Tumgik
#corta vento
eternal-o · 2 months
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Quando eu digo que o destino é cruel eu falo a verdade.
Nossa história teve um final, apesar de doloroso, ele acabou. Você se foi, eu me fui e ambos em suas vidas monótonas sem o sentimento que sentíamos um pelo outro. Era como se o fio da nossa conexão tivesse arrebentado. Eu vivia e você também, não sei você, mas minha mente sempre me fazia voltar para o som da sua risada ou alguma piada e eu ficava irritada, porque não queria lembrar de nada.
Até que um dia o sentimento se ausentou e eu vivia mais. Você não era tão presente em minha memória, apenas uma passagem boa, mas dolorosa da minha vida.
E quando eu achei que havia passado, o destino trapaceou trazendo você de novo, como um vento gelado que corta a pele quando estamos quentinhos. E você apareceu novamente, uma rajada de lembranças e eu fiquei sem saber respirar, porque era isso que sentia perto de você.
Destino cruel e trapaceiro. O que tu ganha me trazendo o que eu não posso ter?
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sunshyni · 6 months
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on and on | jaehyun
let's make the party go on all night long. we can go on, on and on
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jeong jaehyun × fem!reader
w.c: 1.3 k
avisos: tá um tanto quanto sugestivo KKKKKK O finalzinho só, acho que esse é o máximo de sugestivo que consigo formular sem sentir muita vergonha 🫣
n.a: passar uma semana no RN me deixou com pensamentos na cachola 🥴 Daí resolvi escrever isso aqui, então acredito que esteja um tanto quanto br!au vibes, e no mais é isso!!! Espero que vocês curtam!!!
Boa leitura, docinhos!!! 🌵
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Você avistou Jaehyun pela primeira vez na recepção do hotel resort em que estava hospedada, ele claramente não parecia dalí, vestindo uma calça jeans folgada e um corta vento, além de um boné e um óculos de sol, enquanto lá estava você tomando aos poucos um drink de frutas vermelhas em roupas de praia tradicionais, bastou ele proferir sua primeira palavra para você ganhar uma confirmação. O inglês fluente entoado num tom de voz calmo, preencheu o ambiente rapidamente, e você se agradeceu pelos anos de estudo da língua que te fizeram entender todas as palavras que saiam da boca dele. Quietinha de pernas cruzadas em um dos sofás do lounge, você escutou o andar em que Jaehyun ficaria que ficava dois andares abaixo do seu, o que te deixou um tanto entristecida com o fato de que não poderiam se esbarrar casualmente no corredor dos apartamentos daquele andar em específico.
Por pouco você não se levantou discretamente para entrar no elevador de propósito apenas para comprimentá-lo, no entanto você felizmente se conteve, sugando o líquido do seu copo com o auxílio de um canudinho.
Entretanto o universo estava de bem com você e resolveu colocá-lo no seu caminho no dia seguinte ao ocorrido, Jaehyun e você participaram de um passeio turístico em que o guia se virava nos trinta para traduzir o que o homem dizia, e você se voluntariou como tradutora somente para ter a chance de ficar pelo resto do passeio ao lado dele. E deu certo, você utilizou o ombro dele de travesseiro durante algumas horinhas na volta para o hotel, e Jaehyun te levou sã e salva até a porta do seu apartamento, você até aproveitou a deixa para ensiná-lo como brasileiros costumavam se despedir e deixou um beijo ligeiro na bochecha dele, fazendo-o abrir um sorriso com direito a covinha e se distanciar do seu quarto, um tanto quanto incerto da sua decisão.
Então, simples assim, vocês se tornaram amigos de viagem, tomavam café da manhã juntos, aproveitavam a piscina juntos e Jaehyun até investira em te ensinar a surfar, embora esse fosse apenas um pretexto para que ele pudesse te tocar, na cintura, no cabelo para afastá-lo do rosto, nas mãos e nas costas para corrigir sua postura acima da prancha. Você esbanjava um sorriso de orelha a orelha, fingindo inocência a respeito das intenções bastante óbvias de Jaehyun, sobrepondo a própria mão por cima da dele sempre que tinha a chance, fazendo-o sorrir com os olhos.
Agora tinham acabado de participar de uma atividade do hotel, um karaokê no qual você obrigou Jaehyun a ir porque queria muito cantar alguma música romântica olhando-o nos olhos mesmo consciente de que ele não entenderia palavra alguma da letra da canção. Vocês dois resolveram se deitar no gramado próximo da piscina, com a mínima vontade de encerrarem a noite então usaram a desculpa convincente de que as estrelas brilhando no céu deveriam ser contempladas.
— Aquela senhorazinha 'tava dando em cima de mim, não é? — Jaehyun questionou, se virando no chão para ficar de frente para você, você aproveitou para admirá-lo em silêncio, correndo os olhos pela bermuda clara, a camisa de linho, as bochechas rosadas pelos drinks que vocês beberam num intervalo de tempo muito pequeno e finalmente chegando aos olhos.
— É claro que sim. Do lado do marido dela vale ressaltar — Você tocou na correntinha no pescoço dele que podia ser vista graças aos botões iniciais de camisa fora de suas casas, mexeu no acessório até o pingente permanecer numa posição agradável aos seus olhos — Mas a culpa é sua. Quem mandou ser lindo de morrer?
— Acho que você deveria discutir com os meus pais sobre.
— Discutir? — Foi a sua vez de perguntar, Jaehyun esboçou um sorriso na sua direção achando graça da sua expressão surpresa — Eu quero mais é agradecê-los.
As ondas da praia quebravam de forma bastante audível quando Jaehyun arrumou os fios do seu cabelo ou apenas fingiu arrumá-los para poder te tocar, você retribuiu o toque, pressionando a bochecha dele no ponto específico da covinha característica logo que ele esbanjou aquele sorrisinho celestial mais uma vez.
— Você comentou que partiria daqui dois dias... — Jaehyun começou, achegando o corpo para mais perto de você sem nem se dar conta do movimento — Amanhã a gente pode só ficar curtindo a piscina. Nada de buggys, dunas ou surfe. Só relaxar.
Seria muito difícil se despedir dele, você pensou enquanto balançava a cabeça em afirmação à proposta de Jaehyun, mas no que você estava prestando atenção mesmo era no rostinho levemente vermelho dele, consequência do sol quente e também devido ao álcool de algum tempo atrás. As pupilas dilatadas em união aos lábios rosados, como o efeito de um lip tint qualquer tornavam aquele homem ainda mais irresistível e perdidamente gostoso.
— Quero passar o máximo de tempo possível com você — Foi sincera ao dizer, seu corpo se arrepiando por inteiro quando ele capturou suas mãos sem rodeios, pressionando os lábios suavemente sobre os nós dos dedos. Jaehyun realmente gostava da sua companhia, mais do que ele já gostou da companhia de qualquer outra pessoa mais íntima, aquela era a primeira vez que tanto ele quanto você se sentiam tão conectados com uma pessoa que conheciam tão pouco.
