Capítulo 5 - O futuro de uma ilusão
Sábado, 12:00 PM – Deserto de Grand Sonora, CA
"O anarquismo defende a libertação da mente humana do domínio da religião e a libertação do corpo humano da coerção da propriedade; libertação dos grilhões e restrições do governo. Representa uma ordem social baseada no livre agrupamento de indivíduos ...” – Emma Goldman.
Mais uma vez, o sol estava à pico, enquanto Miguel estava em sua Hammer, junto à Caio Valério, Devante Cano e Marcus Alvarez, supostamente aguardavam Salvador Sonora. O cagoete entre eles acreditava que havia encontrado um abrigo seguro e um emprego ao lado dos “rivais” de Fico.
A cova dele já fora cavada, Moe tinha razão sobre o fato de ninguém voltar de visitas à lugares como estes. Infelizmente, o ex-sócio do comando não era tão criativo, por isso, não podia supor que estava prestes à partir.
- Onde está o Salva? – Valê questionou, observando o horizonte.
- Está aqui! – Miguel disse, antes de apagar o sujeito com uma coronhada.
Não demorou, e um mar de motos se aproximou, Mayans e Filhos, misturados à poeira que se erguia atrás deles. A Mercedes G63 vinha logo em seguida, trazendo Marco, Filipe, Moe e Arturo. Fredo odiou ficar fora do decreto, mas, este era um lance para a família.
O desgraçado foi amarrado, como um porco, pronto para o abate. Sendo jogado entre as motos e carros. Ele fora cercado por seus algozes. Moe desceu do carro, sendo acompanhada pelos demais ocupantes do veículo. Ela se encaminhou até o centro do espetáculo, e os caras ficaram hipnotizados com o rebolado presente em seus quadris. Definitivamente, eles preferiam negociar com ela.
Com a meia pata de seu Louboutin, pisou na bochecha direita de Caio, acordando-o de seu sono. Ao abrir os olhos, notou que havia perdido. Fico se aproximou, assustando-o.
- Buenos días, imagino que sabes por qué estamos reunidos! – Fico exclamou, sorrindo maliciosamente, entregando sua .50 para sua neta.
- És lo dia de los muertos! – Moe disse, sorrindo também.
Marco se aproximou, cuspindo na cara de Caio, antes de dizer: – Pendejo! – Ele se afastou um pouco, quando Moe mirou na cabeça do filho da puta. Arturo e Jax observavam a cena, surpresos com a voracidade dela. Marco colocou sua mão sobre a de sua irmã, parando atrás dela. – Esse fardo é nosso, estou com você! – Ela ouviu, puxando o gatilho em seguida.
Filhos e Mayans cuspiram no cadáver, antes de enrolá-lo em uma lona e carregá-lo para o buraco ermo ao qual pertencia. Fico se aproximou de Miguel, dando uns tapinhas em seu ombro.
- Conocí a su padre, éramos amigos; él estaría orgulloso del pacto que hicimos! – Fico disse, encarando-o.
- Tengo la intención de ayudar a Monica a realizar su visión! – Miguel exclamou, lisonjeado pela oportunidade de conhecê-lo.
- El futuro de nuestras organizaciones está en sus manos! – Fico pontuou, acendendo um cigarro e tragando profundamente.
- Agradezco la confianza! – Miguel declarou.
- No quiero tu gratitud, quiero eficiência! – Fico exclamou, rindo.
- Vejo que estão se entendendo! – Moe disse, aproximando-se de ambos.
- É um começo! – Miguel pontuou, sorrindo para ela, antes de beijar sua mão.
Fico se despediu, voltando para o carro, a exposição não era seu objetivo. Ele ligou para seu filho, confirmando que o serviço estava feito e que voltaria para a Espanha imediatamente. Raul lamentou não poder vê-lo, mas, sabia que era melhor assim.
Um sábio disse que qualquer tolo inteligente pode tornar as coisas maiores, mais complexas e mais violentas, mas, é necessário um toque de genialidade e muita coragem para mover alguma coisa na direção oposta. Moe pensava sobre isso enquanto voltavam para casa.
{…}
Fico os deixou, acompanhando Trevor até sua aeronave. Quando chegaram à fazenda de Bianca, Marco se encaminhou para a cozinha, à fim de preparar um carbonara. Eles estavam no maior prego. Moe e Bibi selecionaram um belo vinho na adega de Lumen.
Eles se acomodaram à mesa na sala de jantar, aproveitando-se dos dotes culinários de Marco. Fedez estava tocando ao fundo. Moe desejava se aclimatar totalmente, pois, sentia saudade da Toscana. Bella Storia lhe trazia boas lembranças.
- Comè questa pasta? – Marco questionou sua irmã, rindo. Percebendo que esta viajava enquanto comia.
- Buona, no posso dire chè no è buona. È buonissima, la especiallità! – Moe exclamou, rindo também.
- È vero, amore? – Ele perguntou.
- Te lo detto la verità. Si no è buona te lo dicevo! – Moe pontuou. Fredo e Arturo se encantaram ao ouvi-la falar italiano. Isso incomodou Victória.
- Receita da dona Cristina! – Marco esclareceu.
- Vou te levar pra conhecer Florença, amor! – Moe disse à Arturo, e isso o fez sorrir.
- Mal posso esperar! – Arturo exclamou, animando-se.
- La note fiorentina sei belíssima! – Marco pontuou.
- Facciamo leggeri! – Otto concordou, em seguida bebeu um pouco de seu vinho.
- Nós também queremos ir, amiga! – Bibi exclamou, cruzando os braços sobre o peito e encarando-a seriamente.
- Claro, todos podemos ir; temos um apartamento bem grande próximo ao Duomo da catedral de Santa Maria del Fiore. Vocês vão amar a vista! – Moe disse.
- Meu nome é bora! – Treze exclamou, gargalhando e desencadeando o mesmo em todos.
- Vocês são intrometidos, era pra ser um rolê romântico dos dois! – Victória disse, tentando acabar com o clima.
- Relaxa, amiga, nós vamos morar juntos em Nova York; teremos tempo de sobra para sermos românticos! – Moe comentou, dando um selinho em Arturo logo depois. Fredo engoliu em seco.
- Quem vai morar em Nova York? – Jax perguntou, adentrando o cômodo, com uma expressão sacana em seu rosto.
- Eu e a Mônica! – Arturo exclamou, rindo do loiro.
- Aí sim, Argentino! – Ele disse, acomodando-se à mesa e servindo-se no prato de Bianca.
- Jackson! – Bibi reclamou, revirando os olhos.
- Tô na maior broca, gata! – Ele pontuou. Todos riram.
- Você precisa aprender bons modos, caso contrário não poderá ir conosco para a Itália! – Bibi disse, sacaneando com ele.
- Como assim? – Ele questionou, surpreendendo-se.
- É isso mesmo, faremos uma viagem com a Moe, você tem que ter modos! – Bibi exclamou.
- Eu sou quase um príncipe, mulher! – Ele disse, gargalhando.
- Palhaço! – Ela sacaneou, dando uns tapinhas nele.
Tarde à dentro eles continuaram a beber vinho e jogar conversa fora. A viagem para Itália tomou conta da cabeça de todos eles. Até mesmo Fredo ficara animado com a ideia. Victória foi obrigada à dar o braço a torcer, percebendo que não gostaria de ficar fora dessa trip louca.
Uma semana depois – Sábado, 20 de Maio, 00:00 AM
A festa estava rolando solta do lado de fora da sede da fazenda da Bibi, mas, Victória observava o amor da sua vida, curtindo a solidão do lado de dentro. Era fato que ele estava recuado depois de passar uma semana em cana e com toda certeza, muitas coisas rondavam sua mente. Ela preferia manter a imagem de maloqueiro dele, aquele cara que desce as ladeiras de São Francisco de long board.
Raul estava sentado sobre a bancada da cozinha, tomando uma cerveja tranquilamente. Victória se aproximou, parando no meio de suas pernas e deslizando as mãos através de suas coxas. Ele riu de um jeito debochado e disse: – Não era você que não queria falar comigo?
- Na moral, você assustou todo mundo! – Ela disse, abraçando-o.
- É o meu jeitinho! – Ele exclamou, abraçando-a de volta.
- Não faça mais isso! – Vic pediu, passando as mãos pelas costas dele, arrepiando sua pele. Ela adorava sentir os músculos dele. Impossível resistir à tentação de tocá-lo.
- Deixa comigo! – Ele disse, afastando o cabelo dela e beijando várias vezes seu pescoço.
- Por que você está peladão assim? – Vic perguntou, sacaneando. Ela ficava mexida ao vê-lo descalço e sem camisa.
- Não tô pelado, tô de bermuda! – Ele exclamou, rindo.
- Daí é foda! – Vic comentou, apertando-o. Raul deu um tapa na bunda dela.
- Quero dormir contigo hoje! – Ele disse, e o coração dela acelerou.
- Se for só dormir, beleza! – Vic declarou, dando um beijo no rosto dele.
- Relaxa pô, é só dormir! – Ele esclareceu, transparecendo sinceridade. Os rostos de ambos estavam próximos, e era inegável que desejavam se beijar. Vic deslizou suas mãos pelos ombros e pescoço dele, subindo até o cabelo. Ele acariciou as costas dela com a ponta dos dedos, por baixo da blusa; agarrou a cintura dela em seguida.
Por muito tempo ela desejou dormir com ele, mas, seu romance proibido nunca permitiu. Nenhum dos dois poderia imaginar que isso fôsse acontecer, mas, considerando o momento de carinho espontâneo, tornou-se inevitável. Vic começou a mexer na correntinha dele, tentando evitar encarar seus olhos.
- Eu te quero! – Raul exclamou, beijando a testa dela.
- Também te quero! – Vic respondeu, fechando os olhos por um instante.
- Se liga, vou te dar uma parada que é muito especial pra mim! – Ele disse, retirando seu anel de ouro do dedo mindinho direito e entregando à ela. – Era do meu pai, mas, quero que fique contigo! – Vic pegou, observando a letra C de Cortez em alto relevo. Isso a surpreendeu muito.
- Caralho amor, que foda. Agradeço muito, mas, não posso aceitar! – Vic lamentou, tentando devolver.
- Claro que pode, ele é seu agora! – Raul exclamou, colocando o anel no dedo indicador direito dela e beijando sua mão em seguida. – Peço desculpas por ter agido como um imbecil, mas, na real, eu te amo!
- Que bonitinho! – Vic disse, abraçando-o e beijando seu rosto. Ele a apertou junto à si novamente.
- Eu sou né? – Ele sacaneou.
- Você é! – Ela exclamou, rindo.
- Posso te beijar? – Raul pediu, segurando o rosto dela nas mãos. Ele tinha um sentimento forte e diferente por ela.
- Melhor não! – Vic exclamou.
- Porra amor, tu sabe que mexe com meu coração, não faz assim! – Ele admitiu, parecendo chateado.
- É difícil ficar perto de você, eu não aguento. O foda é que você vai acabar se acertando com a Denise e eu vou ficar sobrando! – Ela declarou, desviando da investida dele.
- Cara, esse lance é complicado, mas, é você que eu quero! – Ele admitiu novamente, lambendo o pescoço dela. Vic gemeu. – Você me deixa excitado só no olhar, na moral mesmo!
- Você é malandro pra caralho! – Vic disse, cravando as unhas nas costas dele.
- Tu se amarra né? – Ele perguntou, sacaneando.
- Para! – Ela exclamou, enquanto ele apertava sua bunda.
- Eu vou te pegar de jeito hoje! – Ele disse, rindo alto.
- Raul! – Ela exclamou mais uma vez, rindo também.
- Caralho amor, já tô duro aqui! – Ele admitiu, mordendo o lábio inferior dela. Os dois se beijaram intensamente, e ela o massageou por cima da bermuda. Ele desceu do balcão, ostentando seus um metro e noventa na frente dela.
