Tumgik
#zombarias
jesusreidamisericordia · 11 months
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Habacuc 2, 6 - Ai daquele que amontoa o bem alheio!
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one-half-guy · 2 years
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The fact that the song is the same as Argos' and them both center on snaps makes me wonder somethings...
O fato é que a música é a mesma que a do Argos e ambos se centram em estalos... Isso cria tantas dúvidas...
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(Some ridicolous Gabriel dancing and singing...) And then ban:
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"O que deu em você Gabriel?" // "What's your problem Gabriel?"
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"Sente esse cheiro?" // "Can you smell that?"
"Está fazendo panquecas de novo?" // "Are you making pancakes again?"
E então ele simplesmente a pega para dançar 🤣🤣🤣🤣🤣 He just takes her to dance...
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Look at their faces.... Na verdade, vai assistir a cena 🤣🤣🤣🤣
Essa deveria ser a dinâmica deles desde o começo! Assim ao mesmo tempo que eles teriam todo um peso dramático, também teria a chance de várias cenas cômicas assim!
Look at them! This should have be their dynamics since the start! It could be done both dramatic and funny!!
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Parábola do Avô, o Neto e o Burro.
– Uma Reflexão Que Irá Mudar Sua Maneira De Ver a Vida! O Velho, o menino e o Burro. Certo dia, um avô e seu neto decidiram fazer uma viagem juntos para visitar alguns parentes e ver algumas maravilhas da natureza. Ao sair, o velho mandou o menino montar no burro que tinham, para facilitar a viagem e não se cansar. Quando eles chegaram à primeira aldeia, os cidadãos começaram a criticar que o…
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hansolsticio · 14 days
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soliezinha depois de ver um gif da hip-hop unit eu n consigo parar de pensar em uma gangbang com eles 😭 n sei elaborar muito mas penso no hansol e no mingyu como sendo os "carinhosos" e o cheol e o o wonnie como os "brutos" aff estou com tword agora
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rue... eu não vou nem te falar nada.
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n/a: isso vai ser divertido kkkkkk eu segui à risca, tá? o wonu é bem cruel [😶]
inclusive acho que esse precisa de avisos: degradação (tipo, muita mesmo), objetificação, creampie, cum eating, tapas, muito palavrão e menção à anal.
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Mal teve tempo de respirar e uma silhueta grande cobriu seu corpo inteiro. Abriu os olhos, deparando-se com um Mingyu aos sorrisos, ele nunca era capaz de esconder o quão bobinho era por você. O corpo enorme intimidava, mas sabia que Gyu era um doce — o cachorrinho perfeito, bastava saber manipular.
"Gyu...", começou dengosa. Os olhos correram do torso até a pelve do homem. O pau pesava dentro do short fininho. Porra, não aguentaria tudo aquilo agora, não depois do estrago que Seungcheol fez na sua buceta. "O Cheollie machucou... 'tá doendo, Gyu.", choramingou, vendo-o franzir as sobrancelhas.
Ele queria te foder. Cacete... e como queria. Melava o tecido do short inteirinho, se segurando para não bater uma desde que assistiu o Choi usar seu buraquinho como se fosse de brinquedo. Mas ele não podia te machucar mais. Não, claro que não podia. Você era tão boazinha com ele, não era? Sempre abria as perninhas quando ele precisava. Mingyu não poderia ser tão cruel assim...
"É drama. Ela que pediu mais forte. A buceta não parava de me apertar. Ela aguenta.", a voz do mais velho foi ouvida de fundo. Falava tudo com calma — trivial, como se estivesse dando informações sobre a temperatura do dia.
"Nem adianta.", uma segunda voz foi ouvida, dessa vez era Wonwoo que ria com escárnio. "Esse daí não sabe comer puta. É mole demais... vira capacho na mão dela.", as palavras ácidas zombavam do Kim sem acanhamento algum. Mas você foi rápida em contornar tudo, não deixaria Wonwoo estragar seus planos.
"Gyu, dá beijinho?", pediu jeitosinha, sabia que ele não te negaria de forma alguma. O lance entre vocês dois nunca foi só sexo, por mais que ele curtisse te dividir com os outros homens. Mingyu obedeceu. O corpo quente e pesado te pressionava contra o colchão enquanto vocês trocavam um beijo lascivo, as línguas se encontrando fora da boca num carinho molhado. Você esquentava inteirinha, com certeza faria ele dormir contigo essa noite — gananciosa, estava longe de terminar a brincadeira com os quatro, mas já pensava em foder de novo com Mingyu de madrugada.
Os dedos ásperos correram pelas suas dobrinhas fazendo o beijo ficar mais apressado. Espalhavam o excesso pegajoso por todas partes. Gyu esfregava a própria ereção contra uma da suas coxas, fazendo jus ao título de cachorrinho desesperado. Você também não conseguia evitar o sorriso carregado de zombaria — ele tinha um pau enorme, mas sempre agia como um virgenzinho que sequer sabia usá-lo.
"Amor, dá beijinho nela também? Por favor?", sussurrou contra os lábios babadinhos. O Kim te olhava meio atordoado, tão aéreo que só soube concordar com um aceno de cabeça. Desceu apressado, abrindo mais suas pernas para acomodar os ombros largos. Não houve cerimônia alguma quando ele esfregou a língua por todas as dobrinhas meladas. Iria te foder de um jeito ou de outro, nem que fosse com a própria boca.
Seu corpo derreteu de imediato, era viciada naquela boquinha. Fazia questão de sentar no rostinho dele sempre que conseguia ficar as sós com o homem. Mingyu nunca tinha receio algum quando te chupava. Te mamava com gosto, usava a linguinha 'pra te foder, te babava inteirinha, mas sempre fazia questão de engolir tudo depois.
Fazia o mesmo nesse momento. Os olhos fechadinhos deixavam explícito o quanto ele gostava de ser usado assim. Recolhia todo o líquido que escorria sem hesitar, nem se importava se era seu melzinho ou se era a porra de Seungcheol. De verdade, foda-se. Não seria a primeira vez que limparia a porra de outro homem da sua bucetinha. Se estivesse sendo muito sincero, sentia mais tesão em pensar no quão humilhante isso era. Cacete, Wonwoo nunca esteve tão certo. Ele realmente virava um brinquedinho na sua mão.
Você amolecia cada vez mais. Mingyu era um sonho. Porra, por isso que nunca recusava dar 'pra ele. É tão prestativo, sempre faz por merecer. Perdia toda noção, se rendendo à boca quentinha e aos dedos grossinhos. Era tudo tão grande, tão masculino, tão... ele.
Wonwoo encarava a cena, assistindo Mingyu socar três dedos na entradinha maltratada sem a mínima delicadeza. Você não demonstrava sinal algum de incômodo, gemendo dengosinha e impulsionando a própria cintura contra os dígitos. O corpinho miúdo tremelicava. Droga, nunca se cansaria da sensação.
"Cê não disse que tava doendo, putinha?", o timbre áspero no seu ouvido fez seu corpo saltar. Abriu os olhinhos, mal havia percebido o momento no qual Wonwoo se aproximou. "Deu 'pra mentir agora?", o questionamento mais soava como uma ameaça. Você sequer tinha como fugir, ele estava perto, perto demais.
"Wonnie...", forçou um biquinho dengoso. O homem nem reagiu. Era impassível.
"Esse seu jeito de puta sonsa não cola comigo. Não sou o Mingyu.", cuspiu as palavras. Os dedos dele se emaranharam no seu cabelo, não te dando sequer o privilégio de virar o rosto. Colocou-se ao pé do seu ouvido novamente, como se quisesse fazer questão de que você fosse a única a escutá-lo. "Vou encher essa boca de porra 'pra ver se 'cê aprende a não mentir de novo. 'Tá me ouvindo?", puxou os fios com mais força ao não receber resposta alguma. "Responde."
"Sim. Ouvi. Eu ouvi."
"Depois vai dar essa buceta 'pra mim e vou fazer questão de machucar de verdade, vagabunda do caralho.", o timbre neutro certamente não combinava com a agressividade das palavras. Você não foi capaz de continuar se escondendo atrás do teatrinho, sorriu completamente estúpida de tesão sentindo a bucetinha apertar desejosa. Mingyu também sentiu, aumentando a força das estocadas ao deixar um grunhido contra o seu pontinho.
Wonwoo sempre te oferecia reações contraditórias. Como agora, por exemplo, a expressão se fechando ao ver seu sorrisinho lançou um arrepio pelo seu corpo. Em todas as vezes que foi para cama com ele, notou que Wonwoo alimentava uma raiva esquisitinha de você, raiva do desejo que você fazia ele sentir.
"Cacete, sua puta...", o aperto se fechou nos seus fios. O sorriso aumentou contra a sua vontade, adorava vê-lo desse jeitinho. Droga, realmente não estava ajudando na sua própria situação. Ele pareceu ainda mais desgostoso da sua carinha satisfeita.
Queria dar 'pra ele. Queria tanto.
"Nonu, assim dói...", reacendeu a atuação, referindo-se a mão que puxava seus fios. Fazia porquê sabia que era a coisa que Wonwoo mais detestava em você. Odiava que você fingisse que não estava quase gozando só de pensar em deixar ele te machucar.
O tapa estalado que você recebeu na bochecha foi a sua resposta. Ficou sem reação por bons segundos, sentindo a ardência se espalhar pelo seu rosto. Olhava para Wonwoo meio estática, sentindo a bucetinha se molhar mais ainda. Porra, precisava de mais. Muito mais. A mãozinha foi involuntária ao forçar a cabeça de Gyu contra seu íntimo.
Já Wonwoo foi rápido em perder o controle. Estapeou seu rosto até cansar, grunhindo todo putinho sobre como você era uma 'vagabunda maldita'. Você também perdeu a noção, nem sabe quando que gozou, mas rebolava sedenta contra o rostinho de um Mingyu excitado 'pra caralho — que esfregava a própria ereção contra os lençóis e engolia cada gotinha do seu prazer.
Ainda que estivesse atordoada ouvia Hansol ao fundo. O barulho molhadinho e ininterrupto acompanhado de alguns suspiros manhosos te permitiam saber que ele batia uma bem gostosa. Sempre foi um voyeur de primeira categoria. Às vezes aparecia no seu quarto só para te assistir foder com um dos homens. Você achava que iria enlouquecer, o corpo superestimulado não te deixava perder nenhum dos detalhes.
Não dava para raciocinar. Era demais.