— Eu não quero terminar nossa noite aqui — Ele disse sob as luzes artificiais da área da piscina e sob o brilho natural da lua, as ondas do mar quebrando suavemente atrás de vocês serviam como a trilha sonora perfeita do momento — Me deixa ir com você... Eu prometo que vou ser um bom garoto.
Jaehyun proferiu essas últimas palavras baixinho, num sussurro galante que provocou inquietação na sua barriga e no baixo ventre, o que te fez enroscar uma das pernas na dele, tornando a distância de vocês mínima e engrandecendo um desejo que nenhum de vocês sabia pontuar muito bem quando havia surgido.
Os olhos do homem diante de você carregavam um brilho que era impossível passar despercebido, tinham um ar de súplica e se assemelhavam com o olhar de um cachorrinho pidão, insinuando um sorrisinho em você de puro deleite a situação.
Em silêncio, Jaehyun entrelaçou os dedos aos seus e te conduziu até o elevador, você escolheu o último andar do hotel que coincidentemente era o andar do apartamento que você estava hospedada e quando abriu a porta, ele não esperou as luzes serem ligadas, apenas fez suas costas se encontrarem com a parede mais próxima e abaixou a cabeça um bocado para ir de encontro a sua boca, afundando a mão no seu pescoço e guiando o beijo com propriedade, a língua morna e molhada te conhecendo melhor enquanto a mão livre te apalpava sem brusquidão.
Você sentia que podia se desmanchar alí mesmo, com apenas um beijo, no entanto percebeu que teria de resistir um tantinho quando Jaehyun tateou seu corpo, elevando sua coxa até a altura da sua cintura e fazendo você senti-lo de forma completa, o que te fez arfar com o fato dos seus corpos quase se encaixarem perfeitamente por cima das roupas leves de verão.
Ele pôs uma das mãos entre seus corpos, invadindo e subindo o vestidinho que você utilizava para te ter nos dedos, o que te fez contrair ante ao toque terno dele, entretanto Jaehyun beijou seu pescoço, sussurrando no seu ouvido como se quisesse compartilhar um segredo.
— Não faz assim — Ele sorriu, fazendo entrar em cena a covinha adorável que você conseguiu vislumbrar devido a luz da lua que adentrava no quarto devido as portas da varanda abertas. Você o agarrou pela correntinha que residia no pescoço dele, aproximando sua boca na de Jaehyun numa tentativa notória de espalhar o calor para todo corpo já que no momento ele se concentrava num lugar sensível seu na parte inferior que ganhava toda atenção com a mão macia do Jeong.
Ele deixou um beijinho carinhoso na pontinha do seu nariz antes de dizer, os olhos semicerrados e um sorriso insistente que não deixava seu rosto de maneira alguma.
— Eu quero fazer essa festa durar a noite toda.
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a garota perdida que habita em mim procura um lugar seguro dentro dos seus braços firmes sempre que o vento, como uma lâmina, corta o horizonte; sempre que as ondas, como espadas, se tornam violentas.
seu abraço me prende, como correntes, e seu peito me afoga num conforto ardente.
evy
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folklorriss · 14 days
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rain, flowers and colors | ln4
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{ lista principal }
pov: lando te mostra cores em um dia chuvoso de londres.
- avisos: narração em terceira pessoa, relação saudável, rotina de casal, um pouco de sentimental.
- wc: 1.457
Imagens tiradas do Pinterest, todo direito reservado ao seus autores. História ficcional apenas para diversão, não representa a realidade e os personagens utilizados possuem suas próprias vidas e relacionamentos, seja respeitoso. 😊
O estrondo vindo do lado de fora fez a garota acordar em um susto, sentando-se na cama com a mão no peito e os olhos bem abertos. O relâmpago iluminou o quarto através da cortina meio aberta, e o barulho do trovão ecoou pelo ambiente, perdendo a força segundos depois e dando lugar ao som da chuva que batia intensamente na janela.
“Puta que pariu” ela sussurrou e fechou os olhos, respirando fundo para acalmar a respiração.
Londres era chuvosa; todos sabiam e estavam acostumados. Mas a última semana estava ultrapassando os limites do costume, pois deixará de ser uma chuva chata e se transformara em tempestades todos os santos dias. E ela, que sempre odiou tempestades, relâmpagos e trovões, não poderia estar mais infeliz com a situação.
Abrindo os olhos, agora acostumados com a penumbra do quarto, procurou pelo namorado em seu lado da cama. Estava vazio e frio, denunciando sua ausência há algum tempo. Ela esfregou os olhos e pegou o celular, sem nenhuma mensagem ou recado. Onde Lando havia ido naquela chuva?
Com uma espreguiçada que esticou todos os seus músculos, jogou as cobertas para o lado e deixou a cama quente para ser abraçada pelo gelado ar do apartamento. Na poltrona ao lado da cama havia um moletom de Norris, ela o vestiu por cima do pijama e calçou as pantufas, saindo do ambiente escuro e acolhedor para encontrar a claridade monótona do dia banhando o pequeno apartamento que dividia com o piloto.
Ela parou em frente à grande janela da sala, aonde o vidro ia do teto ao chão e oferecia uma visão da cidade. Londres estava nublada, cinza, triste, como se a cidade estivesse mergulhada em uma melancolia sem fim. A forte chuva tornava quase impossível enxergar os arranha-céus e carros que nunca paravam nas ruas lá embaixo. A garota gemeu de frustração. Sentia falta do sol, do brilho, da vida que Londres entregava aos seus habitantes e turistas.
Como se tivesse ouvido suas preces por um pouco de calor, o seu sol particular entrou no apartamento. Ela se virou em direção à porta e encontrou Lando, encharcado dos pés à cabeça. Ele usava um short de corrida preto, que antes era solto, mas agora grudava-se ao seu corpo por conta da água, e um corta-vento da mesma cor. O capuz estava sobre a cabeça, mas pouco ajudou a bloquear a chuva. Quando ele o tirou, a água escorria de seus cachos como uma torneira aberta.
A garota cruzou os braços e sorriu para o namorado que tirava os tênis molhados ao lado da porta.
“Sem chuveiro em casa e escolheu tomar banho na rua, Norris?” ela brincou, e ele ergueu o dedo do meio para ela, um sorriso de canto surgindo em seus lábios.
“Saí para correr. Era só uma garoa e do nada” enfatizou, encarando-a com os olhos bem abertos. “Do nada mesmo, começou a cair uma tempestade. Odeio essa cidade, juro.”
“Nem parece que mora aqui a vida toda. Nunca se sai de casa sem um guarda-chuva, tolinho.”
Ele bufou e soltou algumas sacolas no balcão, então balançou o cabelo, se livrando do excesso de água, enquanto abria o casaco.
