Tumgik
#e ele não é tezcatlipoca
valkyrievanessa · 2 years
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Então, os Spoilers de fgo estão se contradizendo de novo hahaha, acho que o que torna os spoilers de fgo inofencivos é que é impossivel fugir das grandes lutas e tals, mas os detalhes da historia se perdem em meio a más interpretações, más traduções ou simplesmente mentiras inventadas.
Dessa vez é sobre o ORT, a unica informação é que o que enfrentamos está mais fraco que o da panhuman history, o que faz sentido, o fato da Kukulkan não ser a quetzalcoatl mas sim o coração de ORT também é concistente, na verdade muita coisa parece estar correta pelo que vi, menos 1 que continuam se contradizendo que é que o ORT que a gente luta é uma versão que sempre foi inferior ao ORT da historia normal do universo de fgo e o concenso que cheguei é que o ORT que lutamos já foi tão forte quanto o da panhuman history (porque só existe 1 ORT, o do lostbelt é o ORT que a gente conhece mas que viveu uma historia diferente), mas por conta do camazotz arrancar o coração do ORT ele ficou mais fraco, quando ganhou um coração novo, o novo era mais fraco que o original o que o impediu de usar seu poder total, sendo bem honesta, é a unica versão que faz sentido para mim, se o ORT que enfrentamos é chamado de subspecie é porque ele está mais fraco que a versão que ainda dorme na panhuman history, ele não esta completo.
E outra, já vi gente comentando que agora que derrotamos um aristoteles eles não são mais um desafio a ser superado, eles são, sempre vão ser. Ado Edem partiu 2 no meio e eles continuaram representando o desafio supremo da franquia, o pessoal do chaldea derrotando ORT foi um milagre que não tem como acontecer na historia normal, todos os fatores que permitiram a vitoria nunca aconteceram na historia normal, não foi algo que ocorreu na maioria dos universos paralelos, foi uma cituação completamente unica do Lostbelt 7 e pelo que comentam, quase não deu certo, morreu gente para caramba para possibilitar essa vitoria.
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irunevenus · 5 days
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A Mitologia Asteca: O Legado Divino de Uma Civilização Perdida
Por Rune Vênus
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A mitologia asteca, uma das mais complexas e fascinantes do mundo pré-colombiano, é um universo repleto de deuses poderosos, sacrifícios rituais e uma cosmologia que reflete a constante luta entre forças opostas. Vivendo no que hoje conhecemos como o México central, os astecas ergueram um império que dominou vastas regiões da Mesoamérica até sua queda nas mãos dos conquistadores espanhóis no século XVI. No entanto, muito antes desse colapso, a mitologia asteca já havia tecido uma narrativa única que ecoa ainda hoje, nas profundezas da identidade cultural do México e além.
A Criação do Mundo e o Círculo dos Sóis
Para os astecas, o mundo não foi criado apenas uma vez, mas várias vezes, em um ciclo de destruição e renascimento. Eles acreditavam que o cosmos havia passado por cinco eras ou sóis, cada um governado por um deus diferente, e que os mundos anteriores foram destruídos por forças como jaguares, vento e inundações. O atual período, o Quinto Sol, era visto como frágil e dependente de sacrifícios contínuos para garantir sua sobrevivência.
O mito da criação asteca começa com o surgimento do primeiro deus, Ometéotl, uma entidade dual que representava a união do masculino e do feminino. De Ometéotl, nasceram quatro deuses principais, que desempenhariam papéis cruciais na criação do mundo.
Entre eles, Quetzalcóatl, a serpente emplumada, e seu irmão, Tezcatlipoca, o deus do céu e da guerra, lutaram pelo controle do cosmos. Em suas batalhas, um deus criava uma era, apenas para que o outro a destruísse, um reflexo da constante tensão entre a criação e a destruição, o bem e o mal.
Deuses Principais e Suas Funções
O panteão asteca era vasto, com cada divindade representando aspectos fundamentais da vida e da natureza. Entre os principais deuses, destacam-se:
Huitzilopochtli: O deus da guerra e do sol, Huitzilopochtli era a divindade patrona dos astecas. Ele liderou a tribo asteca durante sua longa migração até o vale do México, onde, segundo a lenda, deveriam fundar sua capital, Tenochtitlán, no local onde vissem uma águia pousada em um cacto devorando uma serpente – uma imagem que ainda hoje adorna a bandeira do México. Como deus da guerra, Huitzilopochtli exigia sacrifícios humanos regulares para garantir o renascimento diário do sol e a continuidade do universo.
