Tumgik
willianghostwriter · 6 hours
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"The meaning of the river flowing is not that all things are changing so that we cannot encounter them twice but that some things stay the same only by changing." — Heraclitus, Heraclitus: The Cosmic Fragments
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willianghostwriter · 24 days
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O Apaixonado
Guilherme sempre ia ao mercado perto da sua casa. Ele entrava na loja, dava um aceno com a cabeça para o rapaz do caixa e ia em direção ao corredor que ele precisava. 
Um dia, ele entrou na loja, fez tudo como o de costume, mas quando o Guilherme estava passando a sua compra, o rapaz do caixa vira para ele e pergunta: 
— Por que você sempre vem aqui? — Ele passa a compra devagar, olhando a registradora e desviando o olhar para o Guilherme. 
— Eu moro aqui perto. — O Guilherme responde, um pouco rápido demais, com o entusiasmo de estar conversando com o rapaz. 
— Você economizaria mais indo no mercado da avenida. — O rapaz continua passando a compra, agora olhando somente para a registradora. 
— Eu gosto de vir aqui. — O Guilherme diz em retórica, com um sorriso na boca, tentando parecer simpático.  
 O rapaz termina de passar a compra, olha para o Guilherme, suspira e cobra o valor da compra. Tudo como sempre. 
 O Guilherme era apaixonado pelo rapaz, mas jamais teria coragem de tentar alguma coisa. Ele ficou feliz com a interação daquele dia, mesmo sabendo que nunca teria chance com ele. Ainda assim, ele voltou feliz para casa naquele dia. 
 Depois daquele dia, o rapaz não voltou a conversar com o Guilherme, mas tudo parecia normal. O Guilherme com o tempo foi pensando em formas de abordar o rapaz. Perguntar o nome dele, saber se ele morava no bairro, quantos anos ele tinha, se ele tinha namorada, tudo o que ele precisava saber para se aproximar do rapaz, tentar ao menos uma amizade.  
Um dia, ele entrou no mercado, olhou para o caixa sorrindo, mas viu uma garota no lugar do rapaz. O Guilherme esconde o sorriso e pergunta para a garota: 
 — Desculpa, mas o que aconteceu com o rapaz que sempre fica aqui? — O Guilherme tenta soar casual. 
 — O Felipe? Ele pediu as contas. — A garota olha para ele e fala sem se mover. 
 O Guilherme só acena com a cabeça e segue como de costume. 
 Ele continuou a frequentar o mercado do bairro, mas a cada dia, ele se sentia pior por nunca ter tentado nada. Tudo o que ele sabia era o seu nome: Felipe. 
 Com o tempo, ele deixou de frequentar o mercado do bairro e assim ele foi se esquecendo do Felipe. Sua vida era pacata, em uma cidade pequena no interior, sem muitos amigos, morando sozinho, tentando encontrar amor onde ele conseguia.
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willianghostwriter · 1 month
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Lembranças
- Você gostava desta música. - Guilherme disse para o Lucas, seu antigo melhor amigo, sentados ao balcão do bar enquanto uma música pop eletrônica tocava alto. 
- Você dormiu com a Ellen naquela noite. - Lucas disse de volta. 
Algo havia acontecido naquela noite, entre o Guilherme e a Ellen, e entre o Guilherme e o Lucas. Todos os seus amigos estavam bêbados e o Guilherme só queria duas coisas naquela noite: beijar o Lucas e irritá-lo da mesma forma que ele fez quando eles estavam dançando à música preferida do Guilherme e o Lucas desviou quando ele tentou roubar um beijo seu. Ele disse que também gostava daquela música e continuou dançando como se nada havia acontecido. O Guilherme sabia que ele não gostava da música. Lucas sabia que o Guilherme gostava dele mais do que como um amigo.  
Naquela noite, quando o Lucas estava tentando encontrar o banheiro, ele abriu uma porta e flagrou o Guilherme e a Ellen se beijando. O Guilherme sabia que ele era apaixonado pela Ellen, desde os onze anos. No outro dia, o Lucas viu os dois deitados juntos, o Guilherme sem camiseta e a Ellen só de sutiã e calcinha. O Guilherme só havia beijado a Ellen naquela noite para irritar o Lucas, mas ele nunca falou sobre aquela noite com o Lucas, mas ele sabia que ele havia ficado irritado em encontrar os dois daquele jeito. 
Aquela foi a última festa que os dois se viram pela última vez. 
- Você ainda se lembra como a gente costumava brincar de trocar bilhetes pervertidos um para o outro? - Fazia quinze anos que eles não se viam. O Guilherme queria lembrar dos momentos engraçados que eles compartilharam juntos. 
- Eu lembro que você sempre colava de mim nas provas, mesmo sem a minha permissão e que você sempre levava o crédito pelos trabalhos que a gente fazia juntos. - O Lucas não estava a fim de falar das lembranças boas naquela noite. 
