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#fogueiras contemporâneas
lobamariane · 2 years
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Notas sobre Burnout: Corpos adaptados
Relato de uma investigação em andamento
Em 2020 começamos a estudar sobre corpo. Era interessante e curioso tratar desse assunto justamente no momento em que a grande urgência do mundo era a de manter a máxima distância entre os corpos, única forma viável de conter ou ao menos desacelerar o avanço do vírus responsabilizado por tantas mudanças em nossa sociedade.
Corpo é lugar. Abriga o vírus assim como abriga pensamentos. É comunicação transmitindo doenças e ideias. É festa de hormônios, emoções, conexões e é através dele que assimilamos todo e qualquer aprendizado. O que Descartes tinha na cabeça - e no corpo todo - quando resolveu dizer que devíamos separar corpo e mente?
Essa fragmentação dicotômica absorvida por nós ao longo de gerações é a raiz de inúmeros acordos feitos muito, muito antes da gente nascer. Nascer com um pênis ou com uma vagina, por exemplo, é informação suficiente para que decidam intelectualmente por você boa parte da sua trajetória de vida, isso se não defini-la por completo. Quanto do que me acontece, acontece "só" porque sou uma mulher? Quanto do que fazemos, quanto do nosso comportamento vem do que nos foi ensinado por um discurso sem rosto sobre o que é ser mulher?
Ao "ser" (ou me tornar) mulher nesse mundo me percebo na obrigação de corresponder a uma série de expectativas, refinadas e adaptadas com o avançar dos séculos. Batom vermelho já foi considerado algo vulgar e impróprio para mulheres ditas de respeito, assim como já foi sinal de ousadia e afirmação de empoderamento (e enquanto isso o Mercado continua lucrando vendendo batons).  Ambos os significados correspondentes ao batom vermelho são na realidade condicionantes do corpo da mulher: ou você é vagabunda, ou você é rebelde, ou você é fashion, ou você é {insira aqui o novo padrão criado para encaixotar mulheres que usam batom vermelho}. A mídia também tem um papel fundamental no processo de combustão de um corpo: cada manchete sobre feminicídio, cada celebridade queimada publicamente, cada história de "sucesso" pautada na entrega de toda a sua magia e energia vital em troca de dinheiro é um tijolo na construção do espaço de terror em que nossos corpos são inseridos.
Com o afastamento incentivado em combate a pandemia, vê-se novas formas adaptadas para manter o controle. Uma onda de autoexposição foi estimulada nas redes sociais, em especial a rede dos quadradinhos, seja para exibir uma felicidade fabricada, seja para reclamar do cansaço por "precisar estar sempre conectado" e se não é possível levar os corpos até os escritórios, inventam-se formas de trabalhar em qualquer lugar, seja na praia, na beira de um penhasco ou no próprio quarto,basta ter um smartphone e conexão de internet. Se por um lado as fogueiras contemporâneas atuam criando um espaço de terror, por outro são capazes de gerar desejos ilusórios para que caminhemos até a fogueira por "livre e espontânea vontade".
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mente-criativa · 1 year
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Resenha critica
chamas que fortalecem a alma
Ao explorarmos as páginas do livro "A bruxa não vai para a fogueira neste livro", escrito por Amanda Lovelace e lançado em 2018, somos confrontados com questões sociais cruciais, incluindo misoginia, sexismo e violência contra as mulheres. A autora aborda esses temas de maneira contundente, nos levando a refletir sobre o impacto dessas questões na sociedade contemporânea.
Por meio de pequenos poemas escritos em uma linguagem direta, poética e atual, o livro transmite uma mensagem poderosa: as mulheres não serão queimadas ou destruídas pelas adversidades que enfrentam. Um dos poemas que ecoa essa mensagem é o seguinte:
"Ser uma mulher é estar pronta para a guerra, s a b e n d o que todas as probabilidades estão contra você."
Esse poema reflete a coragem e a resiliência das mulheres diante dos desafios que enfrentam em uma sociedade desigual. Amanda Lovelace nos convida a reconhecer o poder das mulheres em superar as expectativas negativas e a lutar por sua própria emancipação.
