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#Dia de Luta e Resistência dos Povos Indígenas
edsonjnovaes · 5 months
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Nós, povos indígenas, somos o próprio tempo. 1.2
Nós, povos indígenas, somos o próprio tempo. Somos encantadores do tempo serpente. Quem diria que após mais de cinco séculos de colonização e extermínio, estaríamos aqui. De pé, como nossas florestas, cantando e empunhando nossos maracás, em resistência pela vida e pelo bem viver de toda sociedade. apiboficial – 27 abr 2024524 anos de perseguição, de estupro, de extermínio, de espoliação. E as…
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pegasus-viagens · 1 year
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Não é sobre a beleza, mas a luta por trás
“Nossa, que serviço de preto!’, “Seu cabelo é tão ruim, por que não alisa?”
Infelizmente, essas frases são muito comuns e mostram como o racismo está enraizado na sociedade. Mas nem sempre foi assim. Até onde a história conta, na Grécia Antiga não havia racismo, apesar de (lamentável, Grécia) existirem escravizados, e essa condição imposta nada tinha a ver com a sua cor, pois os escravos eram prisioneiros de guerra ou pessoas condenadas por crimes. Então, como isso começou?
Avançando no tempo, no século XV, começaram as expansões marítimas, as Américas foram descobertas e se iniciou o massacre de povos indígenas e a escravização do continente africano, dando origem a esse preconceito com povos negros. E o resto da história todo mundo conhece. Quando falamos de viagens e pontos turísticos, a história e a presença da cultura afro é muito forte em diversos aspectos, especialmente no Brasil. Por isso, vou mostrar três cidades com forte influência das nossas origens.
Salvador, Bahia
Uma das capitais mais vibrantes, que expressa criatividade e originalidade, Salvador celebra sua cultura de forma única. Para quem gosta de curtir o carnaval, sem dúvida esse é o melhor lugar para curtir os bloquinhos e se divertir ao máximo. O principal gênero musical, o samba reggae, que une os ritmos mais presentes no Brasil e na Jamaica, atrai quase um milhão de pessoas por ano.
Mas não é só o carnaval que torna essa cidade tão ilustre não. O bairro Pelourinho costuma ser um palco de manifestações, ateliês e galerias, e tem diversos museus que nos levam a passeios históricos, como o Museu Nacional da Cultura Afro Brasileiro e a Cidade da Música da Bahia.
Serra da Barriga, Alagoas
Um dos mais importantes símbolos da luta contra a escravidão no Brasil foi sem dúvidas Zumbi dos Palmares, que até hoje é homenageado, tendo a data da sua morte (20 de novembro) como Dia da Consciência Negra. E é na Serra da Barriga que está o Quilombo dos Palmares, que foi liderado por ele durante 16 anos e era refúgio de mais de 20 mil negros escravizados na época.
Atualmente, o local é reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional como um parque nacional. Lá a imersão é completa e existem pontos de áudio e textos para entender a realidade daquelas pessoas, sem falar que o próprio ambiente permite conhecer melhor a luta pela resistência negra no nosso país.
São Luís, Maranhão
Na música e nos museus, a identidade negra pode ser vista e apreciada de diversas formas, e também na dança acha seu espaço no Tambor de Crioula. Essa é uma dança típica do estado maranhense, de origem africana, que pode ser apreciada em quase todos os lugares da cidade durante o ano todo.
As paradas obrigatórias de quem passa pela cidade são o Museu Cafuá das Mercês, a Casa do Tambor de Crioula, o Mercado Casa das Tulhas e, claro, o centro histórico, todos pontos turísticos que preservam a cultura dessa cidade maravilhosa.
Espero que vocês tenham a oportunidade de ir nessas cidades incríveis que, com certeza, já estão na minha lista de viagens dos sonhos. Por hoje é isso, fica a reflexão da valorização da identidade negra no nosso país e semana que vem eu volto com mais lugares para dar um rolê.
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mariana-mar · 5 months
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"Que neste dia de resistência dos povos indígenas, possamos celebrar e honrar a sabedoria ancestral dos nossos povos. Que possamos aprender, respeitar e valorizar as tradições, a conexão com a natureza e a luta contínua por justiça e reconhecimento. 🌿✨ Como escreve Célia Xakriabá (@celia.xakriaba), “é dia das mulheres biomas, do povo dono dessa terra, dia de contar a história que tentam apagar e ecoar nosso canto ancestral. Dia de compromisso com a vida, dia de compromisso com a luta, dia de compromisso com o futuro do planeta”
O Brasil começa pelos povos indígenas ✊🏾🏹"
📝: @casaninjaamazonia
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brasilsa · 6 months
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agenciapublica
💬 60 ANOS DO GOLPE MILITAR. Um estudo inédito realizado pelo pesquisador colaborador da Universidade de Brasília (UnB) e ex-preso político Gilney Viana, 78, aponta que 1.654 camponeses foram mortos ou desapareceram do golpe de 1964 até a promulgação da Constituição, em 1988. Viana considera o governo de José Sarney (1985-1989) um “regime de exceção, como [consideram] as leis da justiça de transição, período este que herdou parte da política repressiva da ditadura, com maior gravidade sobre os camponeses”.⁠ ⁠ É um número bastante superior às conclusões do relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV), que funcionou de 2012 a 2014 e investigou crimes cometidos de 1964 a 1988. No documento final, a comissão reconheceu apenas 41 camponeses do total de 434 mortos e desaparecidos, deixando para um anexo temático as informações sobre a violência contra camponeses e povos indígenas.⁠ ⁠ Viana viveu intensamente os anos de chumbo da ditadura. Como militante da luta armada na Ação Libertadora Nacional (ALN), foi preso e torturado pelos agentes da repressão do DOI-Codi do Rio de Janeiro. Ficou preso por nove anos e dez meses, período em que participou de uma greve de fome que durou 32 dias contra o projeto de anistia parcial da ditadura.⁠ ⁠ O estudo de Viana, intitulado “A resistência camponesa à ditadura militar”, tem mais de 400 páginas, ainda não foi publicado e recorre a conclusões da CCV, a dezenas de estudos anteriores, a estatísticas, a artigos e a levantamentos próprios para apontar o impressionante número de pelo menos 16.578 camponeses vítimas de algum tipo de “repressão política” no período 1964-1988 em variadas formas, do assassinato à prisão, de agressões físicas a tentativas de homicídio. ⁠ ⁠ 🔗 Leia os trechos da entrevista em apublica.org | link na bio
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lobamariane · 2 years
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Quitéria. Felipa. Angélica.
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revérbero • mundus • 02.07.2022 • sábado de saturno • nova em câncer • lembrança das mulheres santas do 2 de julho • lunação câncer-leão • clique para ler
Existe na Bahia uma egrégora que se ergue sempre que Julho está pra chegar. No segundo dia desse mês é celebrada a Independência da Bahia, marco final de uma guerra que começou muito antes da declaração da Independência feita pelo então Príncipe Regente D. Pedro I às margens do Rio Ipiranga. Conjurações e revoluções pela liberdade do Brasil alcançam o auge no dia 2 de julho de 1823 quando o restante das tropas portuguesas derrotadas e que ainda estavam em Salvador se retiram pelo mar, consolidando o início de uma nova realidade para essa terra.
A Independência do Brasil da Coroa de Portugal é conhecida como fruto de uma série de eventos, em sua grande maioria ocorridos na região Nordeste do país, por conta da presença maior de tropas portuguesas que consideravam essas regiões como estratégicas para a manutenção do domínio lusitano. 
Foi a minha guia e orientadora artística, Amanda Maia quem colocou a lembrança 2 de Julho no meu caminho numa segunda-feira da lua, através da Rádio Café Antonina me encomendando a missão de resgatar a memória de 3 mulheres baianas que atuaram na guerra e carregam, como personagens históricas que são, fonte infinda de inspiração para revolucionárias. Como artista soteropolitana que sou, busco aqui compreender os fios da costura desse marco que é pedra fundamental na construção da alma baiana, meu lugar de nascença, minha Fonte. Começar pelo mergulho na vida dessas mulheres tem sido alimento que venho agora partilhar.
