Tumgik
#Direitos Fundamentais Digitais na Era Digital
adriano-ferreira · 5 months
Text
Direitos Fundamentais Digitais
Os direitos fundamentais são os direitos básicos individuais, sociais, políticos e jurídicos que são previstos na Constituição Federal de uma nação. Eles são baseados nos princípios dos direitos humanos, garantindo a liberdade, a vida, a igualdade, a educação, a segurança e etc. Os direitos fundamentais referem-se aos direitos do ser humano reconhecidos e positivados no direito constitucional…
View On WordPress
0 notes
artigianatodigitale · 4 months
Text
Neurodireitos: Protegendo o Cérebro na Era Digital
Introdução
Em um mundo cada vez mais interconectado e moldado por tecnologias digitais, surge a necessidade urgente de proteger os direitos fundamentais relacionados ao nosso cérebro e suas funções. É nesse contexto que os neurodireitos ganham relevância, defendendo a autonomia, a privacidade e a integridade mental dos indivíduos na era digital.
O que são neurodireitos?
Os neurodireitos englobam um conjunto de princípios e normas que visam garantir a proteção dos direitos humanos relacionados ao cérebro e suas funções. Eles abrangem diversas áreas, como:
Privacidade mental: Proteção contra a coleta, o uso e o compartilhamento não autorizados de dados neurais.
Autonomia cerebral: Liberdade de tomar decisões sobre o próprio cérebro e seu funcionamento, sem coerção ou manipulação.
Integridade mental: Proteção contra danos físicos, psicológicos ou químicos ao cérebro.
Igualdade de acesso: Garantia de que todos os indivíduos tenham acesso equitativo a neurotecnologias e tratamentos neurológicos.
Por que os neurodireitos são importantes?
Com o avanço das neurotecnologias, como interfaces cérebro-máquina, neuroestimulação e edição genética, surgem novos desafios éticos e jurídicos. Os neurodireitos visam garantir que essas tecnologias sejam utilizadas de forma responsável e ética, respeitando os direitos e liberdades individuais.
Quais são os principais desafios para os neurodireitos?
Falta de consenso: Ainda não há uma definição universalmente aceita do que constitui os neurodireitos.
Desafios tecnológicos: O desenvolvimento de neurotecnologias complexas exige medidas de segurança e controle adequadas.
Implicações éticas: O uso de neurotecnologias levanta questões éticas complexas, como a manipulação da mente e o livre arbítrio.
Desigualdade de acesso: O acesso a neurotecnologias pode ser desigual, exacerbando as disparidades sociais.
O que podemos fazer para defender os neurodireitos?
Promover o debate público: É fundamental discutir os neurodireitos em diferentes fóruns, como a academia, a sociedade civil e o governo.
Apoiar pesquisas: Investimentos em pesquisas sobre neurodireitos são essenciais para o desenvolvimento de marcos legais e políticas públicas adequadas.
Exigir transparência: As empresas que desenvolvem neurotecnologias devem ser transparentes sobre seus métodos e garantir o uso responsável de seus produtos.
Cobrar responsabilidade: Governos e instituições internacionais devem criar mecanismos para responsabilizar aqueles que violarem os neurodireitos.
Conclusão
Os neurodireitos são um campo em constante evolução, mas sua importância é cada vez mais evidente. Ao defendermos esses direitos, protegemos nossa autonomia, privacidade e integridade mental na era digital, garantindo um futuro mais justo e equitativo para todos.
0 notes
bunkerblogwebradio · 7 months
Text
A civilização está se desintegrando?
Tumblr media
Ativistas climáticos entraram no Museu do Louvre, em Paris, e jogaram sopa de cenoura na Mona Lisa, de Leonardo da Vinci. Com certeza, se tal coisa acontecesse no Whitney Museum, em Nova York, ninguém teria notado a diferença. Mas a Mona Lisa é a pintura mais reverenciada de toda a cristandade (essa é uma palavra que você não ouve mais!). 
A pintura não foi danificada porque está atrás de um vidro à prova de balas. Ainda assim, há algo assustador neste evento. Claro, você pode atribuí-lo a ativistas climáticos com danos cerebrais que estão provavelmente dopados em algo, como a maioria. Parte das drogas que tomam é ideologia, como pregado atualmente pelo Fórum Econômico Mundial, Harvard e Universidade de Paris. 
Essas crianças estúpidas estão apenas colocando em prática o que lhes está sendo ensinado. E o que lhes está sendo ensinado? Deixando de lado toda a linguagem complicada e teorização intrincada em tratados gigantes, tudo se resume a uma mensagem. 
A civilização é corrupta. A beleza é uma mentira. Liberdade é exploração. Direitos são mitos. Todas as instituições que as pessoas consideram que servem às suas necessidades estão, na verdade, destruindo a mãe natureza e envenenando todas as coisas. Portanto, nada disso tem valor. Tudo precisa ir embora. 
 Eles estão tão convencidos dessa visão de mundo que pensam estar engajados em ativismo efetivo e de princípios, tentando destruir a pintura mais amada do mundo. Você poderia chamar isso de insanidade, mas então você teria que dizer o mesmo sobre grandes quantidades do consenso entre as principais elites do mundo na mídia, governo, fundações sem fins lucrativos e academia. 
Essa podridão é dominante entre todos. Como no mundo chegamos a este lugar? Anos atrás, fiz um mergulho profundo na literatura conservadora da época, que alertava para a vinda de ataques fundamentais aos valores do Ocidente. Levei todos a sério, mas apenas intelectualmente a sério. 
Eu nunca acreditei verdadeiramente que a ameaça vazaria da academia para o mundo real e, finalmente, afetaria nossas vidas públicas e privadas. E, no entanto, aqui estamos. Eu subestimei completamente o poder de ideias verdadeiramente ruins. Elas não ficam na sala de aula. Se as crianças nessas cadeiras, trapaceando na escola e tomando pílulas para virar as noites, acabam sendo contratadas por instituições de prestígio no governo e nas finanças, elas passam a habitar as alturas dominantes das instituições mais poderosas do mundo. 
 No meu período mais ingênuo de pensamento durante a ascensão da tecnologia digital, eu havia me convencido de que todas essas ameaças eram apenas ruído. Superaríamos todas elas por meio da inovação selvagem e do desencadeamento da energia criativa do empreendedorismo no espaço digital. Nesse caso, instituições antigas, como as universidades, pouco importam. Esse era o velho mundo, enquanto estávamos construindo o novo. Essa visão me cegou para a podridão sob nossos pés. As novas empresas digitais cresceram e acabaram sendo capturadas pelo inimigo. A mídia acompanhou. 
O Estado administrativo que ninguém elegeu afundou suas garras em tudo e em todos. Foi assim que uma visão de mundo perversa acabou sendo imposta ao mundo. Tudo parecia acontecer enquanto dormíamos. Havia sinais de alerta de que tudo isso viria depois de 2016. 
