Tumgik
#el universo nos dá
gimmenctar · 10 days
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chenle x leitora; situationship!au; smut
tags. foreplay, fingering, sexo desprotegido, reverse cowgirl, de quatro, pull out, cumplay. ✧. ┊    wc: 2.4k ┊   MNDI
a chuva torrencial acabou com seu planejamento. inicialmente, foi ao centro pra bater perna e comprar quinquilharias, na maior vibe I’m just a girl. o universo tinha outros planos.
começou como um chuvisco, parou, você andou mais, e então, sem nenhuma pena dos trabalhadores, São Pedro enviou nuvens carregadas que espantaram o movimento das ruas.
pra piorar, os ônibus e trens estão com intervalo super irregulares. o uber está com preço dinâmico e nenhum motorista te aceita. você até tenta se abrigar em alguma loja, mas pelo horário, já estão fechando.
por um momento você se desespera. como vai chegar em casa? e se não der? não consegue pensar em nada, o coração acelera, está com medo. olhando aos céus, pede ajuda ao mesmo São Pedro.
"me dá uma saída, por favor."
e ele deu mesmo.
enquanto mirava seus arredores com mais atenção, reconheceu a rua em que estava e algo como esperança lavou seu corpo. já está na chuva, o que é se molhar?
há uns meses conheceu um boyzinho no tinder. fofo, educado, respeitoso. foram em alguns dates, num deles chegou a ir até a casa dele. foi assim que conheceu essa rua. no dia, nada de mais aconteceu.
chenle, o bofe, é realmente diferente da maioria. ele não pressiona porque, além de ser um homem decente, também gosta da tensão, da conquista. por mais que seja só um lance casual por enquanto, zhong está na sua, e você também curte estar por perto dele.
você hesita em mandar uma mensagem pedindo abrigo. será que ele te acharia folgada? são tantas questões. ele também pode nem ter chego do trabalho. no entanto, colocando na balança, é melhor arriscar do que continuar embaixo de chuva forte e ficar muito doente. as roupas já estão muito pesadas, os cabelos estão grudando na pele. não pode pôr mais da sua saúde em jogo por vergonha.
na mesma hora que você está digitando, zhong chenle envia mensagens.
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o porteiro te mira com dó nos olhos, também está um pouco assustado com o seu estado. sua roupa está encharcada, seu cabelo não para de pingar.
"vem no de serviço, dona, o outro escorrega."
ele abre a porta pra você e te apressa pra entrar. quanto antes chegar ao apartamento, melhor.
"boa noite, desculpa dar trabalho pro senhor." diz de dentro do cubículo.
"nada, que isso. cuidado pra não ficar doente."
o senhor fecha a porta, não antes de apertar o botão do andar correto. você ainda não acredita que realmente teve de pedir ajuda ao seu rolo, mas que bom que ele aceitou.
chenle te vê sair do elevador e seu semblante é preocupado, ele segura uma toalha nas mãos e te cumprimenta com um abraço, envolvendo-a na toalha e aquecendo seu corpo trêmulo de frio.
"o que aconteceu? não conseguiu transporte?" o cenho franzido o deixa muito fofo. você afirma com a cabeça, e ele te leva até a sala de estar. "tem outra toalha e umas roupas no banheiro, toma um banho quente e depois me dá essa roupa molhada."
"não queria te dar trabalho, me desculpa."
ele te olha sério. rapidamente anda em sua direção e, pra sua surpresa, segura sua nuca e deixa um beijo nos seus lábios. o gostinho de café te faz sentir em casa, o ritmo lento te faz esquecer um pouco do caos que viveu até agora.
"não quero que você fique gripada, vai lá logo."
pode até ser que ele esteja fazendo isso só pra ganhar pontos, mas de verdade, não parece. chenle é bom com quem se importa e não espera nada em troca.
o banho é absurdamente relaxante. a temperatura da água alivia sua tensão e você agradece mentalmente ao universo por ter te levado até ali. até mesmo um shampoo feminino tinha por ali. e, por mais que tenha levantado uma pulga na orelha, resolveu não alimentar a pontinha da boca do estômago.
ao sair do banheiro, viu chenle esparramado no sofá. ele joga o celular sobre o estofado e sorri.
"como estou?" você devolve o sorriso, dando uma voltinha pra se gabar do que está vestindo: blusa e shorts masculinos. o cheiro do amaciante exala, mas também o cheiro particular dele. é muito aconchegante.
"já te vi mais arrumada, mas nunca mais linda." rebate, sem nem tentar ser galanteador. "ainda mais com a toalha na cabeça."
vocês riem, e ele não te dá tempo de protestar antes de pegar o celular de novo e tirar uma foto.
"não é justo, apaga isso." até tenta fazer um charminho, porém sabe que não cola. ele balança a cabeça negativamente. "onde eu posso colocar isso?" refere-se à muda de roupa molhada e às toalhas.
"me dá, deixa que eu resolvo."
"nada disso, lele. você já tá fazendo muito por mim."
ele estala a língua nos lábios e revira os olhos. tomando tudo da sua mão, chenle deposita um selinho nos seus lábios e outro na bochecha. sem dizer nada, dá meia volta e vai até a área pra estender as toalhas e pôr suas roupas na máquina.
um fato muito atraente sobre ele é exatamente isso. além dos atos de serviço, ele se vira sozinho há muito tempo. independência é muito, muito atraente.
quando ele volta pra sala, você está desembaraçando o cabelo. zhong se senta ao seu lado, assistindo sua ação com carinho.
"o shampoo é bom?" corta o silêncio. "não sabia qual você usava, aí achei que esse ia dar conta."
o quê?
deu pra perceber que você travou com a nova informação.
"é que eu..." o rosto dele queima de vergonha. "quando você viesse aqui outra vez, talvez dormisse aqui, ou... enfim. achei que fosse ser útil."
"zhong chenle." você pronuncia o nome dele exatamente como ele havia dito que a mãe fazia quando era mais novo e aprontava.
"sim, senhora." ele se esconde atrás de uma das almofadas.
"até nisso tô te dando trabalho. aff." suspira, fazendo um pequeno drama. "daqui a pouco só falta pentear meu cabelo." você diz, pegando outra mecha para tirar os nós.
"você quer? eu posso."
"chenle, claro que não. não precisa, eu tava brincando."
"mas agora eu quero." ele se ajeita, sentando mais perto do encosto. abre as pernas e bate com uma das mãos no espaço entre elas. "vem cá."
"não pre-"
"vem logo."
não dá pra negar um chameguinho assim. você se aconchega entre suas coxas e entrega o pente em suas mãos.
ao te observar, ele havia notado que começava das pontas e depois penteava a raiz. então, te copia bem delicadamente.
você a-ma quando mexem no seu cabelo, é difícil não gostar. a cosquinha gostosa te faz relaxar num passe de mágica, e chenle começa a perceber. principalmente quando penteia o couro cabeludo, suspiros baixinhos deixam sua boca.
ao terminar de desembaraçar seus fios, ele resolve continuar o cafuné. os dedos habilidosos apertam seu trapézio, e começam a traçar um caminho de massagem pela nuca e voltam para as raízes do seu cabelo.
"hm, isso é tão bom." você aprova e aproveita cada segundo. "tô molinha."
"tô vendo." ele dá uma risadinha. "encosta aqui."
chenle te guia a descansar as costas sob o próprio torso, aproveitando pra estender a massagem. o cheiro do sabonete dele na sua pele fica mais evidente, se misturando com a essência cítrica do tal shampoo. ele deixa um cheirinho no seu pescoço, gostando do arrepio que causa em ti.
você repousa as mãos nas coxas dele a fim de devolver um pouco do carinho, alisa a pele macia desde o joelho até quase o topo da perna e arranha um pouco onde consegue.
inebriado por sua pele fresca, zhong não resiste depositar alguns beijinhos quase inocentes desde seu ombro até o topo da nuca. sem querer, você o aperta levemente quando ele beija o caminho de volta. de repente não é mais só uma demonstração de afeto.
outra vez mais ele beija seu ombro, mas se demora, arrasta os lábios pela área até deixar outro beijo mais pra cima. o hálito quente te dá expectativas por mais. até que, por fim, retorna ao pescoço. ali, ele faz questão de adicionar mordidas e lambidas.
"chenle..." o nome alheio sai sussurrado na sua voz.
"sim?"
"me beija."
seu pedido é uma ordem. o homem leva uma das mãos até os cabelos da sua nuca e puxa firmemente para o lado, alinhando seus rostos. aproveitando o gemido que entreabriu sua boca, ele captura seus lábios com volúpia. beijam-se como se o tempo não importasse, é lento, sensual, encaixa tão bem que queima.
seus dedos voam para o pescoço dele, afagando onde podem, trazendo-o mais pra perto. os dele, entretanto, se espalham pelo seu corpo inteiro com toques leves como pena. 
chenle acaricia suas coxas com fervor, subindo até o abdômen, passando por baixo da blusa. sobe devagar até alcançar um de seus seios e recebe uma arfada dengosa entre o beijo. de repente, você se recorda do fato de estar sem calcinha, sentindo a intimidade incômoda com tanto prazer. o sangue correndo mais rápido pelos seus nervinhos te faz sentir certa umidade, que cresce à medida que ele te provoca com a boca e com as mãos.
o volume na bermuda do homem roça na sua lombar conforme ele usa a outra mão pra te pressionar contra si. chenle tem o tamanho perfeito, você pensa. seria delicioso sentar no pau dele.
ele separa seus lábios após o beijo molhadinho e bagunçado, está sem ar, mas não encerra as carícias pelo seu corpo.
"posso te dar mais do que isso, você sabe..." diz, levando os dedos até a parte interna da sua coxa, indo cada vez mais perto de onde precisa mais dele. "abre as pernas, linda."
o short largo permite que chenle alcance sua boceta com facilidade. o indicador e dedo do meio sentem seu centro encharcado. "porra, toda molhadinha. tira esse short, gostosa."
você logo obedece. levanta-se brevemente e exibe a bunda carnuda pro homem, empina bem até a peça cair no chão. "era isso que queria, amor?"
ele te puxa de volta com urgência, te encaixando bem onde estava antes. se é possível, ele está ainda mais duro depois que se expôs pra ele.
"eu sei que você tá doida pra me dar, mas eu vou ter que te alargar primeiro, linda. essa boceta é muito apertada."
os círculos que ele massageia nos seus lábios te faz ver estrelas. e as palavras sujas murmuradas ao seu ouvido, que merda, chenle faz muito gostoso.
cumprindo o que prometeu, ele insere dois dedos de primeira. o vai e vem é uma delícia, aproveita pra conhecer onde estão seus pontos mais sensíveis. a palma de sua mão bate bem no clitóris toda vez que os dedos entram, e você não consegue guardar os gemidos.
"porra, você tá muito gostosa assim. geme pra mim, vai."
ele aumenta tudo ao mesmo tempo, o ritmo, a força e adiciona o terceiro dedo. é muito pra você, mas tão, tão, tão bom. seu quadril rebola devagarinho, roçando a bunda no pau duro feito pedra atrás de si.
"não para, lele. hmm, tão- gostoso, puta merda."
você se segura, quer muito durar mais, porém está muito perto. zhong achou exatamente o que procurava, e ainda ajudou seu botãozinho com a outra mão. os dedos escorregando na sua lubrificação emitem sons profanos, e a sensação é incomparável.
"relaxa, linda. pode gozar, goza na minha mão." ele beija seu pescoço, a voz rouca pelo próprio prazer te desmonta.
sem ser capaz de controlar mais, você chega ao orgasmo. as paredes do seu canal contraem com força em volta dos dedos de chenle, te deixando completamente vulnerável no colo dele.
ele leva os dedos à sua boca, e você chupa com afinco. puta merda, ele sussurra. também aproveita um pouco dos seus sucos, sugando os próprios dedos. prometeu a si mesmo que mataria a sede depois.
"consegue mais um?" ele pergunta, deixando selares no seu trapézio de novo.
"preciso sentir você dentro de mim, lele."
ele xinga baixinho, e você o ajuda a remover a bermuda. "vai ficar viciada em sentar." atiça ao perceber seu olhar fixado no pau dele.
a vontade de colocar na boca é muita, mas quer mais que ele te coma. você vira de costas de novo, porque notou várias vezes que chenle tem um fraco pela sua bunda. sem cerimônia nenhuma, doida pra satisfazê-lo, afunda a boceta na extensão toda.
"grande, le- hm, tá bem fundo." você rebola como sabe. frente e trás, círculo, infinito, todos os jeitos. zhong fica enfeitiçado, apertando a carne com força.
"porra, que bunda é essa."
"lele, quero mais."
você sabe como mexer com a cabeça dele. óbvio que ele vai te dar tudo o que você quiser.
ele se levanta, o pau todo lambuzado dos teus sucos, assim também o meio das tuas pernas e o sofá. você tá fazendo uma bagunça e ele não poderia estar gostando mais.
"de quatro."
obediente, você se apoia nos joelhos e no encosto do sofá. sem perder tempo, chenle enfia de novo. mais forte, mais fundo, mais rápido. uma das mãos dele apoia na sua escápula, afundando seu corpo contra o estofado. você mal consegue respirar, mas o êxtase fala mais alto.
tudo que se ouve são os grunhidos deliciosos dele, as intimidades se tocando. o tesão consome zhong, ele perde controle das investidas e te maceta bagunçado. o ápice está perto, então você o ajuda contraindo o canal e rebolando em seu encontro.
"caralho, eu quero te foder pra sempre." confessa no calor do momento, apertando e estapeando sua pele.
por fim, chenle goza e jorra bem onde estava com a marca de suas mãos, te bagunçando inteira. ele traz seu torso para colar no dele, deixando mordidinhas e beijinhos pelo seu corpo até que as respirações se normalizem.
"foi bom?"
seu cabelo bagunçado e o sorriso satisfeito falam por si só, mas ainda assim você afirma. "e pra você?"
"já pode a terceira?"
ele ri junto contigo. por mais que realmente quisesse te comer a noite toda, te daria um tempo pra respirar. o que não significa que, no banho pra limpar a bagunça que fizeram, ele não tenha te ajudado a chegar lá mais vezes. atos de serviço é a melhor linguagem do amor.
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imninahchan · 7 months
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⌜ 𝑨𝑽𝑰𝑺𝑶𝑺: strangers to lovers, leitora!atriz, a sociedade da neve, leitora tem namorado então traição [gnt não traiam tá pfv], sexo sem proteção [tb não façam isso!], dirty talk, elogios, angst(?). ˚ ☽ ˚. ⋆ ⌝
꒰ 𝑵𝑶𝑻𝑨𝑺 𝑫𝑨 𝑨𝑼𝑻𝑶𝑹𝑨 ꒱ para @dejuncullen e o anon que mandou aquela ideia♡
𓍢ִ໋🀦 A PRIMEIRA VEZ QUE VOCÊ O VÊ É NO QUARTO DIA DE PRODUÇÃO ─────
Se lembra bem quando pôs os olhos na figura masculina. A porta do estúdio abre e dois outros dos atores escalados caminham primeiro, sendo seguidos pelo homem de cabelos partidos, trajando o possível figurino de seu personagem. Os outros aceleram os passos, com certeza teriam que trocar de roupa para tirar mais fotos, mas ele demora a acompanhar os demais ao fazer contato visual contigo, sentada no banco do corredor.