Com suas 208 páginas, a obra mergulha de forma profunda na temática do empoderamento feminino. A autora explora o poder transformador das mulheres, destacando sua capacidade de enfrentar as adversidades com determinação e coragem. A cada palavra escolhida com cuidado, Lovelace transmite a dor, a raiva e a determinação das mulheres na busca pela igualdade de gênero.
Recomenda-se a leitura desse livro como uma fonte de encorajamento para que as mulheres busquem justiça e igualdade, não se submetendo às injustiças presentes na sociedade. Citando Angela Davis, renomada ativista e filósofa, "É preciso agir como se fosse possível transformar o mundo. E isso é possível." Essa citação nos lembra que a mudança começa com a ação individual e coletiva, destacando que cada voz e cada esforço são essenciais para construir uma sociedade mais justa e igualitária.
Por Mariana Magnus
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postersdecinema · 1 year
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Nazarín
MX, 1959
Luís Bunuel
9/10
A Crise de Fé do Nazareno
Dostoiévski fez o seu personagem Ivan Karamazov idealizar um poema, o Grande Inquisidor, em que este ordena a prisão de Cristo, regressado à terra, condenando-o à morte na fogueira.
Bunuel retoma o tema neste seu Nazarín. Não é Cristo, mas é um sacerdote católico determinado a seguir o exemplo de Jesus, até às últimas consequências. Não é a inquisição que o persegue e condena, mas sim a Igreja e a sociedade contemporâneas, lideradas pelos ricos proprietários, que persistem em usar o nome de Cristo para manipular a fé do povo ignorante, em seu benefício.
Esta ideia essencial tem sido repetida ao longo dos séculos, ao abrigo das mais variadas heresias e ideologias. A mensagem cristã é de paz, de solidariedade, de amor, de desapego aos bens materiais, de partilha e ajuda aos mais necessitados. Ao invés, a Igreja e o poder temporal transformaram o Cristianismo num colete de forças, que protege os seus interesses e perpetua a exploração despudorada dos mais fracos. E fá-lo em nome de Deus e de Cristo.
A mensagem final do filme é contudo de esperança: ainda há almas caridosas que praticam o bem desinteressadamente.
Assim se renova a fé do Nazareno no homem.
The Nazarene's Crisis of Faith
Dostoevsky made his character Ivan Karamazov create a poem, the Grand Inquisitor, in which he orders the arrest of Christ, returned to earth, condemning him to death at the stake.
Bunuel takes up the theme again in this Nazarín. It is not Christ, but a Catholic priest, determined to follow Jesus' example, to the last consequences. It is not the inquisition that persecutes and condemns him, but rather the contemporary Church and society, led by rich property owners, who persist in using the name of Christ to manipulate the faith of the ignorant people, for their benefit.
This essential idea has been repeated over the centuries, under the most varied heresies and ideologies. The Christian message is one of peace, solidarity, love, detachment from material goods, sharing and helping those most in need. Instead, the Church and temporal power have transformed Christianity into a straitjacket, which protects their interests and perpetuates the shameless exploitation of the weakest. And does it in the name of God and Christ.
The film's final message, however, is one of hope: there are still charitable souls who do good selflessly.
This is how the Nazarene’s faith in man is renewed.
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blogdojuanesteves · 1 year
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FOGUEIRA DOCE > MARCELO GRECO
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O fotógrafo paulista Marcelo Greco, autor do livro Fogueira Doce (Vento Leste Editora, 2023) conta que procura alcançar a experiência de transformação contida em sua vivência pessoal e oferecê-la aos seus leitores em forma de imagem. Diz ele: "Trato da perspectiva do homem sobre sua própria morte e sobre a morte da mulher, antes de tornarem-se pai e mãe." Uma narrativa visual decorrente das transformações em seu núcleo familiar a partir do nascimento de seu filho em 2018. Sua fala nos parece trágica, no entanto ao folhear a publicação nos deparamos com imagens líricas, uma elegia à vida, a forma humana e principalmente a percepção do amor. É preciso pensar que o "trágico", revela-se igualmente no significado do esplêndido e grandioso, ainda que por vezes para alguns seja não inteligível, o que nos transporta do documental para a arte, como uma questão essencialmente subjetiva.