Devemos viver em um sistema em que o povo controla o governo, e não o contrário. Quase imediatamente tornou-se óbvio que todo o establishment trataria sua presidência como se fosse falsa. Disseram que os russos o elegeram magicamente. Disseram que ele era um homem ruim e, portanto, não poderia estar no comando. A imprensa era constantemente hostil, dia após dia. Toda a burocracia administrativa se propôs a desafiar todos as suas ações. Não foi apenas oposição às suas políticas. Era a oposição a todo um ethos e filosofia de vida, que está enraizada em algo autenticamente americano. Foi nesse ponto que todo o establishment decidiu fingir que Donald Trump não existia, ou talvez apenas trabalhar para sua inexistência. 
Algo semelhante estava acontecendo no Reino Unido ao mesmo tempo. Os eleitores apoiaram o afastamento da governança da Comissão Europeia e o regresso ao antigo grupo autônomo de Estados chamados Inglaterra, Escócia, Irlanda e País de Gales. Eles se dariam muito bem. Boris Johnson foi eleito primeiro-ministro com um mandato: implementar o Brexit. O deep state estava determinado a resistir. Trump, por sua vez, chegou lamentavelmente despreparado e ingênuo. Ele acreditava que o sistema ainda funcionava. Agora que ele era presidente, ele estaria no comando. Aos poucos, aprendeu o contrário. 
Demorou muito tempo para chegar a um acordo com a profundidade da conspiração que o cercava. No final de seu primeiro mandato, exausto das lutas intermináveis, a profunda burocracia descobriu o caminho para enrolá-lo e destruir sua presidência. Eles o enganaram para emitir ordens de lockdown. O mesmo aconteceu no Reino Unido. Os lockdowns fizeram mais do que isso. Eles introduziram no mundo inteiro a noção de que nem mesmo as violações mais escandalosas dos direitos e liberdades tradicionais estavam fora da mesa. O mundo pode mudar em um segundo. Podemos tentar experiências completamente desagradáveis em toda a população humana. Podemos até fazer com que toda a mídia corporativa, tecnologia, academia e medicina acompanhem isso, enquanto punimos e silenciamos toda a dissidência. 
 A questão não era realmente lograr algo. Nunca houve um fim de jogo. O objetivo era ilustrar o que era possível. Foi a imposição global de choque e espanto. E assim continuou até que os vândalos percebidos como Donald Trump e Boris Johnson fossem expulsos do cargo de uma vez por todas, para que o Estado administrativo e sua agenda perversa para o resto de nós tivessem então um caminho livre. Desde aqueles dias, o mundo tem estado em chamas com guerras, migrações em massa, enormes divisões políticas e um esforço frenético por parte das pessoas em todo o mundo para recuperar a paz e a serenidade que todos nós conhecíamos. Estamos tendo algum sucesso, mas é muito limitado. 
A razão é que os responsáveis passaram a pensar nas pessoas que governam como insurrecionistas, uma turba indisciplinada que deve ser contida para que sua revolução não falhe e todos os seus esforços sejam em vão. Eles ressaltaram o ponto no absurdo tribunal canguru sobre a suposta "insurreição" de 6 de janeiro de 2021. E houve esforços agora para manter Donald Trump fora das urnas, citando a Seção 3 da 14ª Emenda, escrita para impedir que oficiais confederados ocupem cargos, posteriormente anulada pelo Congresso. 
O mesmo trecho da emenda proíbe a participação política de qualquer pessoa que "ajude e estimule" uma insurreição. Este é provavelmente outro caminho para como os verdadeiros vândalos vão difamar qualquer um que queira detê-los. A revolução contra a civilização assume muitas formas, algumas calmas e aparentemente científicas e outras absurdas e diretamente destrutivas. Eles falam da necessidade de parar as mudanças climáticas, mas o verdadeiro alvo é seu padrão de vida, até mesmo sua capacidade de se manter aquecido em sua casa ou viajar distâncias. 
Eles falam da necessidade de uma agricultura "sustentável", mas estão realmente indo atrás da agricultura e pecuária tradicionais, até mesmo sua capacidade de comprar carne bovina e suína. Eles falam de diversidade, equidade e inclusão, mas na verdade trata-se de direcionar para a exclusão um grupo inteiro de pessoas que estão resistindo ao grande reset. As elites farejam esse tipo de discurso, como se fosse tudo muito extremo e alarmista. 
Dizem que devemos apenas nos acalmar e relaxar porque tudo vai ficar bem. Mas e se eles estiverem errados? E se não houver volta de onde as elites estão nos levando? Pergunto porque realmente não tem volta. Uma vez que o pilar central da vida civilizada – até mesmo os básicos, como liberdade e direitos humanos – se foram, não há como recuperá-los, não por gerações muito depois de termos passado desta terra. Esses são alguns grandes pensamentos, mas estes são tempos de emergência. A tentativa de desfiguração da Mona Lisa pode parecer uma brincadeira barata de algumas crianças malucas, mas temo que seja simbólica de muito mais. Quanto mais disso precisamos ver antes de percebermos que esses são os tempos que podem mudar todo o curso da história? Ou fazemos algo ou vemos tudo se desfazer.
Jeffrey A. Tucker
0 notes
tecnologiadainformacao · 10 months
Text
Fronteiras Inexploradas: Tecnologia da Informação na Vanguarda da Inovação Global
A Tecnologia da Informação (TI) é a força motriz que impulsiona a inovação em uma escala global. Este artigo mergulha nas fronteiras inexploradas da TI, explorando as últimas tendências e desafios que moldam a vanguarda da evolução tecnológica.
1. Realidade Aumentada (RA) e Virtual (RV): Transformando Experiências Interativas
A fusão entre realidade aumentada e virtual está revolucionando as experiências interativas. Desde simulações imersivas até treinamentos personalizados, essa convergência está abrindo novos horizontes em entretenimento, educação e até mesmo em setores como saúde e manufatura.
2. Biometria e Autenticação Multifatorial: Reforçando a Segurança Digital
Com a crescente preocupação com a segurança digital, a biometria e a autenticação multifatorial emergem como soluções robustas. Impressões digitais, reconhecimento facial e autenticação baseada em comportamento fortalecem as defesas contra ameaças cibernéticas, garantindo a proteção dos dados sensíveis.
3. Computação Afetiva: A Emoção na Interatividade Humano-Computador
A computação afetiva introduz a dimensão emocional na interação humano-computador. Sistemas capazes de reconhecer e responder a emoções humanas não apenas personalizam a experiência do usuário, mas também têm aplicações significativas em saúde mental, educação e interfaces mais intuitivas.
4. Edge AI: Inteligência Artificial no Limiar da Rede
A implementação de Inteligência Artificial no Edge, ou Edge AI, leva o poder da IA diretamente para dispositivos periféricos. Essa abordagem não apenas reduz a latência, mas também possibilita a execução de algoritmos complexos em dispositivos locais, preservando a privacidade e a segurança dos dados.
