Tumgik
#declamação
dani-xis · 5 months
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Poema meu, recitado por uma querida.
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autobiografismo · 5 months
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youtube
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magazinekuriosa · 1 year
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"Em Busca da Grandiosidade"
"É surpreendente a grandiosidade de coisas boas que atraímos Quando começamos a acreditar que merecemos mais. No palco da vida, somos os protagonistas de nossa história, E a fé em nós mesmos é a chave para a nossa glória.
Não nos subestimemos, nem nos limitemos por medo, Pois o universo conspira quando em nós confiamos, com zelo. Merecemos amor, sucesso, alegria e bem-estar, Quando acreditamos nisso, começamos a prosperar.
Que a nossa autoestima seja como um farol a brilhar, Guiando-nos pelas águas da vida, sem hesitar. A grandiosidade está ao nosso alcance, é nosso direito, Quando acreditamos em nós mesmos, é esse o nosso jeito.
Portanto, levantemos a cabeça, com determinação e coragem, Pois merecemos mais do que podemos imaginar, sem miragem. Que a crença em nossa própria valia seja nosso lema, E veremos que a grandiosidade é mais do que um esquema.
Acreditemos em nós, com todo o nosso ser, E o universo nos surpreenderá, podem crer. A grandiosidade está à nossa espera, pronta para nos abraçar, Quando acreditamos que merecemos, ela vem nos encontrar."
O milionário
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zeusraynar · 5 months
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♟️CHESS by Hans Zimmer
MISSÃO: Encontrar Asclépio em Veneza.
INFORMAÇÕES: Os semideuses devem viajar até Veneza e encontrar Asclépio, entregar para o deus os ingredientes para que ele faça a poção para Rachel. Os ingredientes estão dentro de pequenos frascos transparentes, são um dente de Drakon e alguns espinhos de Quimera.
INTEGRANTES: Julian (@thearios) e o olhar sempre atento de @silencehq.
RELATO EM PRIMEIRA MÃO DE RAYNAR e DE JULIAN
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Resignação não era algo muito bem atrelado à imagem dos filhos de Zeus. Sentimentos e atos que em nada combinavam além do derradeiro significado ao fim de tudo. Algo acontecia, algo seria inexorável e algo provocava profundamente seu estado de espírito. Há quem diga que o gigante do chalé 1 parecia mais calmo, andando de um lado para o outro sob a supervisão dos seus. Outros garantem que Raynar Hornsby tinha alcançado algum lugar diferente depois de, enfim, ser convocado para a missão em nome do pai. Porém, para os pouquíssimos que realmente o conhecia, ele não estava tão longe de uma fúria quente quanto o sol. E era meio previsível, certo? Para alguém que não gostava de ser mandado, de uma hora para a outra, estar de mala e cunha pronto para pegar um avião?
E foi com essa fúria contida, metal quente tornando-se branco e evaporando, que ele manteve a expressão pétrea no rosto esculpido. O cinza de seus olhos ficando tão escuro quanto as tempestades ao redor do avião, brilhando em raios e trovões cada vez que algo vivo transformava-se em poeira dourada. Contratempos? Um respirar profundo, uma localização espacial e pronto. Acabava. Dando espaço para reflexão de... Do quê? O que mais tinha ao alcance que pudesse colocar tudo a perder sem prejudicar cada uma das cabeças ao redor de si? Raynar tratou de controlar a si próprio, os poderes voláteis, e... 
O número de lâmpadas ao redor do pescoço em menos de 5.
Raynar sequer rosnou ao ser parado, mais uma vez, na saída do voo. O metal da lança, disfarçada de bengala; usado para justificar o passo lento. Para os de fora, era um rapaz muito jovem fadado a uma vida difícil, de necessidades de adaptação. Para o filho de Zeus? A lentidão deixava-o atento e pronto, usando da segunda espada para eliminar os monstros que naturalmente eram atraídos para o seu cheiro e de seus companheiros. 
Ficando para trás, ele ouvia bem e não os perdia de vista, contando-os sempre que um saía muito da sua linha de visão. E quando entraram na ruela... Pelos Santos... Ele se recusou a adentrar demais. “ 🗲 ━━ ◤ Vigia. ◢ Falou em voz baixa, rouca, vasculhando nas expressões de cada transeunte algum sinal de perigo, dessas tais de 'filhas de Asclépio'. Um símbolo em latim, uma escultura grega, alguma declamação poética de cunho dramático e cheio de alegorias.
Mas foi uma senhora prestativa que se aproximou. Sorrindo de orelha a orelha, ela perguntou de sua história e apontou para a perna 'machucada'. Contou sobre o próprio martírio, os boatos de Veneza, a viagem milagrosa e o fim do suplício. Ela apontou para outras pessoas, essas igualmente aliviadas e extasiadas; curtindo uma vida que lhes tinha sido negada. Raynar aceitou o encarte com um sorriso raro, colocando-o sobre o coração e dispensando a senhora. Graças aos Santos, porque sua expressão tornou-se azeda e distante ao voltar-se aos companheiros. “ 🗲 ━━ ◤ O que me diz de um retiro? ◢ Habilmente lançou o encarte na direção do grupo, a pele ao redor dos braços chiando com a estática conhecida. “ 🗲 ━━ ◤ Não gosto daqui. ◢ E antes soubesse que aquele era o mais seguro que se sentiria depois que desse aquele primeiro passo para o novo destino.
Nunca tinha desejado ser baixo, mas a estatura proeminente atraía olhos demais para si; colocando-o numa vitrine dolorosa. Aquelas pessoas buscavam um fim de suas doenças e aflições, e ele parecia querer roubar o prêmio de mais trágico. Com cuidado, melhorou o passo e juntou as pernas, cobrindo-se com os outros... Mas não tinha como evitar. Os sorrisos de pena e compreensão, de uma torcida silenciosa acompanhando cada movimento do grupo até a sala com cheiro de desinfetante. 
