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#estrutura familiar
neuroidhea · 6 months
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O adulto consciente e seus padrões familiares
Bem, sabemos como a família desempenha papel fundamental em qualquer estrutura humana, seja para o positivo quanto para o oposto. Por diversas vezes assumimos compromissos, decisões, e até mesmo padrões por não conhecermos de fato o que faz sentido subjetivamente para a individualidade. Adquiri- se defeitos que não tem origem na autenticidade, ou seja, sua forma subjetiva de viver e ser no…
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lottokinn · 3 months
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                        𝐓𝐀𝐒𝐊 𝟎𝟎𝟑: ──── DEFEITO FATAL + MAIOR MEDO ;
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❝ SILÊNCIO! O julgamento de Kinn Mayurin Narinrak irá começar. ❞
tw: assassinato e sangue.
Love estava acordada quando o alarme soou, pois raramente conseguia dormir naquelas circunstâncias. A insônia se tornou uma amiga em seu chalé. Antes dividindo o quarto com alguém, mas depois de se tornar conselheira, passou a ficar sozinha e era até mesmo um pouco solitário. Não gostava de ficar sozinha. Sua mente a punia incessantemente, revivendo cada erro, cada falha, cada momento sombrio de seu passado. Cada vez mais triste, ela mal se reconhecia. Quando o alarme soou, Love se levantou rapidamente, saiu com os leques pronta para mais uma batalha. Seu foco era ajudar, principalmente, aqueles que não conseguiam se defender sozinhos. Mas então, de repente, Love caiu de joelhos. Seus olhos esbranquiçaram, veias surgiram em sua face, e ela foi levada para uma visão.
Kinn se viu no acampamento, mas ele não era mais o ambiente familiar que conhecia. Os chalés e estruturas que outrora estavam bem cuidadas agora estavam em ruínas, tomadas pelo tempo e pela decadência. No chão tinha pilhas de entulho, a casa grande tomada pelo tempo, partes do telhado desabadas e vegetação selvagem crescendo por toda parte. Love estava acorrentada a uma parede próxima do anfiteatro, até que um semideus, filho de Nêmesis, apareceu e a soltou, arrastando-a para o centro do anfiteatro. Ao ser levada, ela notou como havia poucos semideuses ao redor. A maioria das figuras que avistava eram rostos familiares, mas distorcidos pela selvageria e desespero. Os olhos de seus amigos carregavam uma fúria primal, quase animalesca. Suas roupas estavam rasgadas e sujas, e a postura deles era agressiva, como se estivessem prontos para atacar a qualquer momento. Ela se sentiu apavorada.
Kinn observou as expressões endurecidas de cada rosto. A inocência haviam sido substituídas por desconfiança e ódio. Ela viu companheiros de batalha, agora com olhares vazios, como se a luta constante contra monstros e inimigos tivesse drenado o que restava de sua humanidade. Pode avistar Veronica, Kaito, Josh e até mesmo Sawyer e Natalia. E então começaram... Os gritos de seus amigos se iniciaram no momento em que ela foi levada para o centro do anfiteatro, interrompendo o silêncio com uma cacofonia de acusações. O que mais ouviu é que ela era um monstro. Kinn foi forçada a se sentar em um tronco de árvore, improvisado como um banco de réus. No centro, Quíron estava presente, também com uma aparência selvagem, como se tivesse se rendido completamente a parte animalesca. De longe, ela avistou uma figura encapuzada com um machado – um algoz. O coração começou a se acelerar no mesmo momento. Cercada, Love compreendeu que aquilo era um julgamento.
Ela olhou ao redor, seus olhos arregalados, vendo os rostos daqueles que considerava família contorcidos em expressões de ódio. "Você nunca foi uma de nós!", gritou uma voz familiar. "Traidora!", berrou outra, com a voz trêmula de indignação. Love sentiu as palavras como punhaladas. Cada acusação, cada insulto intensificava a sensação de culpa e inadequação. Ela queria gritar, queria se defender, explicar suas ações, mas a dor e a vergonha a mantinham calada. A filha de Tique sentia a garganta se apertando, como se uma mão invisível a estivesse sufocando, impedindo qualquer palavra de sair. A dor parecia justa, como se ela realmente fosse tudo aquilo que diziam.
Love se lembrou dos momentos de fraqueza, das decisões impulsivas, das noites em claro assombrada pelos rostos das pessoas que havia ferido. A voz de Quíron, límpida e severa, ecoava na mente dela, misturando-se com os gritos dos amigos. Você não merece o perdão e você merece cada pedaço dessa dor, disse para si mesma. Love baixou a cabeça, lágrimas silenciosas escorrendo por seu rosto. Ela não podia negar seus erros, não podia apagar o passado. A angústia e o desespero estavam consumindo sua energia e Love sentia como se estivesse se afogando. Um lembrete cruel de suas falhas e de como havia desapontado aqueles que mais importavam para ela. Sentada, se sentiu pequena e indefesa do que jamais imaginara ser. Ela aceitou as palavras, a dor, como se fossem um castigo merecido, uma penitência pelo o que carregava dentro de si.
Quíron ergueu um pergaminho antigo e seus olhos, cheios de desapontamento, fixaram-se em Kinn enquanto ele começava a ler a lista de crimes. Cada palavra parecia pesar mais do que a anterior, carregada com o fardo de anos de decisões questionáveis e ações condenáveis.
— Caçar humanos. — Usar conhecimentos do acampamento para punição de mortais. — Homicídio de mortais. — Uso indevido dos poderes. — Envolvimento em lutas clandestinas. — Uso de drogas. — E o pior de todos: abandonar seus amigos quando mais precisaram dela.
O conhecimento que ela havia adquirido no acampamento, destinado a proteger e salvar, havia sido distorcido para infligir dor e medo. Ela havia quebrado a confiança sagrada usando seus dons para se tornar uma juíza, juri e carrasca. A lembrança das vidas que ela tirou emergiu em sua mente, cada rosto e cada momento gravados em sua memória. A culpa pesava em seus ombros como uma pedra, esmagando qualquer tentativa de defesa. Ela tinha sangue nas mãos, sangue que nunca poderia ser lavado. Kinn sabia que havia usado suas habilidades de maneira irresponsável, deixando-se consumir pela vingança e as origens de seu pai. Ela buscava uma maneira de escapar da dor e da confusão interna, mas acabou se afundando mais nas sombras. A violência se tornara um escape, um vício que a afastava ainda mais do caminho de redenção. E então um dia fugiu disso tudo e se enfiou no acampamento como se nada daquilo tivesse acontecido em sua vida. Tudo que Kinn havia feito foi enterrar bem fundo, colocando uma pedra em cima e evitando voltar naquele cemitério de memórias fingindo ter uma vida que nunca aconteceu.
Kinn sentia as lágrimas escorrendo pelo rosto, a dor e a culpa se misturando em um turbilhão de emoções que sequer sabia nomear. Ela olhou ao redor, vendo os olhares de seus amigos e companheiros, cheios de desapontamento e desgosto. As palavras de Quíron ecoavam em sua cabeça, e ela sentia cada acusação como uma sentença merecida. Mas então, Quíron parou, olhando para ela com uma expressão de pesar.
❝ ― No entanto, o seu pior pecado... ❞ — Ele disse, aquela pausa que pareceu durar uma eternidade. ❝ ― É o assassinato de toda a sua família. ❞
A revelação a atingiu como um soco no estômago. Kinn se lembrou na mesma hora. A cabeça doeu como se tivesse sido preenchida com uma avalanche de memórias. Ela lembrou das asas, das cicatrizes e feridas, da dor física e emocional que suportava. Em um momento de raiva, usou seus poderes para acabar com aquele tormento. As memórias começaram a emergir, quebrando as barreiras que sua mente havia erguido para protegê-la. Ela gritou enquanto a memória do que havia feito se desdobrava em sua mente.
Era uma noite de festa na fazenda da família Narinrak. O cheiro da comida caseira enchia o ar, misturando-se com o aroma das flores que adornavam as mesas. Risos e conversas alegres ressoavam ao redor. A memória se desdobrava como um pesadelo vívido. Os gritos começaram primeiro, altos e angustiados. O cheiro metálico do sangue enchia o ar, substituindo o aroma doce das flores. Kinn se viu coberta de sangue, suas mãos tremendo enquanto segurava os leques de batalha sujos do liquido escarlate. Ela se lembrava de olhar para si mesma no espelho, seus olhos arregalados de choque e horror. O reflexo mostrava uma figura irreconhecível. O cheiro do sangue era nauseante, enchia suas narinas e grudava em sua pele. Ela podia sentir o gosto de cobre na boca, sua respiração estava pesada e desesperada.
A memória era tão traumática que sua mente, em um esforço desesperado para protegê-la, havia reescrito os eventos. Por anos, Kinn acreditou fielmente que um ataque de monstros havia ceifado a vida de sua família. Mas agora a verdade irrefutável se desdobrava diante dela. Ela havia feito aquilo. Em um surto de raiva e desespero, ela havia tirado a vida de seus próprios familiares. As imagens de sangue, os gritos, o cheiro — tudo era obra sua. A realidade esmagadora a fazia sentir como se estivesse sufocando. O peso da realização a esmagava, e ela sentiu o mundo escurecer ao seu redor.
A tailandesa acordou com um grito estrangulado, os olhos arregalados e cheios de lágrimas. Alguém a segurava caída no chão, estava tremendo e desorientada. Suas palavras eram incoerentes, mas tentava murmurar pedidos de desculpa. Foi erguida com cuidado, mas sentiu as pernas falharem e Love Kinn se viu indo para a escuridão novamente enquanto seu corpo desacordado era levado para a enfermaria.
semideuses citados: @deathpoiscn, @mcronnie, @kaitoflames, @magicwithaxes e @windynwild.
@silencehq.
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mcronnie · 2 months
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O despertar súbito se repetiu. Quase familiar agora. A escuridão do quarto parecia ainda mais densa, tornando ainda mais sufocante a sensação do coração batendo descompassado, o silêncio da noite tornando sua agonia ainda mais real, quase tangível. Veronica precisou tatear no escuro até encontrar a luz de cabeceira, a ligando em busca de algum conforto. Estava acordada, mas não tinha mais certeza se isso era o suficiente para lhe afastar do temor que se lembrava sentir na inconsciência. 
Os dedos afastaram os fios loiros do rosto, pareciam úmidos agora, tantas vezes encarou o mesmo transtorno nas últimas semanas, que talvez devesse se render a uma poção para ocultar o reino de Morfeu de si. Ainda que sonhos nunca fossem apenas sonhos, quando se era um semideus, dormir eles só passaram a ser um problema nos últimos meses; diferente de revisões e planejamentos do dia, prenúncios duvidosos e imprecisos tomaram o lugar. Ao menos quando não eram apenas replay das cenas de terror dos últimos meses. Por vezes, não tinha certeza se era apenas um pesadelo, ou centelhas das memórias perdidas no Lete. Lavadas de sua história. 
Clarividência nunca foi uma magia da qual desejava se aproximar. Mais complexo do que vislumbrar o futuro, era decifrar as visões. Conhecera, em algum momento, o que a obscuridade das visões podiam fazer com a mente de alguém, e desde então, Veronica sequer tentou conhecer o quão longe poderia ir com essa habilidade. Por isso, nunca queria acreditar que estava tendo revelações; preferia negar-se o quanto conseguisse, que estivesse vendo mais do que uma forma do cérebro se acostumar com as bizarrices que encarava no dia a dia. Todavia, ainda que quisesse acreditar na perspectiva confortável, que os sonhos não fossem mais do que isso; ilusões, não podia se afastar completamente da ideia. Menos ainda quando retornava e seus sentidos ainda estavam tomados pelo que sentia nos episódios.
A primeira visão foi a que fez Vee saber que tinha algo errado, foram os olhos azuis que via na escuridão. Era impossível reconhecer mais que isso, a névoa distorcendo a aparência de seu portador ao ponto de que ao acordar, apenas os olhos celestes expressivos estavam gravados em sua memória. Irreconhecíveis, porém, hipnóticos; parecia que ainda podia os ver quando fechava os olhos. Observada, seguida… atormentada.
E depois do primeiro sonho, Veronica apertou as mãos em frente ao peito e orou por proteção e orientação de sua senhora. Sabia que Hera não lhe respondia desde o chamado de Dionísio, mas não havia sequer um dia que não tentasse algum contato. O peito se apertando num sentimento de preocupação ao não ter nenhuma resposta. Exatamente como o esperado. 
Com o passar das noites, os sonhos se tornaram mais vívidos, mais detalhados. Veronica se viu novamente em meio ao terror do baile, com o fogo consumindo tudo ao seu redor. Estrelas cadentes caindo sobre eles, de belo à aterrorizante em segundos. E em seguida, não era apenas o pavilhão ardendo. Não era sequer noite, mas as únicas cores que podia se recordar eram o vermelho e laranja, o calor e agonia. As chamas altas lambiam as estruturas do Acampamento Meio-Sangue, transformando a familiaridade do acampamento em um inferno trágico. Gritos de medo e dor ecoavam por toda parte, fortes o bastante para arrepiar e doer em sua cabeça. Podia reconhecer algumas vozes, mas não os encontrava. Era como correr sem rota, sem nunca conseguir alcançar e proteger seus amigos e colegas. 
Incapaz. 
De novo.
E então, enxergou o grimório. O maldito livro que recuperaram em missão, intacto, pousado sobre um atril bem no centro do acampamento. As chamas tomando o ambiente ao redor dele, reduzindo tudo que tocava à cinzas e destroços, mas nada além de um trepidar inconstante e uma névoa escura envolvia o grimório. Nenhum dano lhe ocorria, os outros sequer pareciam notar sua presença em meio ao desespero de se salvar e ajudar os amigos. As páginas se moveram sem intervenção, ninguém tocava o livro, não havia vento, mas as páginas parecia estar sendo lido por alguém. Talvez alguém com o mesmo dom que ela, que pudesse se esconder nas sombras, causando toda a desgraça que se estendia por todos os lados.
