Tumgik
#eu tô tão cansada. queria dormir e deixar tudo só passar por mim mas eu n posso fazer isso
sunnybergamota · 1 year
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Essa semana já me deixou mentalmente e emocionalmente exausta e terça feira nem acabou ainda 🫠
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garotadeipanema92 · 8 months
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Por Mais Mil Anos...
Já se passaram meses e eu sinto como se eu ainda fosse morrer Uma agonia terrível e angustia forte que persiste em querer me derrubar Não é todo dia que consegue, geralmente não ocorre Mas… Quando ocorre.. Sinto sua falta Todo dia, toda hora, a todo instante Eu penso em você todo dia ao acordar e toda noite antes de dormir Durante minha rotina não há um momento em que eu não pense em você e não importa mais, não importa o que eu sinto, eu não importo mais porquê eu causei isso Eu arruinei tudo e eu me odeio por isso Só queria te apagar pra você poder viver melhor e dói, não há mais mensagens a serem enviadas, palavras a serem soadas e nada mais a ser dito Você foi embora e mesmo eu me sentindo ridícula mais uma vez escrevendo sobre você algo que já te disse, eu ainda escrevo e te poetizo porque sou uma idiota que sente uma coisa tão intensa e hoje eu sei o que tudo isso significa Descobri tarde demais e eu te desejo felicidades, muita felicidade Te procuro pelas esquinas, as vezes sinto seu cheiro e tá tudo bem, tá? Eu tô procurando formas de te esquecer e te deixar em paz, não quero te incomodar então vou continuar escrevendo mesmo com a garganta doendo e entrando em pânico pra dizer que eu amo você Sei que você já não confia mais em mim… Mas Deus acredita na minha palavra quando digo isso Ele acredita em mim e no meu coração quando eu disse pela ultima vez que te amava. Eu sou a verdadeira piada e okay, eu aceito isso. Eu tô cansada, me desculpa mas parece que você nunca conseguiria entender o que se passa aqui dentro, me sinto ridícula, exposta, e por mais que eu grite por dentro, por mais que minha garganta doa por coisas que eu nunca mais poderia te dizer, por palavras e toques que eu jamais conseguirei demonstrar, eu ainda sofro, a verdade é que eu não sabia como amar você e e agora que sei isso pode demorar anos pra passar Não sirvo para o amor, eu deveria me afastar dele. Eu machuco as pessoas e quando eu mesma tento ser feliz eu me saboto Ainda sonho com você, todas as noites.. Você não sai de mim e nem da minha cabeça Meu peito clama por doses autenticas de nós e sabe.. Depois de tudo, eu me contento com te visitar todas as noites quando fecho os olhos. Em todos os meus sonhos te vejo e você me olha, sorri e diz que fico bonita brava, te olho, sorrio de volta, me emociono e quando chego perto o suficiente para te tocar.. Você some.. E eu acordo chorando Não sei se é pesadelo, mas… Eu diria que é a melhor parte da minha noite, quando eu mal vejo a hora de dormir só pra eu poder te ver, quase te tocar… te sentir… E acordar com o peito pesado… Nunca respondo você, nunca digo nada, acho que é com se eu já tivesse saturado minhas palavras e sentisse que se eu dissesse alguma coisa, você fosse embora Ainda te espero todo dia na minha varanda olhando os carros passarem para eu poder te olhar de lá de cima e dizer que já vou descer te atender As vezes tudo o que eu queria era poder voltar no tempo, me fazer acordar, me sacudir, me dar um tapa pra eu prestar atenção que quem eu iria perder estava ali, embaixo do meu nariz. Eu te amei, e vou te amar por mais mil anos, todo dia, a vida toda…
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saltytoothiebcyes · 10 months
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Coração de Kiki
O celular vibrou, notei no fundo da minha mente, mas eu não poderia desviar o olhar da cena se desenrolando na minha frente. Na verdade, nenhuma das personagens pôde desviar o olhar da terrível besta, seus olhos penetrantes, um abismo de incertezas e medos. "Vais desistir? Finalmente aprenderá seu lugar e retornará?" O som de cem vozes ressoou da fera. Céus, o que fariam?! É o que estive me perguntando nos últimos dias. Será que o plot que planejei é bom o bastante?
Tã-tã-tã-nã-nã
Droga, quem estava me ligando? Fechei o laptop e levantei da mesa, levando minha xícara comigo. Quando vi o nome de quem me chamava, quase cuspi minha bebida fora! Se a Dona Ana estava me ligando, significava que era hora de sair. Eu dei a sorte grande quando consegui um trabalho de meio período no teatro, ajudava com as contas e me mantinha contente nos fins de semana, quando eu folgava do meu emprego no departamento de marketing. Este último não é exatamente meu sonho, mas é o que mantém meu apartamento.
A rua estava movimentada, cheia de pessoas apressadas, sem tempo. Eu poderia me relacionar, e nem estaria falando do meu atraso. Ultimamente, minha tentativa de escrever uma estória, apesar de me trazer prazer, tem me causado estresse também. Porque não tenho tempo! Durante minhas férias, passei cada dia escrevendo, pensei no roteiro até dormir e calculei o custo da publicação. Eu cheguei até a reta final, quando um bloqueio criativo impediu que eu terminasse o trabalho, como se fosse uma das maldições de Coração de Kiki. (Meu próprio romance!)
Chegada no teatro, não pude prever o ataque de abraços do qual fui vítima. Nunca parei de me chocar sobre conseguir tantas amizades, mesmo que de tempos em tempos eu os deixe de lado não-intencionalmente. É sobre isso que meus camaradas me importunaram naquele dia, dentro de um contexto específico. Eles queriam que eu os acompanhasse em uma viagem fora, em o que devia ser uma jornada inspiradora. Mas eu neguei, e eles não aceitaram a resposta.
No final do dia, eu estava com um semblante estóico, e preocupados, meu centro de amizades fez um tipo de intervenção. Eu não queria desabafar, só tentei me justificar. "...Acho que eu não consigo fazer tudo isso." Suspirei, não quis elaborar, mas logo que as palavras deixaram minha boca, foi como assistir um trem descarrilhar. "Tem sido tão difícil, e parece que vai piorar." Eu não queria chorar. "Quem eu tô tentando enganar? Tô dedicando meu tempo a algo que nem tenho o dinheiro para publicar." Estava ali, minha realidade. Tinha um gosto amargo, quando desceu pela garganta fez meu estômago embrulhar. Senti que vomitaria meu próprio coração.
No final das contas, decidi fazer a viagem. Deixei Kiki congelada, encarando a maldita besta. Esqueci meu bloqueio, e com o tempo, junto de pessoas incríveis, eu não me sentia tão amaldiçoada assim. Em uma certa noite, meu grupo montou acampamento. Historietas de terror foram as primeiras a serem contadas, mas logo começamos a colocar nossas experiências em aberto. O membro mais velho no grupo, uma vez que foi lhe perguntado como ele achou seu caminho na vida, respondeu depois de dar risada: "É ingenuidade que te faz pensar que eu eu encontrei meu propósito. Sabe, todos os dias eu acordo e penso se eu deveria tentar de novo aquele projeto que larguei em prol de um menor, que me daria um retorno mais rápido. Penso se vale a pena passar anos me dedicando à uma obra que uma vez terminada, ainda vai passar por uma muralha de julgamentos. Eu seria capaz? Eu não sei, mas eu tô tentando confiar em mim mesmo. Na minha época, eu não tinha ninguém. Mas agora vejo minha filha correndo atrás dos sonhos, e acho que com minhas pernas velhas e cansadas, posso fazer o mesmo. Quero morrer sem arrependimentos. A vida é tão curta que não posso fazer metade do que já quis, mas posso fazer minha vida insignificante valer de algo se deixar algo para trás. Isto é, uma boa coleção de livros para meus netos lerem." Ele terminou com um sorriso bravo, e naquela hora, percebi que meu camarada deve ter enfrentado suas próprias bestas também.
Umas semanas depois eu voltei para casa, e não passou muito tempo antes que eu estivesse em frente ao meu laptop. Encarei o que deveria ser um romance, mas sentia como um abismo de incertezas. Eu teria a capacidade? Quando publicasse, poderia encarar minha mãe e dizer: "olha, eu não sou um fracasso"? Eu alcançaria alturas que nunca alcancei para publicar minha obra? Talvez. Talvez não. Lembrei de uma conversa que tive com minha mãe. Contei a ela meus planos, o porquê não conseguia focar no ensino médio, e ela me disse: "Você já quis ser muitas coisas quando era criança, brincou de cozinheira, de médica, de bombeira. Mas agora já é adulta o suficiente para saber que não pode escolher um caminho e mudar no meio do percurso sem consequências. Você só vai ter a si mesma para culpar se não der certo. Apesar de que estarei aqui para você independentemente." E era verdade. Quantas vezes não falhei, e com a confiança abatida, fui lamber minha feridas perto da minha mãe? Ela era meu ponto de spawn, quando morresse. Mas dessa vez queria que fosse diferente.
"Eu não vou retornar, fera. Não posso te deixar para trás." A criatura obscura inclinou sua cabeça em curiosidade. "Tu és uma parte de mim, e não importa se tive medo antes, não vou deixar que me enterre viva. Pode parecer maior, soar mais velha que minha existência, mas é a parte mais fraca de mim." Apesar do tremor em suas extremidades, Kiki sorriu de canto, como se fosse mais um desafio. "Vou te devorar, besta, assim nunca vai obscurecer meu coração novamente."
Eventualmente, eu terminei meu livro. Fiz uma parceria com uma ilustradora brilhante, e ela tornou minha imaginação em um mundo perfeitamente visível. Ele era lindo e aterrorizante, como a vida às vezes é. Por isso, muitas pessoas se identificaram e acharam seus próprios significados para minha obra. Minha mãe ficou orgulhosa, meus amigos comemoraram junto a mim e minha parceira de negócios, agora amiga próxima, e estou pensando que nunca me senti tão feliz. Criar histórias é parte do meu cerne. Assim como a magia era para o Norte e a diversão era para o Jack Frost (Origem do Guardiões). Minha escrita é como uma pedra preciosa que ainda tem de ser lapidada. Tudo bem, ninguém consegue ser perfeito na primeira tentativa. Agora, com licença, preciso descansar. Lembre-se, bloqueio criativo? Talvez você deva se afastar um pouco do seu processo. Se for para ser, será. Seja valente, encare suas feras. Seja gentil, ajude aqueles que se perderam. Seja você, seguindo sua paixão.
Dedico esta fanfic à minha mãe.
Dedico esta fanfic à obra "Sussurros do Coração", Studio Ghibli.
Dedico esta fanfic à obra "O Serviço de Entregas da Kiki", Studio Ghibli.
Dedico esta fanfic à obra "Origem dos Guardiões", DreamWorks.
De coração, muito obrigada.
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daisyjoners · 1 year
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❝ do you wanna stay with me tonight? ❞ // philip and erin
para conseguir um dinheiro extra, tinha passado praticamente o dia todo no trailer, ao cobrir o turno de um colega que iria se ausentar durante a manhã. por mais que a sua conta bancária certamente estaria a agradecendo por uma folga na hora de pagar as contas, estava tão cansada que nem sequer pensava em algo além de quais eram exatamente as razões para ter se feito passar por aquilo. não era a primeira - e dificilmente seria a última - vez em que acabava o dia inteiro no sandwich shack, porém, não lembrava da última vez em que o tinha visto tão cheio durante várias partes do dia. haviam esquecido de avisar a eles que teria um evento próximo da praça da alimentação, então, a maioria dos visitantes acabaria por ir lá para conseguir uma refeição rápida. se não estivesse tão acostumada, era capaz que nem sentisse o próprio corpo mais, começando pelas solas de seus pés, de tão doloridas que estavam. havia saído por volta das onze da noite e ido direto para a casa de lip, um combinado anterior de ambos que não seria a ela nada custoso cumprir quando era várias paradas de ônibus antes de seu apartamento, o que tornava extremamente atrativa uma visita ao amigo.
era óbvio até mesmo em seu semblante que estava cansada, e não havia poupado lip de reclamações de seu cansaço, em esperança de conseguir dormir um pouco no sofá dele sem ser julgada. não esperava o convite que seria realizado, porém, tentou aparentar casualidade para não parecer muito desesperada - ou, pior ainda, folgada. “é um convite sério?” ergueu as sobrancelhas. não imaginava o motivo de não ser, e a confirmação de philip a tranquilizou um pouco. erin, porém, não perderia a chance de provocar e brincar um pouco com o amigo. sabia que ele não se importaria, porque nunca falava nada que fosse verdade mesmo. “tá me chamando pra dormir com você, então, é?” abriu um sorrisinho. “eu achei que me faria uma janta primeiro, ao menos.” sugeriu, entrando no personagem. “receber também uma massagem iria me deixar com um ótimo humor, caso esteja se sentindo muito generoso.” ela não tardou a rir, deixando ainda mais óbvia a brincadeira que existia naquilo tudo. uma das coisas que mais gostava no forman era justamente em como poderia agir sem pensar muito, e ele a acompanharia de alguma maneira. não se recordava da última vez em que havia se aproximado ou sentido tamanho conforto com outra pessoa tão rapidamente quanto com o rapaz, quem conhecia fazia apenas algumas, mas estava feliz de ser com ele com quem tinha uma relação daquela forma. era até estranho, vendo o seu histórico, que houvessem permanecido somente na amizade naquele meio tempo. 
esticou as pernas sobre o colo alheio e recostou o melhor o corpo na almofada do sofá. “mas, não vou ser eu a negar isso, sinceramente. tô completamente exausta, seria capaz de ir parar na garagem dos ônibus por ter dormido enquanto esperava chegar na minha parada.” um pouco de exagero, a sutherland sempre se permitia. mesmo que não duvidasse completamente de seu potencial para acabar em situações como aquela, considerando que sua vida era um desastre natural sempre em movimento - nunca saberia o próximo momento de azar que tomaria forma. “eu posso ficar no sofá mesmo, não é tão ruim quanto você tinha falado.” disse. a resposta alheia, se referindo a como na verdade o móvel era péssimo para dormir e fazia muito mal às costas, ocasionou com que erin o encarasse com o cenho franzido. acabou não falando nada, contudo, quando o amigo se ofereceu para que dormisse pela cama dele. um gesto ótimo de sua parte, precisava reconhecer, porque não queria mesmo mais dores em suas costas do que certamente acordaria apenas por todas as horas de pé naquele dia. “tem certeza? e você vai dormir nesse horror aqui só por mim?” outra vez, vincou o cenho. não imaginando que lip, na verdade, já tinha um outro cenário muito diferente em sua mente com aquele comentário. “ah, não. eu não quero que você acabe dormindo aqui só por minha causa. esqueceu que precisa estar inteiro pra aturar o príncipe no ace?” um apelido muito conveniente para o colega de trabalho dele, que de alguma maneira parecia estar vivenciando alguma espécie de experimento social em viver a vida real - uma porcaria de problema de um rico sem nada melhor para fazer, na opinião de erin.
antes que o forman pudesse opinar sobre a divisão de locais para dormir, uma ideia surgiu na mente de erin quase em um estalar de dedos. com um sorriso radiante, então, soltou a sugestão para ele: “espera um segundo. a sua cama não é nada pequena, lip, eu não ocupo nem metade dela direito sozinha. por que você não fica junto comigo?” sugeriu, se sentindo realmente excelente em pensar na ideia. a situação poderia soar estranha em outros contextos, com outras pessoas, mas lip era seu amigo, e nada acontecia entre eles. em algumas ocasiões até havia se questionado qual poderia ser a razão por ele ser um dos únicos rapazes com que convivia que nunca tentara nada com ela, diretamente partindo para a amizade, e nunca tinha encontrado uma resposta plausível além de um simples não ser o tipo dele. vai saber que tipo de garota fazia o tipo dele, apenas sabia que não deveria ser ela. e imaginava que estava tudo bem, mesmo que uma parte sua, obviamente, já houvesse imaginado como seria beijá-lo, antes de firmarem a sua amizade. “mas eu já aviso que vou te empurrar caso invente de querer me abraçar e ficar de conchinha de noite, ok? a não ser que esfrie mais, assim você vai ser muito bem vindo pra ficar grudado em mim.” gracejou, piscando para ele. a temperatura estava muito instável naquela semana. “se importa se eu usar o seu chuveiro, aliás? e pegar alguma roupa sua pra dormir? sua sorte é que temos uma altura parecida, alguma deve ficar bem em mim.”
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contosts · 3 years
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A menina que sonhei ...XVII
Voltamos com os sorvetes, mas ainda não tinha ninguém em casa, aproveitamos e foi cada um pro banho, neste caso eu fui com a Lorena, já era natural termos estes momentos em casa.
Saímos do banho e eu emprestei uma roupa de dormir, colocamos cada uma um roupão e descemos para cozinha, não deu 15 minutos mamãe chegou com algumas sacolas, coisa que já era normal, desde que me propus a ser mulher mamãe sempre trazia algum mimo para mim e para minha irmã.
Desta vez eram roupas mais casuais.
Tomamos os sorvetes, com bolo e voltamos à sala conversar, agora só as meninas, meu irmão mais velho ligou dizendo que iria passar a noite com os amigos e logo meu outro irmão também saiu, pediu o carro e disse que iria pra balada e passar a noite na casa do pessoal, chegaria só no outro dia.
Com isso prolongamos a noite nós quatro, dado o avançado da hora deixamos nossas mães sozinhas e subimos para o quarto. Não para transar e sim eu queria conversar com Lorena. Comecei assim.
- Lorena, meu amorzinho, que historia é essa que só você terá uma vagina ??? Você realmente quer ficar comigo r eu tento um pênis? Não havíamos combinado isso, seriamos duas meninas iguais ?!?!?!
- Si, veja, hoje foi fantástico, mas se nós duas tirarmos o pênis, não terá graça, teríamos que usar um consolo e você viu que na carne é muito melhor. Uma de nós teria que ficar digamos ativa e a outra passiva. Si, se Você realmente quer uma vagina, tudo bem, realmente havíamos combinado isto ?
- Olha, até hoje eu queria, na verdade não queria ter relações com homens, sempre me achei uma Trans Lésbica, sei lá se existe, mas nestes últimos meses li e vi muito sobre transexual, Crossdresser, mudança de gênero e confesso que o mundo homem/masculino não me interessa, ter um homem, acho que às vezes ate será necessário para apagar meu fogo, isso que penso agora friamente mas e você. Você realmente quer tirar o pênis?
Lorena ficou um bom tempo parado olhando para sua calcinha, alisando, pensando, falando baixinho até que eu já cansada quase dormi, ela então me disse.
- Simone, vamos fazer o seguinte, eu terei mudanças radicais neste fim de ano, não será a operação no pênis, ainda precisamos de mais um ano, mamãe já viu para me emancipar e assim não precisa chegar aos 18. Iremos modificar algumas coisas na medicação, farei algumas microcirurgias no rosto, pescoço e cintura. Uma previa para moldar minha aparência externa para minha nova vida de mulher. Vou pedir para a Tia, deixar você me acompanhar em tudo e assim você ira ver se suporta todo o processo e ai decide, o que você me diz.
- Boa ideia, falei e peguei ela pela mão para descermos na sala para dar a noticia a nossas mães, saímos do quarto, rápido demais e descemos, não as achamos La em baixo e ai pegamos cada uma, mais um copo cheio de sorvete e fomos subindo comendo, quando entramos no quarto de mamãe, vimos algo que nos confundiu. Nossas mães estavam se beijando, sentadas na cama, uma acariciando a outra pela roupa. EU num misto de sussurro e engasgo falei.
- Mãeeeeee!!!
Nossas mães levaram um susto, mamãe ia levantar e ia gritar algo, quando titia, colocou o dedo em sua boca, e com a outra fez sentar enquanto olhando para nós falou.
- Meninas, venham aqui! O que vocês viram agora é um reflexo da nossa juventude, eu e sua mãe, isto vale pra você filha também, éramos muito amigas e dividíamos todas as nossas confidencias, exatamente como vocês duas e as irmãs de vocês. Vejam, quando uma sofria uma decepção amorosa, era a outra que segurava as pontas. Ficamos nessa cumplicidade e trocas de carinho e afeto até que a uma de nós assumiu para a outra que havia encontrado um par ideal, e que passou de namoro a noivado e assim cada uma tomou seu rumo, até atualmente somos confidentes, mas nunca mais nos aproximamos sexualmente.
Ai minha mãe interrompeu minha tia.
- Simone, minha filha, até pouco tempo atrás, respeitei seu pai, o luto e tudo mais. Quando vi seus irmãos tomando rumo, você com essa mudança toda, fiquei muito deprimida, estava exagerando nos remédios quando sua tia, que já vivia sete anos do divórcio, vendo-me neste buraco, estendeu-me a mão, como nos velhos tempos e começamos a nos ajudar na carência de cada uma. Após descobrir vocês transexuais, nos descobrimos também, na verdade somos bissexuais, pois ambas ainda gostamos de homens, em encontros ocasionais, mas nada de sério mas também não é só sexo existe uma química nos homens que nos atraem. Estamos pensando no ano que vem mudarmos de cidade e ai todas nós começarmos uma vida nova, todas juntas. Sua irmã e a irmã de Lorena, irão fazer intercambio e possivelmente fiquem como seus irmãos soltos e livres para seguir com a vida de cada uma.
Eu instantaneamente intervi dizendo.
- Acho que não temos o direito de opinar mamãe, disse eu olhando para Lorena que ainda estava boquiaberta.
Lorena falou.
- Tia, mãe. Não consigo entender por que não nos contaram, fomos 100% honestas e transparentes com nossos desejos e com a decisão de nos tornarmos mulher e veja, subimos aqui pois precisamos falar algo, já que parece que esta noite é a noite das descobertas, queremos dizer algo.