Maria Felipa
Descendente de africanos sudaneses, Maria Felipa nasceu na ilha de Itaparica, na Rua das Gameleiras e posteriormente passou a morar na Ponta das Baleias, num casarão chamado "Convento" onde quartos eram alugados para trabalhadores e trabalhadoras locais. Maria Felipa vivia do comércio de mariscos. Mulher alta, forte, sempre vista de turbante, saia longa e chinelas, a Heroína Negra da Independência envolveu-se nas batalhas contra os portugueses logo que os viu invadindo a ilha. Ela era líder de um grupo de aproximadamente 200 pessoas, a maioria mulheres negras e indígenas, que utilizavam instrumentos como pedaços de pau, facas de cortar baleia e peixeiras para atacar os invasores. A guerrilha de Felipa também é conhecida pela queima de 40 embarcações portuguesas que estavam ancoradas próximas a Itaparica e pela surra de cansanção dada nos soldados que capturavam. Além dos ataques diretos, Maria Felipa também foi responsável pela organização do envio de mantimentos para a resistência estabelecida no Recôncavo e a vigilância nas praias para evitar o desembarque de inimigos.
Por muito tempo após os eventos que culminaram na independência, Maria Felipa foi considerada uma lenda. Apenas em 1905 ela aparece em registro escrito, pelas mãos do historiador Ubaldo Osório Pimentel, que através de estudos de documentos antigos e investigação da memória popular, traz histórias da marisqueira que hoje permeiam o imaginário da população baiana. Mais recentemente a pesquisadora Eny Kleyde Vasconcelos publicou o livro Maria Felipa de Oliveira: Heroína da Independência da Bahia (2010), reforçando a memória da guerreira de Itaparica. Maria Felipa morreu em 4 de julho e 1873, e mesmo após o 2 de julho 1823, continuou liderando ataques de guerrilha contra quem ousasse ameaçar a soberania do povo da ilha, a exemplo da primeira cerimônia de hasteamento da bandeira nacional na Ponta das Baleias quando ela e algumas integrantes do seu grupo, Joana Soaleira, Brígida do Vale e Marcolina invadem a armação de pesca de um português abastado e surram o vigia do lugar. As lutas entre as população brasileira - negra e indígena - contra os portugueses tanto em Salvador quanto no recôncavo e em Itaparica ficaram conhecidas como Mata-Maroto e assim, ao final das batalhas na ilha podia-se ouvir o canto do grupo de Maria Felipa “havemos de comer marotos com pão, dar-lhes uma surra de bem cansanção, fazer as marotas morrer de paixão”.
Joana Angélica
A abadessa do convento da Lapa da Ordem da Imaculada Conceição nasceu em Salvador no dia 12 de Dezembro de 1761. Filha da união de um português, José Tavares de Almeida, e da soteropolitana Catarina Maria da Silva, aos 20 anos foi aceita como noviça no Convento da Nossa Senhora da Conceição da Lapa onde permaneceu reclusa e atuando como escrivã, mestra das noviças conselheira, vigária e por fim, abadessa, função que exercia quando, na noite de 19 de fevereiro de 1822, enfrentou soldados portugueses que sitiavam Salvador e queriam invadir o convento. Após ouvir entrada dos soldados pelo primeiro portão e perceber as tentativas de arrombar o segundo - uma porta de ferro que fechava a clausura das noviças e freiras - a abadessa ordenou que as irmãs fugissem pelos fundos e numa última tentativa de defesa, Joana Angélica colocou seu corpo entre os soldados e a porta do convento, bloqueando a entrada e foi atravessada por golpes de baioneta. A notícia do ataque português que matou a madre Joana Angélica se espalhou pela Bahia gerando comoção e aumentando o fogo da resistência e por isso ela é conhecida como primeira mártir da independência do Brasil. Em 1923 a rua da Lapa onde se localiza o convento foi renomeado desde então se chama Avenida Joana Angélica.
Maria Quitéria
Assim que o governo interino da Bahia então sediado no recôncavo conclamou os baianos para lutar a favor da independência do Brasil, Maria Quitéria foi até o Regimento de Artilharia de Cachoeira e se apresentou como Soldado Medeiros, à disposição para lutar pelo Batalhão de Voluntários do Príncipe, conhecido também como Batalhão dos Periquitos. Conta-se que antes ela havia pedido permissão ao pai, um fazendeiro produtor de algodão, que negou-lhe dizendo: "Mulheres fiam, tecem, bordam. Não vão à guerra". Mesmo assim ela seguiu seu desejo e com a ajuda da irmã, vestiu o uniforme do cunhado, adicionando uma saia no modelo dos saiotes escoceses - a inspiração para a saia veio de uma pintura - se apresentou ao Regimento, e foi recebida pelo comandante do Batalhão dos Periquitos, Major Antônio da Silva Castro, que reconhecia a sua habilidade com as armas - prática ensinada às mulheres com fins de caça ou para defesa contra invasores. Maria Quitéria combateu em Salvador, na estrada da Pituba, em Ilha de Maré, na Baía de Todos os Santos e na foz do Rio Paraguaçu, onde avançou pela água com um grupo de mulheres contra uma barca portuguesa que ali aportava.
Quando o exército libertador entrou na cidade da Bahia, após a derrota dos portuguesas, ela também foi saudada pela população entre os seus companheiros de luta. O General Labatut, comandante da resistência designado por D. Pedro I, a conferiu as honras de 1o cadete e no Rio de Janeiro ela foi recebida pelo próprio imperador que a condecorou como Cavaleiro da Imperial Ordem do Cruzeiro. Quitéria morreu 1853, e no centenário de sua morte foi erigida uma estátua na praça que também carrega o seu nome, no bairro da Liberdade, em Salvador.
Onde estamos agora?
Quitéria, Felipa e Angélica são três figuras que se destacam na luta baiana pela independência do julgo de Portugal principalmente pelo registro histórico, cada uma por suas razões: a mártir religiosa que morre defendendo sua Fé, a mulher que pega em armas a despeito de qualquer convenção social seguindo seu desejo absoluto de liberdade, a guerrilheira que protege sua terra com inteligência, habilidade e força. Para cada uma das três heroínas da independência da Bahia existem milhares de mulheres anônimas que atuaram nessa mesma guerra e que nunca vão figurar os livros de História. Por isso nos desfiles do 2 de Julho pelas ruas de Salvador, elas se multiplicam: mulheres vestidas de freira, mulheres de turbante, mulheres vestidas com roupas militares e de saia. E não só. Nos carros alegóricos do tradicional desfile do 2 de julho, uma cabocla se ergue no meio da população, filha da terra, lembrança persistente da nossa Fonte, imagem cheia de mistérios que desejo conhecer.
O 2 de Julho é um marco de transição de um modelo de sociedade e, portanto não marca mudanças definitivas. As marcas da Conquista e da colonização continuam aí, rasgando e derramando sangue, nos distanciando de nós mesmas, e é preciso acordar para reconhecer essas marcas. O que acende o meu coração aqui é a lembrança pulsante do movimento e da revolução, palavras que guardam em si chaves de portal, chaves para mudar a realidade agora. E eu, como artista, quero.
A ilustração é de Victor Diomondes.