Já o teórico inglês David Bate, artista e professor, argumenta sobre o papel produtivo e efêmero da fotografia em seu artigo Memory of Photography, de 2010,  ao propor  uma certa ambiguidade entre estas duas palavras: a primeira, que podemos entender a fotografia como ultrapassada e como uma espécie de "aide-mémoire" ou seja tudo que nos serve para ajudar a memória. Um processo que ainda está por definir-se por completo e o que pensávamos que a fotografia era, resume-se em um fluxo permanente, o que nos traz um interesse pelo "arquivo" e pela memória tão contemporânea, o que nos leva ao Archive Fever:A Freudian impression ( Diacritics, vol. 25, John Hopkins University Press, 1995) do filósofo francês Jacques Derrida (1930-2004) ao observar uma ansiedade sobre a memória, "com uma pulsão de perda em ação." Nas belas imagens de Greco vemos a questão da finitude imbricada a da infinitude pela conservação das suas imagens, representadas pela família e pelo meio analógico.
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O livro apresenta questões sobre estas peculiaridades temporais. Lançado no 12º Festival Foto em Pauta de Tiradentes e agora com lançamento em São Paulo, próximo dia 15 de abril, na Lovely House, com um encontro do autor com o artista plástico e pensador paulista Sergio Fingermann. É uma publicação em que o fotógrafo dá prosseguimento aos seus questionamentos mais íntimos, suas relações familiares que envolvem sua mulher, a também fotógrafa Helena Rios e seu filho, permeado por um imaginário construído através de um processo fotográfico analógico a traduzir a relação cotidiana familiar paralelamente ao desenvolvimento de sua imagem mais autoral: "A ansiedade pela memória" já encontrada em suas publicações anteriores [ veja links para review aqui publicados.] que discutem de maneira densa sua vivência, a paternidade e maternidade na dicotomia de ambas.
Reproduzo aqui a epígrafe escrita por Helena Rios, - que de certa maneira é coautora da edição : "Ser mãe é dissolver-se. O bebê traz consigo, para dentro do ventre, todo o universo. O infinito ocupa tudo, depois rasga, dilacera para se acomodar. Nessa arrebentação, o corpo permanece – obediente, dedicado, embebido de prazer, adormecido no amor impiedoso do bebê. A alma se vai, expande, atinge lugares impensáveis, tempos impensáveis. Seu chamado não alcançava os abismos e as estrelas onde eu estava. Imagino sua solidão diante de minha ausente presença. A saudade que você sentia não tinha espaço algum em mim. A câmera era a sua maneira de estar ali. Suas imagens são gritos que tentam defender a delicadeza de nossa vida juntos. É brutal o chamado. Para a mãe, o chamado será sempre prematuro. Não se regressa num simples despertar. Não se regressa. Venho, outra, de minha implosão. Você, de seu exílio."
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Rubens Fernandes Júnior, professor e pesquisador paulista, em seu texto reafirma a questão da memória; "O tempo é inexorável. Passado, presente e futuro são instâncias temporais que nos ajudam a estabelecer relações sobre nossas vivências afetivas e sociais, bem como a avaliar os acontecimentos do presente para vislumbrar o futuro. Uma transição mágica entre tempos que intensifica as relações pessoais e a sensação de incríveis deslocamentos. Um ir e vir que raramente temos capacidade de discernir." ele recorre ao filósofo e ensaísta polonês Günther Anders (1902-1992) que acreditava que "fotografamos porque não suportamos a unidade das coisas, o fato de as coisas acontecerem uma única vez e não se repetirem. E o que temos aqui, em Fogueira Doce, é o desejo de eternizar a experiência doméstica após o registro fotográfico da mulher e do filho amados. Fotografar é duplicar o real. É tentar paralisar o tempo. Como escreveu Barthes, “aquilo que a fotografia reproduz até ao infinito só aconteceu uma vez: ela repete mecanicamente o que nunca mais poderá repetir-se existencialmente.” 