Não gostava dali também. 
O espaço local ainda era pequeno, fechado; claustrofobia irracional fazendo-o erguer a cabeça e procurar o céu. O teto cerrando pessoas demais num espaço confinado sem possibilidade de trovões. E ele sabia que aquele temor era compartilhado pela companheira de equipe. Jules estava fascinado demais com a profissão de Asclépio, arrebatado pela criança indefesa e, pelos santos, brilhando como um personagem do filme de Peter Pan. Raynar? Segurava a bengala com mais força, os nós dos dedos ficando brancos enquanto calculava saídas e planos de emergência.
O próprio nome anunciado não o assustou de forma alguma. Sua natureza arisca aos deuses os colocavam na área cinzenta de ‘perigo se provocado’, uma que removia a reação completa para um reconhecimento distante. Com os olhos, tentou comunicar sua insatisfação para Jules, mas ele estava tão… Entregue. Seguindo-os, Raynar sentou de má vontade e esperou. Metade da atenção no que já esperava daquela conversa desnecessária. Metade no ruído ‘familiar’ do lado de fora, acostumado aos poucos minutos que tinham permanecido ali. 
As mãos abertas sobre as pernas eram contempladas. Unhas curtas, anel de compromisso materno, pêlos esparsos saindo do casaco leve até os pulsos. Veias marcadas, pulsando com a delicadeza da voz de Asclépio e arrepio. Pequenas bolinhas surgindo em ondas, espalhando-se pelos braços e costas. Curto-circuito nos nervos que o colocaram em pé e a arma descoberta nas mãos. O barulho da cadeira caindo foi engolido pelos tremores secundários quando se levantou de supetão.
Uma breve mesura. Um aceno de cabeça educado. Um particularmente envenenado para Jules. “ 🗲  ━━ ◤ Eu deveria estar do lado de fora. ◢ E o filho de Zeus fazia seu caminho para o lado de fora, acrescentando-o na frente de combate automaticamente. Compartilhavam do mesmo tempo de acampamento, da mesma experiência em missões, e - ele esperava - da mesma vontade de voltar para o acampamento com o sucesso em suas costas.
Raynar procurou a origem do som antes de ouvir os avisos da companheira de equipe. Pessoas gritando e correndo entre as macas espalhadas. A audição reconheceu objetos quebrados e metal retorcido, mas focou no que diziam em italiano. “ 🗲  ━━ ◤ O que eles estão dizendo? ◢ Perguntou mais alto para a garota, que apontava para a escultura no ponto mais distante do lugar. Quer dizer, onde estivera uma escultura grega de um deus parecido demais com o que tinha acabado de falar. Aquele ponto tinha um buraco triangular e profundo, a poeira ainda suspensa no ar.
Ele até tentaria seguir o rastro destrutivo dali se não fossem duas coisas. A pelagem escura e ninhada, parecendo dreads, interrompida por um par de chifres grossos e pesados. E Jules colocando o nome na suspeita que apareceu em sua mente. Catóblepa. A cabeça tão pesada que o focinho quase se arrastava no chão, um pescoço longo terminando no corpo robusto de uma mula graúda. Ou um cavalo? Não fazia diferença quando a dinâmica mudava imediatamente. “ 🗲  ━━ ◤ Precisamos tirar essas pessoas daqui. ◢ Alguém tinha falado, mas ele insistiu no recado ao pegar uma cadeira e arremessar na direção do bicho. Por pouco, não conseguindo salvar mãe e filho de verem o último monstro de suas vidas.
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Entrar em modo de combate e contenção de danos foi tão fácil quanto respirar. Raynar já partiu para a porta mais próxima e arrebentou das dobradiças com o peso do corpo. Liberando a vazão da fuga em algo mais fácil de ultrapassar. Assim feito, enganchou as mãos na parte de baixo da mesa e virou o tampo, criando um corredor protetor para os que se amontoavam contra as paredes. Aquele monstro despertava algo de touro para si e o que melhor usaria contra?
As camas próximas ficaram peladas.
Os lençóis torcidos eram amarrados pelas pontas, cada volta colocada sobre o ombro do filho de Zeus. Agora era hora de usar sua visão periférica e a audição, ainda mais com o esvaziamento que permitia um eco melhor. Uma localização mais precisa. As botas de Raynar arrastaram-se no piso de pedra, trocando de posição quando a mula avançava e vinha na sua direção. Merda! Jogando no chão, girando para escapar dos chifres e sem conseguir um ângulo para cravar a lança. A proteção da pelagem grossa parecendo mais complicada do que um simples animal da fazenda.
Os olhos azuis de Hornsby encontraram os de Jules e ele viu, os objetos erguidos e apontados pelo semideus dando ideia do que aconteceria. Isso! Raynar pegou mais uma cadeira e arremessou contra a criatura, a semideusa do outro lado fazendo o mesmo. Copos e garrafas e pequenos utensílios refletindo no rosto do bicho. Conduzindo para a luz emitida pelo filho de Apolo.
Era de se esperar uma revolta homérica. Ninguém gostava de ficar cego de uma hora para a outra. O trio precisou suar para manter a contenção do monstro. Pulando camas caídas e cadeiras retorcidas, trabalhando no ponto cego da criatura e avançando. A semideusa apontou para uma bolsa caída na visão do catóblepa, o brilho denunciando um espelho de bolso milagrosamente intacto. Raynar assentiu com o plano, transmitiu a mensagem para Jules e ergueu três dedos no ar.
