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#fotografia sem edição
duquerido · 1 year
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Hoje, depois de um rápido passeio, me perdi num cantinho encantado de cores, perfumes ...
... repleto de alegria, amor... de gostinho de quero voltar 💕
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delirantesko · 10 days
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A realidade não passa de um sonho coagido por nossos sentidos falhos (texto, setembro 2024)
Universos inteiros são criados e destruídos em minha mente, como se eu acordasse de sonhos extremamente lúcidos.
Então trago relatos, como se fossem fotografias de determinados momentos, como se tivesse feito uma excursão, no processo de montar um álbum de fotos.
Uma edição de momentos, um conjunto de descrições que buscam ativar emoções e memórias.
Talvez mais alguém tenha feito o mesmo percurso. Talvez não no mesmo momento. Será que eu vi detalhes que outros não prestaram atenção?
O que pareceu importante pra mim talvez não seja a prioridade para outros. Talvez revisitar as fotos me permita ver o que não vi antes, ou então ajude a memória a se tornar cada vez mais contaminadas pelas impressões e expectativas atuais.
Porque nenhuma memória é confiável: tudo que achamos que aconteceu vai ganhando novos ares: pouco a pouco a suposta realidade vai ganhando uma aparência similar aos sonhos, onde múltiplas interpretações podem ser aplicadas.
"Ah, isso foi uma metáfora para X" ou "Aquilo é uma analogia para Y".
Por causa da teimosia persistente das pessoas, a realidade então é definida como X, assim como o valor das cédulas de papel é algo acordado. No deserto toda sua fortuna não passa de um peso a ser descartado, pois ele não vai satisfazer sua sede.
Sem isso, estaríamos ainda mais perdidos.
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onlyfooll · 3 months
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ainda me lembro das vezes que cruzei com nam wora / "celeste" na kappa phi! ela era tão parecida com kim yoo-jung, mas, atualmente, aos 34 anos, me lembra muito mais nana. fiquei sabendo que, depois de cursar medicina, atualmente é desempregada e que ainda é gentil e insegura. uma pena acabar encontrando ela assim… não é possível que esteja envolvida com o acidente de fiona e a morte de victor, certo?
𝐬𝐡𝐨𝐮𝐥𝐝 𝐟𝐢𝐧𝐝 𝐚𝐧𝐨𝐭𝐡𝐞𝐫 𝐠𝐮𝐢𝐝𝐢𝐧𝐠 𝐥𝐢𝐠𝐡𝐭
nam wora nasceu em seul, coreia do sul, em uma família de médicos que administravam uma rede de clínicas pelo país. ela é a filha mais velha de três irmãs e sempre foi vista como a esperança de continuar o legado familiar. desde pequena, wora preferia atividades criativas — ou inúteis, segundo sua mãe — às acadêmicas, demonstrando um espírito livre e uma tendência a se perder em seus próprios pensamentos. ainda na adolescência, a estabilidade financeira da família foi abalada quando seu pai perdeu quase todo o dinheiro em jogos de azar. com a falência iminente, sua mãe decidiu enviá-la para a frança, com a esperança de que ela estudasse medicina e trouxesse um futuro próspero para a família, ficando sobre a tutela de amigos dos seus pais, wora não teve escolha a não ser aceitar os planos da mãe.
𝐜𝐡𝐚𝐧𝐠𝐞 𝐭𝐡𝐞 𝐩𝐫𝐨𝐩𝐡𝐞𝐜𝐲
aos 18 anos, wora chegou em des moines para cursar medicina, carregando o peso das expectativas de sua família, mas nunca se apaixonou pelo curso. durante os anos de faculdade, adotou o apelido “celeste” e era apenas mais uma estudante. sua vida acadêmica foi marcada pela mediocridade: passava nas disciplinas sem honras, sempre no limite, equilibrando suas obrigações acadêmicas com seu verdadeiro interesse — a ociosidade. ela se uniu à fraternidade kappa phi, mas nunca se sentiu realmente parte do grupo. sabia muito bem que a maioria dos seus colegas a viam como desinteressante e pouco envolvida nas atividades da fraternidade. após o incidente de fiona ficou cada vez mais distante e quando se formou cortou a maioria dos laços com eles, mantendo contato apenas com alguns poucos amigos próximos.
𝐛𝐮𝐫𝐧 𝐚𝐥𝐥 𝐭𝐡𝐞 𝐟𝐢𝐥𝐞𝐬, 𝐝𝐞𝐬𝐞𝐫𝐭 𝐚𝐥𝐥 𝐲𝐨𝐮𝐫 𝐩𝐚𝐬𝐭 𝐥𝐢𝐯𝐞𝐬
depois de se formar sem honrarias, celeste trabalhou em hospitais e pequenas clínicas. mas a falta de paixão e o sentimento constante de estar perdida a levaram a um terrível esgotamento emocional. dois anos depois de formada, decidiu deixar a carreira médica definitivamente. como forma de desculpas, mandou todo o dinheiro que tinha economizado para sua família, cortando o último laço financeiro com eles. depois disso, nunca mais teve notícias dos seus pais ou das suas irmãs.
𝐢 𝐩𝐫𝐞𝐟𝐞𝐫 𝐡𝐢𝐝𝐢𝐧𝐠 𝐢𝐧 𝐩𝐥𝐚𝐢𝐧 𝐬𝐢𝐠𝐡𝐭
sem o apoio da família e sem rumo definido, começou a trabalhar em diversos empregos informais para sobreviver. foi barista, babá, assistente em lojas de roupas e, eventualmente, começou a aceitar pequenos trabalhos de edição de fotos, onde podia aplicar sua iniciante paixão pela fotografia. desde que chegou, nunca saiu de des moines e atualmente vive uma vida nômade na cidade. sem endereço fixo, mora temporariamente em uma pensão e guarda todas as suas coisas em uma caminhonete antiga, a qual comprou com muito custo. sem um emprego fixo, dedica-se à fotografia e ocasionalmente consegue trabalhos como editora de fotos, essa tem sido sua válvula de escape e sua maneira de encontrar significado em um mundo onde se sente constantemente à deriva. celeste sabe que tem um mar de possibilidades à sua frente, mas a falta de ambição e o medo de criar vínculos a mantém estagnada. ela vive um dia de cada vez, esperando encontrar um caminho que seja verdadeiramente seu, sem as pressões e expectativas que uma vez a aprisionaram.
