército para o Estado inteiro, que já alcançou mais de 3000, não supriu a falta da PM que, só no município de Vila Velha, tem efetivo de 800 policiais. O efetivo de homens das guardas municipais, Forças Armadas e da Segurança Nacional ainda não abrange todas as áreas de risco. E a presença de tanques de guerra nas ruas não intimida bandidos de continuarem suas ações.
 O resultado desse cenário de guerra foi e vem sendo mercadorias saqueadas de lojas e o comércio fechado por quase uma semana, mesmo sendo obrigado ao pagamento de funcionários e tributos, o que está trazendo prejuízos irrecuperáveis aos empresários. Quem pagará por isso? O Estado, que é responsável por ser o provedor de segurança ao povo? Ou seria o movimento, que já foi considerado ilegal pela Justiça? Infelizmente a pergunta não será tão simples de se responder, mas, já que há a realidade de o empresário ter que sugar todo o prejuízo para si, ele tem que se preparar. Seja negociando com fornecedores a postergação do pagamento de produtos, seja tentando negociar (caso possível) o pagamento de tributos. 
Ainda citando o lado econômico, simplesmente 7 (sete) ônibus do transporte público foram incendiados. De início, os ônibus eram assaltados e depois incendiados. Na última segunda-feira (12.02.2016), chegou-se ao cúmulo de se incendiar um ônibus que retornava à garagem, sem passageiros, e sem roubarem nada. O ato, que até agora não se sabe por quem foi praticado, tende a desestabilizar o sistema, talvez por acharem que o sistema público de transporte “representa o Estado”, sem saber que são empresas privadas que operam em regime licitatório. Se discute em redes sociais, inclusive, se a ação foi feita pelos próprios policiais, a fim de gerar mais caos no Espírito Santo e forçar o governo a aderir às suas reivindicações. 
O caos econômico já era vivido por diversos setores há alguns anos, com o aumento, inclusive, de pedidos de falência, recuperação judicial ou o simples “passo ponto” na porta dos estabelecimentos. Quem sofreu com essa crise econômica no ES não pode se intimidar pela crise que se formou com a greve militar. Todo o cuidado é pouco para que as portas não fechem. 
Em todo esse imbróglio, que ainda não se tem notícia de quando irá acabar, não só o lado econômico foi prejudicado. Mais importante ainda em termos de prejuízos, foram registradas oficialmente mais de 150 mortes na última semana), crimes esses que dificilmente serão solucionados por falta de estrutura dos órgãos responsáveis e, pasmem, até por falta de espaço no Departamento Médico Legal (DML) para armazenamento dos corpos. Ver corpos empilhados pelos corredores do DML só elucidou ainda mais o cenário de guerra que o capixaba esteve imerso e que ainda vive. 
A PM vem voltando às ruas, geralmente oficiais que não sofrem tanto com o salário defasado como os soldados, mas ainda existem assaltos, mortes e depredações em nível maior do que antes dessa crise. As negociações ainda estão acontecendo, com a punição de alguns policiais e agora, mais recentemente, com o ajuizamento de uma Ação Civil Pública contra as mulheres que ainda não deixaram os batalhões. A vida do capixaba pode estar voltando aos poucos ao normal, mas o medo de ser abordado por bandidos nas ruas a qualquer momento paira sobre todos, sem dúvida. 
Agora, levando a publicação para o lado de cidadão, trago um desabafo. Deve se pensar no vivenciado como passado, para tentar se evitar situação parecida no futuro. Nossa segurança pública, não só no Espírito Santo, mas em todo o Brasil, é falida. O papel constitucional do Estado, de dar o mínimo em saúde, educação já vem sendo descumprido não é de hoje. Difícil encontrar a classe média brasileira sem um plano de saúde e sem o uso de colégios particulares. Em redes sociais, é patente o descontentamento do cidadão seja com a PM, seja com o Estado, chegando a se falar na compra de armas para sua própria defesa, indo de encontro ao Estatuto do Desarmamento, que limitou a posse e o porte de armas para os civis desde 2003. 
Enquanto o governo tenta mudar o cenário que o cidadão vem vivendo, os cidadãos tentam recuperar o que foi perdido nesses dias, seja um ente querido, sejam bens de valor. Porém, o vivenciado jamais sairá da mente de todos os cidadãos, seja pelos ataques ou pelos tanques de guerra que andam pelas ruas tentando trazer a paz. A vida segue, mas como dito: o importante é aprender com o passado, e aqui incluímos o governo do Estado do Espírito Santo e os policiais militares e seus familiares, para que uma situação como essa não seja vivenciada novamente. O cidadão não merece.
0 notes
Text
Vai viver explorando inquilinos e repassando o IPTU e o rateios, como fazem os proprietários, sabendo que não está na lei...calhorda.
Tumblr media
2 notes · View notes
Text
🙄 Bolsominion curando a dor de corno
Tumblr media
3 notes · View notes