A corda feita de lençóis foi arremessada como um laço. Seu grande círculo facilmente encaixando ao redor da cabeça pesada, que deu um solavanco com o puxão dado pelo filho de Zeus. Raynar jogou-se para trás, trazendo-a consigo enquanto ouvia a semideusa correr até a bolsa e tirar o espelho.
Foi tão rápido que quase não deu tempo. Os reflexos ímpares de Raynar o colocaram em pé e em movimento, alinhando-se na confiança de que ia no caminho certo e jogava-se no pescoço da mula. O braço livre segurou o da semideusa que se aproximava do mesmo jeito, só que com o espelho na mão direcionado para um dos olhos do monstro. A cabeça era larga demais para uma coisinha tão diminuta. Pensou ele com urgência. Era para ter procurado um outro. Completou ao segurar o chifre e sentir o solavanco.
E uma parada.
As patas do lado direito tremeram e cederam, o trio inexoravelmente caindo por cima da metade morta da criatura. Metade? Chegou a pensar, o olhar cinzento indo para Jules e emoldurando-se com a sobrancelha arqueada. A semideusa saiu da zona de impacto antes de ser esmagada, mas não antes de passar o espelho para Raynar e ele entender o que precisava ser feito. As bordas adentrando a palma da mão com a força que segurava, o espelho foi colocado no olho restante, refletindo o poder mortal para quem o provocava.
Num instante tinha toneladas de criatura contra o peito. No outro, areia dourada desfazia a silhueta da mula e escorria por frestas invisíveis no chão de pedra.
E é claro a voz do Deus interrompeu o pesado compasso da respiração dos semideuses em missão para anunciar o que queriam… A poção estava pronta e Raynar não via a hora de pegar o avião mais rápido de volta para o acampamento. Não entendam errado, ele não via a hora de voltar a fazer missões. Mas do acampamento, sem um item tão precioso quanto a poção que acompanhava feito uma água. O recipiente de vidro entregue para quem melhor cuidaria dele. E uma breve troca de olhares entre os dois semideuses selou o acordo.
Eu vou na frente. Você protege a poção da Oráculo.
Só que… Os pêlos do braço arrepiarem novamente. Dessa vez com tanta força que o filho de Zeus coçou a nuca irritada, esfregando as roupas para controlar a estática não neutralizada pelas lâmpadas do colar. “ 🗲  ━━ ◤ Precisamos ir agora. ◢ A semideusa assumiu o outro flanco de Jules, sendo Raynar o ponto um pouco mais deslocado para frente. O primeiro a ver o lado de fora e parar. Tirar a lança do modo defesa para o completo ataque.
As pessoas que achavam terem salvo gritavam com vigor redobrado, correndo para todos os cantos enquanto eram usadas de brinquedo para a serpente alada de duas cabeças. As mandíbulas fechando centímetros antes de morder seus braços e pernas. Aumentando o terror, triplicando a angústia. Chamando os semideuses do lugar protegido para uma nova aventura do lado de fora. Infelizmente, para os mortais, o trio estava ocupado com a missão.
Porém, também infelizmente para a serpente, Raynar Hornsby exibiu um sorriso de orelha a orelha. Rasgando o rosto de tal forma que ele ficava ameaçador. Tanto que refletia aquele chamado provocativo com um chiado no peito. Uma vibração interna e completa, transcendendo além de si na explosão de trovões no céu escuro de Veneza. Clarões de cor sem provocar chuva. Em desafio, ele mediu a criatura de cima para baixo, e num fio de voz; anunciou suas intenções.
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“ 🗲  ━━ ◤ Você vai morrer, Anfisbena. ◢
Hornsby lembraria daquele instante com toda clareza do mundo. De investir contra o monstro gigantesco com a confiança de que ele não ultrapassava a altura de sua cintura. A lança, dividida em duas, brilhando em cada mão dos braços abertos. Lançados para trás em busca de impulso. Ainda saberia a pedra que tinha usado para pular e arquear para trás, louco e maníaco, esperando o avanço do focinho arreganhado. Presas enormes banhadas em saliva, com a pontinha da língua ofídica pedindo… Implorando… Pelo o que faria.
O frenesi da batalha apossou-se do filho de Zeus no mesmo instante. Seu corpo respondendo aos instintos mais básicos de preservação e eliminação da ameaça. Alguém tão grande e forte conseguindo ser flexível nos desvios, rolando no chão e levantando poeira. Enchendo a rua turística de buracos das tentativas frustradas da serpente, de garras daqueles dois pés de galinha ao correr atrás das presas. Raynar lançava a responsabilidade para a semideusa de segundo a segundo, trocando de inimigo para distrair. Mudar o padrão para que não decorasse suas técnicas.
Para que Jules terminasse de esvaziar o espaço e ele começasse a machucar.
O primeiro furo apareceu na asa esquerda do bicho. A flecha quebrou contra as escamas douradas do pescoço. Flechas. O segundo furo foi mais longe, pegando na ponta da asa. E Raynar não precisava do terceiro para entender que entrava na fase que queria. Trocou o modo que empunhava as lanças, de espada para meia lança, e…
A de ouro celestial foi na direção do focinho, já prevendo que seria aparada; só para a de bronze celestial passar girando no tecido translúcido furado. A criatura berrou, enfurecida, avançando para cima do filho de Zeus e permitindo à semideusa desferir mais um golpe na cabeça traseira. Expondo-a para a flecha certeira de Jules na órbita ocular desprotegida. Hornsby não precisou enxergar o que tinha acontecido para saber que tinha dado certo. Quer pegar um pedaço? Lute mais um pouco.