Não sorriem, não cumprimentam, talvez perdidos demais no olhar um do outro para conseguir pensar em outra coisa senão marcar na memória os respectivos rostos. Quando o homem desaparece na curva do corredor, você é chamada pela assistente.
Olha pra trás umas duas vezes, esperando que ele fosse, sei lá, voltar para te espiar mais um pouco, porém foi em vão. O engraçado é que, durante todas as fotos que tirou para a preparação de elenco, se apegava à imagem na sua mente. O corpo esguio, as roupas sociais vintage caindo muito bem, o olhar doce, delicado. Não sabe qual personagem ele vai interpretar, mas espera que possa vê-lo de novo.
E o vê, porque o universo parece favorecer os seus desejos. Esbarram-se na pausa dada entre as gravações de um take e outro, no mesmo cenário do aeroporto. Reconhece-o mesmo ao avistá-lo de costas. Não tem coragem de se aproximar, nem sabe que nome chamar, só que não precisa — ele se vira e lembra de ti na hora, dá pra notar só pelo brilho que reluz nos olhos masculinos.
Ei, cumprimenta, retraído. E de um simples cumprimento vocês se encontram conversando do lado de fora do trailer do set de gravação. Primeiro, falam das personagens que estão interpretando; você é um dos familiares dos sobreviventes, e ele é um dos primos Strauch. O nome dele é Esteban, e é argentino. Te arranca boas risadas, por mais tímido que aparente ser. É narcisismo demais pensar que ele se esforça pra contar tantas piadinhas entre as frases só pra te fazer sorrir? Porque essa é a sensação.
Fica tão rendida às risadas genuínas que solta uma expressão totalmente fora do sotaque que ostenta. Não soa como nada que uma pessoa que fala espanhol diria.
Ele aperta o olhar.
— Você não é argentina, é? — pergunta, direto na ferida.
Okay, talvez você tenha mentido um pouquinho no casting. Seu espanhol é magnífico, pode reproduzir sotaques regionais e tudo, além do mais, a exigência era garotas jovens latinas entre vinte e trinta anos que falassem espanhol, e para uma seleção em Buenos Aires, não seria legal arriscar que é do país vizinho cuja língua oficial não está no requerimento.
Você se aproxima, tombando o corpo de leve na direção do mais velho. Shhh, sussurra, é segredo. Esteban sorri, garante que seu segredinho de estado está a salvo com ele somente porque tem vontade de viajar para o Brasil nas próximas férias, e vai ser você quem vai ser a guia dele.
Nem se quisesse, poderia se afastar dele. O argentino é um amor, é só colocar os olhos em ti que vem para cumprimentá-la, para conversar, para estar perto. Quando o elenco se hospeda no hotel para as gravações em Serra Nevada, as noites são regadas a muitas risadas e música no espaço de convivência. Às vezes, ele te acompanha até a porta do seu quarto, te diz para ter bons sonhos e que só serão bons, claro, se você sonhar com ele.
Você ri, boba, não quer admitir para si mesma que o flerte, apesar de tolo, te faz ficar com o coração quentinho. Numa outra vez, te deixa um beijo na testa. Os pelos finos da barba que está deixando crescer arrastam pela sua pele, é uma interação áspera, mas gostosa, faz arrepiar, principalmente porque o rosto alheio fica tão pertinho do seu por aqueles poucos segundos.
Dessa vez, você não quer deixá-lo ir embora tão cedo. Quer dizer, o pessoal ainda está lá embaixo jogando ping-pong, trocando uma ideia, ninguém vai subir pra cá por enquanto. É meio impulsiva, não pode mentir, nem sabe ao certo o que quer de verdade. Esteban sabe, porém.
Segura na lateral do seu rosto, afetuoso. O olhar dele se encontra com o seu, por breve, até que se abaixa para fitar os seus lábios. Parece magnético, aqui, o calor que se instaura no seu corpo, um súbito desejo por algo a pouco de alcançar. Quando ele se inclina, se colocando mais perto.
Mas tem um problema, não tem?
— Esteban. — Se agarra à manga da blusa masculina, o impedindo no meio do caminho. Já estavam até de olhinhos fechados, por um triz de se entregarem à vontade. — Eu tenho namorado.
O argentino ergue-se.
Se pensou que ele fosse afastar de imediato, retrair ou se irritar por ser iludido até o último momento, o que assiste é diferente. Ele se põe confiante na postura, te mirando com o mesmo olhar doce de sempre, calmo, que faz tudo parecer simples ao seu redor.
— Ele veio pra cá? — te pergunta, com a voz baixa. — Veio pra Espanha contigo?
Você abaixa o olhar.
— Não — diz —, ficou no Brasil.
— Sabe... — o tom masculino permanece manso, porém se mostra um pouco mais arrastado, charmoso. — Você vai embora no fim de semana, vai voltar pra ele. Pro Brasil, não é? — Inclina-se mais um vez, retomando a proximidade de antes. — A probabilidade da gente se encontrar de novo, cariño, é muito pequena.
— Ainda não é legal...
— Mas vai ser só uma vez, pra dizer adeus — sopra, num sussurro. — Ninguém precisa saber. Nem ele.
Pô, Esteban, não faz assim... Você mordisca os lábios, inquieta. Não consegue desviar o olhar do dele, por mais que se esforce. É uma mirada tão romântica, de pupilas cheias. Por um segundo, rouba todo o seu bom senso e te faz envolver os braços ao redor do pescoço do homem e trazê-lo para o beijo que o próprio queria te entregar momentos antes.
As mãos do homem vão pro seu quadril, te guiam pelo quarto adentro na busca cega pela cama. Por que tudo que é errado tem um sabor melhor? Porque só da boca dele se separar da sua, pra buscar ar, já é suficiente para te fazer juntar o cenho, tristonha.
O mantém perto, tranca as pernas na cintura masculina. Isso vai ficar aqui, diz para si mesma, não vai contigo embora da Espanha, então vai se esquecer dele. Se aproveitar o agora, o futuro não terá nenhum vestígio.
— Vem — a visão do homem nu sentado na sua cama, a palma da mão batendo suave na própria coxa pra te convidar, é uma tentação direto do inferno —, vem cá, vem.
Você se ajeita sobre ele, a ereção molhada sob ti beirando a entrada do seu corpo. Os dedos dele percorrem o caminho da sua lombar até as omoplatas. A atenção masculina não está no encaixe que está por se realizar, ou em nada que beire o lascivo. Está enfeitiçada na sua face, na leitura da sua expressão de prazer ao se preencher sozinha, na fragrância natural do seu corpo despido.
Toca a sua bochecha com as costas da mão.
— Você é tão linda... — elogia, num suspiro. — Que pena que é do Brasil, e não minha.
Você esconde a face quente na curva do pescoço dele. Para de dizer essas coisas bonitas...
Esteban levanta o seu olhar de novo, prefere te ter o encarando quando os seus movimentos no colo dele se iniciam.
— Perdão — responde, a voz ainda embriagada pelo sentimento —, se você não fosse tão linda, talvez...
A conversa melosa te apetece, o ego vai lá em cima. Os lábios querem permanecer esticados num sorriso tolo, por isso o abraça, se esconde mais uma vez para que não possa oferecer ao argentino a imagem da sua rendição completa.
As mãos dele apertam as suas coxas, firmes, feito quisesse descontar ali todo o prazer exorbitante que sente. O nariz alongado, reto, é esfregado pela sua clavícula. Os seus dedos detém algumas mechas douradinhas do cabelo alheio. Tudo flui devagarinho, quase que totalmente silencioso senão pelo som molhado dos corpos em conexão. Esteban teme que, quanto mais dialogar contigo, quanto mais ouvir o som da sua voz, mais será assombrado pelos incontáveis anos que passarão separados. Não quer que a consciência pese, nem que o corpo derrame cedo só pra prolongar o que vive nesse instante.
As suas gravações já se encerraram, você se vai, e ele deseja deixar, pelo menos, um pouquinho de si dentro de ti. Inunda o seu interior ao atingirem o êxtase, não liga pra sensação extra escorregadia, pras gotinhas que parecem escorrer pra virilha. Não quer te abandonar, e você vai se sentir tão, mas tão vazia sem ele — metafórica e fisicamente.
O xinga mentalmente por ter um sorriso tão apaixonante, e esse olhar de garoto fisgado pelo cupido. Seria mais fácil, menos melancólico, se o sexo tivesse sido devasso, indecente, e não amoroso, sedutor, como se deu.
Ele ofega, igual que tu, mas recupera o fôlego primeiro.
— Te quero de novo, cariño — fala. — Deixa eu te ter de novo, hm? Eu por cima agora. — Não tem dificuldade para inverter as posições, te colocando com as costas no colchão. Pega numa das suas coxas, suspendendo para facilitar o encaixe do ângulo. — Prometo que é a última, e eu vou embora.
Você sorri.
— Não precisa ir agora.
— É, né? — Sorri junto. — Posso te ter de novo, e de novo... — Tira os olhos dos seus só por um segundinho, mirando a ereção na própria mão, ao se pôr no meio das suas pernas mais uma vez. — Quantas vezes eu quiser?
— Depende de quantas vezes você for querer... — faz charme.
— Porra, se eu pudesse escolher, eu queria você pra sempre, linda.
E você se derrete toda, feito uma adolescente apaixonada que nunca ouviu coisa parecida. É nessa poesia carnal que você se deixa encher novamente, menos consciente se seus gemidos sobressaem o som dos corpos em choque. Só por hoje, é isso. Enquanto todos estiverem ocupados lá embaixo, ninguém precisa saber o que acontece aqui em cima.
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stuckwthem · 5 months
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˚୨୧⋆ foreplay a trois - leve cenário pipe x reader x simón ⋆୨୧˚
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vamos ao tópico trisal com simon hempe e felipe otaño pois estou subindo nas paredes querendo assistir challengers e pedindo ao universo dois putos pra chamar de meu (o que o período fértil e um show da madonna no sábado a noite não faz) — @geniousbh te adoro você plantou uma semente muito fértil na minha cabeça com isto aqui espero fazer jus as suas palavras com um cenário semelheante !!
vocês se conheceram na faculdade, felipe é seu colega de classe e vocês ocasionalmente fazem alguns trabalhos juntos. ele é todo tímido e engraçadinho, sempre com um papo divertido e flertes que passam quase despercebidos, impossível de não cair nos encantos dele, e mesmo que pareça inofensivo você tem a impressão de que ele sabe exatamente o que está fazendo. sempre reparando em detalhes bobos quando você chega na sala, como o jeito que arrumou o cabelo ou o vestido desnecessariamente curto que você foi a aula, por motivos óbvios.
pelo canto do olho, diversas vezes você pegao argentino encarando suas pernas no meio da explicação do professor, mordendo a caneta como se estivesse completamente desnorteado. durante o intervalo, você dá ideia de matarem o restante da aula, e de ínicio pipe parece um tanto resistente a fuga, sempre tentando ser o certinho, mas só precisa de uma segunda olhada nas suas coxas pra mudar a mente. 
é sexta a noite, e quase todos alunos da faculdade pareceram ter a mesma ideia porque os barzinhos estão lotados, com pessoas já embriagadas e animadas demais para o começo de noite, e mesmo que seja difícil de entrar em qualquer lugar, vocês já tinham metido o pé da aula, agora o jeito era aproveitar. felipe te guia pra dentro do barzinho meio insalubre da esquina, não é o tipo de lugar favorito dele, mas a sensação de te segurar pela cintura enquanto vocês se esgueiram entre os corpos suados parece compensar qualquer outro aspecto caótico. o aperto da mão enorme próximo ao seu quadril entra na sua cabeça como uma promessa, e aquele momento lhe dá a certeza de que todos aqueles flertes bobos não eram nada inocentes.
basta duas caipirinhas doces pra cacete caírem no sistema que a parada já era completamente outra, e agora a timidez do argentino se esvai como se nunca houvesse sido um empecilho. ele te faz rir até sua barriga doer, discute sobre assuntos cultos que te fazem morder os lábios de tesão intelectual, e cada vez que chega mais perto para te ouvir ou dizer algo no pé do seu ouvido, aqueles dedos grossos repousam por cima de seu joelho, servindo de apoio para o garoto, mas ele se aproveita da situação quando percebe que você não se incomoda ou desvia de seus toques, e agora suas mãos sobem cada vez mais até chegar na bainha do seu vestido.
seus corpos parecem se atraírem como se tivessem força própria, e é tão difícil simplesmente não subir no colo de pipe quando ele já está tão perto, te encarando de cima abaixo com aqueles olhos azuis penetrantes. você se pega passeando o olhar pelo seu até então amigo, reparando o quão suas bochechas ficam rosadinhas quando ele bebe, traçando a gota de suor que desce de seu pescoço, passando pela correntinha prata que vai até seu peitoral, agora um pouco amostra depois dele desabotoar os primeiros botões da camisa azul listrada. de repente, olhando pras pernas cobertas pela calça jeans do garoto, somente de imaginar a sensação da fricção contra o tecido entre suas pernas a faz suspirar, o que não passa despercebido por felipe, que com a cabeça pendendo pro lado e uma expressão cínica estampada na cara te pergunta “¿perdida, nena?”
e na sua cabeça se passam vários xingamentos, quase afetuosos, quando ele sobe a mão mais um pouquinho, brincando com os fios desfiados da barra do seu vestido enquanto te olha com aquela carinha de idiota. meu deus, como você tem vontade de arruinar aquele rostinho bonito da forma mais imoral possível. mas felipe é educado, polido até demais, tão certinho que não tomaria uma atitude concreta até que você o desse segurança para tal, e quando você está prestes a abrir a boca para uma confissão embriagada alguém os interrompe bruscamente. 
pronta para fuzilar o responsável pela sua quebra de expectativas, seus olhos se levantam determinados a encarar o idiota da forma mais carrancuda que podia, e se deparam com com algo, ou melhor, alguém, bem inesperado. 
não há como explicar a sensação muito bem, mas te causa tontura, como se você virasse um copo de cachaça de uma vez só. o aumento de sua temperatura é instantânea, sendo possível sentir o suor descendo pela linha de sua coluna, te deixando ainda mais mole do que antes. parece uma miragem, mas há um moreno bem a sua frente, de regatinha soltinha, barbinha rala e um maldito bigode, com a maior cara de puto que você já havia visto. ele tem um sorrisinho sacana nos lábios quando seus olhos se encontram, e voltar a órbita é um pouquinho mais difícil quando há álcool no meio, então você pisca algumas vezes até conseguir recobrar os sentidos. ali você redescobre que o tesão é uma coisa humilhante, porque quando os dois homens se abraçam o formigamento no meio de suas pernas se torna insuportável ao ponto de ter que esfregar suas coxas uma na outra. 