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amazoniaonline · 9 months
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Disputa sobre Marco Temporal colocou Congresso e STF em lados opostos
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Em um ano de seca na Amazônia, temperaturas extremas, fome e desnutrição de populações indígenas, o Brasil discute a redução das demarcações das terras indígenas. A tese do marco temporal foi declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ainda assim, deputados e senadores a aprovaram no Congresso Nacional.   “Todo dia é dia de luta, é todo dia, não tem um dia que a gente está tranquilo, que a gente está bem. Todo dia a gente tem violações de direitos. É trabalhoso sim, é cansativo, sim, mas a gente continua na resistência. Nós já fomos resistentes por mais de 500 anos, vamos continuar na resistência”, diz a advogada indígena e assessora jurídica da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) Cristiane Baré. Ela foi uma das juristas a fazer a sustentação oral contra o marco temporal no Supremo Tribunal Federal, em 2021.   Pela tese do Marco Temporal, os indígenas só terão direito ao território em que estavam na promulgação da Constituição, em outubro de 1988. “Não faz sentido, porque nós somos os habitantes desse país, somos os primeiros habitantes originários dessa terra. Quando houve a invasão do Brasil, nós estávamos aqui. Trazer um marco é querer se desfazer de tudo que aconteceu, com violações de direitos que ocorreram desde a invasão, as retiradas forçadas dos povos indígenas, o processo de violências que foram sofridas”, afirma a advogada.   Em 21 de setembro deste ano, o Supremo Tribunal Federal invalidou a tese, que entendeu ir contra o que prevê a Constituição brasileira. Mas a Câmara e o Senado aprovaram um projeto de lei 8 dias após para incluir a tese do marco temporal em lei federal. Em outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou parcialmente o projeto aprovado no Legislativo, argumentando que a tese já havia sido considerada inconstitucional. O Congresso, no entanto, derrubou os vetos do presidente.  Após a derrubada de vetos, tanto organizações indígenas, como a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) quanto o próprio governo, começaram a elaborar recursos para serem analisados pelo STF.  Para grupos favoráveis ao marco temporal, como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), sem o marco temporal cria-se uma insegurança jurídica com a possibilidade de “expropriar milhares de famílias no campo, que há séculos ocupam suas terras, passando por várias gerações, que estão na rotina diária para garantir o alimento que chega à mesa da população brasileira e mundial”, argumenta a entidade em nota após a decisão do STF. Próximos passos   Segundo o professor adjunto de Direito Constitucional da Universidade do Estado do Rio de Janeiro Wallace Corbo, agora o Brasil tem uma lei que contraria o que diz a Constituição, e que tenta atingir fatos que são anteriores à lei, ou seja, hoje os povos indígenas têm direito às suas terras independentemente do momento em que ocuparam.  “A gente tem, ao mesmo tempo, uma lei que diz o contrário do que diz a Constituição em matéria de terras indígenas e a gente tem uma lei que tenta retroagir para tentar atingir atos jurídicos que já são perfeitos. Quais são esses atos? O direito adquirido dos povos indígenas às suas terras”, explica.   Diante dessa situação, de acordo com Corbo, haverá a necessidade de que, mais uma vez, haja uma declaração de inconstitucionalidade dessa lei que pode vir do STF ou pode vir de qualquer juiz que venha a averiguar um processo demarcatório.  “Tanto nos processos demarcatórios que tenham sido judicializados, nas ações que já estão em curso, qualquer juiz e qualquer tribunal pode declarar que essa lei é inconstitucional para defender os direitos dos povos indígenas naqueles processos”, avalia.   O professor diz que a lei já nasce inconstitucional, no entanto, legalmente, o STF pode chegar a uma posição diferente. “Sempre pode haver agentes políticos, econômicos, sociais, que podem buscar pressionar o tribunal a chegar a uma conclusão contrária. Agora, não é esperado que o STF chegue a uma posição diferente da que ele chegou há poucos meses. Então, é esperado que não haja percalços, que haja uma reafirmação do STF do que ele já decidiu recentemente”.   Indenização   O STF definiu também a indenização para proprietários que receberam dos governos federal e estadual títulos de terras que deveriam ser consideradas como áreas indígenas. O tribunal autorizou a indenização prévia paga em dinheiro ou em títulos de dívida agrária. No entanto, o processo deverá ocorrer em processo separado, não condicionando a saída dos posseiros de terras indígenas ao pagamento da indenização.  A indenização é também preocupação das organizações indígenas, segundo a advogada Cristiane Baré. “Nossa preocupação é quem invade território indígena de boa-fé? Até onde vai essa boa-fé? Como se comprova essa boa-fé? E essa questão paralisa o processo demarcatório. Mas até então, a princípio, serão processos separados, mas isso ainda é preocupante porque os direitos originários não têm preço, ninguém pode vender esse direito. Essa é uma preocupação muito grande do movimento. E a gente sabe, na prática, como isso vai ocorrer”, explica a advogada.   Já o professor Wallace Corbo ressalta que a Constituição diz que não caberia indenização, mas o STF entendeu que cabe, e a decisão deve ser cumprida. “Presumindo que existam ocupantes de boa fé, o que o STF disse é que essa indenização não é uma indenização que condiciona a demarcação, ou seja, o ocupante de boa fé vai ter que buscar, ele mesmo, em um processo administrativo ou processo judicial o reconhecimento da sua ocupação de boa fé e o pagamento da sua indenização”, explica.  “É uma indenização que não trava o processo demarcatório, e cada uma dessas pessoas que alegue que estaria de boa fé vai ter que buscar no seu próprio processo”, diz.   De acordo com o professor, o Poder Executivo pode editar uma portaria ou um decreto que crie parâmetros sobre essa boa fé, mas esse é um conceito que presume que uma pessoa não pode ter conhecimento de que está ocupando a terra de terceiros.   Segundo a Fundação Nacional do Povos Indígenas (Funai), as 736 terras indígenas registradas representam 13% do território brasileiro, o que totaliza aproximadamente 117 milhões de hectares. De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem quase 900 mil indígenas, distribuídos em 305 etnias. Reprodução Agência Brasil. Read the full article
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gazeta24br · 11 months
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No mês da Consciência Negra, data focada em relembrar as lutas dos movimentos negros pelo fim da opressão provocada pela escravidão, o Rolé está a caminho de mais um destino pelo Brasil, desta vez saindo do Rio de Janeiro em direção a Salvador. Ao longo do trajeto, onze pontos serão visitados pelos rolezeiros. O encontro acontece dia 11 de novembro, a partir das 14h. Desde 2016 o Rolé visita diversas cidades pelo Brasil e, em parceria com projetos locais, cria trajetos para revisitar a história a partir do que as ruas podem falar. Já tendo passado por cidades como Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife, Manaus, São Paulo, Florianópolis, Belo Horizonte, chega pela 4ª vez na capital da Bahia, com o tema “Caminhos da Liberdade”. O trajeto passa por pontos conhecidos da população, mas nessa abordagem os rolezeiros são convidados a experimentar a cidade refletindo sobre as camadas de tempo, e com especial enfoque nas manifestações de resistência criados pelo povo negro, que vão das revoltas históricas nem sempre abordadas em sala de aula até os caminhos para a liberdade por meio da cultura e da expressão artística. “Caminhar por Salvador trazendo outras perspectivas e vislumbrando os cenários de liberdade e resistência estabelecidos pela população negra séculos atrás, é também um movimento de transformação e olhar para o futuro da cidade e seus cenários turísticos e culturais, que se preocupa em destacar a história negra e reverenciá-la”, reforça Eldon Batista das Neves, historiador e realizador do Odú Imersão Cultural, projeto parceiro do Rolé na cidade. Com objetivo de resgatar esse protagonismo na luta pela liberdade e na própria história da cidade, o roteiro começa pelo Monumento a Maria Felipa, chamando atenção para o protagonismo das mulheres negras na construção do Brasil. Ao longo do passeio os professores evidenciam outras mulheres negras cruciais para construir caminhos de liberdade, como Dandara dos Palmares, Maria Firmina dos Reis, Tereza de Benguela, Lélia Gonzales, Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, entre tantas outras. Na sequência, os rolezeiros caminham em direção ao Elevador Lacerda. Um dos principais pontos turísticos de Salvador, assim como o primeiro elevador urbano do mundo, traz em sua oculta história a reflexão sobre a mão de obra que levantou a cidade. Na Câmara Municipal, o Rolé passa pelos legados de resistência e lutas que aconteceram ao longo do século XIX. Na Praça da Sé, o Memorial das Baianas de Acarajé é ponto do Rolé não só para revisitar a história e tradição do ofício dos bolinhos que são bem cultural nacional, mas também para reverenciar novamente o papel das mulheres negras, escravizadas, livres ou libertas, não só em Salvador mas por todo o Brasil, nas lutas pela libertação, como por exemplo as caretas do Mingau, figuras históricas pouco conhecidas do Recôncavo Baiano. Já no monumento Zumbi dos Palmares, símbolo de resistência contra a escravidão e representante do Dia da Consciência Negra, os rolezeiros vão conhecer a importância da interação indígena-africana na formação dos primeiros Quilombos. O Rolé continua o trajeto por outros marcos como Largo Terreiro de Jesus, assim como pela Sociedade Protetora dos Desvalidos, Casa do Olodum, Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e Casa do Benin. “Sabemos que uma caminhada pelo Pelourinho pode não ser uma novidade, mas a cidade conta história e nossa proposta é passar por esses pontos já conhecidos e valorizados como pontos turísticos e patrimônio cultural, destacando que muitos desses lugares foram essenciais para momentos históricos que definiram o que hoje entendemos por liberdade. ” diz Isabel Seixas, idealizadora do Rolé. O Rolé é um passeio gratuito, aberto ao público e livre de inscrições e conta com o patrocínio da White Martins. Para participar, é só encontrar o grupo no ponto de encontro, Praça Visconde de Cayru, na lateral do Mercado Modelo, próximo ao Monumento em Homenagem a Maria Felipa, às 10 horas. O passeio tem cerca de 2 (duas) horas de duração.