Tinha tons de maldição sonhar com o códex mágico envolto em tanta tragédia, e quando despertava, Veronica era tomada pelo sentimento de mau presságio e desesperança. E novamente recorria às preces para sua patrona, o suplicar vinha com todas as suas forças, toda sua fé, que se manteve de pé até ali. Um clamar do coração para que, dessa vez, não precisassem lidar com o pior cenário. 
E desejava com toda sua força que não fosse uma visão final. Que não precisassem providenciar mais nenhuma mortalha.
Que não houvessem mais mortes dentro do que deveria ser o único lugar seguro para amaldiçoados pelo nascimento, como eles. 
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kitdeferramentas · 2 months
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⸤ 🫀 ⸣ ⸻ I'M ALREADY DOWN! WHAT MORE DO YOU WANT? ,
TASK 3: defeito fatal + maior medo = ambição + insuficiência
... ou Kit diz sim ....
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ATENÇÃO: disclaimer no fim do POV para não entregar o conteúdo.
O estupor confundia-se com a realidade, silêncio profundo com alarmes ecoando à distância. Kit levantava o rosto e franzia o cenho para porta - ou seria para a Casa Grande? Suas mãos apertando com força as laterais da cabeça a fim de cessar aquele maldito som interminável. O que estava acontecendo? Ele piscava e se via sentado, depois em pé do lado de fora do bunker. Ou era bem ali? De katana na mão e brilho metálico pelo corpo? Ao balançar-se, percebeu que estava de joelhos, mas foi respirar fundo que entendeu onde estava.
Nas forjas. Encostado na parede mais distante da porta, franzindo o cenho para o corpo largo do pai embaixo da biga de guerra que tinha feito. Kit lembrava das horas passadas dentro do fogo, jogando água para controlar o calor da chama. Moldando o metal com as mãos, criando as curvas da ventania na lateral.
O cheiro do metal invadiu suas narinas e ele despertou novamente, piscando de volta à vida com o movimento. O pesado corpo de Hefesto encontrando o espaço perto ao seu, respiração profunda de cansaço enquanto limpava o excesso de graxa dos dedos num pano sujo. Kit ergueu o rosto em sua direção, buscando mais do que os conselhos que ele vinha dizendo sobre projetos e construções.
Quando abriu a boca, o semideus fechou os olhos e derreteu, os ombros caindo ao máximo que conseguia. "Tem coisas que autônomo nenhum é capaz de fazer, meu filho. Não com a nossa visão." Ele estava certo. Quando Hefesto não estava certo?
Kit passava o dia todo enfurnado nas forjas e nada saía um terço do que o pai colocava para fora de seus domínios. Armas, escudos, estruturas. Cada uma ganhando menções nas grandes histórias da mitologia. O item principal nas vitórias de herói olimpianos. ✶ — › Eu não usei autônomos. — Falou baixinho, para si, os olhos caindo para o colo.
A vontade de chorar o rondava como um predador ao redor da presa caída, esperando a oportunidade de dar um bote. "Há dias que... Não são tão bons." Assim como todas as histórias diziam, o pai tinha dificuldade com sentimentos. De externalizar do jeito fácil e prático de Kit. O semideus torceu os lábios e suspirou, a melodia ecoando ao fundo sem que percebesse. Um ritmo... familiar.
"Mas é necessário manter o foco e continuar praticando. Melhorando." A voz de Hefesto era o borbulhar de ouro imperial, o chiado do fio do bronze celestial. Mãos fortes pressionando contra uma roda que não parava, buscando o mais afiado dos gumes. E ele falava... Falava... Ganhando confiança a cada sílaba dita em voz alta. E Kit.... Kit olhava aqueles olhos escuros clareando, como se encontrassem um propósito, um objetivo.
O amor de Hefesto pelo seu trabalho era tudo o que conhecia. Tudo o que recorria já que era rejeitado em suas histórias. Alguém quebrado, física e mentalmente, deixado de lado para a própria sorte. Seria esse seu destino também? Flynn sendo a Afrodite que o traíra? Mudando seu cerne mais profundo? ✶ — › Eu sei, pai. Obrigado. — Precisou falar mais alta, para sobrepor a música sem letras. Ele ainda não a reconhecia, mas faltava pouco... Tão pouco. ✶ — › É só... Muito difícil para mim ser o melhor... Agora... Depois de... —
O papel pregado na porta flutuou para dentro. Ganhando o ar até parar entre os pés do deus dos ferreiros. Vergonha ultrapassou seu rosto e ele o cobriu com as mãos. E se tivesse trabalhado nos autônomos mais rápido? E se tivesse melhorado o chicote? E se... Kit tinha assinado todo o acampamento com suas criações. Tinha se disponibilizado em melhorar antes de sequer ser pedido. "Você quer mais, filho?" Incitou a voz rouca milenar, de carvão em brasa.
O rosto iluminado pelas chamas parecia mais novo. A barba mais rala, os olhos azuis mais brilhantes. Hefesto parecia ficar mais jovem diante de si... Assumindo a imagem do pai que tinha conhecido quando era novo, numa oficina mecânica no meio de Nova Iorque. ✶ — › Mais? — Perguntou, mesmo sabendo o que queria dizer.
Aquela fome insaciável que o consumia. Tão voraz, tão feroz. A mesa montada na frente do chalé para coletar mais trabalho. O primeiro a se colocar em ação no baile. Aquele que tinha as ideias para armadilhas. O que vasculhava o campo, metal e ligamento, remontando quais foram usadas. "Mais" Repetiu. O corpo pesado dando espaço para um mais esguio. "Seu cérebro funciona de um jeito diferente, meu filho. Eu o vi quando veio a mim, semana passada, e eu concedi a benção."
Não era uma bênção, não quando Kit sabia que estava dentro de si o tempo todo. Só faltava abrir. O poder passivo liberando sua mente de tal maneira que tudo virava um uma fechadura. E ele? Tinha a chave metra na ponta dos dedos. Mais. Hefesto incitava-o a pensar, sob a harmonia de um piano. Instrumentos musicais entrando no circuito, aprofundando a batida.
"Ter o poder de construir o impensável. Ser responsável por um exército de autônomos." Seu nome espalhando feito fogo, queimando mais do que o divino das forjas do pai. Kit Culpepper, forjador divino entre os mortais. "Tudo o que toca..." A voz... A voz do pai perdia aquele toque profundo, ficava... Etérea. Sem características. Uma sem rosto e sem nome. Sem... Hefesto levantava com mais graça, mais elegância, rumando para a capa que tinha empoleirado numa bigorna.
"O que aconteceu no baile, você se culpa." Não era uma pergunta. Não era uma resposta. O golpe em cheio trouxe as lágrimas de volta aos olhos do semideus. Uma sensação tão claustrofóbica de autoconsciência que a respiração ficou perdida. Arfava, o peito constrito, sentindo o coração acelerar até parecer sair do peito.
Insuficiente. Os semideuses cresciam ao seu redor e apontavam para as armas. Quebradas, defeituosas, tortas. Tinha feito mês passado! Mas não tinha prometido qualidade vitalícia? E eles exibiam os machucados, as roupas ensanguentadas, os relatórios de perdas. Dentro da forja, ao lado da figura encapuzada, Kit se encolhia ainda mais em si mesmo. Não suficiente. Nada suficiente.
Eu não sou suficiente.
Quando girou, o rosto estava oculto pelas sombras do capuz repuxado. Olhos azuis brilhando na escuridão de uma identidade misteriosa. Kit não enxergava, entretanto, preso naquela visão de tortura criado por si próprio. "O que poderia ter feito para ser melhor, Kit? Para ter salvo o que mais importava?" Não falava só da morte. Tampouco do baile. Falava da vida... Das missões, dos semideuses, da mãe, de uma realidade composta por pessoas demais e ele, um só.
Os ombros pesaram e, enfim, a represa quebrou com o choro. Lágrimas grossas ao som da voz masculina distante. Hefesto incitava sua velocidade, mas a letra pedia calma... Pedia um respirar antes da grande decisão. "Eu posso te dar isso. O que precisa, o que quer. Eu posso dar-lhe. Você quer?"
Kit encarou a figura encapuzada de baixo. Nós acompanhando cada arfar de medo, de ansiedade crescente. ✶ — › Você pode mesmo fazer isso? — Um movimentar de mãos e Kit se calou, olhos arregalados. "Sim, Kit Culpepper." Ainda era a voz de Hefesto, mas não era. Aquela era desprovida de calor.
Aquela figura encapuzada tinha deixado de ser seu pai a muito tempo e o semideus sabia disso. Tinha percebido a mudança antes mesmo do rejuvenescimento, cada pelinho do corpo arrepiando em tensão. Mas... Mesmo assim... Aquela oferta o intrigava. Kit tentou se levantar e se viu preso. Não por amarras invisíveis, mas pelo peso do que estava em jogo.
"O universo é regido por leis que não são facilmente compreendidas. Morte e vida dançando uma valsa intricada desde os primórdios. Por que não temos voz de escolher os nossos próprios destinos?" O traidor aumentava em poder. A fumaça branca exibindo os veios douradas da magia. Não era água evaporando, não era a influência divina. Mas magia. A mesma que tinha atraído a vida intrusa aos ursos, feito enlouquecer algo que deveria ser de amor e paz. "Não precisou de uma morte para os mortais entenderem o valor do sacrifício? As histórias estão aí, Kit Culpepper. Alguém o escolheu para o trabalho e ele sabe que você consegue suportar todas as provações."
Ele? Quem era ele? A crença da mãe brigando com a mitológica. O que ele queria dizer? Destino, poder, compreensão. E Kimberly o embalava quando era mais novo, alisando seus cabelos e assegurando que tudo era possível de se superar. Com tempo, com confiança, com poder. O traidor sorriu e ofereceu a mão. "Junte-se a mim, filho de Hefesto. Posso dar-lhe tudo o que seu coração anseia e seus desejos clamam. Só precisa dizer sim."
Mas ele matou Flynn! Kit fechou as mão em punho, as veias saltando. Costas e pulso. Uma veia pulsando na testa. Mas ele colocou fogo no baile! E ele tinha colocado vida em objetos inanimados, tinha colocado o fogo para se aventurar onde mais queria. Desde o parque, não queria mexer nos autônomos? Mas ele feriu semideuses! Com a genialidade de uma magia proibida. O que ele faria com esse conhecimento? Infundir com mais propriedade suas criações, deixando-as perfeitas.
MAS! Gritava e esperneava e implorava para que enxergasse, e Kit enxergava o outro lado. As vantagens do sacrifício. Eu consigo, certo? Adentrar aquele caminho espinhoso, pegar todo o poder e sair? Eu consigo, certo? Juntar-se a causa por fingimento e sair por cima. E se tivesse razão? O traidor oferecia... Nunca mais... Nunca mais entregar uma arma rindo e fazendo piada, mas duvidando de um mínimo detalhe. Se tinha feito a melhor escolha.
"Você não vai se arrepender."
A voz sombria saía da boca sorridente do traidor, tão forte quando os dedos que se fechavam ao redor da mão de Kit no aperto que selava seu destino.
⸤ 🫀 ⸣ ⸻ Slow down you're doing fine! You can't be everything you want to be before your time ,
O arfar o trouxe de volta para o gramado frio e cheio de semideuses ajoelhados. Os olhos ardendo do choro silencioso que tinha deixado escapar, a boca seca por ficar aberta por tempo demais.
Kit se colocou em pé num instante, cambaleando para encontrar o equilíbrio e o compasso do coração errático.
O que tinha feito? O que tinha feito? O que tinha feito?
"Kit, você está bem?" Peguntou alguém ao lado. Em seu estado aterrorizado, não conseguiu reconhecer quem falava. Nenhuma característica fazendo sentido diante do horror que tinha feito. "Calma, Kit. Calma. Foi o traidor. Ele enfeitiçou todos nós. Não foi verdade." Era mentira? Era ilusão? Kit voltou o olhar para a pele metálica e não sentiu nada. Nenhuma diferença. Não sentia o poder infinito, não sentia a confiança nas armas.
Ele sentia culpa.
Era assim tão ambicioso a ponto de revelar o preço pago? Que poder era tão bom a ponto de precisar machucar outra pessoa?
Não. Não era assim que- Não era assim que as coisas funcionavam.
Não era assim que ele funcionava.
✶ — › Ei, você está bem? — Perguntou de volta, genuinamente preocupado com aquele estranho sem reconhecimento. Sua mão, agora de pele e osso, fechando ao redor do braço. Não era assim que ele era. ✶ — › O que aconteceu aqui? O que- — Porque não era. Kit ficou a katana na frente do bunker e foi atrás do próximo, e de mais um. Tentando acordar daquele estado que os colocava gritando sem fazer som.
Não era assim que resolveria. Não era assim que enxergaria. Não era, não era, não era. Kit olhou uma última vez para a escuridão por dentro da porta do bunker, as sombras provocadas pelo fogo das forjas. Quem era aquele ali dentro? Encostado nos fundos, o mais distante das forjas, apático para o mundo.
Quem era aquele Kit? E por que foi necessário chegar a esse ponto para perceber... Para entender... ✶ — › Desculpe! Sim, vou ajudar! Vamos! — Já era mais do que tempo de mudar o disco e voltar à vida. Ficar ali dentro sem fazer nada não ajudava ninguém. Muito menos seria uma honra digna da memória de Flynn.
DISCLAIMER: não é um prompt da central, não faz parte do plot oficial do traidor. Isso é uma ilusão de Kit durante o ataque do traidor. @silencehq
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mamaemace · 1 year
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🍄 Daddy's Pleasure 🍄
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Papai Louis com 36 anos, LAÇO SANGUÍNEO com o Harry de 18.
Harry princesinha do papai, CIS BOY.
Degradação leve, Louis não querendo comer o filhinho, Harry bem manhoso implorando pelo papai, Louis bem daddy gostoso e mandão enquanto Harry é todo putinha do papai desesperado pra agradar ele. Spanking leve e muita possessividade. 💞💞
🍄
- Papai, você sabe onde foi parar aquela sua camiseta que eu adoro? - Harry segurava a toalha em volta de seu corpo curvilíneo enquanto vasculhava uma das gavetas de Louis.
 