E ele não precisou enxergar quando seu corpo foi capturado pelas mandíbulas cruel da serpente alada. Ele devia ter previsto que não era uma distração tão grande. Sedento por uma destruição sua, a lança juntada dava o comprimento necessário para cortar a asa que ainda permanecia intacta. A lâmina enfiada no ponto frágil, flexível e mole para que pudesse voar sem dificuldades. Mal tendo tempo de levantar os braços, tirando-os da zona de impacto e de aprisionamento. Antes o tronco do que… Do que os únicos membros capazes de soltá-lo. O queixo tensiona com o impacto, a musculatura tensa mexendo por baixo da pele do rosto. Segurando silencioso o esmagamento.
Achava mesmo que não viria preparado?
A armadura coberta segurou o pior do ataque, preservando suas costelas, mas não foi páreo para o fio de navalha das presas. Ele contou até cinco antes da dor se tornar difusa e incongruente demais para continuar, seus dedos forçando contra os olhos da criatura para que o soltasse. A lança, que tinha caído por conta do ataque, apareceu no bolso na forma de dracma (sua forma disfarce) e logo foi expandida. Contudo, antes de ser usada, a Anfisbena o arremessou longe.
O ar o recebeu, mas não controlou sua queda. O baque da cabeça reduzido pelo braço dobrado usado de apoio. O resto do corpo, ou melhor, cada nervo reagindo à dor que o cegou por um curto segundo. Pelos santos. Não tinha tempo para ficar caído. Não tinha paciência para recuperar o fôlego e se deixar recuperar do golpe. Por quê? Porque o céu ainda não tinha emitido um de seus raios e a visão estava iluminada, brilhando com a força das dez lâmpadas acesas do colar de aviso. Raynar não tinha usado um miligrama de suas habilidades e… Tudo estava. O quê?
O tempo realmente tinha passado enquanto se colocava apoiado em um joelho, as mãos empurrando para que se levantasse. Aqueles segundo (ou segundos) alguma coisa tinha acontecido e a cobra retorcia numa pira incendiária. A semideusa balançando a espada, impedindo seu avanço para as ruas que os mortais tinham corrido. Não era uma visão ofuscada. Não quando seu olhar cinzento caía em Jules e ele estava devidamente colocado. Com o arco na mão e mais uma flecha incendiária engatada.
A visão liberou seus outros sentidos. O filho de Zeus é inundado pelos sons que o afogavam e aos seus sentidos. Rugidos desesperados, gritos femininos e a multidão ainda sem saber o que estava acontecendo. Preciso voltar. De pé, arrastava-se de volta para a batalha, caminhando diretamente para a criatura.
Só que ele precisava ajustar, angulando seus passos trôpegos para a beira do canal ali perto. A Anfisbena soltou um último grito de dor e se virou para as águas, mergulhando no imundo rio em busca do alívio do corpo em chamas. Oh. As passadas ficaram mais firmes, o sorriso voltou para o rosto. A lança expandindo e escorregando pela mão do dono, parando perto demais do início afiado da outra ponta. “ 🗲  ━━ ◤ AFASTEM-SE DA ÁGUA! ◢ Apontou para Jules, para a semideusa, firmou o que queria dizer e se jogou atrás da serpente.
Estava escuro e turvo demais para encontrá-la rapidamente, mas tinha uma carta na manga. O sangue das feridas escurecia as águas ao redor de si, criando um halo que esperava ser irresistível para o monstro. Dois, três, cinco segundos. Raynar podia esperar um minuto inteiro se quisesse, quanto tempo fosse necessário para morder a isca. E quando o fez, o focinho aberto e dourado a poucos metros de si, o filho de Zeus já a esperava com os braços abertos.
Do céu, relâmpagos e trovões uniram-se numa demonstração de poder proveniente do divino. O que não tinha usado até ali concentrado numa chuva particular para aquele pedaço. Aquele canal ausente de vida e saúde. As lâmpadas ao redor do pescoço explodindo de uma vez só quando a eletricidade tocou a água. Quando a eletricidade emanou do seu corpo. Quando cada fio de alta tensão e poste elétrico ouviu o chamado de Hornsby. A água iluminou de dentro para fora, uma sopa elétrica descomunal. Mortal.
A boca aberta estava negra, carbonizada do lado mais vulnerável e frágil. Uma carcaça flutuando no meio das partículas de sujeira e pedaços de lixo da dita cidade tão bonita. Que ponto turístico, hum! Um que melhoraria com a mão fantasmagórica do semideus para segurar a madeira do cais e se içar para fora. Um braço segurando o flanco machucado e o outro trêmulo de esforço, tanto de nadar quanto de… continuar. Aceitou, com muita resistência, a ajuda do grupo, resmungando a cada passo.
Da dor. Do desconforto. Do cheiro.
Raynar mirou os olhos azuis tempestuosos em Jules. Determinação enraivecida emanada no meio do cansaço que ameaçava levá-lo. “ 🗲  ━━ ◤ É bom que você me remende decentemente, ou não chegaremos em casa. ◢ 
A semideusa riu com as palavras do filho de Zeus e este, bem, sorriu como se nada tivesse acontecido. Afinal, tudo seria resolvido com três dias hibernando no chalé, em casa.
