Tumgik
#está ali sentado.. sozinho.. longe de toda a gente..
somedaytakethetime · 11 months
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fanficstwomoons · 8 months
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Vale um beijo
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[Kaisoo | Fluffy | Comédia] O tamanho do crush que Kyungsoo tinha por Kim Jongin, presidente do grêmio, era do mesmo tamanho da sua vergonha. Por isso, sempre se limitou a olhar o garoto de longe, mesmo que sua melhor amiga, Sooyoung, vivesse dizendo que ele devia falar com o Kim. Tudo muda no festival da escola, onde Jongin fica responsável por distribuir beijinhos na barraca do beijo, e Kyungsoo tem aquilo como a única oportunidade de mudar o jogo.
~~~ ~~~~ ~~ ~~ 
Vale um beijo
Por twomoons&selectexo
Desde que se entendia por gente, Do Kyungsoo era um completo introspectivo. 
Era o tipo de pessoa que mal abria a boca para falar alguma coisa, sendo que as únicas vezes que se sentia extremamente confortável para se soltar de alguma forma era quando estava junto de Park Sooyoung, sua melhor amiga desde que estavam na barriga de suas mães. 
Tirando os momentos em que a garota estava por perto, Kyungsoo não conversava com outras pessoas, ou fazia questão de reparar em alguém para que se aproximasse. As coisas estavam boas o suficiente daquela forma em que vivia.
Porém, em um dia chuvoso, quando  a sua melhor amiga tinha faltado porque estava viajando com os pais, Kyungsoo focou o seu olhar mais do que devia em alguém. 
Estava com os braços cruzados, sentindo um imenso frio enquanto esperava o seu ônibus passar para que finalmente pudesse ir para a sua casa depois de uma aula cansativa de Álgebra. O garoto vestia um moletom e, por sorte do destino, acabou lembrando-se que havia outra jaqueta em sua mochila, então cobriu os seus braços e metade do seu rosto para que não acabasse congelando sozinho no lugar onde estava.
Impaciente e um pouco mais aquecido, Kyungsoo ouviu pisadas fortes e marcadas pelo som de espirros da água cada vez mais presentes à medida que alguém claramente se aproximava correndo devido à chuva. Não demorou muito até que o banco em que estava sentado afundasse mais um pouco e suspiros cansados fossem audíveis, anunciando que ele não estava mais sozinho ali.
Sem dar muita confiança para quem fosse que estivesse em sua companhia, o garoto continuou com a sua atenção focada na entrada da rua, que era onde o ônibus virava para que pudesse chegar no ponto em que estava. Podia ser bobo, mas Kyungsoo tinha um certo receio de tirar a atenção do lugar por algum momento e acabar perdendo o ônibus. 
E ele não gostaria muito de arriscar.
— Ei! — Depois de alguns minutos de silêncio, onde se perguntava mentalmente onde raios aquele ônibus estava por não ter passado ainda, o Do ouviu a voz da outra pessoa no ponto, mas como não falava com ninguém além de Sooyoung, e a voz era masculina, Kyungsoo fingiu que não havia escutado nada.
Continuou bem atento no mesmo lugar de sempre. Paradíssimo.
— Colega do casaco! — Assustou-se momentaneamente ao perceber que, sim, a pessoa que estava sendo chamada era ele mesmo. E depois de breves segundos raciocinando aquele fato, finalmente Kyungsoo ajeitou o seu corpo e virou a cabeça para conferir quem havia lhe chamado.
Sentado na outra ponta do banco estava o que provavelmente também era um aluno de sua escola. O garoto vestia uma blusa de manga comprida que estava toda respingada pela água da chuva, mantinha os seus braços cruzados assim como Kyungsoo, e o seu cabelo estava bem minguado por estar molhado. Provavelmente estava sentindo muito mais frio do que Kyungsoo no momento.
Após sua breve análise sobre o garoto ao seu lado, o Do continuou encarando-o sem dizer uma palavra sequer, já que era quem esperava para saber o porquê de ter sido chamado.
O outro presente no lugar desviou o seu foco para a mochila de Kyungsoo, que naquele momento estava sendo carregada em apenas um ombro e descansava sob o banco do ponto, ficando ao lado do seu dono, e não em seu colo. Então, o garoto apontou para o objeto de seu foco, chamando ainda mais a atenção do estudante.
— A sua mochila… está aberta. — Assim que ouviu a frase, os olhos de Kyungsoo se arregalaram, percebendo que não havia realmente fechado o zíper após pegar a jaqueta que cobria o seu rosto.
Imediatamente, o Do levou a mochila para o seu colo e puxou o fecho-éclair tão rapidamente que parecia até mesmo que estava com medo de alguém furtar as suas coisas, mesmo que não possuísse nada de valioso guardado, e só estava com aquele outro garoto que, aparentemente, era inofensivo. Logo em seguida, a colocou em seu colo e descansou seus braços em cima dela, em forma de proteção, e antes que novamente se cobrisse com a outra jaqueta, levou a sua atenção para quem havia lhe avisado sobre seu descuido.
— Obrigado por me avisar. — Disse baixo, já que era o seu tom de voz natural com aqueles que não conhecia.
— Por nada. — O garoto imediatamente respondeu. Kyungsoo se cobriu todo novamente, mas antes que voltasse a própria atenção para o trajeto que o ônibus deveria fazer, o seu “acompanhante” decidiu que falar mais alguma coisa era muito interessante. — Jaqueta legal, queria ter escutado a minha mãe e trazido meu agasalho também. Mas fui meio idiota e aqui estou eu… quase todo ensopado. — E como se não estivesse em uma situação certamente um tanto caótica, o garoto riu de si mesmo.
E o mundo de Kyungsoo virou de cabeça para baixo naquele exato momento.
Sorrisos, para o Do, eram a parte que mais chamavam a sua atenção em outras pessoas. Mas não eram quaisquer sorrisos, e sim aqueles que dava para sentir que eram completamente sinceros e verdadeiros. E, em questão de poucos segundos, aquele garoto que não havia chamado a atenção de Kyungsoo de primeira, havia se tornado a fonte do calafrio em seu corpo e do disparar em seu coração. 
Tudo por conta de um mero sorriso.
Ficou paralisado, sem raciocinar muito bem por algum tempo, um tanto chocado por ter experimentado tais tipos de sensações tão de repente. Porém, antes que a situação ficasse completamente esquisita, o garoto molhado se levantou como o The Flash, prestando atenção naquele mesmo lugar que Kyungsoo costumava olhar sem ao menos piscar.
Aparentemente, o seu ônibus estava chegando.
Não teve nem como assimilar as coisas direito, pois antes que soubesse ao menos o nome daquele outro garoto, ele já havia acenado em despedida e entrado no ônibus partindo para o seu destino, deixando Kyungsoo sozinho outra vez naquele lugar tão frio.
Continuou o resto de seu dia um tanto quanto desnorteado, mesmo que minutos depois do pequeno encontro tivesse se convencido que tudo aquilo era coisa do momento, coisa de sua cabeça. Entretanto, nem ao menos conseguiu continuar com o mesmo discurso por muito tempo, já que o garoto da chuva não saía da sua mente um minuto sequer, até que finalmente entrasse no mundo dos sonhos de uma só vez.
Foi inevitável que estivesse com todos os seus sentidos aguçados no dia seguinte. Andava pelos corredores da escola vasculhando por todos os lugares, a fim de que encontrasse aquele garoto que estava bagunçando os seus pensamentos. Mas as suas expectativas terminaram com um gosto de decepção, visto que não o viu pelo seu caminho novamente. E continuou daquela forma pelas semanas seguintes, sem encontrá-lo, por mais que o procurasse.
Mas havia uma frase que sua mãe sempre lhe dizia, que era realmente certa: “As coisas acontecem quando menos esperamos”.
Estava sentado em seu lugar, no meio da aula de Filosofia, fazendo alguns exercícios enquanto uma Sooyoung sonolenta praticamente dormia em cima de seu próprio caderno no lugar ao seu lado. O professor lia um livro didático, despreocupado, enquanto a sala estava silenciosa, repleta de alunos focados em seus próprios afazeres.
Seu pulso já doía de tanto que havia copiado naquela aula em específico, mas agradecia aos céus pois faltavam apenas duas questões para que finalmente ficasse livre de qualquer atividade. Kyungsoo odiava o fato de ter que resolver tantos exercícios, mas o que conseguia odiar ainda mais do que isso era deixar os seus afazeres se acumularem. Era simples: finalizaria o questionário, entregaria a folha para que Sooyoung também copiasse — coisa que o garoto não se importava em fazer, já que sua melhor amiga também fazia o mesmo algumas vezes —, logo pediria para que o seu professor desse um visto e esperaria para a correção ou para o final da aula, dependendo do dia.
Todavia, desfocou totalmente a sua atenção quando o som de três batidas na porta ecoou pela sala silenciosa. Automaticamente, todos os alunos olharam para o local de origem do som, porém, não foi possível ver quem estava por trás de tudo, visto que a porta ainda estava fechada.
O professor imediatamente se levantou e caminhou para que pudesse atender quem havia batido na porta. E não demorou muito até que um sorriso simpático brotasse no incrível professor Lee e um alegre “podem entrar” saísse de seus lábios.
E assim que os três alunos entraram na sala, Kyungsoo sentiu o ar prender em seus pulmões e apertou a lapiseira que segurava com certa força.
Era ele. O garoto da chuva.
— Turma, peço a atenção de vocês. — Foi o professor quem iniciou, como se todos já não estivessem curiosos o bastante encarando aqueles alunos que não estudavam na mesma sala que eles. — Os alunos do grêmio estudantil querem fazer um anúncio. Fiquem em silêncio e prestem atenção. — Pediu encarecidamente, se virou para os alunos sem tirar o sorriso do rosto e assentiu, pedindo para que os mesmos prosseguissem.
O único garoto ali deu um passo mais à frente e tomou postura de quem estava pronto para fazer algum tipo de discurso. Enquanto para alguns toda a cena parecia normal, para Kyungsoo era como se tudo acontecesse em câmera lenta, ainda mais se tratando do fato que aquele garoto parecia ainda mais bonito do que quando o vira pela primeira vez.
— Bom dia, pessoal. — E sorriu, fazendo com que o coração de Kyungsoo falhasse uma batida. — Me chamo Kim Jongin e sou o presidente do grêmio da nossa escola. 
Kim Jongin… Então aquele era o seu nome? Combinava tanto consigo, era tão bonito…
— Essas comigo são Kang Seulgi e Bae Joohyun, que também são alunas que fazem parte do nosso grêmio. — Apresentou as meninas que deram breves acenos tímidos para os alunos ali. — Eu sei que pode parecer nada habitual o que vim fazer aqui, porém acho que através de um anúncio pessoal vocês podem se empolgar mais com as atividades.
Kyungsoo estava simplesmente admirado observando Jongin falar. Toda a sua postura e sua voz formal, completamente diferente da pessoa que havia conhecido no ponto de ônibus, só foram capazes de fazer com que o garoto ficasse ainda mais trêmulo, como se cada segundo daquele momento fosse algum sonho ou um tipo de mágica.
— Provavelmente acredito que já tenham visto os cartazes por toda a escola, porém devo reafirmar que nesse final de semana acontece o festival anual de arrecadação para a caridade. — Suspirou. — O número de voluntários no ano passado foi escasso, mas estamos prontos para um novo ano e principalmente estamos pensando bem positivamente em relação a tudo. — Olhou para o professor uma vez e riu. — Antes que eu tome mais tempo da aula do professor Lee, digo para vocês não perderem essa oportunidade, porque isso vai para o histórico de cada um, e conta bastante em relação a vagas de universidade. — Sorriu fraco. — Se acabarem se interessando, estaremos no outro prédio para receber as inscrições antes do primeiro sinal e depois do término das aulas, por uma hora, na sala duzentos e três, hoje e amanhã. — Assentiu, se autoafirmando. — E no dia chegaremos bem mais cedo para a organização — se virou para as meninas. — Esqueci alguma coisa? — E as garotas negaram. — Então, agradeço desde já a oportunidade, tenham uma boa aula.
Alguns alunos responderam o garoto, antes que o pequeno trio agradecesse ao professor e caminhasse para a porta novamente.
Por um breve segundo, Kyungsoo torceu para que Jongin lhe notasse, lhe reconhecesse e falasse consigo. Entretanto, o presidente mal vasculhou a sala com o olhar. Porém, mesmo que suas expectativas tivessem ido ao alto no momento, não demorou para que um balde de água fria fosse jogado em sua cabeça pela milésima vez durante a semana.
— Esse que é o garoto da chuva, é? Sua cara está impagável, Soozinho. Tu é completamente transparente mesmo, hein. — Ouviu a voz de Sooyoung lhe chamando a atenção do outro lado. Então, parou de encarar os alunos na porta para que olhasse para a sua melhor amiga. — Você deveria chegar nele logo, sabe que esses garotos de comitê são super disputados.
— Claro que não! — Respondeu a coisa mais óbvia no mundo. — Eu mal falei com ele.
A garota deu de ombros.
— Sei lá né, eu só achei que ele vir aqui depois de tanto você procurar é como um sinal dos céus pra você ir atrás. — Fez um bico e encostou a lapiseira na boca. — Mas enfim… Até que é bonitinho o presidente, olha que é bem raro eu falar isso.
Kyungsoo rolou os olhos imediatamente, sentindo suas mãos suarem.
— Raro mesmo, você praticamente odeia humanos, Sooyoung.
A garota deu um tapa no melhor amigo e cruzou os braços.
— Não odeio você, seu imbecil! — Fez uma careta. — Falando assim parece até que sou um monstro. — Pegou a caneta em seu estojo e a destampou, começando a escrever no seu caderno que servia de travesseiro alguns minutos antes. — Eu só digo isso porque adolescentes são um saco, você sabe. Não é qualquer merda! E eu só falo pra você.
Kyungsoo riu breve e balançou a cabeça negativamente.
— Só estava brincando, não precisa ficar com raiva assim.
A garota arqueou uma sobrancelha e deu um sorriso de lado, deixando claro que não estava realmente afetada com aquela pequena discussão. Continuou escrevendo em seu caderno, mas não era como se não estivesse a fim de prosseguir o assunto.
— E eu não estava brincando quando disse que era um sinal dos céus ele vir aqui — reafirmou o que dissera anteriormente, fazendo o melhor amigo soltar um suspiro nervoso.
O que aquela garota estava falando?
— Isso não é um sinal dos céus, ele só é o presidente e está fazendo o papel dele. — Retornou a escrever novamente. — Sinal dos céus seria… seria se ele por acaso estivesse na barraca do beijo, você sabe — riu. — Mas ele mal aparece pelos corredores e não tem cara de quem faria algo do tipo. Ou seja, impossível.
Sooyoung soltou uma risada imediatamente.
— Como se você fosse na barraca, né.
Revoltado, Kyungsoo não conseguiu se calar diante da acusação da melhor amiga, insinuando que ele não era corajoso o suficiente. 
Como ela ousava dizer aquilo depois de tantos anos de amizade?
— Se for ele, eu vou. — Respondeu, com determinação estampada em seu tom de voz.
— É uma aposta? — Ela se virou com a mão estendida para o amigo e com um olhar desafiador.
E antes que Kyungsoo pensasse demais, já estava dando um aperto forte na mão da melhor amiga.
— É uma aposta.
💋
Sabe aquele intenso arrependimento de ter falado algo que não devia? Então, Kyungsoo estava se sentindo exatamente assim.
Na verdade, havia se arrependido de ter apostado qualquer coisa com Sooyoung um minuto depois de ter feito a aposta.
E quando viu a amiga caminhando em sua direção com um sorriso um tanto quanto demoníaco no rosto assim que chegou na escola no dia seguinte, ele soube muito bem que estava ferrado.
— Qual é a dessa cara? Fala logo — pediu o garoto, preocupado e com um frio esquisito no estômago.
— Então, Soozinho… — estava com um tom de voz completamente cínico. — Eu falei com uma colega que conhece a prima da amiga da tal Joohyun, e através dessas fontes seguríssimas, fui informada que o Jonginniiiiee vai estar sim na barraca do beijo, para o seu belo prazer.
Os olhos de Kyungsoo se arregalaram por um momento, mas não demorou muito para que o garoto soltasse uma risada breve.
— Para de mentir! Você só tá falando isso por causa da aposta. — Revirou os olhos, deixando de encarar a melhor amiga para olhar o fluxo de alunos que passava por ali antes do início das aulas.
Sooyoung segurou o rosto do garoto e o virou, para que se encarassem novamente.
— Olha, por acaso já menti alguma vez pra você? — questionou, com os braços cruzados.
— Não… 
— Então por que eu mentiria agora, querido? — acrescentou. — E outra, se eu mentisse, não duraria muito, até porque o festival é amanhã, meu filho. Uma hora ou outra você descobriria…
Kyungsoo engoliu em seco, começando a ficar um tanto apavorado.
— Você tem certeza disso? De verdade?
Com um bico, a garota assentiu.
— Ela me mandou até a foto da barraca pronta. — Puxou a bolsa para retirar o celular dali de dentro. — Você quer ve-
E parou de falar porque Kyungsoo simplesmente havia sumido da sua visão da mesma forma que os heróis sumiram em Guerra Infinita.
O garoto sentiu um embrulho no estômago e as suas mãos suavam frio no momento que corria em direção a algum lugar que pudesse ficar sozinho. 
As suas suspeitas realmente estavam erradas. Como ele podia ter sido tão idiota?
E Park Sooyoung nunca estava errada. Nunca.
Por que tinha que ser amigo de uma louca e sensitiva?
Apenas se sentiu um tantinho mais calmo quando se encontrou sentado na tampa do vaso, em um dos banheiros masculinos da escola. Ficou apenas ali por alguns minutos, pensando na sua existência e no fato do universo ser um conspirador contra a sua vida.
O que deve estar se perguntando, querido leitor, é por que ele podia estar tão apavorado se gostava tanto de Jongin?
A resposta era simples, retornando até a primeira linha dessa história.
Do Kyungsoo era um completo introspectivo.
Depois de inúmeros suspiros e alguns inícios de planos para uma fuga, Kyungsoo percebeu que não podia ficar por muito mais tempo ali, caso contrário, acabaria perdendo o início da aula.
E ele não queria lidar com nenhum professor bravo naquela fatídica manhã.
Decidiu tomar as simples atitudes e saiu da cabine, com os ombros mais leves e a respiração mais regular.
Porém tudo se tornou uma bagunça novamente assim que viu nada mais, nada menos do que Kim Jongin ali, lavando suas mãos com a maior tranquilidade do mundo.
No momento, pela primeira vez, Kyungsoo sonhou que fosse invisível. Pelo menos naquele exato instante.
E ele quase caiu para trás quando Jongin notou a sua presença e deu um pequeno sorriso em resposta.
— Ah… Oi, garoto da mochila! — Deu uma breve risada, apontando para a mochila que o Do carregava. — Você tomou cuidado dessa vez… Hoje ela tá fechada.
Kyungsoo encarou a mochila e deu um sorriso amarelo, nervoso.
— É… Tem que fechar, né. É importante pra… pra não entrar vento! — Comentou, mas quase morreu de vergonha assim que terminou sua frase.
Jongin assentiu brevemente, encarando o menino.
— Okay…
Senhor! Como ele era idiota, meu pai. Quem é que diria “pra não entrar vento”? Existiam tantas respostas, um assalto, ou as coisas caírem no caminho, mas NÃO… ele tinha que ter dito simplesmente PRA NÃO ENTRAR VENTO!
Estava prestes a apenas sair do banheiro depois daquele mico, porém a voz do Kim foi mais rápida a ecoar no local.
— Bom… Até mais garoto da mochila que agora tá fechada. — Deu uma risadinha. — Espero que não encontre um furacão por aí!
E ele ainda tinha a capacidade de ser simpático para amenizar aquele mico…
Kyungsoo deu um breve assentir, se despedindo. E a única coisa que fez ao sair do banheiro foi se dar um breve tapa no rosto, para que pudesse se situar da realidade de uma vez por todas.
Ele teria um longo dia pela frente.
💋
Quando Kyungsoo abriu os olhos e percebeu que havia acordado, ele soltou um muxoxo questionando a Deus do porquê ter ganhado mais um dia de vida. Tudo bem que aquilo era um imenso exagero da parte do pequeno Do, mas o estômago revirado não lhe permitia mentir do quanto estava nervoso para aquele dia.
A vontade era de bater a cabeça na parede até ter um traumatismo craniano e esquecer que um dia foi burro o suficiente para fazer uma aposta sem pé nem cabeça que resultaria nele… Ele… Do Kyungsoo beijando Kim Jongin! 
Puff… Piada pronta!
Foi emergido em toda sua desgraça quando levantou da cama, se arrastando pelo quarto decidido a se jogar da escada da sua casa numa cena bem Maria do Bairro, onde terminaria com a cabeça ensanguentada e acordaria dois meses depois num hospital, sem memória. Era um plano perfeito! Se tivesse escada na sua casa…
Percebendo que não tinha como fugir bem neste dia, fez toda a sua higiene básica, tomou café da manhã e ganhou um beijo na testa da sua mãe, que lhe mandou ter juízo durante o festival. A vontade que teve foi de gritar um “beijar aleatoriamente um garoto na barraca do beijo conta como ter juízo?”, mas engoliu a frase e foi com toda sua derrota para o ponto de ônibus.
Todos os dias que ia pra escola, pegava um trânsito terrível que o forçava a sair mais cedo de casa. Naquele dia, indo contra tudo que ele podia desejar, o trânsito estava completamente livre e ele chegou na frente da escola dez minutos mais cedo, quando tinha saído de casa com vinte minutos de atraso!
A frente da escola estava toda enfeitada para o festival. Havia uma enorme faixa de bem-vindo, alguns balões coloridos e um mapa feito a mão de onde estava cada barraquinha e qual turma era responsável pela mesma. Kyungsoo foi rápido em procurar a barraca do beijo, só pra ter certeza que não chegaria perto dela. Ficaria o máximo que podia justamente na direção oposta. 
Entrou na escola e percebeu que muitas pessoas já haviam chegado, o que era ótimo, assim teria mais sucesso em fugir da Sooyoung. Você, caro leitor, pode estar se perguntando “Kyungsoo, porque você simplesmente não ficou em casa?” A resposta é simples e única: Kyungsoo não tinha ideia.
Ele não tinha qualquer obrigação de vir para o festival. Não valia ponto, não era responsável por nenhuma atividade para arrecadação de dinheiro. Nada, nadinha mesmo! Mas ali estava ele, em frente a uma barraca de tiro ao alvo, olhando para todos os lados em busca de uma imensa cabeleira negra para fugir como o diabo fugia da cruz. 
Talvez uma das razões do garoto do terceiro ano “B” estar por ali era porque no fundo, bem no fundinho, quase no pré-sal, Kyungsoo queria beijar Jongin. Puts! Era óbvio que ele queria beijar aquela boca carnudinha e bonita que Kim Jongin tinha. Todos os seus sonhos, onde ele casava com Jongin e eles adotavam cinco cachorrinhos, terminava com os dois trocando umas belas bitocas.
Então, ali estava ele… Torcendo para que alguma parte do seu cérebro deixasse a covardia de lado e ele conseguisse tascar pelo menos um beijinho no Kim, na barraca do beijo. Quem sabe o bonequinho do medo levasse uma porrada da raiva, e a alegria apertasse o botão de coragem? Ou talvez… Só tivesse assistindo Divertidamente demais.
Acabou por suspirar, entrando no banheiro masculino apenas para lavar o rosto e olhar a face da derrota e covardia bem na sua frente quando encarasse o espelho. 
Que decadência, Do Kyungsoo!
— Achei você. — Uma voz cantarolou atrás de si, fazendo-o praticamente pular e o coração sambar mais do que a rainha de bateria de uma escola de samba.
— Sooyoung! Aqui é um banheiro masculino. — Esbravejou para a menina, que simplesmente deu de ombros.
De qualquer forma, não era como se houvesse alguém ali além dos dois.
— Primeiro, obviamente eu sei que isso é um banheiro masculino. Segundo… Você que me obriga a essas loucuras, Soo! Me obriga! Nem de pinto eu gosto e aqui estou, num lugar que já viu muitos pintos, apenas para te arrastar pela orelha porque você tem um homem pra beijar! 
Kyungsoo choramingou, jogando a cabeça pra trás. 
— Ai não, sem fazer corpo mole. Você apostou comigo, tem que cumprir garoto. Ou você vai o quê? Sair correndo de novo e me deixar falando sozinha?
Kyungsoo arregalou os olhos quando ouviu aquilo, fazendo a menina repetir o ato.
— Soo… Não!
Tarde demais. Kyungsoo usou a energia que nunca gastou nas aulas de Educação Física e correu com toda a sua força para fora do banheiro, deixando a melhor amiga pra trás, mesmo sabendo que depois ela comeria seu rim.
Parou de correr apenas quando percebeu que estava longe o suficiente do banheiro e que Sooyoung não veio atrás dele. Se apoiou em uma árvore que tinha próximo à quadra onde estava a maior parte das barracas, para tomar boas baforadas de ar antes que sua alma acabasse saindo do seu corpo.
Depois disso, foi só ladeira abaixo. Vagou pelo festival como uma alma em busca de luz, comeu uma maçã do amor e quase perdeu um dente de tão dura que estava, se arriscou em jogar argolas para ganhar algum prêmio e tudo que recebeu foi só vergonha quando bateu uma das argolas na cabeça da aluna que organizava a barraca. Enfim… Só ladeira abaixo, como já foi dito.
Já era próximo do meio-dia, percebia isso pela barriga roncando, fazendo-o suspirar. O festival iria até às duas da tarde, e tudo que ele tinha conseguido havia sido reafirmar o seu fracasso enquanto ser humano. 
Suspirou levemente frustrado e quase tropeçou nos próprios pés quando percebeu que estava pertinho da barraca do beijo organizado pelos alunos do terceiro ano “A”. De alguma forma, seus pés acabaram o levando para tudo que ele achava que queria fugir. Foi mordendo o lábio inferior que se apoiou no gradeado da cantina da escola e ficou apenas a observar.
Tinha uma pequena fila, um pouco mais de seis garotas, uma atrás da outra, algumas conversando entre si enquanto Jongin falava algo com Sehun - o melhor amigo do Kim - que revirava os olhos. A barraca era parecida com todas as outras que estavam espalhadas pela escola. Era feita com barras de ferro e tinha um plástico em cima para proteger do sol ou chuva. A maioria delas tinha uma mesinha, mas nessa, só tinha uma cadeira onde Jongin estava sentado e ao lado da barraca, em frente à fila, era que tinha uma mesa de plástico com uma caixa onde possivelmente o dinheiro estava sendo guardado.
Sehun saiu de perto do Kim e sentou num banco por trás da mesa, ao lado de outro banco onde uma garota também estava sentada. Joohyun, Kyungsoo reconheceu.
A fila voltou a andar e Kyungsoo viu o exato momento que uma garota do primeiro ano recebia um selar rápido do Kim, que sorriu no final para ela, que agora tinha as bochechas vermelhas.
De alguma forma, aquilo incomodou bastante o garoto. Não era exatamente ciúme, mas uma sensação de impotência. Porque ele queria ser como aquelas garotas, queria fingir que não era nada, deixar uma cédula em cima daquela mesa e receber um beijo nos lábios, ainda que não tivesse qualquer sentimento. De alguma forma, aquele beijinho acalentaria um pouco o seu coração.
Quando deu por si, estava pertinho da mesa e se perguntassem pra ele como ele havia chegado ali, ele nunca saberia responder. Sehun pareceu notar a presença do garoto, porque ergueu a sobrancelha enquanto o fitava, esperando alguma coisa que desse uma dica de porque o baixinho estava ali.