- Você sabe que eu gostava de você no último ano. - Aquilo não foi uma pergunta. 
- Eu sei que eu gostava da Ellen no último ano. - O Lucas estava amargurado. 
- Você disse que estava tudo bem, naquela noite. - O Guilherme já não sabia o que estava falando.  
- Eu só vou passar este final de semana na cidade. Eu não quero passar perto de você. - O Lucas se levantou e levou o seu copo de cerveja junto com ele e sumiu na multidão do bar cheio. 
O Guilherme ficou parado, olhando ele ir embora, com uma meia vontade de segui-lo, mas por outro lado, ele também estava cansado, cansado de sempre ir atrás dele. 
No final da noite, o Guilherme passou pela mesa em que o Lucas estava sentado com alguns amigos e deixou um pedaço de guardanapo em cima da mesa e disse: 
- Aqui está a verdade. 
O Lucas desdobrou o guardanapo e leu: 
"Eu sempre te amei e eu nunca dormi com a Ellen. Eu espero que você a reencontre e tenha com ela o que você sempre teve vontade. Eu só quero a sua felicidade." 
O Lucas olhou ao redor para ver se o Guilherme ainda estava por perto, mas ele já havia saído.
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willianghostwriter · 2 months
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Vencedores do Oscar 2024 e Resultado do Bolão do Oscar (✓):
Melhor filme - Oppenheimer ✓
Melhor direção - Christopher Nolan ✓
Melhor ator - Cillian Murphy ✓
Melhor atriz - Emma Stone ✓
Melhor ator coadjuvante - Robert Downey Jr. ✓
Melhor atriz coadjuvante - Da 'Vine Joy Randolph ✓
Melhor roteiro original - Anatomia de uma Queda ✓
Melhor roteiro adaptado - Ficção Americana
Melhor fotografia - Oppenheimer ✓
Melhor edição - Oppenheimer ✓
Melhor design de produção - Pobres Criaturas ✓
Melhor figurino - Pobres Criaturas ✓
Melhor som - A Zona de Interesse
Melhores efeitos visuais - Godzilla Minus One ✓
Melhor trilha sonora - Oppenheimer
Melhor musica original - Barbie (What Was I Made For? pela Billie Eilish) ✓
Melhor Maquiagem - Pobres Criaturas
Melhor filme estrangeiro - A Zona de Interesse ✓
Melhor Animação - O menino e a graça ✓
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Bolão do Oscar 2024
Melhor filme - Oppenheimer
Melhor direção - Chistopher Nolan
Melhor ator - Cillian Murphy
Melhor atriz - Emma Stone
Melhor ator coadjuvante - Robert Downey Jr.
Melhor atriz coadjuvante - Da 'Vine Joy Randolph
Melhor roteiro original - Anatomia de uma Queda
Melhor roteiro adaptado - Oppenheimer
Melhor fotografia - Oppenheimer
Melhor edição - Oppenheimer
Melhor design de produção - Pobres Criaturas
Melhor figurino - Pobres Criaturas
Melhor som - Oppenheimer
Melhores efeitos visuais - Godzilla Minus One
Melhor trilha sonora - American Fiction
Melhor musica original - Barbie (What Was I Made For? pela Billie Eilish)
Melhor maquiagem - Sociedade da Neve
Melhor filme estrangeiro - A Zona de Interesse
Melhor animação - O menino e a garça
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willianghostwriter · 2 months
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Bolão do Oscar 2024
Melhor filme - Oppenheimer
Melhor direção - Chistopher Nolan
Melhor ator - Cillian Murphy
Melhor atriz - Emma Stone
Melhor ator coadjuvante - Robert Downey Jr.
Melhor atriz coadjuvante - Da 'Vine Joy Randolph
Melhor roteiro original - Anatomia de uma Queda
Melhor roteiro adaptado - Oppenheimer
Melhor fotografia - Oppenheimer
Melhor edição - Oppenheimer
Melhor design de produção - Pobres Criaturas
Melhor figurino - Pobres Criaturas
Melhor som - Oppenheimer
Melhores efeitos visuais - Godzilla Minus One
Melhor trilha sonora - American Fiction
Melhor musica original - Barbie (What Was I Made For? pela Billie Eilish)
Melhor maquiagem - Sociedade da Neve
Melhor filme estrangeiro - A Zona de Interesse
Melhor animação - O menino e a garça
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willianghostwriter · 2 months
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Vidas Passadas
Alerta de Spoilers!
Segue abaixo o meu post sobre o filme:
Indicações ao Oscar:
Melhor filme
Melhor roteiro original pela Celine Song
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willianghostwriter · 2 months
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Pobres Criaturas
Alerta de Spoilers!