“¿no me vas a presentar a tu novia, boludo?” o amigo pergunta depois que os dois se cumprimentam, com um tom condescendente, quase fazendo graça da situação, como se soubesse muito bem pela sua cara que vocês não tinham exatamente um relacionamento.
“no es mi novia” felipe responde, com uma risadinha sem graça, com uma carinha de quem queria dizer “quem dera se fosse”. de repente, algo na expressão do outro muda, como se compreendesse tudo.
pipe te apresenta ao garoto como uma amiga, e este se introduz como simón, deixando um beijo em sua bochecha, que queima em sua pele por um instante. o perfume do moreno se impregna no ambiente, adentrando suas narinas tão subitamente que você rola os olhos, entorpecida.
alguns minutos de conversa se passam, os dois te incluem ao assunto, contando como se conheceram, as presepadas que se meteram e as festas que felipe passou do limite. os dois riem como velhos amigos, embalando um assunto em cima do outro, enquanto você assiste tudo bebericando mais uma caipirinha, intercalando o olhar entre um e outro como numa partida de tênis. é instigante, te deixa profundamente entretida ver como gesticulam, como os músculos de seus pescoços se flexionam quando jogam a cabeça para trás gargalhando ou como te parece extremamente atraente quando simón abre as pernas, empolgado com mais um assunto. você percebe o brinquinho na orelha do argentino quando ele puxa um baseado detrás da mesma, e é completamente desconcertante o que passa em sua mente enquanto tenta interagir com naturalidade.
a troca de olhares entre vocês é constante e nada modesta, só não arranca pedaço por mera barreira física, mas seduz sua mente em imaginar que sim. o mundo parece se reduzir aquela mesa de bar, apertando aquela tensão entre os três até que se tornasse perceptível a todos ali. 
quando você suspira mais uma vez, felipe percebe e se vira pra você, subitamente preocupado. não é um suspiro de incômodo, mas o desejo que apenas cresce começa a ficar difícil de administrar e a bebida não ajuda em nada, servindo como combustível para todo fogo. ele não quer perder aquela chance, na cabeça do de olhos claro ele está se torturando querendo se livrar do amigo empata foda, mas não faz noção do que se passa em seus pensamentos. quando o assunto dos dois morre por um momento, felipe faz menção de se levantar, dando uma péssima desculpa de como o lugar estava muito cheio. 
simón, muito perspicaz e embriagado tanto quanto vocês, se empolga colocando as mãos quentes nas pernas dos dois, como se o impedissem de ir a qualquer lugar. o toque parece incendiar seu corpo, lhe fazendo estremecer. 
“pô, a noite tá mó gostosa, pipe. por que vocês não colam lá pro meu apartamento e a gente fica batendo papo?” 
simón sugere dando uma tragada, com os olhinhos pidões e irresistíveis, quase implorando para que os dois aceitassem a proposta. você engole seco, dirigindo seu olhar para seu amigo, torcendo profundamente para que ele dissesse sim. pipe te olha, como se questionasse sua opinião, e você apenas assente com a cabeça, dando de ombros como se não estivesse derretendo por dentro.
então estava feito: os três estavam saindo do barzinho a caminho do apartamento de simón, que você havia acabado de conhecer. em passos lentos ao meio da galera do bar, você sentiu dedos firmes um pouco acima da bainha de seu vestido, apertando sua bunda de leve. de imediato, você se vira, dando de cara com um felipe com um sorriso largo entre o lábio inferior mordido. fingindo ofensa, você o encara com sobrancelhas arqueadas, mas ele reage apenas inclinando o queixo para frente onde simón se posiciona os guiando e volta o olhar para você, passando o polegar pelo canto da boca indicando para que você fizesse o mesmo.
“limpa aqui, tá babando” ele provoca, com um tom que não dá pra distinguir entre divertido e irritado, então sua resposta é apenas o dedo do meio.
noites assim tem uma certa vibração no ar, uma eletricidade que parece cercar as pessoas e gerar uma tensão inigualável, formada por expectativas. você já tinha uma convicção em mente: sabia que transaria. estava, sinceramente, desesperada por isso, e sabia que seria com felipe. apenas não contava com a bondade do universo em adicionar mais um a diversão. chame de manifestação ou seja lá no que acredita, mas o que quer que fosse estava dando certo.
no banco de trás do uber, a posição era premonitória: você bem no meio dos dois, espremida entre os dois corpos, envolvida em uma mistura de colônias masculinas, suor e muito feromônio. simón era um estranho para você, mas suas intenções pareciam bem claras e conhecidas, principalmente quando ele começou a testar as águas, colocando a mão em sua coxa da mesma forma que pipe marcava território pela parte interna de seu vestido, lhe causando um tremendo desejo em saber exatamente quem era aquele homem. desde o momento que você botou os olhos nele, desejou isto. só não imaginou que sonhos se realizassem tão rápido assim, e contando pela forma que simón a devorava com os olhos estava tudo muito perto de se consolidar.
já felipe nunca fora acostumado a dividir seus brinquedos, e ainda parecia relutante em compartilhar qualquer coisa que ele clamasse para si. não parecia exatamente satisfeito em flagrar a mão do amigo em ti, mas claramente a competitividade o excitava. o autocontrole fora uma tática crucial naquele momento em que pipe e simón pareciam disputar em arrancar um gemido seu, acariciando sua pele sensível de tal maneira que sua intimidade pulsava dolorosamente, desesperada em ter atenção de qualquer um dos dois, melhor ainda se fosse simultaneamente.
os olhares masculinos serpenteiam por ti e eventualmente se cruzam, trocando informações por meras encaradas como se estivessem elaborando planos, fermentando desejo um ao outro, estudando cada reação a ação conjunta contra seu corpo. 
a coisa começa realmente a tomar forma quando felipe beija seu pescoço, lentamente e de um jeito tão gostoso que requer muita força de vontade para não se entregar ali mesmo, em respeito ao motorista, que tenta ignorar o que acontece nos bancos de trás, já inerente aos acontecimentos da noite. simón acompanha a provocação, chegando bem pertinho de sua orelha, com a respiração pesada e quente roçando em seu maxilar enquanto se empenha em mordiscar seu lóbulo. é um jogo sujo, muito sujo, e você estava completamente em desvantagem naquele 2x1, e que sorte a sua.
finalmente, os dedos de felipe chegam a sua calcinha, lentamente e discretos, o indicador e o médio se arrastando por cima do tecido úmido com pressão, fazendo sua expressão se contorcer na tentativa de se segurar, e do outro lado, você ouve a risadinha de simón, divertindo-se com toda a situação. a força que seus dentes fincam em seus lábios é suficiente para arrancar um pouquinho de sangue, misturando um gostinho ferroso a sua boca. seu coração começa a bater tão rápido que a respiração fica ofegante, levando seu peito a subir e descer rapidamente. tudo parece extremamente no limite, e você sabe que não é a única a sentir isso quando escorrega as mãos em suas laterais, esfregando a palma contra o colo dos homens.
em resposta, você recebe de simón um apertão de mão cheia em sua e desprevenida deixa escapar uma arfada, arrancando sorrisos satisfeitos dos dois. a boca do mais novo conhecido vai descendo por trás de sua orelha, trilhando um caminho até sua nuca, depois esfregando o nariz pontudo por debaixo de seu queixo, acendendo cada pontinho sensível dali, lhe concedendo uma sensação instantaneamente inebriante, te fazendo ansiar por mais, levando seu estado de excitação a um ponto de estupidez. 
uma de suas mãos sobe para a nuca de simón, acariciando aquele pequeno espaço entre a gola de sua camisa e o pézinho de seu cabelo, incentivando o mais velho à descer os lábios pelo colo de seu peito, que dedicado, se demora a cada beijo com pequenas mordidinhas e rastejos de língua entre o início do decote de seu vestido, desejoso em arrancar aquele pedaço de tecido e saborear cada partezinha de sua pele.
os olhos de felipe são atentos e queima de inveja e lascívia ao que assiste, estudando sua feição determinado enquanto ele torna os movimentos de seus dedos um pouco mais ousados, aproveitando da vulnerabilidade entregue de bandeja em um castigo torturante, subindo e descendo por sua extensão coberta mais rapidamente, com mais precisão até que suas pernas começam a estremecer sem controle algum, ao ponto que você as fecha involuntariamente, prendendo a mão do argentino entre as duas bandas carnudas. 
é como se você fosse um objetivo a se atingir no meio dos dois, cada vez mais esforçados em te ver cansada e estúpida, implorando para ser fodida com a boquinha entreaberta buscando ar e os olhinhos marejados, já irritada e impaciente pelo excesso de apetite, praticamente babando só com a imaginação e os toques furtivos. então quando o carro breca de uma vez, impulsionando o corpo dos três para frente e o uber avisa que chegaram, em um tom aliviado quase cômico, você pula do veículo logo atrás do moreno apressadamente, ainda meio tonta. 
em um deslize de desequilíbrio, suas pernas vacilam ao se atirar para fora do carro, fazendo com que você cambaleie para trás, caindo de volta no colo tenso de felipe, que a xinga baixinho em um gemido e a levanta te segurando pelo pé do abdômen, forçando sua bunda a sentir seu membro extremamente duro estourando na calça jeans. 
pipe te guia de um lado com a mão em seu quadril, enquanto simón apoia do outro, e qualquer comentário se torna motivo de gargalhada, intoxicados demais para raciocinarem qualquer coisa seriamente. vocês se dirigem para a entrada do condomínio onde o moreno abre a porta da escadaria, indicando o caminho. um calafrio excitado percorre seu corpo assim que tem um pequeno vislumbre do corredor, e em os três em fila meio sem jeito passam para dentro, com sorrisos sacanas e com a promessa silenciosa mútua de uma noite dividida.
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idollete · 5 months
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– 𝐥𝐬𝐝𝐥𝐧 𝐜𝐚𝐬𝐭 𝐱 𝐛𝐨𝐨𝐤 𝐭𝐫𝐨𝐩𝐞𝐬 (𝐩𝐚𝐫𝐭𝐞 𝟏).   ⋆ ˚。 𖹭
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𝑤arnings: conteúdo exclusivo para +16.
ೀ ׅ ۫ . ㅇ respondendo a essa ask; elenco de lsdln x book tropes; menção a sexo, traição, relacionamento abusivo; violência implícita (?); uma pegada no pescoço bem rapidinha; fernando e matías lowkey sociopatas (bem rapidinho também).
idollete’s typing… ୭ ˚. ᵎᵎ. oii bebês!! acabou ficando meio grandinho pra algumas pessoas do cast e eu resolvi dividir o post em duas partes, essa aqui é a primeira e amanhã eu solto a outra com mais 5 meninos porque não terminei tudo :) espero que vcs gostem <3 ps: pode contem errinhos porque me deu sono e preguiça de revisar, mas amanhã (as in mais tarde quando eu acordar) eu venho aqui consertar qualquer coisa
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✦ ۪ ֗ ꫂ matías as grumpy x sunshine: não tem como, ele é o reizinho dessa daqui. eu imagino muito o matías sendo absolutamente tudo que você não é. se você é uma garota dedicada aos estudos, ele é o cara que nem leva mochila pra faculdade. se você é a garota que nunca se mete em problema, ele é o cara que o pai vive tendo que ir pagar fiança e liberar do cana por n motivos diferentes. vocês vivem em universos completamente diferentes e o seu mundo jamais encontraria o mundo do matías, até que, em um projeto da faculdade, você acaba sendo colocada em dupla com ele. você sabia bem quem era o matías, todo mundo sabia, agora o que você não fazia ideia era de que ele também sabia exatamente quem você era, o matías te observava de longe, mesmo quando não queria, porque o seu jeitinho chamava atenção, o sorriso no rosto, o ar de boa menina, fazia parte do grêmio estudantil, acolhia todos os calouros e, ainda assim, se mantinha fora do radar da universidade. ninguém te via em festas, mas sempre te veriam na biblioteca. o matías não comprava muito essa história, talvez fosse a visão amargurada do mundo, mas ele te achava uma farsante do caralho, porque ninguém é boazinha assim o tempo todo. é capaz até dele te tratar um pouquinho mal por conta dessa concepção, vocês não combinam em absolutamente nada e parecem ser o maior caso perdido de toda a história das duplas montadas por professores. a dinâmica entre vocês não é das melhores, embora você ature o matías como ninguém, ele é indelicado, bruto, rude e pervertido. tudo muda quando um dia você chega na reunião parecendo perturbada e com os olhinhos vermelhos, sem conseguir se concentrar em nada e mais calada que o normal. é impossível não reparar e o matías sente um incômodo bizarro no peito por te ver tão mal assim, é por isso que ele pergunta e ele não desiste até arrancar a verdade de ti; o seu namorado te traiu porque você não quis fazer sexo com ele. o matías não consegue nem aceitar o que ouviu, fica esquisito pelo resto da tarde, mas você nem dá muita bola. no dia seguinte, você acorda com as notificações quase explodindo o seu celular; seu ex sofreu um acidente e ficaria de fora de toda a temporada do futebol pelo time da faculdade. acidentes assim não aconteciam do nada e você sabia bem, até porque matías era o único que sabia do acontecido. ele nunca vai comentar e você não vai agradecer, mas fica subentendido. depois disso, vocês vão criando um vínculo, você tem uma gratidão meio distorcida por dentro, porque você não deveria ter ficado tão feliz assim pelo que ele fez, só que você ficou. matías grumpy do seu sunshine é aquele que destruiria o mundo inteiro pra te fazer feliz, que não tem paciência nenhuma com o mundo, mas que nunca te pressionou pra nada, nem mesmo pra um beijo que ele tava morrendo de vontade de dar. ele pode até ter essa pose carrancuda no dia a dia, porém sempre agia feito um príncipe - meio rústico - contigo.
