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#Fluxo de Caixa
fhpdev · 8 months
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rtrevisan · 1 year
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Por que vale a pena fazer PPP habitacional?
Os contratos de PPP (parcerias público-privada) são pouco compreendidos pelos gestores habituados a contratos de curto prazo, como contratos habitacionais Minha Casa Minha Vida tradicionais. Isso acontece porque a PPP é um contrato administrativo de longo prazo, e por este motivo precisa ser analisado sob a perspectiva de fluxo de caixa descontado. Em suma, o investidor privado faz uma obra…
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robertodiasduarte · 1 year
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Maximizando a Precisão Do ChatGPT Em Contabilidade E Gestão
Você está pronto para liderar seu escritório de contabilidade na próxima grande revolução digital? A Inteligência Artificial está aqui, e o ChatGPT é sua vanguarda, prometendo transformar a contabilidade de maneiras que mal começamos a compreender. Para aqueles que estão à frente, a adoção e a adaptação a essa nova ferramenta podem ser o diferencial entre ser um líder de mercado ou ficar para…
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guerradasfinancas · 1 year
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Maximizando Lucros em um Cenário de Variação de Taxa de Desconto e Expectativas
No intrigante mundo dos investimentos financeiros, há um fator-chave que pode transformar a trajetória do seu portfólio: a taxa de desconto. Esse elemento fundamental influencia diretamente a avaliação de empresas e, por consequência, o valor de suas ações. Vamos explorar como essa taxa pode impactar seus investimentos. A Importância da Taxa de Desconto Imagine que você está considerando…
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madorosenpai · 7 months
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Dia dos Namorados
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Summary: Não obstante, todos estavam bastante animados com exceção de um certo albino marionetista. Ele não suportava aquela data.
Notes: Apenas uma ideia que surgiu enquanto eu olhava algumas fan arts. Era pra esta fanfic ter sido postada no dia 14 de fevereiro porque como o próprio título aponta, seria o Dia dos Namorados. Eu sei que atrasei um tantinho, mas para todos os efeitos, vamos fingir que essa história foi postada no dia 14/02, sim?
Bom, sem mais delongas, boa leitura!
~*~
O clima não podia ser mais romântico na Easton. Com a chegada do Dia dos Namorados, todos os jovens estudantes estavam com os hormônios à flor da pele. Enquanto alguns criavam a coragem dentro de si para se declararem, outros ficavam na expectativa de terem seus sentimentos correspondidos. Não obstante, todos estavam bastante animados, com exceção de um certo albino marionetista. Ele não suportava aquela data.
Todo ano era a mesma coisa: tornava a se recordar do final trágico que teve sua mãe, o dia em que teve sua vida covardemente tirada pelas mãos de um necessitado faminto.
- No fim das contas eu também sou um fraco, afinal não pude salvar você... – Suspirou o albino em desolação ao encarar a pequena boneca que segurava em seus braços. Tudo o que mais desejava no momento era que o fatídico dia terminasse tão rápido quanto sua chegada.
- Seria incômodo eu te acompanhar em meio à melancolia? – Ao ouvir a pergunta, teve seu fluxo de pensamentos interrompido e virou-se para encarar o dono da voz.
Abyss esbanjava um sorriso terno em seu rosto enquanto aguardava a resposta de Abel à sua indagação, que não tardou a vir. A partir de um leve aceno do albino, o azulado teve sua confirmação e foi se aproximando timidamente do marionetista. Suas mãos pareciam esconder algo em suas costas.
- Sei bem como é. Certos acontecimentos nos fazem questionar a razão de nossa existência e o nosso valor como humanos. Será que vale à pena continuar vivendo? Eu honestamente acreditava que não até ter conhecido você...
Abel se sobressaltou com essa confissão. Sempre considerara o que fizera pelos integrantes do Magia Lupus o mínimo. Então, a sinceridade de Abyss aquecera seu coração. Era uma sensação aconchegante e acolhedora, que há muito não sentira e sequer cogitava fazer tanta falta a si. O azulado prosseguiu:
- Você não só me deu motivos para continuar existindo, como também me fez experimentar o que realmente significa estar vivo. Tudo pode ter começado como uma causa na nossa irmandade, mas é justamente ela que nos une como uma verdadeira família e por mais que tenhamos perdido a batalha, nada foi em vão. Quero que continuemos sendo uma família e que pudesse contar mais comigo nos momentos de vulnerabilidade... – Um rubor se instalou nas faces de ambos após proferir essas palavras.
- Somos humanos, Abel, temos nossos momentos de fragilidade e nada me dói mais do que não conseguir fazer nada a respeito. Não sou capaz de desfazer o ocorrido ou modificar suas memórias, mas ao menos, permita que eu seja seu esteio e a sua fonte de esperança inesgotável. – Após essa declaração, as mãos de Abyss deixaram suas costas revelando o que estivera escondendo até o presente momento: uma caixa de chocolates em formato de coração. Ao abri-la os inúmeros chocolates em formato de boneca contidos em seu interior foram revelados.
