temet-nosce-te-ipsum

[temet-nosce-te-ipsum]

Com o típico ar frio Aves sombrias sobem aos céus O espetáculo se inicia Epílogo para toda vida que o observar

Não há grandeza, nem sorte A falta natural de empatia Tudo pelo poder, caminho do precipício E a gota sequer caiu…

O caos da mudança O sofrimento necessário A ideia que sempre é vendida Quando se rompe o medo, nos vencem pelo cansaço

Momento de intensidade colocados de frente aos extremos O mal; Consumindo o caráter O bem; Transcendental E tudo propositalmente sendo posto aos olhares Enaltecendo todos os vícios e virtudes do caminho atual

Somos o intervalo entre sonhos

A busca num vago vale externo; Sem saída. O reflexo pode ser assustador, há um ser em descontrole. Contagiante, porém, contagioso. Quantas barreiras para a quebra do "tempo"?

Só não nos leve o prazer da dúvida a incerteza é o que nos mantém no caminho

Somos o caos da mudança

Hiperativos e ansiosos, desleixados e preguiçosos.

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A verdade em seu estado terminal Se contorce, insuportável hipocrisia Novamente deixa-se contaminar Ou és dona da própria podridão

Colecionando ingratidão Abstêm-se de toda a culpa Todo o tempo está sendo preenchido Assim segue em resposta automática

Ao fim dos interesses, torna-se e retorna Se despir, enlouquecer, nada importa Ao tom da tolerância, a ganancia e o ego Desapego total, desprovida de qualquer sentimento

Foram-se tantos, e do topo ao chão Do prazer ao egoísmo, do tempo ao prazer Que não há mais questões, és o que é E há de ser assim, pois assim escolheu

Que não se trate de arrogância Talvez nas últimas palavras Um papel em branco, sem espelhos para cobiçar Sem ouvir um outro lado, terminando em risos Obscurecidos, na noite em que sua vida passa Que nesse fundo quantos hão de se afogar?

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Só acordei um dia e soube. Soube o quê? O que nunca tive certeza com você.

500 Days of Summer

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Hoje há um silêncio e o vento frio Na insegurança e na ineficácia de manter-se são Buscando na incerteza, sem razão e inconsciente Quase inconsequente modo de agir…

Estar presente demais, tornou-se um fardo Perdendo totalmente a importância, quase um fantasma A ineficaz insistência de se aproximar Divagavam ideias, e as paredes surdas

Tanto tempo estamos aqui; Quem é? Cópias uns dos outros, agindo da mesma forma Já não há verdade que mantenha tudo isso de pé E falaremos de um momento qualquer, para depois cair…

Receptáculo do medo, naufragado em melancolia E a tantos dias foram ao encontro do vazio De becos escuros, moradas da mente, divergente e insistente Até tentou por se conter

Num delírio qualquer, abriu-se a boca E toda a coisa, que nada importa, deu por se sair De certo que a noite sempre volta E quando apaga-se a luz, de todo ser a escuridão…

Das mentiras sórdidas, contadas sem razão No tempo acelerado, um coração em disparo Navio ancorado, outro dia acordado e sem direção.

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Aos olhos que se fecham Enxerga-se a realidade O fascínio verdadeiro Relembrando o que se é

Dadas as repetições A aceitação do incoerente Eclipsado pelo orgulho Justo cego, inconsciente

Em transe profundo O tempo inexistente Em parte absurdo Um novo ser mais consciente

Dadas as decepções A inquietação sempre constante O novo justo do reino Mais um rei inoperante

Transcendente Um novo ser, um novo tom Escuta-se de longe A clareza desse som

Dadas as imperfeições A negação do ser ciente A divisão do novo mundo Do incrédulo ao penitente.

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Ás vezes você esquece, a gente adormece O clima acontece… Estamos em outro em outro lugar?

Não seja questão de tempo É tanto contratempo Maneira mais simples de elucidar

Do que bater de frente com a alegria Partindo para nostalgia Lembrando que o bom, já se foi…

E sem fazer questão Você, então, apareceu Sufocada pela razão A mesma na qual se perdeu Sempre que dizíamos "Aqui nunca mais ei de voltar"

Insistia que o mundo deveria mudar Como se tudo ao redor se perdesse Nunca foi de se adaptar

Por vezes se imaginou importante até demais Esquecendo-se dos erros e de quem ficou pra trás Do mar que todo dia sobe Da onda que quase nos encobre Da rotina que um dia iríamos superar Derreteu-se na melancolia Escrevendo cartas todo dia para alguém à quem não endereçar.

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Simpático e profundo Obtuso alvorecer O vento trás; Te leva Não tarda…

Imensidão enclausurada Infinitas questões Ampliação do todo Jazer, curar-se

Em ti, em tudo Todo canto se tocou Similaridades Voltas... e tudo girou

Sapiência Preciosidade adquirida Leve, tão leve Tão longe, solitude

Sejas teu farol Crie, transmute Austero Cântico iluminado

A presença te guie Atar, nós descalços Vívido Apto, ato certo Renascença.

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Ao escutar um som dos Árticos Lembrei-me e apaguei-me, saudosa melancolia Da lembrança eterna, esmagadora e nostálgica Voltaremos aos mesmos erros? Sorrisos.