5. Robótica Autônoma: Avançando Além da Automação Industrial
A robótica autônoma vai além da automação industrial, adentrando espaços como a entrega autônoma e a exploração espacial. Robôs capazes de aprender e adaptar-se ao ambiente estão transformando setores inteiros, redefinindo as possibilidades da interação entre máquinas e humanos.
6. Tecnologia 6G: Preparando-se para a Próxima Revolução de Conectividade
Enquanto o 5G se torna mais difundido, a pesquisa já se volta para o 6G. Com velocidades ainda mais rápidas, baixa latência e capacidades de conectividade massivas, o 6G promete ser a próxima revolução na forma como nos comunicamos e interagimos digitalmente.
7. Inteligência Artificial Explicável (XAI): Transparência em Algoritmos Complexos
A busca por Inteligência Artificial Explicável (XAI) é uma resposta à necessidade de transparência em algoritmos complexos. Garantir que as decisões da IA sejam compreensíveis e auditáveis é essencial para construir confiança e mitigar possíveis preconceitos em sistemas automatizados.
8. Privacidade Digital: Desafios e Soluções na Era da Informação
A privacidade digital assume um papel central na conversa sobre ética e segurança. Ferramentas como computação segura e a implementação de padrões rigorosos de privacidade são essenciais para equilibrar a necessidade de dados para inovação com a proteção dos direitos individuais.
9. Impacto da TI na Economia Circular: Reduzindo Desperdícios Tecnológicos
A TI desempenha um papel crucial na transição para uma economia circular. Práticas como a reciclagem de equipamentos eletrônicos, a reutilização de componentes e a fabricação sustentável contribuem para reduzir os desperdícios tecnológicos e minimizar o impacto ambiental.
10. Ética na Coleta e Uso de Dados: Rumo a Padrões Universais
A discussão sobre ética na coleta e uso de dados é essencial na era da informação. Estabelecer padrões universais para garantir a transparência, a segurança e o consentimento informado torna-se imperativo para garantir que o progresso tecnológico não comprometa valores éticos fundamentais.
Conclusão: Navegando nas Fronteiras da Inovação Tecnológica
Ao explorarmos as fronteiras inexploradas da Tecnologia da Informação, percebemos que a evolução tecnológica é uma jornada contínua. Navegar nesse território requer não apenas habilidades técnicas, mas também um compromisso com a ética, a responsabilidade e a compreensão do impacto global da inovação. Que este artigo seja um guia inspirador para aqueles que buscam desbravar o desconhecido na vanguarda da revolução tecnológica global.
0 notes
Text
Nudez no Instagram: arte ou pornografia?
O nu feminino e masculino está presente na arte há mais séculos do que as esculturas gregas e pinturas renascentistas podem assinalar. Nos novos e complexos tempos digitais, algumas obras que incluem nudez são vistas como pornográficas, eliminando artistas e fotógrafos dos nossos ecrãs.
Susana Ramos
Chantal Convertini é uma fotógrafa sediada na Suíça que, como tantos outros artistas, aposta nas plataformas sociais como meio de divulgação do seu trabalho – embora seja uma estratégia que, confessa, lhe traz “sentimentos contraditórios” e alguns dissabores. “Estou a tentar navegar o meu próprio caminho para superar esta plataforma, mas estar dolorosamente consciente da energia emocional que investi aqui ao longo dos anos torna-o tão difícil como terminar um relacionamento com alguém.” Uma publicação em que dois rostos de diferentes etnias repousam em costas descobertas foi sinalizada enquanto “violenta”, e eliminada pelo Instagram a 18 de novembro de 2021. Como esta, tantas outras tiveram o mesmo fim, consideradas como “linguagem sexual explícita”. A nudez está presente na arte ocidental há mais de quatro séculos, mas nas plataformas digitais este conceito é desenhado com traços difíceis de definir.
“O meu trabalho é sobre a expressividade e a emoção do corpo.” Através das suas publicações, a artista quer mostrar todos os sentimentos que pautam a figura humana  como algo “natural e não inerentemente sexual”. O brilho nos olhos com que fala na sua intenção artística desvanece quando vê que todas estas dimensões humanas são cobertas pelo mesmo véu da promiscuidade. No mundo digital, as pinturas de Peter Paul Rubens são retiradas por infração de normas e a Vénus de Willendorf é considerada pornográfica, enquanto coabitam contas como a Playboy (que se assumem como sexuais).
[formato digital]
O nu artístico faz parte dos grandes museus um pouco por todo o mundo, desde a Vénus de Milo (que data do século II a.C.) à Olympia de Manet, passando pelo famoso  Nascimento de Vénus de Botticelli (1484). O ser humano despido era um meio para retratar deuses e estabelecer padrões de beleza, mas não foi imune a polémicas nem a censuras como a Inquisição. Aceitação e repressão da nudez sempre andaram de mãos dadas, muito dependentes daquilo que é definido como pornográfico, gráfico/explícito ou artístico. No Instagram, a realidade é muito semelhante.
Janna Joceli Omena, professora de Estudos de Plataformas e Social Media na Universidade Nova de Lisboa, revela que a chave para descodificar este fenómeno no caso das plataformas sociais pode ser resumida em duas palavras que descansam nos cantos esquecidos das aplicações: community guidelines. Estas normas funcionam como mandamentos ou regras fundamentais de cada plataforma. Nelas consta o que deve ou não circular na plataforma (proíbe, por exemplo, a partilha de imagens protegidas por direitos de autor ou de apelo à violência), como devemos ou não interagir com outros utilizadores (ao precaver fraudes e grupos de crime organizado) e o modo de expressão dos utilizadores (ao condenar o uso de discurso de ódio e ameaças). Entre todas estas regras, incluem-se as que englobam o combate ao conteúdo pornográfico. Salvo raras exceções (como o Reddit e o 4chan), as linhas pelas quais as regras ditadas parecem universais entre as plataformas, mas vagas.
Toda a lista de diretrizes está acessível a qualquer um à distância de um clique. No “Centro de Ajuda” do Instagram, a regra parece simples: “Sabemos que, por vezes, as pessoas podem querer partilhar imagens com nudez de natureza artística ou criativa, mas por vários motivos, não permitimos nudez no Instagram”. No entanto, nenhum desses motivos é revelado ao utilizador confuso ou ao artista inconformado. Traçam-se linhas vermelhas em todas as publicações que contenham “relações sexuais, genitais e nádegas em grande plano completamente expostas”. Qualquer um de nós, ao criar um perfil na plataforma, se submete e concorda implicitamente com o seu funcionamento. Em caso de incumprimento, seguem-se as penas: “se alguém tenta publicar algum tipo desse conteúdo, cada plataforma tem os seus tipos de moderação para não permitir que ele vá adiante”, esclarece Janna Joceli Omena.