- Feliz Dia dos Namorados. – Disse enquanto levava uma boneca de chocolate até sua boca, deixando-a levemente presa aos seus lábios enquanto fechava seus olhos num convite discreto a um beijo.
Após captar a indireta lançada a si, os instintos mais primitivos de Abel pareceram despertar e não tardara a consumar aquele ato tão aguardado por ambos. No instante seguinte, seus lábios selaram-se levemente aos do azulado dando início a um beijo calmo, porém igualmente inebriante e repleto de significado. Todas as suas tristezas, medos, inseguranças e desabafos foram colocadas ali, abrindo espaço para que um novo e puro sentimento os preenchessem. 
Talvez o Dia dos Namorados não precisasse ser tão ruim assim. Enquanto tivessem um ao outro, não havia nada que não pudessem superar juntos.
~*~
Notes: Por mais que Abyss e Abel não sejam um casal canônico na obra original, a dinâmica existente entre os dois é tão maravilhosamente encantadora, que abre espaço para imaginarmos tantas possibilidades de cenários e interações entre eles.
Edit: @meinoart, sorry! I didn´t give the proper credits before! Dx
Found it on Pixiv quite sometime ago and didn´t remember the name of the artist, so I just put #credit to artist in the tags. I hope it´s not too late to give proper credits
Also, my other fanfics follow the same pattern. I´ll look again for the names of the artists and update the tags and the credits.
I´m really sorry :(
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cvlciferdem · 17 days
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𝐖𝐈𝐓𝐇 𝐀𝐋𝐋 𝐘𝐎𝐔𝐑 𝐌𝐀𝐆𝐈𝐂 𝑖 𝑑𝑖𝑠𝑎𝑝𝑝𝑒𝑎𝑟 𝑓𝑟𝑜𝑚 𝑣𝑖𝑒𝑤
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A Flowtter é um refúgio encantador para aqueles que buscam beleza, magia e um toque de mistério. Com um ambiente amplo e luminoso, graças às suas grandes janelas que inundam o espaço com a luz do sol, a loja convida os visitantes a um mundo de encantamento. A Flowtter é mais do que apenas uma loja, é um portal para um universo mágico, onde a beleza e a fantasia se encontram. A magia tem o seu preço e é feito sob encomenda, aqueles que necessitam de uma entrega imediata devem estar preparados para pagar um valor mais elevado.
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DESCRIÇÃO FÍSICA.
Dizem que muitos estabelecimentos distribuídos pelo reino pertencem ao mago Howl e a sua trupe, Flowtter é uma delas. Uma loja que foi feita com a magia de Calcifer, é um dos vários pontos onde é distribuído, não só chapéus e flores, como também um pouco da magia. Calcifer é o responsável pelo estabelecimento, por desejo dele mesmo, ainda que espalhe para todos que foi obrigado a isso.
No coração da loja, um pequeno ateliê pulsa com a criatividade, onde chapéus únicos são personalizados e meticulosamente confeccionados. As paredes são adornadas com uma variedade de flores frescas, cuidadosamente arranjadas em vasos, que perfumam o ar e embelezam o espaço. Um jardim exuberante se estende ao fundo da loja, abrigando as mais belas flores, que servem de inspiração para os arranjos e são a base para a criação das poções mágicas.
Essas poções, preparadas de acordo com a necessidade de cada cliente, são armazenadas em uma sala secreta, acessível apenas a um seleto grupo de pessoas. Dizem que por trás de uma porta oculta, escondida atrás de uma parede florida, sai um fluxo constante de pedidos urgentes, atendidos com a máxima rapidez e discrição, basta girar a maçaneta e ser autorizado, ou será levado para o lado externo, como se fosse a saída de trás da loja.
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Vagas disponíveis.
Atendente - 1 vaga.
Caixa - 1 vaga.
Aprendiz de magia - 2 vagas.
Aprendiz de magia botânica - 2 vagas.
Alquimista - 1 vaga.
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livrosencaracolados · 7 months
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"O último Grimm" é uma narrativa brilhantemente construída à volta da ideia inocente de haver um mundo onde os heróis mais icónicos dos contos de fadas vivem, que toma partido da simbologia, da simplicidade e dos personagens para elevar e reiterar o legado de grandes contadores de histórias como os irmãos Grimm.
