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#novelas de cavalaria
arainhabranca · 3 months
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𝐬𝐭𝐚𝐫𝐭𝐞𝐫 𝐟𝐨𝐫: @erikxphantom
𝐰𝐡𝐞𝐫𝐞: dusty books (subsolo).
Não era que a Rainha Branca não tinha mais nada para fazer — o oposto disso: tinha coisas até demais para serem resolvidas; lugares demais para cuidar e uma lista crescente de convidados para tomar chá — ela apenas sabia fazer uso do seu tempo (ou melhor: possuía um objeto mágico que o tornava maleável). Era por isso, então, que andava de um lado para o outro no subsolo da livraria de Erik, buscando algo para ler na coleção pessoal do escritor; e embora parecesse desinteressada pela maneira que tirava os livros apenas para colocá-los de volta em seus lugares, ela só não estava... Acostumada. "Você nunca escreveu uma história sobre mim?" Voltou-se para o homem, o cenho franzido. A pergunta não era nada absurda dentro da realidade dela. "Todas as histórias do País das Maravilhas são sobre mim. Bom, algumas falam sobre Alice, é claro, mas apareço nelas também. Eu gosto das que narram as grandes aventuras heroicas que os meus cavaleiros viveram para me proteger durante a guerra! Nós as chamamos de novelas de cavalaria."
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Fatos curiosos sobre Miguel de Cervantes e Dom Quixote
Miguel de Cervantes foi o primeiro grande escritor da literatura espanhola e um dos mais importantes escritores da história mundial. Ele é conhecido principalmente por sua obra-prima, Dom Quixote de La Mancha. Aqui estão alguns fatos curiosos sobre Miguel de Cervantes e Dom Quixote:
1. O autor do livro, Miguel de Cervantes, foi preso durante a produção do livro por causa de dívidas.
2. O título original do livro era "El Ingenioso Hidalgo Don Quixote de la Mancha".
3. O livro foi publicado em dois volumes separados: o primeiro em 1605 e o segundo em 1615.
4. Dom Quixote foi inspirado pelas novelas populares da época, chamadas "romances de cavalaria".
5. A frase “Tilting at Windmills” (“Atacando Moinhos de Vento”) vem deste livro e significa lutar com fantasia ou inutilmente contra um adversário imaginário.
6. O livro tornou-se a primeira obra literária best-seller do mundo, vendendo 500 mil cópias na Espanha nos 15 anos após a publicação.
7. O personagem principal, Dom Quixote, é considerado o herói literário mais famoso da história.
Descrição da imagem
Gustave Doré: Don Quijote de La Mancha and Sancho Panza, 1863
Livro: https://amzn.to/3ZY98HH
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ifnow · 4 years
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#LiviaIndica – Filme “O Poço” e a relação com o livro “Dom Quixote de la Mancha”
[contém spoiler, conteúdo sensível - classificação 16 anos]
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“Existem três tipos de pessoas. As de cima, as de baixo e as que caem”
O filme “O poço” (El hoyo – 21 de fevereiro 2020) chegou na plataforma de streaming Netflix causando  alvoroço. Misturando elementos do gênero gore (filmes com cenas extremamente violentas, muito sangue, vísceras e restos mortais de humanos ou animais) com filosofia, literatura e até mesmo religião; sem dúvidas, um filme muito complexo.
Não fiz, de início, a conexão com o cristianismo, por me faltar conhecimento sobre o assunto. Portanto, como foge da minha alçada, não citarei nenhuma relação. É possível encontrar essa e outras, aliás, muitas outras, interpretações pela internet.
Para clarear as ideias e conseguirmos fazer as abstrações necessárias, vamos compreender o poço como sendo uma metáfora para o sistema capitalista; seus níveis são as classes e a desigualdade só cresce à medida que os níveis vão descendo.
Foi genial a escolha da comida para representar a desigualdade no capitalismo. Principalmente por ela ser um fator de humanização, quem está nos primeiros níveis come bem, tem boa aparência e não fica doente; quem está nos níveis baixos come mal, adoece, enlouquece e, em casos extremos de desnutrição, morre. Qualquer semelhança com a nossa realidade não é mera coincidência.
O nível zero representa o total luxo: um farto banquete é servido todos os dias. Os dois prisioneiros têm dois minutos para se servirem à vontade até a refeição descer, não sendo possível guardar alimentos, pois sofrem punições. Os de baixo vão ficando cada vez mais com as sobras dos de cima, a comida vai acabando e descendo, descendo, até  sobrarem  somente ossos,  e depois, pratos e bandejas; isso quando a comida não é sacaneada, pois, às vezes, os de cima urinam e defecam na comida de propósito, por puro sadismo.
Os prisioneiros do poço mudam de nível a cada mês: hora estão em cima, hora estão abaixo, aparentemente sem critério para a mudança, simplesmente adormecem e acordam em um nível diferente. Segundo a direção do poço, isso é feito para que todos possam se colocar no lugar do outro, despertando a solidariedade espontânea, até que aprendam a comer o suficiente para sua subsistência e passem a deixar comida para os de baixo, sucessivamente, até todos estarem alimentados. Será que funciona? É assim que acontece no capitalismo?  
Goreng (interpretado pelo ator Ivan Massagué) é o protagonista do filme, e escolhe ir por livre e espontânea vontade ao poço. Assim como todo prisioneiro, pôde escolher um objeto para levar consigo; sua escolha foi o livro Dom Quixote. Neste momento, fiquei me perguntando o porquê da escolha, pois obviamente não foi em vão. O que me intrigou foi o fato de Dom Quixote de la Mancha (século XVII) ser um livro com um clima divertido, que te faz dar risada das malucas aventuras do cavaleiro, clima totalmente oposto ao do poço, sombrio, agoniante. Até esse ponto não fiz praticamente nenhuma relação com o livro, a não ser a de que ambos protagonistas, Goreng e Dom Quixote, saíram em suas missões por vontade própria.
Após viver muitos conflitos durante o mês que passou com o velho Trimagasi (ator Zorion Eguileor) e estar bastante debilitado físico e mentalmente, Goreng acaba por matá-lo (aqui está uma das cenas mais pesadas do filme, mas não vou descrevê-la , você terá que assistir!). Outra cena importante é a que, durante  a convivência de Goreng com Trimagasi, aparece uma mulher misteriosa, Miharu (atriz Alexandra Masangkay) junto com o banquete. Ela não fala, mas o velho diz que ela desce todos os meses em busca de seu filho (guarde essa informação!).Como são sempre dois prisioneiros por nível, quando um morre é rapidamente substituído. Em uma dessas trocas aparece a personagem Imoguiri (atriz Antonia San Juan), que estava lá também por vontade própria (após ficar desolada por uma doença) e era uma das entrevistadoras responsáveis por escolher quem entrava no poço. Imoguiri comete suicídio após descobrir que estava errada sobre a quantidade de níveis.
 Essa personagem representa aqueles que conseguem sair da bolha da vida perfeita e conhecer de perto as mazelas do sistema. Reconhecer que mentiam para ela sobre o número de níveis do poço, demonstra que não é porque você faz parte do capitalismo,  conhece todos os seus horrores: a visão de cima é bonita, e a de baixo te perturba. Foi insuportável para ela entender que tinha uma parcela de culpa em toda aquela desigualdade.Após mais essa morte, Goreng já está tendo muitas alucinações. Aparece então o personagem Baharat (ator Emilio Buale), um preso sonhador que possui uma corda para tentar subir de nível. O único problema é que ele depende da solidariedade dos de cima para apanhar a corda e assim subir.... Você acha que vão ajudá-lo?
Goreng finalmente encontra o seu Sancho Pança (parceiro de aventuras do Dom Quixote), que topa ir com ele descendo de níveis para forçar os prisioneiros a comerem o suficiente e deixarem para o próximo. Já que a solidariedade voluntária não funcionou, decidiram usar a violência, armados com uma faca e uma barra de ferro, vão descendo.Durante a descida, encontram o personagem Sr. Brambang (ator Eric Goode), velho conselheiro, que lhes dá a ideia de deixarem um dos pratos do banquete intacto para chegar como mensagem ao nível 0. Decidem-se pela panna cotta (sobremesa tipicamente italiana), prato pequeno e bonito, que faria pouca falta. No meio do filme, antes mesmo do aparecimento de Baharat, há uma cena em que os cozinheiros encontram um cabelo na panna cotta. Seria o cabelo de um dos dois e essa cena foi colocada fora de ordem? ? É uma hipótese, porém, se a mensagem conseguiu chegar, ela não foi sequer interpretada pelo nível 0.
Há um certo nível em que são severamente agredidos e acabam mais debilitados ainda. Dom quixote e Sancho Pança também são agredidos pelos lugares que passam, mas por motivos diferentes, nesse caso pelas mentiras inventadas pelo lunático cavaleiro, e o filme expõe a violência de uma maneira bem visceral, diferente do livro, que sempre trata com humor.Os últimos minutos do filme são bastante confusos. Ouvi muita gente reclamando por não ter entendido ou porque acharam ser  um filme “sem fim”. 
Chegando ao nível 333, encontram uma garotinha embaixo de uma cama. Seria a filha de Miharu? Fisicamente se parecem. Na cena dão a panna cotta à menina. Bahabat não resiste aos ferimentos e morre. Na última cena, Goreng alucina, como já havia feito outras vezes, em uma conversa com Trimagasi, e resolve usar a menina como mensagem, deixando-a na plataforma para subir e chegar ao nível 0. Ele então abandona a plataforma e segue em direção à escuridão. Morreu solitário e como um louco, assim como Dom Quixote, mergulhado em suas próprias ilusões.