Serviço Gratuito Rolé Carioca em Salvador Horário: 14h Data: 11 de novembro Local: Praça Visconde de Cayru, na lateral do Mercado Modelo, próximo ao Monumento em Homenagem a Maria Felipa Endereço: Praça Visconde de Cayru. Comércio. Salvador Bahia Patrocínio: White Martins Mais sobre o Rolé Nascido no Rio de Janeiro, o Rolé já chegou há mais de 10 cidades, sendo um projeto cultural que pesquisa, cataloga e difunde conteúdo sobre o patrimônio histórico e cultural dos territórios que visita. Com mais de 55 mil seguidores nas redes sociais, o Rolé tem a missão de formar um acervo multiplataforma sobre a história, cultura e memória da cidade, com ações que o apresentam em diferentes formatos, tais como passeios guiados por mais de 650 roteiros, banco de dados com mais de 500 pontos mapeados, canal de vídeos, site, jogo, aplicativo etc. O projeto considera as dimensões sociais, culturais e naturais para construir plataformas práticas de difusão da memória da cidade: uma memória social, histórica e afetiva. Por sua metodologia e resultados, o Rolé foi um dos vencedores de 2019 do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, concedido pelo IPHAN a iniciativas de preservação e difusão do patrimônio histórico e cultural. https://www.instagram.com/rolecarioca/ Sobre o estúdio M’Baraká (UM-BA-RA-KÁ) Criado há 17 anos por Isabel Seixas e Diogo Rezende, o estúdio M’Baraká desenvolve projetos múltiplos com profissionais de diversos segmentos e se destaca por sua metodologia, que envolve criação, pesquisa, planejamento estratégico e direção de arte. Desde 2013, a economista Larissa Victorio faz parte da sociedade. Os projetos do grupo são únicos, focados na criação de experiências relevantes, que geram conhecimento e valor para seus públicos. Realizador e idealizador do projeto Estúdio M’Baraká (UM-BA-RA-KÁ) Informações para a imprensa LEAD Comunicação - Rio de Janeiro | Brasil (21) 2222-9450 | (21) 99348-9189 [email protected] | www.leadcomunicacao.com @leadcom
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Articulação dos Povos Indígenas do Brasil - APIB: "Hoje, 19 de abril, é considerado o Dia de Luta e Resistência dos Povos Indígenas. Uma data desmistificada, reconsiderada e construída para dar visibilidade aos povos originários.
 Somos 305 povos, em todos os estados, biomas e regiões do país. Temos o maior número de comunidades indígenas do planeta. Nossa diversidade é gigante e, mesmo ameaçada, guarda um patrimônio de mais de 204 línguas indígenas em todo o Brasil.
 Estamos em ameaças constantes, nos deram a responsabilidade de cuidar do planeta, ao mesmo tempo que querem nos apagar da história, negam nossa originalidade e a todo o custo atacam nossos direitos.
 No dia de hoje, mais do que nunca, reflita, fortaleça e apoie os povos indígenas. Diga não à invasão dos nossos territórios, ao desmatamento, ao garimpo ilegal que mata e ao envenenamento do nosso povo.
 A luta e resistência dos povos indígenas é todos os dias!"
Apoio os povos indígenas na luta por direitos em Brasília: https://doa.re/terralivre
Siga @apiboficial e nossas organizações regionais indígenas de base para fortalecer a luta dos povos indígenas: @apoinme_brasil | @coiabamazonia | @arpinsulindigenas | @cons.terena | @atyguasu | @yvyrupa.cgy | @arpin_sudeste
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DIA DOS POVOS INDÍGENAS.
Hoje, 19 de abril, é Dia de Luta e Resistência Indígena. Há 521 anos, os povos indígenas resistem por suas vidas, suas culturas, suas línguas e pela nossa natureza.
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leiturasdh · 2 years
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Devassos no Paraíso
Para iniciar o projeto dessa página sobre leituras de direitos LGBTQIA+, trago a indicação de uma obra maravilhosa sobre história LGBT no Brasil, desde a colônia até a atualidade. Inicialmente, o plano é ter dois posts semanais sobre conteudos relacionados à comunidade LGBTQIA+.
Não consigo pensar num título melhor do que o colocado para o próprio autor no seu texto. Comecei a ler esse livro por recomendação da maravilhosa Rita Von Hunty e não me arrependo nem um pingo dessas mais de 500 páginas. Repensar que nós, pessoas LGBT, sempre estivemos na história desse país de contradições, mesmo que invisibilizados é fundamental. O autor trata desde os tempos da colônia, sobre a homossexualidade entre os povos indígenas e como ela é vista com muita naturalidade. Também é doloroso, mas importante ver como foi as lutas no decorrer dos séculos e dos artistas que estiveram a frente desse movimento de resistência. É um livro para se levar para a vida!
Essa leitura tem vários pontos que serão tratados nos próximos posts.
Postado no dia 8/maio/2022.
#literatura #historiadobrasil #historialgbt #lgbt #queer
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vistoscomokaluana · 3 years
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Como os povos indígenas conseguiram sobreviver mesmo com o genocídio de sua população?
Primeiro, o que é genocídio:
causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo; submeter intencionalmente o grupo a condição de existência capazes de ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial; adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio de grupo; efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo.
Sobre terras:
A terra é uma condição sem a qual a vida e a cultura dos povos indígenas não têm como ser mantida. É a base material e espiritual de reprodução dos povos indígenas, espaço que não apenas os pertence, mas ao qual eles pertencem e que, portanto, constitui espaço de domínio coletivo e para fins mais amplos que a mera exploração econômica. Terra não é apenas um bem onde se possa plantar soja ou criar gado, arrendar, comprar, vender ou herdar, como compreendem os “brancos”, que tampouco estão dispostos a entrar em conversação com os índios. Além disso, a maior diversidade de grupos indígenas coincide com as maiores áreas selvagens de floresta tropical do mundo nas Américas (incluindo a Amazônia), África e Ásia e 11% das terras florestais mundiais são de propriedade legal de povos indígenas e comunidades.
O direito internacional igualmente consagra aos povos indígenas o direito à terra. A Convenção 169, da OIT, ratificada pelo Brasil em 2004,[viii] estabelece, em seu artigo 14, que “dever-se-á reconhecer aos povos interessados os direitos de propriedade e de posse sobre as terras que tradicionalmente ocupam.” Nesse sentido, determina, em seu artigo 13, que os governos respeitem a importância especial que para as culturas e valores espirituais dos povos interessados possui a sua relação com as terras ou territórios que eles ocupam ou utilizam de alguma maneira e, particularmente, os aspectos coletivos dessa relação.
Infelizmente esses direitos não foram conquistados de um dia para o outro, foi preciso muita luta, inúmeros indígenas crucificados e, principalmente, resistência. Esses povos precisaram fazer o possível e impossível para que sua população e cultura continuasse existindo mesmo que em pequena escala. O genocídio continua existindo, mas pouco é feito para acabar de uma vez.
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sem-atalhos · 4 years
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Genocído
Genocídio: atos cometidos com a intenção de destruir, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso.
22 de abril de 1500: Os portugueses invadem o Brasil e descrevem como “descobrimento”. É assim que apredemos na escola. Rezaram a missa pra começar a caça ao povo Tupi (como diz um rap que escuto sempre). Quando eles chegaram eram mais de 5 milhões de indigenas aqui e hoje, são apenas cerca de 800 mil e nós não sabemos quase nada sobre nossos povos originários.
1 maio de 1500: Pero Vaz de Caminha escreve uma carta para o rei de Portugal sobre as suas impressões da Nova Terra, ele finaliza o documento com a frase “Porém o melhor fruto, que nela se pode fazer, me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar.”
Em 2020 temos acesso a essa carta na integra. Mas em 2020, você sabe falar alguma frase em Tupi?
Começou o genocidio no Brasil.
Porém ele já havia começado na África, os portugueses chegaram lá por volta de 1444.
1539: Africanos sequestrados e escravizados chegam no Brasil.
Antes disso os indiginas já eram escravizados aqui, tanto que em 1566 foi regulamentada uma lei que permitia que indigenas se vendessem para serem escravos. Um “avanço” para época.
Durante o periodo da escravidão o genocidio se intensificou. Sequestro. Estupro. Tortura. Desumanização. Destruição de identidade étnica-religiosa. Imposição do Cristianismo. Imposição da lingua portuguesa. Implementação do colorismo. Falsa Abolição.
13 de maio de 1888: Falsa Abolição.
Nesse ponto preciso falar que os indigenas e africanos não aceitaram a colonização como a história conta, até que a princesa isabel surgiu e salvou os pretos do destino. O povo preto se organizava, promovia rebeliões contra as casas grandes e realizavam fugas. Infelizmente a história que nos é contada não dá a devida notoriedade aos quilombos, que era para além de um refugio paralelo ao Brasil colonizado, um local de fortalecimento dos povos e organização politica-territorial. Os quilombos têm muita história para contar.
Aqualtune, Teresa de Benguela, Zacimba Gaba, Ganga Zumba, Zumbi, Dandara. Nomes de heróis, reis e rainhas que não conhecemos a partir da história.