Ele a puxou para seu colo e ela envolveu suas pernas em torno da cintura dele. Os dois subiram as escadas, encaminhando-se para o quarto de hóspedes em que ele estava alojado. A porta foi trancada, e ele a colocou sobre a cama, livrando-se de sua bermuda e da cueca. A roupa dela foi lançada ao longe. Finalmente estavam nus e sozinhos, protagonizando um escândalo íntimo.
Entre beijos e passadas de mão, eles se envolveram novamente. Ele separou as pernas dela, colocando-se no meio. A música do lado de fora abafava os gemidos. Ele deslizou seu membro através da extensão dela, em seguida, a penetrou com vontade; as unhas dela deslizaram pelas costas dele, deixando um rastro de tesão pelo caminho. As investidas dele estavam enlouquecendo-a. O quarto estava em chamas e o foco do incêndio era a cama.
Após alguns minutos, ele voltou-se para a intimidade dela, chupando-a vorazmente. Seus dedos deslizaram para dentro, fazendo as pernas dela tremerem. Com o polegar ele a estimulou e sua expressão cretina a levou às alturas. – Me fode, amor! – Ela implorou em um tom rouco. Ele beliscou os mamilos dela, e uma sensação eletrizante percorreu os corpos de ambos.
Ele a puxou, posicionando-a de quatro à sua frente; ele não pôde resistir e acabou mordendo a bunda dela, antes de penetrá-la outra vez. A mão dele deslizou até o pescoço dela, seus dedos se apertaram com uma leveza excitante. As estocadas profundas o fizeram estremecer, sendo obrigado a parar por um instante, para que não terminasse antes da hora.
Ela se virou, agarrando-o e beijando-o com vontade, antes de fazê-lo deitar na cama. Vic montou em seu colo, fazendo-o gemer. Ela sentou com talento, acabando com ele. Com uma expressão safada, ela deu uns tapinhas na cara dele, excitando-o ainda mais. Os dois gozaram. A química substancial os dominava, dificultando e muito a resistência.
Denise e Cristina invejariam o que Victória causava em Raul. Por mais talentoso e dedicado que fôsse com elas, não chegava aos pés do que rolava entre os dois amantes. Após o sexo, foram para o banho juntos, continuando a envolvência.
06:00 AM
Estendido na espreguiçadeira próximo à piscina, Marco bebia uma dose de whisky e fumava um cigarro, observando os baladeiros por trás de seus óculos escuros. Ele não se importava que todos o vissem como um mauricinho, pois, à certo ponto, ele mesmo concordava com isso.
Ao longe, do outro lado da festa, dentro da piscina, Bianca observava seu belo corpo, que recebia os preguiçosos raios de sol da manhã. Marco era extremamente parecido com seu pai. Alto, atlético e debochado. Seu cabelo preto e brilhante estava chamando a atenção da aquariana.
- Até que o Marco é gostosinho! – Bibi sussurrou ao ouvido de Moe. As duas riram.
- Cê adora uma treta, não é? – Moe sussurrou de volta, observando os arredores, verificando que Jax e Fredo conversavam à apenas alguns metros das duas.
- Eu não tenho culpa se o Chatonildo faz filhos bonitos, amiga! – Ela pontuou, gargalhando.
- Malandra! – Moe exclamou. Arturo ouviu o papo, e acabou rindo também.
- Trata de não arrastar, Argentino! – Bibi disse, dando um tapinha no braço dele.
- Eu não sou cagoete, Bibi, pode relaxar! – Ele comentou.
- Quem vai arrastar é a Denise, se liga! – Moe pontuou, vendo sua madrasta adentrar a casa.
- Fodeu! – Arturo disse, soltando sua namorada, saindo da água e correndo até seu cunhado. – Moleque, azedou, tua madrasta vai pegar teu pai de porrada!
- Caralho! – Ele respondeu, deixando sua dose e correndo atrás de Denise.
Ela subiu as escadas com sangue nos olhos, parando frente à única porta fechada do corredor. Ela começou a esmurrar a porta, chamando por seu marido. Dentro do cômodo, Raul e Victória estavam dormindo de conchinha.
- Calma aí, Denise! – Marco exclamou, tentando contê-la.
- Abre essa porta logo, caralho! – Ela gritou, empurrando o enteado para longe.
- Ele vai abrir, mas, se acalma! – Marco pediu, abraçando-a, para evitar que atacasse seu coroa.
- Esse filho da puta tá achando que isso aqui é Micareta! – Ela gritou mais uma vez, tentando livrar-se de Marco.
Raul destrancou a fechadura, abriu uma fresta na porta e disse: – Calma, gata!
Denise notou que ele estava de cueca e seu pescoço estava todo marcado. Por um minuto de bobeira de Marco, ela escapou e empurrou a porta, atirando-se para dentro do quarto.
- Cadê a vagabunda? – Denise exigiu, vendo a cama vazia.
- Para com isso, amor. Vamos conversar ali fora! – Raul pediu, puxando-a para si.
- Aparece, vadia! – Ela gritou, tentando livrar-se de seu marido.
- Se mexe, moleque! – Raul disse ao filho. Marco adentrou o quarto e encaminhou-se para o banheiro, à fim de tirar Victória de lá em segurança.
- Você tá protegendo essa puta? – Denise questionou, tentando medir forças com ele.
- Puta é você, sua trocada! – Victória gritou, enquanto Marco a carregava.
- Eu vou te matar, vadia do caralho! – Denise gritou de volta, tentando partir pra cima dela.
- Trocada! – Victória exclamou, debochando.
- Para com essa porra! – Raul exigiu. Denise viu o anel dele no dedo dela, e isso a fez saltar por cima dos ombros de seu marido, acertando um tapa na cara de Victória. Marco retirou Victória do quarto, mas, ela ainda xingava Denise. As duas tinham muito ódio em seus corações no momento.
- Você não presta! – Denise gritou.
- Calma! – Raul pediu.
- Eu vou embora, essa merda de casamento acabou! – Ela exclamou, realmente muito irritada.
- Para amor, não precisa disso! – Ele disse, abraçando-a novamente.
- Caralho, você é muito nojento! – Denise exclamou, expressando seu asco. – Eu quero o divórcio!
- Divórcio? Tá loucona? – Ele questionou, tentando beijá-la.
- Para! – Ela exclamou, colocando a mão sobre o rosto dele, impedindo-o.
- Se é isso o que quer, quem vai embora sou eu. Você vai ficar na nossa casa, com a nossa filha, mas, não vai ter divórcio! – Ele disse.
- Era isso que você queria, não é mesmo? – Ela gritou mais uma vez, dando um tapa na cara dele em seguida.
- Calma, Denise! – Raul pediu, sentindo seu rosto arder.
- Eu odeio você! – Ela exclamou, preparando-se para estapeá-lo novamente, mas, ele segurou sua mão.
- Eu sei que odeia, mas, tenha calma, por favor! – Ele voltou a pedir.
- Não acredito que você estava dormindo com aquela piranha! – Denise declarou, completamente enlouquecida.
- Não precisa falar assim, a culpa é minha! – Ele pontuou, apertando-a. Ela relutou, mas, aceitou a contenção.
- Cretino, desgraçado, filho da puta! – Ela gritou, mas, parte de suas palavras foram abafadas contra o peito dele.
- Desabafa, meu amor, coloca pra fora! – Raul exclamou, precisando segurá-la com mais força para evitar que ela o estrangulasse.
- Eu vou matar você! – Denise disse, cravando as unhas nas costelas dele.
- Pode matar amor, eu deixo! – Ele admitiu, rindo.
- Raul! – Ela gritou, mordendo o peito dele. A dor o fez encolher.
- Fala minha gostosa! – Ele pediu, tentando não soar muito ordinário.
- Por que você faz isso comigo? – Denise exigiu, chorando.
- Eu sou tarado, amor, não consigo segurar! – Ele disse, deixando-a ainda mais irada.
- Você deu o anel do seu pai pra ela, não é só tesão! – Ela gritou.
- Que diferença faz? – Ele perguntou, beijando o rosto dela.
- Você a ama! – Denise exclamou, arranhando o pescoço dele.
- Eu amo vocês três! – Raul admitiu, contando com Cristina também.
- Desgraçado! – Ela gritou, estapeando-o.
- Calma amor, eu não quero ficar sem você, tem Juju pras três! – Ele sacaneou, e ela queria matá-lo por isso.
- Não sei como consegue ser tão debochado! – Denise declarou.
- Não é deboche, amor; vocês mexem comigo, quer que faça o quê? Você me deixa excitado pra caralho quando fica brava, não consigo me controlar. Desculpe por ser tão canalha, mas, é de coração, na moral mesmo. Sei que estou completamente errado, mas, é assim que eu me sinto! – Ele admitiu, beijando o pescoço dela. Denise deu uma joelhada no saco dele, gargalhando em seguida. Ele se contorceu de dor, seus olhos lacrimejaram.
- Você é muito babaca! – Ela exclamou.
- Ai, amor! – Ele disse, soltando-a para segurar suas partes. Ela odiava amá-lo com tanta intensidade, e por um instante sentiu pena.
- Conheci seu pai, agora sei de onde vem tanta malandragem! – Denise exclamou, revirando os olhos.
- Pois é, a dona Olga pirava! – Raul comentou, rindo. Ela deu uns tapas nele.
- Idiota! – Ela disse, perdendo a paciência outra vez.
- Eu senti tanta saudade de você, amor! – Ele admitiu, puxando-a para seu abraço.
- Não parece! – Denise supôs, apertando-o também.
- Estive pensando sobre tudo, essa foi a última vez que trai sua confiança! – Raul declarou, dando um beijo na testa dela.
- Eu não acredito mais em você, mas, ainda assim espero que seja verdade, porque estou prestes à te deixar. Todo esse tormento não fará bem para o bebê! – Denise disse, acariciando as costas dele.
- Qual bebê, mulher? Está louca? – Ele questionou, parecendo confuso.
- Droga! – Denise exclamou, tentando disfarçar, ela não gostaria de ter contado à ele nesse momento.
- Me explica essa história. Qual bebê, Denise? – Raul exigiu, ficando nervoso.
- O nosso, eu estou grávida! – Ela disse, alguns tons abaixo do normal. A expressão de espanto dele a deixou nervosa também. – Fala alguma coisa! – Ela pediu, mas, ele havia travado.
- Eu tô chocado! – Raul exclamou, tendo uma crise de riso em seguida. Ele estava quase perdendo o fôlego, quando colocou as mãos sobre o peito e sua risada se transformou em lágrimas.
- Calma, amor! – Ela pediu, temendo que ele tivesse uma síncope.
Denise o puxou de volta para seu abraço, apertando-o. Ela repousou seu rosto sobre o peito dele, ouvindo seu coração saltar. Ela não imaginava que ele fosse reagir dessa forma, afinal, não era a primeira vez que recebia uma notícia como essas.
- Fala comigo, amor, você está me assustando! – Ela disse, sentindo-o tremer, em um acesso nervoso. – Raul?
Muitas coisas passavam pela cabeça dele, seria muito difícil falar, então, ele a abraçou com firmeza. Não seria possível descrever tudo que estava sentindo no momento. Ela acariciou as costas dele novamente, tentando acalmá-lo.
Após algum tempo, ele conseguiu se reestabelecer, dizendo: – Você tem certeza, amor?
- Tenho sim, fiz vários testes! – Ela exclamou.
- Caralho, eu te amo! – Ele disse, beijando-a em seguida.
- Não imaginava que você fosse reagir assim! – Denise admitiu, rindo.
- O que você esperava? – Raul perguntou, rindo também.
- Algo menos assustador! – Ela pontuou.
- Você sabe que eu sou emocionado! – Ele disse, beijando-a novamente.
- Não quero que conte à ninguém por enquanto! – Denise pediu.
- Claro amor, você quem manda! – Raul concordou.
