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#verdade ácida
giseleportesautora · 8 months
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Bolo de Chocolate [Poesia]
Bolo de Chocolate [Poesia] - Só preciso de mais um pedaço desse suculento bolo de chocolate. De repente o céu se abre e vejo o espaço. Só quero algo que a essa culpa mate. #poemadark #poesiadark #poema #canibalismo #alimentação #nutrição #energia
[Leia com o Áudio da Poesia!] Só preciso de mais um pedaço desse suculento bolo de chocolate. De repente o céu se abre e vejo o espaço. Só quero algo que a essa culpa mate. Seu toque especial é a esperada cereja. Um pouco mais de creme para o crime disfarçar. Meu vestido de festa desperta tanto inveja. Para os convidados zumbis o bolo estou a fatiar. No nosso after party vamos fugir. Ainda…
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wachi-delectrico · 1 year
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Estoy comiendo la peor pera de mi vida. Es como un híbrido entre una manzana, una pera, y una piedra
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casos ilícitos
Matías Recalt x f!Reader
Cap 7
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Eu estive segurando este sentimento, e tenho algumas coisas para te dizer. Eu já vi de tudo, mas eu nunca vi ninguém brilhar do jeito que você brilha. O jeito como você caminha, o jeito como você fala, o jeito como você diz meu nome. É lindo, maravilhoso, nunca mude.
Tive que fazer algumas alterações pro capítulo não ficar enorme e dar tempo de revisar tudo para postar hoje, e ainda assim está maior do que eu esperava 🥹🩵, quero agradecer a todos pela compreensão de não ter postado domingo passado por causa das provas e pelas felicitações que me enviaram 😚💖espero que gostem do capítulo, e me digam o que acharam nos comentários. Boa leitura 🫶
Avisos: fluff, smut
Palavras: 9,6 k (Tenho que me controlar 🤡)
Dizer que você estava ansiosa, era pouco para expressar o seu entusiasmo com o encontro de sábado. Um encontro de verdade. Ele mesmo dissera isso, para firmar o compromisso e seriedade da situação. Você tenta não transbordar de alegria e se conter enquanto entra no carro, a caminho de casa. Não quer demonstrar e deixar tão exposto a quão feliz está na frente de seu cunhado. Não quer parecer uma garotinha apaixonada, que está saindo pela primeira vez com o namoradinho da escola. Mas é óbvio que ele nota o seu sorrisinho bobo e suspiros olhando para o nada.
- O que aconteceu? Você parece feliz – Pergunta desviando o olhar da estrada e o direcionando a você – E aposto que tem a ver com aquele menino que estava no estacionamento. – Conclui com um sorriso de lado.
Ele não dá tempo para que você responda, e já parte para a próxima pergunta, que pode virar um interrogatórioeventualmente, você pensa.
- É o mesmo daquele dia né? O seu namorado, quer dizer…seu colega – Se corrige rapidamente.
Você decide contar a Wagner o que aconteceu, bem, uma parte do que aconteceu, não queria revelar tudo, muito menos os detalhes mais íntimos.
- Ele pediu desculpas, e me chamou pra sair. Oficialmente agora. – Responde com os olhos brilhando e tocando as maçãs do rosto, tentando esconder o rubor nelas. – Acho que agora ele tá pronto para um relacionamento sério. – Divaga com ele.
- Que bom, fico feliz por você. Quando vai ser isso? – Questiona calmamente.
- Sábado, às sete – Responde contente, ainda sem acreditar nas próprias palavras, parece um devaneio distante que se tornou realidade.
- Pede para vir mais cedo, tenho que falar com ele. – Diz com uma voz mais séria e autoritária.
De repente a sua nuvem de alegria e fantasia se dissipa e é substituído por uma neblina de curiosidade, aflição e receio.
- O que? Sobre o que? – A confusão está estampada em seu rosto agora.
Simplesmente não consegue entender o que o mesmo teria para conversar com Matías, mas fosse o que fosse, duvidava que seria algo bom.
- Tenho que ver se ele é bom pra você, saber as intenções dele. – Declara, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
É inacreditável a força que você tem que fazer para não dizer nenhuma besteira com o que está escutando. Até alguns dias atrás, ele disse que confiava no seu julgamento, mas agora, está querendo avaliar se um cara, é ou não é bom o bastante para você? Você se sente uma criança agora, alguém que não pode tomar as próprias decisões e que precisa de ajuda para as coisas, e o pior, sente que seu cunhado perdeu a confiança em ti por algum motivo.
- Você não é meu pai. – Diz com a voz acusatória e ácida.
- Eu sei, mas como ele não está aqui, é meu trabalho saber que você está em boa companhia. – Rebate, ficando mais sério e mostrando que isso não está aberto a negociações.
Você quer retrucar, dizer que sabe se cuidar sozinha, e que não precisa de alguém para tomar conta de você. Mas será que é verdade? Há não muito tempo atrás você estava em ligação com sua irmã, aos prantos, por causa desse mesmo cara, em um estado de tristeza tão grande, que aceitou a ajuda dela para se sentir mais em casa e acolhida de novo. Ele nunca entrou no assunto com você sobre Matías, e quando tentou, você o afastou para longe, mas sabia que sua irmã devia ter contado o seu estado para ele. Seria injusto cobrar que ele tivesse uma imagem diferente de você, depois de seu comportamento. Só esperava que o mesmo já não tivesse uma impressão ruim do garoto, pois queria que os dois se gostassem.
- Tá bom, mas não assusta ele. – O avisa, querendo ao menos melhorar a situação o máximo que pudesse.
- Vou tentar. – Responde simplesmente.
E com isso, o silencio se instaura no carro, com você não querendo falar mais nada, e ele te dando o seu espaço. O pensamento de você estar parecendo uma adolescente revoltada e petulante, passa por sua cabeça, mas não é o suficiente para que faça você mudar seu comportamento. Simplesmente não consegue aceitar que está sendo obrigada a prestar contas suas para alguém. Você é uma adulta, e gostaria que te tratassem como tal.
Retornando para casa, vai direto para o quarto e tranca a porta, não querendo falar com ninguém, ou ser questionada sobre mais alguma coisa. Sabia que no momento que ele contasse a sua irmã (porque é óbvio que ele faria isso), seria apenas questão de tempo até ela vir e querer respostas também. Tenta se distrair com outras coisas para desestressar, e decide que a melhor forma, é procurando uma roupa para a ocasião que ainda está a dias de acontecer. Não que você estivesse ansiosa, é claro. Quando termina isso, satisfeita com sua escolha, relaxa e se prepara para o que está por vir.
Mais tarde, quando estão todos no jantar, e presentes à mesa, é óbvio que o tópico de discussão foi você e seu encontro, não te surpreendendo nenhum pouco.
- Então você vai sair com ele? - Pergunta sua irmã, enquanto se serve com mais salada. A mesma estava paranóica e com medo de engordar antes do casamento e dar problema com o vestido.
- Vocês podem por favor não fazer grande caso disso? A gente só vai ver um filme. - Diz chateada com a reação dos dois, e indo contra os seus próprios sentimentos, pois para você, era sim grande coisa, mas os mesmos não precisavam saber disso.
- Calma meu bem, já falei pra ela chamar ele aqui, pra conversarmos com ele primeiro. – Wagner diz em direção a sua noiva, a atualizando da situação.
- Acho bom, minha irmãzinha não pode ficar com qualquer um. – Acena com a cabeça, satisfeita com a iniciativa dele de ter uma conversa com o rapaz.
Você revira os olhos com isso. Eles falam como se você nem estivesse presente no mesmo ambiente e estivesse escutando tudo. Para ser sincera, nem sabia como tocar nesse assunto com Matías, não poderia simplesmente dizer: “então, eu te esculachei para minha irmã, que com certeza te esculachou também para o meu cunhado, e agora os dois querem te conhecer, legal né? Você prefere filme de terror ou ação?” O pensamento dessa simples conversa trazia os seus nervos a flor da pele, mas saberia que os dois não abririam mão disso. Só restava concordar:
- Eu gosto dele, muito mesmo. E acho bom não espantarem ele já no primeiro dia. – Avisa, esperando que isso os faça pegar mais leve.
- Calma gatinha, temos tudo sobre controle. – Seu cunhado diz e pisca para você.
Você solta um suspiro, e torce para que dê tudo certo, que o garoto os conquiste, da mesma forma que fez com você. Sabia que para esse relacionamento dar certo, um dos primeiros passos, era que sua família o aprovasse. Ele foi um idiota no começo, mas ele mudou agora. Você acreditava nisso de todo o coração e ninguém poderia te fazer mudar de ideia.
-- --
Os dias pareciam não passar de jeito nenhum, demorando cada vez mais, à medida que se aproximava da data combinada. Você e o garoto trocaram mensagens e acertaram os detalhes para sábado. Ele viria te buscar, e já haviam decidido o filme também. Ainda não tocou no assunto de ir conhecer sua família, e você esperava prolongar isso o máximo que pudesse.
Tirando você e o rapaz, ninguém mais tinha tocado nesse tópico. Sua irmã e cunhado pareceram entender que você não queria falar sobre isso e deixaram a poeira abaixar por um tempo. Mas depois de te dar um espaço, alguns dias depois, ela vem até seu quarto, e te questiona a respeito. Dá pequenas batidas na porta, e adentra o cômodo com um par de botas na mão, as mesmas que você havia emprestado um tempo atrás.
- Oi, vim te devolver, tomei cuidado com elas, prometo. – Diz já se defendendo, e as colocando encostadas em um canto perto do guarda-roupa, para que você guarde depois aonde for de sua preferência.
- Tudo bem. – Concorda, já sabendo a quão meticulosa ela é com tudo, e confiando nos cuidados da mesma.
Você está na cama deitada, com as pernas esticadas e lendo um livro. Não ergueu o olhar para respondê-la em momento algum, mas quando ela se aproxima, se sentando na beirada, e te encara com os olhos esperançosos e questionadores, você solta um bufo com isso, e abandona sua leitura, já irritada com a intromissão:
- O que foi? – Pergunta emburrada.
- Então, um encontro? – Começa dizendo com calma, e ignorando o seu mau humor, esperando mais informações, e pensando que talvez longe do olhar masculino de seu noivo, você poderia se abrir mais com a mesma, tendo um papo só de garotas.
- Não tem nada demais, ele me chamou e eu aceitei. – Resume os acontecimentos nessa única frase, deixando de fora todo o resto como se não fosse importante ou relevante de mencionar.
Ela suspira impaciente com isso:
- Eu só quero que tenha cuidado. Você estava tão cabisbaixa até esses dias, por causa desse mesmo rapaz, não quero que ele brinque com você. – Admite, mostrando preocupação com sua pessoa, e não tem como não sentir o seu coração mais quentinho com o gesto, mesmo te levando a loucura as vezes.
- Ele não está – Tranquiliza ela. – Nós conversamos, vamos levar as coisas a sério agora, sair algumas vezes e ver onde vai dar. Sem pressão, ou pressa, mas com comprometimento de ambas as partes. Prometo pra você. – Assegura a ela, tentando transmitir a maior confiança que consegue.
Ela acena com a cabeça, parecendo reconsiderar as coisas depois de suas palavras, talvez concordando com elas, ou simplesmente percebendo que não tem nada que ela diga que te faça desistir do garoto, não importa quantos avisos ela te dê.
