#mais tarde volto com o que devo

[untouchzble]

starter aberta para @lostonesstarters.

localização: reino dos perdidos.

o reino das histórias não era formado só pelo país das maravilhas, ainda assim, dove song poderia dizer que estava ficando louca como um de seus cidadãos! aliás, ficando louca sua perspectiva poderia ser muito bem um eufemismo. pedir um aviso prévio antes de ser sequestrada para um mundo completamente diferente certamente era pedir demais, mas ela gostaria muito de ter tido um tempo para pelo menos fazer suas malas antes de ser carregada para lá. seus seus preciosos saltos louboutin, sentia-se despida, na verdade era pior do que isso! ela preferia muito bem estar andando por aí totalmente pelada do que naquelas roupas que não combinavam nada com o seu aesthetic. com uma dor enervante em sua cabeça e o lugar onde aquela tatuagem apareceria em sua pele ainda parecia formigar. estava cansada devido a noite de sono em que mal podia considerar ter dormido. por isso, quando muse de aproximou de sua versão mais resmungona dela em um banquinho no centro do reino dos perdidos, fora recebido sem muita cortesia. estava prestes a pronunciar uma sequência de palavras mal educadas quando se sentiu estranha, movida por um súbito impulso de apenas se afastar alguns centímetros de sua mais nova companhia, mantendo uma distância segura. “você também ‘tá se sentindo meio sei lá estranho? como se algo tivesse mudado?” tentou iniciar uma conversa, perguntando para muse, sem muita esperança de que elx compreendesse o que estava falando. “ah, deixa pra lá!”

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[because-i-lost-it-all]

nesses últimos dias tem feito calor em belo horizonte e eu sempre odiei dias ensolarados porque sempre me encontrei mais na nostalgia dos dias nublados e chuvosos

tem alguma coisa sobre sentir falta que é inerte a mim, tem sempre a falta de alguém, de algum momento específico na minha vida que eu não sei qual é, de alguma coisa pra me sentir mais completo, de mim mesmo

hoje a tarde eu tava dançando the cure na cozinha enquanto cozinhava alguma coisa pra comer e por alguns minutos eu esqueci como o mundo lá fora pesa e como ser um adulto pesa mais quando você não esperava passar dos dezoito.

eu volto pra terapia essa semana e devo admitir que sentia falta de falar com alguém sobre meus demônios e em como eles me devoram diariamente se aproveitando de tudo de bom que resta em mim, e já é tão pouco

ontem uma amiga me disse que tá apaixonada e eu me toquei que não consigo acreditar nos meus amigos quando eles dizem isso porque a paixão deles não é igual a que eu sentia por você

não queima os ossos e faz com que cada dia seja como uma descida direto ao inferno quando você tá longe demais da pessoa que você mais queria perto

eu passei a definir amor como o sentimento que eu tive por você, e é só esse tipo de amor que eu conheço agora

e a parte triste é que você nem sequer sabe disso

com o tempo eu vou passar a ser só um borrão na sua memória enquanto você continua vivendo sua vida a quilômetros de distância daqui

e eu ainda vou guardar uma foto mental sua como uma das coisas mais lindas que eu já vi

e de fato,

evitar a tragédia é difícil demais quando ela tem olhos azuis igual os seus.

[xamax30]

Conto: As frágeis joias

No meu caminho de volta para casa, me deparei com uma joalheria. Não me contive, adentrei-a, fui em busca de colares.

Um dos atentos vendedores logo me avistou e, cheio de plumas, veio em minha direção:

-Temo coleções maravilhosas esta estação, o que procuras para adornar tão bela feição?

Após uma leve risada, retruquei que procurava por um colar que realçasse meus olhos.

A face do animado vendedor se iluminou, mas conteve-se e andou avidamente a procura de algo atrás do balcão

-Não fique parada, bobinha, me siga, tenho algo que lhe agradará.

Ele então revelou duas joias, uma dourada e uma prateada.

-Então, moça, o que acha?

-São estupendas! Mas devo escolher uma só.

-Leve a que mais gostou, e volte para buscar a outra quando puder, garanto que valem a pena.

-Mas, senhor, não consigo me decidir, ambas parecem me cair tão bem, combinam em damasia com meu estilo de vida...

-Não seja por isso, vamos apontar prós e contras, o que mais te apetecer, leve hoje e volte amanhã para buscar o outro!

-Certo, me parece uma boa ideia, comecemos pelo prata, tem pedras lindas adornadas nele...

-Esse colar é único, foram produzidos pouquíssimos, é cheio de personalidade e te garanto que ele encaixa ao pescoço como se esse fosse o lugar de onde ele nunca deveria ter saído. Mas é alvo à todos, mal olhado e inveja, não sei se acredita nessas coisas, mas já vi moças que reclamaram muito de como outras mulheres às olhavam com cara amarrada.

-Oh céus, isso parece horrível, apesar de tão atraente, acho que a aparência paga o mal olhado que o mesmo atrai...

-Sim, além de que ele é frágil, talvez o fecho estoure, mas podemos reformá-lo e continuaria como um lindo adereço.

-Entendo, é uma ótima peça, mas vamos à dourada então...

-Ah, esse dourado combina com tua pele e traços, parece que foi inspirado na senhora.

-Não seja bobo.

-Estou sendo honesto, diferente do anterior, o fecho desse é resistente, vai durar por anos sem problema algum, mas...

-Sempre tem um "mas"...

-Ele escurece com o tempo, vivemos em uma metrópole e a poluição parece se atrair por ele, você pode nos trazer, e vamos limpá-lo para senhora, mas frequentemente terás medo de usá-lo e perceber que te maltrata as manchas pretas.

-Ambos são lindos, e poderia viver com os defeitos e quelidades de ambos, amaria-os como nunca adorei nada, mas...

-Sempre tem um mas...

-Talvez eu realmente não possa levar ambos de uma vez, me parece tão cruel escolher um, mesmo que eu busque o outro mais tarde...

-Moça, eu entendo sua dor e garanto q não vou mostrar o que ficar para ninguém, mas decida-se, antes de se arrepender de não levar nenhum...

-Bom, o dourado foi o que primeiro capturou meu olhar, mesmo que o toque do prata seja tão carinhoso, o dourado me cabe perfeitamente...

-Temos uma decisão?

-Uma decisão final, eu vou buscar o prata, mas a prioridade será o dourado.

Assim, embalou minha nova joia como um pequeno presente, me deu um cartão e o jovem vendedor me deu adeus, pedindo meu retorno.

Já na porta da loja, me vi encarando a vitrine com pesar, o pensamento de deixar o colar esperando por mim me matava, eu segui caminho, aos prantos "mais tarde eu volto para buscá-lo".

[intotheroaringverse]

Goldie Kang: Leave America

No seu rosto, não tinha nenhuma expressão enquanto encaixotava todas as coisas para sair daquele apartamento pequeno em Bushwick para se mudar para um lugar muito mais espaçoso em Londres, onde iria começar a trabalhar em breve. Enquanto fechava mais uma caixa com seus pertences, encerrando as brechas com fita adesiva, porque não confiava apenas na magia para esse tipo de coisa, podia sentir o peso da desconfiança e estranheza de seu antigo colega de quarto.

Quando virou para encarar Simon, ele tinha uma das mãos na cintura e apontava para as coisas dela no canto.

— Assim? Tão rápido? Sem nenhum suspiro sentido? Sem nenhum "ah, as memórias da minha vida"? — perguntou, em tom levemente indignado.