Efetivamente, a criação do Outro Lado pelo autor revela um subtexto mais profundo que se evidencia, primeiramente, nas limitações dos seus habitantes, que dependem, para sobreviver, da disseminação das suas histórias pelo mundo humano, entregando-as então às almas inspiradas que têm a capacidade de as registar de uma maneira mais cativante. É estabelecido que as histórias, ao viajar pela Terra, causam um grande impacto nos humanos, emocionando e definindo-os de tal modo, que toda essa energia se torna tangível e passa a poder ser consumida pelas criaturas fantásticas, que a aceitam como agradecimento por protagonizarem os contos. É a partir desta relação que se assume a mútua dependência entre os povos, e que se introduz o conflito, por meio de um vilão realmente ameaçador: a Criança Terrível, que, em colaboração com os humanos mais gananciosos, reconhece que o verdadeiro poder está em bloquear o fluxo das histórias, porque um mundo onde as pessoas não têm acesso ao conhecimento e à imaginação, é fácil de moldar. Com base nas regras fundamentais deste universo e nas observações particulares de alguns personagens, torna-se claro, após alguma reflexão, que todo o livro serve como uma grande analogia ao facto de as histórias serem o que nos faz humanos, o que se alinha com a perspetiva dos irmãos Grimm reais, que inspirados por vários escritores e filósofos, perceberam a necessidade de preservar as narrativas que passavam de geração em geração, e que uniam a comunidade. Na altura em que eles o fizeram, a zona a que chamamos Alemanha atualmente estava em risco de perder as suas tradições devido às invasões Napoleónicas, e foi isso que os acordou para o conhecimento oral ser a forma mais pura de cultura ao promover os valores básicos que caracterizam cada população. Álvaro Magalhães, o autor, mostra um verdadeiro entendimento do contexto em que as figuras que influenciaram o seu livro apareceram, e isso é provado pela maneira como os heróis do Outro Lado morrem quando não têm as suas aventuras divulgadas: transformam-se em feixes de luz que ascendem ao céu antes de apagarem. Este momento é uma metáfora que solidifica os seres dos contos em "O Último Grimm" como personificações da cultura, porque também o mundo esmorece quando se perde a riqueza da herança civilizacional que permite um maior entendimento da nossa identidade coletiva, uma ideia que se alinha com o desenvolvido anteriormente.
A genialidade deste livro pode passar despercebida entre a bela prosa, as alusões a Shakespeare e as pedras que falam, mas se lerem com atenção suficiente, percebem que ela reside no lugar exato em que as ideologias historicamente documentadas dos Grimm se encontram com os personagens em que eles se transformam neste livro, sendo partes das suas vidas mitificadas para se adaptar ao enredo.
Ainda em tema de simbolismo, a obra está constantemente a mencionar o número três: três chaves da caixa da magia negra, três portas no caminho para o Outro Lado, os três encontros do William com os duendes antes de conhecer o seu destino... Também este é um golpe de génio por parte do escritor, visto que o número não está apenas associado à perfeição e à persuasão, mas também ao esqueleto básico por trás dos contos partilhados com as crianças há séculos (mais uma decisão estrutural intencional), especialmente os que foram popularizados pelos irmãos Grimm, que, muitas vezes, tinham bases religiosas, novamente associadas ao três.
Finalmente, a nível dos protagonistas, William e Peter fazem lembrar heróis clássicos numa realidade mais moderna. Os rapazes, apesar de serem muito diferentes, operam na base da unidade e representam o crescimento até a um ideal da irmandade. William, que é o Zimmer mais velho e o escolhido para carregar um destino cheio de peripécias e magia, mostra desde cedo uma abertura para o desconhecido, que é anunciado como o maior medo humano e grande obstáculo a um potencial Grimm (que é um título a nível do enredo). Em cima dele, vai sendo colocada muita pressão ao longo da jornada, encorajando-o a desistir, mas ele não deixa que esta o vergue e que o leve a aceitar a punição dos que falham na sua missão da travessia entre mundos: uma total perda de memória e o resto da vida como corcunda. Quanto às suas motivações, tem o amor descomplicado e instintivo pela Princesa Ariteia, (a quem fez uma jura com sérias consequências) a lealdade à família e a abertura à maravilha, que compreende que não pode ser julgada pela habilidade humana de a ver. Como referências, tem o melhor Grimm de todos os tempos: Wilhelm, uma lenda que define até à atualidade até onde a dedicação o pode levar na sua missão e é o pináculo do sucesso para as criaturas fantásticas. Do outro lado da balança há o tio Nathan, um ex-aspirante a Grimm que cedeu à pressão e foi condenado a uma vida de dor e confusão, que mostra ao William o quão fundo a cobardia o pode levar. O seu maior trabalho como protagonista é decidir onde se localiza entre os dois homens e o que é que ser um Grimm significa para ele, tudo enquanto o relógio avança à velocidade a que caem as pétalas de uma rosa moribunda. Já Peter, que aparentemente parece ter sido atirado para o lado pelo destino, vai lentamente percebendo que a sua posição mais lógica e cética tem um lugar igualmente importante no salvamento do mundo, e que há mérito em estar lá para manter o irmão com os pés na terra e ajudá-lo a partilhar as mensagens do mundo mágico. Junto dos muitos companheiros que vão aparecendo ao longo das páginas, os irmãos Zimmer acabam por se revelar personagens complexas e inspiradoras, que fazem com que o leitor esteja ainda mais submerso no relato das suas peripécias.