Decidindo deixar isso de escanteio, ela abre um sorriso, ao se lembrar de algo:
- Eu estava pensando, o lugar de um acompanhante ainda tá reservado, caso você queira convidar alguém. – Lança um olhar sugestivo, sendo tão discreta quanto um pavão. - Claro, eu tenho que conhecer ele primeiro, não posso te deixar levar alguém que eu nem saiba se é decente antes, mas caso de tudo certo, pode convidá-lo pra festa, e apresenta-lo para o papai e a mamãe. – Diz animada, mas não sem lançar farpas ao menino, você nota com certo incômodo.
Mas meu Deus, vocês nem tiveram um primeiro encontro, e ela já quer que o apresente a sua família? Tudo bem que vocês fizeram tudo na ordem errada, primeiro transando para depois decidirem se conhecerem melhor, mas você quer ter um relacionamento sólido, e para isso, precisam ter calma e tempo para descobrir as coisas.
- Eu não sei, acho que é muito cedo. - Começa abaixando as expectativas dela - Falta um mês ainda pro casamento, vamos ver como as coisas andam até lá. – Concluí, não descartando completamente a sugestão da mesma, mas também não prometendo nada.
- Tudo bem então. – Concorda, resignada com sua escolha.
E após mais alguns minutos de conversa fiada, explicando qual era o cronograma para o final de semana, ela se retira de seu quarto, te deixando a mercê de seus pensamentos, e se perguntando a respeito do convite, considerando a ideia. Vocês tinham desperdiçado tanto tempo nesses últimos cinco meses, nunca aprofundando as coisas, empurrando tudo com a barriga, e vivendo um dia de cada vez, mas de alguma forma ainda parecia muito cedo para algo assim. Como iria apresentá-lo? Seu amigo? O cara com quem está saindo ultimamente? Seu ficante de algum tempo? Essa liste só está ficando cada vez pior e te dando dor de cabeça. Sabe que não pode resolver tudo agora, então decide começar por partes. A primeira delas, seria falar com ele a respeito de seu cunhado, e chega à conclusão que é melhor fazer isso pessoalmente.
Antes que possa mudar de ideia e se acovardar, pega sua bolsa, e diz a todos que vai sair e que logo estará de volta. No caminho até a casa do mesmo, coloca os fones de ouvido nas alturas, o que só te incentiva a ir com mais pressa, e quando menos espera, já se encontra na frente da faixada que conhece tão bem.
O porteiro te deixa subir como sempre, te perguntando até mesmo o porquê de não ter aparecido nos últimos dias. Ele era um senhorzinho, educado e te tratava como neta algumas vezes, sempre simpático e gentil. Você dá a desculpa de que estava doente, e que veio visitar os meninos. Após isso, se dirige ao elevador com o coração ainda batendo rápido, com emoção e expectativa em seu peito, esperando que só resulte coisas boas dessa conversa.
Assim que sai da estrutura metálicas, atravessando o corredor, e chegando na porta deles, não perde tempo em bater na mesma, esperando que eles a abram logo. Quando escuta o clique da tranca sendo solta, e a porta se abrindo, sente que o coração sai do peito, nem ao menos sabia que podia ficar tão ansiosa assim.
O garoto de olhos claros aparece em seu campo de visão, e parece surpreso em te ver ali. Provavelmente não esperava te encontrar tão cedo assim.
- Oi Fran, tud...
Ele te corta, já se jogando para um abraço e te girando no ar, semelhante como fez no posto a alguns dias trás. Ele era sempre tão carismático e carinhoso, você amava esse lado afetuoso dele. O mesmo te pousa no chão, mas continua com as mãos em tua cintura.
- Não que eu não tenha gostado, mas o que está fazendo aqui? – Pergunta, com o sorriso ainda sem deixar o rosto.
- Vim falar com o Matías, ele está? – O sorriso do garoto cai.
Ele tira as mãos de você e parece querer dizer alguma coisa, mas se cala e desiste da ideia.
- Sim, está sim. – Limpa a garganta e te dá espaço para entrar.
Antes que ele se afaste, você o segura e se aproxima de novo, o abraçando apertado por trás. Sabia que a situação era meio fodida. Ficaram semanas sem se falarem e a primeira vez que o encontra por vontade própria, era pra perguntar do Matías. Não é porque veio ver o garoto emburrado de sempre, que significava que tinha esquecido os outros, pelo contrário, sentia falta de todos, e queria se reconectar com os mesmos no tempo certo.
- Sabe que eu senti sua falta né? – Pergunta com a cabeça apoiada nas costas dele - Me perdoa por estar ausente nos últimos dias, fui uma droga de amiga – Se desculpa, e o mesmo se vira, ficando de frente com você, te abraçando de volta.
- É claro que eu te desculpo, ainda somos amigos certo? – Se afasta do conforto do abraço para te fitar, com expectativa e receio no olhar.
- Óbvio Fran, você sabe que é o meu favorito né? – Brinca com ele, para aliviar a tensão, e para que ele saiba que tem muito carinho por sua amizade.
- Espero que o Matías não tenha escutado isso – Te provoca, sabendo o quanto o garoto iria te atazanar se escutasse tal afirmação. Ele poderia ser muito territorial quando queria.
Você cora profundamente, ainda é estranho ter que se referir ao mesmo agora que seus amigos sabem que são um casal. Bem, quase um casal, mas agora definitivamente sabem que o sentimento é recíproco e que tinha alguma coisa acontecendo.
- Ele é diferente, você é meu amigo, e ele é... especial. – Termina, sem ter melhores palavras para descrever exatamente o que ele significava para você, mas antes que se aprofundem nisso, decide mudar de assunto e evitar o constrangimento:
– A gente pode marcar algo, vão fazer o que no final de semana? – Pergunta descontraidamente.
- Bom, nós até te chamaríamos para algo no sábado, mas o Matías não calava a boca falando do encontro de vocês, então não vou atrapalhar os pombinhos – Responde fazendo graça, não te deixando escapar do tópico principal, e te causando uma enorme vergonha, pode apostar neste momento que está corando em um nível alarmante. Não imaginou que ele estivesse falando de você para os amigos, não mais do que o necessário, mas gostou de saber que ele estava tão animado quanto você para o encontro. - Mas vamos ter uma noite de jogos no domingo, vai vir? - Questiona, já satisfeito com o quanto te constrangeu e te deixou sem graça, ficando mais comovido e seguindo a conversa á diante.
Era comum entre vocês se reunirem para beber e conversarem, no caso deles, espairecerem e fumar um pouco também. Estava mais do que estabelecido que toda a semana teria que ter algo em grupo, e todos levavam isso bem a sério. Às vezes, gostavam de relaxar e ver um filme em casa mesmo, ou diferenciar e jogarem alguma coisa. Videogame, boliche no shopping, cartas na sala do apartamento, etc..., mas é claro que eles sendo invocados e competitivos como eram, sempre tinha que estar valendo alguma coisa em troca. Para seu descontentamento, nunca era dinheiro, e sim um desafio constrangedor. Ainda se lembra de quando foi desafiada por Simon a ter que beijar Enzo na rodinha de amigos, o que resultou em um Matías carrancudo o resto da noite, junto com o melhor sexo vingativo de sua vida. O beijo foi algo bobo e sem significado é claro, estava mais para um selinho, e só aconteceu por causa de um desafio tonto. Sabia que Enzo só te via como uma boa amiga, no melhor dos casos uma irmã mais nova e desengonçada, com quem gostava de falar sobre tudo. Mas isso não foi o suficiente para acalmar Matías e seus ciúmes infundados.
- Só se você estiver pronto pra perder – O provoca, ambos sabendo que você é a mais peso leve ali, e dificilmente ganharia uma partida do que quer que fosse o jogo da vez, e terminaria a rodada tendo que cumprir sua penitência.
- Vai sonhando. – Te agarra novamente e começa a fazer cócegas em todo o seu corpo, se concentrando em suas áreas sensíveis. O qual é respondido por sua gargalhada alta e esperneio, tentando a qualquer custo se afastar de seu toque. Está tão concentrada tentando controlar seus espasmos e risos ao mero contato dos dedos do rapaz, que não nota alguém se aproximando:
- O que tá acontecendo aqui? – Um Matías sério, e de braços cruzados pergunta, encostado na parede, e parecendo muito descontente com a imagem à sua frente.
Ele fita os dois, arqueando a sobrancelha, esperando uma resposta. Você começa a se preocupar com o pensamento de ser indesejada no lugar. Talvez ele não tenha gostado de te ver aqui sem ter avisado ou dado um recado antes. Mas então segue o olhar dele mais atentamente, e percebe que ele se reveza entre encarar seus rostos e a mão do rapaz que por conta da brincadeira, acabaram em seu ombro e a outra na cintura. Você revira os olhos com o entendimento:
- Eu vim te ver – Responde ao mesmo com pressa.
Ele abre um sorriso com sua resposta, tirando a carranca do rosto e vindo em sua direção, te pegando pela mão, e te afastando rapidamente de Fran. Começam a trilhar o caminho que já conhecem tão bem, até o quarto do garoto, e você nem ao menos nota o olhar zangado que ele lança ao menino de olhos claros e o revirar de olhos do mesmo. Assim que a porta do quarto do mesmo se fecha, e ele a tranca no processo, se vira em sua direção com um uma expressão sugestiva no rosto:
- Não aguentou esperar até sábado linda? A saudade falou mais alto? – Zomba de você, se aproximando sorrateiramente querendo ter maior contato com seu corpo.
- Você é muito convencido Matías, se tinha alguém aqui com saudades era você – Mente descaradamente, pondo espaço entre os dois antes que ele venha com mais alguma gracinha – Eu vim aqui pra falar algo sério. – Declara com firmeza.
A expressão leve no rosto dele desaparece, dando lugar a uma extremamente preocupada e aflita:
- Você mudou de ideia, não é? Não quer mais sair comigo. – Pergunta e afirma ao mesmo tempo, parando seus avanços e ficando preso no lugar, sem coragem para fazer qualquer outra coisa. Você conseguia ver as engrenagens girando na cabeça dele, e sabia que ele estava pensando o pior dos casos agora. Mas você não mudou de ideia, nunca poderia e não iria, ele precisava saber disso.
- Não é isso, eu quero sair com você, muito. – O tranquiliza, mas ele não parece muito convencido – Na verdade, está sendo o ponto alto da minha semana, estou ansiosa e animada pra isso desde que você me convidou – Confessa envergonhada, mas vale a pena para que ele se convença do que está dizendo, e funciona, pois agora ele parece menos cético, tentando conter um pequeno sorriso de se formar nos lábios. - É que...não fica nervoso Ok? É meio idiota, mas...minha irmã e meu cunhado querem te conhecer. – Diz, e contraditoriamente do que acabou de pedir a ele, está completamente nervosa.
Você espera vários tipos de reações do mesmo. Uma negação rápida, uma risada debochada, um olhar afiado e venenoso, ou uma piada totalmente fora de hora e sem graça, mas com certeza não espera que o mesmo estivesse tranquilo, e aparentemente aliviado, ao ver que o assunto sério, se resumia apenas a conhecer sua irmã, e o cunhado com quem ele já se encontrou algumas vezes, todas em situações desagradáveis.
- Tudo bem, vai ser de boa. – Diz calmo - Quando?
- No sábado, chega uma meia hora mais cedo e conversa com eles – Instrui o rapaz – Sem pressão. – O acalma, não que ele aparente precisar, é claro.
- Tudo bem, fica tranquila, vou usar o meu charme, não tem como resistir a isso. – Retruca, e agora com a situação resolvida parcialmente, retoma de onde tinha parado, se aproximando e fechando a distância entre os dois, esperando que desta vez, você não se afaste.