Como se não bastasse o ar foi roubado dos seus pulmões num solavanco. Wonwoo tomou seus lábios com gula. A língua te molhava inteirinha, era sujo, quase nojento. Você arfava totalmente desarmada, as mãozinha se agarrando aos ombros fortes tentavam te manter 'no chão'.
"Eu vou te comer tanto, garota...", ele mais suspirava que realmente falava, chupando sua boquinha de um jeito gostoso. "Esvaziar meu pau em você, porra, te deixar burra de tanta pica.", murmurava sem conseguir parar te beijar. O desejo era nítido. Você se sentia tão carente, parecia nunca conseguir ter o suficiente de nenhum deles. Precisava de tudo, tudinho, até te fazer chorar.
"Fode então, Nonu. Fode, por favor...", miava as palavras. Droga, estava quase delirando.
"Você nem merece, sua filha da puta. É tão insuportável, tão...", frustrado, beliscou um dos biquinhos dos seus seios te fazendo saltar.
"Põe na minha boquinha então, Wonnie. Deixa eu te pedir desculpa, vai.", suspirou ao que Mingyu finalmente deu descanso para sua bucetinha. Sentia-se quase dormente, mas a entrada esfoladinha não parava de pulsar. Wonwoo pareceu te obedecer. Nem ligava mais se aquilo era um comando ou não, precisava de você e precisava agora.
A glande avantajada invadiu sua boca sem aviso algum. Você sugava, o gostinho agridoce inundando seu paladar. Não se importava com o gosto, estava com tanto tesão. Era uma fome diferente a que sentia, só Wonwoo podia fazer passar, só ele. Abria mais a boquinha, colocando para dentro tudo o que conseguia. As veias espessas não passavam despercebidas pela língua atrevida.
O homem era bruto, te conduzia pelo cabelo, arranhava sua garganta. Você sentiu Mingyu separando suas pernas novamente, se preparou para sentir a boquinha gulosa de novo, mas foi pega de surpresa ao sentir ele entrando. Sequer podia dizer algo, arregalando os olhinhos enquanto Wonwoo maltratava seus lábios.
"Desculpa, _____. Não conse- Ah, porra...", o canalzinho apertou, era sempre doloroso encaixar pela primeira vez. "Não consegui segurar.", ele completou.
Seus dedinhos apertavam os lençóis buscando qualquer tipo de apoio. Fechou os olhinhos, tentando se distrair com o pau de Wonwoo. Movia a cabeça dengosinha, sentia ele tão sensível. Era libertina, largou da extensão só para poder dar carinho às bolas pesadinhas. Colocava dentro da boca, cuspia, mamava... porra, sentia tanta fome de Wonwoo. Gemia irritada sempre que ele tirava suas mãozinhas dali — era tão injusto, queria fazer o trabalho completo.
Uma mão pesada alcançou a sua, guiando-a para outro falo quentinho. Nem precisou olhar para saber que era Seungcheol. Te fazia bater uma 'pra ele e apertava seus peitinhos como agrado. Porra, você ia enlouquecer. Mal havia acostumado com Mingyu te fodendo todo dengosinho, os gemidinhos quebrados estavam acabando com a sua cabeça.
Wonwoo ficou ainda mais silencioso, deixava você mamar como bem queria — sinal claro de que ia gozar. Apertou ainda mais os olhinhos quando sentiu o líquido quente invadir sua boca. Era pegajoso, desprezível, mas você engoliu mesmo assim. Acelerou a mãozinha no pau de Seungcheol, era instinto, queria a porra dele também.
"Cheollie, coloca na boquinha...", a voz quebradinha mal saía, Wonwoo tinha arruinado sua garganta.
"Eu sei muito bem onde eu quero... fecha o olho pro Cheol, fecha.", falava manso, mas era sempre autoritário. Você obedeceu, sabia muito bem que esse brinquedinho em específico você não era capaz de manipular. Não houve surpresa ao senti-lo esporrar no seu rostinho. Ele grunhia alto a voz rouquinha fazendo sua buceta apertar.
Mingyu quebrou com a cena, saindo atordoado só para jogar tudinho em cima da sua buceta — era outro que curtia a bagunça, fazia questão de te sujar o máximo que conseguia. O sorrisinho que pintou seu rosto era fruto da mais pura e genuína satisfação. Recolheu uma gotinha que escorria na ponta do queixo, sugando o dedinho só para provar um pouquinho do seu Cheol.
Você era suja. Tão suja. Com certeza deveria ser uma pervertida ridícula, pois não conseguia se sentir mal por isso. A porra escorrendo no seu rostinho era só mais um estímulo para fazer sua bucetinha vazar mais. Caralho, se sentia uma puta estúpida e isso era tão gostoso. Precisava de mais. Precisava ficar tão burrinha ao ponto de nem ser capaz de pensar direito. E tinha total certeza de que, se dependesse deles, acabaria assim.
Por isso foi rápida em se lembrar que ainda havia mais um brinquedinho disponível para você. Virou o rostinho arteira vendo Hansol já vindo na sua direção. Os olhos castanhos te devoravam ornando muito bem com o pau pesadinho que não parava de pingar. Coitadinho, ele deveria estar guardando tanto... merecia esvaziar tudinho em você.
"O Nonie foi tão paciente, não foi? Esperou quietinho.", elogiou dengosinha, forçando um biquinho penoso. E Hansol, que sabia usar muito bem a carinha de coitado que ele naturalmente já tinha, te olhava devoto, roçando o narizinho na sua bochecha.
"Fui sim, amor. Mereço um prêmio, não é?", disse já se encaixando no meio das suas pernas. Guiou a cabecinha vermelhinha, fez um carinho gostoso no seu clitóris, mas desceu... desceu até demais. "Deixa eu foder esse cuzinho, vai?
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n/a²: desculpa, eu tava com tesão 😔
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cartasparaviolet · 6 months
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Eu acreditei que qualquer caminho que o vento soprasse serviria. Vi-me obrigada a escolher um, pois a culpa seria toda minha. A famosa autorresponsabilidade que eu não queria ter que encarar, então qualquer destino servia. Eu precisei escolher um. Vi-me em uma encruzilhada e, logo atrás de mim, apressavam-me a tomar uma posição. Não é fácil chegar a uma conclusão. Não me coloque contra a parede, a tendência é que eu escolha em vão. Deixe-me pensar, deixe passar, somente deixe. Sinto-me em casa em minha própria indecisão. Quanto menos decisões tomadas, menos erros, é ululante. Desatenta ao fato de que não decidir também é um engano. Durante muito tempo, permaneci assistindo do parapeito de minha janela, a mudança das estações enquanto o medo me confinava em uma invernia existencial. O frio tocava-me a face pálida, lembrando que o verão derreteria essa ilusão de segurança que ergui para sobreviver. A fantasia de estar sã e salva. Ironia, eu só esperava não precisar escolher. Quem vê de fora pensa que nada para mim importa. Talvez seja verdade, talvez não. Há sempre uma segunda opção. Sentia arrepios percorrendo minha espinha, o sangue fervia, o corpo doía. Por que era tão relevante assim a minha opinião? Não era me dada outra escolha a não ser escolher. Eu ria por tamanha zombaria, realmente achei que qualquer caminho servia.
@cartasparaviolet
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diegosouzalions · 5 months
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Liga não Diego esse povo é muito sem noção só você já se basta e eu fico feliz por você eu tenho certeza que eles estão fazendo isso de zombaria porque ele sabe que você é aromântico só você já se bastando já tá bom ❤️🧡💙
Obrigado pelo apoio, mas honestamente eu não levei como insulto, e se foi, acreditem eu já recebi uma ask pior que não pode ser postada de tão constrangedora que é, além de não ser o objetivo do meu perfil
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ghcstlly · 2 months
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、 ✰   𝐓𝐇𝐄 𝐓𝐑𝐄𝐄𝐒, 𝐓𝐇𝐄 𝐁𝐑𝐄𝐄𝐙𝐄, 𝐅𝐎𝐎𝐓𝐒𝐓𝐄𝐏𝐒 𝐎𝐍 𝐓𝐇𝐄 𝐆𝐑𝐎𝐔𝐍𝐃  ― « point of view »
                                      ❛ there's blood on the side of the mountain, there's writing all over the wall.  ❜
𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐎𝐍𝐄— ❛ sometimes the fire you founded, don't burn the way you'd expect. ❜
NOS PIORES DIAS , É DIFICIL ENCONTRAR ESPERANÇA - quando a felicidade vir , caso um dia ela venha , estaríamos prontos? quando tudo que se aprende é um tipo faminto de atenção espaçada, como se preparar para alegria ? quando não a viu jamais. quando não sabe seu gosto. ' um dia vou morar em um aparentemente ensolarado , meus amigos virando a esquina , o amor da minha vida na cozinha ' , expectativas que nos movem , por mais tolas - que possam ser.
tw: negligência parental, violência física contra criança.
a jovem maeve, que ainda não é chamada assim, agora não mais velha que oito ou nove anos, corre no lago impermeabilizado pelo gelo, mas um passo em falso - um único pedaço frágil na água congelada - , e está caindo. a sensação é congelante, queima como se o corpo estive em chamas , mas é só o liquido gélido encharcando através das roupas leves demais para aquele clima. ninguém parece notar, ela tinha certeza que a mãe estava em algum lugar próximo mas a boca enche de água, os pulmões ardendo como a pele, e está sozinha.
quando os movimentos frenéticos param, e já não consegue colocar a cabeça para fora, roubar o fôlego que mal parecia lhe pertencer - o mundo começa a desaparecer sob suas pálpebras, os olhos fechando & aceita seu destino. partir silenciosamente , depois de lutar para manter-se a tona . o mundo acaba então, em gelo. mas alguém a puxa para cima, e não imagina quem pode ter sido, pois quando volta a si está em um hospital, recuperando-se da hipotermia & a matriarca tem uma expressão entediada no rosto, traindo apenas um pouco de irritação. aquela face a assustava - tinha causado problemas, a conta do hospital seria absurda, e ela levaria a culpa. contava já com uma surra, e foi o que recebeu depois de chegarem em casa ; o frio ainda fazendo casa em seus ossos, uma nova dor nos braços vermelhos e queimados. graças a deus não ficou com cicatrizes, ouviu seyoung rezar para isso, para vários deuses , para diversos salvadores. não aceitaria uma filha - que não era bela & adorável, contanto que pudesse esconder os hematomas abaixo de blusas longas.
a criança rezou também, para que o anjo que a salvou no lago - voltasse a aparecer. contudo, suas preces foram respondidas com silêncio ; ou assim pensou.
naquela noite, sonhou pela primeira vez com o resultado de um jogo de azar & recebeu um olhar divertido do senhor yoon quando apostou o pouco que tinha guardado. ' não é muito nova para jogatina, miyeon ? ' , ele ria mas ela não retribuiu , fez com que achasse a raspadinha de número quarenta e oito no lote cinco , e ganhou trezentos dólares que tentou esconder ; quando a mãe achou, beliscou tão forte seu braço, que ela soltou um grito de dor , apenas para ser respondida com : ' cale a boca. '
tudo isso - aos oito ou nove.
𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐖𝐎 — ❛ shadows of us are still dancing. ❜
ela sonha pela primeira vez com o jardim , entre nove e dez anos - a coisa mais bela que já testemunhou. há uma menina ali, ela usa vestimentas vermelhas antigas, como se tivesse acabado de sair da guerra & suas feições perfeitas refletem curiosidade , um pouco de zombaria altiva e a garota apenas sabe - aquela é deus e veio para salvá-la.
elas sentam-se na mesa redonda, cercadas pelas flores - gardênias, prímulas, cravos & camélias - mae , que ainda não atende por esse nome, se encanta, nunca tinha visto tanta vida , a formosura do paraíso bem cuidado é um acalento a alma marcada por desprezo, o mais repulsivo tipo de descuidado. ali, não existia tempo, não precisava fingir ser qualquer coisa diferente do que era. aquele pedaço da realidade que ela apelidou de sonhar - era honesto. ' não beba o leite. ' , de repente a figura diz & beberica seu chá logo após. a menina não pede explicação, sente que não precisa, como se soubesse exatamente sobre o que ela falava. suas conversas geralmente eram assim - unilaterais, ela dizia coisas crípticas e a mais nova acenava com a cabeça em concordância.
meses depois sua mãe lhe dá leite com morangos - sabendo bem que a filha é fatalmente alérgica, e ao contrário do aviso ; ela bebe. talvez não soubesse, ou talvez quisesse deixar este mundo para viver no céu com aquela mulher que lhe contava de mistérios, falava em enigmas. quanto a mãe, talvez fosse desamor, talvez fosse falta de atenção, talvez estivesse cansada de ser responsável pela vida de alguém que não fosse ela mesma. a filha pensava que entendia - de certa forma mórbida - , seyoung foi amaldiçoada com seu nascimento. uma vez esplendidamente charmosa, e fantasticamente livre - agora tinha uma âncora, agora tinha linhas de expressão. agora tinha - um fardo.
portanto - deitada de novo no consultório de um médico, mentindo que a mãe não sabia sobre sua alergia para uma senhora de óculos grossos que diz ser do concelho tutelar ; ela entende. a mãe - queria ser liberta & ela queria a mesma coisa.
tudo isso dos nove, aos dez anos.
𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐇𝐑𝐄𝐄 — ❛ i'm coming like a storm into your town. ❜
os onze aos treze são os piores anos, e ela os batiza de ' tempos da guerra ' . os olhos de lee seyoung brilham com ganância detestável quando a filha lhe conta dos sonhos - aqueles com números & possibilidades certas, escondendo o jardim e a mulher em vermelho, tomando goles de chá doce, como se fosse seu próprio segredo.
quando ganham seu primeiro milhão, a mãe se agacha no altar improvisado da sala e reza pela noite toda . do quarto, a filha pode escutar na quietude incomum cada sussurro de ave maria & ela vota nunca repetir aquela oração. com o passar do tempo, a pessoa sem fé que lhe trouxe ao mundo, torna-se devota - devota demais - , estranhamente religiosa, e francamente insana. deus - é sua palavra favorita.
compram uma casa grande, onde a pré-adolescente é colocada no porão. ela tem coragem de dizer - lábios avermelhados como uma degenerada : ' decore como quiser. ' mas miyeon não vê um centavo daquele dinheiro, e tudo que lhe resta é aceitar a cama com um colchão duro e as cobertas finas demais. ela já sobreviveu o frio uma vez - faria de novo. como uma prisioneira , ou talvez diferente de uma da maneira irregular como era tratada, ela tinha permissão para usar o banheiro e a cozinha. porém, suas refeições eram inconscientes. lee seyoung não cozinhava, e a pequena se queimou muitas vezes, mas nas ocasiões que conseguia se arrastar da cama para comer, inventava algo que não tinha exatamente um gosto bom.
sua mãe estava fora quase todas as noites, e nessas ela se empertigava no sofá confortável, onde pensava que podia dormir - a verdade era que sentia muito sono, mas raramente conseguia se entregar a ele, fosse o estômago vazio ou a boca seca , ou então o fantasma dos cinco dedos na bochecha pois se recusou a contar seu sonho lucrativo. 'inútil, inútil, inútil,' ela repetia e a trancava naquele pedaço húmido da casa. no final, não se deixava sequer cochilar no móvel acolchoado, sabia que mais castigos seguiriam.
pouco a pouco, ela entendia menos a mãe. porque a deixar nascer , se nunca a quis ? mas ela não sabia de histórias de meninas que morrem sem cuidados médicos. mais tarde, ela volta a entender a mãe.
em um sonho - ela pergunta a deus qual seu nome & ela responde com um sorriso singelo : ' grace ' .
𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐅𝐎𝐔𝐑 — ❛ you can't catch me now. ❜
vamos falar sobre luz - como seu pai pronuncia ? maeve. como sua mãe a enterra ? não vá.
pensa por um minuto que está delirando, febril no sonhar & procura por deus - mas aparentemente , ele está frente a si. tomando ação contra os vis comportamentos daquela mulher - aquela mulher que nunca amou. jamais tinha pensado no lado paterno de sua vida, nunca tinha fantasiado como os dois se conheceram e não imaginava que seria ele a salvá-la. quando as punições se tornam mais severas, quando aquela pessoa que devia tomar conta de si se entrega a bebida, quando já não pode esconder os hematomas com as blusas soltas - ele entra em sua existência, voz suave e explica que para ela , há uma segunda opção.
ela se agarra a esta com as unhas e nem por um momento considera não partir.
𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐅𝐈𝐕𝐄 — ❛ something easy to forget. ❜
sua primeira estadia no acampamento é marcada por treinos e medo. não demora a ser aclamada por hipnos , e finalmente se torna sua filha, algo que a enche de orgulho. porém, quanto mais tempo se passa, maior fica seu controle sobre o poder . sua vertente sendo sonhos em probabilidade , ela vai acumulando fortuna e desavenças . a garota com os olhos marejados que chegou na colina calejada pela vida, com uma mochila de roupas que foram remendadas de novo e de novo - morria aos poucos. cada vez mais ela percebia que nascer com o sangue maldito do divino apenas significava desistir de sua vida por uma causa que sequer era sua.
ela entende a mãe de novo.
ela protege a genitora mandando dinheiro para que viva confortavelmente, tudo que ela ganha é dividido entre contas estrangeiras e fianças para tirar a mais velha da cadeia, assustada que seus golpes não parem mesmo com tudo que lhe dá. tudo que não merece.
tinha um novo nome, novas roupas, um novo apreço pela própria solidão. seria talvez - seu fim , mas ela não sabia ainda. por isso afastava os amigos e os irmãos, aqueles que lhe queriam bem e os que lhe queriam mal. ela era um mau exemplo de felicidade quando finalmente partiu, levando nada consigo além de uma nova atitude.
seria ela agora o monstro. seria ela - a deusa da ambição.
𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐒𝐈𝐗 — ❛ you thought this was the end. ❜
compra uma casa frente a praia e a enche de arte que não entende & muito pouco tem significado. abarrota o closet com roupas de marca, extravagantes e em várias cores de fúnebre & floral, sem meio termo. não sai para aproveitar o mar ou a areia, vive assombrando os corredores da mansão, e a deixa apenas para duas coisas : cuidar dos cabelos e noites de jogatina. não era muito jovem, para isto, ela se lembrava de ouvir na voz do senhor yoon e agora, finalmente podia rir.
sua vida era uma jogada desde o momento que nasceu, e ela tinha ganhado. ou assim pensou - até que os sonhos, premonições do futuro , tornaram-se turvos. até que sua sorte simplesmente desapareceu, até que a deusa lhe visitou no terraço e disse : ' se vai trazer ruina a um filho meu, trarei o mesmo a você ' .
ela quebrou as molduras com tacos de de golfe que nunca havia usado, gritando como uma mulher enlouquecida. como ela pode ? como pode brincar com seu destino desta forma ?
quando voltou ao acampamento, quase nada em seu nome, além das coisas que salvou da venda e da desgraça - voltou a ser praguejada pelo medo.
em um episódio, se escondeu no quarto, hiperventilando com as mãos sobre os ouvidos - o mundo era tão alto. sempre tinha sido alto assim?
𝐅𝐈𝐍𝐀𝐋 𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 — ❛ you'll see my face in every place. ❜
o final se aproximava - ela podia sentir. em sua mente, em seus ossos, na corrente do sangue ; tudo levava a destruição. bem agora, que havia uma luz no final do túnel. uma família que aprendeu a abraçar, um garoto que parecia um sonho belo - como aquela primeira vez no jardim - , amigos que não faziam com que vacilasse ao ouvi-los. logo agora, que tinha se acostumado ao mundo outra vez.
NOS PIORES DIAS , É DIFICIL ENCONTRAR ESPERANÇA - quando a felicidade vir , caso um dia ela venha , estaríamos prontos? quando tudo que se aprende é um tipo faminto de atenção espaçada, como se preparar para alegria ? quando não a viu jamais. quando não sabe seu gosto. ' um dia vou morar em um aparentemente ensolarado , meus amigos virando a esquina , o amor da minha vida na cozinha ' , expectativas que nos movem , por mais tolas - que possam ser.
esperança podia encher seu peito - mas sua vida tinha sido uma jogada, e sentia que com aquela mão ; ia perder.