𝐬𝐨 𝐚𝐟𝐫𝐚𝐢𝐝, 𝐢 𝐬𝐞𝐚𝐥𝐞𝐝 𝐦𝐲 𝐟𝐚𝐭𝐞
marcada por um espírito livre e uma aversão a compromissos, ela se sente perdida e sem objetivos claros, na maioria das vezes refere a companhia de sua própria mente à de pessoas e evita criar vínculos. muitos a veem como imatura e desleixada, mas ela possui uma profunda sensibilidade e uma capacidade única de ver beleza em momentos cotidianos.
𝐨𝐧𝐥𝐲 𝐟𝐨𝐨𝐥𝐬 𝐝𝐨 𝐰𝐡𝐚𝐭 𝐢 𝐝𝐨
roupas gastas, esboços rápidos em guardanapos, fotografias instantâneas desbotadas, viagens solitárias, mercados de antiguidades, clipes de papel, longas caminhadas noturnas, edifícios abandonados, coleção de mapas antigos, tulipas brancas, aroma de café fresco, poças de água refletindo luzes da cidade, contraste entre beleza e desordem.
* 𝐢𝐧𝐯𝐢𝐬𝐢𝐛𝐥𝐞 𝐬𝐭𝐫𝐢𝐧𝐠
as conexões listadas a seguir são apenas uma sugestão, podendo ser alteradas de acordo com o seu char. qualquer mudança/nova sugestão é bem-vinda!
𝐭𝐡𝐞 𝐛𝐥𝐚𝐜𝐤 𝐝𝐨𝐠 - celeste e valentin se conheceram no primeiro dia de aula e logo se tornaram grandes amigos. eles tinham muito em comum, desde interesses acadêmicos até hobbies, e isso fez com que se aproximassem. a amizade evoluiu para um namoro, e alguns anos mais tarde, para um noivado. eles sempre foram muito próximos e compartilhavam segredos e sonhos, sendo apoio incondicional um para o outro. no entanto, com o tempo, celeste começou a se distanciar. sem dar muitas explicações, ela terminou o noivado e passou a evitar valentin. ele ficou confuso e magoado, sem entender o que havia acontecido, principalmente quando soube que celeste tinha aparentemente superado o relacionamento quase que instantaneamente. anos depois, o destino fez com que se reencontrassem. (ex noivos, fechado - valentin)
𝐭𝐡𝐞 𝐥𝐚𝐬𝐭 𝐠𝐫𝐞𝐚𝐭 𝐝𝐲𝐧𝐚𝐬𝐭𝐲 - a família de muse b e celeste sempre tiveram uma boa relação, as viagens em família eram frequentes durante a infância de ambos. nunca foram realmente próximos, prezavam pela boa convivência em respeito à história das famílias, mas pelo menos celeste nunca se esforçou para criar uma amizade. isso mudou quando os nam quase entraram em falência e a única esperança de reerguer a família era enviando celeste para a frança. a atitude foi encorajada pela família de muse b, a qual acolheu celeste como uma filha. o convívio diário e as situações compartilhadas aproximaram os dois, revelando lados um do outro que não conheciam. (quase irmãxs, aberto)
𝐭𝐡𝐞 𝐯𝐞𝐫𝐲 𝐟𝐢𝐫𝐬𝐭 𝐧𝐢𝐠𝐡𝐭 -  celeste nunca foi de se arriscar, preferindo sempre sua zona de conforto. já muse c, adorava a adrenalina. eles se conheceram em uma festa na fraternidade e desde então, muse c sempre fazia questão de incluí-la em sua roda de amigos. extrovertida e cheia de vida, era o contraponto perfeito para a reservada celeste. muse c a ajudou a sair de sua concha, enquanto ela trouxe um pouco de equilíbrio para a vida tumultuada dela. mesmo quando surgiam rumores sobre as atitudes duvidosas delx, elx sempre tinha uma desculpa pronta e um sorriso cativante que convenciam celeste a ignorar as advertências dos amigos. embora muse c parecesse imprudente, celeste via nela uma sinceridade e lealdade que outros não enxergavam. surpreendentemente, a amizade deles resistiu ao tempo, mesmo parecendo que não tinham nada a ver uma com a outra. ("má" influência/amigxs de festas, aberto)
𝐭𝐡𝐞 𝐚𝐥𝐜𝐨𝐭𝐭 - a relação entre aron e celeste sempre foi uma incógnita para ambos. durante os anos de universidade, celeste se viu navegando entre a certeza de uma amizade sólida e a possibilidade de estar apaixonada. as conversas longas nas madrugadas e os olhares prolongados deixavam uma tensão no ar. no entanto, ela nunca teve coragem de confessar seus sentimentos, com medo de perder a amizade que tanto valorizava. (melhores amigos na universidade, fechado - aron)
𝐭𝐡𝐞 𝐚𝐫𝐜𝐡𝐞𝐫 - vivienne e celeste mantinham uma relação saudável; não eram tão próximas, mas também não tão distantes. sempre que se viam, colocavam os assuntos em dia e sabiam que podiam contar uma com a outra. vivienne sempre apoiou celeste nos momentos difíceis, oferecendo um ombro amigo e palavras de conforto - era seu porto seguro. no entanto, quando vivienne precisou de apoio, celeste não estava lá. ela se viu sozinha, buscando o conforto que sempre ofereceu, mas que não foi retribuído. o que antes era uma amizade promissora se transformou em uma relação marcada por mágoas e ressentimentos. (ex amigxs, fechado - vivienne)
𝐨𝐮𝐭𝐫𝐚𝐬 𝐜𝐨𝐧𝐞𝐱õ𝐞𝐬
amigos que se afastaram e agora querem se reaproximar
encontro às cegas
não vão com a cara um do outro
chefe
vizinhos
confidentes/colegas de quarto - fechado - eva
unidos pelo fracasso
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iuriinacio · 3 months
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Quem Sou Eu?
Nome: Iuri Inácio
Idade: 19 anos
Aniversário: 28 de dezembro
Gênero: Ele/Eles
Filmes Favoritos: Os Sem-Floresta, A Dama e o Vagabundo, Carros e etc.