Tlaloc: Deus da chuva e das tempestades, Tlaloc era vital para a agricultura, e os astecas realizavam rituais elaborados em sua honra para garantir boas colheitas. No entanto, ele também era uma divindade temida, pois poderia trazer secas ou inundações devastadoras caso não fosse adequadamente apaziguado.
Quetzalcóatl: A serpente emplumada, associada ao vento, à sabedoria e à vida. Quetzalcóatl era considerado um deus benevolente que teria ensinado aos humanos artes essenciais como a agricultura e a escrita. Ele é muitas vezes descrito como um deus civilizador, e sua partida mítica da terra dos astecas está envolta em mistério e profecia, o que levou à interpretação equivocada de que os astecas confundiram Hernán Cortés com a reencarnação de Quetzalcóatl.
Mictlantecuhtli: O senhor do submundo, Mictlán, e o deus da morte. Mictlantecuhtli governava o reino dos mortos e era uma figura central nos rituais fúnebres. No entanto, para os astecas, a morte não era necessariamente um fim trágico, mas parte de um ciclo contínuo de vida, morte e renascimento.
Sacrifícios e Rituais
O aspecto mais famoso e, para muitos, mais inquietante da religião asteca era a prática do sacrifício humano. Os astecas acreditavam que o cosmos dependia de um delicado equilíbrio mantido pelos deuses, mas esse equilíbrio só poderia ser preservado com a oferta de sangue humano. O coração das vítimas sacrificadas era oferecido aos deuses, especialmente a Huitzilopochtli, para garantir que o sol continuasse a brilhar e que o mundo não caísse novamente no caos.
Embora o sacrifício humano possa parecer brutal aos olhos modernos, ele fazia parte de um sistema complexo de crenças em que a morte era vista como necessária para a renovação da vida. As vítimas, muitas vezes prisioneiros de guerra ou voluntários de elite, eram tratadas com grande honra, pois seus sacrifícios eram considerados essenciais para a sobrevivência da sociedade.
A Queda do Império e o Legado Duradouro
Em 1519, quando Hernán Cortés e seus soldados espanhóis chegaram ao território asteca, o império já estava no auge, mas também enfrentava pressões internas e externas. Os eventos que se seguiram – uma combinação de aliança com tribos rivais, a introdução de doenças europeias e a conquista militar – resultaram na queda de Tenochtitlán em 1521.
Contudo, a mitologia asteca não desapareceu com o colapso de seu império. Muitos elementos de sua religião sobreviveram sob novas formas. Rituais tradicionais foram integrados ao catolicismo pelos missionários espanhóis, e figuras divinas como Quetzalcóatl continuaram a ser veneradas de maneira sincrética.
Hoje, o impacto da mitologia asteca é visível em todos os aspectos da cultura mexicana. As celebrações do Día de los Muertos (Dia dos Mortos) têm raízes nas antigas crenças astecas sobre a morte e o renascimento. De maneira similar, os templos em ruínas de Tenochtitlán, visíveis no coração da Cidade do México, continuam a servir como lembrança silenciosa de uma civilização que entendia a vida e a morte em termos cíclicos, sempre interconectados.
Conclusão
A mitologia asteca, com sua profundidade e complexidade, continua a exercer um poderoso fascínio. Suas histórias, deuses e rituais não apenas oferecem uma janela para o entendimento do mundo asteca, mas também convidam reflexões sobre o próprio papel da mitologia na construção de civilizações e na formação da identidade cultural. Em um mundo que, para os astecas, estava sempre à beira do colapso, sua mitologia oferecia um caminho para a continuidade – mesmo diante das forças da destruição.
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mitologismo · 2 years
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Quetzalcoatl
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Quetzalcoatl, a serpente emplumada, é o deus criador e protetor da humanidade. É um dos quatro espíritos primordiais criados por Ometeotl e criou a terra, junto com Tezcatlipoca, a partir do corpo do crocodilo primordial Cipactli. Foi o segundo sol, porém, devido às maquinações de Tezcatlipoca, acabou se enfurecendo e destruindo a humanidade com torrentes de vento e abdicando de ser o deus-sol.