- Você é um idiota Matías, mas espero que esteja certo. – Diz por fim.
Já parado em sua frente, ele traz as mãos a sua cintura lentamente, te dando a oportunidade de se esquivar ou se desvencilhar dele caso fosse sua vontade. Tem o olhar focado em seu rosto a cada momento, como se estivesse pedindo permissão e tomando cuidado para não ultrapassar os limites que você havia estabelecido antes e que o mesmo havia concordado.
- Posso te beijar? – Pede descendo o olhar até os seus lábios.
- Deve – Responde colocando as mãos no rosto do mesmo e o puxando para sua boca com avidez, como se fosses dois imãs se conectando, os quais não conseguem ficar muito longe um do outro e consequentemente voltam devido a atração que sentem. Não poderia negar que estava ansiosa por isso, desde que o mesmo a provocou alguns dias atrás na saída da biblioteca, te incitando e instigando, para depois se afastar e não te dar o que tanto queria, deixando ambos na vontade de uma conclusão.
Deixa as mãos descansarem no pescoço dele, correndo levemente os dedos no cabelo da nuca do rapaz, o acariciando na área sensível, o que fica satisfeita ao ver que causou arrepios no mesmo. Ele aproveita para te trazer para mais perto, intensificando o aperto em seu quadril, e começando a percorrer o seu corpo com as mãos habilidosas, te deixando arfando a cada toque coberto por desejo e necessidade neles. Ele tinha sentido sua falta, e essa era a forma do mesmo demonstrar isso. Mostrar que estava sedento por sua afeição, e que estava utilizando deste momento para saciar essa abstinência.
Quando a mão do garoto começa a percorrer perigosamente baixo demais, se aproximando de sua intimidade, te deixando vergonhosamente molhada e apertando as cochas uma na outra, com o beijo se tornando cada vez mais envolvente e desesperado, você começa a cair na real, se dando conta de onde está e o que estão fazendo. Não poderia cair tão facilmente assim nos encantos dele e esquecer das suas condições, queria fazer o mesmo sofrer um pouco antes de te ter de volta. Então corta o beijo antes que ele evolua, o mostrando que vai se manter firme em suas palavras.
Ele não parece entender no começo o que houve para que você interrompesse seus movimentos, ainda entorpecido pela sensação de seus lábios colado aos dele, mas então abrindo os olhos e recebendo um simples olhar seu, é o bastante para que a compreensão o atinja e ele se recorde de seu combinado. Não consegue evitar soltar um grunhido frustrado com isso, mas aceita a sua escolha e afrouxa o aperto em seu corpo, te soltando e a libertando de seus braços envolventes.
Ainda desacreditado e frustrado, o menino vai em direção a cama, e se senta trazendo as mãos ao rosto, tentando se acalmar, soltando suspiros no processo. Você quase se sente culpada. Quase. Mas a satisfação de ver como ele está sofrendo por você supera todo o demais. Finalmente, ele parece um pouco mais tranquilo, e retirando a mão do rosto, te encara, se ajustando em sua posição na beirada do colchão e deixando um espaço entre as pernas:
- Sabe, você disse que eu não poderia te tocar – Ele te lembra – Mas você pode me tocar se quiser – Diz, e terminando a frase, dá dois tapinhas no colo – Todo seu!
- Fala sério Matías!
A insinuação dele te deixa com vários humores: surpresa, indignada e irritada. Ele realmente pensou que esta desculpa iria funcionar? Que ridículo! Mas por mais que não goste de admitir, se excita com a ideia do que poderia acontecer se cedesse neste instante. Mas não vai dar ao mesmo este gostinho.
- To falando sério, to morrendo de saudades sua. E sei que sente o mesmo – Afirma com convicção.
- Você é muito convencido sabia? – Retruca com ironia.
- Não sou convencido, sou realista – Aponta – Aposto que você já está molhada, e se eu continuasse, rapidinho você estaria aqui – Dá dois tapinhas no colchão, para reafirmar o local - Gemendo como a putinha necessitada de sempre. – Conclui com um sorriso malicioso.
As palavras vulgares dele não fazem nada a não ser te deixarem em um estado ainda maior de excitação e raiva por ele estar sempre tão certo quando o assunto era você e seu corpo.
- Isso não vai acontecer – Diz com uma confiança que nem você acredita muito.
- Você disse o mesmo da última vez – A recorda com entusiasmo.
Flashbacks da última vez que esteve neste quarto voltam a sua cabeça. Foi há apenas alguns dias antes do jantar no restaurante. Estavam sozinhos neste mesmo quarto dando uns amassos, nada demais. Ele estava sozinho em casa, então não tinha risco de serem pegos, mas isso rapidamente mudou quando escutaram vozes vindo da sala, indicando que alguns dos rapazes havia chegado, junto com Fran. Obviamente você cessou os carinhos, e disseque precisariam parar antes que alguém os escutasse. Mas o garoto estava muito envolvido para se conter.
- Matías para! eles vão escutar a gente – Diz com relutância, sem realmente fazer esforços para o separar de você.
- É só ficar quietinha – Diz em seu ouvido, ao perceber que a televisão foi ligada e que os garotos iriam ficar por lá por um tempo. – Ninguém sabe que você tá aqui, a gente faz devagarinho, prometo. – Tenta te convencer espalhando beijos por seu pescoço.
- Isso não vai acontecer. – Retruca protestando.
Mas assim que ele leva a mão até seu seio, acariciando pontos estratégicos e te deitando com força na cama, tudo está perdido e cede as investidas dele, a procura de uma liberação em seu corpo. Em questão de minutos, você se encontra de quatro na cama do garoto, enquanto ele mete por trás, com as mãos apertadas em sua cintura, as usando para se firmar e ter mais estabilidade e profundidade em seus movimentos. Tudo o que você pode e consegue fazer neste momento é tentar abafar os gemidos, enterrando o rosto no travesseiro do garoto, torcendo para que seja bem-sucedida.
Mas o fato de fazerem isso em um momento tão inoportuno, só torna tudo mais excitante, e sabe que não vai demorar para que o mesmo venha, te levando junto no processo. E isso se concretiza, quando estremece, o apertando e se contraindo em volta de seu pau quando atinge o ápice, ele te acompanha segundos depois, te empurrando e saindo de você, a deixando completamente de bruços no colchão e se derramando em suas costas. Te fazendo sentir os vestígios da libertação dele em seu corpo. É um milagre que ninguém tenha escutado alguma coisa, fossem o som dos corpos se chocando ou o ranger da cama. Mais tarde, quando saem para encontrar os outros, o milagre se se justifica com o som ensurdecedor do videogame que os recebe. Todos estão tão entretidos no jogo idiota que nem notam nada de estranho. Pois é, “garotos e seus brinquedos” pensa consigo mesma.
Voltando ao presente, você se amaldiçoa por sempre ser tão mole e impotente quando se trata dele, e essa última lembrança só deixa mais evidente tudo isso.
- Sempre tão previsível, vem cá vem, eu cuido de você – Provoca, fazendo gestos para que se aproxime. – Sei que tá com saudade de levar pica, desesperada como sempre. – Diz com malícia, a olhando de cima a baixo.
De repente, a necessidade de provar que ele está enganado, e desinflar o ego do mesmo, se apossa de você. Te fazendo atravessar rapidamente pelo quarto, encurtando a distância entre os dois, e o empurrando na cama sem cuidado algum, arrancando um suspiro surpreso do garoto. Monta em cima dele, com cada uma das pernas de cada lado, e o corpo dele entre elas, o envolvendo em uma posição dominante, e se inclina para chegar próxima de seu ouvido:
- Aposto que você não duraria um minuto se entrasse em mim agora – Sussurra em um tom lento e sensual, avançando o quadril contra a protuberância já presente na calça dele – Ia gozar tão rápido que nem teria graça –Continua, e mordisca o lóbulo de sua orelha, o fazendo arfar. Mas assim que o som escapa, ele morde internamente as bochechas, determinado a não deixar escapar mais nenhum barulho, o que você está disposta a provar o contrário, e fazê-lo derreter com seus toques - É por isso que gosta de provocar, não é? Tá tão desesperado para que eu cuide de você – Afirma, parando brevemente os avanços contra sua virilha, e levantando sua parte superior, ficando com as costas retas e eretas, deixando ainda mais óbvio a sua dominância sobre ele. – Mas você precisa ser um bom garoto se quiser isso, vai ter que me cortejar primeiro – Explica, e aproveita o momento para pegar a mão direita dele, e trazê-la a sua cintura, não sem antes arrastá-la por suas coxas e as roçar em seu traseiro -Mostrar o quão bom você pode ser pra mim. – Finaliza com a voz rouca.
E com essas palavras ditas, sem vergonha alguma começa a ditar o ritmo de seus corpos, retornando com a fricção entre suas intimidades. Mesmo com a camada de roupa atrapalhando o contato direto, é bom o bastante por enquanto, e fica ainda melhor quando firma as mãos no peito dele, dando maior coordenação e direção. Agora você está usando disso para ter mais atrito em sua região íntima, o usando como um brinquedo sexual pessoal, unicamente e somente para o seu próprio prazer. O pensamento te leva as alturas, não conseguindo filtras suas próximas frases:
- Imagina tudo o que você vai poder fazer comigo – O incita, fechando os olhos querendo se perder na sensação – Eu vou estar tão molhada e apertada pra você – Promete, e ele solta um gemido com isso, só te dando ainda mais estímulos para continuar com suas investidas. Decide ir além, começando a ser mais vocal, sem mais palavras juradas, e sim lamentações e ruídos cuidadosamente pensados, sabendo como o mesmo gosta de te ouvir nestes momentos. Com os sons mais eróticos e pornográficos que consegue emitir, torna seu rebolar mais frenético, o fazendo dar um aperto forte em sua cintura, te apoiando na decisão. Os suspiros preenchem o quarto, deixando o ambiente corrompido com as atividades sujas dos dois. Sabe que não vai aguentar muito tempo, já estava encharcada antes de se jogar nele, e agora com todo esse joguinho, ficou ainda mais excitada, se esquecendo por um momento do porquê de ter começado e só querendo alcançar sua libertação a todo custo. Que piada, você realmente pensou que poderia vencê-lo em seu próprio jogo, mas está prestes a desistir, pedir para que ele te coma e faça o que quiser contigo, e que se dane o seu orgulho no processo.
Mas de repente, com as mãos ainda em sua cintura, ele te aperta mais, não para te favorecer ou encorajar, e sim para te prender no lugar, interrompendo seus movimentos.
- Para de se mexer – Pede em um tom sofrido e lânguido.
Perplexa com seu pedido, abre os olhos e finalmente nota de forma mais clara a situação a sua frente. O modo como ele está tenso, com o olhar franzido, e um certo sofrimento em sua feição, com a pele corada e respiração ofegante. Reconhece rapidamente os sinais, já o tendo visto nestas mesmas circunstâncias diversas vezes. Já sabe que ele está na beirada do precipício, mas se recusa a ceder desta forma. Vendo a oportunidade perfeita a sua frente, a toma com avidez, ignorando suas súplicas e mantendo seu rebolado constante, eficaz em proporcionar mais fricção e contato. O garoto fica mais desesperado e com a respiração mais falha, e você sabe que precisa de um último empurrão para que ele chegue lá, e também sabe qual é:
- Aposto que você se imaginou trepando comigo naquele banheiro, não é? E sabe o pior? Eu teria gostado. – Finaliza, se abaixando novamente e dando beijos no pescoço dele.