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Tão Bela a Encenação de Civilidade
As tais coisas favoritas e completamente descartáveis: Grilos e unhas, decomposições e asas de baratas Intimidade escalonada, provisão improvisada, Bastilha para corpos e colapsos aos interessados Especular sóis de lençóis As palmas da mão viradas a terra Que seja breve tua estadia ao retrato Vasta obediência, civil clemência Tânatos atrasou sua fala e ida: Me agarro aos braços tortos do conforto Agora, me despeço tenho autópsias para negar Parte daquilo que me farta, atenua meus cárceres Favores expelem ternuras E eu sempre cobro por eles Bandeira dois, meu capitão Antes que a declamação encontre teu pecado Não se conformam os gerúndios do traçado Como a costura poderá aceitá-los se dançam revoltas Os palpites já advertem: Pouca sobra para construir véus Aceitemos brindar vestidos brancos já descartados Coleciono rótulos sujos, flores de alumínio e rostos-epígrafes Desmancham-se em rigores de banquetes e outras normas de etiqueta Primeiro, observação. Segundo, exercite a língua Por fim, invente sentenças Neste diário minto substância Castro expectativas Convenço humilhados Aceito rosas clandestinas Há políticas do laboratório insufladas por discursos Me cantará cactos a sombra de qualquer verossimilhança Me advertindo que a inscrição ao alívio das palavras Tornará tudo mais decepcionante de qualquer modo
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hermeneutas · 11 months
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Olá, tudo bem? Espero que sim, rs. Queria esclarecer algumas dúvidas, venho lendo já sobre a religião dos deuses gregos, ademais, suas postagens e surgiu esses questionamentos! Vou enumera-los, espero que não fique grande, porém o que der pra responder já é de grande ajuda.
1- O que fazer durante o culto além das preces?
2- As ofertas precisam em sua necessidade serem queimadas?
3- A deuses que se conectam com o sexo, como fazer esse tipo de oferta? Se caso ainda é permitido
4- Como procurar buscar as questões filosóficas da religião?
5- Sobre a purificação é necessário purificar o fogo? Se sim, como? Atento ao fogo de Héstia
6- Pode-se ter um altar no quarto? Caso não como proceder?
Agradeço sua resposta!
Khaire anon!
Então, vamos passear um pouco pelas questões aqui feitas.
1 - Em culto pode-se fazer bem mais que somente as preces e oferendas. Momentos de silêncio, cantoria, dança, declamação de poesia...Há muito que pode ser festejado em alegre espírito sobre os Imortais, vistos e praticados desde os tempos antigos. Ser criativo é parte do processo!
2 - Embora os antigos queimassem bastante suas oferendas, havia também ofertas não queimadas na antiguidade. Gosto de queimar louro, oliveira, incenso e essência perfumada, mais que isso somente na ocasião de ter uma fogueira/lareira que facilite o processo.
3 - Há relatos de prostituição sagrada relacionados a alguns templos de Afrodite. Não me ocorre como poderia ser ofertado hoje em dia -- se durante um rito, após ou como ato votivo, confesso que nunca topamos com alguma fórmula comum de sacralizar o ato sexual como oferenda, mas vale a pena a pesquisa.
4 - Explorar a filosofia da religião faz parte do nosso processo de educação pessoal. Para tal, a maioria dos livros de filosofia (Platão, Epicuro, Aristóteles...) são facilmente achados no Domínio Público. Estas obras oferecem bons pontos de partida para compreensão da espiritualidade dos antigos e da nossa, por consequência.
5 - O fogo consagrado a Héstis é tido como ponto focal para a sacralidade da Deusa representada no altar. Então conquanto seu recipiente - a vela, lareira, fogueira que seja - esteja adequado para tal, não visualizo um problema.
6 - Altar no quarto pode oferecer o desafio de lidar com limpeza e que tipo de atividades se desempenhe no quarto. Não há nenhum "desígnio" que impeça um devoto de levar sua vida devocional saudável tendo o seu altar em seu cantinho no quarto, mas visualizo que talvez ter um outro espaço, se possível, seja preferível, até para ocorrer um recorte do espaço sagrado voltado a isso.
Espero que estas dúvidas tenham sido, em algum grau, respondidas. Um abraço!
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amor-barato · 1 year
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Dentro do chover Deixa ver o verbo Respingar a letra Com saliva agora Lá fora, canivetes Cuspindo palavra Declamação torta A descrever Deus Torrente de Babel Confunde lágrima Em lenço de papel Arrancando página
Paola Benevides (Conta Gotas)
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operaportugues · 5 days
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Pierrot Lunaire, Op. 21 (Arnold Schoenberg) - São Paulo, 14/setembro/2024
Obra completa com legenda em português: link.
“Três vezes sete poemas do ‘Pierrot Lunaire’ de Albert Giraud”, conhecido como “Pierrot ao luar”, Op. 21, é um ciclo de canções composto por Arnold Schönberg em 1912. Baseado em 21 poemas do ciclo de 50 poemas homônimo escrito pelo simbolista belga Albert Giraud.
Neste ciclo de canções fala-se da própria poesia, da poesia embriagada pela lua, da dor, do sangue, também da alegria, da colombina, de uma flor, da lua doente, da noite, de sorriso, de amores, de nostalgia, de maldade, de nostalgia, da canção. Mas não é exatamente um Pierrot que conta essa história, é uma voz feminina que aqui aparece, que é Pierrot, é colombina, a poetisa, você, eu, o juízo e o não juízo. O poeta incompreendido busca por significado de amor, vida e arte. Pierrot traz a ideia de um ser solitário e incompreendido e também sonhador que vive no reino das próprias fantasias. E quem não fantasia?
Pierrot é o palhaço triste, eternamente apaixonado pela Colombina que o trai com Arlequim. Entre os simbolistas e decadentistas, Pierrot se tornou uma alegoria do poeta sonhador, solitário, incompreendido e rejeitado no amor, tendo como única companheira a Lua. O tema principal dos poemas de Giraud, tema caro aos românticos a partir do Tristão e Isolda wagneriano, é a dicotomia entre o reino do dia, banhado pelo Sol, e o reino da noite, dominado pela Lua. É este reino lunar o espaço interior, subjetivo de Pierrot, em oposição ao espaço exterior, público, do dia: a sociedade corrompida e iluminada pelo Sol.