As imagens de Fogueira Doce contemplam e idealizam Helena, alguns autorretratos do autor, o filho do casal, Domenico, além de poucas imagens feitas por este, retratos de seus pais.  Há uma coautoria evidenciada pelas circunstâncias mais íntimas a que a fotógrafa se entrega para ser fotografada. Ao mesmo tempo que ela em sua epígrafe problematiza a sua maternidade com densidade visceral, tornando-se cúmplice imediata e irrestrita em seu aprazimento, o que acomoda-se perfeitamente em um oximoro como título.
Fernandes Júnior entende o livro como "um conjunto significativo de imagens que estão na ponta desse imenso iceberg – o arquivo do fotógrafo. A ideia foi selecionar um conjunto de fotografias que pudesse sintetizar um determinado momento. O maior interesse está concentrado nas imagens que documentam as sutilezas que a vida apresenta."
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Podemos recorrer ao pensamento do fotógrafo francês Bernard Plossu, uma das francas referências na obra de Greco quando ele diz que quer  "apenas tentar entender o mundo,  e que isso em si uma coisa fenomenal de se fazer." se pensarmos em seu belo livro  Avant L' âge de raison ( Filigranes Éditions, 2008). Ele fotografava regularmente seus filhos "Antes da idade da razão", enquanto colhia suas expressões verbais marcantes: Eu tenho meu estômago que fala! Um dia quero ser bebê de novo; Eu quero levar minha sombra, pai; Em breve você ficará velho! ; Você viu como eu sou um artista também? Eu mudei desde os 5 anos de idade? ; A igreja, ela pensa que toca o céu! ; Rosé é feito com rosas; É bom quando você está morto, então não há nada para fazer..." Imagens articuladas com as palavras coletadas durante seus  anos de inocência. 
Ainda detalhado por Fernandes Júnior, o artista mergulha na sua própria vida ordinária e registra sua existência centrada na natureza e no cotidiano doméstico com a finalidade de criar e fertilizar um futuro possível. Busca entender sua casa como um lugar de referências afetivas e um lugar de significados. Esse lugar de significados está dentro deles – Marcelo, Helena e Domenico – como um lugar de memória intensamente vivenciado." Portanto podemos imaginar uma articulação imagética que registra uma constituição subjetiva e a idealização incidental do passar do tempo, não somente a partir do advento parental, mas recuperando os fragmentos vivenciados pelo autor que procura organizar um futuro tripartite. O que se dá "ao retirar aquilo que há de universal: a crise identitária, a redescoberta da parceira, a natureza selvagem da maternidade e paternidade, a falta de rede de apoio dos pais." como escrevem seus editores.
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O cotidiano na fotografia faz parte de uma recorrência que amplia-se diante da ausência da construção conceitual mais amparada e robusta tanto no pensamento como no imagético a que estamos acostumados a ver no imaginário mais contemporâneo. Assim como Plossu, fazem parte do arcabouço de Marcelo Greco, o francês Pierre Devin, a japonesa Sakiko Nomura, pupila do consagrado Nobuyoshi Araki, o holandês Machiel Botman, além do genial paulistano Carlos Moreira ( 1936-2020) com quem o autor estudou, entre outros. Como afinidades, o entorno doméstico, o registro mais afetivo, vínculos íntimos que formatam um grande vocabulário do qual ele extrai uma proposta mais dialética, tendo como interlocutores sua família.
Em Fogueira Doce podemos localizar uma "estética schopenhaueriana"*, uma proposta claramente idealista, em que o fotógrafo toma para si o amparo de seu mundo. Uma visão representacional, elaborada em clara correspondência com o ponto de vista do "fenômeno"pensado pelo alemão Immanuel Kant (1724-1804). Fenômenos são a percepção humana do mundo ao contrário do mundo tal como existe independentemente da percepção humana. (" a coisa em si"). E as suas  representações que surgem da relação empírica do autor são regidas pela ideia do "causal" considerada por Arthur Schopenhauer (1788- 1860) como uma das modalidades do princípio de razão, a do devir. 