Mas, bem, o mundo todo estava abolindo a escravidão, o trafico maritimo de navios negreiros já era proibido, os pretos sempre foram resistentes a escravidão. A princesa Isabel cedeu a pressões externas e assinou o documento que “libertou” milhares de pretos e pretas ás rua do Brasil. Sem direito a terras pra plantar, casas pra morar e com 300 anos de uma identidade e humanidades destruídas.
Depois da canetada, iniciou-se o plano perfeito para fazer o Brasil crescer: O ENBRANQUECIMENTO. A ideia era que em 100 anos o Brasil fosse um país totalmente BRANCO e aqui, entramos em uma parte da história que também não contam na escola: A miscigenação, a ferramenta primordial utilizada para o embranquecimento, foi um processo estruturado, planejado, instaurado e  fortalecido para negros e índios (sim, eu sei que dói). E ela foi difundida como forma de alienação de suas identidades, faziam acreditar que com essa medida, seus filhos seriam incluídos na sociedade. A miscigenação tornou-se eficaz, e podemos dizer que se desenvolveu através de três ações:
A violência sexual praticada pelos senhores de escravos em mulheres negras e indígenas. Pra enfatizar: Mulheres foram estupradas com o objetivo de clarear a população. 
Casamentos fora do religioso, pois  os  casamentos  interraciais  não  eram  permitidos. 
À chegada dos imigrantes no país. Essa é bem legal também. Nossos governantes eram muitos bons, né, então, eles resolveram adotar uma política externa no regime colonial, que facilitava a vinda de imigrantes de todos os países do mundo para o Brasil, oferecendo a possibilidade de trabalho e moradia. Mas, a verdade é que, novamente, o objetivo era o clareamento.
A teoria do embranquecimento não deu certo da forma como eles imaginavam, geneticamente falando, porém ela entrou na cabeça das pessoas e faz parte do imáginario popular.
E hoje, depois de entender todo esse processo que tinha como objetivo ceifar a identidade, a humanidade e a vida no geral de pessoas pretas e indigenas, eu consigo entender que muitos dos males sociais que sentimos na pele hoje, são frutos das raizes coloniais: A objetificação do meu corpo, o preconceito com meu cabelo, as diversas violências policiais que meu tio sofreu.
Mas esse povo, o meu, que tanto já foi violentado representa ao redor de todo o mundo: conquistas, inteligência, revolução e poder. Desde a criação das piramidês até hoje, somos os protagonistas reais de histórias que não são contadas. No mundo contemporaneo estamos na linha de frente em combate a toda violência social que o povo sofre. E eu sei que essa força e coragem vem da nossa memoria ancestral, não estamos sozinhos nem sozinhas, nossos passos vem de longe.
Aqualtune: Princesa e comandante militar: Nascida no Reino do Congo, Ocupou um importante papel na sua terra natal. Comandou um exército de 10 mil homens contra o Reino de Portugal defendendo seu território. Derrotada, foi vendida como escrava e trazida para Alagoas. Foi mãe de Ganga Zumba e Gana, líderes no Quilombo dos Palmares; e Sabina, a mãe de Zumbi.
Zumbi dos Palmares: líder do Quilombo dos Palmares, foi o símbolo da resistência dos escravos que conseguiam fugir das fazendas de Alagoas e arredores.
Dandara: Foi a esposa de Zumbi. Participou da resistência contra o governo português lutando ao lado das tropas que defendiam o Quilombo dos Palmares. Derrotado o exército do Quilombo dos Palmares, para não ser pega pelos soldados coloniais, Dandara preferiu suicidar-se, atirando-se num precipício.
Tereza de Benguela- Foi a rainha do Quilombo de Quariterê, no Mato Grosso. Após a morte do companheiro, liderou a luta do quilombo contra os soldados portugueses. Sua grande inovação foi a instituição de um Parlamento no quilombo onde se discutiam as normas que regulavam o funcionamento do lugar.
A Clara Filipa Camarão, foi uma indígena brasileira e potiguar que provavelmente foi da tribo do bairro de Igapó (Natal). Rompeu a tradicional distribuição de trabalho da sua tribo, se afastando dos afazeres domésticos para participar de batalhas junto ao seu marido durante as invasões holandesas em Olinda e no Recife
Maria Firmina do Reis - Nascida no Maranhão, é considerada uma pioneira em vários campos. Foi a primeira mulher a passar para o concurso público como professora, a fundar uma escola mista e a escrever um romance "Úrsula" . Este livro anteciparia o gênero de literatura abolicionista. Maria Firmina foi completamente esquecida e silenciada da História do Brasil, mas pesquisas recentes tem trazido luz sobre sua obra e vida.
Francisco José do Nascimento: Natural do Ceará, filho de pescadores. Quando o abolicionismo se espalhava pelo país, no Ceará contou com o apoio decisivo dos jangadeiros. Em 1881, os jangadeiros, liderados por Francisco do Nascimento, se recusam a transportar os escravos para o sul do país. Desta forma, o comércio ficou paralisado.
Nilo Peçanha - Nilo Peçanha é considerado o primeiro presidenteNegro do Brasil, assumindo o cargo após a morte de Afonso Pena, em 1909.
Abdias do Nascimento - Considerado um dos maiores expoentes da cultura negra e dos direitos humanos no Brasil e no mundo, foi oficialmente indicado ao Prêmio Nobel da Paz de 2010. Fundou entidades pioneiras como o Teatro Experimental do Negro (TEN), o Museu da Arte Negra (MAN) e o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (IPEAFRO).
Masha P. Johnson e Silvya Rivera, duas mulheres trans pretas de Nova York que foram protagonistas na Revolta de Stonewall, marco histórico na luta pelos direitos LGBTS no mundo.
Eu poderia passar a tarde falando sobre muitos indigenas,  outros pretos e pretas como Marthin Luther King, Malcon X, Nelson Mandela, Beyonce que lançou no último dia 31, dia do da mulher Africana, um musical cheio de poder preto, referencias e artistas africanos e que com certeza também é uma revolução artistica na nossa história contemporanea.
Mas por fim, sou orgulhosa em dizer que nós pretos e pretas resistimos até hoje e que apesar da carta que Pero Vaz de Caminha com suas impressões esteriotipadas e racistas sobre nossa terra seguir intacta para posteriadade, a nossa força e nosso reencontro conosco enquanto povo segue em ritmo acelerado e não vamos parar até que todos e todas sejamos realmente libertos.