“Lando Norris! Pelo amor de Deus, você tá molhando tudo!” ela resmungou e apontou para o local onde ele estava parado. Uma pequena poça se formava no chão de madeira clara.
“Não me diga o óbvio, amor. Estou encharcado aqui.” Ele apontou para si mesmo.
“Sim, mas tá piorando tudo ficar se chacoalhando como um cachorro.”
Lando parou o movimento de se livrar do casaco. Usava uma camiseta branca por baixo, que estava igualmente encharcada, marcando seu abdômen e peito bem definidos. A garota engoliu em seco ao ver a camiseta grudada no corpo, agradecendo mentalmente aos céus de Londres pela chuva repentina e visão maravilhosa.
“Do que você me chamou?” Lando levantou uma sobrancelha e voltou a retirar a peça lentamente.
“De cachorro?” ela perguntou, confusa, e se remexeu no lugar quando ele soltou o casaco e começou a caminhar lentamente em sua direção. “Sim, ótimo, molhe todo o resto do apartamento!”
Lando sorriu como uma criança levada.
“É só água, amor...”
“Sim, mas isso estraga o chão, você sabe.” Ela divagou sobre o piso, sem se dar conta da proximidade. “Daí depois infiltra, vamos ter que trocar e vai ser um saco. Nossa casa vai ficar cheia de pó e estranhos e... LANDO!”
Em um movimento rápido, o piloto a puxou para si, envolvendo-a em um abraço apertado. Ela gritou e tentou o empurrar, mas Lando apertou o agarre e esfregou o cabelo molhado contra o pescoço dela, fazendo com que ela se encolhesse e soltasse uma risada, se contorcendo em seus braços.
“Você tá gelado! Me solta!” tentava, sem sucesso, se livrar do abraço do piloto.
Ele apenas riu e distribuiu beijos na pele quente dela, que se arrepiou instantaneamente com o toque. Ela sentia o moletom absorver a água do corpo de Lando, enquanto suas pernas desnudas ficavam igualmente encharcadas.
“Juro, eu vou te matar!” ela ria e o empurrava em vão.
“Mas pelo menos agora estamos todos molhados. Eu, o chão e você.” Ele riu e se afastou dela, mas sem soltá-la. A garota deu um tapa em seu braço.
“Você é ridículo, te odeio.” Ela revirou os olhos, mas estava sorrindo.
Lando sorriu de volta e se aproximou, beijando seus lábios delicadamente. Estavam gelados, mas com o gosto típico dele de menta. Ele sempre tinha aquele gosto e certamente era o preferido dela.
“Você vai me odiar menos e me desculpar pelo chão quando eu disser que também saí para comprar café pra você?” ele resmungou entre os beijos.
“Hm, não sei, continue falando.” Ela enlaçou os braços ao redor do pescoço dele e sorriu contra seus lábios. Lando riu e apoiou sua testa na dela, encarando-a sob os cílios úmidos.
“Cappuccino com canela e uma colher de açúcar, do jeito que você gosta em dias chuvosos.” Ele sorriu, e ela sentiu seu coração se aquecer. “Ah!” O piloto se afastou e correu até o casaco caído, quase caindo quando sua meia molhada deslizou pelo chão.
A garota se aproximou, agora sem se importar com o chão.
“Também achei essa sobrevivente no caminho.” Lando se virou, mostrando uma pequena flor rosa na palma da mão. Estava um pouco amassada, mas sua cor ainda era viva. “Esses dias você reclamou que não via mais cor nessa cidade, que até as flores tinham morrido por causa da chuva e sua coleção havia parado por isso.” Ele deu de ombros. “Pensei que você ia gostar dessa fofa aqui.”
Ela encarou a flor, e sua habilidade de falar pareceu desaparecer. Amava flores e tinha o hábito de colecioná-las, ou suas pétalas, entre as páginas de um caderno, chamando-o de “caderno das flores”. O objeto existia desde seus 16 anos e sempre anotava algo sobre o dia em que as encontrava ou ganhava. Eram diversas as pétalas que vieram de flores que Lando lhe havia dado.
Erguendo os olhos para ele, ela o observou. Pequenas gotas escorriam pela pele bronzeada, e o cabelo molhado o deixava com um ar muito mais jovial. Os olhos verdes transmitiam vida, calor e a encaravam com expectativa. Ele sorria de leve, com uma pequena covinha em sua bochecha direita. Prontamente, toda a frustração que sentira ao observar a cidade sumiu do peito dela, dando lugar a uma torrente de ternura e afeto que fez seu coração se derreter dentro do peito. Era tão, tão sortuda por tê-lo. Ele era, definitivamente, seu Sol naquela cidade nublada. Não havia cinza, não havia frio, nem tristeza quando Lando estava por perto; ele era calor e alegria, e era dela.
“Porra.” Ela sussurrou e se jogou contra ele, abraçando-o com força e escondendo o rosto na curva do seu pescoço.
Lando, mesmo confuso, retribuiu o abraço.
“Te amo.” Ela sussurrou. “Muito. Nunca mude.”
“Não vou.” Ele riu e se afastou o suficiente para ver seu rosto. “Você gostou?”
“Eu amei.” Ela sorriu e deu um selinho nele, afastando-se para pegar a flor da mão dele.
“Ótimo. Suponho que estou perdoado também.” Ele ergueu um sobrancelha e tombou a cabeça para o lado, sorrindo de forma meiga pra ela.
A garota limitou-se a revirar os olhos e dispensá-lo com a mão, o sorriso nunca abandonava seus lábios.
“Vai tomar um banho. Eu vou esquentar nosso café.”
Lando a deu um beijo rápido e foi em direção ao banheiro. Ela o observou e quando o viu entrar no banheiro, correu até a estante de livros para pegar seu caderno das flores.
Em uma página em branco, colocou a pequena flor rosa e anotou: “Do dia que Lando me mostrou cores que não posso ver com mais ninguém.”
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delirantesko · 2 months
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Espetáculo (texto, 2024)
A navalha desliza pelo tecido que cobre o corpo inteiro, em variados padrões, uma armadura moderna que mais delineia as curvas do que protege quem a usa. Ela se pergunta o quão afiada está essa lâmina.
O quanto de sua ponta poderia entrar em relação a dor que ela poderia sentir? O quanto é aceitável a dor em troca do prazer?
No rádio toca The Operation, de Charlotte Gainsbourg:
"Our love goes under the knife
There is no room for doubt"
A lâmina corta o tecido com facilidade, toda a trama se desmanchando como uma cortina se abrindo, a epiderme arrepiada subindo ao palco de seu afiado público.
É preciso ver mais e mais próximo o ator principal. As cortinas que não se desfazem ante o fio do metal brilhante são puxadas e rasgadas com violência por mãos enluvadas, criando uma peça que não se costuma ver nos museus comuns.
A dor é tolerável, como na idade média onde matar era o último recurso, e a função era manter a dor o máximo de tempo possível. O demônio só aparece depois dos personagens conhecidos como gritos e sangue surgirem. Ele é o **** ex machina que salva o protagonista no final.