Bandas/Gêrenos Musicais Favoritos: Rock, MPB e Coletânea Jovem Guarda (Anos 60/70/80)
Jogos Favoritos: Jogos Eletrônicos e Jogos de Mesa (como Uno, Dominó e Sinuca)
Fandom Atual: Over The Hedge e 100% Wolf
Ferramentas de Trabalho: Inkscape e Programas de Edição
Plataformas Favoritas: Console, PC e Celular
Outros Interesses: Tecnologia, Comunicação e Fotografia
Outras Mídias Sociais:
Reddit:
DeviantArt:
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poesiamaira · 7 months
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Não ter um deus
não ter um túmulo
não ter nada constante
apenas coisas vivas que se esquivam —
estar sem ontem
sem amanhã
no desvario do nada —
grito —
por uma dor
onde não há fim
.
Antonia Pozzi (1912-1938), "Grido" (1932), trad. Maira Parula. Antonia, nunca publicada em vida. Família rica, pai fascista, fracasso no amor, suicídio aos 26 anos. Após sua morte, os pais publicam sua obra com cortes, mais tarde sairia uma edição ampliada. Diários, cartas, 300 poemas, estudos, fotografias de viagens. Estudiosa de filologia e literatura, hoje considerada uma Sylvia Plath italiana.
(ver mais traduções em maira parula)
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lobamariane · 2 months
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Poesia para despertar revoluções possíveis
reportagem sobre a noite do Slam das Minas Bahia em 13 de julho de 2024 (Salvador, BA)
para a Theia Acesa
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Ontem estive presente na batalha de poesias Slam das Minas Bahia. Foi a terceira edição e última classificatória para a batalha final de 2024. A vencedora deste ano seguirá para a competição no Slam Bahia, com a possibilidade de seguir para a disputa nacional. Em atividade desde 2017, a iniciativa que busca fortalecer o protagonismo de escritoras e poetas pretas da Bahia, realiza mais do que uma competição quando ocupa a cidade de Salvador amplificando vozes de suas periferias.
Esta edição do Slam fez parte da programação do 12º Julho das Pretas, articulação criada pelo Odara - Instituto da Mulher Negra para mobilização de uma agenda conjunta de ações em torno do Dia Internacional da Mulher Negra Afrolatina Americana e Caribenha, celebrado anualmente em 25 de julho. A agenda do Julho das Pretas deste ano conta atividades de mais de 250 organizações por todo Brasil, Argentina e Uruguai.
Essa foi minha primeira vez numa batalha de poesia depois de mais de 10 anos namorando pela internet diversos slams, vendo inclusive o nascimento do Slam das Minas BA e de outras competições da palavra falada. O Slam aconteceu na Casa do Benin, museu histórico situado no Pelourinho que guarda memórias das culturas afrodiaspóricas ancestrais e contemporâneas. Instrumentos musicais, tecidos estampados, peças de cerâmica, fotografias e outros itens compõem a exposição permanente. Destaco aqui uma peça com o mapa da República do Benin todo feito em tecido, com retalhos coloridos demarcando cada estado e seus respectivos nomes costurados com linha. Já entre as fotografias, estão duas que marcam a visita de Gilberto Gil ao país na década de 80. 
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Dialogar abertamente para evidenciar a estrutura racista que sustenta a "guerra às drogas"
Nesta edição a batalha foi precedida pela roda de conversa “Por uma política sobre drogas com redução de danos e reparação”, com participação de Lorena Pacheco (Odara Instituto da Mulher Negra), Belle Damasceno (Iniciativa Negra) e Laina Crisóstomo (Pretas por Salvador). O maior lembrete para esta conversa foi dito mais de uma vez: quando falamos de políticas sobre drogas, não estamos falando sobre as substâncias, mas sobre as pessoas. “Ninguém atira num saco de pó, ninguém atira em um beck”, como foi bem colocado por Belle. Ainda estamos na batalha para que a sociedade compreenda que falar sobre drogas não é falar sobre segurança mas sim sobre saúde pública, ainda mais quando tal “segurança pública” mata a população preta no Nordeste de Amaralina com a justificativa de uma suposta guerra às drogas enquanto o bairro branco da Pituba aparece nas estatísticas com alto índice de apreensão de uso/porte de entorpecentes e nem por isso vira um campo de batalha nessa tal guerra. A conversa também é oportuna, pois acontece logo após a notícia da decisão do STF pela descriminalização do porte pessoal de maconha em parâmetro de 40 gramas ou 6 pés da planta cannabis sativa, diferenciando o usuário de traficante. “Se para uma pessoa branca essa decisão é sobre o direito de fumar, para a população negra, é sobre o direito de viver”. E justamente porque é um assunto de vida e morte, todas as falas da roda afirmaram e demandaram das pessoas presentes um posicionamento coletivo sobre o assunto através do diálogo em todos os âmbitos e círculos da vida cotidiana. Sem contar o bom e óbvio lembrete da Laina Crisóstomo: ao falar de maconha “estamos falando da história da criminalização de uma planta”.
“Protagonismo, acolhimento e potência na rima” para além das batalhas
Uma vez fechada a roda organizamos os assentos para a batalha de poesia. O público do Slam é formado majoritariamente por mulheres da juventude negra da capital baiana, mas naquela noite um dos momentos mais emocionantes foi protagonizado pelas ainda mais jovens, as crianças. Nos momentos de microfone aberto nos intervalos da batalha, três delas apresentaram textos de nomes contemporâneos da poesia soteropolitana como Giovane Sobrevivente, abordando o racismo estrutural, misoginia e violências coloniais ao mesmo tempo que, em suas poesias autorais, as meninas ressaltaram as características singulares de beleza e força dos povos que criaram nesta terra raízes de resistência. Ao final do Slam conhecemos a mobilizadora que acompanhava as meninas junto com seus responsáveis. Gisele Soares, deusa do ébano do Ilê Ayê, apresentou o projeto “Omodê Agbara: Criança Empoderada”, em que trabalha pela construção identitária de meninas e meninos de Salvador através da dança afro. 