Veneno contra a pornografia ou contra a liberdade de expressão?
É uma pergunta simples, com uma resposta complexa — se é que existe solução para este dilema. Se em épocas em que a acessibilidade de imagens íntimas e sexuais através de jornais e revistas preocupava os mais sensíveis ao tema, tudo se amplifica quando conseguimos obtê-las à distância de um toque. Pornografia de vingança, pornografia não consentida, manipulação de imagens comprometedoras, a lista de ameaças potenciadas pela internet e pelas plataformas sociais é quase infinita.
Noutro prisma, pode ler-se nas normas da comunidade do Instagram que a plataforma é “um reflexo de uma comunidade diversa de culturas, idades e crenças”, o que implica necessariamente abordagens distintas em relação ao modo como o corpo e a sexualidade são vistas. A mesma lógica aplica-se a museus e exposições: em 2018, João Ribas demitiu-se da direção do Museu de Serralves após a exposição de Robert Mapplethorpe ter salas de acesso proibido a menores, quando defendia que não deveria haver censura nem separação de obras apesar das sensibilidades serem distintas entre visitantes.
Já nas plataformas sociais, foi entregue a confiança aos utilizadores para escrutinar os seus pares — uma espécie de polícia interna em que cada um tem o poder de denunciar o que pode estar de errado na atividade que observa, que é depois avaliada pela equipa por detrás de cada plataforma. Como esse esforço se mostra insuficiente para a avalanche de conteúdos que percorrem os nossos ecrãs e se multiplicam a cada segundo, são necessárias grandes soluções para grandes problemas.
No entanto, este é um jogo em que apostar todas as fichas em ‘cortar o mal pela raiz’ traz prejuízos escondidos. David Kaye, relator especial da ONU, emitiu um comunicado em 2017, onde considera que eliminar ou proibir todo o tipo de imagens sexuais ou de nudez poderá ter “um impacto negativo nas conversas sobre género, sexualidade e saúde reprodutiva”. Kaye parece ter previsto uma distinção entre sexos que se observa nas entrelinhas das restrições.
À lista de partes do corpo censuráveis, foram acrescentadas “​​fotos de mamilos femininos” como alvos a abater. Seguiu-se uma luta pela lista de exceções apresentada pelo Instagram (que se afigura agora como uma matriz comum a várias plataformas, como o Facebook): “contexto de amamentação, parto e pós-parto, situações relacionadas com saúde (por exemplo pós-mastectomia, sensibilização para o cancro da mama ou cirurgia de confirmação de género) ou um ato de protesto”. O caso da nudez artística, apenas em “fotos de pinturas ou esculturas”, é visto como “aceitável”.
Online e nas ruas, emergiram movimentos pela liberdade da nudez feminina semelhantes aos que nos anos 60 levaram a que a arte e a expressão do corpo fossem armas contra a desigualdade de género e as representações sexuais. Entre os principais responsáveis por estas reivindicações contam-se movimentos como o #FreeTheNipple, Breastfeeding entre outros — bem como criativas chamadas de atenção de que “Hollyboob” foi palco. O fenómeno a alterar é definido. O inimigo a abater? Não é assim tão claro.
Distinguir aliados de inimigos torna-se ainda mais difícil quando “as plataformas respondem à sociedade também”, sublinha Janna Joceli Omena com sensatez, relembrando a outra face da moeda. “Para nós elas podem servir para comunicarmos com pessoas, mas são um modelo de negócio —  sobrevivem porque fazem dinheiro e lucram com o público que lá está.”
Algoritmos: os juízes ocultos
A chave do sucesso e lucro do Instagram (e dos seus semelhantes) parece residir numa única palavra: algoritmo. Que todos nós já a ouvimos em algum ponto das nossas vidas, não existem dúvidas. No entanto, Paulo Nuno Vicente, professor da Universidade Nova de Lisboa especializado em algoritmos e inteligência artificial, alerta que, ao longo da nossa convivência com o termo, se foi perdendo o seu verdadeiro sentido. O professor esclarece como um algoritmo faz o seu trabalho. Primeiro, o algoritmo começa por analisar (através da matemática e computação) quais as que publicações transgridem as normas de nudez estabelecidas ao incluírem partes do corpo interditas – é o algoritmo que “determina qual o problema a endereçar”. Depois de identificadas, as publicações são reportadas à equipa do Instagram ou eliminadas automaticamente.
Os programadores reúnem uma série de imagens de uma mesma coisa para que os algoritmos aprendam a detetar sozinhos quando ela surge numa publicação. Esta “lógica de dados de aprendizagem” é usada nos nossos telemóveis quando detetam em quais das nossas fotos aparece o rosto um familiar nosso ou um amigo, por exemplo. O mesmo se aplica à busca pelas publicações de nudez, em que os algoritmos detetam o que é censurável na imagem: publicações que exponham o seio feminino na sua totalidade são automaticamente reconhecidas e sinalizadas. Para que não seja detetado e o as suas obras passem incólume a este mecanismo, artistas desfocam ou pintam o peito feminino nas suas fotografias.
Mais do que uma forma genérica de nos referirmos à inteligência artificial, o algoritmo é uma fórmula que reúne regras e procedimentos e que se alimenta de uma matéria prima essencial: dados, as imagens que publicamos, os conteúdos com que interagimos, as nossas preferências. Paulo Nuno Vicente esclarece que a evolução tecnológica deu as mãos à explosão das plataformas, o que permitiu a “conversão dos nossos comportamentos digitais em representações numéricas” e o aperfeiçoamento dos algoritmos ao longo dos anos.
Da tecnologia algorítmica ao modelo de negócio das plataformas é um pequeno passo, em que todo o secretismo parece pouco. Um algoritmo bem conseguido só é rentável quanto melhor guardado for — quer dos utilizadores, quer de investigadores. Autênticas ‘caixas negras’ que apenas técnicos especializados conseguem decifrar, estes algoritmos são permanentemente atualizados e ajustados, quase como organismos que se desenvolvem ao longo dos tempos. Como resultado, quando utilizamos a Google, o Facebook ou Instagram, “duas pessoas diferentes podem não ter acesso exatamente à mesma versão da plataforma”, explica Paulo Nuno Vicente, revelando o quão complicado é, então, o entendimento de como funcionam.
Estes algoritmos são ‘treinados’, não só para nos sugerirem o que queremos ver, mas também para o reconhecimento automático de imagens — é aqui que mergulhamos na questão da nudez artística ou censurável. “Estão documentados inúmeros casos de viés, discriminação e racismo codificados nos sistemas algorítmicos”, refere Paulo Nuno Vicente. A tecnologia é fruto da criação humana, o que faz com que algoritmos reflitam “valores, normas e práticas de quem (individual ou empresarialmente) os desenvolve” – entre eles, “o caso das noções de ‘socialmente aceitável’ em relação à nudez”.