Louis era pai de Harry, ele havia se relacionado com a mãe dele à dezoito anos atrás numa festa qualquer, no auge de seus vinte anos ele engravidou Kate. Por sorte ele tinha uma boa estrutura familiar, o que fez com que Harry sempre tivesse tudo que quisesse e precisasse. Alguns anos atrás Kate começou a namorar, Harry tinha seus 15 anos quando no meio da noite ligou para Louis e pediu para ele ir buscá-lo em casa. O homem que Kate havia escolhido odiava Harry por usar roupas "femininas" e dizia que seu garoto tinha que "virar homem" e, por isso, Louis prometeu ao filho que até então só via aos finais de semana que ele seria para sempre seu porto seguro. E assim aconteceu, no outro dia Harry tinha todas suas coisas no apartamento do pai e nunca mais olhou para a mãe.
 
- Acho que a que você gosta está para lavar, meu doce, pode pegar qualquer outra que quiser. - Louis se virou para a filho, olhando as gotas caindo de seu cabelo longo caindo na clavícula e escorrendo até desaparecem na toalha grossa. Ele engoliu em seco desviando o olhar de volta para o filme que assistia.
 
- Mas papai, sabe que eu gosto dela porque tem seu cheiro. - ela fez bico se aproximando da cama, parando ao lado do pai, colocou os dedos por dentro da gola da camiseta de Louis. - Me da essa? - fez bico, o provocando.
 
- Você quer a camiseta que eu estou vestindo? - Louis não conseguiu evitar o sorriso, vendo-o assentir. - Ok, não precisa fazer bico. - ele riu sentando na cama e tirando a camiseta entregando pra ele, não conseguindo deixar de admirar os lábios rosadinhos que ele secretamente desejava morder e ter em volta do seu pau.
 
O garoto perdeu bons segundos olhando para o abdome do pai, o qual amava tatear a noite enquanto o outro dormia. Desde que foi morar com ele, Harry já o observava com outros olhos. Sentia uma excitação imensa como nunca havia sentido todas as vezes que via o pai sem camiseta, só de cueca ou com qualquer pele a mostra. Ele sabia que aquilo era errado, que seu pai provavelmente o chamaria de louco e brigaria com ele caso soubesse como ficava encharcado só de pensar nas mãos do pai em sua cintura. Por mais que Louis já soubesse que Harry gostava de garotos, Harry tinha certeza que seu papai só gostava de garotas e isso o frustrava pra cacete.
 
- Pode segurar minha toalha, por favor? - disse baixo, olhando nos olhos azuis fixos em sua clavícula.
 
Louis respirou fundo, segurando aonde o encontro das pontas da toalha estavam, ao centro dos seios de seu filho. Por um segundo ele pensou que se soltasse a toalha poderia ver o corpo delicioso que sua filho tinha, tão, tão perto de si, pronto para ser descoberto com sua boca. Engoliu em seco sentindo seu pau fisgar. Que tipo de pai ele era? Que porra! Ele fechou os olhos e encostou sua cabeça na cabeceira, aguardando Harry desvirar a camiseta. Louis não conseguia conviver com aquele garoto sem que seu cérebro virasse gelatina a cada instante. O modo que Harry se portava, as roupas delicadas que vestia, o jeito que amava estar em seu colo e não conseguia disfarçar a ereção que tinha toda vez que se esfregava discretamente em seu pau.
 
Harry por sua vez observava cada micro expressão do pai, seguindo seu instinto e desviando o olhar para o pau completamente duro dele na cueca preta. Ele suspirou, sentindo seu pau vazar pré gozo no tecido macio da toalha.
 
- Pode soltar, papai. - Harry disse e Louis o fez, vendo-o se afastar minimamente e virar de costas, deixando sua toalha cair no chão.
 
Ele estava completamente nu e Louis cravou os olhos em suas costas, descendo até às covinhas e por fim, até a bunda redonda e branquinha do filho. Caralho, aquele garoto era sua perdição e ele soube disso no instante que ele veio morar consigo.
 
Ele apertou seu pau por cima da cueca e cobriu com o lençol, desviando o olhar para a televisão assim que Harry começou a se virar.
 
- Papai, o que você está assistindo? Posso assistir também? - Harry recolheu a toalha do chão, fazendo questão de empinar a bunda e dar uma visão privilegiada para Louis, sua glande molhada e o cuzinho contraindo no nada, desejando o seu pau.
 
- Na verdade eu nem estava prestando atenção, o papai vai no banheiro e já volta, pode escolher o que você quiser, doce. - Louis levantou rápido e se trancou no banheiro da suíte.
 
Harry suspirou sentindo seu pau pulsar, se deitando na cama de bruços, a bunda apontada para a porta do banheiro enquanto passava pelo catálogo da Netflix preguiçosamente.
 
Já dentro do banheiro, Louis tomava uma ducha fria. Era impossível ficar ao lado de Harry nu sem endurecer e mais impossível ainda bater uma sem que ele ouvisse cada passo. Suspirou frustrado, já mais calmo, secando seu corpo e enrolando a toalha na cintura. Saiu do banheiro e quase chorou ao ver sua camiseta enrolada na cintura de Harry, suas pernas semi abertas dando-lhe a visão da cabecinha brilhando, claramente Harry tinha deixado o pau daquele jeito para que ele o visse, o cuzinho pulsando em excitação enquanto ele passava pelos filmes de terror que já haviam visto vezes até demais. Ele se esforçava constantemente à acreditar que tudo aquilo que o corpo de Harry mostrava era somente a puberdade do garoto. Ele era muito quietinho, mesmo sempre saindo e indo à festas Louis sempre soube que ele optava por ficar com suas amigas, nunca chegando a namorar com nenhum garoto, e por isso, Louis supunha que Harry teria as mesmas reações caso olhasse para qualquer outro homem, não era algo específico para si. Suspirou frustrado sentindo o pau semi ereto de novo, seus olhos ainda perdidos na bunda redondinha do filho. Virou-se pegando uma cueca e vestindo por baixo da toalha, só então a descartando no cesto de roupas sujas.
 
- Papai, não tem nada de novo. - Ele fez bico, olhando diretamente para o pau duro dele, sorrindo discretamente antes de voltar o olhar para a televisão.
 
- Você não quer assistir nada que já tenhamos assistido? - Louis capturou o olhar sedento que o filho deu para seu pau terrivelmente dolorido, mas optou por simplesmente ignorar. Aquilo era errado e Louis tinha que se lembrar disso. Harry apenas está com tesão, e isso aconteceria com qualquer outro homem - era o que ele repetia em sua mente.
 
- Pode ser, invocação do mal? - Perguntou o olhando parado ao lado da cômoda. - Deita comigo, papai. - deu batidinhas no colchão.
 
- Ok, mas vamos deitar certinho, ok? - ele pigarreou, vendo-o concordar.
 
- Pode ser do jeitinho que eu gosto? - ele sentou rápido na cama.
 
- Ah meu doce, não podemos deitar normal? Papai está com dor nas costas. - Mentiu.
 
- Por favor, papai, só um pouquinho? - ele fez bico e Louis não pode negar de novo. Só assentiu sorrindo e sentando encostado na cabeceira, vendo-o deitar a cabeça em sua coxa, os cabelos úmidos molhando sua cueca, transferindo a água para sua ereção. Ele quis chorar, rezando para que seu filho não percebesse nada.
 
Passado uns dez minutos do filme Louis não olhava para nada além do quadril, bunda e coxas de Harry. Ele tinha se mexido tanto que a camiseta não cobria nada mais que os seios e era inevitável. Seu pau latejava na cueca e ele já tinha perdido metade de seus neurônios tentando pensar em qualquer coisa que não fosse foder Harry. E foi aí que o pior aconteceu, Harry esfregou as coxas e ele conseguiu ouvir um gemido baixinho, o garoto esfregando a bochecha na barra da sua cueca. Ele respirou fundo, apertando as mãos em punhos e rezando para ele só estar com medo - mesmo já sabendo que Harry não tinha medo desse filme desde a décima primeira vez que já tinham o visto.
 
Ele manteve os olhos fechados, até que sentiu uma respiração quente na cabecinha de seu pau. Seu coração parou e ele gelou, abrindo os olhos e vendo Harry esfregando seus lábios levemente, bem acima do montante de pre gozo que ele expeliu.
 
- Harry. - chamou, tentando soar firme.
 
- Papai... - ele gemeu.
 
- O que você está fazendo? - Ele engoliu em seco.
 
- Papai, eu preciso de você. - ele gemeu completamente frustrado. - Não importa o que eu faça, papai, eu não consigo não molhar inteirinha olhando você. Eu já repeti tantas vezes que você é só o meu papai e que isso é errado, mas eu não consigo, meu corpo não me obedece. Eu preciso do seu pau bem fundo em mim, por favor. - seus olhos estavam marejados e ele esfregava as coxas uma na outra, completamente desesperado.
 
- Harry, você é meu filho. Eu não posso fazer isso. - Louis soprou, ignorando o instinto que o fazia gritar implorando pra meter o pau bem fundo no cuzinho de seu filhinho tão indecente. Sua cabeça girou com ele se chamando no feminino, a palavra "inteirinha" ecoava em sua cabeça repetidas vezes.
 
- Eu sei, papai. Mas eu também sei que você me quer, você me quer tanto quanto eu, não é? - ele falava suplicante, olhando diretamente para os olhos de seu pai. - Pode pelo menos me deixar te chupar? Só isso, me dá seu leitinho e eu prometo que vou pro meu quarto. - ele ficou de bruços e passou o nariz por cima do pau de Louis, logo começando a distribuir beijos molhados acima de toda a extensão.
 
- Caralho, doce. - Louis respirou fundo cravando os dedos entre os cabelos de Harry, esfregando seu rostinho choroso pelo seu pau coberto. - Desde quando você ficou tão sedenta assim pelo caralho do papai, hm? - Louis tinha desistido de lutar contra a vontade, se Harry queria e ele também, o que poderia dar errado? - Você gosta de ser chamado assim não é? Um garotinho tão mal.
 
Poucos segundos depois de olhar Harry choramingando e lambendo sua cueca, soltando pequenos gemidinhos enquanto dedilhava sua virilha Louis teve um estalo. Ele era seu filho e isso não poderia acontecer, acariciou a bochecha de Harry e se afastou, deixando o garoto completamente desesperadinho. - Me desculpe, meu docinho, desculpa mesmo o papai, mas não posso, eu não deveria olhar pra você desse jeito. - Ele negou, contra a própria vontade, dando em beijo na testa de Harry e saindo do quarto, ouvindo logo em seguida os soluços do choro dele do outro lado da porta.
 
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Louis agora entrava em seu apartamento, após quase ter cedido à vontade e fodido seu filho até o garoto implorar para que ele parasse, decidiu sair e caminhar um pouco. Passou quase duas horas andando pelo bairro, seu olhar sempre distante enquanto pensava em tudo que poderia acontecer caso ele tivesse perdido sua cabeça. Imaginava as coxas de Harry em sua cintura, o jeito que ele choraria e imploraria por mais, o quão desesperado e suplicante pareceria quando ele o provocasse insinuando a penetração mas nunca o fazendo. Porém, também pensava que algum dia, logo, Harry se apaixonaria por alguém da sua idade. Que em algum momento ele se veria exausto de esconder a relação dos dois, que o menino nunca viveria grandes momentos e gestos de amor. Mesmo que Louis tivesse certeza que o faria feliz por toda a vida, ele sabia que poderia não ser o suficiente, assim como também sabia que não suportaria ver Harry com outro homem.
 
Deixou suas chaves na cômoda ao lado da porta e subiu as escadas, pronto para encontrar Harry e conversar com seu filho de uma vez por todas. Estava decidido, suas relações seriam restabelecidas e colocariam um ponto final nessa atração. Era uma coisa errada e completamente impossível, ele sabia que uma vez que essa linha fosse cruzada ficaria obcecado pelo seu garoto e, eventualmente, Harry precisaria de alguém melhor a qual ele não poderia ser, ele perderia Harry como filho e como o amor de sua vida. Era a soma perfeita do desastre.
Olhou em seu quarto, no de Harry, nos banheiros.  Harry havia saído e por mais que quisesse ficar bravo por ele não tê-lo avisado, sabia que não estava em posição de cobrar nada do seu bebê nesse momento. Se jogou no sofá e mandou uma mensagem de texto para ele:
 
Onde você está, docinho? Papai quer conversar com você. Volte logo, ou só me diga se está bem. Papai te ama profundamente, meu bebê.
 
Nada. Harry sempre, sempre, o respondia. Não importava se estava no meio de uma aula, seu papai sempre foi sua prioridade. Louis sentiu uma pontada de desespero percorrer seu corpo, fechou a caixa de mensagens e entrou no instagram vendo que Harry havia adicionado novos stories. Logo de primeira já percebeu que ele estava na casa de Natalie, uma de suas melhores amigas, no próximo, Harry aparecia virando shots de alguma bebida duvidosa. Louis quis bater a cabeça na parede, seu garoto bebendo numa festa cheia de adolescentes depravados olhando seu corpo, Harry usava a saia preferida de Louis, a que ele lhe deu no dia que Harry foi morar consigo.
 
Louis fechou os stories e procurou o instagram de Natalie, logo achando uma foto em que Harry aparecia encostado em uma parede com outro garoto o prensando contra a mesma. Ele ferveu em ódio, levantando do sofá em um pulo e indo atrás de Harry no mesmo instante.
 
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- Oi senhor Tomlinson, o que veio fazer aqui? - Natalie o recebeu na porta da casa completamente bêbada. Pensou em dar um sermão na garota por estar bebendo nessa idade, sendo totalmente hipócrita, mas nada importava além de achar seu garoto e o levar pra casa em segurança.
 
- Onde Harry está? - Louis não percebia, mas tinha o maxilar travado e as mãos cerradas em punhos, seus olhos desesperados para encontrar Harry no meio de todos aqueles adolescentes.
 
- Ele estava na cozinha, pode entrar se quiser, aconteceu alguma coisa? - Ela franziu o cenho. Louis sempre foi o pai mais tranquilo de todos, até mesmo comprava as bebidas para os garotos. Mas naquele momento ele estava agindo como se fosse um conservador de meia idade que descobriu que a filha que estava destinada a ser freira estava fodendo com três garotos ao mesmo tempo.
 
- Não, nada. Só preciso falar com meu filho. - Louis forçou um sorriso, entrando na casa e indo direto para a cozinha. Achou Harry encostado num balcão, um copo de bebida na mão enquanto olhava os próprios tênis, completamente alheio à festa. Um garoto falava e falava em sua orelha, mas ele conhecia o seu filho o suficiente para saber que ele não ouviu uma palavra do que o outro lhe disse. - Harry. - chamou firme, vendo os olhos perdidos dele o encontrarem em milésimos de segundo. - Vim te buscar, nós vamos pra casa. - Louis engoliu em seco vendo a expressão de Harry mudar e ele proferir um grande "não". - Pode nos dar licença, por favor? - pediu educado ao garoto que prontamente os deixou sozinhos. Louis simplesmente andou até Harry e se encostou ao seu lado no balcão. - Seguinte, Harry. - começou. - Que você é uma putinha eu descobri essa tarde enquanto você implorava que eu esporrasse na sua boca, mas desobediente? - ele estalou a língua no céu da boca, sorrindo para que ninguém desconfiasse sobre o que falavam. - Não. Você nunca me desobedeceu, Harry. Então eu vou repetir, só mais uma vez. Eu vim te buscar e nós vamos pra casa. - Ele desviou o olhar, vendo a respiração de Harry engatada e suas bochechas coradas. - Você vai me seguir pra fora, vai dar um sorriso com suas covinhas estupidamente lindas pra todo mundo e se despedir. Você vai entrar no carro e não vai falar uma só vez e quando chegarmos em casa nós vamos conversar. Estamos entendidos? - sussurrou.
 