 Bella Baxter é uma mulher que foi achada em um rio por um cientista/cirurgião, chamado Godwin Baxter em uma condição de quase morte e é colocada de volta à vida através de uma cirurgia e um tratamento de eletrochoques. Bella retorna saudável, porém com uma deficiência mental. Ela começa a ser acompanhada por um médico estudante, chamado Max McCandles, que foi convidado pelo Godwin a observá-la e anotar o seu desenvolvimento periódico. Os dois nutrem uma afinidade um pelo outro e o Godwin oferece a Bella para se casar com o Max, porém quando o Godwin chama um advogado para fazer o contrato nupcial dos dois, o Duncan Wedderburn se sente seduzido a querer tomar a Bella para si e levá-la para conhecer o mundo. 
 Existe uma grande metáfora envolvendo o filme e nele existem coisas visivelmente claras e outras mais complexas que envolve um olhar mais malicioso.  
 O filme transita entre vários tons de estranhezas, seja pelo olhar da Bella ou por uma cena absurdamente desconcertante. O diretor usa do humor para tracejar a linha tênue entre os escrúpulos do filme e para que o tom de estranheza não se torne algo desconfortável demais ou até mesmo bobo e fantasioso, o que faz a narrativa do filme funcionar belamente. Outro trunfo é o design de produção que está impecável, sempre colocando à vista o adereço certo, na modelagem certa, para cada parte do filme, em cada sequência ou cena. Da mesma forma que a trilha sonora é estranha, assim como o filme, com uma música desconcertante, porém ao mesmo tempo intrigante, que te ajuda a entrar no clima do filme. 
 A Emma Stone brilha como a Bella e dá para ver como ela se entregou para a personagem, sempre carregando uma dignidade entorno da sua ingenuidade e uma humanidade sem fim para qualquer coisa que a Bella precisa, fazendo e agindo de formas mais vergonhosas e sendo sincera enquanto à sua falha em reconhecer o bem do mal, apesar de isso mudar com o filme. 
 Pobres criaturas é uma experiência e tanto como filme, com um roteiro bem trabalhado e uma execução que te deixa atônito com cada cena e te faz enxergar um mundo diferente ao final de tudo. 
Indicações ao Oscar:
Melhor filme
Melhor direção pelo Yorgos Lanthimos
Melhor atriz pela Emma Stone
Melhor ator coadjuvante pelo Mark Ruffalo
Melhor roteiro adaptado pelo Tony McNamara
Melhor fotografia pelo Robbie Ryan
Melhor edição pelo Yorgos Mavropsaridis
Melhor figurino pela Holly Waddington
Melhor maquiagem pelas Nadia Stacey, Mark Coulier e Josh Weston
Melhor design de produção pelos James Price, Shona Heath, Zsuzsa Mihalek
Melhor trilha sonora pelo Jerskin Fendrix
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willianghostwriter · 2 months
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Os Rejeitados
Alerta de Spoilers!
 O filme se passa no conservatório de Burton na época de Natal. Neste período de recesso a maioria dos alunos voltam para casa com suas famílias, mas alguns alunos ficam para trás porque alguns tem problemas com a família ou acontece algum imprevisto que impede que a família receba o jovem de voltar para casa. No ano de 1970, isso acontece com o arrogante Teddy Kountze, o atleta e gente boa Jason Smith, o garoto mórmon Alex Ollerman, o garoto coreano Ye-Joon Park, o jovem inteligente e confiante Angus Tully e o professor “escolhido” para cuidar deles Paul Hunham, um professor de história odiado por todos os alunos e colegas professores na escola. 
 Todos ficam muito desanimados por permanecerem no colégio, mas o pai do Jason Smith cede com o garoto (que não queria cortar o cabelo e por isso o pai o queria puni-lo) e aparece de helicóptero para buscar o filho. Os jovens ficam muito felizes por veem uma oportunidade de passar o Natal em um lugar diferente, todos menos o Angus Tully que não conseguem contato com a mãe ou o padrasto que estão viajando passando uma lua-de-mel atrasada juntos. Então só ele fica para trás junto com o professor Hunham e a chefe da cozinha da escola Mary Lamb que perdeu o filho recentemente na guerra e está sofrendo com o luto. 
 Mary é uma mulher negra que entrou para trabalhar no conservatório para pagar por uma boa educação para o filho, que tinha muitas expectativas de ingressar em uma universidade boa, porém mesmo com os esforços da mãe, eles não tinham o dinheiro para pagar pela faculdade e o jovem é convocado para a guerra. Ele morre aos somente 20 anos de idade e a Mary sofre muito com a perda do filho. Há um momento no filme em que eles estão em uma festa e a Mary após beber um pouco de mais, perde o controle sobre a dor que ela sente e tem uma crise. A personagem é muito bem interpretada pela Da’Vine Joy Randolph que consegue transmitir a dor da perda sem ser exagerado ou caricato. Um extra também, é a forma como ela não carrega nenhum estereótipo da mulher negra.  