Os algoritmos são para os artistas que partilham obras online o que as entidades reguladoras das atividades culturais são para as exposições nos museus. Dar a uma tecnologia a capacidade de distinção que é ‘senso-comum’ aos seres humanos é um milagre envenenado. “Eliminaram imagens censuradas, fotografias de rostos dizendo que eram violentas”, relembra Chantal, com frustração e revolta no olhar. “Eliminaram todo o meu perfil argumentando que eu vendia ações sexuais e uso linguagem sexual explícita e nada disto foi nem é verdade.” Nunca consegue atribuir uma causa para o sucedido: deteção errada pelo algoritmo, denúncia de pessoas ou sinalização de moderadores da plataforma.
Omena revela mais uma camada desta realidade, desta vez no prisma laboral. Trabalhadores especializados responsáveis pela moderação de conteúdo estão sujeitos a um desgaste psicológico intenso e contínuo, em contacto com todos os tipos de publicações suscetíveis de ferir a sensibilidade de qualquer um — conteúdo gráfico, violento, ofensivo, criminoso, e a lista continua. “Um erro também pode estar ligado com esta realidade”, mesmo sem viés implícito. Do mesmo modo, pode argumentar-se que o algoritmo é também alimentado pelos hábitos daqueles que utilizam as plataformas sociais, respondendo às suas preferências e discernimento. Se uma grande proporção de utilizadores considera determinado tipo de conteúdo censurável ou inapropriado, o algoritmo responderá nesse sentido. Nesta rede de culpados e enganos, o conhecimento técnico permite-nos encontrar mais tonalidades do que preto ou branco.
Aceitar, evitar ou lutar?
“Durante muito tempo ‘lutei’ contra ele”, assume a fotógrafa enquanto reflete sobre a sua relação conturbada com o algoritmo do Instagram. “Criei arte que apontava diretamente em direção à censura e ao absurdo que é, escrevi artigos e descrições com queixas e passei o meu tempo zangada com ele.” À medida que pesquisava mais sobre o assunto e não verificava mudanças com o passar do tempo, Chantal procurou outras alternativas à plataforma para que pudesse continuar a partilhar a sua arte e a obter rendimento — como o Patreon, uma comunidade em que fãs contribuem monetariamente para ver conteúdos exclusivos de artistas que seguem.
No entanto, evitar o Instagram por completo deu à artista a sensação de que estaria “a apoiar uma visão do corpo como algo proibido”, o que choca com os seus valores. Por enquanto, mantém a página ativa, mas investe com mais liberdade e sem constrangimentos em saídas “mais sustentáveis e valiosas” — livros, exposições, workshops e uma newsletter. Alternativas que poderiam ser conciliadas com as plataformas sociais caso, desabafa a artista, “a Meta [empresa detentora do Instagram e Facebook] se preocupasse com os utilizadores e não apenas com o dinheiro”. Uma alteração de foco que, na sua opinião, não passa por constrangimentos tecnológicos: “poderiam facilmente criar um algoritmo melhor, métodos para lidar com a censura e desenhar uma linha mais precisa entre arte e pornografia; simplesmente não é rentável”.
Janna Joceli Omena realça também a simbiose que existe entre técnica e sociedade, muito mais complexa do que se pode imaginar. Quando campanhas como Breastfeeding reúnem jornalistas, celebridades e ativistas em torno de uma causa, “chega a um ponto em que isso muda a política de dados e guidelines”. O mesmo ocorre quando a mudança vem de dentro da própria empresa. Daí à alteração do modo como o algoritmo lê determinados tipos de imagens é um pequeno passo.
Até lá, iniciativas como a Don’t Delete Art denunciam eliminações e restrições das plataformas, enquanto divulgam o trabalho de artistas silenciados — seja pelo algoritmo, políticas humanas, ou por lapso informático. Em águas incertas de mecanismos ocultos e diretrizes que fluem à medida que as sociedades mudam, os artistas procuram alternativas e permanecem de pedra e cal, à espera de melhores tempos.
1 note · View note
Text
UE/Presidência: Declaração sobre direitos digitais é “pontapé de partida” para futura carta internacional
UE/Presidência: Declaração sobre direitos digitais é “pontapé de partida” para futura carta internacional
O secretário de Estado para a Transição Digital anunciou a assinatura da Declaração de Lisboa sobre direitos digitais, que qualificou de “pontapé de partida” para uma futura carta de direitos fundamentais na era digital. A declaração, intitulada “Democracia Digital com um Propósito”, tem por objetivo “alimentar a discussão em torno dos direitos digitais”, sublinhou André […]
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
alvaromatias1000 · 5 years
Text
Novas Tecnologias e Mercado de Trabalho 4.0
Hélio Zylbertajn é professor sênior da FEA­USP e coordenador do Projeto Salariômetro da Fipe. Bruno Oliva e Gabriel Neto são pesquisadores da Fipe. Publicaram artigo (Valor, 29/04/19) intitulado “Novas Tecnologias e Mercado de Trabalho 4.0“. Reproduzo-o abaixo.
“A sociedade brasileira atravessa um momento de grandes desafios e transformações em diferentes esferas. Com o mercado de trabalho não é diferente: a aprovação da reforma trabalhista, em 2017, pode ser entendida como uma resposta a conflitos e demandas que já se avolumavam sob a superfície das instituições e das relações do mercado de trabalho.
Nesse contexto, uma das principais novidades da reforma envolveu o fortalecimento das negociações coletivas como mecanismo para ajustar e refinar os termos e condições de trabalho, garantindo a empregadores e trabalhadores maior autonomia e segurança jurídica para buscar soluções para conflitos e questões específicas de suas rotinas produtivas, sem comprometer direitos fundamentais. [Observa-se o frágil poder de barganha dos trabalhadores desempregados nesse contexto recessivo.]
De forma geral, pode-se assumir que reformas institucionais – entendidas também como revisões das “regras do jogo” – podem ser úteis para acomodar e reduzir atritos, custos e incertezas que derivam do embate entre a dinâmica própria do mercado, de um lado, e a rigidez das instituições regulatórias, de outro.
Um dos exemplos de descompasso entre mercado e instituições envolve as dificuldades envolvidas no reconhecimento e enquadramento formal de novas formas e modalidades de trabalho, especialmente aquelas que se popularizam na esteira de inovações e mudanças tecnológicas.
Nos últimos anos, esse diagnóstico pode ser aplicado ao número crescente de indivíduos que tem buscado refúgio do desemprego e da insegurança no trabalho autônomo, firmando parcerias com as chamadas “plataformas digitais” — ferramentas na base de modelos de negócio de empresas e startups nascidas em um ambiente digital, como é o caso da Uber, AirBnB, Loggi, iFood, Rappi entre outras.