- Não. Do que vai adiantar? Eu vou ir pra casa com você, te obedecer, nós vamos chegar e você vai me dizer o quanto é frouxo e tem medo de foder o próprio filho que implora pelo seu pau? Desculpa, eu passo. Prefiro ficar nessa merda de festa aonde eu pelo menos tenho certeza que no mínimo sete garotos chorariam implorando pra me comer. - Harry encarou os olhos de Louis, vendo seu pai furioso.
 
Louis praticamente rosnou, agarrou os cabelos da nuca de Harry com força, sabendo que o toque era dolorido. Virou sua cabeça e sussurrou em seu ouvido; - Você e esse seu rabo são só meus. Eu vou pra casa e se você não chegar em trinta minutos eu prometo que nunca mais vou te dar o mínimo toque. A escolha é sua, ou você chega em casa e me tem te fodendo até você chorar, ou você fica aqui e deixa essa festa inteira te foder sabendo que nem todos eles fariam um por cento do que eu sou capaz de fazer sozinho. Tenha uma boa festa, Harry. E como seu pai eu digo, você está de castigo. - Louis soltou o aperto e saiu andando sem olhar pra trás, deu um sorriso para Natalie e se despediu, entrando no carro e seguindo para o apartamento, deixando um Harry completamente duro para trás.
 
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- Você está atrasado. - Louis disse sem nem mesmo desviar o olhar da tela do celular.
 
- Me desculpe papai, eu peguei trânsito. - Harry engoliu em seco terminando de entrar no apartamento e tirando seus sapatos, pegando à poucos metros de Louis que continuava jogado na mesma posição.
 
- Não teria se atrasado se tivesse obedecido e vindo comigo quando eu mandei. - Louis bloqueou a tela do celular e o colocou na mesa de centro, colocando as mãos abaixo da cabeça. - Eu não criei você pra ter esse comportamento comigo, Harry. - Ele o encarava bravo.
 
- Me perdoa papai, eu realmente errei. Eu só estava frustrado, eu só queria seu pau, ter você me fodendo e me desejando e aí eu implorei pelo mínimo e você me deixou sozinho. Eu tinha que fazer alguma coisa. - Harry começou a chorar, limpando suas lágrimas com as costas das mãos.
 
- É, você errou. - Louis respirou fundo, se sentando no sofá. - Vem aqui. - ele o chamou dando batidas em sua coxa, indicando que Harry sentasse ali, o que ele prontamente fez, sentando de ladinho em apenas uma coxa de Louis. - Você sabe que é complicado pro papai, não sabe? - ele viu Harry assentir e abaixar o olhar. - Papai não quer te foder gostoso, usar você todos os dias pra guardar minha porra e depois descobrir que você está fazendo o mesmo com outras pessoas, entende? Papai tem ciúmes de você. - Louis apertou a coxa do menino, subindo a mão devagar até chegar em sua virilha.
 
- Mas papai, eu vou ser só seu. Eu prometo, só você vai poder me usar. Você é meu papai, tudo que você pode precisar você vai conseguir comigo. Nós já somos uma família e eu quero continuar sendo, quero ser seu bebê pra sempre, quero você e só você tocando meu corpo, papai. - Harry tinha um biquinho em seus lábios enquanto Louis acariciava suas bolas de forma sútil.
 
- Não sei se é o suficiente, princesa. O que você vai me dar em troca, hm? Eu usar seu corpinho já é sua própria recompensa, mas e eu? O que está disposto a me oferecer? - Louis o provocava, ele só queria saber até onde seu garoto estava disposto a ir. Era obvio que ter Harry para si já era a maior recompensa que Louis poderia ter em toda sua vida.
 
- Tudo que você quiser e precisar. Sempre. Não importa onde eu esteja, eu prometo sempre fazer o que você quiser que eu faça. A única coisa que eu quero de você é que também seja só meu, que não toque mais ninguém porque eu não aguentaria. Mas é só isso, se você me pedir pra chupar você na frente de um montão de gente eu vou, se quiser me amarrar e me deixar de castigo eu não vou ligar. Eu não vou me opor à nada, papai, tudo que o senhor me pedir eu vou te dar sem questionar, eu só quero você. Eu quero as suas mãos em mim, o seu caralho metendo forte e sua porra escorrendo de todos os meus buracos, todos os dias. - Harry se movimentava desesperadinho, seus olhos lacrimejando a cada toque mais forte que Louis lhe proporcionava. - Deixa eu mostrar pra você que eu sou bom pra ser seu brinquedinho, papai. - Harry abraçou o pescoço de Louis e começou a distribuir beijinhos por todo pescoço do mais velho.
 
 
- Promete ser pra sempre só meu brinquedo, Harry? - Louis falou rouco apertando o pau do filho entre os dedos, sentindo a renda da calcinha completamente encharcada de pré gozo.
 
- Prometo, papai. - o menino sussurrou gemendo em sua orelha.
 
- Então ajoelha e chupa o caralho do seu papai, eu quero que leve ele até sua garganta e só pare quando engolir toda minha porra. Entendeu? – Louis esperou a resposta dele que não veio, então lhe deu um tapa forte na coxa que antes era acariciada. – Você me entendeu, caralho?! – ele disse rouco e alto, tirando Harry do transe que havia entrado.
 
- Sim papai, eu entendi, eu prometo ser bom. – ele respondeu já se ajoelhando ao que Louis lhe deu um tapa forte no rosto.
 
 
- Me mostre mais e fale menos. Ainda estou bravo com você, doce. – Ele abriu o botão e a braguilha da calça, puxando seu pau pra fora e admirando os olhos marejados e arregalados do seu filho. – Pega, é todo seu, meu bebê. – Ele sorriu ladino, sentindo finalmente os lábios rosadinhos de seu filhinho envolvendo sua glande e sugando para dentro, cada vez mais forte, mais molhado e mais fundo.
 
Louis gemeu alto quando sua glande finalmente acertou a garganta de Harry, não perdendo tempo ao agarrar os cabelos do garoto e força-lo até o nariz encostar em sua pelve, o ouvindo engasgar, sabendo que o machucava. Quando Harry começou a bater os pés no chão completamente sem ar, Louis o soltou. O garoto se afastou tossindo e ofegando, não tardando à abocanhar novamente e começando a engasgar sozinho.
 
 
Desafiando seus próprios limites, sentindo os olhos arderem e a cabeça girar por tamanha falta de oxigênio. Ele parava, respirava e voltava, seu pau já havia saído da renda e tinha a coloração quase roxa, ele precisava urgentemente gozar mas seu papai não tinha lhe dito nada sobre isso então ele faria seu melhor pra não desaponta-lo.
 
- Você faz isso tão bem, filhote. – Harry gemeu revirando os olhos e Louis foi incapaz de não sorrir. – Gosta de ser elogiado ou de ser chamado de filhote, hm?
 
- Os dois, papai. – Harry parou só pra responder, logo tomando tudo de volta até a garganta.
 
- Caralho, quantas vezes você usou essa boca de puta em outras pessoas, filhote? – Louis perguntou despreocupado, achando que o garoto nunca tinha o feito. Até que o silêncio era a única coisa que ele era capaz de ouvir. – Não é possível. – Louis gargalhou, completamente possesso em ciúmes. – Quer dizer que você já tomou um monte de porra nessa sua boca de vagabunda, Harry? É isso que o meu filho é? Uma vagabunda, um depósito de porra? – Louis puxou a cabeça de  Harry pra cima, dando três tapas seguidos em sua bochecha.
 
- Não papai, eu só sou seu. – Harry choramingou. – Eu só chupei alguns garotos, mas nunca nenhum deles me comeu papai, você vai ser o primeiro e o único, eu juro. – Harry esfregava as coxas uma na outra, seu papai falando daquele jeito consigo estava o levando à outro patamar de tesão. Ele quase mentiu para ele dizendo que já havia fodido com outros caras só pra ver o que seu papai faria com seu corpo.
 
- Eu vou gozar na sua boca e no seu cuzinho tantas vezes hoje que você vai esquecer do gosto de qualquer outro cara que já tenha te usado. Eu não quero que você reclame de nada, você está me ouvindo? Você vai ficar quietinha, como uma cadelinha adestrada. – Louis respirava fundo e rápido. – Eu morro de ciúmes de você, Harry. Eu deveria postar uma foto sua chupando a porra do meu pau pra todo mundo saber que você tem um dono, o seu papai. Repete comigo. O meu dono é o meu papai.
 
- O meu dono é o meu papai. – Harry repetiu revirando os olhos em prazer, aquilo foi demais pro seu corpo aguentar.
 
- De novo. – Louis começou a punhetar seu próprio pau, à um passo de gozar só com seu filho lhe dizendo aquilo.
 
- O meu dono é o meu papai. – Harry repetiu, alternando o olhar entre os olhos e o pau de Louis, com medo do outro gozar fora de sua boca. Ele precisava do sabor do seu papai em sua boca, era tudo que ele mais queria.
 
Como se lesse suas expressões, Louis puxou Harry de volta e estocou em sua boca, três, quatro, cinco vezes, até esporrar em sua garganta. Quando acabou, tapou a boca e o nariz de Harry, sibilando um “engole.” Só o soltando quando viu que Harry tinha feito movimento de deglutição. – Muito bem, filhote. – ele disse o soltando, vendo-o voltar a respirar e tossir, não demorando em abrir a boca para que seu papai confirmasse que ele havia engolido tudo que ele havia oferecido.
 
- Você foi tão bom, bebê. Tão bom pro seu papai. – Louis acariciava sua bochecha avermelhada. – Vem aqui, senta no colo do papai. – Louis o ajudou a se sentar, uma perna para cada lado de seu quadril, o pau de Harry latejando entre seus corpos. – Papai vai beijar você, tudo bem? – Louis perguntou atencioso, acariciando a cintura de Harry com delicadeza enquanto deixava alguns beijinhos no queixo do garoto.
 
- Por favor, papai. – Harry pediu nervoso, apertando os fios lisos da nuca de Louis em seus dedos.
 
Louis então sorriu para seu menino, o puxando pela nuca e plantando um selar em seus lábios, sentindo Harry virar gelatina em seus braços. Adentrou a boca de Harry com sua língua, o beijo cada vez mais molhado, prazeroso o obsceno. Louis o tomava devagar, o fazendo gemer manhoso em seus lábios conforme iniciou uma massagem lenta na glande babadinha do filho.
 
- O papai vai levar você pro quarto e você vai gozar bem gostoso na minha boca, você quer isso? – Louis sussurrou entre os lábios de Harry que assentiu rapidamente, gemendo alto a cada palavra. Louis só pegou Harry pelas coxas, subindo as escadas e o levando até seu quarto. Ele deitou Harry delicadamente no centro da cama, puxando a camiseta que ele usava, a calcinha e suas meias. – Quero foder você com essa saia, foi na primeira vez que te vi com ela que eu bati minha primeira punheta pensando no seu corpinho, bebê. – ele sussurrou no ouvido de Harry o ouvido praticamente gritar com os toques firmes que Louis distribuía pelo seu corpo.
 
- Me deixa marcadinho, papai. – Harry pediu baixinho, empurrando a cabeça de Louis até seu pescoço, aonde ele sugou a pele até que estivesse vermelho vivo, a primeira de muitas marcas que ainda viriam pela frente.
Louis então foi descendo pelo corpo do menino, beijando sua clavícula, chupando o mamilo durinho de Harry e o ouvindo gritar seu nome. Ele sorriu, dedicando mais tempo, lambendo, chupando e mordendo, brincando com o outro mamilo entre os dedos. Harry delirava e arqueava as costas, pressionava a cabeça de Louis em seu mamilo, sibilava palavras desconexas implorando por cada vez mais toques.
 
Louis estava sedento, se obrigou a parar de chupar os seios do filho e desceu pela barriga, trilhando uma série de chupões até que colocou o pau dele em sua boca, o levando até a garganta e sentindo o garoto esporrar forte, gritando e implorando pelo seu papai o fodendo forte. Louis subiu e desceu seus lábios pelo pau de Harry devagar, esperando que ele gozasse por completo em sua boca. Recolheu cada gota, subindo pelo corpo mole do seu menino e segurando suas bochechas, abrindo sua boca e cuspindo a porra em sua boca, logo o beijando de modo desesperado e afoito, dividindo o gosto adocicado e ácido.
 
- Você fica tão lindo gozando, meu bebê. – Louis elogiou distribuindo beijos por todo rosto de Harry.
 
- Obrigada, papai. – Harry mordeu o lábio inferior, tentando puxar a camiseta de Louis para fora do corpo do mesmo. – Papai, você pode por favor, hm... – ele desviou o olhar, corando de repente.
 
- Você está com vergonha? – Louis riu. – Você não faz sentido, bebê. Estava implorando pelo meu pau até agora, aonde foi parar minha putinha? Hm? – Louis dedilhou a mandíbula dele com o dedão, deslizando até seu pescoço e apertando levemente. – O que você quer de mim, filhote? – ele olhava no fundo dos olhos verdes.
 
- Muita coisa, mas agora eu quero ver seu corpo. Eu imaginei você sem roupa tantas vezes, papai. Eu quero te ver. – Harry adentrou as mãos por baixo da camiseta de Louis, sentindo a pele fervente do mesmo.
 
- O que mais você imaginou? – Louis sussurrou, tirando a camiseta e levantando da cama, tirando os tênis, a calça e a cueca de uma vez. Quando estava completamente nu, voltou para o meio das pernas de seu filho, ficando suspenso por apenas um braço enquanto usava a outra mão para apertar a cintura fininha do outro.
 
- Seu pau dentro de mim, papai. Meu Deus, eu quero tanto, tanto. Você é tão grande, tão gostoso, deve ser uma delícia ter você me fodendo forte, papai. – Harry não parava de passar a mão por todo abdome de Louis, logo apertando seus bíceps, gemendo baixinho ao senti-los tão bem.
 
- Você gosta dos meus braços, bebê? – Louis sorriu ladino, vendo Harry assentir. – Você vai ter todo tempo do mundo para apreciá-los. Mas agora o papai vai chupar seu cuzinho tão gostoso, vou deixar você bem molhadinho e bem aberto pra quando eu for foder você, ok? Você pode gozar caso queira, não vou te proibir de nada. Não hoje. – Louis beijou Harry antes ele pudesse responder, não tardando em distribuir apertos por todo lado do corpo do garoto. Harry gemia afoito em sua boca, punhetando seu papai devagarinho.
 