“Protagonismo, acolhimento e potência na rima”, a frase de convergência para as poetas no palco também é a atmosfera que envolve o Slam das Minas. A condução da Mestra de Cerimônias Ludmila Singa, do início ao final, foi de incentivo, encorajamento e abertura para que as poetas na casa se abrissem pra jogar suas palavras no microfone. Uma informação interessante que ouvi foi sobre o desaparecimento de muitas slammers após o período de pandemia e que nesse sentido o Slam das Minas além de fomentar a chegada de novas poetas, busca chamar de volta aquelas que por quaisquer razões se afastaram ou desistiram da prática. Também foi pontuado por Ludmila a trajetória de “sucesso” de alguns slammers nos últimos anos. Xamã foi citado como um desses exemplos, poeta que ascendeu nas batalhas de poesia e que agora está atuando na Rede Globo. Vejo sucesso entre aspas pois, no caminho de prática anticapitalista que aprendemos enquanto vivemos na lida diária da Guilda Anansi, observamos as armadilhas de associar o dinheiro e a visibilidade nacional à ideia de êxito. Há de se ponderar o quanto ser bem sucedido nacionalmente nos distancia da nossa comunidade mesmo que “lá fora” estejamos falando por ela. A “globalização” permanece sendo uma grande armadilha quando se deseja subir ao topo e, indo no caminho contrário, ressalto que assim como todo mundo ali presente, eu vi o sucesso e êxito do trabalho de 7 anos do Slam das Minas quando a menina Dandara recitou seus poemas no microfone representando o futuro que já brinca aqui entre nós.
Confesso que me surpreendi com a quantidade de poetas que se apresentaram para a batalha da noite. Apenas Ane, Eva e La Isla se inscreveram, de forma que não houve uma disputa pelo pódio, apenas pelos lugares a serem ocupados. Nas três rodadas as poesias declamadas conhecemos a verve de cada poeta em palavras de combate ao verdadeiro inimigo, de acolhimento e cuidado entre mulheres, de saudação às raízes ancestrais. Ouvir poesia é raro e ali fiquei à vontade pra me deixar permear por cada fala. 
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Quando vou a Salvador sempre faço uma breve passagem pela praça Castro Alves e lembro o poeta basilar que inspira justamente por isso, por usar a própria voz e dizer em versos (ou não) o que lê do mundo ali, na Rua, lugar que a Bruxaria Mariposa me ensina a amar. E se essas mulheres me inspiram ainda mais é também porque elas vão mais fundo que Castro Alves pois são mulheres e porque não silenciam mesmo quando vemos lá do fundo do palco a luz piscante da viatura policial que se manteve parada à porta da Casa do Benin durante todo o evento. De forma que a competição, como também foi ressaltado por Ludmila Singa, figura como parte de um movimento que é revolucionário porque existe e permanece, se propondo a marcar o tempo. 
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Acredito que só uma coisa me fez falta durante a noite, e é essa falta que coloco aqui como reflexão e desejo concreto para o futuro do Slam das Minas. Ouvi sobre saúde, segurança, educação mas não ouvi falas que indicassem o autoreconhecimento dessa iniciativa como uma ação cultural em seu sentido fundamental de cultivo e movimento que pode ter um grande poder de decisão dentro das políticas culturais brasileiras que, desde o retorno do Ministério da Cultura, tem passado por um processo de estruturação inédito na história do país. Um dos aprendizados que estamos vivendo em Serra Grande, no município de Uruçuca, através da organização da sociedade civil pela implementação das políticas públicas culturais é justamente este. Quem movimenta a comunidade, ou as comunidades, em torno da cultura precisa se reconhecer como agente cultural para a partir daí exercer tal papel no território e vejo esta grande potência mobilizadora pelos direitos culturais nos slams. E se assim puder deixar como sugestão nesta reportagem, desejo ver o Slam das Minas BA circular por todos os municípios da Bahia, buscando mulheres poetas e amplificando vozes de diferentes realidades deste estado tão vasto geográfica e culturalmente. Vida longa ao Slam das Minas Bahia!
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sobreiromecanico · 4 months
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Feira do Livro de Lisboa (1)
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Começa-se o Domingo a ir votar antecipadamente para as Eleições Europeias - no próximo fim-de-semana não estarei por cá, e não estou muito confiante no projecto dos cadernos eleitorais desmaterializados (o que não me impede de reconhecer que é uma excelente ideia, e muito necessária) -, para durante a tarde se poder ir à vontade à Feira do Livro de Lisboa. Julgo que estaria mais gente de manhã na Cidade Universitária do que à tarde no Parque Eduardo VII (passe o ligeiríssimo exagero mas a afluência às urnas pareceu-me muito simpática). Dito de outra forma: a Feira do Livro estava animada, mas sem especial enchente, o que é óptimo para quem gosta de circular por lá a ver as bancas.
(a fotografia é propositadamente vaga: podia ter fotografado as alamedas e as bancas, mas a verdade é que não gosto de fotografar pessoas neste tipo de contextos, sobretudo se a ideia for acabar por partilhas as imagens algures)
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Quanto ao espólio deste primeiro dia:
Bug - Livro 2, de Enki Bilal: Uma vez que Bilal ainda está a escrever esta série - salvo erro está previsto serem cinco álbuns -, estou a arriscar comprar a edição portuguesa. Há dez anos iria direitinho para uma edição francesa, apesar de estar longe de ser fluente no idioma gaulês, queimado que estava de bandas desenhadas internacionais não serem editadas na íntegra com demasiada frequência. Mas o sector da banda desenhada portuguesa está bastante dinâmico, e tenho esperança de que a assim se mantenha. Este é o segundo livro; o primeiro, comprei-o no ano passado na Amadora, e o terceiro é provável que o compre neste ano no mesmo sítio (já que ir a Beja, com muita pena minha, esteja fora de questão neste ano). Edição Arte de Autor.
O Outro Lado de Z, de Nuno Duarte e Joana Mosi: Depois de O Mangusto, acho que a Joana Mosi passou a ser uma daquelas autoras cujos livros escritos e/ou ilustrados comprarei automaticamente (como a Joana Afonso, por exemplo). Não sei (ainda) muito sobre este O Outro Lado de Z para além da premissa da contracapa, mas não consegui resistir à curiosidade e ao preço convidativo da banca d'A Seita. Edição Kingpin Books/Comic Heart/G. Floy Studio.