A garota não existe. Essa é minha interpretação. Ela é fruto da mente perturbada e extremamente fragilizada de Goreng. Ao comer a panna cotta para não morrer, sua mente cria a menina como forma de conforto. Como poderia ela estar bem e limpa em relação aos outros ou mesmo viva naquela prisão?  Vejo a criança, como todas as crianças do mundo, como símbolo de esperança e mudança no futuro.
O filme dá abertura para uma longa explicação filosófica na qual não me estenderei, mas da qual  não posso negar a existência: Goreng seria inicialmente bom, mas o sistema o corrompeu (parafraseando o filósofo iluminista Rousseau) ou o homem é o lobo do homem, inclinado aos seus instintos, egoísta e mau, (parafraseando o filósofo inglês Hobbes) e a sociedade o molda pelo “contrato social”?
Sobre o filme não ter um fim, eu mesma não vejo possibilidade de ter um, pois sendo uma crítica ao capitalismo e nos sendo desconhecido o que vem após, não há motivo para ter fim, é uma prisão que ainda vivemos.
Para fechar minha análise, sugiro que você preste atenção à trilha sonora do filme: ela é praticamente inexistente, tudo que se ouve são sons do tilintar de talheres, copos e louças e um som semelhante ao de um ponteiro passando os minutos no relógio. Como nada no filme é em vão, o pouco som seria  para representar o vazio, a ausência de tudo e o fato de o único som acontecer  durante as refeições, elemento central do filme, significa que tudo gira em torno delas e da rapidez com que ela passa pelos níveis.
Como última sugestão,  sugiro a leitura de Dom Quixote de la Mancha,  romance clássico e muito divertido do escritor espanhol Miguel de Cervantes,  uma sátira às antigas novelas de cavalaria.
Há também a hipótese de que a garota exista. Qual foi sua interpretação? Conte para mim!
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vearr-blog1 · 7 years
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O texto
Chrétien compôs “Lancelot” por ordem da condessa Marie de Champagne. No texto narra as aventuras do nosso cavaleiro da charrete, que, por estar apaixonado, faz de tudo pela rainha Genebra. Durante uma festa no castelo do rei Arthur, já um rei velho, acompanhado de toda corte, um cavaleiro entra no castelo e anuncia que está aprisionando cavaleiros, damas e donzelas do reino e só os soltará se a rainha for levada até ele. Aproveitando essa situação o senescal e mordomo, Kai, pede dispensa de suas funções e diz que só mudará de ideia se puder levar a rainha. O rei, sem muitas escolhas, aceita a proposta.
Sir Gawain, sobrinho de Arthur, decide segui-los. No caminho encontra um cavaleiro indo a pé e vê mais adiante charretes, lugar em que se levam ladrões. Se aproximando do charreteiro, Gawain e o cavaleiro que encontrara perguntam se ele tinha visto passar a rainha, mas ele apenas dá um sinal para subir na charrete. O cavaleiro que ia a pé, por amor a rainha, sobe, já Gawain se nega a passar tal humilhação, então os segue no seu cavalo.
O charreteiro conduz os cavaleiros até o outro lado da cidade, onde uma donzela os abriga e revela que quem levou a rainha foi o cavaleiro Melegant. Então ela os ensina dois caminhos para chegar ao reino dele, a ponte-sob-água, a qual sir Gawain segue, e a ponte-da-espada, ponte tão estreita como uma lâmina, a qual Lancelot, cavaleiro da charrete, segue.
Na viagem do último cavaleiro, ele passa por um cemitério, onde há túmulos dos mais gloriosos cavaleiros e mais um grande túmulo trancado por uma enorme pedra, que tinha inscrita que quem a tirasse dali libertaria todos os prisioneiros daquela terra. Lancelot, prontamente, ergue a laje sem nenhum esforço, o que impressiona a todos. Tal ação é sem dúvida seu grande feito, por ter libertado tantos forasteiros e restabelecido, por isso, sua honra, já que havia dúvidas sobre ela após subir na charrete. Mas, para ele, não bastava, pois ainda devia libertar a rainha, então segue até a ponte-da-espada para atravessá-la.
O rei Bandemagnus, homem honroso e leal, junto de seu filho, Melegant, muito traiçoeiro, vê a travessia do cavaleiro. Quando Lancelot, finalmente, chega ao outro lado para buscar a rainha, o filho do rei não aceita e pede uma batalha, a qual é vencida por Lancelot, porém sem matar o rival, por bondade ao rei e obediência à sua rainha. Ainda não aceitando a derrota, Melegant pede revanche, que é marcada dali um ano no reino de Arthur.
Enfim Lancelot foi conduzido até a rainha, que o desprezou por diversão e disse que só voltaria com sir Gawain. O cavaleiro, desapontado, foi, prontamente, buscá-lo, acompanhado dos forasteiros que libertara. Entretanto, durante a busca, gente da terra de Bandemagnus prende Lancelot para agradar o rei, porém o rei não queria nada disso, e fica mais irritado pois chega aos seus ouvidos que os nativos mataram o cavaleiro. A rainha fica muito triste com essa notícia.
Mas Lancelot consegue voltar ao castelo e se acertar com a rainha Genebre. Os dois combinam de se encontrar na janela do quarto dela. Quando Lancelot vai ao local combinado, acaba se cortando e suja de sangue os lençóis do senescal, que fazia a guarda da rainha, e os dela, só que nem mesmo vê as manchas que deixou depois de passar a noite com sua amada. Pela manhã, Melegant vai até o quarto e, ao ver as manchas, acusa Kai de desonrar a rainha, esta nega, dizendo que sangrara pelo nariz na noite. Lancelot então aparece e pede para combater no lugar do senescal, para assim provar a honra dos dois, já que vencer uma batalha é como uma resposta divina.
Depois de derrotar Melegant, o cavaleiro da charrete se dirige à ponte-sob-água à procura de Gawain, que ainda não apareceu. Mas sua viagem foi, novamente, interrompida, desta vez por um anão que sequestrou Lancelot, mandado pelo cavaleiro derrotado. Pessoas que estavam acompanhando o cavaleiro encontram sir Gawain, que quase morrera após cair da ponte, e voltam ao reino para dar as novas notícias. Todos ficaram preocupados com o ocorrido e durante uma refeição receberam um valete que trazia recado de Lancelot, avisando que já havia voltado para casa.
Pela manhã, todos partiram para o reino de Arthur. Porém, chegando lá, se surpreenderam ao saber que Lancelot não estava no reino e logo compreenderam que tudo era uma mentira de quem o sequestrara. Damas, sabendo da volta da rainha, resolvem fazer um torneio a fim de arranjar casamento e pedem a presença da majestade. No reino de Bandemagnus, o senescal de Melegant, que mantém Lancelot no cárcere por ordem do seu senhor, conta ao prisioneiro do torneio e da presença da rainha, que emociona-o demais. A esposa do senescal, vendo a tristeza do cavaleiro, liberta ele para ir no torneio, com a condição de que volte depois de acabar as disputas.
Ele cavalga até o local e logo recebe um recado da rainha de que deve fazer a pior performance possível, parecendo covarde a todos e não sendo escolhido por nenhuma donzela para casar. Após as donzelas discutirem quem escolheriam, a rainha manda recado que ele deve fazer sua melhor performance e é obedecida. Lancelot é escolhido como melhor cavaleiro do torneio, mas não é coroado porque volta rapidamente à sua prisão, mantendo a palavra de cavaleiro.
Citações
“É que a Razão, separada de Amor, diz-lhe que evite subir. Ela ralha lhe ensina a nada fazer nem empreender que possa levar a desonra ou exprobração. Essa Razão não está no coração, mas na boca. Porém Amor está no coração encerrado e lhe manda e ordena que suba depressa à charrete. Amo assim quer, e o cavaleiro sobe. Não lhe importa a vergonha, pois Amor ordena e quer.” – narrador
“Que Deus tenha mercê de mim, não por orgulho o digo, se prefiro morrer com honra a viver com vergonha.” – Lancelot
“Sabe agora que lhe é desafiada a rainha. Mas é tão valente cavaleiro que não teme força e coragem de qualquer outro no mundo. Em verdade, se não fosse traidor e desleal não haveria melhor cavaleiro. Mas tinha um coração de pedra, sem doçura nem piedade. O rei estava jubiloso do que acabava de ver. O filho sentia grande tristeza. O rei sabia com certeza que esse que acabava de passar a ponte não tinha na igual na terra.” – narrador
“Nenhum outro além de vós jamais tentou tal empresa. Nenhum foi tão ousado para se meter em tal perigo. Sabei que vos aprecio mais por isso, pois que fizestes o que ninguém ousava realizar sequer em pensamento.” - Rei Bandemagus
“Quando Lancelot ouve chamar, não tarda a se voltar. Vira-se. Vê no alto a pessoa que, no mundo todo, mais desejava ver, sentada na bancada da janela. Desde o momento em que a avista não se move mais nem desvia o rosto.” – Narrador
“Se é verdade que a rainha amor Lancelot com amor ardente, ele a amou mil e mil vezes mais, pois seguramente amor desertou todos os outros corações para cumular a tal ponto o de Lancelot. Sim, nesse coração amor encontrou todo seu ardor, e se empobreceu em outros corações.” – Narrador
“Ao fazer-me honra me envergonhais: quando lá cheguei tudo estava terminado. Fui lento demais e fracassei. Lancelot é que chegou como devia ser. Ele adquiriu maior renome do que jamais teve cavaleiro algum.” – Gawain
“Cometemos grande erro em o desprezar e difamar. Ele venceu e sobrepujou todos os cavaleiros do mundo! A ele ninguém pode se comparar!” – Todos que dele zombaram
Curiosidades
Escrito por Chrétien de Troyes, é um romance arturiano (durante o reinado do Rei Artur);
Dizem que a história foi “encomendada” por Marie de Champagne, protetor de Chrétien, e que o mesmo não era entusiasta quanto a como esta se desenvolvia;
É uma novela de cavalaria, esse tipo de literatura teve formação no fim do Império Romano, pois ouve então abertura de espaço político e a busca da Igreja Romana de alcançar novos fiéis com o cristianismo, que era promulgado com as histórias dos valentes cavaleiros que lutavam pela fé cristã;
O cavaleiro estava ligado ao sistema de vassalagem, pois era fiel e obediente ao rei;
A figura do feiticeiro Merlin estava muito presente, mas diferente de como é representado atualmente em filmes, ele incorporava nas novelas um sentido sacerdotal, o universo criador e destruidor da natureza;
O elemento feminino traz para a história de Lancelot a ambiguidade entre bem e mal, e era parte da afirmação do herói;
Lancelot e todas as novelas de cavalaria foram baseadas no mito Celta, trazendo figuras da natureza como fadas e duendes;
Os torneios que ocorriam nessa literatura, em contexto da realidade da época, foram criados para ocupar os guerreiros, que não viviam sempre em guerra, e sua vida era permeada por bastante ócio;
Praticamente todas as novelas de cavalaria estavam ligadas ao reinado do Rei Artur e à busca do Santo Graal;
A marca do cristianismo está presente também em Excalibur, a espada que só poderia ser retirada da pedra pelo homem designado por Deus.