✦ ۪ ֗ ꫂ esteban as widow + kids meddle in love life of parents: dona camilinha @creads me deixou OBCECADA por kuku!dilf pai de meninA que fala que já faz um tempo na primeira foda e eu adoro imaginar este homem nos cenários mais sofridos possíveis ☝🏻 super imagino ele como um viúvo que desde que a mulher morreu não se relacionou com mais ninguém, porque simplesmente não dava certo, então ele se dedicou inteira e completamente a cuidar da filhinha, o mundo dele girava ao redor dela e isso acaba sendo um problema na hora de ir em alguns encontros que os amigos - por pena e preocupação - arranjavam pra ele. o esteban jamais colocava a filha em segundo lugar e era difícil encontrar mulheres que compreendessem isso. ele teria mudado de cidade por conta do trabalho e a primeira amizade que a mini esteban faz é justamente com quem? sim, com a sua filha. e eu imagino aqui a pp como uma mulher que teve a filha com um cara completamente fdp que não assumiu a criança, o que fez ela ser 200% fechada pro amor. é uma complicação para os dois lados. você não quer se entregar por não saber se essa pose de homem sofrido e gentil do esteban é real e ele não quer se entregar porque não lembra quando foi a última vez que falou com uma mulher desse jeito e acha que perdeu o jeito. porém as folhinhas dos dois estão decididas a serem irmãzinhas, então elas fazem de TUUUUUUDO pra juntar os dois, bem operação cupido e o romance de vocês seria bem slow burn. o esteban SEMPRE fica morrendo de vergonha quando percebe as traquinagens das pequenas, fica todo sem jeito, porque no fundo, no fundo ele tá curtindo tudo isso, embora se sinta meio patético por depender de duas crianças para salvar sua vida amorosa. eventualmente, ele toma a coragem de te chamar pra um encontro, faz uma coisa bem tranquilinha e é claro que ele faz questão de incluir as meninas, o que honestamente te deixa bobinha por ele. o esteban, ainda que meio perdido nesse mundo de flertes, consegue tirar um tempo pra ficar a sós contigo (depois que ele carregou as duas meninas DE UMA VEZ SÓ pro quarto e colocou pra dormir), talvez ele não te beije, mesmo morrendo de vontade, porém vai ficando mais ousado, te canta, te diz que você é uma mulher fascinante, que te admira, que quer repetir a dose. e ele vai nesse charminho envolvente, te conquistando a cada dia que passa até que você se vê completamente encantada por esse homem.
✦ ۪ ֗ ꫂ pipe as sudden/unexpected baby + he fell first AND fell harder: vocês CORROERAM a minha mente com os cenários de pipe papai jovem de primeira viagem e ele se tornou o reizinho dessa trope pra mim. hoje eu tô com off campus na cabeça (idk why) então eu já imagino algo bem sabrina e tucker, a diferença é que eu imagino o pipe sendo um riquinho que sempre teve tudo fácil na vida, mas sonha em se livrar das pressões da família e ser independente e uma pp que veio da realidade completamente oposta, família desestruturada, dois trabalhos pra bancar a faculdade, sempre na correria etc. você tá simplesmente apavorada com toda a situação e embora o pipe também esteja, ele sente a necessidade repentina de fazer de tudo pra facilitar a sua vida. seja financeiramente ou com o bebê, e você super ❓❓❓❓❓ like why are you loving me bem love deprived das ideias (aiiiii desculpa hoje eu tô dramática), sem entender o porquê dele fazer isso tudo por ti. e é claro que o pipe se apaixona primeiro por ti e ele se apaixona loucamente, tudo que ele quer é uma chance de cuidar de te e de te fazer feliz. ele cuidaria da criança pra você terminar sua faculdade com tranquilidade, passaria a maior parte do tempo com ela e bolaria um tipo de negócio que permitiria que ele passasse mais tempo em casa do que na rua, ele não pensaria duas vezes antes de dar às costas pra família quando eles não te acolhessem, te dizendo que "vocês são a minha família agora, nena" e sempre se colocando à disposição pra construir um futuro contigo.
✦ ۪ ֗ ꫂ enzo as forced proximity + trapped in an elevator: NÃO PODERIA SER OUTRA TÁ? vou pedir uma licencinha aqui, porque eu vou falar do meu enzo fav, o enzo arrogantezinho que se acha melhor que o mundo inteiro. imagino ele bem movie star contracenando com você que é 500% movie star também, a única do set que não fica babando o ovo dele e isso é um dos motivos pra ele se desprezar em todos os trabalhos que vocês fazem juntos. vocês seriam obrigados a conviverem por um longo período de tempo pra um papel importante que surgiu e preciso dizer que você que esse cenário só não se torna um fake dating porque o enzo simplesmente se recusa e dá uma de diva quando os managers fazem a sugestão. mas, bom, a convivência é super forçada, principalmente porque agora você serão um casal, então, essa química precisa ser desenvolvida. como o elevador entra nisso? o plot da história é você simplesmente achar patético o fato do enzo só postar foto em elevadores com a maior cara de galanteador barato que mais parece estar desesperado pra comer alguém. e como o universo tem um jeitinho bem peculiar de passar mensagens, no meio de uma discussão de vocês no elevador, porque você estava propositalmente atrapalhando a foto do enzo, o elevador vai dar pau e vocês serão obrigados agora a ficar presos só tendo um ao outro. esse evento vai ser super life changing, porque, em um dado momento e por razões desconhecidas, vocês vão ter a primeira conversa decente em anos de convivência. tudo muda quando vocês saem mas nenhum dos dois sabe lidar com os sentimentos latentes.
✦ ۪ ֗ ꫂ fernando as arranged marriage + mafia!au: a liv @amethvysts criou um(vários) monstro em mim começando uma conversa sobre máfia e eu me peguei pensando nisso na hora de elaborar o cenário do fer. aqui eu pensei nele como um cabeça da cosa nostra, um desses caras de livro que são completamente indiferentes, meio sociopatas e com uma reputação que faz com que ninguém tenha coragem de olhar nos olhos dele por mais que 5 segundos. o casamento seria nada mais nada menos que uma negociação do seu pai, desesperado pra salvar o próprio negócio e, nos moldes mais arcaicos do universo, vai negociar a própria filha num casamento pra salvar a família. o problema é que o fernando te odiaria desde o início, ele acha que você tira toda a liberdade dele e que se torna uma fraqueza no momento em que ele põe o anel no seu dedo. o outro problema? você também odeia o fernando, porque ele tirou toda a sua liberdade igualmente, agora estando presa à realidade doméstica tediosa pra caramba. fernando não te ama, ele te acha atraente, claro, não teria aceitado isso se você não fosse minimamente bonita aos olhos dele, ele nem te toca, embora ambos soubessem que um herdeiro é esperado de vocês o quanto antes, vocês dormem em quartos separados e tudo mais. você também não ama fernando, mas se recusa a ser a esposa deprimida que sobrevive à base de martínis e xanax, você deixa bem claro que faria da vida dele um inferno se ele um dia aparecesse com uma amante dentro de casa, porque remédio pra um doido é um doido e meio. e ele nem liga muito pra isso, sabe? vai ser indiferente. mas você queria ser amada, não necessariamente por ele, era indiferente igual, porém queria um casamento de verdade, algo real. é por isso que em uma briga, e totalmente influenciada por uma quantidade razoável de álcool, você acaba deixando escapar algumas coisinhas que deixam o fernando puto da vida, você diz que queria ter se casado com um homem de verdade que, no mínimo, demonstrasse que queria te tocar e que não parecesse com um psicopata sem emoção alguma, que, desse jeito, teria que procurar na rua algo que te fizesse sentir algo. aqui o fernando se transforma por completo, nossa, ele fica insano, vai te pegar com tudo, prensar contra a parede e apertar o seu pescoço enquanto te diz todas as formas que ele faria o cara que te tocasse sofrer antes de morrer. he's cwaaaaaazy 🤣🤣🤣 o ponto é: o fato de vocês estarem a tanto tempo sem o mínimo contato humano mais íntimo faz com que esse rolê acabe em uma foda insana mind blowing, o que afeta a dinâmica de vocês, mas nenhum dos dois vai querer dar o braço a torcer e assumir que ficou gamado com uma transa só. plus: eu imagino esse aqui em uma vibe bem she fell first but he fell harder.
✦ ۪ ֗ ꫂ jerónimo as working with the ex + neighbors: o jerónimo pra mim é o terror das ex-namoradas e aqui não necessariamente precisa ser trabalhando com o ex, mas algo nesse sentido. ele reapareceria DO NADA na sua vida de obviamente no pior momento possível, quando tudo tá dando errado, você acabou de sair de um relacionamento fodido, a faculdade tá te matando e a situação se escala quando você chega no trabalho e se depara com o seu ex saindo da sala da sua chefa. que. porra. é. essa. só pode ser um pesadelo mesmo! confesso que não pensei em profissões específicas, então, não vou aprofundar tanto nessa parte, o lance é que você jurava que iria só até aí. você conseguiria evitá-lo no trabalho, afinal, vocês são de setores diferentes, e a cidade é grande o suficiente para que vocês não corram o risco de se esbarrarem o tempo inteiro, o que se prova uma grande mentira quando você percebe que ele está pegando o mesmo caminho que você para ir para casa. na porta do prédio, você não aguenta mais, vai soltar os cachorros em cima dele, perguntar se ele tem algum problema na cabeça e ameaçar chamar a polícia, porque perseguição é crime e você pode muito bem abrir uma ordem de restrição contra ele. o jerónimo ouve tudo calado, até porque he knows better. e como toda miséria é pouca, o seu monólogo é interrompido pelo porteiro cumprimentando o jerónimo e dizendo que o corretor deixou a cópia das chave do apartamento dele. tutorial de como matar uma mulher boca de sacola de vergonha! esse cenário dá pano pra manga pra muita intriga, provocações (porque vocês são vizinhos de janela e é claro que o jerónimo fica desfilando nu pelo apê), briguinhas por ciúmes (principalmente da parte dele) e recaídas e tentativas nada sutis do jerónimo de te reconquistar.
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nominzn · 1 year
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nonsense
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notas: inspirado nessas fotos, no jisung bêbado no bubble e no comichão que nonsense - sabrina carpenter criou na minha cabeça. jisung x leitora sugestivo
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é fácil perceber quando jisung fica bêbado. primeiro, o riso fica um pouco alto e aumenta gradualmente. as bochechas enrubescem de modo que o deixa ainda mais bonito, as pálpebras ficam pesadas. sem filtro, tagarela sobre os assuntos mais aleatórios do universo, os que sempre rodeiam sua órbita, porque não fica constantemente calculando e pensando demais sobre o que vão achar.
quando os amigos o chamaram pro barzinho, quase automaticamente disse que não iria. mas veja bem, ele havia acabado de terminar um namoro, precisava se divertir e se distrair com os amigos. não que ele estivesse sofrendo, na verdade, está aliviado. só que é sempre bom tirar jisung de casa, caso contrário, ele se fecha. então repensou a resposta e confirmou a presença.
ficam umas duas horas só conversando e petiscando, por isso achava que ninguém mais viria. até que você, o terror do menino, aparece. toda sorridente, o vestido leve e colorido te iluminando de um jeito que mexe com a cabeça de qualquer um. mais linda que nunca.
a parada é que jisung não pode te ver, não dá. é você chegar que a mente dele gira e ele perde um pouco a noção do perigo. o problema maior é que todo mundo repara, incluindo você. incluindo a ex-namorada que se rasgava de ciúmes do jeito que ele se joga pra cima de você mesmo sem álcool correndo nas veias. sim, quando ele bebe piora.
a memória de todas as vezes que tinham ficado o torturam de saudade agora. ele lembra bem.
os olhinhos semicerrados por causa da primeira garrafa de vinho consumida te fitam ao passo que você cumprimenta os amigos rodeando a mesa cheia. o estômago dele revira, se preparando para quando chegasse a própria vez.
hyuck cochicha algo no seu ouvido, bem perto. perto demais. o sangue de jisung ferve por instantes, mas o frio na espinha substitui a quentura quando vê que você o encara, ainda nos braços do amigo. que merda que ele disse?
você termina de dizer os ois que faltavam, deixando o menino por último de propósito. a cadeira ao lado dele está vazia, e ele pula de susto quando te vê tomando o lugar.
"e aí, solteirinho?" você quebra os pensamentos arrastados do dele, que morde o lábio inferior ao notar sua expressão pretensiosa.
"ah..." ele suspira, rindo fraco. "foi isso que hyuck te disse?" seria fofo se não fosse tão engraçado o fato de que ele estava incomodado e curioso com isso.
"uhum, foi sim." sinaliza ao garçom mais próximo o pedido de mais uma garrafa da mesma bebida que jisung terminara. "mas me fala... cê tá bem?"
"tô melhor agora, né." saiu pela culatra. não era pra ser uma cantada, mas se for, dane-se.
"tendi." você não é nenhuma santa também. o modo como observa os lábios apetitosos, cheios e pintados de marsala do menino não colabora em nada com o nervosismo dele. "me acompanha na outra garrafa? nada que um vinho não melhore."
"claro, linda." ops, escorregou. o olhos dele grudados na sua mão na barra do vestido curto te divertem.
várias taças depois, jisung se sentia ainda mais solto. sua própria mente também já não tinha mais tanto peso. percebe-se no jeito que estão entrelaçados, suas coxas repousam na perna do garoto, e ele já não contém a vontade de acariciar a área de leve.
a essa altura ele tá tão desesperado pra te beijar que arruma qualquer desculpa pra falar algo perto da sua orelha, a música nem tá alta, é só uma tentativa meio boba de ficar próximo. vai que esbarra a boca ali, meio sem querer, né.
"sabia que..." ele começa, a face se aproximando. as digitais ainda traçam padrões na pele acessível. "quando tá perto... a gente assim tá perto, eu... você fica..." a expressão no seu rosto arranca um risinho dele, que você segue.
óbvio que as palavras dele não fizeram sentido, mas culpa não é nem do vinho, é inteiramente sua. só de te olhar, ele fica todo agitado, parece que a língua fica dormente e se enrola todo. a ideia de te beijar ali mesmo só deixa tudo mais complicado.
"pra quem acabou de terminar..." você cutuca, mas provoca também. mantém a proximidade segurando na nuca dele.
"terminar? tenho nem ex." ele sorri travesso, e é a gota d'água para você.
levanta de supetão, agarrando a mão grande de jisung, que te segue como um filhotinho até o banheiro unissex. está vazio, mal iluminado, mas não é isso que ele repara.
você se ajeita no espelho de propósito, retocando o batom e arrumando o cabelo do jeito que gosta. sente o olhar do garoto queimando suas costas, ele se senta na mesa de madeira sem desviar o olhar um segundo sequer.
gira o corpo, guardando a maquiagem na bolsa. levantando os olhos, nota que ele te mira quase apaixonado.
"vem cá." te chama dengoso, o indicador te convidando.
você atende o convite, deixando a bolsa na parte livre da mesa e se encaixando entre os joelhos de jisung. ele chega o quadril pra frente e te abraça com as pernas, te puxando mais.
só pra deixar ele mais um tiquinho maluco, passeia as mãos pela cintura definida até o peitoral forte. se alguém batesse na porta agora, ele daria uma de doido.