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A causalidade não é somente a sucessão no tempo, mas é a ligação de determinado tempo em determinado espaço simultaneamente, e ambos não podem ser separados. A elas sobrepõem-se as representações abstratas, ou seja, o conceito e a linguagem, regidas pelo princípio de razão do conhecer, pressupondo sempre representações intuitivas. Uma contemplação formal encontrada na obra do fotógrafo neste livro e em suas publicações anteriores, que não deixam de nos fazer pensar na beleza da fotografia em si mesma.
Imagens © Marcelo Greco.  Texto © Juan Esteves
Infos básicas
Fotografias: Marcelo Greco
Editora: Vento Leste
Projeto gráfico: Marcelo Greco e Helena Rios
Produção gráfica: Heloisa Vasconcellos
Digitalização e tratamento de imagens: Estúdio 321
Impressão e acabamento em brochura : Gráfica Ipsis
Tiragem 1000 exemplares - 40 deles acompanhada de fotografia impressa em inkjet e papel de algodão. numeradas e assinadas -  10 exemplares com fotografia em gelatin silver print numeradas e assinadas; 10 exemplares com fotografia impressa em gelatin silver print numeradas e assinadas com caixa artesanal- 10 exemplares em gelatin silver print, numeradas e assinadas com caixa artesanal exclusiva Vento Leste.
Para adquirir o livro e mais informações sobre edições especiais.
ventoleste.com
riosgreco.com
lovelyhouse.com.br
* Em "A contemplação estética em Schopenhauer e Mondrian", da professora Maria Lúcia Cacciola, do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo, USP.
Leia aqui nos. links reviews relacionados a Marcelo Greco e Helena Rios
Helena ( Edição do autor, 2019) M.Greco
https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/185869790736/helena-marcelo-greco-helena-edi%C3%A7%C3%A3o-de-autor
Abrigo ( Rios.Greco + Ed.Origem, 2019) M.Greco
https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/617848292603199488/as-imagens-do-fot%C3%B3grafo-paulistano-marcelo-greco
Rios em Flor ( Rios.Greco + Editora Origem,  2021) Helena Rios
https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/668956850056773632/imagem-acima-de-edu-mello-apesar-dos-in%C3%BAmeros?is_related_post=1
  Lançamento em São Paulo ocorre no sábado, dia 15 de abril, das 15 às 18hs, na Lovely House Casa e Livros, Galeria Ouro fino, 2º andar, Rua Augusta, 2690 - Às 16h30 Marcelo Greco conversa com o artista Sergio Fingermann.
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abelaassociacao · 4 months
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THRESHOLD de Mariana Tengner Barros
5 de Maio 2023
Casa da Dança de Almada, Transborda- Mostra Internacional de Artes Performativas de Almada
Em THRESHOLD, 3 dançam o enigma do Cromeleque de Almendres. Dançam as criaturas que são, na fluidez da matéria dos corpos. Lenda instantânea de 3 fogueiras cósmicas. A dança desenha o indizível, o que se pode somente vivenciar, e apenas sobrevive na memória de quem o testemunha. A matéria é algo para ser experimentado, e 3 corpos fluem por entre o intemporal, invocam o absoluto na língua mãe universal: a dança. Mariana Tengner Barros convida ao limiar, entre o visível e o invisível. Coreografia de emoções em constante mutação, onde os corpos dos intérpretes revelam mistérios há muito adormecidos.
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Direção artística e Coreografia: Mariana Tengner Barros
Interpretação: Luís Guerra, Márcio K. Canabarro e Mariana Tengner Barros
Figurinos/ Esculturas: António MV
Sonoplastia, Música: OAK Witch (Jonny Kadaver & Mee_K)
Consultoria artística: Francisco Camacho
Assistência à Criação: Ana Rocha
Direção Técnica, Desenho e Operação de Luz: Nuno Patinho
Produção Executiva: Maria Paula Moraes
Produção: A Bela Associação
Coprodução: Galeria Zé dos Bois e Companhia de Dança Contemporânea de Évora- CDCE
Projeto financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela Fundação GDA
A BELA Associação
Transborda - Mostra Internacional de Artes Performativas de Almada
Fotos: Pedro Ivo Carvalho
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docefenix · 1 year
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Conversar escrita sobre PRINCIPIA
(livre de intenções financeiras sem a autorização dos criadores)
Vejo a vida passar num instante
Vejo a senhora morte a menina vida e a mulher Aurora
Mas escrevi cada letrinha tão devagar passou mais 10 anos e eu ainda não te vi
Hoje cedo eu só pensava em homicídio então corri até o topo da montanha procurando o amor divino para conseguir repatilhar
Quebrando os grilhões pois viver não é só sobreviver de dentro para fora
Será tempo o bastante que tenho pra viver?