É como se estivesse, nunca estive Ombros e pernas movimentam-se; Ritmado Demorei para acordar, mesmo com os olhos abertos Nunca fui de amanhecer, claridade e turbulência.

Sempre estive nos "velhos tempos" E já fomos tantas vezes, que nos perdemos no que somos No agora, no valor, na memória, trajetória onde se desencontrou O que tem nos salvo, a distância do penhasco…

Traga-me um novo roteiro, amassar o drama Corta-se pela metade e torna-se a crescer Quase não quis acordar, o mesmo sol pela manhã Não fique tão emocional, pinte um novo quadro

E quando a luz atravessar em linhas horizontais Talvez a faça elevar-se a ponto de flutuar Estenda a mão e espere a resposta Nada deixará que caia, nada irá lhe segurar

Ao centro, um globo de luz Gira e desnorteia a todos os observadores Aos que seguem o som, próximos, olhos oclusos Mergulhados no arrepio do agora.

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Vi você aqui, sozinho. E pensei: Graças a Deus! Outra pessoa que não sabe interagir.

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Do que será Um tempo a vir A se cumprir O seu lugar…

E quem não crer, há de correr Sem pés no chão, sem perceber Na contramão, sem entender Sem persistir, só se render…

Ouvi canções, e lá cheguei Houve monções, saudavam um rei Sem pretensões, havia dor A nova era, assim chegou

Em paradoxo, em decorrência Havia fome, houve clemência Estrondo forte, caiu-se os muros Alguns estragos, um breve escuro

Naquelas páginas, estava escrito Daquela época, dos nossos riscos Acreditou, quem precedeu De toda glória, se preencheu

Iniquidade, inconsequência A distração da consciência Há de culpar, há de sofrer Corrói a alma, ante morrer.

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Mas não precisamos Saber pra onde vamos Nós só precisamos ir... 🎵

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Na aproximação do tempo Quase um templo em calmaria Me perder ao me encontrar Em ti buscar um doce abrigo

Quando caímos em desencanto Lembrar-te dos dias de chuva Quando o sol nasceu entre as nuvens E sorriu, de forma rápida e inesperada

Como um cântico sereno Brisa que corre pelo mar Circundando todo esse ser Quisera se encontrar

E em ti reconheci Ávido caminho Anseio dessa paz Hospeda esse destino

Pêndulo dos sentimentos O segredo do prazer Que nos traga o equilíbrio O preço da escolha A arte de abster.

[temet-nosce-te-ipsum]

Como um raio em queda Uma luz que queima e cura Suprimindo e precipitando A sensação de queda...

Sentimos que está chegando E está E é por isso que não hesitamos Aquele que busca, irá encontrar

São os novos ares Consagrando a percepção Um novo aspecto aos mesmos lugares Seguindo o caminho em uma só direção

O ritmo que nem por todos seria sentido Há um ser além Além do que imaginávamos Chega-se o momento

A quebra do tempo e a iniciação do agora Sem antes, sem depois Sem minutos nem segundos O impacto, o silêncio, o momento.

Enfim, acordados E de acordo, podemos assim seguir Fulminante mudança Aquela esperança, enfim conseguir

O fim da ganancia A tal relutância que impedia o chegar A moral e a cobrança Resultante da paz que pairava no ar

Olhares de exaltação Fios de luz os ligavam e se pôde ver Éramos o momento Serenos, um só sentimento

O que havia guardado, assim reluziu Uma exuberante verdade Um mantra repentinamente surgiu Se repetia por todas as partes

És morada, tudo em ti habita Doe-se inteiro a tua jornada No agora, presente Confiante, paciente Em todos os momento da caminhada Do nascer ao seu poente.

[temet-nosce-te-ipsum]

As pessoas têm que dividir as coisas, Joel. Intimidade é isso.

[temet-nosce-te-ipsum]

Tão longe eu fui Sem razão, nem medo Nunca foi sorte ou fiz questão Fica bem próximo ao coração; Segredo.

Nó que não desata Tempo em descompasso Desafio raso; É gravidade…

Quando te disseram, sem motivo Quando te afastaram do caminho Encontrei.

Vimos e viemos Quase em todo o canto Deixa a poeira baixar Já não se sabe a hora e o lugar Tempo leva tudo, faz passar Então deixa…

Deixa cair sobre você Larga de tanto se precaver Busca e encontra Refaça e se desmonta Tenta e desponta Tira essa balança Que tudo irá chegar.

[temet-nosce-te-ipsum]

Contratempo em contraste Perdeu-se a comunicação, estão em todo o lugar Em lugar nenhum há de se encontrar.

De janelas fechadas, cortinas entre abertas Sem antenas, onde o tempo já não tem onde parar Há quem sinta o suficiente para se permitir…

Quebrar-se, em seus cacos, toques e detalhes Dando molde a criação Prisma fora de esquadro, escorre até o canto da boca Sem firmeza para manter-se na reta Olhos despertos, natureza discreta, na estrada incerta Uma porta aberta, figura singela, desaparecer.

A casca, um peso aprisionador Ir adiante, além, abre-se a janela E somos feitos das mesmas coisas Não só das mágoas que caem, do sorriso que brota Da semente que seca, do veneno que escorre Da incerteza incrédula, da dúvida eterna Da monotonia ao florescer, vívida aquarela.