Tumgik
#transafetividade
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Transamorous Pride Flag
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Transamory: describing a relationship and/or attraction involving transgender individuals.
It's similar to the bicurious flag, however with trans* flag colors using a purple lowercase tau (Greek letter, τ) in the middle.
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ateismoediversidade · 4 years
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Sua família não ama vc, mas sim seu gênero biológico!
Reprise de A Força Do Querer, o personagem homem trans Ivan coloca a “família tradicional” diante do espelho.
Talvez ninguém tenha percebido, mas em 2013 o personagem Félix Khoury fez muita família tradicional se olhar no espelho. Não era só pela homofobia, a família de Félix exponha uma família repleta de disfuncionalidade, onde o patriarca da família coloca os demais membros uns contra os outros. A própria “maldade” de Félix não passava na verdade de fruto dessa disfuncionalidade, onde o filho gay afeminado e desprezado se via numa situação de disputar com a irmã hétero a atenção e o amor do pai machista e retrógrado. Mas diferente de Amor à Vida, A Força Do Querer consegue expor a disfuncionalidade da “família tradicional” de forma um pouco mais leve, talvez porque há uma certa tendência das famílias serem mais violentas com um homem (cis) gay do q com um homem trans (porque hipoteticamente é mais reprovável perante a sociedade ser violento com um alguém q tem vulva como parte íntima). Mas a violência psicológica e simbólica continua lá.
Com a revelação de Ivan aos seus familiares q é um homem trans, é curioso notar como os demais “lidam” com a realidade “indesejável”. Mãe, pai e irmãos nem escondem q tratam a transexualidade de Ivan como se fosse um “ataque” à eles. É como se o corpo de Ivan não fosse dele, e sim de seus familiares, como se o corpo dele fosse uma extensão do corpo dos outros. Quem estabeleceu isso?
Joice, a mãe, falando constantemente q Ivan estaria fazendo “isso” pra “lhe atingir”. É curioso ver como ela acha q seu filho trans teria uma espécie de “obrigação moral” de lhe agradar. De onde ela tirou q Ivan teria q ser uma modelo feminíssima pra lhe agradar? Só porque nasceu mulher? Ele não teria o direito à ser ele mesmo? Acha q os filhos existem pra lhe servirem? Os filhos tem a vida deles, e pais q tratam seus filhos como servos ou jumentos amarrados em cabrestos não servem pra serem pais.
E logo depois da frustração, vem a rejeição, onde mais uma vez se faz notar como bastou Ivan não ser a menina q eles queriam, pra ser um menino, q de repente não tratam mais Ivan como um dos seus. Mais especificamente o irmão, Rui, deixa de gostar dele e mesmo não o trata mais como “irmão”. Bastou Ivan “mudar de sexo” pra o amor familiar acabar. Ou seja, tais pessoas não amam Ivan como pessoa humana, mas sim amam o seu gênero biológico. Mostrando como a afetividade familiar é falsa. Gostar de tal pessoa só pelo seu gênero biológico diz muito como a espécie humana é muito controversa, e como as pessoas são reduzidas a meros pênis e vaginas ambulantes.
A mãe visivelmente entra em fase de luto, como se o filho tivesse morrido. Mas Ivan tá lá, vivo. A mãe não percebe q a filha q pensava q tinha não passava de uma ilusão, uma farsa. Era um menino durante todo esse tempo. Ok, descobertas de uma ilusão afetam, mas precisava tratar isso de forma tão dramática, como se fosse o fim do mundo? Mais q isso, tratando como se o erro não estivesse em se enganado, mas como se a culpa fosse da realidade vindo à tona. Queriam o quê, q Ivan se fingisse ser mulher só pra agradar os outros?
Nenhuma pessoas cis se pergunta de onde veio essa regra idiota e inútil, em q as pessoas teriam um “dever moral” de se comportar de acordo com o gênero biológico no qual nasceram, nem pra quê mesmo essa porcaria serviria. Pelo contrário, tal regra só tem servido pra causar conflitos e violências, inclusive pras próprias pessoas cis. Chega-se ao ponto em q pra cumprir tal regra inútil, homens crescem sem saber cozinhar (imagine um cabra desse tendo q morar sozinho!) e mulheres crescem sem saber lutar (se tornando presas indefesas de homens violentos).
Tem gente tapada q acha q a novela exporia um “sofrimento” q os familiares de pessoas trans teriam “por causa” do familiar transgênero (colocando a culpa na pessoa trans q se assumiu). Na visão de um homem trans como eu, Joice chega a ser dramática, até mesmo vitimista, ao ficar de tanto chororô só pelo fato de Ivan “mudar de gênero”. Ela sequer pensa como Ivan se sente, como foi um sofrimento pra ele usar roupas femininas e cabelo longo. Ela só pensa nela, não no filho trans, chega a ser egocêntrica e quase roçando ao narcisismo.
O mais curioso é q o próprio Ivan consegue explicar um exemplo muito bem, em como a mãe se sentiria caso se tivesse nascido homem, sendo obrigada a se portar como homem e não podendo usar unhas grandes e coloridas. Mas a mãe nem consegue ouvir, só chorar como uma histérica, chega a irritar.
Se por um lado a mãe faz showzinho egocêntrico, o irmão manifesta raiva ou mesmo ódio do irmão trans, ao chamá-lo de “louca” e ter vergonha do irmão trans perante a sociedade. Curiosamente não tem vergonha de odiar o próprio irmão trans por um motivo besta, está mais preocupado com o q as pessoas vão achar dele ou zombar dele, do tipo “kkkkkk, teu irmão é maria-homem...”. É aquela: homem cis e hétero ama seu status social acima de tudo e de todos.
Aliás, Rui antecipa ao seu irmão trans em como os homens cis morrem de ódio de homens trans. Há muita “explicação” pra isso, deste o fato q homens cis vêem no homem trans como uma “mulher” q “ousa” ser igual a eles, até na visão deles aos homens trans como seres q não lhe servem pra lhe darem status social de “macho alfa”. E isso é mais um detalhe sórdido pro caso do Ivan, já q ele é um homem trans gay: o final da novela, o tal do Cláudio o aceita, mas na vida real Ivan seria desprezado por todos os homens cis no qual se apaixonasse, já q ele não se encaixa no gosto de nenhum - o hétero quer uma mulher feminina, o gay quer um pênis, e até hoje no próprio seguimento LGBT não há um debate sobre a transafetividade.
Rui reclamando de Ivan “olha o q vc fez com sua cara”, não caindo a ficha de q aquela nova cara era exatamente o q Ivan queria o tempo todo. Mas novamente, ele não está levando em conta o q Ivan quer, mas sim o q ele, o Rui, quer! Ou seja, tratando o corpo do irmão trans como extensão da sua vontade.
Assim Ivan e demais pessoas trans aprendem q o amor parental é falso, onde não importa o seu caráter ou sua personalidade, mas sim o seu gênero biológico. A família é pintada como um grupo de pessoas q devam se amar, se respeitar, e proteger uns aos outros, mas hipocritamente não vale caso um deles siga gênero diferente do biológico. Daí ao mesmo tempo vem a Direita vomitar “defesa da família” contra “ameaça LGBT”, como se o LGBT não viesse dessa mesma família! Defender família de um de seus próprios membros? Isso não faz sentido! É pelo contrário, tratar LGBT como “ameaça” é destruir famílias!
Aliás, o próprio bolsonarismo q se vende como “defensor da família” nada mais tem feito do q destruir famílias, é só observar quantos familiares brigaram entre si nas eleições de 2018 e q até hoje permanecem brigando.
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