Avaliação
Lancelot, o cavaleiro da charrete,  é uma das novelas de cavalaria mais conhecidas pelo mundo, a qual rendeu diversas adaptações para o cinema. As aventuras do herói da história são instigantes e divertidas, causando, assim, uma vontade de ler rápido para descobrir se ele conseguiria ou não se dar bem. Esta obra é útil para se familiarizar com o contexto da época, o reinado do Rei Arthur, e com as características das novelas de cavalaria, as quais se fariam presentes posteriormente em Dom Quixote de La Mancha.
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amandaterras · 2 years
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A incapacidade da aspirante a escritora
Eu queria ser seu orgulho. Eu queria que você, ao me apresentar à quem quer que fosse, estivesse acompanhado de um sorriso, dizendo como sou seu tesouro por tais e tais motivos.
Eu não consigo sequer dizer um comentário bobo pra te fazer sorrir, mesmo tendo ele na ponta da minha língua. Eu não consigo aproveitar a sua presença, mesmo que ela faça, subitamente, eu querer me abrir de ponta a ponta, e te oferecer minha língua.
Eu tenho tanto pra falar, mas nada sai. Eu li mitologias, novelas de cavalaria, poetas barrocos. Você me pergunta por que você gosta disso e não sei como explicar meu gosto.
Espero que você pegue, um dia, um livro com meu nome na capa e saiba que, embora eu não tenha olhado para você por mais de quatro segundos, te encaixei em todas as minhas histórias, todos os meus sentimentos. Espero que você entenda que sou como uma caneta, pois me abro inteiramente quando escrevo, com meu corpo e alma; mas tudo isso só acontece na literatura, não sai do papel.
Nós poderíamos ter sido tanto, tanto um pro outro. Nós poderíamos ter vivido as histórias que eu apenas conto.
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jaimendonsa · 3 years
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e-book grátis: Coronel Chabert, Honoré de Balzac
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e-book grátis: Coronel Chabert, Honoré de Balzac
Para ler: https://bit.ly/3nx5hRG
'Le Colonel Chabert (Coronel Chabert), é uma novela de 1832 do romancista e dramaturgo francês Honoré de Balzac (1799-1850). Chabert se casa com Rose Chapotel, uma prostituta. Chabert se torna um oficial de cavalaria francêsa muito estimado por Napoleão Bonaparte. Depois de ser gravemente ferido na Batalha de Eylau (1807), o Coronel Chabert é registrado como morto e enterrado com outras baixas francesas. No entanto, ele sobrevive e depois de se libertar de sua própria sepultura é cuidado pelos camponeses locais. Leva vários anos para ele se recuperar. Retornando a Paris, ele descobre que sua viúva se casou com o alpinista social, Conde Ferraud, e liquidou todos os pertences de Chabert. No cenário político francês, a desordem do começo do século XIX, quando o Império cedia lugar à Restauração, cria uma dissonância ainda maior entre o protagonista e seu tempo. Despossado de seus bens e de seu nome, o antigo herói das guerras napoleônicas pede ajuda ao advogado Darville para se lançar com todas as forças em uma última batalha, pela retomada de sua identidade. Conhecido como um dos grandes escritores franceses e do mundo, Balzac dispensa comentários.
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fabioferreiraroc · 4 years
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Os 50 melhores livros da história da literatura
Para se chegar ao resultado fizemos uma compilação de listas publicadas por jornais, revistas e sites especializados em listas, mercado editorial e livros. O objetivo da pesquisa era identificar, baseado nestas listas, quais eram os melhores livros da história da literatura. Algumas das listas pesquisadas incluíam apenas romances, outras — livros não ficcionais. Algumas traziam apenas obras do século 20, outras — obras seminais, formadoras da cultural ocidental.
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Para se chegar ao resultado fizemos uma compilação de listas publicadas por jornais, revistas e sites especializados em listas, mercado editorial e livros. O objetivo da pesquisa era identificar, baseado nestas listas, quais eram os melhores livros da história da literatura. Algumas das listas pesquisadas incluíam apenas romances, outras — livros não ficcionais. Algumas traziam apenas obras do século 20, outras — obras seminais, formadoras da cultural ocidental. Após a seleção das listas, criamos uma base de dados para que todos os livros fossem pontuados igualmente independentemente do gênero ou período em que foi escrito.
Obviamente que listas são sempre incompletas, idiossincráticas. Sabe-se que, como a percepção, a opinião — que é a base de todas as listas —, é algo individual. De qualquer forma, os livros selecionados, se não são unanimidades entre as publicações pesquisadas (e possivelmente não serão entre os leitores), são referências incontestes da grandeza e importância da literatura para a humanidade.
O resultado não pretende ser abrangente ou definitivo, antes é apenas um reflexo da paixão de leitores e críticos que ajudaram a construir, com suas opiniões, um vasto guia literário que percorre mais de 2 mil anos de história. As sinopses são das respectivas editoras.
1 — Dom Quixote, Miguel de Cervantes, 1605
“Dom Quixote de La Mancha não tem outros inimigos além dos que povoam sua mente enlouquecida. Seu cavalo não é um alazão imponente, seu escudeiro é um simples camponês da vizinhança e ele próprio foi ordenado cavaleiro por um estalajadeiro. Para completar, o narrador da história afirma se tratar de um relato de segunda mão, escrito pelo historiador árabe Cide Hamete Benengeli, e que seu trabalho se resume a compilar informações. Não é preciso avançar muito na leitura para perceber que ‘Dom Quixote’ é bem diferente das novelas de cavalaria tradicionais — um gênero muito cultuado na Espanha do início do século 17, apesar de tratar de uma instituição que já não existia havia muito tempo. A história do fidalgo que perde o juízo e parte pelo país para lutar em nome da justiça contém elementos que iriam dar início à tradição do romance moderno — como o humor, as digressões e reflexões de toda ordem, a oralidade nas falas, a metalinguagem — e marcariam o fim da Idade Média na literatura.”
2 — Guerra e Paz, Liev Tolstói, 1869
“‘Milhões de pessoas praticaram, umas contra as outras, uma quantidade tão inumerável de crimes, embustes, traições, roubos, fraudes, falsificações de dinheiro, pilhagens, incêndios e assassinatos, como não se encontra nos autos de todos os tribunais do mundo em séculos inteiros. O que produziu tal acontecimento extraordinário?’. Empenhado em responder a esta pergunta, através da busca pela verdade histórica dos fatos, e em argumentar com os historiadores de sua época, que no seu entender resumiam os acontecimentos nas ações de algumas figuras poderosas, Liev Tolstói escreveu um dos maiores romances da literatura mundial. ‘Guerra e Paz’ descreve a campanha de Napoleão Bonaparte na Rússia e estende-se até o ano de 1820. Baseado em meticulosa e exaustiva pesquisa — com fontes que vão dos estudos do francês Adolphe Thiers e do russo Mikháilovski-Danílevsk a testemunhos orais —, Tolstói reconta os episódios que culminaram na derrota francesa e retrata, à sua maneira, personagens reais, como o próprio Napoleão e uma série de comandantes militares.”
3 — A Montanha Mágica, Thomas Mann, 1924
“Neste clássico da literatura alemã, Mann renova a tradição do Bildungsroman — o romance de formação — a partir da trajetória do jovem engenheiro Hans Castorp. Durante uma inesperada estadia em um sanatório para tuberculosos, Hans relaciona-se com uma miríade de personagens enfermos que encarnam os conflitos espirituais e ideológicos que antecedem a Primeira Guerra Mundial. Um dos grandes testamentos literários do século 20 e uma das obras inesgotáveis da ficção ocidental.”
4 — Cem Anos de Solidão, Gabriel García Márquez, 1967
“‘Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendia havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer a fábrica de gelo’… Com essa frase antológica, García Márquez, Prêmio Nobel de Literatura de 1982, introduz a fantástica Macondo, um vilarejo situado em algum recanto do imaginário caribenho, e a saga dos Buendia, cujo patriarca, Aureliano, fez 32 guerras civis… e perdeu todas. García Márquez já despontava como um dos mais importantes escritores latino-americanos, no início da década de 1970, quando ‘Cem Anos de Solidão’ começou a ganhar público no Brasil. O livro causou enorme impacto. Na época, o continente estava pontilhado de ditaduras. Havia um sentimento geral de opressão e de impotência. Então, essa narrativa em tom quase mítico, em que o tempo perde o caminho, em que os episódios testemunhados e vividos acabam se incorporando às lendas populares, evoca nos leitores uma liberdade imemorial, que não pode ser arrebatada. E tão presente. Tão familiar e necessária.”