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nagis-world · 10 months
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Essa aqui vai pra @sexybombom que pediu um renjun best friend + apaixonado, espero que você goste flor ✨️😊
Você e Renjun se conheceram no 4 ano por causa de Jaemin e desde então não se desgrudaram mais
Todos na rodinha de amigos de vocês sabiam do penhasco que o loirinho tinha por ti , mas como diria chenle “você é lenta demais pra perceber as coisas”
Ele não deixou você saber , mas quando você se tornou amiga próxima (muito próxima pro gosto dele) de Jeno ele se sentiu traído e não acreditava nos amigos dizendo que ele gostava de você
Ou na vez que foram a praia com a turma e ele quase saiu no soco com Donghyuck por ficar fazendo gracinha pro teu lado , você não entendeu o porquê da confusão e preferiu deixar quieto
Renjun depois de se tocar que realmente estava apaixonado por você, quis ser mais próximo ainda, havia entrado no modo namorado sem perceber
Nos seus dias ruins, ficava com você agarradinha nele assistindo os mesmos filmes melosos que fazia Ele querer de declarar logo pra experimentarem um romance água com açúcar do jeitinho que você sonhava e contava pra ele quando eram crianças
❆ ❆❆ ❆ ❆❆ ❆ ❆❆ ❆ ❆❆ ❆
Era mais uma tarde de domingo quando seu amigo resolveu dar as caras depois de te ignorar por um dia inteiro mais especificamente no dia do seu aniversário
“Oi “
“Oi”
“Trouxe comida pra gente”
Você sentia que tinha acontecido alguma coisa, ele some o dia inteiro e do nada volta com a cara mais limpa do mundo como se nada tivesse acontecido
“Você não tá esquecendo de nada?” A esperança que tinha dele se lembrar morreu assim que viu a cara confusa do chinês
Era bastante notável sua cara de decepção e Renjun fingia não ver pra seguir com o plano
“Vamos pro quarto as”
“Nem me pagou um pastel e já tá me chamando pro quarto? Que isso…” sua única reação foi revira os olhos
“Você tem que parar de andar com o Hyuck, isso já tá te afetando”
Depois de mais uma revirada de olho vocês vão pro seu quarto
“olha arrumou o quarto”
“lógico não sou igual você”
“até porque ninguém é maravilhoso igual a mim” que resultou em você imitando a voz dele em zombaria
❆ ❆❆ ❆ ❆❆ ❆ ❆❆ ❆ ❆❆ ❆
Depois de passarem a metade do tempo mais fofocando do que assistindo uma série aleatória da netflix, renjun começa a botar o planinho dele em prática
“Sabe aquelas threads no tiktok?”
“Quais?”
“Dois amigos em um quarto”
“Não acredito que você vai meter uma dessas Renjun”
“Que saco garota, você não facilita nem na hora que eu tento me declarar pra você”
“Se vai se declarar faz direito”
O loirinho se levantou e foi até você que estava deitada ficando por cima de ti , olho no olho
“Já faz quase 2 anos que eu tô gostando de você e você nem percebeu, faço tudo o que você gostaria de ter em um namorado, chamo sua mãe de sogra e não é de brincadeira, eu quero que a gente namore mas não deixe de ser amigos entende?”
“Pra um coração de pedra.. você sente muita coisa, jun vamos ir com calma pra dar certo e também gosto de você mas é tudo tão novo”
Vendo que não teve rejeição da sua parte o garoto sorri e se joga em cima de ti , ouvindo duas reclamações por ser pesado
“Vamos no seu tempo, e vamos fazer dar certo e o Donghyuck deve 30 conto pro Jaemin”
“ ele tava torcendo pra você levar um fora?”
“Sim e ainda se diz meu amigo…” você ri da cara de indignação do garoto seu aniversário não foi tão ruim no fim das contas, ganhou de presente um namorado e um bolo que ele inventou de fazer a noite com direito a guerra de farinha de trigo
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delirantesko · 2 months
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Sereias tem b*ceta? (Conto completo, 2024)
A viagem de barco se estendeu por causa da tempestade. Depois de muito trabalho, os marinheiros pararam para comer, beber, descansar e contar histórias.
“Claro que sereias tem buceta! Porque os homens iriam ficar loucos por elas?” ouviu-se um marinheiro obviamente exaltado pela bebida.
“Mas elas só tem uma cauda, como se fossem peixes…”
“Ué, e peixe não tem filhotes ora?” discutiu outro.
“O peixe goza na boca dela você não sabia?” um deles disse, não se sabe se foi a série ou não.
“O peixe macho goza no mar, a fêmea passa pelo semem e coleta.”
“Isso tudo é um monte bobagem.” disse um marinheiro ruivo, com marcas de uma vida sofrida pelo corpo. “Eu já transei com uma e vou explicar como é.”
Isso atraiu a atenção de todos, inclusive o capitão, sentado e tomando uma cerveja, genuinamente se divertindo com as bobagens.
O marinheiro ruivo, Geremias, aproveitou a atenção e reuniu toda sua concentração.
“Prestem atenção seus vermes, para não falarem mais bobagens.”
Todos se intimidaram com seu tom, mas ele falou com um sorriso, que metade deles repetiu.
“Sereia não só tem buceta como tem cuzinho também.”
A maioria agora explodiu de comemoração.
“Mas é bem pequenininho, então só quem teu pau pequeno pode comer.”
“E você Geremias, comeu o cu dessa sereia?”
“Sua mãe pode contar todos os detalhes, seu paspalho!”
Gargalhadas ecoavam na embarcação, enquanto lá fora a tempestade mostrava os último sinais de sua existência quase apocalíptica algumas horas atrás.
“Mas eu comi sim, e até gozei na boca dela. Transar com uma sereia é gostoso demais.”
“E como você escapou da canção da sereia?”
“Repete a pergunta?”
“Como você… ora seu surdo de meia tigela. Basta ter a audição ruim como a sua seu mentiroso?”
“Uma vez atiraram com o canhão quando eu estava muito perto. Ouço um zunido até hoje…” explicou Geremias.
“E aí a sereia simplesmente deu pra você, seu safado?”
“Ela ficou surpresa quando eu apontei pro meu ouvido, e aí ela entendeu.”
“Claro claro, ela abriu as pernas logo em seguida né?”
“Como você sabe, estava lá?” Geremias brincou, mas sem dar risada.
“Explica essa história melhor, porquê tá mais pra história de pescador…”
“É, aposto que tu bebeu um monte e dormiu com um peixe!”
Os outros duvidavam da proeza de Geremias enquanto caçoavam, um deles até lambeu uma sardinha só pra provocar ele.
“Vocês são muito céticos, mas eu vou provar pra vocês.”
“Vai provar como seu infeliz?”
Nisso, Geremias tira uma concha do bolso, do tamanho de sua mão. Enquanto todos riem e bebem, ele a leva até sua boca, e assopra com toda a força.
Alguns ficam surpresos esperando algo acontecer, mas depois de alguns segundos continuam com sua rotina de bebedeira e zombaria.
Geremias dá um pequeno sorriso e se senta, continuando sua bebida, apesar de todos duvidarem de sua história.
Quando todos já haviam esquecido dele, sons se ouvem no convés, como se corpos tivessem sendo jogados.
Enquanto alguns estavam já roncando depois da bebedeira, outros subiram para ver o que estava acontecendo, temiam que pudessem ser piratas, mas as janelas laterais não indicavam a presença de qualquer embarcação.
Ainda estava uma noite escura, sem lua, e mal se podia enxergar o piso do convés. Vários marinheiros já estavam ao redor, mas apenas os últimos que chegaram lembraram de trazer uma lanterna.
Quando a luz finalmente permitiu enxergar todos os ali presentes abriram a boca, surpresos.
Eram sereias. De vários tipos. Em comum entre elas, apenas a cauda, da cintura pra baixo, similar a um peixe. Haviam ruivas opulentas, com seus belos e perfeitos seios a mostra, haviam loiras angelicais, haviam morenas femme-fatale com cabelos curtos e olhares fulminantes. Enfim, cada um dos tipos existentes de mulher estavam ali em forma de sereia.
Geremias subiu por último, triunfante.
“Vocês duvidaram de mim não é?”
Os marinheiros já não diziam mais nada. As gargalhadas zombeteiras deram lugar a risadas apaixonadas, os gritos de balbúrdia agora eram suspiros profundos.
Eles estavam literalmente encantados pelo canto das sereias.
Não havia escolha a não ser tirar as roupas e fazer amor com elas.
“Eu não disse?” Geremias caminhava pelo convés olhando a orgia regada a álcool, gemidos e a canção que não parava.
Algumas sereias sendo penetradas pela frente, por trás, por suas bocas (o que não parava o canto, eles testaram, deixando todas elas com as bocas maravilhosas e perfeitas completamente cheias).
O canto ressoava em suas mentes, ininterrupto, inescapável.
Os marinheiros todos gozaram, e então logo depois dormiram seu último sono.
Geremias acordou sozinho no barco, levando as sereias de volta ao seu lar.
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amusasolitaria · 3 months
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TEMA: CONTO FILOSÓFICO AUTORAL
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A RAINHA E O AMOR: UM DIÁLOGO
Num lugar bonito vivia uma rainha, filha de um sábio rei. Quando ficou noiva, seu pai lhe disse: "Viva em si mesma, e viverá sempre. Viva para o outro, e se perderá." O pai faleceu, e a rainha se casou. Apesar da dor, foi feliz até que seu marido também morreu. Então, vestiu-se de preto e ficou luto. E, como se não bastasse, tornou-se uma pessoa amarga.
Desdenhando do que não tinha e desgostosa do que tinha, mandou que procurassem o amor que a fazia infeliz. Dizia "olhem ali", e iam ali, mas nada viam; dizia "olhem aqui", e iam aqui, e nada encontravam. Sem saber mais onde procurar, desistiu da busca. Dia e noite, procurava incessantemente. Até que, na sua cama, ouviu uma voz na escuridão da noite.
— Estou aqui, você que me chamou! —
Levantando-se atordoada — Quem está aí? Revele-se! —
— Acha que sou uma pessoa para obedecer? —
— Seja o que for, saia da sombra e diga por que veio! —
— Você me chamou e agora não quer que eu atenda? Procurou-me em todos os lugares e agora manda que eu vá embora? —
— Não pode ser o vil e jocoso! —
— Duvida de mim, você que me chamou e me buscou como uma caça? —
— Já disse! Não pode ser o vil e jocoso. Sua voz é calma, não porta armas, nem grita, nem cheira mal. —
— Descreve como me vê.
— Ora, é o que você sempre foi! Não negue! —
— Não posso negar ou afirmar o que acredita que sou.
— Não? Você nega que tirou tudo que eu estimei?
— Fala das perdas que teve e dos bens que não conseguiu ter? —
— Como sabe de perdas e bens que não sentiu?
— Você sente a dor e a perda, não? E disso, eu sei.
— Deixe de zombaria e diga por que veio aqui, monstro! —
— Me diga você, pois me procurou e agora me encontrou.
— Cessei a busca. Não procuro mais nada.
— Tem certeza do que fala? Ou é o que quer acreditar? —
— Diz então, sabichão! Sabe tudo, vê tudo, ouve tudo. E ninguém te encontrou antes, não é verdade? — Aproximando-se da rainha, toca-lhe o peito com a mão. — Sente agora? —
— Sua mão é quente e pequena. Posso sentir, mas não ver. Por quê?