— Não é a primeira vez que eu vou embora de um lugar — Goldie comentou, enfiando mais um par de tênis na caixa de sapatos e então colocando jornal para não serem sujos pelos que viriam em cima.

— Você fala como se estivesse saindo de férias, você vai embora. DO PAÍS! — Ele reclamou, se escorando no batente da porta, completamente dramático. — Como eu supostamente deveria estar vendo você empacotar sua vida e partir sem nem ficar chocado com a rapidez que você faz isso?

— Se você tivesse vivido isso antes e não estudado em Ilvermorny toda a sua vida, saberia como é — explicou, dando de ombros.

— Então, faz diferença ter sido expulsa da escola?

— Eu não fui expulsa — Marigold rebateu, apertando os olhos na direção dele.

Sala da Diretoria de Ilvermorny, 13 anos. Junho de 2018.

O uniforme preto estava a sufocando, mas ela fingia que não. Estava batendo o pé em sapato boneca contra o chão, contando os segundos antes de seu nome ser chamado. Goldie já tinha tido uma cota de vezes em que tinha visitado aquela sala antes, mas naquele dia, parecia que algo de muito terrível iria acontecer. Talvez porque ela sabia que tinha quebrado o acordo selado com o diretor meses atrás, quando o ano letivo tinha começado. Mas era exatamente culpa dela se tudo saiu do controle?

Era melhor não ter uma resposta.

— Senhorita Kang? Diretor Hemmings está pronto para falar com você — a moça da secretaria estava a direcionando, a fazendo balançar a cabeça e então seguir para dentro do escritório.

Onde suas outras três irmãs já estavam lá esperando.

— Eu acho que o senhor errou o horário, tá lotado. Volto mais tarde — avisou, já encostando a porta, tentando sair de fininho.

— Marigold Kang, se sente.

Ela afundou entre Harumi e Gigi sem dizer mais um pio, apenas seguindo a mesma configuração original de quando os pais as organizavam para tomar esporro. O que não parecia muito distante do que iria acontecer ali.

— Não foi uma reclamação que recebi em seu nome durante o ano. Foram várias. Dezenas. — O mais velho falava, sentado atrás de sua mesa, olhando diretamente para ela. — Todas sobre você criando caso com os seus colegas de sala e espalhando rumores maldosos por aí.

— Não são maldosos, são apenas constatação de fatos — arriscou, mas o homem não estava para brincadeira.

— Você disse que o seu colega de sala era um piolhento, senhorita Kang. Isso é difamação.

— Não, isso é um serviço de utilidade pública. O mal do americano médio é não tomar banho todo dia e ele se beneficiaria disso — afirmou, cruzando os braços.

O diretor suspirou.

— Nós cinco tivemos uma conversa séria, em particular, separadamente no decorrer do ano. E, pelo visto, de nada adiantou — o olhar dele agora se estendia às quatro garotas. — Vocês possuem notas satisfatórias, inclusive bastante impressionantes em algumas disciplinas. Mas devo dizer que nem com toda a dedicação do mundo posso me fazer de surdo para a reclamação de alunos e professores. Como representante de Ilvermorny, eu convido vocês a procurar uma outra escola para seguir seus estudos no próximo ano.

— Mas diretor! — Goldie colocou até a mão sobre o peito, enquanto agarrava a mão de Harumi, em choque.

— Os pais de vocês já estão sabendo disso e tomando providências. Lamento muito que nossa convivência precise se encerrar assim, mas é pelo bem.

— De quem?

— Da nossa própria escola mesmo.

A saída em silêncio do ambiente só foi quebrada quando as quatro chegaram no corredor. Marigold colocou as mãos na cintura e chutou o chão, meio emburrada, meio puta da cara, definitivamente querendo chorar. Até que uma luz surgiu em sua mente.

— Peraí, eu sei o motivo pelo qual eu fui expulsa. — Olhou para as irmãs, da mais nova para a mais velha, impressionada. — O quê que vocês fizeram?

— Eu fui gentilmente convidada a prosseguir meus estudos em uma nova instituição, uma vez que eu tinha notas altas para isso. Eu e minhas irmãs — justificou, jogando os cabelos para trás.

— Não era o que as pessoas diziam no nosso quinto ano...

— As pessoas inventam muitas fake news — se defendeu, segurando uma das caixas pela lateral. — Bem, em todo caso, estou pronta pra deixar a América.

— Percebo... Bem, espero que tudo dê certo para você no novo emprego.

O sorriso de Goldie quase vacila, mas ela não vai dar esse gostinho a Simon, então só dá de ombros e o olha por cima de um deles.

— É a vaga pela qual milhares de garotas se matariam para ter. É claro que vai dar tudo certo.

[phannyhh]

Percebi hoje o motivo de eu comer muito rápido,

Tap rápido que mal mastigo,

Tão rápido que mal sinto o gosto da comida,

Tão rápido que mal parece q estou comendo...

A noite chega e saio do trabalho, sinto que devo por todo meu estresse na janta e derrepente pulo para o momento em que a comida acaba,

E eu flutuo...

Como dito anteriormente essa não é uma sensação boa

Bem longe disso pra falar a verdade

Me sinto afundar no mar tão azul que não enxergo o fundo que de tão fundo fica tudo preto.

Tentei mastigar no almoço e senti nojo,

Nojo da comida ou de mim?

Eu deveria continuar assim?

Eu realmente não sei o que fazer

É como se eu flutuasse.

Sempre que tudo complica me sinto assim,

Não era pra ser difícil comer

Então porquê sinto esse nojo em excesso quando ponho um punhado de comida na boca?

Porque tudo é tão parado e sufocante?

Eu me deixei levar por um tempo e perdi muito peso,

Acho que fiquei feliz, ou aliviada quem sabe

Quando comentavam sobre meu emagrecimento repentino e perguntavam "oque você tá fazendo pra perder tanto?" Eu respondia que nada

Tolos

Fique sem comer todo santo dia e quando tomar um copo d'água que seja ponha para fora

RÁPIDO!

Antes que não dê tempo de sair,

Invente mentiras sobre ter comido algo estragado ou deixe para comer quando estiver sozinha, diga que quer ir ao banheiro quando todos estiverem lá fora, vá para casa só pra isso e depois volte como se nada tivesse acontecido, crie situações plausíveis o suficiente para ter uma desculpa de que não está com fome ou diga que estão tão ocupada que mais tarde come.

Mude!

Depois de perder mt e chegar quase a base dos 60 feche os olhos e volte a comer que nem um animal, afinal, é isso que você é, correto?

Agora, que sua roupa está apertada você percebe a burrada que cometeu

Volto com tudo ou não?

Não é tão simples tudo isso

Não é fácil

E definitivamente não é como se eu quisesse.

Só parece que todos querem

Oque posso fazer não é?

[silentluv]

Às vezes eu te odeio um pouquinho

Mas logo em seguida volto a te amar

Me acostumei com o seu jeitinho

Mas não com o que não devo acostumar

Você faz o inferno parecer bom

E isso não é um elogio

Eu acho que não é de bom tom

O que guardo quando estou contigo

Tão ruim não ser sincera

Por isso agora resolvi ser

Você não via a dor que dilacera

Agora infelizmente vai ver

Parece ser tarde para muitas coisas

Mesmo assim ainda te quero

Não vejo sentido nessa espera boba

Então por que ainda te espero?

Vou me curar em breve

Tomara que eu não volte atrás

Te conhecendo como conheço

Vai querer quando não tiver mais

Ingrydi Marques.