Ai Lorena falou tudo o que pensamos sobre operação, acompanhar etc. e isso agora iria ser melhor ainda pois ficaríamos todas na mesma casa.
Ambas as mães ponderaram o porquê, foram fazendo perguntas, nos cercando até que veio a pergunta que seria o divisor de águas, feita pela mãe de Lorena.
- Meninas, para vocês chegarem a esta decisão, teriam que ter uma relação com um homem de verdade, visto que o pênis de vocês é diminuto e no caso de Lorena quase um clitóris, vocês já não são mais virgens, digo analmente com um homem ?
Ambas não sabíamos o que responder e nem seria possível. Nossa cara e cor, parecendo pimentões respondeu por nós.
Agora foi titia que recebia um sinal de silencio de minha mãe.
- Olha, acho que realmente vocês tinham que ter esta relação, afinal seria ali que iriam realmente sentir se é como homem, como mulher ou como uma travesti que iriam se sentir. Mas tô curiosa, pela cumplicidade de vocês, creio que herdada de nós. Falou isso pegando na mãe de titia. Vocês tiveram esta relação cada uma em separado ou trocaram os namorados ?
Lorena, de novo me surpreendeu.
- Não tia, escolhemos um homem só e transamos juntas com ele, sendo ativas, passivas e tudo mais. Era importante que fizéssemos juntas para não haver mistérios ou algo a ser escondido entre nós duas. Sim, isso mesmo tia, isso mesmo mamãe. Suas filhas são bissexuais como as mães, realmente a fruta não cai longe do pé. Falou isso rindo, olhando para mim e piscando.
Sabia muito bem que ela estava dizendo de nós duas e de meu VIZINHO, restava saber se o resto da família era tão liberal assim e se mamãe ou titia tinham já descoberto ou sabiam de coisas que nós ainda não sabíamos. E fomos mais de uma hora falando de como foi, o que fizemos, digamos que falamos sem nos preocupar que eram nossas mães, eram nossas melhores amigas e suporte, era justo com elas falar tudo. Dito tudo formos realmente dormir.
Infelizmente os meninos foram embora na quarta-feira após o feriado prolongado, voltamos a nossa rotina, agora mais duas semanas de aula, provas e finalmente eu poderia ser menina 24/7 e assim estar realizada.
Foi complicado, os hormônios estavam no pico de ação, era nítido o volume de nossos seios, agora eu estava quase com os seios um pouco maior do que as meninas do colégio, embora uma colocassem enchimento para terem maior volume e eu ali prendendo, se se solta iria deixar todas de queixo caído com certeza.
Ficamos estas três semanas eu e Lorena, mais unidas e com nossas duas irmãs parecendo um cão de guarda, em casa elas viam que estávamos muito femininas de corpo e o medo ainda assombrava.
Demos Graças que deu tudo certo. Dia 01 de dezembro saiu às notas, todas aprovadas e assim não precisávamos mais nos preocupar. Conforme prometido pela mamãe, gastamos aquele final de semana embalando e encaixotando tudo que eu tinha de menino, roupas, brinquedos, sapatos. Iríamos doar na campanha de Natal tanto de presentes como de roupa.
Lorena estava indo para SP, para uma bateria de exames para inicio de suas operações. Passamos todos juntos no Ano novo, minha família e a família de Lorena, houve um leve relacionamento de meu irmão mais novo com a irmã de Lorena, até foi bom assim, ele nos dava um sossego, pois estávamos mais interessadas em nós duas agora e a Lorena estava maluca assustada com tudo que iria passar, embora fosse o desejo sempre havia a apreensão se daria tudo certo, se realmente as mudanças ficariam naturalmente femininas.
Foi maravilhoso o fim de ano, era dia 31, de mãos dadas nos declaramos em amor, fizemos planos, promessas e pelo efeito da champagne estávamos realmente soltas até demais.
Meu VIZINHO até tentou algo conosco no inicio da noite quando estávamos os três sozinhos na cozinha, já durante a noite, enquanto ele estava de mãos dadas com a irmã de Lorena, fomos nós a lhe provocar com olhares e indiretas. À medida que íamos abusando um pouco da chapagne, a libido nossa foi aumentando, agora éramos Eu, Lorena, meu VIZINHO e irmã um pouco mais soltos e a irmã de Lorena no mesmo ritmo. Minha irmã ficava só olhando e volte e meia interrompia o casal para conversar com sua amiga, ou ir até o banheiro e etc. Era até estranho, minha irmã demonstrava um incomodo, comentei com Lorena que até parecia ciúmes do casal, era até divertido ver. Era nítido que a irmã de Lorena provocava mais minha irmã do que meu VIZINHO , pensamos nós duas e falando uma no ouvido da outra se elas não eram também bissexuais.
Ficamos nessa pegação ate umas 02h00min da manhã quando fomos cada um para seu quarto com minha irmã levando a sua amiga para seu quarto, a contragosto de meu irmão mas eram ordem de nossas mães que já haviam se recolhido. Ainda era segredo a todos o relacionamento delas, achamos por melhor guardar o segredo e evitar algum constrangimento nesta nova fase.
Já no inicio de janeiro, Titia providenciou nossas matriculas, e já em março iríamos para a aula, já tínhamos os uniformes e eu com ajuda de minha irmã e Lorena fizemos pequenas mudanças nos Uniforme para atender nossas necessidades especiais, fazia tempo que não voltávamos ao atelier, inicio de toda a minha jornada, mas foi legal. Voltamos a mexer e reativamos o projeto de minha irmã de vender roupas/ajustar/consertar enfim seriamos um Atelier de costura, reforma e já estávamos pensando em um curso profissionalizante e minha irmã já estava vendo um vestibular em Moda, já a irmã de Lorena queria educação física, tinha um cuidado com o corpo e volte e meia nos colocava para fazer alguns exercícios para manter o corpo durinho, ou pelo menos bem desenvolvido para provocar aos homens.
Em casa Mamãe voltava a ficar muito tensa, eu e meus irmão estávamos preocupados, não sabíamos direito o motivo, eu achava que era sobre nós ou nossas finanças, mas meus irmão insistiram que estava tudo certo com isso, eles estavam acompanhando o lado financeiro com minha mãe, afinal papai havia ensinado um pouco disto para eles. Víamo-la e nossa tia muitas vezes apreensivas e nervosas.
No começo de Março, na segunda quinzena, íamos começar as aulas, como daqui cinco dias Lorena iria para a primeira modificação facial e nossa casa era maior do que a de Lorena, elas vieram para cá dois dias antes da operação, ajustar-se as rotinas, casa e tudo mais.
A cirurgia ocorreu tudo certo, três dias no hospital e Lorena recebeu alta, embora estivesse totalmente enfaixada do pescoço para cima, apenas olhos boca e parte do nariz eram visíveis. Faltando três dias para as aulas, minha mãe veio com a noticia que tanto a abalava. Marcou uma reunião em vídeo conferencia inclusive com meus irmãos.
- Oi filhos, estou aqui com suas irmãs e preciso conversar com vocês. Vocês tem notado eu nervosa, pois então, creio que já devem ter visto que se inicia uma pandemia no mundo, soubemos agora a pouco no hospital que já temos alguns poucos casos no Brasil. EU tenho acompanhado tudo isso pelos meios médicos e as perspectivas não são nada boas, já temos países com sérios problemas e não será diferente aqui no Brasil. Como estamos nós em três estados: PR, SP e RJ creio que teremos impactos diferentes, por isso vamos nos cuidar, eu vou enviar no whats algumas dicas de cuidados que recebemos da Europa, de colegas que estão fazendo especializações lá e pelo muito que li parece ser eficaz para proteção, vamos evitar viajar e vocês mantenham-se o maior tempo possível em casa.
E assim foi a reunião com muitas perguntas, sustos e mamãe pediu para eles escolherem entre voltar ou ficar sem vir até tudo terminar, mas devido a inicio de suas vidas no exercito e na STARTUP ambos preferiram ficar, mas prometendo o maior cuidado do mundo e nos visitar assim que for possível ou caso ocorra alguma emergência, abandonariam tudo para ficar com a família.
Mamãe já havia decidido que eu não iria para a aula, se fosse o caso que perdesse o ano letivo, mas ela não iria sacrificar nem eu, nem minha irmã.
Por sorte a escola já suspendeu na segunda semana as aulas. Agora iriam ver um jeito e fazer remotamente, era tudo novo e aguardamos instruções das duas escolas.
Como eu e Lorena iríamos começar na escola como meninas, foi para nós uma vantagem pois nas vídeos conferencias, não era obrigado mostrar nem o corpo nem o rosto, no caso de Lorena pelos hematomas da cirurgia. Mas se fosse o caso, bem maquiadas éramos umas lindas meninas.
As doses de hormônios foram aumentadas, as de inibidores masculinos também. Eu já estava com seios maiores do que mamãe e minha irmã, a endocrinologista comentou que era a soma da Ginecomastia, inicio precoce dos hormônios e meu corpo se adaptando ao crescimento. Assim que passasse esta fase, iria perder um pouco desses grandes seios, mas ainda ficariam maiores do que das mulheres da família, o que me dava muito orgulho.
Agora estamos seguindo estas recomendações. Lorena por sinal já esta totalmente recuperada seus traços femininos estão realmente divinos, já marcamos a minha harmonização facial, faremos no mesmo momento que ela terá a modificação nas costelas, parece que irão retirar a ultima vértebra ou reduzir e assim cuidam de nós duas juntas, estão programando para as férias. Mamãe tem nos dito que esta pandemia, que é como chamam este ataque do vírus ira perdurar ate o fim do ano.
As mudanças na face e costela, como não interferem na questão do gênero, não precisou de nenhuma intervenção judicial. Mas nossa tia já esta com tudo acertado para em novembro (mês que tem sido o mês das mudanças) para mudarmos nosso gênero nos documentos, vão esperar novamente os órgãos públicos abrirem, as pericias e tudo mais. É burocrático mas já esta meio caminho andado.
Falta uma semana para as cirurgias e meu corpo sentiu fortemente os inibidores e hormônios femininos, meu pênis esta tão menor quanto o de Lorena, diferente dela, o meu não parece querer ficar ereto, se fica é por pouco tempo, o suficiente para um gozo de pouco esperma, mas a endocrinologista falou que seria natural, para cada pessoa existe um grau diferente de reação do corpo aos medicamentos.
Os sonhos tem voltado, mas agora com nitidez e clareza e percebo que os sonhos do passado eram exatamente estes, mas meu subconsciente não me via como mulher, acho que até ele teve que aprender a me ver como mulher e agora tanto sonhos, desejos e a realidade é de que sou uma menina, uma mulher.
Esse ano foi ao mesmo tempo do confuso ao de realização pessoal, voltei da cirurgia e ainda fizemos uma modificação que Lorena não fez, a raspagem do pomo de Adão, que em mim parecia bem maior do que o dela, com isso minha voz esta mais suave, ainda não esta boa, uma fonoaudióloga esta nos acompanhando e assim que tirar os pontos e bandagem da face iremos para sessões aqui em casa.
Já é fim de outubro e olhando tudo isso vejo que o descuido de minha irmã foi sem dúvida a melhor coisa que me ocorreu nos últimos dois anos, de um menino comum e franzino para uma jovem agora com seios fartos, face delicada, nariz pequeno, rosto torneado, pernas finas e um bumbum de dar inveja, sem ser exagerado, mas muito firme e redondo do que muitas meninas que convivi, já inclusive estou recuperando da ereção e realmente o pouco que foi mudado na medicação já revigorou minha libido masculina, pelo menos na ereção.
Segundo a endócrino, está programado a interrupção total dos inibidores e doses de hormônios baixando gradativamente para um nível de manutenção, isto até o meio de 2021, estou ansiosa, já faz algum tempo que nem eu nem Lorena temos relações completas sexualmente, pois estamos alternando entre cirurgias, adaptações, fisioterapias que não dá tempo. Em janeiro de 2021 ela entra na mudança de sexo, vai sincronizar com a saída da documentação de emancipação, na sequencia a de mudança de gênero que não precisa mais de cirurgia para se confirmar, antigamente somente após cirurgia pedia-se hoje se entendeu que é mais o psicológico e não o físico que determina e como temos mais de um ano de terapias e acompanhamento temos a documentação mais que necessária para tal procedimento jurídico.
Esse ano de 2020 realmente foi muito intenso para nós, estou praticamente há um ano sem ver meus irmãos e eles nem imaginam o quanto diferente eu estou.
Sou agora realmente a menina que sonhei ...
https://www.casadoscontos.com.br/texto/202105637
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depeernasproar · 4 years
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Carta de despedida para o meu ex-amor
Há dois anos começamos a conversar. Descobrimos os gostos um do outro, confessei que te conhecia desde a época de colégio e frequentávamos a casa um do outro todos os dias. Não deixávamos de nos ver por sequer um dia. Um grande laço foi se construindo, até que veio a primeira briga. Recebi um girassol. Eu amo girassol. Hoje eu vejo coisas que antes não enxergava na época. Deixar de concordar com você, que era o meu amor, pra concordar com alguém que eu achava que queria a minha amizade. Céus, quanta decepção. A primeira viagem juntos em setembro, se não me engano. O pedido de namoro oficialmente veio antes de um open bar, em outubro. Dia vinte de outubro de dois mil e dezoito. Eu confesso que não esperava por aquilo. Em janeiro, a aliança. Em março, a primeira viagem juntos e sozinhos. Carnaval. Eu lembro de ter machucado minha mão porque você, meu amor, não me ajudou a subir o morro de areia. Eu não queria dormir com você aquela noite. Eu sempre fui um pouco radical. Admito que, hoje, eu imploraria pra dormir com você. Obrigada por sempre me levar nas aulas teóricas e práticas da auto escola, por me levar na fisioterapia e por ser meu companheiro em simplesmente tudo. Eu sei que muitas vezes eu pequei. Mas eu podia jurar, de dedinho, que eu te amava. Eu podia gritar pro mundo inteiro ouvir que você era o amor da minha vida. Revendo fotos antigas, vi minha declaração de amor pro seu aniversário, em dois mil e dezoito. Eu agradecia a você por ter paciência comigo e por ter feito eu perder o medo de relacionamentos. Eu não sabia se devia ou não comprar presentes para você pois ainda não tínhamos nada sério. Eu comprei uma blusa e descobri que você tinha uma bem parecida. Admito que fiquei aliviada de ter acertado tanto o seu gosto, mesmo que as blusas fossem bem parecidas. Foi aí que eu descobri que você odeia setembro. Você odeia seu aniversário. E eu queria muito que você percebesse o quanto seu aniversário era importante para mim. Obrigada por fazer seu pai sair comprar coxinha e um pedaço de bolo para eu comer por ter ido embora brava da faculdade por causa da Semana Acadêmica. Eu lembro de ter despertado meu monstro interior e gritado “EU TÔ COM FOME”. Céus, que vergonha. Eu lembro uma vez em que fiquei chateada porque você falou coisas horríveis sobre uso de drogas e, eu, como irmã de alguém que foi preso justamente por isso, me senti muito mal. Eu sempre me importei com os outros. Antes eu não enxergava isso como defeito. Hoje eu já vejo que destruí minha vida por causa disso. Obrigada pela festa surpresa em dois mil e dezoito. Obrigada pela companhia no Joia. Obrigada por torcer tanto por mim na natação. Obrigada por passar a virada de ano comigo. Por me apresentar aos seus amigos, seus familiares e primos. Sei que no começo eu não fui muito bem aceita pelo seu primo-irmão, rs. Não foi à toa aquela parabenização que ele te deu em setembro, no seu aniversário. Acho que até hoje seu primo-irmão tem um pouco de ciúmes de você. Mas é normal. Me desculpa por tantas brigas por causa de League of Legendes, por causa de Free Fire, por causa de respostas secas e por causa de como você me tratava quando estava com outras pessoas. Ainda namorávamos quando brigamos na casa da sua tia. Fiquei chateada vendo seu pai levando comida para a noiva dele, percebendo que ela não estava muito confortável com a situação, e eu, também desconfortável, sendo completamente ignorada. Depois que você me deixou em casa, você saiu com seus primos. E eu chorei, sozinha, em casa. Assim como chorei no banheiro da sua tia. Sempre foi assim. Hoje mesmo você comentou algo que me fez refletir: “Agora me diz, vou falar que saí com meus amigos ou com meus primos pra você se sentir mal por não ter saído junto?”. Eu estava errada em dizer que não tinha mais espaço na sua vida? Outra coisa que achei interessante foi: “Você tem que cuidar do seu espaço, me cobrar e ficar forçando conversar comigo tira seus espaços.”. Hoje eu não choro mais de saudade. Hoje eu choro porque consigo enxergar o quanto eu aguentei tudo isso. Você admitiu que o jeito que me tratava não era o certo. Falou milhões de vezes que me queria em sua vida. Queria mesmo? Ou você queria conhecer novas pessoas para perguntar se elas queriam ajuda para passar creme no próprio corpo? Me queria na sua vida ou queria conhecer novas pessoas para, ao invés de dizer que suou à noite por causa da febre, que gostaria de ter molhado a cama de outra forma? Me queria dormindo com você ou ao invés de aproveitar o momento ficava pensando em todos os meus erros, que, são muitos? Me queria na sua vida ou queria contar para o mundo todo que estava solteiro para uma amiga sua fazer propaganda de você no Twitter? Ah, o Twitter… Bela rede social para destruir meus dias. E olha que nem precisava de muito esforço, era só abrir a página inicial e, por algum motivo, aparecia algumas coisas suas. Você me queria na sua vida ou queria baixar aplicativos de namoro para conhecer novas pessoas e fazer novas amizades? Hoje eu tenho todas essas respostas, e a conclusão que chegamos é: você não me tem mais. Minha psicóloga me disse milhões de vezes para eu não sumir da sua vida, mas, ao mesmo tempo, ela dizia que se eu sentisse que meu lugar não era mais ali, não era para eu hesitar em ficar. Seu pai casou. Te dei a mão quando estava acontecendo a troca de votos. Você, assim que eu encostei a minha mão na sua, retirou a sua. Eu não segurava a sua mão há meses. Eu não encostava em você há meses. Você me disse que foi a ansiedade. Por que quando eu coloco a culpa na minha ansiedade e depressão, as coisas também não saem do jeito que eu imaginava? Nós dois escutamos de algumas pessoas que o próximo casamento seria o nosso e, tudo o que você me disse foi “também não me senti confortável com isso”. Depois do nosso término você me disse que pensava em ter filhos. Uma criança igual você, correndo pela casa. Achei engraçado porque durante um ano de relacionamento, sempre concordamos em que crianças eram insuportáveis e que não faria parte da nossa rotina. Como os pensamentos mudam após um término, né? Um término que nunca teve um fim definitivo. Há meses estamos adiando isso porque sabíamos que íamos nos magoar um com o outro. Mas eu tenho certeza que está tudo destruído e nada disso tem mais volta. Eu não vejo mais soluções e, da minha parte, não vai mais acontecer conversas para tentar encontrar uma solução (até porque hoje mesmo você me disse que NUNCA mais entraria nesse assunto comigo). Um dia desses você me convidou para ir até a casa do seu primo e você jogou na roda que já fez um ménage. Eu te conheço há dois anos. Incrível como você me conhecia tão bem ao ponto de acertar minha casa de Hogwarts e eu não sabia nada sobre você. E continuo não sabendo. Nunca soube os nomes das suas ex-namoradas. Você nunca fez questão de me contar, enquanto eu já era mais aberta para isso. Fazia questão de dizer o nome de cada pessoa que destruiu um pouco de mim. Não adianta eu dizer que naquelas mensagens não tinha sentimentos porque você acredita fielmente em outra coisa, então tudo bem. Hoje eu não faço mais questão de tentar explicar. Assim como você me disse um dia que não queria ter filhos, na época outra pessoa dizia isso pra mim (e, na época, eu também achava que ele era o grande amor da minha vida). E ele engravidou uma menina. E, por ele ter destruído um pouco de mim, eu queria que essa criança destruísse ele. Mas, como você diz, na hora de mandar isso eu não pensei em responsabilidade afetiva. Eu realmente estraguei tudo. Há meses eu digo que estou cansada. Cansada de correr atrás, cansada de querer ficar perto de você. E pra quê? Pra ver você flertando abertamente com outras pessoas? Um dia eu falei para minha psicóloga que talvez seu jeito fosse assim. Você seguiu em frente muito mais rápido do que eu imaginava, do que eu esperava e do que eu queria. Até hoje eu tenho pavor de conversar com outras pessoas porque em todo momento em penso em você. Provavelmente você falaria “desculpa fazer você pensar tanto em mim”. Mas a culpa é totalmente minha. Eu fui burra, eu fui iludida e eu fui otária de esperar tanto. De ver você seguindo sua vida como se eu não estivesse mais ali. Hoje eu vejo que eu realmente não estava mais ali. “Beleza, Fabiana, por que você está falando tudo isso? Onde você quer chegar? Quer me destruir mais ainda?”. Eu não vou mais ficar me martirizando com meus erros. Eu errei, você não me perdoou. Vida que segue. Eu não vou mais cobrar nenhuma conversa com você, porque acabou. Eu não vou ficar triste quando você sair sem mim, até porque eu não faço mais parte da sua vida. Eu não vou mais ficar triste quando você postar uma foto toda vez que a gente briga. É a sua forma de dizer que tá tudo bem com a nossa briga e que você tá fingindo que não se importa. Eu não vou mais destruir os seus dias. Eu não vou mais pedir pra você me trazer comida. Não vou mais chorar quando você me disser “tchau”. Acho que você concorda que há meses eu tenho tentado de todas as formas. Eu tentei evitar falar meus sentimentos por você, tentei me afastar, tentei correr atrás, tentei falar menos de mim e ouvir mais de você. Não vou mais te esperar para ir jantar depois de suas aulas noturnas. Não vou mais segurar a sua mão para atravessar a rua. Não vou mais rir junto com você sobre as atitudes bizarras que seu pai tem por causa de sua esposa. “Eu te quero na minha vida, mas não sei se é do mesmo jeito que você me quer na sua”. “Cobra tanto mas não tem 1% de responsabilidade afetiva”. “Você estragou a noite, tá de parabéns”. “Mano já acabou há um mês, não acabou hoje. Nem ontem. Chega de se torturar”… “O que acha de nós dois mudarmos?”, “Pra gente ser melhor um com o outro”. “É uma fase de adaptação”. Eu me sentia muito mal quando não podia dormir na sua casa. Nunca fui independente. Eu ainda me sinto mal por tudo o que aconteceu, mas já passou da hora de eu seguir em frente (assim como você), né? Acho que você também concorda. Discordando de você, você pode sim fazer o que quiser. Não faço mais questão de descobrir tudo o que você está fazendo. Sabe o motivo? Porque se fosse para eu saber, você me contaria. Se fosse para eu saber, você me diria. Você não tem que pedir permissão. Eu não me importo mais. Saia, conheça novas pessoas (como você tem feito há um tempo) e siga em frente. Eu te falei isso hoje à tarde. “Eu tenho que te contar tudo da minha vida?” Não mais. Não se preocupe mais com isso.  Assim como eu, você não vai mais ficar sabendo de mim. Antes eu dizia “você sabe onde me procurar”, mas hoje eu vou me poupar de dizer isso porque eu não quero que você me procure. Talvez eu me arrependa disso. Talvez não. Eu não vejo mais verdade nenhuma em seus sentimentos (que você me “confessou” que ainda têm). Não vejo mais verdade no amor da minha vida de dois anos atrás. O amor não precisa ser dolorido. Não precisa ser trabalhoso. Ele deve ser leve. E eu cansei de tentar. Obrigada por me mostrar tantas coisas boas nessa vida. Tantos restaurantes, lanches, lugares, momentos e músicas. Obrigada por sempre cuidar de mim. Mas acho que está na hora de eu mesma me cuidar e você seguir, enfim, a sua vida. Isso é claramente o que você sempre quis. Sei que em breve você conhecerá outra pessoa que vai te mostrar o quanto o amor é lindo e mágico. Por algum tempo você foi essa pessoa para mim. Mas quando começamos a pisar em ovos e foi deixado claro que ninguém está aberto para mudanças, não tem o que fazer. Não tenha vergonha de seus braços, eles são lindos. O coração na sua virilha é a coisa mais linda que já vi. Obrigada por ter me acolhido tão bem nesse tempo. Seja feliz, leve e nunca esqueça que. por mais que eu escreva para o mundo inteiro ouvir, eu nunca vou deixar de te amar. Porque eu sou assim. Um lixo, mas um lixo que ainda tem coração e que ama. Me desculpe por te encher com meus problemas. Aprendi com essa relação que não devo me mostrar tão frágil por causa da depressão. Por favor, não seja obrigado à responder esse texto. Isso é uma carta de adeus, eu acho. Eu te amo, para sempre. Je t'aime pour toujours. Sabe o término que nunca teve um fim? Esse é o fim. De Fabiana para o seu ex-amor (que é nisso que eu quero acreditar).