Será que vou defender a vida do planeta terra para minhas meninas e para os meninos do futuro frutivero?
Não sei, não posso saber mas mesmo que eu me esconda no Vale da sombra da morte a luz de Deus me ilumina, me acorda dizendo que aulas dominicais sobre as ordem natural do planeta terra tem proposito
Somos os antigos os ossos do Vale dos secos que o vento do Espírito trouxe vida
Corpos de carne cheios de histórias de amor com esperança que ultrapassa as leis do tempo e espaço
Quem segura o dia de amanhã na mão?
Todos que querem o mundo se recompondo do mal que o ódio e a sede de poder fez no passado presente são bons amigos
Não há quem possa acrescentar um milímetro a cada estação diziam os sábios e os loucos usaram tão errado a mãe terra que a primavera começou queimando e depois chorando sem parar em 2023
Escrevo como quem escreve cartas de amor, mas será tudo em vão? Banal? Sem razão?
Seria, sim seria, se não fosse a natureza sadia do amor
O amor cuida com carinho
Sem sufocar respira o outro e cria o elo
Azul é amarelo dentro da clorofila
Ouro Verde mui valioso que o dourado roubado da lama e do sangue dos povos que tiveram seus sonhos rasgados para o trabalho de uma classe que enriqueceu sem esforço
Enquanto a terra a não for livre eu também não sou
O vínculo de todas as cores amo a favela arte contemporânea uma reconquista do direito de quem foi liberto mas sem a justiça do que nos foi roubado primeiro por isso quem nasceu em berço de ouro não nos entende
Dizem que o amor é amarelo
Então permita nossa vivencia seja só as cicatrizes não falamos para resumir a sobrevivência
Buscamos a cura e dignidade não deixe que roubem oque de bom vivemos
O amor nos resgata é certo na incerteza socorro no meio da correnteza
Tão simples como um grão de areia
Tão forte quanto o grão de trigo que morre antes de brota ser colhida moída virar a farinha que nos dá o pão da vida
É a lei natural confunde os poderosos que lucram escravizando a morte a cada momento o fingem de alienados
Amor é decisão, atitude e reparação
Muito mais que sentimento é intento de boa comunhão
Acalanto do abraço, fogueira que cozinha o alimento é o amanhecer que anuncia o fio da esperança que sol sempre sempre volta depois de uma longa noite
A lei do amor resgata a dignidade do ser
A principio é espiritual depois carnal e a completude da união chega ser angelical
A fé no amor não é um dogma ou esta preso a uma unica religião
É tão antigo quanto a eternidade esta inserido na primeira mocelular dos criadores dos universo
Amor é espiritualidade latente, potente, preta noite, dia claro é colorida poesia de nossas etnias
É os ombros que na noite nos acolhe alivia o medo da noite turbulenta da resposta de todas orações feitas em sigilo
É o sorriso pra começar o dia e anuncia um novo início
Antes que acabe oque começou
O amor nós pede
Filho, abrace sua mãe
Pai, perdoe seu filho
Paz, é reparação
Fruto de paz, de oração
Paz não se constrói com guerra
Não sou pequeno Rei Davi mas eu miro, na linha de frente eu quase sou uma flor, que nasceu na terra sem querer e isso não é fim terminantemente vital a pacificação está tarde a culpa do atraso é de quem tem poder nos o povo morremos aos poucos a cada nova tragédia
Olhando nosso redor me pergunto se teremos que nos arma para ser guerreiros do Amor?
A nossa fragilidade junto com a inércia é água parada mas uma falsa segurança nos afasta e nos deixa ser dar valor ao presente que nos foi dado o amor
Queria ter super poderes mostrar todo amor
Muda todo que os intelectuais já apontaram com erros do excesso de poder mal administrado
Mas eu não tenho a bolha da proteção mas o amor não abre mão de nos
Queria eu guardar tudo que amo
No castelo da minha imaginação
Até acreditei ser possível mas que será dos sonhos se o nosso mundo acabar amanhã?
