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# inventar ou criar coisas novas
edsonjnovaes · 10 months
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Dia da Criatividade
O Dia da Criatividade é celebrado no dia 17 de novembro. Calendarr A criatividade é considerada como uma aptidão para inventar ou criar coisas novas. Uma pessoa criativa é uma pessoa inovadora, que tem ideias originais.  A criatividade é uma atitude de alguém que cria soluções para resolver um determinado problema. Nessa data, celebra-se a capacidade de fazer perguntas e procurar as melhores…
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shimmeriing · 4 days
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(Priscilla Quintana, 27, ela/dela) Atenção, atenção, quem vem lá? Ah, é TINKERBELL GLOWSHIMMER, da história PETER PAN! Todo mundo te conhece… Como não conhecer?! Se gostam, aí é outra coisa! Vamos meter um papo reto aqui: as coisas ficaram complicadas para você, né? Você estava vivendo tranquilamente (eu acho…) depois do seu felizes para sempre, você tinha até começado a EXPLORAR NOVAS MAGIAS… E aí, do nada, um monte de gente estranha caiu do céu para atrapalhar a sua vida! Olha, eu espero que nada de ruim aconteça, porque por mais que você seja PERSISTENTE, você é IMPACIENTE, e é o que Merlin diz por aí: precisamos manter a integridade da SUA história! Pelo menos, você pode aproveitar a sua estadia no Reino dos Perdidos fazendo o que você gosta: INVENTANDO TRAQUITANAS.
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  ⋆ 𝐜𝐨𝐧𝐧𝐞𝐜𝐭𝐢𝐨𝐧𝐬 . ⋆ 𝐝𝐞𝐯𝐞𝐥𝐨𝐩𝐦𝐞𝐧𝐭 . ⋆ 𝐦𝐮𝐬𝐢𝐧𝐠𝐬 .
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𝐈 .  Tinkerbell não surgiu de um simples pó de fada, nascendo de uma faísca de uma estrela cadente que caiu sobre as terras mágicas da Terra do Nunca, assim capturando a essência da liberdade e da luz estelar. Sua origem a conecta profundamente ao céu e ao cosmos, conferindo a ela um senso de liberdade quase incontrolável. Em noites de lua cheia, pode passar horas observando o céu, tentando se conectar com suas origens celestiais.
𝐈𝐈 .  Tem uma habilidade especial de manipular o pó de fada de maneiras inovadoras. Está em constante experimentação, investigando novas aplicações para esse componente, que vão desde inventar engenhocas voadoras a banhar objetos com propriedades mágicas temporárias. Algumas dessas experiências saem do controle, levando a momentos de caos que ela, com seu jeito temperamental, tenta disfarçar com bravata. Entretanto, não desiste e sempre busca aprimorar sua arte, sendo uma das fadas mais engenhosas e criativas que você encontrará na Terra do Nunca. É uma inventora nata, que adora desmontar e remontar coisas, desde pequenos brinquedos até complexas traquitanas mágicas. Seus projetos são impulsionados tanto por curiosidade quanto por sua constante necessidade de provar que pode criar algo que ninguém jamais imaginou. No entanto, algumas de suas invenções têm vida curta, ou explodem, também gerando situações embaraçosas
𝐈𝐈𝐈 .  Uma das coisas mais curiosas sobre Tinkerbell é como seu brilho muda de acordo com as emoções. Quando está feliz ou animada, seu corpo emite uma luz suave e calorosa, como um pôr do sol em miniatura. Quando está irritada, seu brilho se torna intenso e ofuscante, quase como faíscas de fogo. Já quando está triste ou pensativa, seu brilho diminui até se tornar quase imperceptível, refletindo seu estado emocional interior. Esse "termômetro" de emoções faz dela uma fada transparente em suas intenções, mesmo que não queira demonstrar seus sentimentos.
𝐈𝐕 .  Ao contrário do que muitos imaginam, o ciúme que sente não se limita apenas a Wendy, e é descrito por ela como um "cuidado extremo". Qualquer um que consiga a atenção do eterno garoto se torna um alvo de sua inquietação. Para a fada, o rapaz simboliza muito mais do que uma simples amizade — representa a liberdade, o espírito indomável e a vida sem limitações que tanto valoriza. Sua conexão com ele é profundamente emocional, pois estar ao seu lado a faz sentir-se parte de algo grandioso e aventureiro. Para Tinkerbell, Peter é a personificação do mundo que tanto ama.
𝐕 .  Embora tenha amadurecido e aprendido a controlar melhor suas emoções quando está na presença de Wendy, ainda carrega um ressentimento profundo por ela. Acredita que as tentativas de moldar o rapaz e mudar sua essência - livre e despreocupada - não é significado de amor verdadeiro. Não considera o afeto que Darling oferece genuíno, vendo nas atitudes dela uma tentativa de "domesticar" o espírito livre de Peter, algo que jamais poderia aceitar. Embora contrariada, entretanto, mantém um certo distanciamento emocional e prefere observar em silêncio, acreditando que, em última instância, Peter permanecerá fiel à sua essência. 
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𝐏𝐄𝐑𝐒𝐎𝐍𝐀𝐋𝐈𝐓𝐘  :  É uma mistura de bravura e vulnerabilidade, um furacão de energia e emoções. Tem uma natureza altamente protetora, principalmente quando se trata daqueles que ama, mas seu orgulho e temperamento forte muitas vezes a colocam em situações complicadas. Embora seja rápida em agir — e às vezes até mais rápida em se irritar — Tinkerbell é uma amiga fiel e extremamente engenhosa, sempre disposta a resolver problemas com suas invenções mágicas. Sua teimosia é, na verdade, sua maneira de esconder uma profunda insegurança de não ser levada a sério pelas outras fadas. Mas não se engane: quando se trata de desafios, ela nunca foge de uma boa batalha, seja com palavras afiadas ou ideias brilhantes.
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𝐒𝐇𝐈𝐌𝐌𝐄𝐑𝐈𝐍𝐆 𝐍𝐎𝐎𝐊  :   Um espaço peculiar comandado por Tinker, onde as faíscas de magia e o som de engrenagens em movimento se encontram. Aninhada entre as raízes de uma árvore colossal, a oficina de Tinkerbell é conhecida por suas criações únicas e um pouco imprevisíveis. Desde mecanismos de relógios encantados até miniaturas voadoras, seu espaço é um refúgio para tudo que mistura tecnologia e magia. Fadas curiosas e aventureiros perdidos vêm de todos os cantos para ver suas criações em ação.
Vagas de trabalho geral: Mecânico de Relíquias e Curadores de Sucata Mágica.
Vagas de trabalho para Perdidos: Aprendiz de Inventor.
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𝐋𝐎𝐒𝐓 𝐎𝐍𝐄𝐒  :   No fundo, aprecia a energia caótica que os perdidos trouxeram com sua chegada, embora jamais admita isso facilmente. Mas, se alguém insistir o suficiente em perguntar, talvez, com um sorriso de canto e um brilho travesso nos olhos, ela acabe confessando o quanto aprecia a bagunça. Afinal, a confusão mantém a vida interessante e sempre há algo para consertar ou inventar no meio desse caos. Também aprova a nova versão do conto, especialmente seu desfecho, onde além das fadas saírem vitoriosas, os Darlings — ou pelo menos parte deles — acabam se afastando da Terra do Nunca. 
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𝐌𝐎𝐑𝐄 𝐅𝐀𝐂𝐓𝐒  :
É fascinada por estrelas e constelações.
Guarda uma coleção secreta de objetos perdidos que encontra durante suas viagens. Cada item tem um significado especial e, de vez em quando, tenta encontrar usos criativos para eles em suas invenções.
Sua conexão com o vento a permite prever tempestades e mudanças climáticas, o que é extremamente útil em suas aventuras.
Quando está inspirada, suas mãos se movem tão rápido que parece estar manipulando múltiplos objetos ao mesmo tempo.
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apcomplexhq · 1 month
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✦ Nome do personagem: Seonu Dahyun. ✦ Faceclaim e função: Jisoo - BLACKPINK. ✦ Data de nascimento: 03/01/1994. ✦ Idade: 30 anos. ✦ Gênero e pronomes: Feminino, ela/dela. ✦ Nacionalidade e etnia: Coreia do Sul, sul-coreana. ✦ Qualidades: Educada, generosa e perseverante. ✦ Defeitos: Desconfiada, exigente e irritadiça. ✦ Moradia: Asphodel Meadows. ✦ Ocupação: Escritora. ✦ Twitter: @AM94SD ✦ Preferência de plot: ANGST, CRACK, FLUFFY, HOSTILITY, ROMANCE, SMUT. ✦ Char como condômino: Dahyun é calma e respeitosa, costuma ser muito cordial com todos os funcionários do condomínio e com os vizinhos. Preza por ambientes limpos, recicla seu lixo e segue e respeita as regras do local.
TW's na bio: menção a aborto. Biografia:
Dahyun sempre foi o tipo de garota que era mais apegada ao pai do que a mãe. E não era uma coisa que fazia de forma consciente, ao menos achava que não. Mas sua ligação com seu pai sempre havia sido maior, mais forte. Eles tinham suas piadas internas, saíam juntos para comer no McDonald's (o que sempre significava ganhar dois brinquedos do Mc Lanche Feliz), e ele estava sempre disposto a fazer todas as vontades da menina. Não eram ricos, não exatamente, mas seu pai tinha um bom emprego, com um bom salário, que possibilitava esses mimos, que dava à família uma vida confortável e com certos luxos.
Em contrapartida, Dahyun nunca conseguiu se aproximar da mãe. Sentia na mulher uma certa frieza, algo que a mantinha afastada, que não lhe deixava confortável para contar seus segredos. Quando menstruou pela primeira vez, foi para o pai que contou; nem mesmo isso ela teve coragem de contar para a mãe. Alguns anos mais tarde, no início da adolescência, quando resolveu fazer terapia só “para ver como era”, ela chegou a conclusão que sua mãe tinha ciúmes. Ciúmes dela com o pai. E por isso criava aquela barreira entre as duas, por isso nunca se aproximava da filha como uma mãe deveria fazer.
Dahyun se acostumou a isso, mas ao mesmo tempo ainda queria mostrar para a mãe que não havia motivos para ter ciúmes, que era absurdo sentir ciúmes da filha com o pai, e por isso ela começou a namorar. O que foi um pesadelo para o pai, já que ela era muito nova (“Você só tem 14 anos! Não deveria estar pensando em namoros!”), mas como poderia explicar para ele que fazia isso por querer melhorar as coisas com a mãe? Por querer criar um laço afetivo com a mulher responsável por colocá-la no mundo?