— Oi… — Kyungsoo falou um tantinho tímido. — Er… Isso é algo exclusivo para garotas? Só garotas podem beijar o… Jongin? — Perguntou baixinho.
— Claro né, garoto? Você é burro ou o quê? — Joohyun respondeu mal humorada em meio a uma careta.
— Licença, garota? Ele perguntou pra mim não pra você! — Sehun falou com uma expressão incrédula para menina. — Olha, o esquema era, garotas beijam o Jongin e garotos beijariam a Seulgi, que está almoçando e por isso não está aqui. 
— Ah, entendi. Tudo bem, obrigado. — Kyungsoo falou num sorriso sem graça, realmente constrangido.
— Mas espera aí! — Sehun falou para o Do. — JONGIN, VOCÊ BEIJA HOMENS? — Gritou da mesa, chamando atenção de todos.
Kyungsoo queria que um raio caísse na sua cabeça e voasse pedacinhos dele para todos os lados.
— Beijo! — Jongin falou olhando para o amigo, sem entender. — Eu sou bi, lembra? Você sabe disso desde sempre.
— Não, imbecil. Não tô perguntando de beijar na vida. Tô falando daqui da barraca. 
— Ah, beijo também. — Jongin respondeu balançando o ombro, realmente não dando a mínima para aquilo.
— Certo, aqui é seu primeiro cliente homem do dia, então. — Apontou para o Do, que arregalou os olhos e rezou com todas as forças para Zeus.
Porque se fosse a hora dele soltar um raio em sua cabeça, aquele era o momento certo.
Kyungsoo ficou congelado onde estava, os olhos piscando atônito sem saber o que fazer. Corria? Gritava? Chorava? Corria gritando e chorando?
Com certeza todos seus Divertidamentes estavam correndo em círculos dentro do seu cérebro, enquanto uma luz vermelha piscava alarmante, e uma sirene ecoava pelo vazio da cabeça, porque agora estava mais do que comprovado que Kyungsoo não tinha um cérebro, porque ele simplesmente não conseguia pensar!
Estava tão perdido em seus próprios pensamentos que não percebeu que Jongin havia levantado e se aproximado de si. Quando de fato percebeu… PUFF… Jongin tinha lhe beijado. Foi um selar simples, um encostar de lábios que fez um smack que Kyungsoo tinha certeza que até sua mãe escutou lá da casa deles. 
— Por conta da casa. — Jongin sussurrou quando desencostou de si e piscou.
O MISERÁVEL AINDA PISCOU COMO SE O BEIJO NÃO TIVESSE SIDO O SUFICIENTE.
Se sua cabeça já estava uma bagunça, agora era que os Divertidamente começavam a pular para fora através do seu ouvido, porque não tinha outra coisa a fazer se não ABORTAR MISSÃO!
E então, acabou fazendo a coisa mais madura, inteligente e sensata:
Saiu correndo!
7 x 0 para a vergonha contra Kyungsoo.
Pelo menos, sem gritar e chorar. 
7 x 1 porque Kyungsoo tinha que fazer um gol pra não ser tão humilhante.
💋
Quem nunca pagou um mico que atirasse a primeira pedra. Preferencialmente na cabeça do Kyungsoo para ele parar de ser otário e passar por aquelas situações vexatórias que não teria o menor orgulho de contar para seus netos.
Isso se fosse tê-los.
Kyungsoo apostava que morreria antes de constrangimento.
Tudo bem que o ensino médio era algo que realmente abria espaço para o adolescente — que dentro de toda a sua bobeira acreditava que o mundo conspirava contra si — pagar ao menos um micozinho para que, quando adulto, repensasse duas vezes antes de fazer qualquer coisa. 
Mas, bicho! O mico escolhido pelo universo para o Do tinha que ser beijar o presidente do grêmio na frente de várias pessoas e sair correndo como se não houvesse amanhã? 
A verdade era que Kyungsoo correu exatamente desse jeito. Acreditou fielmente que não haveria amanhã. Mas o amanhã chegou, se tornou o dia atual e ele estava no portão da escola todo camuflado, pronto para se esconder de qualquer estudante fofoqueiro até que aquela história fosse esquecida.
Detalhe: a camuflagem era se vestir completamente de preto.
Segundo detalhe: aparentemente Kyungsoo estava sempre camuflado porque só tinha aquela cor no seu guarda roupa.
Quando entrou na escola de uma vez por todas, baixou a cabeça e tentou incorporar o próprio The Flash e chegar na sala o mais rápido possível — sem correr, porque já tinha esgotado seu pulmão com a corrida do dia anterior — sentindo que de alguma forma todos olhavam para si.
Entrou na sala e deu graças a todos os deuses, de Buda à Alá, por ainda não ter ninguém e sentou na sua carteira de sempre, colocando o capuz do moletom sobre a cabeça e deitando a cabeça no apoio da carteira, torcendo para acordar já tendo trinta anos, formado e rico.
— Do Kyungsoo! — Ouvir aquela voz fez toda a sua espinha se arrepiar. — Nem se faça de surdo, porque até onde eu sei, você só é cego.
Kyungsoo ergueu o corpo, tirando uma caneta do bolso apontando para a pessoa recém chegada.
— Avada Kedrava* — Murmurou baixo.
— Sério isso? Sério mesmo? Você não só tá tentando conjurar magia fora de Hogwarts como também está tentando matar sua melhor amiga? Você já foi melhor do que isso, Kyungsoo. — Sooyoung ditou debochada, fazendo o Do soltar um muxoxo.
— Podemos fingir que eu não existo hoje? — Suplicou, guardando a caneta de volta no bolso do moletom.
— Se a escola toda está comentando sobre você, por que eu, sua melhor amiga, tenho que fingir que você não existe? — Perguntou cruzando os braços.
— Toda escola está falando sobre mim? — Os olhos naturalmente arregalados arregalaram ainda mais.
— Os boatos que correm por aí é que Jongin se assumiu bissexual no festival e vocês trocaram beijinhos na barraca do beijo. E que Sehun ficou puto porque você foi sem pagar… Esse Oh tá virando um mercenário, onde já se viu? — Falou estalando a língua como se estivesse impressionada.
— Ah não. — Choramingou, voltando a deitar a cabeça no apoio da carteira, batendo a testa contra o plástico do móvel.
— Se você disse “Ah não” é porque é verdade. — Sooyoung constatou o óbvio. — O que te torna um péssimo amigo! Caramba, Soo! Eu te liguei vinte e quatro vezes. Vinte e quatro! E você não me atendeu. Agora eu tenho que saber do babado por todos os outros e não por você? Eu queria ter sido a primeira a saber! Tipo, privilégio de melhores amigos, helloooooo! Tô muito decepcionada com você. 
— Todo mundo da escola está falando da vergonha que eu passei e você tá decepcionada comigo por que eu não te contei? — O Do perguntou incrédulo.
— Mas é claro? — A Park falou tão incrédula quanto ele. — Você deu umas beijocas em Kim Jongin e não contou pra sua melhor amiga. É um crime. Artigo 10 do Livro da Amizade.
— O Livro da Amizade não existe, garota.
— Mas o artigo 10 existe. Porque eu estou dizendo e só minha opinião importa. Ai Sooooooooo... — Resmungou chacoalhando o garoto pelos ombros. — Me conta esse babado direito! Eu quero detalhes. Detalhes. Ele beija bem? Teve mão na coisa, coisa na mão? Vai ter um vale a pena ver de novo?
Kyungsoo estreitou os olhos, balançando a cabeça como se estivesse ouvindo o maior absurdo da vida dele.
E talvez fosse mesmo!
— Sooyoung! Foi só um selinho. Apenas isso. E eu sai correndo. Mas não chorei e nem gritei, o que me faz acreditar que foi uma atitude muito madura. — Falou sério para uma Sooyoung horrorizada.
— Atitude muito madura segundo as vozes da sua cabeça, né? Eu não acredito que você beijou seu crush e saiu correndo, Kyungsoo! Você tem o que? Três anos de idade mental?
— Quatro. Fiz aniversário semana passada.
A garota bufou e mostrou o dedo do meio pro amigo, que riu.
— Por que você correu, Soo? Ele falou algo? Ele tinha mau hálito? Porque pelo que estão falando no corredor ele deixou você dar o beijinho sem precisar pagar e isso na minha terra se chama interesse.
— Ele não está interessado! E eu tenho vergonha, Soo. — Bufou em meio a um choramingo. — Eu não sabia o que fazer. Fiquei nervoso. Travei. Sei lá. Eu fico nervoso quando tenho que lidar com assuntos sentimentais sem querer chorar.
— Iti mãe. Vem cá bebê. — Sooyoung disse numa voz infantil, indo abraçar o garoto, que riu tentando empurrar a amiga. — Ainda te acho um otário mas vou respeitar sua vergonha. 
— Obrigado Soo. — Disse se permitindo finalmente ser abraçado.
— Mas a próxima vez que você der um Avada Kedrava em mim, eu corto seu pinto fora, estamos entendido? Artigo 8 do Livro da Amizade: Se você tentar matar a melhor amiga, você é castrado.
— Eu realmente quero ver esse Livro da Amizade, Sooyoung. Daqui a pouco você vem com um artigo de se você estiver triste, eu vou ter que te comprar um colar de diamantes.
— Artigo dois, parágrafo 7. — Falou séria.
— Eu estou terminando com você, Sooyoung. Cansei de ser seu amigo.
💋
Kyungsoo estava na parada de ônibus, sentado no banco de metal, abraçado com sua mochila enquanto esperava a tartaruga, vulgo seu ônibus, aparecer. Fazia poucos minutos que a Sooyoung havia subido no seu, e agora estava ele e a solidão, sua melhor amiga depois da Park.
Abriu o bolsinho da frente da mochila apenas para tirar o celular e verificar a hora e logo voltou a guardar. Se tudo desse certo, seu ônibus viria em dez minutinhos, e depois de mais meia horinha, poderia ficar jogado no seu quarto sendo completamente inútil para seu país.
O plano era praticamente perfeito, mas o barulho de passos chamou sua atenção, e quando viu o dono deles, teve certeza absoluta que o destino estava rindo da sua cara.
— Olá Kyungsoo! — Cumprimentou com aquele sorriso bonito que fazia o Do querer socá-lo até todos aqueles dentinhos brancos caírem.
— O-Oi! — Respondeu sem jeito, olhando para o próprio tênis até perceber uma coisa: Jongin sabia seu nome???
Ah, mas fala sério! Todo mundo estava fofocando sobre eles. Não deveria ficar chocado se de alguma forma Jongin também soubesse seu CPF, ainda que nem ele próprio houvesse decorado.
— Você sabe se o 202 passou? — Perguntou de maneira educada.
O infeliz pegava o mesmo ônibus que a Sooyoung?
Foi naquele segundo que percebeu que era muito sortudo dos dois nunca terem cruzado caminho. Imagina a desgraça que seria uma Park Sooyoung amiga de um Kim Jongin? Todos os Divertidamentes de sua cabeça iam andar em círculos desesperados para todo o sempre.
— Tem alguns minutos que passou. — Respondeu baixo, vendo Jongin assentir com a cabeça.
— Obrigado. — Agradeceu a informação e seguiu em pé, olhando para a estrada.
Ficaram em silêncio por longos minutos. Kyungsoo balançava as pernas de maneira ansiosa e Jongin assobiava alguma música que o Do não fazia ideia de qual pudesse ser.
— Ei... s-sabe lá no festival? — Jongin perguntou de repente, fazendo Kyungsoo se alarmar por completo.
Foi naquele momento que um ônibus dobrou a esquina e o Do sequer leu o letreiro. Só estendeu o braço e assim que ele parou, entrou ignorando completamente a expressão chocada que Jongin tinha no rosto. 
Rodou a catraca e se jogou em um dos bancos sentindo que não entrava mais ar em seus pulmões como se tivesse corrido uma maratona. Em poucos segundos, conseguiu se acalmar e sorrir, alegre, por ter conseguido fugir.
Mas a felicidade durou poucos segundos.
Quando o Do olhou pela janela, arregalou os olhos e percebeu que não tinha ideia de pra onde estava indo.
— Licença? — Bateu a mão levemente no ombro da pessoa que estava no banco à sua frente. — Sabe me informar que ônibus é esse?
— É o 351!
Ah que maravilha!
Kyungsoo estava indo pro extremo oposto de onde morava.
Maldito Kim Jongin!
💋
Já fazia alguns dias que Kyungsoo fazia cosplay de um agente secreto do FBI, mesmo que Sooyoung dissesse que não havia necessidade alguma.
A sua touca de lã era mais do que primordial para que frequentasse a escola nos últimos dias, como se fosse a peça essencial para que não fosse reconhecido, juntamente com a roupa preta.
Estava de braços cruzados, esperando a melhor amiga do lado de fora da secretaria, já que a mesma estava resolvendo o problema das suas faltas nos dias que teve que viajar junto com os seus pais. Kyungsoo olhava ao redor a cada cinco segundos nos primeiros momentos naquele lugar. Mas assim que se distraiu com o que estava escrito em um dos murais pendurados naquelas paredes, ele foi incapaz de perceber a presença de um certo garoto alto se aproximando.
— Hm… Oi. — O Do deu um pulo no lugar, tanto por causa da voz repentina lhe chamando, como também por se tocar de quem se tratava.
Como… Como Jongin sempre lhe encontrava?
— Ah… Oi, eu tô aqui sabe… tô aqui esperando minha amiga — disse no automático, nervoso e apreensivo. 
Jongin assentiu, com um sorriso fofo em seu rosto.
— Ah sim, legal. — O garoto gesticulou, tirando uma das mãos que estavam apoiadas no bolso para fazer aquilo. — E aí, como está a mochila dessa vez? Tá tendo sucesso em escapar dos ventos? — Riu nervoso.
Kyungsoo encarou o chão e forçou um sorriso, já estava sentindo as suas mãos suando novamente.
Por que ele sempre tocava naquele assunto?
— É… Sim, eu tô… — Mordeu o lábio inferior, tentando pensar em alguma escapatória. Ele simplesmente ficava muito nervoso na presença do maior. — Se bem que hoje eu deixei ela aberta e… a Sooyoung quase me deu uns cascudos. — Riu. — É… eu me lembrei agora, preciso ir pra sala mais cedo pra resolver um problema com o professor.
Jongin piscou algumas vezes com aquilo, e Kyungsoo achou ter notado uma expressão um tanto decepcionada.
— Tudo bem. — O outro assentiu, soltando um suspiro.
— Até mais!
E novamente, ele correu enquanto se achava o ser humano mais idiota da face da terra pela milésima vez em algumas semanas.
Ao chegar na sala vazia por conta do intervalo, Kyungsoo abaixou a cabeça, chateado.
O nervosismo estava tomando conta de seu corpo de tal forma que não conseguia se controlar. Se soubesse que ficaria daquela forma, talvez não devesse ter tocado no assunto da barraca do beijo, para início de conversa.
💋
No dia seguinte, Kyungsoo funcionava um tanto quanto no automático. Estava triste consigo mesmo por tudo que vinha acontecendo nas últimas semanas, ainda mais pela oportunidade de perder a vivência de algo extremamente diferente em sua vida por conta de sua timidez e insegurança.
Sooyoung estava estressada naquele dia e disse ao melhor amigo que teria que fazer mais uma visita à diretoria, pois o seu problema estava sendo difícil de ser solucionado. Então, assim que o sinal do intervalo soou, a garota imediatamente se retirou de sala de aula e Kyungsoo decidiu esperar o fluxo de alunos acalmar para que seguisse o seu caminho a algum canto silencioso para que pudesse comer um lanche.
Com a sala vazia, o Do decidiu guardar as coisas que havia espalhado na mesa em sua mochila, até porque era difícil confiar em muitas pessoas naquela turma.
Ajeitou a mochila na carteira e estava prestes a sair, mas paralisou no lugar assim que viu Jongin parado ali, lhe encarando com um semblante um pouco mais sério do que o habitual.
O menor engoliu em seco e permaneceu no mesmo lugar, sem dizer nada. 
O que ele deveria dizer?
Porém, foi o Kim quem se aproximou novamente e ficou a poucos palmos de distância de Kyungsoo.
— Bom… eu não vou insistir mais, porque é um tanto óbvio que você tá ficando incomodado. Mas eu quero tentar pela última vez. — O garoto suspirou e deu um sorrisinho sem mostrar os dentes. — Isso aqui é pra você, já que provavelmente só se aproxima de mim quando estou vendendo os meus beijos.
O cenho de Kyungsoo estava prestes a se franzir. Entretanto, Jongin foi mais rápido ao entregar o papel para o menor que, com os dedos gélidos, puxou das mãos do outro garoto.
O Do quase caiu pra trás ao ver o papelzinho com “Vale um beijo” escrito em caneta preta. 
Jongin era mesmo inacreditável…
Sem palavras, Kyungsoo direcionou o seu olhar novamente para o Kim, que mordia o lábio inferior em expectativa. Porém, pela falta de palavras do menor, ele decidiu se pronunciar novamente.
— Eu… espero muito que você use. Ficarei bem feliz. — E sorriu daquela forma que lhe fazia quase quebrar as paredes de desespero por conta do seu coração acelerado.
Antes que falasse alguma coisa, Jongin andou para sair da sala, mas não antes de dar uma única piscadinha para o outro garoto ali presente.
Kyunsoo estava MESMO ferrado.
Mas era ferrado de amor por Kim Jongin.
💋
Duas semanas haviam passado desde que Jongin havia lhe entregue aquele papel amassado escrito “Vale um beijo”, com uma caligrafia para lá de duvidosa. Duas semanas e ele não havia feito absolutamente nada. Nadinha mesmo. Fora completamente inútil para o seu país.
O papel estava guardado dentro da carteira e olhava para ele todos os dias, pelo menos duas vezinhas, para suspirar e depois guardar como se de alguma forma as coisas fossem se resolver miraculosamente sem ele precisar tomar qualquer tipo de atitude.
Sim, ele imaginava, com aquele papel, que Jongin também tinha interesse em si. Era algo recíproco e ele estava feliz pra chuchu por conta disso. Mas não era como se isso fizesse sua vergonha sumir com um estalar de dedos. Na verdade, era justamente o contrário. Saber que Jongin também esperava algo de si o fazia hiperventilar e querer correr pro colo da sua mãe, e não sair de lá nunquinha.
Às vezes encontrava Jongin pelos corredores da escola, mas ele parecia cumprir perfeitamente a promessa sobre não lhe incomodar, porque eles no máximo trocavam um olhar e nada mais. Teve uma vez que Jongin lhe deu um sorriso… Seu coração ficou sambando feito um louco por dias. 
— Você está ouvindo o que eu estou falando? — O Do balançou a cabeça tentando se encontrar ao ouvir a voz da melhor amiga. 
Tinha se distraído completamente enquanto caminhava com a garota pelos corredores em direção à sala de aula.
— Quê? — Perguntou confuso.
— Eu disse que estava grávida. — Falou séria. — E você vai ter que me ajudar a sustentar a criança como o bom amigo que é.
— Você é sapatão, Sooyoung. — Falou incrédulo. 
— Continuo tendo útero, querido.
— E óvulo com óvulo gera um bebê desde quando? — Zombou debochado.
— Ainda não gera. Mas sei que é uma questão de tempo até que a ciência faça isso. Depois vai ser a dominação feminina. Meu sonho de princesa.
Kyungsoo riu negando com a cabeça.
— Mas sério, do que você estava falando?
— Sobre o baile de outono daqui a dois meses. Já estão começando a chamar as pessoas e eu só queria a morte. Vai ter um monte de macho me enchendo o saco. Meu Deus, é muito difícil ser uma grande gostosa! — Falou num muxoxo, fazendo Kyungsoo dar uma gargalhada.
Mas o sorriso acabou rapidamente quando percebeu Kim Jongin na porta da sala do terceiro ano “A”. Antes fosse só vê-lo, mas ia muito além disso. Jongin estava conversando com uma garota que não sabia o nome, mas sabia que era do terceiro “C”. Os dois estavam rindo de alguma coisa, a mão da garota fazia um carinho no braço do presidente do grêmio, que tinha os olhos espremidinhos por conta do sorriso.
Kyungsoo sentiu tudo dentro de si revirar. Não era ciumento! De verdade, não era. Mas dava uma dorzinha em seu coração imaginar que talvez Jongin estivesse com outra pessoa e que qualquer chance que pudesse ter de vivenciar um romance Netflix com o Kim estava indo ralo abaixo.
Sooyoung pareceu notar, porque bufou, estapeando o melhor amigo.
— Sua cara de cachorro ferido me enoja, sabia? Você sabe que isso é tudo culpa sua, não sabe? Porque estava muito claro que Kim Jongin queria te dar umas beijocas e talvez colocar a mão na coisa e a coisa na mão… Quem sabe uns cheirinhos no cangote. — Murmurou fazendo o Do fazer um bico.
— Não é minha culpa, Soo…
— Olha, eu entendo que você tem vergonha e tudo mais. Só que, Soo, presta atenção nas oportunidades que a vida está te dando! Você gosta de um carinho, ele é bi, e melhor, ele está interessado em você também! Bicho, qual a chance disso acontecer com alguém no ensino médio? O ensino médio é feito pra gente sofrer por amor não correspondido e chorar no banheiro porque Física é um lixo. — Falou séria. 
— Eu sei, só que…
— Sem desculpas esfarrapadas, Do KyungSoo. Seja ousadinho uma vez! Uma vezinha, cara. Só por cinco minutinhos. Depois você pode correr, chorar e eu te dou uns carinhozinhos pra você se sentir melhor.
— Você só dá carinho pra cachorrinhos e gatinhos, Sooyoung. Você sempre diz que seres humanos não merecem seu amor. — Arqueou a sobrancelha pra menina, que deu de ombros.
— Não menti. Mas abrirei uma exceção e te darei amor. Se você for ousado.
Kyungsoo suspirou.
— Tudo bem! Eu serei ousado. Hoje vou beijar o Jongin! — Falou determinado.
— ISSO GAROTO! — Sooyoung praticamente gritou, chamando atenção de todos, inclusive de Jongin. 
Kyungsoo ficou vermelho e rapidinho entrou na sala, fazendo a Park bufar.
— Deus, porque você fez o homem? O mundo seria tão mais fácil e melhor se só tivesse mulheres. — Murmurou negando com a cabeça.
💋
Kyungsoo quase caiu quando entrou na sala, mas conseguiu se equilibrar, considerando uma grande vitória. A sala estava praticamente vazia, com a presença apenas do presidente do grêmio no fundo do local, organizando suas coisas dentro da mochila. 
Jongin pareceu não notar a presença do Do, que cogitava sair de fininho e deixar aquilo para outro dia, porque sinceramente? A ousadia dele nunca duraria cinco minutos. Durou os dois segundos a qual ele entrou na sala e agora piscava em vermelho na sua mente a mensagem de “recarregar”.
Antes que de fato conseguisse sair de fininho, Jongin virou o corpo e o Do congelou por completo. O Kim não disse nada, apenas observou a presença do outro que ainda estava lá, durinho como pedra, como se tivesse morrido e alguém esqueceu de enterrar.
O presidente do grêmio ergueu a sobrancelha, possivelmente não entendendo o que estava acontecendo, e isso fez com que Kyungsoo engolisse seco, se questionando o que seria melhor: correr, ou se encolher e chorar até sua mãe vir lhe buscar. 
— Posso te ajudar em alguma coisa? — Jongin perguntou finalmente quebrando a tensão na sala.
— Bom… Hm… Então… Er… Olá? — Falou sem certeza.
Jongin riu.
— Olá!
— Então. — Kyungsoo umedeceu os lábios. — Você… Deveria fechar a mochila. Por causa do vento, sabe? — Apontou para a mochila aberta em cima da carteira do Kim, que novamente se viu fechando a mochila.
Após isso, um silêncio constrangedor ganhou a sala e Kyungsoo tinha certeza plena que Jongin estava conseguindo ouvir as batidas fortes do seu coração, que ganharia fácil de qualquer bateria de escola de samba.
O Do respirou fundo pela milésima vez e em passos incertos, se aproximou do Kim. Tirou algo do bolso e puxou a mão alheia para colocar sobre a palma, dando um passo atrás logo em seguida, olhando para os próprios pés.
Jongin olhou para a mão, encontrando o pedaço de papel que tinha arrancado da última folha do seu caderno e rabiscado “Vale um beijo” e entregado ao garoto. A folha estava ainda mais amassada, mostrando que tinha passado por uns maus bocados. Jongin acabou sorrindo levemente.
— Você está me devolvendo para informar que não quer o vale ou você está falando que quer usar o vale? — Perguntou olhando para o garoto, que ainda observava os próprios pés.
— A resposta não está meio clara? — Kyungsoo falou num muxoxo.
— Na verdade, não. — Jongin admitiu facilmente, dando de ombros.
Kyungsoo remexeu o corpo e bateu os dois pés no chão de modo birrento, jogando a cabeça pra trás num gemido sofrido.
— Por que você vai me fazer falar que eu quero te beijar? — Choramingou fingindo um soluço, fazendo Jongin gargalhar.
Kyungsoo era muito adorável.
Jongin dobrou o papel e guardou em seu próprio bolso, para por fim levar as duas mãos às bochechas do Do, fazendo-o congelar, arregalando os olhos e sentindo todo o rosto ficar quente.
— Promete que não vai sair correndo? — Jongin pediu com o rosto muito próximo do outro.
— Eu não sei se posso prometer isso. — Kyungsoo murmurou em resposta.
— Se você sair correndo, posso ir atrás de você? — O Kim tornou a perguntar.
— Pode. Possivelmente vou tentar fugir para o banheiro e dar descarga em mim mesmo. — Falou sério.
Jongin riu outra vez, para por fim deixar que seus lábios encostassem nos alheios. Foi só um selar, da mesma forma que havia ocorrido na barraca do beijo, com Kyungsoo ficando nas pontas dos pés para alcançar melhor.
Quando o Kim sentiu o Do relaxando, deixou que uma das mãos passassem da bochecha para a nuca, puxando mais o corpo para junto do seu, aprofundando o contato de modo que a língua agora pudesse invadir a boca do Do, que mesmo sem jeito, recebeu prontamente, tentando retribuir ao tempo que ignorava a própria vergonha.
Foi um beijo calmo, doce, levemente torto, com os dentes batendo quando o Do não aguentou mais ficar na ponta dos pés, forçando ambos a se separarem. O Kim riu e Kyungsoo acabou também rindo, escondendo o rosto com ambas as mãos, envergonhado. Jongin puxou o corpo menor para perto do seu outra vez, e abraçou toda a vergonha do baixinho.
— Você sabe que o vale é vitalício, certo? — Jongin murmurou ainda abraçado com o Do.
— Vitalício? — Perguntou confuso, voltando a encarar o mais alto.
— Sim. No momento que você utiliza, ele é pra sempre. Você vai receber beijos todos os dias até o fim da sua vida. — Jongin falou sério. 
— Oh não! Eu deveria ter lido as letras pequenininhas. — Kyungsoo falou negando com a cabeça. 
— Você aceitou e concordou com os termos. Agora você vai ter que lidar com isso. Vai ter que lidar com vários beijos meus.
— Tudo bem… Acho que posso fazer esse sacrifício. — Falou num sorriso tímido, mas não demorou a ganhar outro beijo em resposta.
Aparentemente os minutinhos de ousadia haviam dado certo! Até mesmo os Divertidamentes da sua cabeça estavam quietinhos, só assistindo tudo com orgulho. 
E do lado de fora daquela sala, Sooyoung espionava o amigo por uma brechinha, com um sorriso orgulhoso no rosto, e até mesmo com os olhos um tantinho marejados de emoção por Kyungsoo ter finalmente superado aquele medo.
Estava envolvida no beijo que ocorria bem debaixo de seus olhos, mas pulou no mesmo lugar quando uma voz inconveniente soou em seus ouvidos.