Com a chegada do quinto sol, Quetzalcoatl desceu a Mictlan, o submundo, para recuperar os ossos dos antigos humanos e refazer a humanidade. Após muitas trapaças e torturas feitas por Mictlantecuhtli, o deus dos mortos, Quetzal conseguiu retornar com os ossos e, ao misturar o pó destes com massa de milho, recriou a humanidade. O amor de Quetzalcoatl pela a humanidade é tamanho que ele é a única divindade que não aceita sacrifícios de sangue. 
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ouroboroshqs · 5 years
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EVENTO UM: PARTE DOIS FESTA DA MADEMOISELLE MODA
Mademoiselle Moda não é uma entidade alinhada com nenhum panteão, sejam antigos ou modernos. Em renovação constante, ela existe desde os primórdios da vida dos seres até seu derradeiro final. Sua existência atrelada à humanidade lhe fez ter longos e tediosos anos para bolar brincadeiras, tornando-se atrevida em seus esquemas e imbatível em seu poder. Sem medo de não existir, Moda pode cometer loucuras sem quaisquer consequências a seu reinado ou a si mesma. Portanto, não há muito mais o que fazer além de se surpreender com as teias tecidas pela deusa. Ela permanece intocável enquanto outras deidades não percebem que a junção poderia dar fim à sua prepotência.
Neste ano em específico, Moda escolheu despir outros deuses de seus pertences com suas mãos leves. É claro que ela mesma não se encarregou da tarefa, preferindo mandar seus capangas — docilmente apelidados de manequins — para tomar posse do que não lhe pertencia. Sem que percebessem, os deuses foram alimentados com réplicas de seus objetos de poder, até o momento em que as ilusões se desfizeram. Isto aconteceu alguns minutos antes da abertura das misteriosas caixas douradas, cada uma enfeitiçada e cuidadosamente selada para não espalhar seus segredos a qualquer um. 
Quando a meia noite chegou, os embrulhos começaram a vibrar e esquentar. O brilho do papel dourado se intensificou ao ponto da cegueira até a tampa abrir com um estampido, jogando uma pequena chuva de confetes dourados em seu portador. Então os objetos surgiram, um diferente para cada convidado, mas sempre com algo em comum: uma maldição. Os que foram sortudos ainda receberam bençãos juntamente com seus conteúdos, enquanto outros azarados simplesmente tiveram de começar a pensar em como se livrar daqueles materiais.
INFORMAÇÕES OOC
Finalmente! Os pacotes foram abertos. Primeiro: mesmo que você não tenha dito um número, mas queira participar, é só dizer que eu te incluo rapidinho na postagem.
Vocês podem utilizar os artefatos da maneira que desejarem. Podem citá-los em interações, fazer POVs, iniciar turnos apenas sobre isso, enfim... Também não é algo exclusivo da festa. Os artefatos são presentes, o que significa que os personagens podem mantê-los mesmo depois de acabar a festa. Ou seja, os efeitos das maldições podem continuar.
Caso não consiga desenvolver nenhuma ideia com o que lhe foi dado ou tenha outro problema, não hesite em procurar a moderação para trocarmos.
LISTA DE ARTEFATOS
01-02. ( ? E @thminc ) PEDAÇO DE AKAI ITO: Inicialmente parece um pedaço de barbante vermelho comum, mas assim que é tocado, entra na pele como uma agulha de maneira indolor, e se estende até o outro alvo, ligando-os por um fio vermelho. Os usuários tornam-se capazes de utilizar as habilidades um do outro além das próprias,  mas a cada meia hora o artefato diminui um pouco mais a distância entre os dois alvos, até que não consigam mais andar sem bater os ombros. A maldição pode ser desfeita se um quebrar o coração do outro (não necessariamente de forma romântica, apenas dizer algo ruim sobre algum aspecto sensível da pessoa é suficiente).
