Tumgik
#Poema Ônibus
obsesseddiary · 8 months
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- eu entregue ao ônibus do meu destino - afundado no assento - todos os violinos partidos - meu coração amargurado entre minhas costelas - mente vazia - estivesse ela em segurança no seu caixão -
— Kaddish (para Naomi Ginsberg 1894-1956)
Livro: Uivo, Kaddish e outros poemas
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analuzir · 2 years
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O motorista
O piloto errou o caminho De prontidão, os chiados ecoaram pelos bancos O vi se escorando no volante com a depressão do dia como se quisesse dizer “ainda”
“Eu também erro. Sou humano, não sou robô”. “Não sou robô ainda”
O ônibus deu ré seguindo em total silêncio a noite e a rua.
Ana Luzir
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crf-henriq · 4 months
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Escrevi um poema pra você no saco de pão, depois do café, e escrevi no canto da mesa do trabalho e também no vidro embaçado, vítima do meu banho quente.
Talhei esse mesmo poema nas árvores do bairro ao lado de corações tortos e jovens.
Rabisquei esse poema delinquente no banco de um ônibus que circulava daqui para lugar algum e o imprimi milhões de vezas para espalhar em bilhetes pelas ruas.
Não demorou para anunciarem nos jornais sobre o poema encontrado por todo canto da cidade.
Ouviram-se histórias do poema sendo visto em barcos naufragados e desenhado em plantações de milho do outro lado do mundo.
Criaram recompensas para quem descobrisse o endereçado, mas nunca chegaram próximo do seu nome. O poema virou uma canção de amor e foi repetido em incontáveis votos de casamento e na ponta de cadernos escolares.
Escrevi esse poema tantas vezes que o tenho tatuado entre os dedos. Tentar me desfazer dele apenas o multiplicou.
Pois falar mil vezes sobre nós dois é também ouvir mil vezes sobre nós dois.
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blogmariagchagas · 2 months
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Antes do fim, ato 1
  Ontem à noite, te vi na calçada oposta, em direção contrária, cabisbaixo e com o moletom camuflado que eu te presentei. Por um segundo, eu fiquei ali, próxima a parada de ônibus, com as mãos no sobretudo vermelho, te observando atravessar a rua, observando a distância aumentar geograficamente entre nós, enquanto por dentro, eu quis sair correndo em sua direção e abraçá-lo. Caso eu te olhasse, e seus olhos gentis me amassem como sempre amaram, eu não resistiria.
    Separados eu mantenho a postura, faço a louca, faço o meu show. Longe eu consigo até esboçar alguns sorrisos, iniciar algumas piadas péssimas, bancar a durona, a mulher fatal que eu finjo que sou e que te prometi que de fato seria. Se eu tomar algumas doses, eu misturo meus sentimentos, e de artifícios bioquímicos e químicos, meu corpo expele qualquer tensão, a mente cede, e a minha sede por você se esvai.
    Desde que você se foi, ou eu que me fui. Ando pela casa, atônita, abraçando meus joelhos, evitando seus moletons e qualquer presente que me deu. Abafo as memórias, me enfio em livros, leio até o amanhecer. Sobrecarrego meu cérebro com informações inúteis, e as mais úteis, eu adio quando a lucidez me toma pela manhã. Abro o portal da faculdade, assisto videoaula, escrevo anotações, rabisco palavras que não sei pronunciar. Escrevo ensaios, e me saio de nós.
    Encaro as manhãs frias com doses excessivas de cafeína, o néctar dos mortais. Estamos em junho, uma premissa básica do inverno de agosto. Sempre preferi primavera e verão, as roupas só me lembram de conservar o calor que seu corpo não transpassará ao meu. É estranho, pois vivi a vida toda só, mas nesse hiato, eu me acostumei a viver a dois, em uma ótica diferente e mais confortável. Afinal, ter alguém no final do dia é saber que o peso pode ser dividido.
    Nós não estávamos nos meus planos. Casualmente, aconteceu. Eu já tão acostumada com a solidão, tragando palavras, sobrevivendo as madrugadas, recitando poemas, me enrosquei em seus lençóis e deixei que me amansasse. Dividi o lado da cama, que por tanto tempo, era só meu. Reparti a comida, os momentos, os amigos, a vida. Até os sonhos engavetei para que tivéssemos novos, e nossos.
Ah! A paixão é uma ilusão a dois, um estado de demência, talvez. Eu poderia ter me rendido ao mundo, mas fiquei de joelhos para você. Eu poderia ter contemplado São Paulo e as livrarias, as barracas de artesanato, mas fiquei com as curvaturas da tua virilha, os contornos dos teus quadris, pois se encaixarem em uma arfada aos meus. E eu quase vi os Deuses tocando flautas doces.