Ela pulava de um relacionamento para o outro, nunca passava muito tempo solteira. Trazia os namorados para casa, pedia à mãe que cozinhasse isso ou aquilo para agradar os rapazes. Chegou até a pedir conselhos sobre relacionamentos para a mãe! Era uma tentativa desesperada de se aproximar dela.
E foi nesse desespero que Dahyun acabou se casando aos dezenove anos. Era um absurdo, até ela sabia disso. Mas quando Jaehyun, seu namorado já há dois anos, fez o pedido, ela aceitou sem pensar duas vezes. Aquela era a coisa mais extrema que poderia fazer para provar para a mãe que seu ciúmes era infundado. Ela era apenas a filha de seu pai, e agora estava se casando.
Teve de conciliar o casamento e os cuidados com sua nova casa com as aulas da faculdade, ainda sonhando com uma pós graduação que nem sabia se poderia fazer. E, em meio a isso tudo, Dahyun engravidou. O pai, que tivera dificuldade em aceitar o casamento da filha à princípio, voltou a fazer parte de sua vida como se nunca tivessem se afastado. Ele seria avô! Que felicidade!
Dahyun também tentava se sentir feliz, mas não conseguia. Engravidar àquela altura não era bem o que ela desejava. Iria se formar em breve, havia acabado de começar a escrever um livro, como faria todas essas coisas e realizaria todos esses planos com uma criança para cuidar? Chegou a fantasiar a respeito de um aborto. Ninguém precisava saber. Poderia fazer isso, e algum tempo depois inventar uma dor, ir para o hospital e “descobrir” que perdera o bebê. Seria tão fácil fazer isso. Seria fácil se não fosse por sua mãe. Ela se aproximava aos poucos. Convites para sair e comprar roupinhas de bebê. Visitas inesperadas com comidas, vitaminas que fariam bem para ela e o feto, dicas de como evitar marcas de estrias na barriga conforme ela crescia. Como é que Dahyun poderia abrir mão disso? Era tudo o que ela queria.
Então a criança nasceu. Era uma menina. E mesmo que não achasse que servia para ser mãe, mesmo que não sentisse aquele amor incondicional pela criança, ela acabou se afeiçoando. A menina só dormia nos braços da mãe, às vezes segurava seu dedo com aquela mãozinha minúscula, e Dahyun sabia que era apenas algo inconsciente que a filha fazia, mas como poderia não se render? Não achar aquilo extremamente adorável?
Tudo estava indo bem. A menina crescia saudável, era mimada por todos, Dahyun já estava finalizando um terceiro livro (os outros dois tiveram um sucesso razoavelmente grande e ela decidiu seguir a mesma linha de história para manter seus leitores), e aí acabou engravidando de novo. E por mais que amasse a filha (mas não tivesse certeza se amava o marido), e que ela agora não lhe desse tanto trabalho, Dahyun simplesmente não poderia ter outro filho. Não havia espaço para mais uma criança na sua vida. Então todos aqueles planos de aborto que fizera anos atrás voltaram à sua mente. E foi o que acabou fazendo.
A única pessoa que ficou sabendo disso foi uma amiga, sua melhor amiga, que no meio de um jantar, estando bêbada demais, mencionou o ocorrido. Seu marido ficou irado, horrorizado, enojado com Dahyun. Seu pai chegou a lhe dar um tapa na cara, e aquilo era pior do que ser chamada de todos os nomes ruins possíveis. Ela se viu perdida, sem saber o que fazer, mas com medo de continuar ali, cansada de dormir no quarto com a filha já que não dividia mais a cama com o marido, cansada de todos os julgamentos que estava recebendo.
Sua situação já estava ruim, e para conseguir sair dali, para conseguir sua liberdade, Dahyun resolveu mentir: disse que a filha não era de Jaehyun. Estava tendo um caso com outro homem na época que engravidou, havia mentido para ele aquele tempo todo, ele não era o pai biológico. E irado como já estava, Jaehyun comprou a mentira. Dahyun sabia que se fossem para a justiça brigar pela guarda da filha ela acabaria perdendo. Em casos “normais” a mãe nunca ficava com o filho, imagine no caso dela, com um aborto na história para agravar ainda mais sua situação? Ela se arriscou contando a mentira, sem saber se funcionaria ou não, se ele acreditaria, se pediria por um teste de paternidade, mas a única coisa que ele fez foi mandar que ela recolhesse seus “trapos” e saísse de casa.
Passou algumas semanas em um hotel com a filha, à procura de um lugar para morar. Por ironia do destino, sua mãe foi a única pessoa que permaneceu ao seu lado naquele momento, visitando-a no hotel, e sendo inclusive a responsável por arrumar um apartamento no Acropolis Complex para Dahyun poder morar com a filha. Ela ajudou com a mudança, cuidou da neta enquanto Dahyun precisava resolver problemas que envolviam a mudança, o contrato de locação e todo o resto. “Eu ajudo com o aluguel,” a mãe ofereceu, e Dahyun nunca se sentiu tão próxima da mulher quanto naquele momento. Agora seu maior dilema era encontrar o momento certo para contar para a mãe sobre a grande mentira que havia contado para Jaehyun, e torcer para que a mulher continuasse ao seu lado depois de descobrir a verdade.
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esforcados-gti · 4 months
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A TECNOLOGIA E O DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Não há como negar os beneficios que a tecnologia tem nos trazidos ao longo dos anos e de seus próprios avanços, mas, com isso, ela também traz consigo alguns assuntos e temas polêmicos que geram desconforto e até mesmo serias discussões: a influência nas nossas crianças ditas como Geração Alpha (2010 em diante).
Antes, nossas brincadeiras se resumiam a sair para um parque, jogar bola na rua, desenhar e criar coisas usando nossa imaginação ou se reunir pra jogar jogos de tabuleiro. Agora, as brincadeiras ganharam um novo nível e a maioria delas envolve uso de eletrônicos como tablets, smartphones e videogames. Não podemos mais negar que esses dispositivos são divertidos e até educativos, mas que na maioria das vezes são usados de forma excessiva e que acabam atrapalhando o desenvolvimento das crianças.
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Uma das maiores preocupações é o tempo de tela. Com tantos dispositivos eletrônicos à disposição, as crianças passam horas em frente às telas, deixando de lado outras atividades importantes e vêm se criando um movimento que tende a ser grande onde se fala muito sobre como esse excesso pode prejudicar o desenvolvimento social, emocional e até físico dos pequenos. Além disso, a tecnologia pode impactar a criatividade e a imaginação das crianças de formas inimagináveis, até então. Esses jogos e aplicativos oferecem estímulos visuais e sonoros e liberam no cérebro infantil doses de dopamina que acabam elevando os estímulos e de certa forma se tornando bastante prejudiciais ao longo do tempo, eles também diminuem muito a capacidade de inventar brincadeiras e histórias próprias.
Precisamos de forma urgente falar mais sobre os efeitos dessas novas tecnologias no desenvolvimento das crianças, ao acompanhar algumas matérias lançadas de forma independente em redes sociais conseguimos reunir relatos de profissionais da educação e da área da saúde que citam episódios cada vez mais recorrentes quanto a carência dessas crianças em atividades que estimulem seu vocabulário, aprendizado, convivência em sociedade e até mesmo sua própria imaginação.
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Muitas crianças estão sofrendo com atraso na fala, erros de verbalização de determinadas frases, problemas de raciocínio lógico em tarefas que deveriam ser usuais no dia-a-dia infantil e consequentemente muitos conflitos sociais na convivência com outras crianças e até mesmo com adultos, o uso da tecnologia tão cedo está condicionando nossas crianças como robozinhos pré-programados para o consumo desenfreado de cada vez mais conteúdos online e afins.
Ao entender sobre o que está acontecendo ficamos naquele questionamento doloroso de "E agora, o que faremos?" e "Até onde será que isso irá chegar?", são perguntas preocupantes sobre um cenário completamente novo que talvez não estejamos preparados para responder mas que precisamos urgentemente descobrir como lidar.
Autor: Evelen K S Lima
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tracosdoeu · 7 months
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Vou fazer um verso sem sentido E os de ouvidos frouxos Não vão saber dançar.
Vou criar um universo extremo. Alguma coisa velha retratada como uma nova recriada. Fazer algo mais ou menos. Que é pra você gostar.
Vou pintar a tua casa de amarelo. E desenhar um sol em tua porta. Você se importa? Porque amanhã o tempo tem que estar belo. Que a gente vai desfilar.
E até a quarta-feira, Sejas minha colombina. Sejas minha porta-bandeira. Sejas minha menina. Sejas meu carnaval.
E ate a quarta-feira, Me dê sua mão e me leve pra sambar. Sorrir pela avenida inteira. Blocos de rua, batucadas. E nós dois a se beijar.
Vou recriar você pra quando A saudade chegar. Quero inventar tua presença. Quero um boneco teu. Uma fotografia. Ou mais algo que já me deu.
Vou te enfeitar com minhas lembranças Mais bonitas. Que é pra quando eu te xingar de saudade. Você não veja só maldade. É só um descontrole. Perdi o meu controle. Já, já, vai passar 
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livroberto · 9 months
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Ganhar o hábito da escrita
Escrever todos os dias pode ser importante, para se ganhar o hábito da escrita. Não falo em trabalho, obviamente. Mas, apenas digo ser importante escrever-se.
Escrever regularmente pode ajudá-lo a desenvolver o seu estilo, refinar as suas técnicas e ampliar a sua criatividade.
A rotina diária diante do computador ou do caderno é o que ajuda a criar o impulso para ser um escritor ou escritora.
Esqueça aquela inventar uma desculpa dos filmes sobre o escritor que não escreve.
Quanto mais você escreve, mais fácil fica ter ideias, encontrar as palavras certas, criar histórias envolventes, transmitir as suas ideias com mais clareza.
Você supera os bloqueios criativos, a procrastinação e mantém-se motivado para seguir escrevendo.
A prática diária do ofício de transformar ideias em tinta também ajuda a aprimorar as suas habilidades com as letras.
Escrever é uma habilidade e, como qualquer outra, requer treinos regulares para melhorar.
Quanto mais você escreve, mais oportunidades você tem de experimentar diferentes estilos, técnicas e formatos.
Essa experimentação ajudará você a encontrar a sua voz, refinar o seu estilo e crescer como escritor.
Isso posto, aqui vão cinco dicas para desbloquear o escritor ou escritora que existe aí dentro.