A tara do mesmo em atos sexuais nos lugares mais inusitados não era novidade para você, e com isso era fácil apertar os botões dele e o manusear como queria. E sem surpresa alguma, acontece o esperado. Ele se deixa levar pelo prazer e desaba embaixo de você, tremendo em espasmos e levantando o quadril, querendo se pressionar mais contra seu corpo, a procura de um último alívio. As palmas dele ainda prensadas em sua pele, em um aperto forte, que com certeza deixará marcas.
- Porra! – Diz em um sussurro em meio ao orgasmo.
Após isso, demora alguns minutos para que ele consiga se situar, tentando controlar a respiração, se empenhando em a deixar em um compasso menos agitado. Tirando as mãos de você apenas para passá-las na testa, a fim de limpar o suor que já se acumulava ali. Ele fica lindo assim, vulnerável e sem preocupação alguma, calmo e tranquilo, aproveitando a sensação até o fim. Mas é claro que isso teria que acabar em algum momento:
- Caralho! Não acredito – Exclama quando volta a realidade, descendo da nuvem de prazer.
Te tira de cima dele rápido, com raiva e envergonhado por ter se entregado tão facilmente assim. Se levanta da cama a procura de uma muda de roupa, praguejando por ter que se trocar depois de ter melado a que está vestindo. Começa a se despir da cintura para baixo, querendo limpar a bagunça, e abre a segunda gaveta da cômoda, agarrando uma caixa com lenços de papel, a qual você tenta não pensar no motivo dele ter isso tão perto. Desvia o olhar enquanto ele faz isso, não sabendo se resistira se o visse assim. Era dois passos até ele ficar completamente pelado e você também, e terminassem o que começaram ali mesmo.
- Isso não foi justo! – Se dirige a você pela primeira vez, a acusando com uma expressão ainda revoltada na cara, totalmente insatisfeito com sua proeza em desmontá-lo.
– Acho que não era eu quem estava tão desesperada né? –Devolve a provocação de mais cedo, com suas próprias palavras sendo usadas contra ele, e sai do quarto do mesmo, com um sorrisinho no rosto e o deixando sem palavras, embasbacado e coberto em seu próprio esperma.
Assim que sai da vista dele, para pôr um momento no corredor, e segue até a cozinha do apartamento, para se esconder e tentar assimilar o que acabou de acontecer. Mas é surpreendida e põe a melhor expressão que pode no rosto, quando reencontra Fran, que está tirando pipoca do micro-ondas e te encara preocupado:
- Tá tudo bem? – Te encara de cima a baixo, estranhando sua agitação.
-Sim – Responde curtamente, e antes que ele te pergunte mais alguma coisa, o interrompe - Pipoca? – Aponta para a tigela nas mãos dele.
- Sim, ia assistir um filme – Explica – Quer ver comigo? – Te convida timidamente, ainda incerto sobre a situação dos dois.
- É claro que eu quero – Concorda, e o segue até a sala.
Se acomoda ao lado dele no sofá e começam o filme. O qual foi facilmente esquecido, pois estavam mais conversando do que olhando para a tela. Depois que você soltou um comentário sarcástico a respeito de uma cena, foi o bastante para quebrar o gelo, e se iniciar um falatório incessante de assuntos diversos. Alguns bons minutos depois, Matías aparece e se junta ao dois. Sem dizer nada, se senta ao seu lado, e entrelaçando os dedos com o seu, como se fosse algo já comum do seu cotidiano, e te afeta mais do que gostaria de admitir. Fran nota as mãos dadas é claro, e só dá um sorriso com isso, não dizendo mais nada, provavelmente para não os deixarem acanhados.
Não sabe dizer exatamente quanto tempo passou lá, mas só percebe que tem que retornar quando recebe uma mensagem de sua irmã. E assim, se despede de ambos os rapazes com um abraço (para a infelicidade de Matías) e espera ansiosamente para que sábado chegue logo.
-- --
Suas mãos estão suando, e você estrala os dedos pela centésima vez em sinal de nervosismo. Já se checou no espelho inúmeras vezes nos últimos dez minutos, não que precisasse, já que já estava pronta a no mínimo duas horas antes do horário combinado. O dia finalmente chegou, e você não poderia estar mais feliz e a beira de um colapso ao mesmo tempo. E se desse tudo errado? Sua irmã e cunhado o odiassem, e dissessem coisas horríveis a ele? Ou ele não se dando nem ao trabalho de aparecer? Ele tinha confirmado que ainda estava tudo certo pela manhã, mas ainda assim, e se ele mudasse de ideia?
- Você vai criar um buraco no chão se continuar andando em círculos desse jeito – Aponta sua cópia mais velha com um olhar crítico.
Isso faz com que você cesse seus passos imediatamente, parando estagnada no lugar e a encarando com nervosismo estampado no rosto. E quando estrala os dedos novamente, é o ponto crucial para que Wagner decida entrar na conversa:
- Calma gatinha, só queremos falar com ele. – Te conforta, e com essas palavras você consegue se aquietar um pouco, mas não demora muito para que essa sensação se esvaia do seu corpo assim que escuta o toque do interfone.
Corre para atender antes de todos, e com as mãos tremendo quase tanto quanto sua voz, permite a subida do rapaz. Isso vai acontecer, não tem mais volta. Sua irmã desliga a televisão da sala, a qual ninguém estava assistindo, mas a ligaram mesmo assim para preencher o silencio enquanto eles estavam no sofá e você dando voltas pelo cômodo.
Quando o som de alguém batendo na porta se anuncia, o seu coração de alguma forma erra as batidas, só para então começar a martelar ainda mais rápido em seu peito. Você engole em seco e se recompõe, indo abrir a mesma.
- Vou falar com ele primeiro rapidinho, e já entramos –Explica apressadamente, querendo um tempo a sós com o garoto. Abre a porta, e rapidamente dá meia volta, a fechando novamente. Larga a maçaneta com a mão tremendo e se vira, ficando paralisada e surpresa com o que vê. Um Matías arrumado e ainda mais bonito, com um buquê de flores nas mãos. Flores de verdade, em um buque de verdade, e você não consegue parar de olhar para as mesmas, fascinada com as cores e ainda mais com o fato dele ter trazido algo, com a expectativa lá em cima em pensar que seriam para você.
- Oi – Ele te cumprimenta, quebrando até então o silencio que tinha se instaurado ali. Você nem tinha percebido que não havia dito nada desde que o viu.
- Oi – Responde ainda atordoada.
- Para você – Gesticula com a cabeça para o arranjo, as apertando mais forte, e parecendo receoso em te presentear – Não sei se são o seu tipo, espero que sim, mas se não tiver gostado eu posso...
- São perfeitas, eu adorei – É rápida em acalmá-lo, por mais que esteja gostando e achando fofo o modo como ele está nervoso.
- Que bom – Suspira aliviado, relaxando os ombros - Se você não tivesse gostado eu teria que dar isso pra senhorinha do final do corredor que tem uma quedinha por mim. – Brinca e zoa com tua cara, ao mencionar sua vizinha, e você não consegue não soltar um riso com as palavras dele.
- Eu já disse Matías, ela só gosta de você porque você arrumou a lâmpada pra ela uma vez, nada demais. – Retruca com humor.
- Calma linda, não precisa ficar com ciúmes, sou todo seu, e as flores também. – Finalmente as estende em sua direção, mas quando você se aproxima para pegá-las, ele é rápido em tirá-las do caminho, e te puxar para o mesmo, se firmando a sua frente, e juntando seus lábios, roubando um selinho seu. E depois outro, e outro, e outro continuamente.
Você se cansa dos toques castos, e o puxa para você, matando a saudade dos últimos dias separados desde que o visitou, e aprofunda de vez o beijo. Sem pensar muito, ele te prensa contra a parede, ainda com cuidado por conta das flores, e te devora ali mesmo. E você deixa, com muita satisfação, já levando as mãos aos cabelos dele, o incentivando a continuar.
E em sua percepção, está tudo perfeito, até que são interrompidos pelo som grosseiro de alguém limpando a garganta, obviamente em uma tentativa de ser notado, e quando você vê de quem se trata, tem vontade de desmaiar na mesma hora:
- Acho que já está bom de “conversar”, vamos entrando. – Diz o seu cunhado, te fitando brevemente com uma advertência em seu olhar, e depois ao garoto. Os dois se encaram, como se fosse uma competição, nenhum se atrevendo a baixar ou desviar os olhos primeiro. Bufando, você os interrompe pegando o rapaz pela mão e o arrastando para dentro, totalmente corada pelo ocorrido. Vocês mal passam pela porta, quando o interrogatório começa:
- Quais as suas intenções com ela? - Wagner pergunta com os braços cruzados.
Você o lança um olhar bravo, esperando que ele recue e seja mais gentil, não bombardeando o garoto tão abruptamente. Até pensou que ele seria mais amigável, mas isso com certeza parece ter se dissolvido depois da cena que acabou de presenciar.
- Não sabia que era o pai dela – Retruca o garoto com sarcasmo, te lembrando da mesma reação que teve a alguns dias atrás no carro, com as mesmas palavras.
- Não sou pai dela, mas ainda posso me preocupar com ela moleque. – Rebate rapidamente, com muito menos calma do que fez quando foi com você.
- Ela está em boas mãos. – Afirma, sem se deixar abalar pelar palavras do mais velho.
- Isso sou eu quem decido – Replica com severidade, e autoritário.
Você está aflita e quase arrancando os cabelos, seus piores cenários estão se tornando realidade. Seu cunhado já está irritadiço e não vai desistir tão cedo da ideia de fazer esse julgamento do garoto, e por Deus! Matías podia ser muito bocudo e sem filtro quando queria, se continuasse assim, nada de bom sairia dessa conversa, que estava mais para uma troca de farpas.
- Escuta aqui... – Matías começa, pronto para já soltar a primeira ofensa que vem à cabeça.
- Já chega! Os dois – Sua irmã intervém, tornando sua presença conhecida.
É a primeira vez que o garoto se dá conta de que tem mais alguém ali, mas não pode culpá-lo, ele mal teve tempo de olhar para o lugar ates de seu cunhado o bombardear com questionamentos. Aproveita que sua irmã está repreendendo o noivo com o olhar e faz o mesmo com o mais novo.
- Matías, se comporta – Sussurra, e o lança um olhar zangado. Retira o buque que ainda estava na mão do mesmo, e as guarda cuidadosamente em uma mesinha no canto, antes que acabe o amassando em razão da raiva.
- Vamos começar de novo – Sua irmã interfere – Por que não se senta um pouco? – Pergunta apontando para o sofá, mas todos ali sabem que é mais uma ordem do que qualquer outra coisa - Quer beber alguma coisa? Uma água? Um suco? – Oferece sendo uma boa anfitriã.
- Não precisa, obrigado. – Diz se sentando junto com você no estofado, o que rende um olhar nada satisfeito de seu cunhado.
O início da conversa é marcado por um diálogo simples e tranquilo que sua irmã consegue administrar com destreza e leveza. Primeiro quer conhecê-lo melhor, saber o que ele faz, se estuda, trabalha, tem algum hobby, e coisas do tipo. Eles engatam em uma conversa bacana, e o clima começa a se aliviar.