– Maria G. Chagas
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compostando · 11 months
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Stella do Patrocínio
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- Stella do Patrocínio
Por Erica Larissa Costa Silva
O termo utilizado pelas manchetes jornalísticas chama atenção. "Sequestro Manicomial". Muito se encontra em pesquisas na internet sobre o sequestro em hospitais e casas de cuidados psiquiatricos, o tema, que é muito sensível para falar de forma natural, é trazido pela narração de Stella através de falas expressivas sobre seu testemunho em viver em um hospital psquiatrico.
Stella, diferente do esperado das expressões de pacientes de hospitais psiquiatricos, conseguia se expressar através do seu falatório, que pouco registrado, gerou reflexões sobre a sua forte capacidade de poetisa. E essa diferença é explicada por um simples fator: Stella não era um sujeito psiquiatrizado, ela passou a ser.
" Filha de Manoel do Patrocínio e Zilda Francisca do Patrocínio, Stella trabalhava como doméstica na juventude. Aos 21 anos, morava em Botafogo e, em agosto de 1962, quando pretendia tomar um ônibus para chegar à Central do Brasil, foi parada por uma viatura de polícia, na Rua Voluntários da Pátria. Segundo ela, a polícia a levou ao pronto socorro mais próximo, perto da praia de Botafogo. Dali, foi encaminhada ao Centro Psiquiátrico Pedro II, localizado no Engenho de Dentro, dando entrada na instituição em 15 de agosto. Desse modo, passou a ser involuntariamente um "sujeito psiquiatrizado", recebendo o diagnóstico de esquizofrenia.
No dia 3 de março de 1966, foi transferida para a Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá (a mesma instituição onde Arthur Bispo do Rosário foi internado). Stella passou a ser paciente do núcleo feminino Teixeira Brandão, local onde permaneceu até o dia de sua morte."
Ser vítima do sequestro manicomial, levada por uma autoridade compulsivamente, fez com que Stella se tornasse menos humana. Agora era como mais uma em meio a multidão dos pacientes do hospital, mesmo que sem querer e sem motivos, Stella passou a receber tratamentos cruéis, as quais a mesma expõe em seus falatórios.
Mas acima de tudo, Stella foi poeta. Stella foi forte. Stella foi sobrevivente através da arte. Concluo através das reflexões em sala de aula e do texto de Viviane Mosé, como também lendo as histórias e poemas de Stella, que a arte foi o seu refúgio, sua forma de sobreviver mais um dia. A reflexão que podemos fazer, é que a arte mora em todos os períodos e situações.
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m0onlit · 1 year
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É agosto outra vez.
É agosto outra vez, e há um ano atrás, escrevi um poema e o intitulei como "agosto", porque esse era o nome do mês. Mas apesar do nome, os versos falavam sobre você, porque você era o que estava na minha cabeça o tempo todo. Um ano depois, você ainda permanece aqui, mas tenho pensado em você de uma maneira diferente. Quero dizer, exceto quando é agosto, porque então todas as velhas memórias sobre você voltam à minha cabeça. O ar gelado nas manhãs frias ainda carrega o seu perfume, e aquela música ainda me faz pensar em você. O sol abafado que se estende por aquela esquina enquanto meu ônibus passa por ela ainda me traz aquela velha melancolia de perceber que você nunca vai me amar da mesma forma. É como se o seu rosto estivesse pintado em todos os dias de agosto, como se você deixasse de ser apenas um vislumbre em meus sonhos. É como se sua voz permanecesse ressoando o meu nome no fundo da minha cabeça, como se essa fosse a minha música preferida. É como se agosto pudesse levar o seu nome, e eu odeio admitir, mas talvez você seja o único motivo para que agosto permaneça sendo o meu mês favorito.
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seasickpoetry · 9 months
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tudo aqui tá sem devir (trechos extraídos diretamente do meu grupo comigo)
#1
As coisas dela. Quando acaba
tudo
ainda tem isso.
#2
tem tanto de nós em mim tem
um monte de vocês no eu, tem coisas demais comigo e
ela está lá, no chuveiro, ouvindo um mantra que canta assim
- eu te perdoo, eu me perdôo, eu te amo, eu quero seu bem, eu te perdoo -
#3
falar com você é querer atenção é
olhar demais para mim. chega.
se olhasse de menos, veria como ando tranquilo paulista acima como pego sem crise o jornal no twitter como chamo e entendo seu tempo como
teu
ufa.