 Já o professor Hunham, é um homem metódico e extremamente intelectual, muito rigoroso com as regras da escola e com a ética. O personagem não é tão chato ou odioso para quem assiste porque você reconhece que ele está fazendo o trabalho dele, afinal, e que ainda existe um ser humano de baixo da carcaça. A relação que ele desenvolve com o jovem Angus, mostra mais desta humanidade, e até em momentos triviais junto com a Mary o faz parecer mais humano do que um tirano que é odiado por todos na escola. Obviamente que se você estudasse naquela escola você também odiaria o professor Hunham, mas olhando de fora você tem muito mais compaixão pelo personagem, inclusive pelo que ele faz no final do filme.  
 O jovem Angus Tully é um pouco complicado, por já ter sido expulso de algumas outras escolas, porém estar tentando se comportar em Burton, pois ele corre o risco de ir para uma escola militar se for expulso desta. O Dominic Sessa, quem o interpreta, faz um bom trabalho com o personagem, ele tem emoções, mas sem parecer emotivo demais, parece ser maduro para a idade, sem perder a jovialidade e as camadas que são bem trabalhadas durante o filme. 
 Os rejeitados é um filme que equilibra um tom leve de um filme de Natal e um tom mais melancólico de um drama que estuda personagens com um bom elenco e um bom roteiro. 
Indicações ao Oscar:
Melhor filme
Melhor ator pelo Paul Giamatti
Melhor atriz coadjuvante pela Da 'Vine Joy Randolph
Melhor roteiro original pelo David Hemingsong
Melhor edição pelo David Tent
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willianghostwriter · 2 months
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Assassinos da Lua das Flores
Alerta de Spoilers!
Martin Scorsese comprou os direitos do livro e começou a produção do filme em 2020, foram 3 anos até tudo ficar pronto. O povo de Osage conseguiram a sua reserva e nela várias fontes de petróleo, o que fez eles enriquecerem bem rápido, se tornando o povo mais rico per capita no mundo no começo do século XX. Os índios, assim como eles são tratados pelos brancos americanos, tem uma cultura rica, seja na organização das decisões tomadas pelos seus chefes, no significado das vestimentas, nos rituais quando um Osage nasce, quando se casam, quando morrem e eles tem uma filosofia sobre a vida que contempla a natureza e uma importância na forma de observar e no silêncio que traz sabedoria sobre o ambiente em que eles estão ou em um estágio da vida. 
 William Hale é um homem branco que vive na cidade de Fairfax junto com os Osage e passa a vida tentando conquistar a confiança do povo, trazendo serviços essenciais para a cidade. Ele é um homem ambicioso e sua presença e influência parece estar por toda a cidade, até mesmo na cúpula dos Osages. Na narrativa do filme, ele decide realmente agir quando ele traz o seu sobrinho, herói de guerra, Ernest Burkhart, no pretexto de lhe dar um ofício que não fosse prejudicar suas feridas da guerra e ao mesmo tempo lhe trazer segurança e proteção.  
 Ernest Burkhart é um homem comum que é apresentado pelo filme como um mulherengo e amante do dinheiro. Ele obedece às ordens do seu tio sem excitar e o ajuda com os seus planos de enriquecer em cima dos Osasges, ajudando a mover os fios entre os homens da cidade e região, na arquitetura dos planos do seu tio que envolvem fraudes e assassinatos. Ele conhece a Mollie, uma índia pertencente à uma das famílias mais ricas de Osage, que conta ao seu tio e logo pede para ele se aproximar cada vez mais dela até se casarem.  
 Mollie Bukhart é uma mulher forte e decidida, sempre com um olhar minucioso e atento, traz seu encanto apenas com um sorriso maroto e uma delicadeza que carrega sua franqueza e amorosidade. Ela vê os membros de famílias conhecidas aos poucos sendo assassinados e vê membros da sua família irem da mesma forma. Ela tem três irmãs mais velhas, Minnie, Anna e Reta que são casadas com homens brancos, que também tem suas ambições assim como o William Hale e o Ernest Burkhart, e são assassinadas uma por uma pelo William Hale.  