Ele é engraçado, e a faz rir nos momentos certos, até mesmo a fazendo corar com o quão charmoso está sendo, dizendo que não parecia ser sua irmã mais velha, com a quão jovem e bonita era a mesma. Você só consegue morder o lábio com isso, levemente enciumada e se conforta ao ver que seu cunhado está do mesmo jeito. Era pra ele conquista sua irmã, mas não tanto assim você pensa com amargor.
Mas percebe o quanto está sendo ridícula quando ele a insere na conversa, dizendo o quanto gosta de você e ficou contente por ter concordado em sair com ele hoje. Prometendo que cuidaria de você, e faria o possível para te fazer feliz. O que faz com que ela o retribua com um sorriso, e sorria para você também.
Está contente pelos dois terem se dado bem, mas é com tristeza que nota que seu cunhado parece tê-lo odiado. Sabe que não tem muito o que possa fazer no momento, apenas aceitar e esperar para que as coisas mudem com o tempo.
Resignada com isso, se prepara para partir, mas assim que estão prestes a isso, o garoto te para:
- Não quer levar um casaco? está frio hoje. – Pergunta.
- Estou bem, não precisa. – Nega o tranquilizando.
- Depois você vai ficar com frio. – Retruca na ponta da língua.
- Eu já disse que to bem. – Rebate, já começando a se estressar.
Mas então o inimaginável acontece, e seu cunhado se intromete, dando razão ao rapaz: - Ele está certo, melhor levar um agasalho. – Concluí.
Não querendo ficar arrumando briga e prolongar o momento, decide acabar logo com isso, e se vira em direção ao quarto a procura de alguma peça. Mas antes, pega as flores que ficaram em cima da mesa, e as leva consigo, para guardá-las na mesa de cabeceira ao lado de sua cama, já sabendo que seria o seu item favorito nos próximos dias. No meio do trajeto, não consegue deixar de escutar a conversa que se inicia conforme se afasta:
- Já se acostuma, as vezes ela pode ser bem teimosa. – A voz de Wagner afirma.
- Ah eu sei muito bem! – Concorda Matías - Uma vez fiquei uma hora a convencendo a não ir de salto...
O resto da frase não é compreendido por você, se tornando ruídos por conta da distância. Entrando no seu quarto, deixa o buque na cama por enquanto, para guardá-lo com mais cuidado mais tarde, e vai rapidamente ao guarda-roupa e pega a primeira coisa que vê, sendo uma jaqueta que gostava e era o melhor que encontraria no momento. Retorna apressadamente para os dois, com medo do que encontraria, talvez uma gritaria, troca de ofensas, socos, risos...risos?
- E então ela ficou o resto da noite usando o meu tênis e me deixando descalço no meio de rolê – Matías conta, arrancando gargalhadas de seu cunhado.
- Não acredito! – Ele dá um aperto no ombro garoto, em sinal de companheirismo, como se já fossem amigos – É a cara dela fazer isso! – Afirma ao mesmo.
-E ainda reclama quando a gente avisa – Matías fala como se fosse o mais sensato ali.
- Nossa sim! O pior é quando...
- Já terminaram de falar mal de mim rapazes? – Os interrompe, deixando ambos sem graça e sua irmã tentando abafar o riso ao canto, cobrindo a boca com a mão e soltando uma tosse disfarçada.
- Pode me esperar lá fora Matías, eu já saio – O rapaz não se mexe – Rápido, antes que eu mude de ideia – Diz azeda, e o mesmo decide obedecer e se despede da sua família, abraçando sua irmã, e trocando um aperto de mão com seu cunhado, que o envia um olhar de força e boa sorte. Inacreditável.
Assim que o mesmo sai, se vira e encara os dois, esperando uma conclusão, pronta para escutar o que estivesse por vir:
- Eu o achei uma gracinha, educado e muito bonitinho. – Sua irmã diz, totalmente fascinada e já conquistada pelo mesmo.
Não é surpresa, depois da bajulação dele com ela, não poderia ser diferente, mas admite que está feliz pelo resultado obtido, e olha para o seu cunhado, esperando a resposta dele:
- Ele é firme, tenho que dar esse ponto pra ele, não se intimidou nem um pouco comigo – Começa - E se preocupa com o seu bem-estar, é o bastante por enquanto. – Termina, ainda cético, mas claramente mais tranquilo em relação ao mais novo.
Melhor do que nada, você pensa consigo mesma.
- Tá bom, eu tenho que ir, tchau – Finaliza o assunto e se despede, correndo para a porta, ansiosa para o resto de sua noite.
- Se divirta – Diz sua irmã.
- Mas não se divirta demais – Retruca seu cunhado a repreendendo.
Você só ignora os comentários e sai pela porta, onde o seu garoto te espera:
- Vamos? – Pergunta e estende a mão.
Nem ao menos consegue ficar brava pelo fato dele ter falado absurdos seus a alguns minutos atrás, mas já sabia que ele poderia ser uma boca de sacola, e gostava dele mesmo assim.
- Vamos. – Confirma e aceita a mão dele, em um aperto firme.
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Não tem como não notar as pequenas e sutis mudanças que ocorrem na dinâmica entre vocês. Obviamente já haviam saído juntos antes, mas essa seria a primeira vez que seria oficialmente um encontro, como se tivesse um aviso em neon na testa dos dois dizendo “ei, estou interessado em você, esquece a história de amizade com benefícios”. Ele segura em sua mão, algo que você notou com prazer que está se tornando um ato contínuo de afeto em público, e a envolve com a dele, fazendo pequenos movimentos com os dedos, as vezes apertando de leve quando fica apreensivo com algo, e o seu favorito, quando aproxima os lábios e beija a costa de sua mão. É tão galante da parte dele, e você nunca pesou que usaria essa palavra para se referir ao garoto. Não tem receio em passar o braço ao redor de sua cintura, te puxando para perto, querendo ficar próximo de seu corpo, porém tudo nos limites certos, te pedindo permissão com o olhar antes, e nunca presumindo nada. Com certeza ele recebeu o recado depois da lição que deu nele.
Compra os ingressos, pipoca e bebida, não te deixando pagar nada (até aí nada de novo) e te conduz para a sala com a mão perigosamente baixa em suas costas. Assim que estão acomodados em seus acentos, que se encontram no meio da sala, ele distribui as coisas, deixando tudo perfeitamente ao seu alcance, seja a pipoca ou o seu refrigerante favorito.
Para seu descontentamento, com os lugares sendo mais à frente, não tem uma privacidade tão grande como normalmente tem nos acentos dos fundos, o que sempre rendia alguns amassos e beijos furtivos, e você tenta se conformar com a ideia de que não terá nada disso está noite, quando traz a mão do rapaz a parte interna de sua coxa, e ele rapidamente tira, te oferecendo mais pipoca, nervoso com o seu gesto. Isso é estranho, ele nunca tinha negado toques seus, mas acha que ele ainda pode estar abalado por causa do incidente no quarto dele, então decide deixar isso quieto por enquanto.
Surpreendentemente o filme prende a atenção dos dois e fazem que nem perceba o tempo passando. Todo o momento compartilhado entre os dois são preciosos, seja as mãos entrelaçadas, ou os olhares entendedores trocados mesmo na sala escura.
A noite não se encerra quando o filme acaba. Após isso, ele te leva para tomar um sorvete, comer um doce, ou o que você quisesse segundo as palavras dele. Então dali seguem para o lugar mais próximo à procura do gelado, que só servia como uma desculpa para prolongar a noite. Conversam o tempo todo enquanto saboreiam a sobremesa refrescante, rindo e fazendo comentários sarcásticos de tudo. Quando terminam e vão em direção ao carro do mesmo, que está estacionado um pouco mais afastado, aproveita antes que ele ligue o veículo e o ataca, subindo em seu colo no acento do motorista.
- Eu sei que o “certo” é ir pra cama só depois do segundo encontro, mas… acho que posso abrir uma exceção. – Faz piada, brincando com a gola da camisa dele.
Quando ergue o olhar para encontrar o dele, se decepciona em não encontrar o fogo e excitação que esperava.
- Não precisa, é para ser uma noite especial, ela não vai ter menos significado só porque não dormimos juntos. – Contrapõe, se opondo a ideia. E isso te assusta, pois já é a segunda vez que ele te afasta, e antes desta noite, isso nunca tinha acontecido antes.
Mas não deixa se desanimar por isso, e continua insistindo:
- Eu sei, mas eu quero. – Afirma com convicção, trazendo as mãos ao rosto do rapaz, o acariciando e percorrendo os traços dele com delicadeza. - Quero te agradecer por ter sido tão bom pra mim hoje. – Ronrona sensualmente, querendo juntar seus lábios, mas ele te impede:
- Não quero que sinta que tenha que fazer algo pra me agradar, é sério. – Nega mais uma vez, te deixando mais perdida ainda.
Isso está começando a te irritar. Por que ele está sendo todo sensível bem agora? Você queria a versão safada e irônica dele de volta.
- Matias, eu amo como você foi romântico e atencioso, eu adorei a nossa noite, de verdade, assim como adorei todas as outras. – Justifica, o dando a validação que o mesmo parece estar procurando - Mas pode parar de fingir, eu quero que você me coma agora entendeu? Que que me foda tão forte que eu mal consiga andar amanhã, consegue fazer isso? - O encara profundamente, para que ele enxergue a seriedade de seu pedido.
Ele franze o rosto, parecendo ofendido com a sua pouca fé nos atos dele e retruca rapidamente:
- Não to fingindo nada, e também não quero transar com você. – Diz sério.
A rejeição te bate forte, a deixando sem palavras no mesmo instante. Você fez algo de errado? ele viu que você não era o que ele queria? se arrependeu de ter tentado? Independente do motivo, você só quer colocar a maior distancia que pode entre os dois agora, saindo do colo dele, antes que as lágrimas a de boas-vindas.
Ele nota o seu humor mudando, como ficou triste e desapontada. E quando sente que você quer sair de cima dele, só a segura mais forte, te impedindo:
- Eu me expressei errado, me desculpe – Traz as suas mãos ao peito dele - O que eu quis dizer é que... você está certa, tenho que te conquistar primeiro. Fazer as coisas direito, pelo menos uma vez – Te fita com ternura e sinceridade – Não foi fingimento, eu quis fazer tudo o que fizemos hoje: as flores, sua família, o encontro, tudo porque eu quis, não porque estava esperando uma transa no final da noite – Te explica com calma – Não que eu não queira, acho que isso ficou bem claro da última vez que nos vimos – A relembra, e ambos coram com a memória - A próxima vez que formos pra cama, vai ser como um casal, de verdade. – Diz por fim.
Se aproxima mais, e te envolve em um abraço apertado e terno. Com os braços em torno de sua figura, te engolindo em uma bolha de calor e conforto, preenchido pelo perfume acolhedor dele:
- A próxima vez que você gozar pra mim vai ser como minha namorada – Sussurra em sua nuca – E você vai amar a sensação. – Concluí, sabendo que a promessa é um fato.
E neste momento, você sabe que o ama, com toda a certeza do mundo.
Aaaaa, o nosso casal está finalmente acontecendo 👏, espero que tenha revisado tudo direitinho, mas já peço desculpas caso tenha tido algum erro 🥹✊ até o próximoo 😚💖
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caostalgia · 1 year
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Te diré la verdad, amor:
Cuando salí de tu casa, me senté en la banqueta a llorar. Dolieron un montón todas tus frases hechas para que el engaño fuera responsabilidad mía. Sentí que el hueco en mi panza era tan grande que podría comerme entera.
Se me fue la voz hasta el fondo del alma porque ahí, yo seguía queriéndote pese a que dijeras que no lo hacía.