— Não precisa me ver. Apenas me sentir. Sou pequeno porque me esconde aí — aponta para o peito da rainha — e não me mostrou mais a ninguém, nem a si mesma. Como espera que eu cresça?
— Por que tirou tudo que estimei?
— Nunca pude tirar nada de você. Não sou a morte, nem a vida. Sou o amor, e sei que você sabe disso em seu coração.
— Como fugiu de mim por tanto tempo?
— Você se cegou e surda se tornou, mas sempre estive com você, nunca deixei de estar em cada batida do seu coração, em cada suspiro, no canto dos pássaros, na brisa suave. Me procurou lá fora, mas eu sempre estive dentro de você. —
— Por que vem agora e só agora?
— Porque eu quis. Não sou cavalo para ter cabresto, nem gado para viver no arado. Venho quando quero e vou quando quero.
— Por que é tão vil e jocoso?
— Colhe o que planta. Não culpe a lavoura pelos erros do lavrador.
— Então, me culpa?
— Pense e me diga quem tem culpa. Mas te aconselho que de nada vai te servir a culpa, pois não ressarce o lavrador, nem replanta a lavoura. Tentando tocá-lo, mas em vão. — Por que sinto você mas não posso te tocar?
— Já disse: não sou algo para ver, mas para sentir.
— Como posso ter você sem te tocar e nem ver?
— Lembre de seu pai. Era amado? Sim, porque sabia ser amado. Amava? Sim, porque sabia amar a si mesmo. —
— Por que fala de algo que nunca vi meu pai me ensinar? E se fala, por que nunca ouvi meu pai me ensinar essas coisas?
— Há coisas neste mundo que não têm palavras para explicar, meios para ensinar, olhos para ver e ouvidos para ouvir. Queria todo velho passar ao jovem tudo quanto pudesse, e amparado pela experiência, só aí mostrado com inferências ao ensinar.
— Então, como poderia eu aprender isso que me fala se diz que não é possível?
— Afirmou ser impossível, mas está diante do que também poderia ser impossível.
— Como posso ter você mais vezes e com mais frequência?
Levantando-se — Deve saber que cada coração escolhe semente e adubo, o arado e a irrigação, a colheita e o deleite por capricho próprio, e não cabe a mim distinguir o fruto e o caule que sou cultivado. Cabe a mim apenas existir.
Ela se levanta. — Espere! — o detém pelo braço, mas o solta ao sentir sua textura. — Como posso sentir você agora? — pergunta.
— Acredita em mim outra vez. Pude tocar você porque sou o que sou e em tudo estou, mas agora acredita e, acreditando, há de sentir e ser sentida também — disse, dando as costas à mulher.
— Por que me fala essas coisas se diz que sempre esteve aqui? — declarou com um brado, com ele na soleira da janela.
De soslaio, responde — Às vezes, todos vocês buscam raciocinar a natureza que sou, quando nem compreendem quem são. Assim, procure e achará, peça e terá, pense e existirá. Não duvide de nada, e terá sempre. Conheça-se a si mesmo e tudo conhecerá — pulou e abriu voo.
A mulher correu e gritou à janela — Para onde vai e quando volta aqui? —
— Me procure adentro e me encontre afora — disse por fim, sumindo na noite. E assim, a rainha despiu o preto e desfez o luto. Abriu as cortinas, destrancou as portas, sorriu ao povo e abraçou o tempo. E o povo nunca mais viu tanta afeição e encanto de uma rainha que antes era fria como noite de inverno, e agora era quente e rosada como a manhã de verão.
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Nota:
A história acima é uma reescrita adaptada, se tiver interesse, venha conferir o texto original no meu site.
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notdiabolika · 8 months
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“Isso não é um encontro.”
Mas com certeza parece ser.
| Estrelando: Ayato Sakamaki e Yui Komori.
Muito inspirado no Mangá da Antologia do Anime (seja lá o que isso signifique), capítulo 2 do Ayato.
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Tema 5: Primeiro Encontro.
Desde o momento em que vim morar nesta grande mansão, fui tratada como presa por cada um dos vampiros que vivem nela. Comentários rudes foram ditos a mim todos os dias, noite após noite.
Os irmãos Sakamaki nunca mostraram piedade.
– Eu não sou comida! – Tentei dizer inúmeras vezes, e ninguém queria ouvir. 
Aos poucos, ia perdendo a esperança de ser escutada e ficava cada vez mais solitária. Até um deles aparecer para me questionar.
– Que foi, panqueca? – A presença de Ayato era recorrente, para onde quer que andasse, eu seria confrontada pelo vampiro de cabelos vermelhos. – Você está suspirando sem parar ultimamente.
Ele pergunta isso e ainda usa um de seus apelidos grosseiros, como sempre. Porém, o respondo.
– É só que… faz tanto tempo desde que tomei ar fresco. – Outro suspiro exacerbado sai das minhas narinas, meu olhar vagando para o teto. – A mansão é abafada demais, e começo a pensar em ir para algum outro lugar. Como um parque ou um jardim fora daqui.
Ninguém me deixaria sair, era simples assim.
– Um parque? – Com um único passo, Ayato se coloca bem na minha frente. Sua testa estava franzida. – Para quê? Você quer ter um encontro lá ou algo assim? – seu tom era notório de zombaria.
– Quê? Não, eu nunca disse isso!
Rindo da minha cara, ele fica me olhando de cima.
– Sabe, a sua reação diz tudo. – Caminha ao meu redor com um sorriso de escárnio em seus lábios. – Claro que ninguém te convidaria, com esse seu peito plano.
– O meu peito não tem nada a ver com isso!
Com a pouca liberdade que tenho, seria impossível encontrar alguém nesse sentido. Nem quero me relacionar com qualquer pessoa agora.
– Tem muito a ver. – Determinado, dá um passo para frente, me desafiando a retrucar. – Pan-que-ca.
Sei que, caso o respondesse, apenas receberia outra de suas piadas. Ayato é realmente cruel. 
Egoísta, e uma eterna criança.
Queria somente que me ouvisse, sem distorcer as minhas palavras ou dar risada do que tento lhe falar. Qualquer mudança dele parecia boa demais para ser possível.
– … com licença. – Me viro de costas, pegando ele desprevenido ao partir para o lado oposto.
Estou indisposta para lidar com esse tipo de discussão hoje. Permaneceria evitando problemas até o amanhecer, por mais que odiasse vagar pela escuridão. Antes sozinha do que mal-acompanhada, afinal.
Quando a escola começa, me sento na área externa ao topo do prédio, deixando a ventania embaraçar meus cachos loiros. Deveria estar na aula, só que a minha concentração nos estudos havia se desfalecido junto com quaisquer resquícios de determinação.
Em noites como esta, a solidão é minha única inimiga.
Faz frio aqui fora. Tenho que abraçar os joelhos para conseguir algum conforto.
Gostaria de olhar para o céu, mas as estrelas estão escondidas entre as nuvens. A única coisa que sobra é a brilhante lua cheia.
Mesmo se insistisse em alcançá-la com a ponta dos dedos, jamais iria conseguir. Era um daqueles sonhos que estavam condenados a serem esquecidos.
No entanto, eu ainda não havia abandonado os meus por completo.
– O que cê tá fazendo aí? – e ele também se lembrara de mim.
Quando ergo o queixo, encontro o menino presunçoso de antes, incomodado. Sua habitual camisa branca com três dos botões desabotoados, o casaco preto, e uma das pernas tendo a calça apoiada no joelho.
– Nada… – Duvido que se importaria caso lhe dissesse.
Suas sobrancelhas se juntam, como se tentasse adivinhar o que queria dizer com isso.
– Tch. – Sua mão pousa em minhas costas, me afastando do canto. – É chato quando tu desaparece de repente.
Havia apenas uma razão pela qual Ayato se importaria com isso.
– Uhum. – Meu lábio inferior estremece um pouco. – Você sempre se incomoda quando a presa some.
As palavras soam desafiadoras na minha cabeça, embora a voz saia pequena e entristecida. Me levanto com seu apoio, observando a expressão temerosa dele através das minhas íris cor de rosa.
Ele parece pensar por algum tempo, sem saber como responder ao notar a melancolia.
– O seu sangue é alimento para vampiros. – Claro que Ayato diria disso. – Seria estranho te tratarem de qualquer outra forma.
– Tá bem… – Nem quero discutir, minha mente está exausta demais para tal feito. 
Tento me desvencilhar dele, com pouca vontade de usar a força. 
Continuo no lugar.
– E isso aqui, “tá bem” também? – seus braços se entrelaçam no meu quadril, de repente me puxando para si.
– Eh?!
Antes de ter qualquer reação, a sola dos meus sapatos deixa o chão. As correntes de ar que se chocam contra mim se intensificam, e quando vejo…
– A-Ayato. – Cerro os olhos. – Volta lá para baixo, estamos indo a-alto demais.
Me esqueci que vampiros podiam voar em noite de lua cheia, e nunca imaginei que ele fosse me agarrar e levantar voo assim, do nada!
– Quem disse que é para fechar as suas pálpebras? – murmura, com certo aborrecimento. – Se está com tanto medo de cair, tudo que precisa fazer é segurar firme.
Seguindo seu conselho, começo a apertar suas roupas. A risada abafada que se eleva no peito dele forma um burburinho estranhamente agradável contra a minha pele. Nós ascendemos no céu noturno.
Meus suspiros vão se tornando leves à medida que deposito pedaços da minha confiança nele, apesar de ainda estar com medo.
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Aos poucos, o ambiente ao meu redor se torna suave e lento, indicando que Ayato havia – enfim – parado de subir. 
Seu aperto em minha cintura se torna sólido, como uma garantia de que continuaria me carregando. 
O corpo dele mal emite calor, porém, me passa uma sensação reconfortante quando o seguro com rigor. A coragem floresce em meu peito, uma curiosidade de espiar o que tanto ele queria me mostrar. 
Na intenção de saciar essa ansiedade, meus cílios se levantam um a um.
Achei que a altura fosse me assustar, no entanto, estava errada. As luzes da cidade são belas, tão claras quanto o dia em meio a penumbra. O fôlego escapa dos meus pulmões, e minhas palmas se arrastam até seus ombros.
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– Lembro de você dizendo que não gostava do escuro uma vez, então… – ele volta a cabeça para cima, esquecendo de terminar a frase. – Oh, é mesmo, tu tava querendo um parque.