- Papai, me deixa chupar você enquanto isso? – ele sussurrou em meio ao beijo.
 
- Você gostou mesmo de me chupar, não é? – Louis sorriu convencido, um sorriso tão estupidamente lindo que Harry sentiu que ia derreter nos lençóis.
 
- Queria ficar com minha boca ocupada em você o dia todo. – Harry confessou.
 
- Você não existe. – Louis se jogou ao lado de Harry no colchão. – Senta no rosto do papai, sim?
 
Harry assentiu, sentando de costas para o rosto do pai, uma perna para cada lado de sua cabeça, logo sentindo a língua quente dele tirar todos os seus sentidos. Harry gritou, aquela sensação era muito. Sua cabeça girava, seus olhos reviravam, ele lutava para ficar parado. Sua língua lambia a glande de Louis, aproveitando cada pingo de pre gozo que escorria em abundância. Ele cravou as unhas nas coxas do pai quando Louis penetrou um dedo em si, não conseguindo mais se controlar a rebolando, ele estava completamente desesperado com todas aquelas situações juntas.
 
Louis o penetrava lentamente, tendo todo cuidado com seu bebê enquanto sua língua lambia e seus lábios sugavam os testículos, Louis estava inebriado por tudo que seu garoto fazia e era. Ele arriscou colocar outro dedo que foi muito bem aceito por Harry, que gemia cada vez mais alto.
 
- Papai, papai! – Harry choramingou alto. – Eu já brinquei muito sozinho, eu já consigo aguentar você, por favor papai! – A cabeça de Harry estava jogada para trás, seus quadris não paravam de se mexer e cada pelo de seu corpo estava arrepiado, suas lágrimas escorrendo até o pescoço.
 
- Eu quero você gozando com meus dedos. Depois eu vou foder você de novo e de novo, até eu ficar satisfeito. – Louis respondeu, mordendo a bunda de Harry com força, estocando os dedos mais forte, sabendo que achou sua próstata quando as pernas dele falharam, passou então a estocar forte e rápido ali até que as pernas de Harry não parassem de tremer nem por um segundo.
 
- Papai, não para por favor, por favor. – Harry implorava, abaixando o tronco e colocando a glande de Louis na boca. – Fode minha boca papai. – ele gemeu gritado, voltando a chupar Louis e sentir ele estocando em sua boca, gozando forte no peitoral dele. Harry caiu ao lado do corpo de Louis, tendo espasmos por todo seu corpo, gemendo e sentindo seu cuzinho e seu pau pulsarem descontroladamente.
 
- Agora é a vez do papai brincar, meu bebê. – Louis puxou Harry pelas pernas, tentando se encaixar no meio delas.
 
- Espera só um pouquinho papai, por favor. – Harry sussurrou.
 
- Você não vai ser uma boa putinha? – Louis provocou, vendo Harry negar rapidamente.
 
- Vou papai, eu vou. – Ele abriu os olhos úmidos.
 
- Então abre as pernas pra mim, filho. – Louis beijou o queixo de Harry, ele prontamente abriu as pernas e as enrolou em seu quadril. Louis esticou seu braço e abriu a primeira gaveta da mesa de cabeceira, tirando preservativos de lá. Sentou em suas pernas para abrir um deles, notando os olhos perdidos de Harry e a expressão desconfortável. – O que foi, meu doce? – ele logo se preocupou, acariciando a bochecha de Harry. – Quer parar? A gente para, não tem problema. Você já foi perfeito pro papai. – ele falava com um nó na garganta. 
 
- Não não não! – Harry se apressou. – Eu te amo papai, eu quero continuar, eu quero tudo que você me der. Eu só não queria... Bom, isso. – Harry apontou a camisinha na mão de Louis.
 
- Você não quer usar camisinha, meu bem? – Louis estava surpreso.
 
- Não. Eu nunca transei, você sabe. Você tem alguma coisa? – Harry perguntou medroso.
 
- A primeira e única vez que eu transei sem camisinha foi com a sua mãe, e eu fiz exames depois disso. Então não, eu não tenho nada. – Louis explicou.
 
- Então deixa eu sentir sua porra escorrer pelas minhas coxas, papai? – Harry pegou o pau de Louis entre os dedos, o deixando novamente mais duro do que nunca.
 
- Caralho, Harry. – Louis revirou os olhos em prazer. – Abre a porra das pernas. Eu espero muito que você realmente me aguente, porque eu não vou parar. Você entendeu?
 
- Sim papai, você não vai parar e eu não quero que você pare. – Harry sentiu seu pau expelir pre gozo, ele estava duro de novo. – Mete em mim, me fode, por favor. – choramingou ao que Louis se aproximou mais.
 
Louis beijou Harry com pressa, guiando a glande até o cuzinho dele e empurrando devagar, gemendo rouco ao que sentiu a borda bater  sua pelve. Ele voltou e entrou mais uma vez, gemendo alto por todas as sensações e por ter as unhas de Harry arranhando suas costas com força.
 
- Caralho papai, você é tão grande, tão gostoso. – Harry gemia choroso, sentindo sua cabeça rodar a cada estocada de Louis.
 
 
- Porra neném, você é tão apertado. Papai vai te foder todos os dias, várias e várias vezes. Quero você andando pela casa com minha porra escorrendo de você, quero te comer em todo lugar dessa casa. Você vai deixar, bebê? Vai deixar seu papai te foder sempre que quiser? Hm? Vai ser uma boa putinha, um bom filho pro papai? – Louis estava insano.
 
- Sim papai, todos os dias, eu quero você me fodendo sempre, eu preciso de você me fodendo papai, eu preciso do seu pau. – Harry choramingava.
 
- Você me deixa louco, bebê. Você não tem noção de quantas vezes eu imaginei fazer exatamente o que eu estou fazendo agora, toda vez que você sentava no meu colo e esfregava essa sua bunda gostosa no meu pau. Tão oferecida.
 
- Eu sempre me ofereci pra você, papai. Todos os dias, eu sempre quis chegar em casa e ter você me fazendo gozar várias e várias vezes. – ele gemeu. – Eu sempre quis abrir minhas pernas pra você, papai.
 
- Minha putinha deliciosa. – Louis beijou Harry com desespero, começando a estocar rápido e forte. Tudo que se ouvia no quarto eram os gemidos dos dois e o bagulho das estocadas brutas, eles estavam completamente entregues naquele momento e naquela situação. Louis levantou o tronco, dando estocadas lentas enquanto via seu pau entrar e sair do cuzinho de Harry, vendo o garoto brincando com seus próprios mamilos.
 
- Fica de quatro, filhote. – Ele deu um tapa na coxa esquerda de Harry. – Vou te foder tanto, meu bebê. – ele cuspiu em seus dedos e lambuzou seu  pau. Harry girou na cama todo molinho, arrebitando a bunda.
 
- Vem papai, me enche com a sua porra. – Ele se empinou mais, sentindo Louis estapear sua bunda repetidas vezes e logo em seguida entrar de uma vez, voltando a fode-lo rápido e forte segurando em sua cintura. Harry estava vendo estrelas, seu baixo ventre se contraia absurdamente, os seus gritos já faziam sua garganta doer. Louis era implacável, não importava quanto Harry pedia para que ele fosse um pouco mais devagar ou fraco, ele simplesmente tapava boca do garoto e o foda mais rápido e mais forte. O menino implorava por menos cada vez mais, só pra ter muito mais de seu papai.
 
- Fala pro papai de quem você é, Harry. – Louis puxou Harry pelos cabelos, o fazendo encostar a cabeça em seu ombro. – Fala. – ele era autoritário.
 
- Eu sou seu, papai. Seu para você fazer o que quiser, pra sempre. Só seu, de mais ninguém. – Harry gemia cada palavra, seus joelhos tremendo prestes a ceder, até que Louis estocou mais e mais forte, gozando dentro dele. – Me enche, papai. – Harry choramingou, sentindo Louis esporrar jatos dentro de si.
 
- Eu te amo, meu filhote, meu bebê, meu menino tão bom pra mim. – Louis sussurrou ao seu ouvido.
 
- Eu também te amo, papai. Você também é só meu, certo? – Harry falava com um sorriso preguiçoso no rosto.
 
- Só seu, meu bebê. – Louis deitou Harry na cama, puxando ele para seus braços.
 
- Eu quero mais uma vez, papai. – Harry sussurrou após alguns minutos.
 
- Você mal consegue abrir seus olhos, amor. – Louis riu fraco.
 
- Mas você pode brincar comigo enquanto eu durmo, não pode? – sussurrou beijando o pescoço de Louis, enquanto punhetava ele e o sentia endurecer novamente. – Por favor.
 
- Tudo bem meu bebê, vira de ladinho pra mim. – Louis pediu e Harry se apressou, empinando a bunda para seu papai. Louis penetrou Harry novamente, deixando chupões e beijando o ombro do garoto, estocando devagarinho.
 
Harry não demorou a pegar no sono e Louis estava cada vez mais insano, mesmo dormindo Harry gemia dengoso, seu corpo dando pequenos espasmos prazerosos. Louis torcia o mamilo de Harry entre os dedos, fazendo o garoto gozar fraco enquanto dormia e apertando seu pau de uma forma tão dolorosa que foi impossível não gozar vergonhosamente rápido.
Louis começou a sair de dentro de Harry, mas ele empurrou sua bunda de volta para perto o fazendo grunhir de dor e excitação.
 
- Fica dentro de mim, papai. – pediu baixinho e sonolento.
 
- Tudo pra você, meu bebê. Papai ama você, filhote.
 