03. ( @ladyhxdes ) GUARDIÃO ANCIÃO: Um curioso disco de metal de mais ou menos trinta centímetros, gravado com runas misteriosas e de aspecto nórdico. Quando o usuário o toca, forma um laço empático com o objeto. Ele previne que o indivíduo seja vítima de qualquer forma de dano, exceto se este for causado por si mesmo ou pessoas importantes para si. O disco se gruda às costas do usuário e cresce de tamanho a cada meia hora passada, tornando-se irremovível e sugando energia vital do indivíduo. A maldição pode ser quebrada se o próprio usuário ou alguém amado lhe machucar ao ponto de quase morte, assim o escudo abaixará e o disco cairá das costas da pessoa.
04. ( @thcmxnstcr ) COLAR DEMONÍACO: Uma choker que lembra uma coleira de ferro negro entalhada com cenas de morte, sofrimento e tortura. Ao entrar em contato, a coleira automaticamente se fecha no pescoço do usuário. Ela não pode ser retirada e parece se fundir com a pele. Quando dorme, o usuário passa a ter sonhos envolvendo cenas caóticas de tortura, sofrimento e o demônio associado ao colar. A cada vez que dormir, linhas negras começaram a surgir e se expandir pelo corpo do usuário; quando a maldição atingir 100%, o indivíduo se tornará servo de um demônio. A única maneira de escapar é fazendo um acordo com o demônio responsável pela coleira.
07. ( @gvrdicn ) ANEL DA INVEJA: Um anel bonito com uma pedra de esmeralda, mas o dono imediatamente sente vontade de desfazer-se dele. Seja vendendo, presenteando ou até mesmo jogando no mar. Ao conseguir de livrar dele, porém, o usuário passa a sentir inveja extrema do atual portador. Para acabar com a maldição é necessária força de vontade suficiente para destruir a peça, ou consultar um caçador ou semideus experiente em magia.
09. ( @dxuphn ) CÁLICE GLORIOSO: Um cálice mágico de ouro encrustado por várias pedras preciosas que deve valer grande dinheiro. Tem a habilidade de se encher com qualquer bebida desejada, e quando ativado, todas as pessoas ao redor sentem vontade de beber dele, além do portador ter um desejo extremo de passá-lo aos colegas. Todavia, ele imediatamente envenena todos que bebem dele. O envenenamento pode ser curado de maneiras normais, mas o desejo de utilizar o cálice, apesar de já saber de seus efeitos, continua até que a pessoa consiga livrar-se dele.
10. ( @xceangxd ) LÂMPADA MÁGICA: Uma lâmpada que supostamente deveria ter um gênio, mas não tinha nada dentro. Ao ouvir o termo "Eu desejo..." e derivados, o usuário sente-se compelido a realizar aquele desejo, mesmo que não tenha recebido nenhum poder mágico adicional para tal. A única forma de remover a maldição é através da ajuda dos caçadores, semideuses e divindades que saibam como fazê-lo com magia. 
13. ( @prsfcne ) FREISCHÜTZ: Um conjunto de sete dardos parecidos com pequenas flechas em miniatura. Enquanto seis podem ser utilizados pelo usuário para atingir o que ele quiser, o sétimo possui vontade própria e sérias tendências malignas. O problema? O sétimo está escondido entre as flechas comuns, de maneira que pode ser utilizado aleatoriamente a qualquer momento.
14. ( @alectot ) COLAR DE HARMONIA: Roubado de Harmonia. Feito por Hefesto, esta maravilhosa peça encanta sem precisar de propriedades mágicas. Ao ser utilizado, permite que o usuário permaneça jovem e bonito para sempre. Em compensação, lhe presenteia com grande má sorte.
15. ( @techyells ) PEDRAS COLORIDAS DE NÜWA: Roubadas de Nüwa. As cinco pedras coloridas criadas pela deusa chinesa Nüwa; cada uma delas representa e dá domínio sobre um dos cinco elementos chineses: fogo, água, terra, metal e madeira. É claro que a divindade não ficou feliz ao saber que suas amadas pedras estavam perdidas, e com sua cauda de serpente já desbrava o salão, buscando o responsável.
18. ( @badvitium ) PÁGINAS DO LIVRO DE TOTH: Roubadas de Toth. O Livro de Toth é um lendário artefato com milhares de feitiços poderosos e grande conhecimento escritos pelo deus Toth. Dizem que o livro foi enterrado com o Príncipe Neferkaptah, mas a Mademoiselle conseguiu algumas páginas. Agora Toth está vindo buscá-las, mandando pragas controladas e múmias para aflição de quem ganhar este "presente".