 O maior trunfo do filme é a Lily Gladstone, nossa Mollie Bukhart, que consegue carregar a personagem com todos os seus jeitos nobres e ao mesmo tempo introspectivos de uma forma que a faz o coração do filme. A Mollie e as irmãs sabem que elas são cobiçadas principalmente por suas riquezas, tanto que a Anna tem problemas com bebida e tenta levar uma vida de “branca” o filme todo, mas elas parecem estar presas ou até destinadas a se casarem com homens brancos, pelo menos na visão de Scorsese. O Leonardo DiCaprio tenta a todo custo nos convencer de várias coisas, que ele é leal ao tio, que ele ama a Mollie, que ele ainda é um garanhão, porém ele se perde um pouco na complexidade do personagem. Você lê o Ernest Bukhart apenas através dos outros personagens e isso traz menos empatia pelo personagem, que no final de tudo é condenado e ainda acaba perdendo tudo, inclusive o seu casamento com a Mollie. Já o Robert De Niro carrega o seu personagem muito bem e faz a gente sentir asco dele ao mesmo tempo que a gente consegue enxergar um William Hale em muitas pessoas ao nosso redor na vida, e nem sempre sendo um homem branco e velho, o que o torna a peça principal para a narrativa do filme funcionar tão bem. 
 Martin Scorsese fez um filme que tenta retratar a cultura Osage e contar a história de um crime cometido contra este povo, ele é bem-sucedido na maior parte do tempo e faz um filme com um valor de produção que vale os 200 milhões de dólares de orçamento, ainda não é seu melhor filme, mas o faz com maestria.
Indicações ao Oscar:
Melhor filme
Melhor direção pelo Martin Scorsese
Melhor atriz pela Lily Gladstone
Melhor ator coadjuvante pelo Robert Deniro
Melhor fotografia pelo Rodrigo Pietro
Melhor edição pela Thelma Schoonmaker
Melhor design de produção pelos Jack Fist e Adam Willis
Melhor trilha sonora pelo Robbie Robertson
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willianghostwriter · 2 months
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Oppenheimer
Alerta de Spoilers!
O filme conta a história de J. Robert Oppenheimer, mais conhecido como o pai da bomba atômica, através de um julgamento privado arquitetado pelo Lewis Strauss, um secretário do governo que foi humilhado pelo Oppenheimer em uma convenção de cientistas, ao mesmo tempo que acontece uma negação feito pelos senadores do governo dos Estados Unidos sobre o Strauss no caso do Oppenheimer.  
 Oppenheimer foi um gênio da sua época, o que pode assim ser dito, e podia visualizar a teoria de Albert Einstein sobre a física quântica e como o universo era feito de átomos. Ele estudou em Berkley, porém não havia ninguém estudando física quântica por lá, então o mandaram para a Alemanha, pois ele poderia se aprofundar na teoria e poder estudar com as melhores cabeças do momento sobre o assunto. Assim, ele construiu uma carreira acadêmica sendo um teórico na área. Ele recebeu uma proposta vinda do almirante Leslie Groves para liderar o projeto Manhattan, que traria à vida a bomba atômica, projetada e pensada por vários dos cientistas que participaram do projeto.    
 O resultado do julgamento, a negação, o projeto Manhattan e a construção da bomba atômica não é nenhum spoiler para ninguém que conheça um pouco de história. O que entra em uma questão mais importante, e a parte mais intrigante do filme, é quem foi o culpado, ou se há culpado, sobre os efeitos depois das explosões das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki que mataram mais de 220 mil pessoas no curso da história, desde o bombardeio e os ocasionados pelos efeitos colaterais após a bomba.  
 O filme coloca o Oppenheimer como um mártir em seu julgamento, porém mostra um homem que acreditava em ideologias políticas contraditórias, que por um momento apoiava os republicanos espanhóis e em outro demonstra um lado conservador, dizendo que ama o seu país e apoiando a guerra. Talvez o maior erro do Oppie tenha sido se envolver com a politicagem da guerra, que fez com que ele tomasse um lado em relação ao lançamento das bombas no Japão e o fez se tornar um dos culpados pelo que pode ser chamado hoje de extermínio em massa.  
 Oppenheimer é um filme, e um homem de fato, complexo, porém a mensagem que o Christopher Nolan quer passar aqui é bem clara para a nova geração e para que tenha impacto no futuro. O trabalho com o som é feito de uma forma que traz tensão e alusão ao impacto ocorrido no Japão, além de ser um dos maiores destaque artístico do filme que faz muito bem a edição de som, com as vibrações das explosões das bombas ou a fricção de átomos sendo demonstrados em movimento e cor. A edição e a fotografia são pontos que não se destacam por ousarem, porém ainda é um filme muito bem filmado e editado, e eles fazem na medida certa para dar o tom certo em cada parte do filme, sejam as cenas em preto e branco ou as cenas em Álamo onde ocorre o projeto Manhattan e é lindo as cenas de teste da explosão das bombas, com mérito para a mixagem de som tanto para a fotografia e a edição.  
 O trunfo maior do filme é o elenco que é cheio de grandes nomes de atores cultuados, como por exemplo: Florence Pugh, Casey Affleck, Rami Malek, Kenneth Branagh, Benny Safdie, Dane Dehaan, Alden Ehenreich, entre outros. Além é claro do trabalho extraordinário do Cillian Murphy, Emily Blunt e Robert Downey Jr. 