Alguém que gosta muito, mas teima em se esconder ou dar desculpas para não escrever:
1. Reserve um tempo dedicado para escrever diariamente.
Certifique-se de reservar um tempo na sua agenda especificamente para escrever.
Isso pode ser logo pela manhã, durante a pausa para o almoço, ou antes, de ir para a cama.
Encontre um horário que funcione para você e cumpra-o religiosamente.
Lembre-se que, organização é a chave.
2. Escreva em diferentes géneros.
Faça experiências escrevendo em diferentes géneros, como ficção, não ficção, poesia ou até mesmo na forma de um diário.
Escrever em diferentes géneros irá desafiar você a pensar criativamente, refinar as suas habilidades na construção de frases e desenvolver um estilo próprio.
3. Leia, leia, leia.
A leitura é uma parte crucial da escrita e certamente ajudará você a desbloquear as suas habilidades.
Ler também dá vontade de escrever.
Leia livros, artigos e outros escritos em diferentes estilos e géneros.
Leia autores do género que você deseja e gosta de escrever.
Experimente e dê força para os autores nacionais.
Preste atenção no que você gosta e no que não gosta e anote o que você aprendeu com cada leitura.
4. Junte-se a um grupo de escrita e estude.
Participar de um grupo ou workshop de escrita pode ser uma ótima maneira de obter feedback sobre o que você escreve, conectar-se com outros escritores e desenvolver as suas habilidades.
Nesses grupos, você pode compartilhar o seu trabalho, receber feedback construtivo e aprender com outros escritores.
Procure por grupos de escritores do seu género no Facebook, inscreva-se neles e comece a trocar ideias e textos.
5. Escreva a partir de incentivos.
Os prompts, ou incentivos de escrita, podem ajudar você a começar a escrever, superar bloqueios criativos e a dar um pontapé na procrastinação.
São uma ótima maneira de gerar novas ideias, encontrar inspiração e explorar diferentes estilos e técnicas de escrita.
Para aprofundar na jornada e desbloquear habilidades de escrita, recomendo a leitura do como “Destrave a sua Escrita — Desenvolva o hábito diário de escrever e torne-se um escritor altamente produtivo”. 
São quatro livros em 1:
• Destrave a sua Escrita — Desenvolva o hábito diário de escrever e torne-se um escritor altamente produtivo.
• O Hábito da Escrita em 21 Dias — Como desenvolver foco e determinação para ser um escritor bem-sucedido.
• 365 Coisas Para Escrever Sobre — Ideias para se inspirar, desenvolver o hábito da escrita e se transformar
• Premissas Fabulosas — 60 Ideias para tramas de alto impacto.
Você encontrará dicas, técnicas e exercícios úteis, que vão ajudar você a desenvolver as suas habilidades com as letras e liberar o seu potencial criativo.
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edsjesusii · 10 months
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TODAS AS NOTAS
Construir novas histórias em uma viagem,
Em um simples passeio,
Ou em outro motivo qualquer
E por querer,
Sentir a felicidade do propósito,
Ocupar-se,
Ter o que lembrar
E contar,
Criar momentos especiais,
Passagens gratas,
Hábitos saudáveis,
Novos dons,
Um viver bacana,
Uma vida múltipla aproveitando argumentos,
Pontos de vistas,
São coisas que me fazem bem,
Gosto de inventar,
Um lado forte que tenho
E faço questão de exercitar,
A vida é muito breve,
Passageira,
Sinto-me melhor expandindo-a,
As vezes bate um silêncio profundo em mim
E olho ao redor
E vem uma vontade intensa de entender as coisas,
Sinto-me verdadeiramente inquieto
E valorizo cada pedacinho de tudo que vejo,
Algos sagrados.
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solitudechaosdeath · 1 year
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Sonho de Criança
"Sonho de criança" refere-se aos desejos, aspirações e objetivos que uma criança tem em sua imaginação e que variam amplamente de acordo com a idade, interesses e influências do ambiente ao redor. Esses sonhos muitas vezes são impulsionados pela curiosidade, criatividade e inocência característica da infância. Alguns exemplos de sonhos de crianças podem incluir:
Profissões e Carreiras: Muitas crianças sonham em se tornar médicos, astronautas, bombeiros, professores, artistas, atletas, veterinários e outras profissões que admiram e consideram empolgantes.
Exploração Espacial: Muitas crianças se fascinam pelo espaço e sonham em se tornar astronautas, viajar para outros planetas e descobrir os mistérios do universo.
Superpoderes: Inspirados por histórias em quadrinhos e filmes, as crianças freqüentemente sonham em ter superpoderes como voar, ser invisível, ter força sobre-humana e mais.
Viagens e Aventuras: Algumas crianças sonham em explorar o mundo, conhecer lugares exóticos, culturas diferentes e viver aventuras emocionantes.
Amizade e Relacionamentos: Sonhos de crianças também podem envolver ter amigos leais, encontrar um melhor amigo ou ter um animal de companhia que os acompanhe em suas jornadas.
Realizações Pessoais: Crianças podem sonhar em ganhar prêmios esportivos, conquistar metas acadêmicas, aprender a tocar um instrumento musical ou se destacar em alguma atividade que amam.
Criar e Inventar: Muitas crianças têm sonhos criativos, como escrever livros, criar jogos, desenhar quadrinhos ou inventar coisas novas.
Ajudar os Outros: Algumas crianças têm o desejo de ajudar os necessitados, como ser intencionalmente em projetos de caridade ou fazer a diferença na vida das pessoas de alguma forma.
Muitas crianças se desenvolvem quando estão comprometidos com algum tipo de artesanato, pintar telas, paredes, bebês reborn, desenhar caricaturas, etc.
É importante apoiar os sonhos das crianças, independentemente de quão imaginativos possam ser, pois esses sonhos podem ser uma fonte de motivação, desenvolvimento de habilidades e crescimento pessoal. A imaginação e a criatividade das crianças devem ser valorizadas e incentivadas, pois esses sonhos podem moldar quem elas se tornarão no futuro.
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hinadan · 1 year
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—— meet asher .
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INFORMAÇÕES BÁSICAS.
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nome completo: asher lee (lee jiho). apelidos/como normalmente é chamado: ash ou jiji. idade: 24 anos. data de nascimento: 05/08/1999. signo: leão. local de nascimento: sydney, australia. residência atual: seul, coreia do sul. etnia: sul-coreano. sexualidade: bissexual. ocupação: personal trainer.
APARÊNCIA.
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faceclaim: choi san. altura: 1,80m. cabelo: pretos, na altura das orelhas. olhos: castanho escuro. marcas/cicatrizes: nenhuma. piercings/tatuagens: dois furos simples na orelha esquerda.
FAVORITOS.
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cor: azul. comida: frango frito. bebida: qualquer tipo de chá e cerveja. música: candy, baekhyun. cantor/banda: red velvet. animais: gatos e peixinhos. hobbies: dançar (especialmente coreografias de girlgroups), ler, jogar videogame.
RELACIONAMENTOS.
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opposite: oh seojun. família: lee hyunbae (pai), choi sarang (mãe), amanda/jiyeon lee (irmã mais velha). o que sente sobre o relacionamento com seojun: apesar de saber desde a adolescência sobre sua atração por homens, a verdade é que asher nunca se viu realmente apaixonado por um até conhecer seojun. foi algo inesperado e que cresceu aos poucos, sem que ele percebesse. a atração pelo mais velho foi rápida, logo no primeiro dia, mas os sentimentos foram aparecendo devagar, a cada encontro, cada momento passado com ele (e com hanbin, que virou seu xodó). tudo foi se acumulando em seu coração até explodir em algo brilhante e intenso, que, ao mesmo tempo que o deixa agitado, também o deixa tranquilo, com confiança no futuro que os dois podem ter juntos — um futuro que ele faz questão de ver e viver apenas ao lado do seu jun.
PLOT.
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partner: max. verse: real life. personalidade/visão de mundo: asher é, na maior parte do tempo, como uma criança que comeu açúcar demais e não consegue parar. é extrovertido, alegre, comunicativo e gosta de conhecer pessoas, viver novas experiências e se aventurar por aí, mas nem sempre foi assim. ash veio de uma adolescência depressiva e com problemas de autoestima, mas que mudou da água para o vinho quando ele decidiu focar apenas em si mesmo e não nos outros. ele tem uma visão de que o mundo é seu quintal, e bem, como poderia ele não conhecer cada lugarzinho do mesmo? esse é seu objetivo de vida, viajar pelo mundo e conhecer cada lugar incrível que puder. por causa disso chega a ser impulsivo, às vezes, mas tenta sempre se acalmar e planejar as coisas com cuidado, pois sabe bem que qualquer coisa sem planejamento pode não dar certo, e ele faz questão de que as coisas sejam sempre perfeitas para criar boas memórias. resumo da biografia: ( tw: bullying, gordofobia. ) asher, ou jiho, é o segundo filho de um casal de coreanos que se mudou para a austrália a fim de investir em uma rede de resorts. o casal fez residência no país cerca de 10 anos antes do nascimento de asher, e lá também nasceu sua irmã mais velha. durante sua infância asher sequer cogitou um momento onde não estaria morando no país, mas as coisas mudaram quando os pais decidiram voltar para a coreia do sul, também devido aos negócios, bem quando o garoto estava entrando em sua pré-adolescência. estar em um país desconhecido, mesmo sendo o de origem da sua família, não fez bem para asher, e não ajudou que seu coreano não era dos melhores. asher passou muitos anos sendo excluído como o carinha que falava estranho, era feio, acima do peso, e tantos outros motivos que crianças bobas parecem inventar quando querem isolar alguém. isso o deixou com sérios problemas de autoestima, mas as coisas mudaram quando, a conselho de sua escola, seus pais o colocaram em sessões de terapia. aos poucos a visão do mundo de asher foi mudando, assim como foi surgindo a confiança em si mesmo para mudar sua situação. depois disso, asher tomou gosto por cuidar de si mesmo. começou a praticar esportes, se exercitar, comer melhor e até mesmo a cuidar da pele. a decisão de estudar educação física veio justamente do gosto que tomou por essa área, além de uma enorme vontade de ajudar pessoas que, como ele, não se sentiam bem como estavam. tudo o que sofreu na adolescência foi usado como força para se superar e poder ser alguém melhor, com uma mão estendida a quem precisasse.
