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#Espaço Urbano
rtrevisan · 7 months
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Dimensionamento de equipamentos comunitários: referências de Célson Ferrari
Resguardados os devidos ajustes temporais e de realidades que separam os estudos de Célson Ferrari da nossa realidade brasileira atual, algumas referências numéricas daquele estudo merecem ser registradas para referência. Tal cuidado de observar a proporcionalidade entre demanda (demografia) e oferta de serviços públicos deveria ser sempre respeitado na formulação e nas alterações de qualquer…
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edsonjnovaes · 2 years
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Telhados verdes: benefícios para o consumo de energia
Telhados verdes: benefícios para o consumo de energia
Jardins de cobertura usam um dos melhores isolantes: solo e vegetação. Das florestas tropicais da América do Sul às florestas de coníferas da Europa, a vegetação sempre forneceu um refúgio natural do calor. Cobertura de árvores e vegetação rasteira protegem do sol, permitindo que a parte inferior fique fria. Trajano Xavier – Territorio Secreto. 5 de Janeiro, 2022 Em cidades de todo o mundo, os…
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Con.Vi.Ver
Revirei meu álbum de fotos e encontrei uma que fiz na noite escura ao sair da Starbucks e dar aos meus pés o sabor dos passos...
Vila Itororó Fiz essa foto num tempo anterior a esse… quando o meu passo tinha como destino a Alameda Santos. Lembro-me que a noite me convidou a caminhar e eu dei aos meus pés o sabor das calçadas da Avenida Paulista até a Brigadeiro Luís Antônio… Fui perfazendo os caminhos, sem mapas… sentindo o piso, prestando atenção nas construções. Esbarrei em casas antigas, em estilo europeu, implorando…
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arte-e-homoerotismo · 7 months
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Paul Cadmus (1904-1999) - Nu Masculino, por volta de 1969
Paul Cadmus é um pintor, pasteleiro e designer americano. dos quais este blog publica, desde 2016, todos os desenhos conhecidos.
Durante sua vida, alcançou fama com uma série de têmpera sobre tela retratando cenas de gênero urbano, parte do movimento social realista então dominante, misturando sátira, ironia e gosto pelo grotesco, e recebeu inúmeras encomendas. Na década de 1960, o seu trabalho revelou mais abertamente ao público uma forma de homoerotismo assertivo, entre outras coisas através de uma série de desenhos de nus masculinos, enquanto o seu estilo evoluía para o que se chamava de realismo mágico. Na segunda metade da vida, Cadmo desacelerou a produção pictórica e deu mais espaço ao desenho. É muito importante o trabalho desenhado de Paul Cadmus, constituído principalmente por nus masculinos, e por mulheres e homens do mundo da dança durante os seus exercícios. Sua técnica de desenho é acadêmica, lembrando muito a época barroca. Ele trabalha muito com papel colorido e mistura técnicas e ferramentas para alcançar um estilo pessoal. Seu uso de hachuras amplas e pequenas áreas sobrepostas para a modelagem de corpos é uma característica importante.
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esponsal · 5 months
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“Letícia, essa é a décima carta que estou te escrevendo, eu assumo que é difícil escrever para você. Ontem à noite eu tomei um porre de vinho seco e sem querer fucei as coisas velhas do passado e acabei encontrando uma foto sua, porra, você estava sorrindo na foto e eu me lembro de ter tirado aquela foto e ter sorrido também só porque vi você feliz. Eu ando tão cansado da vida na cidade grande e acho que o que me irrita mais é saber que tudo ficaria melhor se você estivesse aqui. Você tem razão, a cidade grande não é para amadores. Eu tenho saudades de casa, tenho saudades do café nordestino, do cheiro de manteiga derretendo no cuscuz que mainha fazia, eu tenho saudades do clima do mês de março, ninguém me avisou do frio que fazia aqui em São Paulo e que as pessoas parecem tão pálidas como se estivessem nos últimos minutos de vida, mas acima de tudo eu sinto saudades de receber as suas cartas me falando de como foi o seu dia, o mais banal, mais comum e simples. Eu queria ter trazido comigo uma parte sua, mas só trouxe fotos de quando éramos livres, ah é, eu tenho saudade disso, do gosto da liberdade ao seu lado. Hoje eu preparei um café para tomar e de tanto tempo que eu fiquei sentado pensando no que te escrever o café esfriou. O café fez círculos na minha xícara, círculos sem fim e sabe Lêh? Eu me sentia assim, como quem estava andando em círculos sem fins, esfriando num espaço imenso, mas ontem quando vi a tua foto algo em mim me fez querer te ver urgentemente, ouvir tua voz, ler suas palavras escritas num pedaço de papel, qualquer coisa. O dia hoje será longo e cansativo e eu só queria deitar no fim do dia e ter a sua companhia por mais tosco que isso possa parecer. Eu sinto saudades das conversas à distância com você. Eu não sei o que você anda fazendo, em nosso último contato você me contou sobre o Júlio, e eu acho que Júlio deve ser incrível, eu entendo. Eu sinto inveja de Júlio, sabia? Por isso que eu fiquei sem te escrever, eu sei, eu sei, eu sou imaturo, mas Júlio sabe o motivo da minha inveja. Porra, Letícia você me escreveu na última vez dizendo que não sabia o que Júlio viu em você, não sei se você dizia isso com um tom de piada porque Júlio viu a mesma coisa que eu vi e acho que todos os rapazes que atravessaram a sua vida viram que você é incrível. Júlio já notou o jeito que você se conforta no sofá quando vais ler e parece que está distante de tudo a sua volta? Ele já lhe viu cantando pela manhã de sábado enquanto você faz seu café? Ele já notou a forma como você pronuncia palavras polissílabas, eu achava isso tão poético em você, Letícia. Acho que Júlio já viu tudo isso e eu que só estou atrasado como sempre, sempre atrasado e hoje você anda tão atarefada depositando atenção a Júlio, mas sobrou algum tempo que você possa depositar para escrever algo para mim? Eu lerei qualquer coisa, me conte sobre como foi o seu dia, sobre a cor do céu de Portugal às seis da manhã, me conte sobre o gosto do cappuccino português e sobre o que você tem lido me envie uma recomendação, eu já terminei todas, me envie um poema, me escreva em um poema ou escreva sobre o dia ou sobre a noite. Estou ansiando saber de você e falo isso com toda certeza, meu café já era e o dia ainda está começando, e por ai? Escreva-me uma carta de cem, vinte ou três palavras, estou ao seu aguardo, me salve desse inferno urbano, Letícia.”