 Christopher Nolan fez um filme memorável sobre física e acima de tudo sobre a moral e a ética de até onde o poder de fogo lhe dado através da mesma pode chegar. Dos filmes dele que eu vi, o meu favorito ainda é Dunkirk, porém, Oppenheimer é sua obra-prima que coloca o seu nome entre um dos maiores diretores do cinema da atualidade e um dos mais celebrados. 
Indicações ao Oscar:
Melhor filme
Melhor diretor pelo Christopher Nolan
Melhor ator pelo Cillian Murphy
Melhor ator coadjuvante pelo Robert Downey Jr.
Melhor atriz coadjuvante pela Emily Blunt
Melhor roteiro adaptado pelo Christopher Nolan
Melhor fotografia pelo Hoyte Van Hoytema
Melhor figurino pela Ellen Mirojnick
Melhor design de produção pelas Ruth De Jong e a Claire Kaufman
Melhor edição pela Jennifer Lame
Melhor maquiagem pela Luisa Abel
Melhor som pelos Willie Burton, Richard King, Gary A. Rizzo e o Kevin O'Connell
Melhor trilha sonora pelo Ludwig Göransson
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willianghostwriter · 2 months
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Ficção Americana
Alerta de Spoilers!
Thelonious Ellison, chamado por quem o conhece de Monk, é um autor prestigiado que após enfrentar alguns conflitos na Universidade em que leciona é forçado a tirar uma licença e voltar para Boston, onde vive a sua família. Ele reencontra a sua irmã Lisa que acabou de passar por um divórcio e está morando na casa da mãe viúva, Agnes que está tendo lapsos de memória e preocupa os dois por não estarem nas melhores circunstâncias tanto socialmente, quanto financeiramente, para cuidarem da mãe. Enquanto os dois estão em um almoço conversando sobre a situação, Lisa sofre um ataque cardíaco e acaba morrendo, fazendo a família se reunir na velha casa de praia, junto com o irmão, Cliff, e a governanta da casa, Lorraine, para lerem as últimas palavras da Lisa e jogarem suas cinzas no mar. A situação de Agnes piora e ela é diagnosticada com Alzheimer. O Monk começa a se envolver com a vizinha, Coraline, e após conhecer o livro de uma outra autora negra que na visão do Monk, é uma literatura de baixo nível que lucra com estereótipos raciais e foi escrito somente para entreter os brancos que sentem pena da marginalização dos negros nos Estados Unidos, ele, então, começa a escrever um livro com todas as características que ele desdém nessa exploração racial como uma piada, sob o pseudônimo de Stagg R. Leigh, porém o livro é vendido para uma editora por uma bagatela de setecentos e cinquenta mil dólares, um valor que nunca foi oferecido antes ao Monk, então ele entra no personagem e embarca nesta suposta piada.  
 O filme é engraçado sem ser constrangedor com as piadas raciais, porém ainda existe uma discussão sutil sobre identidade racial em seus vários aspectos. Se ainda existe uma identidade racial na América moderna e como os negros ainda se veem dentro dos espaços que eles ocupam. O Monk é o pivô dessa discussão, na forma como ele diz não acreditar na ideia de raça, mesmo o seu trabalho ainda sendo colocado como “estudos afro-americano" na livraria. O Cliff sofre com o questionamento da sua masculinidade por se assumir gay, sendo negro, tendo sido casado e tido filhos e com a questão do seu pai nunca ter conhecido o Cliff de verdade e inteiramente. Ainda existem algumas outras discussões dentro do filme em relação a raça e se os negros estão somente sendo vitimizados e estereotipados pela mídia ou se há alguma verdade na forma como são representados. 
 Cord Jefferson faz um ótimo debut com Ficção Americana, dirigindo bem o elenco, sendo essencial para o filme funcionar, pois o foco aqui são as relações e comportamentos dos personagens, pelas suas camadas de serem personagens negros sem estereótipos, mas que discutem os estereótipos. O Jeffrey Wright está ótimo como Monk e faz o personagem ser inteligente em suas observações e ao mesmo tempo engraçado quando começa a soar chato demais. O roteiro do filme balanceia muito bem o drama e a comédia, sem perder o tom ácido que dá um bom material para os atores soarem afiados sempre e até o final.
Indicações ao Oscar:
Melhor filme
Melhor ator pelo Jeffrey Wright
Melhor ator coadjuvante pelo Sterling K. Brown
Melhor roteiro adaptado pelo Cord Jefferson
Melhor trilha sonora pela Laura Karpman
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willianghostwriter · 2 months
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Barbie
Alerta de Spoilers!