— Mas que coisa feia, espionando os amigos assim na cara de pau…
A Park se ajeitou no lugar e tomou postura para que enfrentasse aquele abusado de nome Oh Sehun.
— Eu não estava fazendo nada demais, eu hein.
Com aquela resposta, Sehun deu uma risadinha, olhou para dentro da sala e lançou um olhar sugestivo para a garota.
— A gente bem que podia fazer igual a eles, não? — Indicou com a cabeça, se referindo ao beijo de Kyungsoo e Jongin.
A garota imediatamente revirou os olhos com aquela ousadia.
— Eu não gosto de homens, cara. — Deixou óbvio, com os seus braços cruzados.
Sehun bateu as mãos, como se tivesse descoberto a melhor coisa do mundo.
— Nem eu! Olha aí, já temos algo em comum!
Novamente, Sooyoung revirou os olhos e bufou. Simplesmente não acreditava que aquela praga estava interrompendo o seu momento de mãe orgulhosa só pra falar aquelas merdas.
Com classe e sem hesitação, a garota saiu andando, enquanto colocava uma mecha por trás da orelha.
— Homens…
E, naquela tarde, Park Sooyoung continuou sendo a gostosona poderosa e misteriosa do terceiro ano, enquanto Do Kyungsoo finalmente começou a escrever uma nova história com o seu garoto da chuva.
É claro, sem chuva, sem constrangimentos, sem fugas e principalmente… com a sua mochila fechada.
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just-likefire · 2 years
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"Estranho...
Muito estranho...
Não tem nem 5 segundos que eu estava desejando, implorando e até mesmo gritando por um momento de paz. Até que, de repente e sem aviso prévio, ela veio. Simplesmente veio. Sem mais dores no corpo, sem mais angústias, sem mais sofrimentos. O coração já não parecia que iria explodir a qualquer momento, o pulmão já não está mais sabotando minha própria respiração e meu cérebro não busca mais uma solução rápida para conseguir sobreviver a qualquer custo. Tudo está finalmente calmo.
Confesso que nem me lembrava como era ficar sentado tranquilamente em uma praça observando a vida ao meu redor. Meses de hospital retiram de você essa perspectiva de que a vida voltará a ser normal novamente. Remédios, tratamento quimioterápicos e reuniões com diversos oncologistas fazem você acreditar que talvez possa ser curado de tudo. Mas apenas talvez ...
Só uma coisa não faz o menor sentido. Como exatamente eu vim parar aqui???
Não tem nem 5 segundos que o gelo do ar condicionado do hospital ainda estava presente no ar, que a mão de uma ou duas médicas aplicavam injeções enquanto gritavam com alguém e que um pedaço de metal frio era colocado em meu peito com uma voz masculina gritando 'Afastem-se!'.
Não tem como isso ser um sonho. Eu consigo sentir a solidez da madeira do banco com meus dedos, consigo sentir a grama sob meus pés e posso ouvir as crianças brincando aqui ao lado. Será que eu est...
- Hoje o dia está lindo, não acha? - disse uma moça ao meu lado.
Que susto! Quando esta mulher apareceu??? Eu não a vi chegando aqui.
- Sim... Você tem razão. Está lindo mesmo. - respondi meio desconfiado.
- Eu estava te esperando.
- Mas a gente se conhece? - eu comentei ainda mais confuso. Nunca tive a melhor memória do mundo, mas acho que me lembraria se eu já a tivesse visto.
- Infelizmente, não. Mas, no fim, eu sempre estou aqui esperando todas as pessoas. Entende?
O que ela quis dizer com tudo isso? Esperando todas as pessoas?
- Desculpa, mas não entendi não. O que significa isso?
- Algumas pessoas me chamam de monstro. Falam que eu apareci no pior momento possível e me imploraram para que eu vá embora. Outras pessoas me acolhem como uma amiga íntima. Elas me abraçam e se orgulham de tudo o que fizeram. - disse a moça com um sorriso sincero. Ela parecia cansada, como se tivesse feito uma longa jornada e ao mesmo tempo feliz, como se estivesse com saudades de mim. Seus olhos profundos eram lindos, mas também misteriosos.
- E como eu deveria agir agora? Devo pedir que vá embora ou que me abrace? - eu disse ainda mais confuso. Toda aquela conversa não estava ajudando em nada.
- Isso só você pode me dizer. Observando tudo de forma geral, como você acha que foi toda a sua jornada?
Nesse momento, um grupo de jovens comemoraram mais uma vitória no jogo que estavam participando ali perto. Suas risadas me trouxeram um sentimento muito bom no peito. Eu estava feliz por eles, mas também pensativo por lembrar de tudo o que passei.
- Dolorida. Vivi quase metade da minha vida em hospitais lutando contra meu próprio corpo. Nada disso foi fácil.
- Mas também foi em um hospital que você conheceu seus melhores amigos, não foi?
- Foi sim. A gente se divertiu bastante, na medida do possível. - eu disse. Como ela sabia disso? Ela realmente me conhecia mesmo?
- Também foi lá que você aprendeu sobre o amor, sobre o valor da vida e o quão forte e corajoso você é. - disse ela olhando para as nuvens e sentindo a brisa balançando seus cabelos.
- Só que foi lá que eu fiquei dias em uma cama tendo apenas a televisão como companheira e sentindo medo de não poder mais acordar depois de fechar os olhos a noite. - de fato, os meus últimos anos foram bem complicados. Cada dia parecia ser o último.
- Saiba que nada disso foi em vão. Mesmo quando você achava estar sozinho, sempre tinha alguém te admirando de longe e buscando uma inspiração na sua força. Lembra de uma garotinha que vivia com um vestido rosa?
- Claro que me lembro. Ela estava fazendo o mesmo tratamento que o meu. Nossos horários nos uniam poucas vezes na semana, mas nunca cheguei a conversar com ela. Parecia sempre distante.
Ouvimos mais risadas do grupo de jovens. O jogo deles estava acirrado. Mas a competição nem era um problema. Estava evidente que naquele momento, eles estavam jogando por pura diversão. Era, com certeza, um momento de alegria genuína.
- Ela quase desistiu de tudo em um momento. Essa garota não tinha mais nenhum motivo para continuar com tudo, mas ela via que você estava lá todos os dias e, quase sempre, com um sorriso no rosto. Isso a encorajou a seguir em frente até ela encontrar a cura. Então meus parabéns por isso! - o sorriso em seu rosto era lindo. Eu não sabia que havia ajudado alguém em minha vida. Confesso que estou feliz de verdade por isso, orgulhoso de mim mesmo, na verdade.
- Imagino que você já tenha uma ideia de quem eu seja, certo? - continuou ela.
- Comecei a desconfiar poucos segundos atrás.
- E tem algo que queira me perguntar?
- Na verdade, tem sim. Como será daqui pra frente? Minha vida inteira sempre foi baseada no medo do amanhã. E, novamente, estou aqui com medo dos meus próximos passos.
- Infelizmente não posso te dizer como será sua jornada. Tudo isso você descobrirá sozinho. Estou aqui para te dizer que tudo ficará bem, que você não precisa temer nada. Chega de dores, chega de sofrimento, chega de tristeza. Está na hora de você descansar, meu amigo. Vou te acompanhar até lá, mas você continuará a caminhada por conta própria.
A brisa que nos alcançou neste momento foi leve, mas bem refrescante. Por alguns segundos pude sentir um cheiro familiar no ar. Algo muito gostoso mesmo. Talvez seja alguma comida sendo feita ali por perto que parece estar uma delícia, mesmo sem provar. Me pareceu algo que eu gostava na infância.
- Em uma coisa, você estava coberta de razão desde o início. Você é mesmo como uma amiga íntima. Muito obrigado por me ajudar em todo esse processo. Posso te dar um abraço?
- Mas é claro que pode! - ela me respondeu com o sorriso mais sincero que já vi na minha vida.
Nos abraçamos e, naquele momento, eu pude sentir uma paz de espírito e uma calma descomunal. Nunca meu espírito esteve tão leve como neste momento.
- E, se me permite perguntar, qual o seu nome? - eu questionei realmente curioso. Não acredito que demorei tanto pra dizer isso. E ela gargalhou. Como se fosse uma piada interna que tem consigo mesma. Imagino que ouça essa pergunta com muito mais frequência do que eu pensava.
- Pode me chamar como eu realmente sou conhecida. Prazer, meu amigo, eu sou a Morte."
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bts-scenarios-br · 3 years
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Reaction - Quando vocês fazem uma música/MV sensual juntos.
(gên. feminino)
SEOKJIN
Você e o Jin já eram amigos há um tempo, quando foi proposto que fizessem uma música juntos. Ambos ficaram empolgados com a ideia, no começo, mas quando descobriram o conceito que iriam seguir, ficaram levemente assustados. 
Nunca tinham pensado que iriam propor que vocês dois fizessem uma música sensual, mas lá estavam vocês, com roupas sexys em um cenário um tanto quanto escuro, se preparando para gravar mais uma cena. 
Não estavam nem perto de terminar o que precisavam para o dia, e isso graças ao fato de não conseguirem levar a situação à sério. Sempre que se aproximavam demais, ou faziam algum movimento ousado, o Jin soltava alguma pérola para tentar encobrir o nervosismo dele. 
"Nunca me ensinaram essas coisas na faculdade." Ele disse, em uma cena em que você se sentava no colo dele, fazendo você suspirar e se levantar, repetindo. 
Porém, em um momento, ele não conseguiu fazer graça, já que a vergonha foi maior. 
Era uma das partes mais sensuais da letra da música, perto até mesmo de ser explícita. Para essa parte, ele tinha que te segurar firme pela cintura, enquanto estavam há centímetros de distância um do outro, olhando profundamente em seus olhos. 
Ele conseguia sentir a sua respiração quente contra o rosto dele enquanto mexia os lábios, e ele não demorou muito para sentir o coração dele disparar. Ele nunca tinha olhado para você desse jeito. Sempre te achou muito atraente, é claro, mas nunca pensou em qualquer coisa com você. Pelo menos até esse momento. 
"Jin." Você sussurrou, quando ele perdeu a deixa dele para começar a cantar, muito ocupado te encarando. 
No mesmo instante em que o diretor disse "Corta!", o Jin sentiu todo o sangue dele subir para o seu rosto. 
Ele ficou extremamente vermelho por ter praticamente sido pego no flagra por todo mundo, te secando descaradamente. Assim que viu as orelhas dele ficarem coradas, você não conseguiu segurar uma risada, que o pegou de surpresa para dizer o mínimo. 
"Relaxa, Jin." Você disse, com um leve sorriso, e o dando um empurrãozinho. "Eu também estou muito nervosa, não é exatamente fácil ficar perto de um rosto desses." Piscou um olho, fazendo ele corar ainda mais, mas soltar uma risada junto com você. "Só esquece que sou eu, e faz o que precisa, okay?"
Ele concordou com a cabeça, bem mais tranquilo por saber que, pelo menos, ele não era o único pensando demais. Depois disso foi muito mais fácil para ele continuar com a gravação, chegando até a parar de contar piadas a cada cinco minutos. Ele de fato esqueceu que vocês eram amigos, e parou um pouco de se culpar caso a imaginação dele fosse um pouco longe, contanto que ele conseguisse se manter no personagem, estava tudo bem. 
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YOONGI
Desde que vocês começaram as gravações do MV, você ficou extremamente impressionada com o quão tranquilo o Yoongi estava. Levando em consideração que vocês se conheciam muito pouco, ele fazer com tanta tranquilidade certas cenas estava te deixando surpresa, para dizer o mínimo. 
O que você sempre falhava em perceber, no entanto, era que no momento em que o diretor cortava as câmeras, e você se afastava dele, ele virava uma pequena bolinha de vergonha. Olhava para o chão e começava a brincar com a próprias mãos, respirando fundo para conseguir se recompor para continuar trabalhando. 
A verdade era que o Yoongi tinha uma leve quedinha por você já há um tempo. Na verdade, ele sempre foi um grande admirador do seu trabalho, e quando teve a oportunidade de se aproximar de você e trabalhar com você, ele acabou se encantando também pela pessoa que era (e claro que o fato de passarem horas em um estúdio escrevendo uma música sensual não ajudou muito com o clima). 
Mas em um momento você acabou presenciando a vergonha dele: foi em uma cena em que ele estava sentado em uma poltrona, e você se curvou sobre ele, apoiando um braço em cada lado do seu corpo. Nesse momento, você cantava uma das partes mais ousadas da música, olhando fixamente para os olhos escuros do homem à sua frente. 
Enquanto as câmeras estavam ligadas, ele manteve uma expressão séria, como se passasse por aquilo todos os dias. Mas foi só vocês ouvirem o "Corta!" do diretor, que o Yoongi virou uma bagunça. 
Você mal teve tempo de sair da frente dele quando ele desviou o olhar com os olhos arregalados, claramente surtando pela sua proximidade, o que fez você se afastar rápido dele, imaginando que estivesse desconfortável. 
"Desculpa." Você disse se curvando de leve, e ele voltou a te olhar, dessa vez um pouco confuso.
"Tá se desculpando por que?" Ele franziu a testa em sua direção. 
"As cenas estão te deixando desconfortável." Falou, calma. 
"O que?" Ele disse, ainda um pouco perdido e afetado. "Não, não estão não!" Ele negou. "Eu só estou um pouco nervoso e envergonhado, não precisa se preocupar." Ele disse, corando de leve.
"Bom, se for esse o caso, não está sozinho." Deu um sorriso pequeno. "Eu também estou nervosa, mas estava achando você tão confiante que fiquei tentando esconder isso." 
"Nós dois estamos à beira de um surto, então." Ele riu fraco, e você o acompanhou. "Vamos fazer assim, então." Se aproximou de você, falando baixinho. "Vamos continuar fingindo que estamos à vontade com tudo isso, e quem sabe no final da noite isso não se torne verdade?" 
Você arregalou os olhos de leve com essa atitude repentina dele, mas nem teve chances de o questionar, já que foram chamados para retocar a maquiagem e trocarem de roupa para a próxima cena.
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HOSEOK
Você e o Hobi já estavam ensaiando a coreografia da nova música que iriam fazer juntos há algumas horas já, mas sempre acabavam tendo problemas em um momento em específico: quando ele colocava ambas as mãos no seu quadril, p segurando perto do dele enquanto você rebolava devagar. 
Não conseguiram fazer esse passo juntos nenhuma vez, pois sempre que a parte chegava, um dos dois errava alguma coisa. Fosse o tempo, o lado para que se mexiam, ou mesmo quando o Hobi pegou na sua bunda sem querer, tudo isso graças ao nervosismo de ambos. 
Vocês dois eram amigos não tão próximos assim, mas tinham uma boa relação. Além disso, ambos tinham uma grande admiração um pelo o outro, e digamos que não era apelas pelos seus trabalhos. 
Quando começou a ficar um pouco tarde, a equipe de ambos começou a ir embora aos poucos, até que no final ficaram apenas vocês dois no estúdio, ainda lutando para fazerem o passo do jeito certo. 
Quando vocês erraram mais uma vez, dessa vez por terem tropeçado nos pés um do outro, soltaram um suspiro cansado e já sem paciência basicamente ao mesmo tempo, logo depois se encarando e soltando uma leve risada. 
"Por que isso está tão difícil?" Ele perguntou, te olhando indignado, mas já mais descontraído. 
"Eu também gostaria de saber." Respondeu. "Meu Deus é só uma reboladinha por que estamos tão em pânico?" 
O Hobi riu com o seu comentário, inclinando a cabeça para trás de leve e batendo palmas. 
"Não sei o que está acontecendo com a gente." Ele soltou um suspiro, depois que parou de rir, te olhando.
"Você também está se sentindo estranhamente nervoso?" Perguntou, e ele concordou com a cabeça. "Vamos fazer o seguinte, então." Andou até a caixa de som, colocando a música para tocar desde o início mais uma vez e correndo até ele logo em seguida. "Não tem ninguém aqui, não tem porque ficarmos envergonhados com qualquer coisa." Se posicionou na frente dele. "Só sente a música e se deixa levar, esquece todo o resto." 
Ele concordou com a cabeça, tentando fazer o que tinha dito, e por incrível que pareça, deu certo. Vocês dois deixaram a melodia tomar conta de seus corpos, e começaram a dançar como se aquilo, um com o outro, fosse a coisa mais natural que pudessem fazer. Passaram pela parte que tanto estava assombrando vocês sem nem perceberem, e por instinto, grudaram os olhos um no outro pelo resto da coreografia.
Quando a música acabou, ficaram contentes por alguns segundos, felizes por terem finalmente feito toda a coreografia do jeito certo, mas logos foram tomados por um choque de realidade. Vocês realmente tinham dançado de uma maneira sensual como aquela um com o outro? E ainda por cima gostaram?? 
"A gente até que foi bem." Você disse, levemente envergonhada. 
"Sim." Ele concordou, não muito diferente. "Você dança realmente muito bem." Disse com um leve sorriso. 
"Uau, eu me sinto honrada em ouvir isso de Jung Hoseok." Falou em um tom brincalhão, fazendo ele rir. "Mas então… quer tentar mais uma vez?"
"Claro!" Ele respondeu, mais rápido e mais empolgado do que planejava, e foi a sua vez de soltar uma risada. 
E vocês dançaram de novo. E de novo. E de novo. Perderam as contas de quantas vezes passaram aquela coreografia, mas não conseguiam parar… vocês estavam amando.
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NAMJOON
"Nessa parte aqui da música." O diretor disse, enquanto a melodia tocava ao fundo. "Quero que o RM pegue a S/N no colo e a prense na parede, bem ali." Ele apontou para um canto do set de filmagens, mas nem você nem o Namjoom olharam para onde o homem queria. 
Vocês dois estavam olhando para o diretor como se estivessem olhando para um cachorro que fala. Por um lado, sim, você e o Nam já tinham feito coisas parecidas antes. Não namoravam sério, mas tinham um certo relacionamento, só que com um detalhe muito importante: era em segredo. 
A ideia de vocês agirem da forma que sempre agiam sem ninguém saber, mas na frente de toda uma equipe de pessoas, os aterrorizou. E se eles perceberem? E se vocês se deixarem levar sem perceber? E se o Namjoon ficar excitado? (Tudo bem, talvez ele tenha sido o único a pensar nessa última situação, mas mas deixa de ser preocupante) 
Mas no final, acabaram cedendo à ideia. Queriam que o MV fosse o melhor possível, no final, e confiavam que, se o diretor estava os dizendo para fazer aquilo, era porque ficaria bom.
Mas a apreensão ainda estava os impedindo de fazer o que precisavam. O Joon não conseguiu por nada nesse mundo te prensar na parede da forma que queriam. Ao invés disso, ele te pegava no colo e te encostava lá quase que em câmera lenta, o que fazia o diretor soltar um suspiro e fazer vocês gravarem de novo. 
"Vamos fazer uma pausa de quinze minutos." O homem disse no microfone. "Depois tentamos de novo." 
Vocês dois concordaram e você observou o Namjoon sair de lá claramente chateado, indo se sentar em um pequeno sofá que tinha no set, e você não demorou para ir para o lado dele. 
"Hey." Disse se sentando. "Por que está assim?" O olhou levemente preocupada.
"Eu não consigo fazer o que eu preciso direito." Suspirou. "Não consigo controlar a força que coloco lá, sinto que se eu me soltar eu vou acabar te machucando por conta do nervosismo." 
"Nam…" Colocou uma mão na perna dele, garantindo que ninguém ao redor estivesse prestando atenção. "Sei que está com medo de alguém descobrir, eu também estou." Ele te olhou. "Mas vamos esquecer isso por um tempinho, o que acha? Se eles querem sensualidade, vamos dar isso para eles, se desconfiarem a gente diz que foi só pelo show." Piscou um olho e ele deu uma risadinha. 
"Tudo bem." Ele concordou. "Só pelo show." Ele olhou em volta, vendo todos os staffs reunidos em volta de uma tela enquanto observavam alguns takes, e se inclinou para te dar um leve beijo no canto da boca, se levantando logo em seguida. "Vamos lá então." 
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JIMIN
"Podemos ir de novo?" O Jimin disse, olhando nervoso para a câmera enquanto tinha o corpo apoiado por cima do seu na cama em que estavam. "Me desculpe…" Ele murmurou te olhando, envergonhado, e você respondeu apenas com um sorriso fraco. 
Vocês dois estavam indo maravilhosamente bem nas gravações ao longo do dia, mesmo em cenas em que tinham muito contato físico, ou na parte em que gravaram a dança de vocês. Mas, por alguma razão, a tranquilidade do Jimin tinha ido completamente embora nessa cena em específico. 
Ele precisava te empurrar de uma maneira sensual para a cama que tinha no cenário, apoiando o próprio corpo por cima do seu enquanto cantava a parte dele na música, correndo a mão pela sua cintura e intercalando os olhos dos seus para a sua boca. 
Mas algo dentro dele sempre o colocava em pânico nesse instante, sempre mesmo. Ele não sabia direito o que era que acontecia, mas era apenas ele sentir o corpo contra o seu que se perdia completamente, e pedia para tentar novamente, com medo que o pequeno surto dele transparecesse nas filmagem. Ele não conseguia por nada relaxar nessa parte, tanto por você estar tão próxima quanto por um outro fator: Ele não sabia ao certo o quão confortável você estava com aquilo.
"S/N?" Ouviu seu nome sendo chamado por uma voz doce enquanto mexia no celular, na pausa, e levantou o olhar para encontrar um Jimin receoso. 
"Sim?" Respondeu, tranquila. "Aconteceu alguma coisa?"
"Não exatamente." Ele falou, se sentando do seu lado no sofá. "É sobre a cena que a gente tem que fazer…" Você concordou com a cabeça, esperando que ele continuasse falando. "Você está bem fazendo ela?" 
Você franziu a testa, levando alguns segundos para entender a pergunta, mas assim que reconheceu a preocupação nos olhos dele, você sorriu de leve. 
"Estou sim, Jimin." Respondeu, e viu ele relaxar um pouco. "É por isso que está com tanta dificuldade de gravar?" 
"Em parte, sim." Ele respondeu, preferindo guardar o outro motivo para ele mesmo. "É bem invasiva, eu fiquei com um pouco de medo que se sentisse desconfortável." 
"Não se preocupe." Riu fraco. "Se eu ficar desconfortável com certeza vou avisar, não precisa ficar com medo." 
"Promete?" Ele disse, um pouco mais descontraído.
"Prometo." Respondeu, rindo fraco, e vocês se levantaram, ouvindo seus nomes sendo chamados.  
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TAEHYUNG
Vocês dois ainda estavam no processo da produção da música em si, e chegaram na parte em que iriam gravar oficialmente a letra. Fizeram boa parte do trabalho individualmente e em momentos diferentes, apenas se encontrando para discutirem algumas ideias em alguns momentos.
Mas nesse dia, iriam gravar o refrão da música, então tinham combinado de se encontrar em um dos estúdios do prédio da Hybe. O Tae tinha chegado muito antes do horário combinado, já que precisava terminar algumas partes dele na música antes que chegasse. Acontece que você também decidiu chegar lá antes do horário, mas sem avisar o Taehyung. 
Ele estava no meio de um verso quando você entrou no estúdio, mas não percebeu a nova presença no lugar. Você estava encantada com a voz dele, e com um leve sorriso no rosto quando ele colocou a cabeça dentro do cômodo em que estava com o produtor. 
"Foi bom?" Ele disse, ainda sem te perceber. "Estou um pouco nervoso de não cantar bem o suficiente, a voz da S/N é realmente muito boa." 
O produtor deu um leve risada, apontando para você com a cabeça, e fazendo o Tae finalmente virar o olhar em sua direção. 
"Que bobagem, Taehyung." Disse, rindo fraco, enquanto ele arregalava os olhos de leve, claramente envergonhado. "Sua voz é incrível, eu estava quase alcançando Nirvana aqui enquanto te ouvia." 
"Não precisa exagerar." Ele também riu fraco, ficando um pouco corado.
A verdade é que o Tae tinha uma quedinha por você. Na verdade, era praticamente um penhasco o que ele tinha. Quando você pediu para que trabalhassem juntos, ele aceitou sem nem mesmo pensar no assunto, se sentindo como um adolescente que tem a oportunidade de fazer um trabalho da escola com a pessoa que ele gosta. 
Claro que ele mantinha as coisas profissionais entre vocês dois, mas não conseguia não se sentir todo feliz quando o elogiava assim.
"Muito bem, é a parte do dueto." O produtor disse. "Podem ir juntos, vamos tentar uma vez com vocês dois cantando ao mesmo tempo." 
Vocês concordaram, tentando esconder a animação, e entraram na cabine, logo pegando um fone de ouvido cada um. Vocês ficaram quase colados, conseguindo sentir o calor que emanava do corpo um do outro. A música, especialmente o refrão, tinha uma pegada um tanto quanto sensual. Não chegava a ser explícita, mas definitivamente tinha um duplo sentido bem claro, e cantar isso com você ao lado dele com certeza abalou um pouquinho as estruturas do Tae. 
Mas ele se controlou muito bem, na realidade. Cantou com perfeição, apenas roubando uns olhares aqui e ali de você quando conseguia, se encantando quando te encontrava de olhos fechados e imersa na música (o que fez ele se perguntar no que, ou melhor, em quem pensava). Só que vocês não passaram disso, pelo menos por enquanto. Talvez depois de uns dias o Tae tomasse coragem e te chamasse para sair, mas até estar pronto, essas pequenas interações já eram mais do que suficientes para ele. 
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JUNGKOOK
Gravar um vídeo sensual com o seu namorado não deve ser tão difícil assim, certo? 
Errado. 
Pelo menos quando existe no mínimo vinte pessoas assistindo vocês enquanto cantam e fazem os mais variados movimentos que definitivamente não estavam acostumados a fazer em público, as coisas não ficam nem um pouquinho fáceis.
Mas, graças ao Jungkook, vocês conseguiram gravar tudo surpreendentemente bem. Você não entendeu direito como, mas  ele estava conseguindo fazer tudo o que precisava com você sem nenhuma preocupação aparente. Como nas cenas de dança, onde mexia os quadris contra os dele, ou quando se sentou no colo do seu namorado, e ele continuou cantando sem mostrar nenhum nervosismo.
Vocês terminaram as filmagens em metade do tempo esperado, recebendo elogios da equipe por terem feito tudo com tanta tranquilidade e profissionalismo (o que você sabe que inflou o ego do Jungkook pelo menos um pouquinho). Voltaram para casa naquela noite felizes pelo bom trabalho e ansiosos pelo lançamento, e você realmente estava achando que o Jungkook estava completamente tranquilo com tudo. 
Pelo menos até vocês assistirem ao vídeo pela primeira vez, semanas depois. 
Foi em uma das salas de reunião da Hybe, com vários staffs e produtores que os ajudaram em tudo. Estavam todos felizes, inclusive você e seu namorado, mas a realidade bateu nele assim que deram play no MV.
As mãos dele foram instantaneamente cobrir suas orelhas, enquanto cortava de leve e observava a tela, sem se decidir ao certo que queria simplesmente parar de olhar ou se queria prestar atenção em tudo. 
"Sabia que estava tranquilo demais para ser verdade." Sussurrou para ele, tirando uma das mãos do lado do rosto dele e entrelaçando na sua, recebendo um olhar preocupado. "Só assiste, se preocupe depois."
Ele acabou te obedecendo, mas ficou brincando nervosamente com os seus dedos durante os próximos minutos. Quando o vídeo finalmente acabou, ele suspirou, e você soltou uma leve risada da reação dele. 
"Isso está…" Ele começou, olhando para a tela, agora preta. "Bem mais ousado do que eu imaginei." Olhou para os diretores. 
"É, esse era o objetivo." Um deles respondeu. 