Sera que a vida vai passar mais um instante?
Será tempo o bastante que tenho pra viver?
Eu sei você sabe que não saberemos se não tentarmos
As vezes me sinto um grão de areia em cima de um asfalto quente mas eu nasci entre a cidade em dia de descanso e a floresta não descansa
Mas enquanto houver amor, eu mudarei o curso da vida mudei por amor olha instinto se não fosse o amor que não é só meu eu já tinha cortado as mãos por achar que eu não fiz nada que eu já sei
Fiz um altar para nossa comunhão mas a cada noite eu vendo que não estamos sozinhos no mundo mas sempre tem pelo menos um mundo querendo destruir destruir o do outro, mas o amor nos cura
Anjos, seremos aqueles que vai lutar no apocalipse em prol da vida tudo indica que sim
Mas todo dia vem as tentações e nos chamam todo dia vem a morte e nos ama com profunda tristeza todo dia a pobreza nos deixa revoltados trocando valores por bons trocos
O ponto da emancipação é queimar papéis de grilagem e plantar policuturas e se alimentar de vida real
Porque eu descobri o segredo é superar as provar e continuar contribuindo para vida mesmo sentindo a dor da morte
Já não está mais perdido o elo
Mas amor sem ação nos faz morrer de fome
O amor é o segredo para ultrapassar as sequelas
Não temos registro de quando o amor nasceu por certo sempre esteve aqui o ódio é um meteoro que caiu do céu porque não querer ser sua natureza amorosa
V.I.V.A A.M.O.R A.G.E.N.TE
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apenasescrevi · 1 year
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Únicos
Vivemos em uma era em que muitas pessoas estão cientes de sua superficialidade, mas, surpreendentemente, poucas agem para mudar isso. A sociedade contemporânea muitas vezes valoriza a imagem superficial e a instantaneidade, levando as pessoas a se contentarem com relacionamentos superficiais e interações frágeis. "Há quem passe por um bosque e só veja lenha para a fogueira", como disse Leon Tolstói.
É notório como algumas pessoas olham para os outros apenas como meios para atender às suas próprias necessidades e desejos temporários. Elas usam as conexões humanas como um recurso descartável, sem considerar as consequências emocionais que isso pode ter sobre os outros. Essa mentalidade utilitária pode corroer a confiança e criar um ambiente de desconfiança nas relações interpessoais.
No entanto, é importante reconhecer que há também aqueles que ainda buscam relacionamentos significativos, baseados no amor e na conexão genuína. Essas pessoas são raras em um mundo muitas vezes obcecado pela aparência e pelo superficial. Elas investem tempo e esforço em construir laços sólidos, valorizando as qualidades intrínsecas das pessoas em vez de suas aparências ou utilidade momentânea.
O desafio que enfrentamos hoje é incentivar mais pessoas a romperem com a superficialidade e a valorizarem relacionamentos autênticos. Isso requer autoconsciência, empatia e a disposição de olhar além das aparências. Ao fazer isso, podemos criar um ambiente mais compassivo e enriquecedor para todos, onde as conexões humanas se baseiam no amor e no respeito mútuo, em vez de na conveniência ou interesse egoísta.
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fredborges98 · 1 year
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Bom dia!!!
Por: Fred Borges
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Paralelo 13 ou 22?
Não fechamos o ciclo da insanidade e da sanidade!
Cabe-me em mim todos os sonhos.
Cabe em mim acordado concretizar os sonhos.
Nem sempre os sonhos são individuais, mas envolvem a coletividade.
O vínculo que existe entre sonho e realidade é o que dá a medida da consciência, inconsciência, razão( sanidade) e loucura( insanidade).
Um limiar fragilizado no homem contemporâneo pela inversão de valores.
Quando há esta inversão há o surrealismo de Salvador Dalí, e o que antes era verdade, se torna mentira e vice-versa.
Quando a arte se prende a pura realidade acontece o eufemismo.