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Pedido de 12loves: Faz um que eles são casados e ela quer muito ter filhos , e o Zayn não quer agora por causa do trabalho.Aí ela descobre que tá grávida e ele não reage bem . Aí ela fica triste e começa a entrar em depressão e ele não percebe.Aí um dia ele chega em casa e vê ela chorando e conversando com o bebê . Falando que o melhor a fazer é ela desistir de ter o bebê, e ele fica muito mal. E pede perdão a ela e faz de tudo para reconquista- lá e começa a acompanhar a gravidez, e ela consegue perdoar ele ❤
Aqui está mais um pedido saindo!! Espero que gostem e me contem o que acharam!
Boa leitura amores 💜
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Eu e meu marido finalmente estávamos tendo um momento só nosso, depois de uma semana cheia. O sofá era cenário do nosso amor e a cada toque que sentíamos, nossos corpos ficavam leves e aliviados, tirando todo o stress do trabalho. Após um bom tempo curtindo um ao outro, deitei em cima de Zayn enquanto acariciava seu peito e ele fazia cafuné em mim. Ficar tão próximo dele me trazia uma paz e uma vontade enorme de aumentar o laço que existe entre nós.
S/N: Amor.. - chamei ele saindo quase como um sussurro.
Zayn: Hum? - ele resmunga.
S/N: Faz um tempo que eu venho pensando nisso e acho que estamos em um momento bom para te falar.
Zayn: Tá me deixando curioso- ele disse se ajeitando no sofá, me fazendo levantar de seu peito e encara-lo.
S/N: Acho que a gente está numa fase ótima para termos companhia - sorri mas não obtive reciprocidade.
Zayn: Como assim?
S/N: Acho que estamos prontos para sermos pais, você não acha? - perguntei sorrindo e indo abraça-lo mas sou afastada por ele devagar.
Zayn: Calma aí- ele diz se levantando do sofá - Um filho agora? - Zayn pergunta com seriedade em sua voz.
S/N: Sim! Algum problema?
Zayn: Amor, nos mal conseguimos ter tempo para nós dois, imagina se teremos tempo para uma criança! Isso exige muito responsabilidade, não sei se nós temos maturidade o suficiente para algo tão grande - ele diz enquanto coloca sua roupa e eu o encaro surpresa, pois eu tinha certeza que Zayn toparia.
S/N: Eu acho que somos mais do que capazes de cuidarmos de um criança! Estamos casados há dois anos, na verdade, acho que já passou da hora de virarmos pais - falei decidida.
Zayn: A gente vive trabalhando S/A, não daríamos a atenção necessária à ela!
S/N: Nós damos um jeito, você sabe disso - falei de forma calma me levantando e indo abraça-lo.
Zayn: Preciso de um banho - ele passou as mãos no cabelo e me deu um selinho.
S/N: Pensa com carinho sobre o que eu disse - falei enquanto o abraçava - Eu quero muito construir uma família com você, muito mesmo- disse olhando em seus olhos e Zayn fez que sim com a cabeça, deu um beijo em minha testa e foi para o banheiro. Eu permaneci na sala enrolada no cobertor que havia no sofá, pensando em como seria ter um bebê em meus braços.
Semanas depois..
Zayn on:
Zayn: Amor! Cheguei! Cadê você?? - gritei quando abri a porta de casa e subi correndo para o nosso quarto, pois S/N havia me mandado uma mensagem dizendo que teria uma surpresinha para mim quando chegasse em casa.
Quando entrei no quarto, a vi sentada na cama com um teste de gravidez em cima das pernas e então percebi qual seria a surpresa.
S/N: Oi papai! - ela disse emocionada e sorrindo ao mesmo tempo. Infelizmente não tive como não demonstrar a minha cara de assustado quando ouvi ela dizendo “papai” - Zayn, tá tudo bem? Você tá mais branco que não sei o que - S/N falou e se dirigiu até mim - Amor! - minha esposa me chacoalhou e eu voltei a realidade.
Zayn: Você tá grávida? - perguntei apreensivo, mesmo já sabendo a resposta.
S/N: SIM! - S/N gritou animada e me abraçou forte - Eu tô tão feliz, você não tem ideia!! - o sorriso estampado em seu rosto me deixava ainda mais sem jeito em relação à toda essa situação.
Zayn: Uau.. Isso é.. - falei com as mãos atrás da cabeça - Você tem certeza S/A?
S/N: Tenho! Fiz quatro testes e ainda fiz o exame de sangue, dando positivo! - sua animação me deixava cada vez pior e eu não sabia o que fazer.
Zayn: Caramba.. Um filho?! Eu não tô preparado para isso! - disse nervoso.
S/N: É claro que está! - S/N me encorajou - Eu vou estar aqui também, vamos nos apoiar, tenho certeza!
Zayn: Eu não posso ter um filho agora. Meu trabalho exige muito de mim, não é a hora certa!
S/N: Zayn, não existe hora certa para ter um filho.
Zayn: Óbvio que existe! É uma criança S/N, e não um bichinho de estimação! - falei perdendo a paciência.
S/N: Eu pensei que você iria ficar feliz com a ideia..
Zayn: Você sabia que eu não queria isso!
S/N: Mas eu pensei que depois das conversar que tivemos, você teria aceitado! - ela falou aumentando o tom de voz.
Zayn: Eu só falei aquelas coisas para não te magoar, não porque eu queria ser pai!!! Olha para gente, não sabemos nem cuidar de nós mesmo!
S/N: Diga por você!
Zayn: Você acha que sabe cuidar de uma criança S/N? Isso aqui não é um conto de fadas, é a vida real! Ter um filho não é divertido, não é legal, não é barato e eu não quero! - disse levantando a voz. S/N me olhou perplexa e com os olhos cheio de lágrimas. Ali percebi que havia me exaltado e não deveria ter agido daquela forma - Amor.. eu.. - ela me interrompeu.
S/N: Não. Não quero mais te ouvir - ela disse segurando o choro e saiu do quarto, indo até o banheiro - E não venha atrás de mim! - falou já de costas e se trancou no banheiro. Respirei fundo e tentava pensar em algo para concertar a situação, mas nada conseguiria arrumar a bagunça que eu fiz. Deixei S/N sozinha e fui para casa de minha mãe, ela conseguiria me fazer enxergar a luz em meio a essa escuridão que me cercou de surpresa.
S/N on:
Permaneci no banheiro por muito tempo. Por mais que eu quisesse parar de chorar, eu não conseguia. A dor em meu peito era enorme e eu não sabia como levar tudo adiante não tendo o apoio da pessoa com quem divido a vida. Coloquei às mãos em minha barriga e suspirei de olhos fechados, torcendo para que as coisas melhorassem antes do meu filho nascer.
Como estava no banheiro, aproveitei e tomei um banho. Ainda estava triste e sem chão, mas eu deveria ser forte para enfrentar tudo isso de cabeça erguida.
Quando saí do banho e caminhei até minha cama, vi a mensagem de Zayn no visor do meu celular.
Nova mensagem:
Amor: Estou na casa da minha mãe. Preciso esfriar a cabeça, e se eu continuasse em casa acho que não seria bom para nenhum de nós.. Espero que esteja bem.
Li a mensagem e lágrimas escorreram no meu rosto involuntariamente. Ele não me mandou nem o “eu te amo” que sempre manda. O medo de Zayn me deixar era gigante e eu não sabia o que fazer. A única coisa que eu queria nesse momento era acordar e saber que tudo isso não passava de um pesadelo.
Dias depois..
Acordei totalmente cansada e indisposta. Não consigo dormir bem há muito tempo e a cada dia que passa, eu me sinto incapaz de seguir em frente. Todo dia que eu abro os olhos uma sensação horrível tomava conta de mim, fazendo com que nem fome eu sinta. Eu não me reconhecia mais, e para mim, nada fazia sentido.
Zayn ainda dormia quando me levantei e caminhei até o banheiro. Nossa relação nunca havia passado por um período tão perturbado quanto esse. Nós não nos beijávamos há dias, o contato que tínhamos era mínimo e a atenção que ele disponibilizava para mim sumiu. Tenho a impressão que o nosso amor estava morrendo aos poucos e isso me destruía por dentro. O amor que sinto pelo Zayn é algo fora do normal e eu não estou suportando não tê-lo comigo no momento que eu mais precisava dele. O meu coração se transformou em um mix de sentimentos e eu estava perdida, quando eu deveria estar me encontrando.
Tomei um banho e fui para o trabalho. Eu arrancava forças de onde eu nem sabia que ainda existiam. As horas eram torturantes para mim, porque a todo instante, eu queria apenas chorar e desistir de tudo, mas essa opção estava fora de cogitação quando se tratava do meu emprego. O que mais me machucava era Zayn não estar se importando nem um pouco com a situação em que estou passando, e muito menos com a saúde do seu filho. Para ele, tudo está normal e nada mudou. Mas para mim, minha vida se transformou em um sonho ruim sem que consiga ter forças para sair dele.
Ainda eram 17 horas quando eu comecei a passar mal. Minha pressão baixou e me senti fraca, já que não havia comido nada o dia todo. Meus colegas de trabalho me obrigaram a comer alguma coisa e depois ir para casa descansar, e assim fiz.
Abri a porta de casa e olhei para aquele lugar. Eu amava chegar em meu lar e preparar algo para comer enquanto assistia minha série favorita, mas hoje, eu apenas tranquei a casa e fui para o meu quarto. Apaguei as luzes, fechei a cortina, encostei a porta e deitei na cama. Os meus pensamentos vinham um atrás do outro e eu não conseguia fazer com que aquilo parasse. Tudo o que eu mais desejava era relaxar e esquecer essa dor que fazia parte de mim.
Zayn on:
Os últimos dias estão sendo com certeza os piores da minha vida, e eu não sei quando eles chegarão ao fim. Meu casamento está indo para o ralo, minha esposa mudou, eu mudei, minha vida virou de cabeça para baixo em poucas semanas. Minha mãe me aconselhou a ser firme dar o apoio e amor à S/N nesta fase mas eu não consigo. Toda vez que chego perto dela, eu me apavoro e tenho medo de falar coisas que a magoe mais do que eu já magoei. Eu tento me aproximar dela mas parece que existe uma barreira que eu não consigo ultrapassar e que fica cada vez maior com o passar dos dias.
Saí do trabalho e fui direto para casa. Quando chego, vejo que minha esposa já está em nosso lar, achando estranho porque normalmente sou eu quem chega primeiro. Entro devagar em casa e escuto um choro no andar de cima. Me aproximo até o quarto sem fazer barulho para não assusta-la e a vejo pela fresta, chorando e conversando com sua barriga.
S/N: Ai meu amor, o que é que eu vou fazer.. Me desculpa por tudo isso! Eu pensei que seu pai iria ficar tão contente em saber que você viria. A mamãe te ama tanto! Sinto muito por você não receber esse amor do Zayn.. - ela chorou e parou de falar por alguns segundos - Eu não queria estar tão triste, mas no momento eu não tenho como ignorar o que estamos passando e eu acho que não vou conseguir ter você junto à mim.. Acho que será menos doloroso não te ter agora do que eu viver anos e anos com esse aperto no peito. Ele estava certo, eu não sou responsável ainda para cuidar de você meu bem! Mas eu sempre vou te amar, porque você não me deixou desistir todo esse tempo e foi a minha única companhia.. Eu sei que nunca vou me perdoar mas espero que um dia você me perdoe e entenda que eu fiz isso para que você não sofra, porque esse sofrimento é apenas meu! Eu te amo meu bebê! - meus olhos estavam completamente cheios d’água e meu coração em pedaços. Eu me sentia a pior pessoa do mundo por ter causado tamanha dor para a mulher da minha vida.
Fui para o carro novamente e chorei como nunca havia chorado em toda a minha vida. Só pensava em como resolveria tudo isso, e então enxuguei meu rosto e saí com o carro com um plano em mente.
S/N on:
Amanhã provavelmente seria o dia mais triste de minha vida e eu com toda a certeza pioraria, mas eu não conseguiria conviver sabendo que meu marido odeia meu filho e não teríamos a vida que sempre sonhamos. Não parei de chorar nenhum segundo, até escutar Zayn entrar e então tentei me controlar.
Zayn: Amor.. - ele disse batendo na porta do quarto de leve - Posso entrar? - ele perguntou e eu assenti. Zayn se aproximou de mim e pude ver seus olhos inchados, feição triste e um buquê de girassóis em mãos, sendo a minha flor favorita.
S/N: Estava chorando? - ele sentou na cama e concordou - O que houve? - perguntei preocupada e Zayn desabou de chorar.
Zayn: Eu sou um monstro! Me perdoa por tudo o que eu fiz amor! Des do dia que você disse que estava grávida eu fui um completo idiota e fui uma pessoa diferente do que eu sou! O medo de ser pai falou mais alto e eu surtei, pensei em tanta besteira, te magoei, te fiz passar por momentos horríveis e tenho a plena consciência disso, mas eu nunca, nunca deixei de te amar. O meu amor por você não acabaria nem se eu quisesse. E o amor que eu sinto pelo nosso filho é maior que tudo! Sim S/A, eu amo ele ou ela, e eu vou dar o melhor de mim para ser um pai presente, amoroso, carinhoso e responsável! Me desculpa por agir como eu agi. Eu estava surtando e não percebi que quem mais precisava de mim era você! Eu sou um babaca e tenho total consciência dos meus erros e peço perdão do fundo do meu coração por ter feito você sofrer! - Zayn disse todas essas palavras olhando nos meus olhos e chorando o tempo todo. E eu, como sou uma manteiga derretida também chorei.
S/N: Você me ouviu conversando com o bebê? - ele assentiu - E o arrependimento veio agora?
Zayn: Eu me arrependi des do primeiro dia dessa confusão toda! Minha mãe é prova disso. Eu só não te falai antes porque eu não estava pronto, eu tive medo e não sabia como você reagiria. Me desculpa por demorar tanto, me desculpar por te fazer chegar a esse estado, me desculpa por destruir nossa vida! Eu só peço o seu perdão e uma chance para consertar tudo! E por favor, não faça nada com o nosso filho, eu te imploro!
S/N: A dor que eu sinto ainda é muito grande.. - ele me interrompeu.
Zayn: Mas ela vai sumir! Eu pego essa dor para mim e você nunca mais vai passar por isso de novo! Eu te prometo! Eu vou ser quem eu sempre fui, o medo foi embora e agora eu só quero cuidar de você e do nosso bebê, dando amor a cada segundo. Eu juro para você! - sorri fraco e suspirei- Eu te amo!
S/N: Essas flores são para quem? - perguntei enxugando minhas lágrimas.
Zayn: Para o amor da minha vida! - ele sorriu e as entregou para mim- E eu também comprei um presente para o nosso filho - Zayn pega a sacola ao lado da cama e abre, me monstrando um roupinha preta de veludo que ele comprou para o nosso bebê - Não sei o sexo então comprei preto - ele riu fraco e limpou o rosto- Gostou? - assenti sorrindo e ele juntou nossas mãos- Eu sei que vai demorar um pouco para que você me perdoe, mas eu prometo que vou te recompensar por esse tempo perdido, vou acompanhar você aonde for e vou estar cem por cento presente em todos as consultas, ultrassom, compras, chá de bebê, seja lá o que for! Quero ficar grávido com você e chorar quando ver o fruto do nosso amor e meus braços!
S/N: Tudo bem. Eu estou um pouco melhor - disse suspirando- Suas palavras preencheram o meu coração e sei que com o tempo nós dois vamos superar juntos essa turbulência! Só não me decepcione, Por favor!
Zayn: Nunca mais vou te causar nenhum mal, eu juro! - ele diz nervoso - Posso te dar um abraço? - Zayn pediu segurando o choro e eu concordei abrindo os braços. Ele pulou em cima de mim e me abraçou com força- Eu amo muito você!
S/N: Eu também te amo! - olhei para ele e nos beijamos. Aquele beijo transformou meu dia e uma sensação maravilhosa tomou conta de mim - Que saudade que eu tava de você! - sussurrei e ele me apertou com o abraço e beijou meu pescoço.
Zayn: Você não imagina o quanto eu estava! - Zayn disse me arrepiando toda e deitou em minhas pernas, levantando minha camiseta- Oi filho, ou filha! - ele riu - Aqui é o papai! Você me assustou um pouco, mas agora eu só quero que você me traga alegria, tá bom? Vou cuidar de você como se fosse o meu tesouro mais precioso! O papai te ama muito e nunca vou te abandonar, pode ter certeza disso!
E assim se iniciava uma nova fase da minha vida, das nossas vidas, e que seria completamente diferente de tudo o que já vivemos ao longo de todos esses anos juntos!
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xoxo
Ju
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Ciúmes
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Ser melhor amiga de Thor tem seu lado bom e lado ruim. Lado bom e estar direto em Asgard, já o lado ruim é que quando Thor esta na Terra ele da um jeito de espantar os caras que me chamam para sair. Esse foi um dos motivos de eu ter desistido te ter um relacionamento com alguém o outro é que sou completamente apaixonada pelo irmão do Thor, Loki. Apesar de Thor ser meu melhor amigo não contei isso a ele, ate porque Loki já estaria sabendo, eu amo meu melhor amigo as mas vezes ele não sabe guardar segredo.
Eu estava em Asgard, Thor queria que eu passasse um tempo aqui, ele sempre fazia isso quando terminávamos alguma missão difícil ou simplesmente quando ele aparecia na Terra e falava que estava com saudades, eu nem me preocupava em trazer roupas afinal eu tinha um quarto aqui só meu com um guarda roupa cheio de vestidos lindos. Eu geralmente adoro passar um tem aqui, principalmente porque aqui eu conseguia falar com Loki sem algum dos Avengers me olhando de cara feia. Mas dessa vez as coisas estavam sendo um pouco diferentes, ele não estava falando comigo direito, quando falava era para fazer algum comentário sarcástico ou para falar algo desnecessário sobre mim e como alguém como eu não deveria estar aqui, Thor repreendeu o irmão algumas vezes, falando que eu era convidada especial e ele deveria me respeitar mesmo que não gostasse. Não resolveu muita coisa, então eu tentava evitá-lo o máximo possível. Mas estava difícil já que toda vez que eu estava com Thor Loki aparecia e dava um jeito de me criticar.
Eu e Thor estávamos no jardim, estávamos conversando quando Loki apareceu eu tentei sair de lá o mais rápido possível, mas não tive tempo.
- Thor, achei que você já tinha levado essa criaturinha para Terra. -
- Irmão, eu já falei para não falar desse jeito com S/n. - Falou com um tom bravo.
- Thor deixa eu já falei que é melhor ignorar.