Uma pequena discussão se iniciou sobre o MV em seguida, mas nenhum de vocês participou. Ficaram em silêncio até serem liberados, e o Jungkook saiu quase correndo de lá, agradecendo todos pelo trabalho de maneira rápida. 
"Kook, espera." Disse, correndo para o alcançar no corredor. "Você está bem?" Viu o rosto dele se aliviar um pouco com a sua preocupação. "Sabe, se não tiver confortável com o vídeo podemos tentar de outro jeito…" 
"Não, não é isso." Ele disse, suspirando e pegando na sua mão. "É só que eu não estou muito acostumado com a ideia de mostrar nós dois assim para o mundo todo, ainda." Ele te olhou. "E se te atacarem de novo, como faziam no começo? Ou se for ainda pior?" 
"Hey." Riu de leve, colocando uma mão no rosto dele. "Não se preocupe comigo, okay?" Ele tentou negar, mas você foi mais rápida em voltar a falar. "Eu estou feliz por estarmos fazendo isso junto, e nada vai arruinar isso." 
"Sério?" Ele perguntou, com uma sombra de sorriso no rosto, e você concordou. "Está bem, então." Ele te puxou para um rápido selinho, garantindo antes que ninguém estava por perto, depois se aproximando da sua orelha e sussurrando. "Então agora eu já posso dizer que estava uma gostosa no vídeo?" 
"Jungkook!" Riu, o dando um tapinha. "Para quem estava à beira de um colapso você está bem empolgadinho, hein." Ele riu também. "Mas você também estava um gostoso, nós formamos um belo casal." O deu mais um selinho, fazendo ele rir mais alto e o puxando para irem embora.
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ó quem voltou :D 
Como seeempre, perdão pela demora :(( eu estava beeem ocupada com algumas coisas essa última semana, então não consegui escrever nadinha msm, mas finalmente terminei o post aaaa! 
E aah, tenho duas coisas pra dizer! 
A primeira é agradecer porque já estamos com mais de 400 seguidores, então muito muito obrigada, gente, de verdade, eu sou extremamente grata e apaixonada por cada um de vcs :(
E a segunda é só uma coisa que venho pensando em fazer, que é criar um grupo para conversarmos! Minhas duas opções são pelo Twitter ou criar um servidor no Discord, mas não sei se vcs usam eles ou mesmo se têm interesse em fazer parte shshshd mas eu acho que seria legal termos um lugar pra surtar em harmonia, sabem? Enfim, se alguém se interessar me avisa! 
Era só isso mesmo, então espero que tenham gostado, apesar da demora, e me desculpem por qualquer erro! 
Até mais, e fiquem bem! 
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Pedido de @nightstars5: Faz um hot do Harry onde ele é um bad boy do colégio, mas é completamente apaixonado pela garota reservada da turma e eles acabam ficando presos na biblioteca, o resto é contigo. Amo seus imagines, você escreve super bem!
Prontinho, xu! Eu não sabia se queria algo explicito ou não, tentei ao máximo escrever meio a meio mas no final não deu e fiz um hot bem hot skskskssk. O imagine está enorme pelo simples motivo de: eu me empolguei KKKK, espero que não se importe e curta a história que criei a partir do seu pedido. Gostei demais de escrevê-lo e fico esperando seu feedback, OK?
Boa leitura 🖤🥵
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- Ah, qual foi, Prescott! Biblioteca? - mais uma vez Styles o enfrentava, sem medo de qualquer consequência após a indignação expressada em seu rosto e mãos gesticulando.
- Sim, senhor! - rebateu o diretor, mais sério do que de costume. - E não me venha com desculpas, está me ouvindo? - o garoto ameaçou abrir a boca para contrariar, mas de nada adiantaria depois do ultimato feito pelo mais velho. Olhos revirados e uma chacoalhada de cabeça lenta foi tudo o que o ele pôde fazer.
- Três semanas na detenção e assunto encerrado.
- Você ficou um mês inteiro de castigo e não funcionou. - comentou ao dar uma risada falha. - Além do mais o problema de agora não é comportamental e você sabe muito bem disso.
- Passar horas na biblioteca também não vai resolver.
- Se você se dedicar e não quiser ter a sua mãe de novo por aqui, em mais uma reunião falando sobre o filho que já é grandinho o bastante e ainda não tomou jeito, pode ter certeza que vai resolver. - Harry bufou. Realmente ele odiava quando Anne aparecia no colégio para mais uma conversa sobre o histórico escolar nada bom do menino. Estar no último ano da escola e ainda precisar da mãe para que os problemas fossem resolvidos era quase que uma humilhação para a geração de adolescentes. E aguentar o sermão calado em casa era pior ainda.
- OK, eu vou fazer isso. - rendeu-se mesmo não querendo. - Mas acha mesmo que eu vou colocar dez matérias em dia em uma tarde?
- É claro que não. - o moreno suspirou aliviado. Talvez a história da biblioteca fosse mais fácil do que parecia. - Serão quinze tardes. - Harry arregalou os olhos, mais que surpreso com a notícia. - Duas semanas para ser mais exato.
- Se quer me foder me beija, porra! - a frase foi dita tão espontaneamente que até o rapaz esqueceu que, por mais que tivesse uma relação amigável - dentro de algumas circunstâncias - com o diretor, ainda sim ele não era seu amigo íntimo para tratá-lo daquela forma.
- Harry! O que é isso? - repreendeu o responsável pela Holmes Chapel Comprehensive School.
- Desculpa.. - falou desanimado e um pouco envergonhado por ter passado do ponto. - Mas é sério, diretor. Eu prometo que vou melhorar. Faço de tudo para esse colégio, mas por favor não me deixe preso na biblioteca por duas semanas.
- E você quer que eu faça o quê? Esqueça disso e dane-se você? - o moreno permaneceu calado. - Eu me importo contigo, garoto. Suas notas estão horríveis porque você não aparece nas aulas e a culpa é somente sua. - comentou dando uma pausa. - Sua carga horária esse ano está muito abaixo dos outros alunos. E é um motivo claro de expulsão se continuar assim e você não aceitar a escolha que estou te dando. Garanto que nem você e muito menos sua família quer procurar outra escola faltando pouco menos de um ano para o fim dessa fase. - desconfortavelmente e aceitando que estava perdido, Styles coçou uma das sobrancelhas para disfarçar todos os sentimentos ruins e respirou fundo. - Sabe que eu, como diretor, não posso ignorar esse tipo de coisa. Ainda mais sabendo que você é inteligente pra caramba revendo os registros de boletins passados que estão excelentes por sinal. - fez uma pausa dramática ao encarar o garoto sério, sentado a sua frente de braços cruzados. - Onde está esse Harry?
- Trancado no armário por justamente não ter tempo.
- Então acho melhor você tirá-lo de lá, pois ele vai ter muito tempo livre nos próximos dias fazendo trabalhos, lista de exercícios e estudando bastante para compensar as horas que o outro Harry desperdiçou. - o rapaz soltou uma risada cínica ao virar um pouco o rosto para o lado esquerdo e ajeitar a jaqueta jeans que usava.
- Eu gosto muito de você, mas tem vezes que eu não te aguento.
- Você não quis ter intimidade com o diretor? Pois bem, lide com isso. - sem remorso, Harry aceitou a proposta fácil de ser recusada mas difícil de ser concluída ao se despedir e sair do escritório de Chad Prescott, com a mochila cheia de livros nas costas, a caminho do seu novo cantinho.
- E aí, Styles? Tomou mais um cafezinho com o Prescott? - sem ao menos ter visto a pessoa que o chamou, o rapaz identificou quem era pela brincadeirinha e tom de voz usado, escutando-a atrás dele.
- Hoje foi um café duplo de esporro. - disse ao virar-se e por fim ver o grupo de amigos a alguns metros dele enquanto ainda caminhava - agora de costas - para seu destino pelas próximas horas e dias.
- Não vai embora com a gente? - um deles perguntou.
- Hoje não. - respondeu ao colocar as mãos no bolso da calça jeans rasgada. - E provavelmente nunca mais.
- Tá preso aqui, é?
- Duas semanas na biblioteca. - a risada dos quatro amigos vieram instantaneamente, assim como a dele que deu de ombros, mesmo estando abatido com a sua situação que não era, nem de longe, a melhor que ele já passou quando o assunto era escola.
- Deu ruim, bonitão.
- Quando vai para biblioteca é porque a expulsão tá vindo, hein.
- Vamos ter um nerd no grupo depois dessas duas semaninhas? - a zoação vinha de cada um dos meninos e a expressão de Harry era uma mistura de risada com frustração, além da leve irritação ao mostrar o dedo do meio para os amigos, acompanhado de um sorriso cínico após tirar os óculos escuros apoiado na gola da camiseta e usá-los para disfarçar os sentimentos e virar-se novamente para então chegar em frente a porta de vidro da biblioteca.
Styles ficou alguns longos segundos parado em frente ao local, ainda desacreditado que chegou ao ponto de ser expulso se não mostrasse disciplina.
- Ai, ai. Vacilou, Styles.. vacilou feio. - falou para si mesmo ao passar as mãos no rosto e então entrar na área que, se foi duas vezes desde que estudava ali, já era muita coisa.
Ao entrar, Harry foi recebido com o famoso sorriso dado por duas garotas assim que o viram. Aquele foi o único momento em que se sentiu um pouquinho melhor por usar seu lado conquistador ao lançar um olhar diferente para as meninas mais novas, além de mostrar seu sorriso com covinhas, marca registrada dele naquela escola.
- Meninas. - cumprimentou ao abaixar um pouco a cabeça e dar espaço para passarem. O gesto, apesar de simples, foi o ápice para elas rirem feito boba quando passaram pela porta depois de serem notadas pelo bad boy do colégio, usando óculos escuros que caiam perfeitamente bem com a camiseta branca que vestia.
- Harry Edward Styles, quem diria! - Miriam, a funcionária mais antiga e fofa do colégio, disse ao ver o rapaz aproximar-se do balcão, retirando os óculos e esboçando um leve sorriso.
- O diretor contou que eu viria?
- Mais é claro! - respondeu a velhinha. - E tem um lugarzinho separado especialmente para você.
- Maravilha.. - o moreno levantou as sobrancelhas fingindo animação.
- A mesa do fundo é toda sua.
- Aquela próxima a parede?
- Isso. A última mesa lá atrás. Essas aqui da frente serão usadas pelo sétimo ano daqui a pouquinho.
- Tudo bem. - ele sorriu fraco. - Bom, é melhor eu começar porque tenho muita coisa para fazer.
- Boa sorte, querido.
Ao dar mais um sorriso agradecendo a boa vontade de Miriam, Harry andou devagar até a mesa redonda que aparentemente era sua, sentando de frente para a entrada mesmo que fosse difícil vê-la por conta de algumas prateleiras repletas de livros, as quais cobriam sua visão.
Por mais que a vontade fosse zero de estudar, sua mente botou-lhe medo ao pensar que poderia ser expulso do colégio, dando desgosto para os pais e prejuízo a si mesmo por estar perto do fim do ensino médio e não ter notas boas suficiente para entrar na faculdade. Ele definitivamente não queria falhar.
A biblioteca estava vazia e Styles concentrava-se ao máximo nas questões de biologia, passando duas horas realizando exercícios pendentes e dois trabalhos sobre plantas que seriam para próxima semana e ele resolveu adiantar. Entretanto, sua atenção foi embora ao escutar - mesmo que longe - uma voz conhecida falar com Miriam. Ao por os olhos nela um friozinho na barriga tomou conta dele e o coração bateu mais rápido. Normalmente isso não acontecia com frequência, até porque era ele quem causava essas sensações nas garotas. Porém, ao se tratar de S/N, a paixão secreta do garoto desde o oitavo ano, esse nervosismo repentino, principalmente quando estava sozinho, havia virado costume.
A garota, por mais que não fosse a mais popular da escola e não gostasse de estar em um lugar repleto de gente, ainda sim era uma pessoa muito divertida, boa de papo e até um pouco extrovertida quando estava em um pequeno grupo de amigos ou acompanhada de uma só pessoa. Harry e ela já haviam conversado algumas vezes pelos corredores e durante as trocas de aula por sentarem próximos um do outro. Contudo, nem em sonho S/N considerou ter algo com o bad boy, apesar de achá-lo um gato e ter percebido há algum tempo que ele a tratava de um jeito diferente e especial dentre as outras meninas. No entanto, a sua parte reservada não a deixou tentar um contato mais longo com ele, mesmo levando em conta os olhares intensos que trocavam quando se esbarravam por aí. Olhares estes que eram exatamente como os que aconteciam assim que ela e Harry perceberam a presença um do outro naquele mundo de livros.
S/N, após ter um diálogo rápido com a bibliotecária sobre uma das pesquisas que estava fazendo semana passada, foi ao seu canto preferido, também na parte de trás da biblioteca, colocando a mochila na mesa redonda na diagonal de Styles, que lançou um sorrisinho fraco como cumprimento ao vê-la acenar de leve para ele e então dar-lhe as costas ao sentar olhando para frente.
Mesmo querendo estar focado no trabalho, Harry não conseguiu se concentrar cem por certo ao ter a visão privilegiada da menina vestindo um shorts jeans não muito comprido mas bem colado e uma camisa folgada de botões que combinou perfeitamente com o óculos de grau delicado que ela usava, deixando-a bem sexy ao olhar do moreno.
Os minutos que seguirão após S/N ter entrado e Styles tentar ao máximo para não desviar sua atenção e olhar para a garota, vieram acompanhado de uma escuridão vinda de fora por conta das enormes nuvens que encobriram o sol de repente, e os sons dos trovões logo avisaram que uma tempestade estava a caminho.
Não bastou vinte minutos para a chuva cair com força e assim inundar a biblioteca das crianças no térreo. Foi o que os dois estudantes ouviram do rádio de Miriam que, mesmo cuidando da área de cima, era responsável pelo local de livros infantis que inaugurou há poucos meses, o qual eram os alunos que tomam conta. Por isso, ao ser chamada por alguns inspetores teve de ir até lá, deixando Harry e S/N sozinhos.
De imediato os dois não acharam nada demais e continuaram a fazer o que estavam fazendo como se nada tivesse acontecido, escutando os pingos grossos bater contra o vidro, além de ver pelas janelas a força do vento que balançava incansavelmente os galhos presos as árvores ali por perto. Entretanto a situação mudou quando um raio forte caiu do céu e um travão alto disparou, fazendo uma árvore antiga cair nos fios de luz da rua e cortar toda a energia.
A biblioteca, com uma iluminação de primeira, ficou completamente escura e a porta que era sensorial, assim como as salas dos professores, nova instalação feita no último semestre, manteve-se trancada pela falta de energia.
A única luz que surgiu em meio ao apagão veio da lanterna do celular de S/N, que foi diretamente na direção do moreno.
- Quando eu venho estudar o mundo acaba.. - Styles comentou ao vê-la soltar um riso fraco. - Só pode ser brincadeira.
- Então você é o verdadeiro culpado disso tudo. - brincou, entrando na onda do rapaz, que sorriu de leve ao dar de ombros.
- Bom, talvez.. - mais uma vez a risada dela foi escutada e Harry, como um ótimo paquerador, não perdeu tempo ao perceber o contexto em que estava inserido. - Será que você pode vir com a lanterna aqui para eu continuar estudando? - obviamente não era essa a intenção em mente, mas gostaria que ela se juntasse a ele para então desenrolar algo com a crush de anos.
- O que você está fazendo? - perguntou ao se aproximar e apoiar as mãos na mesa assim que deixou celular com a tela virada para baixo e a lanterna para cima. - Ou melhor, estava, né.
- Resumo sobre o desenvolvimento angiospérmico.
- Uau, adiantando trabalho.
- Sim, finalmente tomei jeito. - disse o rapaz ao afirmar com convicção suas atitudes, fazendo a garota rir.
- Meus parabéns. - ele sorriu. E que sorriso.. pensou S/N.
- E você? Faz o que aqui?
- Vim terminar o livro para a prova de literatura em um local silencioso, que é o oposto da minha casa.
- Isso que é gostar da escola.
- É tranquilo ficar aqui. - rebateu ao virar de costas para a mesa e sentar nela sem esforços. - Eu gosto bastante.
- Então hoje é literalmente seu dia de sorte.
- Por que? - indagou confusa.
- A biblioteca está mais que silenciosa, não tem absolutamente ninguém para te atrapalhar e eu estou aqui. - respondeu ele, dando um toque de convencimento na última frase.
- Realmente. - após um riso leve, S/N fez que sim com a cabeça e olhou para o moreno. - Só que agora isso não serve de nada se não tem luz para que eu possa ler. Ou você terminar seu trabalho. - comentou em um tom levemente chateado. - E não podemos sair daqui porque estamos presos.
- A porta não abre?
- O sensor está ligado à energia, então eu acho que não. - disse enquanto o garoto caminhava até a entrada para confirmar a suspeita. Depois de levantar os braços e mexê-los para lá e para cá, além de pisar com força no chão a fim de abrir a porta, nada aconteceu.
- É, estamos presos. - constatou antes de rir assim como S/N, e retornar para aonde estava. - Bom, eu sei de uma coisa que podemos fazer. - dando passos não muito grandes, Harry foi chegando mais perto dela e os olhos diziam muito mais que palavras naquele instante.
- Acha que eu quero algo contigo? - uma risada estava presa nos lábios da garota e por mais que quisesse ter algo com ele, o joguinho criado em sua cabeça pareceu mais interessante do que cair imediatamente em cima dele.
- Você é quietinha mas eu reparo muito bem quando, discretamente, lança seu charme para cima de mim.
- Eu apenas sigo a linha que você traça.. - rebateu ela ao ser “presa” pelo garoto, o qual apoiou as mãos na mesa, uma em cada lado de onde as pernas dela estavam. A voz de S/N soou diferente e seu olhar tornou-se mais intenso, mesmo que fosse difícil notar alguma mudança com a pouca iluminação. Ainda sim o ar por ali havia caminhado para outra direção, um tanto quanto sedutora diga-se de passagem. - Ou tô errada?
- Sempre soube disso? - agora foi a vez dele bancar o provocador e inclinar o corpo para frente, bem próximo do dela.
- Disso o quê?
- Que tenho uma queda tão grande por você mas que absolutamente ninguém sabe.
- Bem, eu sei.. - S/N esboçou um sorriso cínico mas muito sexy, principalmente ao morder o lábio inferior enquanto seus olhos se perdiam nos dele.
- Desde quando?
- Oitavo ano. - o riso escapou junto com a verdade, fazendo o moreno surpreender-se, e muito.
- O quê? - indagou ao voltar com corpo para a posição de antes, cortando um pouco o clima. - Mas eu sempre fui muito discreto.
- Você rejeitou a menina mais bonita da classe para ir no baile comigo, Harry..
- Ela não era a mais bonita para mim. - o sorriso tímido não demorou nada para surgir e o olhar foi desviado assim que os dele encontraram o dela sem medo.
- Enfim, eu presto muita atenção nos detalhes.
- Então você deve saber o que eu quero desde aquela noite, não? - os dedos do rapaz escalaram a perna direita dela delicadamente, enquanto seus olhos acompanhavam o movimento até alcançar a cintura de S/N para então encará-la de um jeito que a garota sentiu a espinha arrepiar.
- Sabe que não.. - provocou, ao aproximar o rosto do dele.
- Posso te mostrar? - a fala saiu baixinha, a voz rouca foi escutada perfeitamente por ela e mesmo que a escuridão prevalecesse, a mulher se perdeu no oceano verde que descobriu ao visualizar aqueles olhos, os quais realçaram com luz vinda da lanterna.
- Com prazer. - sem esperar mais alguma palavra, Harry colou os lábios nos de S/N no mesmo instante que os dedos entrelaçaram na parte trás do cabelo dela. A garota também tinha as mãos ocupadas, localizadas na cintura do moreno, trazendo-o para mais perto de si mesmo que ainda estivesse sentada na mesa. O beijo tinha gosto de menta pelo chiclete mascado por Styles minutos atrás, deixando tudo mais refrescante ao tempo que os corpos flamejavam por dentro. Um contato mais forte aconteceu quando as mãos dele desceram para a cintura de S/N, fazendo-a deslizar pela mesa até grudarem os corpos em uma pegada digna de suspiros, os quais foram abafados pelas bocas unidas.
- Já suspirou, meu amor? - Styles questionou de forma retórica ao parar o beijo por míseros segundos. - Achei que não queria nada comigo.
- E eu não quero..
- Então o suspiro não quer dizer nada?
- Por que não descobre? - o sorriso do moreno apareceu assim que escutou a provocação, instigando-o a voltar aos beijos, porém em outra região. Os lábios dele desceram até o pescoço e S/N jogou a cabeça para trás. Ele aproveitou que a camisa era de botão e não pensou duas vezes em desabotoá-la usando a força, deixando a moça sem ar ao vê-lo da maneira mais sedutora possível, não importando se alguns botões soltaram-se do tecido com aquela abertura repentina. Ela estava concentrada demais na figura agressiva e altamente sexy a sua frente para se preocupar com botõeszinhos.
Assim, Harry deixou beijos molhados e leves chupões no colo descoberto pelo sutiã branco que ela vestia, sendo o início dos gemidos. A medida que foi descendo, a situação foi ficando cada vez mais delicada e ao desabotoar o shorts, S/N soltou um riso sapeca, encarrando o moreno, também sorridente, que levantou a garota pegando-a no colo para que a parte de baixo, inclusive a calcinha, fosse retirada por ele. Os lábios juntaram-se de novo e colocando as mãos grandes na bunda dela, Styles desceu as peças devagar ao deslizar as mãos para dentro, tendo contato com a pele macia, e finalizar com um aperto forte e gostoso nas duas nádegas. E toda essa ação rolou junto de um beijo marcado pela lentidão e tesão acumulado.
- Você vai me chupar? - S/N perguntou ao som de um sussurro ao ser colocada de volta na mesa, mas tendo os lábios dele ainda em sua boca, aproveitando a ocasião para puxá-lo devagar. Um suspiro acompanhado de uma risada falha foi dado pelo rapaz, que apenas limpou o canto da boca com o polegar e o indicador lentamente, encarando-a sem dó e muito desejo, para só então ajoelhar-se e abrir as pernas dela. Aquela cena respondeu a pergunta apenas usando a sedução, além de causar arrepios e suspiros na garota.
S/N apoiou as mãos na mesa, viradas para trás, deixando-as segurarem o peso de seu corpo ao sentir a língua quente do moreno lambê-la de leve, de baixo para cima. Os olhos fecharam e um gemido mais alto que os anteriores foi escutado por Harry quando sugou a região onde encontrava-se o clitóris, não dando para a ela controlar qualquer atitude que fosse depois daquela chupada.
- Puta que pariu..
- Shiiu.. não grita, gostosa. - disse ele baixo, com um sorriso fraco, e então voltou a movimentar a língua na intimidade extremamente molhada enquanto apertava as coxas da garota. Os gemidos que ela fazia eram a melhor coisa que Styles já escutou e seu pênis conseguiu ultrapassar o limite de ficar duro ao conquistar o combo de sons e gostos que tanto queria.
- Harry.. sobe.. agora! - a respiração tornou-se complicada após a enxurrada de prazer que a boca do moreno causava em sua boceta, contudo ela queria ter o orgasmo junto com ele para que tudo terminasse perfeito. - Você me fez muito feliz agora. - confessou quando ele subiu e ela o agarrou, dando-lhe um beijo pra lá de quente enquanto as mãos foram até a barra da camiseta dele, puxando-a para cima, tendo finalmente acesso àquele abdômen tatuado e definido. - Como você é gostoso! - com o olhar queimando o corpo do garoto, ela mordeu o lábio inferior e por incrível que pareça Harry sentiu seu amigo enrijecer ainda mais.
- Que isso.. você está mexendo muito.. muito mesmo com o meu pau.. - ele apertou a região ainda coberta pela calça e cueca, fechando os olhos quando recebeu o toque e um gemido leve escapou. - Eu tô muito duro por você, garota.
- E tá esperando o que para pegar a camisinha e me foder aqui mesmo? - Styles levantou as sobrancelhas, desacreditado que a menina mais quieta da sala poderia se soltar tanto por conta do tesão. Um sorriso safado surgiu em seu rosto e foi aí que percebeu que seu coração batia ainda mais forte por ela.
- De reservada você não tem nada. - comentou entre risoa ao agachar e pegar a carteira que havia caído da mesa, assim como alguns papéis por conta da agitação dos dois.
Em poucos segundos Harry já havia abaixado as calças, a cueca e então posto o preservativo. Entretanto, antes da penetração a garota o puxou para mais um beijo, lento e doce, envolvendo os braços na nuca dele para então sentir os sexos se tocarem e enfim entrarem em um contato bem mais íntimo.
Os gemidos saíram em sincronia quando a sensação de prazer foi iniciada. As estocadas eram precisas e vagarosas, enquanto as línguas brincavam uma com a outra sem pressa. No entanto, Harry tinha a necessidade de deixar aquilo mais rápido para sentir a sensação que esperava, por isso pegou S/N no colo e sentou na cadeira bem atrás dele.
- Rebola mais rápido.. - ela não disse nada e apenas obedeceu, aumentando a velocidade da transa assim como os gemidos. As mãos dele pressionando a cintura da garota enquanto ela cavalgava rapidamente em cima dele foi o mínimo detalhe que deixou tudo mais gostoso. O som dos corpos se chocando era alto, mas graças a chuva o barulho foi abafado e eles finalmente chegaram ao ápice daquele sexo improvável e secreto.
- Olha, talvez a biblioteca não seja tão ruim assim.. - comentou o rapaz rindo junto de S/N enquanto recuperavam o fôlego. Depois de alguns beijos calmos a respiração voltou ao normal e eles então vestiram-se e arrumaram as coisas que foram parar no chão antes de iniciarem o show, dando tempo suficiente para a luz retornar e tudo voltar ao normal, como se nada tivesse acontecido.
- Tudo em ordem?
- Tirando a minha camisa, sim. - respondeu entre risos ao perceber que faltavam quatro botões na peça.
- Me desculpa. - disse o moreno, também rindo. - Veste minha jaqueta, outro dia você me devolve.
- Mesmo?
- Claro. Eu que fiz isso.. - falou sem graça.
- Valeu. - dando um sorrisinho miego ela agradeceu, voltando a ser a garotinha reservada de sempre.
- Gostei de conhecer a sua outra versão.
- Ela não aparece muito, sabe?
- Uhum. - Harry concordou ao esboçar um riso sexy. - Bom, eu vou estar nessa biblioteca por mais duas semanas. - comentou ao se aproximar dela. - Caso ela queira aparecer de novo, pode contar comigo. - novamente os lábios estavam muito próximo e o desejo de se beijarem voltou, mas infelizmente foi cortado com a voz de Miriam.
- Meus queridos! - no mesmo instante que ouviram as duas palavras eles separaram-se e disfarçaram a situação para que a bibliotecária não desconfiasse de nada. - Tadinhos! Ficaram presos aqui. Vocês estão bem?
- Ótimos, Miriam! - respondeu o moreno, dando um risadinha sincera e divertida. - Muito bem aliás!
- Me perdoem por não conseguir tirar vocês antes.
- Tá tudo bem. - completou S/N. - A gente usou a lanterna do celular e jogamos conversa fora.
- Ai, que bom! - a velhinha respirou aliviada e os adolescentes ainda tinham um riso preso nos lábios pela mentira ter funcionado como duplo sentido. - Eu tenho que descer de novo, mas agora vocês estão livres para ir embora.
- Obrigada, Miriam!
- Por nada, amores! E Harry, te vejo amanhã, hein?
- Com certeza. - o moreno acenou para a mulher, que foi andando depressa para longe dali.
- Bom, a gente se vê. - S/N aproveitou a deixa, pegou suas coisas e despediu-se do garoto ao andar para trás, um pouco envergonhada depois que toda a situação passou.