Em comum, essas empresas são popularmente conhecidas pelo desenvolvimento de aplicativos móveis. Eles facilitam a combinação entre demandantes e ofertantes de determinados serviços — como transporte de passageiros, hospedagem, realização de entregas de pacotes, encomendas e refeições — por meio do compartilhamento e uso eficiente de recursos e ativos ociosos economia.
Graças às vantagens oferecidas em relação a alternativas tradicionais e já estabelecidas no mercado (como maior agilidade, conveniência e transparência), as iniciativas classificadas sob o conceito de “economia do compartilhamento” têm sido responsáveis por transformar a realidade de diferentes setores da economia, oferecendo novas experiências para empresas e consumidores, além de oportunidades de trabalho e experiência profissional para uma parcela relevante da população dos grandes centros urbanos.
A despeito do potencial inovador e do poder disruptivo das plataformas, capazes de desarticular estruturas e práticas tradicionais em diferentes mercados, as novas modalidades de trabalho têm enfrentado resistência para serem reconhecidas e legitimadas, tanto por parte de entidades representativas e sindicatos, quanto por órgãos do poder público e Judiciário.
Em boa medida, essa resistência pode ser atribuída à prevalência de uma concepção idealizada do “vínculo de emprego“, a partir da qual se construiu uma fronteira entre o “trabalho bom/desejável” e o que é comumente chamado de “trabalho precário“, caracterizado pela ausência de um ou mais dispositivos historicamente atrelados à carteira assinada e ao contrato de trabalho permanente (como seguro-desemprego, proteção contra demissões, limites rígidos às jornadas de trabalho, entre outros).
Pela generalização dessa lógica, qualquer arranjo ou modalidade de trabalho que se afastasse minimamente da “norma padrão do emprego” — como ocorre no caso do trabalho autônomo formal — acarretaria a sujeição automática do trabalhador a condições degradantes de remuneração, segurança e higiene, o que justificaria a recepção desses arranjos no rol de práticas ilícitas pela Justiça do Trabalho.
Hoje, entretanto, essas concepções merecem ser debatidas com base em dados e análises rigorosas, levando-se em conta não só a necessária adequação institucional às transformações tecnológicas e tendências de mercado, mas também o impacto esperado de políticas e posicionamentos orientados pela busca do bem-estar.
Se, por um lado, é evidente que ainda existem práticas e problemas que merecem ser devidamente combatidos e solucionados no mercado de trabalho (entre os quais se destaca o próprio quadro de elevado desemprego e informalidade), por outro, é fundamental que se considere criticamente o papel e o potencial das novas tecnologias em termos de:
geração de oportunidades de trabalho,
crescimento profissional e
exercício da autonomia para uma parcela importante da população.
Com base no reconhecimento crítico das transformações em curso no mercado de trabalho, abre-se espaço para que o debate se desenvolva sobre outras questões importantes, como:
formas de representação das novas categorias,
negociações em termos de remuneração,
treinamento e capacitação etc.
Pelo exposto, entende-se como necessária a revisão da forma como são recepcionadas as novas modalidades e expressões do mercado de trabalho, substituindo-se uma diretriz pautada apenas pela proteção do emprego por iniciativas que tenham como objetivo a promoção e a proteção do mercado de trabalho.
Na nova ótica, o conjunto de dispositivos instituídos historicamente para proteger o trabalhador contra a demissão são substituídos ou suplementados, progressivamente, por meios e garantias de qualificação e aprendizado contínuos da força de trabalho, proporcionando aos indivíduos maior mobilidade entre postos de trabalho e ocupações, bem como novos caminhos para realização profissional e ascendência na carreira.
No limiar da era do “Trabalho 4.0“, o arcabouço institucional e regulatório construído sobre a égide do contrato de trabalho e do emprego permanente se vê diante do desafio de se reinventar para contemplar e reconhecer o trabalho sem contrato e sem vínculo empregatício, oferecendo a esses indivíduos o acesso à formalização, ao pleno reconhecimento econômico e social.”
Novas Tecnologias e Mercado de Trabalho 4.0 publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com
0 notes
Photo
Tumblr media
NOTÍCIAS JURÍDICAS - INVESTIGAÇÃO CRIMINAL - COLETA DE DNA DOS CIDADÃOS.
Publicado no site DELEGADOS.COM matéria jornalística em que o insigne Ministro do Supremo Tribunal Federal, ALEXANDRE DE MORAES, defende coletar DNA das pessoas visando formar um BANCO DE DADOS, para fins de investigação criminal.
Leia a íntegra da matéria clicando AQUI: DELEGADOS.COM
Ministro do STF defende coletar DNA da população para apurar crimes.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes defendeu nesta segunda-feira (30), durante uma palestra em um evento de peritos criminais, que o Estado colete não só as digitais dos cidadãos para identificá-los, mas também seu DNA, a fim de aprimorar as investigações de crimes.
"Qual o problema de se realizar um cadastramento de DNA, que é um exame nada invasivo? Eu, na verdade, propus inclusive à época [quando era ministro da Justiça] para o presidente do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] que se fizesse, no recadastramento eleitoral, não só a biometria [coleta das digitais], mas já a coleta de DNA”, disse Moraes.
“Se você pode e deve, constitucionalmente, dar sua identificação, que é a digital, hoje mais moderno que isso é o DNA. Obviamente, lá atrás a Constituição [de 1988] não ia prever isso, porque estava engatinhando a questão do DNA. São medidas importantes para se combater a criminalidade mais grave, organizada”, afirmou.
Moraes participou na manhã desta segunda-feira, em São Paulo, do lançamento da InterForensics 2019 (Conferência Internacional de Ciências Forenses), que será realizada em maio na capital paulista.
No Brasil, há uma lei sobre coleta de DNA bem menos abrangente que a proposta feita por Moraes, e que mesmo assim já causa controvérsia entre especialistas. A lei em vigor prevê a coleta de material genético apenas de pessoas condenadas por crimes hediondos e dolosos praticados com violência grave.
Segundo a APCF (Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais), porém, a lei no Brasil não tem sido cumprida a contento, e apenas 2% dos perfis genéticos de criminosos que deveriam estar no banco foram efetivamente registrados.
O tema ainda deverá ser discutido pelos ministros do Supremo. Desde o ano passado há na corte um recurso extraordinário apresentado pela Defensoria Pública de Minas relativo a um caso específico de um homem condenado no estado.
A Defensoria argumenta que a coleta forçada do DNA dele afronta direitos como o da não autoincriminação (o direito que um indivíduo tem de não produzir provas contra si mesmo).
O STF reconheceu a repercussão geral (para todos os outros casos) da decisão que vier a tomar nesse recurso oriundo de Minas, e, no ano passado, realizou uma audiência pública sobre o assunto. O relator do recurso é o ministro Gilmar Mendes. Ainda não há data para julgamento.
Em dezembro passado, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao Supremo que negue o pedido da Defensoria Pública de Minas.