Howl's Moving Castle, de Diana Wynne Jones: Quem acompanha Neil Gaiman nas redes sociais mais cedo ou mais tarde vê este livro recomendado. Conheço a história da adaptação de Hayao Miyazaki (um filme magnífico), e tenho alguma curiosidade em descobrir a história original, e quão bem adaptado foi o filme do mestre japonês. Já andava de olho neste livro há algum tempo, e vê-lo na banca da Wook (uma novidade muito interessante da Feira) foi um bom pretexto para o comprar. Edição Harper & Collins (em inglês).
The Ark Sakura, de Kōbō Abe: Descobri este livro há um par de semanas na Fnac, durante a minha hora de almoço. Foi esta belíssima capa ilustrada por Jim Stoddard que me chamou a atenção; ao ler a contracapa, a premissa fez-me pensar em Philip K Dick. Provavelmente será algo completamente diferente daquilo que espero, mas nada como ler para descobrir. Edição Penguin (em inglês)
Por trazer ficaram algumas coisas, que o orçamento não dá para tudo, sobretudo em mês de férias. Mas ainda lá hei-de voltar, espero.
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maluyoongi · 9 months
Note
Vc é do povo q nn concorda com vender capa edição pq eu vi vc dizendo q nn vende
nossa isso é uma coisa q tá me causando desconforto há um tempo. não pelas pessoas q recentemente me perguntaram sobre eu cobrar pra fazer capas, mas justamente pelas vezes q eu vi esse assunto sendo discutido
sobre capas em específico, tenho muitas opiniões, mas nenhuma definitiva tipo não devem vender ou devem vender. acho q eu ainda n entendo sobre o assunto o suficiente, sabe?
só q eu também n consigo ser a pessoa q fica CREEEEEEDO QUEM VENDE É UM SALAFRÁRIO GOLPISTA AAAAAAAA
realmente, quem faz capa de fanfic tá usando imagem de outras pessoas, fotografias de outros profissionais q n deram autorização, sem contar nos materiais q são disponibilizados de graça pelos deviantart da vida. só q eu n sei da situação de ngm pra tá cobrando em capa de fic, de vdd. ent eu só não peço com a pessoa, n atrapalho.
se quem fez um dos materiais q a pessoa tá usando for cobrar beleeeeeeza eu obviamente n vou dar razao. mas cara de vdd a gente n sabe qnd a outra pessoa tá precisando. é totalmente opicional vc ir com aquele capista ou não (e eu acho q, qnd a pessoa tá precisando de dinheiro e cobra capa, quem compra normalmente é pq tem dinheiro sobrando e/ou quer ajudar na situação dessa pessoa). normalmente é um valor simbólico pq uma edição ao nível das capas q a gente sempre vê por aí nunca q custaria 10 reais só pq a pessoa n tem outra coisa pra fazer pra conseguir dineheiro. ent pfv só n atrapalhe o corre dos outros. a gente nunca sabe oq o outro tá passando.
eu cobraria pra fazer capa? nao. de vdd nao. com outros designs talvez. sla perso de um blog algum dia ou se eu fosse voltar a fazer cronograma. nossa cronograma é um bglh tão difícil e complicadinho q eu só voltaria a fazer cobrando, sem zoeira. pq tu vai lá, se esforça, faz e a pessoa q pediu nem usa pra, no mínimo, divulgar seu user de vez em qnd já q outras pessoas vão tá entrando lá pra ver. não vale a pena de nada mesmo. agora capa não dá galera. não tô com pedidos abertos agora, mas só faço de graça qnd abro.
resumo da ópera: se vc reconhecer os recursos q uma pessoa tá usando pra fazer capas e vender, denuncia pra pessoa quem disponibiliza esses recursos. fora isso, só não compra e oferece suas capas gratuitamente. não vai adiantar só atacar esses capistas.
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eidetismofotos · 6 months
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A citação abaixo traz o questionamento: o que de fato é fotografia? Por mais que o avanço tecnológico seja algo gradual, é verdade que a passagem do século XX para o XXI nos inseriu no mundo digital com rápida velocidade, sem tempo para refletir sobre o impacto que isso teria em nossas vidas. Foi em meio a essas mudanças que as câmeras analógicas (que utilizam filme) deram lugar às câmeras digitais, que hoje estão no bolso de todos, mas que, na época, apesar de pouca memória e pouca qualidade de imagem, foram revolucionárias no quesito de registro e visualização imediatos.
"Mas o problema — se é que se trata de procurar problemas — é que essas novas práticas ou esses novos fenômenos encontram-se hoje tão estreitamente inseridos, misturados, permeados nas práticas fotográficas convencionais, que se torna cada vez mais difícil saber o que é ainda especificamente foto-grafia, ou seja, registro da luz sobre uma película revestida quimicamente e o que é, por outro lado, metamorfose, ou seja, conversão dos grãos fotoquímicos em unidades de cor e brilho, matematicamente controláveis, às quais damos o nome de pixels." (p. 318)
A fotografia é o processo químico de produzir imagens através da luz incidente numa superfície sensibilizada. Porém, como cita Machado, o significado prático da fotografia mudou com a era digital, pois as imagens passaram a advir de um processo diferenciado, não mais necessitando dos químicos e da película, mas ainda assim utilizando a mesma lógica na qual a luz incide pela rápida abertura de uma lente, agora gravada num sensor que transforma a informação em pixels.
Machado faz ainda uma relação com a música na eletrônica: “os sons dos instrumentos são "samplerizados" (construídos por amostras) ou sintetizados eletronicamente, ao passo que as peças musicais não consistem em outra coisa que uma edição desses sons numa tela de computador” (p. 319). Com isso, fica ainda mais evidente o impacto que o avanço da tecnologia eletrônica tem, não somente sob a fotografia, mas sob todos os meios de expressão, fazendo com que a materialidade destes seja, até certo ponto, descartada. Onde foram parar os filmes, os álbuns de família com as fotos reveladas, os discos, os livros? Provavelmente no fundo de alguma gaveta que deixou de ser aberta.