Falamos de Wagner e não apenas em função da semelhança temática: Schoenberg vai continuar o trabalho que o mestre de Bayreuth apenas sinalizou, rompendo com o sistema tonal que entra em crise a partir do Tristão. Mas, em oposição à orquestração wagneriana, Schoenberg vai preferir um pequeno e inusitado conjunto de câmara.
Esta obra foi responsável por abrir caminho para a música atonal e por revolucionar o padrão romântico da música europeia, visto que a soprano não deveria recitar nem cantar a ópera, mas seguir o ritmo e a melodia indicados na partitura, subindo ou descendo a voz, em distância proporcional à posição das notas. O estilo de canto é o sprechgesang, o canto-falado (ou sprechstimme, voz-falada), algo entre o melodrama teatral, a declamação e o canto propriamente dito.
É comum considerar o escândalo de A Sagração da Primavera de Stravinsky, em 1913, como o marco fundador absoluto do modernismo em música. Mas a verdade é que o Pierrot Lunaire foi apresentado um ano antes, e desde 1907 Schoenberg escandalizava o mundo musical, com seus quartetos de cordas e sua Sinfonia de Câmara. A partir de 1923, com a publicação de suas primeiras obras dodecafônicas, mais do que apenas revolucionar a música, Arnold Schoenberg dará início a um processo que levará ao estranhamento entre a música contemporânea e o grande público, estranhamento que persistirá com o advento da música concreta e da música eletroacústica e levará ao rompimento quase definitivo. Este só dará mostras de recuo quando os compositores, percebendo o esgotamento das fórmulas da vanguarda acadêmica, retornam ao sistema tonal, como Arvo Pärt, e passam a se concentrar mais em questões rítmicas, como é o caso, por exemplo, do minimalismo de Steve Reich e Philip Glass.
- Wikipedia - Trailer - Informações desta produção
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schoje · 2 months
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Para o início de 2024, a Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis (SME) irá realizar o Congresso de Educação Básica, COEB, nos dias 1º e 2 de fevereiro. Já o começo do ano letivo da rede municipal de ensino em escolas e creches está programado para 15 de fevereiro, uma quinta-feira. Ainda em fevereiro, o calendário da SME prevê, de 19 a 21, o Seminário de Educação Integral. A ideia é buscar cada vez mais sintonia com os professores para garantir o desenvolvimento dos estudantes em todas as dimensões: intelectual, física, emocional, social e cultural. SEMANA DE ALFABETIZAÇÃO E FEIRA DE LIVRO INFANTIL No dia 7 de março ocorrerá o Seminário de Alfabetização. Na ocasião, haverá o lançamento do Plano Municipal de Alfabetização, e ele nasce como mais uma ação do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, que é um programa do Governo Federal. De acordo com a secretária de Educação de Florianópolis, professora Fabricia Luiz Souza, nesse espaço de formação da educação básica, haverá palestras voltadas para a educação infantil e fundamental, e também espaço de apresentação, de compartilhamento de práticas exitosas e de boas práticas na área da alfabetização. A Semana Municipal do Livro Infantil está garantida de 12 a 18 de abril. O evento, frisa Fabricia Luiz Souza, estimula o gosto pela leitura e escrita. Além disso, visa ampliar o repertório sobre a literatura catarinense, informar sobre processos de produção de livros literários e refletir sobre a escolha de obras de literatura para crianças. INCLUSÃO E FESTIVAL DA CANÇÃO No dia 22 de maio será realizado o Seminário de Educação Inclusiva para formação de gestores e educadores e para promover ainda mais o tema na rede de ensino. O Festival Escolar da Canção terá uma segunda edição. Em junho, o evento acontecerá nas diversas regiões da cidade. O Festival conta com representantes de escolas básicas municipais, núcleos de educação infantil municipal, núcleos de EJA, sedes do Bairro Educador e de instituições conveniadas. No mês de julho, entre os dias 13 e 28, será período de recesso escolar, e a volta para o segundo semestre letivo acontecerá no dia 29. ROBÓTICA Em agosto, de 26 a 30, as atenções se voltarão para a Semana de Robótica. Estudantes das 39 unidades da Educação fundamental poderão participar do primeiro “Torneio de Robótica”, através de equipes formadas pelos clubes de robótica das escolas. No último dia ocorrerá o TechDay na Escola (Feira de Tecnologia). SAÚDE DE TODOS Também será celebrado em agosto o Mês da Saúde do Escolar em toda a rede. Serão executadas diversas ações, como : Alimentação saudável e prevenção da obesidade; Promoção da atividade física; Promoção da cultura de paz e direitos humanos; Prevenção das violências e dos acidentes; Prevenção de doenças negligenciadas; Prevenção ao uso de álcool, tabaco e outras drogas. Outros eventos da Saúde do Escolar estão relacionados à Prevenção à Covid-19; Saúde ambiental; Saúde bucal; Saúde auditiva; Saúde ocular; Saúde mental; Saúde sexual e reprodutiva e prevenção do HIV/IST; e Verificação da situação vacinal. Segundo a secretária, professora Fabricia Luiz Souza, a Educação está empenhada em promover a saúde e a cultura da paz, fortalecendo a relação entre as redes públicas de saúde e de educação. CULTURA E CINEMA Setembro será marcado, de 2 a 27, pela Mostra Cultural da Educação Básica. No mesmo mês, dia 21, acontecerá o Festival da Primavera da EJA (Educação de Jovens, Adultos e Idosos) com música, dança, stand-up, declamação de poesia, diversas oficinas, jogos e brincadeiras. Em outubro, acontecerá mais uma edição da Mostra de Cinema Infantil, do dia 10 ao 20. No dia 15 será feriado escolar em comemoração ao Dia do Professor. Já no dia 16, ocorrerá o Festival do Minuto da EJA, a Educação de Jovens, Adultos e Idosos. EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS No mês da Consciência negra, novembro, a Secretaria de Educação realiza nos dias 20 e 21 o Seminário Étnico-Racial. Serão discutidos