5 — Ulisses, James Joyce, 1922
“Um homem sai de casa pela manhã, cumpre com as tarefas do dia e, pela noite, retorna ao lar. Foi em torno desse esqueleto enganosamente simples, quase banal, que James Joyce elaborou o que veio a ser o grande romance do século 20. Inspirado na ‘Odisseia’, de Homero, ‘Ulysses’ é ambientado em Dublin, e narra as aventuras de Leopold Bloom e seu amigo Stephen Dedalus ao longo do dia 16 de junho de 1904. Tal como o Ulisses homérico, Bloom precisa superar numerosos obstáculos e tentações até retornar ao apartamento na rua Eccles, onde sua mulher, Molly, o espera. Para criar esse personagem, Joyce misturou numerosos estilos e referências culturais, num caleidoscópio de vozes que tem desafiado gerações de leitores e estudiosos ao redor do mundo. O culto em torno de ‘Ulysses’ teve início antes mesmo de sua publicação em livro, quando trechos do romance começaram a aparecer num jornal literário dos EUA. Por conta dessas passagens, ‘Ulysses’ foi banido nos Estados Unidos, numa acusação de obscenidade, dando início a uma longa pendenga legal, que seria resolvida apenas 11 anos depois, com a liberação do romance em solo americano.”
6 — Em Busca do Tempo Perdido, Marcel Proust, 1913
“Ciclo de sete romances do escritor francês, inter-relacionados e com um só narrador, dos quais os três últimos são póstumos: ‘O Caminho de Swann’, ‘À Sombra das Raparigas em Flor’, ‘O Caminho de Guermantes’, ‘Sodoma e Gomorra’, ‘A Prisioneira’, ‘A Fugitiva’ e ‘O Tempo Redescoberto’. São dezenas de personagens que se cruzam em histórias de amor, ciúmes e inveja, na França da Belle Époque. A narrativa vai passando do detalhe ao painel e do painel ao detalhe sem projeções definidas, num constante reajuste de tudo aquilo que nunca será perfeitamente ajustado. A obra é um retrato da sociedade de uma época, um mergulho no universo da burguesia francesa que permite que o leitor sinta as divergências entre nobres e burgueses.”
7 — A Divina Comédia, Dante Alighieri, 1321
“Texto fundador da língua italiana, súmula da cosmovisão de toda uma época, monumento poético de rigor e beleza, obra magna da literatura universal. É fato que a ‘Comédia’ merece esses e muitos outros adjetivos de louvor, incluindo o “divina” que Boccaccio lhe deu já no século 14. Mas também é certo que, como bom clássico, este livro reserva a cada novo leitor a prazerosa surpresa de renascer revigorado, como vem fazendo de geração em geração há quase 700 anos.”
8 — O Homem sem Qualidades, Robert Musil, 1930-1943
“Nesta que é considerada uma das obras literárias mais importantes do século 20, o autor Robert Musil tece uma intrincada trama centralizada em Ulrich. O personagem principal vive diversas experiências, viaja ao exterior e, às vésperas da Primeira Guerra Mundial, retorna a Viena. Também, convive com os mais diversos tipos humanos, matéria de que se ocupa boa parte do livro. Esta obra de difícil classificação mostra, sobretudo, a decadência dos valores vigentes até o início do século 20, marcando a perda de posição da Europa na decisão dos rumos políticos e econômicos mundiais.”
9 — O Processo, Franz Kafka, 1925
“A história de Josef K. atravessa os anos sem perder nada do seu vigor. Ao contrário, a banalização da violência irracional no século 20 acrescentou a ela o fascínio dos romances realistas. Na sua luta para descobrir por que o acusam, por quem é acusado e que lei ampara a acusação, K. defronta permanentemente com a impossibilidade de escolher um caminho que lhe pareça sensato ou lógico, pois o processo de que é vítima segue leis próprias: as leis do arbítrio.”
10 — O Som e a Fúria, William Faulkner, 1929
“Este romance, finalizado em 1929, marca o início da chamada ‘segunda fase’ da carreira de William Faulkner e é considerado sua obra mais importante. Vinte anos depois, o autor se consagraria definitivamente, ao receber o Prêmio Nobel de Literatura. O ambiente da escritura de Faulkner é o sul dos Estados Unidos, escravocrata e derrotado na Guerra da Secessão. O som e a fúria narra a agonia de uma família da velha aristocracia sulista, os Compson, entre os dias 2 de julho de 1910 e 8 de abril de 1928. Um apêndice, acrescentado pelo escritor em 1946, fornece outras informações sobre a história dos Compson entre 1699 e 1945. Assim, é possível afirmar que o grande personagem desta obra-prima é o tempo, o que lhe confere interesse universal.”
11 — Crime e Castigo, Fiódor Dostoiévski, 1866
12 — Orgulho e Preconceito, Jane Austen, 1813
13 — Anna Kariênina, Liev Tolstói, 1877
14 — Grande Sertão: Veredas, Guimarães Rosa, 1956
15 — O Leopardo, Tomaso di Lampedusa, 1958
16 — Édipo Rei, Sófocles, 427 a.c.
17 — 1984, George Orwell, 1949
18 — O Castelo, Franz Kafka, 1926
19 — As Asas da Pomba, Henry James, 1902
20 — Ilíada e Odisseia, Homero, século 8 a.c.
21 — A Vida e as Opiniões do Cavalheiro Tristram Shandy, Laurence Sterne, 1759
22 — Doutor Fausto, Thomas Mann, 1947
23 — Lolita, Vladímir Nabókov, 1955
24 — Enquanto Agonizo, William Faulkner, 1930
25 — A Morte de Virgílio, Hermann Broch, 1945
26 — Os Lusíadas, Luís de Camões, 1572
27 — O Homem Invisível, Ralph Ellison, 1952
28 — Hamlet, William Shakespeare, 1603
29 — Finnegans Wake, James Joyce, 1939
30 — Rumo ao Farol, Virginia Woolf, 1927
31 — Pedro Páramo, Juan Rulfo, 1955
32 — As Três Irmãs, Anton Tchekhov, 1901
33 — Pais e Filhos, de Ivan Turguêniev, 1862
34 — Contos da Cantuária, Geoffrey Chaucer, século 15
35 — As Viagens de Gulliver, Jonathan Swift, 1726
36 — Folhas de Relva, Walt Whitman, 1855
37 — Middlemarch, George Eliot, 1874
38 — O Apanhador no Campo de Centeio, J. D. Salinger, 1951
39 — O Lobo da Estepe, Herman Hesse, 1927
40 — O Grande Gatsby, Scott Fitzgerald, 1925
41 — A Peste, Albert Camus, 1947
42 — O Mestre e Margarida, Mikhail Bulgákov, 1940
43 — As Vinhas da Ira, John Steinbeck, 1939
44 — Memórias de Adriano, Marguerite Yourcenar, 1951
45 — Paralelo 42, John dos Passos, 1930
46 — Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley, 1932
47 — O Jogo da Amarelinha, Julio Cortázar, 1963
48 — A Náusea, Jean-Paul Sartre, 1938
49 — A Invenção de Morel, Adolfo Bioy Casares, 1940
50 — Memorial do Convento, José Saramago, 1982
Os 50 melhores livros da história da literatura Publicado primeiro em https://www.revistabula.com
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Minha base, minha família... Podemos andar sem tênis, com os pés no chão, mas em todo instante estaremos sob a proteção e abaixo do Manto de Nossa Mãe... Jorge sentou praça em sua cavalaria e eu estou feliz pois somos da sua companhia ... ME ACOMPANHA NÃO!!! POIS NÃO SOU NOVELA! https://www.instagram.com/p/CC2YvTph-nU/?igshid=9lxvlsplaehp
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zletokan · 7 years
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Motivação
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Tudo é uma questão da motivação certa, diz uma amiga que adora a desgraça alheia.
Há dois anos estava voltando a pedalar depois de meses longe da bicicleta cuidando de uma lesão no piriforme. Depois de meses longe da bicicleta o que você mais quer é ficar longe da bicicleta. Você se dá conta de algumas horas que antes pareciam escondidas e o dia passa a ter duas, três horas a mais e você pode ocupá-las todas dormindo tranquilamente.
Mas depois que a dor acabou, era hora de voltar pra labuta, porque como é na vida, na bicicleta você precisa continuar pedalando para manter o equilíbrio. Einstein disse o contrário porque trocou o referencial.
E eu voltei, voltei e voltei. Estive voltando por um tempo, mas num dia chovia, noutro dormia. Tinha vezes que só não queria, outros, combinava e não ia. Era muito cedo, ou já tinha ficado tarde. Queria ver a novela à noite, ou ler uma novela de manhã. Às vezes era fase de muito trabalho, outras de muita preguiça.
Não faltavam motivos para desmotivar. Acordava com o que acha ser vontade de pedalar, mas confundia as vontades, ia ao banheiro e passava.
Foi por aí, em algum lugar entre uma subida arrastada da Mesa do Imperador e uma volta sem vontade no Aterro do Flamengo que o Rodrigo Hilbert apareceu na minha vida.
Descobri que o cara pedalava e tinha Strava. Escolhi um segmento qualquer, vi o seu tempo e me embrenhei contra esse moinho. A partir daquela hora, eu tinha uma luta traçada, um desafio imposto, um bobagem imaginada. Ou, na nomenclatura esportiva atual emprestada dos palestrantes empresariais esportivos modernos, eu tinha uma meta, um objetivo. Só não tinha um plano.