#4
são várias fita.
teu jeito bad vibes de ser massa
teus poema de crise feitos com sombra
teu flow mistério ornando com weirdo
como quem hay que endurecerse pero sin deixar de ser gata jamás
são várias e várias ideias que a gente podia mesmo trocar
e
até o Instagram já se ligou
que eu coube direitinho no teu bolso
#5
todas as suas preces
não, todas as suas presas seus tópicos,
eu grudo
#6
são fones, os seus, é do rádio, vem de todo o lugar, na verdade
- Ogum de malê -
vem lá do instrumento do play, vem
junto com todo esse sentido que faz esse som, que bizarro
menina,
sim, daquela história mesmo, quando ele te fez aquilo lá, depois que ele pegou e, sabe? foi
- Ogum de malê -
#7
- ponto de ônibus -
ih alá, tá lá..
Tá caçando um baseado no meio maço. Deve ser uma ponta.
#8
um negócio de tcham
o primeiro a sacar foi o algoritmo. sim.. garoto esperto
talvez ele tenha ajudado até. não sei.
#9
joguei seu nome na Google
pedi para o chat gpt resumir tua dissertação, que coisa,
Quero a todo assunto ter custo
#10
Cabeça é uma coisa curiosa
andei tanto pelo vale da sombra da morte, misericórdia,
esses meses foi foda.
catei tanta pedra na beira do rio. Bati tanto cabeça, de frente com muro, essas coisas de ponta de faca ou etc tal, sei lá eu quanto paguei no almoço
pra chegar no alto desse dia e ainda ter tempo de sentir ciúmes de você
#11
ter em tudo um olhar pras coisas
cada uma, cata tudo
#12
toda vez que eu sonho com você, espírito livre
toda vez que você me visita em pensamento
sou feliz por tocar teu tempo e encontro um jeito de me confirmar
#13
tenho tanta saudade de falar baixinho
começar assim, terminar assim,
tinha tudo nessa nossa fala por que terminar assim por que começar?
#14
fruto do tempo, do beijo e da onda
feito na crise, no senso e na soma
com as costas no velho e de perto fazendo-se em novo
são muitas as indefinições pros conceitos da gente
com poucas e talvez a única certeza de ser
essa, a
que enumera a luta a
que supera a chuva e
que mesmo defronte à rudeza e ruidosa colonização, seja comendo ou cortando do império na mão,
independent,
canta e incorpora e se aninha no outro
seja com versos com a fala ou com tudo no corpo
sendo de tudo, até mau, violento, complexo, novo ou normal, mas
sem nunca, mas nunca, deixar-se de ser
- internacional
#15
uma coisa é saber
a outra é sentir
sentir tem a ver com você
saber independe
sentir embaraça, posiciona e te complica
#16
tô desequilibrado na cama
na beira, no banho no jeito
falta você no tudo e no meio
que atravessando as paredes meu tronco me sonha
que encosta em você num canto e te sente
#17
depois da crista dessa onda,
chuva braba, a tempestade
vou botar só o dedinho na água
olhar pros lados
respirar bem fundo
sempre andar com guarda-chuva e
até aqui em casa vou espiar pelos cantos, trancar três vezes, sussurrar queu
tenho é medo da crise
#18
you put me in a mental space..
#19
Que que cê disse mesmo?
Não entendi os movimentos da tua boca
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iurykafka · 1 month
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Lembro dos poemas de
Tomás Maia.
Em meio ao ópio
De esperar o ônibus
Num Domingo,
As 21 horas,
Numa parada de ônibus feia,
No escuro de uma esquina,
Depois de sair de um
Muquifo.
Tenho 25 anos e faço merdas
Transo com desconhecidos
E sinto tesão em caras gordos.
Gosto de morder suas barrigas
E empurrar o que tenho
E depois chupar seus mamilos
Peludos e fartos
Sorrindo.
Enquanto faço tudo isso.
Depois saio e penso em trabalho
No desemprego do desempregado
Nos braços dados
De homens e mulheres
No cinza do calçadão
Nos meninos (e não velhos)
Jogando xadrez nas mesas
Em frente ao colégio Acreano.
Penso em sonhos
Coisas que nunca sonhei
E em como me irrito fácil
Com ricos entediados
Por terem tudo
Penso que seria um saco
Saltar pro topo do mundo
E mijar na cabeça deles
Acho que sou feio
Velho demais pra ser jovem
E ainda uso uma régua
Pra medir meu cassete
Toda vez que perguntam o tamanho
E mando nudes pra estranhos
Homens de quarenta anos
Com bons empregos,
Mas complexados.