durante o seminário assuntos como a política da Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER), práticas pedagógicas de acordo com as diretrizes curriculares, os avanços na produção acadêmica e as perspectivas e desafios acerca da implementação da ERER na rede municipal de ensino. Em dezembro, o término do ano letivo está marcado para o dia 20, sexta-feira, com recesso escolar começando no dia seguinte, 21.Com mais de 40 mil estudantes, a Prefeitura de Florianópolis, por intermédio da Secretaria de Educação, é responsável por 85 núcleos de educação infantil, os Neims, 39 escolas e 25 locais de atendimento da Educação de Jovens, Adultos de Idosos, a EJA. arquivos para download CALENDÁRIO COMPLETO 2024 - EDUCAÇÃO FLORIANÓPOLIS galeria de imagens Fonte: Prefeitura de Florianópolis - SC
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Além da Poesia Hugo Paz | SP
Além da poesia é uma performance poética com textos autorais na qual o artista faz uma junção de poesia, expressão corporal, jogos teatrais e musicalidade. Trabalho apresentado presencialmente antes da pandemia e que vem sendo apresentado em formato digital. A ideia da proposta é criar uma fusão entre poesia e outras vertentes artísticas, possibilitando ao espectador uma interação entre o fazer poético, a oralidade, a expressão corporal, a poesia que grita, dialoga, procura se aproximar das relações sociais por meio não são da fala, declamação mas também de toda representatividade e reflexão a qual o fazer poético pode alcançar.
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autobiografismo · 6 months
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meusexcertos · 3 months
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Ementas de São Paulo, III, 1 ano
Eu estava sentada num ônibus, próximo de uma avenida costeira de uma praia. você veio correndo até a janela para dizer oi e quando aproximou o rosto para um beijo na bochecha as nossas bocas convergiram. Eu acordo em sobressalto depois de um mês de pesadelos e três meses de nenhum pensamento etiquetado com o seu nome. O calendário me lembra, então, o primeiro aniversário natimorto e eu me proponho a finalmente fazer um inventário de nós. Eu sempre costumava me perguntar se sobreviveríamos ao verão - as juras de amor eterno, filhos, gatos e cachorros, casas e pontes aéreas nunca aplacaram a desconfiança que sempre esteve embutida na minha intuição. Minha vida amorosa antes de você era uma estante, sabe? Eu joguei fora todos os souvenirs do passado, removi as prateleiras e a transformei num altar. O seu altar. Não se sabia se era um processo de canonização ou de julgamento de um réu contra quem pesavam todas as evidências, mas eu defendi você do meu próprio do julgamento e dos outros. Intervi em seu nome em salas que você não estava e orquestrava episódios de rendeção que você vivcenciou sem sequer desconfiar. O trabalho foi árduo, mas a pobre advogada recebeu seu pagamento. Acordava pela manhã com beijinhos e a declamação de uma lista de suas qualidades, ganhava café da manhã na cama com sua bolacha favorita, tinha uma linda coleira decorando seu dedo anelar direito - "You & I" - e uma reluzente algema decorando o seu pulso esquerdo - "Always by your side". Os cheques deveriam ser recepcionados sem ressalvas, sem perguntas, sem impugnações, apenas com gratidão. Gratidão porque aquele homem altivo agora mostrava a ela como era o grande o seu potencial futuro (leia-se, como era patética a sua atual vida), porque aquele homem lhe levaria mais longe por atalhos que evitavam a ingenuidade (leia-se, prescindiam de coerência e ética). Eles eram devidamente descontados e, como ela era uma proletária sem consciência de classe, o bom trabalho continuava a ser feito. Permanecia companheira como uma amiga, dedicada como uma mãe, fervorosa como uma amante. Ainda assim, no fundo da sua mente lá estava a descondiança embutida na intuição. Ela era constantemente reprimida, mas por vezes ganhava vazão num rompante de raiva - que era imediatamente censurado com acusações sobre o seu humor e seus traumas. Os embates se tornaram constantes como se ela fosse o corpo burocrático de um Estado e ele fosse um governante autoritário, como se ela insistisse em remendar um sonho socialista e ele fosse o dono dos meios de produção. Ele insistia com veemência: os manuais de repartição são obsoletos e os visionários dos negócios merecerem mais reconhecimento que os trabalhadores. Por mais injusta que pareça a situação, a verdade é que não há contas para acertar e culpa para depositar. Ela havia aprendido desde muito cedo a buscar a aprovação de uma figura masculina indigna e sentir ressentimento por isso. Ele havia aprendido desde muito cedo que não era o suficiente para sua figura feminina e passaria o resto dos seus dias empregando artifícios de manipulação e dissociação para jamais se comprometer com uma mulher. Qualquer correspondência é uma mera coincidência, pois essa é a história de Rosário Fiorella e Pedro Álvaro Sánchez.