Enquanto isso, na área da piscina, os arruaceiros curtiam a maior vibe. Victória estava com Bianca, Jéssica e Mônica, reclamando do esculacho que havia tomado de Denise. Marco, Jax, Chibs, Opie e Fredo bebiam suas cervejas, rindo e zoando entre si. Arturo estava desmaiado em uma das espreguiçadeiras, aproveitando a sombra para dormir um pouco, isso fez Mônica rir e se lembrar do dia em que se conheceram.
Julho de 2019 – Sexta-feira, 11:00 AM – Aeroporto internacional de Los Angeles, CA
O voo vindo de Paris acabara de pousar, Mônica estava exausta, só queria dormir em sua cama. Ela havia passado um tempo com sua mãe, agora, era a vez de aproveitar a companhia de seu pai, antes de voltar para a faculdade após as férias de verão. Raul a aguardava no portão de desembarque, junto a um cara ao qual ela jamais havia visto.
O sujeito era bonito, cabelo preto, barba, olhos azuis e um corpinho bem gostoso. Apesar do cansaço, Moe acreditava que podia arranjar forças para dar uns pegas nele. Ao se aproximar dos dois, ajeitou o cabelo, colocou um sorriso em seu rosto. A malandragem que corria em suas veias aflorou.
- Bom dia, papai, como o senhor está? – Moe perguntou, abraçando-o.
- Bom dia, meu amor, estou bem e você? Como foi a viagem? – Raul respondeu, abraçando-a de volta, dando um beijo em seu rosto em seguida.
- Estou cansada, mas, acho que devemos sair para almoçar! – Ela disse, rindo.
- Quero que conheça o Arturo, ele é um dos meus braços! – Raul exclamou, piscando para sua filha.
- Prazer em conhecê-lo, eu sou a Mônica, mas, pode me chamar de Moe! – Ela se apresentou, sorrindo de um jeito sacana. Ele parecia tímido, e isso a incendiou por dentro.
- Prazer em conhecê-la, Moe, pode me chamar de Argentino! – Ele respondeu.
Raul e Arturo pegaram as malas dela, e os três se encaminharam para o estacionamento. Moe compartilhou com seu pai os detalhes da viagem, reclamando das frescuras de sua mãe. Ela disse que precisava beber e ver o mar, para se livrar da energia burguesa que a rodeava. Os dois riram.
- Você é a única pessoa que reclama de Paris! – Raul disse, acomodando-se ao lado do passageiro da Porsche Macan. Arturo tocaria a nave.
- Não estou reclamando de Paris, estou reclamando das palhaçadas da dona Cristina. Ninguém aguenta tantos coquetéis, jantares e compras! – Moe pontuou, revirando os olhos.
- O que você queria ter feito? – Raul questionou.
- Gostaria de ter ido ao GP de Le Mans, por exemplo! – Moe esclareceu, rindo.
- Sua mãe jamais iria a um evento assim, amor! – Ele disse, rindo muito também.
- Exatamente, ela é muito fresca! – Moe pontuou, esticando-se para alcançar o painel e abrir o teto solar. Quando se acomodou no banco, colocou seus óculos escuros, ajeitando o cabelo. Arturo deu uma breve espiada na morena pelo espelho interno do carro.
- Não posso discordar! – Raul exclamou, gargalhando.
Os três se encaminharam a um restaurante incrível, próximo ao píer de Santa Mônica. Raul ficou zoando, falando que de santa, ela não tinha nada. Ele sempre fazia as mesmas piadas quando estavam em Los Angeles. Arturo gostou muito da vibe maloqueira da gata.
Eles degustaram lagostas, camarões e várias doses. Após a sobremesa, resolveram dar um rolê no píer, sentindo a brisa salina em seus rostos. Raul acendeu um baseado, e os três deram vários bolas.
- Me surpreende o senhor ter nascido antes da maconha e enrolar um pastel desses! – Moe sacaneou com seu pai.
- Palhaça. O importante é carburar! – Raul exclamou, rindo muito.
- Preguiçoso! – Ela disse, dando um tapinha no ombro dele.
- Você demora séculos pra bolar, aqui o negócio é rápido! – Ele sacaneou.
- Por isso que fica horroroso. A pressa é inimiga da perfeição! – Moe pontuou, pegando o beck e dando uma boa olhada para ele.
- Fuma logo, tá com cola na mão? – Raul questionou, zoando com ela.
- Chatão, né? A Bibi e a Jordie não quiseram vir? – Ela perguntou, antes de tragar profundamente e passar para o Arturo.
- Elas estão com a Denise, ajudando a Gemma com a feira municipal. Puta programão de índio! – Raul esclareceu, recebendo o beck.
- Caralho, a gente escapou! – Moe disse, rindo.
- Bem que eu queria, mas, ainda temos que estar lá à noite! – Raul lamentou, tragando e passando para ela.
- Não se dissermos que o voo atrasou! – Moe sacaneou, fazendo os dois rirem. – Podemos cair pra Whisky e curtir uma noite por aqui!
- Você não vale nada! – Raul exclamou.
- Eu tive à quem puxar! – Moe disse, piscando para seu pai.
- Infelizmente, não dá, a Denise me mataria! – Ele admitiu.
- Bundão! – Moe sacaneou, desafiando-o.
- Filha da puta! – Raul exclamou, jogando Moe em seu ombro e correndo em direção ao carro. Ela gritou e encheu ele de tapas. Arturo os seguiu, rindo muito da cena.
Ao chegarem no carro, ele a colocou no chão. Ela estava atordoada e sem fôlego de tanto rir. Os dois sempre se divertiam muito juntos. Raul sinalizou para que Arturo abrisse o porta-malas. O long board dele estava lá.
- Espertinho! – Moe sacaneou, rindo ainda mais.
- Nós podemos nos atrasar um pouco! – Ele disse, pegando o long, tirando sua camiseta e entregando à ela. – Tchau, boneca! – Moe e Arturo ficaram sozinhos ali, observando Raul se afastar.
- E aí, Argentino, me fala de você! – Moe pediu, sorrindo para ele.
- Não tem muito o que falar! – Ele disse, retribuindo o gesto.
- Duvido! – Ela exclamou.
- O que você quer saber? – Ele perguntou, sorrindo de um jeito tímido.
- De qual cidade você é? Tem namorada? Essas coisas! – Moe disse, sacando um cigarro e acendendo-o.
- Eu sou de Buenos Aires, não tenho namorada! – Ele exclamou.
- Tu é gay? – Moe questionou.
- Não, por quê? – Ele respondeu, parecendo confuso.
- Bonito assim, sem namorada… – Moe exclamou, rindo nervosamente.
- Eu não sou tão bonito! – Ele disse, rindo muito.
- Sem modéstia, não cola! – Moe sacaneou, tragando seu cigarro de um jeito sexy.
- E você, tem namorado? – Ele perguntou.
- Não, é muita burocracia! – Moe disse, rindo muito também.
- Você é muito bonita, como assim? – Ele sacaneou.
- Tá bom, você venceu, provou seu ponto! – Moe admitiu.
- Me fala de você! – Ele pediu, acendendo um cigarro também.
- Eu nasci em Florença, atualmente moro em Nova York, porque estou cursando administração em Columbia, mas, preferia estar na Califórnia. Adoro os filmes do Tarantino, rock n’ roll, Mercedes, Porsche, maconha, whisky, viagens, passar um tempo com meu coroa, literatura, filosofia, games, astronomia e cães! – Moe pontuou, assustando-o.
- Nossa, você é boa com listas! – Ele exclamou, rindo.
- Todos os asperges tem esse talento! – Ela comentou.
- Entendi! – Ele disse.
- Não ligue para os meus surtos de adrenalina, acontece muito! – Moe exclamou, animando-se.
- Não tem problema, eu acho divertido! – Arturo comentou.
- Você acha divertido agora, mas, quando eu te obrigar a ficar acordado a madrugada inteira fervendo, duvido que vá pensar assim! – Ela pontuou, gargalhando.
- Energético tá aí pra isso! – Ele disse, rindo muito também.
- Nunca errou! – Moe exclamou, dando um tapinha no ombro dele.
Raul voltou ao encontro dos dois, completamente suado e exasperado. Os três lamentaram ter de voltar para Charming, pois, o clima de LA estava muito propício para a curtição.
- Agora teremos que sentir seu cheiro de cachorro molhado no carro! – Moe sacaneou, devolvendo a camiseta pra ele.
- Depois você fala que a Cristina é fresca! – Raul sacaneou.
- Fedorento! – Moe disse, rindo.
- É mesmo? – Ele perguntou, abraçando-a.
- Para pai! – Ela pediu, tentando se livrar dele.
- Agora você também está fedendo! – Raul tirou onda com ela.
- Credo! – Moe exclamou, revirando os olhos. Arturo ria, vendo os dois na maior zoeira.
Os três voltaram para o distrito de Morada, Charming era seu destino. No caminho fizeram a maior arruaça, ouvindo o bom e velho rock n’ roll. Eles teriam pouco tempo para se preparar para as festividades da noite. Ficariam junto de Gemma e os Filhos da Anarquia, neste evento de caridade para as escolas do distrito. Para o alívio de Moe, teria Bianca e Jéssica à seu lado.
19:00 PM
Moe tomou seu banho, pensando em um jeito de chamar a atenção de Arturo. Depois de quase fazer uma trilha no piso de seu quarto, andando de um lado para o outro, envolvida em sua toalha, decidiu começar pela roupa. Ela não era a pessoa mais entendida do mundo, mas, tinha algumas noções básicas de moda, graças à Santa Bianca da Vogue.
Esse era um dos apelidos carinhosos de uma das suas melhores amigas. Isso a fez se lembrar de Bibi, e do quão presunçoso seria seu conselho sobre a ocasião: – Dá pra ele, safada! – Moe se viu rindo desse possível conselho e da total impossibilidade de tal coisa acontecer naquele momento, mas, ainda assim, precisava estar preparada para qualquer coisa.
Ela colocou um vestido preto, justo e de alças, até a altura dos joelhos, com aberturas discretas nas coxas, um par de scarpins pretos Louboutin. Fez um coque bagunçado, com algumas mexas escapando, deixando o colo à mostra. Optou por fazer uma maquiagem nude, realçando apenas seus traços. Passou perfume e conferiu tudo no espelho.
Quando ela desceu as escadas, sua família a aguardava na sala. Eles ficaram estarrecidos com o visual da gata. Raul fez algumas piadinhas, insinuando que todos os homens do evento morreriam ao vê-la chegando. Arturo quase morreu ali mesmo, como prova de que o pai dela estava certo.
Ao chegarem no evento, estacionaram próximo à picape de Gael. Arturo abriu a porta para Moe, estendendo sua mão para ajudá-la descer. Ela gostou muito de seu gesto, por isso retribuiu dando um beijo no rosto dele. Ela pôde notar que sua pele esquentou e enrubesceu imediatamente. O jeito dele destruía todas as defesas dela.
Raul, Denise e Jordie caminhavam à frente dos dois. Arturo e Moe estavam lado à lado, ele ofereceu seu braço para que ela pudesse se apoiar. Por mais que não passasse de gentileza, ela apreciou e muito seu cavalheirismo. Ela observou cada movimento dele, sorrisos, olhares, expressões corporais. Ela estava decidida à conquistá-lo.
- Você é a mulher mais bonita que já vi na vida! – Arturo sussurrou, próximo ao ouvido dela. Isso fez com que sua pele estremecesse. Ela sorriu, encarando-o em seguida.
- Obrigada, você é lindo! – Moe admitiu, beijando o rosto dele novamente. Ela percebeu que seu artífice tinha funcionado.
As amigas dela já estavam um pouco altas quando vieram ao encontro dos dois. Atropelando-os com sua agitação. – A Mônica veio preparada para o abate, cuidado! – Bibi exclamou, rindo enquanto fazia sua amiga dar uma voltinha para que pudesse avaliar o look.
- Você está maravilhosa, amiga! – Jess elogiou, sem conseguir conter o riso com a constatação de Bianca.
- Vocês também estão deslumbrantes! – Ela disse, reparando em suas amigas. As três eram as garotas mais bonitas e bem-vestidas da cidade.