O segmento poderia ter sido outro, mas foi o que chamamos de Bombeiro-Mesa, que liga o Alto da Boa Vista à Mesa do Imperador. É uma subida leve, de 4,5 km, com duas pequenas descidas e muitas curvas. A combinação dessas duas descidas, todas as 27 curvas e a pouca inclinação faz desse um percurso ideal para se ter a sensação de grande esforço, mesmo com baixa velocidade.
Foi na segunda parte desse trecho, depois da bifurcação da estrada que vem da Casa do Prefeito, onde mora o prefeito, que pedalei com o multi ganhador do Tour de France Chris Froome. Essa é uma história fantástica, senão fantasiosa, que ainda não me atrevi a contar para não parecer mentiroso. Também acho que ele não contou para ninguém.
Quando bem pedalado, chega-se do Bombeiro à Mesa em 11 minutos e alguma coisa. É um esforço intenso, mas curto.
Comecei, então, a baixar meu tempo, me aproximando do alvo. De vez em quando, lá ia eu de novo fazer força para ser mais rápido que o Hilbert, fingindo que isso importava. Estava cada vez mais perto. Nas madrugadas sonolentas do Aterro aquele minuto que ainda faltava gritava alto no meu ouvido. Nas subidas semanais da Vista Chinesa, os segundos de diferença me empurravam para cima.
Passavam-se umas semanas, ou meses talvez, e eu tentava de novo. Ganhava mais uns segundos no meu recorde pessoal, mas ainda atrás do global. O tempo passava e tive medo de não conseguir antes dele ir para a Record. Segui nessa empreitada e isso me motivou. Depois esqueci, mas continuei pedalando.
Foi só essa semana que, finalmente, os astros se alinharam e o universo inteiro conspirou para que acontecesse. O Universo tinha muita coisa para resolver antes disso.
Estávamos no Vale Encantado e o Serginho deu uma ideia, como se fosse uma qualquer. O que acham de fazer Bombeiro-Mesa forte?!
Desculpa, Hilbert, mas seus dias acabaram.
Sem titubear, não só respondi que sim, claro, só se for agora, como aumentei a pilha. Danilo e Heleno pareceram meio relutantes, mas quando o Sérgio fizesse a primeira aceleração, como sempre faz, eles não se fariam de rogados.
Então foi isso, saí para esbagaçalhar o Hilbert, protegido por uma cavalaria de luxo. Era certo que eles seriam muito mais rápidos do que eu, mas eu só queria ser mais rápido do que ele. Se conseguisse ficar perto deles, um minuto só atrás deles, eu estaria na frente.
O virtual partner do Garmin, que é uma espécie de alucinógeno, me mostrava o Hilbert 1 segundo à frente. Mas ele estava acelerando e quando chegou a CEDAE, acelerou de verdade. A diferença aumentou para 4 segundos e pela tocada ele iria me deixar. Não, senhor! Não hoje. Aumentei a cadência até queimar e quando embalou, pesei a marcha e voltei a encostar.
Agora estava roda a roda, naquela posição incômoda, de disputa explícita de força. Ficamos assim por uns segundos, até o começo da última descida. Entrei primeiro na descida e pude controlar a velocidade sem muito risco.
Na saída da descida olhei para o alucinógeno e estava quase 10 segundos à frente. Aí acelerei! Forcei o pedal o que dava, entrei deitando na curva da chegada, e levantei para o sprint do quebra mola.
Último trago no alucinógeno e estava certo, não ia nem precisar de photo finish. Eu ganhei do Rodrigo Hilbert.
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saladeestudos-blog1 · 7 years
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Português Literatura - Trovadorismo
            Trovadorismo foi um movimento literário e poético que surgiu na Idade Média no século XI. Foi o primeiro movimento literário da língua portuguesa, pois dele surgiram as primeiras manifestações literárias. As cantigas são os principais registros da época, tradicionalmente divididas em cantigas de amor, de amigo, escárnio e maldizer. O Trovadorismo português teve seu apogeu durante o período, de cerca de 150 anos, que vai, genericamente, de finais do século XII a meados do século XIV. As cantigas medievais situam-se, historicamente, nas alvores das nacionalidades ibéricas, sendo, em grande parte contemporâneas da chamada Reconquista cristã, que nelas deixa, aliás, numerosas marcas; entrou em declínio no século XIV.              Surgiu no mesmo período em que Portugal começou a despontar como nação independente, no século XII; porém, as suas origens deram-se na Occitânia, de onde se espalhou por praticamente toda a Europa. Apesar disso, a lírica medieval galego-português possuiu características próprias, uma grande produtividade e um número considerável de autores conservados. Marcou-se o início do Trovadorismo na península ibérica com a Cantiga da Ribeirinha, em 1198 ou 1189.
                           As origens do Trovadorismo              São admitidas quatro teses fundamentais para explicar a origem do trovadorismo: a tese arábica, que considera a cultura arábica como sua velha raiz; a tese folclórica, que a julga criada pelo próprio povo; a tese médio-latinista, segundo a qual essa poesia teria origem na literatura latina produzida durante a Idade Média; e, por fim, a tese litúrgica, que a considera fruto da poesia litúrgico-cristã elaborada na mesma época. Todavia, nenhuma das teses citadas é suficiente em si mesmo, deixando-nos na posição de aceitá-las conjuntamente, a fim de melhor abarcar os aspectos constantes desta poesia.              A mais antiga manifestação literária galaico-portuguesa que se pode datar é a cantiga “Ora faz host’o senhor de Navarra”, do trovador português João Soares de Paiva ou João Soares de Pávia, composta provavelmente por volta do ano 1200. Por essa cantiga ser a mais antiga datável (por conter dados históricos precisos), convém datar daí o início da Lírica medieval galego-portuguesa (e não, como se supunha, a partir da “Cantiga de Guarvaia”, composta por Paio Soares de Taveirós, cuja data de composição é impossível de apurar com exatidão, mas que, tendo em conta os dados biográficos do seu autos, é certamente bastante posterior). Este texto também é chamado de “Cantiga da Ribeirinha” por ter sido dedicada à Dona Maria Paes Ribeiro, a ribeirinha. De 1200, a Lírica galego-portuguesa se estende até meados do século XIV, sendo usual referir como termo o ano de 1350, data do testamento do Conde D. Pedro Afonso de Barcelos, filho primogênito bastardo de D. Dinis, ele próprio trovador e provável compilador das cantigas (no testamento, D. Pedro lega um “Livro das Cantigas” a seu sobrinho, D. Afonso XI de Castela).              Trovadores eram aqueles que compunham as poesias e as melodias que as acompanhavam, e cantigas são as poesias cantadas. A designação “trovador” aplicava-se aos autores de origem nobre, sendo que os autores de origem vilã tinham o nome de jogral, termo que designava igualmente o seu estatuto de profissional (em contraste com o trovador). Ainda que seja coerente a afirmação de que quem tocava e cantava as poesias eram os jograis, é muito possível que a maioria dos trovadores interpretasse igualmente as suas próprias composições.              A mentalidade da época baseada no teocentrismo serviu como base para a estrutura da cantiga de amigo, em que o amor espiritual e inatingível é retratado. As cantigas, primeiramente destinadas ao canto, foram depois manuscritas em cadernos de apontamentos, que mais tarde foram postas em coletâneas de canções chamadas Cancioneiros (livros que reuniam grande número de trovas). São conhecidos três Cancioneiros galego-portugueses: o “Cancioneiro da Ajuda”, o “Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa” (Colocci-Brancutti) e o “Cancioneiro da Vaticana”. Além disso, há um quarto livro de cantigas dedicadas à Virgem Maria pelo rei Afonso X de Leão e Castela, O Sábio. Surgiram também os textos em prosa de cronistas como Rui de Pina, Fernão Lopes e Gomes Eanes de Zurara e as novelas de cavalaria, como a demanda do Santo Graal.
                           Classificação das cantigas              Com base na maioria das cantigas reunidas nos cancioneiros, podemos classificá-las da seguinte forma:              A CANTIGA DE AMOR              O cavalheiro dirige-se à mulher amada como uma figura idealizada, distante. O poeta, na posição do fiel vassalo, se põe a serviço de sua senhora, dama da corte, tornando esse amor em um sonho, distante, impossível. Mas nunca consegue conquistá-la, porque eles pertencem a diferentes níveis sociais.              Neste tipo de cantiga, originária de Provença, no sul de França, o eu-lírico é masculino e sofredor. Sua amada é chamada de senhor (as palavras terminadas em or como senhor ou pastor, em galego-português não tinham feminino). Canta as qualidades de seu amor, a “minha senhor”, a quem ele trata como superior relevando sua condição hierárquica. Ele canta a dor de amar e está sempre acometido da “coita”, palavra frequente nas cantigas de amor que significa “sofrimento por amor”. É à sua amada que se submete e “presta serviço”, por isso espera benefício (referido como o bem nas trovas).              Essa relação amorosa vertical é chamada “vassalagem amorosa”, pois, reproduz as relações dos vassalos com os seus senhores feudais. Sua estrutura é mais sofisticada.              São tipos de Cantiga de Amor:              Cantiga de Meestria: é o tipo mais difícil de cantiga de amor. Não apresenta refrão, nem estribilho, nem repetições (diz respeito à forma).              Cantiga de Tense ou Tensão: diálogo entre cavaleiros em tom de desafio. Gira em torno da mesma mulher.              Cantiga de Pastorela: trata do amor entre pastores (plebeus) ou por uma pastora (plebeia).              Cantiga de Plang: cantiga de amor repleta de lamentos.              Eu-lírico masculino              Assunto Principal: o sofrimento amoroso do eu-lírico perante uma mulher idealizada e distante.              Amor cortês; vassalagem amorosa.              Amor impossível.              Ambientação aristocrática das cortes.              Forte influência provençal.              Vassalagem amorosa (o eu-lírico usa o pronome de tratamento “senhor”).