Ele esperou um pouco mas Harry já havia dormido, então Louis dormiu sem resposta porém sem dúvida nenhuma sobre o quanto seu filho o amava também e sobre o quanto sua relação com ele havia melhorado 100%.
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miniminiujb · 1 year
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Serei como você!
Mihawk Pai x filho Leitor Masculino (male reader)
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Você sempre teve uma admiração pelo pai e sonhava em seguir seus passos como espadachim. Havia ouvido histórias sobre as incríveis habilidades de Mihawk e seu legado como um dos maiores espadachins dos Sete Mares.
"Oi, pai!" Você exclamou com entusiasmo. "Posso passar o dia com você e aprender algumas coisas?"
Mihawk, como um homem de poucas palavras, assentiu com a cabeça e convidou você a entrar. O castelo era uma imponente estrutura, cheia de tesouros e armaduras daquelas que foram derrotadas por Mihawk ao longo dos anos.
Vocês caminharam juntos pelos corredores escuros e passaram por várias salas cheias de armas antigas e mapas do Grand Line. Enquanto exploravam, Mihawk explicava a você as histórias por trás de cada uma das lâminas.
Após essa pequena excursão, Mihawk decidiu que era hora de mostrar algumas técnicas de esgrima para você. Vocês se dirigiram ao enorme jardim dos fundos, onde imensas rochas serviam como alvos para os treinos de Mihawk.
O primeiro exercício era observar e aprender. Mihawk agarrou sua espada e começou a duelar com um manequim de madeira. Sua agilidade e precisão eram de tirar o fôlego. Você assistia com olhos arregalados, tentando absorver cada movimento.
"Essa é a Kuromame!" Mihawk exclamou, desferindo um golpe fatal no manequim. "O golpe mais poderoso do meu repertório."
Você ficou maravilhado com o poder destrutivo que seu pai possuía, mas também sentiu um arrepio passar pela espinha. Você começou a perceber o quão longo e desafiador seria o caminho para se tornar um espadachim tão habilidoso quanto Mihawk.
Depois de uma breve pausa, Mihawk olhou para você e disse com seriedade: "A verdadeira essência da espada não reside apenas na força física, mas também na elegância do movimento e na paciência para esperar o momento certo para atacar."
Inspirado pelas palavras do pai, você decidiu tentar. Segurando uma espada de madeira, ele começou a treinar seus movimentos, repetindo incessantemente as dicas e técnicas que Mihawk lhe dava.
O dia foi passando e, à medida que o sol se punha no horizonte, pai e filho continuavam a treinar juntos. Mihawk estava orgulhoso de como você estava progredindo, e você admirava a determinação de seu pai e sua dedicação à arte da espada.
Ao cair da noite, Mihawk e você voltaram para o castelo. Sentados à mesa do jantar, você compartilharam histórias e risadas, fortalecendo ainda mais o vínculo familiar que os unia.
Enquanto se preparavam para dormir, Mihawk colocou a mão em seu ombro e disse: "Você tem muito potencial, meu filho. Continue treinando e nunca perca de vista seus objetivos."
"Eu sei pai, vou me tornar tão forte quanto você".
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multiplasidentidades · 3 months
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A causa e origem do exorsexismo.
Referência: Causa/origem do exorsexismo: a thread.
O exorsexismo, um subtipo de cissexismo, refere-se ao sistema que oprime pessoas não-binárias. Para compreender plenamente o exorsexismo, é essencial analisar suas origens históricas e estruturais. Esse sistema opressivo não apenas marginaliza identidades não-binárias, mas também reforça normas de gênero rígidas e tradicionais que têm raízes profundas na história da humanidade.
Origens históricas e estruturais
Por séculos, a sociedade impôs normas rígidas de gênero, perpetuando a ideia de que homens e mulheres possuem características fixas e imutáveis. Essa mentalidade discriminatória marginaliza e silencia as identidades não-binárias, negando-lhes espaço para existir e serem reconhecidas plenamente. A opressão de identidades não-binárias não é recente. Quando indivíduos europeus chegaram às Américas, encontraram comunidades indígenas com sistemas de gênero triplos, quádruplos e até quíntuplos. Essas organizações sociais foram brutalmente oprimidas, pois a elite europeia impôs seus próprios papéis sociais de gênero para facilitar a exploração e colonização.
O sistema sexo-gênero, que conceitua os indivíduos como “homem” e “mulher”, foi concebido com o objetivo de justificar determinadas explorações. Nesse sistema, o homem (branco, rico) ocupava o topo da hierarquia, com a mulher abaixo. Os papéis sociais de gênero obrigam as pessoas a se adequarem a um padrão, fazendo com que alguns indivíduos desenvolvam aversão a tudo que é diferente. A elite europeia garantiu que esse padrão fosse seguido em todas as suas colônias, pois a separação e desunião da classe explorada dificultava o processo de consciência e radicalização da mesma.
Exorsexismo no contexto atual
Atualmente, essas questões ajudam a manter estruturas de poder que perpetuam a opressão e exploração da classe trabalhadora como um todo, onde cada grupo minoritário é explorado com peculiaridades. No contexto exorsexista, essas explorações se referem ao reforço do binarismo de gênero. Esse binarismo se reflete na distribuição de papéis de gênero na sociedade, criando expectativas rígidas que marginalizam e excluem pessoas não-binárias. A divisão rígida do gênero é reforçada por instituições sociais como a família, educação, mídia e religião, perpetuando normas e estereótipos que encaixam os indivíduos em categorias restritas de acordo com seu sexo atribuído no nascimento.
O binarismo de gênero é utilizado para justificar desigualdades de gênero no sistema capitalista, através da desigualdade salarial, desvalorização do trabalho doméstico, limitação na carreira profissional, fermentação da cultura do estupro, discriminação com base em gênero, entre outros. A divisão rígida entre homem e mulher, masculino e feminino cria expectativas sociais que limitam a liberdade de expressão e perpetuam desigualdades, criando um ambiente hostil para qualquer expressão de gênero fora do padrão estabelecido. Pessoas não-binárias enfrentam desafios adicionais, sendo invalidadas, excluídas, marginalizadas e maltratadas.
O capitalismo lucra e controla os corpos das pessoas por meio de indústrias como a farmacêutica, que explora a medicalização de questões relacionadas à identidade de gênero e expressão. Pessoas não-binárias podem enfrentar barreiras ao acessar tratamentos de saúde adequados, reforçando a dependência de soluções médicas para se enquadrarem em padrões impostos. Outra forma de controle está relacionada ao acesso à reprodução e planejamento familiar, com políticas que restringem o acesso a cuidados de saúde reprodutiva com base em normas de gênero impostas.
A persistência além do capitalismo
A hierarquia de gênero, o patriarcado e as opressões de gênero são fenômenos que transcendem as fronteiras do tempo e do sistema econômico. Embora o capitalismo possa se beneficiar, amplificar e perpetuar essas formas de opressão devido à sua busca incessante por lucro e controle, sua queda não garantiria automaticamente o fim das desigualdades de gênero.
O patriarcado, como sistema social, político e cultural, estabelece uma estrutura de poder que coloca os homens no topo e as mulheres em uma posição de subordinação, reforçando estereótipos de gênero e limitando o acesso das mulheres ao poder, recursos e oportunidades, enquanto desconsidera outras identidades de gênero. Essa dinâmica não é uma criação do capitalismo, pois exemplos históricos de sociedades antigas, como a Grécia e Roma, demonstram a subjugação sistemática das mulheres, independentemente do sistema econômico em vigor.
Além disso, o patriarcado não se limita apenas à dicotomia homem e mulher, mas também inclui (ou melhor, exclui) pessoas não-binárias e com identidades de gênero que não se enquadram nos padrões culturalmente estabelecidos. Culturas indígenas na Índia e nas Américas, por exemplo, têm histórias de identidades de gênero não conformistas, como hijras e pessoas dois espíritos, que foram historicamente reconhecidas e respeitadas antes da colonização europeia. No entanto, essas identidades foram suprimidas ou ignoradas dentro do contexto eurocêntrico.
Conclusão
Para alcançar uma verdadeira igualdade de gênero, é necessário um esforço contínuo para desmantelar não apenas as estruturas econômicas opressivas, mas também as normas culturais e sociais que perpetuam o patriarcado e as hierarquias de gênero em todas as esferas da vida. Isso requer uma abordagem holística que reconheça e valorize a diversidade de experiências de gênero em todas as culturas e contextos históricos. A queda do capitalismo por si só não erradicaria automaticamente as dinâmicas de opressão de gênero e do patriarcado, sendo necessário um esforço contínuo para desafiar e transformar as normas de gênero e as relações de poder existentes. A verdadeira emancipação requer a construção de uma sociedade que valorize todas as identidades de gênero e que seja livre de todas as formas de opressão e desigualdade.
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poisonpomegranates · 5 days
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missão 01 - treinamento simples
O céu noturno girava sobre ela, pintado com estrelas como um punhado de diamantes soltos. Não era preto, mas de um tom azul-violeta — a cor que antecipava o alvorecer. 
Narin não tinha conseguido dormir. 
A cama, que em outras noites era um refúgio confortável e acolhedor, nesta tinha parecido sufocante. Estava quente demais, macia demais, e mesmo o farfalhar incessante dos lençois a tinha irritado.
Mas o desconforto em nada tinha a ver com sua cama, a mesma há mais de dez anos, no espaço junto à janela do chalé. Havia uma urgência corroendo-a por dentro, um incômodo que ia além de sua pele e se espalhava em seu peito como raízes sufocantes. O quarto estava mergulhado em silêncio quando Narin se levantou, um tipo de quietude que fazia seu coração bater mais rápido ao invés de acalmá-lo. 
Vinham sendo dias silenciosos desde a mensagem de Hermes, que ainda ecoava na mente de Narin. O rei e a rainha do Submundo caíram, ele tinha proclamado, como uma sentença que Narin sentia começar a pesar sobre ela.
Por quase toda sua vida, sua mãe fora apenas uma presença distante, algo etéreo, uma sensação peculiar alojada em seu peito e, por mais que não compreendesse a origem daquele sentimento, ele tinha se tornado parte dela. Agora, porém, tudo o que sentia era um vazio insuportável.
A morte já havia cruzado seu caminho muitas vezes — ela conhecia a sua frieza e estava, de certo modo, acostumada a ela. Mas aquilo era diferente. Era como se, dessa vez, no lugar da tristeza familiar que ela conhecia tão bem, houvesse apenas um buraco vazio. 
Sem sono e com a mente tomada por preocupações, Narin se dirigiu à arena de treinamento. Era estranho ver o lugar envolvido em silêncio; deu-se conta de que preferia o som das espadas de madeira se chocando, da vida acontecendo. Pela primeira vez em anos, ela se sentia vulnerável, impotente. Acostumada a agir, a simples ideia de esperar era uma tortura. E agora, nada parecia estar sob seu controle.
Desde que chegou ao acampamento, havia se dedicado a aprender como ser uma boa combatente. Embora seus poderes a ajudassem, havia algo no confronto físico que a fascinava. O tilintar dos metais, os movimentos precisos e graciosos que lembravam um balé letal — para Narin, aquilo era uma forma de arte. Era extasiante, estimulante. Mas, apesar de todo o esforço que depositara ao longo dos anos, a sensação de fraqueza agora se agarrava a ela. Não era apenas uma questão de força física, mas algo mais profundo. Esperava que os treinos intensos e todo seu esforço fossem o bastante para driblar as amarras que a maldição tinha posto sobre ela. 
O chicote estranho não parecia se ajustar à palma de sua mão. Suas tiras feitas de fibra teimavam em se enrolar enquanto traçavam seu caminho pelo ar. Tinha um peso diferente de Ankáthi que, àquela altura  — ou pelo menos antes de tudo — era como uma extensão de seu próprio corpo.  Enquanto adornava o braço de Narin na forma de um bracelete, a arma parecia cintilar. 
O boneco sem rosto a encarava na penumbra, esperando uma oportunidade para espalhar o que restava de suas entranhas — palha seca e estopa. Estava meio torto, como se o responsável por organizar a arena no dia anterior tivesse tido pouco interesse em alinhar seus membros. 
Narin suspirou, buscando equilíbrio entre o fôlego e a concentração. A frustração acumulada pelas últimas semanas parecia queimar em suas veias, pedindo para sair, e ela fez o que estava treinada a fazer: canalizou essa energia para o movimento. Com um gesto firme, ergueu o braço, deixando o chicote deslizar no ar com um silvo agudo. O couro se curvou antes de se esticar em um arco, cortando o ar.
A ponta do chicote encontrou seu alvo com um estalo. Estava longe de ser seu golpe mais preciso, mas ainda assim, o impacto cavou um talho profundo na estrutura do manequim, exibindo uma parte de seu recheio. Um sorrisinho satisfeito brincou em seus lábios, seu rosto se iluminando com uma nova carga de adrenalina.  Pelo menos a sensação ainda era boa.
Repetiu o movimento, vez após vez, aperfeiçoando-o a cada golpe. O chicote dançava no ar e, a cada estalo, Narin tentava ajustar o ritmo, entrando em sintonia com as tiras de couro.
Cada golpe carregava o peso de uma memória, como se a cada curva sinuosa de sua arma improvisada fosse uma libertação de tudo o que ela guardava dentro de si. Pela primeira vez, Narin se sentia grata por ter tantas memórias às quais se apegar. Era nelas que encontrava força — mesmo nas mais dolorosas. Principalmente nelas.
O sol já havia nascido quando, arfando, Narin largou o chicote. O som distante das trombetas do acampamento ecoava no ar da manhã, junto do burburinho que começava a crescer. Para um dia que só começava, ela estava exausta. Seus músculos queimavam,  estava dolorida, faminta e o suor fazia seu cabelo se encaracolar ao redor do rosto. 
Na boca, a insatisfação com seu desempenho deixava um gosto amargo. "Não se cobre tanto", Aylin teria dito, se estivesse ali. Mas ela não estava. E aí estava a maior de suas insatisfações.
Mas aquilo era, ao menos, um primeiro passo. Talvez não fosse perfeito, talvez não fosse o bastante — mas era um avanço. Um começo. E se havia uma coisa que Narin sabia fazer bem, era recomeçar.
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journaldemarina · 5 months
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Domingo, 28 de abril de 2024
Agora é 10h56 de uma manhã de domingo. Logo que peguei o celular vi os stories no Instagram e achei graça de ver registrado momentos em algum culto, acho que católico ortodoxo. Não sou religiosa mas tenho certo fascínio com religião quando é vista de outras formas que não a crença per se. Essa menina compartilhou as fotos de cruzes aesthetic, os raios meio art decó atrás da figura crucificada. Outro dia a cliente mais assídua da cafeteria estava falando as orações que funcionavam como mantra que os familiares dela falavam quando era jovem. A arquitetura, as roupas. O vermelho e o dourado, o gótico. Os ritos. O controle da libido, a autoflagelação, o BDSM— *cof*
* * *
No mercado eu gosto de ler a embalagem da manteiga para me certificar que estou levando apenas leite e sal e nada além mas tem dias como hoje que saio de pijama de casa, vou até a loja de conveniência do posto de gasolina que tem aqui do lado e volto com um pacotão de Cheetos requeijão, uma Passatempo recheada sabor chocolate, um Cupnoodles sabor galinha caipira e um pastel que sabe-se lá quando foi frito.
* * *
Preciso tomar banho rápido e ir comprar a ecobag do festival de cinema que encerra hoje. Essencial para o disfarce, amo fingir ser cool.
* * *