Imediatamente, Bibi tomou o outro braço do Arturo, enquanto Jéssica saltitava à sua frente. As três o conduziram ao encontro dos rapazes do moto clube. Duas doses de whisky surgiram para eles. Cigarro, maconha e bebedeira à revelia. Chibs não gostou de vê-la ao lado de Arturo, mas, devido à sua total inaptidão no tratamento com as mulheres, sabia que era causa perdida.
Charming era o lugar mais louco do mundo. Só perdia para Las Vegas. Impressionante o fato de como uma feira municipal podia se transformar em um boteco ao ar livre. Aos poucos, Moe percebeu que Arturo era um Badboy. A tendência dela em se atrair por homens malucos era bem forte. Ela não se cansava de olhar as covinhas em suas bochechas, seu sorriso sacana, seus dentes perfeitos, o jeito com que seus olhos se estreitavam causava um bem-estar absurdo nela.
- Você está flertando com o príncipe da Disney, né amiga? – Bibi sussurrou, notando que Moe não parava de olhar para Arturo.
- Nós tivemos uma tarde incrível, ele é um gato, não tem como dispensar! – Moe admitiu, também sussurrando ao ouvido de sua amiga. As duas riram.
- Rolou alguma coisa? – Ela questionou, realmente interessada.
- Ainda não, mas, talvez aconteça! – Moe pontuou, tentando parecer casual, enquanto verificava se ninguém estava ouvindo.
- Claro que vai acontecer! – Bibi exclamou, revirando os olhos.
- Amiga, isso aqui não é cinquenta tons de cinza, tenha calma! – Moe sacaneou.
Arturo serviu mais uma dose para Moe, encarando seus olhos enquanto o fazia. Ele tinha um sorriso malicioso em seus lábios, e ela sabia que não resistiria caso as coisas esquentassem.
Nervous shakedown do AC/DC começou a tocar, e isso fez com que Moe vibrasse. Definitivamente, essa era sua banda favorita. O som consistente da guitarra base de Malcolm e o solo extremamente bem-feito de Angus levavam sua alma para um passeio no cosmos. Arturo percebeu que a gata gostava muito de todo aquele agito.
Dias atuais – 10:00 AM
Todas aquelas lembranças fizeram Moe entender o quanto gostava de Arturo, e que fazia todo sentido não querer perdê-lo. Quando se deu conta, estava sentada junto à ele na espreguiçadeira. Observando-o enquanto dormia. Ela acariciou as costas dele, sentindo seu coração arder. Os braços dele eram seu lugar seguro.
Como miséria pouca é bobagem, olhou para Chibs, que bebia e fumava feito uma caipora. Ela sabia que se desse qualquer brecha, ele se jogaria em sua cama, reavivando toda a loucura vivida em sua adolescência apocalíptica. O jeito maloqueiro, sem juízo dele ainda mexia com ela. Arturo e Federico eram bonzinhos demais perto dele. O escocês percebeu os olhares da morena, e acabou mostrando a língua, só para provocá-la.
- Gostosa! – Ele sussurrou, e ela pôde fazer uma leitura labial. Fredo observava a cena com espanto.
- O Argentino vai te matar! – Fredo disse à ele, rindo nervosamente.
- Vocês dois podem até tentar, mas, a Mônica sempre vai ser minha; estou emprestando ela pra vocês. Aproveitem! – Chibs sacaneou, e isso fez com que Marco, Jax, Tig e Opie gargalhassem, pois, sabiam que ele tinha razão.
- Ela não te quer mais! – Bianca exclamou, revirando os olhos.
- Conta isso pra ela! – Chibs sacaneou mais uma vez, rindo muito.
- Então, por que ela te bateu no jantar da Gemma? – Jéssica questionou.
- Foi reflexo, eu roubei um beijo! – Ele admitiu.
- Idiota! – As duas disseram ao mesmo tempo, caindo de tapa em cima dele. Moe ria observando a cena.
- Aposto que os dois vão brigar, e vocês já sabem nos braços de quem ela vai chorar! – Chibs disse, irritando ainda mais suas amigas. Ele abaixou seus óculos escuros até a ponta do nariz, dando uma piscadinha para Moe em seguida. A expressão tímida dela deixou as garotas chocadas. – Ela me ama!
- Convencido! – Vic exclamou, sem acreditar.
- Quer ver? – Ele perguntou, desafiando.
- Quero! – Ela disse, duvidando ainda mais.
Ele saiu da piscina, caminhando até Mônica, que começou a rir, afastando-se de Arturo para não o acordar. Chibs a abraçou, beijando várias vezes seu rosto. Ela parecia bastante confortável. Ele sinalizou para que ela montasse em suas costas, e assim ela fez, envolvendo seus braços no pescoço dele e suas pernas na cintura. Os dois voltaram juntos para a piscina. Victória ficou completamente estarrecida.
- Você me ama, Momô? – Ele perguntou, rindo.
- Muito! – Ela exclamou, beijando o rosto dele em seguida.
- Receba! – Chibs disse à Victória, rindo ainda mais. Moe acariciou o cabelo dele, com muito afeto, e isso assustou Fredo.
- O Argentino vai surtar! – Victória exclamou.
- Ele não tem ciúmes do escocês! – Moe disse, rindo.
- Claro, ele sabe que ninguém nunca vai me substituir! – Chibs sacaneou. Ela deu um tapinha no ombro dele.
- Foi por causa do escocês que você deu perdido no Gaguinho? – Tig questionou, gargalhando.
- Eu não dei perdido em ninguém, mas, digamos que sim, o Chibs me ensinou que esse lance de apego só dá merda! – Moe sacaneou, surpreendendo à todos.
- Essa doeu! – Chibs exclamou, rindo muito.
- Para gente, nós somos amigos! – Moe esclareceu.
- Amigos coloridos! – Chibs disse, sacaneando com ela.
- Palhaço! – Ela exclamou, rindo e descendo das costas dele, antes que a situação saísse de controle.
- Você ainda gosta dele, amiga? – Vic sacaneou, enquanto Fredo ficava aborrecido.
- Estaria sendo hipócrita se dissesse que não, porque, esse cretino faz parte da minha vida, mas, não sou mais apaixonada por ele. É só amizade mesmo! – Moe esclareceu, assustando ainda mais os presentes.
- Tu mente muito mal, mulher! – Chibs exclamou, fazendo cocegas nela.
- Essa história está longe de acabar! – Fredo disse, revirando os olhos.
- Pro seu azar, não é mesmo, Gaguinho? – Tig perguntou, sacaneando com ele.
- Vocês estão viajando! – Moe disse, tentando parar de rir.
- Não estão não. Eu só não fui visitar a Moe porque não tem jeito de pular as janelas do prédio! – Chibs comentou, abusando da malandragem.
- Realmente! – Moe concordou, apoiando sua cabeça ao ombro dele, abraçando seu braço em seguida. Ainda existia muito carinho entre os dois, era inegável. Chibs sentia muita falta disso, a atração entre eles sempre fora enorme. Fredo sentiu ciúmes.
- O coração dos Cortez é grande, cabe todo mundo! – Marco sacaneou, fazendo todos rirem; apenas Federico e Victória mantiveram a cara de bunda. Bibi sentiu que aquilo era um convite.
Bianca puxou sua amiga para o outro lado da piscina. Ela e Moe precisavam de privacidade para falar sobre o crescente interesse da aquariana em Marco. Após descobrirem que Valério era um traidor, com certeza o noivado viria à baixo. Bibi gostaria muito de consolá-lo.
- Ai amiga, eu quero muito pegar o Marquinho! – Ela exclamou, parecendo realmente determinada.
- Se você quer muito, não posso impedir! – Moe disse, rindo.
- Não é pra impedir, é pra me ajudar! – Bibi pontuou.
- Você quer se vingar do Jax, não é? – Ela questionou.
- Sim e não, o Marco é gostoso, vai ser vantagem pra mim! – Bibi admitiu, rindo muito.
- Tem que ver até que ponto, porque você ama o Jax! – Moe declarou, ponderando sobre o assunto.
- Por isso que você está mantendo o Gago e o Chibs na geladeira? Tá amando o Argentino? – Bibi questionou.
- Amando é muito forte, amiga. Digamos que eu gosto dele pra caralho! – Ela admitiu, sorrindo de um jeito sacana.
- Você é muito teimosa, mana, admite logo. Vocês vão morar juntos! – Bibi pontuou, revirando os olhos.
- Não é uma selva de pedra, meu compadre, Sabota? – Moe sacaneou, gargalhando.
- É zona sul, maluco, cotidiano difícil; mantém o proceder, quem não manter tá fodido! – Bibi completou, rindo muito também.
Victória e Jéssica se aproximaram, notando que suas amigas estavam fofocando sem elas. Bibi e Moe mudaram de assunto imediatamente, porque a Jéssica as explanaria para o Opie, assim, a merda estaria feita. Elas acenderam um baseado, desbaratinando.
- Você tem certeza sobre o passo que está dando, amiga? – Jéssica questionou Moe, preocupando-se.
- Minha vida mudou vertiginosamente rápido, quero ter alguém em que possa confiar, ter estabilidade, construir uma família! – Moe admitiu, olhando para seu namorado, que ainda dormia tranquilamente, apesar da esbórnia que o rodeava.
- Eu entendo, mas, acha que o Arturo é o cara certo? – Jess insistiu.
- Sim amiga, ele é ótimo comigo! – Moe comentou, sorrindo.
- Você tomou essa decisão se baseando na razão ou na emoção? – Ela perguntou. Jéssica sempre tentava entender suas amigas.
- Mais na razão do que na emoção. Sinto um carinho enorme por ele e sei que vamos ter uma vida muito boa juntos. Nós fizemos planos, decidimos o que vai ser de nós daqui pra frente, o que é muito importante. Não quero que meus filhos presenciem as coisas que eu e meus irmãos fomos obrigados à presenciar ao longo da vida! – Moe desabafou.
- Nossa, sinto muito, eu não imaginava! – Jess lamentou.
- Meu pai é muito bom pra nós, eu o amo, mas, ele é completamente desequilibrado. Minha mãe se casou por amor, mas, no fim, jogou tudo pro alto. Daí em diante, foi só ladeira abaixo! – Ela esclareceu.
- Você é uma das pessoas mais sábias que conheço, então, acho que faz sentido agir na razão! – Bibi comentou.
- Sinceramente, agradeço aos céus pela quietude do Arturo. Por mais que esteja envolvido em coisas terríveis, não se deixa levar e mantém a cabeça no lugar! – Moe pontuou, voltando a olhar para ele.
- Acho que ele será um bom pai, amiga! – Jess exclamou, afinal, o conhecia há pouco mais de quatro anos.
- Ele pensa em viver para ver crescer nossos filhos e netos, o que é muito mais do que se pode esperar dos caras na mesma posição em que ele está! – Moe comentou. Victória engoliu em seco.
Fredo se aproximou pelo lado de fora da piscina, pedindo a Moe que o seguisse por um instante. Ele gostaria de conversar, esclarecer algumas coisas, entender o que aconteceu nos últimos dias. Ela aceitou conversar, mas, não iria muito longe. Os dois se acomodaram na mesa do jardim, abaixo do guarda sol. Ele os serviu com doses de whisky, depois acendeu um cigarro.
- Desculpe por isso, não quero que pense que estou te cobrando, só quero saber o que está rolando! – Ele esclareceu. Moe cruzou suas pernas, acendeu um cigarro também, fazendo uma pausa retórica antes de responder.
- Por que eu pensaria isso? – Ela questionou.
- Porque te chamei para conversar! – Fredo disse, rindo.
- Eu tenho que fazer escolhas difíceis, me desculpe por te colocar nessa posição, mas, preciso que esteja focado no comando e no seu papel em toda essa história. Quero que esteja ao nosso lado nesse novo caminho! – Moe explicou.
- Sempre estarei com vocês, não importa o que aconteça! – Fredo pontuou, reafirmando sua lealdade.