No mundo da Barbie, em Barbilândia, tudo é perfeito paras as Barbies, cada uma representando uma função naquele mundo dominado pelas Barbies. Tudo parece certo na Barbielândia, cada uma em sua casa, com suas roupas, ocupadas empenhando os seus papéis e governando aquele mundo. Elas acreditam que elas foram criadas para melhorar a vida das mulheres no mundo real e acham que nele o mundo é governado e dominado pelas mulheres.  
 A Barbie estereotipada no meio de uma festa das garotas, pergunta se alguém já havia pensado na morte e depois disso a vida para a Barbie estereotipada começa a mudar e se tornar fora de ordem, até que o pior acontece, os seus pés encostam no chão e ela ganha pés chatos e isso se torna um reboliço entre as Barbies, pois todas ficam na ponta dos pés com pés de boneca. A Barbie estereotipada vai então até a Barbie estranha para tentar entender o que está acontecendo com ela e como resolver o problema e voltar a ser normal novamente. A Barbie estranha chega na conclusão então de que uma humana que está brincando com ela está passando por dificuldades e isso está alterando a realidade da Barbie estereotipada em Barbielândia e para consertar as coisas ela vai ter que atravessar o portal para o mundo real e encontrar a humana que está brincando com ela e tentar resolver a situação. 
 O roteiro de Greta Gerwig e Noah Baumbach trabalha bem o significado da Barbie e consegue achar humor dentro da ideologia que permeia a criação da boneca, mesmo que não seja muito bem explicado a funcionalidade do mundo da Barbie apresentado no filme, ainda é apresentado muitas boas ideias de cenas para que todas as Barbies, e até os Ken (e o Allan), ganhem destaque na tela. 
 Margot Robbie faz o papel muito bem, tendo uma boa performance nas cenas cômicas e nas dramáticas, com um carisma inigualável. Ela foi a atriz perfeita para fazer a Barbie estereotipada. O Oscar ter esnobado a Margot na categoria de melhor atriz é apenas uma pena, uma pena que o Oscar mesmo tentando se reinventar com o tempo, ainda esnoba atrizes em performances cômicas. Eu ainda não assisti a Nyad, então não posso falar sobre a performance da Annette Bening, mas ainda assim eu teria colocado a Margot Robbie no lugar dela na nomeação.  
 A direção da Greta Gerwig balanceia muito bem a comédia com cenas “dramáticas”, apesar de algumas cenas terem ficado um pouco caricatas demais ou até infantilizadas demais, o filme ainda é um bom entretenimento tanto para as crianças quanto para os adultos. O filme não é nenhuma obra-prima, porém não decepciona nos requisitos para um bom filme, tendo um valor de produção muito bom e um elenco bem escalado.
Indicações ao Oscar:
Melhor filme
Melhor ator coadjuvante pelo Ryan Gosling
Melhor atriz coadjuvante pela America Ferrera
Melhor roteiro adaptado pela Greta Gerwig e Noah Baumbach
Melhor figurino pela Jaqueline Durran
Melhor design de produção pela Sarah Greenwood e a Katie Spencer
Melhor canção original por I'm Just Ken e What Was I Made For?
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willianghostwriter · 2 months
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Anatomia de uma Queda
Alerta de Spoilers!
Um dia que parecia comum na casa onde morava Samuel Maleski, Sandra Voyter e o filho dos dois, Daniel que é cego devido à um acidente ocorrido aos quatro anos de idade, até que ocorre um acidente com o Samuel que cai de uma janela do sótão e é encontrado morto pelo seu filho que voltava de uma caminhada junto do seu cachorro guia, do meio de trilhas nevadas. Existe a suspeita de que o acidente pode ter sido causado pela sua mulher e então ela é indiciada e um julgamento começa para investigar o que poderia ter motivado a Sandra ter matado o marido ou se o que ela relata sobre o que ocorreu naquele dia é real e a absolve de todas as acusações, contando somente com o testemunho do seu filho.  
 Esta é uma boa sinopse do filme que traz elementos de filme de tribunal, mas também é um drama sobre relacionamento matrimonial e familiar. É revelado um pouco de quem era o Samuel através das testemunhas da Sandra e do seu filho Daniel, além de terem encontrado uma gravação de áudio feita pelo próprio Samuel que envolve uma briga entre ele e a sua mulher. Sandra é uma mulher com uma personalidade forte, porém nem sempre tão persuasiva ou incisiva, apesar de ter uma visão bem formada e clara sobre os fatos da vida dela com o Samuel. Ela parece estar bem tranquila consigo mesma e com as suas decisões.  