- Pobre coisinha, acha mesmo que pode me ignorar? Eu sou um Deus e você o que é ? Apenas uma mortal insignificante.
- Uma mortal que pode te matar, não se esqueça que além de treinamento eu sou mutante.
- De novo, eu sou um Deus seus poderes não se comparam aos meus .
-Loki agora já chega, S/n é minha convidada e eu exijo que você a respeite, entendeu.
-Por que eu deveria respeitar alguém inferior a mim?
Sem responder eu sai de lá antes que eu acaba-se socando a cara de Loki, fui para o meu quarto, deitei na cama e fechei os olhos e comecei a pensar no que Natasha fala, que loki é um convencido e a única pessoa que ele se importa é ele mesmo, eu estava começando a achar que Nat tinha razão sobre isso. Eu escutei a alguém bater na porta mas não me dei o trabalho de levantar da cama só berrei um "está aberta" e escutei Thor entrando, ele meio até a cama de sentou do meu lado.
- S/n, você não está pensando em voltar para Terra esta?
- Não Thor, eu prometi que iria ficar uma semana aqui com você e irei ficar, mesmo que seu irmão me critique, ou tentar ao máximo ignorar.
- Eu vou tentar conversar com ele de novo.
- Não precisa Thor, as coisas vão acabar ficando piores, deixa assim eu vou tentar resolver.
- Tem certeza? Eu posso falar com meu irmão.
- Eu não quero que as coisas fiquem piores do que já estão.
O resto do dia foi tranquilo, Loki não falou mais nada nem durante o jantar, porque ele estava ocupado com uma qualquer, eu me esforcei ao máximo para não revirar os olhos com a situação. Eu não foi a única que não gostou disso, a Frigga não estava nada feliz com as atitudes do filho com a fulana. Depois só jantar resolvi ir dormir não aguentaria mais um minuto daquilo, por mais que ele não tivesse falado nada ele estava fazendo para provocar, dava para ver na cara dele.
Tirando o ocorrido do jardim, a semana foi tranquila, Loki nem chegou perto de mim, por um lado me senti aliviada ou outro magoada, principalmente por ele estar grudado em outra, eu não tinha direito nenhum de sentir ciúmes ele não é nada meu, mas mesmo assim incomodada. O pior foi no último dia em Asgard, eu estava indo para o meu quarto trocar a roupa para voltar para casa e me deparo com beijando a fulana. Tanto lugar para fazer isso tinha que ser bem na minha porta, minha vontade era de explodir a cabeça dela e socar Loki, mas me limitei a empurrar os dois e entrar no quarto. Quando eu saí nenhum dos dois estavam mais lá.
Quando eu voltei para casa Nat percebeu que tinha algo de errado comigo e obviamente ela não iria me deixar em paz ate eu contar.
- Eu já falei para você esquecer ele S/n.
- Eu sei Nat, mas não é tão fácil assim, seria o mesmo que eu falar isso sobre você e o Bruce.
- S/n não estamos falando de mim e sim de você. Você precisa arrumar um namorado e esquecer Loki.
- Vamos fazer assim, quando você é Bruce tomarem vergonha na cara e pararem de fugir eu penso em arrumar um namorado, até lá você não tem direito nenhum de falar sobre minha vida amorosa. Por mais que ela não exista.
Sai brava do quarto da Natasha e fui para cozinha, e encontrei com Tony comendo algo e claro que ele me olhou com aquela cara de quem falaria algo, afinal todo mundo aqui ama falar que eu mereço coisa melhor do que o Loki.
- Stark se você pensa em falar algo é melhor guardar para você, antes que eu te jogue pela janela.
- Mas eu não falei nada.
- Mas pensou, só pela sua cara da para saber, eu acabei discutir com a Natasha e eu estou cansada das pessoas falarem o que eu devo ou não fazer então, se não quiser sair voando pela janela sem sua precisa armadura não abra a boca.
Peguei uma garrafinha de água e fui para o meu quarto, talvez eu tenha sido um pouco grossa de mais com Tony e Natasha, mas eu estava frustrada com tudo o que estava acontecendo, eu só queria que tudo acabasse.
Quando eu achei que teria paz, ficaria longe do a Loki e as pessoas aqui iriam parar de se meter na minha vida. Ele apareceu com Thor aqui e Natasha me arrumou um encontro, eu não sabia com que eu ficava mais irritada. Talvez com Natasha já que ela praticamente me vez colocar um vestido e me empurrou para cima de um dos agentes em treinamento.
Depois de um encontro completamente desastroso, eu tinha certeza de algumas coisas. 1° Natasha me paga, 2° Segunda eu iria fazer a vida só agente um inferno durante o treinamento.
Quando eu entrei na sala estavam todos reunidos conversando, Natasha me olhou com cara de queria saber de tudo, apenas dei uma olhada mortal para ele e fui para o meu quarto, e infelizmente encontrei com loki, agora eu queria matar Tony por ter colocado ele no quarto ao lado do meu.
- Pelo visto teve um péssimo encontro.
- Vê se me erra, tá bom, não estou com saco para te aguentar hoje.
- Ele percebeu que você não é boa o bastante.
Eu estava na porta do meu quarto quando ele falou isso, eu virei na direção dele é dei um belo de um tapa na cara do Loki.
- Quer saber de uma coisa, eu estou de saco cheio de você tratando desse jeito, eu foi a única pessoa aqui que nunca falou nada para você e te defendeu mesmo quando você estava errado, única pessoa que confiava em você. E é assim que sou retribuída ? Com palavras que muitas vezes me machucaram. O que eu não entendo é que até um tempo atrás nos conversamos nós éramos amigos e de repente você muda. - depois de eu ter falado tudo aquilo ele apenas ficou me olhando. - Quer saber esquece eu vou para o meu quarto porque meu tia já foi péssimo o suficiente.
Entrei no meu quarto e fechei a porta na cara no Loki. Fui tirar minha maquiagem e colocar o pijama e praticante me joguei na cama. Eu estava  quase dormindo quando escutei algum batendo na porta.
- Natasha vai embora eu não quero conversar com você hoje, na verdade depois de hoje eu não quero falar com você por algum tempo.
Como ninguém respondeu eu achei que ela tinha ido embora, mas então escutei a pegar abrir alguns minutos depois.
- Natasha eu falei que não quero conversar com você. - Falei sem abrir os olhos.
- Não é a Natasha.
- Eu também não quero falar com você.
- S/n por favor.
- Não Loki, eu não quero conversar agora vai embora par que eu possa dormir.
- S/n Quer por favor abrir os olhos e conversar comigo.
- Não, agora vá embora.
- Pare de agir feito criança.
- Droga por que você não vai embora eu não quero conversar com ninguém o que eu tinha para falar eu falei. - falei abrindo os olhos e sentando na cama.
- Mas eu não falei.
- Se eu te deixar você falar, depois você embora e me deixar dormir?
- Sim.
- Okay agora desembuxa que eu quero dormir.
- Eu sinto muito okay.
- Você sente muito? Loki um pedido de desculpas não irá consertar tudo.
- Você deveria sentir-se honrada até porque eu não sou uma pessoa que pede desculpas.
- Você realmente não pensa no que fala. Suas desculpas não valem nada, pois não são verdadeiras, então por favor vá embora e só volte quando isso for verdadeiro.
- Eu não vou embora S/n. Não até você me escutar.
- Por que eu deveria você provou não ser verdadeiro, eu estou casada de tudo isso já então por favor, vá embora.
- O que eu posso fazer para provar o contrário?
- Quando a confiança é quebrada ele não volta de uma hora para outra ainda mais com um pedido de desculpas desse jeito.
- Então deixa eu te falar tudo o que preciso depois eu vou embora. Eu sinto muito, sei que você é uma das poucas pessoas que me tratava como gente aqui e não como um maníaco que tentou matar todo mundo e destruiu Nova York, eu sei que pisei na bola.
- Eu só tô tentando entender o por quê de tudo isso Loki.
- Eu fiquei com ciúmes tá legal, de você e do Thor eu achei que vocês estavam namorando.
Ele falou isso e eu comecei a dar risada e ele ficou me olhando sério.
- Me desculpe, é engraçado, eu não vejo o Thor desse jeito e além do mais ele ainda gosta da Jane.
- Eu sei disso, mas do mesmo jeito eu sentia ciúmes e acabei te tratando daquele jeito, porque eu realmente gosto de você.
- Essa é uma das coisas mais idiotas que eu já escutei. Eu também gosto de você. É teria sido tão mais fácil e pouparia sofrimento se você tivesse falado antes.
- O que fazemos agora?
- Olha eu ainda não confio em você totalmente depois do que aconteceu, então vamos com calma. Então que tal começarmos com um encontro?
- Perfeito, quando?
- Amanhã, você vem me pegar as 7hs eu conheço um restaurante perfeito.
- okay então até amanhã.
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Juu
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nataliavoges-blog · 6 years
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Tudo o que eu queria era te dizer o quanto amo você e te dizer todas as razões pra você ficar, me dói imensamente saber que eu não posso fazer nada que eu simplesmente tenho que sentar e esperar você decidir se vai destruir meu coração ou se vai me fazer a pessoa mais feliz do mundo.
Desde que eu tenho passado por isso eu não sou mais a mesma, não tenho sido pelo fato de não me imaginar passando o ano novo sem você, de não passar o seu aniversário ao seu lado, de não te dar mais nenhum abraço nem beijo e nem mesmo um oi, me parte o coração em pensar que posso não fazer parte disso
Adoro o jeito como ri, o jeito como implica com as minhas coisas, adoro seu jeitinho de ser, amo quando você me olha e ri do nada, eu simplesmente adoro quando você me analisa e fala "será que eu te pegaria se passasse na rua e te visse assim?", Eu amo os seus olhos e o quanto eles contam sobre você e a profundidade de como você vê a vida, eu amo seu abraço mais que tudo nessa vida, eu adoro passar os dedos no seu rosto e no seu cabelo, adoro sua risada gostosa, até quando briga comigo você consegue ser a pessoa mais adorável do universo, e tantas outras qualidades que você tem que fizeram eu me apaixonar por você
Eu me derreto toda quando você me chama de "amor" é coisa mais lindinha, eu jamais trocaria isso
Eu quero ficar sentada na sala assistindo tv e comendo pizza vestindo uma camisa sua com o cabelo todo bagunçado e olhos bordados de maquiagem porque cheguei cansada do trabalho e fiquei com preguiça de tirar, eu quero dormir do seu ladinho e ouvir sua respiração, eu quero simplesmente saber que vai estar lá
A saudade que eu sinto quando tô longe é tão grande que eu mal consigo falar, sinto falta do seu cheiro, sinto falta do seu abraço, sinto falta de te tocar, sinto falta de ouvir sua voz, sinto falta de você dando tapinhas no meu rosto (até isso eu sinto falta), sinto falta do seu carinho, sinto falta de você me perguntando se eu te amo toda hora, sinto falta da sua mão, sinto falta da sua boca, sinto falta, saudades do seu drama, saudade de te elogiar, eu sinto saudade de tudo em você absolutamente tudo
Hoje aqui sentada na cama e chorando com uma camiseta minha que tem seu cheiro e eu não tive coragem de lavar, eu vejo que eu não sou mais capaz de não me imaginar ao seu lado. Eu assumi tamanha responsabilidade de estar ao seu lado que as outras coisas ficaram tão pequenas, todas as outras responsabilidades que você me diz são mínimas quando eu tenho você ao meu lado, eu assumiria todos os riscos e ainda ficaria feliz com isso porque foi o que eu escolhi pra mim, eu já vivi as etapas que você diz que não quer que eu pule, eu nunca fiz nada por obrigação ou porque você estava me forçando a algo. Eu estou tão pronta pra viver isso, foi o que eu te disse a três meses atrás que as coisas seriam difíceis pra caramba mas que a gente ia dar um jeito juntos porque tínhamos um ao outro pra nos apoiarmos e pra mim isso ainda não mudou. Eu trabalharia em um emprego ruim pra arrumar dinheiro pra ir morar contigo e depois daí crescermos, eu ia fazer minha faculdade e você ia terminar a sua, eu ia fazer os meus cursos e você os seus, você ia lidar com a sua vibe dos carros e eu com a vibe das massagens e aí no fim do dia chegar em casa e te ver seria a coisa mais gratificante do mundo e eu lembraria o motivo por ter feito tudo o que eu fiz. Ninguém disse que seria fácil, ninguém disse que não teria luta e provações até para nós mesmos e eu sei disso eu sempre soube. Me assusta o fato de voce nao acreditar nisso, por mais complicadas que as coisas estejam eu ia dar um jeito igual eu dou jeito pra tudo na minha vida.
Eu peço até pra Deus pra que você permaneça aqui mesmo depois de estar muito magoado comigo. Eu penso em 39 motivos por você estar fazendo isso além do que você me disse eu tento buscar as palavras certas pra te convencer que vai dar certo e pra você não desistir eu busco até o último fio da minha esperança.
Com 18 anos eu me imagino tendo uma vida, o que qualquer outra guria de 18 anos está pensando agora? Em namoro, festa, e curtir a vida. Eu quero muito mais que isso e não é porque você me disse isso é porque eu sempre quis você só complementou
Eu com 18 anos estou planejando todos os passos pra fazer isso dar certo com todas as minhas forças e vontades porque eu simplesmente amo você e quero crescer ao seu lado. Eu posso ser a pessoas mais difícil de se entender e lidar mas eu mudei tanta coisa em mim e foi você quem me provocou tamanha mudança, eu sou uma pessoa melhor e essas mudanças nunca mais vão regredir em mim não foi só por sua causa que eu mudei foi por mim tanto que hoje eu tenho uma relação muito melhor com as pessoas ao meu redor.
Quando você disse "você tem que cuidar do seu namoradinho, do seu maridinho" foi a coisa mais linda que você podia ter dito pra mim na vida toda e você nem se tocou que tinha dito a coisa mais linda do mundo; A gente tem tanta coisa ainda pra vivenciar.
Eu quero que entenda que você foi a melhor coisa que aconteceu no meu 2018, você foi luz quando só tinha escuridão e eu quero que esteja no meu 2019/2020 e assim por diante.
Eu entraria em um vagão com bancos de árvores com você, eu assistiria todos os animes do mundo com você e com muito gosto, eu encheria seu saco pra você tomar bubble kill mesmo sabendo que você odeia só pra te ver com essa carinha de anjo bravinho, eu faria você andar a paulista toda comigo só pra te ouvir falar.
Até então eu só falei de mim e não parei pra falar de você, não parei pra te apreciar da maneira mais profunda a qual você tanto anseia, eu não parei pra te dizer todas as coisas que eu disse aqui e eu devia ter dito todos os dias porque é exatamente isso que eu penso de você. Um cara gentil que tem o coração maior que a própria consciência, um cara que eu tenho orgulho de dizer aos meus amigos e familiares que é o meu namorado, um cara que é tão lindo (e nem faz ideia disso), um cara que sabe o que diz e ama dizer, o cara que escuta músicas e sente com uma intensidade que eu jamais vi em alguém, você é talentoso pra caramba, você é inteligente e é encantador. Você é tudo isso e mais um pouco e é autêntico.
E eu sou do jeito que você já sabe que eu sou que tenho mil e um defeitos mas também tenho minhas qualidades.
Você aflorou sentimentos em mim que eu jamais achei que fosse ser capaz de sentir na minha vida inteira, não faz sentindo pra mim ter a vida que eu tinha antes de tu aparecer. Você pode dizer que estamos em etapas diferentes da nossa vida e de fato estamos, tu tem uma vida e eu tô começando e eu não vejo absolutamente nada de errado nisso, eu vejo uma oportunidade de ambos aprenderem um com o outro.
Eu não tenho muito a oferecer mas eu tenho o meu amor mais puro, o meu carinho e proteção pra te dar. E eu fico muito feliz em estar crescendo com uma pessoa tão linda ao meu lado. Eu nunca quis ser egoísta com você, eu nunca quis ser fria, nós dois temos jeitos peculiares de demonstrar o que sentimentos e tá tudo bem. Somos pessoas grandiosas tanto eu quanto você.
Na prática as coisas estão um pouco complicadas e tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo e parece que nada anda pra frente esses dias, até eu fiz coisas que não me orgulho pra ajudar na pilha de problemas e não foi minha intenção eu realmente fui egoísta com você mas o que passou passou e agora o que eu posso fazer é tentar consertar de alguma maneira.
Eu tenho muito medo de você ter visto alguém que tenha te chamado muito mais atenção e que tenha posto a prova tudo o que você sente por mim, eu tenho medo de você ir embora, eu tenho medo de você me deixar, eu tenho muito medo de te perder pra sempre e isso é o que mais me assusta...
Bom, eu tô muito empenhada em fazer as coisas darem certo, eu não vou mais ficar somente nas palavras e eu não vou me arrepender por não ter tentado, o que for pra ser será!
Eu ainda imagino a gente discutindo por qual piso escolher ou a cor da cozinha, eu ainda quero viajar pra Jericoacoara contigo, eu quero que você me veja como a mulher que é sua companheira e que se orgulhe dela assim como eu me orgulho de você. Eu não estou aqui pra brincadeira, eu estou aqui pra viver. Eu imagino um futuro e eu espero muito muito mesmo que você queira e imagine também porque isso é a única coisa que eu espero de você, que você seja honesto comigo em tudo que sente mesmo se for me magoar e que queira tudo isso e que me ame. Você pode ter certeza absoluta de que tudo que eu disse e tudo que eu sinto é a mais pura verdade
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ssoshimoofanfics · 6 years
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Capítulo Vinte e um
As coisas começaram, mais uma vez, sair fora de controle. Tudo começou quando o casal responsável por Irene apareceu no quarto da garota. Ela ainda estava no colo de Tiffany, e tão logo ela viu a presença dos dois, agarrou o pescoço da morena e começou a chorar. Tiffany não sabia o que fazer. Eles pareciam boas pessoas. O homem - Eric - era um pouco mais alto que a mulher - Yongsun, e os dois eram morenos como Tiffany e de pele clara como Taeyeon. Eles ficaram inconfortáveis e sem saber ao certo o que fazer em relação à reação da garota. Por um curto período Tiffany tinha sentido raiva deles, por serem negligentes com Irene, mas agora ela entendia que tinha julgado a situação de modo errado.
- Irene, nós só queremos saber se você está bem. - A mulher disse, a voz bondosa e carinhosa surpreendendo Tiffany.
- Eu tô bem, eu tô bem. Não me leva. - Ela choramingou no pescoço da morena.
- Querida, eles não... - Tiffany respirou fundo. - Eles não vão levar você. - Ela disse e evitou o olhar do casal. Não era só porque ela queria que Irene ficasse com ela, que isso seria verdade. - Eles só querem se certificar de que você está bem. Por que você não se vira e... - Tiffany tentou afastar a menina, mas as pernas laçaram sua cintura com força.  - Eu sinto muito. - Tiffany retornou o olhar para o casal.
- Tudo bem, nós não queremos estressá-la. - O homem disse. - Só queríamos saber que ela estava salva e bem. Nós estávamos preocupados. - Ele abaixou a cabeça. - Nós não somos irresponsáveis. - Ele disse em voz baixa.
- Várias crianças já passaram por nossa casa até que fossem adotadas e partissem. Nunca tivemos problemas em deixá-las brincando no quintal. Quer dizer, a vista da sala dá para ele, de modo que sempre estamos checando, mas...
Taeyeon se sentiu mal por eles. Era claro que eles se sentiam culpados pelo desaparecimento da menina, mas também estava claro como tinham sido afetados, e como se importavam com ela. - Nós não estamos julgando. - Ela ofereceu. - Nós achamos que o sequestro... - Ela olhou de soslaio para Irene que ainda estava com a cabeça enterrada no pescoço de Tiffany e de novo para eles - Vocês sabem da situação atual dela?
- Nós sabemos. - Eles disseram em conjunto.
- Ainda estamos checando, mas aparentemente tudo está relacionado com o caso.
- Quão grave isso é? - O homem perguntou.
- Grave. Não é o tipo de informação que posso fornecer, mas... Vocês teriam se machucado se tivessem entrado no caminho do sequestrador. A boa notícia é que temos ele atrás das grades, agora. Meus parceiros estão recolhendo as provas para usar contra ele e garantir que ele pague por isso.
- Caramba... A princípio a gente pensou que ela tivesse, você sabe... Resolvido dar uma volta por aí.
- Nós buscamos pelas ruas perto de casa, mas ninguém a tinha visto. - A mulher falou. - Nós nunca imaginamos... - Ela olhou para Irene de novo, preocupada.
Taeyeon suspirou. Ela conhecia muito bem a aflição e medo que eles estavam sentido, se ela fosse honesta. Talvez conhecesse melhor, já que tinha se conectado com Irene há mais tempo do que eles antes do desaparecimento. Agora, eles pareciam do mesmo jeito que ela parecera algumas horas atrás: aliviada por vê-la novamente. Uma pena, para eles, que Irene não tinha se manifestado tão feliz em vê-los quanto a ela e Tiffany. Na verdade, o pensamento quase a fez sorrir. Irene era a tartaruga delas, afinal de contas. De alguma forma ela se sentia em vantagem ali. Mas ainda assim...
- Irene, você me deixa te segurar um pouquinho? - A detetive perguntou e viu a menina balançar levemente a cabeça em sim. Ela pegou a menina dos braços de Tiffany e segurou-a por baixo das pernas, apoiando as pequenas costas em seu peito. A menina tentou se virar para esconder o rosto, mas Taeyeon não deixou - Ok, tartaruga. Você tem visita, seja legal e diga oi. -  Ela se sentou na cama e apoiou a menina em seu colo.
- Oi. - Ela disse em contra vontade, encarando o chão.
- Como você se sente, Irene? - Yongsun perguntou, agora um pouco mais feliz em poder ver a menina.