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apcomplexhq · 4 months
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Dica da tia Bora, que chegou em Acropolis com uma mala e um sonho:
Não vou dizer que não conhecia ninguém quando entrei. Conhecia o Jhin e o Jisu, pois viemos de uma outra cmm falecida e estávamos em busca de uma cmm duradoura. Ainda assim, não conhecia a maioria. A minha dica para interagir em toda comunidade é comentar todas as fotos (ou quase todas, quando não é a mesma pessoa postando várias fotos), por isso acho tão importante que você coloquem os tweets no grupo de Cookies.
Eu trabalho, faço cursos segunda e quarta, estudo sexta e sábado, tenho que fazer trabalho, ensaiar… É realmente muito difícil eu conseguir ficar na timeline o tempo todo e comentar os tweets, por isso eu foco nas fotos. Tem algumas pessoas que não me respondem, claro (e eu nem percebo, porque é tanta gente), mas quase todos os dias eu chego com 20+ notificações. “Ah, mas você é popular.” Não, não sou. A maioria é falando sobre algo que eu comentei na foto, sobre algum tweet solto, sabe? E tentem falar sobre algo da foto que ninguém percebeu, porque aí gera assunto. Por exemplo “Eita, mas quem é esse moço de blusa azul aí? Ele estava te seguindo”, ou qualquer outra coisa bobinha.
Entrar no grupo OOC no Discord também ajuda muito, tem vezes que o pessoal desanda a andar lá. Os eventos no Discord (que estão em falta no momento, mas já voltam) ajudam muito a conhecer pessoas novas.
Mas o principal é ter paciência. Eu estou na cmm tem cerca de 2 meses, até hoje tem gente que eu não interagi (não considero uma mention ou outra como interação) e tem gente que só estou interagindo agora. Claro, ninguém quer entrar para não falar com ninguém, mas se até eu, que mal tenho tempo, tiro pelo menos entre meia hora a uma hora por dia para responder tudo, acho que qualquer um consegue também.
E acrescentando que a Bora tá aberta a todo tipo de interação, só chegar com intimidade na DM ou nas mentions. 💜
QUE COISA MAIS PRECIOOOOOOOOOOOOSA!
Primeiro de tudo, quero agradecer demais por todo o carinho que você já mostrou com o nosso cantinho e em como se dispõe a ajudar. Vou deixar um foco gigantesco nessa sua ask.
Concordo demais com tudo o que disse e, de verdade, considero dicas ótimas! Espero que elas possam ajudar nossos docinhos que tem tido dificuldade.
Como mencionei nessa ask, algumas legendas podem ser difíceis de dar inspiração pra fazer um comentário, mas você pode inventar literalmente qualquer coisa só olhando a foto, um esforcinho a mais pode te dar oportunidade de criar uma nova amizade! Sigam a linha da Borinha que é sucesso e, qualquer dúvida, estamos sempre dispostas a tentar ajudar também. 💛💜
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gabrielpardal · 3 years
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Fazer arte pra quê?
Depois de ter feito dois episódios que conectavam ideias atuais com pensamentos de dois grandes artistas, o primeiro foi Beethoven e o segundo foi Van Gogh, fiquei me perguntando o que falar depois, como dar seguimento às grandes ideias? Difícil.
Daí veio uma pergunta que sempre está aqui comigo, que por motivos óbvios nunca sai da minha cabeça que é "Quais motivos fazem o artista fazer arte?" Essa pergunta possui respostas infinitas, afinal cada artista tem seus próprios motivos, e depende do dia, da época, por isso o que podemos fazer é tentar agrupar essas respostas em cinco ou dez ítens. Porque o artista pode fazer arte para ser reconhecido, para conquistar alguém, para preencher um vazio, e até para ganhar dinheiro — acho meio louco, mas pode. Além disso há também uma resistência por parte de alguns artistas, geralmente àqueles que se acham mais intelectuais, uma resistência em responder essa pergunta porque para eles sua resposta deve pertencer ao enigma.
Uma coisa que tenho há muitos anos são cadernos com citações de artistas falando sobre seus processos, seus trabalhos e claro, há muitas tentativas de explicar os motivos que os levam ou levaram a fazer determinadas obras.
São cadernos que estou sempre abrindo para ler uma coisa ou outra, que serve como pesquisa, ou para me inspirar, me fazer refletir, direcionar alguma ideia, etc.
E se passo os olhos nas anotações desses cadernos em busca de entender os motivos que levam os artistas a fazerem arte, o resumo que posso tirar é que um artista faz arte com tudo o que ele/ela é: suas alegrias e suas tristezas, suas vitórias e suas derrotas.
Muitas vezes o artista é colocado como que à parte da sociedade, como se seu modo de vida e de enxergar as coisas não fossem compatíveis com a rotina maçante, a mesmice do dia a dia.
O artista consegue ver o que a maioria das pessoas não vê, e assim expressar outras observações do que é ser humano e estar vivo (e estar morto também). Muitas artes que consumi ao longo do tempo me ajudou, ou diria até mais, criou quem eu sou.
Tiro essas conclusões de uma frase do Bob Dylan que tenho anotado em um desses cadernos: “Life is not about finding yourself. Nor finding anything. Life is about creating yourself.” A vida não é sobre se encontrar. A vida é sobre criar a si mesmo.
E o próprio Dylan se inventou e reinventou diversas vezes, e com suas obras ajudou muita gente a se inventar.
* * *
Neste caderno também tenho anotado a definição que o escritor James Baldwin deu certa vez sobre as tarefas de um artista. Ele afirma que a dupla tarefa do artista é provocar uma força desestabilizadora na sociedade ao mesmo tempo que cria a historiografia emocional desta sociedade. É claro que não dá para imaginar o nosso país sem a contribuição dos artistas. Você consegue imaginar o Brasil sem Caetano Veloso, Tom Jobim, Vinícius, Chico? E num futuro não muito longe vamos poder dizer que não será possível imaginar o país sem a contribuição dada por Anitta, Pabllo Vittar, Laerte.
"Apenas a arte penetra as aparentes realidades deste mundo", tenho anotado essa frase do Saul Bellow, dita em seu discurso no Prêmio Nobel. "Há outra realidade, a genuína, que perdemos de vista. Essa outra realidade está sempre nos enviando dicas, que sem arte não podemos receber."
Essa frase se junta com outra, da escritora Olivia Laing:
“Arte é sobre prestar atenção na realidade. Não me refiro ao realismo, ou que a arte tem que reproduzir a realidade. Quero dizer, arte é uma tecnologia que os humanos desenvolveram ao longo dos séculos para pensar sobre as condições de suas vidas, para lidar com materiais dolorosos e para gerar novas ideias e novas formas de ser.”
Uso essas citações para entender o que penso. Essas citações são arte, por si só. Elas produzem faíscas de ideias, um parágrafo como esse pode salvar uma tarde nublada de sábado.
* * *
Gosto muito de uma coisa que o Domingos Oliveira disse em uma entrevista. O jornalista lhe perguntou “Domingos, o que é arte?” E ele deu uma resposta gigante, tão completa quanto variada, aplicando a arte em diferentes situações. Pra começo de conversa ele responde que a arte é indispensável para a sobrevivência da espécie. Um mendigo canta uma música na calada da noite. Um bandido dança um tango. Multidões lotam (ou lotavam os cinemas), mas assistem episódios de séries um atrás do outro, como se não houvesse nada mais pra fazer. Toda semana novos livros são lançados, o que nos faz perguntar “Quem, afinal, lê tudo isso?”
Em determinado momento Domingos diz:
“Se um amigo seu quer morrer, morrer mesmo, toque para ele uma música de Mozart, ou mostre um quadro de Renoir, um bom filme ou até mesmo simplesmente conte a ele uma história de um livro. Se o seu amigo não ficar alegre, desista. Ele já está morto.”
Consumir arte é estar vivo.
* * *
Mas quais motivos fazem o artista fazer arte?
Vou deixar que Virginia Woolf responda, em tradução livre minha:
"Para mim um choque, por exemplo, é imediatamente seguido pelo desejo de explicá-lo. Sinto que é um acontecimento e esse acontecimento é ou se tornará a revelação de algo, um símbolo de alguma coisa, que eu torno real ao colocar em palavras. Apenas colocando-o em palavras eu torno o acontecimento, o choque, por exemplo, em algo em si. E isso significa que ele perdeu o poder de me machucar."
Esse trecho é de uma anotação encontrada em um de seus diários e publicado em inglês no livro Moments of Being.
Dessas palavras da Virginia Woolf concluo que escrever não é produzir um reflexo de si mesmo, mas sua transmutação. O ato requer externalizar o conteúdo da mente em uma nova forma que pode ser vista e compreendida por outra pessoa. E isso é um caminho para o autoconhecimento — de quem escreve e de quem lê.
Podemos aplicar isso para todas as formas artísticas, cinema, música, pintura, etc.
A pulsão criativa é uma pulsão de vida.
A arte cria um espaço, uma energia que não passa só por quem cria mas passa também pelo coletivo onde essa energia circula.
Criar arte é uma forma de dar sentido. Mesmo que seja efêmero, que não abarque tudo, mas neste momento de construção de sentido, pode tornar a vida mais interessante.
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jefsevero · 2 years
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Clara e as Verdadices
Clara olhava pela janela, tentando compreender o mundo lá fora. Tudo parecia tão banal, tão sem sentido. Ela não queria se limitar a entender apenas o que era palpável e lógico. Queria criar sua própria verdade, uma verdade inventada que pudesse dar sentido às coisas mais estranhas e inexplicáveis da vida.
Sentada na poltrona, ela observava o gato dormindo ao seu lado. O felino parecia tão pacífico e completo, sem questionar as limitações da vida ou as verdades impostas pela sociedade. Mas ela não queria ser assim, queria questionar tudo, queria criar uma nova realidade que pudesse fazer sentido para ela.
A luz do sol invadia o quarto, iluminando as partículas de poeira suspensas no ar. Ela pensava em como aquilo poderia ser bonito, mesmo que fosse imperceptível aos olhos de muitos. Queria encontrar beleza no que era aparentemente insignificante, e assim criar uma verdade inventada que pudesse dar sentido a sua vida.
A brisa entrava pela janela, trazendo o cheiro das flores do jardim. Ela fechou os olhos e respirou fundo, tentando absorver toda aquela energia e transformá-la em algo novo e criativo. Queria ser capaz de enxergar além do óbvio, de transcender as limitações da razão e criar uma nova verdade que pudesse dar sentido a sua existência.
Ela abriu os olhos e olhou para o mundo com uma nova perspectiva. Não queria ser limitada pelo que fazia sentido ou era lógico. Queria criar uma verdade inventada, uma verdade que pudesse ser só dela, e que pudesse dar sentido a tudo o que ela achava confuso e estranho.