             A CANTIGA DE AMIGO              São cantigas de origem popular, com marcas evidentes da literatura oral (reiterações, paralelismo, refrão, estribilho), recursos esses próprios dos textos para serem cantados e que propiciam facilidade na memorização. Esses recursos são utilizados, ainda hoje, nas canções populares.              Este tipo de cantiga, que não surgiu em Provença como as outras, teve suas origens na Península Ibérica. Nela, o eu-lírico é uma mulher (mas o autor era masculino, devido à sociedade feudal e o restrito acesso ao conhecimento da época), que canta seu amor pelo amigo (isto é, namorado), muitas vezes em ambiente natural, e em muitas vezes também em diálogo com sua mãe ou suas amigas. A figura feminina que as cantigas de amigo desenham é, pois, a da jovem que se inicia no universo do amor, por vezes lamentando a ausência do amado, por vezes cantando a sua alegria pelo próximo encontro. Outra diferença da cantiga de amor, é que nela não há relação Suserano x Vassalo, ela é uma mulher do povo. Muitas vezes tal cantiga também revelava a tristeza da mulher, pela ida de seu amado à guerra.              Eu lírico feminino.              Presença de paralelismos.              Predomínio da musicalidade.              Assunto Principal: saudade.              Amor natural, espontâneo e possível.              Ambientação popular rural ou urbana.              Influência da tradição oral ibérica.              Deus é o elemento mais importante do poema.              Pouca subjetividade.
             A CANTIGA DE ESCÁRNIO              Em cantiga de escárnio, o eu-lírico faz uma sátira a alguma pessoa. Essa sátira era indireta, cheia de duplos sentidos. As cantigas de escárnio definem-se, pois, como sendo aquelas feitas pelos trovadores para dizer mal de alguém, por meio de ambiguidades, trocadilhos e jogos semânticos, em um processo que os trovadores chamavam “equívoco”. O cômico que caracteriza essas cantigas é predominantemente verbal, dependente, portanto, do emprego de recursos retóricos. A cantiga de escárnio exigindo unicamente a alusão indireta e velada, para que o destinatário não seja reconhecido, estimula a imaginação do poeta e sugere-lhe uma expressão irônica, embora, por vezes, bastante mordaz.              Crítica indireta, normalmente a pessoa satirizada não é identificada.              Linguagem trabalhada, cheia de sutilezas, trocadilho e ambiguidades.              Ironia.
             A CANTIGA DE MALDIZER              Ao contrário da cantiga de escárnio, a cantiga de maldizer traz uma sátira direta e sem duplos sentidos. É comum a agressão verbal à pessoa satirizada, e muitas vezes, são utilizados até palavras de baixo calão. O nome da pessoa satirizada pode ou não ser revelado.               Crítica direta, geralmente a pessoa satirizada é identificada.              Linguagem agressiva, direta, por vezes obscena.              Zombaria.              Linguagem culta.
- Wikipédia
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berensaats · 7 years
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“everything you do makes me love you a little bit more.” (for martena!!)
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Ali estava ele novamente. O sorrisinho desconcertado que parecia perseguir seus lábios na presença de Martin, levando seu olhar ao chão para escapar do dele. Não era culpa sua se o rapaz parecia ter sempre as palavras certas — que, ah, deveriam ser tão erradas! — na ponta de sua língua, atirando-as sobre ela sem jamais aviso prévio, sem hora marcada que ela pudesse identificar. Havia muito tempo que Elena desfizera-se de sonhos idílicos inflamados por novelas de cavalaria; de fato, parecia haver perdido por completo sua capacidade de concebê-los. Mesmo assim, ali estava Martin, como um simulacro daqueles nobres cavaleiros para ameaçar todas as determinações que desenvolvera com o passar dos anos. Apenas mais humano. Elena preferia-o assim. Com uma mão em seu peito, como que em busca de apoio, ergueu os olhos novamente, tornando a encará-lo. “I don’t believe all my actions are worthy of such a gift,” murmurou, quase uma confissão. “Nor do I know if this is a blessing or a curse that has fallen upon us,” o sorriso esvaiu-se de seu rosto, substituído por uma sombra de angústia igualmente comum. Deus sabia que já havia dado mais de si a Martin do que deveria, do que poderia. E, mesmo assim, não conseguia deixá-lo ir. Como poderia quando suas palavras sempre desarmavam-no por completo? Fazê-lo iria destruí-la. Não obstante, era só questão de tempo. @1x1khaleesi
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Como a mulher é narrada nos escritos literários?
Hoje é um dia mais que especial, não gosto muito de dias específicos, pois a impressão que passa é que se comemora na data e, os demais dias, voltam ao normal em relação a visão, neste caso sobre mulher.
Costumo dizer que a Literatura é a junção de uma história perdida ou prescrita em um tempo e em um espaço. Além de transmitir ou retransmitir um relato dentro de um contexto, refletido a si mesmo, trazendo a filosofia, e direcionado a um coletivo, ressaltando a sociologia. Com as esferas disciplinares, a Literatura é uma ciência que emociona, que se perpetua e que enriquece um povo com suas determinadas culturas. Através dos escritos, podemos visualizar a história de um povo, reconhecer a cultura e enriquecer sua trajetória. Em uma de minhas aulas, estávamos relacionando a mulher nos escritos de Álvares de Azevedo a dos escritos de Castro Alves, e chegamos em várias indagações as quais pretendo trabalhar aqui, mas a principal: Como a mulher é narrada nos escritos literários?
Tudo começou na Grécia. Havia um casamento em andamento no Olimpo, de Peleu e Tétis, mas Éris, a deusa da discórdia não foi convidada, com a missão de estragar tudo, enviou um pomo todo dourado com um escrito “para a mais bela”. A confusão foi armada, pois as três deusas mais poderosas como Hera, Afrodite e Atena começaram a disputar e nenhum deus quisera decidir. Nem Zeus, o todo poderoso, quis entrar nesta discussão. Será que ele sabia que com mulher não se discute, nem se contraria? Será que estas indagações ainda são presentes? Pois bem, o fardo foi passado para um mortal, Páris, filho do rei Príamo, de Troia.
As divindades apareceram e cada uma ofereceu algo em troca do voto de ser a mais bela, uma a vitória em uma grande guerra, a outra o único rei da Europa e da Ásia, mas uma garantiu uma mulher, a mais bela do mundo dos mortais, e em qual ele optou? O que ela esqueceu de mencionar é que a mulher mais bela era casada. O que nos leva a várias interpretações, uma delas é que os antigos tratavam a questão do amor como algo divino e a mulher como uma divindade, uma prova disso? Passados alguns séculos a frente, temos o homem como submisso a amada. O sofrimento do amor era necessário, pois a mulher era intocada, acima, por isso uma relação de vassalagem entre eles. Não eram feitos poemas, mas cantigas com todo o sentimentalismo de adoração à mulher.
A coisa começa a mudar a partir do século XVI, mas o que temos certeza é que quem ama, trata a mulher com muito respeito, levando ao Romantismo, mas quem se vira para o ser humano e traz a doença de possuir, como diziam os naturalistas, não faziam muita questão do amor e nem da amada. O bom era o ter.
Ficamos em uma divisão constante a partir deste século, pois os anteriores tinha a consciência de que o amor levava a perfeição moral, firmado nas novelas de cavalarias a partir do século XI.
Com a materialização, o homem deixou de sentir, passou a agarrar no que vê e não no que sente. A relação amorosa era tratada como uma consequência de relacionamentos e preservação da espécie. Uma prova disso, são os romances do século XIX, como O Cortiço, onde as relações amorosas são descritas como verdadeiras máscaras para envolvimentos pessoais, como o caso de Rita e Jerônimo e João Romão e Zulmira. Os realistas enxergam a mulher como uma mercadoria que é consumida, e os românticos como parte do corpo. A falta do amor, da mulher, faz o homem cometer loucuras e arriscar sua própria vida para salvar a da amada, como o caso do Índio Peri, em O Guarani.
Neste século, podemos concluir dois caminhos sobre a mulher, a amada e a possuída, no sentido de posse do outro mesmo. Os românticos fazem de tudo para ver um sorriso na amada e os realistas para sentir o corpo.
Machado de Assis caricatura a mulher, apresentando-a como a causadora do caos e perturbação do homem realista. Podemos confirmar por diversas narrativas de sua autoria, como A Cartomante, onde Vilela foi capaz de matar seu amigo de infância e sua mulher por traição. Dom Casmurro, o Bentinho vivendo amargurado e indagado pela dúvida que além de corroer a alma, devora a mente. Em algumas passagens, podemos dizer que a mulher é diabólica. Será? Sempre declinando o homem ao fundo do poço por uma. Mostrando que não vale a pena se sujeitar a ela. Contrário dos românticos que ao invés de machucar a amada, machuca-se, pois é mais fácil morrer por amor do que viver sem ele. Dizendo e gritando a todos que a mulher (amor) faz parte do seu mundo e da sua alma.