fontes:
https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/6471/1/Tese_Maria%20da%20Consolacao%20Andre.pdf
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tetisfebe · 4 years
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17 de maio é uma data que passou a ter um significado muito forte pra mim, enquanto alguém que descobriu-se bissexual à um tempo, pouquíssimo tempo, sendo bem mais direto, e é mais do que importante tratar dessa questão, não só pela ótica do coletivo, enquanto parte duma comunidade, mas também de alguém que vivência as mazelas do apagamento e da invisibilidade. Como tudo tem um ponto de partida, o meu começa lá em 2011, que é disparado, o pior ano da minha vida, pois eu estava saindo do ensino fundamental, totalmente estressado, sobrecarregado e perseguido. Descobrir-se LGBTQIA+ era algo que só acrescentou nessa carga estática que eu tinha que suportar, pois eram muitas questões pra tentar resolver e minha pouca idade agravava o que já estava terrível, já que eu não sabia mais quem eu era. Eu estava me deteriorando internamente, pois ser viada/sapata nesse tipo de ambiente é um pouco complicado, principalmente um antro educacional, o que é bem contraditório. Cresci e vivo até hoje numa comunidade indígena onde infelizmente há bastante intervenção cristã, mas que não deixou ser totalmente dominada, por conta do sincretismo, o que por um lado é bonito pra quem tem fé nesse tipo de rito, mas que por outro consequentemente levou ao povo esse sentido de que homoafetividade é algo tido como errado ou vergonhoso. Sendo que até agora nenhum encantado veio até mim em sonho e disse que tinha algo errado comigo, então tá tudo tranquilo. Nesse tempo eu achava que eu era gay, e foi dai que tudo começou a virar de ponta cabeça. Meu comportamento havia mudado, eu andava com outras gays, mas ainda havia lacunas na minha cabeça, e só o que vinha na minha cabeça eram perguntas como: “por quê eu sou assim, véi?”. Eu estaria mentindo se eu dissesse que não havia brigado com familiares e nesse rolo tudo eu acabei sendo expulso de casa, assim como outros pessoas da comunidade, além de ter sofrido ataques físicos e psicológicos, tanto que não descarto a possibilidade de que continuo sim sendo um alvo em potencial de algo muito pior. Nesse meio tempo eu também recebi apoio quando precisei de ajuda. Quando adentrei no ensino médio, não mudou absolutamente nada, as piadinhas continuaram as mesmas, apesar de ter outras gays na mesma escola, só que logo de cara, minha primeira impressão era que elas pareciam ter uma baita síndrome de Regina George, mas quem sou eu pra julgar? já julgando. Enfim, a partir dali era só ladeira abaixo, a solidão ia tomando conta e eu não tinha pra onde correr, eu negava minha sexualidade, mas por dentro sentia que tinha algo diferente em mim. Nessas eu fui ficando deprimido a ponto de cogitar cometer suicídio, por conta da soma derivada de problemas de aparência e contato constante com o bullying. Haviam meninas lésbicas, meninas trans/travestis das quais eu podia conversar, mas eu estava tão longe de mim e tão machucado que eu não conseguia interagir mais, eu me isolei completamente. Passei muito tempo da minha adolescência afundado em depressão, coisa que fez com que eu perdesse parte da minha coordenação motora e tivesse demais problemas em meu corpo, tanto que hoje em dia eu me pergunto se as pessoas só me suportam por simpatia, ou acham que eu sou louco. A internet tem se tornado vital no meu processo de entendimento, já que haviam muitas comunidades no Facebook oriundas de paginas de humor que satirizavam ações de divas pop, que reuniam bastante pessoas LGBTQIA+ em grupos como Lana del Ray Vevo, Seapunk V3V0, Frases pra Você, reallycool.gif. Conhecer pessoas semelhantes me deram uma luz diante da penumbra que era minha vida nesse período. Muita gente termina desistindo da vida por conta dessas circunstâncias, eu mesmo já desisti, mas não cheguei a por um ponto final nela, por conta que desde pequeno sempre fui alguém que sonhou muito, tinha aspirações, apesar das constantes podamentos de asas. Me apoiei muito numa musica do Snow Patrol chamada “Run”, cujo refrão foi um gás a mais pra tentar seguir em frente. Mais tarde, depois de ter conhecido muita gente, ter viajado pra uma porção de lugares, começado a trabalhar com cultura que é algo que me contempla, ter feito novos amigos e sido repatriado em antigos círculos, adentrado outros contextos, ter me reconhecido mais intensamente enquanto indígena, participado de movimentos, ter questionado a fundo algumas coisas que eu sentia e descoberto que eu sou sim bissexual, o mundo tomou uma nova forma, deixou de ser mais limitado e ocioso. Apesar de ainda sim, ter muita coisa pra ser colocada em seu devido lugar, acredito que meu ponto final se tornou um ponto e virgula. Claro, que nesse processo eu perdi algumas coisas das quais não quero abordar aqui por ser muito pessoal. Obvio que não estou imune a comentários preconceituosos, ninguém está, mas eu tento respeitar o máximo as pessoas pra que me respeitem por igual. Já entrei sim em alguns embates dentro e fora da internet pra defender meus amigos, que são sempre alvos de comentários maldosos por mais que os autores dos comentários insistam que não era a intensão. Cansei de receber perguntas capciosas e totalmente invasivas de outras pessoas, como se a vida de um LGBTQIA+ fosse reduzida apenas a sexo e nada mais, pois parece que nos enxergam como a personificação da promiscuidade, que transa com todo mundo em tudo quanto é lugar, o que é um absurdo. Nenhum de nós quer saber com quem, você que é heterossexual, está transando e como está, então por quê diabos você quer saber da nossa vida intima? Acertados esses pontos, essas são algumas das coisas que são triviais a serem pensadas nesse dia. Que apesar de ser um dia de luta e resistência, não esconde o fato de que nos demais dias do ano muitas pessoas da comunidade morrem por serem quem são e por amarem e desfrutarem dum afeto entre iguais sem machucar ninguém. É cientificamente comprovado que a homofobia é algo patológico, é algo que precisa de tratamento, quando não é possível tratar de forma pedagógica, por mais que muitos justifiquem-se usando aquela velha passagem de Levítico no Antigo Testamento, o que é contraditório, por motivos de que aquele é o único trecho que lhes convêm, e muitos vão contra a todo o contexto pois muitos fazem a barba, e usam roupas de tecidos diferentes, tipo, algodão e poliéster. Se não fosse por isto não haveria o Novo Testamento, e nem era minha intenção citar a Bíblia aqui sendo que nem cristão eu sou, veja só. Esse texto aqui não é uma forma de dar palco pra quem pratica a violência, mas um abraço de conforto e empatia por todas as gays afeminadas, as bi, as lésbicas, as trans e travestis e demais pessoas que se enquadram nas demais letras da sigla, que tem de matar um leão por dia pra sobreviver nesse mundo que ainda é muito heteronormativo, que nos negam direitos e até mesmo nossa existência, mas que deixamos claro que não vamos deitar em momento algum pra pra opressão, que nossa vida é tão importante quanto. Pois toda forma de amor é justa.
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com113g4 · 5 years
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ENTREVISTA COM CECÍLIA, MULHER INDÍGENA DO POVO PATAXÓ
Como é a vida na sua comunidade Pataxó?
A vida em um aldeamento se dá primeiramente pela coletividade. Todas as atividades são para um ganho de todos de uma forma igual. Algumas aldeias têm escola indígena e unidade de saúde da família, as que não têm essa estrutura física têm o acesso garantido da mesma forma. Fazemos várias produções como pescas artesanais, produções de farinha de mandioca e artesanatos.
Como o seu povo está lidando com um governo que se mostra contra os interesses indígenas?
Para os povos indígenas, os ataques sempre existiram e esse governo é apenas mais um que se opõe a nós. Já se passaram governos menos ruins, mas nenhum que abraçasse a causa indígena como um todo. A estratégia é continuar resistindo e lutando até o último índio nessa sociedade de 519 anos de opressão aos povos originários.
Qual a sua percepção da atual crise da Funai?
A crise da Funai é apenas uma das estratégias que esse governo genocida vem realizando. Visto que a Funai é o único órgão mediador dos povos indígenas, se torna um foco de primeira instância nos ataques do governo, seguindo agora com ataques ao meio ambiente que é o nosso lar e formas de nós sobrevivermos.
Houve mobilização dos Pataxós, para ajudar as aldeias atingidas?
Sou Pataxó e quando uma das aldeias do meu território foi atingida todas as outras aldeias se mobilizaram. E independente do número de aldeias, o movimento indígena traz essa articulação das lideranças e comunidades, pois a coletividade não é só de indígena pra indígena, mas sim de aldeias para aldeias e territórios também.
Como você enxerga a relação entre as tradições indígenas e as inovações tecnológicas do mundo moderno?
Vejo como uma forma de agregar, mas nunca excluir aquilo que nos faz retornar a nossa essência que são as tradições. Questões como essa é a própria universidade, a tecnologia que nós indígenas estamos apropriando para dar um suporte e defender as nossas comunidades. Muitas pessoas acham que se sairmos da aldeia iremos deixar de ser indígenas ou se utilizarmos celular, computador, entre outros. Mas, o que faz com que sejamos indígenas está para além do que temos, do que usamos ou dos estereótipos. Ser sábio é uma urgência, pois a sabedoria nos mostra que podemos ter o que quisermos sem deixar de sermos o que somos. O mundo do não indígena possui uma diversidade de coisas e oportunidades, o que não podemos é esquecer da nossa luta.
Quais as formas que a sua comunidade encontra de resistir às imposições culturais exercidas desde a colonização até os dias atuais?
A resistência territorial é a primeira delas. Pois a nossa existência nos territórios indígenas provoca muita insatisfação e revolta, não só ao governo, mas também aos que se aliam a ele. As retomadas que são ditas "invasões de terras" que nada mais são do que a retomada do espaço que já foi nosso e foi roubado de formas bem violentas por meios de grandes massacres. A prática das nossas atividades e tradições também é uma forma de resistir, bem como a visibilidade nas mídias sociais para as questões das comunidades e ambientais.
Qual o papel das terras indígenas na preservação do meio ambiente?
Visto que grande parte das áreas de preservação ambiental está nos territórios indígenas, vejo os povos indígenas como guardiões da biodiversidade. Por isso somos atacados diariamente. A nossa ciência e o conhecimento das matas são de suma importância para essa preservação e mais uma vez coloco que quem mais vem sofrendo com o derramamento do óleo e a queimada da Amazônia são os povos indígenas e as Comunidades tradicionais. Os não indígenas vão sofrer logo logo também, pois uma vez que o meio ambiente é desmatado leva anos pra se recuperar.