- Sabe onde me encontrar.
- Na mesa do fundo, certo? - a risada foi carregada de segundas intenções assim como a dele, que concordou com a cabeça e a observou ir embora, feliz demais por tudo o que aconteceu, ficando ainda mais contente quando ela virou para trás depois de alguns passos e acenou do mesmo jeito quando se viram ainda cedo, na biblioteca, antes da chuva, tanto real quanto de prazer acontecer.
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Se possível, deixe seu feedback na ask! Adoraria saber o que achou :)
xoxo
Ju
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loserloverff2 · 3 years
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Cap. 31
-Beomgyu e Yeonjun decidiram ir dar uma volta, é isso? – Taehyun pergunta no instante em que se aproxima de Soobin na cozinha.
-Acho que os dois estavam precisando, quer dizer, Huening está no quarto, mas Yeonjun e Beomgyu saíram.
-Yeonjun, por um minuto eu achei que ele ia fuder com todo mundo.
-Eu percebi e odiei a sua reação.
-A reação dele também não foi das melhores.
-Ele reagiu porque você provocou.
-Claro, como se o Yeonjun nunca tivesse sido agressivo nem nada disso.
-Você sabe que ele passou anos tentando diminuir a agressividade, você mais do que ninguém sabe disso. O que deu em vocês dois? Costumavam ser grudados, você costumava ser o melhor amigo do Yeonjun, o que mudou? Por que depois de algum tempo você foi se tornando mais e mais hostil com ele?
-Eu só precisei me afastar dele, só isso.
-Pois é melhor voltar a se aproximar, ele precisa da gente.
-Eu sei.
-Pois é, mas quase perder o Yeonjun agora me deixou preocupado.
-Com o que?
-Com tudo. Como líder, como hyung. Eu estou dando atenção suficiente para os dongsaengs? Eu estou sendo um bom líder? Como eu não notei que o Yeonjun estava no limite? Eu sei que não sou o mais velho, mas mesmo assim, eu sou o líder e me sinto responsável por eles, sabe? Até por você. Faz um bom tempo que não conversamos, que não perguntamos uns aos outros como estamos realmente nos sentindo, é como se com toda essa correria nós tivéssemos nos desconectado tanto ao ponto de um de nós estar pendurado por um fio em um abismo e os outros não notarem.
-Eu entendo o que você quer dizer.
-Não somos colegas de banda, somos amigos, irmãos. O que está acontecendo com a gente? Quando foi que deixamos a amizade de lado para nos dedicar apenas ao trabalho? Quando deixamos o companheirismo para nos concentrar apenas na parceria?
-Não sei te dizer.
-Onde estão Yeonjun e Beomgyu agora? Eles estão precisando de ajuda? Estão sofrendo? Onde estão?
Quando Beomgyu sai do banheiro olha ao redor e nota que está sozinho.
-Lizzy? – chama olhando ao redor, será que ela está na cozinha? Ou talvez no quarto?- Lizzy?
Ele escutara o barulho da porta se fechar, mas achara que talvez fosse a porta do quarto, agora que nota que está sozinho sabe que fora a porta do apartamento.
Segue naquela direção e ve a porta do elevador se fechar. Corre até lá, mas é um pouco tarde demais. Ultimo andar? Ela está indo para o ultimo andar? Por que?
Chama o elevador e espera. Após alguns minutos ele volta e Beomgyu aperta o numero do ultimo andar.
Sai do elevador e percebe que o portão que dá para o terraço está entreaberto. Está tarde e frio lá fora, o que diabos ela está pensando?
-Li... – então ao empurrar um pouco do portão ele a vê, mas ela não está sozinha, ele conhece aquele casaco cinza. A imagem faz com que o coração de Beomgyu de um salto no peito. O que Yeonjun está fazendo ali?
O vento forte faz com que as vozes de ambos sejam audíveis. Se ele fosse fazer a coisa certa, ele iria embora, mas naquele instante ele não consegue se conter e decide ouvir a conversa.
Ela não é longa, mas o pouco que ele escuta faz com que seu coração se despedace.
Yeonjun está sofrendo e não é o único, pela forma com que Lizzy reage, pela forma com que ela chora, ela também está sofrendo, ela ainda o ama e aquilo fica evidente a cada lágrima que escorre de seus olhos.
Beomgyu se sente ainda pior. Ele a ama, aquilo é fato, mas sabe que ela não corresponde, não da forma que ele espera que ela corresponda.
Respira fundo e segue caminho ao notar que Yeonjun está vindo em sua direção. Corre até o elevador e aperta o botão de volta para o andar do apartamento em que estava, precisa pegar suas coisas e ir embora, mas não pode cruzar com Yeonjun.
Quando entra em casa Lizzy toma um susto, Beomgyu está sentado no sofá, ao escutar o barulho da porta ele ergue os olhos para encará-la, seus olhos estão vermelhos e seu cabelo continua arrepiado.
-Gyu...
Ele respira fundo estendendo a mão na direção dela, Lizzy caminha até ele e a segura, Beomgyu entrelaça os dedos nos dela e a puxa com delicadeza para que ela sente no sofá ao seu lado.
-Aconteceu alguma coisa? Jokkomi, você estava chorando?
Para sua surpresa Beomgyu faz um gesto positivo com a cabeça.
-O que? Por que?
Ele respira fundo.
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-Eu preciso te falar algumas coisas e eu não quero que você diga nada por enquanto, ok?
-Gyu você está me assustando.
-Liz por favor.
-Certo.
Mais uma vez ele respira fundo e encara o teto, atirando a cabeça para trás para evitar que as lágrimas voltem a rolar por seu rosto.
-Eu quero acabar. – ele dispara e ela o encara visivelmente confusa.
-Acabar com o que?
-Com o que quer que esteja acontecendo entre a gente.
-Como assim? – ela pergunta visivelmente abalada. – foi algo que eu fiz? Algo que eu disse? Eu...
-Não é você. – ele fala e ela ri alto em tom de sarcasmo.
-Por favor sem o “não é você, sou eu.” Ninguém merece esse discurso. Se depois que a gente transou você simplesmente quer acabar o que quer que esteja acontecendo entre a gente é das duas uma: ou foi horrível ou você conseguiu o que queria e perdeu a graça.
-Não! – ele fala com urgência na voz. – foi incrível, acho que vou levar mais tempo do que queria para esquecer e também não é porque perdeu a graça bem longe disso, se eu pudesse te teria nos braços vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana.
-Então eu não entendo.
-Eu te amo. – ele enfim admite, encarando-a fundo nos olhos, o olhar que ele lhe lança faz com que Lizzy sinta um calafrio. – não é uma paixonite, não é desejo, não é deslumbre, é amor. Eu-te-amo.
-Gyu...
-E eu não posso continuar assim, principalmente porque eu sei que você nunca vai sentir o mesmo, afinal de contas o seu coração já está ocupado, certo?
A frase faz com que mais uma vez Lizzy sinta vontade de chorar. Não quer magoar Beomgyu, não deveria ter embarcado naquela loucura, não deveria ter acreditado quando ele dissera que não se machucaria, que não levaria as coisas a sério.
-Beomgyu...
-Você me ama eu sei que sim, mas não é da forma que eu te amo, não é da forma que eu espero que você ame. Por isso eu não posso mais fazer isso, não quando eu vejo a maneira que você fica toda vez que vê o Yeonjun e a forma com que ele fica quando te vê. Ele te ama e isso é mais do que evidente nos olhos dele toda vez que ele olha pra você.
Lizzy deixa escapar uma lágrima que Beomgyu seca com a ponta do dedo indicador.
-Me desculpe por ter passado dos limites, por ter proposto essa loucura onde nós três nos machucamos.
-A culpa não foi sua, eu quis, eu te desejei, eu...
-Eu sei que sim. – ele dá um sorriso de canto de boca que faz com que o coração dela palpite. – o desejo é algo forte e perigoso, mas por mais forte que ele seja, ele nunca será tão forte quanto o amor e bem, não é a mim que você ama.
Ela não reage, mais uma vez ele sorri.
- Você ama o Yeonjun hyung Lizzy e eu fui um idiota ao pensar que eu poderia ocupar o mesmo espaço que ele no seu coração.
-Gyu...
-Eu vou ficar bem Lizzy. – ele continua quando nota que ela parece mais do que abalada. – não se preocupe, meu amor por você não vai mudar, eu só preciso redirecioná-lo, certo? Transformá-lo em algo mais inocente, menos nocivo.
Beomgyu fica de pé, Lizzy ainda chora, por isso não tem forças para seguí-lo.
-Hey. – ele fala se ajoelhando de frente a ela no sofá e segurando seu rosto para que ela o encare. – não foge disso, ok? Por mais que tenha sido por pouco tempo eu fui correspondido e não há nada melhor no mundo do que ser correspondido pela pessoa que você ama e poder tê-la nos braços.
Ela funga sem conseguir parar de chorar, ele se aproxima e deposita um beijo delicado nos lábios dela, Lizzy fecha os olhos com o gesto.
-Fala com ele, diz pra ele que você o ama. Eu vou ficar bem.
Beomgyu segue porta afora deixando-a sozinha na sala. Quando entra no elevador e as portas enfim se fecham ele desaba, começando a chorar de uma maneira tão intensa que suas pernas vacilam e ele acaba caindo sentado no chão. Está feito.
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mendees · 3 years
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vi a senhora de novo. senti de novo.
eu estava tão mal por um motivo que nem eu mesmo conheço (eu nem sei se eu estava mal ou se era a energia do exu mirim montado nas minhas costas, mas depois sim, antes também) e eu só pedia a senhora, eu precisava da senhora, eu queria a senhora ali, eu precisava do seu abraço porque eu tinha certeza que tudo o que eu sentia naquela hora passaria e quando eu ouvi “ela vai encostar pra dar o abraço que o menino pediu” que o seu tranca disse, e eu de imediato comecei a lacrimejar (como sempre faço) a senhora encostou, disse as suas palavras e eu como nunca tinha chorado antes, chorei como nunca, chorei alto como jamais pensado e a senhora disse mais uma vez “pode ter certeza que o que senhor tá sentindo agora eu vou levar comigo porque quem cuida do ceis é maior”.
agora eu entendo o choro,
agora eu entendo a felicidade,
agora eu entendo a mão no rosto acompanhado de “ai, meu deus” que digo todas as vezes que a senhora chega.
fui acolhido pela senhora no encarnado numa vida passada (ou nas) e sei que ainda sou no astral.
obrigado por levar sempre as minhas dores pro mais longe de mim porque é a partir disso que o meu coração acalma,
eu sou tão grato a minha moça por isso também.
obrigado por tanto e por tudo.
a senhora é tudo na minha vida.
obrigado a senhora e aos outros.
aos meus.
(agora eu tenho um anel da dona mulambo).
eu quero algo seu.
(eu já tenho).
o choro daquela hora sentado com a perna cruzada foi a minha moça, eu so consegui pensar nela e no quanto eu sou amado agora.
obrigado por fazer com que eu sinta meus guias mais perto de mim antes do tempo através de vocês.
(texto escrito dia 17 de abril de 2021).
– gabriel.
vi a senhora hoje, não pude abraçá-la porque a senhora estava trabalhando, fiquei feliz como sempre e parece que nessa hora tudo se ajeita dentro de mim e automaticamente eu transbordo de amor, esse amor que eu sinto pela senhora é maior que eu e ele sempre me faz melhor de certa forma quando a senhora está por perto. sei que a senhora sente as minhas palavras e as conhece, eu não tenho estado bem espiritualmente e a senhora sabe, mas o seu amor me levanta a cada vez que a vejo, pode durar somente o tempo que a senhora está lá comigo, mas dura, porque todo o resto de tempo que não, é de saudade e eu to um tanto perdido naquele lugar, tenho me sentido daquele jeito e eu vou lhe dizer, não sei como melhorar, eu não sei o que vem depois, tenho pensado muito sobre tudo e eu não quero mais lutar sozinho, é doloroso e eu cansei tanto (a gente só aceita um amor mesquinho se quiser, né?) e eu mereço o amor “certo”, mas eu ainda sinto aquilo; eu sei que esse amor é meu e ter amor por si mesmo é a coisa mais difícil que já tentei fazer, (essa merda é tão clichê) eu não gosto, eu não sei, eu tenho cansado.
eu não sei se isso vai importar ou prendê-la, mas será que eu preciso disso?
a senhora tem a noção maior que todo o amor que sinto é transbordado e a senhora não precisa dele (a senhora é espírito), mas eu preciso, eu ainda sou seu filho, se me permite.
(eu sempre agradeço no final)
obrigado por ter vindo em terra hoje e ter me permitido estar, eu lhe vi e isso encheu meu peito.
se eu lhe ver amanhã, por favor, me dê um abraço, eu sempre estou precisando do seu abraço.
cuida daquilo pra mim?
a senhora e toda falange.
(eu sei que estão)
“todo homem precisa de uma mãe.”
eu sei que esse texto está codificado, a senhora sempre me faz escrever pra depois eu entender o que a senhora quer dizer através do que eu mesmo escrevi.
aqui pra eu me lembrar da senhora.
salve suas forças, dona padilha.
eu amo a senhora.
se faltar o que dizer, eu volto.
(texto escrito dia 23 de abril de 2021).
– gabriel.
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alemdomais · 4 years
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botei uma água pra ferver pra um chá. o chá que muito provavelmente você beberia comigo e transformaria de minutos a horas sentados sem ver o tempo que passa lá fora. é definitivamente esotérico o quanto tudo muda de uma hora pra outra. chega a ser impensável. talvez a gente ainda pudesse dançar mais uma vez ou quem sabe, arriscar o tom no Karaokê ouvindo aquela boa da Pitty dos anos 2000. bem que você gostava de dizer que era a minha cara e que podia sozinho, sempre me imaginar encenando aquele clipe como se a música tivesse sido feita pra mim. eu lembro das suas manias todas. do seu jeito de rir quando debochava da minha cara irritada. do jeito como você limpava aquelas lágrimas não planejadas que acabam caindo quando a gente cai na gargalhada e que você sempre repetia toda vez que aparecia. suas únicas crises pareciam ser de riso. do quanto você sabia, sem esforço algum, ser feliz. seria até macabro pensar nos dias em que seus telefonemas pareciam estar quase mudos. a sua voz chorona na linha não combinava com o seu astral presente. com a maneira em que eu e qualquer outra pessoa estavam acostumados a encontrar você. as últimas vezes em que te vi, não te achei em nenhum cantinho de você mesmo e no fim das contas, agora eu só queria ter te encontrado. quem sabe, devesse eu ter emprestado uma parte de mim pra que você pudesse ter resistido. o dia amanheceu triste na semana passada. o mundo já não tinha mais os seus risos desenfreados pra contar (coisa que já estava meio escassa nos últimos meses, mas que agora, se tornaram extintos para sempre). aqui onde você sentou no sofá, parece loucura, mas é como se eu pudesse sentir o seu calor. calor humano. calor de quem gosta de gente e se mistura sem medo, sem máscaras, sem nenhum pingo de resistência. alguém que se juntava sem pedir licença. e que saiu de cena também assim: dono de si, sem pedir licença. nos primeiros dias, juro, e peço desculpas mas só perguntei a mim mesma porque não pediu. porque bastaria um único pedido pra te implorar que ficasse. dias depois, me vi egoísta. você sempre foi bom demais para pedir licença. sempre passou por cada canto radiante, contagiando, brilhando, exalando. e jamais poderia ter sido diferente. quando te encontraram, já longe desse universo, só acharam o que nada combinaria com sua alma estelar. ali um corpo frio jazia. um corpo que nada tinha a ver com o seu calor, mas que conta e muito sobre o quanto o mundo às vezes nos aquece, por vezes nos esquenta, alguns dias nos esfria e finalmente, nos mais cruéis, nos torna gélidos. primeiro, lamentei que sua vida tivesse esse fim tão frio. mas já no segundo momento, lembrei que seu sorriso era absurdamente acolhedor e que ele, certamente nos confortaria quando a saudade batesse. realmente, o calor que nos invade é indiscutível. e não discuto mais. sei que de onde estiver, está provavelmente brilhando e quem sabe, ardendo porque você foi fogo, do início ao fim. você foi calor, foi sol debaixo das nuvens, foi dia ensolarado em plenas férias aguardadas de verão. você foi fogueira, lareira quentinha. abraço esmagador quando necessário e chapa quente pra quem dissesse o contrário. você foi todas as quenturas que esse mundo poderia conhecer e fez e foi tudo sozinho, brilhando sozinho. de onde estiver, sei que está aquecendo e todo dia, debaixo do mais bonito dos sóis, eu não tenho dúvidas: será você!
Sobre Quentes Perdas
(Texto fictício inspirado em histórias suicidas próximas reais)
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youmakemewannadieff · 4 years
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Cap. 18- Não se meta nas minhas coisas.
Ji Yeon
Acorda e constata que SanHa ainda dorme, por um instante abre um sorriso lembrando de quantas vezes acordara de madrugada com o som de algum tipo de pancada. O quarto é pequeno e SanHa enorme, então, faça as contas.
Mas apesar de a noite com certeza ter sido um pesadelo pra ele, ele ficou. Está ali, permaneceu até amanhecer ao lado dela e um favor assim ela nunca será capaz de pagar ou esquecer.
Para chegar ao outro lado ela precisa literalmente pular por cima dele, quando o faz, acaba tropeçando em uma cadeira.
-Merda.
-Ei vai com calma. – a voz dele faz com que ela o encare. Por um segundo ela sente vontade de rir.
Os cabelos dele estão arrepiados, o rosto rosado e os olhos menores do que o normal, por um segundo ele parece um bebê gigante bem irritado por sinal.
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-Que horas são? – ele pergunta ao ver que ela não diz nada.
-São quatro, é o horário que eu acordo geralmente pra poder chegar cedo na cafeteria.
-Entendi. – ele fala se espreguiçando.
No instante em que o faz, acaba batendo o braço na cama.
-Ai, merda!
Ela ri se afastando em seguindo em direção ao banheiro. Quando sai já está pronta, SanHa está sentado na cama, abraçado a um travesseiro, os cabelos já estão no lugar certo, mas ele ainda parece um bebê gigante.
-Você já está pronta? – ele pergunta e ela faz um gesto positivo com a cabeça. – ok então, vamos.
Ji Yeon sai primeiro e SanHa vem em seu encalço, esbarrando em um vaso de plantas.
-Au, é sério, por que sua casa é cheia de armadilhas?
-Eu te ouvi batendo em todos os lugares durante a noite.
-Desculpe ter te acordado, mas é que eu não pensei que quando eu deitasse eu deixaria de caber no chão.
Os dois riem.
-Você vai ficar bem? – ele pergunta e ela faz um gesto positivo com a cabeça. – porque eu meio que tenho que passar em casa.
Ela mais uma vez o encara, sim ele AINDA parece um bebê gigante.
-Sem problemas, te vejo mais tarde.
-Ok.
Wang Yibo.
-Ele estava pulando a janela. – é o que ele escuta ao se aproximar de Ji Yeon, Bo-ra e Moonbin naquela manhã.
-E o que você fez? quer dizer, ele não te viu, viu?
-Não, quando a gente estava chegando lá, a gente se escondeu antes que ele pudesse nos ver.
-A gente? – Bo-ra pergunta e Yibo agradece por isso. – a gente quem?
-Sim o SanHa estava comigo, na verdade ele passou a noite lá em casa.
-O QUE?- a maneira com que Bo-ra e Moonbin perguntam isso transparece a urgência nos pensamentos de Yibo.
-Não é o que vocês estão pensando, ele passou a noite lá em casa porque não queria me deixar sozinho caso o maníaco voltasse.
-Own que fofo. – é o que ele escuta Bo-ra dizer.
-Bom dia. – no instante em que o vê , Ji Yeon abre um sorriso.
-Ah oi Sunbae.
-A gente poderia conversar um minuto?
-Claro.
Ji Yeon o segue, ambos se afastam das pessoas, seguindo até um canto isolado da faculdade.
-E então? Você está bem?
-Por que a pergunta? – ela estranha.
-Por nada, apenas fiquei preocupado com o lance do maníaco lá e bem, já que o Hyungjin voltou...
-Ah isso? Não se preocupe, enquanto estou dentro da faculdade ele meio que não se aproxima por causa do Bin e quando eu saio, bem... – então ela para de falar de imediato.
-O SanHa te acompanha?
-Uhum.
-Ele faz bem, foi isso o que ele veio fazer aqui ontem?
-Uhum.
-E atraiu toda aquela atenção como de costume, né?
-Você sabia que ele era um músico famoso?        
Yibo dá de ombros, não quer falar de SanHa, mas parece que o assunto é inevitável toda vez que estão juntos.
-SanHa era um músico promissor, mas por escolhas idiotas acabou acabando com a própria carreira.
-Eu pensei que o acidente com a mão dele tivesse acabado com a carreira.
-Vai bem além disso.
-Entendo.
-Então, na verdade eu vim te chamar para almoçar pra comemorar.
-Comemorar?
-A sua bolsa?
-Bolsa?
-Você ainda não viu os resultados? A bolsa da fundação, você foi selecionada.
Então sem pensar muito ela começa a saltitar no lugar, visivelmente mais feliz do que Yibo jamais a vira.
-Eu fui mesmo? Quer dizer, eu fui?
-Achei que já soubesse, os resultados estão pendurados no mural de avisos.
-Eu não vi, mas vou lá checar agora mesmo. Obrigada Sunbae!
Ela dispara correndo universidade afora, Yibo faz um gesto negativo com a cabeça, ela é no mínimo estranha.
Ji Yeon
No instante em que vê o próprio nome lá não consegue não começar a gritar feito uma doida. Tem bolsa, tem uma bolsa integral que garantirá que ela consiga se formar.
-Por que parece tão feliz? – uma das garotas que estivera lendo os nomes ao seu lado se manifesta. – como se você não soubesse que ia conseguir a bolsa.
-O que? Como assim?
-Wang Yibo.
-O que tem o Yibo sunbae?
-A empresa do pai dele é responsável pela fundação que oferece as bolsas, então pode parar de teatro agora, você já sabia que ia ganhar uma de qualquer forma.
Quando a garota se afasta Ji Yeon mais uma vez se sente mal. O que diabos? Yibo novamente? Mais uma vez ele se meteu em assuntos que não lhe diziam respeito? Mais uma vez ele fez com que todos os esforços dela não valessem nada?
-Não acredito!
Sem pensar muito ela segue em direção a sala de aula, quer falar com ele, quer dizer pra ele que não precisa de sua ajuda, que consegue muito bem se virar sozinha.
No instante em que o encontra ele sorri em sua direção, ela faz um gesto negativo com a cabeça e desvia o caminho. Não quer gritar com ele, não na frente de todo mundo.
-Hey, Ji Yeon. – ele se aproxima correndo e a segura pelo braço. – aconteceu alguma coisa?
-Por que você tem que sempre se meter em tudo? – ela dispara.
-Eu? O que foi que eu fiz?
-A bolsa! Ela não é da fundação que pertence a empresa do seu pai? Mais uma vez você se meteu nas minhas coisas, não foi? Eu já te falei que não preciso da sua ajuda, que consigo fazer as coisas do meu jeito e sozinha.
-Eu votei contra. – ele dispara e ela o encara visivelmente confusa. – as bolsas que são ofertadas pela fundação todo ano, eu votei contra, por mim elas nem sequer seriam oferecidas, agora por que diabos você está me acusando de ter te ajudado novamente?
Ela o encara por algum momento, as pessoas ao redor parecem estarrecidas com a conversa.
-Não adianta você tentar...
-Não estou tentando nada. – ele fala dando de ombros. – hey, Kang Tae! – um dos sunbaes que ia passando no corredor para pra encará-lo. – seu pai estava na reunião da fundação, você pode dizer pra essa senhorita qual foi o meu voto a respeito das bolsas?
-Ele me disse que você votou contra, ele ficou bem decepcionado e...
-Obrigado era só isso. – ele dispara ignorando completamente o outro sunbae e se virando para encarar Ji Yeon. – viu? Eu não tenho nada a ver com a sua bolsa, agora se quer mesmo acusar alguém, acuse o sócio majoritário da fundação, foi o voto dele que te deu essa bolsa e não o meu!
Antes que Ji Yeon possa discutir ele se vira e segue caminho. Ok e agora? Por um lado está aliviado por Yibo não ter nada a ver com a bolsa que ganhara, mas por outro lado, ele sabia que essa bolsa literalmente salvaria a vida acadêmica dela e votou contra?
Quando as aulas se encerram ela segue com Moonbin e Bo-ra para esperar SanHa, afinal ela sabe que de alguma forma ele aparecerá para acompanha-la até o cursinho.
No instante em que senta para espera-lo uma ideia brota em sua mente, ela fica em pé com um sorriso no rosto e encara os amigos.
-Ei vocês precisam me fazer um favor. – ela começa e Moonbin e Bo-ra a encaram.
-Fala.
-Quando o SanHa chegar, digam pra ele que eu estou naquele prédio branco ali esperando por ele.
-No departamento de música? – Moonbin pergunta confuso.
-Uhum, mas não digam pra ele que é departamento de música, só digam que estou lá, ok?
-Mas por que você não espera ele aqui? – Moonbin pergunta fazendo uma careta. – na verdade por que você não deixa eu e a Bo-ra te acompanharmos até o cursinho?
-Porque o SanHa já está fazendo isso.
-Para de ser assim Bin. – Bo-ra fala dando um tapa no braço de Moonbin. – deixa ele vir.
-Você está toda animada desde ontem. – Moonbin fala fazendo uma careta na direção de Bo-ra. – só porque o cara é bonito.
-Bonito? Você olhou direito? Eu quase não consegui respirar quando ele se aproximou.
-Sério? – Ji Yeon pergunta encarando a amiga. – o SanHa?
-Quer dizer que você não reparou no quanto ele é bonito?
-Eu... – Ji Yeon puxa pela memória, sim SanHa não é um cara feio, mas a ser assim tão lindo que Bo-ra não conseguiu respirar? Assim também não.
-O Bin é mais bonito. – Ji Yeon dispara e Moonbin sorri em sua direção.
-Você é cega? – Bo-ra pergunta e Moonbin lhe dá um tapa leve no braço.
-Aish!
-Vocês avisam? – Ji Yeon pergunta encarando os amigos.
-Tá a gente avisa sim!
-Obrigada.
Yoon SanHa
No instante em que entra na faculdade tenta agir da forma mais discreta possível, não quer chamar atenção da maneira que chamara no dia anterior. Olha ao redor, mas não consegue avistá-la. Ok, ela só sabe dar trabalho, é isso?
-Yoon SanHa? – a voz faz com que ele se vire para encarar quem fala e ao fazê-lo ele força a mente, o rosto não lhe é estranho, mas também não é familiar. – desculpe incomodar, eu sou amiga da Ji Yeon, ela disse que está te esperando naquele prédio branco ali.
SanHa segue com o olhar a direção em que a garota aponta e lhe faz uma reverência acompanhada de um sorriso.
-Obrigado.
-De nada.
Ele segue caminho o mais rápido que consegue. Por que ela não o esperara na portaria? Seria tão mais fácil.
-Hey! Irritadinha! – ele chama no instante em que a avista de longe.
Ela se vira para encará-lo, um sorriso no rosto.
-Por que não me esperou lá na portaria? – ele pergunta encarando-a firme. – me fez caminhar uns vinte quilômetros até aqui.
-Não seja exagerado. Vem aqui!
Sem pensar muito ela segura a mão dele e o arrasta prédio adentro, SanHa a segue tropeçando e resmungando o caminho todo.
-O que estamos fazendo aqui? – ele pergunta no instante em que ela abre a porta de uma sala e se enfia lá dentro, deixando-o do lado de fora. – irritadinha, o que você está aprontando?