— Cartas para Letícia, de São Paulo para Portugal.
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osantocapra · 4 months
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17/02/2024
Retomando minha tradição anual, escrevo esta carta como lembrete da minha vida crua e cruel. Aonde qualquer resquício de esperança em um futuro melhor, não passe apenas de bobagens efêmeras. Alguns dos meus leitores devem me julgar como uma pessoa negativa, porém sou uma pessoa linear que mantém minhas crenças e atividades em constante harmonia.
Quando criança, tive a oportunidade de pertencer a uma família com certas condições financeiras e sociais que me proporcionaram uma melhor qualidade de vida. Até o início da adolescência tive dificuldades de aceitar o rumo que minha havia chegado. Essa tristeza é solidão me acompanham a muito tempo, e cada dia que passa me sinto intomo dela.
Meus aniversários nuncam foram objetos de comemoração, mesmo possuía total vontade de criar festas e momentos marcantes. O principal objeto em uma comemoração são pessoas, e pessoas nos quais são amigos em um bando. Outro objeto provavelmente é o dinheiro. No estado presente não possuo nenhum dos objetos.
Não lembrava da última vez que tive um aniversário sem bolo. No dia 17, fui acordado abruptamente por um parente. Tive que comprimir uma tarefa quase que obrigado. Cuidar da minha avó, que hoje já não demonstra vitalidade. Sabia que me dia seria ruim, porém as 10 horas da manhã tive certeza que minha vida está perdida.
Alguns parentes comemoram aniversário no meu mesmo dia. Eles com condições favoráveis fazem festa, saem, compra presentes e tomam café da manhã juntos em uma cafeteria cara. Acima de tudo eles se pertencem e ficam juntos. Eu não tive nada disso, inclusive poucas pessoas me enviaram um simples parabéns, outros que enviaram, fizeram por fazer ...
Descidi então que teria um dia especial. E as 11 horas da manhã, quando um outro acompanhante havia chegado para ficar co. minha avó. Fui de ônibus até outra cidade, caminhar em um centro urbano, olhar o movimento. Minha primeira pada foi o shopping, não comprei nada pois não tinha muito dinheiro. Não bebi nem comi apenas observei o movimentar das pessoas.
Segui meu caminho em um sebo famoso da cidade, tive uma conversa sem jeito com o dono do local, e novamente saí de mãos vazias. Comprei em uma farmácia um jogo de sabonetes cheirosos de glicerina por ter um preço razoável. De volta ao ponto de ônibus fui direto para casa, desconfortável no calor, com diversar pessoas compartilhando o mesmo espaço.
Tive um dia amargo, solitário, cheio de lembranças ruins. Eu pergunto a Deus todos os dias porque ele me odeia. Pergunta a Deus porque minja vida precisa ser assim miserável. Conheço pelo menos umas 10 pessoas ruins e todas tem sucesso social e financeiro. Sou uma pessoa boa e não mereço a vida que tenho.
Nunca imagina passar meu aniversário sem um bolo. Termino com esta frase. Espero conseguir chegar até o ano que vem. Espero conseguir realizar o básico em minha vida. Pelo menos isso. Espero que Deus olhe por mim e esqueça um pouco das pessoas ruins.