Mas o que é a verdade afinal? É algo tangível ou abstrato? Será que é algo que pode ser descoberto ou algo que precisa ser inventado? A verdade é uma palavra tão cheia de significados, mas tão vaga ao mesmo tempo. A verdade é subjetiva, é uma construção pessoal, é aquilo que damos significado. Por isso, não quero me limitar apenas àquilo que é facilmente compreensível e lógico, eu quero inventar a minha própria verdade.
E por que não inventar a verdade do amor? O amor é algo tão complexo, tão abstrato, tão difícil de definir. Mas não é isso que o torna tão mágico? Eu quero inventar a minha própria verdade sobre o amor, eu quero sentir e viver o amor da minha maneira, sem me limitar pelas convenções impostas pela sociedade. Clara sente que precisa de uma pausa, que precisa de um momento para respirar. Olhando para a vida que levou até aqui, ela percebe que nem sempre foi fácil. Houve momentos de dor, de angústia, de tristeza. Mas ela sempre conseguiu superar, sempre encontrou uma maneira de seguir em frente.
Hoje, no entanto, ela se sente cansada. Cansada de lutar, de buscar um sentido para tudo. Cansada de tentar entender o mundo, quando o mundo muitas vezes parece não fazer sentido. Cansada de se esforçar para ser feliz, quando a felicidade parece tão efêmera.
Ela sabe que não é uma pessoa triste por natureza. Ela é uma pessoa que ama a vida, que ama as pessoas, que ama as coisas simples da vida. Mas hoje ela se sente triste. E é difícil explicar o motivo.
Clara olha para a janela e vê o céu cinza, um reflexo do seu próprio estado de espírito. As folhas das árvores se movem ao ritmo do vento, como se tentassem espantar a monotonia do dia. Mas ela sabe que não é só o clima que a deixa triste. É a busca incessante pela verdade, por um sentido maior, que a faz se sentir perdida e confusa.
Ela se lembra dos tempos em que tudo parecia tão simples e fácil. A verdade era clara como a luz do sol, e ela não tinha medo de enfrentar o mundo. Mas agora, as coisas mudaram. A verdade parece ter se tornado uma miragem, um sonho distante, que ela não consegue alcançar.
Ela sabe que não pode desistir. A busca pela verdade é a única coisa que a mantém viva, mas também é a fonte de sua tristeza. Às vezes, ela se pergunta se seria mais fácil viver em um mundo de ilusões, sem se preocupar com a verdade. Mas ela sabe que não seria feliz dessa maneira. Ela precisa da verdade, mesmo que isso signifique enfrentar a dor e a tristeza. Ela sabe que não pode desistir. A busca pela verdade é a única coisa que a mantém viva, mas também é a fonte de sua tristeza. Às vezes, ela se pergunta se seria mais fácil viver em um mundo de ilusões, sem se preocupar com a verdade. Mas ela sabe que não seria feliz dessa maneira. Ela precisa da verdade, mesmo que isso signifique enfrentar a dor e a tristeza.
"E eu não sou tão triste assim", ela pensa consigo mesma, tentando se convencer. "É só que hoje eu estou cansada. Cansada de lutar, de buscar, de querer mais do que o mundo parece oferecer." Ela fecha os olhos e respira fundo, sentindo o peso de suas emoções sobre seus ombros. Ela permaneceu sentada, olhando para o horizonte distante. O sol começava a se pôr e as cores vibrantes do céu refletiam em seu rosto. Ela se perguntou se aquelas cores eram a verdade, ou apenas uma ilusão. Será que a verdade é algo que pode ser visto com os olhos, ou é algo mais profundo, mais intenso?
Lembrou-se das ideias de Platão, sobre o mundo das ideias, onde a verdade absoluta reside. Mas como acessá-la? Será que é possível encontrar a verdade em um mundo cheio de ilusões, de sombras que imitam a realidade?
Ela suspirou, sentindo-se confusa e perdida. Talvez a verdade não seja algo que possa ser alcançado, mas sim algo que deve ser buscado constantemente. Talvez cada pessoa tenha sua própria verdade, sua própria visão do mundo.
Mas como conciliar todas essas verdades? Como encontrar um denominador comum que una todas as perspectivas? Ela não sabia. Apenas sabia que era importante continuar buscando a verdade, mesmo que isso significasse se perder no caminho.
Ela olhou para suas mãos, sentindo-se frágil e vulnerável. Talvez a verdade seja algo que reside dentro de cada um de nós, algo que deve ser descoberto por nós mesmos. Talvez a verdade seja a essência do ser humano, aquilo que nos move e nos guia.
Ela sorriu, sentindo-se mais calma e serena. Talvez a verdade seja algo que não possa ser explicado com palavras, mas sim sentido com o coração. Talvez a verdade seja o amor, a compaixão, a empatia.
Ela se levantou da poltrona, sentindo-se mais leve e esperançosa. Talvez a verdade não seja uma coisa que possa ser definida, mas sim uma jornada que deve ser vivida.
Ela começa a encarar os livros na prateleira ao seu lado, como se esperasse que eles lhe dessem uma resposta, mas ela sabe que a verdade não está lá. A verdade não é encontrada em palavras impressas, em regras ou teorias. Ela é algo mais profundo, mais pessoal. É algo que é experimentado, sentido e vivido.
Aristóteles falou sobre a verdade como sendo algo que está em conformidade com a realidade. Mas o que é a realidade? Ela olha ao redor da sala, com seus móveis e decorações meticulosamente organizados, e se pergunta se isso é a realidade. Ela se pergunta se a realidade é apenas aquilo que pode ser visto, tocado e medido, ou se há algo mais. Clara fecha os olhos e respira fundo, tentando se conectar com a verdade que ela sente dentro dela. É um sentimento indescritível, algo que transcende as palavras. É uma sensação de paz, de compreensão e de aceitação. É algo que ela sabe ser verdade, mesmo que não possa explicá-lo a ninguém.
Ela abre os olhos novamente e olha mais uma vez para os livros. Ela sabe que a verdade que ela procura não está lá, mas ela também sabe que não precisa estar. A verdade está dentro dela, sempre presente, sempre acessível. Ela apenas precisa estar aberta para recebê-la, mesmo que isso signifique deixar para trás a segurança da lógica e da razão.
Ela murmura para si mesma: "Eu não sou tão triste assim, é que hoje eu estou cansada." E é verdade. Ela está cansada de buscar a verdade em todos os lugares errados, de tentar encaixar-se em uma realidade que não faz sentido para ela. Ela está cansada de se sentir limitada pelas expectativas dos outros, de não ser capaz de viver plenamente a verdade que ela sabe ser sua. Ela sabe que o caminho para a verdade é difícil e solitário, mas ela também sabe que é o único caminho que vale a pena seguir. Ela está disposta a enfrentar a incerteza, o medo e a confusão que vêm com essa jornada, porque ela sabe que a verdade é a única coisa que pode libertá-la de suas limitações e permitir que ela viva plenamente. Clara se lembrava das aulas de filosofia que teve na universidade, e como Sócrates sempre enfatizava a importância da verdade em nossas vidas. Ela se perguntava se alguma vez realmente soube o que era a verdade, ou se estava apenas enganando a si mesma com uma "verdade inventada", como gostava de chamar. Talvez tenha sido essa sua maior limitação: a falta de coragem de encarar a verdade de frente.
Lembranças de momentos em que ela se pegava tentando se enganar voltavam à sua mente, momentos em que sabia que algo estava errado, mas preferia ignorar a verdade para evitar confrontá-la. Mas agora, cansada de fingir e de mentir para si mesma, ela se perguntava se essa "verdade inventada" que tanto buscava era realmente algo válido, ou se era apenas uma desculpa para continuar vivendo sem encarar a realidade. Ela suspirou, lembrando-se da frase que havia dito a si mesma a pouco: "Eu não sou tão triste assim, é que hoje eu estou cansada". Talvez essa fosse uma verdade inventada, uma forma de não encarar a realidade de que estava passando por um momento difícil em sua vida. Mas agora, olhando para trás, ela percebeu que não havia nada de errado em admitir suas fraquezas e seus momentos de tristeza.
Talvez a verdade, em última instância, seja a coragem de encarar a realidade como ela é, com todas as suas imperfeições e incertezas. Clara sentiu um alívio ao pensar nisso, como se tivesse desbloqueado um peso que carregava há muito tempo. Ela se sentiu livre para seguir em frente, sem a terrível limitação de viver apenas do que é passível de fazer sentido. Ainda me pergunto quem sou, se é que isso tem alguma importância. Às vezes, sinto que estou em um labirinto, tentando encontrar um caminho, mas as paredes estão sempre se movendo. Olho para trás e vejo todas as versões de mim mesma, as escolhas que fiz, as pessoas que conheci, as coisas que amei e as que odiei. E em todas essas memórias, me vejo como um mistério para mim mesma. Não sei se alguma vez saberei quem sou realmente, ou se isso é algo que está sempre em constante mudança.
Lembro-me de uma vez que li sobre Sócrates e sua busca pela verdade. Ele acreditava que, ao questionar tudo o que sabemos, podemos chegar à verdade. Mas como posso questionar o que não sei? Como posso chegar à verdade se nem mesmo sei quem sou? Talvez eu esteja fadada a ficar perdida nesse labirinto para sempre. E ainda assim, há momentos em que sinto uma centelha de clareza, uma sensação de que estou mais perto da verdade. Talvez seja apenas uma ilusão, mas é o suficiente para me manter tentando. É como se houvesse uma parte de mim que sabe a verdade, mas está escondida, enterrada sob camadas de memórias e emoções. Mas às vezes, sinto que a verdade é uma ilusão. Que tudo o que acreditamos ser verdade é apenas uma história que contamos a nós mesmos para tornar a vida mais suportável. Talvez seja por isso que eu prefiro a verdade inventada. Porque, pelo menos, é algo que posso controlar, algo que posso moldar de acordo com minhas próprias vontades e desejos.
No fim das contas, talvez seja essa a verdade que importa. A verdade que criamos para nós mesmos, a verdade que nos dá significado e propósito. Mesmo que essa verdade seja apenas mais uma ilusão em um mundo cheio delas. Clara continuava a refletir sobre a verdade, agora levando em conta as ideias de Nietzsche. Ela se lembrava de como Nietzsche acreditava que a verdade não era algo absoluto, mas sim uma construção humana, uma interpretação subjetiva do mundo. Ela se perguntava se era possível alcançar uma verdade que não fosse influenciada por suas próprias experiências e perspectivas.