Andando um pouco mais, podemos visualizar a mulher em dois contos, O Amor de Clarice Lispector e a Moça Tecelã, de Marina Colassante. No primeiro, a personagem Ana se vê em um dilema. Será que é feliz? Será que sua vida é a que queria? Levando-nos a reconhecer que a mulher do século XX já tinha opção de escolha e que tudo que tivera até ali foi escolhido por ela, como o casamento, algo que fugia das mãos dela no século anterior, a casa, móveis e até a rotina. Ela se depara em um conflito de que, e se não tivesse nada disso? Seria mais feliz? A história do século, faz o dia se encerrar e nossa querida personagem voltando para onde sempre esteve, ao lado dos seus filhos e de seu marido. Constatando que a mulher deste século era menos propensa a mudanças. Dando um ar de covardia. Já em A Moça Tecelã, nossa protagonista tem uma vida rotineira e que já fazia o que gostava, até que se sente sozinha, resolveu, então, arrumar um marido que aos poucos acabou com sua alegria de trabalhar e conviver casada, dando-nos a impressão de que o homem também pode acabar com a vida da mulher, mas com um tempero diferente, retrata que ela age, diferente da mulher do século anterior que apenas pensava. Age, separa-se, perde tudo e recomeça. Mostrando que a mulher deste século, a do século XXI, admite seus erros, conserta-os e recomeça quantas vezes for preciso e sempre tenta ser feliz.
Com isso, fecho dizendo sobre a mulher deste século, como provado é ela quem escolhe tudo e não tem medo de errar e recomeçar, prova disso é a obra “50 tons” que deixa claro que a mulher só apanha se quiser, que se submete a fazer diferentes coisas se estiver com vontade e que se for preciso começa outra vez, porque ela pode, ela manda, ela escolhe.
 Feliz dia da mulher!
 Sobre o autor:
Alex de França Aleluia é professor de Literatura em escolas particulares, membro da Academia de Letras do Brasil e escritor.
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Os 50 melhores livros da história da literatura
Para se chegar ao resultado fizemos uma compilação de listas publicadas por jornais, revistas e sites especializados em listas, mercado editorial e livros. O objetivo da pesquisa era identificar, baseado nestas listas, quais eram os melhores livros da história da literatura. Algumas das listas pesquisadas incluíam apenas romances, outras — livros não ficcionais. Algumas traziam apenas obras do século 20, outras — obras seminais, formadoras da cultural ocidental. Após a seleção das listas, criamos uma base de dados para que todos os livros fossem pontuados igualmente independentemente do gênero ou período em que foi escrito.
Obviamente que listas são sempre incompletas, idiossincráticas. Sabe-se que, como a percepção, a opinião — que é a base de todas as listas —, é algo individual. De qualquer forma, os livros selecionados, se não são unanimidades entre as publicações pesquisadas (e possivelmente não serão entre os leitores), são referências incontestes da grandeza e importância da literatura para a humanidade.
O resultado não pretende ser abrangente ou definitivo, antes é apenas um reflexo da paixão de leitores e críticos que ajudaram a construir, com suas opiniões, um vasto guia literário que percorre mais de 2 mil anos de história. As sinopses são das respectivas editoras.
1 — Dom Quixote, Miguel de Cervantes, 1605
“Dom Quixote de La Mancha não tem outros inimigos além dos que povoam sua mente enlouquecida. Seu cavalo não é um alazão imponente, seu escudeiro é um simples camponês da vizinhança e ele próprio foi ordenado cavaleiro por um estalajadeiro. Para completar, o narrador da história afirma se tratar de um relato de segunda mão, escrito pelo historiador árabe Cide Hamete Benengeli, e que seu trabalho se resume a compilar informações. Não é preciso avançar muito na leitura para perceber que ‘Dom Quixote’ é bem diferente das novelas de cavalaria tradicionais — um gênero muito cultuado na Espanha do início do século 17, apesar de tratar de uma instituição que já não existia havia muito tempo. A história do fidalgo que perde o juízo e parte pelo país para lutar em nome da justiça contém elementos que iriam dar início à tradição do romance moderno — como o humor, as digressões e reflexões de toda ordem, a oralidade nas falas, a metalinguagem — e marcariam o fim da Idade Média na literatura.”
2 — Guerra e Paz, Liev Tolstói, 1869
“‘Milhões de pessoas praticaram, umas contra as outras, uma quantidade tão inumerável de crimes, embustes, traições, roubos, fraudes, falsificações de dinheiro, pilhagens, incêndios e assassinatos, como não se encontra nos autos de todos os tribunais do mundo em séculos inteiros. O que produziu tal acontecimento extraordinário?’. Empenhado em responder a esta pergunta, através da busca pela verdade histórica dos fatos, e em argumentar com os historiadores de sua época, que no seu entender resumiam os acontecimentos nas ações de algumas figuras poderosas, Liev Tolstói escreveu um dos maiores romances da literatura mundial. ‘Guerra e Paz’ descreve a campanha de Napoleão Bonaparte na Rússia e estende-se até o ano de 1820. Baseado em meticulosa e exaustiva pesquisa — com fontes que vão dos estudos do francês Adolphe Thiers e do russo Mikháilovski-Danílevsk a testemunhos orais —, Tolstói reconta os episódios que culminaram na derrota francesa e retrata, à sua maneira, personagens reais, como o próprio Napoleão e uma série de comandantes militares.”
3 — A Montanha Mágica, Thomas Mann, 1924
“Neste clássico da literatura alemã, Mann renova a tradição do Bildungsroman — o romance de formação — a partir da trajetória do jovem engenheiro Hans Castorp. Durante uma inesperada estadia em um sanatório para tuberculosos, Hans relaciona-se com uma miríade de personagens enfermos que encarnam os conflitos espirituais e ideológicos que antecedem a Primeira Guerra Mundial. Um dos grandes testamentos literários do século 20 e uma das obras inesgotáveis da ficção ocidental.”
4 — Cem Anos de Solidão, Gabriel García Márquez, 1967
“‘Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendia havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer a fábrica de gelo’… Com essa frase antológica, García Márquez, Prêmio Nobel de Literatura de 1982, introduz a fantástica Macondo, um vilarejo situado em algum recanto do imaginário caribenho, e a saga dos Buendia, cujo patriarca, Aureliano, fez 32 guerras civis… e perdeu todas. García Márquez já despontava como um dos mais importantes escritores latino-americanos, no início da década de 1970, quando ‘Cem Anos de Solidão’ começou a ganhar público no Brasil. O livro causou enorme impacto. Na época, o continente estava pontilhado de ditaduras. Havia um sentimento geral de opressão e de impotência. Então, essa narrativa em tom quase mítico, em que o tempo perde o caminho, em que os episódios testemunhados e vividos acabam se incorporando às lendas populares, evoca nos leitores uma liberdade imemorial, que não pode ser arrebatada. E tão presente. Tão familiar e necessária.”
5 — Ulisses, James Joyce, 1922
“Um homem sai de casa pela manhã, cumpre com as tarefas do dia e, pela noite, retorna ao lar. Foi em torno desse esqueleto enganosamente simples, quase banal, que James Joyce elaborou o que veio a ser o grande romance do século 20. Inspirado na ‘Odisseia’, de Homero, ‘Ulysses’ é ambientado em Dublin, e narra as aventuras de Leopold Bloom e seu amigo Stephen Dedalus ao longo do dia 16 de junho de 1904. Tal como o Ulisses homérico, Bloom precisa superar numerosos obstáculos e tentações até retornar ao apartamento na rua Eccles, onde sua mulher, Molly, o espera. Para criar esse personagem, Joyce misturou numerosos estilos e referências culturais, num caleidoscópio de vozes que tem desafiado gerações de leitores e estudiosos ao redor do mundo. O culto em torno de ‘Ulysses’ teve início antes mesmo de sua publicação em livro, quando trechos do romance começaram a aparecer num jornal literário dos EUA. Por conta dessas passagens, ‘Ulysses’ foi banido nos Estados Unidos, numa acusação de obscenidade, dando início a uma longa pendenga legal, que seria resolvida apenas 11 anos depois, com a liberação do romance em solo americano.”
6 — Em Busca do Tempo Perdido, Marcel Proust, 1913
“Ciclo de sete romances do escritor francês, inter-relacionados e com um só narrador, dos quais os três últimos são póstumos: ‘O Caminho de Swann’, ‘À Sombra das Raparigas em Flor’, ‘O Caminho de Guermantes’, ‘Sodoma e Gomorra’, ‘A Prisioneira’, ‘A Fugitiva’ e ‘O Tempo Redescoberto’. São dezenas de personagens que se cruzam em histórias de amor, ciúmes e inveja, na França da Belle Époque. A narrativa vai passando do detalhe ao painel e do painel ao detalhe sem projeções definidas, num constante reajuste de tudo aquilo que nunca será perfeitamente ajustado. A obra é um retrato da sociedade de uma época, um mergulho no universo da burguesia francesa que permite que o leitor sinta as divergências entre nobres e burgueses.”
7 — A Divina Comédia, Dante Alighieri, 1321
“Texto fundador da língua italiana, súmula da cosmovisão de toda uma época, monumento poético de rigor e beleza, obra magna da literatura universal. É fato que a ‘Comédia’ merece esses e muitos outros adjetivos de louvor, incluindo o “divina” que Boccaccio lhe deu já no século 14. Mas também é certo que, como bom clássico, este livro reserva a cada novo leitor a prazerosa surpresa de renascer revigorado, como vem fazendo de geração em geração há quase 700 anos.”
8 — O Homem sem Qualidades, Robert Musil, 1930-1943
“Nesta que é considerada uma das obras literárias mais importantes do século 20, o autor Robert Musil tece uma intrincada trama centralizada em Ulrich. O personagem principal vive diversas experiências, viaja ao exterior e, às vésperas da Primeira Guerra Mundial, retorna a Viena. Também, convive com os mais diversos tipos humanos, matéria de que se ocupa boa parte do livro. Esta obra de difícil classificação mostra, sobretudo, a decadência dos valores vigentes até o início do século 20, marcando a perda de posição da Europa na decisão dos rumos políticos e econômicos mundiais.”