[o-sentir]

Palavras ao vento

”Eu te digo: estou tentando captar a quarta dimensão do instante-já que de tão fugidio não é mais porque agora tornou-se um novo instante-já que também não é mais. Cada coisa tem um instante em que ela é" E assim disse Clarice de passagem, excêntrica e complexa com o óbvio em suas palavras que precisaram serem ditas.

Tenho um pouco de medo, medo esse de me entregar a instantes-já, Um novo agora.

O que eu devo fazer? Me perguntei mentalmente enquanto tragava mais uma vez o final do meu cigarro; O instante é feito de mim? Ou se faz sozinho?

Subitamente levantei os olhos na tv à minha frente, ainda perguntando a mim quais são meus medos do AGORA. Medo pelo qual eu nem sei as raízes e nem saberia detalhadamente explicar a todas as vozes em minha cabeça que gritam por respostas, inutilmente perda de tempo. Volto com uma mão na xícara de café ao lado já morno.

Talvez meu medo seja do céu cair sobre minha cabeça em uma tarde inesperada e eu, sem conseguir aguentá-lo A vida é esse instante incontável, maior que o acontecimento em si: no Amor o instante impessoal refulge no ar. Vejo que a conclusão seja implícita ou só perca de tempo mesmo enquanto estou sentada com a caneta na mão, ou seja como uma palavra muda no som musical. Faço destas palavras em uma frase por instantes feitos apenas de Já.

[hannahpin]

Quase fui pega

>>> Mais um dia no trabalho, cheguei no horários, fiz café e senti na minha mesa para começar a trabalhar e abrir o sistema para começar a revisar os processos eu sempre estou tensa com esse trabalho afinal é a vida das pessoas que está em jogo em cada um desses processos. Após alguns minutos meu café passou e fui até a cozinha pegar, com a caneca nas mãos coloquei o café e açúcar.

Ainda com a xícara em minhas mãos alguém bateu na porta da minha sala para fazer a manutenção de uma tomada que estava com defeito há meses, ele usava aquela o uniforme padrão da manutenção calça cinza com a faixa fluorescente nas pernas e uma camiseta branca de algodão, ele me meu um bom dia e entrou, até aí tudo bem sentei na minha mesa e comecei a trabalhar e ele também deu meu horário de almoço eu desci comi no restaurante embaixo do prédio, subi e ele ainda consertando a tomada, mas naquele dia eu estava especialmente fodida, ou seja, eu tinha muito trabalho e eu tinha que revisar toda a documentação e processo pois na manhã seguinte o processo seria apresentado e eu como estagiária tinha ficado com essa tarefa... e começou a anoitecer e eu ainda estava na metade da revisão depois de passar o dia ao meu lado em silêncio ele dirige a palavra a mim e me pergunta:

_ Oi, desculpe te incomodar mas que horas você sai hoje ?

e eu calmamente respondi:

_ Eu devo sair as 18h mas tenho que revisar algumas coisas, não se preocupe pode ir que ficarei aqui. - dei um suspiro de cansaço.

_ Nossa vc parece acabada, eu posso te ajudar em alguma coisa?

_Não pode deixar, eu consigo fazer só vai demorar.

_Ah qual é eu sou da manutenção mas sei organizar certidões e marcar citações no processo, estou te observando o dia inteiro, não é um trabalho tão difícil.

_Nossa estou surpresa mas já que vc entendeu o que é pra fazer, toma pega essa pilha, mas já vou logo avisando não tenho tempo para te ensinar. Mas se ficar na dúvida me pergunta.

Eu levantei a pilha e entreguei a ele e ele se sentou na cadeira do meu lado e começou a folear o processo, logo pude sentir seus olhos me fitando e cima abaixo, eu admito que minha roupa já estava ou um pouco torta por que estava sentada o dia inteiro minha camisa branca com botões perolados já estava amassada, minha saia até os joelhos ja estava na metade a coxa e eu estava sem meus sapatos e o que cobriam minhas pernas era a meia calça preta e apesar disso eu não queria ele me olhando, de cima abaixo a ponto de me deixar sem graça, então eu disse:

_Olha só eu preciso terminar isso hoje, se você não for me ajudar por favor saia daqui.

_Tudo bem, me desculpe eu me distrai, não vai se repetir. _ Ele pegou a pilha dele levantou andou até a outra mesa que estava desocupada de frente para a minha e voltou a revisar os papéis, depois de uns 40 minutos ele já tinha terminado a pinha que eu dei pra ele. As pessoas do andar começaram a ir embora e eu disse a ele:

_Olha ja deu o horário você me ajudou muito, obrigada, mas já pode ir embora.

_Nossa isso foi um obrigada ou uma expulsão?

Ele era tão irritante e tão direto sobre o que pensava que quando ele disse isso no mesmo instante gargalheialto e imediatamente olhei para ele e respondi.

_Uma expulsão - E o encarei com desprezo para que ele não notasse que eu estava admito um pouco intimidada.

_ Bom, tudo bem, mais tarde eu volto para dar algo na sua boca.

Meus olhos quase saltaram do meu rosto e meu corpo teve um arrepio e ele notou meu pânico e também em desespero respondeu se retificando:

_Nossa era brincadeira, me desculpe, isso foi muito inapropriado - mas ainda sério - eu vou embora.

E eu ainda sentada na minha mesa fiquei rindo sozinha da situação mas também me perguntando se ele realmente apareceria e o que eu faria me tranquei em minha sala e mergulhei fundo no trabalho. Até que meus olhos começaram a ficar pesados e meu corpo cansado e cochile por alguns minuto até que alguém bateu na porta de vidro com algumas sacolas na mão, eu no susto dei um pulo da cadeira e olhei para ele e ele percebendo que me assustou disse:

_Oi eu trouxe algo para você colocar na boca sei que está com fome.

Era pizza eu podia sentir o cheiro e eu estava realmente faminta e então fui até a porta, abri e disse a ele:

_ Nossa vc quase me matou, por que me trouxe comida?

_Como eu disse, me deixa entrar logo!

_ Nossa tá bom, pode deixar a pizza aí, quanto eu te devo ?

_ o que !?eu não quero seu dinheiro! Só me agradece e come.

_Tá bom ! - Revirei os olhos como protesto e deixei ele entrar.

Ela sentou na mesa, abriu a caixa e me deu um pedaço de pizza e colou o refrigerante na caneca de cafe que estava na mesa, eu me aproximei peguei o pedaço e o devorei em segundos, ele deu uma risadinha e me deu outro pedaço e eu comi o segundo e o terceiro... atéque ele disse:

_Ainda falta muito pra acabar ai ?

_não muito, so falta uma pasta, mas ja foram tantas, devo terminar em uns 40 minutos.

_ Ah sim , se vc quiser ajuda... sabe eu ja to aqui e pelo horário posso te levar pra casa, ta tarde.

_Ah, não não precisa, eu vou pegar um uber... ta tudo certo - não queria q ele soubesse onde eu moro... se ele ja invadiu minha sala e estavamos jantando juntos... preciso do meu espaço!

_ Cara, não voh pular em você não, eu só quero ter certeza que você esta segura, ok?

_ tudo bem, mas vc vai no banco da frente e eu no banco de trás.

Ele riu e senti que ele iria falar algo mas ficou quieto...