Infelizmente, esta obra deslumbrante não atinge tudo a que se propõe com o seu final. De facto, muitos dos problemas são resolvidos e eventos que pareciam inocentes revelam-se perfeitamente calculados, mas dá a sensação de que ou o autor queria muito escrever uma sequela e isso não lhe foi permitido, ou que simplesmente desistiu da conclusão que estava a preparar. Parece que a Criança Terrível, que começava a revelar camadas na sua personalidade e uma maior ambiguidade moral, é descartada depois de o William fugir, logo quando apareciam sinais de que algo muito maior estava planeado. É suposto eu acreditar que um rei tirano, que preparava reservas de tempo há anos para sobreviver à idade das trevas que ia lançar sobre todos os sobrenaturais, simplesmente...desistiu das suas ambições megalómanas quando o protagonista lhe veio pedir a última chave para a caixa que podia trazer devastação eterna? Que deixou a Princesa Diotima ir embora relaxadamente após anos de cativeiro, quando o facto de isso ser altamente improvavél foi precisamente o que inspirou as viagens da Ariteia à Terra? Ah e já agora, se o William fez tudo o que fez pela sua Princesa, era para eu ficar satisfeita sem ver o reencontro deles depois de ele salvar a família inteira dela da morte, e de o capítulo final nem sequer mencionar o que se passa entre eles? NÃO! Fiquei completamente devastada com o final, mesmo, mesmo zangada, o que é uma pena, porque este livro tinha tudo para ser uma obra-prima aos meus olhos.
Para rematar, mesmo com os seus defeitos (algo graves), "O último Grimm" é um livro espantoso que merece, decididamente, muito mais mérito e atenção do que tem, e que me relembrou o quanto eu adoro ler (o unicórnio ajudou). Estou obcecada com esta obra, quero a minha própria cópia (podem arranjar a vossa aqui) e necessito de mais gente a falar dela para a discutir. RECOMENDO!
Assɪɴᴀᴅᴏ: Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ 𝐿𝓊𝓏 Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
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fly2fly · 9 months
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Uma cidade pequena e uma família rica. O clichê que consegue se repetir em qualquer lugar do mundo, independendo do idioma ou cultura. Dos prazeres naturais do mundo, todo aquele usufrui das riquezas adquiridas ao longo da história consegue sentir os ventos da nobreza passando por sua face. Flynn, que possuiu a sorte de nascer com o sangue azul e o sobrenome correto, sentia os ventos da juventude e da burguesia tocando seu rosto diariamente. Em um quadro com designação de funções, a família Ramsey, proprietária de uma grande vincula da cidade, obtinha inúmeras casas de aluguel e estabelecimentos comerciais pelas ruas sinuosas. Os hotéis lhes pertenciam, parte dos restaurantes de melhor avaliação eram associados aos seus familiares e até mesmo supermercado já possuía a digital Ramsey. Alguns corajosos insistiam em entitular a família como uma "máfia", mas eles discordavam. "A vida não é fazer limonada com os limões que surgem pelo seu caminho" eles diziam, "a vida é saber administrar os limões para que eles tripliquem de valor". E disse Flynn era especialista. Sua abordagem nunca fora a mais amigável, não detinha o melhor carisma como sua irmã Helena ou sua mãe Annelise, mas ele era a mão forte a qual determinava o rumo daquele barco. Havia se reunido naquela manhã com o corpo de executivos responsáveis pela contabilidade e administração da empresa familiar e juntos concluíram que a melhor hipótese comercial para aquela zona da cidade seria o investimento de um centro gourmet para providenciar maior atração aos turistas que buscassem a cidade e, consequentemente, maior fluxo de dinheiro nos caixas do Ramsey.
O loteamento em questão estava localizado em zona de grande interesse comercial, Flynn poderia investir em obras públicas para o parque ecológico que ficava nas redondezas e tornar aquele bairro em uma mina de ouro. O principal desafio seria a negociação com os proprietários dos imóveis remanescentes no local.
Assim que o relógio marcou três horas da tarde, Flynn cruzou a cidade com sua motocicleta e chegou ao destino. Um sorriso maroto no rosto surgiu ao ver a placa disposta na frente do estabelecimento, em um ar de convencimento. Em sua mente, a vida era objetiva. O dinheiro que ofertaria faria os olhos do proprietário brilharem mais do que aquele letreiro miúdo. As janelas de vidro faziam com que a fachada muito lembrasse uma vitrine, uma jogada inteligente a qual atraía olhares curiosos.
Retirou o capacete que ainda protegia sua cabeça e o colocou debaixo do braço, ajeitando o cabelo logo em seguida. Deu passos largos em direção à porta do café. Apoiou a mão sobre a maçaneta firmemente e a abriu com um largo sorriso no rosto.