-Vem, entra aqui! – ele escuta ela chamar.
SanHa abre a porta de forma cuidadosa e ao fazê-lo ele nota que estão em uma espécie de auditório, lá tem um palco e vários instrumentos espalhados.
-O que...?
-Eu pensei que você pudesse querer voltar a tocar violão. – ela começa encarando-o em expectativa. – quer dizer, eu falei com o coordenador do departamento de música e ele me deu isso.
Ela se aproxima e lhe entrega um cartão, SanHa o pega entre os dedos e lê: “professor Kim, departamento de música”.
-Ele disse que você podia procurar ele caso queira retomar o violão e...
-Vamos embora! – é o que ele fala amassando o cartão e o colocando no bolso da jaqueta. – meus dias de músico ficaram para trás e por mais que eu saiba que sua intenção em me trazer aqui foi boa... Por favor Ji Yeon, não se meta nas minhas coisas!
E sem esperar que ela responda, ele segue sala afora.
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prkjuno · 4 years
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Alma tinha razão: o lugar era legal, a festa estava legal.  Dava para perceber isso pelas outras pessoas. Risos, conversas, danças estranhas, copos cheios, jogos ligeiramente perigosos. Nada fora do normal para uma festa de faculdade. Todavia, Juno não estava na mesma sintônia que os outros. Sentado no sofá, ao lado de um casal que já estava trocando beijas há um bom tempo, não sentia-se incomodado pelo o que acontecia ao seu lado, mas pelo copo agora vazio. Era vodka saborizada que Alma trouxera. Ele realmente preferia a de frutas vermelhas, mas aparentemente não tinha mais, então estava se contentando com a de maracujá. Todavia, agora Alma estava brava com Juno e sumira Deus sabia para onde. E ele não queria perder seu lugar, apesar de duvidar que tivesse muita gente de olho. Acontece que Alma notara o o estado precário do humor de Juno e tentara consolá-lo. Com beijos em seu pescoço. —Patrick e eu não terminamos, Alma. — Avisou-a, em tom firme ao recuar daquele toque estranho e nada bem-vindo. No primeiro momento, os olhos da garota expressavam pura confusão à rejeição, mas logo transpassavam algo diferente: fúria. Ele não serve para você. Ele não te entende. Por que insistir em algo que só vai te machucar? E depois de dizer aquilo, saíra a passos fortes, chateada. E só agora, enquanto fitava seu copo vazio, Juno lembrara que seu celular estava na bolsa de Alma. Ela se oferecera para guardá-lo depois que tiraram uma foto mais cedo. E ela tinha a senha. Será que estaria sentada por aí fuçando em suas conversas? Em sua galeria?
Remoendo o que escutara da amiga, Juno sentia a tristeza tomando seu corpo em ondas, em pequenas doses que iam se tornando muita coisa para processar. Não tinha avisado o namorado quando chegara em casa, como ele pedira. E não tinha mandando mais nenhuma mensagem desde então. Queria dar a ele e também a si mesmo, tempo para esfriar os ânimos. Porém, estava começando a se arrepender de sua decisão. Queria falar com o namorado, queria resolver tudo. Porque já estava com saudades e aquele sentimento era horrível. Tomar consciência de seus sentimentos, fizera-o perceber a irrelevância de querer permanecer naquele lugar. Levantou-se logo, decidido a encontrar Alma, pergar seu celular e ligar para Patrick.
Todavia, o que encontrara não era nem de longe o que esperara. Alguém bloqueara a passagem de propósito. E quando Juno erguera o rosto, já impaciente com a gracinha, qualquer palavra que pudesse dizer perdera-se. Olha só quem temos aqui. Faz um tempo que não nos esbarramos, hein, Juno. Era Jackson, que agora tinha uma mão sob o queixo de Juno, levantando seu rosto, obrigando-o a olhá-lo. Jackson não gostava de Juno. Não gostava de como se vestia, nem de sua maquiagem, das cores do seu cabelo. Tudo bem, isso não era relevante. O problema era que Jackson não conseguia conviver aquilo. Era como se Juno o ofendesse simplesmente por estar andando por aí. E ele não podia deixar Juno em pune por isso. Cada oportunidade que ele tinha para infenizar Juno, ele aproveitava. E estava fazendo de novo.
Rapidamente, desvencilhara-se do toque. Os olhos escaneando os arredores em buscar de uma saída. — Com licença. — Pediu, tentando ignorar o que o outro dissera e, como já fizera antes, tentar forçar sua passagem pelo canto da porta. Em vão, obviamente. Ele era muito maior que Juno e não estava sozinho. Era totalmente como um filme adolescente onde um bando de idiotas provocava outro por alguma bobagem. A diferença é que Juno não tinha medo deles especificamente, mas de sua idiotice, de sua intolerância, porque aquilo poderia literalmente acabar com Juno morto. Todo cuidado era pouco. Juno tentou dar as costas, mas sentira logo os dedos de Jackson em seu braço, segurando-o no lugar. Onde você vai? Juno tentara argumentar racionalmente. Pedir para que o deixassem em paz, que fossem aproveitar a festa. Avisou que já estava de saída, que não queria problemas. Em vão. Jackson queria problemas. E sequer conseguia se importar onde estava. Entretanto, Juno não ligava para provocações. Não era do tipo que mordia aquele tipo de isca. Por mais que as cutucadas na altura do peito doessem e o fizessem encolher os ombros. Sabem quem Juno está namorando? Patrick Kim, do time de futebol. Risadas encheram seus ouvidos, mas ele não entendia a graça. Um dos outros perguntou onde estava seu namorado, mas Juno não fizera mais que olhá-lo com desdém. Respirou fundo, sentindo-se saturado daquela situação. Pediu licença mais uma vez, mas não esperou resposta para empurrar Jackson para trás, ao espalmar as mãos em seu peito. Aquilo fizera-o desequilibrar-se e Juno aproveitara a hesitação para colocar para fora algumas palavras: — Eu estou de saco cheio de você! Acha que eu não tenho mais o que fazer da minha vida do que ficar aqui parado esperando você satisfazer essa sua birra? Eu não sou brinquedo seu e não te dei liberdade para ficar encostando em mim. Eu vou quebrar todos os seus dedos se encostar em mim mais uma vez! — Se estivesse sóbrio, muito provavelmente teria aproveitado a hesitação do outro para sair correndo. Todavia, o álcool, a tristeza e a impaciência motivaram-no a permanecer ali. E não só permanecer, mas como a ser o primeiro a perder a linha. Juno reunira toda a sua força e coragem e, sem pensar muito, desferira um soco certeiro na face de Jackson, fazendo-o cambalear. — Babaca.
Juno? Escutara não muito longe, quase ao mesmo tempo que recuara sua mão. Juno! Era Alma, que vinha correndo com uma outra garota bem na sua cola. A dor na mão parecia subir por todo o braço, mas não havia tempo para se recuperar ou para olhar por cima do ombro para ver onde a amiga estava. Jackson recuperara-se do golpe e vinha para cima de Juno com toda a sua fúria. Juno não tinha força para contê-lo, nem para onde desviar, porque agora tinham dois amigos de Jackson encurralando-o ali, no pátio da casa.  Um, dois, três socos totalmente mal planejados, alcançando partes diferentes de seu rosto, mas ainda assim doendo como o inferno. E daí para frente, ele já não conseguia discernir mais nada. Entre defender-se e atacar, tentar desvencilhar-se das mãos que tentavam torná-lo um alvo fácil. E ficara pior quando as pessoas começaram a se aglomerar e gritar, incentivar a troca de socos. Mesmo quando Juno recebera um chute nas costas e outro na parte de trás das coxas, que roubara seu equilíbrio, lançando-o ao chão antes que um novo golpe pudesse alcançá-lo. Felizmente, reagira rápido o bastante para erguer as mãos na tentativa de proteger a cabeça antes que os três garotos terminassem de se agrupar para continuar a surra, agora com chutes e pisões sequenciais. Deveria esperar acabar ou só rezar para que a morte não fosse dolorosa? Alguma costela tinha se rompido, disso ele tinha certeza. E talvez o nariz. Alguns dedos das mãos. Oh, não, as pernas não...  Juno encolhia-se como dava. Um chute preciso e toda a sua carreira iria para o ralo.
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sacrificeyourselff · 4 years
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Cap. 2
Do Hwan
-Vocês estão bem? – Do Hwan pergunta encarando o casal de irmãos a sua frente.
O garoto parece mais do que abalado, já ela parece irada.
-Hey? Vocês me ouviram?
-A gente pode resolver isso sozinhos. – é o que ela diz o encarando. Por um segundo Do Hwan não sabe o que responder, mas então abre um sorriso.
-Um obrigado seria legal, sabia? A gente meio que salvou sua pele na cafeteria.
-Eu disse que a gente resolve. – ela dispara ainda segurando o irmão como se ele ainda corresse algum tipo de perigo. – vamos Lee Joon Ha.
Enquanto ela arrasta o irmão para longe, ele se vira para encarar Do Hwan.
-Obrigado. –  ele fala e Do Hwan lhe faz uma pequena reverencia.
-Ei e aí? Eles estão bem? – Joo Hyuk se aproxima.
-Parece que sim, mas essa garota é um tanto estranha.
-Como assim?
-Não sei, ela não me agradeceu e disse que resolveria as coisas sozinha, então...
-Se é assim então deixa ela. – Joo Hyuk dispara dando de ombros. – vamos trocar de roupa, temos educação física agora.
Seguem em direção ao vestiário e é claro que a briga na cafeteria é o assunto, mas não se importam, afinal aquela não é a primeira e nem será a última.
-Quem vocês acham que ganharia em uma briga? – escutam alguém começar. – Nam Joo Hyuk ou Woo Da Hwan?
Do Hwan encara Joo Hyuk que dá de ombros com um sorriso apontando para si, Do Hwan faz um gesto negativo com a cabeça.
-Woo Do Hwan com certeza. – alguém responde e ele abre um sorriso encarando Joo Hyuk que lhe mostra o dedo do meio. – mas só porque visivelmente ele é mais desequilibrado.
É a vez de Joo Hyuk rir e Do Hwan lhe mostrar o dedo. Palhaço.
Joo Hyuk
Quando chegam ao campo da escola os times são divididos de imediato. Joo Hyuk não se surpreende ao ver que ninguém escolhera a novata.
-Ei. – começa se aproximando dela, ela ergue os olhos para o encarar, não está mais usando os óculos de grau e tem os cabelos presos em um rabo de cavalo alto, olhando-a assim ele percebe que Jung Hoon tem razão, ela é mesmo bonita. – oi, acho que não começamos com o pé direito, eu sou Nam Joo Hyuk, eu sei que você sabe, mas eu queria me apresentar mesmo assim.
Ela não responde, mas parece baixar a guarda um pouco.
-Nós somos da mesma turma e bem, aquele ali é o Woo Do Hwan. – fala apontando Do Hwan que se alonga próximo a eles, ela desvia os olhos  para encará-lo e Joo Hyuk vê o instante em que Do Hwan parece ficar completamente sem jeito. – você quer jogar com a gente?
Ela olha ao redor e então dá de ombros fazendo um pequeno gesto positivo com a cabeça.
-Hey Do Hwan-ah! Vem!
-Eu? - Do Hwan pergunta visivelmente confuso e Joo Hyuk abre um sorriso, nunca vira o amigo assim tão perdido.
Tumblr media
-Sim você, vem a Ji Yeon vai jogar com a gente.
Pegam uma bola de vôlei e começam a jogar, Joo Hyuk se surpreende  ao ver a força que ela possui nos braços. Após algumas boladas na cara, ele, Do Hwan e Jung Hoon estão completamente exaustos, mas ela parece inteira.
Quer perguntar mais a seu respeito, talvez chama-la para tomar um café comos amigos ou uma cerveja depois da escola, mas ela não dá abertura alguma, é como uma fortaleza, uma muralha.
-Hey, Joo Hyuk. – ele revira os olhos ao escutar a voz, Do Hwan ameaça ficar de pé, mas Jung Hoon o segura, obrigando-o a permanecer sentado. – ah, eu não sabia que o Woo Do Hwan estava aqui também.
Joo Hyuk ergue os olhos para encará-la, é sério?
-Por favor Eun-a, arrange uma desculpa diferente, é claro que você sabia que o Do Hwan estaria aqui, onde mais ele poderia estar se não com a gente?
Ela não responde de imediato, mas parece completamente sem jeito.
-O que você quer? – Do Hwan pergunta de forma rude, Joo Hyuk não o cula, desde a época do primário que Eun-a o persegue e bem, não é apenas isso, se ela fosse uma garota legal, poderia até ser que ele lhe desse uma chance, mas o pessoal com o qual ela anda...
-Eu só vim te dizer oi.
-Oi. – ele responde sem encará-la, Joo Hyuk vê que Lee Ji Yeon parece confusa com a cena, não é para menos, afinal ela não conhece Eun-a. – se era só isso, você já pode ir embora.
-Woo Do Hwan...
-Certo então...
Do Hwan fica de pé e segue caminho, Lee Ji Yeon parece ainda mais confusa enquanto encara a cena.
Ao vê-lo se afastar, Eun-a faz o mesmo, seguindo na direção oposta.
-Ela não cansa? – Jung Hoon começa. – quando ela vai se tocar que o Do Hwan tem repulsa por ela?
-Por que? – Lee Ji Yeon enfim se manifesta.
-A Eun-a faz parte do grupinho que estava fazendo bullying com o seu irmão na cafeteria. – Joo Hyuk começa. – o Do Hwan despreza pessoas como eles, mas parece que a Eun-a tem alguma esperança de que algum dia ele mude de ideia.
-Por que ela não muda? – Ji Yeon dispara dando de ombros. – se ela gosta tanto assim dele...
-Eu não acho que faria diferença se ela mudasse e ela sabe disso, ele com certeza não perdoaria ou esqueceria as coisas que ela fez e bem, o Do Hwan é bem teimoso.
Do Hwan
-Hey, Woo Do Hwan! – ele se vira para dar de cara com Eun-a, ela corre em sua direção enquanto olha ao redor.
-O que você quer?
-Eu queria falar com você.
-Acho que a minha saída do campo meio que deixou claro que eu NÃO QUERO falar com você.
-Eu não entendo a razão de você me tratar assim.
-O que? – Do Hwan deixa escapar um sorriso de deboche. – você não sabe a razão de eu te tratar assim? Vamos ver por onde eu posso começar? Primeiro, você usa seu dinheiro e a influência do seu pai para se comportar feito uma imbecil, achando que todos nessa escola te devem algum tipo de respeito ou algo assim.
-As pessoas menos favorecidas DEVEM respeitar as que tem mais status, é a regra,
-Regra de quem? De quem? Você parece que é louca garota, se você acha as pessoas menos favorecidas inferiores, por que diabos não larga do meu pé? Se tem alguém nessa escola mais fudido do que eu, bem eu desconheço.
-Mas você eu poderia ajudar, se você aceitasse ficar comigo, eu poderia...
-Você poderia sair por aí me exibindo feito um acessório ou um troféu, certo? sabe o que eu sinto por você toda vez que eu te vejo? Eu sinto nojo. Nojo de você, nojo das pessoas com quem você anda, nojo! Agora se você puder sair da minha frente e me fazer o favor de nunca mais falar comigo na vida eu agradeceria.
-É por causa dela, não é? – ela dispara e Do Hwan a encara firme.
-Por causa de quem?
-A garota nova. Ela e o imbecil do irmão fracassado dela.
-Você consegue se ouvir? A Ji Yeon chegou aqui HOJE, eu venho te rejeitando há quase dez anos, então acho que não tem nada a ver com ela ou com o irmão, agora se você me der licença...
Eun-a o observa enquanto ele caminha para longe.
-Ah, Eun-a. – ele fala se virando para voltar a encará-la. – não é por causa da Ji Yeon, mas se você e seus amigos nojentos voltarem a tocar nela ou no irmão, eu acabo com vocês.
Ji Yeon
Quando entra no vestiário para trocar de roupa, percebe que não está sozinha. De imediato é cercada por algumas garotas, passa os olhos por elas, são seis.
-Então. – a voz faz com que ela encare quem fala. – você sai de sabe-se lá onde para vir se meter na minha vida amorosa?
Eun-a.
-Eu não sei do que você está falando.
-Ah sabe sim, você sabe muito bem do que eu estou falando. Estou falando de você para cima e para baixo com o Do Hwan.
-Para cima e para baixo? Jogamos bola na educação física e apenas isso.
-Apenas isso? Se foi apenas isso, por que ele te defendeu na cafeteria mais cedo? Por que ele me disse que se eu tocasse em você ou no seu irmãozinho nojento ele ia acabar comigo?
Ji Yeon respira fundo. Do Hwan dissera aquilo?
-E não sei a razão, nós nem ao menos nos falamos. – responde.
-Se eu fosse você garota, eu continuaria assim. Não quero te ver perto dele, não quero que se aproxime, entendeu?
-Eu não tenho medo de você. – Ji Yeon dispara e Eun-a ri alto.
-Eu sei que não, mas seu irmãozinho parece ter bastante medo dos meus amigos, certo?
-Não toca no meu irmão.
-Isso vai depender apenas de você. Fique longe do Do Hwan.
Ji Yeon ameaça discutir, quer dizer que não é próxima dele ou de qualquer um dos amigos, que eles apenas foram gentis com ela, mas resolve não dizer nada, é melhor concordar, afinal Eun-a é visivelmente descompensada e ela não quer que o irmão sofra novamente.
-Está bem. – ela fala simplesmente. – eu vou ficar longe dele.
-Obrigada.
Ji Yeon respira fundo ao ver Eun-a seguir vestiário afora, mas o alivio dura pouco, afinal ela sente uma pancada forte nas costas que faz com que ela caia de joelhos no meio do vestiário.
-É só uma coisinha pra você não esquecer da promessa que e fez.
E a última coisa que ela sente, é um chute forte antes de apagar.
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evenifidiei · 5 years
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Cap. 32
Namjoon’s P.O.V
-A maknae line decidiu ir dar uma volta, é isso? – Yoongi pergunta no instante em que se aproxima de Namjoon na cozinha.
-Acho que os dois estavam precisando, quer dizer, Jimin está no quarto, mas Taehyung e Jungkook saíram.
-Taehyung, por um minuto eu achei que ele ia fuder com todo mundo.
-Eu percebi e odiei a sua reação.
-A reação dele também não foi das melhores.
-Ele reagiu porque você provocou.
-O santo Taehyung, você mais do que ninguém sabe que de santo ele não tem nada.
-Eu nunca disse que ele era santo. Só estou dizendo que ele teve as razões dele para reagir da forma que reagiu. Você poderia ter controlado a sua língua Yoongi, eu achei que vocês dois estavam finalmente se dando bem.
-Eu não tenho paciência pra ele em todos os sentidos da palavra Namjoon, isso não quer dizer que eu não o ame, eu amo aquele imbecil, mas às vezes eu sinto vontade de matar ele.
-Quem de nós você não sente vontade de matar de vez em quando? – Namjoon dispara com um sorriso, Yoongi ri junto.
-Nenhum.
-Pois é, mas quase perder o Taehyung agora me deixou preocupado.
-Com o que?
-Com tudo. Como líder, como hyung. Eu estou dando atenção suficiente para os dongsaengs? Eu estou sendo um bom líder? Como eu não notei que o Taehyung estava no limite? Como eu não fiquei sabendo que o Hoseok hyung tem um filho? Eu sei que não sou o mais velho, mas mesmo assim, eu sou o líder e me sinto responsável por eles, até pelo Jin hyung, sabe? Até por você. Faz um bom tempo que não conversamos, que não perguntamos uns aos outros como estamos realmente nos sentindo, é como se com toda essa correria nós tivéssemos nos desconectado tanto ao ponto de um de nós estar pendurado por um fio em um abismo e os outros não notarem.
-Eu entendo o que você quer dizer.
-Não somos colegas de banda, somos amigos, irmãos. O que está acontecendo com a gente? Quando foi que deixamos a amizade de lado para nos dedicar apenas ao trabalho? Quando deixamos o companheirismo para nos concentrar apenas na parceria?
-Não sei te dizer.
-Onde estão Hoseok, Taehyung e Jungkook agora? Eles estão precisando de ajuda? Estão sofrendo? Onde estão?
Jungkook’s P.O.V
Quando Jungkook sai do banheiro olha ao redor e nota que está sozinho.
-Lizzy? – chama olhando ao redor, será que ela está na cozinha? Ou talvez no quarto?- Lizzy?
Ele escutara o barulho da porta se fechar, mas achara que talvez fosse a porta do quarto, agora que nota que está sozinho sabe que fora a porta do apartamento.
Segue naquela direção e ve a porta do elevador se fechar. Corre até lá, mas é um pouco tarde demais. Ultimo andar? Ela está indo para o ultimo andar? Por que?
Chama o elevador e espera. Após alguns minutos ele volta e Jungkook aperta o numero do ultimo andar.
Sai do elevador e percebe que o portão que dá para o terraço está entreaberto. Está tarde e frio lá fora, o que diabos ela está pensando?
-Li… – então ao empurrar um pouco do portão ele a vê, mas ela não está sozinha, ele conhece aquele casaco cinza com o Tata nas costas. A imagem faz com que o coração de Jungkook de um salto no peito. O que Taehyung está fazendo ali?
O vento forte faz com que as vozes de ambos sejam audíveis. Se ele fosse fazer a coisa certa, ele iria embora, mas naquele instante ele não consegue se conter e decide ouvir a conversa.
Ela não é longa, mas o pouco que ele escuta faz com que seu coração se despedace.
Taehyung está sofrendo e não é o único, pela forma com que Lizzy reage, pela forma com que ela chora, ela também está sofrendo, ela ainda o ama e aquilo fica evidente a cada lágrima que escorre de seus olhos.
Jungkook se sente ainda pior. Ele a ama, aquilo é fato, mas sabe que ela não corresponde, não da forma que ele espera que ela corresponda.
Respira fundo e segue caminho ao notar que Taehyung está vindo em sua direção. Corre até o elevador e aperta o botão de volta para o andar do apartamento em que estava, precisa pegar suas coisas e ir embora, mas não pode cruzar com Taehyung.
Lizzy’s P.O.V
Quando entra em casa Lizzy toma um susto, Jungkook está sentado no sofá, ao escutar o barulho da porta ele ergue os olhos para encará-la, seus olhos estão vermelhos e seu cabelo continua arrepiado.
Tumblr media
-Kookie…
Ele respira fundo estendendo a mão na direção dela, Lizzy caminha até ele e a segura, Jungkook entrelaça os dedos nos dela e a puxa com delicadeza para que ela sente no sofá ao seu lado.
-Aconteceu alguma coisa? Kookie, você estava chorando?
Para sua surpresa Jungkook faz um gesto positivo com a cabeça.
-O que? Por que?
Ele respira fundo e força um sorriso.
-Eu preciso te falar algumas coisas e eu não quero que você diga nada por enquanto, ok?
-Kookie você está me assustando.
-Liz por favor.
-Certo.
Mais uma vez ele respira fundo e encara o teto, atirando a cabeça para trás para evitar que as lágrimas voltem a rolar por seu rosto.
-Eu quero acabar. – ele dispara e ela o encara visivelmente confusa.
-Acabar com o que?
-Com o que quer que esteja acontecendo entre a gente.
-Como assim? – ela pergunta visivelmente abalada. – foi algo que eu fiz? Algo que eu disse? Eu…
-Não é você. – ele fala e ela ri alto em tom de sarcasmo.
-Por favor sem o “não é você, sou eu.” Ninguém merece esse discurso. Se depois que a gente transou você simplesmente quer acabar o que quer que esteja acontecendo entre a gente é das duas uma: ou foi horrível ou você conseguiu o que queria e perdeu a graça.
-Não! – ele fala com urgência na voz. – foi incrível, acho que vou levar mais tempo do que queria para esquecer e também não é porque perdeu a graça bem longe disso, se eu pudesse te teria nos braços vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana.
-Então eu não entendo.
-Eu te amo. – ele enfim admite, encarando-a fundo nos olhos, o olhar que ele lhe lança faz com que Lizzy sinta um calafrio. – não é uma paixonite, não é desejo, não é deslumbre, é amor. Eu-te-amo.
-Kookie…
-E eu não posso continuar assim, principalmente porque eu sei que você nunca vai sentir o mesmo, afinal de contas o seu coração já está ocupado, certo?
A frase faz com que mais uma vez Lizzy sinta vontade de chorar. Não quer magoar Jungkook, não deveria ter embarcado naquela loucura, não deveria ter acreditado quando ele dissera que não se machucaria, que não levaria as coisas a sério.
-Jungkook…
-Você me ama eu sei que sim, mas não é da forma que eu te amo, não é da forma que eu espero que você ame. Por isso eu não posso mais fazer isso, não quando eu vejo a maneira que você fica toda vez que vê o Taehyung e a forma com que ele fica quando te vê. Ele te ama e isso é mais do que evidente nos olhos dele toda vez que ele olha pra você.
Lizzy deixa escapar uma lágrima que Jungkook seca com a ponta do dedo indicador.
-Me desculpe por ter passado dos limites, por ter proposto essa loucura onde nós três nos machucamos.
-A culpa não foi sua, eu quis, eu te desejei, eu…
-Eu sei que sim. – ele dá um sorriso de canto de boca que faz com que o coração dela palpite. – o desejo é algo forte e perigoso, mas por mais forte que ele seja, ele nunca será tão forte quanto o amor e bem, não é a mim que você ama.
Ela não reage, mais uma vez ele sorri.
- Você ama o Taehyung hyung Lizzy e eu fui um idiota ao pensar que eu poderia ocupar o mesmo espaço que ele no seu coração.
-Jun…
-Eu vou ficar bem Lizzy. – ele continua quando nota que ela parece mais do que abalada. – não se preocupe, meu amor por você não vai mudar, eu só preciso redirecioná-lo, certo? Transformá-lo em algo mais inocente, menos nocivo.
Jungkook fica de pé, Lizzy ainda chora, por isso não tem forças para seguí-lo.
-Hey. – ele fala se ajoelhando de frente a ela no sofá e segurando seu rosto para que ela o encare. – não foge disso, ok? Por mais que tenha sido por pouco tempo eu fui correspondido e não há nada melhor no mundo do que ser correspondido pela pessoa que você ama e poder tê-a nos braços.
Ela funga sem conseguir parar de chorar, ele se aproxima e deposita um beijo delicado nos lábios dela, Lizzy fecha os olhos com o gesto.
-Fala com ele, diz pra ele que você o ama. Eu vou ficar bem.
Jungkook segue porta afora deixando-a sozinha na sala. Quando entra no elevador e as portas enfim se fecham ele desaba, começando a chorar de uma maneira tão intensa que suas pernas vacilam e ele acaba caindo sentado no chão. Está feito.
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killingff · 5 years
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Cap.9
Lizzy's P.O.V
-Eu vou esperar vocês aqui fora. – a voz de Hyunsik faz com que Lizzy e Shay o encarem, ele tem aquele sorriso perfeito que é só dele.
-Certo, não vamos demorar. – Shay responde sorrindo.
Quando abre a porta, Shay e Lizzy se precipitam para dentro, Sungjae as segue de perto.
-Não mexa em nada. – Lizzy dispara ao encará-lo,  ele faz um gesto positivo com a cabeça, parece uma criança com medo de levar uma bronca.
Os Três entram e quando o fazem ele simplesmente congela de pé no meio da sala.
-O que foi?
Ele olha ao redor com ambos os olhos maiores do que deveriam ser, no instante seguinte ele baixa os olhos encarando o chão.
-O que foi? – Lizzy insiste.
-É a primeira vez. – ele começa e ela o encara visivelmente impaciente.
-É a primeira vez o que?
-Que eu entro sozinho no apartamento de uma mulher.