19. ( @meichishearts ) ESPELHO DE FUMAÇA: Roubado de Tezcatlipoca. O espelho era utilizado pelo deus para observar todo o cosmos, e com ele o usuário pode enxergar qualquer lugar, pessoa ou coisa que queira com precisão. Entretanto, sabe-se que os deuses astecas não são pacientes ou misericordiosos, ainda mais Tezcatlipoca, sempre disposto a caçar com seus jaguares.
20. ( @ericnp ) COMPASSO DA GANÂNCIA: Uma agulha preta com um ponto vermelho escuro na ponta, flutuando dentro de uma esfera transparente com moldura de metal segurando-a. Forjada pela escuridão da ganância dos vivos, esta bússola sempre aponta para o maior desejo de seu portador. Todavia, todos os seres sencientes que estiverem próximos e desejarem o mesmo, além do portador caso o maior desejo seja um objeto, serão avisados de quem tem a bússola e irão atacá-lo brutalmente.
21. ( @desdchaos ) ANEL DOS MARES: Roubado de Anfitrite. Permite não apenas a criação e controle do elemento água, mas também a condensação e a mutação da natureza do elemento controlado (podendo transformar água doce em salgada, destilar o líquido, eliminar impurezas, impedir que transporte correntes elétricas, etc). O lado ruim? Bem, Poseidon não ficou nada satisfeito em saber que mexeram nas coisas de sua esposa. Você nem queira saber o que um deus dos mares irritado é capaz de fazer!
22. ( @hvllish ) CAPA DO CEIFADOR: Esta capa preta aveludada parece mudar livremente sua aparência para se adequar ao usuário e, à primeira vista, é quase como se irradiasse morte. Receber esta vestimenta é aceitar que, em um futuro próximo, a morte possa chegar até você, e você deve recebê-la de braços abertos. As origens dessa capa são desconhecidas, e tudo o que a rodeia não passam de boatos. Suas habilidades são ótimas em combate: podem gerar lâminas feitas de escuridão para cortar os inimigos ao seu redor. Ao entardecer de cada dia, porém, o usuário sofre duas maldições, uma da mente e uma do corpo. A da mente faz com que seja impossível controlar sua sede de sangue; até o amanhecer, o único objetivo do personagem é matar qualquer coisa que se mova. A maldição do corpo também acontece no mesmo horário, fazendo com que as mãos do portador se contorçam e entortem, assumindo as formas de longas lâminas e tornando-o incapaz de segurar qualquer coisa. O usuário não é capaz de remover a capa por meios naturais, somente após a morte, mas pode procurar auxílio com caçadores, semideuses e divindades conhecedores de magia para aliviar suas mazelas.
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revistazunai · 6 years
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Esculturas Musicais 2: Antônio Moura
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OUVE O MUNDO      A Marcilio Costa
Cala, ouve o mundo, há sempre uma voz em tudo – um coaxo,
um sibilo, um crocitar, um zumbido, um gorjeio, um zurrar, um rumor
de água, um silvo, um vento, um far                     fa                 lhar,
um balido, um trino, um latido, um cicio, um grunhido, um grasnado,
um sussurro, um rosnado, um ron ronar, um rugido, um bater de asa,
um estalo na viga da casa, um ecoar, um latejo na têmpora, um temporal,
um trovão, um ranger de porta, um inaudível desabrochar, um cricrilo,
uma sílaba ci ci ci ci ci ci ci cigarra, um sino, um relógio, uma badalada,
um último suspiro, um novo ser a respirar, um gemido amante,
o som de uma lágrima que cai no olvido, uma vida inteira a murmurar – e no fundo
de todas as vozes inanimadas e animais a voz do espírito que a tudo anima.