Eu transo com eles
A maioria me come só
Uma vez
Depois goza e conversa
Aí vira a bunda e como
Varias vezes
Nunca mais sou comido
Então os bloqueio
E zombo deles
E depois choro,
Pois me vejo assim no futuro.
Velho e com bom trabalho,
Mas por não ter encontrado,
Me relaciono com jovens
Futeis e de um único jeans
Metidos em falsos tênis
Queimando o breve
De uma caneca de café.
Acho que não devia escrever
Nem ler as figuras
Que as palavras citam
Pra que a mente produza
E tire da ilha o sapiens sapiens!
Ainda somos erectus
Em frente ao celular
Escondidos no banheiro
Com fones de ouvido
Visitando sites pornôs
Imaginado o sexo
Que as esposas não dão
Só quem dá é uma mulher travesti.
Tem mais não.
Iury Aleson
10.Ago.2020
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tecitei · 11 months
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Eu quase esqueci você,
mas tem o cheiro do café, as paredes do meu quarto, o cobertor que me sufoca à noite, aquela música do strokes que não sai da mente, a risada contida, o papel em branco, o sol brilhando lá fora, o escuro aqui dentro, aquela carta rasgada, aquela banda que tem o vocalista parecido com você, minhas mãos que não sabem mais onde tocar, as ruas turbulentas, o passo apressado, as estrelas e os planetas, a minha banda favorita, as segundas-feiras incansáveis se repetindo todos os dias, o bom dia do padeiro, as roupas velhas, o tênis ainda sujo de terra daquele dia lá, a insônia, a falta de apetite, o banho demorado, a melancolia, aquela tua foto, a piada que tentaram me contar ontem e eu acabei lembrando das tuas que eram tão sem graça quanto eu sou agora, o abraço de estranhos, as conversas tediosas, o frio no estômago, os programas de tv, a barba mal feita do cobrador do ônibus, teus vídeos, o livro que deixei de ler, a série que eu deixei de ver, as fotos apagadas, os domingos, as crianças no parquinho, a janela pro quintal, a comida da vó, as respostas programadas, as risadas vendo aquele vídeo engraçado, a tua cor favorita, nossa primeira conversa, o desenho que eu fiz pra ti, as flores pra aguar, meus poemas, aquela playlist com teu nome, os olhos pesados, a janta requentada e o mundo que grita lá fora enquanto o meu peito grita por você.
eu quase esqueci você e se eu não fosse eu e não soubesse ser outra coisa além de tua, esse quase nem existiria.
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arimakeys · 3 months
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Romantizando a vida! 𐙚
A forma como você ver a sua vida é fundamental! Se você ver sua vida de forma negativa, cansativa, chata, pessimista e triste, bem, então ela será assim mesmo. Mas se você olha de outra forma para a vida que vive, se observa os detalhes do dia a dia, dar importância às pequenas coisas positivas, admira cada momento e ver tudo com um olhar de gratidão e alegria, garanto que sua vida será bem melhor. Isso não quer dizer que não haverá mais problemas ou que tudo será as mil maravilhas, todos seus desejos se realizarão e você viverá sempre feliz, não, não! Sempre haverá desafios, dias ruins, imprevistos e erros cometidos, e tudo bem! Isso é normal na vida de qualquer um! O que você precisa entender é: as coisas que NÃO podemos fazer nada para mudar, aceitamos e entendemos que é assim, porque devia ser, não dar pra fazer nada em relação a isso, logo, perder tempos e tempos sofrendo por isso, adiantará de que? Você pode tirar 2 horas pra sofrer em relação ao problema, tudo bem, mas se lamentar o resto da vida? JAMAIS! Faça do acontecimento aprendizagem, se errou , melhore isso na próxima vez! Agora, se algo está lhe incomodando ou lhe deixando mal e está no seu alcance, mude ! Não importa se vai demorar horas, dias, meses ou anos, apenas faça algo para mudar ! Você sempre irá se lamentar por isso, então faça algo pra mudar a situação, lembre-se: É melhor demorar um pouco para conseguir algo do que nunca conseguir.
Outro pronto importante é parar de sonhar com a vida dos sonhos, planejar um futuro incrível, na esperança que um dia você possa ser aquela pessoa que sempre quis ser, com a vida que sempre desejou e esquecer de realmente viver! Olha, não estou falando pra você parar de sonhar, jamais. Mas enquanto seu sonho não se realiza, que tal você e aproveitar a vida que tem? Usar dos meios que possui pra ser a pessoa que você quer ser? Melhor alcançar 10% de algo que deseja do que nada. Então se você quer ser uma garota gentil, comece a tentar ser mais gentil. Se você quer ser uma garota inteligente, comece a se esforçar. Se quer ser a garota com muitos hobbies, comece a desenvolvê-los. Não deixe a vida passar pelos seus olhos, sem que você a viva. Se quer ser algo então comece agora!