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lisboaumretrato · 29 days
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João Silva Leite + Filipa Serpa, Entre o doméstico e o urbano. Os sistemas de transição como espaço para um habitar colectivo, estudo tipológico,2023 https://revistas.rcaap.pt/cct/issue/view/1719
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poligrafoserio · 1 month
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BBC usa dados corrompidos de aeroportos para divulgar sustos sobre “calor extremo” e mudanças climáticas
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Na semana passada assistimos a uma ilustração dramática de até que ponto alguns dos principais meios de comunicação social se afastaram do processo científico no seu objectivo de catastrofizar o clima e pressionar a sociedade a aceitar a coletivização global Net Zero. “Londres vendo mais dias acima de 30 ° C, dizem os especialistas”, publicou uma manchete da BBC , com uma suposta sugestão de que Londres deve se adaptar à “nova realidade”. Mas acontece que os 'especialistas' usaram “dados de aeroportos para obter consistência em cidades do mundo, incluindo o City Airport em Londres”. É difícil pensar num conjunto de dados mais inadequado para promover noções de “calor extremo”, a não ser talvez para fazer medições junto à porta de um alto-forno. 
Versões semelhantes da história apareceram em vários meios de comunicação convencionais, incluindo Sky e the Independent , sugerindo que o material foi substituído a partir de um lançamento que circulou. Originou-se do Instituto Internacional para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (IIED), um grupo de reflexão ativista verde que coleta financiamento de uma ampla variedade de fontes governamentais e privadas. Diz-se que a análise faz parte de um projecto mais amplo que visa analisar a forma como as “mudanças climáticas” estão a afectar as cidades mais populosas do mundo. A Sky disse que o relatório do IIAD foi apenas um de uma série de alertas do ano passado, “sobre a necessidade premente de adaptar o país às alterações climáticas”. O pesquisador do IIED, Tucker Landesman, afirmou que estava claro que “o calor extremo veio para ficar e Londres deve se adaptar em breve para permanecer habitável para todos”.
Landesman é formado em estudos urbanos pela LSE e parece grande em wake woo-woo. 'Conectando descarbonização e justiça social' e 'Rumo ao desenvolvimento urbano centrado em queer', são duas de suas publicações recentes . Diz-se que Tucker está “particularmente interessado em abordagens interseccionais da pobreza urbana e da desigualdade”. Sem dúvida que estas são as suas áreas de especialização, mas ao comparar medições junto aos escapes de múltiplos aviões a jacto com o objectivo de fazer previsões do Termogedão, ele pareceria estar a operar fora da sua zona de conforto. Tendo em conta o que os cientistas descobriram sobre o efeito do calor urbano e o seu dramático efeito a curto prazo nas medições de temperatura, é difícil compreender por que razão a BBC está a dar espaço a esta “nova análise”. Ter de passar por aeroportos que são visivelmente mais quentes do que as áreas circundantes em edifícios com ar condicionado dificilmente é notícia de primeira página – a menos, claro, que haja alguma agenda pseudocientífica em acção.
A utilização de dados de locais inadequados tem prejudicado a recente recolha de medições precisas de temperatura na maioria das operações meteorológicas em todo o mundo. No início deste ano, o Daily Skeptic revelou que quase oito em cada dez locais de medição do Met Office do Reino Unido tinham enormes “incertezas” cientificamente designadas que efectivamente os desqualificavam para fornecer dados precisos. Apesar de tais grandes corrupções potenciais, o Met Office conseguiu afirmar, até um centésimo de grau, que o ano passado no Reino Unido foi apenas 0,06 ° C mais frio do que no ano anterior.
 A Organização Meteorológica Mundial classifica os locais meteorológicos de classe 1 a 5 com base na quantidade de corrupção de calor causada pelo homem que provavelmente ocorrerá próximo ao dispositivo de medição. A classe 4 vem com ‘incertezas’ de 2 ° C e estas representaram 48,7% das 380 estações de registro do Met Office. A classe 5 surge com ‘incertezas’ de 5 ° C e estas aplicam-se a 29,2% do total, sendo que muitas das estações assentam nas pistas dos aeroportos locais. Por exemplo, é feita referência frequente a leituras elevadas no aeroporto militar de classe 5 em Northolt.
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De acordo com os números oficiais do Met Office, que, como vimos, precisam ser considerados com bastante sal, houve um pequeno aumento na temperatura máxima média do verão desde meados da década de 1990. É cerca de 0,8 ° C, mas o aumento recente é apenas 1,2 ° C superior aos máximos médios registados nos registos menos corrompidos pelo calor urbano de cerca de 90 anos atrás. Dado que a temperatura global tem vindo a aquecer suavemente ao longo dos últimos 150 anos, como uma recuperação da Pequena Idade do Gelo, isto não é surpreendente. O que teria sido considerado um verão “bom” em meados da década de 1930 é agora, um grau centígrado mais tarde, promovido em termos alarmistas politizados com mapas meteorológicos pintados em vermelhos e roxos infernais.
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A descoberta mais dramática ocorreu no aeroporto de Orlando, onde o aquecimento decenal de 0,3 ° C desde 1973 foi reduzido para apenas 0,07 ° C depois que os dados foram “desurbanizados”. O número de passageiros disparou nos últimos anos, com mais de 50 milhões de pessoas passando pelo aeroporto cada vez maior, a porta de entrada para o Mickey Mouse e para o Magic Kingdom. Curiosamente, a divergência entre os dois conjuntos de dados de temperatura torna-se mais pronunciada a partir da viragem do século.