Mas quem está pendurado no guindaste é o próprio protagonista. Quem salva quem afinal?
Não há salvação, e a pele é pendurada como roupa no vento de final da tarde de verão.
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infinitosacabados · 1 month
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Carta aberta para mim.
Todos os dias quando você se levanta e odeia sua vida, não precisa sentir culpa, porque de fato tudo é muito ruim. Quando você entra no ônibus e demora quase duas horas pra ir ou pra voltar do trabalho e não consegue aproveitar as pequenas coisas, como o nascer ou o pôr do sol, não é culpa sua, você só está exausta mentalmente para prestar atenção ao seu redor, afinal, as pessoas falam alto, tudo é muito barulhento e você é sensível. Também tenho que te lembrar de que você sempre procura olhar uma flor, sentir o vento no rosto, ficar deitada e agradecer mentalmente por todos os momentos de paz junto das suas gatas e das pessoas que ama, porque sabe que são raras essas ocasiões, então mesmo que não consiga pensar em coisas boas com frequência, você sempre tenta e às vezes consegue. Quando você não aguenta mais e se corta ou pensa em se matar, não é ingratidão, você está doente há anos e precisa se inserir constantemente em ambientes que te adoecem mais, então é absolutamente normal sentir o que você sente e responder da forma que responde. Ninguém tem ideia de todo o abandono, das perdas e das agressões que você passou. Lembra de quando você não conseguia sair, comer ou dormir? Hoje isso vem melhorando muito. Lembra de quando você chorava por conta dos xingamentos, da saudade da sua mãe, do medo de estar só? Hoje você consegue seguir em frente. Houve vitórias, a sociedade caminha de um jeito hostil e egoísta, não é sua culpa odiar tudo e querer estar longe, aliás, é seu dever manter tudo o que te faz mal bem distante e se impor quando te rebaixarem. Acima de tudo, agredir quem te agride é autocuidado. Eles não merecem sua empatia nem o seu respeito, não se esqueça de que você sempre amou e respeitou demais, você tem que ser dura. A vida é minúscula e um dia todos serão pó, nada vale a pena, a não ser aquilo que te faz bem. Aproveite sempre o silêncio, ele é sempre o que nos resta depois de longas horas de terror, horas que você sabe bem como são. Eu te amo, estou tentando cuidar de você da maneira que merece.
-Ananda
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felpsdavi · 8 months
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Se eu estou errado e me sinto só
Me corta como o vento
O forte e ensurdecedor silêncio
Se eu estou certo e me sinto só
Oya me corta no vento
Odoya nas onda me afoga
Odé na mata me castiga
Mas sozinho, na minha fé, ate Oxalá duvida
O velho me disse
Quem tem orixá nunca ta so
Na errada eles se calam
Pra voce se encontrar
Mas na certeza eles te sacodem
Pro seu ori trabalhar
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hxtwasabi · 5 months
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A cidade de Tóquio é a cidade que nunca dorme, mas eu durmo rapidinho
Quero ser uma mulher que corta o vento com os ombros, enquanto visto-me livremente
All Day Long Lady/Harajuku Time Bomb (b-side) PV Icons
Like/reblog se usar
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jadlee · 1 month
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Feito a pipa colorida que corta o céu, eu me sinto livre e voo no vento. É para o céu que confesso meus sentimentos, busco palavras, misturo as tintas e nelas eu perco meus pensamentos. Dias vão e vem, a única certeza que tenho é que é preciso fazer com que a vida valha a pena.
"Drica Trovó"
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cartogramas · 3 months
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É um dia chuvoso, meia-tarde e os cães. A infinita sessão de análise toma posse de mim. Abro a tampa da máquina. Ronda-me o exercício da escrita, esse ofício. Ronda-me outra vez como tantas vezes a Lupicínio. Junto dele um banzo longo que ouso agora romper em chances assim, quando nasce frondoso um tempo livre entre a urgência do trabalho dos outros. Sobre essa volta, pensei em um título relacionado ao saguão e talvez ele seja mesmo o melhor lugar para que tudo aconteça. Um saguão, não o título. Optei pelas datas por praticidade ou pressa de ocasião. Trago amarrada uma palavra há quase catorze anos - ou mais. Promessa demasiadamente prometida apodrece, é tempo do longe demais. O treze é de sorte e infortúnio, o catorze será qual ou de quem? Nada se faz por si neste mundo tão chulo. Digitar é trabalho braçal, coisa de porte e estado físico, talvez de golpe ou açoite. Sinto que ando fraco e silente, tenho dores às costas, no ombro e ciático. Vez ou outra me toca deitar. Dizem que poetas têm saúde frágil e o ofício exige o tempo e do tempo. Vou ficando velho, ando rápido, mas sinto que tenho chegado em lugar nenhum. Todo sinal se desvia da rota que traço, são fortes demais os convites de fora e precárias demais as condições pra sentar. Já pouco importa se é um ou se é oito, se é dois ou vinte e três, mesmo dois mil e vinte três ou vinte e quatro - depois do quatro já não? Sentar-se a interpelar o tempo, menos a contagem, mais do vivido. Eis. Prospectar sua generosidade volvendo argumento, acatar quando o que toca são silêncios, hiatos. Não pressionar. Busco aqui algo do que a colega chamou belamente de diário no meio de uma reunião qualquer, ou algo do que o amigo hoje distante sugeriu fragmento ou passagem. Busco algo que batizei cartograma bem antes do nome ter sido furtado enquanto eu estava de férias - fiquei ferido como quem leva um tapa na cara que nos atinge de longe. Poderá a palavra ordinária falar do extraordinário? Senão do extraordinário, pelo menos do contingente porque singular? Há coisas que só uma vida pode dizer e não há problema nenhum nisso. Veja: o termo ordinária, aqui, de forma alguma a reputa vulgar - a palavra é sempre nobre no que acalenta e corta, quando chega como aquela que acolhe ou troveja, gentil como palavra-casa ou mordaz palavra-espada que passa fio na superfície da pele e alcança até dentro da carne. Como nas coisas que atravessam a chamada ordem do dia, porém, torna-se ordinária porque determina mais rito que ritual, participa do processo que encaminha e não raro encastela, que sedentariza, fala da e pela ordem, investe na proclamação da norma e seca o vento que surge do Sul em mais outra entrada de inverno. Estou cansado dessas, as que me convidam a fazer brotar por razão. Aqui chamada de ordinária, então, é palavra desencantada e sem magia, palavra que não soa ou serve para ser lida em voz alta, que registra sem cindir, que emperra, soterra, proscreve e determina aquilo que alguém, enfim, só consegue saber. A palavra ordinária é aquela que empilha e empecilha. Tão somente inventaria. A cidade precisa dela como a um tira que protege a porta do inferno, mas que o protege como mecanismo e não máquina. O sexo dos anjos. A palavra ordinária desconhece os abismos, os prados, os charcos e cordilheiras. Desconhece Glissant. Nunca atravessou mares ou conheceu aquilo que passa entre as coisas, os sopros mais que questões. Nunca sondou a beira de qualquer precipício ou abriu olhares de pupila aberta para o vertical das ribanceiras. A palavra extraordinária não delimita: ela abre espaço. Ela faz povo e clareira. Procria. Sugere. Ela é testemunho ou barbárie.