- Quero levar os negócios para um rumo mais legítimo e acabar com o banho de sangue! – Ela comentou, bebendo um pouco de sua dose.
- As reuniões com o Galindo têm à ver com isso? – Fredo perguntou.
- Sim, pretendo mudar as coisas, ele pode ser útil aos nossos propósitos! – Moe exclamou.
- Por que me deixou de fora? – Ele questionou, parecendo preocupado.
- Não quero que se exponha, trabalhamos muito para que tivesse sua identidade preservada. O Marco vai assumir a posição do Caio, e o Arturo vai ajudar com o treinamento dele! – Ela respondeu, tragando profundamente.
- E quanto ao Ortega? – Fredo iniciou a conversa pensando em seu romance fracassado, mas, agora, estavam tratando de negócios, como costumava fazer com Raul.
- O Gilmar está cuidando dos detalhes, vamos agir com calma, sob planejamento. Nada de ataques repentinos! – Moe pontuou.
- É uma boa! – Ele exclamou, concordando com ela.
- Os homens do Galindo vão assumir os negócios do Ortega. Agora eles trabalham pra nós, mas, essa parte é sigilo! – Ela comentou.
- Significa que vamos expandir? – Fredo perguntou, rindo.
- Significa que nós dois vamos ter que pedalar muito pra ocultar o aumento exorbitante no faturamento. Felizmente, temos a oficina do Lucas e uma possível grife que a Bianca quer abrir! – Moe comentou, matando sua dose.
- Sonora também pertence à nós?
- Não só ele e o Galindo como todas as plantações da Colômbia e da Bolívia; Os Mayans e os Filhos vão nos ajudar, mas, tenho que investir em toda e qualquer coisa que puder imaginar. O Otto e o Arturo vão cuidar da tecnologia, vai aliviar um pouco a pressão! – Ela disse, rindo.
- Meu pai pode ter algumas ideias também, ele está em Nova York, seria uma boa marcar uma reunião! – Fredo comentou.
- Pode crer! – Ela concordou.
Raul e Denise se aproximaram dos dois, tomando um lugar nas cadeiras vazias a seu lado. Fredo e Moe encerraram a conversa. Ela não gostaria de envolver sua madrasta nas novidades em seus negócios. Os dois se despediram, voltando para sua casa.
Domingo, 05:00 AM
Após a noite eletrizante, Bianca se esgueirou pelo corredor, dirigindo-se ao quarto de Marco. De certa forma, ele mexia com a imaginação dela, e sua implicância com o mesmo tinha uma ponta de desejo implícito. Ela abriu a porta do cômodo e entrou, as cortinas estavam fechadas, mas, havia uma penumbra que se insinuava. Ele estava dormindo, de bruços, abraçado com seus travesseiros, os lençóis revirados cobriam apenas a cintura dele, deixando a maior parte de seu corpo exposto.
Ela se aproximou da cama na ponta dos pés, afinal, ainda não tinha certeza sobre o que estava fazendo. Ela o observou por alguns instantes. A curiosidade estava tomando conta dela, tudo quanto é proibido é mais gostoso e ela sabia bem disso. Ela abandonou sua lingerie de renda ao lado da cama, em seguida acomodou-se com cuidado ao lado dele.
O perfume dele a estava enebriando, o espanhol de sangue quente e corpo extremamente definido levava a razão de qualquer mulher embora. Seu jeito debochado e cretino de ser a enlouquecia, sem sombra de dúvidas. Ela acariciou as costas dele com a ponta dos dedos, sentindo sua musculatura. Despida e sem juízo, o abraçou, tocando seu abdômen em seguida. Para sua completa surpresa, sentiu o braço dele vir sobre o seu, acariciando sua pele, até entrelaçar seus dedos com os dela.
Bibi temia ser repreendida, mas, tinha coragem, então, beijou o pescoço dele. Ainda com os olhos fechados ele sorriu. Após alguns instantes, abriu os olhos, vendo Bianca. O coração dele disparou no mesmo instante, sentindo os mamilos dela roçando contra a pele nua de suas costas. Ele ainda estava assustado, mas, achou melhor não fazer nenhum movimento brusco. – À que devo a honra da visita? – Perguntou, rindo nervosamente.
- Cala a boca! – Ela disse, montando nas costas dele. Ela se deitou sobre ele, beijando seu rosto e dando uma leve mordida em sua orelha. Isso o fez estremecer. Ela acariciou os braços dele, demorando-se em seus bíceps. As mãos dele correram pelas pernas dela, ao final, ele agarrou seus tornozelos.
- Por essa eu não esperava! – Ele sacaneou. Bibi revirou os olhos.
- Deixa de ser chato! – Ela sussurrou, dando uma mordidinha na bochecha dele.
- O que você quer? – Ele perguntou, rindo.
- Não é obvio? – Ela disse, revirando os olhos outra vez.
Marco se virou embaixo dela, ficando de barriga pra cima. As mãos dela pousaram sobre o peito dele e os dois se encararam por um instante. Logo depois, um sorriso sacana brotou nos lábios dele, e as covinhas em suas bochechas mexeram com ela. Ele acariciou as coxas dela com as pontas dos dedos, deixando sua pele arrepiada no caminho.
Ela agarrou os punhos dele, elevando-os à cima de sua cabeça, em seguida, veio sobre ele, mordendo seu lábio inferior. O beijo rolou, e era muito melhor do que ela poderia esperar. Seus quadris começaram a se movimentar, aumentando o atrito entre sua intimidade e o membro dele. Ele agarrou a bunda dela, vez em quando dando leves tapinhas.
- Tira essa cueca logo, vagabundo! – Ela exigiu, fazendo-o rir entre os beijos. Ele a obedeceu. Ela se sentou sobre as coxas dele, admirando sua ereção. Ele sentou na cama, puxando-a para si e beijando intensamente.
- Esquentadinha! – Ele disse, estimulando a intimidade dela com a ponta do polegar direito. Ela gemeu e arqueou a coluna, enquanto ele brincava, lambendo e mordiscando seus mamilos. Ele acelerou o movimento de seu dedo, fazendo-a viajar.
Bibi se apoiou nos joelhos dele, com a cabeça inclinada para trás, contorcendo-se sob seu toque. Com uma das mãos ele a masturbava e com a outra beliscava seus mamilos. Após alguns minutos, ela gozou espasmodicamente, tendo de tapar a boca, para não gemer muito alto.
Quando ela se recuperou, ele a penetrou devagar, segurando seu quadril com firmeza e puxando-a para si. Ela envolveu seus braços no pescoço dele, repousando a cabeça sobre seu ombro. Ele ouvia seus gemidos bem próximo ao seu ouvido, enquanto estocava com gentileza. Apesar de sua surpreendente ousadia, ele tinha muito carinho por ela, por isso, foi cuidadoso.
Ela se apertou em torno dele, fazendo-o suspirar. Ele beijou várias vezes o rosto e o pescoço dela, tentando manter o controle. As unhas dela cravaram na pele dos ombros dele, enquanto movimentava sua cintura, aumentando a profundidade das penetrações. O intervalo entre seus gemidos estava diminuindo, então, antes que ela gozasse, ele tirou. Bibi não gostou.
Marco a deitou na cama, vindo sobre ela, separando suas pernas, e encaixando-se no meio delas. Ele colocou a ponta, penetrando parcialmente, mas, com um pouco mais de velocidade. – Põe tudo! – Ela implorou, tentando puxá-lo.
- Não quero te machucar, pequena. Você é muito apertada! – Ele disse, beijando-a em seguida. Ela gemeu ainda mais ao ouvi-lo falar assim. Ele fechou as pernas dela, virando-as de lado. Isso aumentou a sensação dela. Bibi agarrou os lençóis. Ela ficou ainda mais apertada, dificultando a vida dele.
- Mete gostoso! – Ela implorou. Ele a atendeu, deitando-se ao lado dela e a envolvendo em seus braços. Ele colocou tudo, e ela teve de tapar a boca novamente. Isso o fez rir.
- Assim? – Ele sacaneou, estocando com vontade. O corpo dela começou a tremer.
- Ai minha boceta, caralho! – Ela gemeu, pulsando em torno dele. Ele lambeu o pescoço dela e deu uma mordidinha em sua mandíbula.
- Goza pra mim, safadinha! – Ele pediu, segurando o pescoço dela. Ela empurrou seu quadril contra ele, sentindo uma corrente elétrica percorrer seu corpo, antes de gozar novamente.
- Que piroca gostosa! – Ela admitiu, mordendo o lábio e voltando a gemer. A cabeceira da cama estava batendo violentamente. Ela abriu as pernas, e o membro dele escapou. A intimidade dela jorrou, suas pernas tremeram, a surpreendendo.
Ele se ajoelhou na cama, penetrando-a novamente, só que dessa vez, ele foi sem massagem. Sua mão voltou a se envolver no pescoço dela, apertando um pouco mais. No fundo, era isso mesmo que ela queria, despertar o lado cafajeste dele. Sem dúvidas, essa entraria para a lista de melhores fodas da vida dela. Ela ficaria ardendo por uns dois dias, mas, isso não a preocupava. Toda vez que se sentasse, sentiria saudades.
- Cachorra! – Ele disse, gemendo, antes de tirar seu membro, gozando sobre a bunda dela em seguida. Ele desceu da cama, cambaleando, e isso a fez rir muito.
- Que delícia! – Ela sacaneou, piscando e passando os dedos por sobre o esperma dele. Exibindo-o em seguida.
Ele colocou as mãos sobre o peito, sentindo seu coração saltar. Ele respirou fundo, puxando o lençol e enrolando em sua cintura. – Satisfeita? – Marco perguntou, arfando.
- Acho que lá pela terceira ou quarta, vamos descobrir! – Ela disse, levantando-se e caminhando até ele.
- Tá cheia de fome, não é, minha deusa? – Ele perguntou, rindo e puxando-a para seu abraço. Eles se beijaram, antes de ir para o chuveiro.
Durante o café da manhã, eles agiram naturalmente, como se nada tivesse acontecido. Para sorte deles, toda bebedeira do final de semana havia apagado os demais ocupantes da casa, que não foram capazes de ouvir a festinha particular dos dois pilantras.
Moe se sentou no colo do Arturo, envolvendo seus braços em torno do pescoço dele. Ela deu vários beijos em seu rosto, antes de repousar a cabeça em seu ombro. Após todo o salseiro, até mesmo ela estava cansada, e ainda sonolenta.
- Tá com sono, linda? – Ele sacaneou com ela.
- Não tô aguentando ficar com os olhos abertos! – Moe comentou, rindo.
- Uma hora ou outra a conta chega! – Arturo disse, rindo também.
- Capricorniano sempre pensando em contas! – Bibi sacaneou com ele.
- Alguém tem que pensar, não é? – Ele respondeu, bebendo seu café.
- Chato, vai estragar a minha amiga! – Bibi disse, mostrando a língua para ele em seguida. – Pode acordar, Mônica!
- Ai amiga, eu tô morta! – Moe disse, bocejando.
- Chata! – Bibi sacaneou.
- O que mais você quer fazer, Bibi? Tá fervendo há uma semana já! – Vic disse, rindo.
- A Bianca é um furacão! – Marco exclamou, entregando uma xícara de café para ela e rindo de um jeito sacana.
- Meu fígado morreu! – Fredo disse, esfregando o rosto. Aparentemente todos estavam cozidos.
- Vocês são muito fracos! – Bibi comentou, revirando os olhos.
- Inimiga do fim! – Fredo exclamou, rindo muito.
- Se o Alê estivesse aqui, vocês iam ver o que é fervo! – Bibi disse.
- Misericórdia! – Fredo desabafou. – Não vejo a hora de chegar em casa, vou afundar na cama, sem previsão de retorno!
- Você vai começar dormindo no avião! – Vic sacaneou, dando um tapinha no ombro dele.
- Sem chance de eu deixar vocês irem embora! – Bianca exclamou, aborrecendo-se.