“O instrumento aqui em discussão [a coleta de DNA de pessoas condenadas por crimes graves], em vez de abstrair a dignidade humana, tem por finalidade precípua promovê-la, sem afetar o núcleo essencial de qualquer direito assegurado a investigados e condenados”, afirmou Dodge.
“Cabe ao Estado não só permitir o aprimoramento dos instrumentos existentes para a investigação criminal mas, também, prover os meios para tanto necessários, a fim de assegurar os direitos fundamentais de todos os cidadãos, entre eles, o direito à vida, à segurança, ao livre desenvolvimento da personalidade, à integridade física e moral [...]”, disse.
A procuradora-geral também destacou, em seu parecer ao STF, que países desenvolvidos têm leis que autorizam a coleta de material genético de criminosos, "um reflexo da progressão científica".
Segundo peritos, um banco de dados de perfis genéticos bem estruturado ajudaria nas investigações de crimes como homicídios e estupros —a partir, por exemplo, da comparação de vestígios deixados pelo criminoso na cena do crime ou no corpo da vítima, como o sêmen, com os dados do banco.
UOL - DELEGADOS.com.br Portal Nacional dos Delegados & Revista da Defesa Social.
Para fins didáticos, em sede doutrinária, o eminente doutrinador, RENATO BRASILEIRO, sobre o conceito de PROVAS INVASIVAS e NÃO INVASIVAS assim delineia sobre o tema:
"e) direito de não produzir nenhuma prova incriminadora invasiva: nesse ponto, é importante entender o que se entende por intervenções corporais, assim como o conceito de provas invasivas e não invasivas.Intervenções corporais (investigação corporal ou ingerência humana) são medidas de investigação que se realizam sobre o corpo das pessoas, sem a necessidade do consentimento destas, e por meio da coação direta se for preciso, com a finalidade de descobrir circunstâncias fáticas que sejam importantes para o processo, em relação às condições físicas ou psíquicas do sujeito que sofre as intervenções, ou objetos escondidos com ele.
São exemplos de intervenções corporais: exame de sangue, ginecológico, identificação dentária, endoscopia, exame do reto, entre outras tantas perícias como o exame de matérias fecais, de urina, de saliva, exames de DNA usando fios de cabelo, identificações datiloscópicas de impressões dos pés, unhas e palmar e também a radiografia.
As intervenções corporais podem ser de duas espécies:
a) PROVAS INVASIVAS: são as intervenções corporais que pressupõem penetração no organismo humano, por instrumentos ou substâncias, em cavidades naturais ou não, implicando na utilização (ou extração) de alguma parte dele ou na invasão física do corpo humano, tais como os exames de sangue, o exame ginecológico, a identificação dentária, a endoscopia (usada para localização de droga no corpo humano) e o exame do reto;
b) PROVAS NÃO INVASIVAS: consistem numa inspeção ou verificação corporal. São aquelas em que não há penetração no corpo humano, nem implicam a extração de parte dele, como as perícias de exames de materiais fecais, os exames de DNA realizados a partir de fios de cabelo encontrados no chão, etc.....
Em se tratando de PROVA NÃO INVASIVA (inspeções ou verificações corporais), mesmo que o agente não concorde com a produção da prova, esta poderá ser realizada normalmente, desde que não implique colaboração ativa por parte do acusado.
Além disso, caso as células corporais necessárias para realizar um exame pericial sejam encontradas no próprio lugar dos fatos (mostras de sangue, cabelos, pelos, etc.), no corpo ou vestes da vítima ou em outros objetos, poderão ser recolhidas normalmente, utilizando os meios normais de investigação preliminar (busca e/ou apreensão domiciliar ou pessoal).
Por outro lado, cuidando-se de PROVA INVASIVAS, por conta do PRINCÍPIO DO NEMO TENETUR SE DETEGERE, a jurisprudência tem considerado que o suspeito, indiciado, preso ou acusado, não é obrigado a se autoincriminar, podendo validamente recusar-se a colaborar com a produção da prova, não podendo sofrer qualquer gravame em virtude dessa recusa. Em diversos julgados, o Supremo Tribunal Federal já se manifestou no sentido de que o acusado não está obrigado a se sujeitar a exame de DNA, mesmo no âmbito cível."
0 notes
cibercultura2017 · 7 years
Text
A CAUDA LONGA, CAP 1 E 5
Tumblr media
CAPÍTULO 1
O primeiro capítulo se inicia ilustrando como as livrarias online mudaram a realidade dos leitores com o método de recomendação de livros de acordo com prévias compras e acessos no site pelos usuários. Esse fenômeno não está presente apenas nas web livrarias, mas também por todas as empresas que decidem expandir seu comércio para o mundo da internet.
“Os dados sobre vendas e as tendências desses serviços e de outros semelhantes revelam que a economia emergente do entretenimento digital será radicalmente diferente da que caracterizava o mercado de massa. Se a indústria do entretenimento no século XX baseava-se em hits, a do século XXI se concentrará com a mesma intensidade em nichos.”
A TIRANIA DA LOCALIDADE
O tópico explica como o mundo do entretenimento optou pelo lançamento de sucessos para evitar falta de público na hora do consumo. Essa escolha acabou restringindo o gosto do público a um só, tudo para o bem da economia.
“No entanto, quase todos queremos mais do que apenas hits. As preferências de todas as pessoas em certos pontos se afastam da tendência dominante. Quanto mais exploramos as alternativas, mais somos atraídos pelas variantes. Infelizmente, nas últimas décadas, as alternativas foram relegadas às margens por poderosos veículos de marketing, feitos sob medida para indústrias que deles precisam como questão de vida ou morte.”
Com o mundo das vendas online rapidamente tomando todo o mercado do entretenimento, a variedade de conteúdo volta a existir por não estar mais sendo restrita ao espaço nas prateleiras e estantes das lojas físicas.
MERCADOS SEM FIM
Uma análise ilustra como fazia sentindo antigamente a escolha pela venda dos hits. 90% das vendas situava-se neles, então, era normal cortar o estoque. Tudo pelas vendas. Mas atualmente o corte não é mais necessário. Há espaço para todos. Os menos vendidos, segundo os gráficos do livro, apresentavam quase 15% da receita da empresa. Pra que perder tantos clientes quando há espaço para todos na internet? Se forma assim a Cauda Longa.
“Esses novos negócios com espaço infinito nas prateleiras efetivamente aprenderam as lições da nova matemática: um número muitíssimo grande (os produtos que se situam na Cauda Longa) multiplicado por um número relativamente pequeno (os volumes de vendas de cada um) ainda é igual a um número muito grande. E, ainda mais uma vez, esse número muitíssimo grande está ficando cada vez maior.”
A MAIORIA OCULTA
As vendas online possibilitaram a descoberta de uma grande quantidade de conteúdo na área do entretenimento que estava obscurecido pelos hits, quando as vendas se resumiam a prateleiras. Os consumidores do underground existem. O underground existe. Ele é enorme. E ele vende muito!