Sentei para Revisar a pasta, a última de todas enquanto ele jogava fora os restos da pizza e sentou e ficou me observando, e isso estava me deixando irritada, mas fazer oq... ja estava tarde, e ele me ajudou muito hoje então deixei ele de lado e me concentrei no meu trabalho atéque chegou na última página, e terminei fechei a pasta e peguei minha bolsa, coloquei os sapatos, me levantei quando olhei pra ele...

Ele estava com uma ereção marcante na calça jenas e ele percebeu que eu notei se levantou e disse:

_Eu vou te esperar lá fora- com um ar ofegante.

E eu pensei nossa, a gente vai transar... mas eu nao posso mal o conheço, isso nao é um pornô.

Agora lembra do disso percebo que me permitir viver isso foi o que eu precisava. E meus desejos me dominaram por um instante e eu quis ser direta e disse :

Olha só, se você realmente quiser fazer isso, vamos pra mimha casa.

Nem acredito que estava chamando ele para ir pra minha casa... afinal eu nao recebia ninguem a meses, por conta desse caso, até que...

Ele me olhou profundamente e pegou na minha mão e disse:

_Você está tao.tensa que é capaz de ter um treco antes de chegarmos na garagem, vem aqui para eu ver uma coisa.

E eu fui me aproximando dele e ficando sem ar e ele pegou suas Mãos grossas colocou uma em meu pescoço e com a outra subiu rapidamente minha saia, me jogou contra a porta de vidro, colocou minha calcinha de lado e começou a me torca delicadamente, e eu olhava em seus olhos, e ele tinha uma expressão de prazer e dominação em sua face, era tão excitante como ele permanecia sério, e eu ja estava molhada, minha calcinha pingava no carpete, e meu corpo foi ficando cada vez mais quente e eu fui ficando com o corpo cada vez mais pesado e minha excitação estava quase se transformando em um grande orgasmo até que ele parou, ajeitou minha saia, pegou minha mão e disse:

_Vamos, mas posso esperar pra te comer... fiquei o dia inteiro pensando como você seria.

Eu ainda meio sem ar peguei em sua mão, pegamos o elevador e chegamos na garagem, e ele foi andando e subiu em uma moto, eu olhei para aqui surpresa, faziam anos que eu não andava de moto, ele colocou o capacete e me deu outro e eu fiquei desacreditada que estava subindo na moto de um estranho mas já estava lá então...

[lettyfanfics]

Amor tropical Parte 2

Imagine: Imagina que ficas sozinha em casa, pois Joseph tem planos e os teus pais juntamente com os dele decidem fazer uma saída de adultos, mas Joseph assim que sabe que ficas sozinha cancela tudo e fica contigo o que leva a vossa primeira noite juntos. 

Avisos: Nudez, Sexo. 

Parte 1

Famosos Masterlist

Desde ontem que eu e o Joseph falamos apenas o necessário para não darmos muito nas vistas, mas dizemos o resto por SMS e devo dizer alguns são bem quentes. 

- Meninos querem ir à praia? 

- Sim!! - Respondemos em conjunto chamando alguma atenção. 

- Muito bem vamos lá. 

Desta vez como vamos todos tivemos de nos apertar mais um pouco, o meu pai vai na mesma na frente e a mãe do Joseph foi a primeira a entrar. Eu pretendia ser a segunda, mas ele discretamente impede-me fingindo que me mostra algo no telemóvel e a minha mãe entra fazendo com que eu tenha de ir no colo do Joseph. 

A minha mãe tinha sugerido que eu podia ir no dela, mas ele assegura-lhe que não é incomodo nenhum e que indo no meio seria mais difícil de sair. Eu uso uns shorts curtos de ganga e um top de alças branco deixando-me sentir o calor do seu corpo que me faz sentir arrepios. 

- Chegamos! - Disse o Sr. Morgan. Eles entregaram-me as toalhas e pediram para encontrar um lugar. 

Joseph segue-me e depressa alcança-me falando calmamente para não atrair muita atenção. 

- Desculpa (T/N)! Eu esta noite vou sair com uns amigos meus e só devo voltar de madrugada. 

- Não faz mal Joseph! Muitos Parabéns a propósito. - Digo enquanto estendo as toalhas e ele olha-me com uns olhos cheios de culpa. 

- Obrigado, princesa! - Esse comentário faz-me corar o que não passa despercebido aos outros. 

- Oh, querida estas um pouco vermelha! 

- D-deve ser do s-sol! 

- Joseph porque não ajudas a (T/N) a pôr protetor solar? 

- Claro que sim, mãe! - Ele responde dando um pequeno sorriso de lado. Merda, maldito destino! 

Ele senta-se atrás e começa a passar o protetor na minha pele passando por baixo das alças do biquíni causando-me arrepios. 

*** 

Depois da praia voltámos para casa e almoçámos passando a tarde na casa. Os pais estão a jogar às cartas, as mães estão sentadas a falar e o Joseph está deitado na sua cama a mexer no computador e telemóvel. 

Já eu estou sem nada para fazer, apenas respondendo às mensagens do Joseph então decido ler um livro que tinha trazido para os momentos mortos e assim rapidamente escurece. 

- (T/N), nós também vamos sair e provavelmente voltamos apenas de madrugada. - O meu pai diz-me enquanto estou na cozinha a beber um copo de água. 

- Então fico sozinha em casa?! 

- Sim há algum problema? 

- N-não. 

Eles apenas assentem com a cabeça e saem de casa, nessa altura eu volto para o quarto no mesmo instante em que o Joseph sai do banho com o peito descoberto. 

- Hey! Onde estão os outros? 

- Saíram, só voltam de madrugada! - Ele fica a pensar durante um pouco e depois pega no telemóvel mandando uma mensagem, a minha atenção está no livro, mas pude sentir a cama a se afundar ao meu lado. 

Os seus lábios começam a passear pelo meu pescoço fazendo com que pequenos gemidos abandonem os meus lábios. 

- J-joseph o que estas a fazer. - Digo voltando-me para encará-lo.- Supostamente não devias estar a preparar-te para sair com os teus amigos? 

- Nope! Eu decidi ficar, afinal não posso deixar a minha princesa sozinha em casa e se acontecesse alguma coisa?! - Ele dramatiza sorrindo. 

- E então o que pensas fazer batman. 

- Oh eu sei muito bem o que vou fazer. - Ele diz e logo a seguir cala-me com um beijo antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa.  

Ele tira o livro das minhas mãos e em poucos minutos já estou em roupa interior enquanto os seus lábios percorrem cada centímetro da minha pele, as suas mãos vagueiam tirando o resto das roupas fazendo-me corar bruscamente e tentar tapar-me. 

- Hey! Não precisas de te tapar! 

- É q-que já deves ter v-visto me-melhor. - Ele agarra-me suavemente nas mãos e afasta-as levando-as aos seus lábios e beijando cada dedo. 

- Tu és perfeita e nunca duvides disso porque eu escolhi-te a ti, vou sempre escolher-te a ti. 

Ele dá-me um beijo apaixonado e continua o seu processo beijando o meu pescoço, peito e coxas. Eu não quero ficar para trás então começo a beijar e arranhar o seu peito, o que faz o calor subir rapidamente.  

Joseph coloca um preservativo que tirou do bolso das calças posicionando-se na minha entrada, mas antes de avançar mais olha-me nos olhos pedindo permissão. 

- Tens a certeza de que queres fazer isto?! 

- S-sim. - Ele sorri e beija-me apaixonadamente enquanto me penetra. 

Ele espera uns minutos para que eu me acostume ao seu tamanho e começa a mover-se logo que lhe mostro que estou pronta levando as minhas ancas ao encontro das suas. 