Por último: Como romantizar a vida? 𐙚
Cada um pode procurar a melhor forma de romantizar a sua vida, as maneiras que acham mais adequadas. No entanto, irei compartilhar aqui algumas ideias!
Primeiro de tudo, pare e respire! Pare de viver no automático e com tanta pressa! Tá correndo de que? Por que tanta pressa? Agir como se tivesse sempre atrasada, acelerando a vida, como se parar por 3 minutos fosse perder tempo. Mas que tempo você está perdendo? Por acaso suas horas estão contadas? São pouquíssimas horas que lhe restam? Porque você quer fazer mil coisas dentro de 30 min? Pare de tanta agonia, relaxe, respire. Observe a vida cuidadosamente, olhe para as nuvens, sinta a brisa em seu rosto, o vento que entra pela janela do carro/ônibus, o cantar dos pássaros, as crianças que brincam pela rua, os risos das pessoas, os cachorrinhos, gatinhos, borboletas, sinta o perfume das flores, olhe para o céu estrelado, sinta a água escorrer pelo seu corpo. Apenas pare por um tempo e observe a vida, acredite, ela é incrível.
Faça atividades que tragam essa ideia romântica, como em um filme de cinema. Escreva poemas, faça desenhos/pinturas, leia sob uma árvore, escute músicas legais, ande de bicicleta, caminhe pela tarde/manhã, saia com os amigos, escreva em seu diário, brinque com os animaizinhos, tire fotos bonitas, assista filmes, se cuide, passe tempo com quem ama, faça refeições bonitas e gostosas, não tenha medo de ser você, ouse coisas novas, pratique novos hobbies, se trate como prioridade e lembre que o tempo que você dedica a si mesma, JAMAIS será tempo perdido.
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teiadeprosaeverso · 3 months
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As Possibilidades do Impossível
Achava bobeira. Coisa de menina. Mas agora resolvi assumir meu gosto pelo impossível. Muito parecido com as coisas do romantismo para muitos; para todos, felizmente, vai ficar bem clara a loucura que eu nunca me cansei de cultivar. É criativa, intempestiva. Ocorre em etapas ou mescla tudo e sopra na cara da gente. Repara só como loucas e loucos têm no rosto as expressões mais incríveis!
Não quero quase nada disso aqui. Quero voar. Morar no fundo do oceano e respirar normalmente, admirando peixes passando entre corais coloridos. Não vou me importar com o som das borbulhas, mas vou querer que o mar cale a boca de vez em quando. Pela manhã, virei à tona e meus olhos vão ter que dar de cara com um pé de margaridas e algumas borboletas ao redor voando. Não é romantismo idiota coisa nenhuma, não! É vontade de ficar olhando só para coisas bonitas que mereçam a visão. Quando o saco encher, posso até dar uma voltinha na terra, falar mal dos políticos e me meter numa briga. Também posso declarar intervenção a um livro e passar horas vestindo personagens, decorando todo o cenário de um ou vários capítulos e fazer mais não-sei-o-que-der-pra-fazer naquele espaço literário que eu resolver invadir.
São infinitas as possibilidades do impossível. Mas eu precisaria de uma eternidade para visitar todos os monumentos, viajar em todas as pinturas, poemas e passar um longo tempo jogando conversa fora com Drummond, Machado de Assis e os outros todos que me deixam ansiosa, brigando com o sono e o maldito tempo que nunca se cansa. Ele está sempre passando desde que um dia, criança, percebi uma engenhosa geometria tatuada na pele da minha vó. Parecia um labirinto em que eu brincava muito e nunca me perdia. Seus olhos eram cinzas como os de um gato e seus cabelos de prata eram tão compridos que eu não tinha tempo pra pensar no que daria aquela engenharia das horas, destruindo os ponteiros do relógio de parede que meu pai sempre substituía.
A vida não se faz apenas na própria casa. Tem as casas vizinhas. Embora ancoradas, são as maiores criadoras de caso do planeta. Arremessam pessoas às ruas quando chega o sol. Tudo deveria, então, ser bonito, mas é aí que a coisa complica. Chamam isso de vida? Seria mais adequado ring ou pista. É preciso socar muito e andar mais ainda. Eu passei minha pista inteira sonhando escondida debaixo dos lençóis. Tinha sempre um relógio no meio do caminho e a vergonha de viver colorida enquanto tanta gente suava quente ou frio. E nem sempre por uma boa justificativa. Vi pessoas trabalhando em parada errada, não para comprar comida, queriam uma moto ou um carro novo. Só isso era o suficiente para cegá-las. Como em O Pequeno Príncipe, não queriam saber da coleção de borboletas de ninguém. Precisavam se ater à idade, altura, conta...