- Bem que gostaríamos de ficar, mas, deveríamos ter ido ontem com o Werneck e o Treze! – Vic comentou.
- Odeio vocês! – Ela disse, revirando os olhos outra vez.
- A gente te ama, Bibi! – Fredo pontuou, rindo do jeito dela.
- Quem vai levar vocês pra Los Angeles? – Bibi questionou.
- Nós! – Arturo esclareceu. Referindo-se a ele e Mônica.
- Eu vou junto! – Ela exigiu.
- Vamos perder o voo! – Fredo sacaneou. Todos riram.
- Pra mim vocês nem tinham que ir! – Bibi comentou.
- Relaxa, amiga, a gente vai se ver de novo! – Vic sacaneou.
- Alguém tem que trabalhar nesse caralho! – Fredo disse, rindo ainda mais.
- Chato! – Bibi exclamou.
- Eu quero passar a noite em LA, com meu boy, só sei disso! – Moe comentou, rindo de um jeito sacana, em seguida, deu um selinho em Arturo.
- Isso amiga, faz inveja pra gente! – Bibi sacaneou.
- Tomara que ele broche! – Vic disse, rindo muito.
- Vira essa boca pra lá! – Arturo disse, batendo três vezes na mesa.
- Palhaças! – Moe exclamou, rindo.
- Impossível brochar com essa gostosa! – Arturo comentou, dando um tapinha na bunda de sua namorada.
- Ai imbrochavel! – Bibi sacaneou, rindo muito.
- Vocês não prestam! – Marco disse, gargalhando.
- E você Marquinho, é imbrochavel também? – Vic perguntou.
- Ele é, amiga! – Bibi comentou, piscando para ela de um jeito sacana.
- Caralho! – Fredo exclamou, gargalhando.
- Essa noite em LA vai render! – Vic comentou, sacaneando.
Eles tomaram seu café no clima de zoeira. Mas, Bianca queria mesmo é que Cecília se arrombasse. Sua confissão surpreendeu Marco. Eles subiram para os quartos, se preparando para o rolê que viria.
Moe e Arturo deitaram no sofá, para aguardar seus amigos. Obviamente, os amassos começaram. Os dois se abraçaram, engatando em beijos quentes. – Tu quer passar uma noite comigo, minha vida? – Ele perguntou, entre o beijo.
- Claro amor, nós precisamos de uma noite sozinhos! – Ela disse, mordendo o lábio inferior dele.
- Concordo plenamente, linda! – Arturo exclamou, segurando a parte de trás do cabelo dela.
- Se você me pegar assim, vou ter que te dar aqui mesmo! – Moe sussurrou, rindo de um jeito sacana.
- Que delícia! – Ele respondeu, rindo. Ela cravou as unhas nas costas dele.
- Vou te quebrar hoje! – Moe disse, beijando-o em seguida.
- Promessa é dívida, eu vou pirar contigo se não rolar! – Arturo sacaneou, beijando o pescoço dela.
- Claro que vai rolar! – Ela exclamou, acariciando o cabelo dele.
Bibi se aproximou, dizendo: – Vocês adoram um sofazinho, não é?
- Pode crer, amiga! – Moe disse, apertando seu namorado. Ela envolveu suas pernas em torno da cintura dele. – Hoje vai ter caminha também! – Os três riram.
- Safada! – Bibi disse, dando um tapa na bunda da amiga.
- Bora povo? – Vic chamou, enquanto se aproximava também. Fredo e Marco vinham logo atrás, trazendo as malas.
Moe e Arturo se levantaram, pegando suas coisas e caminhando rumo à saída. Eles foram seguidos pelos demais. Los Angeles sempre prometia, e eles sabiam perfeitamente. A Mercedes G63 dos Cortez foi carregada com as bagagens, e ocupada pelos seis. Eles partiram para a capital da curtição.
Vic e Fredo sentiriam falta da Califórnia, muito mais do que gostariam de admitir. Eles não queriam de ter que voltar pra casa antes dos demais, mas, sabiam que era necessário. Por trás de seus óculos escuros, escondiam a insatisfação da partida. Nada aconteceu como eles esperavam, felizmente, tiveram uma grata surpresa. Isso é que deixava o gostinho de saudade e o leve aperto no peito.
14:00 PM – Los Angeles, CA
Quando chegaram ao aeroporto, despediram-se à contragosto. Moe e Arturo, Bibi e Marco, seguiram ao seu bistrô à beira mar preferido. Frutos do mar, doses de tequila e muita brisa salina. Optaram por passar a tarde na praia, jogando conversa fora e apreciando as gaivotas que pescavam alegremente. Os quatro gostariam que Vic e Fredo ainda estivesse ali. Contra todas as expectativas, tornaram-se próximos.
Marco e Arturo resolveram jogar um futevôlei, enquanto as garotas conversavam, e observavam a cena. Bibi estava animada com seu recente envolvimento com o Marquinho. Moe sabia que não era um lance com futuro, mas, desde que seu irmão e sua amiga não se magoassem, estava tudo bem.
- Ai amiga, nunca pensei que ele fosse tão de boa! – Bibi admitiu, olhando para o Marco.
- Ele é, amiga! – Moe comentou, rindo.
- Nunca quis ficar porque pensei que fosse apegado e os caralhos, mas, ele é muito tranquilo! – Ela admitiu.
- Que ótimo, estou feliz com isso! – Moe disse, acendendo um cigarro.
- Quem não vai ficar feliz é o Jax! – Bibi sacaneou, rindo muito.
- Sei que se conselho fosse bom, não se dava, mas, é melhor tu não ir por esse caminho! – Moe exclamou, rindo.
- E o que você sugere? – Ela questionou.
- Que vocês curtam seu envolvimento, só os dois, sem arrastar ninguém no processo! – Moe esclareceu, tragando profundamente, antes de beber um pouco de sua cerveja.
- Realmente, o que os olhos não veem o coração não sente! – Bibi sacaneou.
- Se você está ficando com o Marco para se sentir vingada, já foi, está feito! – Moe comentou.
- Não é só por isso, amiga; ele ficou bonito aos meus olhos esses dias, porque curtiu, se envolveu com a galera sem frescura! – Bibi explicou.
- Caralho, é isso, faz por você! – Moe disse, animando-se.
Ela observou Arturo, lembrando-se do primeiro aniversário que passou com ele. Moe gostava de fazer alguns arrombos, e nada era muito quando seu intuito era impressionar o objeto de seu desejo. Aquele magrinho safado a enlouquecia, e só de pensar, ficava excitada. Ela jamais se arrependeria de ter utilizado todas as armas disponíveis para tê-lo ao seu lado. Lamber seus oblíquos esculpidos valia muito à pena, ela acreditava.
12 de Janeiro de 2020 – Domingo, 20:00 PM – Charming, CA
Moe havia comprado uma Lamborghini Sián Roadster de aniversário para Arturo. Mesmo que ele não quisesse comemorações, pois odiava a data, ela fez questão de providenciar um presente de respeito. Esse seria o primeiro de muitos. Quando a máquina chegou, ele nem desconfiava. Elogiou a escolha da cor, pois, gostava de roxo. As pinças dos freios combinavam com a lataria e os aros em carbono deixavam a nave ainda mais insana.
- Vamos testar? – Ela sugeriu, entregando a chave à ele.
- Porra, agora! – Ele respondeu, animando-se.
Arturo abriu a porta do passageiro para ela, completamente energizado. Acomodou-se no lado do motorista, e a partida a frio do motor italiano os fez estremecer. Ambos afivelaram os cintos, prontos para zarpar, rumo à extrema velocidade que a nave poderia oferecer.
Ele esticou na autoestrada, o V12 atingiu os 441km/h colando-os aos bancos. Ele sorria como uma criança com um brinquedo novo. Moe percebeu que havia acertado e muito no presente. Alguns quilômetros à frente, ele reduziu as marchas, apenas para ouvir o os escapes roncando com o corte de giro.
- Esse carro é um monstro! – Arturo exclamou, gargalhando.
- Gostou, amor? – Moe perguntou, tentando parecer casual.
- Pra caralho! – Ele comentou, divertindo-se muito com a situação.
- Você teria um desses? – Ela perguntou, sorrindo de um jeito sacana.
- Lógico! – Arturo declarou.
- Que maravilha. Odiaria ter que devolver seu presente! – Moe disse, rindo.
- Tá de sacanagem? – Ele perguntou, sem acreditar.
- É seu! – Ela exclamou, inclinando-se para beijar o rosto dele. Alguns minutos depois, ele parou no acostamento.
- Cê tá falando sério? – Arturo questionou, encarando-a, muito surpreso.
- Claro que sim, amor. Você não gosta de comemorar, mas, não falou nada sobre presentes, então, achei que seria apropriado! – Ela disse, segurando o rosto dele em suas mãos, beijando-o em seguida.
- Porra, mas, presente é uma camiseta, um relógio, entradas para o jogo dos Patriots, isso aqui é foda pra caralho! – Arturo comentou, sem saber como reagir.
- Eu sei o quanto você gosta de carros esportivos, quis fazer um pequeno agrado! – Moe exclamou, acariciando o rosto dele.
- Quero nem ver quando inventar de fazer algo grande! – Ele disse, sacaneando.
- Daí você vai ganhar uma mamada! – Moe sacaneou de volta.
- Você não existe! – Arturo exclamou, rindo muito, antes de beijá-la.
- Feliz aniversário, lindinho! – Moe disse, apertando-o junto à si.
Os dois estrearam o carro, transando ali no acostamento mesmo. Depois foram até o clube, beber e desbaratinar com o resto do pessoal. Ao voltarem para casa, altas tantas da madrugada, encaminharam-se para o quarto dela. Moe caprichou nos detalhes do presente, entregando-se à ele até o amanhecer.
Dias atuais – 17:00 PM
Moe suspirou, imaginando Arturo sem roupa, no meio de suas pernas. Sua pele estremeceu, pensando no quanto gostaria de consumi-lo novamente. Apesar de todo o carinho, eles tinham muito fogo, e com certeza isso influenciava seu julgamento. Vez em quando ele lançava um sorriso sacana para ela, incendiando ainda mais seu interior.
- Eu amo foder com ele, amiga! – Moe comentou, fazendo Bibi cuspir sua cerveja, gargalhando.
- Safada! – Ela exclamou, tentando se conter.
- Ele é uma delícia e faz do jeito que eu gosto! – Moe disse, rindo também. – Não consigo olhar pra ele e não pensar naquela piroca gostosa!
- Que delícia! – Bibi declarou, dando um tapinha no ombro de sua amiga.
- Eu fico pensando nele sem roupa o tempo todo, é foda! – Moe admitiu, mordendo o lábio inferior, sentindo sua intimidade esquentar.
- A melhor coisa é sentir tesão por quem estamos namorando! – Bibi comentou, concordando com ela.
- Sempre evitei pensar nele enquanto estava em NY, porque a distância iria me ferrar, mas, toda noite rolava uma homenagenzinha! – Ela disse, rindo ainda mais.
- O Gaguinho se arrombou nessa! – Bibi exclamou, rindo alto.
- Muito! – Moe pontuou, pensando no salseiro que aprontavam.
- Vai casar com ele? – Bibi questionou, animando-se.
- Claro, eu quero ser bem comida! – Moe admitiu.
- Foder gostoso é tudo! – Bibi exclamou.
- Até agora ninguém superou! – Ela pontuou, com muita convicção.
Moe se levantou, caminhando até Arturo, pulando em seu colo em seguida. Ela envolveu suas pernas em torno da cintura dele, beijando-o intensamente. Ele a agarrou, um tanto surpreso com sua atitude. Bibi e Marco se entreolharam, espantados, percebendo que o clima entre os dois iria esquentar e muito.
Os quatro decidiram ir para o hotel, afinal, não gostariam de ser presos por atentado ao pudor. Marco e Bibi ocuparam as posições dianteiras no carro, enquanto Moe e Arturo ferviam nos bancos de trás.