- Cansada. - Ela disse honesta e literalmente. Toda a empolgação tinha sido gasta com Taeyeon e Tiffany, e agora ela realmente queria dormir. Exceto que ela não podia, porque a possibilidade de acordar sem as duas ali a assustava.
- Bem você teve uma grande aventura. É por isso. - O homem disse.
- Tive? - Ela ergueu a cabeça, perguntando para Taeyeon. Ela não se lembrava de nada, é claro.
- É, bom... Digamos que você passou um tempinho aqui, lutando contra uns carinhas maus dentro de você. - Taeyeon cutucou a barriga dela e a menina riu.
- Então essa é a moça que tem uma tartaruga? - A mulher perguntou de novo.
- Tiffany - E a menina finalmente ergueu a cabeça e apontou o dedo para a morena.
Tiffany quase morreu de orgulho, ela teria usado a expressão se ela não soubesse que isso é impossível. Irene tinha falado dela e de Prince para outras pessoas. Ela sentiu o peito inflar de uma maneira deliciosa e corrigiu sua postura.
- É um cágado. - A menina disse de novo.
Certo. Tiffany estava sorrindo agora. O próximo passo seria ensinar Irene a dizer Geochelone Sulcata e ela encheria a menina de beijos cada vez que ela dissesse.
- Acho que você gosta mesmo de tartaruga. E se a gente comprar uma para você? - O homem ofereceu.
Tiffany sentiu uma pontada de ciúmes. Era golpe baixo querer comprar a menina com isso.
- Não, obrigada. - A menina disse. Todas as cabeças se voltaram para ela. - Minha Tiffany tem o Prince, e logo nós vamos para casa. Não vamos, Fany? - Ela olhou para a morena e para Taeyeon em confirmação, enquanto apertava o braço de Taeyeon em sua cintura. O recado era bem claro: ninguém a tiraria da mulher.
As duas mulheres se olharam ao mesmo tempo que o casal o fez.
O momento de constrangimento estava de volta.
...
Uma batida na porta e todos olharam para a Dra. Son.
- Eu ahn... - De onde tinha vindo tanta gente?  - Espero não estar atrapalhando, mas... Primeiro, o número máximo de visitas por quarto é dois. Segundo, fui informada enquanto estava vindo aqui, de que duas pessoas aguardam por vocês na recepção. Seungyeon e... Hyoyeon? Eu suponho.
- Não! - Irene gritou furiosa ao ouvir o nome da assistente social.
- E terceiro... Eu preciso saber quem ficará responsável por assinar os papéis de alta. - Ela disse antes que a comoção tomasse conta do quarto.
- Irene, tudo bem. Ninguém vai te levar... - Tiffany tentou acalmá-la e a menina viu a oportunidade para se agarrar nela de novo.
- Tiffany, eu não quero ir com ela! Não deixa. Eu sou tua tartaruga, eu não vou!
Okay, agora era a hora. Tiffany tinha se virado para Taeyeon e os olhos estavam abertos em preocupação. A mensagem de Eunseo cruzou mais uma vez sua cabeça, e ela sentia o próprio corpo tremendo. Ela não queria passar por aquilo de novo. Ela não queria que tirassem a menina de seus braços. Ela apertou Irene contra seu peito, como se pudesse escondê-la lá dentro.
- Nós esperamos lá fora. - Disse o homem enquanto colocava a mão nas costas da mulher e saíam do quarto.
- Por favorzinho. - A menina dizia enquanto se segurava na morena, os dedos enroscando no seu cabelo de forma tão familiar que Tiffany simplesmente não podia deixar uma parte de si ser levada embora. Outra vez.
- Tae... - Ela começou e balançou a cabeça. Elas precisavam conversar. A sós, ela e Taeyeon. Ela suspirou e segurou a cintura de Irene - Querida, você me espera um pouquinho? Eu vou ali fora, só por um minuto falar com Taeyeon. Você vai me ver pela janela de vidro. Prometo que volto logo. - Ela apontou para as persianas da janela que ficava em frente ao corredor aberta.
- Promete? - Ela se afastou e encarou Tiffany.
- Prometo. Volto para você. - Ela beijou a bochecha da menina e a colocou em pé na cama. - Só um minuto. - Tiffany disse para Dra. Son que concordou com a cabeça calmamente.
Irene ficou observando enquanto as duas se afastavam e Tiffany fechava a porta atrás de si. Ela se colocou na frente do vidro e encarou Irene por um minuto. Como tinha prometido, ela ficaria à vista.
Ainda nervosa, ela cruzou os braços na frente do peito e mordeu o lábio inferior antes de falar.
- Eu me encontrei com Eunseo hoje. - Ela começou e Taeyeon franziu o cenho.
- Eu sei, você já me disse...? - A loira não sabia ao certo aonde a conversa iria parar.
- Nós... conversamos sobre algumas coisas e... - Ela mordeu o lábio, novamente, e olhou nos olhos de Taeyeon. - A conversa me fez pensar em algumas coisas.
- Fany? - Ela parecia incerta.
- Tae... Nós... Nós perdemos um bebê. E por um tempo eu achei que - que era minha culpa.
- Nós já conversamos sobre isso, Fany-ah. - Taeyeon a cortou. Não havia motivos para ela continuar se sentindo culpada.
- Eu sei, não é só isso. Eu entendi que não era minha culpa, mas não consegui evitar de pensar que talvez isso não fosse destinado a mim. - Ela podia jurar que Taeyeon iria interrompê-la novamente depois de ter ouvido “destinado”, mas nada aconteceu, então ela continuou. - E Eunseo me falou... Me falou de coisas inesperadas e boas que acontecem e como eu tinha que reconhecer isso durante a vida, e você não tem ideia de como me fez bem falar com ela... - Tiffany suspirou.  - Honestamente, eu já tinha deixado de acreditar que encontraríamos Irene de novo. E agora ela está bem aqui. Tudo o que Eunseo falou faz perfeito sentido, agora mais do que antes.
- Fany, o que você tá sugerindo? - Taeyeon perguntou, embora ela já soubesse a resposta.
- Tae, ela é nossa nova chance. - Tiffany apontou o dedo para a janela, onde Irene ainda estava com os olhos fixos nela. - Eu não quero desperdiçar.
A detetive sorriu para ela.  - Você sabe que nós vamos comprar uma baita briga.
Nós. Tiffany nem precisava perguntar se Taeyeon estava disposta a fazer o mesmo que ela. Ela sorriu abertamente e colocou os braços em volta da cintura da mulher.
- Ainda bem que nós já somos acostumadas a isso. - Ela plantou um beijo nos lábios da loira.
Taeyeon estreitou os olhos em pensamento, aproveitando a situação para tirar proveito em seu favor.  - Aquela roupa de stormtrooper que queria comprar cairia muito bem como uma armadura agora.
Tiffany riu e lhe deu um tapa no ombro. - Nem pense nisso! Entretanto... Ouvi dizer que se você comprar a da mulher maravilha... Você ganha alguns presentes extras. - Tiffany piscou e sorriu para ela.
Com uma oferta melhor, Taeyon abandonou a ideia anterior. - Feito. -  Ela roubou um beijo de Tiffany. - Agora... Deixa-me ir para o primeiro round.
- Tae... Você acha que vai ser... Muito difícil? - Tiffany segurou seu braço para impedir que ela se afastasse.
- Eu não sei, Fany... Eu espero que não. Eu vou fazer tudo ao meu alcance. Eu prometo, ok? - Seus olhos se fixaram nos de Tiffany que estavam mais escuros do que o normal.
A loira sempre estava disposta a fazer tudo por ela. E era mais do que isso. Taeyeon queria as mesmas coisas que ela, por isso a relação dava tão certo. Uma lutava pela outra, sempre, e geralmente o resultado era muito recompensador. Dentro de seu coração Tiffany sabia que sairia dali hoje com Irene em seu colo, sorrindo e brilhando seus olhos castanhos para elas. A dúvida existia de um tamanho suficiente para incomodar, mas Taeyeon acabaria com ela logo, logo. Ela sabia argumentar, elas tinham motivos para ficar com a garotinha pelo menos por mais uns dias. Um sujeito em custódia era motivo suficiente, e Taeyeon podia revirar alguns a mais. Tiffany sorriu para ela, deslizou sua mão braço abaixo até encontrar os dedos de Taeyeon. Cruzou os dedos com os seus e apertou levemente antes de soltar-se dela. - Eu amo você. - E eu confio em você, seu coração gritava.
- E eu amo você, também. Agora eu preciso ir.
Ela acenou com a cabeça e se voltou para a porta. Irene estava esperando por ela.
...
- Foi uma falta gravíssima, mas eu entendo que vocês são bom cuidadores. Nunca tive nenhum tipo de problema em relação às outras crianças que passaram por vocês, e imagino também que dessa vez, não tenha sido necessariamente falta de cuidado. - Hyoyeon dizia para o casal que ficara responsável por Irene.
Seungyeon estava de braços cruzados e Taeyeon tinha acabado de chegar. Algumas coisas deveriam ser resolvidas essa noite.
Taeyeon esfregou as mãos e adicionou à conversa. - Como eu já disse para eles mais cedo... Eles poderiam ter se machucado caso... Caso cruzassem o caminho do sequestrador.
- Mas vocês já apreenderam o homem, correto detetives? - A assistente social se virou para Seungyeon e Taeyeon.
Seungyeon balançou a cabeça em negativo. - Nós temos em custódia o homem que estava com ela no aeroporto. Nós ainda não sabemos se de fato foi ele quem a sequestrou, mas temos o suficiente para mantê-lo preso, por enquanto.
- Por enquanto? - Eric se sobressaltou. - Ele sequestrou uma criança! Estava planejando levá-la... - A sentença morreu no meio da frase. Ninguém tinha dito para onde ele iria levar a menina.
- Exatamente. - Taeyeon interveio. - Ele planejava levar Irene, mas não sabemos se foi ele que a tirou da casa de vocês. Ele se recusa a colaborar. Além disso... Ainda temos o caso da mãe dela aberto. Há uma grande chance disso estar conectado.
- De qualquer forma, Irene vem com a gente? - Yongsun tinha perguntado, parecendo incerta.
Taeyeon respirou fundo e fez a tentativa. - Não acho que seja uma boa ideia... Quer dizer, eles podem mandar outra pessoa atrás dela.
- Isso se sua hipótese de ter mais alguém metido nisso estiver correta. - Hyoyeon rebateu.
- Eu sou uma detetive, Hyoyeon. E se eu ainda estou viva é porque tenho bons instintos. - Taeyeon devolveu e Seungyeon comprou a briga
- Concordo com Kim. Se houver qualquer possibilidade de perigo... Não é muito sábio devolvê-la à casa de onde já foi sequestrada uma vez. Seria como se oferecesse uma segunda chance.
- Eles estariam em alerta dessa vez. - Hyoyeon disse.
- E em perigo dobrado. - Taeyeon estava ficando irritada pelo simples fato da mulher não compreender o quão sério isso era. - Nós podemos ficar com ela. Eu e Tiffany, eu quero dizer. Nós já fizemos isso antes. - E ela esperou que a mulher comprasse a ideia.
- Kim, eu entendo que vocês são capazes de cuidar da menina, acontece que todas essas mudanças deixam uma impressão de instabilidade para ela, e pode afetar...
Taeyeon parou de ouvir na palavra instabilidade. Talvez ela pudesse usar isso em seu favor. – Eu posso... Posso falar com você a sós? Durante um minuto? - Ela perguntou enquanto esfregava as mãos.
A assistente balançou a cabeça em sim e as duas se afastaram do restante do grupo. Taeyeon de repente se sentiu nervosa e intimidada por ela. Ela não podia perder a chance, não podia dizer nada errado. Ela limpou a garganta e lambeu os lábios. - Irene não vai ficar com eles para sempre, vai? Quer dizer... Eles não a adotaram. Eles são foster parents.
- Correto. - Ela disse sem ensaios.
- Isso... Bem, quando alguma família a adotasse ela... Seria um outro momento instável para ela, outra mudança.
- Aonde você quer chegar, detetive? - A mulher colocou a mão na cintura, impaciente.
- Eu e Tiffany. Nós queremos levá-la para casa.
A assistente suspirou demoradamente e coçou a testa. - Kim, eu entendo que você ache necessário por causa do caso, entretanto é necessário que ela fique sob a responsabilidade de adultos que estejam registrados...
- Nós queremos adotá-la. - Taeyeon disse de uma vez. - Nós queremos ficar com ela. - Ficar com ela? Ela não é um cachorro, sua idiota! - Nós queremos... Nós queremos que ela seja nossa filha.
Hyoyeon de repente mudou sua postura. Taeyeon não sabia se aquilo era bom ou ruim. Ela tinha colocado as coisas de forma correta? Ela tinha dito algum absurdo?
- Kim... Você e sua mulher com certeza suas duas pessoas poderosas. Ainda assim, você sabe quão burocrático uma adoção pode ser?
- Eu sei. - Taeyeon afirmou.
- Você deve saber também, eu imagino, que não acontece de uma hora para outra.
- Não acontece, mas essa é uma situação completamente diferente. Qual é, ela nem tá no sistema ainda, Hyoyeon!
- Ela não passou pelo sistema, detetive, mas ela está devidamente registrada lá.
- O que? Eu devo esperar que ela passe por um orfanato, então? - Taeyeon não conseguiu segurar o sarcasmo.
- Penso que não, considerando que eles querem oferecer abrigo para ela. - E Hyoyeon apontou para o casal à espera delas.
- E nós também! E mais do que isso, Hyoyeon. - Taeyeon jogou as mãos para cima, ciente de que estava perto demais de perder aquela briga. Ela tinha prometido para Tiffany que levaria a menina para casa, mas Hyoyeon parecia irredutível, apegada as regras de registro de crianças e adultos no sistema. É claro, era algo necessário, mas Taeyeon não via por qual razão a mulher não pudesse abrir uma exceção.
Ela viu pelo canto dos olhos que Seungyeon estava se aproximando novamente delas, e o coração se acelerou ao realizar de quão próximo essa conversa estava para ser encerrada. - Qual é, Hyoyeon. Nós podemos cuidar muito bem dela. Ela precisa ficar sob a proteção de alguém, e eu sou uma detetive. Qual é! - Taeyeon pressionou.
A mulher não dizia nada, e Taeyeon se perguntou se ela estava simplesmente sendo ignorada ou se a assistente estava considerando algo. Ela gelou quando Seungyeon parou ao seu lado e Hyoyeon franziu as sobrancelhas. O tempo estava esgotado? Ela deveria pedir para que Seungyeon se afastasse para que continuassem a conversa a sós? Hyoyeon era mesmo tão inflexível assim? Ela tinha falhado com Tiffany?
...
Taeyeon parou em frente a porta e levou a mão na maçaneta. Antes de abri-la, entretanto, estudou Tiffany e Irene pelo vidro. A médica segurava a menina em seu colo, a cabeça apoiada em seu ombro enquanto deslizava os dedos no cabelo escuro. Ela falava alguma coisa que Taeyeon, obviamente, não conseguia ouvir, e Irene piscava os olhos pesadamente para ela, como se estivesse tentando resistir ao sono a qualquer custo. A menina disse alguma coisa e Tiffany riu, apertando-a em seus braços e beijando-lhe a testa. Essa era uma cena que Taeyeon poderia se acostumar, algo que ela gostaria de presenciar sempre que chegasse em casa do trabalho, ou algo que ela mesma poderia fazer. Mesmo quando se tratasse dos momentos de mau humor de Irene, ela ainda gostaria de lidar com a garota, afinal ela sabia melhor do que ninguém como acabar com aquela irritação. A garotinha podia ser adorável, ainda que fosse amarga. E Tiffany parecia tão satisfeita ali, como se estivesse finalmente no lugar certo.
Taeyeon se perguntou como seria dizer a elas que, mais uma vez, elas teriam que se separar. Ela imaginou seu coração se partindo em pedaços ao segurar a menina nos braços sabendo que quando a soltasse seria para sempre. E Tiffany... ela preferia nem pensar nisso. Era perturbador, desolador, e ela não conseguia criar cenário pior.
É claro, ela não precisava imaginar. Ela já sabia como seria.
Nesse momento Irene encontrou com seu olhar através do vidro, e Taeyeon sorriu para ela. A menina tirou o cabelo do rosto, olhou para Tiffany e de novo para o vidro, e quando Tiffany encontrou seus olhos, Taeyeon sabia que não podia mais salvar um minuto para si mesma daquela cena. Ela tinha notícias para dar e dois pares de olhos esperavam ansiosamente pelas palavras.
E dessa vez seria diferente.
Ela dispensou os pensamentos e entrou no quarto fechando a porta atrás de si. Tiffany se levantou com a criança no colo e Taeyeon viu o apelo nos olhos da mulher. Ela conhecia as reações de Tiffany tão bem que ela sabia que o coração tinha acelerado significativamente, e que a respiração havia se tornado mais pesada, apenas em olhar o modo como o peito subia e descia. Era melhor ela dizer logo, antes que Tiffany tivesse um ataque de ansiedade ou coisa do tipo.
- Ei tartaruga... - Ela olhou para Irene que arqueou as sobrancelhas em curiosidade para ela. - Você tá com muito sono? Porque, você sabe, o Prince me disse que ainda quer brincar com você hoje à noite. - E ela sorriu. Sorriu com tanta vontade que as bochechas chegaram a doer. Ela viu quando Tiffany soltou um suspiro de alívio e os olhos se encheram de lágrimas.
- Oh, Taetae! - Ela disse antes de se jogar nos braços da mulher, e a detetive segurou a morena e a menina em seus braços. Tiffany estava tremendo tanto que Taeyeon ponderou se seria sábio soltá-la agora ou não.
- Nós estamos indo para casa. - Ela beijou a bochecha de Tiffany. - Nós três. - Ela acariciou as costas da morena e riu. - Mas Fany, você precisa parar de tremer tanto, porque se você desmaiar tenho certeza de que a gente vai ter que adiar a partida para amanhã.
Tiffany riu e plantou um beijo no pescoço da loira. Ela sabia que Taeyeon conseguiria, ela sempre conseguia. Ela entregou Irene nos braços da mulher para se estabilizar e respirar melhor. Irene voltaria para casa com elas. Irene voltaria a pintar desenhos de tartarugas e peixes e iria colar todos na geladeira. E Tiffany seria uma sereia, como da outra vez, e Taeyeon um peixe vermelho. Irene que procuraria por elas no meio da noite se tivesse um pesadelo; Tiffany não iria se importar em acordar na madrugada para tranquilizá-la. E Prince seria alimentado na parte da manhã pela garotinha. Provavelmente ela teria que comprar morangos em dobro, considerando que Irene comia a fruta mais do que o próprio cágado. Ela não sabia qual era o acordo que Taeyeon tinha feito, mas fosse qual fosse, seria o suficiente por agora. Era o primeiro passo para o resto da caminhada. Elas começariam a papelada da adoção o mais rápido possível, Tiffany não deixaria nenhuma brecha, aquela criança seria delas e ela gastaria todo e qualquer recurso que fosse preciso. Irene estava indo para casa. Junto com elas, finalmente. Agora era seguro dizer. Ela respirou fundo e sentiu a tensão abandonando seu corpo, pouco a pouco. As mãos esfregaram os olhos para dispensar as lágrimas que não haviam caído. Ela não conseguia parar de repetir em sua mente “Estamos levando Irene para casa” porque todo aquele dia tinha sido imprevisível e cheio de nuances. Assim como os últimos dias, mas pelo visto agora elas estavam recuperando um pouco do controle sobre as coisas.
Irene, a pequena garotinha de olhos castanhos na qual ela tinha esbarrado na delegacia dias atrás. A criança que tinha feito dela seu porto seguro, e de Taeyeon sua protetora - e travesseiro. A menina que amava tartarugas, mas que pelo visto amava mais Taeyeon e ela porque não queria ir para qualquer casa que tivesse uma tartaruga - só a casa das duas lhe serviria.
Irene, que parecia tão indiferente à notícia, como se já soubesse que esse seria o desfecho do dia de qualquer jeito. Ela piscou os olhos para Taeyeon, inconsciente das tensões e medos que a situação tinha trazido para as duas mulheres, e mordeu o lábio inferior em pensamento, franzindo levemente o nariz.
- A gente já pode ir, então?
- Podemos, tartaruga. Só temos que trocar você antes, e assinar uns papéis. - Taeyeon respondeu.
Com isso a menina indicou a cama com um dedo e Taeyeon a colocou lá. Ela mesma pegou o novo pijama e desdobrou, desabotoando a frente para se vestir. - Eu também tô com saudades do Ginger. - Ela ofereceu enquanto Taeyeon tirava a camisola do hospital da menina.
- Aposto que ele também tá com saudades de você. - Taeyeon sentiu a mão de Tiffany apertar levemente sua cintura.
- Vou assinar os papéis da alta. Nos encontramos na recepção? - Tiffany podia esperar por elas, mas ela queria sair dali o mais rápido possível. Quanto mais rápido chegassem em casa, mais real a sensação de ter a garotinha pareceria e ela definitivamente poderia se beneficiar de algo mais palpável.
- Claro. - Taeyeon respondeu e deu um beijo em sua bochecha.
Tiffany se inclinou e abraçou Irene uma última vez antes de deixar o quarto. Ela se virou para Taeyeon, sorriu e segurou a cintura da loira com as mãos. - Obrigada. - Ela disse com sinceridade. O modo como Taeyeon se empenhava a deixá-la feliz, estava disposta a fazer tudo ao seu alcance e um pouco mais quando se tratava do relacionamento delas, confortava Tiffany e a assegurava.
- Qual é, Fany-ah... Você sabe que pode me pedir...