Foi depois dessas tantas que eu, finalmente, percebi os infinitos tons de cores que podem sustentar a minha alegria. Estão nas colinas do impossível, em cada estrela alpina, em cada raio escaldante das mil e uma ilhas que eu nunca vi. Para vibrar no espaço dessas maravilhas, me basta possuir eletricidade natural que acenda minhas telas e impulsione minha geladeira que vai depender de um manancial que a abasteça permanentemente. Também é preciso um sofá confortável em uma sala refrigerada no verão e aquecida no inverno, mas isso eu quase tenho. Meu único impedimento são essas contas que me obrigam a sair do meu canto e ficar por aí, maratonando, como aquelas pessoas que as casas jogam dentro dos ônibus todo dia.
Autora: Cristina Ribeiro
Este texto, de minha autoria, faz parte da minha coletânea de postagens no site Recanto das Letras.
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amor-barato · 10 months
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não lembro exatamente qual era teu nome se rodrigo rafael ricardo renato eu usava um anel para dedos largos tucum certamente jamais marcassita vinha de cordovil pela penha (aos treze) e sabia que no caminho da poesia haveria de atravessar vielas variadas do subúrbio e a defloração do corpo era um preço caro que as mulheres pagam muito cedo como pedágio para permanecer vivendo (fiz parte muito tempo do grupo de fêmeas que desconheciam a diferença entre romance e estupro) não lembro qual foi o nome que você disse que era o seu porque eu era jovem embora fosse muito tarde não havia água para que eu me lavasse e saí com uma blusa de ursinhos retorcida talvez manchada você me deixou num ponto de ônibus e enquanto aquela arrebentação doía eu rodava o anel entre os dedos na noite da praça do carmo sozinha pensava no balé giselle na moça magra na ponta dos pés gigante brilhante eu com um anel de pobreza na ponta dos dedos pequeno você em cima de mim há uma hora gotejando uma mentira que parecia amorosa então houve uma cena que fez nascer o poema descruzei os braços, prendi o cabelo por causa do calor muito em câmera lenta porque nunca marcassita e fiquei novamente nua nada aconteceu além disso (como num clipe do antony & the johnsons) e nem mesmo nenhuma palavra ou pessoa me salvou mas saber o trânsito da penha reconhecer os ônibus, suas cores e dobradiças me fez atravessar o tempo das garagens onde assisti à perda do noivado inexistente giselle tutus perdas de marcassita onde perdi tudo ficou uma mão aberta na porta daquele cômodo mofado vão-se os anéis caídos nos bueiros dos subúrbios fincam-se os dedos no silêncio do corpo curado no curtume
Tatiana Pequeno – Caixa de Jóias
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Em uma folha de papel amarela com linhas verdes
ele escreveu um poema
E o intitulou "Chops"
porque era o nome de seu cão
E era o que estava em toda parte
E seu professor lhe deu um A
e uma estrela dourada
E a sua mãe o abraçou à porta da cozinha
e leu o poema para as tias
Era o ano em que o padre Tracy
levava todas as crianças ao zoológico
E ele deixou que cantassem no ônibus
E sua irmãzinha tinha nascido
com unhas minúsculas e nenhuma cabelo
E sua mãe e seu pai se beijaram tanto
E a garota da esquina mandou para ele
um cartão de Dias dos Namorados assinado com vários X
e ele teve que perguntar ao pai o que significava X
E seu pai deixou que ele dormisse na sua cama à noite
E era sempre lá que ele dormia
Em uma folha de papel com linhas azuis
ele escreveu um poema
E o entitulou "Outono"
porque era o nome da estação
E era o que estava em toda parte
E seu professor lhe deu um A
e pediu para que escrevesse com mais clareza
E sua mãe não o abraçou à porta da cozinha
por causa da pintura nova
E as crianças disseram a ele
que o padre Tracy fumava cigarros
E largava as guimbas no banco da igreja
Que era o ano de sua irmã usar óculos
com lentes grossas e armação preta
E a garota da esquina riu
quando ele pediu para ver Papai Noel
E os garotos perguntaram por que
a mãe e o pai não se beijavam tanto
E o seu pai não o cobria mais na cama à noite
E seu pai ficou furioso
quando ele chorou por isso
Em um pedaço de papel de seu caderno
ele escreveu um poema
E o intitulou "Inocência: Uma Questão"
porque a questão era sobre uma garota