Oh shit, here we go again. Estou montando as caixas para colocar as minhas coisas. Mais uma mudança. Quanta coisa tenho! Ainda preciso entrar em contato com o senhor que faz frete. Pela primeira vez vou morar num apartamento com estrutura de verdade, com portaria, elevador, zelador, essas coisas. Tem até acesso a um terraço! Acho que vai ser bom. Tem uns janelões já telados, ótimos para minha gata. Pega o sol da manhã na sala e o pôr-do-sol, cartão postal daqui, é visto pela janela do quarto. Décimo primeiro andar. Espero que os novos ventos sejam bons.
* * *
Sexta-feira encontrei um cara, transamos. Acordei com ele me enchendo de beijos, emocionadíssimo. Ele para, me olha todo bobo e diz "nossos filhos seriam tão lindos, né?", no que respondi "larga de ser maluco, te conheci ontem".
* * *
Olha as coincidências de assunto. Depois de MUITO tempo sem pisar em uma igreja, hoje fui em uma assistir meu amigo de mais longa data cantar. Não entendo absolutamente nada de música clássica, nunca parei para ouvir, mas presenciar a orquestra e o coral acontecendo sempre arrepia e é lindo. No final o namorado dele me emprestou um livro que tinha em mãos. Vou ler rapidinho para conseguir entregar na quinta, num dos ensaios.
Agora estou comendo meu Cupnoodles sabor galinha caipira. Amanhã como salada.
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strawmariee · 11 months
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Oieee voltei pra fazer meu pedido \o/
Então, eu tinha pensado em um bruno x leitora (romântico, por favor) num AU de fantasia onde o bruno é um sereio (ou tritão, sei lá o masculino de sereia ksjkk)
Eu pensei que ele podia conhecer a leitora quando ela estivesse pescando e acaba pegando ele com a rede mas o solta logo em seguida, o que desperta a curiosidade dele na leitora, já que os humanos tendem a capturar a espécie dele.
Aí talvez ele possa retribuir o favor salvando ela de um naufrágio ou então só trazer presentinhos do mar pra ela mesmo, o que faz eles se aproximarem aos poucos.
Desculpa pelo pedido grande, é que eu tô com essas fantasias na cabeça a bastante tempo e minha capacidade quase inexistente de foco não me deixa concluir essa historinha kjkkk
Novamente, gosto muito das suas fics. Tenha um bom dia/noite ^3^
Oi oi oiii! Eu achei muito fofo o seu pedido, e como eu tinha reassistido o filme da pequena sereia e também Golden Wind já que finalmente chegou na Netflix, e então fiquei bem na vibe para escrever esse request!! Espero que goste e uma boa leitura!🩷
Part of Your World
Bruno Bucciarati x Leitora
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O que normalmente as pessoas gostam de fazer em uma bela manhã de um sábado? Bom, existem várias opções como dormir, ver televisão, ficar com a família, ler…
No meu caso, eu gosto de pescar!
Minha casa fica em frente ao mar, que sempre permanece calmo independente de tudo. E é onde eu mais gosto de passar o meu tempo, já que é onde consigo organizar meus próprios pensamentos, sendo minha única companhia o belo som das águas contra o casco do barco e as gaivotas que tentavam roubar as minhas iscas.
E hoje não seria diferente!
A semana foi bastante torturante e cansativa por conta do meu trabalho e da minha faculdade, eu estava completamente estressada e precisava de um tempo sozinha, por isso que seguiria a minha tradição de tentar pescar algo para almoçar mais tarde.
Assim que coloco o meu chapéu, saio da minha casa segurando minha vara de pescar e a minha maleta de pesca onde se encontra meus anzóis reservas e iscas, na qual seriam bastante importantes. Eu inspiro tranquilamente com a familiar brisa levemente salgada enquanto caminho em direção a praia, me deliciando com a sensação da areia macia entre os dedos dos meus pés enquanto caminho na direção do meu barco que está ali, praticamente me atraindo para ele como se eu fosse um pedaço de metal e ele um ímã.
No entanto, fui capaz de perceber um som desconhecido ao longe próximo do cais, e logo fico em alerta. Minha razão diz para eu ignorar o som, mas meu instinto me diz para ir ver o que é. Optei pela segunda opção.
Mas o barulho cada vez mais alto começa a me fazer desconsiderar minha escolha de seguir minha razão, e começo a pensar que podia ser algum golfinho ou algum outro animal preso na costa.
Isso foi o suficiente para alterar minha escolha.
Começo a caminhar até o cais, questionando a mim mesma se estou fazendo o certo, mas resolvo apenas seguir o fluxo até ficar perto daquela estrutura de madeira.
— Olá, tem alguém aí?
Assim que minha voz ecoa, o som de repente cessou e com isso franzi minhas sobrancelhas e me aproximar mais ainda da ponta daquela estrutura, até que eu arregalei os olhos quando me deparei com um ser humano que estava preso em algumas redes,
— Meu Deus, como você conseguiu ficar desse jeito?! — Assim que ele ouve minha voz, sua expressão de repente muda para uma de assustado enquanto eu me aproximo.
— Pare, não se aproxime! — Ele de repente gritou, seu tom de voz mostrava sua desconfiança e aflição com minha presença.
— Calma, eu só quero ajudar. — digo de maneira sincera enquanto desço na água rasa e começo a andar até ele.
— Fique onde está!
E de repente, eu achei que estava vendo coisas ou que eu estivesse sendo influenciada por algum resquício de sono, mas não… Eu realmente vi o que eu vi…
Uma cauda… Uma cauda em forma de rabo de peixe.
Não é possível que eu estivesse de cara com um sereio! Eu sei que o mar é bastante vasto, mas nunca achei que a possibilidade da existência dessas criaturas seria possível!
Não consigo esconder a surpresa e o choque que se revelam em meu rosto, e isso pareceu deixar o homem em choque ao ver que ele revelou sua metade de baixo sem querer.
— Uau… — Essa é a única coisa que consigo dizer, mas logo despertei quando ele começou a se mexer novamente, tentando escapar da rede que parecia cada vez mais presa no corpo dele. — Ei, calma, deixa eu te ajudar!
— Já disse para não se aproximar, humana!
Eu não escuto o que ele fala, e vou me aproximando devagar até que eu pego um pouco da rede e começo a tentar puxar ela, no entanto, eu acabo o machucando um pouco sem querer e isso faz ele grunhir e arranhar o meu braço, me fazendo gritar de dor e soltar a rede.
— Ai!
Ele apenas fica mais nervoso e então eu apenas espero o momento que ele fica cansado e, quando ele chega, eu começo a mais uma vez a tirar a rede com mais cuidado dessa vez, e aproveito para verificar se ele ainda tinha algum outro machucado, entretanto, não encontrei mais nada.
Assim que ele ficou livre daquela rede, ele parecia um pouco mais calmo e não parecia ter a intenção de me atacar.
— Obrigado…
— De nada, não é preciso agradecer! — Eu sorri para ele e vi que ele estava prestes a me dizer mais alguma coisa quando seus olhos foram para a ferida em meu braço, quando…
— BUCCIARATI! Você está bem??
Meus olhos se arregalaram quando, um pouco mais ao longe eu pude ver três cabeças emergindo da água, e pareciam de três criancinhas.
— Fica quieto, Narancia! — A menina dos cabelos rosas diz para o garoto de cabelos negros que havia gritado antes, enquanto a outra criança apenas ficou olhando sem dizer nada.
— OLHA, É UMA HUMANA!! — O garotinho chamado Narancia aponta para mim enquanto exclama de forma aguda e surpresa e eu até me espanto.
— Fica quieto Nara!
As duas crianças gritam e então afundam o pobre garoto na água, e isso me fez ver que eles também eram como o homem que ajudei.
— E-Existem mais?!
Repentinamente eu senti algo áspero bater nas minhas pernas e eu acabei caindo no chão, e quando percebi, o Bucciarati já havia mergulhado e levando aquelas três crianças.
O que diabos acabou de acontecer?!
⋆。゚☁︎。⋆。 ゚☾ ゚。⋆
Após esse ocorrido, eu enfim pude ir para o meu barco para finalmente poder começar a minha tarefa de ir pescar, mas agora eu estava levemente hesitante. Agora que sei da existência dessas criaturas, nada impede a existência de outros seres mitológicos como um Kraken ou um Leviatã? Eu engoli em seco, mas como eu já estou no meio do mar… É triste, mas é a vida.
Eu então inspirei fundo e então abri minha maleta e coloquei uma isca no anzol antes de lançá-lo para as águas, e então começou a parte onde eu fico esperando…
Esperando…
E esperando…
Eu então fiquei olhando para as nuvens branquinhas no céu, me lembrando grandes algodões doces até que eu me espantei quanto a linha começou a ser puxada e eu me levantei logo no barco, vendo que em menos de 20 segundos um peixe já tinha fisgado minha isca! Eu puxei o peixe com toda a minha força e arregalei os olhos quando vi que era um grande peixe!!
— Meu Deus, muito obrigada a todos os deuses e santos que tiveram piedade de mim hoje! — Eu digo enquanto olho para o céu com um enorme sorriso enquanto puxo aquele enorme atum para dentro do meu barco.
— Que bom que isso agradou você.
Eu dei um gritinho e quase deixo o peixe escapar, e ao olhar para o lado eu vejo aquele mesmo sereio com ambos os braços apoiados próximos da proa do meu barco.
— Oh, o sereio de novo! — digo para mim mesma, todavia, ele pareceu ouvir minha frase já que ele arqueou uma de suas sobrancelhas.
— Tritão*, esse é o nome da minha espécie. — Ele diz e quando viu que eu fiquei levemente envergonhada pelo meu erro, ele deu uma risada.
— Desculpe. — Eu sorri levemente envergonhada, no entanto, o som do atum se debatendo me trouxe de volta para a realidade, e eu logo olhei para o tritão com curiosidade. — Foi você quem o atraiu para a minha isca? — Ele assentiu com a cabeça, e isso me fez inclinar a minha para o lado. — Mas por quê?
— Ora, você me ajudou lá atrás… É o mínimo que posso fazer, não é?
Eu sorri largamente enquanto eu admirava aquela criatura, conseguindo notar alguns detalhes que não pude antes, como suas orelhas parecerem com barbatanas, algumas pequenas escamas brancas peroladas na área de suas bochechas e no dorso de seu nariz, como também nos seus antebraços, mas diferente do seu rosto, ele tinha algumas manchinhas pretas que eram bastante bonitas.
— Será que eu posso perguntar uma coisa? — pergunto enquanto me aproximo cuidadosamente dele, que apesar de estar mais confortável com minha presença, ele ainda parecia vigilante sobre meus movimentos.
— Sim, claro.
— Por acaso… Existem outras criaturas como vocês sereias e tritões? — pergunto enquanto me sento perto dele e o encaro com bastante interesse por seus conhecimentos do mundo das águas.
— Bom…
⋆。゚☁︎。⋆。 ゚☾ ゚。⋆
A partir desse dia, eu fui me aproximando muito mais deste tritão, que descobri se chamar Bruno Bucciarati, e que ele era alguém bastante importante no reino dele. Sim, um reino de sereias e tritões! Mas para minha “sorte”, descobri que realmente existam outras criaturas marinhas que são dadas como extintas, como o Megalodon, Livyatan e etc. E só de saber isso me deixou assustada.
— Tá brincando Bruno, é sério?? — Eu quase que grito quando ele me disse aquilo, o que o fez dar uma pequena risada.
— Não estou brincando, mas não se preocupe, esses dois estão bem no fundo do mar, lá na Fossa das Marianas. Vocês humanos ainda não foram para lá, não é?
— Para você ter uma ideia, nós sabemos mais sobre o espaço do que sobre o mar!
— Sobre o espaço?
E assim eram nossas conversas durante esses meses em que ficávamos mais próximos, contando coisas mais gerais sobre nossos mundos. No entanto, hoje tinha sido um pouco diferente.
Assim que deu umas 16 horas, eu saí de casa e corri para a praia com rapidez, um sorriso largo logo apareceu em meus lábios quando vi Bruno em nosso ponto de encontro: Perto daquele mesmo cais que eu o salvei quando nos conhecemos.
— Olá Bruno, você está bem? — questiono enquanto me sento próxima da maré do mar, e ele logo fica ao meu lado com sua mão direita aberta e me mostrando lindas conchas com diversos tons de cores! — Bruno, elas são lindas!
— São para você. — Ele sorriu enquanto pega a minha mão e coloca as conchas, nas quais eu toquei com a ponta do meu dedo e sorri ao olhar para o tritão.
— É muita gentileza, muito obrigada! — Eu guardei as conchinhas em uma pequena pochete que sempre levo comigo e logo sorri para ele. — Não esperava por isso, você sempre consegue me surpreender.
Ele sorriu ladino por um momento, olhando para o sol que estava no horizonte, mas meu olhar continuava nele, o admirando secretamente. Não sei se isso podia ser considerado estranho, mas eu achava ele muito bonito. Não só por sua aparência, apesar da cauda, mas sua personalidade gentil, educada e cavalheira o deixavam mais belo.
A luz do sol refletia em seu corpo, e suas escamas pareciam brilhar como pequenas estrelas. Mas o que vem me chamando a atenção durante os meses é a tatuagem que ele tem em seu peito, parecia ser algo tribal mas não tenho certeza.
— O que acha dela?
— Perdão? — Eu despertei ao ouvir a voz dele e logo me toquei ao que ele está se referindo. — Oh, eu acho incrível sua tatuagem, ela tem algum significado?
— Ele é como uma marca da minha família, então todos que possuem o sangue dos Bucciarati possuem essa marca no peito. — Ele sorriu, parecendo orgulhoso enquanto me conta sobre aquele fato de sua família, e isso acabou me contagiando e me fazendo sorrir também. — Você quer tocá-la?
Sua fala de repente me deixou de olhos esbugalhados e senti minhas bochechas esquentando levemente com sua pergunta. No entanto, minha curiosidade estava maior do que qualquer coisa, e com a permissão dele, isso parecia um sinal para mim.
— Eu adoraria.
Ele então se vira para mim, me dando abertura para eu tocar em sua tatuagem que se mesclava em seu abdômen com o começo de sua cauda que também era simplesmente linda com aquele branco perolado, com bolinhas pretas e com uma linha dourado nas laterais. Eu então coloquei a palma das minhas mãos em sua tatuagem, o calor da minha mão tendo um contraste em sua pele gelada devido ao mar.
Eu consegui ouvir a respiração dele ficando um pouco mais profunda e lenta, e isso começou a me deixar um tanto quanto envergonhada, mas não poderia perder aquela oportunidade única. Usei a ponta do meu indicador para contornar a curva da tatuagem e então olhei para ele para ver sua reação, mas seus olhos azuis pareciam me observar de uma maneira singular.
— Está tudo bem? — pergunto como uma garantia de que isso não o está atormentando.
— Sim, não se preocupe.
Ele diz isso e eu não deixo de notar o seu rosto um pouco mais perto do meu e em como o coração dele parecia acelerado sob a palma da minha mão. Senti algo em minha perna e quando notei, a cauda dele parecia querer se enroscar nela, me fazendo ruborizar com mais força.
— Posso lhe dizer algo, S/n? — Ele diz em um tom de voz baixo enquanto seu olhar permanece nos meus. — Tem algo que não te contei sobre minha espécie.
— E o que seria esse algo?
Minha voz parecia mais baixa, mas por eu estar me sentindo acanhada, e meu próprio coração batendo mais rápido não estava me ajudando a pensar direito enquanto nós estávamos tão perto um do outro.
— Nós tritões… — Ele se aproxima de meu ouvido, sua respiração quente fazendo um suave carinho em minha pele e me dando arrepios na espinha. — Carregamos conosco o costume de presentear aqueles que possuímos um vínculo forte e, assim, desejamos estar juntos até o fim de nossas vidas.
Eu imediatamente sinto um frio na barriga quando nossos olhos se reencontraram, ele tinha um olhar firme e determinado, enquanto eu estava nervosa e surpresa por todas as suas palavras.
Eu imediatamente fiquei um pouco insegura por conta de nossa diferença de espécie, todavia, Bruno não parecia considerar isto.
— Eu… É…
— Você vai ser a minha mãe??! — Subitamente uma voz infantil ecoou no local, e logo vi aquele mesmo garotinho de cabelos negros nadando até a mim.
— Narancia, o que está fazendo aqui? — Bruno logo olhou para o garotinho que ficou entre nós dois, praticamente se deitando em minhas pernas.
— Desculpe Bucciarati, ele não quis me escutar e nem a Trish. — Aquele outro menino que estava com eles, um de cabelos dourados, emergiu das águas com a garotinha de cabelos rosas atrás, parecendo irritada com o Narancia.
— Ah, tudo bem, eu entendo…
— Ei! Você quem vai ser minha mãe?! — Narancia perguntou para mim e parecia animado enquanto toca nas minhas pernas de uma forma curiosa. — Que estranho, você não tem cauda! O que você é??
— Sou uma humana, pequeno Narancia.
— Uau! Que legal! — Ele parecia animado enquanto até mesmo se sentava em meu colo, analisando as minhas coxas, pernas e pés. — Você é estranha, mas gosto de você.