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MDCCCXIII
Canto tais desavenças ao abraço que gargantas prezam Os ruídos ritilíneos de um paraíso arrebentando Cirandas de rostos inventados, simplesmente fios e espinhos Nada que uma boa dose de luxúria não resolva
Nenhum mistério, nenhum exagero Tudo é preenchido com o silêncio O corpo que alarda melodias, nada fora do compasso Entretanto, os objetos são ocos como todo o resto
Areia avermelhada Arada de fantasmas e cadáveres Placentas que se descolam dos ventres Filhos sem nomes, mães sem rostos
Minha carne é um país para sabe-se lá quem Minha carne é um espetáculo entediante Minha carne é uma promessa de amante Minha carne é uma catedral babilônica esvaziada
Rezas murmuradas sem intenções Sendo suprimidas pelo uivo do vento Cortando espaços, delimitando paredes Como máquina eu adio meus passos
Eu refaço brindes entre calcanhares Eu encaro o encantamento de escombros Meus lábios performam uma encosta Como se véus densos me cobrissem a boca
Desperto do transe contemplativo Penso no azar dos que me desconhecem Suas histórias estariam a salvo comigo Pois sou eu mesmo, uma força que não impede
Minha espada corta a química Espumando amônia e zinco Mistérios tensionados embriagam Peles sob o efeito prático do plágio
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journaldemarina · 1 year
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Terça-feira, 19 de setembro de 2023
É véspera de feriado então let's party gurrls!
Eu sou muito tapada. Saí do trabalho depois do expediente de carona com o Sócio™ (meu ex), quando cheguei na frente do meu condomínio e fui pegar a minha chave para entrar, cadê a chave? Fiz ele voltar comigo para o café, nosso café. Chegando lá revirei todo o lugar mas pensa que achei alguma coisa? Achei nada. Fui desesperada até o carro avisar, já pensando na logística merda de tudo porque ainda não tenho cópias (por preguiça e burrice mesmo). Abri a porta e as chaves estavam no banco. Yay.
Mas é isso, estou em casa e logo mais vou sair com meu amigo e a amiga dele para uma noite de garotas com muito papo calcinha. Palavras dele. Ando mais sem dinheiro que o normal mas eu que não vou ficar miserável em casa. Inclusive a casa tá um caos, uma bagunça que só, e a falta de dinheiro nesse momento é porque finalmente comprei o móvel (usado, obviamente) de cozinha que eu queria. Foi um paaaarto negociar com o dono da cristaleira e também com o cara que fez o frete, porém águas passadas e agora está belíssima no meu recinto.
Enfim. Quase todas minhas roupas estão sujas e a depilação das pernas está vencida, mas com a segunda parte eu nem me importo e acho que vou colocar um vestidinho preto de alcinha que fiz um ano atrás, o coturno também preto e um casaco coloridíssimo que parece ter sido feito pela vó (mas é Renner). Meu deus, já é 19h32, preciso achar minhas maquiagens e colocar as roupas para lavar e dar comida para a minha gata e tomar banho e jantar e aaaaaaAAA.
Voltei a sair com o AA. Acho que ficou mais tranquilo depois que ficou mais ou menos estabelecido que transar é bom demais e não se espera nenhum compromisso de ambos lados. Me parece o ideal no momento. Me agrada a ideia de construir algo parecido com uma relação sem esperar muita coisa. Obviamente gosto dele e eu demoro muito a me apegar as pessoas mas sou muito consciente do que sinto. Sei que o que eu quero numa relação ele não vai me entregar e de um modo geral eu não apresentaria ele para minha família e amigos de verdade (acho ele bonito e gente finíssima para conversar mas etc e tal).
Coloquei o vestido, jantei, dei comida para a gata. Acho que não vou me maquiar, não tenho muito tempo hábil mas de qualquer forma acho que maquiagem me envelhece demais. Gosto do meu rostinho pelado ao vento, minha pele tá mil vezes melhor que quinze anos atrás (uma grande vitória para a Marina do passado). Teria mais coisa para falar mas vou me atrasar demais. Vou com o vestido preto, mas troquei o coturno pelo All Star botinha amarelo e uma bomber/corta vento cor-de-rosa no lugar do casaco de vó. Me sinto o Didi Mocó hipster mas tô feliz.
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tecontos · 1 year
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Chantilly, morango e buceta, não ha nada melhor que isso ! (lesb) (18-07-2023)
By; Patricia
Oi, me chamo Patricia, sou de São Paulo, tenho 27 anos.
Na última terça-feira acordei com uma vontade imensa de comer bolo. Mas queria um daqueles bolos caprichados mesmo, que eu pudesse rechear com morango e colocar chantilly como cobertura. Em geral, eu gosto eu mesma de fazer meus bolos, sabe? Adoro comprar farinha de trigo de marcas diferentes e misturar outros tipos de farinha para ver se funciona, gosto também de testar corantes naturais, enfim comprar bolo pronto não faz minha cabeça.
O problema é que, nesse dia que me bateu a vontade, eu tinha várias reuniões de vídeo, uma atrás da outra, e faltava ovo, ingrediente fundamental, além do morango e do chantilly – que, afinal, acho que era o que eu mais queria, para satisfazer minha vontade de doce na TPM que eu estava.
Quando vi que não daria tempo de ir ao mercado comprar as coisas e fazer o bolo para comer ainda no mesmo dia, mesmo sendo contra apps de entrega, acabei pedindo mercado por um deles.
Era por volta de 17h quando fiz o pedido e, lá pelas 17:40h, o interfone tocou. Desci para pegar o que encomendei e uma moça, que eu já tinha visto que se chamava Lia pelo app, tirou o capacete, abriu o baú da moto e me entregou uma caixinha de papelão fechada, na qual deveriam estar os ovos, um spray de chantilly, os morangos e mais um cacho de banana e meia dúzia de limões que eu aproveitei para pedir. Lia era bem gata e estava vestida com uma calça legging preta, jaqueta bomber corta vento roxo com verde e usava o cabelo dividido ao meio com duas tranças que começavam na raíz. Ela tinha cabelos escuros e os olhos mel, fiquei um pouco hipnotizada com sua figura. Ela me entregou a caixa, disse “obrigada” e eu, meio boba, não disse nada. Só fiquei parada, assistindo ela arrancando com a moto e, então, voltei a mim e entrei de novo no prédio.