RNF
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ocombatente · 3 months
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Homenagem do Ministério Público ao Dia das Mães: um evento de integração e reconhecimento
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Na manhã desta sexta-feira (10/5), o auditório da Associação do Ministério Público foi palco de um evento especial em homenagem ao Dia das Mães promovido pelo Ministério Público de Rondônia. Organizado pela Gerência de Recursos Humanos, o evento contou com a participação dos integrantes da Administração Superior. O salão estava cheio de sorrisos e histórias enquanto uma apresentação musical ao som de violino preenchia o ambiente. Foi um momento de integração e homenagem, marcado por um vídeo especial com fotos de mães do Ministério Público juntamente com seus filhos, um coquetel, um sorteio de brindes e uma palestra. O Procurador-Geral de Justiça, Ivanildo de Oliveira, prestigiou o evento e fez um discurso ressaltando a necessidade da mulher ser respeitada. “Mulheres são a razão do nosso existir, de tudo aquilo que nós fazemos. É preciso lutar para acabar as diferenças entre gênero, acabar a violência praticada contra a mulher, as diferenças nas relações de trabalho entre homens e mulheres. A gente sabe da jornada dupla, às vezes tripla que a mulher tem. Trabalha, cuida da casa. Existe uma série de preconceitos, descriminação. De tratamentos diferenciados que temos que lutar dia a dia para que isso deixe de existir”, pontuou. O evento também contou com a declamação de poesias e a apresentação do Coral Canto Livre, composto por servidores do MPRO, sob a regência da maestrina Sabrynne Sena, que encantou a todos com seis músicas. As integrantes do MP também assistiram uma palestra da médica geriatra Dra. Natalie Sant’Anna. O evento contou com o apoio da Associação do Ministério Público – AMPRO e do Sindicato dos Servidores do Ministério Público do Estado de Rondônia - SINSEMPRO. Entre os participantes estavam o Procurador-Geral de Justiça Ivanildo de Oliveira; o Secretário-Geral Promotor de Justiça Dandy Jesus Leite Borges; a Diretora do Centro de Atividades Judiciais, a Promotora de Justiça Valéria Giumelli Canestrini; o Subprocurador-Geral de Justiça Jurídico Eriberto Gomes Barroso; o Representante da AMPRO, o Promotor de Justiça Tiago Lopes Nunes; o Presidente do SINSEMPRO, Joaquim Limeira; e a Gerente de RH Darleide Glória. Gerência de Comunicação Integrada (GCI) Read the full article
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apontamentes · 4 months
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Comemorações 50 anos de 25 de abril
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A Escola EBI/JI do Couço comemorou os 50 anos da Revolução dos Cravos no dia 24 de abril, com a realização de diversas atividades.
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À entrada da escola, foi possível ver uma exposição com o tema “Onde é que estava no Dia 25 de abril de 1974?”, composta por entrevistas realizadas a familiares de alunos, em suporte de papel e vídeo, belos cravos feitos com material reutilizado, e maquetes retratando os acontecimentos na Rua do Arsenal através de figuras geométricas.
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No exterior da escola, decorreu a pintura de um mural no qual participaram todos os alunos, desde o jardim de infância até ao 9.º ano, sob a orientação do grupo de Educação Visual, com a colaboração da Biblioteca Escolar.
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Reuniram-se todos os elementos da escola para assistir a diversos momentos: A apresentação da peça de teatro “O Tesouro”, pelos alunos da turma 8.ºF, uma peça inspirada na obra homónima de Manuel António Pina;
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Declamação de poesia, e canções de Abril pelas turmas do 1.º e 2.º ciclos, ensaiadas pelo grupo de Educação Musical.
A escola recebeu vários convidados que enriqueceram a festa com contribuições musicais:
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O Grupo de Guitarras do TAC - Teatro do Arco da Velha e o Coro da ARPIC - Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos da freguesia do Couço;
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E a fantástica comunicação do Sr. Joaquim Labaredas.
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O Monumento de Homenagem ao Povo da Freguesia do Couço foi decorado com cravos e pétalas, realizados pelos alunos do 6.º e 9.º ano durante as aulas de Educação Visual.
Estiveram presentes nestas comemorações a Vereadora da Educação e Cultura, Fátima Galhardo, a Presidente da Junta do Couço, Professora Hortelinda Graça, e a Vicediretora do Agrupamento de Escolas de Coruche, Professora Florbela Silva.
Foi uma festa de união entre todos os elementos da comunidade escolar!
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inutilidadeaflorada · 2 years
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Língua de Solda
Tu e teus grafites suspensos Arrastam a pedra, engolem a pressa Usurpam cores da noite minguada Cospem meu corpo de feitiçaria de cobre Eu me recordo dos teus lábios mordaças Sentenciando-me ao hospício Diga consumo e silêncio com toda a dedicação Repetidamente, tal qual um mantra O diabo em tua tez, o diabo em tua traqueia Me informam com uma declamação de óbito O músculo é tudo aquilo que escapa dos pregos E a ferrugem é tudo se não um requinte de castigo Dobra-se o fogo em catedrais O diálogo de dragões metálicos Inventa outro dogma para ingênuos Meu senhor uma tendência incontrolável Fragmentado a vossa comunhão Sinta-me com os dedos das mãos Desafia-me nas frestas dos dentes Sou eu mesmo um banquete sensorial de expectativas Teus epílogos são utopias em meu peito Mas para engenhoso ato, eu sou o teatro Abrigo todas exaltações, datando vícios Acumulando prestações de álibis Vela teu sonho em meus olhos Sabes bem, o terror de meus dias E tu mesma, tens as tuas próprias assombrações Assumindo passivamente o tom de voz que me reveste O coração é uma barriga O tumulto cala em teu sinônimo Canta em teus antares de madeira E morre ao pé dos teus costumes valentes
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escritorasms · 5 months
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Sagramor Farias (Ladário)
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Sagramor, é natural de Ladário/MS. Atuou como professora e radialista e lançou o seu primeiro livro de poemas "No Azul dos Sonhos Meus" aos 40 anos de idade. Ganhou diversos prêmios de texto e declamação, através do Grupo Alec em Corumbá e da Noite da Poesia e pertence á Academia Corumbaense de Letras, ao Grupo Alec e à União Brasileira de Escritores/MS.
Onde encontrar sua obra:
Referência:
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