O beijo continua mais um pouco enquanto ele se move deliciosamente devagar, mas o ar dá sinal e temos de nos separar. Joseph começa a beijar e sugar no meu pescoço deixando pequenas marcas roxas, que mais tarde teria de tapar com maquilhagem, fazendo-me gemer e contorcer por baixo dele com o prazer. 

Ele começa a aumentar o ritmo e desce uma mão entre os nossos corpos fazendo círculos no meu centro provocando gemidos mais alto. Uns minutos mais e o meu estômago começa a aquecer e as paredes a contraem-se sobre o seu membro. 

- Joseph... 

- Eu sei princesa! Vem para mim. - As suas palavras funcionam como magia e um poderoso orgasmo atinge-me... O meu primeiro orgasmo, na minha primeira noite com a pessoa que eu mais amo. 

Segundos depois ele segue-me obtendo a sua libertação e caindo sobre mim cansado e ofegante. Quando já tinha normalizado as respirações ele rola para o meu lado se desfazendo do preservativo, para que ninguém descobrisse e volta a deitar-se ao meu lado puxando-me para mais perto. 

- Como estás? - Pergunta ao fim de algum tempo. 

- Bem, foi fantástico. 

- Ainda bem princesa e eu tenho que dizer que este foi o melhor aniversário da minha vida. - Eu rio e dou-lhe um último beijo antes de irmos tomar banho para voltarmos a fingir que não havia qualquer evolução na nossa relação.  

[uhumqueeuamo]

Acho que vc deve estar reconhecendo este lugar aí. Mas deve estar se perguntando, pq começo uma cartinha minha pra vc com uma foto de um tempo chuvoso e cinzento. Por vários motivos...

Olha como para um mesma coisa podemos ver beleza ou não...... algo com cor ou preto e branco... e do que dependerá como vimos algo? Eu diria que depende do nosso olhar e como estamos por dentro.

E lá vai uma história:

Eram por volta de umas 17h. Já tinha comido meu pãozinho da tarde...rs. E começou um papo de chuva e eu falei que aqui só chove... disse que a Família Adams deve morar por aqui.. =). E em meio a risos e outros comentários, eu falei baixo mas inteligível para quem estava perto: Foi em um dia de chuva que tive um dos dias mais incríveis da minha vida. E tive que parar por aí. Não posso falar abertamente obviamente... e não importa. O que importa é o que vivemos. Pq nunca, ninguém vai sentir o que vc sentiu qdo viveu algo mágico. Posso relatar e escrever o que for... nunca será a verdadeira descrição exata do que foi para quem viveu.

Mas apesar do não falar com voz, eu falei com minha mente. E disse pra mim mesmo como se para todos: Chovia muito, mas muito, minutos antes de ela entrar no meu carro... Fiquei receoso de termos que cancelar. Mas a vontade de ambos era tão tão grande que poderia chover o dobro e ainda assim iriam ficar juntos. E ela chegou. Eu não a vi chegando. Tomei um susto e nessas horas o coração agita e pula. Mas qdo a vi, nada mudou no meu peito. O coração continuou agitado e pulando. Por outros motivos. Ela de cabelo meio molhado, pingo de gotas no rosto, absolutamente linda... mais que antes e dali a alguns minutos mais que aquele momento...

E qdo me dou por si, minha atenção volta para a sala e o que outros estão falando. Desconecto com a minha conversa interna e sento na cadeira. Mas logo após, encerra-se o burburinho do que outros falavam e eu volto para dentro de mim. E silencio novamente o a ambiente. Me viro, olho a chuva novamente caindo pela janela, lá fora na cidade. E comecei a ver as gotas de chuva. Escorrendo, algumas devagar e outras mais rápidas... Estavam na janela mas imaginei no rosto dela. Rosto que amava acariciar, tocar e beijar. E apertou a saudade...

E pensei: a chuva é algo muito bom. Chuva e sol. Frio e calor. Como dar valor algo sem seu oposto? E quem não gosta de cheiro de chuva? E lembrei do cheiro dela. Do perfume. Ou do cheiro da pele... Foi o cheiro que veio à mente olhando a chuva, mas poderia ser toque... poderia ser sabor.. poderia ser olhar. O que importa é que vieram memórias que trouxeram um calor no peito... e olhei de novo pra chuva... e pensei: como a chuva é linda... e ela nunca mais será somente gotas que caem pra mim... mas sim, lembranças de um dia mágico.

....

Confesso que hoje fiquei mais pensativo. Bateu medo de algumas coisas. Diria que de muitas coisas. E sim, não sou imune. Amanhã, meu aniversário. E penso e não chego a uma conclusão. E qual conclusão que devo chegar? Onde estará meus pensamentos no dia e depois? Me sentirei feliz como outros aniversários? Deveria... mas e se não? O que fazer com um sentimento que só cresce, qdo não poderia? Mas que quero sentir mais e mais? Que quero viver mais e mais... ?

E penso: o tempo anda devagar mas passa depressa. Devagar qdo longe de alguém que se quer perto... e depressa qdo este alguém está colado em vc...

E sigo colocando pra fora uma montanha russa de sentimentos, que na saudade, só vai pra cima... E se vc acha exageradas as coisas que escrevo pra vc, é porque não viu as que apago rsrs. Não há ninguém, mesmo sem cultura, que não se torne poeta quando uma paixão toma conta dele. Não que eu esteja sendo um...rs

Só sei que tem abraço que parece beijo, toque que parece olhar e pele que foi feita para ficar junta à outra..

[keyjay-world]

140424 a vegetariana

Acabei de terminar o livro, e não sei dizer como estou.

Acho que o ato da compreensão é algo que foge da mulher moderna. Ele dá lugar ao esteriótipo excessivo.

Como posso descrever a sensação que tive ao terminar o livro? Tive vontade de sair na rua para caminhar até que alguma resposta me viesse a mente. Parece que, se eu saisse para caminhar, encontraria as personagens.

No silêncio, na chuva, nas árvores... elas estariam lá. Eu estaria lá.

Eu pertenço ao não pertencente, tal qual Yeonghye. A natureza me acolhe, me engole e me faz companhia.

Tenho medo de confessar que me identifiquei com as personagens. Ora me vi como a irmã mais nova e ora me vi como a irmã mais velha. Me reconheci em pensamentos, em comportamentos e em ações.

Tenho medo de que algum dia minha forma de pensar me leve à esquizofrenia. Porque ser incompreendida é cortante, parecer diferente é ainda mais.

Antes do meu momento de leitura, acordei. Estava chovendo.

Só se ouvia a chuva, a claridade do céu nublado e o vazio. (O ma?)

Levantei, coloquei água pra esquentar e enquanto isso fui escovar os dentes. Fiz o café, e até então nenhuma manifestação do meu avô levantando. Comecei a desfrutar daquele momento.

Peguei o café, olhei um pouco pela janela. Aquele tempo falava comigo. Era como se estivesse chovendo dentro de mim. Era como se eu estivesse vendo um reflexo do meu íntimo.

Sentei, comecei a ler.

Fui lendo, imergindo na história. Tomava goles do meu café enquanto lia. O som de fundo era o barulho da chuva.

Eu estava em completa paz. Mesmo lendo algo desconfortável. Cheguei a pensar comigo: eu deveria morar sozinha, é assim que devo viver, é assim que quero viver.

Meu avô acordou, levantou. Senti uma pontada, mas tentei permanecer daquela forma. Tentei preservar aquele momento como se nada tivesse mudado.