- Essa é a questão. - Ela cortou a loira. Essa sempre tinha sido a questão. - Eu nunca tive que, de fato, te pedir nada. Você é a felicidade que me faltava e que agora me transborda. - Ela sorriu e beijou os lábios da mulher.
Taeyeon sentiu as bochechas corarem e abaixou o olhar. Como ela poderia responder a isso? - Eu... - Ela suspirou.
- Você me encontra lá fora. - Tiffany disse depois de plantar um novo beijo em seus lábios e partir.
A loira ainda sorria de um jeito bobo quando se virou para a criança de novamente. Irene ergueu os braços para ela - agora era a vez das mangas - indiferente à troca de carinho entre as duas. Quando Taeyeon fechou o último botão, ela ergueu os olhos castanhos para a loira e perguntou - O que transbordar significa, Taeyeon?
A loira riu para a menina, segurando-a no colo enquanto tratava de alcançar suas coisas - sacola, balões e Miyoung, a tartaruga de pelúcia - para saírem dali, e lhe explicou em poucas palavras o significado da palavra enquanto caminhava em direção à recepção para se encontrar com a mulher.
Hora de ir para casa.
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vin-ito · 3 years
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18 de maio de 2021
 Oi!
Sentindo muita agonia, desde ontem que não tenho um pouco de conforto embora meu dia tenha sido muito bom e produtivo. Eu acabara de arrumar o quarto, limpar algumas roupas, separar para a doação e... boom! uma barata imensa saiu do meu armário... Eh... Eu fiquei com nojo então coloquei os lençóis de cama para lavar.
Nossa! Talvez eu realmente pense demais. Li algumas dicas como alimentação saudável, começar um diário e então vi uma prática que me pareceu um tanto quanto suspeita; eu teria que me sentar, fechar os olhos e deixar os pensamentos excessivos irem fluindo. E eles foram. Deixando-me uma dor de cabeça insuportável em seguida. Não recomendo. 
Ontem eu não tive uma crise de ansiedade sequer entretanto à noite senti minha respiração ofegante e meu corpo fraco, então chamei meus pais e meu pai argumentou que talvez sempre quando eu esteja agitado – o que eu realmente estava pois, era a hora de jantar e eu queria contemplar assistindo turma da mônica mas não pude concluir por puro capricho de minha avó não querer sair da janela, se eu estivesse lá, iria me fazer muitas perguntas – eu teria crise. 
É verdade que eu preciso mesmo de um bom descanso mas só de pensar em estar longe de casa me dá uma sensação de pânico, sabe? Os pensamentos são variados:
– Será que vou passar mal em lugar X?
– E se eu andar sozinho por aí e passar mal e não ter ninguém pra me socorrer lá?
Acho que terei que voltar a usar o celular, já que hoje, terça, irei para as aulas presenciais e os meus pais estavam preocupados caso eu passasse mal lá. Então a mente ansiosa ficou repetindo e pensando nisso “e se eu usar o celular? a ansiedade volta? eu vou ficar mal? vou conseguir respirar? e se eu passar vergonha em público?” e só foi ficando pior. Eu tô com tanto medo realmente de passar mal, que a minha mente não me faz parar de pensar em outra coisa. “Mas você não precisa ir para a aula” é verdade mas eu preciso sim, preciso enfrentar a realidade e não me permitir ficar na zona de conforto esperando o milagre da cura aparecer, entende? Mas, keep calm eu irei usar somente para me comunicar com os meus pais em caso de pânico...
Enfim, ontem também encontrei um álbum de fotos antigas e vi que o mundo já não seria mais o mesmo – o que me rendeu vários pensamentos – hoje o mundo está totalmente digitalizado mas eu percebi que não tenho fotos da minha pré-adolescência, e se o google drive falhar? Não sou contra as tecnologias, muito pelo contrário, mas é preocupante a forma em que estamos inseridos. A pandemia tornou isso tão esquisito. Às vezes me pergunto “e se não houvesse pandemia? Eu estaria ansioso? Eu estaria aqui escrevendo em um blogue?” 
São tantos pensamentos que a minha mente introduz que são 08:21 da manhã e já estou aqui, focado e irritado. Eu fico agitado e quando ponho minhas músicas favoritas começo a andar em vários cômodos da casa com a finalidade de aliviar tensões. 
O ruim de pesquisar sobre pensamentos ou causas, é que você acaba se impressionando com outros sintomas e acha que os tem. Por exemplo, semana passada (quarta) tive uma crise de ansiedade no shopping e vim para a casa, depois de muito sufoco, e acabei na besteira de pesquisar mais sobre. Eu não posso fazer isso.
Eu lembro que a minha primeira crise foi no dia 10 de março, de madrugada. Nessa época, o contexto era de que eu estava viciado em jornal, seja ele liberal, nacional, jornal hoje, bbc... Enfim, eu passava 24h do meu tempo me dedicando a notícias sem necessidade e acho que isso me desencadeou a ansiedade, porque provavelmente isso me fez pensar, de alguma forma. Falando isso parece que saiu um peso das minhas costas, talvez o “blogdiário” funcione.
Acordei um pouco ofegante sim, mas graças a Deus já passou. Eu vi uma tal de frequência binaural para pensamentos excessivos, eu não sei se isso funciona pois de perto, deve ser um tipo de pseudociência. E se eu tentar?
https://www.youtube.com/watch?v=V3LtEEwVXz8
Os efeitos (caso realmente tenham) irei relatar conforme os dias se passam. A música é bem calminha. Hoje eu acordei cedo, umas 7:30, a razão eu realmente desconheço mas acordar cedo me trás boas sensações, uma sensação de que estou sendo produtivo, talvez? Cuidar de mim ultimamente tem sido a minha maior prioridade. Ah, esqueci de falar mas aparentemente meu colesterol está alto então ontem quando comi comidas gordurosas, passei mal com muita tontura e dor de cabeça (já achava que era ansiedade) mas com o remédio, acabou passando depois. Também percebi que metade desses pensamentos acabam indo para o meu sonho, ou melhor, são expressados durante o sonho com metáforas ou algo assim; meus sonhos sempre foram focados em contexto da vida real, nunca imaginativo.
Como eu ia dizendo, parei um pouco para cuidar de mim. Eu fazia isso antes mas o tempo muda tudo, cenários, corpos, mentalidade... É um verdadeiro compositor de destinos que nos ronda. Estou tentando trabalhar a autoestima e aceitar minhas inseguranças de algum modo. Tomo um bom banho, faço uma boa refeição, ponho bons cremes na cara, ouço boas músicas e paro um pouco de pensar. É impressionante quando eu simplesmente converso com outras pessoas que o sentimento da crise vai embora, talvez seja por isso que quando vou à escola eu acabo ficando relaxado. Eu gosto muito de conversar. Muito. Talvez nessa pandemia eu tentasse inibir minha verdadeira essência e deixasse que os outros me rotulássem como quisessem. Na pandemia também quis me pagar de introvertidos para os outros, mas eu não sou assim e nem sei porqu~e insisti nisso. 
Ultimamente o clima aqui tem sido de muito frio, é bom para dormir e me acalma demais, mas queria tanto acalmar essa mente inquieta que trabalha 24h por dia. Meus sintomas são: as crises, dor de cabeça, me irrito facilmente, a minha mente parece bem cansada e fatigada. Já cheguei a pensar tanto que havia concluído de que a realidade é inventada (???)
Estou feliz de tentar me esforçar ao máximo. Todo dia é dia de algo novo. Eu observei que geralmente tenho crises no final do dia, tarde pra noite (nesse sentido).
Agora tenho que ir!
Tchauzinho.
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complicadaeconfusa · 4 years
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Queria um amor leve, tranquilo, que não me deixasse com pensamentos de insuficiência. Eu sou uma avalanche e quero um amor tranquilo, parece estranho, mas justamente por ser essa avalanche de emoções que preciso da tranquilidade.
Não queria ser assim, sempre querendo mais e nunca ser o suficiente. Mas será que eu tô errada? Eu deveria me contentar com pouco e não exigir muito? Por que? Muitas pessoas não se contentam com a vida que tem, trabalhando muito, estudam, pra ter uma vida melhor, sempre reclamando da vida que tem e querendo mais. Por que no amor não pode ser assim? Por que não posso querer mais?
Só quero mais carinho, mais demonstrações físicas de afeto, mais palavras e gestos bonitos. Não preciso de dinheiro, presentes, nada disso. Só preciso de amor, então porque é tá difícil?
Diz que me ama tanta, mas tenho que implorar por um beijo, se eu não falo nada podemos passar dias só dando uns selinhos antes de dormir. Como assim?
Eu gosto só amor intenso, da paixão e sempre deixei isso muito claro, desde antes do namoro e casamento. Mas porque não pode ser assim? Se lutou tanto pra estar comigo, porque é tão difícil ser mais carinhoso?
Não acho que é são exigências tão absurdo. Mas já não tenho mais vontade de cobrar, me sinto ridícula e humilhando sempre pedindo pra ser mais carinhoso e ele dizer: vou tentar. Dois dias depois acabou de novo todo esse tentar. Ou seja, ele não consegue.
Mas e aí? Faço o quê? Me contento com o que ele pode dar? Até quando? Ele está contentando com o trabalho mas não será pra sempre, ele quer lutar por mais, porque acha que merece mais. E eu? Até quando vou ficar lutando contra mim mesma pra me contentar com o que tenho?
Esse é o problema de quem ama demais, mesmo que você queira mais, você continua ali, não vê sua vida sem aquela pessoa, você ama demais, você mostra demais, se sente as vezes envergonhada de mostrar tanto.
Tô cansada disso, eu mostro, mostro muito, faço tudo para deixar nem claro meu amor, meu tesão e todos outros sentimentos e as vezes recebo apenas um sorrisinho de volta. E a atenção volta para o celular.
Qual parte do dia me dar atenção é a prioridade? Quando vou ter de novo massagem nos pés, no corpo, nas costas, sem pedir? Se agora até pra receber um oral tenho que pedir. Cafuné? Vish! Posso contar nos dedos quando recebo por mês e se dura mais que dois a cinco minutos.
Sonhei muito com um amor perfeito, posso estar errada demais e todos dizerem que não existe amor perfeito. Mas será que só me iludi sozinha ou me fizeram acredita que tudo será perfeito? Oral era em toda relação, massagem nos pés, nas costas não precisava pedir, quando tive cólica ele pesquisou uma massagem para aliviar e eu não pedi.
E agora? Agora acha que alguma vez ele se ofereceu para fazer massagem e aliviar as minhas dores? Não! Então? Eu me iludi sozinha?
Na hora de tentar conquistar alguém e vê-la só nos fins de semana é fácil demonstrar e fazer tudo que pode. Mas quero ver você continuar a tratando assim depois que já a tem nas mãos. Já passei muito por isso. Eu amando e demonstrando ainda mais depois de estar junto e as pessoas fazem o contrário comigo, depois que já conquistou não vêem mais motivos pra tudo isso.
As vezes me sinto enganada! Mas não vou mais implorar por essas coisas. Se não vier dele, vou deixar e ficar sem. Se um dia a falta foi tão grande e a decepção, as vezes eu simplesmente não estarei mais aqui e quem sabe apareça uma outra pessoa pra provar pra mim e pro mundo que pode sim existir alguém que faça tudo por você, não só na hora da conquista mas durante todo o casamento. Não quero perder a esperança de existir isso no mundo e pra mim.
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meninadomapa · 4 years
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O Começo
Como qualquer garota da cidade ao chegar num interior, eu me deparei com um cenário muito incomum se comparado ao que eu estava realmente acostumada. Muito parado, muito calmo, sem tantos carros e as pessoas não paravam de olhar para mim. Eu tinha essa certeza que era por eu estar meio gordinha, mas depois percebi que isso era normal. Diferente, porém, normal. Não que eu seja normal. Com meu cabelo armado, pareço uma aranha armadeira pronta para intimidar meus inimigos e no meu caso a maioria eram inimigas.
Isso vai parecer mais uma história comum de adolescente da cidade grande que chega na cidade do interior. Mas não é. Tem um agravante aqui que muda tudo. Torna minha vida horrível e ao mesmo tempo interessante. Eu ter que lidar com isso é o meu pior pesadelo, minha pior alucinação e um passatempo que se tornou uma atividade horrível. Eu sou preta, logo, não sou vista com bons olhos pela maioria das pessoas. Porém, eu tento viver um passo de cada vez, sentindo o que tem para ser sentido e pulando as fases, como num videogame.
O dia era três de janeiro e o ano não faz diferença. Nota-se que foi no início mesmo, começo do ano. Eu tinha acabado de chegar na casa nova e estava ajudando minha mãe com a mudança; enquanto corria atrás de um gato que saiu da gaiola e estava em alvoroço tentando fugir para lugar nenhum, já que a casa antiga dele ficava há pelo menos uns 500 quilômetros de distância dali. Eu continuei, fui descobrindo objetos velhos que não lembrava mais e então fui lembrando de coisas que havia esquecido há bastante tempo. Não era a primeira vez que eu estava indo naquele local, a primeira vez havia sido há uns 10 anos para visitar parentes em um momento difícil. Naquela época eu ainda era uma criança e não sabia muito bem das coisas. Criança não sabe de nada, na verdade. Só sabe falar a verdade. Eu achei uma caixa escrito “mapas da Jô” em cima da tampa. Sim, Jô é meu nome. Eu não gostava muito no início, mas hoje me acostumei e começo a entender as nuances do mundo, dentro delas, aquelas irremediáveis. Então se não há nada o que fazer sobre alguma coisa, está feito.
No momento era a tardinha. Ainda se via o sol, distante e algumas nuvens rosadas com laranja. O barulho de caminhão e pessoas trabalhando era muito alto, então eu mal pude ouvir o vento. Mas puder sentí-lo. Era forte e um pouco gélido. Algo que eu gostava. Pensava que finalmente teria a chance de usar aquele moletom que achava lindo mas nunca realmente precisei usar. Eu ganhei aquele moletom do meu antigo pai, ele achava que estava escrito algo relacionado a New York, mas quando eu recebi, era New Year. Foi um erro inocente e eu acabei gostando mais ainda por isso. O Marcos era um cara legal no início, mas ele decepcionou demais a minha mãe e eles acabaram terminando. Quando a mudança estava acabando, eu estava enxarcada de suor e nem havia percebido. No entanto, percebi o quanto consigo fazer atividades agora sem perceber. Isso é bom.
Minha mãe, que eu normalmente chamo só de Má ou Mã, é a verdadeira heroína de qualquer história. Eu fico triste por ter demorado tanto para perceber isso. Ela me criou praticamente sozinha e teve que trabalhar muito para isso. O que acabou nos tornando distantes e me fez sentir que eu nunca teria intimidade com ela. E o pior, ela tentava criar essa intimidade, porém eu estava muito na defensiva e não conseguia aceitar fácil. Na verdade, nem aceitar mesmo. Ainda não somos tão próximas quanto eu gostaria, mas somos muito unidas, assim por dizer.
Mas a minha mãe não é a grande questão dessa história. A grande pessoa que torna tudo diferente. Eu quero chegar lá, mas calma. 
Minha mãe e eu ficamos tão cansadas após a mudança que decidimos arrumar tudo só no outro dia. Que por sinal, era um sábado. Eu então fui dormir. Arrumei minha cama de qualquer jeito, coloquei alguns lençóis e panos para deixar mais confortável e deitei. Ao fechar meus olhos, ainda acordada, ela chegou. “Nossa, Jô, tu é preguiçosa mesmo!”, disse a pequena criatura que aparecia aos meus pés, tentando subir na cama, sem sucesso. “Vou passar a noite inteira aqui? Me ajuda logo”, reclamou a criatura. Eu estava bastante cansada para ela. Meu olhos reviraram em descaso. Respirei fundo, dei uma bufada e finalmente levantei para ajudar minha companheira de todas as noites. “O que você quer, Fri? Eu tô bastante cansada hoje, me deixa dormir logo”. Mas eu sabia que falar isso não adiantaria muita coisa e que ela iria insistir até eu contar algo interessante. “Como sempre, vim buscar sua alma!”. A Fri, que na verdade se chamava Frieza da Noite, sempre tentou me amedrontar com essa conversa de alma. Mas eu não caio mais. Ela tem a língua presa e fala com voz de criança. Não tem como levar a sério alguém assim. Mesmo que seja um ser sobrenatural que ronda minha vida desde algum momento que eu não consigo lembrar.
“Ok, Fri. Senta lá“. Falei em tom sarcástico com veneno escorrendo pelos cantos da boca. A Fri era chata, mas era companheira, ela não havia me abandonado desde que eu me entendia por gente. Eu já pensei em falar sobre ela com a minha mãe, mas ela nunca acreditaria. Então não falei. A Fri é um segredo só meu. “Não vou sentar, não! Vou deitar. E vai logo fastando que eu quero espaço“. Sim, ela é bastante espaçosa. E eu durmo numa cama de solteiro, logo, não tem espaço para nós duas, eu tenho que dormir encolhida. “Fri, por favor, só hoje, me deixa dormir sozinha“. Falei em súplica. “Eu realmente preciso descansar para arrumar toda essa bagunça amanhã”. Fri deu de ombros, empinou o nariz, virou as costas e deitou. Felizmente, deitou encolhida o suficiente para eu poder deitar normalmente. A Fri é uma criaturinha de pele preta, que tem cabelos e olhos brancos. Ela tem uma boca enorme e é muito engraçado quando ela ri de mim. Já falei, mas ela tem a língua presa e fala engraçado. Ela não tem sapatos e suas roupas são só uns trapos misturados em forma de um longo vestido. Às vezes ela cai sozinha ao tropeçar no vestido. Eu já tentei cortar, mas sem sucesso. Mesmo quando consegui, na outra noite estava lá como se tivesse crescido sozinho. Seres sobrenaturais são realmente misteriosos.
Eu dormi sem muitas dificuldades. Cansaço realmente ajuda uma jovem a dormir melhor. No outro dia, como sempre, o local onde a Fri dormiu estava vazio e eu só voltaria a vê-la à noite. Decidi então arrumar meu quarto. Mas antes, claro, fui socializar com minha mãe ao tomar café da manhã. Para minha surpresa, ela ainda estava dormindo. Deveria estar exausta. Eu decidi então preparar algo para comermos. Quando procurei no meio das caixas por comida, acabei derrubando uma delas e minha mãe ouviu. Ela desceu depois de gritar e checar se estava tudo bem. Claro que estava, eu só tinha quebrado a cafeteira. Eu estava no início da minha vida adulta, logo, café era meu combustível. Minha mãe foi gentil e compreensiva o suficiente para entender que foi um acidente. Ela já estava madura demais para discutir com uma jovem como eu. Nós decidimos sair para explorar a cidade em busca do tão necessário café da jovem.
Encontramos uma pequena padaria próxima e tomamos café lá mesmo. Era um local pequeno, mas aconchegante. Tinham mesas do lado de fora e poderíamos curtir um ventinho enquanto fazíamos a nossa refeição. O dono nos olhou estranho a princípio mas depois nos serviu corretamente. O café era normal, sem nada demais. Numa cidade pequena não vou achar um Starbucks da vida. Porém, eles serviam bolos incríveis que eu jamais vou esquecer. Deve ser coisa de interior. Na cidade grande nunca vejo isso. Ao chegar em casa, ajudei minha mãe com a cozinha e sala, limpamos tudo e fui para o meu quarto. Essa etapa era a mais difícil porém, mais divertida para mim. Eu poderia colocar tudo onde eu quisesse e deixar tudo como eu gostava. Caprichei tanto que demorei a tarde inteira nisso. Quando finalmente terminei, já era possível ver as nuvens rosadas e alaranjadas pela janela. O dia estava acabando. E com isso, a Fri apareceria. Na última caixa que decidi organizar, achei a caixa escrito “mapas da Jô”. E como se eu jamais tivesse esquecido, uma lembrança veio a minha mente. A lembrança de 10 anos atrás. A lembrança da primeira vez que eu havia ido naquela cidade. Já era quase noite quando comecei a pensar nisso. Então, como um gato pulando a janela, vi Fri aparecendo na minha janela.
Dessa vez, ela não falou nada. Ela acabara de perceber a caixa em minhas mãos e só ficou olhando. “Fri, tá tudo bem?”, perguntei, preocupada com aquela situação atípica. Mas no fundo eu já sabia do que se tratava. “É claro, humana. Não sou boba nem nada”, rispidamente com a língua presa. Foi então qie veio à minha mente toda a história daquela caixa de mapas.
Foi tudo bem rápido. Se passaram 10 anos desde que eu havia passado dois dias naquela cidade, naquela casa. Eu era uma criança e não entendi bem o que estava fazendo ali. Minha mãe, meus primos e meus tios choravam e conversavam entre si de forma bastante receptiva, como se quisessem acalentar os corações uns dos outros. E era realmente isso. Era meu primeiro dia ali e todos estavam de luto pela morte da minha avó, mãe da minha mãe. O nome dela era Joana e meu nome Joyce foi uma homenagem distante à ela. Kátia era minha tia mais chorosa, ela era a filha mais nova e estava bastante abalada com tudo aquilo. Todos moravam naquela cidade, com exceção de minha mãe e eu. Nós estávamos meio deslocadas, mas no final das contas, só importava estar ali. Foram várias horas e eu, como criança, estava morta de tédio e queria ir embora. Pedi várias vezes à minha mãe, mas ela negava e tentou me comprar com um picolé. Eu fui facilmente vendida. Era de goiaba e eu amo goiaba.