“Quando se é capaz de reduzir drasticamente os custos de interligar a oferta e a demanda, mudam-se não só os números, mas toda a natureza do mercado. E não se trata apenas de mudança quantitativa, mas, sobretudo, de transformação qualitativa. O novo acesso aos nichos revela demanda latente por conteúdo não-comercial. Então, à medida que a demanda se desloca para os nichos, a economia do fornecimento melhora ainda mais, e assim por diante, criando um loop de feedback positivo, que metamorfoseará setores inteiros — e a cultura — nas próximas décadas.”
CAPÍTULO 5 - Os novos produtores
A parceria entre profissionais e amadores pode dar muito mais frutos do que apenas profissionais trabalhando de forma isolada. As empresas usam a divulgação de dados online para que o trabalho em conjunto dos internautas amadores em diversas áreas possa acelerar o processo de evolução da empresa e poupar anos de pesquisa. No livro, os exemplos focam na astrofísica:
“Evidentemente, os Pro-Ams estão sujeitos a limites. A participação deles consiste, principalmente, em colher dados, não em criar novas teorias sobre astrofísica. Embora, às vezes, não consigam analisar de maneira adequada os dados que coletaram, sua participação na área parece assegurada. Como John Lankford, historiador da ciência, afirmou na revista Sky & Telescope, a bíblia dos astrônomos amadores dos EUA, "sempre restará alguma divisão de trabalho entre profissionais e amadores, mas, no futuro, será cada vez mais difícil distinguir os dois grupos".”
DEMOCRATIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS DE PRODUÇÃO
Com o advento da tecnologia, as ferramentas de produção de conteúdo hoje estão disponíveis para fácil compra e algumas vezes até de forma gratuita para download online. Produzir não é mais algo exclusivo de profissionais que são ricos o suficiente para tanto.
“A consequência de tudo isso é que estamos deixando de ser apenas consumidores passivos para passar a atuar como produtores ativos. E o estamos fazendo por puro amor pela coisa (a palavra "amador" vem do latim amator, "amante", de amare). O fenômeno se manifesta por toda parte — a extensão em que os blogs amadores estão disputando a atenção do público com a grande mídia, em que as pequenas bandas estão lançando músicas sem selo de gravadora e em que os colegas consumidores dominam as avaliações online de produtos e serviços é como se a configuração básica da produção tivesse mudado de "Conquiste o direito de fazê-lo" para "O que o está impedindo de fazer?". “
O FENÔMENO DA WIKIPÉDIA
Jimmy Wales queria criar uma enciclopédia gratuita e colaborativa. Com participação tanto de profissionais como de semi profissionais. Tudo que é necessário é acesso a internet para edição e adição de verbetes na plataforma. Hoje ela é a maior enciclopédia do planeta.
“Em vez de basear-se numa única pessoa inteligente ou num grupo de indivíduos privilegiados, a Wikipedia explora os conhecimentos de milhares de pessoas de todos os tipos — desde verdadeiros especialistas até observadores interessados — com muitos curadores voluntários que adotam verbetes e mantêm-se atentos à sua evolução. Na nova enciclopédia de Wales, 50 mil wikipedianos auto-selecionados equivalem a um Plínio, o Velho. “
A ERA PROBABILÍSTICA
Vai dar trabalho mas vai dar certo. A wikipédia pode não ser de um todo confiável mas, com o tempo, as melhorias e evoluções no conteúdo surgirão.
“Quando profissionais—editores, acadêmicos, jornalistas—estão dirigindo o espetáculo, pelo menos sabemos que compete a alguém cuidar de alguns atributos fundamentais, como exatidão. Mas, agora, dependemos cada vez mais de sistemas pelos quais ninguém é responsável; a inteligência é simplesmente "emergente", ou seja, parece surgir espontaneamente dos grandes números. Esses sistemas probabilísticos não são perfeitos, mas, sob o ponto de vista estatístico, são otimizados para, com o tempo, tornar-se excelentes. Eles foram concebidos para "aumentar de escala" e melhorar com o tamanho. Um pouco de confusão e possíveis falhas na microescala são o preço que se paga pela eficiência na macroescala.”
Porém, é sempre bom checar com outras fontes e manter a dúvida na cabeça após consultar um verbete na Wikipedia. Ou blogs. Ou  até mesmo o google. Pesquisar é o caminho para encontrar a resposta, pois ela, algumas vezes, pode não estar onde se olha primeiro.
O PODER DA PRODUÇÃO COLABORATIVA
Os colaboradores da wikipédia são pessoas extremamente engajadas e tem o objetivo de expandir o conhecimento online para todos que procuram algo na internet. Conhecimento à alguns cliques de distância. E esses colaboradores se encontram em todos os lugares da web, não apenas na wikipédia.
“Esse é o mundo da "peer production" (produção colaborativa ou entre pares), fenômeno extraordinário, possibilitado pela Internet, caracterizado pelo voluntarismo ou amadorismo de massa. Estamos na aurora de uma era em que a maioria dos produtores, em qualquer área, não será remunerada. A principal diferença entre esses amadores e seus colegas profissionais é simplesmente a lacuna cada vez menor nos recursos disponíveis, para que ampliem o escopo de seu trabalho. Quando as ferramentas de trabalho estão ao alcance de todos, todos se transformam em produtores. “
A ECONOMIA DA REPUTAÇÃO
“Embaixo, na cauda, onde os custos de produção e distribuição são baixos, graças ao poder democratizante das tecnologias digitais, os aspectos de negócios geralmente são secundários. Em vez disso, as pessoas criam por várias outras razões—expressão, diversão, experimentação etc. A razão por que o fenômeno assume características de economia e a existência de uma moeda no reino capaz de ser tão motivadora quanto o dinheiro: reputação. Medida pelo grau de atenção atraída pelo produto, a reputação pode ser convertida em outras coisas de valor: trabalho, estabilidade, público e ofertas lucrativas de todos os tipos. “
AUTO-EDITORAÇÃO SEM ACANHAMENTO
O dinheiro pode não ser o objetivo dos produtores independentes mas, no fim, podem acabar lucrando bastante de outras formas que não seja a venda propriamente dita dos seus produtos. E sem nenhuma editora famosa por trás dos livros, por exemplo, não há nada a temer ao lançar um conteúdo online. Só a esperar.
“Desde cineastas até bloguistas, produtores de todos os tipos, que começam na cauda, com poucas expectativas de sucesso comercial, podem dar-se ao luxo de correr riscos, pois têm menos a perder. Não há necessidade de licença prévia, de plano de negócios nem mesmo de capital. As ferramentas da criatividade agora são baratas e, ao contrário do que imaginávamos, o talento se distribui de maneira mais dispersa. Sob esse aspecto, a Cauda Longa talvez se transforme na área crucial da criatividade, lugar onde as ideias se formam e se desenvolvem, antes de se transformarem em sucessos comerciais.”
0 notes