Quanto mais eu lia, mais vontade tinha de sair pelas ruas. Era mais do que um desejo, era uma visão. Vi a roupa, vi a rua, vi as árvores... decidi fazer isso pela tarde. Agora já não sei se vou fazer isso, porque está chovendo muito. Mas enfim.

Vim pro quarto pois precisava de um momento pra refletir sobre o livro. Olhei pela janela, e pensei no quão incompreendidos somos.

Isso porque, por um breve momento, pensei "e se meu pai me mandar uma mensagem me chamando pra sair ou ir lá, e eu falar que quero ficar quietinha hoje", minha mente continua e continua criando situações hipotéticas para lidar, assim como a irmã mais velha fica se perguntando sobre tudo que aconteceu.

Meu pai sempre veio até mim com dizeres "você está muito quieta, aconteceu algo?" ou "faz tempo que não vem aqui, não é bom ficar sozinha" ou "a família está sempre aqui pra te ajudar".

Meu silêncio nunca foi compreendido. Parece que sempre tive a necessidade de falar. Sempre precisei me explicar, sempre quiseram arrancar algo de mim.

Eu gosto de ficar em silêncio, gosto de ficar quieta. Eu achei que isso era desde que a mãe morreu, mas acho que vem desde antes disso.

Sempre tive um mundo particular dentro de mim, minha individualidade. Mas não sei datar de quando ela foi rompida e parece que é sempre uma luta para reconstruir.

É como se ela fosse um muro de tijolos, um trabalho minuncioso que eu vou erguendo pra mim mesma, e sempre vem alguém e derruba. E sempre vou e volto a reconstruir. Essa imagem está muito nítida na minha cabeça.

Acho que é como se eu quisesse construir uma casa, e sempre vem alguém e me atrapalha. Sempre dando uma opinião, ou querendo "ajudar" e acabam demolindo um pedaço, me fazendo voltar ao trabalho de reconstruir.

Essa casa sou eu.

Quando a mãe morreu, eu estava construindo a casa. Estava contente com o meu resultado e era como e tivesse ido pra floresta coletar materiais pra continuar construindo.

Na floresta, eu encontrei ela lá, mas eu me perdi. Não consegui voltar pra casa que eu tava construindo. As pessoas vinham me levar pra suas casas, mas eu só queria encontrar a minha novamente.

Eu corri mais, eu me afastei mais, até encontrar uma parte da floresta que não houvesse ninguém. Ali eu fiquei, no silêncio, pedindo pra encontrar meu caminho de volta.

Posso dizer que pintar meu cabelo de ruivo novamente foi como se uma chama tivesse me guiado pela floresta indicando o caminho. Eu encontrei minha casa novamente, quase do jeito que eu deixei.

Mato, trepadeiras e outras plantas haviam crescido sob as ruínas, mas não achei ruim. Era como se a natureza tivesse guardado a casa pra mim. A tivesse envolvido sob sua proteção.

Eu comecei novamente, animada por ter encontrado o caminho de volta. Mas as pessoas me encontraram novamente, como um vizinho que chega sem aviso, elas vem.

A chama acesa, o jardim e a fumaça da lareira desperta curiosidade. As pessoas querem saber o que estou fazendo, o que estou preparando, como a casa está ficando... e eu só quero que respeitem meu espaço, eu só quero poder escolher convidar quem eu quero que me visite e quando eu quiser receber visitas.

Pode ser que eu queira passar meses sem receber visitas. Meses sozinha, eu e minha casinha. Tomando café e lendo um livro, escrevendo ou desenhando. Vivendo como desejo, sem interferências, críticas ou sugestões.

Eu só quero escolher. E sem compreendida por isso.

[imjacksonfromchina]

Sábado

Acordei às 13:00 , e meu Deus que fome. Quando passei pelo quarto do Jackson, ele não estava lá, então desci as escadas e vi ele deitado no sofá comendo um pacote de batatinhas e vendo um jogo aleatório que passava na televisão.

J: Acordou a margarida . Eu que tomo remédio e você que acorda mais tarde.

T : Eu eu não preciso de remédio pra dormir Jackson, meu sono é bem pesado.

J : Percebi, mas olha chega, eu não vou tomar mais remédio, eu só vou tomar se eu tiver uma crise . Fora isso não tomo.

T : a médica tinha receitado quantos dias mesmo ?

J : 5 . Acabou ontem . E agora é so em caso de crises.

T : Ta falando a verdade ne ?

J : Quer o contato do hospital?

T : Não, eu quero o contato de um restaurante, eu estou com fome, como que pode não ter nada decente pra comer aqui .

Fui andando até a cozinha e abrindo os armários, e só tem biscoitos , bebidas , e nada que dê pra fazer um almoço decente.

T : Jackson levanta vamos ao mercado , você precisa continuar se alimentando bem e eu estou com fome.

J : A gente pode pedir um mc ? Quer qual ?

T : Melhor não, vamos. Eu vou me trocar e ja volto . Espero que tire o carro da garagem .

Jackson: Aaa ta bom. O que eu não faço por você em !

Subi para o quarto e me troquei , e quando desci Jackson ja estava no carro me esperando.

A ida foi tranquila , chegando no Mercado, escolhi algumas coisas necessárias para levar , Jackson estava no celular conversando com o Yugyeom que desde que aconteceu a crise de Jackson liga para ele sempre para saber como ele esta , consigo escutar ele falando que eu estou fazendo um ótimo trabalho , e que estou me preocupando até demais , como não deixar ele comprar bebidas alcoólicas agora .

T : Não Jackson.

J : O meu acabou.

T : Seu armário está cheio mentiroso. - consegui escutar a risada de Yugyeom do celular, e quando passamos para a sessão de cereais eu acabo pegando os meus favoritos e Jackson encerra a ligação e olha pra mim.

J : Eu não costumo comer cereal no café da manhã. Só café .

T : Eu sei. É pra mim .

J : Ta pretendendo morar na minha casa com todo esse estoque?

T : Kkkk eu acabo com esses cereais em uma semana .

J : Vai ficar por mais uma semana ? - ele me olhou ainda sem acreditar -

T : Se necessário sim , mas lembra tem a faculdade, então eu devo ir só para me certificar que está se cuidando. É sério Jackson, você já é um adulto e estudante da área de saúde , deveria saber que se alimentar de forma saudável é importante.

J : Ta , chega ta bom. Gostei da sua preocupação mas não precisa me vigiar 24h com isso, eu aprendi a lição.

T : Ok desculpa.

Vou andando até o caixa e passo as compras e Jackson chega com massa de nhoque e alguns outros produtos. Logo depois de pagarmos pela compra , entramos no carro.

Jackson : Me desculpa se fui rude com você agora , eu sei que deixei você e Yugyeom preocupados , e eu entendi o recado dessa vez , eu vou pedir ajuda quando eu passar dos meus limites. Eu sei que tenho vocês.

T : Tudo bem Jackson não é sua culpa, é conta comigo sempre. ( Sorrio e aperto a mão dele ) agora vamos, eu estou com fome.

Jackson: Ah sim , eu vou preparar um prato, só pra você.

[soumpretoerudito]

Mirante

Tarde da noite,estava me sentindo meio vazio, vazio no estômago,vazio na mente e já não me cabia em mim, "desaguei", e tudo era eu. Na minha frente um mar de luzes todas apontando diretamente para mim, como estava linda a cidade!  era como se pequenos olhos flamejantes formassem figuras, e ali me perdi, então algo inesperado aconteceu e derrepente um  brilho mais ofuscante que o normal mira em meu corpo , e todo o vazio se torna tensão, a mente antes dispersa explode em questionamentos, será que realmente fui focado ?

o que devo fazer?