Para concluir:
"A fotografia não vive, portanto, uma situação especial, nem particular: ela apenas corrobora um movimento maior, que se dá em todas as esferas da cultura, e que poderíamos caracterizar resumidamente como sendo um processo implacável de "pixelização" (conversão em informação eletrônica) e de informatização de todos os sistemas de expressão, de todos os meios de comunicação do homem contemporâneo." (p. 319)
Referência: MACHADO, Arlindo. “A fotografia sob o impacto da eletrônica”. In: SAMAIN, Etienne. “O fotográfico”. São Paulo: Hucitec, 1998.
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blogdojuanesteves · 8 months
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JOGO DE PACIÊNCIA > ANA SABIÁ
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Entre março de 2020 e junho de 2021 - no auge da pandemia da Covid-19- a artista visual Ana Sabiá, professora de fotografia do Departamento de Artes Visuais da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), produziu um trabalho procurando possíveis encontros feitos pela arte. Ela conta que a ideia surgiu a partir de um lençol antigo herdado de sua tia, que possui uma abertura central similar a uma moldura. Foi basicamente construído com autorretratos, entretanto com seu rosto oculto.
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Sua obra transformou-se em um delicado livro-objeto, Jogo de Paciência ( Editora. Tempo d'Imagem+Lovely House Editora, com a primeira edição publicada no inverno de 2023. Uma série de 78 cartas como um baralho, em um estojo onde a autora registra suas performances diante da câmera, tendo como estrutura o lençol e objetos com os quais interagiu. Entre eles, cadeiras, rebatedores de luz, molduras e balões. Pelo meio destas, algumas imagens do seu filho, com o rosto oculto como o dela. Segundo os editores, um conjunto que pode ser compreendido como um "objeto-oráculo".
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"Paciência" escrito em várias línguas é um jogo de cartas, também conhecido como "Solitaire" o que, semanticamente, aproxima-se ainda mais da construção da artista. Um nome originalmente aplicado para indicar qualquer atividade relacionada a cartas de um único jogador. No entanto, a grande maioria dos jogos solitários de cartas, reflete a compreensão mais habitual da palavra, denotando uma atividade em que o jogador começa com as cartas embaralhadas e tenta, seguindo uma série de manobras especificadas pelas regras, organizá-las em ordem numérica, muitas vezes também separadas em seus naipes. Alguns passatempos deste tipo são jogados competitivamente por dois ou mais jogadores, questionando assim a adequação do termo paciência.
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Portanto, o livro torna-se um objeto interativo, quando o leitor adentra o universo peculiar e extremamente lírico de Ana Sabiá- uma característica de sua vasta produção-  em que, para ela, a escolha de um corpo sem face foi um esforço consciente na proposição do diálogo para além da vivência individual, abarcando também experiências coletivas. Diz a autora: "Compreendi que a proposta era afrontar o limiar vida-morte-vida nas esferas do cotidiano e que o ineditismo surreal do isolamento fazia-se necessário, também, no cenário das fotografias. O inalterável posicionamento da câmera no tripé; a repetição do enquadramento; a invariável apreensão de um tipo específico de luz; a recorrência dos lençóis instalados cada qual em seu respectivo idêntico lugar; o uso constante de camisolas- afirmou-se como um fazer metodológico que cumpria-se, minuciosamente, à risca."
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Seja qual for a sequência das cartas escolhidas pelo leitor, encontramos certa anamnese, uma rememoração gradativa, na qual descobrimos nossas verdades essenciais e latentes que remontam a um tempo anterior a existência empírica.Também uma espécie de animismo nas quais os objetos inseridos pela autora em sua performance acabam por adquirir uma essência mais espiritual. Um libreto com um índice  mostra definições das cartas pelo qual o leitor recebe certa ajuda, como por exemplo, em O Livro: Um livro é um portal para universos insuspeitos; mergulho da descoberta de outros-nós mesmos; papéis que imprimem nosso lento folhear nas marcações caligráficas e dobraduras de suas orelhas; o lugar de criação subjetiva. Seguido das palavras-chave: portal; criação; história; ideias; descoberta.
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A dualidade no uso de simbolismos, o deslocamento entre pólos opostos de conceitos, as vias duplas que apontam verso e reverso são espelhos multifacetados que reproduzem reflexos caleidoscópicos. Nesse sentido, a fabulação fotográfica da série “Jogo de Paciência" busca amalgamar antagonismos entre a realidade ficcional e a ficção realista em referência direta à estética surrealista.
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Para os editores, a escolha na fotografia em preto, branco e uma considerável gama de cinzas, evidência que demarca a supressão da realidade colorida visível aos olhos, remete aos primórdios da fotografia e suspende a temporalidade linear. O cenário composto por lençóis brancos delimita um palco surreal para os personagens e objetos. Por vezes o “fundo infinito” afirma o deslocamento espacial onde tudo está suspenso: não há paredes, chão ou teto e os elementos buscam algum arranjo emoldurados pela brancura amarrotada.
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As inúmeras variáveis propostas por Ana Sabiá nos remetem a um modo de criação, onde a participação do leitor no entendimento de suas ideias torna-se essencial. É próximo do que o grande autor italiano (nascido em Cuba) Ítalo Calvino (1923-1985) propõe em seu genial livro Il castello dei destini incrociati, publicado em 1973 ( por aqui no Brasil, O castelo dos destinos cruzados, Cia das Letras em 1991), um romance que explora como o significado é criado  seja escrito por meio de palavras pelo autor no livro, já que os seus personagens não podem falar entre si, ou por imagens (as cartas de tarô - consideradas proféticas por alguns, em que eles próprios estão abertos a muitas interpretações simbólicas). É como frequentemente nas obras  deste autor multifacetado, onde vários níveis de interpretações e leituras são possíveis, com base na relação autor-narrador-personagem-leitor, caso deste Jogo de Paciência criado pela artista.
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Assim como este livro, Jogo de Paciência nos mostra o pensamento plurifacetado da autora em suas mensagens subliminares que assimilam uma plêiade de informações inseridas em suas cartas que recontam suas propostas ao entrelaçarem entre si mesmas. O "livro" em suas múltiplas combinações é ao mesmo tempo fantasia e ficção imaginativa cujo efeito depende da estranheza do cenário e dos seus personagens incorporados através de uma narrativa multiforme não convencional, explícita de diferentes maneiras no índex do libreto que o acompanha. Nele o posicionamento das cartas desenha o assunto: "Uma cadeira é lugar de espera; acomoda o cansaço; morosamente recepciona os encontros ao redor da mesa..." Uma garrafa é chamariz e reserva da sede, acolhe a água e o vinho, ampara as flores...". Uma máscara como segunda pele; refúgio que cessa o riso; atmosfera filtrada contra o hostil, ausência de cor vibrante do batom...".