Não é de surpreender que muitos dos “registros” de calor do Met Office tenham sido registrados desde a virada do século. Quase todos eles são de sites 'lixo' de classe 5 e 'quase lixo' de classe 4. Os registros de temperatura máxima de classe 5, com suas incertezas de 5 ° C, foram declarados na Irlanda do Norte e em três áreas do Reino Unido. O recorde em Central S foi medido em St. James's Park, em Londres, local de um dos cinco registros de 40 ° C plus de 19 de julho de 2022. Os detentores do recorde de classe 4 são ainda mais numerosos, com o recorde escocês mais alto estabelecido em Charterhall. O Aeroporto de Hawarden é o lar da maior gravação galesa. Nada menos que cinco áreas do Reino Unido têm registros atribuídos a esta classe que vem com ‘incertezas’ de 2 ° C.
E, claro, quem pode esquecer o recorde nacional de piadas de 40,3 ° C declarado em 19 de julho de 2022 em Coningsby – ou mais precisamente, RAF Coningsby. Pisque e você pode ter perdido, já que o recorde de 60 segundos foi causado por um pico de 0,6 ° C em cada lado das 15h12. Na verdade, parece que nada menos que três caças Typhoon estavam pousando naquele momento ou próximo a ele.
Artigo original:
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oisoupita · 3 months
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FANFIC MINSUNG +18 / PT - BR
Minho, o contador chefe da empresa de seu pai, vê sua vida em Canberra virar de cabeça para baixo quando um burnout o leva à beira do esgotamento. Seguindo o conselho do patriarca, ele embarca em uma jornada de cura rumo à casa de praia de seus irmãos em Byron Bay, uma fuga do caos urbano para a serenidade das ondas.
Porém, o refúgio prometido rapidamente se transforma em um teste de paciência quando Minho se vê compartilhando o espaço com Jisung, um instrutor de surfe, de espírito livre e que divide o teto com seus irmãos. Suas personalidades opostas colidem, criando uma atmosfera inicial de conflito.
À medida que os dias passam e as ondas quebram, eles descobrem que na verdade, têm mais em comum do que imaginavam.
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blogdojuanesteves · 6 months
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UNTITLED>ROBERTO WAGNER
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Untitled ( Edição do Autor, 2023) de Roberto Wagner, fotógrafo paranaense radicado em São Paulo reúne neste seu primeiro livro uma série de 36 imagens, parte de um grande ensaio que aproxima-se do abstracionismo geométrico, tendo como cenário o urbano e fragmentos de sua arquitetura no registro de suas consequências temporais captado no senso autoral, pensamento a que vem dedicando-se desde o início dos anos 1980. O amplo recorte visual do autor já foi visto no livro SX70.com.br. (Wide Publishing, 2003) uma coleção de polaroids oriundos do modelo SX70 que também reuniu Armando Prado, Fernando Costa Netto, Marcelo Pallotta, Claudio Elisabetsky, Paulo Vainer e Ricardo Van Steen, organizado pela artista paulista Lenora de Barros.
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Nas suas imagens encontramos composições precisas, seja em uma sala, um fragmento de uma parede, um detalhe de um muro, tapumes, calçamentos, desenhos criados ao acaso, a cor como forma geral. Selecionados pelo autor, seus enquadramentos  ressignificam o banal - ou o decadente- como sua forma de arte encontrando uma certa abstração fotográfica, que podemos em parte ver tanto no movimento concreto, como no modo construtivista no sentido de trabalhar com o objeto exposto no cotidiano das cidades, em sua maioria São Paulo.
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O fotógrafo aponta para a linguagem pictórica da abstração construindo-a com uso de formas geométricas simples (perfeitas e imperfeitas) colocadas em espaços não ilusionistas e reunidas em composições não objetivas, que distanciam-se da representação tradicional da pintura, baseada na imitação de formas do mundo visual. O seu movimento é circundante no espaço perspectivo e ilusionista, como na tradição que surge após o Renascimento e ora perseguido em tempos mais contemporâneos. Neste caso, estruturado  por uma fotografia que abandona seu figurativismo intrínseco.
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Sobrepondo superfícies planas e frontais, unidas por uma grade linear, Wagner apreende formas abstratas em elementos “construtivos” da composição. O ganho da publicação vem da liberdade de experimentação com diferentes estruturas e materiais encontrados por ele e as relações espaciais entre várias partes composicionais, que evoluem para seu recorte final. Sendo assim, cores essencialmente planas misturam-se com distintas sobreposições tonais, dando maior substância a forma, que surge dos vestígios da realidade e das suas características bidimensionais, inerentes à fotografia.
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Luiz S.F. Sandes, historiador da arte que vem dedicando-se a pesquisa da obra de Wagner: "A precariedade brasileira é notada na produção do fotógrafo na medida em que nela são registrados diversos detalhes arquitetônicos ou urbanos que, muitas vezes, denotam falta de acabamento, pobreza, desgaste ou incompletude. Já a ligação com a história da arte se dá pela abundante presença da tendência da abstração geométrica na obra de Wagner. Essa tendência, existente há cerca de um século, tem longa história tanto no campo da arte como no da fotografia." Para o pesquisador, "Se a cidade é um turbilhão incompreensível, o olhar do fotógrafo se coloca em oposição a isso, construindo imagens ordenadas, equilibradas e alinhadas." 