Ouve – há sempre uma voz em tudo. Fica – um instante – mudo
JOAQUIM NABUCO
País                       transformado em porão, sua carga                       – cor, sangue, dor, perseguição
Navio           fantasma há séculos à deriva
Negreiro                       o uivo do mar que em volta vibra
POEMA PARA LER AO ANDAR COM CUIDADO
Você que agora caminha por este poema, não está ouvindo, além do som das silabas,
o som de sinistros passos ecoando secos em seu encalço, como que para encarcerá-lo,
como que para amordaçá-lo? Não está agora pressentindo atrás de sua própria sombra
uma outra sombra, que, aos poucos, se agiganta querendo, de forma réptil, cobrir tudo, todos,
com sua escura manta? Não está sentindo, agora, fazer ninho eu seus ouvidos a gralha
a rasga-mortalha da histérica pregação, que busca ensurdecê-lo com seu grasnado
para que ouça, unicamente, a voz intolerante, a voz fanática e prepotente do Deus demente?
Não está vendo uma venda que, lentamente, cai sombria sobre seus olhos, sobre sua mente?
Você que agora caminha por este poema, cuidado, aqui perto, no fim da Rua Extrema
a oficina do fascismo fabrica frias algemas
ONIPRESENÇA ONIPOTÊNCIA
     A Noam Chomsky
Júpiter Isis Baal Amon-Rá Thor Saturno Cronos Belus Vênus Odin Marte Plutão Hutzilopochtli Tezcatlipoca Moloch Gigantes ICBC China Construction Bank Agricultural Bank of China Berkshire Hathaway JPMorgan Chase Bank of China Wells Fargo Aplle ExxonMobil Toyota Motor Bank of America AT&T Citigroup HSBC Holdings
TANTO QUANTO
Um tanto de mentira, um quanto de verdade, assim vai se erguendo o mito, teia entretecida com os fios
da vida e da irrealidade, boca a boca, ouvido a ouvido e algumas manchas de escrito, assim vai-se fazendo
do finito, infinito – uma palavra e um caminho que sem se salvar do tempo consegue escapar do olvido, vida
e arte entrelaçadas em grandes travessias de oceanos, pequenos barcos por furos dentro das matas, algumas
visões extraordinárias, muito de banal e cotidiano, e no meio da vegetação emaranhada, no centro da clareira
borbulha o caldeirão da feiticeira, o aroma do amor, suas especiarias misturadas ao odor azedo da dor – gordura fria
e fundidos no ar o olor das flores e o odor das fezes, nuvens saindo dos olhos dos demônios e dos deuses
para chover e forjar o humano jardim que floresce e apodrece, floresce, apodrece, floresce, apodrece,
floresta queimando num tempo tenebroso em que os uivos dos famintos e refugiados ecoam pelos cômodos das casas
e em contraponto reverberam sobre o silencio que cobre os corpos mortos dos nossos vizinhos índios, pretos, pobres,
almas vagando pelos cômodos cômodos de nossas casas, ecos incômodos pelos cômodos cômodos de nossas casas.
A página escurece, o estrondo de um meteoro soa na sala e entre os astros e o desastre ergue-se o rumor do mito,
a doce mentira, o sal da verdade, a vida, a arte – o grito
THE INVISIBLE WAR
     Os fragmentos da guerra invisível entram pelas frestas das portas e janelas, fantasmas de gás inflamável evaporados de grandes banquetes onde são servidos terrorismo de estado à la carte, cozidos geopolíticos com uma pitada de fundamentalismo religioso e fatias de porcos totalitários à direita e à esquerda da mesa.      Multidões de refugiados cruzam o mapa de meu quarto, passam por cima de minha cama carregando seus trapos até saírem pela porta do espelho onde esperam encontrar um outro mundo.      Os minúsculos fragmentos desta guerra grudam na sola de meus sapatos onde quer que eu vá, onde quer que eu ande, na rua, debaixo da terra, pelos telhados, explodem em forma de estilhaços ultra silenciosos a cada passo e enquanto ando em minha parca velocidade de homem a guerra invisível viaja numa velocidade estonteante por dentro de pequenos telefones, deixando milhares de mortos e feridos por entre os escombros das telas de cristal líquido.      A guerra fantasma é um flâneur maligno do Vale da Sombra da Morte, está em toda parte e em parte nenhuma, às vezes, sem que ninguém perceba, passa, com suas armas de alta tecnologia, por entre crianças que brincam descalças numa abandonada praça de periferia. Às vezes passa, causando arrepios, um vento frio, nos animais da floresta.      Por toda parte e em parte alguma, impalpável, Deus Onipresente, vaga um vírus fabricado em laboratórios transnacionais pagos pela moeda de lata dourada que carrego em meu bolso.      Não se pode vê-la nem ouvi-la, só senti-la quando já está muito perto, entrando silenciosa e sorrateira por dentro dos pesadelos dos que dormem nas cidades que dormem sem dormir de olhos bem abertos quando fecham os olhos de medo, quando tapam os ouvidos, para não escutar, apavorados, o bater de botas e o trotar de cavalos adornados de fitas e penachos aproximando-se de suas cabeceiras.      Veja, de dentro da cortina de fumaça e poeira que se levanta do cyber front erguido eletrônico no meio da sala, a múmia de Tio Patinhas ressuscita ainda mais sovina, decretando o fim da história, o fim das utopias, nadando, cínico, em sua gigantesca banheira de dinheiro.      Em vários pontos estratégicos da nova guerra, tiranetes-fantoches esperam por novas ordens sentados em seus urinóis decorados por coloridas logomarcas.      Não se sabe onde ela está – o inimigo sou eu, o inimigo é você – a guerra feita de vento, que agora me faz andar como um cego que tateia o ar sem sua bengala.