Naquela noite, eu estava pela primeira vez naquela casa, a casa da minha avó. Fiquei lá por um tempo vendo TV e depois que estavámos só minha mãe e eu, nós conversamos. Minha mãe me explicou sobre o que tinha acontecido e me explicou o que era a morte. Na época, ela falou em uma viagem longa para tentar amenizar o impacto. Mas não precisou, eu era pequena demais para entender. Então, depois de alguns minutos, minha mãe foi preparar comida. Eu ainda queria mais picolés e pedi à ela. Ela negou veemente, indicando que estava próximo da hora do jantar. Eu queria aquilo de qualquer jeito. Sabe como são as crianças, birrentas. Foi então que eu olhei para um armário e achei uma caixa. Estava cheia de mapas do mundo, mapas de países, entre outros. Eu peguei a caixa e saí de dentro da casa. Minha mãe sabia que eu não iria longe, ela achou que eu ia apenas brincar com as crianças da rua. Mas essa não era minha intenção. Eu peguei os mapas e saí de casa em casa tentando vendê-los. Queria o mínimo, eu cobrava centavos pelos mapas, mas queria o suficiente para comprar um picolé. Foi ficando tarde e eu continuei a fazer aquilo. Os vizinhos, que levaram na brincadeira, acabaram comprando alguns dos mapas e eu consegui o valor necessário para comprar meu picolé de goiaba.
Eu saí em direção à venda, mas já estava à noite. E eu era uma criança. Uma criança com péssimas noções de direção, por sinal. Logo eu me perdi. De repente já estava muito tarde e eu estava próxima a um terreno abandonado com arbustos muito altos. Eu estava com medo, com fome e perdida. Para uma criança, isso é mais que suficiente para desencadear um choro sem precedentes. Eu chorei. Chorei e chorei. Solucei bastante e não conseguia parar. Eu estava com uma caixa na mão, cheia de mapas, dinheiro no bolso e nada mais. A essa hora minha mãe já devia ter alertado todos os vizinhos para me acharem. Eu queria ir para casa. Então comecei a sentir frio. Muito frio. 
Foi então que eu vi dois pontos brancos no meio dos arbustos. No meio da noite escura, no meio daquela tristeza sem fim, eu vi dois pontos brilhantes. Eu então parei de chorar e percebi que aquilo era algo que estava olhando para mim. Eu não senti medo, senti curiosidade. E não senti perigo naquela direção, senti inocência. Quando me aproximei, vi a Fri pela primeira vez. Ela estava olhando para mim, sem entender o porquê de eu estar chorando tanto. Ela olhou para a caixa e falou, “por que você está chorando?”. Então eu dei um leve sorriso e respondi, “eu me perdi, quero minha mãe”. Eu percebi que ela falava com a língua presa e achei muito engraçado. Meu medo passou um pouco e comecei a parar de chorar. Então perguntei, na espoerança de conseguir chegar em casa, “onde estamos?”. “Não sei, eu só fico vagando por aí”, respondeu a criatura. Eu percebi que ela não tinha casa e também percebi que não receberia ajuda vindo dela. “O que tem na caixa?”, perguntou a Fri. “Mapas”, falei simplesmente. “Por que você não usa esses mapas para chegar em casa?”. Por um momento, pareceu muito óbvio para mim. Eu tinha a solução nas mãos o tempo inteiro. Então eu comecei a rir. Ri sem precedentes. A Fri achou engraçado e riu também. Ficamos rindo e conversando por um longo período.
Quando eu percebi que tinha que chegar em casa, ouvi barulho de pessoas gritando. Procurando algo. Era minha mãe. Ela estava com um grupo de pessoas me procurando pela cidade. Eu gritei e ela veio na minha direção. Correndo. Às lágrimas. Minha mãe estava chorando mais que no velório da minha avó. “Graças a Deus, Joyce! Você quase me mata do coração!”, falou minha mãe, aos prantos. Então ela perguntou,“como você veio parar aqui, menina? Você vai acabar pegando a ‘frieza da noite’ e ficando resfriada”. Frieza da noite? Eu achei aquilo intrigante e imaginei que fosse minha nova amiga, que por sinal, havia sumido. Perguntei à minha mãe: “mãe, quem é a Frieza da Noite?”. Ela não respondeu exatamente, “Sua avó costumava falar que quem saísse durante a noite, poderia ficar resfriado por causa da frieza da noite. Vamos para casa logo, você precisa tomar um banho e ir dormir. Amanhã vamos voltar para a capital”. E assim, fomos para casa.
Daquele dia em diante, todos as noites, eu via a Fri. Ela aparecia no meu quarto, no banheiro, na sala quando eu estava sozinha. Mas ela nunca aparecia na frente de outras pessoas e eu decidi não falar sobre ela para ninguém. Eu lembrei que chamei ela de Fri por causa da história da minha mãe e porque ela nunca falou seu nome de verdade.
Naquela noite da mudança, eu lembrei de tudo. Lembrei de quando tinha conhecido a Fri e me senti bem. Ela me fez companhia e me tirou o medo no momento que eu mais precisei. Eu percebi que estávamos novamente na cidade natal dela. E eu estava prestes a começar uma nova vida. E é claro que a Fri estava incluída nisso. Naquela noite, fomos dormir sem eu reclamar do espaço dela. Foi uma noite tranquila.
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. Amor, hoje eu acordei mais apaixonado do que de costume e resolvi já escrever o seu texto do dia 21 e cá estou eu pra te lembrar tudo que venho te falando esses nove meses, né? Coisas que talvez tu já tenha cansado de ouvir, mas eu nunca vou me cansar de falar.. Então vamos  começar. Hoje em dia é tudo tão largado, todo mundo só pensa em zoar, em ficar com cada um a cada esquina, que quando se acha alguém igual eu te achei (na real foi tu que me achou, mas agora foi eu, porque eu que mando!!!1) a gente quer segurar com unhas e dentes! (gostando de usar termos velhos, tu me ensina sempre, ta vendo?) E a gente não quer largar mais, porque o que importa é ter alguém que te cuide, te ame, te respeite e tu é assim comigo e eu sou apaixonado por isso, apaixonado demais pelo jeito que você é, ahhh.. Tirando a parte que tu fica falando desses cantorzinhos aí, não to gostando disso não hein? Vamos parar!!11 E como eu sou ciumento, né? Eu tenho ciumes de cada coisa, que eu penso como tu ainda tá comigo e não me colocando em um manicômio, porque olha.. Mas voltando ao assunto bonitinho, eu sou completamente apaixonado por  você e não digo que é como da primeira vez, logo no comecinho e tal, porque de lá pra cá o amor só aumentou, o tesão, o respeito, a preocupação e todas as sensações que você me causa.  Você é o amor da minha vida e eu realmente quero passar o resto dela contigo, quero compartilhar cada segundo, cada momento, cada situação contigo.. Porque além de você ser o meu amor, você é minha amiga, minha companheira e eu sei que posso te contar tudo que tu sempre vai ter um conselho foda pra mim, mesmo que for pra puxar a minha orelha por eu ter sido grosso com alguém, por ter falado coisa que não devia ou por ter deixado de falar.. Eu sei que tu sempre vai pensar no meu bem, sempre vai fazer coisas que é pra me deixar feliz e quer saber? Qualquer coisa fica bem e sou feliz quando você tá do meu lado, porque tu mexe demais comigo, meu comigo há nove meses atrás a ponto de me fazer te pedir em namoro com menos de uma semana que a gente se conhecia e mexe ainda mais depois desses nove meses.. E eu sempre te escrevo tantas coisas, mas sempre acho que deixo de te falar um milhão de coisas, as vezes eu queria ser aquelas pessoas que escreve bonito, que sabe fazer poemas e esses lances romanticos, pra cada coisa que eu escrevesse pra ti, tu sentisse vontade de me agarrar de felicidade, tu sentisse vontade de chorar de emoção, sei lá.. Que tu ficasse extremamente feliz com o que tu tivesse lendo, porque eu queria tanto que tu conseguisse ver a metade de todo esse sentimento que eu tenho por você e eu acho que já te falei isso também, mas é que é verdade.. As vezes penso que não vou conseguir gostar mais de você do que já gosto, mas daí vem o dia seguinte e mostra o quão errado eu tava, que tem sim como eu gostar mais, que cada dia que passa tem um motivo novo pra eu te amar, te admirar e querer te fazer morar em um porão onde só eu tenha acesso.. Ou tu poderia ao menos morar comigo mesmo, porque dormir e acordar do seu lado todos os dias é o que eu mais quero, sabia? Eu ia ser muito feliz, mais feliz do que eu já sou!  E amor, daqui a pouquinho vamos completar um ano e caralho, é um ano e tanto.. Porque te conhecer foi muito bom e tenho muitas coisas em mente pra escrever no um ano de namoro e quer saber? Acho que vou começar a escrever de hoje, porque daí sim vai ter que ler uma biblia inteira AISUHSAUIHSSAUI Eu quero sempre me superar pra tu ter orgulho de mim, pra tu ficar feliz comigo, sei lá.. Tu é uma pessoa que eu me importo com a sua opinião, eu gosto de saber que tu gosta de como eu sou e blá, como eu te disse ali em cima tu não é só o meu amor, você é muito mais.. Você é completa e me completa e não tem como não amar você, não tem como não te achar linda e ser grato todos os dias por ter te conhecido. Eu espero do fundo do coração que um dia tu consiga se ver com os meus olhos e daí sim você vai conhecer você de verdade, até hoje tu tem uma visão errada demais sobre você, mas isso não tem problema, vou ajudar você dia após dia, eu tenho uma vida inteira pela frente pra te mostrar  pelo menos um terço do valor que você tem, da beleza que você tem, tanto interior como exterior e o quanto eu amo você por ser quem você é. Você é daquelas pessoas que da prazer em apresentar pros amigos e pra familia e dizer: Essa aqui é a minha namorada, minha noiva, minha esposa, meu amor, minha linda e minha gostosa. (mas claramente eu não vou te apresentar pros amigos, porque eu sou ciumento demais pra isso e se eu sonhar que algum deles pensou besteira sobre você, vou ser obrigado a fazer ele de peneira, de tanto tiro que vou dar na cara do maluco.) Você é o meu ponto de paz, porque não importa se o mundo tá desmoronando, que se tu tiver comigo, vai ser sempre o melhor dia da minha vida, porque desde que te conheci já tive vários melhores dias da minha vida e eu tenho certeza que tem muitos ainda por vir, porque eu sou completamente apaixonado por você, pelo seu sorriso, pela forma como morde seu lábio e o seu jeito de me chamar pra perto, você me da paz, me da alegria, me faz sempre ver um ponto positivo em cada dia negativo, me faz completo e mesmo quando tô bravo com você (como agora, que tu não para de falar desse maluco da banda, mas ok, vamos superar isso...) eu to te amando e te querendo mais perto de mim, porque não tem nada nesse mundo que me faça tão bem como a sua companhia, eu daria a volta ao mundo um milhão de vezes se tu viesse comigo, contigo eu enfrento meus medos de cabeça erguida.Quando deito pra dormir do seu lado, sei que o dia seguinte vai ser um ótimo dia, porque a primeira coisa que eu vou ver vai ser você e sendo assim, nada pode atrapalhar a minha felicidade . E eu vou parando o texto por aqui, porque eu já falei demais e tu vai se cansar de ler, né? Eu te amo muito, minha vida. Tu é o amor da minha vida e eu sou louco por você, tu é minha e é só minha, nada além de minha. <3 Oi minha vida, tudo bem? Então, eu tinha parado o texto ali, mas hoje é terça feira/quarta feira  e eu tô cheio de saudade sua, mas tu dormiu, né? E como tá cansada eu não sou nem louco de te acordar, porque eu te quero bem sempre, mesmo que me faça muita falta nos momentos que não tá comigo.. Até porque eu já vou ir dormir também, porque quero que chegue logo amanhã, pra te ter de novo comigo. Mas resolvi vir aqui falar um pouco contigo, porque eu to cheio de suadades mesmo e preciso falar que te amo, que te preciso, que te quero e que tu é maravilhosa e te falar também que é engraçado como eu lembro de você a cada segundo, com tudo, com qualquer coisa.. Sempre que acontece alguma coisa comigo eu quero ir te contar bem rápido e se eu vejo alguma coisa eu também quero.. E hoje eu sai né? Tu sabe... Daí eu tava lá pensando como ia ser foda tu comigo, rindo das palhaçadas que a gente falou, ouvindo das brigas dos casais (tu ouviu um pouco né? Mas teve muito mais que aquilo..) porque na verdade, eu realmente quero compartilhar contigo a cada momento, quero que tu faça parte da minha vida por completo, todos os dias das nossas vidas e eu acabei de ler um negocio no tumblr que vou colar aqui, porque é bem isso que to falando nesse momento.. ‘’ Antes era o meu futuro. Agora é o nosso.’’ E porra, como isso faz sentido agora, como eu quero ter um futuro com você e eu espero de coração que você não enjoe de mim e que todos os planos que faço na minha cabeça pra gente dê certo e seja feito direitinho. Espero que eu tenha muitos e muitos anos de vida e você também, pra eu poder passar cada um deles ao seu lado, construindo sonhos e realizando eles.. E ok, vou parar, porque esse texto realmente tá ficando enorme e é.. Não esquece que eu te amo demais, que eu te quero demais e que a cada dia eu fico mais apaixonado por você, minha vida. Tu é a coisa mais gostosa do mundo e eu não canso de falar isso.
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Carta para Deus
Eu pensei em várias formas de começar escrevendo tudo que aconteceu e que estou sentindo Deus. Confesso, me perdi em todos os começos que criei, afinal, nem eu mesma sei o que está se passando aqui dentro de mim. Acho que desaprendi também a escrever sobre pessoas e sentimentos. Eu era craque nisso, acredite. Já tive sonho de ser escritora, aqueles sonhos de menina inocente, sabe? Já sonhei em ser bailarina, cantora, miss, fonoaudióloga, modelo, juíza, delegada, uma super-heroína com o dom da cura, enfim, foram muitos os sonhos, lembra? Com o passar do tempo comecei só querer ser feliz e fazer as escolhas certas quando possível, e quando não possível, aprender com as erradas. Os sonhos viriam a serem esses. A menina evitava sonhar com outros tipos de sonhos. Havia sido tão magoada que passou a evitar pessoas. Passou a evitar chegadas, porque sabia que elas vinham acompanhadas de partidas logo em seguida. Estava cansada de ficar só, na beira da estrada, depois de passear com pessoas que a abandonavam lá. Tornou-se fria, protetora do seu espaço, dona de uma armadura inexplicável. Só queria evitar decepções, dores, cicatrizes, que muitos já haviam deixado alí. Mas derrubaram minha muralha, roubaram minha armadura. Há poucos dias me via a pessoa mais feliz do mundo. Na verdade isso vinha acontecendo há alguns poucos meses. E que felicidade maravilhosa. Felicidade que envolvia uma coragem tão imensa, que me fez deixar a menina medrosa bloqueada de lado. Havia conhecido alguém através do acaso, se é que ele realmente existe. O acaso mais lindo da minha vida, e olha que nem vivi tanto ainda. Ou melhor, um presente Teu Pai. Sabe, às vezes o dom de alguém é cuidar de outro alguém, e desde que esse alguém chegou em minha vida, meu dom era cuidar dele, porque o dele era cuidar de mim. Eu nunca me senti tão amada, tão protegida, tão bem cuidada e tão feliz, como eu tava me sentindo. Eu só conseguia pensar a sorte grande que eu tinha tirado e que eu ia morrer sem saber agradecer a Ti por ter colocado um presente tão valioso em minha vida. A gente se ajudou muito. Sei que fiz bem a ele, porque tudo que eu fiz foi retribuindo o que ele tava fazendo. Ele me deu o chão que eu precisava e eu dei a ele o céu que ele queria. Fomos o lar um do outro. Eu encontrei descanso nele, ele a sorte em mim. Eu me arquitetei pra ser o alicerce que ele precisasse. Eu me refiz, guardei todo o medo que eu sentia (e não era pouco não) pra honrar a esperança que ele tinha em mim, que ele tinha na gente. Fui refém do olhar dele, da humildade dele, do jeito como ele me amava e da capacidade que ele tinha em me fazer sorrir, só de aparecer em minha frente, ou só de lembrar que ele existia e que estava justamente na minha vida. Seria engano esse presente? Se realmente fosse um engano, era o engano mais lindo que me aconteceu. Ele é tão lindo, sério, tão lindo. E eu não estou falando só de aparência não, a alma dele, meu Deus, que coisa linda, que alma encantadora. Alma pura, por mais que ele fosse do tipo "eu tô cagando" pra tudo. Era marra só. Porque ele é incrível, t-o-d-i-n-h-o incrível. Cada pedacinho dele me dava um orgulho gigantesco. O caráter dele é admirável. Aquele jeito atrapalhado que só ele tem, eu amava admirar o lado meninão dele. A confusão com as cores, o lado medroso dele, ele dormindo, cara, ele dormindo, amava ficar olhando (ele nem sabe que passei várias noites, o vendo dormir, acariciando ele, agradecendo a Ti em pensamento sem parar por ter sido ele, por ser ele). O lado responsável, preocupado com suas coisas, persistente, indo atrás do que queria, ai que orgulho que eu sinto. Ele me tratava como se eu fosse uma princesa, acho que era consequência dele ser um príncipe. Não esse de contos de fadas, ele era real, ele existia. A sensação de ter a presença dele alí, comigo, era a mais gostosa do mundo. Abraço mais protetor não tinha. Eu conseguia enfrentar qualquer coisa com uma só mão se a outra ele tivesse segurando. Ele era minha segurança. Enquanto eu o tinha do lado de lá da ponte, no de cá eu conseguia me orientar. Era meu melhor momento, meu barulho, meu silêncio, meu melhor lugar. Era a força que nunca tive. A força que eu nunca mais vou ter. Porque eu o perdi. Eu o perdi de uma hora pra outra. Eu estou tão sozinha, tão perdida, tão vazia. Eu nunca pensei que fosse doer tanto, acho que nunca pensei que perderia ele, não tão rápido assim. Não fazendo tudo certo como eu estava. Deus me perdoa? Perdo-a me ter perdido o presente que me deu? Que confiou a mim. Eu juro que fiz tudo certo. Eu cuidei dele tá? Com todo amor e cuidado do mundo, como se ele fosse de porcelana. Eu fui parceira dele tá? Em todos os momentos, e eu não estou falando só dos bons. Eu o ajudei tá? Em todos os problemas que apareceu e pude fazer alguma coisa. Eu não o prendi tá? Eu deixei ele livre, da mesma forma que o conheci. Tão livre que ele preferiu ser mais livre ainda. Perdoe-me também por ter o deixado ir, por não ter implorado que ficasse e visse que amor maior ele não vai encontrar por aí. Eu quis gritar muito: "Volta, volta que eu te faço mais feliz, me reinvento quantas vezes for necessária pra te ver feliz, me deixa provar que eu posso ser o que precisa. Faz alguma coisa, não me perde assim não, pensa no que de melhor eu tenho e fica como chegou." Como eu quis gritar pra ele ficar na minha vida, era meu direito, eu sei, mas seria egoísmo meu prender ele a mim, com tantas coisas que ele tem pra viver ainda. Eu não podia fazer isso, eu o amo tanto que não podia pensar em mim nesse momento, pensar que eu merecia que ele me desse outra chance, afinal, eu fiz tanto né?! Não valeu pra ele? Eu não merecia ser valorizada? Eu tive que pensar na vontade que ele tava de ter a liberdade dele de volta, no sentimento que ele já não tinha mais por mim. Eu tinha que pensar na felicidade dele antes de qualquer coisa, e principalmente respeitar ele, a decisão dele, como eu sempre o respeitei. E entender a vontade que ele tinha de viver por aí tudo que não conseguiria comigo. Se me permite dizer, com tudo isso, com toda dor que está me invadindo, eu decidi que ele é a pessoa certa pra mim, porque ninguém melhor que eu mesma pra saber o que é melhor pra mim. Ele pode até dizer por aí que eu mereça alguém melhor, que eu vou insistir em dizer que o melhor pra mim, é ele. Porque ninguém me fez tão feliz como ele, e ninguém vai fazer. Pois me jogando nesse buraco, me devolveu minha armadura, muito mais resistente agora. De qualquer jeito, eu tenho um orgulho danado de dizer que conheci a alma dele, o coração dele e a pessoa que ele é. Porque ele realmente é incrível. Eu o escolhi uma vez e escolheria outras mil. Ei Deus, sei que nessa vida eu perdi o presente que me deu, mas se possível, me dê ele na outra vida também? Eu prometo que vou cuidar dele tão bem, que ele não vai sentir vontade de abandonar a morada em mim. Amar ele é o que de mais bonito eu fiz, e fingir não amar é o que de mais difícil eu estou fazendo. Tomara que um dia ele pense em mim, que sinta minha falta mesmo que seja por segundos. Porque eu vou pensar e sentir a dele por muito, muito tempo. De qualquer forma, vou estar sempre com ele, não sou nem louca de recusar a única coisa que ele quer me dar, a amizade. Avisa lá tá? "Eu tô contigo príncipe". 
Rafaela Salles.
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letalidades · 5 years
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Quando bate aquela saudade.