Por um segundo ela apenas o encara, no instante seguinte começa a rir feito louca, Shay faz o mesmo.
-Ele é tão lindinho. – ela fala com um sorriso, Lizzy lhe dá um pisão no pé.
-Vai se trocar logo!
-Ok, chata.
Shay corre escada acima, Lizzy mais uma vez encara Sungjae que está completamente paralisado sem saber como agir.
-Meu apartamento não vai te engolir, pode ficar sossegado. Eu vou subir para tomar um banho e me aprontar, fique à vontade.
Ela se vira e começa a caminhar escada acima, mas antes de terminar ela para e olha para trás, ele está exatamente no mesmo lugar.
-Hey!
-Oi?
-Você pode se sentar.
-Eu estou bem de pé.
-Não seja idiota, eu vou demorar, senta.
Ele apenas a encara, Lizzy bufa irritada.
-Ok, você que sabe.
Ela segue escada acima e entra rapidamente no banheiro. Fecha a porta e respira fundo, não acredita no que está acontecendo, por um instante não se move, fica apenas ali, encostada na porta encarando o nada a sua frente. É simplesmente fora do normal o que está havendo, nem em seus melhores sonhos ela pensaria que a pessoa que se encontra na sala naquele instante estaria ali.
Shayana's P.O.V
Quando termina de se aprontar Shay desce, ao chegar ao pé da escada ela se detém na imagem que v��. Sungjae está de pé, andando de um lado para o outro da sala visivelmente incomodado.
-Sungjae?
-OI?
-Você pode mesmo sentar.
-Eu estou bem, a Liz vai demorar muito?
-Não sei, mas acho que não. Você pode esperar ela aqui.
-E você?
-Eu vou ali fora rapidinho, já volto.
-Ok.
Shay segue porta afora, sabe que vai ter que esperar Lizzy e Sungjae, mas quer deixa-los um pouco a sós.
Decidi ir até o elevador e espera-los por lá, mas no instante em que está passando pela porta do apartamento dos garotos, ela se abre.
-Ei, você já estava indo? – a voz de Hyunsik faz com que ela o encare. Ele tem um sorriso lindo nos lábios, mas não é apenas isso, ele tem algo em mãos.
-Eu ia esperar por vocês no elevador.
-Por que?
-A Lizzy ainda não está pronta e…
-E você meio que quis deixar ela e Sungjae sozinhos, acertei?
-Um pouco?
Hyunsik ri novamente.
-Bem, então já que vamos esperar por eles aqui, toma.
Ele estende a pequena cesta que tem em mãos em direção a Shay que a pega de forma insegura.
-O que é isso? – ela pergunta e ele sorri retirando o pano quadriculado de cima, quando ele o faz Shay constata que aquilo parece uma cesta de café da manhã.
-A gente arrastou vocês da cafeteria e bem, já é quase hora do almoço, como vamos direto pra produtora, eu pensei que vocês gostariam de comer alguma coisa.
Tem como ele ser mais fofo? Claro que não.
-Hyunsik?
-Sim?
-Obrigada.
Lizzy's P.O.V
Decide parar de pensar bobagem e entra no banheiro, após um banho demorado sai e começa a escolher uma roupa, nunca fora muito de se preocupar com o visual, mas por alguma razão hoje quer estar bonita.
Se arruma e desce, ao fazê-lo nota com um sorriso que ele está sentado no sofá e mexe em um dos livros que ela deixara em cima da mesa de centro, parecendo muito curioso.
Ela fica ali apenas encarando a cena que de certa forma é mais do que encantadora. Ele parece uma criança grande, com olhos curiosos enquanto passa as páginas do livro se demorando em algumas delas. Ela fica admirando a inocência que ele emana, há uma beleza fora do comum em todos os seus gestos e por um segundo ela se sente mergulhada naquilo, naquela energia que para ela é novidade, afinal ela nunca conhecera ninguém como ele em toda a sua vida.
-Eu não acho que você vá conseguir entender. – ela fala e ele dá um pulo do sofá de susto.
-O… O que?
-Está escrito em português. – dispara e começa a rir de imediato ao ver o susto que ele leva.
-Desculpe, eu sei que não deveria mexer em nada, mas a capa do livro chamou minha atenção.
-Eu gosto bastante dele.
-Qual o título?
-Vidas secas. – ela traduz o título, ele parece um tanto quanto confuso. – sempre que estou com saudades de casa eu leio ele.
-Por que algo assim te lembraria sua casa?
Ela sorri se aproximando um pouco mais do sofá.
-Porque conta a história de uma família que deixa um lugar no qual estavam morrendo de fome para tentar a vida em outro lugar, eles são chamados de retirantes.
-Retirantes? – ele tenta pronunciar em português, ela abre um sorriso. - por que não tinha comida onde eles moravam?
-Porque era muito seco.
-Muito seco?
-Isso mesmo.
-Seco como?
-Não chove por lá, por isso a água e os alimentos são escassos.
-Você conheceu algum lugar assim?
-O lugar em que eu morava costumava ser assim antigamente.
-Então você já morou em um lugar sem água?
-Não. – ela fala ainda rindo, afinal a forma com que ele fala sertão é simplesmente encantadora. – foi bem antes de eu nascer, mas a cultura ainda guarda algumas coisas dessa época.
-Entendi.
-Estar em contado com isso é uma forma de me manter mais próxima de casa.
-Você sente muitas saudades de casa?
-De vez em quando.
-Ah…
-Você sentiria no meu lugar?
-O que? Eu?
-Sim.
Ele respira fundo visivelmente se concentrando em uma resposta.
-Acho que sim, eu sou muito apegado aos meus pais, minha irmã e a minha avó que foi quem me criou quando eu era mais jovem, então acho que ficar longe deles seria difícil pra mim.
-Você acha que eu não gosto da minha família, certo?
-Não. -ele fala rápido fazendo gestos negativos com ambas as mãos. – claro que não, é só que, acho que vemos as coisas de formas diferentes.
-Eu gosto deles, amo todos, minha irmã, meu pai e minha mãe, mas chegou um ponto em que o Brasil não era mais pra mim, por isso fui embora.
-Entendo.
-Eu sou adepta de manter pessoas no coração mesmo que elas estejam longe, sabe? A distância não importa se o sentimento é mesmo verdadeiro.
-UAU.
-O que foi?
-Isso foi bonito.
Ela apenas sorri, um sorriso fraco, a verdade é que por um instante se sente triste, sente falta da família e mais ainda, sente que está sozinha no mundo, sem ter alguém em quem se apoiar.
-Te deixei triste? – a pergunta a pega de surpresa, Lizzy o encara, ele tem os pequenos olhos castanhos fixos nela.
-O que?
-Com a pergunta que fiz, te deixei triste?
Ela não responde, não quer mentir pra ele, mas também não pode dizer a verdade.
-E se eu fizer isso? Você sorri? – ele pergunta encarando-a e fazendo a careta mais engraçada que ela já vira na vida.
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Lizzy se mantém firme, afinal quer saber o que ele fará a seguir.
-Parece que não. – é o que ele diz ao ver que ela não sorriu. – e isso?
Então ela não consegue não rir, afinal ele é simplesmente fora do comum.
-Hey.
-Sim? – ele fala enfim voltando a parecer um ser humano normal.
-Obrigada.
Ele apenas sorri, um sorriso reconfortante que faz com que Lizzy se sinta bem, faz com que a tristeza que ela está sentindo simplesmente se dissipe e que ela tenha a certeza de que não está sozinha, pelo menos não agora.
-Então. – ela começa desviando o olhar dele. - acho que já estou pronta, podemos ir. Onde está a Shay?
-Ela já passou por aqui e saiu, não sei porque não quis esperar.
Lizzy sabe.
-Ok então, vamos?
-Sim. – ele fala ficando de pé rapidamente, seu gesto é tão repentino que ele acaba tropeçando da mesinha de centro e caindo sentado no sofá. – ai, ai, ai, ai doeu.
Lizzy corre até ele e o encara, ele segura a perna e ela pode notar que ele batera a canela com muita força.
-Acho que é melhor eu ficar longe de você. – ela dispara e ele a encara, ambos os olhos maiores do que deveriam.
-O que? Por que?
-Você vive se machucando quando estou por perto.
Ele desvia os olhos dela para encarar a mão enfaixada.
-Existem coisas na vida pelas quais vale à pena se machucar. – ele dispara ficando de pé e seguindo em direção a porta como se não tivesse dito nada de mais.
-Hey! – ele chama e ela o encara.
-Que?
-Você vem ou não?
E antes que ela possa responder, com o sorriso mais lindo do mundo, Sungjae segue porta afora.
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evenifff · 5 years
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Cap. 2
-Toma. – ergue os olhos para encarar o amigo, Yoongi tem uma lata de cerveja estendida em sua direção, ele respira fundo.
-Você sabe que não bebo. – ele fala tentando soar amigável-  mas eu acho que o Hoseok está querendo mais um pouco.
Yoongi sorri em sua direção e segue até Hoseok, ele respira fundo se aconchegando melhor dentro da jaqueta jeans surrada que usa, está começando a esfriar, eles precisam arranjar uma forma de se aquecer logo, talvez a oferta de Yoongi não tenha sido tão má ideia assim.
-Hey Taehyung! – a voz faz com que ele desvie a atenção do frio e olhe em volta, é Namjoon ele faz um gesto com a mão para que Taehyung se aproxime. – vamos dar uma volta!
Ele abre um sorriso e segue Namjoon. Estão os sete em uma estação de trem, na parada final de alguns trens de carga, eles gostam de sair de casa de vez em quando e simplesmente correr ou caminhar entre os vagões, dessa vez Jimin está liderando os sete, por isso eles correm em direção a um dos vagões e entram, tomando de imediato a escada que leva para cima e sentando no topo do vagão.
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Tudo ao seu redor é cinza, mas Taehyung não consegue não abrir um sorriso ao ver a forma com que seus amigos estão ao seu lado. Se nada der certo, pelo menos eles têm uns aos outros.
Mais uma vez não consegue dormir a noite e acaba passando o dia inteiro feito uma zumbi, os livros da faculdade pesam em seus braços e ela mais se arrasta do que caminha propriamente para a quinta aula do dia.
-Ei. – a voz faz com que ela erga os olhos, o sorriso que a amiga tem nos lábios não combina em nada com o cansaço que ela está sentindo. – nossa, que cara de bosta.
-Obrigada.
-O que aconteceu?
Dá de ombros. A verdade é que não sabe bem o que está havendo. Sua família mais uma vez decidira viajar, por isso ela ficara sozinha cercada por um bando de empregados que nem menos sabia os nomes.
“Senhorita você está bem?” “Precisa de alguma coisa?”
Não há um dia sequer que não deseje que seu pai não tenha ganho aquela promoção do outro lado do mundo. Já era difícil ser quem era no Brasil, mas na Coréia do Sul?
Precisa de uma válvula de escape ou sabe que vai acabar pirando. Estática. Sente que sua vida é uma estática sem fim. Não há nada que faça com que ela queira continuar vivendo. Os dias são apenas números. Conseguira chegar ao ponto de pensar mil vezes antes de levantar da cama todas as manhãs. O que aconteceria caso não aparecesse nas aulas? Caso reprovasse os semestres da faculdade? Seus pais ligariam? Eles enfim retirariam as caras dos próprios traseiros e notariam que têm uma filha e que ela não é apenas um troféu a ser exposto? Notariam que como qualquer ser humano ela possui sentimentos e que eles estão completamente bagunçados?
-Quando? – pergunta em voz alta e nota o instante em que a amiga a encara visivelmente confusa.
-O que?
-Quando a razão que eu estou esperando para continuar a respirar vai bater na minha porta?
Lizzy não responde, mas sabe bem do que a amiga está falando, ela também está esperando por algo do tipo, mas a diferença entre as duas é que ao contrário de Shay, ela já perdera as esperanças.
-Sabe qual é sua razão pra respirar? Eu e a prova de direito civil que vamos ter em menos de dez minutos – encara Lizzy, sua amiga. Amiga. A única pessoa que ela tem naquele fim de mundo, a única pessoa que se importa com ela. talvez o fato de ambas serem brasileiras seja a razão, laço de sangue. – SHAY!
-Desculpe por estar falando besteira, eu não dormi direito.
-Seus pais viajaram de novo?
-Uhum.
-Você tem sorte, eu daria minha vida para que meu padrasto viajasse, na verdade daria um braço para que ele perdesse os dois dele.
-Não seja assim, ele não pode ser assim tão ruim.
Lizzy faz apenas um gesto positivo com a cabeça, os olhos ficando obscuros de repente.
-Ele é?
Ela abre um sorriso fazendo um gesto negativo com a cabeça.
-Claro que não, a gente só não se dá bem, só isso. – ela fala com um sorriso. – agora vamos nessa, a gente vai se atrasar!
Quando as aulas acabam as duas se despedem e Lizzy segue para o restaurante.
O susto da noite anterior ainda faz com que ela se recuse a ir deixar o lixo fora sozinha, quando vai, vai acompanhada por Se Hyun, não que ela goste da companhia, mas é a única que tem, afinal Se Hyun é um baba ovo do padrasto dela.
Enquanto joga ambos os enormes sacos de lixo dentro da lixeira ela sente um calor no pescoço, é como se alguém a observasse, como se de longe alguém a olhasse. Por um instante os pelos de seus braços se arrepiam e ela lembra da figura gigante de preto da noite anterior, balança a cabeça em um gesto negativo e desce do banco, correndo cozinha adentro.
Quando entra em casa já consegue identificar o que provavelmente acontecera. Sua cabeça dói de imediato, os ouvidos começam a piar e sua única reação é correr escada acima. A cena que vê quando abre a porta do quarto dos pais faz com que o sangue ferva de imediato.
Ela está lá, novamente atirada de cara na cama e pelo movimento de suas costas ela chora. Ele está sentado na cama, recolocando o cinto nas calças, um sorriso vitorioso no rosto.
Ao erguer os olhos ele dá de cara com ela e o sorriso em seu rosto toma uma proporção ainda maios. Ele sabe que ela é impotente, sabe que ela não pode fazer nada, ela está em suas mãos assim como aquela mulher fraca atirada de cara naquele colchão caro.
Ele fica de pé e passa por ela, o sorriso ainda nos lábios.
-Acho que ela vai precisar da sua ajuda pra se lavar.
Ela se aproxima do corpo atirado em cima da cama. Por um instante titubeia. Não quer ajuda-la, ela é responsável por tudo aquilo, ela escolheu aquilo, ela é a única culpada.
-Vem, deixa eu te ajudar. – é o que consegue dizer enquanto segura um de seus braços, forçando-a para que ela fique de pé.
Ela não responde, se deixa levantar, o rosto está intacto, apenas marcado pelas lágrimas, já o restante do corpo está completamente marcado por vergões vermelhos e roxeados.
As duas caminham em direção ao banheiro, ao deixar a mãe em baixo da água quente ela mais uma vez se sente um nada.
Segue para seu quarto. Cada uma das coisas que tem ali foram dadas por ele. aquelas coisas valem o inferno pelo qual passa todos os dias? Aquelas coisas caras e sem a mínima importância valem uma vida? Sua mãe parece pensar que sim.
Se aproxima da escrivaninha e em um gesto impensado de raiva atira todas as coisas ao chão apenas com um gesto de mãos.
Pela quinta vez naquela semana os copos se espatifam ao chão da sala. As vozes estão alteradas, abre a porta e dá de cara com a cena. Mais uma vez ele está descontrolado, mais uma vez a maldita bebida.
Dá um passo em direção a sala, mas um quadro que é arremessado em sua direção faz com que dê um passo para trás.
Vê com o coração na mão o instante em que ele é derrubado ao chão por um soco firme, mas não demora muito para que ele fique de pé novamente e corra desenfreado em direção ao caçula da casa, arremessando-o de costas no sofá, a pancada faz com que ele gema de dor.
-Já chega disso! – consegue dizer enquanto corre para segurar o amigo que está completamente descontrolado.- cara chega, para com isso!
-Taeuhyung? – ele faz um gesto positivo com a cabeça enquanto segura o amigo. A boca dele sangra e seu rosto está contorcido em uma espécie de dor que Taehyung nunca vira na vida.
-Sim sou eu Yoongi, acho que temos que ir dormir, certo? Está um pouco tarde.
Yoongi faz um gesto positivo com a cabeça, e tropeça em direção ao quarto, Taehyung o acompanha, segurando-o até que ele enfim caia de cara na cama e apague por completo.
-Jungkook. – ele fala voltando à sala e encarando o amigo que ainda está caído onde Taehyung o deixara. – você está bem?
Jungkook chora.
-Ele não fez por mal.
-Ele nunca faz. – Jungkook começa enquanto se esforça para ficar de pé, segurando o lado esquerdo da costela que batera contra o sofá quando fora arremessado. – você sabe que é o único que consegue controla-lo quando ele bebe, onde você estava?
Taehyung não responde, a verdade é que se sente mal ao escutar o que Jungkook dissera, ele sabe que é o único que consegue lidar com Yoongi quando ele está bêbado, por que não chegara mais cedo? Por que não voltara junto com os amigos? Ele teria evitado que Junkook se machucasse.
-Me desculpe. – é tudo o que consegue dizer enquanto as lágrimas já começam a ameaçar invadir seus olhos.
-Não se preocupe, a culpa não é sua. – Jungkook fala ficando de pé e deixando a sala.
Quando Jungkook deixa a sala, Taehyung cai sentado no sofá, as lágrimas que ele estivera tentando evitar agora rolando por seu rosto.
-Hey, o que aconteceu? – Jimin está de pé, os olhos firmes no amigo.
-O Yoongi, ele machucou o Jungkook e se eu estivesse aqui…
-Para com isso cara, você não vai estar sempre do lado pra cuidar de todo mundo, então para com isso, ok? O Jungkook já é bem grandinho pra conseguir se defender sozinho e o Yoongi, bem alguém precisa falar com ele.
-Uhum.
-Poderíamos fazer isso amanhã todo juntos quando ele acordar, você concorda? – Jimin encara Taehyung que agora enxuga as lágrimas na manga da blusa.
-Uhum.
-Então tudo bem, vamos dormir porque amanhã teremos um dia cheio, certo?
-Uhum.
Jimin segura o braço do amigo e o arrasta em direção ao quarto. Ao cair de cara no colchão surrado que Taehyung chama de cama ele fecha os olhos e adormece quase que de imediato.
-Minha cabeça parece que vai estourar. – todos erguem os olhos para encará-lo.
Yoongi se arrasta cozinha adentro se esforçando para abrir os olhos.
-Bom dia Yoongi, como você se sente? – Namjoon pergunta encarando o amigo.
Sabe que aquela não é a pergunta certa, mas não consegue evitar fazê-la. Yoongi é seu melhor amigo. Se conhecem há anos, no começo eram só os dois. Os outros cinco foram aparecendo de um em um e entrando para a família. Mas no começo eram só eles. Os dois jovens carregando o peso de um sonho impossível.
-Minha cabeça parece que vai explodir. – Yoongi fala se aproximando da mesa e fazendo um gesto com a mão para que Jungkook afaste para que ele consiga sentar.
Jungkook obedece, ao puxar a cadeira de ferro para se afastar ele geme, todos na mesa o encaram, ele paralisa, olhando de um para o outro sem saber como reagir.
-O que deu em você? Não tem força para levantar uma cadeira? – Yoongi dispara enquanto se senta.
Todos mais uma vez encaram Jungkook que não se manifesta, apenas se senta e baixa os olhos encarando a mesa.
Taehyung respira fundo. Há um nó em sua garganta. Sabe que por ser mais novo do que Yoongi deve respeitá-lo, mas Jungkook está machucado, tanto por fora quanto por dentro e isso ele não pode aceitar de boca fechada, Jungkook é o maknae, é o mais novo deles, é sua obrigação tomar conta dele.
-Yoongi a respeito de ontem à noite. – Taehyung começa, Jungkook ergue os olhos e o encara, ele consegue identificar medo nos olhos do maknae.
-Ontem à noite? – Yoongi pergunta sem encará-lo.
-Sim.
-O que aconteceu ontem à noite?
-Você não se lembra?
Yoongi enfim o encara passando a mão pelo rosto, ao tocar o canto esquerdo da boca faz uma careta.
-Eu caí de cara em algum lugar? – ele pergunta ainda tocando o lábio. – minha boca dói.
-Você não se lembra mesmo? – Taehyung pergunta novamente.
-O QUE DIABOS EU TENHO QUE LEMBRAR, TAEHYUNG? – Yoongi pergunta começando a se alterar.
-Fui eu. – Jungkook começa com uma voz tímida, todos na mesa, incluindo Yoongi viram os rostos para encará-lo. – fui eu quem te machucou.
-Como assim?
-Você…  -Jungkook começa, mas então engasga.
-Caralho! – Yoongi dispara enquanto leva ambas as mãos à cabeça. – eu não sonhei com aquilo? Kookie eu te machuquei de verdade? Por isso você gemeu erguendo a cadeira?
Jungkook faz um gesto positivo com a cabeça, Yoongi leva ambas as mãos ao rosto.
-Me desculpe, me perdoe eu…
-Você bebeu demais novamente. – Namjoon se manifesta. – eu sei que cada um de nós tem um jeito diferente de lidar com a frustração, mas a sua maneira está começando a afetar os seus amigos, se o Taehyung não tivesse aparecido, talvez as coisas tivessem piorado muito.
Os olhares caem sobre Taehyung, ele pode sentir uma espécie de julgamento em cada um deles.
-Espera um segundo. – Seokjin começa ao ver como Taehyung parece incomodado com os olhares. – o Taehyung não tem obrigação de estar por perto todas as vezes em que o Yoongi ou qualquer um de nós perder o controle.
Taehyung encara o amigo. Seokjin é o mais velho dos sete, portanto todos parecem respeitar muito a sua opinião.
-A solução é que cada um de nós sejamos capazes de cuidar de nós mesmos e dos outros. – Hoseok que até o momento estivera em silêncio se manifesta. – somos uma família, certo? Nós só temos uns aos outros, precisamos nos policiar para não machucarmos uns aos outros e não me refiro apenas a machucados físicos.
Todos fazem gestos positivos com a cabeça. Yoongi enfim ergue os olhos e encara Jungkook, seu rosto está vermelho, ao ver que ele chora, o caçula de imediato começa a chorar também.
-Me desculpe Kookie, eu não quis te machucar.
-Eu sei Hyung. Eu sei.
Taehyung ergue os olhos e respira fundo tentando fazer com que as lágrimas não caiam. Ao encarar o teto sujo do apartamento surrado que dividem mais uma vez seu estômago revira. Quando as coisas vão começar a dar certo? Quando eles enfim vão poder viver como sempre sonharam?
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otaviohenrique13 · 5 years
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A vida como ela é, acompanhada de uma boa dose de bebida...
O inconsciente humano e sua perversidade...Freud o pai da psicanálise em seus estudos sobre o nosso inconsciente já falava sobre isso a muito tempo atrás e também já previa que nós humanos somos poliformicamente perversos, em resumo somos uma coisa em sociedade e entre quatro paredes somos liberais e fazemos todo o tipo de fantasia reprimida, e que claro a nossa vida é regida pelo inconsciente o tempo todo. No Rio De Janeiro isso ficaria bem evidente... Mas o que o Freud tem a ver com as férias dele e de seu amigo no Rio de Janeiro? Ele constatou que necessariamente não é obrigatório a presença quatro paredes para as fantasias se realizarem, claro elas ajudam, mas a bebida também é um excelente remédio para os héteros se soltarem...
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Toda essa história maluca se desenrolou em suas férias de 10 dias no Rio de janeiro, ele e seu amigo soltos em uma cidade onde tudo o que é bom é barato e além disso o calor faz os quiosques e praias ficarem lotadas durante á noite, junto tudo isso e acrescente dinheiro, pronto a farra estava preparada e pronta para ser colocada em prática!.
Durante o dia o sol de rachar típico de janeiro não permite que eles saiam durante o dia para ir a praia da bica (que fica a poucas quadras do apartamento onde ele e seu amigo estavam), mas era a noite cair que a coisa mudava completamente: As quartas feiras ensaio de carnaval da escola de samba União Da Ilha do Governador na rua de baixo, pensa num trem maneiro rua lotada até o cair da noite, bebida a vontade e ainda para completar os guris da bica também estavam por la bebendo a vontade e procurando garotas eles também entravam na brincadeira e se divertiam. Nas sextas feiras é a vez da Tribo Do Cacuia no posto de gasolina na mesma rua tudo lotado e claro sem falar na praia da bica que nos dias de fim de semana pega fogo!
Foram 4 dias de pura bebedeira e farra na praia da bica, e o melhor tudo barato e acessível, polícia?? nem sinal!! de começo ele e seu amigo chaparam todas sozinhos, cada um com os seus copos de 500 ml de energético misturado com vodca e pra fechar uma boa garrafinha de Corote e Skol beats...O duro no final de tudo era ter que voltar para casa: pensa num caminho longo e difícil de se fazer! mas era tudo diversão risos e zoeira afinal ficar bêbado é a melhor coisa do mundo para ele!!
Nos outros dias a praia da bica foi ficando ainda melhor, ele aos poucos foi fazendo amizades com os garotos que ficavam numa praça bem no final da orla em frente a uma igreja, aproveitando, deus do céu! era cada guri mais gato do que o outro, o perfil? aquele que ele mais desejava: meninos de 14,15,16,17 todos com corpos belos e rostos bem fofos de dar água na boca, imagina debaixo das cuecas o que poderia ter, ui!! além disso todos eram bons de papo, queriam saber tudo sobre Belo Horizonte e principalmente o sotaque mineiro caracterizado pelo uai e também ausência do som X, um dos guris o Cupertino (apelido atribuído) queria escutar a palavra biscoito, ele claro falou sem problemas e a risada foi geral, cade o tal do x? hehe... tudo acompanhado de umas boas doses de bebidas e altos papos, ele até fez amizade com uma mulher que vende as bebidas na praça, gente boa pra conversar e cair  na risada!.
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Mas o negócio começa a pegar fogo de verdade quando ele e seu amigo vão embora para o apartamento e ficam sozinhos no quarto para irem ““dormir””. Simplesmente o inacreditável ocorre nas 3 noites em que eles estão chapados : ele e seu amigo “super hétero” acabam tendo uns lances bem gostosos...
Tudo começou na primeira noite em que eles chaparam todas e na volta o seu amigo começou com uns papos meio excitados do tipo “pega no meu pau” “chupa meu pau” e outros, e ele percebendo a jogada logo constatou que o seu amigo estava com a casca de hétero cada vez mais frágil. Era hora de agir...
Chegaram ao apartamento bem bêbados, disfarçaram ao máximo para não serem descobertos, ok passaram no primeiro teste, foram para o quarto um pouco de conversa e pronto, as luzes são apagadas e é aí onde a inacreditável magia começa a ocorrer. O seu amigo senta no chão super chapado, tira a camisa e ele começa as preliminares: passa a mão aqui e ali diz palavras sensuais, começa a explorar os peitos com a boca e beijinhos, seu amigo custa a ceder, ele vai mais longe: aos poucos passa a mão por dentro da cueca de seu amigo e chega ao ápice quando sente que o pau dele está duro... consegue até passar a língua na ponta dele, nossa que emoção (mesmo estando bêbado), poder acariciar um garoto de 14 anos, seus peitos sua barriga, dizer o que pensa sem medo nem censura. E tava só começando, em seguida o seu amigo levanta e diz que vai tomar banho, ele não perde tempo e vai atrás, os dois entram no box e tiram a roupa: isso mesmo leia de novo!!! ele nem acredita o chuveiro descarrega uma água morna deliciosa e ele claro enche o seu amigo de beijos e carícias, e o melhor consegue ficar ereto e gozar dentro do seu amigo, e ainda o seu amigo pegou o pau dele e enfiou na sua própria bunda com vontade, ele nem acreditou no que estava acontecendo, um super hétero cedendo aos impulsos homossexuais! quem diria!!!!