"cê vai provocar mais ou vai fazer o que me trouxe aqui pra fazer?" ele pede, segredando bem nos seus lábios. perdeu as estribeiras, o coitado.
se não fosse você, não teria dado um selinho casto só pra sentir o gosto do vinho. a respiração dele falha, o coração pula uma batida. mas não faz nada, só espera sua próxima ação.
roça os lábios antes de beijá-lo com força o suficiente para fazê-lo derreter. jisung suspira, te apertando bem no espaço entre a cintura e o quadril. quando sente sua língua, aprofunda os movimentos com vontade. seus dedos brincam com os cabelos mais longos na nuca, e ouve-o arfar só para você. mal tem tempo de se recompor porque quando sente sua mão livre brincar com o zíper da gola da camisa dele, pode jurar que o sangue correu mais rápido pelo corpo.
"não começa o que não vai terminar." ele cochicha entre o beijo, sem vontade nenhuma de se separar de você.
"vamos jogar um jogo, então." interrompe a ação brevemente, fissurada pelo estado de jisung. o cabelo desalinhado, a postura de bom moço longe, a gola aberta, a boca inchada...
"qual?" o garoto aproveita o momento pra te agradar no pescoço com beijos molhados.
"quem tirar a camisa primeiro, ganha."
ele ri entre as mordidas que distribui, voltando pra te olhar.
"mas você tá de vestido." ele declara o óbvio, e então entende a proposta.
"o tempo tá passando, ji." brinca com a barra da calça de jisung. admira quando ele revela a pele macia por baixo da peça, agora embolada em algum lugar.
"ganhei o jogo?" ele pergunta, o tom misturando safadeza e manha.
não consegue responder porque os ombros e a clavícula expostos convidam seus lábios. ao sentir os beijos, jisung tomba a cabeça pro lado, adorando a sensação do seu carinho.
podia fazer a linha desinteressada o quanto quisesse porque sabe que quando ficam sozinhos, quem perde a linha é você. definitivamente terminaria o que começou.
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ressoar-da-alma · 7 months
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Desde cedo, sempre me senti intensamente conectada com o mundo ao meu redor. O contato com a natureza o sentir sua pureza, cada pessoa, cada lugar e até mesmo cada sensação pareciam pulsar com uma energia vibrante e eu me via completamente absorvida por tudo isso. Me fez reconhecer um ser pequeno mas com grande coração, que muitas vezes parecia não caber essa imensidão dentro de mim, me fez enxergar a beleza das fragilidades e das pequenas coisas da vida.
Acredito firmemente no poder do amor, e que ele é o fio condutor que dá significado a cada experiência que vivo. Esta presente em cada ser existente, em cada folha que cai no chão. Meu coração transborda de emoção e eu mergulho de cabeça em cada sentimento avassalador que atravessa o meu caminho. Não apenas acredito no amor romântico, mas também na bondade inerente das pessoas e na capacidade que cada um tem de se conectar de forma genuína uns com os outros, a unidade.
A vida me trouxe muitos desafios, mas sempre confiei nos processos que o universo me apresenta. Cada obstáculo, por mais difícil que foi, trouxe consigo lições valiosas e oportunidades de crescimento.
Ter que me desprender de idealizações, vencer medos, me aceitar do jeito sou, contemplar a minha importância e também a desinportância, me despir de crenças e conceitos formados, abraçar de fato a minha liberdade.
Encontrei força nas conexões que fui construindo ao longo do tempo, nos solos sagrados onde pisei, as águas em que fui banhada e as pessoas que se tornaram verdadeiros pilares em minha jornada.
Toda a intensidade que carrego no peito me impulsiona a viver cada dia com entusiasmo e gratidão, mesmo não sendo algo tão constante. Acredito no poder das sincronicidades e na orientação sutil do universo, que parece conspirar a favor daqueles que têm fé. Minha história é uma ode à intensidade da vida, ao amor que me impulsiona e às conexões que me guiam em direção a um destino grandioso, que viva enquanto houver vida.
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00132 · 6 months
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que horas são agora pra eu tá tão feliz de ir embora com você?
todas as coisas vendidas que se vendem nos mercados das prateleiras da vida, que se compram com trocados e passos largos de ida.
qualquer depressão respinga, na tinta da cura com a lida:
no dia a dia do arco, da flecha do cupido vestido de pinga goteira no fígado da rapariga com as portuguesas desesperadas por uma nova saída; ao barco de ouro, dos nossos verdes louros, voantes pássaros livres sem querer comprar a maçã da princesa dos americanos, dormindo nos sonhos do leste europeu sonhando com os amores que só existem nas nossas cabeças, desconcertadas por neurônios apaixonados por si mesmo, se debatendo pra vê quem fala mais dificil e convence que o tempo só passa depressa pra quem faz desdém de sua profundidade rasa, passear cantado de pena voando pelo quintal, pêlos estendidos, biquinis secando ao sol.
é cada coisa que a gente coloca de enfeite, cogumelo, duelo, duende, dente é cada fada que passa na noite brilhando vagalume nas palavras de ontem tem tanto tudo na voz que aprende a dizer sem calma:
te amo muito, e isso basta.
cinto no cintilar do olho a curva da língua cheia de acentos banco que senta numa conversão de moedas remoendo as moelas que tua tradição te cozinha comendo as merdas que a tradição te ensina vivendo as tréguas que a tristeza da tua natureza te privilegia pra voltar a uma prateleira e pedir por cafuné com café pra quem detesta bebidas quentes em dias de frio ou verão, nada que queime a garganta, nada que sobre pra janta; tudo que fique sóbrio o sopro do ópio qualquer resquicio de calma é um caminhar - manso, tanto quanto bambo, culpa do a pino que cura enfiando sinos nos sinais do universo.
bicho que esfrega os olhos pra ter certeza que viu volta pros cílios pra puxar arrepios e se queixa, ai deus, como se queixa
várias, como na música de quem fez mpb — depois deles; nada é como quando era e por deus, meu deus, como é lindo aquilo que a gente pensa que já conheceu
todos os clichês da mente vazia preenchida por coisas sadias e sádicas as quais somos atirados na manhã e retirados pelos olhos cansados de tanta luz sem calor,
na frieza das telas, na limpeza das teclas, cheia de dedos com eles e com elas
e é tudo são do lado de lá;
verdes baseados em fatos reais reais baseados em dólares banais euros cruzando as pernas para as armas nucleares
e o tempo passando por mais um número, rindo de tanta conta que você faz antes de morrer com pena de gastar o que morreu pra ganhar; o que começou pra terminar por um fim que não te dava um meio de conversar que não fosse rápido.  contando o tempo de sessenta segundos que a plataforma te dá pra explicar o cachê de um artista que vale tudo que você não sabe como dar: ar, finais felizes e noites de sono tranquilas. tão tranquilas quanto um feto no útero comendo por meio do amor da mãe; que ainda que não sabia vai sentir muito, muito por tudo, muito por não gostar dos seres humanos tanto quanto a teoria nos ensina e a fofura da miniatura nos instiga;
a ilusão da finitude diante da comanda de um bar; vermelho de brahma, amarelo de skol e verde de heineken todas as cores de uma jamaica distorcida pela vista turva da hora;
que horas são agora pra eu tá tão feliz de ir embora com você?
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unknotbrain · 6 days
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Fui colocar Linkin Park no meu Spotify e me deparei com a nova vocalista na foto principal da banda. Desde que anunciaram uma nova pessoa no vocal eu fiquei um pouco revoltada. Sei que várias bandas trocaram de membros ao decorrer do tempo, mas dada a história do Chester e do LP achei um desrespeito à memória dele. Poderiam ter feito outro projeto ao invés dessa tentativa tão falha e idiota de (tentar) substituí-lo.
Já tive essa discussão filosófica sobre pessoas serem substituíveis várias vezes. Minha posição nunca mudou. Para mim, papéis são substituíveis, mas as pessoas não. Você pode encontrar um novo amigo ou amor, mas a relação nunca se dará da mesma forma. Cada relação é um choque de dois particulares constituídos pela personalidade, pelo passado e vivências das pessoas envolvidas. Com o tempo, novas referências, piadas internas, linguagem são construídas e que só fazem sentido para as pessoas dentro dessa relação. Não adianta tentar reproduzir em outras relações, porque apesar de uma pessoa ocupar o mesmo papel de outra, se trata de um universo diferente.
É muito interessante ver que por mais parecidas que duas pessoas possam ser, a relação com elas não se dará da mesma forma. Nossa tendência é sempre buscar pelo mais familiar, se aproximar do outro pelas similaridades. Eu, por exemplo, tenho muitos amigos com gostos e personalidade parecidas com a minha, mas é simplesmente impossível me relacionar com eles da mesma forma. Todos possuem uma história de vida, contexto e limites diferentes. Não digo que sou uma "pessoa diferente" com cada um, mas é até uma questão de respeito se adaptar às relações. Alguns amigos não entendem certas referências ou são mais sensíveis a piadas.
Acho que todo mundo já passou pela experiência canônica de perder amigos ou parceiros e sentir uma certa frustração porque os que vieram depois parecem não conseguir completar o lugar do outro. Sempre sobra ou falta alguma coisa. Começa com uma comparação inconsciente, porque o luto se trata de algo muito dolorido para trazer à consciência. Outro sentimento que pensar nesse tema me traz é culpa. Culpa de comparar duas pessoas, de admitir preferir um ao outro.
Essa é a primeira vez que estou num relacionamento com alguém significativamente diferente de mim. Temos alguns gostos em comum, ambos não temos irmãos e nossas mães não batem bem da cabeça. Mas ele é extrovertido, tem muitos amigos na vida real, era presidente da atlética do curso e é o tipo de pessoa que puxa conversa com qualquer um. Era o tipo de pessoa que eu desprezava e eu fazia de tudo para ficar longe de mim. E ele também admitiu que eu era o tipo de pessoa que ele tirava sarro e infernizava.
O que nos juntou foram as coisas que temos em comum, e que nem ele sabia. Por eu ser uma pessoa muito introvertida e que gosta de ficar imersa no próprio universo, decifrando os próprios pensamentos e sentimentos eu, de certa forma, equilibrei uma característica dele que era não olhar pra si porque sempre estava muito preocupado em socializar com os outros. O que eu falava sobre o meu universo, fez sentido no dele também.
Apesar de eu achar que temos mais diferenças do que similaridades, nossa relação dá certo. Mas assim como ele verbaliza as frustrações dele em relação a mim, eu também tenho em relação a ele. A frustração dele é que eu não sou sociável, e a minha são os gostos dele, principalmente musical. Era meio que um sonho meu poder ficar ouvindo música e olhando para o teto juntos. Mas ele não gosta das minhas músicas e eu não gosto das dele. Só que para uma relação dar certo, é necessário abrir mão de algumas coisas, alguns sonhos. Tenho consciência de que a "pessoa perfeita" para mim e nem para ninguém existe. Sempre vai haver faltas e excessos. Fulano é sempre muito daquilo e muito pouco disso.
Gosto que somos muito sinceros um com o outro. Mas admito que tenho um pouco de dificuldade de verbalizar as coisas, sempre foi mais fácil dizer o que eu precisava através da escrita. Ele diz tudo o que eu preciso escrever. Apesar da minha dificuldade de comunicar verbalmente, ele é muito paciente comigo. Me incentiva e me apoia muito. Foi um desafio também equilibrar a necessidade de afeto físico que ele gostaria x o que eu consigo proporcionar. Não estava muito acostumada a receber afeto físico com tanta frequência. Tive que reaprender a aceitar cuidado e carinho nesse relacionamento.
Eu amo uma frase do Lacan que diz que "amar é dar o que não se tem". Muitos relacionam "amor" com completude, tudo é "preencher" através do outro, quando na realidade é justamente aceitar as faltas do outro e as próprias.
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delirantesko · 3 months
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O pássaro e a fonte - Parte II - (Fábula, Oniriko, 2024)
A parte I está aqui.
Nosso pequeno pássaro, com sua missão cumprida, vivendo sua segunda vida, foi surpreendido: a vida, ou melhor, suas ações, vieram cobrar seu preço.
Voava pacificamente acima do mar, quando ao voltar para a costa, na transição entre o tecido azul com o verde do chão, vinhas de metal que zuniam se assemelhando a música que toca em pesadelos se entrelaçaram em suas asas e violentamente o puxaram para a terra.
Descendo em alta velocidade numa espiral matemáticamente perfeita, sem entender nada, foi supreendido por uma voz que nunca ouviu em sua pequena vida quando se chocou contra o chão, ainda aprisionado pelo gélido, vil e brilhante metal das vinhas que saíam de uma máquina no chão. Elas apertavam suas pequenas asas como se fossem uma criança curiosa ignorante do impacto que sua força causava. Ou talvez fosse apenas pura maldade, a punição aplicada em pequenas doses.
Mas punição pelo quê?
A voz respondeu sua pergunta:
"Pequeno, arrogante, criminoso pássaro: lerei sua pena agora, e todos lhe sentirão pena. Perderá suas penas e ganhará uma pena, vedes como o universo é justo? Pois usaste o voo para realizar os crimes, portanto abusaste do direito que havias ganho ao nascer."
A voz vinha de um cavaleiro, ou pelo menos a armadura de um. Não se sabia se havia carne ou outra coisa dentro de todo aquele metal, e sua voz era fantasmagórica.
"O universo inteiro é júri agora, como todos podem ver."
Somente as vinhas, o pássaro e a armadura estavam presentes, mas cada átomo observava.
"Sabeis quem sois, pequeno pássaro?"
O pássaro pensou um pouco e então lembrou. Ele havia visto uma armadura semelhante no castelo onde encontrou o lírio arco-íris.
"Sabeis a quem eu sirvo, pequena ave?"
Na mente do pássaro, a consagração do cavaleiro ainda em vida, antes da queda do reino, suas juras de proteger o reino a todo custo. Mesmo depois da morte, a vontade animou a armadura que agora lhe acusa.
"Mesmo com o reino destruído, ainda havia esperança, mas ela foi roubada. E para quê? Para acionar uma memória que você nem lembra mais."
O pássaro não entende do que está sendo acusado, mas a palavra memória dá um relampejo em sua pequena mente. O brilho dura apenas uma fração de segundo, mas ele não consegue ver o que o raio iluminara.
"PORTANTO..." a armadura levanta a voz - "como protetor do reino, irei aplicar a sentença."
O pássaro tenta em vão se livrar de seus grilhões. Várias penas caídas ao chão, sensação de pelo menos um osso quebrado ou rachado.
A dor trouxe a memória. A dias ele estava procurando algo. O sofrimento o fez lembrar da fonte. Era a fonte que ele buscava. Mas ele não a encontrara mais.
"A sentença foi aplicada. Não mais perturbará os céus, ladra criatura!"
Nisso, as vinhas metálicas se moldaram aos seus braços. O pássaro não podia mais voar. Como âncoras prendendo seu corpo ao chão, o pássaro cai desajeitadamente no chão depois da queda inicial que ainda causava dor e desconforto.
Quando finalmente consegue recobrar suas forças e ensaia se levantar, a armadura já não está mais ali. Só o peso de seus novos grilhões e a memória de sua querida fonte.