Já em casa, fui separar as vasilhas e ingredientes para o meu tão sonhado bolo e, quando abro a caixa que veio do mercado vejo na minha compra um spaghetti integral, uma lata de tomate, queijo ralado, um pacote de farinha de trigo e limões. Os limões eram compatíveis com meu pedido, mas com certeza minha compra veio trocada. Xinguei Lia até a primeira geração de sua família e também me xinguei horrores por ter usado app de entrega para fazer uma compra tão pequena e superficial. Minha TPM, nem preciso comentar, acabou ficando 3 vezes mais intensa. E, para completar a situação, em 15 minutos eu tinha uma reunião de vídeo com meu chefe – ou seja, nem poderia pedir para atrasar um pouquinho.
O jeito foi ir passar um batom de leve para não aparecer com cara de ódio na reunião e aceitar que meu dia terminaria com Netflix e macarronada feita com produtos escolhidos por outra pessoa.
Um minuto antes de meu chefe entrar na reunião, recebo uma mensagem:
- “Dona Patrícia, aqui é a Lia, entregadora do app, houve uma troca da sua compra com a de outro cliente, mas o engano já foi identificado. Posso passar para realizar a troca? 😉”.
Fiquei aliviada pelo erro identificado, aflita porque teria que pedir para que ela passasse dali a uma hora e feliz porque ela havia finalizado a mensagem com o emoji de uma carinha piscando. “Meu deus, Patrícia, pensei comigo, você está paquerando a entregadora do app, achando que ela está te dando mole por causa do jeito que ela escreveu uma mensagem para consertar um erro que ela cometeu no trabalho!”
Bem, se Lia voltaria dali a uma hora para trocar as compras, eu poderia fazer minha reunião sossegada. Quando desliguei, mandei uma outra mensagem, dizendo a ela que se quisesse, já poderia passar, e para minha surpresa, ela disse que já estava lá embaixo aguardando.
Como já tinha passado um batonzinho para a reunião, só conferi se meu cabelo estava ok, eu também estava usando uma legging, só que rosa coral, que uso para fazer yoga, e uma camisa de brim, de trabalho. Aproveitei para colocar uma das pontas da camisa para dentro da calça para deixar um pouco do corpo à mostra, porque eu adoro meus culotes largos, acho que minhas gordurinhas a mais são meu charme, e desci.
Lia havia parado a moto na frente do prédio e estava encostada, apoiando uma perna no meio fio e a outra esticada. Quando apareci, ela abriu um sorriso e foi logo dizendo:
- Mil desculpas, dona Patrícia. O mercado não colocou os números dos pedidos na caixa, eu entreguei pela ordem dos endereços, nós não conferimos na hora e aí já sabe, né?
- Ah, tudo bem, imagina! A culpa não é sua. Eu quase não peço nada por app, também não tenho muita experiência. É que hoje me deu muita vontade de comer bolo, TPM é foda. 
- Sei bem como é. Aqui a caixa certa. Vai fazer bolo de que? Hoje é meu aniversário.
- Jura? Se quiser, quando acabar as entregas, deixo um pedaço do bolo pronto na portaria pra você.
- Bondade sua. Mas, se nos conhecêssemos, ia me oferecer para te ajudar a cozinhar, já que o rapaz da caixa que entreguei para você só vai poder receber a certa daqui a uma hora.
- Ué, se você não for uma traficante de órgãos e me prometer que não vai roubar um dos meus rins, está convidada. Acabei de fazer minha última atividade do trabalho.
E foi assim que Lia, a entregadora do aplicativo, foi parar na minha casa. Ela era toda educada e, ao mesmo tempo, despachada. Pediu licença ao entrar, tirou o coturno que usava para não sujar a casa, tirou o casaco e o pendurou no cabide do corredor de entrada. Para minha surpresa, por debaixo da jaqueta, ela usava um top, tipo faixa, preto, de lycra e tamanho mínimo, que só cobria os seios pequenos dela, combinando com a legging. Ela tinha várias tatuagens no braço e uma outra que saia do meio do peito e ia de ombro a ombro, com flores e pontilhados. Mesmo sendo muitas e grandes, as tatuagens dela eram lindas e delicadas. Tentei não demonstrar que eu estava olhando e reparando cada centímetro dela, a chamei para a cozinha, conferi as compras e comecei a, finalmente, separar as vasilhas para fazer a massa do bolo.
- Você vai fazer bolo de que? 
- Uma massa básica e rechear com morango e chantilly. 
- Uau, que prendada.
- É que eu adoro fazer bolos. 
- Em que posso te ajudar? 
- Ah, você pode juntar as farinhas, enquanto eu quebro os ovos em uma cumbuca diferente. A quantidade está nesse papel pregado na geladeira.
Lia estava terminando de peneirar as farinhas e o açúcar, eu havia terminado de bater os ovos, então cheguei perto dela para juntar os ingredientes e acabamos nos encostando pela primeira vez, ombro com ombro. Eu dei um sorrisinho sem graça e ela abriu um sorrisão.
- O ovo que vem pra cá ou a farinha que vai praí? 
- A gente pode trocar de lugar e eu vou mexendo enquanto você joga os ovos aqui, pode ser? 
- Claro.
Óbvio que, quando fomos trocar de lugar, a gente trombou uma na outra. Rimos, porém, seguimos. Enquanto eu batia a massa, pedi para Lia acender o forno. Por fim, coloquei a forma de bolo para assar e não sabia muito o que fazer. Perguntei se ela aceitava um vinho, mas ela estava dirigindo, que cabeça a minha. Estava tão nervosa que perguntei se ela se importava se eu tomasse uma taça sozinha. Ela disse que não. Lia era muito risonha, concordava com tudo sorrindo, então a convidei para irmos para o sofá esperar o bolo assar. Coloquei uma música, começamos a conversar, ela me contou como tinha acabado de sair da faculdade e, sem emprego, começou a fazer entregas com a moto. Ela tinha cursado História.
Conversa vai, conversa vem, levantei para colocar uma música enquanto esperávamos o bolo, e, instintivamente, quando sentei no sofá de novo, acabei me sentando mais perto dela. Ela reparou, lógico, e foi aí que ela agiu: passou a mão pelos meus cabelos, disse que meus cachos eram muito bem cuidados e que meu cabelo estava lindo. Eu elogiei o estilo dela, que a fazia parecer uma mulher decidida. Do cabelo, Lia passou a mão para o meu pescoço e me deu um super beijo. Eu me entreguei, claro.
Coloquei a mão por baixo do top de Lia, que saiu rapidinho do lugar, e beijei seu peito. Ela desabotoou minha camisa. Quando me dei conta, eu estava em cima dela, no sofá, e então puxei sua calça legging para baixo. Ela não se opôs. Pelo contrário, também começou a puxar a minha, que eu mesma tive que terminar de tirar. Lia estava com uma calcinha de renda fio dental preta, enquanto eu estava com uma calcinha e sutiã brancos de algodão, bem conjunto de ficar em casa e confortável, já que meu peito é bem grande e pesado. Ela, embaixo de mim, colocou uma perna em cima do encosto do sofá, enquanto me enlaçou pelas costas com a outra. Tirei minha calcinha, puxei a dela para o lado e ficamos esfregando nossas bucetas.