Mis ojos no tenían visión; había solamente agua dulce -justo como el sabor del pintalabios que traías de ella en tu boca- y ácida (como tu traición) que, según tu historia, fue mi culpa.
-Cinthyacabalga
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marcela-33 · 9 days
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Tumblr media Tumblr media
Hola?...♥️...aquí estoy, como me veran disfrutando de la mitad de una naranja 🍊 mmm por ser ácida no la quisieron ☹️ pero yo la quise y la verdad no esta tan ácida como decían 😜 jajaja. PD:espero que est��n bien 💜...que sigan teniendo una linda tarde mis amores 🥰...besos y abrazos. Cuídense
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klimtjardin · 1 year
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Tentando Engravidar
Parte 1
OT23 (membros e ex-membros)
{isso é ficção!; romance; fluffy; cenário doméstico; um pouco de angst no cenário com o Yuta; casamento; gravidez}
Taeil
Honestamente, por mais que recorresse em suas fantasias, ele não pensou que se casaria de fato. Mas aconteceu; ele te conheceu, vocês se apaixonaram, casaram em uma cerimônia intimista. Um ano depois, você traz o assunto à tona com toda a delicadeza que lhe é cabido. Pensar em ter filhos deixa Taeil com uma sensação ácida na boca do estômago. Ele te ama, inegavelmente. Porém, há algo sobre a liberdade e - nem tanta - responsabilidade, que a vida a dois o traz. Ele gosta de poder acordar a hora que quer e fazerem planos quando querem. Mas o que o dá medo de verdade, é não ser bom o suficiente.
— Eu não acho que seja bom com crianças — confessa ele.
Você não insiste, mas lhe dá suporte, dizendo que tudo se aprende na prática. Taeil começa a estudar a possibilidade, ficar mais perto dos amigos que têm filhos e fazer perguntas a eles. Aos poucos, a ideia amadurece, e em uma conversa franca ele te diz que se sente pronto para tentar. Quando começam, ele se apaixona por todo o processo, e por você de novo. Nunca imaginou fazer parte de algo tão importante.
Johnny
Desde o namoro, acostumou-se com indicações que Johnny fazia sobre querer ser pai, como dizer "quando tivermos um filho" e procurar uma casa com quartos a mais para morarem - e quando a encontraram, decidiram se casar. Seu casamento foi lindo, com todas as pessoas mais especiais para vocês presentes. Ouviam indiretas de parentes sobre terem bebês, mas não permitiram com que isso fizesse vocês saírem do seu planejamento. Você e Johnny queriam tempo para organizarem suas carreiras e assim poderem fazer uma pausa segura. Três anos depois, um dia, Johnny chega em casa com uma roupinha de bebê comprada e diz que não se aguentou. Vocês tem a conversa: assumem que não existirá um momento em que estarão mais ou menos preparados para terem filhos, mas que agora já estão estáveis para começarem a tentar. O resultado vem rápido, no entanto, o que espanta ambos.
— Já, meu amor? nem acredito que logo seremos você, eu e o pequeno... — Ele acaricia sua barriga.
— Pequeno, Johnny... É seu filho, esqueceu?! — você dá risada.
Taeyong
Seu namoro e noivado com Taeyong acontecem rápido, em um período de oito meses, e com eles a fagulha do seu desejo de ser mãe é acesa. Estão começando a planejar os detalhes do casamento quando você compartilha seus sentimentos com Taeyong. Ele acha precipitado da sua parte, uma vez que pouca parte de sua vida a dois havia saído do papel.
— Por mim, eu já voltava grávida da lua de mel... — alfineta, esperando uma resposta rápida do parceiro.
Taeyong diverte-se, porém:
— Mas eu recém tive dispensa do exército... você não quer aproveitar um pouco, hm?
— Ótimo, olha esses brações... — O aperta nos bíceps. — Perfeitos pra carregar uma criança em cada!
— Em cada?!
— Quem tem um não tem nenhum, Taeyong... — brinca.
É óbvio que você tem noção de que não convém correr desta forma. Uma criança - ou duas -, ainda que desejada, necessita de planejamento. Aguardam pacientemente se adaptarem à vida de casados para, depois de um ano, conversarem. Começam a se preparar entrando em lojas de móveis e roupas de bebê, e estudando sobre parentalidade antes de tentarem de fato.
Yuta
Você e Yuta não tentaram, embora o bebê tenha decidido vir mesmo assim. Não são casados, porém, namoram há dois anos.
— E agora, Yuta?! Eu tinha imaginado algo tão diferente... — se exaspera.
— Tudo bem, querida, nem tudo é como a gente quer. Eu vou estar aqui com você, você sabe.
Você tem que lidar com a ansiedade que acompanha todos os processos, desde encontrar uma nova casa para sua família a preparar o quarto do bebê e fazer as devidas adaptações às suas rotinas. Começam a morar juntos, diminuem o ritmo de trabalho, tem se concentrado em fazer sua casa se tornar um lar. Yuta é sensível ao seu gestar; se esforça tanto quanto você, para carregar o peso do que não consegue sozinha.
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ventaniaescrita · 2 months
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Neuroplasticidade
Preso entre a verdade
E a vaidade
Dessa neuroplasticidade
Da vil e constante crueldade
Que vivi nessa cidade
Que os momentos de afago
Não puderam esquentar
Que as cachaças e os tragos
Não puderam apagar
Que os risos e presentes
Não puderam alegrar
Sou fruto do mundo
Regado à chuvas ácidas
Sou fruto dos rostos
Cheios de plástica
Do chão em que dormi
E das noites em que não (dormi)
Dos inimigos que fiz
E amigos que perdi
Eu sou eu
Por bem ou por mal
E nada mais.
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Penso sobre o grande monólogo da minha vida com grande frequência. Visito suas entranhas enquanto escovo os dentes pela manhã e me encaro no espelho, preencho lacunas com verdades ácidas. No decorrer em que meus passos passeiam por cada sentença, escorrego pelas curvas das letras, engasgo com as vírgulas das orações e sigo aos tropeços após cada ponto final. Imagino a maneira como meu cabelo vai estar parcialmente preso, fios de crepúsculo caindo na lateral das bochechas, uma blusa vermelha que nunca usei antes e lábios que trarão consigo o beijo da chuva – companheira inseparável dos meus momentos mais decisivos. E de todas as vezes que antes já me vi desaguar em confissões imprevisíveis, será a primeira em que não haverá qualquer temor; pensamento secundário que oprime e aniquila, ou timidez. Não haverá música, o silêncio dos carros a certa distância será, talvez, um dos poucos eventos a disputar espaço com o som da minha voz, uma ou duas ventanias que se aninharão nas colunas que seguram o teto, dez ou quinze gotas de chuva murmurando à soleira da porta "aqui jaz meu espetáculo, a mim estes corações pertencem, sou a matriarca das suas descobertas e propulsora de sua destruição em vida, me deixem entrar".
Penso sobre o grande monólogo da minha vida com grande frequência. Não anseio pelas lágrimas que asfixiariam três ou quatro palavras sussurradas em revelações melancólicas; mas acredito na sua possibilidade de existência, pois não seria eu se não viesse carregada com o excentrismo antiquado de damas de época, com seus vestidos de baile e marcas carmesim no alto das maçãs do rosto e em clavículas à mostra; uma veia pulsante na garganta simbolizando o coração aos frangalhos como um cavalo que atravessa as planícies invernais de jura vaudois. Eu seria honesta como nunca fui e abriria meu peito com a mesma violência que um trem descarrilhado – nem uma chance de evitar a catástrofe. Nenhuma chance de evitar a minha própria queda.
Quando observo meu próprio rosto cansado no espelho ou quando me debruço ao lado da cama com as mãos sobre o colchão, em uma reza silenciosa e suplicante, penso no grande monólogo da minha vida. Penso em como ele pode levar um ano ou talvez cinco para surgir, dada as adversidades do destino. Penso como eu talvez não seja mais eu quando ele saltar para fora da minha língua como um nadador desprende os pés de um penhasco para um flutuar mortal até o fundo do oceano; talvez eu não seja mais eu e talvez nós não sejamos mais nós, mas sei que minha verdade não tem tempo de validade, não veio com etiquetas de fabricação e as limitações fúteis da existência que ferem e matam; não há um resquicidio de possibilidade de que a verdade de hoje venha a ser camuflada como mentira com o passar do tempo; nem mesmo a mais feroz das máscaras poderia conter as curvas de uma confissão genuína.
Penso sobre o grande monólogo da minha vida com bastante frequência. Na maneira como o futuro se desprende do destino em grandes teias de possibilidades e possíveis fatos a serem consumados, em como dentro destas infinitas realidades existirá uma delas, talvez a mais provável, em que minhas pernas terão músculos de água e ossos de açúcar e eu caminharei sozinha pelas calçadas tentando me lembrar qual o endereço que eu chamo de "lar". Qual a travessa? Ou seria uma avenida? Quantos quartos há na minha casa? Eu sequer tenho uma? E eu deslizarei, de alguma forma, para os lençóis que tomaram o costume de me acalentar nas madrugadas mais sombrias, e eu irei me encolher ali como um passarinho que cai do ninho; ansioso pelo primeiro voo, embargado pela vergonha do fracasso e o peito em chamas ao se dar conta do choque contra o asfalto.
Mas leve. Pela primeira vez em muito tempo. Pela primeira vez na minha vida. Um floco de neve que cai lentamente e se desfaz sobre a grama. Certa de que não haverá uma única lacuna de mim por aí, vazia e escura, ora preenchida por meias palavras e meias verdades. Eu poderei existir verdadeiramente a partir dali, não um acúmulo de cinzas que se despeja e retorna ao cinzeiro na próxima tragada.
Penso sobre o grande monólogo da minha vida com bastante frequência. Como ele será o fim e o começo de tudo. Como ele virá acompanhado da revelação da essência humana e me desprenderá dos fios da incompreensão caricata. Eu não seria mais eu, mas nunca conseguiria estar tão próxima da versão mais real de mim.
Finalmente. Nenhuma contenção.
Nenhum muro para guardar meus temores e minhas falhas.
Nua e exposta; pele e órgãos à mostra.
Pela primeira vez, ainda que vazia... Inteira.
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lou-art · 1 year
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¿POR QUÉ JUJUY Y SALTA SE LLEVAN MAL?!??!?!?!?!?!
La verdad es que hace mucho que no desarrollo su relación :( Pero hace unos años contesté una pregunta parecida en el Ask de las provincias, acá te cito lo que respondí: "La relación entre Salta y Jujuy no es la mejor de todas las provincias. Acá una pequeña explicación:
Época colonial
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Cuando se formó la Intendencia de Salta del Tucuman (1783) Jujuy quedó bajo el poder de Salta.
Jujuy no gustaba de la presencia de Salta porque ella tenía muchísimo interés en su territorio. Cosa que se ve reflejada en el futuro cuando ella se niega rotundamente a darle su autonomía para ser reconocido como una provincia.
Principios del siglo XIX
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Durante los primeros años del siglo XIX ellos dos dejaron sus diferencias de lado para poder combatir por el bien del país, durante las guerras de independencia argentina.
Autonomía jujeña
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Fue de las autonomía más violentas ya que hubo una guerra de por medio. (Batalla de Castañares)
Jujuy fue el último en conseguirla porque Salta buscaba por todos los medios quedarse con él, por lo cual en un momento el jujeño no aguantó más y buscó la ayuda de Tucumán (enemigo de Salta(?) para poder liberarse de ella.