- Cê é mesmo filha do teu pai, Mônica! – Marco sacaneou, olhando brevemente pelo espelho interno do carro.
- Falando nele! – Bibi exclamou, vendo o celular de Marco tocar, sinalizando “pai” no identificador de chamadas.
- Atende aí, por favor! – Ele pediu e Bianca o fez.
- Fala Chatonildo! – Ela sacaneou, rindo dele.
- Cadê o Marco? – Raul questionou, estranhando o fato de ela ter atendido ao telefone dele.
- Ele está dirigindo, vou colocar no falante! – Bibi respondeu.
- Boa pai, qual foi? – Marco perguntou, rindo também.
- Onde vocês estão, seus porras? – Raul questionou, parecendo preocupado.
- Viemos à Los Angeles trazer a Victória e o Gago para pegar o voo de volta pra NY! – Ele respondeu, ainda prestando atenção ao trânsito da Sunset strip.
- Custava avisar que iam sair? – Raul exigiu.
- Caralho, esqueci geral! – Marco comentou.
- Tô vendo mesmo. Cadê a Moe? – Ele questionou.
- Ela está aqui com a gente! – Bibi comentou.
- Salve, Juju! – Moe disse, rindo.
- Oi amor. Você está bêbada? – Raul perguntou, rindo.
- Só um pouquinho. Estamos dando um rolezinho pela Sunset! – Moe respondeu, acomodando-se entre os bancos da frente.
- Nem me chamaram, tô puto! – Ele pontuou.
- Quem tá casado fica em casa, e os solteiros comemoram! – Bibi sacaneou.
- É assim? Se vocês forem à Whisky, vou levar pro coração!– Raul disse, gargalhando.
- Que nada, vamos pro hotel agora! – Marco comentou, enquanto Bibi acendia um baseado.
- Claro que vamos à Whisky! – Bibi disse, provocando-o, antes de tragar e passar para Marco.
- Nós vamos? – Ele perguntou, sorrindo de um jeito sacana, enquanto pegava o cone.
- Odeio vocês! – Raul disse, invejando-os.
- Eu também odeio vocês! – Jordie reclamou, enquanto passava perto de seu pai, deitando-se no sofá com ele e Vilma Tereza. A cadelinha rosnou, sentindo ciúmes de seu dono.
- Invejosos! – Moe sacaneou.
- A Vilma já voltou? Como ela está? – Arturo perguntou, e os latidos animados dela responderam a pergunta. Ela conhecia a voz dele.
- Sim, ela está bem! – Jordie disse, tentando passar a mão nela, mas, seu rosnado a impediu. – Ciumenta!
- O papai é meu! – Moe sacaneou a Pug da família. Ela definitivamente não gostava de mulheres, por isso, latiu nervosamente, deitada sobre o peito do Raul.
- É mentira filha! – Raul respondeu, tentando acalmá-la. Ela lambeu o rosto dele.
- Morde a Joe, Vilma! – Marco pediu, rindo muito.
- Moleque atormentado! – Jordie disse, revirando os olhos.
- Quando vocês voltam? – Raul perguntou.
- Amanhã! – Marco exclamou.
- Talvez! – Moe sacaneou.
- É daqui pra NY, Chatonildo! – Bibi continuou a zoeira. Marco passou o beck para Moe, que tragou profundamente, tentando não rir.
- Cês não são loucos! – Ele exclamou, duvidando.
- Será? – Bibi adorava irritá-lo.
- É zoeira, pai, a gente volta amanhã! – Moe disse, passando o cone para Arturo.
- Estraga prazeres! – Bibi reclamou.
- Juízo seus putos. Até amanhã! – Raul disse, despedindo-se.
- Até, Juju! – Os quatro falaram, em coro. Encerrando a chamada.
Moe pegou o celular de sua amiga, colocando La Fama, para estrondar os falantes do carro com Rosalía. A ideia de ir até a Whisky rondava as mentes deles, afinal, a noite californiana fora feita para curtir. Eles já estavam lá, seria um desperdício deixar a oportunidade passar.
Bibi não tinha certeza se queria deixar seu Estado de origem para trás, mesmo sabendo que deveria alçar novos voos. Ela tinha noção de que sua melhor amiga sentia muita falta de casa. Pensava que poderia vir a sentir o mesmo.
Eles chegaram ao hotel, fazendo check-in. Moe e Arturo ficariam juntos, assim como Bianca e Marco. Cada qual em sua suíte. Quando a noite caiu, voltaram a se encontrar no saguão, prontos para estrondar mais uma vez. Raul sabia que eles ateariam fogo na falha de San Andreas.
Marco não sentia falta de Cecília, e isso o fez questionar suas intenções de subir ao altar. Os últimos dias cheiravam à álcool, maconha e liberdade. Há tempos não sentia isso. Estar vivo fazia bem à ele, e sabia que poderia segurar o reggae muito bem.
Enquanto Me lambe, do Raimundos tocava no carro, eles se esbaldavam, rumo à boate mais louca da cidade. Ninguém poderia segurar o quarteto de malucos. Quando o assunto era meter o louco, eles davam aula. Toda sagacidade herdada de Raul tomava conta deles; ele era o mestre da maresia. As luzes e letreiros se insinuavam, deixando o clima ainda mais quente.
A juventude inerente à toda alma rebelde, vem da gaia ciência, ensinada por Nietzsche, em seus ensaios mais sinceros. Saber quando calar, e quando falar, saber quando levar tudo às raias do absurdo. Quase sempre a resposta é a mesma, a vida e a morte dançam juntas, um maravilhoso paradoxo, sobrepondo-se, como o spin do elétron que ocupa todos os estados ao mesmo tempo.
Ao adentrarem a boate, rumaram ao bar, pedindo garrafas de whisky, tequila com limão e sal. O resto do mundo que se arrombasse, assim pensavam. Acomodaram-se em uma mesa na área de fumantes. Cigarros à postos, baseados fumegando, doses rolando. A vida lancinante deles despertava todo tipo de sensação aos demais. O lar das crianças hereges sempre causava espanto.
Só para loucos, isto é só para os raros!
Diógenes teria orgulho do cinismo deles. Dos baseados, não sobrava nem a beata, das doses, até o último gole. Victória e Federico, dormiam, aguardando a sinistra segunda-feira, mas, os quatro não sentiram seus efeitos. Madrugada à dentro, seguiram sem juízo.
Bianca ignorou as ligações de Jax; à exemplo de Mônica, o colocou na geladeira, para que pudesse vivenciar seu lance com Marco plenamente. As duas eram peritas em dar pinote. Romantismo não era o foco, mas, a sacanagem sim.
Se Nova York mudava as pessoas para o mal, a Califórnia realçava sua malandragem. Costas opostas, cada qual com seu ponto de vista. Riqueza exorbitante, inimizade com o fim, ânimo para arrombar todo um país. Oscilando do céu ao inferno, os envolvidos tentavam se manter inteiros, resistir às boas e más escolhas que faziam.
Na mesa da boate, Marco jurou cortar laços com seu antigo eu, preparando-se para aprender de Arturo e Fredo tudo que pudesse sobre ser um gangster. Quando deixou Paris, deixou seu medo. Imaginando que em algum momento, teria de vestir um pijama laranja e talvez fixar residência em alguma penitenciária, como decorrência de sua decisão. Era tudo o que Cristina mais temia, ter seus filhos seguindo tão fielmente os passos do pai.
Ele também dispensara as ligações de sua mãe e noiva, que à este ponto, imaginavam o pior. Mônica e Marco estavam focados em seus deveres como frente do comando, aproveitando o que de melhor essa vida tinha à oferecer, mas, sabendo que o fim poderia ser extremamente sangrento.
A visita de Filipe os fez sentir o peso de seu nome, e a responsabilidade que vinha com ele. Muitas pessoas estavam sob suas ordens. Enquanto os dois brindavam, Bianca e Arturo os observavam, vivendo uma unificação de vontades jamais vista.
O estoicismo dos dois influenciava os pensamentos alheios, e eles sabiam disso. O verdadeiro líder vai à guerra com seus soldados, não apenas assiste do camarote. Este era mais um dos ingredientes do sucesso no comando.
Bianca revelou sua indecisão quanto à mudança, mas, os irmãos garantiram que teria o tempo que precisasse para pensar. Raul e Rebeca estavam sendo substituídos por Marco e Mônica, e em algum tempo, estes também cederiam seus postos aos seus descendentes.
O grande mecanismo nunca para, e os agregados da família Cortez sempre os ajudaram a suportar o fardo, portanto, eram selecionados à dedo. Recompensa nem sempre é tudo, mas, lealdade, isso sim é ouro em sua visão. Estar no topo cobra seu preço, todos eles tinham isso em mente.
Moe sabia que sua persona voltara ao normal, os ventos da costa oeste centraram seu espírito. Matar seu primeiro inimigo também tinha sua parcela nisso. Se dissesse à Mônica de algumas semanas atrás o que aconteceria, ela riria muito, cogitando a hipótese de estar louca num futuro próximo.
Segunda-feira, 06:00 AM
A boate estava prestes à fechar as portas quando os quatro maloqueiros à deixaram. Procurando outro canto para continuar sua farra. A praia deserta parecia o melhor lugar na opinião de todos.
Eles estacionaram o carro de qualquer jeito, indo direto para a praia. Deixaram seus sapatos pelo caminho. Arturo e Marco abandonaram suas camisetas, dobraram as barras de suas calças. Moe carregava uma garrafa de whisky em uma das mãos e na outra, segurava a mão de seu namorado. Em determinados pontos correram pela água, em outros, pela areia. Depois, sentaram-se de frente para o mar, observando o tom púrpura do céu, reagindo aos primeiros raios de sol do dia.
Bianca e Marco estavam em seu próprio mundo. Arturo colocou seu braço direito sobre os ombros de Moe, puxando-a para seu abraço, sussurrando em seu ouvido: – Você foi a melhor coisa que me aconteceu! – Ela deixou a garrafa na areia, segurando o rosto dele em suas mãos. Encarou os olhos dele, olhando para sua boca em seguida.
Iniciaram um beijo, com gosto de whisky e cigarro. A sensação dos lábios quentes dele era maravilhosa para ela, e isso fez com que sua pele estremecesse. Ele a deitou na areia, vindo sobre seu corpo em seguida. Os olhares dos dois não se afastaram nem por um segundo. – Vamos pro carro? – Ela pediu, precisando dele.
- Eu quero você agora! – Ele disse, mordendo o lábio inferior dela, depois seu queixo e pescoço. Ambos queriam a mesma coisa, o atrito entre seus corpos era irresistível. Ignoraram completamente a presença dos outros dois. Ele mordeu os seios dela por cima do vestido. Ela não estava usando sutiã, sua saliva fez com que o tecido fino ficasse transparente. Com uma das mãos ergueu a barra da peça até a cintura dela.
Eles não poderiam se demorar, então, ela abriu a calça dele, puxando seu membro para fora da cueca. Ele afastou a calcinha dela, penetrando-a de uma vez, ainda mantendo contato visual. Suas pupilas estavam dilatadas, e a escuridão delas, deixavam imperceptíveis suas íris azuis. As unhas dela cravaram nas costas dele, enquanto este estocava lentamente, mordendo seu lábio para abafar os gemidos.
- Eu te amo! – Moe sussurrou ao ouvido dele, quando ele aumentou a velocidade no meio das pernas dela. A sensação de tê-lo dentro de si era indescritível. Parecia uma dança sensual e proibida, seus corpos se encaixavam perfeitamente.
Ele se apoiou sobre seu braço esquerdo, e sua mão direita procurou a dela, entrelaçando seus dedos. Ele beijou a mão dela, voltando a encará-la. Sua boca estava entreaberta, sua respiração ofegante e seu coração disparado, assim como Moe. A cada movimento dele, ela se sentia mais próxima do paraíso.