Enquanto estávamos nos esfregando no sofá, o bolo começou a cheirar. Perguntei se ela também estava sentindo o cheiro e ela disse que sim. Pedi desculpas e fui até a cozinha checar se já estava pronto. Ela veio atrás de mim e ficou me observando escorada na mesa enquanto eu tirava a forma do forno e deixava em cima da pia para esfriar.
- Seus peitos são muito maravilhosos, vem aqui – me disse Lia.
Quando cheguei perto dela, ela pegou o spray de chantilly, sacudiu e fez um círculo em cima de um dos meus mamilos. Ela me segurou pela cintura, se abaixou um pouco e começou a chupar e se lambuzar toda. Eu queria rir, mas confesso que estava achando aquilo tudo uma delícia. Então peguei o spray, a caixa de morangos e propus que voltássemos para o sofá. Dessa vez, eu que me deitei por baixo e Lia ficou fazendo desenhos de chantilly no meu corpo para poder me chupar. Às vezes ela colocava um morango em cima do meu peito e o abocanhava junto com meu mamilo. Estávamos completamente meladas de doce e molhadas de tesão.
Foi aí que a coisa foi avançando e, enquanto me beijava, Lia meteu seus dedos na minha boceta e me fodeu muito gostoso – aliás, a trepada teve, literalmente, gosto de chantilly e morango. Quanto mais ela enfiava a mão, mais prazer eu sentia, até que eu esguichei em Lia.
Fiquei sentindo minha buceta palpitando e meu coração acelerado enquanto olhava para aquela mulher gatíssima, tatuada, de tranças, que eu nunca tinha visto na vida e que estava em cima de mim, no meu sofá, com a cara toda branca de chantilly.
Enviado ao Te Contos por Patricia
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rhanything · 2 years
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O que há no amor de quem fere?
(contém paradoxo)
Quem confere?
Se não me falha a memória havia uma roupa
Uma roupa imprópria e uma sacola amassada
Cuja velha estrada a levava num tronco a noite
Amassada e a velha entrada o vento guiava no colo
E o vento uivara à noite
E no colo da estrada a entrada pequena era à noite
Sem sua saia das nuvens, é normal que num corte; aqui entre
Entre aqui e outro corte
No meio..
É normal que não note
Ou só note o sorriso indigente, amassado, qnd pronto o sorriso riscado
Maquiado..
E anotou como escorre na gente?!
Como escorre na pele
Se não dor, o cansaço insistente
A não ser pela porta
Pela orta, a não ser
Pelo quarto da frente
Pêlo corta..
Só na quarta crescente..
Se não dor, o prazer esperando... inocente...
Pra ser
Ainda escorre.. e não sente
Ou finge
Se não dou seu recado dou 20
E continua sentada, contando os tons de cinza
Elouquecendo jovens
Pois percebem.. pelo gosto da roupa
Do verso à vice
Até a calvície
O nariz da esfinge
Num segundo Da 20
De versa, do ex-presidente
Arrancado.
E meu tio agora, parece culpado
Deixando o timbre de lado
Espera o clima escuro e o cabelo grisalho
Escondendo a pupila e a ruga
De baixo da roupa
Em piadas mal postas
de novo ele usa
Com o rei na barriga
Somando as horas, e o que fez com o dia
Ou pior.. o que podia
E a estrada, a entrada onde o pente não passa
Sei que em tudo não passa...
E o arroz fere a mesa
Na falta
Servindo a massa
E a maçã envenenada
Esperando de pressa me encara com raiva
Eu encaro com nojo, esperando conversa
Esperando meu beijo
Um arranjo, um arcanjo
O que fez com a peça, ode a noite, ardente
Em vez disso me explica o que há com o passo..
Apertado..
Me mostrou o marca-passo no braço
O que é nosso?
O coração fere a mente
Pois só tende e não entende cair
Ainda em pulso, não me aceita
Expulso
Me destrói num poço de ego, elegante, e garante, esperando platéia
Condição já sem luz, sem idéia
Não produz
Tirem tudo o que tem dessa aldeia
Como induz
O que o fogo não diz
Mas consome..
E devoram seus livros
E saqueiam as suas esposas
E suas orquídeas.
O que o tempo desfez
E refaz
Outra vez
Dessa vez um pouco mais forte
Missigenado
Desde a primeira guerra
À primavera, e assim outra luz
Qse apagada, inóspita, ritimando o concerto ou parte
E proclamam o meu anarquismo
E reclamam o seu vitimismo
Embaralham em suas apostas, meus vícios
Esperando outra arte
Outra face do abismo, sem brilho
Esperando um gatilho
Confiando um vacilo
No espelho, meu
Piso em falso, quase caio assistindo
Distraído... Digo...
No ponto de buso, lotado, esperando quem gosta
Desesperando o que odeia
Ou a almeja
Com frescor de colônia
Marejando de longe
Outra Anni tirando sua roupa, quando dão-lhe as costas
Quando dão-lhe as rosas
No começo da cura não passa
Só quer engolir logo..
Esquecendo os espinhos
Instável
E meu lado sensível, ilimitável, se apaga, e escurece metade da vista
E esquece da bula a parte
A morte..
A moldura da arte..
Que de maço a revolta, ao meu lado...
Vem.. em caixa
E se encaixa, pois não é meu o problema
O meu lado invisível, em coleira, inevitável quanto à cólera, colateral
Ignorando a louça suja, num esboço de um mundo jaz descartável
Onde perco uma hora, um pedaço da trilha, as migalhas... Era joão ou maria, perdido em ilha
E uma hora explode..
Eu olhando pra lua
Onde afoga-se
E foda-se
Onde? Foda-se..
Lá de cima onde lia, é q eu ganho uma lua..
Não.. não a lua
Não.. Na ilha de creta, em pedaço, um analfabeto funcional
Pois não tem quem entenda
As vezes quem leia
O poder da conquista
Dai a ele a cifra, de César.
Como todo monarca, romano, impostor
Lavando suas mãos..
E quando dia.. eu não sei qual memória
Ela cresce e me esquece, é sinal de lembrança
Ou é só esperança...
Depois volta e procura
Aparece..
"Sim, há lua"
E seu lado distante
Escuro.. digo...
O restante distante
Me empresta pra sempre, num paradoxo
E eu pensei que não fosse
Difícil
Tão fóssil
Mais fácil
Escavar...
Ou cravar que esqueça..
A bandeira estrelada me testa
Onde até o sol nasça
E alcança
Hoje o norte hora sul...
Seu cabelo amanhece jogado
Em tranças, diminui o volume
De um lado maior
De outro encantado no interior.. não te serve de nada
Não escuta palavras
Não houve...