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Interessante notar ainda, pela pesquisa de Sandes, que: "Dado o teor muitas vezes inacabado, deteriorado e imperfeito presente nas suas fotografias, pode soar estranho que elas se relacionem à abstração geométrica. É preciso, contudo, entender que essa relação se dá menos pela presença de linhas, grids e formas geométricas nas imagens e mais pelo modo de o artista compô-las com precisão, simetria e ordem. Ainda que o modo de composição do artista organize nossa experiência visual com a cidade, ele não se sobrepõe ou se impõe a ela."
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O desenvolvimento evolutivo de uma realidade puramente pictórica construída a partir de formas geométricas elementares assumiu diferentes expressões estilísticas em vários países como na Rússia já no início do século XX. Na Holanda, o principal criador e o mais importante proponente da linguagem geométrica abstrata foi Piet Mondrian (1872–1944). Juntamente com outros membros do grupo De Stijl – Theo van Doesburg (1883–1931), Bart van der Leck (1876–1958) e Vilmos Huszár (1884–1960) – o trabalho de Mondrian pretendia transmitir a “realidade absoluta”, interpretada como o mundo das formas geométricas. Nas imagens de  Roberto Wagner, o viés escolhido é um padrão dentro do acaso que apresenta-se a ele. O recorte sobre algo já existente ganha uma nova dimensão ao propor sutilezas gráficas dentro do espectro decadente da construção. Talvez daí, a capa do livro que nos lembra uma prancha de corte com seu quadriculado, ganhe maior compreensão. 
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O que mais aproxima o trabalho de Wagner com estas formas de arte talvez seja a obra do artista e arquiteto russo Vladimir Tatlin (1885–1953) que criou um novo idioma abstrato geométrico em uma forma tridimensional inovadora, que ele primeiro apelidou de relevos pictóricos e posteriormente de contra-relevos. Eram montagens de materiais industriais encontrados aleatoriamente, cuja forma geométrica era ditada por suas propriedades inerentes, como madeira, metal ou vidro. O que podemos fazer um paralelo com o fotógrafo, na imagem que traz uma pilha de tijolos de concreto, próxima da conhecida "Torre" de Tatlin, um monumento à Terceira Internacional de 1919, que sacramenta o inter-relacionamento atemporal representado pela arte em seus meios mais improváveis.
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Sem a conexão com o assunto literal, o espectador das propostas de Roberto Wagner possivelmente responderá mais aos fatores quase subconscientes da sua fotografia, certo que as imagens abstratas dirigem-se para um nível mais emocional ao usar apenas forma, cor e outros elementos de criação. Na sua forma mais pura, o tema de uma fotografia abstrata é muitas vezes irreconhecível. A beleza não deriva do assunto em si, mas de suas formas, texturas ou cores. Guardadas as proporções, um pequeno cubo vermelho em meio a uma grande parede cinza, nos sugere o americano Mark Rothko (1903-1970)  ou os brocletes largados no asfalto nos lembram uma instalação do chinês Ai WeiWei e os azulejos quebrados e sujos na parede nos levam a produção dos escoceses Boyle Family.
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Em maio de 1951 o Museum of Modern Art (MoMA) de Nova York abriu a mostra Abstraction in Photography, com curadoria do luxemburguês Edward Steichen (1879-1973), 150 fotógrafos e artistas, entre eles os franceses Eugène Atget (1857-1927) e Henri Cartier-Bresson (1908-2004); os americanos Harry Callahan (1912-1999), Charles Eames (1907–1978), Jeannette Klute(1918-2009), Isamu Noguchi (1904-1988) e o húngaro Laszlo Moholy-Nagy (1895-1946). Para o curador, a abstração, como lógica, é uma maneira do pensamento do homem e geralmente está incluída no que chamamos de Simbolismo. Isto é, suas particularidades é que fazem sua distinção. Em resumo, o que vemos em Untitled de Roberto Wagner é resultado da eliminação das impurezas dos fatos e a manutenção do essencial da estrutura ou forma. A fotografia abstrata como forma de arte.
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Imagens © Roberto Wagner.  Texto © Juan Esteves
Infos básicas:
Fotografia: Roberto Wagner
Edição/ Coordenação editorial/ Produção executiva: Ale Ruaro
Projeto Gráfico: Alyssa Ohno
Encadernação artesanal: Eliana Yukawa/Yume Ateliê & Design
Tratamento de imagem: Chris Kehl
Impressão: Gráfica Ipsis Editora/ Papel Munken Lynx Rough, 100 exemplares 11,5X15cm
*Box com edição especial de apenas 11 exemplares no formato 21X28 cm + print 24X36cm assinada pelo autor.