YO Y EL SORDO
     A Goya, El Sordo      A Isadora
Não podes me escutar Para falar contigo basta apenas apalpar as paredes de tua arte e perceber que a maldade humana descansa em qualquer tipo de barro, que se ergue e dá alguns passos entre a espera e o desespero que o esboroa
Nós dois sabemos que a borra da miséria e o cristal da estrela residem em cada gota de tinta, que o mar e o amor só existem para quem não os atravessa e que o lugar em que parecemos reinar, o lugar em que parecemos reinar é um território inconquistado, um chão sobre o qual o trono e a coroa são dados no mesmo instante em que a trombeta e a voz de um arauto nos manda abandoná-lo, mal saboreamos o cheiro marinho da Alba deitada nua na areia da praia e vemos que o que aqui nos trouxe, o barco há pouco ali ancorado – vês? – já arde em chamas – queima a pergunta do marujo se o desamparo do mar é a única forma de voltar
ou, quem sabe, assim, pedindo emprestado um pouco de tuas tintas, o sonho da razão, o pesadelo de Freud cem anos antes, quando as corujas piam em volta de tua cabeça, que deita para deixar escapar monstruos, los desastres, los caprichos, los disparates, las pinturas negras nas paredes que não têm ouvidos
A OUTRA VOZ
Presente em tudo e sempre oculto, serpente verde e imóvel entre a folhagem, imagem
que não se vê nem ouve-se mas sente-se perpassar todas as formas que armam
nosso breve arco riscado a giz de nuvem sobre a impalpável escuridão do mundo
Enigma, da superfície ao fundo, vulto transparente atravessando o véu do tempo,
reunindo, em sua única voz todas as vozes do vento, céu vazio, rio sem foz e nascimento,
círculo invisível em volta de seu próprio mistério – eterno, terreno, intocável, aéreo,
o silêncio, Deus da poesia, diz mais um dia
Antônio Moura nasceu em Belém do Pará, 1963, residiu em São Paulo, Lisboa e atualmente vive em Belém. Poeta e tradutor, tem onze livros publicados, oito no Brasil e três no exterior. Poesia: Dez, edição do autor; Hong Kong & outros poemas, Ateliê Editorial; Rio Silêncio, Lumme Editor; A sombra da Ausência, Lumme Editor; A outra voz, Editora Patuá. Tradução: Quase-sonhos, Jean-Joseph Rabearivelo, Lumme Editor; Traduzido da noite, Jean-Joseph Rabearivelo, Lumme Editor; Contra o segredo profissional, César Vallejo, Lumme Editor. Rio Silêncio foi premiado na John Dryden Translation Competition, em tradução para o inglês de Stefan Tobler, publicado em pela editora Arc Publications, com o título de Silence River, com uma turnê de lançamento por oito cidades da Inglaterra. Publicado em Valéncia, Catalunha, Edicions 96, em tradução para o catalão por Joan Navarro, sob o título de Després del diluvi i altres poemes (Após o dilúvio e outros poemas). Editado no México, Río Silencio, em tradução para o espanhol por Victor Sosa, Editora Calligrammes. Tem sido publicado em diversas revistas e antologias nacionais e internacionais.
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