Mas tudo tem um fim, o banho mágico durou uns 15 minutos, dizem que uma boa ducha cura a bebedeira e realmente ele constatou isso, parece que seu amigo saiu do “transe” e se recusava a ficar perto dele, ok a magia já estava pronta....
Na segunda noite eles de novo foram para a praia da bica, algazarra, zuaçoes,  chaparam todas, dessa vez porém os parentes deles os levaram de carro, e no meio disso teve uma cena que ele jamais vai esquecer: no meio da multidão na praça em frente a paria da bica eles estavam de boa tomando todas e eis que do nada brota do cimento no chão a avó de seu amigo, pega o copo de batida deste, cheira e pergunta: o que é isso? esse responde que era energético somente, porém quando a avó dele vira de costas, CARACA!!kkk ele bebe a batida de gute gute (só não engole o copo por que não desce) ele ri a beça quando vê a cena de seu amigo. Ok susto passado a hora de ir embora chega e eles caminharam em direção ao carro que estava estacionado a quilômetros de onde estavam ou seja tiveram que “andar” chapados até chegar nele, ok o baile cambaleante tromba tromba estava pronto, no trajeto mais cagada, o seu amigo leva um tombo daqueles em frente ao um dos quiosques a moça que trabalha nele vê toda a cena e racha de rir, eles também fazem o mesmo. Chegando ao apartamento se dirigiram para o quarto e de novo o seu amigo começou com os papos excitantes, só que dessa vez porém foi justamente o seu amigo que tomou a iniciativa: começou a pegar no pau dele aos poucos, ele claro já soltou o verbo: quero chupar o seu pau. O seu amigo diz que aceita se ele deixar este penetrá-lo ele claro aceita sem problemas abaixa as calças e pronto logo sente aquele arrepio na espinha ao constatar que o pau do seu amigo está cutucando-o com força, mas ele queria mesmo era chupar, porém dessa vez foi um lance relâmpago seu amigo se levantou e foi tomar o banho, ok para ele estava de bom tamanho, mas o melhor estava guardado para a terceira noite....
Era uma noite de quarta feira, antevéspera da despedida, eles novamente atacaram na praia da bica, dessa vez porém esta não estava muito cheia mas mesmo assim deu para curtir bastante pois os novos amigos conquistados nesse novo ambiente estavam todos lá sentados nos bancos e enchendo a cara, eles claro fizeram o mesmo se juntaram aos amigos e foram beber, tudo acompanhando de altos papos e claro muitas e muitas risadas e palhaçadas, afinal isso é a cara do Rio De Janeiro, descontração e muita coisa a se fazer pelas ruas e ladeiras noite adentro.
È chegada a hora de ir embora eles claro estavam vendo tudo rodando, não foram atropelados por proteção do universo, cambaleavam de um lado ao outro, tudo feito com muitas risadas. Mais uma vez chegaram ao apartamento disfarçaram um pouco e foram para o quarto, o efeito da bebedeira bateu igual meteoro o seu amigo desabou sobre o colchão e ele fez o mesmo ao lado, um minuto de espera pronto a conversa erótica teve início, ele claro pegou o seu amigo que estava deitado de barriga para baixo e o virou e logo começou as investidas preliminares: começa a escorregar a sua mão suavemente sobre sua barriga até chegar na cueca, ele notou porém que o seu amigo estava bem mais afim e liberal do que nos dias anteriores, BINGO! era hora de atacar para valer...
Ele começou com as preliminares dessa vez com muito mais safadeza, logo já foi pondo a mão dentro de sua cueca e pegando tudo geral, e ainda percebeu que seu amigo estava ficando excitado ui!! este dizia a ele que gostava de mulheres, que não estava excitado ou afim, tudo mentira aos poucos foi cedendo, chegou a colocar até um vídeo porno para se estimular, “ai que preguiça” pensava ele, ai veio o primeiro bote inesperado: o seu amigo chupa o seu pau com vontade, Delícia!! pena que ele não conseguiu gozar, tudo bem tava só começando, em seguida seu amigo se deitou de barriga para cima e começou a ver o tal vídeo, ele não tava nem ai queria mesmo era tacar sua língua e sentir o cheiro e o gosto do pau de seu amigo, era chegada a hora do ápice com direito a 69! ele percebeu que seu amigo olhou para o seu anus com a luz da lanterna do celular.. “Por que os héteros fazem isso??” vai saber, tudo bem prossegue a magia e quando ele finalmente escuta  o seu amigo dizer: “to quase deixando você por a boca ai” ele não pensou duas vezes e começou a chupar o pau dele com vontade!, que sensação deliciosa por um pau de um guri de 14 anos na boca é tudo que ele queria CARACA! e o mais surpreendente ainda estava por vir, o boquete durou menos de um minuto e meio, isso mesmo! quando ele pensou que ia demorar, de repente sentiu o gostinho gelado na boca descendo pela garganta e em seguida sua mão ficar toda lambuzada, em resumo o seu amigo gozou bastante na boca dele, “mas já??” que coisa foi mesmo muito rápido, ele engoliu com prazer até a última gota, lambeu até as mãos, DELÍCIA!! em seguida seu amigo se recolheu, todo homem faz isso depois que goza impressionante! ele ainda estava ereto e evidentemente nao ficaria sem gozar, bateu uma e gozou no colchão mesmo, o seu amigo não aprovou muito essa , “ué abre a boca então e deixa eu gozar ai então” pensou ele....
Chegado o fim da magia, era hora de dormir, o seu amigo ficou acordado por mais um tempo, ele dormiu bem antes feliz da vida, pois a mágica noite carioca já estava mais do que feita!!....
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No dia seguinte a noite mágica eles nem tocaram no assunto sobre os lances que rolaram nas três noites anteriores, tudo bem ele sabia que o seu amigo com certeza ia lembrar disso, afinal ninguém transa sem chupa e deixa ser chupado sem nenhuma vontade, o seu amigo claro se fazia de desentendido: “não lembro de nada, estava inconsciente” puro papo de hétero depois de uma transa bêbado...
Mas também  dia seguinte não costuma ser muito positivo, especialmente depois de uma bebedeira, tava escrito que ia rolar merda, não deu outra...
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È na despedida que costumamos chutar o melão de vez, botar para quebrar, e com eles não seria diferente...
Era uma noite de quinta feira véspera da despedida do Rio De janeiro, ele havia visto na previsão do tempo que as chuvas estavam chegando e iriam descarregar toda a sua força na noite de sexta feira, ele pensou: “hoje na quinta já choveu bastante durante a tarde aqui no RJ, provavelmente amanha na sexta o tempo deve emputecer de vez” “então o negócio é aproveitar para valer hoje e amanha”. E assim foi quando a noite caiu mais uma vez lá se foram os dois para a praia da bica, esta estava bastante vazia, eles demoraram para se animar, mas como no RJ qualquer mesa cercada de pessoas pode dar em farra o negocio era partir para o ataque. Na praça no final da praia havia um grupo de jovens enchendo a cara sentados em uma mesa de cimento com um tabuleiro de xadrez afixado nela, os bancos eram pequenos e estreitos, ok nada mal aos poucos ele foi se aproximando do grupo quando percebeu que o paraíba (um dos amigos feitos nas noites anteriores) também estava junto com esse grupo, prontinho: não levou nem meia hora para eles estarem todos juntos em volta da mesa enchendo bastante a cara com o rodízio de bebidas, conversando fiado, rindo a beça e sendo felizes do jeito que todos são. 
E o melhor de tudo que eles chegaram bem cedo na praça, não eram nem 22:00 horas, porém quando o relógio bateu nessa hora, eles já estavam bastante chapados, atravessaram a rua para o outro lado e continuaram a beber nas areias do lado de um banheiro que fedia a beça, o grupo ainda conheceu um catador de latinhas bem humorado que só o carioca sabe ser, ele o apelidou de homem do saco este se interagiu na roda conversou com todos deu bastante risada e ainda no final o homem do saco tomou uns goles de vodca cumprimentou todos da roda e seguiu o seu caminho sorrindo e feliz ( um paradoxo né?). A noite seguia seu curso com uma brisa quente e relâmpagos no horizonte e eles seguiram na areia em meio a risos altos papos e muita bebida, ele estava em paz e feliz por poder ser aquilo que era por pelo menos uma noite, isso incluía dar em cima de quem quisesse sem medo nem censura interior e foi isso que ele fez deu em cima de um dos garotos da roda, este é lindo, confessou a ele que era gay e também que o achava um gato, o garoto levou tudo numa boa, inclusive os beijos e carinhos que ele fazia nas suas costas..aaaa um sonho!!!
Mas a hora de ir embora chegou aliás já estava bem em cima da hora mas antes disso eles ainda tomaram mais umas, deu tempo até de encontrarem na praça com uma dessas pessoas que ficam por ai levando a palavra de Deus (sugeria ser umas das testemunhas de jeová) era um rapaz alto bem vestido e boa pinta, apesar dele estar bem zebrado conseguiu argumentar o por que era ateu, chegou até a citar Darwin e claro o governo conservador e as idéias do qual detestava, seu amigo quando viu o tal rapaz pediu para ir pra Marte, no fim tudo certo. O tempo encurtou ainda mais e eles seguiram o caminho de volta, dizem que bêbado não erra o caminho de casa de jeito nenhum e eles constataram isso na prática, foram cambaleando bastante para o apartamento, só no final eles constataram que esta sem dúvida foi a noite que a bebedeira superou todos os limites, o seu amigo estava fora de si totalmente inconsciente, a parada ia feder bastante no dia seguinte, mas a noite ainda não tinha acabado... Eles chegaram  completamente zebrados ( a zebra já tava virando cabrito) nu!!! dessa vez não deu para segurar a onda (fazer cara de paisagem, endireitar o corpo e fingir que ta tudo normal como nos outros dias), a maré definitivamente não estava a favor deles, ainda mais quando ele ficou sabendo que um deles ia dormir na sala e a irma de seu amigo ocuparia esta vaga no quarto..o cabrito virou égua ali mesmo na hora de tirar par ou impar para ver quem ia dormir na sala: foram 3 minutos de poe e tira dedo que puta merda, ele nem via a mão de seu amigo, tampouco sabia quantos dedos estava pondo para a aposta, o suor começava a brotar na testa dele quando percebeu que o “seu tio” que pediu para fazer o maldito par ou impar olhou para ele com uma cara tao embucetada que achou que ia ganhar um tiro na testa. No fim deu “”certo”” ele foi dormir na sala e seu amigo foi dormir no quarto com sua irma, ele sabia que isso ia fazer a égua virar burro: não deu outra,  o seu amigo parecia um peão dentro do quarto batia em tudo quando era parede, ele escutava tudo da sala “ que merda ele se entregou bonito, estamos na bosta” pensava. Ainda deu tempo dele levantar ir ao tanque e vomitar um pouco (eca.. coisa horrível) em seguida deitou, apagou no colchão da sala pouco depois de escutar o seu amigo tomar banho, quase quebrar o box do banheiro e em seguida bater de testa no chão do banheiro...
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O circo pegou fogo de vez no dia seguinte: ele já acordou escutando reclamações de “seu tio” que percebeu que seu amigo e a irma deste dormiram deixando a janela do quarto aberta e ainda com o ar condicionado ligado “ah puta que pariu, é o fim da picada!” pensou. Ele sabia que deixar o seu amigo ir dormir “sozinho” (sua irma foi dormir e deixou ele se ferrar) no quarto super zebrado ia dar pra cabeça, pois é e ainda para piorar a avó de seu amigo tratou de colocar uma tonelada de lenha na fogueira quando disse que percebeu que os dois estavam estranhos e principalmente o seu amigo, que sentou no chão do banheiro e outras coisas..pronto faltava mais nada, o falatório deu início na mesa do café, haja ouvidos todos consternados com o aparente fim do mundo por conta da bebedeira, ele não estava tao preocupado assim apesar da pressão que sua prima fez para ele confessar o que eles haviam tomado nas noites anteriores, de primeira foi só energético disse ele, evidente que a casa não ia demorar a cair com tudo na cabeça deles... Para piorar a sua prima começou a chorar igual homem quando casa, falou, soltou o verbo para o ano inteiro, já era tarde, mas a égua ainda tinha que virar cavalo, faltava o seu amigo.
Depois do falatório eis que seu amigo acorda no quarto e manda mensagem no wahtsapp: “colé mano to sabendo ouvi tudo” pois é o cavalo tá relinchando pensava ele enquanto lia a mensagem, quando pensou que nada mais poderia ocorrer eis que seu amigo diz em outra mensagem: “ cara to muito mal vomitei no ar condicionado todo”! ele não quis acreditar foi constatar olhando pela janela da sala, não precisou nem de 2 segundos para ver o aparelho que é branco coberto de verde, de cima abaixo, parecia estar fantasiado pro carnaval de lodo, e ainda para dar aquele toque sutil a marca da mão de seu amigo ficou nítida bem na parte de cima o que indicou que ele ainda teve a genial ideia de tentar “”limpar”” com a mão...Filho da puta, caraca, puta que pariu e outras expressões surgiram na mente dele diante daquela cena, pronto o cavalo virou bode!! e agora como vou limpar essa merda? e o pior COM O QUE?? naquele apartamento mais limpo do que uma sala de produção de silício para armazenar memória de computador, achar um pano para ser usado e descartado era impossível, mas o tempo estava passando e de novo a perrenga despencava e estava para ele resolver...
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Até aquele momento ele não sabia como o “seu tio” não tinha visto a pintura surrealista moderna estilo cabeça de medusa Caravaggio que seu amigo tinha feito no ar condicionado, realmente algo fora de série. Ele entrou no quarto viu seu amigo desmontado no colchão igual uma besta e viu a pintura de perto, queria morrer, até que uma ideia iluminou sua mente, em sua mochila ele tinha uma cueca suja, já estava velha e rasgada (olha o nível) ele não teve escolha foi correndo na mochila abriu esta pegou a cueca salvadora foi na torneira do tanque umedeceu-a e conseguiu fazer o milagre: Limpou tudo, o split ficou branquinho, parecia até que acabara de sair da loja, ufa.... uma merda a menos por hoje pensava ele, só que não, quando ele olhou para as pardes ao redor percebeu que o pião que seu amigo fez na noite anterior foi acompanhado de mãos melecadas que deixaram suas lindas marcas nas paredes. Mais cueca úmida e esfrega - esfrega ok deu para dar uma disfarçada, enquanto ele limpava seu amigo lhe contou como vomitou litros pela janela e também como foi a noite resumida em vômitos e vagas lembranças....
Depois da primeira chuva de falatório ele e seu amigo ficaram no quarto sentindo vergonha de tudo o que fizeram.....pegadinha da lurdinha seu besta! que nada, riram como nunca da noite louca que passaram, ele já estava com saudade da roda de guris cariocas e seu amigo parece que queria distancia da praia, tava numa ressaca de búfalo. Depois do almoço a casa ia desabar de vez sobre os dois quando a irma de seu amigo jogou gasolina e palha seca na fogueira, se transformando em pivô da dedução: fez igualzinho as senhoras lavadeiras de cortiço contou todos os detalhes dos dias em que ela saiu junto com eles incluindo claro a bebedeira...”” vou mandar matar o Christian Figueiredo e o Natan também””, pensava ele emputecido, O seu amigo estava dormindo ainda bem se não acho que dessa vez ele a jogaria pela janela junto com o vomito. Sua prima o chamou para uma conversa em particular no quarto dela, seu amigo continuava dormindo estrebuchado no colchão igual uma égua que acaba de parir um potrinho, ele acabou confessando que eles beberam vodca com energético, em seguida sua prima o fez acordar o seu amigo para lhe pressionar também, no fim ficou estabelecido que seu amigo não poderia ir mais ao rio acompanhado somente pela sua avó...
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Tudo na vida é um aprendizado, para ele esse episódio foi divertido e feliz por um lado mas cauteloso do outro, afinal beber mesmo ele só gosta quando está em grupo, especialmente quando são pessoas e lugares novos, uma aventura!. quanto ao seu amigo esse já é cobra baiana criada, com um toque de tempero do Nacional/Carajás com certeza ele iria repetir essa dose louca de novo muitas vezes...
Na vida temos mais merdas a compartilhar do que glórias e conquistas ( Livro Amanha Eu Paro Gilles Lergardinier) e com ele não era diferente, sei la é mais divertido fazer lambanças do que fingir ser sempre o certo, a vida levada muito a sério não tem graça nenhuma e algumas cagadas fazem parte do nosso roteiro que se chama viver... Assim ele segue observando a vida para contar (se puder e conseguir) novas histórias esperando ansiosamente pela volta ao Rio de Janeiro para reencontrar os amigos guris lindos e quem sabe de novo poder honrar o nome de Sigmund Freud....
#Parachutes  
#ue
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madneocity-universe · 5 years
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Sofia and The Infinite Silence 
Era quase um crime o sol estar brilhando tanto e a previsão do tempo em Los Angeles ser algo perto de um calor infernal pelo resto do dia, ela pensou, dentro do carro, enquanto tomava coragem pra sair dele e encarar o que estava prestes a vir. Não que ela já não tivesse feito isso antes, no funeral da única filha dos McCan, e depois na casa da família dela, apenas acenando com a cabeça quando as pessoas perguntavam como ela estava e que sentiam muito. Era fácil assim, quando ela não tinha que falar e só estar lá, existindo e fazendo parte das coisas, mas não tão fácil quando tinha que ser real. O fato de que ela ainda não tinha encarado a morte de sua única amiga além de Victoria, o fato de que ela ainda não tinha aceitado que aquilo tudo aconteceu, na parte de trás do colégio, enquanto ela e Yves iam buscar a mesma em casa, o fato de que ela nunca mais responderia suas mensagens e nem as de Yves e nem as de ninguém, o fato de que Sofia McCan não só não existia mais, como não tinha deixado absolutamente nada para trás quando resolveu ir embora. Ela não queria ter que lidar com o pensamento constante daquelas coisas atormentando a mente dela, buscando uma resposta de seu coração e cérebro, queria ainda menos falar sobre isso com alguém ou a escola inteira, mas lá estava ela; decidindo que tinha tido o suficiente, que todos tinham tido o suficiente, e pronta para dizer a todos como de fato se sentia e como se despediria de Sofia McCan, mesmo que não estivesse mesmo pronta e se sentisse prestes a ruir a qualquer momento. As coisas precisavam acontecer, passar e serem substituídas por outras, mesmo que isso significasse a machucar mais e sufocar um monte de coisas. Era responsabilidade dela esquecer e enterrar todo aquele drama e dor. Eu não acredito que excluiu mesmo vestidos da sua vida. - O filho mais velho dos Corazón parecia muito focado e concentrado no texto bagunçado na agenda em cima de seu colo, mas assim que sentiu a presença de Ahreum, se sentando no lugar reservado ao lado dele, não evitou medir pelo menos um breve olhar divertido para a garota e a calça preta que ela usava. - Quais argumentos plausíveis você usou pra conseguir um free pass desses? Por incrível que pareça, a minha mãe se manteve muito calada e compreensiva com a minha escolha, desde que ela pudesse fazer o resto por mim. - A mais jovem murmurou em um tom estranho, quase treinado, analisando brevemente o conjunto todo; a calça de cintura alta com botões dourados e a blusa social nude muito clara e lisa, e ela tinha certeza que, junto com os brincos e os sapatos, se vendidos, poderiam alimentar um país de terceiro mundo. - E você? Acho que nunca te vi em um terno antes. Esse é... Um original Ian Corazón, exclusivo pra mim, na verdade. - O outro respondeu rapidamente, antes de se voltar ao caderno aberto em cima das pernas, pouco ligando pra cumprimentar ou saudar qualquer uma das pessoas que chegavam aos poucos no campo de futebol e começavam a tomar os lugares atrás deles como se elas se importassem e quisessem mesmo estar ali. - Era pro baile de formatura dela. - Proferiu encolhendo os ombros, hesitando entre uma palavra e outra, com medo de dizer tudo rápido demais ou de uma maneira que a deixasse preocupada. - Achei que seria justo usar, já que colocaram o vestido de formatura dela com ela... Deixei o corsage no túmulo hoje de manhã. Então, é como se tivesse acontecido. E por mais conformista e neutro que ele soasse, a coisa toda parecia uma loucura aos ouvidos dela, mesmo quando as palavras se assentaram e se organizaram corretamente em sua mente, mesmo que ela tivesse repetido aquilo uma porção de vezes na cabeça dela e mais um monte de outras vezes depois. Era loucura, só podia ser, ou ele estava lidando com tudo melhor que ela. Conversou com alguém sobre... Os sonhos? - Esquecendo todas as ideias e comentários que ela tinha no fundo da mente, voltou a falar, depois de perceber que tinha ficado calada por muito tempo, suficiente pra começar a ouvir muitas conversas no espaço atrás deles. Não exatamente, eu não ia, mas contei pros meus pais e concordamos que é melhor eu começar a falar com um profissional e um tratamento, se for necessário. - Respondeu ele, com um breve dar de ombros, antes de fechar o caderno e relaxar a postura na cadeira, como se já estivesse ali por horas na mesma posição, o que não era bem uma mentira. - Por mais que eu não queira e não me sinta confortável dizendo o quão dolorido e horrível é, essa merda toda acabou com a Sofia e tudo o que nós podemos responder é que sentimos muito por não ter percebido. Não parece justo e nem certo. - Pontuou enquanto acenava com a cabeça algumas vezes, talvez só pra ele, tentando se conformar que não tinha nada de ruim em contar pra um psicologo ou terapeuta que tinha pesadelos com sua ex namorada suicida e se sentia tão pior e sozinho quanto ela. - E é horrível o quão bizarro isso tudo é, ter que esperar algo acontecer, pra então dizer que as coisas estão fora do lugar com você também e... O que você quer que eu faça? - Ele jurava que as últimas palavras não tinham saído num tom duro e nem rude, mas ela ainda assim se sentia pressionada, e alguém como ela poderia reconhecer tal sentimento na menor virgula colocada no lugar errado e não precisava de mais nada. - O que você quer que eu diga? - E ela sabia que ele não queria o mal dela e nem estava fazendo aquilo por qualquer motivo ruim ou com a intenção de provocá-la, mas ela se sentia atacada e queria bater nele. - O quão sozinha e quebrada eu também me sinto e que a Sofia me assombra todos os dias e que me sinto culpada por não ter percebido também? Que não suporto o fato de que ela não está em casa, e nem no shopping, e nem na escola e nem na praia e nem em qualquer outro lugar que eu possa alcançar ela? Que eu odeio essa escola e todas as pessoas que tiravam um tempo pra infernizar ela e a mim também? Que uma cerimônia pra homenagear uma garota que só se tornou importante depois de morrer é a maior das ofensas e que nós não precisamos disso? Que eu me odeio por escrever essa porra de discurso como se a Sofia fosse só a minha Senior e não... Não... - E a partir de ali, ela não conseguia nem mais dizer qualquer outra coisa, mesmo com a raiva a consumindo e ela socando o braço dele a cada pausa como se ele fosse um saco de areia. Um silêncio se estendeu enquanto a filha mais velha dos Wang começava a chorar, ainda batendo no braço do garoto sentado ao lado dela, e ele nem mesmo tinha coragem de se mover ou se esquivar dela, assistindo com uma expressão um tanto tranquila enquanto ela quebrava e se despedaçava na frente dele, e ele não a impediu, porque ela precisava soltar tudo, assim como ele tinha feito nem uma semana atrás nos braços dos pais. Eu quero que comece do começo. - Depois de alguns minutos que pareceram horas, tomou o cuidado de segurar uma das mãos dela e afastar para longe de qualquer lugar que ela pudesse bater, enquanto sussurrava cada palavra com ainda mais cuidado. - Quando. Na festa. - Começou, limpando o rosto desajeitadamente com as costas da mão que não segurava a pasta que tinha levado com o discurso que tinha feito para a ocasião. - Eu nunca liguei pra eles e não me importava em parecer menos ou mais legal na frente de qualquer pessoa e eu não queria estar lá... Mas a Sofia dizia que eu precisava começar a sair da minha concha e me virar socialmente, pra quando ela fosse pra faculdade e todas essas coisas. - Continuou franzindo a testa, tentando se concentrar nas pessoas que já enchiam todo o campo e uma raiva voltou a crescer, uma vez que a maior parte delas nem sabia quem ela tinha sido. - Não era pra gente ter parado na festa, mas... Não faz ideia no quão insistentes eles são e acham que todos nós precisamos viver em uma espécie de comunidade fechada ou sei lá, então começou a acontecer... Não sei quando comecei a ficar bêbada e não sei se estavam me ajudando de verdade, não conseguia fazer muita coisa, mas eu sentia tudo, e consigo me lembrar das mãos do Gregg e do corpo dele e do quão torturante e nojento tudo aquilo foi e enquanto durou. Eu tinha me perdido da Sofia, não sabia nem se ela ainda estava lá, até achar ela... Com outras pessoas e em um lugar que eu tinha certeza que não fazia parte da festa, e eu tenho certeza que ela não queria estar lá também. Você sabe, Yves. Ela não queria estar lá, ela não queria fazer as coisas que forçaram ela a fazer. - Pausou o discursos por alguns segundos, as imagens voltando a se misturar na cabeça dela, tão confusas como sempre e ela nem sabia se conseguia dizer quem estava naquelas lembranças e o que elas significavam; ela escolheu parar de tentar decifrar antes de chegar no resultado que ela não queria. - Começou quando o meu corpo e o que eu queria não dizia mais respeito a mim, quando vi fazerem pior com a Sofia, e desde então não sei o que fazer e nem como me comportar e nem como me defender a não ser ignorar e fingir que não me sinto errada e suja e culpada por tudo. - Tinha pensado na maneira que contaria aquilo tantas vezes que nem conseguia sentir o alivio que pensou que sentiria enquanto relatava tudo a Yves. Esperava algo parecido com um peso sendo tirado de suas costas ou uma paz, mas ainda se sentia como se nada tivesse mudado e as coisas só continuariam no mesmo mood de sempre, desde aquela noite; só existindo e aceitando as coisas como se não fosse nada e se privando de todo o resto por pensar que não merecia ou que não era boa o suficiente. - Não posso contar isso pra uma pessoa em uma sala e esperar que ela ache uma solução. Tenho tentado consertar e encontrar um resultado faz tanto tempo, que não acho que qualquer outra pessoa seja capaz. Mas não quero terminar como a Sofia e não quero me sentir mais como se tudo fosse culpa minha, Yves... Não é sobre isso que tudo isso é? - Antes de concluir seu discurso com as palavras que já tinha pensado e organizado, se voltou ao pequeno palco com microfone no final do campo de futebol, uma parede improvisada com fotos da McCan e post it's e cartas atrás como palavras vazias e copiadas do tumblr. O lugar onde ela tinha treinado esse discurso na tarde anterior, tomando o cuidado para não gaguejar e nem se esquecer. Libertar. - Proferiu em um tom sério, ignorando as muitas sensações e emoções atingindo cada célula do corpo dele da maneira mais negativa e cruel possível, ignorando o quão forte era a vontade de bater em muitas pessoas e matar Gregory Cross como ele vinha matando a melhor amiga e tinha conseguido fazer com Sofia McCan. Queria arrancar todas aquelas cartas sem sentido e fotos falsas daquela parede e destruir todas as cadeiras para o publico que nem sabia qual era o sorvete favorito da garota em questão e muito menos quem ela era num geral. Mas apesar de toda a raiva e ódio o consumindo e tomando lugar de tudo que existia nele, conseguiu entender. Não era sobre guardar, superar, lembrar, culpar, julgar ou descontar. Libertar. Do jeito que ela não conseguiu fazer, antes do silêncio infinito.
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