Soube que te amava no segundo em que te vi. No momento em que meus olhos encontraram você, meu coração completamente despreparado pulsou como um maluco e eu, despretensiosa e totalmente guiada por uma sensação diferente, imaginei como você ficaria lindo usando terno e gravata, enquanto eu entrava na igreja no meu tão sonhado vestido branco. Você me ganhou por inteira no dia seguinte. Enquanto conversava comigo para que eu não ficasse tão deslocada, eu descobri o teu nome completo numa folha sobre a mesa. Durante o início da tarde, no momento em que me tirou da frente do ar-condicionado para que eu não ficasse doente, eu já havia contado para as minhas amigas tudo o que eu sabia sobre você. Na hora do almoço, juro que minhas pernas tremeram quando seu pai pediu para que você me acompanhasse. Descobri teu primeiro defeito (talvez único, porém, gravíssimo), eleitor do cara que vai me fazer correr de militares (pensando pelo lado positivo da coisa, eu preciso mesmo perder alguns quilos). Um minuto ao teu lado e eu já sabia... Estava perdida nos olhos castanhos mais bonitos que já vi. Naquele dia conheci uma prévia do amor da minha vida, 50% de timidez, 50% de extroversão e 100% de gentileza. Meu coração se conectou ao teu no momento em que me abraçou para se despedir. Eu, coberta de sentimentos e despida de razões, imaginei como seria linda a nossa casa. Você virou o dono do meu sorriso no dia em que apareceu de surpresa. Eu, doente e descuidada, você, com sua camisa do Mortal Kombat, me trazendo uma nostalgia da minha infância. Eu, toda sem jeito, mal consegui abrir a porta, você, todo preocupado, mostrando um vídeo do seu candidato levando uma facada. Tenho certeza que meu coração duplicou de tamanho com sua expressão, tão inocente como a de uma criança assustada. Eu, completamente perdida nas imagens em minha cabeça, imaginei como a sua camisa poderia envolver o meu corpo perfeitamente. (Aliás, sua camisa, nesse momento, está no meu corpo. Enquanto escrevo isso, penso em devolve-la pelo correio, mas lembro de ter dito que só te devolveria se viesse buscá-la, então, me desculpe a franqueza (fraqueza) em não conseguir me desfazer dela.) Você mudou toda a minha vida no momento em que decidiu conversar comigo. Uma semana e eu já não conseguia me afastar de você, não eram apenas dois corações conectados, mas duas almas que pareciam se conhecer há décadas. Éramos quase um só e você nem tinha me beijado ainda. Eu nunca havia tido a sensação de ser tocada sem antes existir um contato físico, você me encontrou na pior fase da minha vida e me redescobriu, reconstruiu e tirou o melhor que eu poderia ser, mas o que há melhor em mim não presta, e logo você descobriria isso. Eu, a maior das problemáticas, imaginei o quão maravilhoso seria adotar o nosso primeiro cachorro. Você se tornou a minha visão favorita quando apareceu com aquela barba complementando o sorriso mais lindo já visto no mundo. Você estava com uma jaqueta de couro que fazia com que se parecesse exatamente com o amor da minha vida (sem contar que havia me trago uma sacola com dois pedaços de bolo e uma coca-cola, era inevitável não me apaixonar ainda mais). Sabia que eu não comia quase nada há semanas e que foi uma sensação gratificante poder, finalmente, sentir prazer em comer algo que eu não estivesse me obrigando a colocar no estômago por sobrevivência? Você estava tão lindo, me contou sobre sua faculdade, sobre sua relação com o seu pai e sobre a sua infância. Eu mal conseguia desviar os olhos de você... E se quer saber, eu, louca e desvairada que sou, enquanto me segurava para não cair nos teus braços e te beijar, imaginei o quão lindos seriam os nossos filhos (que dias mais tarde, numa das histórias que você costumava inventar na sua cabeça, resolveu chamá-los de Carla e Patrick (e com o uso incorreto do parentese, abro outro só para dizer que "Deus nos livre de colocar esses nomes nas nossas crianças.")). Você foi a minha única certeza enquanto eu me auto-sabotava. De um lado, eu numa reunião de amigas, bebendo para tentar aliviar um pouquinho das dores que minha mente carregava. Do outro, tinha você num churrasco, comendo picanha e sugerindo que futuramente eu pudesse estar presente em um desses junto a você. Eu, com uma lata de cerveja na mão (detesto cerveja) dizendo que sou problema, tentando te fazer desistir por todos os medos que me cercavam, enquanto você me dizia que queria "eu, você, nós". Um mês exato após te conhecer, contei que achei que tivesse namorada e você brincou que poderíamos fazer meu pensamento se firmar. Eu te dava "boa sorte" em lidar comigo e você dizia que eu fazia seu coração "bater forte". Te dei todos os motivos para desistir... Você insistiu. Sabia que eu passei a noite toda chorando por conhecer todas as minhas falhas que você não conseguia enxergar? Tive medo de você me ver da mesma forma que eu me via. E então, adivinha? Imaginei como seria chegar em casa extremamente cansada e te encontrar deitado no sofá, pronto para me guardar no seu abraço. Você foi, sem dúvidas, o meu arco-íris após a tempestade. No dia seguinte, pega de surpresa, lá estava eu, sentada à sua frente, te esperando. Você me abraçou no elevador, e enquanto almoçávamos, me falou mais sobre o macaco que você queria (e eu não), sobre o airsoft e me mostrou fotos da sua viagem para os Estados Unidos. Você estava com aquela camisa azul do Capitão América (mesmo sendo team Stark) e eu estava completamente apaixonada. O sol aquecia a aproximação do meu corpo no teu, nossos olhos se encontraram no momento que antecedia o nosso primeiro beijo e você me tinha em suas mãos. Naquela noite você faltou na aula pra ficar comigo no metrô, me fez enxergar o número 3 como algo nosso, porque: "3 é um número bom. Terceiro namorado, Pai, Filho e Espírito Santo."...  Me apresentou um pouco mais do seu lado engraçado e para deixar tudo no clima mais romântico possível, me mostrou um vídeo de centenas de alunos que comeram comida com laxante e passaram extremamente mal (dia desses vi esse vídeo por acaso e foi inevitável não pensar em você). Sabe, imaginei que eu conseguiria atingir todo o meu nível de estranheza ao seu lado, porque seria a vida mais divertida que poderíamos ter. Você foi a ansiedade que não me afetava. Eu sempre queria te ver, e esperava pelos dias como se fossem os mais importantes da minha vida, porque de fato, eram. Detestava a ideia de não te ter por perto, de não poder te ver quando eu quisesse, porque: "ruim só te ver final de semana" e "ruim demais ficar longe de você", palavras suas ditas em momentos que pareciam ter saído da minha mente. Você tinha esse poder telepático comigo. Me decifrava com facilidade. Me questionei se, àquela altura, você também conseguia ler que eu imaginava como seria poder dormir e acordar diariamente ao seu lado, e então, você me pediu em casamento em uma postagem com nossa foto... Respondeu o meu questionamento sem que eu precisasse abrir a boca. Você foi minha calmaria em meio a tantos medos. Eu superei dezenas deles ao teu lado e por mais bobo que pareça, andar de moto estava na lista. A sensação de liberdade e confiança que eu sentia quando você segurava a minha mão no meio da estrada era tudo que eu não sabia que precisava até acontecer. O pavor de um primeiro almoço na casa da sogra desapareceu no segundo que eu a conheci. O terror de entrar em um relacionamento sabendo que poderia chegar ao fim. Eu enfrentei. E quando o nosso último dia juntos chegou, eu não pude nem imaginar que não haveria outro depois. Como poderia imaginar um minuto longe dos olhos que me refletem? Como imaginar seguir a vida sem poder ficar te admirando enquanto você está de olhos fechados? Pra quem eu vou perguntar aquele "tá com sono?" de sempre, se não for a sua voz me dizendo que "não, só tô aproveitando o momento." Ou "só um pouquinho"? Se não for a tua voz, então, não quero nem mesmo ouvir. Você foi o meu ponto de paz. Eu só queria cuidar de você, te fazer cafuné após a cirurgia, ser companhia até a sua náusea passar. Você disse que eu era um diamante que precisava ser lapidado, lembra? Seus olhos fechados, enquanto os meus contemplavam a sua beleza. E então, me entreguei ao que eu já sabia... Estava apaixonada, e tive certeza no momento em que senti meu coração doer ao olhar para você. Era como se houvesse tanto sentimento querendo transbordar, que o coração se tornou pequeno demais pra te guardar.  Você era a minha galáxia particular. A imensidão da sua alma despertou versões de mim que nem eu mesma conhecia. Seu toque me tirava de órbita, o calor do teu corpo era a minha estação favorita, seu beijo me conectava com todo o universo, seu carinho fazia minha pele queimar, e o brilho dos teus olhos me lembravam as estrelas mais bonitas que já vi. Eu deixei que você visse as partes do meu corpo que não eram tão bonitas, mas cada um de seus toques me redesenharam. Nos tornamos um só, como uma peça de quebra-cabeça que se encaixa perfeitamente na outra. Eu era sua, inteiramente, cada centímetro de quem sou pertencia à você... Corpo, alma e coração. Você era o meu lar.  Me ensinou a enxergar uma versão tão bonita de quem eu sou, que tenho certeza que ao te amar, aprendi sobre ter amor próprio. Você se tornou parte da minha família, te vi passar por quase todos os cômodos dessa casa, e até hoje, consigo te ver deitado ao meu lado na nossa cama. Você foi a primeira pessoa que conheci e que já tinha escutado The Fray. Me disse que era apaixonado por Heartless, e que poderia  ouvir as outras músicas comigo. Tenho feito isso sozinha. Você disse que assistiria todos os Vingadores comigo e que me explicaria tudo que eu não entendesse, mas esse dia também não chegou. Você era meu refúgio no meio do caos. Tua cama era meu lugar favorito no mundo, só perdia pro teu abraço. Era como um remédio em minhas veias (o diazepam que acalma minha ansiedade, não sei como descrever melhor) Você era a minha pessoa favorita, e mesmo depois de já não estar mais comigo, me disse um: "eu te amo e não quero te deixar sozinha" que acreditei com todo o meu coração, mas todas as vezes que me senti só, tentei te procurar e encontrei somente a tua ausência... Você já não estava mais aqui há tempos. Você se tornou as desculpas que jamais imaginei ouvir. Te vi procurando razões para me deixar, e então, você se afastou... Teu silêncio se tornou minha ruína e foi a parte mais difícil de recolocar na minha rotina. E depois dos teus: "Eu não posso te dar o relacionamento que você quer.", veio a ausência quase que definitiva. Ouvi dizer que as pessoas dão sinais quando não querem mais ficar... Desculpa se ignorei todos os teus, mas você sabe que sou péssima nisso, só me dei conta quando você já tinha ido embora. Sua ausência se tornou parte do caos dentro de mim. Quando você me deixou, chorei com toda a minha alma. Por uma única noite. No dia seguinte eu estava bem, meu coração dizia que não era o fim, que Deus ainda tinha planos para nós dois. Você aparecia e meu coração aflito se acalmava rapidamente, mas falar com você era como pisar em ovos, você é imprevisível, eu não sabia quando iria te encontrar com saudades, disposto a começar de novo ou quando não teria sequer uma resposta sua. Você some. Desaparece. E volta, como se nunca tivesse ido.  Você não pode me mudar e depois ir embora. Por quê raios você acha isso algo justo? Você foi embora e me deixou com planos e sonhos que eu tinha para nós dois. Sabe, no início eu tentei te afastar por não ser boa o suficiente e você insistiu em ficar, quando eu estava, finalmente, conseguindo entender que eu poderia ser uma mulher maravilhosa e boa, assim como me dizia, você foi embora e me deixou sem entender nada. Me deixou com uma vontade de celebrar um novo emprego, um desejo de compartilhar quando eu estivesse com a minha habilitação em mãos. "Ei, amor! Você me fez perder o medo de andar de moto, e por isso estou comprando a minha hoje." e você sorriria pra mim. Me deixou uma saudade que apertava o peito quando olhava para o seu lado da cama e não te via mais ali. Deixou o medo e a necessidade de mudança. E eu mudei. Mas pensei em comprar um sofá, na esperança de te ver sentado nele lendo a sua bíblia, após pegar alguma bebida gelada no frigobar. E houveram novas memórias de momentos que jamais existiram. "Amor, a gente podia alugar um apartamento, só pra que possamos ter o nosso cantinho. O que acha?" E teríamos sempre um ao outro pra chamar de casa, voltar pra um abraço quentinho depois de um dia estressante, até o momento em que precisássemos mudar para uma casa maior, porque quando você foi embora, também me deixou a certeza de querer um macaco para passear com o Golden Retriever. Mas me diz uma coisa... Qual o sentido de se ter um macaco se ele não puder ser nosso? Você foi as minhas memórias inventadas mais bonitas. Em uma noite qualquer, senti uma necessidade absurda de te procurar. Você me contou que estava triste e, não imagina o quanto eu queria correr para te abraçar, te dar um colo quentinho e cafuné. Conversar ou só ficar em silêncio cuidando de você. Pude imaginar até nosso diálogo, se quer saber. Eu te encontraria no metrô pertinho da catraca, como sempre. Você viria de encontro a mim e eu te abraçaria. "Ei, você quer conversar?", "Tudo bem, podemos ficar aqui em silêncio.", "Vem cá, vamos comprar sorvetes e chocolates. Costuma funcionar quando estou triste, espero que funcione pra você."(porque esse é o tipo de coisa que eu realmente falaria), "Ei, vem aqui." E então sentaríamos na calçada, com uma sacola de besteiras para comer e uma vontade imensa de te fazer feliz de novo. "Você me disse que quando eu precisasse, tudo que eu tinha que fazer era olhar pro céu, porque era de lá que vinha o meu socorro. Olha lá, cheio de estrelas. Conversa com Deus, eu prometo que vou ficar quietinha pra não te atrapalhar." E eu ficaria. Mesmo em silêncio, você sentiria a paz de não estar sozinho. E eu admiraria seu olhar sereno, e depois, apreciaria sua plenitude até que eu pudesse te ouvir falar alguma palavra sobre Deus, seja uma passagem da bíblia, ou somente como Ele é maravilhoso. Você sempre teve as palavras mais bonitas guardadas dentro do teu coração. Eu voltaria para casa te amando ainda mais, por mais impossível que pareça ser. Eu adormeci pensando em tudo o que poderia ter sido, ao acordar, esperei pela mensagem que você disse que me enviaria. Não veio. Eu cedi. Você já estava melhor e saber disso me bastou para ter no meu coração uma calmaria, mesmo quando você desapareceu mais uma vez. Você foi a pessoa que me encantou com cada mínimo detalhe. Acho que se apaixonar é como cair em queda livre sem nunca tocar o chão. Se isso é bom ou ruim? Depende do ponto de vista. Sabia que eu não consigo pensar em nada que me faça te odiar ou te amar um pouco menos? Porque cada gesto, cada pequeno detalhe é extremamente singular. Nunca encontrei nada mais fascinante do que a forma como os seus olhos brilham e se comprimem quando você sorri, porque sorrir com os lábios é a tarefa mais fácil do universo, mas com os olhos só é possível quando se está verdadeiramente feliz, e é tão bom saber que consegui trazer um pouquinho de alegria pro teu coração. E aí está outro detalhe que me trás paz: O pulsar do teu coração. Eu te abraçava e conseguia ouvir cada batimento forte, era como se eu tivesse encontrado meu lugar no mundo. Acredite se quiser, mas a nossa sintonia era tão forte, que meu coração parece que vai saltar do meu corpo só de pensar em você. Você é uma caixinha de surpresas e de talentos. Me ensinou a abrir um pacotinho de plástico sem rasgá-lo (a má notícia é que eu fui tentar colocar em prática e não funcionou.), me deu uma breve aula de psicologia sobre como saber se uma pessoa está mentindo ou dizendo a verdade, com toda a paciência do mundo me explicou mil vezes que Cristo é o noivo, e a igreja, a noiva (e posso dizer com tranquilidade que passaria a vida inteira te ouvindo falar sobre isso, porque todas as vezes que te respondi errado, te tirei um sorriso lindo demais para ser visto tão poucas vezes.). Você falava umas línguas estranhas no meio das nossas conversas, e mesmo que eu não entendesse nada, eu adorava isso. Entendia tudo sobre política (Vota no Ciro!) e me falava sobre o assunto na maior tranquilidade, como se eu estivesse entendendo cada palavra, bom, sinto em informar que eu não estava entendendo nadinha, mas eu amava a sua empolgação em falar sobre dezenas de tópicos dentro de um único assunto. Eu era apaixonada pela forma como você me olhava e dizia que eu era linda e me derretia inteira quando dizia isso em libras. Você sabia fazer drinks, malabarismo, andar de skate, cozinhar, dirigir, atirar, e infinitas outras coisas que eu ia descobrindo aos pouquinhos, mas a mais importante de todas elas, era como você cuidava das pessoas ao seu redor. Eu não sei como é possível tanta coisa caber dentro de uma única pessoa, mas eu amei cada descoberta. Você era o espelho que me refletia. Depois de te conhecer, acabei perdendo o hábito de ficar sozinha (e de me sentir assim). Mesmo na tua ausência, eu me sentia preenchida pela paz de te ter ao meu lado. Me reconheci em você. O teu silêncio tem sido a coisa mais difícil de lidar, porque eu desaprendi a não te ter na minha vida, não sei fazer isso... Não sei te tirar de um lugar que parece ter sido feito exclusivamente pra você. 22 anos sem saber da sua existência, mas depois de te conhecer, cada dia em que estamos afastados parecem meses pra mim. Certeza que envelheci uns 10 anos só nesse último mês.  A vida é mesmo uma piada... (Tão pesada e sem graça quanto aquela das galinhas que atravessaram a rua pra chegar do outro lado. Lembra quando te contei que elas morreram atropeladas? Seria cômico, se não fosse trágico.) ... Se a vida é mesmo uma piada, espero que ao menos você esteja rindo dela. Você foi meu porto seguro. Uma vez, perguntei qual o seu maior medo e você me respondeu: "Não ser arrebatado." Pensei nas impossibilidades, porque você é a pessoa mais cheia de Deus que já conheci, e sem dúvidas, seria o primeiro na lista Dele, porque é como diz naquele louvor da Priscilla Alcantara: "Pra mim não faz sentido alguém que tem asas não ter o céu inteiro para poder voar". Você foi (ainda é, me atrevo a dizer) parte essencial da minha vida.  Você tem se cuidado bem sem mim? Às vezes me questiono, porque você é maluco, teimoso e sem juízo, mas espero que esteja tudo bem, porque aqui ainda tá meio complicado, alguns dias são melhores que outros... Você sabe, eu sou pequenininha e meus péssimos hábitos alimentares fazem com que as feridas demorem um pouco mais a cicatrizar. (E olha só, um trocadilho tão horrível quanto a piada das galinhas, foi mal.) Você lembra quando estávamos na livraria e você leu o livro "A parte que falta"? Aquele que eu disse que era triste, por explicar que pessoas passam a vida toda procurando por algo que elas nem sabem o que é? Acho que você é a borboletinha da minha história. Você foi o amor que tive nos meus braços. Mesmo depois de tanto te dizer que não te deixaria me largar, eu deixei... Te deixei ir, porque não cabia a mim te prender. Mas sabia que tem uma partezinha dentro de mim (aquela parte dos pés à cabeça, sabe?) que acredita fortemente que em um futuro (não tão distante) viveremos tudo o que esses obstáculos estão nos impedindo de viver no agora? Seremos casados, formados, viajaremos para alguns lugares desse mundo, teremos nossos primeiros filhos (um golden e um saguí), e então eu ficarei grávida (e nossos filhos serão lindos, se quer saber). E quando acontecer, promete que vai continuar beijando minha mão e me olhando nos olhos com a mesma cara de apaixonado de sempre? Dança no meio da cozinha comigo? Deixa eu cantar pra você com a minha voz desafinada? Lê a bíblia para mim? Vamos no supermercado abastecer nossa geladeira com um monte de coisas saudáveis que vamos demorar um tempão pra comer porque gostamos muito de pizza e batata frita? Quero que você me conte piadas horríveis, que possamos ir à praia (você disse que me levaria, e preciso visitar o meu habitat natural, já que sou uma sereia, ou na pior da hipóteses, terei virado uma baleia.), quero ficar de preguiça com você, ou de uma hora pra outra, decidir ir pra qualquer lugar só para sair da rotina. Vamos brincar de guerrinha (chama no soco, bebê), eu deixo você me morder e juro que não vou reclamar. Vamos ouvir nossa música (porque caso você não saiba, nós temos uma música), construir nossa família, cuidar dos nossos filhos, ficar velhinhos e brincar de guerrinha com nossas bengalas. Você ainda precisa me ouvir dizer "supera" quando eu aparecer com o cabelo da Cruella Devil, posso fazer aquela torta que você gostou, prometo te fazer massagem e carinho nas suas costas, porque sei que isso te faz dormir.  Me deixa crescer do teu lado e vamos evoluir juntos. Embora eu esteja falando do futuro, queria dizer que sinto falta dos teus beijos, dos abraços, de dormir com as pernas entrelaçadas nas tuas, de ver sua carinha de sono e de sentir o teu cheiro. Quer saber um segredo? No momento mais escuro da minha vida, pedi para que Deus me enviasse um sinal digno de um letreiro escrito em neon para que eu tivesse certeza que Ele falava comigo. Ele me levou até você. Você é o meu letreiro de neon. A luz que Deus me enviou para que eu enxergasse na escuridão. Você é o amor da minha vida. Eu entendi tudo quando meus sorrisos começaram a se desenhar com o molde dos teus... Já se passaram alguns meses, e eu que nunca quis te esquecer, já não conseguia nem mesmo me lembrar do teu cheiro, mas enquanto te escrevia isso, senti seu perfume tomar conta do meu quarto. A vida, às vezes, tem dessas coisas sublimes que nos pegam de surpresa num dia qualquer, e quando você menos espera, tudo começa a se encaixar. Ainda me sinto completamente conectada a você, mental, espiritual, e apesar da distância, fisicamente. Eu sei que houve um momento em que fui o motivo do teu sorriso, então, mantenha isso em mente, tá bom? Sabe, "é impossível sair de você com vida". (Essa é uma frase de um dos meus livros favoritos e que descreve perfeitamente todo esse turbilhão de sentimentos dentro de mim). E eu escrevi tudo isso só pra dizer que te amo, a cada dia um pouco mais... Hoje, mais que ontem e, provavelmente, menos que amanhã.  Soube que te amava no segundo em que te vi partir. E eu te amo. Ainda. Com amor, Letícia Silva. 
28, de Fevereiro, de 2019.
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