Os olhos vidraram o expositor, passando a língua pelos lábios ressecados enquanto decidia qual seria o doce que escolheria antes de aterrorizar mais uma pessoa que obteve o azar de encontrar com Flynn naquele dia. Sem erguer o olhar para o atendente, apontou para uma fatia de torta holandesa e a voz saiu como um trovão noturno.
"Boa tarde querida. Pode me entregar uma fatia dessa torna e um capuccino tradicional, por favor?" O sorriso tornou a surgir no canto de seus lábios "E, se possível, chame o dono do lugar, gostaria de conhecê-lo."
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madneocity-universe · 1 month
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Then we gon' ride right into the sun: Marquise Lan
Marquise sempre fica muito ansiosa quando chega no Quartel e a maioria dos aurores está na frente do quadro de notificações de casos, recolhendo os crimes ao redor da cidade que eles vão escolher ficar ocupados pela semana, e percebe que, mais uma vez, os pequenos furtos no subúrbio ficaram de lado de novo.
O que ela acha ótimo, na verdade, maravilhoso se for parar pra pensar. E não é porque eles são pequenos e nem considerados mais simples de resolver: é só porque ela gosta do subúrbio, e gosta das pessoas de lá também.
— Você tem certeza que quer descobrir… Quem foi que roubou o caixa de uma loja na Little Syria e ouvir um moleque lamentar por que perdeu a bicicleta em Chinatown? — Kuan jura que não está usando seu tom de gay venenoso quando inclina a cabeça por cima do ombro de Lan, mas não consegue evitar ao observar a pilha de papéis na mesa da ruiva, antes de olhar pra ela em seu maior estado consternado de julgamento. — Isso meio que não é trabalho de verdade. Parece preguiçoso.
— E eu meio que não pedi sua opinião, mas ainda assim, você acha que precisa me entregar ela. — Marquise pontua, antes de analisar a mesa do próprio Kuan, ao jogar a cabeça levemente para o lado e moldar um sorrisinho nos lábios. — E você acha mérito pegar um caso grande igual a todo mundo e achar que pode resolver sozinho? O preguiçoso meio que é você.
Enquanto aquele bando de homens barulhentos iam pro centro descobrir quem fez sei lá o que com algum parente irrelevante do Ministro, ela preferia passar o dia tentando entender o inglês de uma senhora de setenta anos, árabe e imigrante, explicando como um ladrão tinha invadido seu estabelecimento no meio da noite.
Enquanto ela mesma, Marquise Lan, aos vinte e dois anos, chinesa e imigrante e que definitivamente também não tinha inglês como primeira língua, tentava explicar como todos os detalhes eram importantes.
— A senhora se lembra da roupa dele?
— Quantos anos ele parecia ter?
— Ele entrou pela porta arrombada e fugiu por ela também?
— Alguém tem estado estranho no bairro?
Naquela hora, ela chega a erguer uma sobrancelha pra ouvir a senhora relatando que vivia batendo boca com um adolescente por aí sem motivo algum, e que ela mesma, escolhia a batalha de fazer birra ao jogar um balde de água suja na direção dele toda vez que o via passar pela calçada.
— Por que a senhora não mencionou isso no seu chamado? — Lan quer saber, enquanto dá a volta no balcão em direção ao caixa, os olhos treinados pro chão úmido e fedido, num fluxo de água que dava direto pra caixa registradora.
Mas a senhora não precisa responder, não quando todas as notas que ela disse que foram roubadas, estavam nadando no meio de cocô, ração pra gato e xixi nas gavetas de metal.
Marquise tem quase certeza que o garoto rindo do outro lado da rua é o autor do crime, mas é só um palpite.
— Às vezes eu acho que você desperdiça seu potencial indo pro underground, mas as pérolas que você trás de volta sempre compensam. — Leto solta uma risada, fazendo Marquise revirar os olhos com tanta força que acha que vai ficar cega.
— Bom, ela precisava se redimir com ele pela humilhação que fez ele passar nas últimas semanas, e ele precisava de um emprego.
— Como você sabia?
— As roupas pareciam menores que ele, os tênis não estavam lá dos melhores e o cabelo muito grande, sem contar nas três crianças que estavam com ele e pareciam ser família. — A garota começa a pontuar as observações feitas naquela manhã durante a reconciliação de criminoso e vítima, encolhendo os ombros ao sentir o olhar curioso de Wang em cima dela. — E aquela senhora era muito velha pra ficar carregando caixas e subindo em escadas, então sugeri que um passasse a colaborar com o outro. Ela tirou a acusação, ele só precisou responder umas perguntas e fiz ele prometer que não ia fazer de novo, e eu sei que vai ficar tudo bem.