9 — O Processo, Franz Kafka, 1925
“A história de Josef K. atravessa os anos sem perder nada do seu vigor. Ao contrário, a banalização da violência irracional no século 20 acrescentou a ela o fascínio dos romances realistas. Na sua luta para descobrir por que o acusam, por quem é acusado e que lei ampara a acusação, K. defronta permanentemente com a impossibilidade de escolher um caminho que lhe pareça sensato ou lógico, pois o processo de que é vítima segue leis próprias: as leis do arbítrio.”
10 — O Som e a Fúria, William Faulkner, 1929
“Este romance, finalizado em 1929, marca o início da chamada ‘segunda fase’ da carreira de William Faulkner e é considerado sua obra mais importante. Vinte anos depois, o autor se consagraria definitivamente, ao receber o Prêmio Nobel de Literatura. O ambiente da escritura de Faulkner é o sul dos Estados Unidos, escravocrata e derrotado na Guerra da Secessão. O som e a fúria narra a agonia de uma família da velha aristocracia sulista, os Compson, entre os dias 2 de julho de 1910 e 8 de abril de 1928. Um apêndice, acrescentado pelo escritor em 1946, fornece outras informações sobre a história dos Compson entre 1699 e 1945. Assim, é possível afirmar que o grande personagem desta obra-prima é o tempo, o que lhe confere interesse universal.”
11 — Crime e Castigo, Fiódor Dostoiévski, 1866
12 — Orgulho e Preconceito, Jane Austen, 1813
13 — Anna Kariênina, Liev Tolstói, 1877
14 — Grande Sertão: Veredas, Guimarães Rosa, 1956
15 — O Leopardo, Tomaso di Lampedusa, 1958
16 — Édipo Rei, Sófocles, 427 a.c.
17 — 1984, George Orwell, 1949
18 — O Castelo, Franz Kafka, 1926
19 — As Asas da Pomba, Henry James, 1902
20 — Ilíada e Odisseia, Homero, século 8 a.c.
21 — A Vida e as Opiniões do Cavalheiro Tristram Shandy, Laurence Sterne, 1759
22 — Doutor Fausto, Thomas Mann, 1947
23 — Lolita, Vladímir Nabókov, 1955
24 — Enquanto Agonizo, William Faulkner, 1930
25 — A Morte de Virgílio, Hermann Broch, 1945
26 — Os Lusíadas, Luís de Camões, 1572
27 — O Homem Invisível, Ralph Ellison, 1952
28 — Hamlet, William Shakespeare, 1603
29 — Finnegans Wake, James Joyce, 1939
30 — Rumo ao Farol, Virginia Woolf, 1927
31 — Pedro Páramo, Juan Rulfo, 1955
32 — As Três Irmãs, Anton Tchekhov, 1901
33 — Pais e Filhos, de Ivan Turguêniev, 1862
34 — Contos da Cantuária, Geoffrey Chaucer, século 15
35 — As Viagens de Gulliver, Jonathan Swift, 1726
36 — Folhas de Relva, Walt Whitman, 1855
37 — Middlemarch, George Eliot, 1874
38 — O Apanhador no Campo de Centeio, J. D. Salinger, 1951
39 — O Lobo da Estepe, Herman Hesse, 1927
40 — O Grande Gatsby, Scott Fitzgerald, 1925
41 — A Peste, Albert Camus, 1947
42 — O Mestre e Margarida, Mikhail Bulgákov, 1940
43 — As Vinhas da Ira, John Steinbeck, 1939
44 — Memórias de Adriano, Marguerite Yourcenar, 1951
45 — Paralelo 42, John dos Passos, 1930
46 — Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley, 1932
47 — O Jogo da Amarelinha, Julio Cortázar, 1963
48 — A Náusea, Jean-Paul Sartre, 1938
49 — A Invenção de Morel, Adolfo Bioy Casares, 1940
50 — Memorial do Convento, José Saramago, 1982
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robertafr2 · 5 years
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Sobre os romances de cavalaria e sua influência sobre os conquistadores espanhóis
Sobre os romances de cavalaria e sua influência sobre os conquistadores espanhóis
Las novelas de caballería habían alcanzado en esa época una popularidad inmensa, el Amadís de Gaula fue la más conocida. Así su imaginación se alimentaba de lo que habían leído antes de partir para el Nuevo Mundo y se inspiraban en ellas ante el mundo fantástico que se abría frente a sus sorprendidos ojos.
Procedían de una sociedad impregnada de catolicismo y extremamente cándida respecto a la…
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professoraevelyn · 6 years
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Novelas de cavalaria
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As novelas de cavalaria são compostas por estórias que retratam grandes batalhas e feitos heroicos. A sua origem medieval é comumente apontada pelos pesquisadores em vinculação com as canções de gesta.
A atmosfera mística e a realidade histórica cavalheiresca criam o cenário medievo e são ingredientes essenciais para a alquimia romanesca natural da humanidade. Neste clima propício à criação ficcional, os textos cavaleirescos se apropriam da História acontecida para elaborar as estórias narradas.
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O conteúdo da prosa medieval varia de acordo com a imaginação do artista. Muitos repetem as mesmas temáticas históricas e lendárias, mas com recortes únicos e engenho ficcional singular; um bom exemplo é a especulação em torno do Santo Graal.
Ainda que muitos escritores sigam o rastro da teoria cristã de que o Graal é o cálice usado por Jesus Cristo na última ceia, cada escritor aborda o assunto à sua maneira, para uns o cálice é redondo e simples, para outros é um objeto luxuoso e há os que acreditam ser um artefato divino e intocável. Hoje se admite até a hipótese de que o Graal não seja um objeto e sim uma pessoa, de acordo com o romance O Código da Vinci, de Dan Brown.
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As novelas de cavalaria que contam a história do rei Carlos Magno, no chamado Ciclo Carolíngio, bebem na fonte da poesia medieval francesa, usando o mesmo caráter religioso e bélico.
Canção de Rolando: narra a derrota de Rolando, sobrinho do rei Carlos Magno, para os muçulmanos, na passagem dos Pirineus.
Canção de Turpin: narra a proteção de Carlos Magno ao Santuário de São Tiago de Compostela a fim de impedir a invasão moura;
Maynete: narra o refúgio de Carlos Magno em Toledo, território mouro, disfarçado de Maynete. Envolve-se com Galiana, filha do rei. Os rivais tentam matá-lo, mas ele vence a batalha.
As novelas pertencentes ao Ciclo Greco-Latino remontam às estórias gregas e romanas: Romance de Tebas, Romance de Tróia, Romance de Enéias. O Ciclo Bretão ou Arturiano é constituído por novelas de cavalaria que resgatam as lendas célticas e elegem como personagem principal o rei inglês, Artur.
Com o advento do Humanismo, as narrações de cavalaria adquirem novos formatos e temas. As conquistas heroicas dos povos francês e inglês passam a dividir espaço com as novelas que contam o feito épico do que começa a ser a grande expansão portuguesa.
Já na Espanha, Cervantes tem um olhar crítico com relação à simbologia do cavaleiro medieval, tanto que o seu Dom Quixote luta contra moinhos de vento. É a ficção se colocando em seu lugar de fala, mais interessada na imaginação do que no momento histórico. Isso demonstra também o aprimoramento natural da escritura literária.
Referências:
SIMAS, Mônica. Novelas de Cavalaria. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4316603/mod_resource/content/1/Novelas%20de%20cavalaria.pdf>. Acesso em: 04 jan. 2019.
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Amor Ao Próximo
Juntamos algumas ilustrações e queremos que você olhe para elas com atenção e conte que você sentiu. Um documento preparado para uma reunião de bispos católicos como conquistar um virginiano da Amazônia , que pode propor ordenamento de homens idosos casados como padres para a região, diz que a Igreja deveria fazer "propostas ousadas". Não menos triste que ver envelhecer e morrer a pessoa amada é descobrir que ela nos enganou ou deixou de nos amar.
Amar uma pessoa quer dizer amar que ela realmente é, com os seus defeitos e qualidades, e não amar com ressalvas, já pensando nas coisas que se gostaria de mudar nela. Xavier fica animado com a proposta de Lady Margareth. 7 anos ao lado do grande amor da minha vida, compartilhando sorrisos, dividindo a casa e vivendo algo que está muito além da felicidade.
Também chamado de amor de cavalaria, amor cortês prevaleceu inicialmente no século XII, e se caracterizava por um jogo entre um homem e uma mulher. A gente estava acompanhando ‘ Orgulho e Paixão ‘ numa boa, achando que veríamos as malvadezas de Susana ( Alessandra Negrini ) até final da novela, mas agora fomos surpreendidos novamente.
Primeiramente, procurou-se investigar as origens filosóficas dos sentimentos observados criticamente, para então, compreender a caracterização, ou até mesmo significado universal de ambos, na criação poética manifestada pelos poetas Camões e Bocage. Por fim, é essencialentendimento de marketing de serviços, pois não se trata de algo tangível, mas da experiência, do esforço, da ação, que poderá atingir tão esperado, encantamento ao cliente.
Tem como principal objetivo criar um relacionamento sólido com os clientes, atendendo suas necessidades e, consequentemente, aumentando os seus respectivos graus de satisfação. Nada mais óbvio saber que, para um relacionamento que visa casamento, é preciso, acima de tudo, que casal tenha amor um pelo outro.
No artigo anterior, que fazer para meus relacionamentos serem felizes , falei que é fundamental ter autoestima e amor próprio para ter um relacionamento feliz. Que Deus signo de virgem no amor abençoe a gente nesse dia, e que a cada ano que passe, ele nos ensine a amar e levar esse namoro com toda sabedoria do mundo.
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