Em seu diálogo interno, ela se questionava: "Se a verdade é algo subjetivo, então como saber o que é real e o que é apenas minha interpretação? Será que tudo o que eu acredito é apenas uma construção da minha mente? Como posso confiar na minha percepção do mundo?". Clara percebeu que a ideia de verdade de Nietzsche a libertava de certas amarras, mas também a deixava desconfortável com a possibilidade de que tudo o que ela pensava que sabia sobre si mesma e sobre o mundo não fosse verdadeiro.
Em suas memórias, ela recordou de momentos em que havia questionado sua própria identidade e propósito na vida. Ela se sentia um mistério para si mesma, incapaz de se definir de maneira clara e precisa. A ideia de que a verdade era algo construído pela sua própria mente a deixava ainda mais confusa sobre quem ela era e sobre seu lugar no mundo.
Mas, ao mesmo tempo, ela sentia uma certa liberdade nessa incerteza. Talvez, ela não precisasse se encaixar em rótulos ou definições precisas. Talvez, pudesse ser uma constante reinvenção de si mesma, em constante evolução e descoberta.
A personagem se perguntou se a verdade não seria, afinal, um processo contínuo de descoberta e construção, e não algo já dado e acabado. Ela se sentiu um pouco mais confortável com essa ideia, percebendo que não precisava ter todas as respostas e que poderia seguir em frente em busca de sua própria verdade, uma verdade inventada.
A verdade é um conceito tão complexo e subjetivo, que muitas vezes me sinto perdida tentando encontrar a minha própria verdade. De Platão a Nietzsche, cada filósofo tem sua própria definição e interpretação do que é a verdade. Mas, talvez, a verdade não seja algo absoluto, mas sim algo que cada um constrói para si mesmo.
A verdade de Platão, a verdade das formas, pode parecer inatingível e inalcançável. Mas, talvez, a verdade esteja em cada um de nós, em nossas próprias formas de entender e compreender o mundo. Assim como a verdade de Aristóteles, a verdade como correspondência entre o pensamento e a realidade, pode ser percebida de forma diferente por cada um de nós.
Mas, então, surge a verdade de Sócrates, a verdade como autodescobrimento. Talvez, essa seja a verdade mais importante de todas. Conhecer a si mesmo é o primeiro passo para encontrar a verdade que se busca. E isso não é fácil, já que, como Nietzsche nos lembra, somos um amontoado de contradições e mistérios. Eu mesma sou um mistério. Clara se levanta da cadeira, olha para o vazio, e sorri. "Não sou tão triste assim", ela pensa, "apenas cansei de tentar encontrar respostas concretas para perguntas que nunca terão uma única verdade". Afinal, a verdade pode ser inventada, reinventada e desconstruída quantas vezes for necessário. E assim, ela segue, sem a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido, mas sim com a liberdade de criar o próprio sentido. "Agora, vou descansar", ela conclui. "Não estou cansada de viver, apenas cansada de tentar entender". E com essas palavras, ela se retira, deixando para trás apenas o som do silêncio e a sensação de uma verdade pessoal e única que é dela e de mais ninguém.
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tmdtcc · 2 years
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Criatividade_
inventividade, inteligência e talento, natos ou adquiridos, para criar, inventar, inovar, quer no campo artístico, quer no científico, esportivo etc.
capacidade de criar, produzir ou inventar coisas novas.
Ser criativo é think outside the box (expressão em inglês que significa "pensar fora da caixa"). Ou seja, ser criativo é ser original, é ser capaz de imaginar soluções novas para os problemas de sempre ou para os novos problemas que surgem a cada dia.
No âmbito das artes, a criatividade artística consiste na capacidade de criar obras com elevado grau de diferenciação em relação a outras obras. Uma obra criativa pode ser uma pintura, um livro, uma escultura ou um edifício, por exemplo.
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fakingreallife · 3 years
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Day 2 - Escreva sobre algo histórico
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Grandes revoluções tecnológicas ocorrem de tempos em tempos, à medida em que a humanidade descobre novos elementos, novas formas de lidar com isso e novas necessidades apresentadas pela sociedade. Sempre foi assim: desde quando os homens notaram que podiam ter controle sobre a natureza e plantaram a primeira semente, fazendo possível a fixação do grupo humano em um só lugar; até quando cientistas usaram de conhecimentos físicos para criar a primeira onda que transportava dados e informações, batizando esse sistema de internet. As revoluções acontecem, até com mais rapidez do que a sociedade exige, e isso torna os seres humanos cada vez mais sedentos por mudanças.
É a partir desse fenômeno, primeiramente social, que Lívia começou a apresentar interesse pela ciência. Alguns diziam que ela apenas gostava desse mundo porque seus pais pertenciam a ele, uma vez que trabalharam por anos alternando entre laboratórios e bibliotecas. Outros, porque ela foi influenciada pela televisão e pelo plano “maligno” de controle cerebral que as emissoras acabam por exercer, emitindo a mensagem de que o estudo muda vidas. É claro que Lívia não é imune a nenhum desses fatores que a rodeia, e até concorda com esses pontos de vista em algum nível. No entanto, ela sabe que seu peculiar foco em pesquisas, experiências e outras atividades científicas tinham um grande propósito em sua vida: o de revelar o potencial dominante da humanidade sobre as leis físicas, sobre o que é lógico e previsível. Lívia queria, sim, o poder. Principalmente, ela queria inventar o poder. E sabia por onde começar.
A presença da garota nesses meios acadêmicos era particularmente questionada por pessoas ditas seguidoras da moral e dos bons costumes. Ela não se importava com isso. Sempre ouvira das pessoas de sua cidade que não devia seguir os passos da mãe, porque a mãe havia se perdido no mundo da educação e deixado sua polidez de lado. Com frequência era discutido sobre seu futuro ser incerto, que garotas corretas não deveriam conhecer o mundo dessa forma. E foi numa conversa dessas que sua vida mudou.
Apesar de seus pais serem bastante abertos e até revolucionários em comparação aos outros adultos do mundo, eles ainda prezavam por uma boa adaptação à sociedade atual. Lívia sempre questionava, e eles sempre respondiam que: sem ter aprendido a viver em comunidade, o homem não teria aprendido a plantar e não estaríamos no ponto tecnológico e evolutivo que estamos hoje. E contra fatos, não há argumentos, pensava Lívia. Por esse motivo, ela aceitava as presepadas inventadas pelos pais, também nomeadas de “Eventos Sociais”. Com esse nome, dava a impressão de que a família da garota frequentava casas de famílias tradicionais para banquetes e onde também se reuniam boa parte da sociedade local para encontrar um bom partido para os herdeiros. E por acaso, era isso mesmo que acontecia, tal qual na época Vitoriana, mas sem os vestidos pesados.
Lívia sabia por meio de livros e de comentários de sua mãe que ela deveria usar roupas adequadas (leia-se: não são vestidos pesados, mas de qualquer forma, deveria usar roupas femininas o suficiente para levantar a ideia de que seria digna de bons partidos) e como deveria se portar adequadamente. Ou seja, basicamente, deveria mostrar-se bem apessoada e pouco inteligente. Extremamente cansativo, mas ela faria o possível. E devidamente arrumada e orientada, eles acederam a esta casa enorme, cheia de janelas, e com uma fila enorme para ser recepcionada, a qual diziam ser a casa da família Campbell.
— Então isso é um Evento — comentou Lívia. — Devo falar alguma coisa, ou só esperar que alguém fale comigo?
— É esperado que você não fale a não ser que te seja dada a palavra — orientou a mãe. — Lembre-se que você tem um objetivo, Liv. Isso é importante.
— Eu sei... — e encerrando o assunto, os três membros da família Orwell ingressaram ao salão principal, andando em direção aos anfitriões dessa noite.
A família Campbell se encontrava parada em uma fila que obrigava todos os convidados a passar por eles. O Sr. Campbell vinha à frente, seguido de um jovem, que devia ser o filho. Logo após estava a Sra. Campbell e uma jovem, provavelmente a filha. Ao eventualmente passar por eles, Lívia percebeu que o Sr. Campbell agradecia pelas presenças diretamente ao seu pai e aos homens que encabeçavam as famílias. E os demais elementos apenas acenavam com a cabeça. Seria realmente uma noite muito longa e muito desagradável.
Os convidados foram alocados em mesas redondas, a partir do critério de idade, gênero e “importância” dentro da sociedade. Misteriosamente, Lívia se viu sentada à mesa acompanhada de outras garotas de sua idade que se portavam como deveriam às vistas do resto das pessoas. Caladas, recatadas, da mesma forma que os livros orientavam, a mesa seguiu em silêncio durante o jantar, embora todas parecessem ter os olhos voltados aos seus pratos e estarem atentas às conversas animadas das mesas masculinas, as quais traziam opiniões interessantes sobre política, sobre garotas e sobre ciência. Ela poderia muito bem debater esses temas, mas nenhuma palavra saia de sua mesa e lhe dava essa oportunidade.
Lívia observou cada uma das garotas e obviamente não conhecia nenhuma delas, porém todas eram muito parecidas: usavam vestidos parecidos, penteados semelhantes, portavam posturas e expressões neutras. Mas uma delas destoava desse grupo e chamou atenção dela. A garota sentada no lado oposto a Lívia observava tudo, fazia expressões de surpresa a cada frase ouvida da mesa vizinha e não parecia tão recatada. Reconhecera-a: era a garota Campbell. Esperou que ela movesse os olhos em sua direção e tentou enviar um sinal. Lívia ergueu as sobrancelhas como quem quisesse dizer: “Ei, isso tudo é esquisito, você não acha?” e aguardou alguma resposta. A garota inclinou levemente a cabeça, parecendo concordar, porém seguindo em silêncio como esperado. Foi o máximo de interação que Lívia recebeu durante o jantar, mas foi uma ponta de esperança de que esse Evento não fosse totalmente um fiasco.
Finada a refeição, Lívia observou o que a mãe tinha alertado. Os garotos iam até as mesas femininas e anotavam nomes em fichas individuais das garotas. A ficha de Lívia seguia bem limpa e vazia, e notou que a da garota Campbell também. Com o tempo, as demais garotas se levantaram e acompanharam os garotos para conversar, dançar, levantar boas impressões, enfim, deixando Lívia e a mais nova dos Campbell sozinhas. Ela não tinha chegado nessa parte do aprendizado e, portanto, tentou fazer o que parecia correto nesse momento, ou seja, levantou-se e sentou-se na cadeira logo ao lado da garota. Olhou à sua volta: era a mesa mais afastada de onde as outras pessoas haviam ido, então não havia mais ninguém por ali.