Suas pequenas pernas não foram feitas pra caminhar grandes distâncias. Suas asas imponentes (em relação ao resto de seu pequeno corpo), eram as principais responsáveis por seus movimentos.
Agora que não podia mais usá-las, pensou como eram graciosas antes. Lembrou dos movimentos ágeis, da travessia rápida, dos pousos certeiros nos locais mais improváveis, das vistas fenomenais que seus pequenos olhos viram, quando era preciso parar para observar a beleza.
Mas agora tudo isso havia sido negado, e o pássaro perguntou se a morte que buscava ao encontrar a fonte não era melhor que tal castigo.
Ele se perguntou se esse era um preço justo pelas experiências que teve. E o que a armadura quis dizer quando disse "Mesmo com o reino destruído, ainda havia esperança..."
Cabisbaixo, o pássaro olhava para o chão, tão próximo agora. Normalmente ele não prestava atenção para a maior parte do chão. Apenas quando buscava por ameaças ou algum eventual lanchinho. Preso a essa perspectiva microscópica, o pássaro verteu uma lágrima.
E a lágrima não era uma simples lágrima. Era uma versão miniatura do que ele agora sabia o que deveria procurar.
A fonte!
Mas como? A fonte não estava mais no mesmo lugar. E agora ele não poderia perscrutar os céus e buscar pistas. Estava preso a essa existência medíocre como a maioria dos bípedes, dando pequenos passinhos num espaço ínfimo de território.
Ele pensou "Eu sou ou não sou um pássaro? O que faz um pássaro além de voar?" Preso ao chão, ele não poderia se desvencilhar de outros predadores que antes ele podia desprezar simplesmente com o bater de suas pequeninas mas belas asas.
"Eu era um satélite, agora não passo de uma rocha." - o pássaro se perdia em pensamentos depressivos, quando alguém respondeu.
"Qual... Qual o problema em ser uma rocha, pequeno ex-pássaro?" disse uma voz que apesar de transparecer lentidão, tinha uma presença pesada e importante.
Custando para olhar ao redor e ver quem pronunciara tal pergunta, uma pedra no chão parecia indignada.
O pássaro se virou, arrastando suas asas de ferro, para fitar melhor a pedra, e disse:
"Uma pedra nunca entenderia o que é ser um pássaro. Você esteve todo o tempo aqui nesse chão. No máximo rolou quando alguém lhe chutou, ou foi levado por um carrinho de mão daqui até ali. Aposto que nem faz ideia de como o mundo é grande!"
"Meu caro pássaro." a voz disse com a paciência de uma galáxia inteira. "Acreditas mesmo que sou apenas uma rocha, uma pedra?"
O pássaro ficou em dúvida. Do que ele estaria falando? Uma pedra é uma pedra, e pedras no máximo rolam ou são arremessadas. Um garoto uma vez arremessou uma pedra e por pouco o pássaro não foi abatido.
"Sou paciente, e serei ainda mais por causa da sua situação. Eu ouvi o julgamento e acredito que foram injustos com você."
O pássaro resolveu se sentar, se apoiando na asa esquerda, que não parecia quebrada.
"Já que vejo ter aceitado minha mensagem, me sinto convidado a explicar a você, pequeno pássaro das asas de ferro."
Depois do julgamento cruel e apressado, era reconfortante ter alguém paciente, que lhe explicaria algo. Sair desse estado agora também não seria algo fácil.
"Tudo bem, pedra, ou melhor, como devo chamá-lo?"
"Meu nome não importa agora, mas você saberá no final da minha história."
A ave assentiu e aguardou o que a pedra iria lhe contar.
"Você disse que alguém como eu nunca entenderia o que é ser um pássaro. Mas eu posso dizer o mesmo. Assim como você não é mais o que era, eu também não sou mais o que eu fui."
O pássaro se tornava cada vez mais curioso com o que a pedra lhe revelava.
"Você disse que eu não teria a.. concepção do tamanho do mundo, é isso?"
"O que mais você poderia enxergar além da grama?" disse o pássaro, sem maldade em sua voz, com genuína curiosidade.
"Pois bem..."
O pássaro não aguentava mais o mistério. Percebendo isso a pedra o provocou.
"Algumas coisas não podem ser solucionadas com pressa. Por acaso tem algum lugar para ir? "
Ter ele até tinha, mas como iria arrastando essas duas âncoras em seus pequenos braços, com um que parecia quebrado? Pelo menos as asas serviam como tala...
"Pelo visto não, não é? Pois vou finalmente contar o mistério."
A ave sossegou e aguardou.
"Olhe para o alto. Está vendo aquele disco lá no alto?"
"O pássaro olhou a lua e se perguntou o que a pedra queria dizer."
"Certa vez" - continou a pedra - "...um cometa passeava pelo espaço. Mas ele se distraiu, e acabou se chocando com a lua. Foi aí que eu nasci. Tive muitos irmãos. Vi eles caindo, fumegando, cada um indo pra uma direção. Nunca vi nenhum deles na minha vida."
O pássaro ficou surpreso. Ele nunca saiu da atmosfera, estava falando agora com alguém que era de fora do planeta, da Lua! Então ele baixou a cabeça ainda mais, como que envergonhado, pelas coisas que disse.
A pedra pareceu perceber o desconforto do pássaro e pediu para que ficasse relaxado, ele não tinha mágoa, a maior parte das criaturas também desprezava sem conhecer, é assim que o mundo funciona. As pessoas presumem, de acordo com a aparência, o que são as coisas e as pessoas.
Com isso o pássaro, sentindo-se perdoado por sua transgressão, continou a ouvir atentamente.
"Eu observei esse pequeno e azul planeta girar muitas vezes. Uma infinidade de locais e pessoas. Mesmo de longe, eu observava, tenho a visão muito boa! Inclusive esse vale aqui eu já conhecia. Não sei porque esse lugarzinho me chamou a atenção, mesmo quando eu flutuava lá no espaço."
Com isso, o pássaro percebeu que as histórias dele e da pedra não eram tão diferentes. Ambos viviam nas alturas, obviamente levando em consideração as respectivas dimensões de cada um, ambos agora estavam presos ao chão.
"Mas você não está preso ao chão como eu estou pequeno pássaro. Por isso quero ajudar você."
"Venha até mim, porque não tenho pernas."
"Isso. Agora quero que faça algo. Acredito que ambos podemos nos ajudar."
O pássaro agora estava de frente com a pedra, curioso com qual seria o pedido que ela teria a fazer para ele.
"Bem, eu... Eu sempre tive curiosidade em saber como é ser uma pedra polida. Agora que você tem esse metal, será que você poderia polir pelo menos a parte de cima da minha cabeça?"
Então se esforçando, ele ergue a asa que não está quebrada acima da pedra, e começa a fazer um movimento de vai e vem, usando a pedra como suporte, com suas perninhas. O som de metal se esfregando com a rocha causa uma fricção que gera faíscas.
"Isso mesmo! Que sensação fantástica!" diz a pedra - "É como se estivesse penteando meu cabelo. Embora eu não tenha cabelo e seja uma pedra..."
O movimento é interrompido pois o pássaro está cansado.
"Tudo bem meu caro amigo, assim está bom. Obrigado." diz a pedra, satisfeita.
"Agora dê uns passos para trás e me diga. O que acha?"
O pássaro com custo se afasta, sua asa caindo no chão, mas sem o impacto que o pássaro imaginou que iria fazer. Ele olha e gosta do resultado. Em algum lugar de algum mundo, deveria ser o penteado de uma certa era, ele imagina. A reação da expressão do pássaro faz com que a pedra fique contente.
"Imagino que gostaria de algo em troca agora não é?" falou a pedra animada - "Pois bem, eu lhe darei informações, que são a ferramenta mais importante que alguém pode ter."
Como sempre, a pedra era ótima em contar histórias, deixando o pássaro cada vez mais curioso.
"A primeira informação. Você estava buscando uma fonte certo? Eu ouvi falar de uma fonte, pois meus ouvidos são muito bons. Outros dois pássaros estavam contando de uma fonte mágica que poderia curar qualquer ferimento."
O pássaro ergueu a cabeça surpreso e agradecido.
"A fonte fica naquela direção, vire de costas, vai ver uma montanha com uma nuvem em seu pico."
Com custo, ele se vira e olha para a montanha. Está realmente longe, e então ele suspira.
"Calma meu amigo ex-alado. Você não precisa ir até a montanha, basta chegar na metade do percurso até ela."
"Obrigado", disse o pássaro, fazendo uma pequena reverência, tomando cuidado para não cair.
"A próxima informação, e acredito que vá gostar, é que agora sua asa de metal deve estar mais leve. Graças ao polimento, um pouco do metal caiu, olhe aqui ao meu redor."
E então o pássaro viu que apesar do peso, parte de suas algemas tinham caído em forma de lascas de metal.
"Além disso, talvez você precise cortar coisas pelo caminho, ou se defender, então o polimento também transformou sua asa numa ferramenta parecida com uma espada."
O pássaro conseguiu agora levantar o braço e o movimentou. O ar zunia com o metal afiado. Ele se sentiu como um cavalheiro ou guerreiro empunhando uma espada. Mas ele precisaria praticar, especialmente pra não atingir ele mesmo. Decidiu fazer isso mais tarde com algumas das plantas pequenas que encontraria pelo caminho.
"Meu caro pássaro, imagino que nosso encontro termina aqui. Apreciei muito a sua companhia, mas sei que tem uma jornada pela frente. Sei que olha pro seu destino agora e o interpreta como um castigo, mas talvez daqui algum tempo essa provação se mostre como algo positivo, como tudo que acontece em nossas vidas."
"Obrigado Senhor pedra. Se possível, que gostaria de lhe chamar de amigo."
"Ora, e porque não amiga?" - disse a pedra de forma provocante, brincando, por causa da formalidade do pássaro - "amigos nunca são formais uns com os outros, a não ser que estejam zombando!
"Ah, claro, muito obrigado por sua companhia, por suas histórias e por sua ajuda."
"Não precisa ser tão formal, meu querido. Já somos amigos."
Com isso, o pássaro virou as costas, apontando para a montanha, e começou a longa caminhada, um passo por vez, carregando os novos e pesados braços.
"Boa sorte! Estarei aqui, caso precisar. Por favor volte depois e me conte a sua história, estarei esperando!"
Fim da parte II
Que perigos e aventuras o pássaro com asas de ferro passará? Fará novos amigos, ou talvez inimigos? Ele encontrará a fonte no caminho para a montanha? Será que ele conseguirá realizar sua missão? E afinal que missão seria essa!?
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criador · 6 months
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Alma
Morrer é cair no esquecimento? Uma coisa que tem me feito refletir bastante depois ver a morte de perto, é o quão fácil é morrer, ser apagado da existência. Afinal, quantos de nós conseguem provar que existe algo além disso aqui, dessa matéria que nos envolve? Eu não sei de onde veio minha consciência, assim como não faço ideia de para onde ela vai, se é que vai. É difícil aceitar que mentes tão complexas possam simplesmente ser desligadas como um aparelho eletrônico que quebrou. Acontece que o conceito de alma é simplesmente isso, um conceito. Eu não estou aqui duvidando nem defendendo ele, estou apenas pondo as cartas na mesa. Desde que eu me lembro, eu estou aqui dentro de mim, sozinho comigo mesmo. Sozinho com uma baita bagunça mental, pensamentos, sensações, reflexões e euforias. Assim como eu sei que você está aí, ocupando esse espaço dentro de você. É difícil pra mim aceitar que eu não sou parte do todo, que eu não faço parte da mesma matéria que compõe os asteroides. Eu gosto de acreditar que nós todos somos partículas que formam um amontoado de matéria que, por fim, compõe o universo. Somos areia e pó, água e ar, o que está em mim, está na lava de um vulcão e na água do mar. Isso eu posso aceitar. Mas o que se dá depois daqui, ninguém é capaz de atestar. Existem várias teorias, é claro, civilizações inteiras foram fundadas em cima de crenças que todos conhecemos bem. Mas me diga, quem de nós pode afirmar o que vem depois? Pra onde vamos? Em que lugar nosso espírito vagueia? Se é que existe espírito. E se formos apenas matéria? E se a consciência for apenas resultado de inúmeras terminações nervosas que ativam um órgão que comanda o nosso corpo? E se formos resultado daquilo que nos atravessa, daquilo que sentimos? E se formos só isso? É pouco? Precisamos do depois? A imortalidade existe? Nós precisamos dela? Afinal, se ela não existir, cairemos no esquecimento?
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booklovershouse · 9 days
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Oi oi, booklovers!
Um post "Noite Estrelada vibes" pq eu amo esse quadro e não tive nenhuma ideia melhor 🫠
Mas, para ser sincera, a primeira coisa que essa booktag me lembrou foi a abertura clássica de ICarly, quando o Freddie começa com "em 5, 4, 3, 2 e..." pam pam pampamparam I know, you see 💃🏻 kahskahajhsk minha infância todinha! 🥹❤️✨
Ok, vou deixar de enrolar e ir pra booktag kkkkkkk
🌙| 5 livros que amo
• A Menina que Roubava Livros (+14)
Vcs já devem estar achando que o Markus Zusak me paga pra fazer propaganda, mas A Menina que Roubava Livros é realmente um livro único, até agora não vi nenhum igual. Traz a Segunda Guerra Mundial com uma perspectiva diferente da maioria dos livros, que tem foco nos judeus - e com razão - enquanto esse daqui se passa num bairro pobre da Alemanha. Fora isso, qual leitor não gosta de um livro sobre livros?
• Minha Vida Fora de Série 1 (+12)
Eu sou muuuuuito apegada a MVFS1. Foi o primeiro romance teen q li e tbm é o lar do meu maior crush literário (eu CASARIA com ele sem pensar duas vezes). Além disso, é nacional e tem uma prota apaixonada por séries. Vcs podem encontrar a resenha aqui :)
• O Cão dos Baskerville (+10)
Ora, ora, se não é o caro Sherlock Holmes? Kkkkkkk
O Cão dos Baskerville é minha história preferida, talvez pelo cenário diferente e uma participação maior do Watson na investigação, porém amo a saga inteira.
• Pollyanna Moça (+12)
Meu romance de época preferido e um dos meus livrinhos de conforto. Essa é a sequência de Pollyanna, que mostra a juventude da nossa querida garotinha loira otimista. O começo é meio chatinho, mas as migalhas de romance são uma graça.
• Sem Coração (+14)
O País das Maravilhas é um universo bem conhecido, mas já imaginou como foi que a Rainha de Copas chegou ao poder? Como ela era antes? Por que ficou desse jeito? Aqui, você tem as respostas - e, pra quem assistiu Descendentes 4, eles tiveram uma ideia bem parecida pra personagem.
Mas já aviso: quem termina sem coração é você, pq ele se parte em 1000 pedaços depois da leitura 🫠
💙| 4 livros que quero ler
• Assassinatos e Cookies de Chocolate (+??)