Actualidad
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Aún Salta sigue molestando a Jujuy y pelean la mayor parte del tiempo por diferentes temas.
En los últimos años Salta promociona el turismo en su provincia usando paisajes de su vecino Jujuy en sus propagandas. Noticia: [acá]" Pienso que Jujuy por toda esta historia debe ser muy celoso de sus cosas y no soporta que Salta lo eclipse o intente tomar cosas que son de él. De todas formas, José es un chico re tranquilo así que solo desliza una que otra palabra ácida contra María cuando la situación lo amerita 😂 Tampoco puede llevarse 100% mal con ella porque es su única vecina argentina
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maximeloi · 2 months
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"you deserve a whole lot better, you know." ( james )
⭒  ๋࣭ 𖹭  ๋࣭ ⭑ mais um encontro mal sucedido, mais uma frustração. na verdade tinha ido a dois encontros com a garota para no fim descobrir que ela estava saindo com outras pessoas também. e tudo bem, eles estavam apenas no segundo encontro e não tinham falado sobre continuarem apenas entre eles... mas poxa! eles conversavam todos os dias, estavam tendo uma ótima troca, clicaram bem... por que essa não podia ser sua chance? “ ━━━ muito irônico você dizer isso quando você quem me arranjou essa furada." reclamou de maneira ácida. e bastou que as palavras saíssem de sua boca para que compreendesse que foi duro, se arrependeu automaticamente. “ ━━━ desculpa. não quis... dizer assim. estou chateado, só isso." resmungou, bebendo um pouco da cerveja direto da garrafa mesmo. “ ━━━ achei que ia dar certo, ela era legal."
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nemesiseyes · 3 months
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DEAD EYES .
featuring : @lynksu & @krasivydevora . @silencehq
de certa forma, era novo no mundo dos semideuses. não era novo sabendo que era filho de uma deusa, afinal, isso havia sido deixado claro inúmeras vezes pela própria. mas, a maneira como nêmesis havia o criado era outra. bem diferente de como havia criado seu outro filho, ethan nakamura, o vilão que posteriormente se converteu. não. enquanto ethan tinha uma jornada até seu último sacrifício, tadeu era um algoz. protegido e monopolizado por sua mãe, alheio ao acampamento meio-sangue e a qualquer possibilidade de ser um dito herói, pelo menos não do modo como ethan havia sido. nêmesis sempre dissera que existia heroísmo em punir quem se safou de seus pecados mundanos. talvez fizesse sentido. e, talvez, diferente de perder um olho, sua condenação era a contínua visão de todas as coisas terríveis feitas por todas as pessoas que sentenciava, ali, encravadas em sua mente. sua condenação era nunca esquecer. 
não queria ser um heroi assim. não sabia em que momento tudo o que via apenas o tornaria amargo demais. acima de tudo, tadeu entendia que sua natureza era como uma balança. sempre maldita balança. e em algum momento, ela se quebraria. só haveria um lado. não achava que estar com nêmesis o faria justo quando se sentia tão perturbado pelas próprias memórias. que sequer eram suas. portanto, ela o ofereceu a única outra opção: o acampamento meio-sangue. não por bondade, mas por capricho. ela já havia determinado que seu filho não era um justiceiro, era um vingador. mas o deu a chance de entender com seus próprios olhos. os olhos que tadeu tanto queria que fossem seus, não dela.
pois ele iria a mostrar que poderia ser o melhor herói daquela porra de lugar. que teria um monte de amigos e não precisaria dela para mais nada. ela perderia sua aposta.
talvez não fosse o modo convencional de querer fazer o bem, mas ainda assim, foi com as melhores intenções que entrou naquele carro “gentilmente concedido” com devora e lynx, pronto para finalmente mostrar a nêmesis que ela não escolheria o destino de mais nenhum de seus filhos. mas, obviamente, também pensava em como tornaria isso possível de forma tática. não era bom em estratégias, até porque, poderia ser o mais velho em idade, mas era o mais novo em tempo de acampamento. havia levado consigo o sangue frio para ataques furtivos e olhos letais escondidos atrás de lentes escuras. não era um guerreiro ruim, na verdade se esforçava muito para compensar em batalha o que se recusava a avançar em habilidade mágica, porém era inegavelmente traiçoeiro. funcionava melhor apunhalando pelas costas.
o restante da viagem não foi ruim para ele. apreciava conversas trocadas e também sabia levar os momentos de silêncio numa boa, tinha sempre bastante o que refletir, afinal. sua última missão havia sido uma falha sem qualquer contrapartida. apenas um apanhado de erros, mas, diferente da antiga equipe, com aqueles ali possuía bem mais afinidade. eles tinham alguma coisa áspera, ácida. um comportamento que combinava com o seu. muitos provavelmente não achariam isso bom, mas para tadeu jamais seria ruim encontrar pessoas com faísca. aquele era um carro entupido de pessoas temperamentais, mas felizmente haviam caído do lado certo da coisa e existia um senso de simpatia os rondando.
certamente após cinco horas de viagem e nenhum direcionamento exato de onde ir, tadeu aceitou a sugestão de sair para beber. existiam algumas ressalvas a respeito do lugar, claro, já que detestava interiores. sua experiência durante as caçadas aos pecadores sempre levavam a algum fim de mundo onde uma pessoa monstruosa comeria suas atrocidades passando por cima da lei, e se tratando de um interior americano, pior ainda. ah, claro, e também odiava universitários. universitários do interior então? que pesadelo. 
para sua sorte, bastava um pouco de bebida e qualquer jovem imbecil riria do seu temperamento por lhe considerar brincalhão. já havia passado por isso várias vezes antes: o choque de alguém lhe responder atravessado instigava. os óculos escuros também. era algo a ver com a peculiaridade de usá-los até no escuro, talvez? ele nunca explicava, a não ser que planejasse passar mais de algumas horas com alguém, que era quando inventava alguma mentira crível. 
ali, não existia nenhum interesse em nenhuma daquelas pessoas. isso é, até avistar uma moça o encarando do outro lado da sala. seu cabelo era longo e escuro, sua roupa era um vestido laranja combinando com o tom de pele quente, e havia algo em seus olhos que o chamavam. mesmo vendo as cores foscas, ele ainda enxergava o brilho. deveria ter o achado incomum, mas o achou encantador. ela era bem mais interessante do que saber sobre cursos, períodos ou viagens estúpidas de riquinhos mimados. sequer se recordava agora de quais mentiras havia inventado além do nome falso, teddy. 
não muito depois de oferecê-la uma bebida, tadeu já tinha uma ideia muito melhor do que fazer. pensou em ir até o banheiro, ou em algum beco escuro, mas, no fim, preferia o carro. se qualquer um dos dois reclamassem no dia seguinte, se resolveria depois. não sobrava muito espaço quando tudo o que queria era tirar a roupa de sua desconhecida charmosa. uma desconhecida como ele. ah, era revigorante. 
infelizmente, o êxtase só durou até a menção em tirar seus óculos. com o peito desnudo e um olhar confuso, alarmado pelo contato das mãos geladas da mulher, tadeu os segurou firmes em seus olhos. 
❛ o que é que você esconde aí? ━━━━━ era impressão sua ou a voz dela soava muito menos agradável do que antes, com o barulho da música alta abafando o timbre? 
❛ é uma condição ocular rara. ━━━━━ falou, tentando não soar tão confuso quanto antes. porém, assim que seus olhos finalmente focaram na figura sentada em seu colo, no banco da frente, foi como acordar de um transe. os olhos encantadores finalmente eram esquisitos o suficiente para assustá-lo, e seu impulso foi esticar o braço para abrir a porta do carro.
uma atitude arriscada. 
tw: sangue, briga, ferimentos.
a empousa se agarrou ao seu corpo, usando o próprio peso para tentar derrubá-lo no chão. seu sorriso era diabólico. enquanto tentava se desconfiar da criatura colocando peso em cima de seu corpo, o monstro levou a mão até sua boca. ❛ não era isso que você queria, semideus? estou exatamente onde deveria estar. ━━━━━ e então, a viu avançar em sua direção. deixou. assim que os dentes encostaram em seu pescoço, aproveitou o momento de guarda abaixada para se livrar do aprisionamento, mas a perna mecânica ainda estava prendendo uma parte de seu corpo. 
❛ você quer ver o que eu estou escondendo? ━━━━━ aquela era uma atitude desesperada. tadeu jamais usava seu poder e ele sabia que assim que o utilizasse naquele monstro, algo terrível o aconteceria. ainda assim, tirou os óculos. o brilho escudo das íris refletindo o amarelo do monstro se tornaram um grito estridente de agonia, vindo dela.
um grito alto demais. com o corpo encolhido pela dor excruciante, ela começou a se debater. os sons inumanos aumentavam sua náusea. a sensação era de que os pulmões haviam sido perfurados. o pânico. tadeu sentiu que seu coração iria parar a qualquer momento e que seu cérebro iria derreter a qualquer segundo. ele sentia tudo queimar. aquele maldito grito. não importava se eram humanos ou monstros. eles gritavam do mesmo jeito no fim. era o mesmo pedido de socorro que ninguém atenderia. a punição final era estar sozinho e sentir tanta dor que, em caso de sobrevivência, você jamais faria nada disso outra vez. mas aquilo era um monstro, não iria morrer. só iria gritar para sempre.
colocou a mão no peito e se virou para o lado, com os olhos abertos lacrimejando. precisava agir. mesmo sendo consumido pelo desejo de desaparecer. as visões eram horríveis. isso também sempre acontecia. sempre via toda a dor causada em primeira pessoa, como o agressor. ele jamais esqueceria nada que aquele monstro havia feito. e estava cansado disso. farto. era injusto. nêmesis deveria saber o que era injustiça.
talvez fosse o ódio falando mais alto, mas foi o desejo de lutar contra que o fez reagir. com a faca de ferro estígio empunhada, se arrastou até o corpo da empousa, e a golpeou no coração. no instante seguinte havia apenas gritos abafados sumindo em poeira até o céu. ela jamais voltaria. não havia mais essência. e então, ao lado do corpo desfeito, buscou pelos óculos escuros e os colocou, sentado no chão e encostado no veículo olhando para o nada até que lynx chegasse alarmado, e devora chegasse impaciente. ❛ empousas. tô ligado. ━━━━━ quando se levantou, observou o ferimento de devora pela primeira vez. foi o que o fez voltar a reagir como uma pessoa normal. ❛ porra, ok. primeiro isso e depois a gente vai. ━━━━━ balançou a cabeça, tornando a entrar no carro, dessa vez, colocando devora no banco de trás consigo.
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ignacionovo · 5 months
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El legendario violinista Isaac Stern se encontró después de un concierto con una mujer madura que había asistido a la representación y que, de repente y en tono elogioso, le dijo:
“¡Oh, querido maestro, daría la vida por tocar como usted!”.
“Señora”, respondió Stern de forma bastante ácida, “¡Eso fue exactamente lo que yo hice!”
Esta anécdota del encuentro entre el eminente músico y la mujer madura destila una verdad profunda sobre el éxito y la maestría en cualquier disciplina. La respuesta del artista, con su agudeza y humor, subraya el inmenso tiempo, el duro esfuerzo y la total dedicación que son necesarios para alcanzar la excelencia en cualquier arte o habilidad. En este caso, la música.
Y es que mucha gente olvida que alcanzar nuestras metas y convertirnos en la mejor versión de nosotros mismos requiere perseverancia y dedicación constantes.