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Este Índex do posicionamento das cartas e suas deambulações não ampara somente uma questão descritiva, mas sim um forte complemento às imagens. De forma poética, aproxima e ao mesmo tempo irradia o pensamento de Ana Sabiá, seja por  meio de um micro ensaio literário e de certa forma também filosófico, no qual a autora exprime categoricamente seu talento literário, ao personificar os elementos de suas composições imagéticas em um texto lírico.
Uma das características mais marcantes do livro de Calvino é o processo de escrita; o romance foi escrito em parte por escolha consciente do autor e em parte como produto do acaso, uma possibilidade que encontramos no O Jogo de Paciência. O leitor pode encontrar as cartas certas para ilustrar seu pensamento e compor a própria história, ao identificar-se com as propostas da autora, ou no encontro aleatório, na busca de uma imagem discernível a partir da contingência de suas posições, que constituem o interessante processo semiótico visto anteriormente, em suas urdiduras, aproximando-se de um perfeito constructo.
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Jogo de Paciência não é o embaralhamento de histórias improvisadas. Há também um componente filosófico significativo, que convida à reflexão sobre a natureza da linguagem que a imagem é capaz de criar. À medida que os personagens criados por Ana Sabiá estão estáticos na fotografia, a linguagem humana revela-se simplesmente como outro sistema de signos que pode ser substituído por um baralho de cartas. Em menor grau, pode ser dito o mesmo da linguagem. Uma palavra não faz sentido em si mesma, assim como as cartas precisam de um contexto ( buscado pelo leitor, incitado pela autora). Isto faz com que estes  percebam que a linguagem humana também pode ser interpretada de múltiplas maneiras e, em última análise, leva à questão de quão precisamente a linguagem é capaz de transmitir significados e descrever o mundo em que vivemos.
Imagens © Ana Sabiá. Textos© Juan Esteves
Infos básicas:
Fotografia e Ilustração : Ana Sabiá
Edição de imagens: Ana Sabiá, Isabel Santana Terron e Luciana Molisani
Desenho gráfico: Ana Sabiá e William Bazzo
Textos: Ana Sabiá e Ana Martins Marques ( epígrafe)
Tratamento de imagens: José Fujocka
Impressão: Pigma
Caixa artesanal: Yume Ateliê
Papéis: Saville Row Plain e Offset
Tiragem de 100 exemplares assinados e numerados
*edição especial com um panô de cetim de seda sublimado com uma das 5 opções de fotografia da série em tiragem limitada de 3 exemplares cada.
Edição bilíngue Português/Inglês.
vendas: lovelyhouse.com.br
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duquerido · 1 year
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ramimalekbrasil · 2 years
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AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH 😍🤩😍🤩😍🤩😍🤩😍 #Repost @voguemanarabia with @use.repost ・・・ O ator vencedor do Oscar #RamiMalek é a estrela da capa da nossa edição outono/inverno 2022 da #VogueManArabia! Fotografado por uma equipe inteiramente egípcia, Malek expressou que esta sessão foi "um dos destaques" de seu ano, compartilhando que "eu estava tão inspirado por todos os artistas da minha formação, que estavam compartilhando seus talentos únicos nessa escala. Egito e seus países vizinhos têm uma história tão expansiva de grande arte, artistas e cultura extraordinária." Na reportagem de capa, o homem de 41 anos, que está sempre consciente de não atender às expectativas estereotipadas, reflete sobre sua carreira repleta de elogios, o que está por vir e sua busca por histórias que permanecem não contadas. Também nesta edição, à luz do recente assassinato de #MahsaAmini no Irã, colocamos nossas lentes na importância da internet e como a tecnologia foi recentemente usada para silenciar vozes. Como nenhuma edição da Vogue Man é verdadeiramente completa sem um olhar para a moda, esta temporada traz de volta a celebração de sua maior expressão com a linha de alta costura masculina de Elie Saab e os looks masculinos sem limites da recente Dolce & Gabbana Alta Sartoria. Toque no link na bio para mais. Capa 1 de 2. * Legenda em árabe nos comentários. Editor-chefe: @mrarnaut Diretora de moda: @aminejreissaty Fotografia: @aminazaher Estilo: @rashwaaaaan Cabelo e maquiagem: @sophieleachmua Cenografia: @yehiabedier Autor: @mostafabdu Assistente de fotografia: @heshamaiman1 Assistente de estilo: @nadinefawzi Produtor criativo: @allisonsam Entrevista: @nayerayasser Agradecimentos especiais: @lighthousestudio @sedarglobal https://www.instagram.com/p/CjF9QMUsQGP/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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educ-cursos · 22 hours
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A câmera digital para fotografia e vídeo é um equipamento versátil e de alta qualidade, ideal para quem busca registrar momentos especiais com precisão e nitidez. Com uma resolução de 16MP, ela permite capturar imagens com riqueza de detalhes e cores vibrantes. Além disso, essa câmera possui foco automático, o que facilita na hora de tirar fotos ou gravar vídeos, garantindo que o objeto principal esteja sempre nítido e bem definido. Isso é especialmente útil para quem está começando na área da fotografia ou para vloggers que precisam de agilidade na hora de registrar suas experiências. Outra característica importante é a função anti-vibração, que minimiza os tremores e movimentos indesejados durante a captura de imagens ou vídeos. Isso resulta em fotos e vídeos mais estáveis e profissionais, mesmo em situações de movimento ou em ambientes com pouca luz. A câmera também conta com uma tela de 2,4 polegadas, que permite visualizar as imagens capturadas de forma clara e detalhada. Essa tela é ideal para conferir a qualidade das fotos e vídeos na hora, facilitando a seleção e edição posteriormente. Além disso, a câmera possui flash embutido, o que possibilita a captura de imagens em ambientes com pouca iluminação. Isso é especialmente útil em festas, eventos noturnos ou em locais fechados, onde a luz natural pode ser insuficiente. Outro destaque dessa câmera é o zoom digital de 16x, que permite aproximar o objeto fotografado sem perder a qualidade da imagem. Essa função é ideal para capturar detalhes de longe, como paisagens distantes, animais selvagens ou até mesmo para registrar momentos especiais em eventos esportivos. Em resumo, a câmera digital para fotografia e vídeo é uma excelente opção para quem busca qualidade, praticidade e versatilidade em um único equipamento. Com foco automático, anti-vibração, tela de 2,4 polegadas, flash embutido e zoom digital de 16x, ela atende às necessidades de fotógrafos amadores, vloggers e entusiastas da imagem, proporcionando resultados incríveis em qualquer situação.