E isso estava em toda parte
E seu professor lhe deu um A
e um olhar muito estranho
E sua mãe não lhe abraçou a porta à porta da cozinha
porque ele nunca o mostrou a ela
Foi o primeiro ano depois da morte do padre Tracy
E ele esqueceu como terminava
o Creio em Deus Pai
E ele pegou a irmã
se agarrando na varanda dos fundos
E sua mãe e seu pai nunca se beijavam
nem mesmo conversavam
E a garota da esquina
usava maquiagem demais
O que fez ele tossir quando a beijou
mas ele a beijou mesmo assim
porque era a coisa certa a fazer
E às três da manhã ele se aninhou na cama
seu pai roncava alto
É por isso que no verso da uma folha de papel pardo
ele tentou outro poema
E o intitulou de "Absolutamente Nada"
Porque era o que estava em toda parte
E ele se deu um A
e um corte em cada maldito pulso
E se encostou na porta do banheiro
porque nessa hora ele não pensou
que poderia alcançar a cozinha
- Autor desconhecido
(Poema que Charlie recitou para Patrick)
As vantagens de ser invisível
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girlpoemsz · 1 year
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Um texto
Um poema
Uma declaração de amor
Não sei como poderia começar a dizer sobre você. Que desde o primeiro momento que nossos olhares se encontraram, sabíamos que poderia ser algo bem maior. E não foi diferente, os dias depois disso só provaram o quanto nossos destinos estão traçados. Seria clichê dizer, mas não teria outra forma de explicar que o que temos é algo de almas. Uma junção de algo muito maior do que podemos entender. Quando ficamos juntas pela primeira vez eu soube o motivo por ter dado errado tantas outras vezes. Você nunca precisou lutar por um lugar na minha vida, porque quando chegou ele já estava ali, esperando por você. Quase como algo arquitetado por Oxalá, é talvez tenha sido mesmo. Meu encontro com você foi abrir uma porta para um novo eu sendo abraçada pelo meu antigo em uma ebulição de novidades e desafios. Meu peito se enche quando chego e seus olhos brilham e abre um sorriso quando me vê. Consigo admirar cada parte sua, como admiro obras de artes famosas expostas no museu. Que obra mais linda que tive a sorte de encontrar. Que diz que me ama e me beija com um olhar.
Poderia continuar a observar e olha só, não vejo nenhum defeito se quer. Como pode até sua cara de brava ser a mais linda?
E beleza não falo só do que vejo, mais o que sinto vindo de você. Tamanha leveza e profundidade. Um mar de sensibilidade, não poderia deixar de ressaltar sua forma ingênua de pensar, com a força que Iansã vem te dar, não pode nem duvidar de sua capacidade. Sei que lutará até o fim, com toda força e fúria que vive em você. Não poderia deixar de falar como é linda a forma que fala das plantas, dos animais ou de uma simples borboleta. Com tanta doçura e gentileza. Pai Oxóssi fez bem em te cuidar, não consigo ver outro alguém com tamanha lealdade e empatia. Que faz o bem, sem olhar a quem.
Te admirar nesses pequenos detalhes fez meu coração palpitar
Peça para chamar oxalá, quero agradecer mesmo nos dias de fúria. Aonde perdi o horário ou peguei o ônibus errado. Naquele dia que esqueci de passar naquela rua, ou entrei naquela loja. Pelas pessoas que conheci, e disse com toda certeza que não queria nunca ter passado perto. Mas quero agradecer por conta de cada rua que passei, cada pessoa que esbarrei. Me levaram até ela, até o momento que meus olhos se encontraram com o dela e tudo fez sentido.
Todos os erros que chorei e me culpei, todos os tropeço que queria ter evitado. Tudo isso aconteceu para eu está ali naquele momento. Eu queria dizer a ele que eu, que nunca acreditei em destino. Acreditei naquele momento que sim, estava ali destinada a encontrá-la.
Não foi por nada ou uma mera coincidência. Eu estava a sua procura sem ter consciência. Mas quando a encontrei, no meu inconsciente sabia que era ela. A pessoa que não iria me completar, mas me transformar.
Ela não veio com um buquê de rosas, como um sonho lindo. Veio de forma real e espinhos. Não me importei em ficar, em aprender e a lidar. Foi o que me fez perceber que o que for muito fácil, talvez não seja para ser. E a gente é muita coisa meu amor
Fiz essa declaração, clamando a oxalá, agradecendo todos os santos. Que me fez assim e me guiou até seu encontro.