Así que la próxima vez que alguien sienta envidia por los logros o el talento de otras personas, que primero evalúen y analicen cuánto les costó llegar hasta donde están.
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natalygrhol · 1 year
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Fast love
Vivimos en un era digital en la que los deseos se cumplen de de manera inmediata a un clic de distancia.
La vida, se convirtió en una vida por catalogo. Quiero una hamburguesa me bajo la app y decido como personalizarla y la tengo en casa sin tener que hacer más que eso, pedirla.
Quiero viajar y necesito irme ya de un sitio peligroso, entonces froto mis dedos contra el vidrio de la lámpara de la nueva era y lo tengo en unos minutos.
¡Pero que fácil es todo, señores!
De la misma manera en la que pedimos un uber, o un hamburguesa ahora también, desde hace unos años se pide un amor.
Queremos todo para ayer, así que pasamos del fast food al fast love. El amor pasó a ser la personalización de un big mc.
Hola, me llamo fulana tengo tantos años y quiero a una persona de x talla, tantos años y que preferentemente tengas determinadas cualidades y no viva tan lejos, que tenga niños o no, no es algo excluyente...
Lo anterior parece un cv, pero así son las búsquedas de afecto en la actualidad.
Pones una foto, todo lo anterior dicho y ahí estas.... recibiendo machts que duran segundos en charlas efímeras y en la que pegas onda, te ves con alguien....
Pero no olvidemos que estamos en la época de lo instantáneo... así que si vas más despacio, si realmente queres conocer al otro y no le das un beso en la primera cita, y te acostaste como tarde en la segunda, o si te molesta que te hablen de sexo sin siquiera verse más de una vez y sin consentimiento, el problema sos vos.
Tal cual así, recuerdo perfectamente sus palabras... "yo soy directo, y me sentí incómodo con lo que me dijiste"... y me dejó de hablar...
Le incómodo que le diga que me sentía incomoda, primero haciéndome un chiste de doble sentido sin darle pie para hacerlo, y segundo hablandome de dormir juntos cuando ni siquiera habíamos llegado a un beso...
A otros le molesta que sea demasiado honesta... y si, a quien le gusta la verdad, si esta es incomoda.... mi intención jamas es lastimar a nadie... pero sinceramente querer ser agradable tampoco me funciono.
Mucha gente dejó de hablarme de manera instantánea, y nunca supe porque, quizás soy más ácida de lo soportable o era demasiado servicial , al borde de lo falso.
Llegue a ese punto que no me interesa quedarme sola, me interesa ser real. No soy compatible con lo instantáneo y decidí que tampoco quiero serlo.
Al que le guste, le gustare yo en mi real esencia y al que no, está bien.
Comprendí que no tengo que caerle bien a todo el mundo, pero tampoco todo el mundo me tiene que caer bien a mi.
Natalia grhol
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elprincipiodelfim · 1 year
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quando NANTIER passa sob as estrelas, há quem poderia jurar que DELFIM sussurra seu nome, mas talvez seja apenas o mar deslizando na areia, contando seus segredos. se ouvir com atenção, se escuta que ele é ATENCIOSO e, sem julgamentos, um tanto ÁSPERO. no continente, juram que se parece com EMILIO SAKRAYA, você sabe do que estão falando? 
como se sempre soubesse exatamente para onde olhar, fazia a rota mais curta entre quaisquer dois pontos. tudo em delfim se movia no instinto e, então, dizia: guerreiro. haviam guerreiros lá, no mar, nas profundezas ou seja lá onde viviam os tarka? se haviam, com certeza era um deles, talvez o general, diziam, sussurravam para que ele não ouvisse e direcionasse seus olhos brilhantes para o interlocutor. e se seus sorrisos não eram assim tão fáceis, pouco distribuídos pela ilha, transbordavam de carisma quando apareciam, cutucando a espinha de seu alvo com sensações ambíguas sobre suas intenções. isso é bom, ou é ruim? então, o ano havia se passado, e ele seguia completamente inofensivo por trás da postura avaliadora, quase primitiva. talvez fosse alerta demais para uma pessoa comum, moradora da ilha, mas nada disso nunca foi crime.
bio: Sua força atrai os olhares, mas o que sustenta a curiosidade é aquele olhar inteligente. Inteligência de uma espécie difícil de decifrar, aguçada mas primitiva, e que não respeita — não necessariamente — as regras de uma socialização humana. Achava um tanto quanto incoerente, inclusive, que exigissem dele tal coisa. Deveria ser óbvio que, de onde viera e por onde viveu tantos anos (sabe-se lá quantos, e sabe-se lá que lugar é esse) não se formulavam frases iguais àquelas, ou se explicava emoções daquela forma. Bom, parecia óbvio para ele, mas como poderia afirmar ser verdade? Não possuía quaisquer memórias dignas de confiança, apenas sonhos desconexos que eram mais sensações que imagens ou pensamentos. Quem procura explicar emoções, aliás? Que lógica aquilo poderia respeitar? Que sentido teria gastar energia vital em explicar algo com palavras que... como qualquer palavra, são inventadas, e nada além disso?
Nantier sabia de duas coisas: seu nome, e que merecia aquele chão que pisava tanto quanto qualquer outro, e não havia motivo para que fosse diferente. Aliás, sabia um pouco mais, como a maneira que deveria mover seu corpo diante de uma luta ou caçada. E sabia exatamente como calcular toda a física de cada ato mesmo sem que fosse necessário entender de números. Outra perda de energia que seria, se o fizesse. Preferível atuar diante de coisas palpáveis, passíveis de toque, com cheiro, com cor e som. Indo além, pode-se corrigir a fala anterior e admitir que quase todo conhecimento que poderia ser adquirido pela observação, Nantier sabia. É, inclusive, consciente da distância segura que alguns pareciam preferir manter de si.  Diferente da maioria de outros tarka, causava calafrios. Talvez por essa altivez avaliadora, essa soberba inconsciente de quem não se esforça para sequer comunicar suas leis e ideais, o que o move, o que o faz frear. Como um animal que amamos assistir mas tememos que olhe em nossa direção, tememos ainda que seja capaz de ver nossos pontos fracos.
Independentemente, ele seguia sua vida com satisfação naquela enorme rocha coberta de grama macia, montes onde o vento cantava e pessoas que ele, na verdade, adorava. Mesmo em toda sua impaciência que podia ser ácida, mesmo em sua conformação inabalável e fechada demais para acessarem e perceberem o quanto aquilo era real, e sabendo que era esse o motivo pelo qual se mantinham longe: era um desconhecido, mesmo um ano depois. Se importava bem pouco com como era visto. Nada, usando de máxima honestidade, e faria nada na exata quantidade de nada para que soubessem qualquer detalhe a mais sobre ele que mudasse sua imagem. Que Saint Abbon de Fleury agisse de acordo com seus sentimentos. Não havia, para Nantier, motivo que justificasse usar palavras (imagina, que horror) em uma argumentação contrária. 
tarka — chegada em saint abbon de fleury: há 1 ano idade: não determinada ocupação: professor de luta e auxiliar nos campos de flores moradia: Vesper
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honeysuckle-memoriess · 11 months
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Cuando cae la noche mi mente te evoca he de admitir que han sido pocas las veces que lo ha hecho últimamente. Pero cuando atraviesas mi mente, una mezcla ácida, triste y dulce a la vez me invade y la verdad es que ya no se si te extraño, si aun te amo o si te odio. Y quiero una respuesta espero que el tiempo me la de o pueda encontrarla de alguna manera. Como sea a veces apareces en mi mente y no se si eso está bien o mal.
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mahfilhadedeusblog · 1 year
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Por que é melhor ser alegre do que ser triste?
Porque tanto faz, pois a dor é inevitável, e é preciso aprender através dela. Porque a dor vai e vem em intermitência, assim como o prazer. Tristeza e alegria passam. Já o sofrimento é um estado de saúde, um estado de alma. E quem escolhe o caminho do sofrimento vibra vitimismo, sabotagem, covardia. O sofrimento que se retroalimenta é tóxico, é um jeito criativo para não emancipar-se do medo.
Escolher ser triste é escolher o caminho do sofrimento, amargura, culpa, prisão. As pessoas que escolhem a tristeza são sarcásticas, ácidas, não vibram vida, não conseguem sorrir de verdade. Estão em solidão no mundo. E poucos resistem ao seu lamento.
Porque ser alegre é uma maneira de olhar para o mundo e buscar aprender com o mundo a ser feliz neste complexo mundo. Até porque daqui a três gerações você será esquecido.
Porque a alegria sorri, e sorrir faz bem. A alegria é a melhor vacina contra a corrupção da alma. Quem escolhe ser alegre canta, vibra sol, emana um perfume de joia pela vida. Alegria é graça.
A dor é um acontecimento. Quando algo dói, quando feridos, choramos, é natural. A dor pela perda de alguém do coração, pela primeira vez que aprendemos a entender o mundo frágil como ele é. A dor da saudade, do medo que a responsabilidade traz. Dor de não entender porque existimos. Dói colidir. É natural estar triste perante a dor. Dói estar doente. E é por isso que nos tornamos pacientes para superar a dor. A tristeza é um natural processo de cura da dor após uma colisão que não escolhemos, ou que nos cabe escolher. Mas é uma passagem, e para poder compreender a dor, seguir em frente, desenvolvemos empatia e compaixão. Sem dor não haveria a possibilidade da humanidade prosperar. Mas a dor é episódica, é o tempo da luta e do luto.
O drama é quem escolhe se refugiar no mundo da tristeza e escolhe tornar crônica a dor. Trágica escolha, pois não somos predestinados ao sofrimento.
O acontecimento da alegria é fugaz, quando vem de algo externo ela é efêmera. Viver para buscar alegria pode ser perigoso, pois nesse labirinto de emoções muitos se perdem. Essa alegria na verdade pode esconder uma dor profunda. Já a alegria do estado de ânimo e alma é diferente, pois não é só química, é alquímica. Não é consumo, e sim leveza. É conseguir estar bem consigo mesmo sem tantos rodeios e histórias de faz de conta. É sanar mágoas, é ser amigável. Sem medo das pedra do caminho.
Quem escolhe a tristeza, passa a ver tristeza, pois a língua bate onde o dente dói. Quem escolhe a alegria, passa a ver nuances de beleza mesmo num dia cinza. Sútil diferença, que faz total a diferença.
Livre arbítrio é escolher em qual frequência vibrar. Amor pela vida, ou renúncia? Renunciar à vida, apegar-se ao sofrimento? Ou aceitar a frágil proposta de viver, sem medo da dor, sem pactuar com o sofrimento, e sem medo de mesmo assim poder ser feliz?
Um sociedade onde sempre mais pessoas escolhem a tristeza, é uma sociedade destinada ao fracasso. Por isso é melhor ser alegre do que ser triste. Porque se tanto faz, melhor seria a busca por uma sociedade feliz. E esse deveria ser o propósito nobre da nossa civilização, compartilhar alegria, sem perder a ternura jamais. Porque tem sim algo de bom e belo over the rainbow.
“Pois uma coisa é necessária: que o homem atinja a sua satisfação consigo – seja mediante esta ou aquela criação e arte: apenas então é tolerável olhar para o ser humano! Quem consigo está insatisfeito, acha-se continuamente disposto a se vingar por isso: nós, os outros, seremos as suas vítimas, ainda que tão-só por termos de suportar sua feia visão. Pois a visão do que é feio nos torna maus e sombrios.” (Nietzsche, Gaia Ciência, Livro IV, & 290.)
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