Eu estou super animada pra ler, pq assisti todos os filmes da Hannah Swensen e só depois de séculos descobri que existem os ✨livros✨
Porém, a edição era super antiga (o nome é O Mistério do Chocolate) e só se vendiam usados na Amazon, então desanimei. Até que, num belo dia no Insta, eu vi uma resenha desse livro e fiquei tipo "não creio q fizeram uma edição nova aaaaaa 🥹"
Em resumo, Hannah é uma confeiteira que, de vez em quando, dá uma de detetive. Parece ter uma pegada bem "cozy mistery", exatamente do jeitinho que eu gosto. Deveriam aproveitar e traduzir os livros da Aurora Teagarden também!!!
• Caída por Você (+14)
Comédia romântica dos anos 2000 é um dos meus gêneros preferidos, então eu espero amar esse livro, pq disseram q parece com "De Repente 30" - fora q tbm li a amostra e gostei bastante. E, é claro, tem enemies to lovers 🥹❤️✨
O plano de Charlotte Wu é organizar a festa de formatura perfeita e as coisas estavam correndo como o planejado, até que ela cai de uma escada e aterrissa em J. T. Renner, seu arqui-inimigo. Entretanto, quando acorda, Charlotte se vê numa cama desconhecida com seu noivo que, pasmem, é Renner. Agora os dois estão presos nos 30 anos e precisam fazer de tudo para descobrir como voltar ao normal.
• Cidades Pequenas não Guardam Segredos (+12?)
Tbm é um livro que eu já "conheço", então estou muuuuuito ansiosa pra ler! Essa é a nova versão de Cecília Vargas (que eu só consegui ler o primeiro volume, para minha infelicidade), ent conheço boa parte dos personagens e um pedaço do enredo :)
Enquanto os amigos de Cecília estudavam para o vestibular, ela fez um curso de investigação profissional para, enfim, realizar seu sonho de se tornar detetive particular. Mesmo com medo de não ser levada a sério por sua pouca idade, Cecília põe um anúncio e é chamada para seu primeiro caso: um incêndio suspeito em Itaipaema, onde crimes nunca acontecem...será mesmo?
• Se não Fosse por Você (+14)
Mais um nacional, pra equilibrar. Esse livro tá na minha lista há séculos, mas tá sempre caro kkkkkkk Não julgo já que é nacional e nem tem editora, mas cara, quase 50 reais em um livro de 300 e poucas páginas que consigo terminar em uns 2/3 dias 🤡 Eu sou leitora, mas tbm sou ✨pobre✨
Melissa está dando duro pra realizar seu sonho de ser delegada. Como qualquer concurseiro, ela está sempre estudando e vendo dicas, principalmente em seu blog preferido, Sr. Concursado. Então ela conhece Leonardo e a relação deles passa de briga por uma limonada roubada a namorados por uma noite.
(amo fake dating e o ENEM tá me tirando do sério. Esse seria o momento perfeito pra ler esse livro.)
🌙| 3 livros que sempre recomendo
Meu momento de brilhar chegou kkkkkkk
O primeiro é A Menina que Roubava Livros, que já panfletei nesse post. Os outros dois podem ser qualquer um da Marissa Meyer, principalmente Cinder e Renegados (meus preferidos dessas sagas são Scarlet e Supernova, mas não posso recomendar eles se a pessoa não leu o primeiro).
💙| 2 leituras recentes
O último livro q li foi Nos Vemos em Vênus. Não botei muita fé, mas gostei bastante, embora a protagonista tenha me estressado muito em alguns momentos. No geral, ele é uma mistura de Amor & Gelato com Como eu era Antes de Você.
Antes dele, terminei O Assassinato no Trem, o primeiro da série "As Irmãs Mitford Investigam".
E pasmem: as irmãs Mitford não investigaram nada.
O livro tem foco na nova babá dos Mitford e em um policial decidido a solucionar o assassinato que ocorreu no trem. Em resumo, senti que foi muito enrolado e teve pouca ação. Seria melhor se tivesse menos páginas.
🌙| 1 Leitura atual
No momento estou lendo A Bicicleta das Dálias Vermelhas (comecei ontem). Uma amiga virtual da época do meu Ig (2020-2022) me recomendou esse livro (e tbm Peripécias de uma Estudante de Moda). Demorei um tempão pra ler, mas ela acertou em cheio! Até agora estou achando bem a minha cara.
Finalmente acabei de escrever esse post kahskahajhsk ficou quilométrico, mas gostei 🤡🫶🏻
Bjs e boas leiturassss <333
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sattlite · 1 month
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ᅠ❝ᅠI'm rotten to the coreᅠꓹᅠcoreᅠ𝗥𝗢𝗧𝗧𝗘𝗡 𝗧𝗢 𝗧𝗛𝗘 𝗖𝗢𝗥𝗘ᅠꓹᅠrotten to the coreᅠꓹᅠ𝗜'𝗠 𝗥𝗢𝗧𝗧𝗘𝗡 𝗧𝗢 𝗧𝗛𝗘 𝗖𝗢𝗥𝗘ᅠꓹᅠcoreᅠꓹᅠWHO COULD ASK FOR MOREᅠ?ᅠ❞ᅠΣ
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ᅠᅠ ⃞♚ ᅠ𝗨RIELᅠ⸝ᅠᅠ𝗖𝗔𝗟𝗟 𝗠𝗘 𝗔 𝗦𝗖𝗛𝗘𝗠𝗘𝗥, 𝗖𝗔𝗟𝗟 𝗠𝗘 𝗔 𝗙𝗥𝗘𝗔𝗞, 𝗛𝗢𝗪 𝗖𝗔𝗡 𝗬𝗢𝗨 𝗦𝗔𝗬 𝗧𝗛𝗔𝗧? 𝗜'𝗠 𝗝𝗨𝗦𝗧 𝗨𝗡𝗜𝗤𝗨𝗘!ᅠ—ᅠmago do marᅠ⸝ᅠbiᅠ⸝ᅠ16yᅠ.ᅠUriel, filho de Morgana e sobrinho de Úrsula, está destinado a trilhar um caminho sombrio e poderoso em Auradon. Com uma habilidade inata para poções, herdada de sua tia Úrsula, e uma ambição ardente de se tornar o Mago do Mar e governar Atlântida, Uriel desafia tudo e todos em sua busca pelo poder. Mas Auradon é um lugar de encantos e perigos, onde cada passo pode levar à glória ou à perdição. Em um mundo onde magia e caos se entrelaçam, Uriel enfrentará desafios que testarão sua habilidade, sua astúcia e, acima de tudo, seu coração.
𝗳𝗮𝗰𝗲𝗰𝗹𝗮𝗶𝗺ᅠ,ᅠ𝗳𝗹𝗼𝗿𝗶𝗮𝗻 𝗹𝗲𝘃𝗲𝗮𝘂ᅠ!
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ᅠᅠ ⃞♚ ᅠ𝗧RITÃOᅠ⸝ᅠᅠ𝗖𝗔𝗟𝗟 𝗠𝗘 𝗔 𝗦𝗖𝗛𝗘𝗠𝗘𝗥, 𝗖𝗔𝗟𝗟 𝗠𝗘 𝗔 𝗙𝗥𝗘𝗔𝗞, 𝗛𝗢𝗪 𝗖𝗔𝗡 𝗬𝗢𝗨 𝗦𝗔𝗬 𝗧𝗛𝗔𝗧? 𝗜'𝗠 𝗝𝗨𝗦𝗧 𝗨𝗡𝗜𝗤𝗨𝗘!ᅠ—ᅠrei tritãoᅠ⸝ᅠ38yᅠ.ᅠᅠTritão tem um medo profundo do caos e da magia negra, uma fobia que nasceu de sua experiência com Morgana. Ele vê a magia destrutiva como uma ameaça não apenas ao reino, mas também ao próprio equilíbrio do oceano. Sua rigidez em relação a Uriel é alimentada por esse medo. Ele sabe o que o poder corrompido pode fazer, e acredita que, ao ser rígido, está prevenindo uma tragédia. No fundo, ele teme que, se Uriel continuar em seu caminho, o jovem não apenas se destruirá, mas também desestabilizará Atlântida, colocando em risco tudo o que Tritão trabalhou para proteger.
𝗳𝗮𝗰𝗲𝗰𝗹𝗮𝗶𝗺ᅠ,ᅠ𝗷𝗮𝘀𝗼𝗻 𝗺𝗼𝗺𝗼𝗮ᅠ!
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❥ᅠ,ᅠ𝗜ᅠ.ᅠHi, meu nome é Nero! (ele/dele), e primeiramente queria agradecer por se interessar pela minha interativa, lembrando que qualquer idéia ou plot é feito e pensado exclusivamente por mim, portanto não deixo a utilização ou compartilhamento das mesmas! E como em qualquer outra interativa, espero que a mesma seja um espaço cheio de educação e paciência, estarei sempre aberto a qualquer feed ou dúvida que vocês tiverem, consequentemente poderão me contactar sempre que precisarem, por último, não se esqueçam de se divertir nesse mundo cheio de fantasia e possibilidades! ^^
❥ᅠ,ᅠ𝗜𝗜ᅠ.ᅠA história se passa em Auradon (EUA), em 2024, e é focada nos descendentes dos vilões e heróis do universo dos contos de fadas Disney. Antes de fazer sua reserva (de aparência e parentesco), tenha comprometimento, pois muitos usuários também querem reservar o mesmo!
❥ᅠ,ᅠ𝗜𝗜𝗜ᅠ.ᅠAs fichas deverão ser feitos por docs, cardd, ou tumblr, não sendo fichas amadores criadas por comentários ou em pv, após preenchidas deverão ser entregues pela MP do autor, ou seja a minha, @satllite (no Spirit). Não há limites de fichas por usuário, peço apenas que criem personagens de gêneros diferentes. Fichas interligadas são bem-vindas, seja por parentesco, relacionamentos ou amizades, até mesmo com os personagens originais. Também é permitido modificar os tópicos da ficha, desde que não deixe nenhum tópico da ficha modelo original de fora.
❥ᅠ,ᅠ𝗜𝗩ᅠ.ᅠQualquer tipo de aparência possível é permitida, atores, cantores, influenciadores, etc. Desde que sejam reais e que seja um faceclaim que corresponda à idade, não dá para fazer um FC de 30 anos interpretar um adolescente de 17 anos.
❥ᅠ,ᅠ𝗩ᅠ.ᅠEstarei aceitando fichas até 31/10, após a meia noite o prazo estará definitivamente fechado! A data do primeiro capítulo será 30/11, haverá um mês para preparar o primeiro capítulo pois também postarei teasers dos personagens aceitos ao longo desse mês.
❥ᅠ,ᅠ𝗩𝗜ᅠ.ᅠE por último, mas não menos importante, para eu saber que você leu até aqui, é extremamente importante que você coloque a palavra-chave no início ou no final de sua ficha: ❝ Espelho, espelho meu, quem é mais malvado que eu? ❞.
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⋆ᅠ ⃞♛ ࣪ ᅠ𝗔𝗣𝗔𝗥𝗘𝗡𝗖𝗜𝗔ᅠ✶ᅠpasta de aparência e estilo no Pinterest pra simplificar, nome do faceclaim e descrição opcional.
⋆ᅠ ⃞♛ ࣪ ᅠ𝗡𝗔𝗦𝗖𝗜𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢 ᅠ✶ᅠnome completo e apelidos, data e local do nascimento. identidade de gênero e orientação do seu descendente.
⋆ᅠ ⃞♛ ࣪ ᅠ𝗛𝗜𝗦𝗧𝗢𝗥𝗜𝗔 ᅠ✶ᅠconte a trajetória de vida do seu personagem, cite os momentos mais cruciais e importantes até os dias atuais.
⋆ᅠ ⃞♛ ࣪ ᅠ𝗣𝗘𝗥𝗦𝗢𝗡𝗔𝗟𝗜𝗗𝗔𝗗𝗘ᅠ✶ᅠdescreva claramente o seu personagem, pois é de acordo com isso que eu desenvolverei elu.
⋆ᅠ ⃞♛ ࣪ ᅠ𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗢𝗘𝗦ᅠ✶ᅠfaça resumos da relação de seu personagem com os familiares.
⋆ᅠ ⃞♛ ࣪ ᅠ𝗣𝗢𝗗𝗘𝗥𝗘𝗦ᅠ✶ᅠpoderes e/ou mutações de seu personagem de acordo com a origem delu.
⋆ᅠ ⃞♛ ࣪ ᅠ𝗜𝗡𝗙𝗢𝗥𝗠𝗔𝗖𝗢𝗘𝗦 𝗘𝗫𝗧𝗥𝗔𝗦ᅠ✶ᅠcite algumas curiosidades complementares sobre seu descendente.
⋆ᅠ ⃞♛ ࣪ ᅠ𝗣𝗔𝗥ᅠ✶ᅠmarque a opção pendente de seu personagem.
[ ] Irei fazer
[ ] Você que sabe
[ ] Não quero
⋆ᅠ ⃞♛ ࣪ ᅠ𝗣𝗘𝗥𝗠𝗜𝗦𝗦𝗢𝗘𝗦ᅠ✶ᅠmarque as opções pendentes de seu personagem.
[ ] Beber
[ ] Fumar
[ ] Namorar
[ ] Ter cenas 18+
[ ] Trair (amigues/namorade)
[ ] Brigar
[ ] Se ferir
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@sattlite
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1vidapoeticando · 9 months
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Sempre amei o céu, tanto de dia, quanto a noite...Aprecio sua beleza e inspiração que ela nos dá...As vezes me sinto como a lua, solitária, porém, fazendo companhia a todos ao meu redor...Já amei tanto uma pessoa que para mim era como se ela fosse o meu universo...Sentia o amor tão grande, que a alegria transbordava a todos ao meu redor...Quando amar alguém, seja o melhor até o último dia...E sempre valorize o amor de cada um por você...Não deixe de demonstrar, e não ignore uma pessoa que te ama...Uma pessoa que prepara para você, textos lindos e fofos, e poesias...Que da o melhor de si todos os dias...Uma pessoa que se preocupa e tem saudades de você...Que te ama incondicionalmente...Neste fim as palavras não são minhas, mas são verdades, nunca ignore, porque talvez um dia você poderá acordar e perceber que perdeu a lua enquanto contava as estrelas...
Siempre me ha encantado el cielo, tanto de día como de noche... Aprecio su belleza y la inspiración que nos da... A veces me siento como la luna, sola, pero haciendo compañía a todos los que me rodean... Ahora amé un persona tanto que para mí era como si fuera mi universo... Sentí el amor tan grande, que la alegría desbordaba a todos los que me rodeaban... Cuando ames a alguien, sé el mejor hasta el último día... Y valora siempre el amor de cada persona por ti... No dejes de demostrarlo, y no ignores a una persona que te ama... Una persona que prepara para ti, bellos y lindos textos, y poemas... Que te da lo mejor de ti cada día... Una persona que te importe y te extrañe... Que te ame incondicionalmente... Al final las palabras no son mías, pero son verdades, nunca las ignores, porque tal vez algún día tú despertarás y te darás cuenta de que perdiste la luna mientras contabas las estrellas...