Meu coração se enche de felicidade ao perceber que havia de fato prestado atenção no que falei. Nem lembrava de ter compartilhado essa informação com o Ayato, mas parece que ela havia sido guardada com cuidado em seus pensamentos.
– Tem um parque de diversões. – Aponta com o indicador, orgulhoso da própria descoberta. – Logo ali.
Seguindo a direção pela qual seus olhos verdes se guiam, vejo uma roda gigante e outros brinquedos acesos, além de largos portões guardando o local. Nenhum grupo de pessoas lá dentro.
– Deve estar fechado a essas horas. Temos que voltar—
Ele corta a minha fala ao me pressionar contra si.
– Para de ser careta! Você vai poder experimentar o que quiser lá dentro. – Um sorriso brincalhão se forma em seus lábios, a ideia cintilando em suas pupilas. – Vamos já.
– Não, espera!
WHOOSH—
Ayato finge que nem escuta e sai voando. Enterro meu rosto em seu ombro, um gritinho fino escapando da minha garganta.
O agarro com firmeza ao cruzarmos o vasto oceano de construções urbanas, que mais se assemelham a vultos e sombras se movendo ao nosso redor. Quando alcançamos o piso azulado, tenho a impressão de que meu estômago virou do avesso.
– …  para quê fazer isso? – puxo o ar com certa dificuldade, antes de soltar.
Essa noite está ficando radical demais para mim. 
– Se eu te deixasse falar, tu ia ficar reclamando. – Murmura, aliviando a pressão de seu abraço. – Foi a sua primeira vez matando aula, a gente tem que comemorar de algum jeito!
Isso, em contexto nenhum, deveria ser motivo para comemoração.
– Não tem como aproveitar um parque de diversões fechado. – Uma brisa serena transita, e eu desfaço o nosso abraço. – Alguém pode ver e chamar a polícia por estarmos invadindo.
Ele ri.
– Até parece que vão nos achar! – A confiança em suas afirmações permanece inabalável. – Em último caso, te pego e saio voando. Sem problemas.
Esse vampiro nunca muda. No entanto, tenho que admitir que essa pequena aventura levantou os meus ânimos.
Tem uma seção com um campo de flores artificiais e o mapa do parque atrás dele. Mesmo que sejamos os únicos aqui, todas as atrações listadas me dão gosto de explorar mais.
– Tudo bem. – Confirmo em tom de hesitação. – Vamos tentar ser discretos, seria péssimo se acabassemos danificando alguma coisa.
Na adrenalina do momento, quase deixo de notar o ruivo convencido enchendo o peito, satisfeito.
– Heh, sempre soube que você não era tão certinha quanto parecia.
Me surpreende que um vampiro tenha conseguido me arrastar para uma confusão dessas, o que me faz contemplar as suas verdadeiras intenções. Porém, quando paro para questionar o porquê, uma possibilidade bem peculiar vem à mente.
Ela me faz ficar quieta por algum tempo, até ter a coragem de falar:
– Ayato… você me trouxe aqui porque queria ter um encontro comigo? – Fazia sentido. Era o que ele tinha me perguntado antes em tom de chacota, e poderia ser o verdadeiro motivo.
O vejo piscar, pego de surpresa pela pergunta. Nenhuma resposta sai de sua boca.
  Momentos de quietude se estendem entre nós. 
– O que cê tá dizendo? – de repente, seu rosto começa a ficar sério. – É óbvio que eu te trouxe aqui para ter uma refeição com seu sangue.
Meu coração se despedaça. 
Dou alguns passos para trás, quase trombando em um cavalo de carrossel por acidente.
– Ah… 
Claro. Nem sei porque pensei que seria diferente. 
– Vamos, faça aquela sua coisa. – Os lábios dele formam um sorriso maldoso, revelando suas presas afiadas. – Feche os olhos.
Fui tola em pensar que suas intenções seriam boas. Deixo minhas pálpebras caírem sobre os olhos, me encolhendo no aguardo de uma mordida.
O silêncio se torna mil vezes mais insuportável do que era há alguns segundos atrás.
Até sentir um sopro dentro do ouvido.
– Ai! – cubro a orelha, abrindo os olhos com irritação. – Ayato, se você vai me morder, não machuque a minha audição!
Os risos dele ressoam na minha mente, e eu, sem entender, assisto ele dar um passo para trás.
– Você acha que no meio de todos esses brinquedos, eu vou escolher te morder?! – de repente, sua mão segura a minha. – Ton-ta. Tu tá se achando demais.
Fico pasmada com esse desenvolvimento, até sentir o puxão vindo dele e ter meus pés arrastados para sabe-se lá aonde Ayato está indo.
– Hoje, vamos nos divertir. – Apesar de enxergar apenas sua nuca, tenho certeza de que Ayato está sorrindo. – Então fique quieta e não faça perguntas desnecessárias. 
A ventania passa por nós, balançando os tecidos e os fios de cabelo soltos enquanto os dedos dele se entrelaçam nos meus. Seu toque é gentil.
O ocasional – e discreto – olhar para trás do dono da cabeleira ruiva me diz…
… isso é definitivamente um encontro.
| EXTRA: Layout bobinho.
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‹━━━━━━━━━━━ .☆. • ☪ • .☆. ━━━━━━━━━━━›
Girei um dado digital de 30 lados para ver qual tema ia cair, mas esqueci de contar o bônus. Era para ter girado um de 31. Me lasquei.
Esta oneshot é uma participação do desafio #diabolik otp challenge. Dêem uma força lá <3
Esse chibizinho do Ayato foi renderizado por Lefreet, peguei de uma das postagens do blog.
(@yuriko-mukami) <— Sigam a conta que criou esse desafio!
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80s-noelle · 7 months
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Querida autora eu tenho conta no try quinn e ouvi um áudio que o autor é americano e fala espanhol em momentos no áudio... muito praise e muita sacanagem (fingering, moaning, rought, dirty talk em espanhol...) e eu quase morri engasgada quando ele soltou um....
"Ohh I know, I know.." - tradução que ele disse na versão espanhol: "lo sé, lo sé..."
pq né o que ele tava fazendo no cenário do audio era maravigold de imaginar e com toda certeza essa frase veio na hora certa🫠🔥
Pqp! Se alguém quiser eu mando o nome do áudio e vcs fazem conta no site.
Menina do céu eu justamente tava colocando esse tipo de cenário com essa frase na minha fanfic que tô escrevendo 🤣
Eu não consigo parar de pensar no enzo ou no kuku nesse cenário do áudio (como se fossem eles falando e fazendo as coisas no audio) o melhor é que a gente pode se imaginar nele🤤😭🫠🔥
Desculpa o texto grande mais eu precisava compartilhar isso com nosso fandom.
Perguntinha:
Você acha que Enzo e o Kuku falariam essa frase numa situação onde estivessem dando prazer pra leitora (fingering) e ela ia ficar manhosa, ofegante de tanto prazer?👀
Parte 02 da pergunta:
Como que eles iriam se sentir vendo a leitora nesse estado enquanto tão ali na "ação"?
DIGA O NOME AGORAAAAAAAAAA, eu ja vi uma conta de audios dessa no fandom de call of duty (nao sei se conhece espero q sim pois eh maravilhoso)
respondendo a primeira pergunta eu acho que o enzo falaria sim (e aceleraria as dedadas 🤭🤭) ja o kuku acho que ele falaria num tom de zombaria, daria tapa no rosto e ia diminuir a velocidade pra provocar a leitora (ai gente desculpa mas eu adoro) mas ele (kuku) te recompensaria depois, acho que ele seria duro mas depois fica mais suave ☝️
a segunda… gente duvido se o enzo e o kuku nao tem egos inflados pois o tanto de xereca que tem atras deles minha amiga (acho que o kuku pensa q eh puro “carinho” pq pelo o que eu sei ele namora uma das maquiadoras de lsdln MAS MESMO ASSIM) acho que eles ficariam em extase porque tem o poder de deixar alguem tao desconcertada como a leitora nessa situaçao, eles se sentiriam poderosos com certeza.
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bgortega · 7 months
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝗂'𝗆 𝗅𝗈𝗌𝗂𝗇𝗀 𝗆𝗒 𝗋𝖾𝗅𝗂𝗀𝗂𝗈𝗇 𝖾𝗏𝖾𝗋𝗒 𝖽𝖺𝗒 ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝗍𝗂𝗆𝖾 𝗁𝖺𝗌𝗇'𝗍 𝖻𝖾𝖾𝗇 𝗄𝗂𝗇𝖽 𝗍𝗈 𝗆𝖾, 𝗂 𝗉𝗋𝖺𝗒
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logan  lerman ?  não!  é  apenas  bernard  graves  ortega,  ele  é  filho  de  melinoe  do  chalé  27  e  tem  trinta  anos.  a  tv  hefesto  informa  no  guia  de  programação  que  ele  está  no  nível  ii  por  estar  no  acampamento  há  17  anos,  sabia?  e  se  lá  estiver  certo,  bernard  é  bastante  independente,  mas  também  dizem  que  ele  é  teimoso.  mas  você  sabe  como  hefesto  é,  sempre  inventando  fake  news  pra  atrair  audiência.
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⠀⠀⠀⠀⠀𝗍𝗁𝗈𝗎𝗀𝗁𝗍 𝗂 𝖺𝗅𝗆𝗈𝗌𝗍 𝒅𝒊𝒆𝒅 𝗂𝗇 𝗆𝗒 𝐝𝐫𝐞𝐚𝐦 𝖺𝗀𝖺𝗂𝗇 ✶⠀⠀pinterest⠀⠀・⠀⠀connections⠀⠀・⠀⠀muse blog⠀⠀✶
BIOGRAFIA
Bernard nasceu e foi criado em uma grande cidade, sob a tutela de seus avós. Desde cedo, aprendeu a ser independente, pois seu pai, um médico ocupado, raramente estava em casa. O pouco contato que mantinham era frio e distante, mas para Bernard, que era introvertido e preferia a própria companhia, isso não era um problema. Na escola, a vida era um campo minado. Bernard enfrentava dificuldades de aprendizagem e bullying, o que o levou ao isolamento social. Diante da situação, seus avós tomaram a decisão de educá-lo em casa. Essa mudança significou menos chances de interação com outras crianças, mas também menos sofrimento. No entanto, Bernard ainda lutava contra a solidão e o peso de ser visto como mentiroso quando "inventava" ver mais pessoas que de fato haviam no cômodo, bem como ouvoi-los. Aos 13 anos, durante um funeral, Bernard vivenciou um evento perturbador: ele viu a pessoa morta em pé, à sua frente, rindo. A reação dos presentes foi de incredulidade e zombaria, mas seus avós, que conheciam a história peculiar da mãe de Bernard, tomaram uma decisão crucial: enviá-lo para o Acampamento Meio-Sangue. Desde então, vive sob a proteção do acampamento e não pensa tão cedo sair de lá. É um cara introvertido, mas sempre disposto a conversar com um fantasminha ou outro - o que já o meteu em diversos problemas e umas idas a enfermaria por usar seu poder com descuido.