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gazeta24br · 2 years
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A Marcha Democracia, Direitos dos Povos e do Planeta, tradicional evento do Fórum Social Mundial (FSM) que reúne ativistas dos mais diversos campos em uma caminhada animada e colorida, expondo as pautas de reivindicação dos movimentos que integram o evento, ocorreu na noite desta quarta-feira (25), no centro de Porto Alegre. O fórum foi criado em 2001, em Porto Alegre, para contrapor o Fórum Econômico Mundial, que ocorre anualmente em Davos, na Suíça. A ideia é debater pautas sociais, de inclusão, diversidade e sustentabilidade. Desde então, a maioria das edições ocorreu em Porto Alegre, mas também já foram organizadas edições em Mumbai (Índia, 2004), em Nairóbi (Quênia, 2007), em Dakar (Senegal, 2011), em Túnis (Tunísia, 2015) e em outras cidades brasileiras, como Belém (2008) e Salvador (2018). [caption id="" align="alignnone" width="754"] Marcha do Fórum Social Mundial foi animada por uma pequena bateria de escola de samba no abre-alas e pelo grupo Maracatu Truvão - Tânia Rego/ Agencia Brasil[/caption] A diretora do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, Kátia Marko, explica que a maioria das atividades do fórum é autogestionada, ou seja, os próprios movimentos e entidades organizam os debates, oficinas, intervenções artísticas, rodas de conversa e atividades culturais. Kátia destaca que, desde 2016, o fórum perdeu força e tamanho, mas, em Porto Alegre, continuou a ocorrer o Fórum Social das Resistências, que foi virtual nos dois últimos anos, por causa da pandemia de covid-19. Agora, com a mudança de governo e a situação da pandemia mais controlada, os movimentos sociais estão em festa. “Neste momento, a gente retomar ele [Fórum Social das Resistências] aqui dá uma alegria, aquece o coração de estar reencontrando as pessoas. Principalmente nesse momento em que estamos retomando o Brasil e as políticas públicas. Tu sente que as pessoas estão resgatando essa esperança. Tem muita coisa para ser feita, não vai ser fácil, mas agora nós temos portas e possibilidades de realmente construir esse outro mundo que a gente tanto vem lutando e querendo desde o primeiro fórum, em 2001.” De acordo com Kátia, o balanço preliminar do Fórum Social Mundial tinha 1.500 pessoas inscritas e 170 atividades autogestionadas programadas, além de sete grandes mesas de debates organizadas pelo comitê facilitador do evento. Ativistas Na marcha, foi possível ver as mais diversas pautas sociais, desde questões globais, como a luta da Marcha Mundial das Mulheres, até locais como o movimento contra a concessão dos parques públicos de Porto Alegre. Fórum Palestina Livre, visibilidade LGBTQIA+, trabalhadores rurais, indígenas, movimento negro, sindicatos e partidos políticos de esquerda, entre outros, se uniram na caminhada. Animada por uma pequena bateria de escola de samba no abre-alas e pelo grupo Maracatu Truvão na parte final do cortejo, a marcha parou algumas vezes para gritar “sem anistia”, em referência aos crimes atribuídos ao ex-presidente Jair Bolsonaro e aos vândalos que fizeram o ataque golpista às sedes dos Três Poderes em Brasília no dia 8. Uma das pessoas que carregou a faixa do Fórum Mundial Social foi a líder indígena Kantê Kaingang. Ela diz que desde os primeiros fóruns os povos originários viram no evento um espaço importante de diálogo e união. “O fórum para nós indígenas é muito bom, é o encontro dos filhos da Terra, para nós se unir positivamente, para terminar com a diferenças. O nosso presidente, com muito trabalho que trouxemos ele de volta. Enquanto aquele que foi embora queria matar o ser humano, queria matar a Mãe Terra, tentou matar os meus parentes. Ele [Bolsonaro] tava apoiando essas mineradoras. Mercúrio, veneno, tudo isso. Mas graças a Deus colocamos de volta nosso irmão Lula” [caption id="" align="alignnone" width="754"] Participantes da Marcha Fórum Social Mundial apresentaram diversas reivindicações dos movimentos que integram o evento - Tânia Rego/ Agencia Brasil[/caption]
Espaço da democracia Militante da ONG LGBTQIA+ Nuances, Célio Golin considera que o fórum se consolidou internacionalmente como um espaço da democracia, no qual é possível discutir temas como política de inclusão social e de participação da população. “Para nós, da população LGBT, é muito importante porque é o espaço onde nós podemos disputar, junto com os outros movimentos, essa visibilidade, esse empoderamento. Eu acho que a democracia, para ser representativa, precisa estar contemplando todos os públicos e nós, LGBTs, historicamente participamos do Fórum Social Mundial e precisamos retomar o Fórum Social Mundial no seu protagonismo que teve no início”. Para a ativista da saúde mental, feminista, negra, periférica e do hip-hop Solange Gonçalves Luciano, o fórum proporciona visibilidade para temas pouco debatidos. “É importante porque só assim os invisíveis se fazem visíveis, mesmo que queiram nos tornar invisíveis. Eu vim porque eu queria respirar vida. Se a gente ocupar o nosso lugar no sentido de não ser o lugar que as outras pessoas tentam nos colocar, a gente se vê e sente que faz bem. A gente tem que se colocar, para encher aquele lugar onde queremos estar”. [caption id="" align="alignnone" width="754"] Participantes do Fórum Social Mundial realizam marcha no centro de Porto Alegre - Tânia Rego/ Agencia Brasil[/caption] Desde a primeira edição Participante do fórum desde a primeira edição, o serigrafista Marcelo Roncato diz que atua em vários movimentos, como o contra a privatização dos parques públicos, a agroecologia e o camponês. Para ele, o fórum enriquece todos os movimentos. “É uma troca de experiência entre várias experiências do Brasil e até da América. Fortalece os movimentos daqui, porque tu já identifica que essas pautas não são só da cidade. Elas ultrapassam os estados e até países, então é muito importante tu trocar ideias e ver que tem experiências mais avançadas.” O Fórum Social Mundial vai até sábado (28). A programação completa está disponível no site do evento. Edição: Fábio Massalli
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pipocacompequi · 5 years
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[Lançamentos] Abril 2019
Mês passado não teve pois fiquei dodói, mas esse mês com tanta coisa boa não tem como deixar passar em branco não é mesmo? Abril tem muita coisa boa, muita variedade e Deus nos abençoe junto com nosso bolso pra poder bancar tantas sessões rs Bora conferir os lançamentos desse mês então...
PARA ASSISTIR AOS TRAILERS CLIQUEM NO TÍTULO DO FILME!
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DATA DE LANÇAMENTO 04/03
DUAS RAINHAS
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Quem estava com saudade das queridinhas que há alguns meses estavam sob os holofotes da mídia em seus trabalhos que deram o que falar? Estou falando de Saoirse Ronan que brilhou em “Lady Bird - A Hora de Voar (2017)” e Margot Robbie de “Esquadrão Suicida 2016)”.
Mary (Saoirse Ronan), ainda criança, foi prometida ao filho mais velho do rei Henrique II, Francis, e então foi levada para França. Mas logo Francis morre e Mary volta para a Escócia, na tentativa de derrubar sua prima Elizabeth I (Margot Robbie), a Rainha da Inglaterra.
MUSSUM, UM FILME DO CACILDES
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Quem ai gostava de “Os Trapalhões”? Então se você é um desses fãs da turma, irá lembrar de um dos personagens mais queridos, o Mussum, que agora terá sua história contada nas telonas.
A trajetória do humorista e sambista Antônio Carlos Bernado Gomes, o "Mussum", é contada de diferentes ângulos. São reveladas facetas mais sérias da figura que foi eternizada no imaginário popular brasileiro por sua participação no programa "Os Trapalhões". Por trás de sua persona humorística e debochada, Antônio Carlos mantinha uma rotina de responsabilidades com sua família, projetos e compromissos. A sinopse oficial ainda não foi divulgada.
SHAZAM!
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E continuando os lançamentos dos filmes de heróis do ano, temos mais um da DC Comics que inclusive é de grande espera dos fãs do gênero. Eu não pretendo conferir nos cinemas, mas confere ai a história:
Billy Batson (Asher Angel) tem apenas 14 anos de idade, mas recebeu de um antigo mago o dom de se transformar num super-herói adulto chamado Shazam (Zachary Levi). Ao gritar a palavra SHAZAM!, o adolescente se transforma nessa sua poderosa versão adulta para se divertir e testar suas habilidades. Contudo, ele precisa aprender a controlar seus poderes para enfrentar o malvado Dr. Thaddeus Sivana (Mark Strong).