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Arte Que Gira Mundo 5ª Edição
Vamos para a 5ª Edição do evento Arte Que Gira Mundo
Onde artistas mostram a sua expressão, seu sentir e sua mensagem. 
As inscrições estão abertas até dia 31/10/2024 
Categorias : 
-Pintura, arte digital, fotografia artística, escultura
-Poesia. música, dança
 Cada artista pode enviar até 5 obras de arte em qualidade HD sem fundo. 
1 foto de artista. 
Para poesia, música e dança: 
Enviar 1 vídeo na horizontal com duração máxima de 5 a 7 minutos. 
O vídeo deve incluir uma breve apresentação sobre o artista e uma introdução de considerações sobre o evento e apresentar o trabalho artístico. Reveja este ponto com a organização.
Envio dos trabalhos e informações: E-mail: [email protected]
A inscrição é gratuita. 
Participe deste evento de todos para todos.
Veja as edições anteriores 
4ª Edição - https://www.youtube.com/watch?v=qDJpRFWf1hk&t=19s
3ª Edição - https://www.youtube.com/watch?v=OkxUEormX8k&t=3525s
2ª Edição - https://www.youtube.com/watch?v=3zgKaLgIh9g&t=1294s
1ª Edição - https://www.youtube.com/watch?v=2ut0cZ6qLuw
Vem fazer parte deste movimento que Gira Mundo.
Atenciosamente 
Marcela Santos
Artista e Curadora de Arte
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schoje · 8 days
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Foto: Marco Favero/ Arquivo / SECOM De 23 a 29 de setembro, ocorre em todo o país a 18ª Primavera dos Museus, promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Neste ano, duas instituições administradas pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) estão na programação do evento com atividades previstas par o período: o Museu Histórico de Santa Catarina e o Museu de Arte de Santa Catarina (Masc). Neste ano, o tema da Primavera, definido por meio de consulta às instituições participantes da última edição, será Museus, acessibilidade e inclusão. O objetivo é lançar luz sobre o papel dos museus na promoção do acesso a todos os seus públicos, independentemente de suas condições físicas, sensoriais ou cognitivas. :: Confira a programação prevista para cada um dos dois museus MUSEU DE ARTE DE SANTA CATARINA (MASC) Dia 24/9 (terça-feira), das 15h às 17h: Ação Educativa “Mediação Inclusiva – Poéticas perceptivas sensoriais”Classificação indicativa: livreSobre: O objetivo da ação é possibilitar aos participantes a expansão da percepção sensorial, por meio da mediação nas esculturas do acervo do Museu, nos jardins internos do Centro Integrado de Cultura (CIC), e também com adaptações táteis de obras do acervo do MASC.Público: Pessoas com e sem deficiência.Ministrantes: Sérgio Prosdócimo e Maria Helena Barbosa.Número de Vagas: 20.Local: Jardins internos do Centro Integrado de Cultura (CIC) e Claraboia do MASC.Inscrições: [email protected] Dia 25/9 (quarta-feira), das 19h às 21h: Palestra “Matrioshka ou da história de encaixes do MASC”Classificação indicativa: 16 anosSobre: Palestra com Prof. Dr. Sílvio Marcus de Souza Correa (UFSC), no Ciclo de Conferências “Do Museu do Outro ao Museu de Si”, realizado pelo Laboratório de Estudos de História da África (LEHAf), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e mediação da Dra. Maria Helena Barbosa (MASC). Segundo Prof. Sílvio, a história do MASC tem sido reproduzida em encaixes de poucas partes – como uma Matrioshka (bonecas russas). Desde o primeiro espaço onde ocorreu a Exposição de Arte Contemporânea em Florianópolis em 1948 até a atual sede do MASC, ele discorrerá sobre seus pensamentos decorrentes de sua pesquisa.Entrada gratuitaInscrições no link https://forms.gle/RymBbfbeQZ9672ms7 MUSEU HISTÓRICO DE SANTA CATARINA: Dia 24/09 (terça-feira), das 14h às 16h30: Ação Educativa “Atividade prática – criação de adereço relacionado à exposição”Classificação indicativa: livreSobre: A proposta da ação educativa objetiva proporcionar a um grupo de pessoas da Associação de Crescimento Pessoal Semeadores do Saber (Acrepss), da terceira idade, uma imersão no universo da exposição “Estandartes em Contratempos”, promovendo o diálogo, a criatividade, sociabilização e compartilhamento de experiências no espaço museal. Grupo fechado. De 24 a 28/09 (terça a sábado), das 10h às 17h30: Visita mediada à exposição “Estandartes em Contratempos“Classificação indicativa: livreSobre: Visita mediada à exposição “Estandartes em Contratempos”. Com concepção e curadoria de Eneléo Alcides, a exposição propõe uma imersão na estética, cultura, simbologias, ritos e processos do fazer carnaval (da produção do carnaval) das Escolas de Samba da Grande Florianópolis . A cenografia visual proposta na exposição cria seu enredo com relatos, fotografias, pinturas, documentos, objetos, fantasias e alegorias. A mostra ocupa todo andar térreo do Museu Histórico de Santa Catarina, instalado no Palácio Cruz e Souza, junto à Praça XV, onde nasceu a história do carnaval de Florianópolis.Solicitação: pelo e-mail [email protected]. Dia 28/09 (sábado), das 10h às 12h: Visita mediada especial à exposição “Estandartes em Contratempos“Classificação indicativa: livreSobre: Fernando Albalustro irá mediar os visitantes na exposição “Estandartes em Contratempos”, apresentando sobre a importância do resguardo museológico dos acervos das Escolas de Samba de Florianópolis.Participação gratuita Fonte: Governo SC
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