— O que devemos fazer nessa hora em que ninguém nos convida? — sussurrou.
A garota direcionou o olhar para onde estavam os casais que iam se formando, e respondeu igualmente num sussurro, tentando disfarçar a conversa:
— Sinceramente, minha mãe me orientou que eu deveria a essa altura ter algum nome em minha ficha. Não parece verídico. Então não sei. Conversamos entre nós?
— É possível. Demos a palavra uma a outra, acredito que seja assim que funcione — respondeu Lívia com um meio sorriso.
— Devemos então começar pelas apresentações — ela virou o rosto de frente para Lívia. — Sou Clara Campbell.
— Lívia Orwell.
— E você é a garota de quem todos falam, então, que não tem a postura que deveria.
— Como sabe? — sussurrou Lívia, num tom descontente.
— Todos falam sobre isso. Principalmente minha mãe, ela diz que eu não poderia conversar com você, que seria má influência. Mas eu não acredito nisso. — Ela fez uma pausa, durante a qual Lívia permaneceu calada, pois sentia que nenhuma palavra expressaria sua indignação. — Então... Que tão má influência é você?
— Defina má influência... — respondeu após um tempo.
— Me foi dito que você gosta das atividades que garotos fazem.
— Ah, isso. — Lívia revirou os olhos. — Sim, então sou má influência.
Clara sorriu abertamente.
— Vamos, venha comigo — pediu a Lívia, olhando ao redor, desconfiada. Considerando que ninguém as observava, ela agarrou a mão da outra e a puxou para fora da sala por um corredor que pareceu infinito, enquanto Lívia a acompanhava assombrada pela audácia pouco convencional. Estando sozinhas e seguras, Clara parou e olhou novamente para ela, com brilho nos olhos de uma forma que não era comum numa garota nestes tempos.
— Acho que você vai ficar surpresa, mas eu preciso te apresentar algo que você nunca viu antes e que vai mudar tudo. — Ela ainda parecia preocupada com possíveis presenças estarem por perto, mas ao mesmo tempo mantinha-se segura em relação ao que estava fazendo. — Precisaremos sair daqui — orientou — vamos andar pelo jardim até chegar no lugar certo. Então eu te explicarei melhor.
Lívia assentiu, estava interessada muito mais nessa aventura do que no Evento, pelo que seguiu Clara por corredores e portas, até que se viu ao ar livre diante de um jardim realmente enorme. Um caminho de pedra se abria por entre vasos, árvores e grama vasta, e foi por ele que Clara a arrastou. Muitos minutos de caminhada e vários momentos de ocultamento atrás de árvores a cada mínimo sinal de companhia, e então elas chegaram a uma cerca. Não era tão perceptível se fosse vista rapidamente, mas com cuidado era possível perceber que a cerca tinha alguns lugares estratégicos por onde se podia passar se as ripas fossem erguidas de forma correta, e Clara parecia especialista nessa tarefa.
— Tem certeza de que é seguro, Clara? — Lívia perguntou, receosa de estarem quebrando alguma regra. — Não deveríamos estar saindo daqui eu acho.
— Não tema, estamos quase chegando, e ninguém notará nossa ausência mesmo — suspirou em resposta. — Você vai entender logo. Vamos nos apressar.
Lívia concordou e continuou seguindo a garota por um lugar bastante ermo que mais parecia uma mata, não sabendo onde iria parar, assim como não fazia ideia de onde estava agora. Andaram por muitos metros até que Clara parou subitamente em frente a um chalé de madeira e era possível ver por entre as cortinas das janelas que a luz interna estava acesa e havia sons de conversas. Vozes femininas.
— É aqui — Clara anunciou. — Agora, antes de tudo, me prometa que não irá contar sobre esse lugar a ninguém. — Ela aguardou a resposta de Lívia, que eventualmente assentiu cercada por insegurança. — Bem, aqui podemos falar com mais liberdade. Vamos entrar, você vai entender.
A garota bateu à porta com os nós dos dedos de forma ritmada e a porta foi aberta, deixando visível uma pequena sala com sofás e poltronas, algumas estantes de livros e, para a surpresa de Lívia, mais três garotas sentadas no chão, em cima do tapete.
— Meninas, essa é a Lívia Orwell, sobre quem eu comentei no outro dia — Clara anunciou. — Acolham-na, sim? Ela é uma de nós.
Lívia sentou-se vagarosamente com as outras no tapete, olhando uma a uma das garotas que seguravam livros abertos, cadernos e canetas, e sorriam divertidas com a situação. Não pode conter-se ao perguntar:
— Sou uma de vocês então? O que isso quer dizer?
A garota que sentava à sua esquerda colocou a caneta dentro do livro para marcar a página, fechou-o e voltou-se à direção de Lívia.
— Lívia, sou Carmen. Essas são Laure e Caroline — apontou as outras duas garotas, muito parecidas como todas no Evento, mas muito menos preocupadas em manter uma pose. — Se Clara te trouxe até aqui é porque, como nós, você também se interessa por aprender, por criar, por conhecer o mundo. Provavelmente terá algo a contribuir.
— Então isso é como uma sociedade secreta do conhecimento? — Questionou Lívia. As garotas assentiram. — E o que é que vocês estudam? Quando estudam? Como chegaram aqui?
— Calma — rebateu Clara. — Vamos por partes. — Ela agarrou um dos livros abertos no chão e apresentou a capa para que Lívia pudesse ver. — Nesse momento, estamos muito interessadas em sociologia, estamos estudando relações sociais, mais especificamente modelos de trabalho.
— Carl Marx, Engels, etc. — Concluiu Lívia. Ela alcançou um dos cadernos expostos no chão e passou os olhos — Conheço.
— Nós queremos entender como chegamos nisso — Laure comentou, gesticulando como quem mostra algo ao redor. — Como é que perdemos tão fácil a voz.
— E como podemos recuperá-la — completou Caroline. — Você pode nos ajudar, acredito. Já tem de longa data experiência em não ser como as outras, pelo que temos escutado.
Lívia olhou para cada uma delas, séria, observou cada elemento exposto no chão, e no chalé. Suspirou antes de dizer:
— Então, resumindo: vocês se uniram para primeiro entender o que está acontecendo, socialmente dizendo, conosco, porque em algum momento tivemos mais liberdade e mais credibilidade. — Elas confirmaram, parecendo animadas. — E depois, de alguma forma, recobrar o que um dia tivemos. Gostei.
— Acho que precisamos então de mais informações, precisamos conhecer-nos melhor. Agora somos uma. Então, como começou nisso, Lívia?
Ela se aprumou, cruzando as pernas e apoiando-se no sofá.
— Meus pais pesquisam muito desde que me conheço por gente. Fazem experiências químicas, físicas, leem e eu sempre estou junto — ela respondeu. — Infelizmente, não é isso que é esperado para uma família de bem, então esse foi o primeiro evento que fomos chamados. Eu fiquei me perguntando, Clara, o evento não foi oferecido pela sua família?
— Ah, sim, foi — ela respondeu desinteressada. — Eles esperam encontrar uma pretendente para o meu irmão, para que ele possa oprimir e repassar a cultura da família. Uma grande baboseira.
— E você deveria estar lá?
— Deveria, com certeza. Mas é horrível ser vendida como um pedaço de carne pelos seus próprios pais — informou Clara, dando de ombros.
— Conosco aconteceu o mesmo — emendou Carmen. — Nossas famílias foram a esse evento esquisito para nos encontrar algum par. E aí o único problema é que, uma vez encontrado esse par, não tem como fugir.
— E não é isso que queremos — explicou Laure. — Não podemos vender nosso futuro quando ele é tão incerto e o presente tão cheio de coisas para explorar, tão cheio de caminhos diferentes. Mas você estava nesse evento, não é, Lívia? Você também estava procurando um pretendente?
— Sim e não... Digamos que meus pais querem que eu me adapte a essa realidade que eles não consideram ideal, mas que, segundo eles — limpou a garganta — “sem a vida em sociedade, não teríamos as tecnologias que temos hoje”. Então eu vim.
— E vocês têm pesquisado exatamente sobre o que na sua família? — Perguntou Clara, mudando de assunto.
— Meus pais são químicos. Fizeram alterações nas coisas bastante úteis, até — ela desviou o olhar para as estantes antes de continuar. — Eu, no entanto gostaria de seguir outro ramo e criar algumas engenhocas.
— Criar o que, exatamente? — Perguntou Caroline, interessada.
— Criar coisas que serão úteis a todos — ela explicou. — Teletransporte? Raio modificador de partículas? Não sei. Queria fazer a diferença. — Respirou fundo enquanto percebia os olhares confusos das outras meninas. —  Estou sendo louca?
— De maneira alguma... — murmurou Caroline. — E, depois de definido o que fazer, o que é necessário para que esses projetos saiam do papel?
— Sinceramente? — Lívia olhou para as garotas novamente. —  Eu acredito que com investimento de tempo e materiais, conseguiríamos montar o que quer que nos propusermos. Conhecimento não será o problema.
—  Podemos arranjar isso — rebateu Clara. —  Por onde começamos?
As garotas agarraram um novo caderno, que até então estava de lado, e anotaram ideias, planos, referências, materiais necessários. A cumplicidade e o bom humor irradiavam do grupo, que colocou detalhes do que pensava em casa linha do papel, até que Clara chamou atenção de todas para anunciar sobre o horário.
— Meninas, acho que teremos que continuar num outro momento. Se não voltarmos, estaremos muito encrencadas.
Dito isso, guardaram as coisas e prometeram voltar a conversar sempre que possível. Clara agarrou a mão de Lívia, encaminhando-a de volta para a residência Campbell. Lívia não podia parar de pensar durante o caminho em quanta sorte teve ao resolver comparecer ao Evento, visto que sem isso não conheceria Clara e logo perderia uma oportunidade de ouro. Antes de ultrapassarem a cerca, Clara deixou de andar e segurou Lívia, fazendo um sinal para que não falasse.
— Lívia — sussurrou solenemente — foi um prazer estar em sua companhia essa noite. Vamos voltar para casa, porém seguiremos em contato. Eu te acho.
Lívia não pode responder: os lábios de Clara selaram os seus, emitindo calor e choques por todo seu corpo e, com maestria, Clara separou os lábios de Lívia, abrindo passagem para a língua que acariciava a sua. Sem ar e sem forças, Lívia observou quando Clara se afastou com um sorriso brilhante no rosto.