I have always loved the sky, both day and night...I appreciate its beauty and the inspiration it gives us...Sometimes I feel like the moon, lonely, but keeping company with everyone around me...Now I loved a person so much that for me it was as if they were my universe... I felt the love so great, that joy overflowed to everyone around me... When you love someone, be the best until the last day... And always value each person's love for you... Don't fail to show it, and don't ignore a person who loves you... A person who prepares for you, beautiful and cute texts, and poems... Who gives the best of you every day... A person who cares and misses you... Who loves you unconditionally... In the end, the words are not mine, but they are truths, never ignore them, because maybe one day you will wake up and realize that you lost the moon while counting the stars...
Ho sempre amato il cielo, sia di giorno che di notte...apprezzo la sua bellezza e l'ispirazione che ci dà...A volte mi sento come sulla luna, solitario, ma in compagnia di tutti quelli che mi circondano...Ora ho amato un persona così tanto che per me era come se fosse il mio universo... sentivo l'amore così grande, che la gioia traboccava in tutti quelli intorno a me... Quando ami qualcuno, sii il migliore fino all'ultimo giorno... E valorizza sempre l'amore di ogni persona per te... Non mancare di dimostrarlo, e non ignorare una persona che ti ama... Una persona che prepara per te testi e poesie belli e carini... Chi ti regala il meglio di te ogni giorno... Una persona che si prende cura di te e che ti manca... Che ti ama incondizionatamente... Alla fine le parole non sono mie, ma sono verità, non ignorarle mai, perché forse un giorno tu ti sveglierai e realizzerai che hai perso la luna mentre contavi le stelle...
Fonte: 1Vidapoeticando 🌺 🍃
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Fonte: 1Vidapoeticando 🌺 🍃
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Fonte: 1Vidapoeticando 🌺 🍃
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Amo ❤️
Tão linda essa música 🎶 🥰 💕
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❤️ ❤️ ❤️ ❤️
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magicxshopbangtan · 3 months
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SMERALDO GARDEN MARCHING BAND
Jimin lançou nessa madrugada o pré-single Smeraldo Garden Marching Band, uma música que abre as portas para a era Muse, novo álbum do Jimin.
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SGMB (Smeraldo Garden Marching Band) é uma música com participação do Loco, Jimin o chamou para harmonizar com ele nessa música, além disso SGMB é sobre amor, confissão de amor, estamos vendo o lado romântico do Jimin, uma lado que faz contraste com o álbum anterior Face onde Jimin retrata suas feridas.
SGMB sendo a música de pré lançamento nos dá uma ideia de como Muse irá ser e do que irá abordar, o MV é cheio de cores, flores, diversão, coreografia e vocal. Estamos vendo um lado divertido, animado e com mais cores que só confirma o quanto o Jimin floresceu nesse álbum e está querendo falar de AMOR.
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Para falar do Jimin de Muse sempre lembraremos do Jimin de Face, que estava lutando com sentimentos adversos, com suas feridas e espinhos, esse caminho por qual ele passou fez ele florescer e suas cores virem a tona em SGMB. Cores essa que irão expressar seu amor, seu lado "escondido" como a flor Smeraldo significa "sua verdade não contada".
Essa é a descrição que saiu sobre Smeraldo Garden Marching Band:
"Referenciando a flor fictícia 'Smeraldo', que simboliza 'a verdade não contada', a letra expressa com ternura o desejo de confessar e encontrar o amor em nome daqueles que não conseguem articular seus sentimentos."
Smeraldo não é apenas uma coincidência mais harmônica para o conceito de Muse, Smeraldo é importante para o universo do BTS e para o Jimin também. O BTS aborda sobre ela no BTS Universe e temos também a música The Truth Untold que retrata o significado da "verdade que não pode ser mostrada". Jimin decidiu usar a flor para dar significado ao seu álbum porque Smeraldo tem um significado para ele e já vimos ele abordar "a verdade não contada" em seu documentário de Face, como uma dica do que irá vir.
Para Muse, Smeraldo nos direciona ao que o Jimin quer nos dizer no álbum todo, por enquanto só temos uma música de pré lançamento mas logo iremos ter tudo sobre Muse e poderemos ver como o Jimin precisou passar por suas dores de Face e se tornar ainda mais brilhante em sua jornada de descoberta de si mesmo. Estejam preparados para ver as cores do Jimin e sua essência ainda mais forte.
Deêm muito stream nas plataformas digitais, vamos apoiar e dar muito amor ao trabalho duro que o Jimin preparou para Muse. Estamos passando estresses com a divulgação do álbum ainda estamos sofrendo com a falta de profissionalismo da empresa com o Jimin mas ele não está sozinho, por isso todo o apoio do ARMY é importante, rodem as playlists e foquem nele nesse lançamento, ainda temos muito caminho pela frente!
Link de Smeraldo Garden Marching Band no spotify:
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nonuwhore · 2 years
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ano novo. mesmo soonyoung.
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contém: fluff; menção a bebida alcoólica e comida; irmão mais velho!jihoon; humor (?); contagem de palavras: 1k.
nota da autora: obrigada por me receberem aqui tão bem e por serem tão gentis ao ponto de gostarem desses delírios que eu chamo de histórias. feliz ano novo e que passagem para 2023 de vocês seja cheia de paz para vocês e os seus.
Virou o líquido da taça de uma vez e assistiu os fogos de artifício explodirem no céu. Você se sentia velha, anti social e inútil, principalmente quando lembrava da lista de metas que não foi nem sequer começada. Da varanda, olhou para dentro do apartamento de Jihoon e a festa cheia parecia discordar em absolutamente tudo. Eles comiam, bebiam e conversavam alto, felizes e empolgados com a virada, cheios de expectativas de uma nova página em branco e agradecidos pela oportunidade de estarem vivos, ignorando completamente o fato de que amanhã, segunda-feira, seria um dia normal. Você os invejou.
“Por que você tá aqui sozinha?” Soonyoung se materializou na sua frente, virando o próprio copo enquanto preenchia o seu de novo.
“Tentando não atrapalhar a diversão de ninguém.” respondeu checando o horário no relógio, esperando que faltasse pouco para a meia noite.
“E por que você não tá se divertindo?” a fala lenta fez você reparar no rosto dele, as bochechas avermelhadas e a pupila mais dilatada que o normal te fizeram respirar fundo, boquiaberta.
“Quando eu crescer quero ser você e ficar bêbada em qualquer oportunidade que tiver.“ tomou a garrafa da mão dele e devolveu o favor, mais bebida para ele e para você.
“Tem outra forma de passar por essas festas de fim de ano?” você riu, mirando a rua de novo, acompanhado com os olhos algumas crianças correrem pela calçada enquanto explodiam bombinhas umas nos pés das outras. 
“Você é legal, Soonyoung. Deveria sair com a gente mais vezes.”
“Deveria?” ele te observou, atento.
“Claro. Meu irmão te adora, ele é bem ruim em demonstrar esse tipo de sentimento, mas confia.”
“Ah, disso eu sei, Jihoon é bastante… peculiar mesmo.” você riu de novo, com a escolha da palavra e pelo esforço que ele deve ter feito para articulá-la. “Eu tô mais preocupado com o que a irmã dele acha de mim.” sua risada foi lentamente se transformando em um sorriso surpreso. 
Você nunca tinha pensado nele dessa forma. Soonyoung sempre foi um amigo engraçadinho e estranho na medida certa que às vezes vinha tocar violão com seu irmão mais velho depois da escola. Ele era bonito, claro. Depois da faculdade então, da academia e da experiência que a vida dá, ele tinha ganho toda uma aura diferente de… homem, mas isso não tinha te comovido o suficiente. Soonyoung era aquele vaso bonito que por algum motivo sua mãe colocou no meio da sala, que dava um ar agradável ao ambiente, que as vezes te deixava chocada com a qualidade da cerâmica e que fazia você se perguntar como alguém tinha vendido aquilo por tão pouco, mas que no final, não tinha uma função muito prática.
“Acho que você tá mais bêbado que o normal. Cê veio de Uber, né?” você o olhou com cuidado, disfarçando o constrangimento enquanto fingia procurar o carro dele na calçada do prédio. Quando olhou para ele de novo, Soonyoung estava encostado na porta de vidro, provavelmente se segurando para não cair, enquanto te devolvia o olhar mais sério e concentrado que você já tinha visto ele dar em todos os anos que vocês se conheciam.
“Eu sempre te achei a coisa mais namorável do planeta, sabia?” 
“Você acabou de me chamar de coisa?”
“Você com esse seu jeito despreocupado, toda calma e centrada sobre qualquer assunto. É muito sexy, pra falar a verdade.” 
Ele sempre foi bem mais do que engraçadinho. Você sempre adorou o senso de humor dele e como ele conseguia fazer todo mundo ficar relaxado e deixar o ambiente confortável fazendo a coisa mais questionável e comprometedora do universo. Na sua cabeça ele te achava uma chata por nunca pisar além da linha e ser tão diferente dele. 
“Você não vai lembrar de nada disso amanhã, né?” você sentou na cadeira de plástico e apontou para que ele sentasse na outra. Ele cambaleou um pouco, mas o trajeto foi feito sem nenhum acidente. 
“Tomara que não. E se eu lembrar vou fingir que não.”
“Por que você nunca tentou, efetivamente, me namorar?” pegou a garrafa no beiral e virou o gargalo.
“Eu acho que você é boa demais pra mim.”
“Eu não sou boa demais pra ninguém, relaxa.”
“Ah, que isso, você é boa.” a ênfase na última palavra e os olhos dele se fechando com força, tentando colocar a visão no lugar, ganharam outro sorriso seu. 
“Você tá me chamando de gostosa?”
“Você vai ficar ofendida se eu estiver?”
“Não.”
“Então eu tô.”
Soonyoung vestia uma camiseta preta com um tigre imenso na frente, algumas correntinhas de prata penduradas no pescoço imaculado que ajudavam a dar mais destaque para as clavículas relevantes e o queixo afiado e uma calça agressivamente rasgada no joelhos. Você estava entediada e bebada pra caramba ou ele parecia bastante irresistível?
“Se a gente se beijasse você contaria pro meu irmão?”
Ele ergueu as costas da cadeira no mesmo segundo e se inclinou na sua direção para escutar a proposta. “Por quê? Você acha que ele vai ficar bravo?” sua risadinha fez a expressão dele ir de completamente interessado para um ponto de interrogação gigante.
“Era isso que ‘tava te impedindo de chegar em mim?”
“Também. Você e seu irmão são assustadores.” e pegou a garrafa da sua mão, tomando um gole.
“Eu não sou assustadora.”
“É sim. De um jeito bom, claro. De um jeito que eu adoraria se você me desse um soco.”
Você levantou e tirou o braço da frente, sentando em uma das coxas dele e segurando o rosto na sua direção.
“Soonyoung. Eu vou te beijar agora, mas você não pode contar pro Jihoon.”
“Isso!” ele comemorou com o punho fechado. “Eu sempre quis viver um romance proibido com você.” a língua umedeceu os lábios, se preparando para os seus e te fitando cheio de expectativas.
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klimtjardin · 1 year
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Taeyong x Leitora
{Slice of life; cenário doméstico; ambientado no universo bruxo}
Dedos trabalham fervorosamente na confecção de algo distante. Distante do que articulou em pensamento. Correm pela base da madeira esculpida, sentindo, apropriando-se do material. Limpa-os no pano umedecido que tem estendido sob a varinha em produção.
O ateliê é banhado pela claridade serena do sol que se põe, como uma criança que encontra afago nos braços da mãe. Trabalha com afinco desde o início da tarde. A coluna e os ombros pesam, tensionados, e uma série de resmungos desfilam para fora da boca. Prestes a desistir, quando uma caneca de cerâmica aparece flutuando diante de sua cabeça. Fumega, dissipando-se no ar. O aroma é suave; infusão de camomila.
O autor do encanto vem atrás deste. Impulsiona-se para sentar sobre o tampo da mesa, no canto, onde não a atrapalha. Dá uma boa olhada no projeto inacabado, mas, em silêncio, recolhe a xícara de chá para oferecer em mãos.
Os polegares se encostam na ação e assim aproveitam para ficarem por instantes. Apreciando um ao outro, dígito sobre dígito, até que repare no corte fresco e mal cuidado que desce a mão do marido.
— O que foi?! — pergunta num tom que ele julga adorável; sempre o mesmo de admiração e preocupação.
— Uma família de dilátex faminta. Você tinha que ver! — Exclama Taeyong, e os olhos triplicam de tamanho como duas bolinhas de tapioca. — Alguns tinham os pés com nós, obra de algum sereiano aqui por perto.
Beija a mão do marido. Leva-a junto ao rosto. Difícil entender seu amor por criaturas tão estranhas, ao mesmo passo em que o respeita. Taeyong fala delas como se fossem parte de si.
— Logo sara — aquiesce.
— Shotaro enviou uma carta!
Taeyong despoja duas folhas de papel sobre a mesa, ao seu alcance, que se abrem revelando também uma fotografia. Nela, Shotaro aparece entre arbustos e plantas, devidamente caracterizado com um uniforme que o permite manejá-las com todo o cuidado. "Hyung!" diz animado "você precisa vir aqui e ver isso!" termina, antes de ser interrompido por um rugido que ensurdece.
É neste instante que esquecem estarem acompanhados por mais alguém - ali, no canto do ateliê, em seu bercinho de madeira esculpido, dorme a sua filha. Que abre um berreiro.
— Ah, não! Desculpa o papai, desculpa o papai! — Taeyong corre para atendê-la. — Olha aqui! — Ele agita a varinha sobre sua pequena cabeça para distraí-la com algum feitiço colorido.
Você também não entende como alguém tão distraído quanto Taeyong consegue cuidar de animais e de um bebê com tanto zelo. Mas ele consegue.
— O seu pai é um bobão, né minha filha? — Vai ao resgate, pegando a pequena no colo e embalando no peito. — Diz pra ele.
— Bubu! — ela repete, agora rindo do semblante magoado de Taeyong.
— Eu vou levar ela lá fora — diz ele, na tentativa de se redimir, estendendo os braços para pegá-la.
Acomoda a bebê no colo e entoa uma conversa infantil. O rostinho dela encontra um repouso em seu pescoço, de forma que ela também possa ver o que seu pai aponta, e Taeyong segue para o lado de fora, numa conversa animada sobre os tronquilhos que se escondem nas árvores no fundo de casa. E ele conversa com ela enquanto a embala, mexendo nos galhos e folhas, grandes demais para os bracinhos tocarem. Mostra os insetos e outras criaturas que habitam o jardim de casa.
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