E reclama, enquanto o piercing no septo separa
Quem é ela
É bruxa
Queimem ela
O céu noturno me mostra um braço da via
De leite
Sem poluição noturna
Ou poluição sonora
E logo manhece..
Eu fui mais pra que? Pra lá, de tanto lembrar
Mas, pra que?
Fui eu, e não sou..
Tão sol
De tanto voltar
Entao diga, pra que?
O motivo, o orgulho, o prefixo reflexo, salvo a isso, o início da onda
Se é hiper ou anti à crista, ela cresce e aparece em cima de mim, em cima da onda
Corcunda, no corcovado
Depois cai ao meu lado
E o surfista apontando o culpado
Prateado(a)
Com a prancha no braço
E sem nada no pulso
Expulso, de novo
Em pedaço
Alegando amar
Alagado amor..
Quase cai sem querer
Sem saber
Elegendo o peso de ser
No mar
Ou só sai como um breve suspiro... o ar
Me inspira...
E assim vai mais fácil
Por um pouco me salva...
E a sacola parada na beira esperando um rosto, recém nascido ...
Possuído...
Chutar.
"fulano nasceu de novo"
Pensava ter vindo do ar
Outro vinho e lugar
Assim vou...
Da fome, nao nascera morto..
Inocente...
E não sabe o valor da revolta
Mas dá valor a vida
O peso..
Não sabe voltar, porque ainda não foi
Morre na praia, criando medos e se afogando neles
Sem saber o valor da bolsa, a aposta, querendo meu globo, ocular
Enxergar
Liquidificador, no meu pulso
Meu líquido ah mini óptico
Esperando uma hora ou outra
Sem roupa...
Estourar
Usar
Escutar
E assim produzir
E ver
O que esconde de alguns, num mirante
A outros parece tão longe, um berrante equidistante tocando no pêlo, um pedaço da onda
Mostrando o lugar
O luar
Mas nunca a hora
Nunca há..
Nunca ouve, seu coração marcado
Dividindo o que é tempo e espaço, compassado, geralmente em maca
E o futuro importa, deveras em pranto quanto ao rebanho tomado
É que eu sei o que é meu, mas não sei o culpado
E sempre volta...
E eu percebo o verbo no fim..
da semana passar
Pra ser
To be
Sentir a Voltagem
A vertigem
A fuligem
Meia volta volver
Voltar..
E a sacola em peso segurando outra onda
Segurando uma roupa
toda meia noite comprada na 25
Eu não sou reciclável
Isso é indiscutível
Só a noite me encontram num bar
Só a noite a encontram pra usar
Só a noite me encontra, escrevendo o que quero
Era a pista e a dança, uma moça e a sacola vagando, no ar
Ar de moça, criança, arde em chamas
Soluçando um golpe desferido
E não tem outra escolha, aguentar
Pede alguem que te rasgue a sacola, posta em sua cabeça.
E ele troca de roupa
De lugar..
Mas nunca troca de traço
Como troca de passo
E aperta..
Tentando explicar a si mesmo
Mas não consegue
Porque há uma eterna vontade de ferir o que já está morto, ao seu lado.
~rhanything
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mundoasoiaf · 10 months
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"Junto às águas do Olho de Deus, que batiam levemente contra a margem, tinha sido erguido um longo cadafalso de madeira tosca e coisas que um dia tinham sido homens pendiam dela, com correntes nos pés, enquanto corvos bicavam sua carne e esvoaçavam de cadáver em cadáver. Para cada corvo havia cem moscas. Quando o vento soprava do lago, o mais próximo dos cadáveres retorcia-se ligeiramente nas suas correntes. Os corvos tinham comido a maior parte do seu rosto e outra coisa também tinha se alimentado dele, uma coisa muito maior. A garganta e o peito tinham sido rasgados; entranhas verdes e brilhantes e fitas de carne esfarrapada pendiam de onde a barriga tinha sido aberta. Um braço tinha sido arrancado pelo ombro; Arya viu os ossos alguns metros à sua frente, roídos e fendidos, completamente limpos de carne. Forçou-se a olhar para o homem seguinte, e para o outro além dele, e para o outro depois desse, dizendo a si mesma que era dura como uma pedra. Todos cadáveres, tão brutalizados e apodrecidos, que precisou de um momento para perceber que tinham sido despidos antes de ser pendurados. Não pareciam pessoas nuas; quase nem pareciam pessoas. Os corvos tinham comido seus olhos e às vezes o rosto. Do sexto, na longa fila, nada restava, a não ser uma única perna, ainda presa às suas correntes, oscilando a cada brisa. O medo corta mais profundamente do que as espadas. Os mortos não podiam lhe fazer mal, mas quem quer que os tivesse matado podia." - A Fúria dos Reis // Arya V
🎨: Joshua cairos
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vefa321 · 2 years
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✒️𝗨𝗻 𝗴𝗶𝗼𝗿𝗻𝗼 𝗾𝘂𝗮𝗹𝘂𝗻𝗾𝘂𝗲 𝗻𝗼𝗻 𝗲𝘀𝗶𝘀𝘁𝗲...
Sono queste le certezze che zittiscono i dubbi più tenaci.
Un po' come sapere dell'arcobaleno,
della pioggia sottile che disseta la terra,
dei temporali d'agosto a decretare il capodanno dell'estate.
Del vento di novembre che spoglia gli alberi senza un velo di pudore.
Del profumo di mosto di ottobre che inebria le botti e le botteghe.
La consapevolezza della vita, essenziale e presente...
Oltre ogni ragionevole dubbio,
come il mare che unisce ogni lembo di terra.
Come il cielo che trama ogni nuvola,
che accosta ogni coperta corta ai pensieri scoperti.
Come tante pezze d'aria tessute a regola d'arte pure di ricamare il cielo terso di una notte senza stelle.
Ora nel mio silenzio canterino,
tra il verbo e la voce,
tra le ombre e le prime luci,
il tempo scostato dal vento mattutino,
intravedo l'orizzonte,
che dritto disegna la strada che non indica,
ma incornicia ogni sguardo verso il futuro come a ricordarci che il mondo è un museo a cielo aperto per chi ogni giorno si ricorda di aver dimenticato che questo è la meraviglia.
𝗕𝘂𝗼𝗻𝗴𝗶𝗼𝗿𝗻𝗼 𝘀𝗲𝗻𝘇𝗮 𝗳𝗶𝗹𝘁𝗿𝗶,
𝗶𝗹 𝗺𝗼𝗻𝗱𝗼 è 𝗯𝗲𝗹𝗹𝗼 𝗰𝗼𝘀ì 𝗰𝗼𝗺𝗲 è, 𝘂𝗻𝗮 𝗳𝗼𝘁𝗼𝗴𝗿𝗮𝗳𝗶𝗮 𝗶𝗻 𝗹𝗶𝗯𝗲𝗿𝘁à.
J.D
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