PODERES E HABILIDADES
Cantus Perditorum (Empatia Espectral) - Bernard tem a capacidade de ver auras/emoções dos fantasmas, ouvir seus sussurros e até mesmo se comunicar com eles. Precisa estar em contato com um fantasma para sentir suas emoções e para ouvir os sussurros, é necessário estar em um local silencioso. O uso do poder pode ser cansativo, bem como corromper a alma e seu uso excessivo pode causar perda auditiva e cegueira. 
Agilidade sobre-humana
Vigor sobre-humano.
ARMA
Foice da Noite - Bernard se mostrou um exímio manuseador de armas. Como presente de sua mãe, a arma é feita de bronze celestial, com uma lâmina negra como a noite e uma empunhadura feita de osso de fantasma. A lâmina é afiada como uma navalha e emana uma aura de frio que pode congelar a alma dos seus inimigos.
CARGO
Adestrador de Pegasos
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thebookstan · 3 months
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De outra feita quis por força apaixonar- me; isto me aconteceu duas vezes. E realmente sofri, meus senhores, asseguro- vos. No fundo da alma, não acreditamos estar sofrendo, há uma zombaria que desponta, mas, assim mesmo, sofria de verdade; tinha ciúmes, ficava fora de mim... E tudo isso por enfado, senhores, unicamente por enfado; a inércia me esmagara.
— Memórias do Subsolo
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srtarmina · 13 days
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❀°• Velha Infânciaᴶᴼᴱᴸ •°❀
Sᴜᴍᴍᴀʀʏ: Jᴏᴇʟ sᴇ ᴅᴇғᴇɴᴅᴇ ᴅᴀs ᴘɪᴀᴅᴀs ᴍᴀʟᴅᴏsᴀs ᴅᴇ Eᴅᴜᴀʀᴅᴏ ϙᴜᴀɴᴛᴏ ᴀᴏ ғᴀᴛᴏ ᴅᴇ sᴇʀ BV.
Tᴀɢs: ғʟᴜғғ, s1 ɴᴇʀᴅʏ ᴊᴏᴇʟ, ᴄʜɪʟᴅʜᴏᴏᴅ ғʀɪᴇɴᴅs ᴛᴏ ʟᴏᴠᴇʀs, ᴍᴜᴛᴜᴀʟ ᴘɪɴɪɴɢ, ᴅᴜʙᴄᴏɴ ᴋɪss?, ɴᴀ̃ᴏ ɢᴏsᴛᴇɪ ᴍᴜɪᴛᴏ ᴅᴇssᴇ
Wᴏʀᴅ Cᴏᴜɴᴛ: 2.3ᴋ
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Como todos os intervalos, estávamos sentados na pequena arquibancada, de frente para o campo de futebol – que jamais poderia ser chamado de campo pelo seu tamanho menor que uma área de pênalti. Douglas jogava no gol, com um déficit de habilidade de se impressionar. Talvez sua verdadeira habilidade seja ser rico, pensei comigo mesma e soltei um riso nasal. Ao lado, Fabricio, Eduardo e Joel conversavam sobre qualquer besteira de sempre e eu apenas conseguia parcialmente ouvi-los, com um dos fones do MP3 no ouvido e uma música animada tocando, fazendo-me mexer a cabeça na velocidade da batida.
Fabrício deu uma batidinha no ombro de Eduardo.
– Vai no half hoje? – perguntou.
– Nem – balançou a cabeça. – Vou sair com uma mina aí – sorriu e Fabrício replicou o sorriso, mostrando que compartilhava da satisfação do amigo. Sabia que, mesmo com 17 anos e no último ano do ensino médio, os garotos poderiam ser um tanto irritantes e imaturos, com comentários desnecessários quanto a paquera e as meninas.
– Quem? – Joel perguntou.
– Quem? – repetiu Eduardo com uma voz de deboche, menosprezando-o. – A Carol, véi – deu um sorriso malicioso –, a gente vai lá na Cocada da Márcia.
Joel voltou a ficar em silêncio. Por que aceitava sempre ser zoado pelos outros dois? Claro, éramos amigos desde sempre e, conforme as normas sociais de Imperatriz, era melhor nadar com os tubarões do que ficar sozinho a deriva... mas em qualquer oportunidade que Eduardo tinha, escolhia fazer alguma piadinha sacana ou responder de forma rude, como se Joel estivesse perdendo a visão do grande esquema e fosse um panaca total. Revirei os olhos.
– Mas, explica pra gente qual é desse lance seu com a Carol, mano – pediu Fabrício. Notei algo estranho no tom de sua pergunta, mas não consegui identificar o porquê. O que mais tinha para se falar? Ele sabia que ela era apenas a da vez, assim como Eduardo já havia mostrado que gostava de "diversificar", termo de suas próprias palavras.
– Sei lá – Eduardo deu de ombros. – Ela tá na minha e é gata. Por que não? – deu aquela sua risada escrachada que todos na escola odiavam.
Joel virou o tronco levemente, de modo a encarar os meninos. Me segurei para não dar um toque em sua perna e impedi-lo de virar; sabia muito bem que independente do que falasse, jamais escaparia de uma resposta que o esnobasse.
– Você nem conhece as garotas que você fica, né? É a quinta já só esse mês – falou, com a testa franzida. – Cê nunca pensou em ficar com alguém que você gosta? Sei lá.
Ao término de sua frase, me olhou de canto, mas eu preferi fingir que não havia visto. Tive medo que, se ele percebesse o quanto aquela frase havia me afetado, tudo estaria arruinado. Éramos amigos desde o início da infância, no grau 1, e estivemos conectados em todas as fases da nossa vida; éramos dupla nos trabalhos, ele me acompanhava até a minha casa após a aula e nos finais de semana ficávamos jogando videogame.
Tinha medo de manter contato visual por muito tempo e meus olhos entregarem o quanto eu gostava dele. Quando o encarava, um brilho resplandecente aparecia em minhas pupilas e eu me perdia olhando suas feições; sempre engolia em seco e tentava olhar na direção contrária. Ele não podia saber.
A resposta de Joel fez o mais alto morder forte a mandíbula, antes de encarar Fabrício e ambos rirem em uníssono. Consideravam sua fala estúpida, uma piada completa. Eduardo deu um tapinha em suas costas e prosseguiu com outra zombaria:
– Falou nosso virjão – riu novamente e aproximou seu corpo do outro, abaixando um pouco a cabeça para que ficassem no mesmo nível, talvez como modo de desafiá-lo. – Melhor beijar várias, do que ser BV pra sempre, cara.
Esse tipo de piada era feita todo dia. TODO DIA. Meu sangue chegou a ferver dentro do corpo. Claro, em todos os anos de amizade, eu nunca havia visto Joel interessada por alguma menina ou falando para os garotos que havia beijado uma – ele era legal e bonito, então talvez apenas não saísse anunciando isso por aí, era um cavalheiro –, mas como seus próprios amigos poderiam ser tão chatos?
Não. Era hora disso parar. Meu corpo se movimentou rápido, sem que eu conseguisse coordenar muito bem meus movimentos. O fone caiu do meu ouvido e minhas mãos seguraram suas bochechas, de modo a guiar seu rosto assertivamente em direção ao meu. Nossos lábios se chocaram, de um jeito doce e carinhoso; o gosto de gatorade de laranja que havia tomado antes flutuava entre nós. Não saberia dizer como sua boca era tão macia e convidativa, de modo que eu quase abri minha boca para poder aprofundar o beijo. Estava hipnotizada. Porém, por mais que eu quisesse tanto beijá-lo daquela maneira, sabia que aquela não seria a hora – e, então, lembrei o porquê havia começado a beijá-lo.
Soltei seu rosto e me afastei. Ao abrir os olhos, vi que ele estava tão surpreso com aquela ação quanto eu. O que eu estava pensando? Eduardo e Fabrício permaneciam de boca aberta, sem qualquer comentário rápido que poderiam fazer para nos infernizar, igualmente confusos.
– Acabaram essas piadas sem graça que o Joel é BV, ouviram? ACABOU – disse, brava.
Me levantei da arquibancada, peguei minha blusa e o MP3. Aproveitando que havia deixado-os sem palavras, me retirei do ambiente sussurrando pra mim mesma "bando de homem imaturo", ainda alto o suficiente para que eles ouvissem.
Fingi que não havia sentido nada, mesmo que meu coração estivesse a mil dentro do peito.
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No final do dia, depois de todas as aulas e a educação física no período da tarde, reuni minhas coisas rapidamente para ir embora. Não conseguia encarar nenhum dos garotos nos olhos, com medo que Eduardo fosse fazer piadinhas para que eu também o beijasse ou Fabrício brincasse que eu estava "soltinha" demais pela escola. Talvez, amanhã ou depois, eles esquecessem disso.
Mesmo encarar Joel de frente me parecia uma tarefa difícil. Estava com medo do que ele iria dizer. Sim, eu o havia beijado – mas toda a confiança utilizada na hora já não estava mais no meu corpo. Quando eu o olhava e percebia que ele já estava me encarando, virava a cabeça rapidamente, arrumando qualquer desculpa para sair da sala e não encará-lo de frente.
Queria poder dizer que havia feito aquilo puramente pela nossa amizade, para evitar que os meninos continuassem fazendo aquelas piadinhas com ele... mas seria mentira. Eu tinha sentimentos o suficiente para que, se estivesse chateado ou enraivecido, eu me culpasse pelo resto de minha vida por tê-lo deixado assim e arruinado nossa amizade.
Por que havia feito aquilo? Por que fui tão impulsiva? Sinto no fundo da minha garganta uma vontade imensurável de gritar. Havia sido tão infantil quanto eles, não havia? Quando cheguei em casa, enfiei meu rosto no travesseiro. Me imaginei como um avestruz, com a cabeça embaixo da terra, alheio aos problemas mundanos... porém, engana-se quem acha que só por ter a cabeça escondida, o avestruz desaparece. Ouvi a campainha tocar.
Fui até o portão e Joel estava lá, me esperando.
– A gente combinou de jogar hoje a tarde – ele disse, da maneira mais calma possível.