Menos um caso, menos uma pasta e nem um arquivo pra ser guardado graças ao seu poder de persuasão e gerência de crise e observações atentas sobre as outras pessoas, que ela jurava, não era um superpoder. Só natural.
— Okay… Talvez eu ache que você usa seu potencial pro que importa de verdade, agora. — Era difícil não saber quando os aurores voltavam pro Quartel quando o laboratório de Wang ficava no andar de baixo. Dava pra ouvir os passos pesados, as conversas altas e a maioria expondo algum lucro ou vantagem que ia conseguir se resolvesse o próprio caso. Um contraste sempre muito interessante com Marquise Lan, a única mulher entre eles agora, e também a única auror que tinha seus papéis em dia e mais casos resolvidos que qualquer sênior de mais de trinta anos. Chegava a ser cômico ver ela tão tranquila e segura com o próprio trabalho, e era por isso que Leto gostava dela. — Você é uma pessoa boa, Marqui.
— Se eu virar as costas pras pessoas que vêm do mesmo lugar que eu, quem é que sobra pra proteger na comunidade bruxa? — E ela dizia aquilo por si mesma, e as pouquíssimas pessoas que conhecia e realmente estavam interessadas em acabar com a criminalidade e violência das ruas, que afetava pessoas de verdade e não os poderosos com dinheiro pra contratar segurança.
E, sinceramente? No fundo, ninguém gostava de um puxa-saco mediano, e Marquise sabia que o único jeito de chegar no topo, pra pessoas sem sobrenome feito ela, era ser competente sem contar com nem uma influência de fora. Era mais difícil e levava mais tempo, mas ela tinha certeza que ia dar conta.
Sua mãe deu conta de sustentar as duas quando seu pai faleceu um tempo depois deles conseguirem realizar o sonho americano, e também deu conta de criar ela longe da parte ruim de Chinatown até ficar madura suficiente pra Marquise fazer as próprias escolhas, então ela acreditava mesmo que não tinha como dar errado.
Ela só precisava de energia e uma motivação, e pras coisas que importavam de verdade, ela sempre tinha esses dois fatores de sobra.
Ela gostava de cuidar de pessoas. Todas elas.
— A bicicleta desaparecida é sua?
Tudo bem que não tem outra criança na calçada, chorando com um bico enorme e com um cartaz de procura-se feito a mão, com o desenho de uma bicicleta azul manchada agora por lágrimas, mas ela não quer assustar o filho dos outros com o céu ficando escuro. E é só quando o garotinho pequeno se levanta coçando o próprio rosto e confirma com a cabeça, é que ela liga seu modo profissional de novo, com a certeza que sua mãe ia entender seu atraso pro jantar de novo, assim que ela estende a mão pra segurar a dele e começa a enchê-lo de perguntas.
— Onde você viu ela pela última vez?
— Seus pais sabem que você está na rua até tarde sozinho?
— A gente vai encontrar, você vai ver.
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commeantennastoheaven · 3 months
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Quarta-feira, 03/07/2024, 09h24min Ouvindo: Caspian - "Dust And Disquiet"
Às vezes eu acordo sonhando ser outra pessoa, alguém que se encaixe em mim, alguém que se conforme em estar na minha pele, alguém que consiga compreender o meu pesar e o meu pensar.
Não que eu sonhe em ser outro, mas desperto, eu pondero o que seria ser outro, porque nunca fui ninguém, nunca me encaixei em mim nem em ninguém, então como será que seria ser outro?
Será que alguém se encaixa na caixa do si mesmo?
Se outros fossem moldados pela mesma forma que eu fui, eles também não se encaixariam em si(s) mesmos e nós poder��amos se trocar de si(s)?
Quem me moldou sabe a minha verdadeira forma?
Deus, eu me encaixo em mim? Eu me encaixo no mundo? O Senhor me fez como a água? Informe? Líquido, incolor, insípido e inodoro?
O que me define são as formas, as cores, os sabores, as fragrâncias e os seres dos outros? Se sim ou se não, eu acordo sonhando em ter a minha própria forma - ou (dis)forma - de ser. A água por si própria ganha a sua forma ao ser congelada ou esquentada, o que será que eu preciso fazer para encontrar a minha?
Eu desconheço as margens e as curvas do rio que nasce em mim, desconhecidos para mim são o seu fluxo e o seu volume de água. Eu só sei que todos os dias, muitos mergulham no meu rio de mim; menos eu.
Eu só rio de mim.
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bollosmartins · 3 months
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Título: 5 Pilares Essenciais para o Sucesso no Empreendedorismo
Publiquei 5 artigos no meu blog. Confiram!
1. 9 Bons Hábitos de Pessoas de Sucesso: O Poder do Hábito
Pessoas de sucesso compartilham certos hábitos que contribuem significativamente para suas realizações. Entre eles, destacam-se:
Leitura Diária: Manter-se informado e expandir conhecimentos.
Planejamento: Definir metas diárias, semanais e mensais.