Para aquisição: [email protected]
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gardeniwas · 1 year
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⠀ ⠀ ⠀ ꒰ ✩⠀ anti — fragile! o apartamento C1 da torre AURORA não está mais vago. quem se mudou para lá foi PARK JIYEON, que tem VINTE E SETE anos e, aparentemente, trabalha como FLORISTA. estão dizendo que se parece muito com GO MINSI, mas é bobagem. não esqueça de dar as boas vindas!
nome: park jiyeon
idade: 26 anos
etnia e nacionalidade: sul-coreana
pronomes: ela/dela
sexualidade: bissexual
ocupação: florista
hobbies: jardinagem, pintura em aquarela, coleção de selos e fotografia da natureza
jiyeon sempre teve uma conexão especial com a natureza e uma habilidade natural para cuidar de plantas. apesar de suas origens humildes, jiyeon sonhava em ter seu próprio espaço onde pudesse compartilhar sua paixão pelas flores. com muita dedicação e trabalho árduo, ela conseguiu economizar o suficiente para alugar um pequeno espaço para abrir a própria floricultura. mesmo com todas as dificuldades do lugar no qual alugou, ela não desistiu. pintou as paredes desgastadas com cores vivas e alegres, pendurou cortinas nas janelas e encheu o espaço com plantas exuberantes e fragrantes. sua pequena loja se tornou um oásis verde no meio do caos urbano. ela trabalhava incansavelmente para cuidar de suas plantas, garantindo que cada flor e folha recebessem atenção e amor. sua dedicação atraía clientes que buscavam a beleza e a serenidade de suas flores em contraste com o ambiente caótico ao redor de todos. enquanto jiyeon lutava para manter sua floricultura florescendo, os gastos foram aumentando cada vez mais, o que a deixou sem dinheiro para a moradia antiga, uma vez que suas prioridades eram necessidades básicas como comida e manter a floricultura viva. O aluguel do apartamento antigo não sabia mais para onde correr enquanto buscava por um local com um aluguel bom para seu orçamento. Em uma dessas buscas, um cliente sobre a haneul. nem mesmo os problemas do prédio, o qual estava literalmente caindo aos pedaços, podiam fazer a mulher se sentir para baixo, jiyeon encontrava-se vibrante. tudo o que precisava era de um cantinho.
traços de personalidade positivos:
jiyeon é uma pessoa amável e empática, é conhecida por sua natureza gentil e amigável. ela se preocupa genuinamente com as pessoas ao seu redor e sempre procura ajudar os outros. a sul-coreana tem uma grande capacidade de se colocar no lugar dos outros e compreender seus sentimentos e perspectivas, é sensível às necessidades emocionais dos outros. é também uma pessoa criativa e habilidosa, o que é evidente em sua floricultura. ela tem um olho artístico para combinar diferentes flores e criar belos arranjos. mantém uma atitude positiva em relação à vida e procura ver o lado bom das situações, o copo está sempre meio cheio para ela. possui uma personalidade igualmente calma e paciente. jiyeon entende que cada planta e pessoa tem seu próprio ritmo e está disposta a investir tempo e energia para alcançar os resultados desejados.
traços de personalidade negativos:
às vezes, jiyeon pode ser excessivamente exigente consigo mesma e com os outros. ela busca constantemente a perfeição e pode ficar frustrada quando as coisas não saem como planejado. embora gentil, pode ser um pouco reservada ou introvertida. ela pode ter dificuldade em expressar seus próprios sentimentos e pensamentos de forma aberta. sendo tão empática, park pode ter dificuldade em estabelecer limites claros e dizer "não" quando necessário. isso pode fazer com que ela se sobrecarregue às vezes. também pode ser teimosa em suas opiniões ou decisões, muitas vezes persistindo em uma determinada maneira de fazer as coisas, mesmo quando outras sugestões podem ser mais adequadas. geralmente coloca muita pressão sobre si mesma para ter sucesso em tudo o que faz. essa autoexigência pode levar a momentos de estresse ou ansiedade quando ela se sente aquém de suas próprias expectativas.
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lzbarquitetura · 5 months
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Arquitetura Londrina
A arquitetura da cidade de Londrina, no estado do Paraná, Brasil, reflete uma fascinante mistura de tradição e modernidade. Fundada em 1934, a cidade passou por diferentes fases de crescimento, e isso se reflete na diversidade arquitetônica de seus bairros e espaços urbanos.
No centro da cidade, é possível encontrar uma rica coleção de construções históricas que remetem à sua origem. Edifícios como a Catedral Metropolitana de Londrina, com sua arquitetura neogótica imponente, e o Teatro Ouro Verde, que remonta à década de 1930, são testemunhas do passado glorioso da cidade.
Entretanto, Londrina também abraça a modernidade, evidenciada por arranha-céus e estruturas contemporâneas que definem a paisagem urbana. A arquitetura comercial e corporativa na Avenida Higienópolis, por exemplo, destaca-se por suas linhas contemporâneas e design arrojado.
Os bairros residenciais de Londrina são igualmente diversos, apresentando desde casarões históricos até residências modernas. Áreas como o Jardim Alvorada e Gleba Palhano revelam uma arquitetura residencial que se adapta às demandas da vida moderna, combinando conforto com estética contemporânea.