 Quando começam as investigações do que poderia ter acontecido com o Samuel, se ele pudesse ter caído como em um simples acidente, se jogado ou até ter sido atacado e caído lá de cima, você fica com a dúvida se a Sandra pode realmente ser inocente, mas eu senti que a narrativa do filme decide colocar a Sandra como inocente. Se torna mais prazeroso de assistir quando o promotor do caso aparece em cena. Ele provoca e aponta para detalhes que colocam a Sandra em cheque, em questão a sua relação com o Samuel e sobre como ela poderia motivos para ter atacado e ocasionado a morte de Samuel.  
 O Daniel tem uma memória um pouco confusa na hora de testemunhar e o papel dele no filme é ser a fonte emocional que pode trazer desconfiança sobre a Sandra e sentimentos conflitantes em relação ao pai. Ele decide acompanhar o julgamento, o que deixa ele com uma certa dúvida sobre a sua mãe. O garoto tem dez anos, estuda em casa com o seu pai que é professor, e apesar de sua deficiência, vive uma vida normal de um garoto de dez anos. Ele parece ser mais ligado com o pai do que com a mãe, mesmo havendo demonstração de afeto entre os dois. No final do filme, o garoto se revela uma peça muito importante para o julgamento.  
 No filme, a atriz Sandra Hüller faz muito bem o papel da personagem principal com um roteiro que é outro destaque. A tensão no filme é muito bem construída, apesar da narrativa já ter escolhido um lado, mesmo assim o desenrolar do caso faz com que você sinta alguma apreensão pela personagem. 
Indicações ao Oscar:
Melhor filme
Melhor direção pela Justine Triet
Melhor atriz pela Sandra Hüller
Melhor roteiro original pela Justine Triet
Melhor edição pelo Laurent Sénéchal
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willianghostwriter · 3 months
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"I miss you, but I haven't met you yet.
So special, but it hasn't happened yet.
You are gorgeous, but I haven't met you yet.
I remember, but it hasn't happened yet."
— Björk
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willianghostwriter · 3 months
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God's Own Country
Este é um filme sobre um jovem adulto chamado Johnny Saxby que vive e ajuda na fazenda da família junto com o seu pai e sua avó. O seu pai, Martin Saxby, está vivendo com as sequelas de um derrame e por causa disso o Johnny tem que fazer a maior parte do trabalho sozinho, até que o seu pai contrata um viajante romeno para passar uma semana na fazenda para ajudar com os serviços gerais e com as ovelhas.  
Jhonny é um homem muito fechado e prático, eu não diria que ele é reprimido, pois quando ele quer ele consegue sexo com um homem que estiver “disponível” no momento. Ele frequenta constantemente o pub da cidade e sempre dá trabalho por ficar muito bêbado ao ponto de terem que carregá-lo de volta para casa.  
O jovem viajante romeno se chama Gheorghe e é um homem muito habilidoso no que ele faz, tendo uma boa ética de trabalho. Ele aparenta ser mais sensível, até por ter uma ligação emotiva com seu país de origem e da sua antiga vida.  
Enquanto o Johnny construiu vários muros para se proteger emocionalmente, o outro tem que lidar com a dureza da forma como o Jhonny lida com as coisas. Há pequenas nuances entre os dois que faz com que o Jhonny se abra mais para vida e se deixe ser tocado por outro homem de uma forma que talvez ele já não era tocado há muito tempo. 
É muito crível e sensível a construção da relação dos dois. O filme nos mostra a realidade como ela é e nos mostra o comportamento de dois homens, diferentes, porém que tem que lidar com a masculinidade de cada um. Não deixa de ser um filme bonito, pois é acompanhado de autodescoberta, autocuidado e querer amar a si como o outro te ama, e existe beleza e humanidade em todas estas coisas.  
God’s Own Country é um filme que te apresenta uma realidade e desenvolve uma narrativa sensível diante da dureza da masculinidade e da solidão que uma vida reclusa pode causar.
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willianghostwriter · 3 months
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"Trying to make a move just to stay in the game. I'm trying to stay awake and remember my name, but everybody's changing and I don't feel the same."
— Keane
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willianghostwriter · 3 months
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Amor Verdadeiro
A paixão e o desejo
Nascem entre duas pessoas
Você vive intensamente este sentimento
E mesmo que vocês se afastem
Vivam longe um do outro
Passasse anos
Vocês ainda sentem a mesma paixão, o mesmo desejo
Suas vidas mudaram
Um teve filhos
O outro uma carreira de sucesso
Mas nada mudou
O sentimento permanece o mesmo
Seria como um, olhar por uma janela
Ver sua vida como se eles tivessem ficado juntos
O amor que teria sido cultivado
Os momentos felizes que teriam vivido juntos
O outro veria sua vida desperdiçada
As oportunidades jogadas fora
Suas escolhas não poderiam ter sido diferentes
A vida é assim
É melhor ter vivido um amor verdadeiro
Respeitando as escolhas um do outro
O destino um do outro
Do que ter corrido atrás de um amor que talvez não fosse o mesmo
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