Senti meu coração bater ao fundo da garganta, poderia sair pela boca a qualquer momento. Respirei fundo e abri o portão com as chaves, permitindo que ele entrasse na casa que já havia visitado tantas vezes. Ele passou ao meu lado e eu pude sentir seu perfume. Havia reaplicado? Estava cheiroso.
– Você não me esperou pra ir embora – recordou e eu prendi a respiração.
– É, eu... – minhas mãos começaram a soar, precisava me desculpar ou, pelo menos, dizer alguma coisa. – Eu só te beijei pros meninos pararem de te aloprar, sabe? Normal.
Dei de ombros e esperei que ele ficasse numa boa comigo, que fingisse que nada daquilo havia acontecido. Não suportaria perder meu melhor amigo de anos por uma atitude mal pensada.
– Tudo bem – respondeu e desviou o olhar para longe de mim. Havia algo estranho em sua voz, quase... decepcionada? Não, com certeza não. Estava calmo, apenas isso.
Em silêncio, seguimos para o escritório, onde ficava o computador da casa. Sempre que eu queria fazer alguma pesquisa, assistir algum vídeo ou simplesmente me distrair jogando um jogo, tinha que ir até lá para "entrar" na internet. Peguei a segunda cadeira para que ele se sentasse – era sempre ele que a ocupava, jamais havia chamado outra pessoa – e abri um dos sites de jogo em dupla.
Éramos bons nos de parceria e melhores ainda nos de combate, em que competiamos um com o outro. Competitivos o suficiente para nunca deixar o outro ganhar, adoravamos joguinhos de luta em que batiamos os dedos no teclado (eu do lado esquerdo e ele do direito) que emulam os botões do controle remoto e jogavamos versões falsificadas de Mortal Kombat e Street Fighter.
Com o tempo, a tensão do primeiro encontro cessou e voltamos a nossa natureza de intimidade, rindo o mais alto possível quando estávamos juntos e empurrando a mão um do outro para tentar trapacear no jogo. Era tudo tão natural... as brincadeiras, os toques, os olhares de felicidade. Se eu pudesse escolher qualquer pessoa no mundo para passar o resto da minha vida, seria ele.
Em questão de segundos, dei um golpe fatal em seu personagem, vendo-o cair no chão totalmente dominado. Meu rosto se flexionou em um grande sorriso, com os olhos sendo esmagados pelas bochechas.
– Você viu isso? Viu? – quando me virei para encará-lo, ele sequer estava olhando para a tela. Não havia visto minha vitória maravilhosa? Onde estava o Joel que reclamava e me chamava de trapaceira toda vez que eu vencia?
Ele piscou uma, duas, três vezes, ainda meio boquiaberto, maravilhado com o que estava a sua frente – eu? Não consegui ler seu olhar, perceber qual questão estava sendo debatida dentro de sua mente, antes que ele se aproximasse e colasse seus lábios nos meus. Ele pediu passagem para a língua e eu dei, também movimentando a minha – agora o gosto de gatorade de laranja era indetectável, mas seus lábios continuavam macios.
Colocou a mão em meu pescoço e me puxou para mais perto, fazendo com que eu me levantasse da cadeira. Com a intensidade do beijo, decidi ousar e me sentar no seu colo, com os joelhos apoiados ao lado de suas coxas, ainda na cadeira do escritório; posição extremamente desconfortável e que me faria ficar com as pernas roxas, mas na hora não sentia nada além de tesão e desejo de tê-lo mais próximo de mim.
Rodamos a cabeça e continuamos aproveitando o beijo, com os corpos colados. Deixei que meus dedos entrassem por baixo dos cachos e os puxei levemente, sentindo-o um gemido entre seus lábios. Seu primeiro instinto foi apertar minha cintura e eu senti um arfar correspondente sair da minha boca. Rocei minha intimidade na dele e nossa respiração aumentou. Os movimentos eram um pouco descoordenados, desengonçados, mas eu nunca havia sentido nada parecido durante um beijo; uma dinâmica única, sentimental. Aproveitei o momento para descer os beijos até seu pescoço, depositando um chupão aqui e outro lá, enquanto ele arrepiava-se sob meu toque.
Grheek.
O barulho inesperado fez com que eu pulasse para minha cadeira original e ele cruzasse as pernas, virando a cabeça para o outro lado (na tentativa de esconder o pescoço vermelho). Haviam aberto a porta do escritório. Era meu pai.
– Ah, vocês estão jogando – disse, completamente alheio ao que estava acontecendo de fato. Eu afirmei com a cabeça, dando um leve "uhum" antes que ele saísse do cômodo. Era comum eu e Joel estarmos jogando no computador, fazíamos isso desde que nos entendíamos por gente, então não havia motivo para que meu pai desconfiasse. 
Nos encaramos novamente, com as bochechas ruborizadas pela respiração acelerada ou pela mudança repentina da amizade. Aquilo significava que ele sentia algo a mais por mim também? Não era apenas a amizade de infância que tínhamos crescendo entre nós? Os olhares, os toques, as falas, tinham significado amoroso? E meu pai quase havia nos visto beijando.
– Eu acho que vamos ter que beijar muito mais pra eu tirar o atraso – brincou, se inclinando para me beijar novamente.
– Você era BV mesmo? – cerrei o cenho, confusa. – Espera, eu tirei seu BV? – encolheu os ombros e fez que sim com a cabeça. Por mais que eu estivesse feliz por ter sido seu primeiro beijo, não pude deixar de pensar nas circunstâncias e sobre como ele poderia estar esperando por algo especial. – Eu não pensei na hora. Eu não gosto de ouvir eles te zuando daquela forma e aí eu pensei... Nossa, eu não perguntei se eu tinha o seu consentimento antes. Foi errado. Desculpa.
Ele soltou uma riso pelo nariz e se inclinou para frente. Segurou minha mão.
– Eu gosto de você, bem mais do que os amigos que temos sido – admitiu. – Eu não beijei ninguém antes porque queria criar coragem e falar pra você como eu me sentia, 'tava com medo de acabar com a nossa amizade.
Revirei os olhos. Acabar com a nossa amizade? Balancei a cabeça. Ficamos com tanto medo de acabar a amizade que deixamos de viver meses preciosos juntos, apenas esperando por um "momento ideal" (que talvez jamais chegaria) para revelarmos nossos sentimentos. Como pudemos ser tão bobos? Bom, talvez isso faça parte de ser adolescente.
– Eu também gosto de você – sorri e tombei a cabeça. – Quer beijar ou jogar mais uma partida?
A pergunta foi feita com tom sério, mas finalidade totalmente retórica. Joel revirou os olhos e puxou minha cadeira para mais perto, usando o pé para guiá-la. Em seguida, colocou a mão em meu queixo e trouxe meu lábio para o seu. 
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Aᴏ3
Wᴀᴛᴛᴘᴀᴅ
capítulo anterior Joel chupando bct e agora ele bv todo casto.
aliás, não gostei desse mas não tá impostável, é um plot leve e interessante
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meu-rei-me-guia · 18 days
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"Ouvi uma mãe de dois filhos dizer que seu primeiro filho era mais inteligente, e que preferia sim ele, ao segundo. A conversa me provocou uma sensação desagradável. Pensei na vida do caçula. Qual seria seu sentimento, ao perceber que a mãe prefere o mais velho? Sou escritor. Imaginei os gestos do cotidiano: reprimendas mais fortes; presentes piores no aniversário ou Natal e talvez até comentários desdenhosos. Tomei consciência de que isso acontece muito mais do que se comenta. Fala-se muito de bullying. Livros abordam violências verbais e até agressões físicas que ocorrem nas escolas. O ataque costuma ser dirigido a quem é de alguma maneira diferente: os gordinhos, os maus esportistas, os nerds, os mais pobres, entre outros. Até um sotaque pode induzir os valentões da turma à chacota. Submetidas a uma pressão constante, as vítimas muitas vezes se rebelam. E dentro da família? Um amigo passou a infância perseguido pelo irmão mais velho. Tudo era motivo para zombaria e até ataques físicos. A mãe, ausente, não punia o agressor. Hoje os irmãos têm uma relação distante, mal se falam. Agora a mãe se lamenta. Não entende por que os filhos não se dão bem.
Meu irmão foi meu pior inimigo! Como posso gostar dele agora? - ouvi o mais novo dizer. A agressão pode se voltar contra um dos pais. Soube de um vizinho que gritava com o pai e o ameaçava por qualquer pretexto porque tinha pouco dinheiro. Não usava drogas. O velho, frágil, não conseguia enfrentá-lo.Você é um incapaz - dizia o filho. - Nunca soube ganhar dinheiro!
Muitas vezes a própria mãe cria a situação. Uma figura da sociedade, magra e bem vestida, parece esconder sua filha, que é gorda. A garota nunca é vista em companhia da mãe nas festas que ela costuma frequentar. Em represália, veste-se de maneira relaxada. Mal penteia os cabelos. Minha mãe tem vergonha de mim! - já desabafou. É difícil tocar nesse assunto. Cada família possui uma dinâmica diferente. Nem sempre as situações são evidentes, mas o atingido percebe o desprezo. Ou a comparação. É comum uma criança de olhos azuis ser coberta de elogios. Ninguém fala do irmão de olhos castanhos. Só a mãe pode ajudar, valorizando os dois. Ou então um dos membros perde o emprego. A família passa a humilhá-lo. -Não vou sustentar vagabundo! - certa vez ouvi a irmã, secretária, ameaçar o irmão. Se é difícil encontrar trabalho, a agressão aumenta. E a pessoa deprimida tem mais dificuldade ainda. Perde o prumo. Pais inventam sonhos para os filhos. Desejam que se tornem bem-sucedidos, talvez famosos. Já vi homem com bebê no colo garantir: Este aqui vai ser jogador da seleção. E ganhar a Copa! O bebê sorri, sem saber da cilada. Pode ter pendor para a informática. Talvez nunca seja um craque. Passará horas diante da telinha. Também já vi pai reclamar: Sai do computador, moleque! Vai jogar futebol! O filho passa a ser constrangido. Pressionado.
Conheci pessoas inteligentes totalmente desestruturadas, incapazes de se dedicar a uma profissão, por falta de apoio familiar. Muitas vezes, o que parecem ser gestos de amor, de incentivo, são ameaças porque o filho ou irmão não segue um padrão. É difícil, mas cada família deve abrir sua caixa-preta. Adquirir a coragem de encarar suas falhas. E aprender a trocar a agressão pelo abraço."
Fonte: Prova Gupy - Discursiva
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