A ideia de poder ser flagrado a qualquer momento era muito excitante. – Eu também te amo! – Ele respondeu. Com a mão que estava livre, ela acariciou o rosto e o cabelo dele, fechando os olhos em seguida, deixando a sensação eletrizante tomar conta de seu corpo. Ela sentiu sua intimidade pulsar em torno dele, fazendo-o gozar. Ele desabou sobre ela.
Marco e Bibi aplaudiram a ousadia de ambos, enquanto bebiam e assistiam ao show. Eles não se importavam em serem vistos, mas, mesmo assim, recompuseram-se, compartilhando as últimas doses do old scoth. Ao lado dele, Moe sentia que alguns caras ainda valiam à pena. Ela diria que Arturo também havia sido a melhor coisa que acontecera, mesmo sem ter certeza de que gostaria de confessar.
A aquariana e o libriano acharam extremamente poético o momento dos dois. Sem sombra de dúvidas, apreciaram e muito seu envolvimento. Ambos os sacanearam por todo o caminho até o hotel. O lugar serviu apenas para acomodar suas malas, pois, as camas nem sequer foram usadas.
Tomaram banho, trocaram de roupa e desceram novamente ao saguão, cada qual com seu energético em mão. Eles acreditavam que dormir era para os fracos, mas, esse sentimento não duraria muito. Quando chegaram à casa de Raul, os quatro desmaiaram no tapete da sala. Vilma subiu na barriga de Arturo, aproveitando para tirar um cochilo também.
16:00 PM – Charming, CA
Raul e Denise observaram a cena, percebendo que a badalação do final de semana cobrara seu preço. Bibi e Marco estavam abraçados, mas, Moe e Arturo não, pois, Vilma Tereza era possessiva demais para dividi-lo com alguém. Jordie tentou removê-la, mas, a cadelinha encrenqueira não permitiu. Nem mesmo Raul conseguiu convencê-la a sair de cima do Argentino.
Moe acordou, encarando sua rival. – Devolve meu namorado, sua talarica! – Ela disse, rindo, enquanto a Pug rosnava, impedindo-a de tocá-lo.
- Coitada, amor! – Arturo disse, acariciando as orelhinhas fofas de Vilma.
- Eu vou abraçar o papai! – Moe exclamou, levantando-se e indo em direção à Raul. Ela rosnou, ainda sem se mover.
- Ela vai te morder! – Raul alertou, rindo muito.
- Eu não aguento essa cachorra! – Moe disse, sacaneando. Vilma não deu moral para eles, pois, só queria saber de brincar com Arturo.
Moe e Jordie abraçaram Raul, beijando seu rosto, apenas para provocá-la. Ela saltou, latindo e correndo atrás das duas pela sala. A bagunça acordou Bibi e Marco, que se separaram imediatamente, mas, era tarde, os demais membros da família já haviam flagrado seu momento juntos.
- Cachaceiros! – Jordie sacaneou, enquanto pulava no sofá ao lado de Moe, enlouquecendo Vilma.
- Ajuda a gente, pai! – Moe pediu, rindo muito também.
- Eu avisei que ela ia ficar brava! – Ele respondeu, deixando as duas se ferrarem.
Arturo pegou Vilma no colo outra vez, acalmando-a. Moe e Jordie mostraram a língua para ela. As duas adoravam provocar e sempre acabavam fazendo a maior farra. Apesar de ser ciumenta, todos sentiram sua falta. Com a viagem e a prisão de Raul, ela havia ficado doente, pois, além de tudo, era mimada e apegada à ele.
Os arruaceiros se encaminharam para a área da piscina. Eles se acomodaram nas cadeiras e espreguiçadeiras. Denise se sentou no colo de Raul, mas, Vilma não se importou, isso chamou a atenção de todos eles. – A Denise está subornando a Vilã Tereza! – Bibi comentou, sem maldade.
- Os cães não atacam mulheres grávidas! – Raul deixou escapar.
O silêncio foi geral. Moe e Jordie se entreolharam. Bianca tapou a boca, completamente estarrecida. Marco e Arturo quase desmaiaram. Eles certamente não esperavam por esse desfecho, e até tentaram disfarçar suas expressões incrédulas, mas, não estavam suficientemente bêbados para reagir com leveza.
Denise lançou um olhar efusivo para Raul, e ele percebeu que havia vacilado. O silêncio perdurou, até as respirações eram curtas. Bibi arrependeu-se de sua brincadeira. Não havia algo a acrescentar, a notícia foi suficiente para calar os cinco.
- Vocês não vão dizer nada? – Denise perguntou.
- Não! – Jordie respondeu, voltando à encarar sua irmã mais velha, tentando ler suas expressões. Ela esperava que Moe pudesse amenizar a situação com alguma de suas intervenções milagrosas.
- É sério gente? – Raul exigiu, parecendo incomodado.
- É sim! – Marco exclamou, trocando olhares assustados com suas irmãs. Os três gostariam muito de correr para as colinas. Arturo colocou Vilma no chão, e até mesmo a cadelinha estava apreensiva.
Bianca se levantou e foi até a cozinha; seu jeito não permitia estar inserida em um climão daqueles. Ela pegou uma garrafa de whisky e alguns copos, surgindo frente à porta, mostrando o líquido marrom para seus amigos, que se lançaram em direção à ela. As mãos trêmulas com os copos estendidos à diante da garrafa diziam muito sobre seus ânimos.
- Deveríamos ter ido pra Nova York! – Marco sussurrou ao ouvido de Moe.
- Nem me fale! – Ela sussurrou de volta.
- O que está feito, está feito. Sugiro que façam cara de paisagem e abracem os dois, antes que azede pra gente! – Arturo sussurrou. Os cinco estavam bem próximos, confabulando. Eles eram mais que amigos, eram correligionários.
- Boa Argentino! – Jordie sussurrou também.
Bibi serviu os copos, todos mataram as doses rapidamente. Repetiram o processo três vezes, antes de seguir aos conselhos de Arturo; neutralizando suas expressões o quanto podiam e se dirigindo para cumprimentá-los. Raul os encarou com suspeita, querendo muito saber qual o burburinho. Certamente, adorariam que um disco voador surgisse por trás dos cânions, abduzindo-os.
Após o impacto, Moe decidiu adiantar sua ida para casa. Ela gostaria de digerir tudo isso à distância. Marco compartilhava do mesmo sentimento. Os cinco retomaram seus assentos, voltando a beber, tentando não olhar demais para os dois. As doses bateram, o clima se tornou bossa nova, tenso e misterioso, cheio de mensagens subliminares. Facilmente comparável a um jogo de pôquer, pois, quando há amor, há blefe, não se pode ser totalmente sincero. Quebra o encanto.
Quando anoiteceu, Bibi foi para casa e o grupinho se desfez; ainda emudecidos, cada qual seguiu para seus aposentos. Raul e Denise não tiveram certeza sobre como seus filhos se sentiam à respeito da notícia, mas, acabaram optando por não os pressionar.
21:00 PM
Arturo preocupou-se com Moe, pois, ela estava envolta em seu roupão, catatônica, encarando a paisagem desértica e obscura da varanda de seu quarto, com um cigarro entre os dedos. A cinza era maior que o próprio tabaco, mas, ela não o levara à boca nenhuma vez.
- Você está bem, amor? – Ele perguntou, abraçando-a por trás e repousando seu queixo no ombro dela.
- Se disser que sim, serei uma cretina! – Ela respondeu, levando sua mão livre até o cabelo dele, acariciando-o em seguida.
- Obrigado por ser sincera comigo! – Arturo exclamou, beijando o pescoço dela, mas, sem segundas intenções.
- É o mínimo que posso fazer; você está sempre ao meu lado! – Ela disse, fechando os olhos e reclinando sua cabeça para o lado, aproximando seus rostos. O carinho entre os dois só aumentava ao longo do tempo.
- Sempre vou estar com você, não importa o que aconteça! – Ele afirmou, apertando-a ainda mais em seus braços.
- Vamos embora amanhã? – Ela pediu, alguns tons abaixo do normal, ainda com os olhos fechados.
- Estou pronto se você estiver! – Arturo declarou, pegando o cigarro dela e apagando-o contra o cinzeiro.
- Desculpe por arrastá-lo para os meus delírios psicóticos! – Moe lamentou, abraçando os braços dele.
- Para amor, você só trás cor pros meus dias! – Ele disse, beijando o rosto dela.
- Tem certeza de que quer morar comigo? – Ela perguntou, temendo estar causando algum transtorno à ele.
- Claro que sim, é muito bom estar ao seu lado. Me sinto privilegiado pra caralho! – Arturo admitiu, sem entender o motivo de sua insegurança. Moe demonstrava suas fragilidades à ele, e isso era raro.
- Eu sou louca, você não tem medo de se arrepender? – Ela disse, sorrindo um pouco sem graça.
- Me arrependeria se não tentasse! – Ele comentou.
- O que você viu em mim? – Ela perguntou, realmente interessada em sua resposta.
- Você sempre me enxergou além do que realmente sou. Apesar das insanidades que vivemos, é bom ter alguém que nos quer bem. Não sei se serei capaz de atender às suas expectativas, mas, vou tentar! – Arturo respondeu, acariciando o cabelo dela.
- Você já atendeu minhas expectativas há muito tempo, amor. Eu gostaria de ter alguém em que pudesse confiar, que me conhecesse à fundo, soubesse quem sou, além de qualquer aparência. Então, você apareceu! – Moe disse.
- Você é tudo pra mim, meu amor! – Ele exclamou, sorrindo.
- Me prova! – Moe sacaneou.
Ele abriu o roupão dela, retirando-o lentamente, enquanto pressionava sua ereção contra ela. Alguns gemidos roucos escapavam à sua boca. Ele estremeceu ao revelar totalmente sua nudez. A peça foi abandonada ao lado dos dois. As mãos dele deslizaram lentamente sobre os quadris dela, subindo até seus seios. Ele os apertou com gentileza, enquanto lambia o pescoço dela. Moe gemeu baixinho, excitando-o ainda mais.
Ela empinou a bunda, rebolando lentamente contra ele. A intimidade dela estava em chamas, desejando recebê-lo dentro de si. Ele tirou sua cueca, livrando-se daquilo que estava entre os dois, em seguida, deslizou a ponta de seu membro por toda a extensão dela, sentindo sua umidade e calor. Repetiu o processo várias vezes, fazendo-a gemer e implorar para ser penetrada. – Que maldade. Come a minha bocetinha, por favor!
- Cruze as pernas! – Ele pediu próximo ao ouvido dela. Sua pele ficou arrepiada imediatamente. Ela obedeceu, sabendo que sua sensibilidade aumentaria. Ele colocou a cabecinha, movimentando-se, indo e vindo com carinho. Os gemidos dela o acompanharam.
- Ai amor! – Ela exclamou, mordendo o lábio inferior, sentindo seu corpo tremer com a sensação eletrizante no meio de suas pernas. Ele aumentou um pouco a velocidade e a firmeza, à medida em que a intimidade dela se apertava em torno de seu membro. Ele a sentia pulsar. – Assim eu vou gozar, safado! – Era exatamente isso que ele queria, foder com ela, sensível e molhadinha.
Não demorou para que os gemidos dela aumentassem de intensidade, assim, como seus movimentos, empurrando sua intimidade para ele, desejando e obtendo tudo dentro. Arturo estava adorando ver o quanto ela queria ser comida por ele. Com uma das mãos começou a estimular o clitóris dela. Moe teve de tapar a boca.
Com a mão livre, ele agarrou o cabelo dela, fazendo sua cabeça arquear para trás. Os belos seios dela e sua intimidade o estavam enlouquecendo. As estocadas ganhavam cada vez mais força, por isso, ela teve de se apoiar ao parapeito da varanda. Ela gozou, enquanto sua intimidade tentava empurrar o membro dele para fora, pulsando descontroladamente. – Caralho amor! – Ele exclamou, gozando também.
Após recuperar seu fôlego, ele a tomou em seus braços, caminhando para a banheira. Os dois riram, imaginando que teriam todo tempo do mundo para vivenciar seu amor.
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