— Eu te acho, sim — Clara sussurrou. —  Vamos.
***
Lívia passou toda a noite pensando no Evento, se questionando o porquê de ninguém ter notado sua ausência, o porquê de ninguém ter chamado especificamente nem ela e nem Clara para conversar, e o porquê de ser necessário encontrar um pretendente do sexo oposto, sendo que se sentia muito mais confortável na presença de garotas. E Clara, ela era especial. Como fariam para se encontrar novamente? As perguntas ocuparam sua cabeça não permitindo que dormisse.
Qualquer que fosse o assunto pela manhã, nenhum seria tão importante quanto responder a estas perguntas. Durante o café, os pais debatiam animadamente sobre os experimentos que fizeram no dia anterior, praticamente esquecendo-se do Evento, enquanto Lívia permanecia perdida em meio aos pensamentos. Como de costume, o Sr. Orwell buscou a correspondência anunciando com surpresa que havia uma carta endereçada a Lívia e a notícia a puxou de volta à realidade. Agarrando a carta, que não indicava o remetente, ela correu até seu cômodo, buscando alguma privacidade entre a chuva de perguntas incisivas dos pais.
“Querida Lívia” — Começou a ler.
“Passei a madrugada revisando o projeto de ontem e acredito que, assim que definirmos melhor os detalhes, poderemos dar início a sua construção. Gostaria que contasse mais sobre o que achou de nossa nova comunidade, e sobre o Evento. E sobre o nosso evento, que foi inclusive mais um motivo pelo qual não dormi essa noite. Espero que tenha conseguido descansar. Com amor, Clara.
PS.: Achei de bom tom não exibir no envelope meu nome e endereço. Poderia causar alguma discórdia. Segue o logradouro para onde poderá encaminhar a resposta.”
Lívia percebeu que o coração acelerava. “Querida Lívia”, “Nosso evento”, “Com amor, Clara”. Precisaria realmente encontrar um lugar para guardar essa carta, onde os pais não pudessem encontrá-la. Ela sabia que nos planos familiares, estava a adequação de Lívia à sociedade e um romance com outra garota não entrava nas metas. Não que realmente fosse um romance, mas poderia ser. De qualquer forma, com um sorriso, dobrou o envelope preenchido pela carta com cuidado e escondeu debaixo de uma tábua que compunha o chão. Ali, ficaria guardada junto a outros tesouros não compartilhados. Pensou que talvez devesse dar alguma resposta aos pais, mas primeiro responderia de maneira digna cada palavra de Clara.
“Querida Clara,
Estou realmente animada com receber notícias suas. Respondendo às perguntas: sobre a nova comunidade, temos muito a contribuir e acredito que seja positivo para todas ter o apoio mútuo umas das outras para mudar o mundo. Tenho ideias para o projeto. Sobre o Evento, realmente como você definiu na noite passada, uma grande baboseira. Porém, notei ter sido uma baboseira muito útil, se me permite comentar. Em relação ao nosso evento... Espero que possamos repetir, se não for muita audácia. Aguardo a data e horário de ambas as reuniões.
Com amor, Liv.”
Com o envelope selado e endereçado, Lívia enfiou os papeis por entre os panos da roupa, a fim de que não fossem notados por ninguém. Saiu do quarto pronta para acompanhar os pais até a biblioteca municipal, notando olhares curiosos.
— O Evento de ontem foi muito divertido — comentou Lívia, tentando responder o máximo possível às expectativas. — Espero que logo tenhamos outro convite desses.
Percebendo que os pais estiveram satisfeitos com sua fala, Lívia os seguiu pelas ruas, despistando os genitores habilmente com o intuito de passar pela frente da casa dos Campbell e, com sorte, deixar a carta na caixa de correio sem ser vista. Não havia muita gente na rua a esta hora, e a tarefa fora cumprida sem percalços, estando logo em companhia dos pais novamente sem levantar nenhuma suspeita.
Buscou livros que pudessem ajudar seu novo projeto, quando percebeu a presença de um garotinho no balcão, o qual entregava um livro à bibliotecária. Ele se virou, olhando diretamente para Lívia, o que a fez suspeitar que alguma coisa naquela cena atípica tivesse a ver com ela. Não demorou muito para que a bibliotecária colocasse o livro que fora há pouco entregue em sua frente na mesa, e fosse saindo com rapidez. Lívia tomou o livro nas mãos com curiosidade, lendo o título cuidadosamente: “Maquinários e funcionamento de relógios – um guia prático”. Folheou as páginas, notando um pequeno bilhete preso por entre as páginas.
“L., 6pm cabana. C.”
Aí estava a sua resposta. Finalizado o trabalho de revisão das novas ideias a serem incluídas no projeto, Lívia anunciou aos pais que iria voltar para a casa mais cedo, com a desculpa de que ainda estava cansada da noite anterior. Assentindo, os pais seguiram os experimentos enquanto Lívia se afastava, saindo da biblioteca. Seguiu novamente rumo à casa dos Campbell, tentando se lembrar qual havia sido o caminho até a Cabana, avistando, por fim, a casinha de madeira no meio das árvores.
Lívia esperava encontrar todas as garotas para dar continuidade ao projeto, no entanto, apenas encontrou Clara sentada em um dos sofás, com livro em mãos, porém o olhar totalmente voltado para a porta. Com um sorriso se formando, Lívia aproximou-se dela.
— Você já está aqui! — Comentou Lívia. — Imaginei que ainda tardaria em chegar.
— Teremos tempo para conversar antes — Clara disse, colocando o livro de lado e aproximando-se mais de Lívia, com a mão sobre a dela.
Antes que Lívia pudesse dizer qualquer coisa, a porta da cabana irrompeu e homens fardados adentraram. Clara imediatamente afastou-se de Lívia, tratando de ficar do outro lado do lugar.
— Levante-se, garota! — Gritou um dos oficiais, fazendo com que Lívia se colocasse rápido de pé. — O que acha que está fazendo aqui?
— Passando um tempo com uma amiga — respondeu diretamente. — O que está acontecendo?
— Você não faz perguntas aqui! Srta. Campbell, — chamou o homem — o que ela quer dizer com isso?
Clara aproximou-se dos policiais, murmurando algumas palavras inaudíveis para Lívia. O homem ergueu as sobrancelhas, olhando assustado para Lívia.
— Onde estão os papeis?
— Que papeis? — questionou Lívia.
— Você sabe que garotas não podem criar, Lívia Orwell. Entregue-me os papeis da sua criação.
Lívia olhou para Clara esperando algum sinal que explicasse o que o policial estava pedindo. Em troca, Clara entrecerrou os olhos, e encaminhou-se para a estante onde haviam guardado todo o material da noite anterior. O oficial folheou as páginas com um sorriso nefasto, por vezes deixando espaço para que os outros homens que o acompanhavam vissem o projeto.
— Srta. Campbell, pode retornar aos seus aposentos — anunciou ele. — Não precisaremos mais de seus serviços. A máquina está praticamente pronta, com essa ajuda teremos a patente.
Assim dito, o policial avançou em Lívia, prendendo suas mãos. Ela só se deu conta de que estava presa quando de fato fora colocada em uma cela subterrânea, como uma masmorra. Podia ouvir flashes de notícias e conversas que diziam que a máquina do tempo fora finalmente inventada por um laboratório patrocinado pela família Campbell.
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timaster · 3 years
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15 frases para o dia do profissional de TI - 19 de Outubro
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Podemos concordar que a tecnologia é essencial. A menos, é claro, que você viva em uma ilha deserta! Mesmo assim, se você está lendo isso de uma ilha deserta... aposto que você gostaria de poder pedir um iFood ou um Uber para sair logo daí!
Brincadeiras, abraçar a tecnologia nem sempre é fácil. Desde novos aplicativos, atualizações, até a próxima grande mania — acompanhar as novidade pode parecer impossível.
Os profissionais de TI ajudam as organizações a implementar tecnologias de maneira eficaz. Soluções para melhorar o fluxo de trabalho? Qual a última novidade? Um novo aplicativo ou plataforma de tecnologia é necessário?
Seja qual for o caso, as seguintes citações sobre tecnologia da informação abaixo ajudarão a se reconectar com o propósito da sua profissão.
1) “Eu não falhei. Acabei de encontrar 10.000 maneiras que não funcionam.” - Thomas Edison
2) "O que a nova tecnologia faz é criar novas oportunidades para fazer um trabalho que os clientes querem feito." - Tim O’Reilly
3)“Tecnologia como arte é um exercício crescente da imaginação humana.” - Daniel Bell
4) "Vamos inventar o amanhã em vez de nos preocupar com o que aconteceu ontem." - Steve Jobs
5) “Inovação é o resultado de um hábito, não um ato aleatório.” - Sukant Ratnakar
6) “Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da mágica.” - Arthur C. Clarke
7) “A tecnologia que você usa não impressiona ninguém. A experiência que você cria com ela que é tudo. ”- Sean Gerety
8) "Não é que usamos a tecnologia, nós vivemos tecnologia". - Godfrey Reggio
9) "Quando uma nova tecnologia passa por você, se você não faz parte dela, fará parte do caminho." - Stewart Brand
Importância da tecnologia para as pessoas
Agora, não vamos esquecer das pessoas! Com o uso da tecnologia, há muito que podemos realizar juntos. Mas é importante não esquecer que as pessoas estão no epicentro de tudo.
Esperamos que essas citações de tecnologia lembrem você e sua equipe de profissionais de TI do fator humano do trabalho.
10) “A tecnologia é melhor quando une as pessoas.” - Matt Mullenweg
11) “O verdadeiro problema não é se as máquinas pensam, mas se os homens pensam.” - B.F. Skinner
12) “Tecnologia não é nada. O importante é que você acredite nas pessoas, que elas são naturalmente boas e inteligentes, e se você lhes der ferramentas, elas farão coisas maravilhosas com elas.”- Steve Jobs
13) "A tecnologia deve melhorar sua vida... não se tornar sua vida." - Billy Cox
14) “A tecnologia moderna se tornou um fenômeno para a civilização, a força definidora de uma nova ordem social na qual a eficiência não é mais uma opção, mas uma necessidade imposta a toda atividade humana.” - Jacques Ellul
15) “Nosso negócio é sobre tecnologia, sim. Mas também se trata de operações e relacionamento com clientes. ”- Michael Dell
O que você achou dessas citações de tecnologia? Compartilhe com seus colegas de profissão.
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