Além disso, Londrina valoriza espaços públicos bem planejados, como o Lago Igapó, cercado por uma arquitetura paisagística que proporciona um refúgio tranquilo para os moradores. Parques, praças e áreas de lazer são integrados à cidade, contribuindo para a qualidade de vida e respeitando o meio ambiente.
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saudosos · 6 months
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Bom dia, senhorita Jessy!
Ah, sim. Não, eu não escrevia naquele momento. A fotografia foi tirada há uns dias atrás e achei na galeria de imagens do meu smartphone e achei que era um bom momento para postar. Apenas editei e subi a imagem no Tumblr.
As músicas me ajudam, sim, a me concentrar e criar. Tenho algumas playlists diferentes para algumas ocasiões específicas. Mas a que eu mais uso para escrever são as conhecidas como lo-fi. Instrumentais com a vibe certa para esses momentos de criatividade. Mesmo assim, recomendo procurar por essa música:
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Eis um trechinho que pode encontrar no meu blog, junto com outros textos mais antigos por lá.
“Uma tarde de sábado quente em Eiden. Os últimos dias da primavera estavam bem evidentes com as altas temperaturas. Com isso, os cidadãos frequentavam áreas externas de lazer, parques públicos, sorveterias e bares.
Die estacionou seu carro no espaço disponível que havia na rua do Edifício Emporium. Ele desceu do seu veículo, seguiu para a portaria. Se apresentou e obteve um crachá. Seguiu pelo saguão até os elevadores. Assim como ele, outros estavam esperando pelo elevador chegar ao térreo. Ouviu-se um sinal parecido com um sino e as portas se abriram, então, esperando todos saírem do elevador, Die e outras pessoas então entraram e apertaram aos andares que queriam alcançar. O Edifício Emporium é um prédio comercial onde possui escritórios de várias empresas. Mas o destaque fica para a cobertura do prédio, que fora transformada em um bar e restaurante, para onde Die estava subindo nesse momento.
Para um sábado à tarde, o ambiente se encontrava cheio. Die saiu do elevador com algumas pessoas que também se destinavam à cobertura do Emporium. Recebido pelo maitre, o rapaz foi encaminhado diretamente à mesa que estava lhe fora reservado.
O lugar era considerado de luxo pelos críticos da gastronomia de Eiden. Die estava na mesa ao lado da janela panorâmica com a vista da cidade. O Edifício Emporium não era um arranha-céu, mas possuía uma das vistas mais lindas do centro urbano da metrópole. E ele adorava isso. O garçom veio lhe entregar o menu junto com um copo de água e gelo, um costume do local servir os clientes com água, principalmente em dias mais quentes como aquele sábado.
Enquanto olhava para o menu de opções, uma mulher se aproximou da mesa. Ela, de estatura média, cabelos loiros, olhos azuis, trajando uma roupa adequada para o ambiente – jeans claro e uma blusa de meia manga e ombros expostos, combinando cores e um sapato escuro de salto curto. Die se levantou para cumprimenta-la. Sua roupa também estava adequada para o ambiente. Ele estava com uma calça jeans clara e uma camisa azul escura com mangas dobradas no antebraço.”
Pode encontrar o resto aqui https://ekuseid.livejournal.com/
Que hoje seja um dia lindo para você, senhorita! 😊
Well well well, Gus…
Por que “Die”? O nome do personagem principal, é uma alusão ao significado da palavra ou apenas um diminutivo de algum nome próprio? Ao que tudo indica, Die é um homem de gostos refinados. Aprecio quando quem escreve, é minucioso nos detalhas da narração. No seu caso, o narrador observador, mesmo os leitores não tendo conhecimento do edifício Emporium, nos faz imaginar como seria o tal ambiente de acordo com a sua descrição do mesmo. Até o barulhinho do elevador, parece que estou a ouvir. Por acaso, a mulher a qual se aproxima de Die, é a que você constantemente sonha que se parece com o meu icon ? E seu nome?
Fui à procura da música no YouTube. Calma… Letras cheias de significados…
Como está a correr o seu dia, Gus?
Um aperto de mãos com luvas, nobre cavalheiro inglês .
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musicianberlioz · 9 months
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(flashback, antes do plot drop)
with: @thvnvtcs
Por mais que ele tivesse crescido em meio a festas sociais e eventos urbanos, ainda era estranho para Berlioz aquele tipo de festa. Ainda mais quando ele agora conhecia tanta gente em Tão Tão Distante, e fazia questão de esconder para a mãe e irmãos sobre todos os trabalhos que havia pego para conseguir dinheiro extra. Sua roupa, uma das poucas que havia guardado de antes de perderem tudo mostrava um nível de riqueza que não condizia em nada com a figura que andava por todas as boates e clubes de noite tocando ou limpando. A roupa toda branca entrando em contraste com seus cabelos perfeitamente alisados. O perfeito rosto da Aristocracia. Suspirou. E pensar, que ele passava a maior parte do tempo limpando banheiros de madrugada.