Há algo de errado?

meu coração parou. A boca antes vazia agora se tornava seca, um tremor interno tomou conta do meu corpo um medo incontestável traz a mim tudo, tudo o que inexistia em mim até aquele momento, e confesso, aquele segundo seguinte de indagações sem bases me jogou no chão, e então uma risada, com tons e alturas muito familiares ecoaram ao meu lado, e a visão antes turva pela tensão, começa a focalizar e retorno a mim. Ainda meio atordoado ouço a seguinte frase:

_Que medo dessa moto mirando a lanterna pra cá, parece que mirava em nós.

Em seguida risos, a final estávamos muito longe ao ponto de toda a cidade caber em somente um olhar.meu corpo com um estalo de adrenalina reage às risadas com um sorriso calmo e tranquilo e então novamente derreto em mim, e volto para o todo, onde sou o que entendo e desconheço o que não sei o nome.

[jinwwh]

[MEMBERSHIP] Boa Noite 🌙 Entrevista :: Jin.

🐹: Sim, ARMYs. Olá! Sou o Jin. Hoje vou compartilhar minha rotina diária especial. É a entrevista de Jin sobre a hora de dormir. Vou falar sobre minha rotina e meus hábitos de sono, gente.

Espero que isso ajude vocês, ARMYs, a terem uma boa noite de sono. Bem, vou responder algumas perguntas relacionadas ao sono. Vamos começar?

[Entrevista de rotina na hora de dormir / Zzz Zzz]

[P. Qual é sua rotina na hora de dormir?]

🐹: Eu durmo com as cortinas abertas. As pessoas também precisam de fotossíntese. Eu sempre deixo as cortinas blackout fechadas, exceto à noite, mas as abro antes de dormir.

[P. Quanto tempo você leva para dormir?]

🐹: Depende, às vezes leva de duas a três, ou até quatro horas, mas às vezes leva cinco minutos. Fiquei acordado a noite inteira anteontem, então eu dormi muito cedo ontem à noite.

[P. O que geralmente está em sua mente antes de você pegar no sono?]

🐹: Se eu fosse um herói, isso é o que eu faria... Eu voaria pelo céu e salvaria as pessoas. Como seria conveniente se eu pudesse me teletransportar! Essas são as coisas em que penso antes de dormir.

[P. Seu segredo para um bom sono?]

🐹: Eu sei como superar o jet lag! Se eu geralmente dormir muito tarde, por volta das quatro ou cinco da manhã, tento acordar muito cedo no dia seguinte. Por mais cansado que esteja, não cochilo e vou para a cama cedo à noite, por volta das 22h ou 23h. Essa é uma dica minha.

[P. Seu pijama favorito?]

🐹: Eu gosto de pijamas com bolsos, costumo usar pijamas macios com bolsos.

[P. Qual é sua posição para dormir?]

🐹: Eu realmente não me viro durante o sono. Se dormir de um jeito, acordo assim mesmo. É assim que eu durmo e acordo exatamente na mesma posição. E quando acordo de manhã, levanto o cobertor e vou para o trabalho.

Quando volto do trabalho e acabo de me preparar para dormir, o cobertor está exatamente onde o deixei. Coloco-o de volta sobre mim e o levanto novamente no dia seguinte. Essa é a minha vida... É assim que eu durmo.

[P. Qual é seu sonho mais recente?]

🐹: Eu realmente não me lembro dos meus sonhos. Não havia nada em particular, então eu não anotei. Acho que não havia nada de especial.

[P. Um aroma que você quer para seu quarto?]

🐹: Eu vou acampar às vezes. Quando você acampa, você pode sentir o cheiro da grama e o cheiro do ar fresco. O cheiro que você pode sentir no campo e na natureza. Eu gostaria que meu quarto cheirasse como a natureza.

[P. Qual é o seu estilo de soneca/cochilo?]

🐹: O meu estilo de cochilo. Se eu estiver cansado, vou para a cama e durmo. Isso é o que eu gosto de fazer. Quando estou fora do trabalho, como e durmo sempre que sinto que devo fazer isso.

Se estou com sono no meio de um jogo ou de uma caminhada, durmo. É disso que eu gosto. Eu vou de acordo com o que meu corpo me diz para fazer. Se estou com fome, como. Se estou com sono, eu durmo. Esse é o tipo de estilo de vida que eu gosto.

[P. Um lanche da madrugada que você não consegue resistir?]

🐹: Hoje em dia, eu não como muito, por isso raramente faço pedidos. Jjondeugi! Tenho jjondeugi estocado em casa e como apenas até não ter mais fome. E quando quero lanchar quando estou jogando tarde da noite, como isso...

[P. Sua dica de despertador matinal?]

🐹: Eu não sei se é apenas porque sou assim, mas se eu colocar meu despertador para às 10h, eu acordo cinco minutos antes que o despertador toque. É como se eu tivesse um despertador dentro de mim.

Sempre acordo cinco minutos antes do despertador tocar.

🐹: Pois bem, eu falei sobre minha rotina ao dormir e as coisas que eu gosto. Agora vamos jogar um jogo de equilíbrio do sono e dar uma olhadinha nas coisas que eu gosto. ARMYs, por favor, aguardem ansiosamente. Vamos começar!

[Jogo de equilíbrio do sono / Vamos lá]

[P. O que você escutaria antes de dormir? Música clássica OU Sons da natureza]

🐹: O que eu escutaria antes de dormir! Música clássica! Na verdade não, eu gosto de dormir ao som de música de jogo.

[P. Textura do cobertor? Com dobrinhas e frio OU Aconchegante e quente]

🐹: Eu gosto de um cobertor aconchegante, quente e macio.

[P. Estampa do cobertor? Simples e clara OU Xadrez]

🐹: Gosto de cobertor simples e claro. Eu costumava gostar de cobertores com personagens de desenhos animados quando criança, mas hoje em dia, gosto de um cobertor simples.

[P. Como ficam as luzes antes de você dormir? Acesas OU Não acesas]

🐹: Não costumo acender as luzes, mas às vezes acendo. Isso depende

[Escolhe os dois!]

[P. Altura do travesseiro? Alto OU Baixo]

🐹: Gosto de travesseiros altos, mas os coloco debaixo do meu pescoço, não da minha cabeça.

[P. Qual exercício antes de dormir? Alongamento básico OU Abdominal intenso]

🐹: Se você estiver fazendo exercícios antes de dormir, o alongamento básico seria melhor para seu sono.

[P. Qual livro para dormir? Um texto de autoajuda OU Um romance lento e comovente]

🐹: Eu leria um romance lento e comovente.

[P. O que o conforta antes de dormir? Uma rodada de jogos OU Compras online]

🐹: Compras online! Tenho o costume de esquecer o que aconteceu no dia anterior, então se eu compro algo online antes de ir para a cama, conforme os dias forem passando, recebo um pacote o qual esqueci de onde veio, o que pode ser uma boa surpresa. Comprar online é melhor antes de dormir.

[P. Você dorme com um cobertor no verão? Sim OU Não]

🐹: Hoje em dia, eu durmo sobre o cobertor. Eu não cubro meu corpo com ele.

[P. Item de inverno necessário? Cobertor aquecido OU Calças de lã quentinhas e meias]

🐹: No inverno, calças e meias de lã são definitivamente mais eficazes do que cobertores aquecidos, já que já tenho o aquecedor ligado.