Saúde Física: Exercitar-se regularmente e manter uma alimentação equilibrada.
Networking: Construir e manter uma rede de contatos profissionais.
Disciplina: Cumprir prazos e compromissos com rigor.
Aprendizado Contínuo: Buscar constantemente novos conhecimentos e habilidades.
Organização: Manter um ambiente de trabalho arrumado e eficiente.
Proatividade: Antecipar-se aos problemas e agir antes que eles se tornem maiores.
Autocontrole: Gerenciar emoções e tomar decisões racionais.
2. Empreendedorismo: Saiba o Que É e Como Ser um Empreendedor
Empreender envolve mais do que apenas iniciar um negócio. É sobre identificar oportunidades, assumir riscos calculados e inovar. Para ser um empreendedor bem-sucedido, é necessário:
Visão: Ter clareza sobre os objetivos e o futuro do negócio.
Coragem: Estar disposto a enfrentar desafios e lidar com a incerteza.
Adaptabilidade: Ajustar estratégias conforme as mudanças do mercado.
Resiliência: Superar obstáculos e aprender com os fracassos.
Liderança: Inspirar e motivar a equipe a alcançar metas comuns.
3. Plano de Negócios: O Que É e Como Fazer
Um plano de negócios é um documento essencial que descreve a estratégia e os objetivos de uma empresa. Ele deve incluir:
Sumário Executivo: Visão geral do negócio e objetivos principais.
Análise de Mercado: Pesquisa sobre o setor, concorrentes e público-alvo.
Estratégia de Marketing: Plano para atrair e reter clientes.
Plano Operacional: Estrutura organizacional e processos operacionais.
Projeções Financeiras: Estimativas de receitas, despesas e lucros.
Análise de Riscos: Identificação e mitigação de possíveis riscos.
4. Planejamento Financeiro: Um 2024 Melhor que 2023
O planejamento financeiro é crucial para o sucesso contínuo de um negócio. Para melhorar seu desempenho em 2024, considere:
Revisão de Orçamento: Analisar despesas e ajustar o orçamento para maximizar a eficiência.
Investimentos Estratégicos: Identificar áreas que necessitam de investimento para crescimento.
Controle de Caixa: Monitorar fluxo de caixa para garantir liquidez.
Gestão de Dívidas: Reestruturar dívidas para condições mais favoráveis.
Planejamento Tributário: Otimizar a carga tributária com estratégias legais.
5. Gestão de Pessoas: O Que É e Qual Sua Importância
A gestão de pessoas envolve a administração de talentos e recursos humanos. É fundamental para:
Desenvolvimento de Talentos: Promover treinamento e desenvolvimento contínuo.
Engajamento da Equipe: Criar um ambiente de trabalho motivador e colaborativo.
Retenção de Talentos: Implementar estratégias para manter os melhores profissionais.
Avaliação de Desempenho: Monitorar e recompensar o desempenho dos funcionários.
Cultura Organizacional: Fomentar uma cultura alinhada aos valores e objetivos da empresa.
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fhpdev · 8 months
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rtrevisan · 2 years
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Taxa de desconto de reequilíbrio
Taxa de desconto de reequilíbrio
Contratos de longo prazo, tais como os de PPP e concessões públicas, são incompletos por definição. É impossível circunscrever todas as possíveis necessidades de acordos entre as partes em décadas futuras a partir do conhecimento atual. Com isso, uma série de eventos imponderáveis (impossíveis de serem previstos na data de assinatura do contrato) acabam impactando o acordo inicialmente…
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robertodiasduarte · 1 year
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Segmentação Firmográfica: a Chave Para Escritórios De Contabilidade Alavancarem Seus Negócios
Introdução No cenário competitivo dos serviços contábeis, líderes e sócios de escritórios de contabilidade enfrentam o desafio contínuo de se diferenciar e oferecer valor agregado aos seus clientes. A segmentação firmográfica surge como uma estratégia inovadora, permitindo uma compreensão mais profunda e direcionada das necessidades empresariais. Este artigo se propõe a desvendar a essência da…
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commander-leksa · 5 months
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A Importância das Promoções em Lojas: 5 Estratégias Reveladas
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Como consultor financeiro, sempre me perguntam sobre a eficácia das promoções realizadas em lojas e supermercados. A verdade é que essas ações são mais do que simples tentativas de atrair clientes; elas são parte fundamental das estratégias de marketing das empresas. Neste artigo, vamos explorar por que as lojas promovem essas campanhas e revelar cinco truques comuns por trás delas.
1. Atrair Clientes e Aumentar as Vendas
A principal razão por trás das promoções em lojas é atrair clientes e aumentar as vendas. Oferecer descontos, brindes ou ofertas especiais é uma maneira eficaz de chamar a atenção dos consumidores e incentivá-los a fazer compras. As promoções podem criar um senso de urgência e impulso de compra, levando os clientes a gastarem mais do que planejavam inicialmente.