Quando a figura de Thanatos se fez presente em seu campo de visão imaginou que não fosse uma das figuras que um filho da Duquesa devesse estar interagindo, ainda assim, ele era um de seus patrões. Berlioz havia pedido muito por qualquer emprego de assistência ou espaço que ele tivesse para ele limpar e ajudar. Ele não poderia destratar assim seu patrão. Era engraçado o contraste, pois toda vez que trabalho para ele imaginou-se fazendo uma tatuagem, apesar de saber que jamais combinaria com o estilo de sua família. Teria que ser algo secreto, e por isso o desanimava. De toda forma, acenou para Thanatos o cumprimentando. "Não imaginava que fosse fã de casamentos." Sorriu para ele realmente não o imaginando em um lugar como aquele.
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brasilcolonia · 7 months
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Classes sociais - Brasil Côlonia
A população era formada por brancos (senhores do engenho), índios catequizados, negros africanos escravizados e mestiços. 
A sociedade colonial foi constituída no modelo patriarcal, onde o homem não era só chefe de família era também o dono de tudo. 
Senhores do engenho :
Exerciam influência e poder na região de sua propriedade, embora este não fosse ilimitado, e administravam a produção bem como a casa, a família, os agregados, os escravos.
Os proprietários dos engenhos menores (engenhocas), tinham uma esfera de ação mais restrita mas ainda assim, desfrutavam de alguma importância.
Índios catequizados :
A catequese deles, da forma entendia a sociedade portuguesa de então, atendia necessariamente às tentativas da colonização, tentativas de uma sociedade sagrada.
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Negros africanos escravizados :
A condição de vida deles era desumana, os escravos se alimentavam de forma precária, vestiam trapos e trabalhavam em excesso.
Eram trazidos da África para trabalhar nas lavouras, na mineração e no trabalho doméstico, eles eram alojados em galpões úmidos e sem condições de higiene, chamados senzalas.
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Mestiços :
Os mestiços faziam parte do grau intermediário da sociedade, fruto do envolvimento de europeus e os indígenas, os mestiços viviam à margem da política colonial, sobrevivendo de expedientes variados nos espaços rurais e urbanos.
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claudiosuenaga · 1 year
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Antonio de Jesus: Um escritor de ficção científica injustiçado e perdido no futuro [Matéria de Cláudio Suenaga publicada na Revista COSMOVNI nº 06, junho de 2023]
Agradeço ao insigne editor Prof. Dr. Flori Antonio Tasca, bem como a Diego Tesser e a todos os membros do Conselho Editorial da COSMOVNI, pela publicação na última edição da revista da matéria em que resgato o único livro de ficção científica lançado por Antonio de Jesus e lhe presto uma singela e póstuma homenagem, ele que foi injustamente esquecido e jamais reconhecido.
Entre tantos escritores talentosos, desconhecidos e esquecidos porque jamais publicados ou bem divulgados, Antonio de Jesus (1949-2002) sem dúvida foi um dos mais injustiçados. Em 1986, seu primeiro e único livro, Deuses: Temíveis Guerreiros Cósmicos, era lançado pela pequena e amadorística Editora Soma, de Guido Fidelis e Torrieri Guimarães, já condenado a ser ignorado e desprezado devido à completa ausência de um esquema de distribuição. Encontrei o livro por acaso no ano seguinte em um atacado de livros na Avenida São João em meio a outros em oferta e liquidação a um preço aviltantemente baixo.
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A fotomontagem da capa de Durval Mokarzel Guimarães ostentava sobre um fundo estrelado, na parte superior, a sonda Voyager indo em direção a galáxia do Sombreiro ou NGC 4594, na parte central um microcomputador da época “teclado” por um ET chifrudo que sai do canto inferior esquerdo e encimado por um cérebro humano flutuando no interior de um monitor transparente. À primeira vista, e até pelo título, pensei tratar-se de uma obra na linha dos deuses astronautas, logo desmentido pela contracapa que esclarecia e confundia ao mesmo tempo, dadas as disparidades:
“Em ficção científica: Discos voadores, origens e consequências; Alecrin: o 10º planeta do sistema solar e seus temíveis habitantes; Dilúvio e destruição de Sodoma e Gomorra; Asteroide: Antigo planeta dos Deuses destruído por armas jamais imaginadas pelo homem; Cérebro Humano: 90% afetado por bactérias enviadas de outro planeta, enfim a restauração após o apocalipse; Cidade do futuro e sistema metroviário; Telepatia, o novo sistema de comunicações de massas; Contração do Universo: tudo em chamas em suas marchas fúnebres em busca do nada. Fora de ficção científica o leitor irá encontrar o máximo em violência urbana. Cortiço Urbano: tragédia e humor; A morte o antídoto de um veneno chamado Vida; E outras estórias regionais paulistanas.”
Do espaço sideral, da ficção científica e ufologia aos protocolos literais da mais crua e ingente realidade das periferias paulistanas: tão atordoante salto não se via desde Matadouro 5 (Slaughterhouse-Five, lançado em 1969), de Kurt Vonnegut Jr. (1922-2007).
Leia e baixe a edição integral da revista em meu Patreon: https://www.patreon.com/posts/84881882
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