[P. Som da natureza antes de dormir? Grilos OU Ondas]

🐹: Eu gosto do som constante dos grilos.

🐹: Sim! Esta tem sido minha rotina ao dormir. ARMYs, espero que vocês possam se identificar com ela. Vou encerrar a entrevista aqui. ARMYs, tenham uma boa noite. Zzz... Tchau!

[interludiomiope]

lutando incessantemente pra tirar você de mim

lutando pra não me apegar a cada pequeno detalhe que eu tenho aqui guardado comigo

lutando pra esquecer do seu jeito, seus olhos, seus lábios, seus traços, suas particularidades, seu rosto, tentando parar de pensar todo santo dia,

"era para você estar aqui, era pra você estar fazendo isso comigo, era pra você estar compartilhando esse momento comigo, era pra você não ter me deixado, era pra gente ter sido tão feliz", era pra ter acontecido tanta coisa diferente, mas agora, meio que já era.

e me desculpe se não consigo deixar você ir, eu sei que quando conseguir te esquecer nunca mais volto pra cá, é só que eu sinceramente não sei se quero te esquecer e deixar, ainda tenho essa maldita esperança, de que você vai voltar, me mandar mensagem à qualquer hora, pedindo desculpa e dizendo que me perdoa também, eu só espero que caso isso aconteça, não seja tarde demais pra você, pra mim, pra gente.

é que eu sinto que era você, talvez ainda seja, eu só não consigo pensar em como isso termina, se já não terminou...

minha vida baseada em dilemas desde sempre me insiste em fazer acreditar que esse é um deles, que eu devo dar seu tempo e ao mesmo tempo te mandar mensagem, tentar de novo, correr atrás, fazer o possível pra não desistir desse sentimento, porque como diria Ted Mosby, quando é amor você não desiste, nem por um segundo para de lutar, porque se desistisse não seria amor, mas como eu posso sustentar essa esperança e sentimento sozinho, como eu posso ainda querer isso, quando na verdade você simplesmente me deixou quando eu mais precisei, sem mais nem menos, talvez isso não seja um dilema, ou uma carta de amor, ou algo que um dia você vai ver, provavelmente sou só eu tentando lidar por ter perdido a pessoa que mais me fez mal nessa vida e incoerentemente a que eu mais amei também, mas sinceramente, espero que um dia eu consiga olhar pra trás e ter apagado você de mim, olhar pra esse texto e não sentir nada além de alívio por ter me livrado desse sentimento e vergonha por ser tão estúpido pra perder meu tempo com isso... que o tempo te apague de mim, ou que ele pelo menos apague essa esperança.

com toda dor do mundo,

Samuel, para ******.

22 de novembro de 2022

[inortodoxa]

tudo aquilo que não disse.

CARTA III.

26 de Setembro de 2022.

Em um dos meus dias difíceis cheguei em casa um pouco alcoolizada, e altamente magoada. Comecei a chorar as 4H da manhã e aquela que me colocou no mundo decidiu que seria uma boa ideia me acolher. Eu também achei, confesso. Mas logo mudei de ideia. Já era tarde. Aquele dia falamos sobre cura. Falamos também sobre muitas coisas que gostaria de esquecer, então me limito somente ao primeiro assunto citado.

Segundo minha genitora eu estou procurando a cura, mas nos lugares errados. Segundo ela minha cura está na igreja, lugar este que nem ela mesma vai a alguns anos. As pessoas costumam nos dizer o que fazer, sendo aquilo que nem elas mesmas fazem. Cômico. Ela me disse também que caí lá trás, há muito tempo, e que eu deveria parar e pensar onde foi que caí exatamente.

Mãe. Enquanto te ouvia aquele dia, eu tinha mil respostas e nenhuma para você. Eu era capaz mesmo embriagada de álcool e dor, te responder em cada ponto levantado, mas eu não faria com tanta excelência como posso fazer hoje, um pouco mais de um mês depois desse perturbador episódio.

Sabe quando eu caí? Caí quando acreditei que nunca seria suficiente para ninguém. Nem para mim mesma. E quanto ao lance da cura você acertou em partes, devo concordar. Estou mesmo procurando-a faz um tempo. Em vários lugares realmente. Fui certeira e errônea nessa minha busca. Mas ainda bem que estou buscando não acha? Na verdade cansei de fazer vocês concordarem com meu viver. E estranhamente não derramo lágrimas ao escrever essa carta que jamais será lida por vocês dois.

Minha cura estava em todos esses lugares, os certos e os errados. Em todas essas pessoas que passam pela minha vida. Minha cura está em me ver em muitas situações e entender em cada uma delas qual o meu limite.

Minha cura está em me aceitar e acolher. Não mãe, não é errado se amar. Não é errado olhar para dentro de si e escolher ser sua prioridade. Sinto muito se não pôde fazer o mesmo.

Eu sou excentricamente feliz e empolgada. Sou dramática, melancólica e exagerada. Eu amo ouvir música alta de muitos tipos diferentes, até aquelas que falam sobre coisas moralmente inaceitáveis. Tenho gosto duvidoso ás vezes, sim. Também tenho dias horríveis, em que raramente tirarei meus fones de ouvido para balbuciar algumas poucas palavras e ouvirei menos ainda. Meu gênero preferido de filmes e livros é drama. Eu adoro balada e também falar palavrão. Sou feminista. Não gosto de religião. Eu desgosto ardentemente do Bolsonaro. Eu gosto de fumaça (desculpa pulmões). Sou bem sexual e isso é desde menina. Cozinho muito bem. Minha parte favorita do amor são os poemas sofridos, as pinturas dramáticas, os filmes mentirosos e como o amor é uma grandessíssima e eterna incógnita. Danço melhor quando estou sozinha. Eu adoro exercícios ao ar livre, desde que esteja com meus sagrados fones de ouvido. Eu vivo em paz com a minha bissexualidade. Muito provavelmente não volto a ser uma frequentadora assídua da igreja evangélica nunca mais. Eu adoro assuntos polêmicos e pouco falados. Não gosto muito de fofoca, porque se não posso falar disso depois, é melhor que eu nem saiba. Eu não acredito no laço de sangue. Amigos são melhores que familiares. Eu gosto de tudo aquilo que me dizem que não posso/deveria. Eu tenho a incrível capacidade de me esforçar absurdamente por algo que queira muito, ou eu posso simplesmente ir embora e nunca mais voltar, e não necessariamente estou falando de algo físico. Eu adoro misticismo. Eu amo escrever desde menina, e amo minha escrita nada formal e pouco inteligente. Amo as coisas que amo. Amo quem eu sou.

Tudo isso mãe, TUDO isso eu descobri sabe como? Na minha busca nos meus lugares errados. Não foi na igreja mãe. Nunca foi. Não, eu não era feliz quando criança, eu era uma criança deprimida e vocês nunca quiseram perceber. Eu sempre tentei caber e nunca coube mãe. Até entender que eu jamais serei suficiente para alguém, porque ninguém é. Sempre vai faltar algo. Isso é óbvio. Eu só posso ser suficiente para uma pessoa nesse mundo: eu. E para mim, isso é mais que suficiente. Sigo viva mãe. Sigo em paz.

Obrigada por tentar me acolher aquele dia, mas infelizmente você nunca foi boa nisso. Tudo bem mãe, as pessoas não são suficientes para os outros, nem vocês para mim e nem eu para vocês.

Com profundo amor, Emilly. Só Emilly.