2. Liquidar Estoques Excedentes
Outro motivo para realizar promoções é liquidar estoques excedentes ou produtos com baixo giro. As empresas muitas vezes usam descontos e ofertas especiais para se livrar de mercadorias que estão ocupando espaço nas prateleiras ou que precisam ser renovadas para dar lugar a novos produtos. Isso permite que liberem capital e otimizem seus estoques.
3. Fidelizar Clientes e Construir Relacionamentos
As promoções também podem ser uma ferramenta poderosa para fidelizar clientes e construir relacionamentos duradouros. Ao oferecer vantagens exclusivas e descontos especiais para clientes fiéis, as empresas podem incentivar a repetição de compras e fortalecer os laços com sua base de clientes. Isso pode resultar em maior lealdade à marca e recomendações boca a boca positivas.
4. Competir com Outras Empresas
Em um mercado competitivo, as empresas muitas vezes recorrem a promoções para competir com outras empresas e atrair clientes de seus concorrentes. Ao oferecer preços mais baixos ou vantagens adicionais, as empresas podem conquistar a preferência dos consumidores e ganhar uma fatia maior do mercado. Isso pode levar a uma guerra de preços temporária entre os concorrentes, beneficiando os clientes com ofertas melhores.
5. Impulsionar Vendas em Períodos de Baixa Demanda
Por fim, as promoções são frequentemente usadas para impulsionar as vendas em períodos de baixa demanda. Em épocas do ano em que as vendas são naturalmente mais lentas, como após as festas de fim de ano ou durante a temporada de chuvas, as empresas lançam promoções para estimular o consumo e manter o fluxo de caixa. Isso pode ajudar a equilibrar os resultados financeiros ao longo do ano.
Conclusão: Desvendando os Segredos das Promoções em Lojas
Em resumo, as promoções em lojas são uma parte essencial das estratégias de marketing das empresas, destinadas a atrair clientes, aumentar as vendas, liquidar estoques excedentes, fidelizar clientes, competir com concorrentes e impulsionar as vendas em períodos de baixa demanda. Ao entender esses objetivos e truques por trás das promoções, os consumidores podem fazer escolhas mais conscientes e aproveitar ao máximo as ofertas disponíveis.
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lidia-vasconcelos · 6 months
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SOMOS TODOS ALEIJADOS...
Dia desses, eu estava me lembrando de um episódio meio besta que aconteceu há muitos anos, na época em que eu era adolescente e trabalhava com meu pai, na recepção da sua pequena oficina de conserto de relógios, no Centro de Maceió.
Na maior parte do tempo, eu ficava sentada numa cadeira, atrás de um birô, e ali eu atendia alguns clientes, preenchia notas, anotava os dados dos relógios etc.
Quem passasse um dia nessa firma, iria perceber uma coisa curiosa, na verdade uma clientela assídua do meu pai: os pedintes. Eram cegos, aleijados, idosos, meninos de rua, enfim, pessoas de extrema carência, vindas de todos os lados. E, independentemente do fluxo de caixa, nenhum saía de lá sem um "trocadinho", principalmente quando o meu pai estava por perto.
Os poucos funcionários se revezavam na hora do almoço para a firma não ter que fechar, então, certa vez, nesse horário, eu estava praticamente sozinha na recepção. Daí, um pedinte, que não aparecia com tanta frequência, parou na porta, olhou para mim e fez aquele gesto peculiar com os dedos, pedindo uns trocados. Ele não era idoso, mas usava muletas.
Havia apenas o batente da calçada e poucos metros entre nós. Peguei o trocado na gaveta e disse a ele:
- Tome aqui, venha pegar.
Ele, olhando-me impaciente e visivelmente aborrecido, apontou suas muletas e falou:
- Posso não, ó pra aqui!
- Olha as minhas aqui também! – respondi, mostrando-lhe minhas muletas que estavam atrás de mim, escondidas sob uma cortina.
Imediatamente, ele começou a se afastar, proferindo xingamentos e malcriações, não tentou subir nem esperou que eu descesse.
Eu sempre acho graça, quando me lembro desse episódio hilário, mas falando um pouquinho mais a sério, a pergunta que não quer calar é: o que é que faz um ser humano pensar que é melhor do que o outro?
Somos todos limitados e, de um jeito ou de outro, medrosos, carentes, aleijados, inconsequentes, impotentes, imperfeitos, mortais! A deficiência de alguns pode estar à mostra, provocando piedade ou repugnância, mas e o que dizer dos aleijões de dentro, daqueles que, justamente por isso, ficam difíceis de tratar?
A consciência da igualdade eleva os homens a uma atmosfera de dignidade.
Negar essa igualdade, porém, é apenas adiar, ingenuamente, o inexorável e irônico nivelamento, a sete palmos.
Lídia Vasconcelos
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