Eu olhei para o garoto com uma leve surpresa e indignação e ouvi uma pequena risada do Bruno e vi as outras duas crianças se aproximando e também me olhando curiosas.
É, acho que eu fui adotada por uma família, uma família de sereios.
The End
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olhardecatarina · 4 months
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Você  viu  CATARINA  DE  OLIVEIRA  CAETANO?  Ouvi  dizer  que  ela  tem  26  ANOS  e  estuda  BIOLOGIA  MARINHA,  morando  no  BOSQUE  VERDE.  Achei  ela  muito  parecida  com  JULIA  DALAVIA,  mas  foi  só  impressão  mesmo.
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Há quanto tempo mora em Pyunghwaho? Mora há dez anos na cidade.
Sobre o personagem: Catarina nasceu no Rio de Janeiro e vivia uma vida bastante tranquila em Búzios, na Região dos Lagos. Morava apenas com a mãe e não tinha sequer ciência de que, um dia, estaria do outro lado do mundo, diante de uma cultura completamente diferente da qual já estava habituada. Com o novo casamento de Tatiana com Min Jaesik, não havia razão de deixá-la no estado brasileiro com tão pouca idade, por isso a família arrumou suas malas e partiu rumo à Coreia do Sul. O destino foi Pyunghwaho, o que não só surpreendeu Catarina como a fez se apaixonar pela pequena cidade costeira, tão familiar com sua antiga residência. A língua parecia difícil em um certo momento, com a ajuda de Jaesik, no entanto, Catarina viu que grandes oportunidades esperavam por ela no Lago da Paz. Se esforçou para deixar sua marca no local, a única coisa que não esperava era perder a mãe para um doença, o que ruiu todas as estruturas da adolescente alegre e carismática que distribuía sorrisos pelas ruas coreanas.  Já haviam se passado três anos desde a partida de Tatiana, Catarina agora se ocupava com os estudos e ansiava pelo seu futuro como bióloga marinha. Ainda tinha uma boa relação com seu padrasto, Jaesik estava sempre disposto a dar para Catarina tudo o que ela precisava, por isso não mediu esforços para dar-lhe uma pequena casa em Bosque Verde, assim ela poderia começar a construir sua vida sem a interferência direta do homem, vivendo apenas para trilhar o seus novos caminhos.
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valehq · 4 months
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PARABENS PRA VOCÊ! NESSA DATA QUERIDA!
Hoje é um grande dia para Pyunghwaho! O feriado mais aguardado pelos moradores dessa cidadezinha conhecida como um pedaço do Brasil na Coreia do Sul está finalmente aqui. Estamos comemorando os 112 anos desde a fundação da cidade, e o prefeito Gustavo Choi preparou um evento espetacular que vai agitar a economia local e garantir a diversão de todos.
Desde o início da semana, os preparativos estão a todo vapor. Os trabalhadores da prefeitura estão pendurando decorações por todas as principais ruas da cidade e na praça central. Arranjos de flores, tanto naturais quanto artificiais, lanternas típicas coreanas e bandeirinhas coloridas transformaram Pyunghwaho em uma verdadeira explosão de cores para a grande festa.
Na praça principal, uma estrutura de metal foi montada para ser o palco das apresentações de grupos de pagode, tanto brasileiros quanto coreanos! Tudo decorado com as cores da cidade, que misturam as bandeiras do Brasil e da Coreia do Sul. Além disso, espalhadas pela praça, estão barraquinhas e food trucks cheios de delícias, brinquedos infláveis para a criançada e uma barraca central exibindo o impressionante bolo de metro, a principal atração do evento.
Convites foram distribuídos para as cidades vizinhas, convidando todos a se juntarem a essa celebração especial. Então, vista sua melhor roupa, chame seus amigos e familiares e venha festejar no melhor estilo brasileiro! Vamos fazer deste aniversário de Pyunghwaho uma festa inesquecível!
Lista de atrações da festa:
Brinquedos infláveis, sendo os mais populares o castelo com piscina de bolinhas, escorregador, cama elástica e touro mecânico (que os adultos também podem usar).
Bolo de metro de doce de leite e morango que vai ser distribuído depois das 15h.
Shows de pagode e samba, começando às 14h e indo até as 2 da manhã.
Discurso do prefeito Gustavo Choi, meio dia em ponto.
Barracas de artesanato dos moradores, também com muita comida típica.
Food trucks variados.
Muita bebida! Cervejarias artesanais, tanto brasileiras quanto coreanas.
Desfile das escolas até a praça principal.
Fogos de artifício quando escurecer.
O evento começa agora, meio dia do dia 30/05, e vai até sábado que vem, 08/05. Com isso, as interações estão oficialmente abertas! Para starters no evento, edits de looks e o que mais vocês quiserem criar, usem a tag vale:aniversário.
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94-cherry · 4 months
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Eu tentei te salvar nessa vida, mas não consegui, apenas se eu tivesse o super poder de voltar no tempo e te salvar na infância, eu sinto muito por tudo que você tenha passado e hoje você tenha se tornado esse homem com traços narcisista.
A gente se reencontra em outra vida e espero que você receba toda estrutura familiar, amor, carinho, conforto, atenção que você não recebeu na infância e adolescência.
Independente da situação eu sempre vou te amar até a próxima, pois nessa não podemos ficar juntos.
2° luto 🥀
- Cherry
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bislacha-wolf-1234 · 4 months
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RADIOACTIVE FOXY HEADCANON BIO
Nome: radioactive foxy (orgulho)
Gênero: masculino
Espécie raposa furry
Raça: litoradions (animatronics radioativos)
Festividade: wasteland event
Idade: 25
Aniversário: 14 de fevereiro
Personalidade: animado, ansioso e leal
Signo: libra
Laço familiar: grim foxy (primo)
Sexualidade: pansexual
Interesse amoroso: magician mangle
Abilidades especiais: orgulho possue a capacidade de criar uma poderosa onda radioativa que infecta o ambiente, ele também pode derreter objetos e pessoas com sua radioatividade, além de conseguir soltar raios infravermelhos dos olhos que queima muito.
Símbolo de representação: um trifolio (Símbolo radioativo)
Curiosidade: orgulho é um dos únicos primos do grim que não são animatronics infernais; orgulho é sempre leal aos seus amigos e sempre faz tudo que eles mandam; ele também possui um barril radiativo pelo qual se esconde e pode se teletransportar e desaparecer.
Versões especiais: isralde e belfefox
Música do personagem: radioactive (imagine dragons)
Mascote: Ray
Poder próprio: orgulho pode destruir estruturas inteiras com uma fumaça negra que aparece ao seu redor toda vez que está lutando, orgulho também pode fazer seres vivos desmaiarem com o ar radioativo que sai de seu peito e olhos quando eles está com raiva.
Opinião geral: orgulho é aquele típico personagem humorístico e zueiro da cultura popular, mas ele é extremamente forte e sabe lutar muito bem, ele é uma gracinha.
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espiritismo · 5 months
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O cooperador
1 Imagina-te à frente de um violino. Instrumento que te espera sensibilidade e inteligência, atenção e carinho para vibrar contigo na execução da melodia.
2 Se o tomas de arranco, é possível te caia das mãos, desafinando-se, quando não seja perdendo alguma peça.
3 Se esquecido em algum recanto, é provável se transforme em ninho de insetos que lhe dilapidarão a estrutura.
4 Se usado, à feição de martelo, fora da função a que se destina, talvez se despedace.
5 Entretanto, guardado em lugar próprio e manejado na posição certa, como a te escutar o coração e o cérebro, ei-lo que te responde com a sublimidade da música. Assim, igualmente na vida, é o companheiro de quem esperas apoio e colaboração.
6 Chame-se familiar ou companheiro, chefe ou subordinado, colega ou amigo, se lhe buscas o auxílio, a golpes de azedume e brutalidade, é possível te escape da área de ação, magoando-se ou perdendo o estímulo ao trabalho.
7 Se largado ao menosprezo, é provável se entregue a influências claramente infelizes, capazes de lhe envenenarem a alma.
8 Se empregado por veículo de intriga ou maledicência, fora das funções edificantes a que se dirige, talvez termine desajustado por longo tempo.
9 Mas, se conservado com respeito, no culto da amizade, e se mobilizado na posição certa, como a te receber as melhores vibrações do coração e do cérebro, ei-lo que te corresponde com a excelência e a oportunidade da colaboração segura, em bases de amor que é, em tudo e em todos, o supremo tesouro da vida.
10 Pensemos nisso e concluiremos que é impossível encontrar cooperadores eficientes e dignos, sem indulgência e compreensão.
Emmanuel
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solbenoit · 11 months
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três dias passaram-se voando. às 14h, você e as outras selecionadas estavam todas reunidas no corredor, algumas conversando entre si, outras quietas, outras re-ensaiando. o corredor estava interditado pelos guardas para dar privacidade à vocês, e tudo parecia vazio… até que seu nome foi finalmente chamado para entrar na sala do trono (o que pode ter acontecido mais cedo ou mais tarde, considerando a lista de chamada). nos tronos estavam a rainha anne, a princesa antoinette e o príncipe andré, todos com caras muito profissionais e interessadas no que você tinha para falar. também haviam câmeras e luzes profissionais em todos os lugares, um mini-estúdio de filmagem, pronto para pegar todos os seus melhores e piores ângulos. o rosto mais conhecido do país na questão jornalística oficial, o qual você com certeza já viu em algum anúncio oficial do palácio ou qualquer notícia de grande relevância, sophie boulanger, conduziria as perguntas.
Qual foi a coisa que mais te surpreendeu assim que você chegou ao palácio? Imediatamente assim que eu cheguei? A estrutura, talvez? Ou a quantidade de pessoas que trabalham aqui pra que tudo funcione tão bem... é um trabalho daqueles.
Você está aqui há algum tempo, nos conte o que você traria de casa para cá e levaria daqui para casa? As festas, com certeza. Vocês sabem fazer algo de grande magnitude, mas não chega nem perto de uma festa de verdade. (risos) O que eu levaria daqui... tem tantas coisas legais.... A comida.
Tem alguma coisa que pareceu bizarro para você na realeza, até agora? E surpreendente? A galeria de retratos é bizarra e surpreendente ao mesmo tempo, como alguém gostaria de ter a sua imagem e de seus familiares toda concentrada em um cômodo pra que todos pudessem ver? Como se fosse arte exposta... Nem gosto de imaginar.
Acredita que irá aprender a se tornar uma futura rainha? Mesmo que não seja a escolhida. Se eu não for escolhida meio que perde a serventia. (risos) Eu considero que posições de liderança não são ensinadas, ou você nasce com o dom para isso ou não. A teoria não pode ser o seu único motor, se você não possuir aquela chama interior não vai passar a mediocridade.
Está sendo difícil se adaptar às normas e pessoas novas? Como é esse convívio para você? As de etiqueta, sim. Muitas regrinhas para absolutamente tudo, então esse tempo de adaptação está sendo muito útil para mim.
Teve tempo para conhecer alguma realeza convidada? Se sim, deseja visitá-la em algum momento? O primeiro nome que me vem á cabeça é Catty... Caitrìona. A princesa da Escócia... Não vejo porque não, sempre ouvi falar que a Escócia é linda.
Como vem sendo sua relação com as outras garotas? Acha que está deixando uma boa impressão? Meu deus, eu espero que sim. (risos) Nós passamos grande parte do nosso dia juntas, ainda mais agora que houve esse adiamento da Seleção. Se eu estiver deixando uma impressão ruim vou descobrir que sou chata... Espero que esse não seja um daqueles quadros que aparecem convidados surpresa e as pessoas falam o que acham do entrevistado, eu não aguentaria o baque. (risos)
Como você acha que será seus encontros com a princesa? Vocês já tiveram momentos compartilhados? Pelo que eu ouvi falar da princesa através dos jornais e entrevistas, ela parece ser atenciosa e divertida... Espero me divertir. Princesa, eu posso te ensinar a dar uma festa, se quiser.
E por último, qual é o seu diferencial das outras garotas que te colocaria no trono? Sabe aquele fogo? Eu estou em chamas.
depois de responder as perguntas, sophie sorriu, satisfeita. “por favor, o palco é seu. você tem cinco minutos, como especificado na carta. boa sorte.” e agora, começaria a melhor primeira impressão que você precisa passar em toda a sua vida. o que vai fazer?
Seus olhos costumeiramente transmitem sentimentos controlados, calculados e, para a rebelde, esse era seu maior talento, conseguir mentir de uma forma tão próxima da realidade que até as pessoas próximas a si corriam o risco de confundir um fato com algo inventado. A todo momento estava sendo uma pessoa diferente do que realmente era, as opiniões dadas durante aquela entrevista e até em seu dia a dia eram versões deturpadas e distorcidas do que realmente achava, esse era o único jeito de sobreviver naquele meio desagradável e quem sabe ter a chance de realizar seu objetivo. Um suspiro leve escapou de forma teimosa por seus lábios enquanto caminhava até o palco, sabia que ele muito provavelmente seria tomado como nervosismo, apesar de partir de um lugar de cansaço. Sol odiava estar ali, caminhando para seu lugar no que mais parecia uma grande vitrine, sendo obrigada a demonstrar um talento para agradar pessoas que poderiam - e estavam avaliando se deveriam - a comprar. Ela e todas as outras selecionadas não passavam de objetos sendo oferecidos para os dedos nojentos da alta sociedade, perdendo a individualidade no processo. A humanidade. Nada além de bonecas bonitas e divertidas. O cheiro de poder que ela não conseguia ignorar fazia com que seus ombros desejassem cair, ceder ao peso da situação, mas a sua teimosia a obrigava a manter a postura correta ao sentar no banquinho do piano, a cabeça erguida ao anunciar do que tudo aquilo se tratava. "Eu tive a melhor professora que poderia existir." Disse, de forma simples. A francesa não iria se prender a detalhes, não explicaria o óbvio. Ela só queria que tudo aquilo acabasse o quanto antes. "É pra você, mãe." As palavras foram ditas tão baixas que a Benoit não fazia ideia se foi possível para aqueles que a observavam ouvir, mas não tinha problema, Sol estava ignorando a presença deles. Desde a morte de sua mãe, a morena não havia tocado ou cantado na frente de ninguém. Essa arte se tornou algo que a ligava com a matriarca mais do que qualquer outra coisa, por isso, a única coisa que conseguia ouvir sua voz melódica era o túmulo que visitava em datas especiais. As primeiras notas foram acompanhadas de um cerrar de olhos, a transportando para a árvore onde a sepultura improvisada havia sido colocada. Sol quase podia sentir a brisa aconchegante acariciar sua pele enquanto as palavras em sua língua nativa buscavam espaço por entre seus lábios. O tom melancólico se confundia com o carinho, embalando a melodia do que antes era uma música romântica e a enchendo de pesar. O toque de esperança presente ali era um brilho em seu céu nublado. Todos os sentimentos antes controlados e cuidadosamente dosados escapavam por entre seus dedos, ecoando nas teclas do piano. Ressentimento, dor, amor. Por alguns minutos tudo se fazia presente em Sol, um livro aberto como nunca tinha sido antes. "Je ferai un domaine où l'amour sera roi, où l'amour sera loi, où tu seras reine. Ne me quitte pas." Assim que a última tecla foi tocada, Sol foi puxada para a realidade ao sentir uma solitária lágrima escorrer por sua bochecha, alertando todos seus sentidos no processo. Conseguia sentir o olhar de todos no cômodo pesando sobre si, queimando sua pele vulnerável como brasas. A selecionada levantou quase que de imediato, agradecendo pela atenção em um tom de voz baixo e se retirando do cômodo. Sabia que aquele comportamento não era aceitável, mas os sentimentos borbulhando em seu interior a deixaram ansiosa demais para fazer o certo. Aquela seria a última vez que Cosette Soleil Benoit se permitiria ser ela mesma, essa era uma promessa. "Você não pode falhar."
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