Mas também dizendo o quanto ninguém explica isso, nossa relação. Pode dizer ser apenas um em um milhão. Coisas que acontecem sem razão. Mas sabemos amor, que nosso amor é uma imensidão.
Nenhuma palavra poderia usar para dizer a festa que causa no meu peito quando a vejo chegar. Nenhum número é suficiente para contar quantas vezes me apaixonei novamente. Em seu sorriso quando acorda. No abraço que me conforta. Nos beijinhos e risadas que me alegra. Nas trocas de olhares que me faz derreter por completo. Com você não me sinto desproporcional, grande demais para se encaixar. Me sinto na medida certa. A química perfeita que nos faz se olhar e agradecer por cada detalhe, momento, tempo passado juntas. Meu sentimento por você é maior que o número de pedrinhas na areia da praia. Mais profundo que o oceano. Mais intenso que um vulcão em erupção. Estou diante de alguém extraordinária, com sorriso tímido e olhar profundo. Se tivesse escolha de viver isso, nem que fosse por uns minutos, um esbarro qualquer, ainda sim aceitaria. Porque a sorte de te ver sorrir vale por qualquer seg vida perdido por ai. Mesmo no encontro mais breve. Olho para ti e só consigo agradecer aos céus por ter me presenteado com alguém assim. Se damos tão bem que é quase como se fosse moldadas para ser uma da outra. Todos sabem que tentar competir com você, é entrar em uma guerra já perdida. Não tenho medo de sentir o que sinto por você, e mesmo assim só nessa vida ainda seria tão pouco. Espero ter chances de te amar nas outras vidas que virão. Eu te amo intensamente como nunca amei, amo e amarei outro alguém.
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viceja-r · 1 year
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HOJE NO CAOS QUE EU FUI
Encontrei poesia em três atos de amor
Um amigo que se diz apaixonado por mim me deu chocolate
Só Deus sabe como amo receber surpresas
E você nunca fez isso
Mas alguém tão simples fez e consegui me sentir mais valorizada
A tarde um advogado pegou meu livro de poesias e viu as minhas páginas marcadas
Ele me perguntou "está apaixonada ma? Eu respondi rápido como um pássaro tentando se livrar do passarinheiro CLARO QUE NÃO, em seguida ele disse, "pra gostar desse poemas ou você está apaixonada ou te alguém te fez muito mal"
Quis responder mas fiquei quieta e vermelha
Como ele me leu tão rápido?
Queria ter respondido em um grito "quem me fez mal fui eu mesma ao esperar muito de alguém tão pouco"
No final do dia indo pro metrô encontrei um colega que fiz no ônibus da faculdade uma semana atrás
Ele disse de longe meu nome e correu em minha direção
E disse "eu não ia conseguir viver sem ver de novo os olhos que me apaixonei"
Foram simples palavras, um cone de chocolate e um elogio aos meus olhos gordinhos e tortos
Que me fizeram me amar um pouquinho mais
Eu sei exatamente que isso é um trabalho meu
Mas ninguém que gosta, some, ou não faz, ou não diz
Sua ausência de afeto me afastou
Mas me fez me questionar 50 vezes quem eu sou
E se eu te servia de alguma coisa
Pra ti eu posso não ter servido de nada
Mas eu sei o quanto eu poderia ter valido a pena
Porque eu sei que dei tudo de mim
E mesmo assim daria de novo
Porque acreditei em nós até o fim
E acreditarei até nas próximas vidas
Obrigada por me ensinar a como não me apegar a abraços vazios
-Mari.Conde
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fragmentosdebelem · 1 year
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Av. Bernardo Sayão, d. 1960 / Belém: estudo de geografia urbana - Antonio Rocha Penteado (1968)
"Compensando esta transformação citadina, encontramos os falados bairros dos Tamoios, dos Jurunas, da populosa Conceição, que vieram boiando das várzeas inundadas pelas enchentes de águas vivas. É aí que o povo aprendeu o jeitoso equilíbrio de caminhar sobre estivas e tabuados, que são os caminhos para as suas palhoças, e, na quadra chuvosa, a ter de imitar a vida dos caranguejos...
Com o pavimento feito pista, e os ônibus mais ou menos da Viação 'Morais', o Jurunas não se envergonha dos noticiários da imprensa, em casos de ciumadas, de desordens, cachaçadas, suicídios, malandragens, perdida a dignidade de suas temidas valentias"
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Bruno de Menezes ~ Belém e o seu poema. Em: Diário do Pará de domingo, 29 de agosto de 2010
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