UM FUNERAL EM FAMÍLIA
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Vocês sabem que eu adoro indicar essas comédias com atores negros como era febre nos anos 90/2000 e que agora tem ganhado força novamente em alguns países, essa por exemplo tem cara de que vai arrancar boas risadas de quem for conferir nos cinemas.
Madea (Tyler Perry) e seus companheiros achavam que estavam indo para uma reunião de família como outra qualquer. Porém, tudo se transforma em um pesadelo quando de repente eles precisam planejar um funeral no meio de sua viagem a Georgia.
DATA DE LANÇAMENTO 11/03
AFTER
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Estavam com saudades de filmes adaptados de livros? Então se é fã dessas sagas a próxima que promete ter o mesmo público de “50 Tons de Cinza(2015)” e de “Crepúsculo (2008)”.
Baseado no romance de Anna Todd, o filme retrata a jornada de Tessa Young (Josephine Langford), uma jovem de 18 anos com uma vida simples: ótimas notas na escola, muitos amigos e um namorado doce. Todos os próximos passos de sua vida já estão planejados, mas as coisas desandam quando ela conhece um homem rebelde e rude com segredos sombrios que mudam sua vida.
Bem familiar a história né? cabe a nós decidir se esse cliché será bom ou não, eu to ansioso pra conferir mesmo não sendo fã do gênero.
AYKA
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Agora é a vez dos filmes mais alternativos e que está fora dos costumes de quem adora um catálogo do puro. Olha a história que interessante:
Ayka (Samal Yeslyamova) é uma jovem de origem cazaque, que vive ilegalmente em Moscou. Ela dá à luz num hospital local, mas abandona o seu filho por medo de ser descoberta e deportada. Logo depois, ela enfrenta as complicações pós-parto, a fome, a solidão, a falta de emprego e a perseguição da máfia local, a quem deve dinheiro. Um dia, os mafiosos exigem que Ayka volte ao hospital, recupere o bebê e entregue a eles.
DE PERNAS PRO AR 3 
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O sucesso da franquia Sex Delícia faz com que Alice (Ingrid Guimarães) rode o mundo, visitando os mais diversos países em uma correria interminável. Sem tempo para se dedicar à família, quem assume a casa é seu marido João (Bruno Garcia), que cuida dos filhos Paulinho (Eduardo Mello) e Clarinha (Duda Batista), de apenas seis anos. Cansada de tanta agitação, Alice decide se aposentar e entregar o comando dos negócios à sua mãe, Marion (Denise Weinberg). Porém, o surgimento de Leona (Samya Pascotto), uma jovem competidora, faz com que mude seus planos
Então se você está com saudades desse que é o maior gênero nacional, ou seja, que mais vende e claro, saudades das loucuras sensuais da Alice, não pode perder a terceira e última parte dessa franquia de sucesso nacional.
SUSPÍRIA - A DANÇA DO MEDO
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Susie Bannion (Dakota Johnson), uma jovem bailarina americana, vai para a prestigiada Markos Tanz Company, em Berlim. Ela chega assim que Patricia (Chloë Grace Moretz) desaparece misteriosamente. Tendo um progresso extraordinário, com a orientação de Madame Blanc (Tilda Swinton), Susie acaba fazendo amizade com outra dançarina, Sara (Mia Goth), que compartilha com ela todas suas suspeitas obscuras e ameaçadoras.
DATA DE LANÇAMENTO 18/03
A MALDIÇÃO DA CHORONA
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Gente este mês está recheado de filmes de suspense/terror né? Então quem é fã do gênero nem tem como reclamar. E outra grande opção que tem sido esperada por milhares de fãs da lenda é “A Maldição de Chorona”.
Na Los Angeles da década de 1970, uma assistente social criando seus dois filhos sozinha depois de ser deixada viúva começa a ver semelhanças entre um caso que está investigando e a entidade sobrenatural La Llorona. A lenda conta que, em vida, La Llorona afogou seus filhos e depois se jogou no rio, se debulhando em lágrimas. Agora ela chora eternamente, capturando outras crianças para substituir os filhos.
CHUVA É CANTORIA NA ALDEIA DOS MORTOS 
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E teremos um filme com a temática indígena olha que bacana! Acho importante ter dentro do cronograma dos grandes cinemas até mesmo os alternativos, filmes que abordam uma cultura tão importante como esta, e sendo uma colaboração do Brasil com Portugal, vale o confere em...
Ihjãc é um jovem do povo Krahô, aldeia indígena localizada em Pedra Branca, no interior do Brasil. Depois de ser surpreendido pela visita do espírito de seu falecido pai, ele se sente na obrigação de organizar uma festa de fim de luto, comemoração tradicional da comunidade. 
CÓPIAS - DE VOLTA À VIDA
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Keanu Reeves que está muito em alta por conta do sucesso da franquia da qual ele protagoniza que inclusive terá sua terceira parte nos cinemas ainda este ano “ John Wick: Parabellum”, tem um novo filme agora de ficção científica para nos trazer mais ação. Se você foi fã de “O Confronto (2001)”
Depois de um grave acidente de trânsito que matou toda a sua família, um neurocientista (Keanu Reeves) sente que perdeu o sentido da vida. Utilizando seu meio de trabalho, ele se torna obcecado em trazê-los de volta, mesmo que isso signifique desafiar boa parte do governo e, principalmente, as leis da física.
O GÊNIO E O LOUCO 
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Outra saudade para se matar este mês é do excelente ator Mel Gibson que no seu novo filme, conta a história real de dois homens ambiciosos que tentam concluir um dos maiores projetos do mundo: a criação do Dicionário Oxford. Um deles é o Professor James Murray (Mel Gibson), que tomou a decisão de iniciar o compilado, em 1857, e o outro é Doutor W.C. Minor (Sean Penn), que contribuiu com mais de 10.000 verbetes para o dicionário estando internado em um hospício para criminosos. Os dois têm suas vidas ligadas pela loucura, genialidade e obsessão.
O MAU EXEMPLO DE CAMERON POST
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Chloe Grace Moretz que é uma excelente atriz e sou muito fã inclusive, está chegando com seu mais novo e polêmico trabalho. Dessa vez sem poderes sobrenaturais como em “Carrie - A Estranha (2013)” e sem ser atacada por aliens como em “A 5° Onda (2016)”.
Flagrada pelo namorado transando com a melhor amiga em pleno baile de formatura, Cameron Post (Chloe Grace Moretz) é enviada pela tia para um centro religioso que afirma curar jovens atraídos pelo mesmo sexo, mas para se submeter ou não ao suposto tratamento, a adolescente precisa antes descobrir quem é de fato.
Então temos neste mês um filme polêmico com a temática LGBTQ+ e esperamos que não tenha o mesmo fim que “BoyErased (2019)” que foi retirado do calendário dos cinemas nacionais, com suspeita de boicote por conta do atual cenário político que vivemos aqui.
DATA DE LANÇAMENTO 25/03
A ÁRVORE DOS FRUTOS SELVAGENS
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Sinan (Doğu Demirkol) é um jovem apaixonado por literatura que sempre sonhou em se tornar um grande escritor. Ao retornar para o vilarejo em que nasceu, ele faz de tudo para conseguir juntar dinheiro e investir na sua primeira publicação. O problema é que seu pai deixou uma dívida que atrapalhará os seus planos.
O ANO DE 1985
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Inspirado pelo curta-metragem premiado de mesmo nome, "1985" segue Adrian (Cory Michael Smith), um jovem que vai passar o natal com a família  em sua antiga cidade no Texas durante a primeira onda de crise da AIDS. Sobrecarregado após uma tragédia indescritível em Nova York, Adrian se reconecta com seu irmão (Aidan Langford) e seu amigo de infância (Jamie Chung), enquanto luta para revelar um segredo aos pais religiosos.
VINGADORES: ULTIMATO
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Após Thanos eliminar metade das criaturas vivas, os Vingadores precisam lidar com a dor da perda de amigos e seus entes queridos. Com Tony Stark (Robert Downey Jr.) vagando perdido no espaço sem água nem comida, Steve Rogers (Chris Evans) e Natasha Romanov (Scarlett Johansson) precisam liderar a resistência contra o titã louco.
Tá todo mundo louco por essa estreia, então já preparem-se para o filme de herói do ano.
Então gente eu vou ficando por aqui, espero que os lançamentos tenham agradado vocês, marquem na agenda pra não perderem nenhum dos filmes que esperam tanto para estrear ok? Mês que vem tem mais Lançamentos e eu volto pra mostrar tudinho aqui no Pipoca. Boa semana a todos!
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