A realidade por demais cruel leva a loucura, e arrefecemos esta realidade com a abstração cubista de Pablo Picasso.
Logo Picasso e Albert Einstein se encontram numa epopéia clássica, moderna e contemporânea, da abstração que tornar-se concretização.
Neste momento a obra: Les Demoiselles d'Avignon revoluciona a percepção pela concretização, abriu mão da luz e da atmosfera em troca da clareza da forma, assim como baniu tudo que era irreal, indefinido ou vago.
Já a Teoria da Relatividade segue o paralelismo entre ciência e arte.
"Quando a própria vida parece lunática, quem sabe onde está a loucura? Talvez ser muito prático seja uma loucura. Renunciar aos sonhos - isso pode ser loucura." Miguel de Cervantes em Dom Quixote de la Mancha.
A loucura é inspirada pela contextualização de um tempo, queimar mulheres na fogueira acusando-as de bruxaria na idade média, para época não era considerado loucura, então a loucura está em sincronia com o tempo, espaço, velocidade, mudanças em vários níveis, e adaptações ao novo, que pode não significar uma inovação, mas um continuímos histórico, político,e social oportunista.
Einstein quanto Poincaré* tinham a mesma informação experimental à disposição e eles representaram aquela informação experimental com as mesmas fórmulas matemáticas, mas Einstein interpretou aquela informação como uma teoria da relatividade e Poincaré como uma teoria do elétron.
O que fez a diferença para Einstein foram suas considerações sobre simetria e o uso que fez de experimentos conceituais; foi isso que Poincaré não levou em consideração.
Desta maneira, Einstein conseguiu dar um passo em direção à concepção acima da percepção.
Poincaré não descobriu a relatividade, mesmo tendo toda a formulação matemática; ele não deu esse salto porque não levou em consideração a natureza do tempo, a natureza da simultaneidade.
Einstein levou!
Percepção acima da concepção era a maneira pela qual ciência e arte eram feitas até então.
Einstein e Picasso viraram a mesa!
Eles reverteram isto!
Essa reversão se deu através do aumento da abstração( observação, lógica, análise e crítica metodológica).
Maior abstração levou-os à descoberta de uma nova estética.
Para Einstein, a estética era minimalista, e para Picasso a nova estética era a redução de formas geométricas.
Mas qual o paralelo existente entre Cervantes, Picasso e Einstein e Dalí e suas obras?
A quebra! A ruptura! A loucura!
Gênios muitas vezes incompreendidos pelas limitações providas e promovidas pelo medo, covardia, passividade, mediocridade, interesses de sobrevivência individual, da racionalidade que reduz o homem a rotina, mesmice e ao continuismo histórico.
A obra de Cervantes só se tornou e foi classificada como genial, quando foi traduzida para o Inglês e Francês, revelando um estado de ignorância endêmica refletida pelo julgo do cristianismo e catolicismo que classificava sanidade e loucura na Espanha.
Não seria insanidade justamente o que se considera e se considerava na época como sanidade?
"Esse meu mestre, por mil sinais, foi visto como um lunático, e também eu não fiquei para trás, pois sou mais pateta que ele, já que o sigo e o sirvo...", fala de companheiro de Dom Quixote-Sancho Pança,enquanto Quixote é sonhador e fantasioso, Sancho é realista e sério.
E o que isto se aplica a realidade política do Brasil?
Afinal, o que e quem elegemos?
Qual a estética e filosofia que escolhemos, que abstraimos, e que concretizamos?
Se a verdade tornou-se uma mentira e vice-versa, se ser ladrão e corrupto, tornou-se ser honesto e íntegro , se transformamos nossa moral e ética, estamos todos num estado de semi- loucura ou semi- insanidade, divididos nos conceitos e práxis destes mesmos conceitos.
Elegemos um homem que suga de forma oportunista todos que se aproximam dele ou o seguem, tornando-os simples peças de um "Lego"**, num inconsequente desmonte, desarranjo fiscal, financeiro, econômico, social e cultural,onde a Igreja Católica por meio da CNBB alinhada com o Papa Francisco apoiam e fazem apologia ás ideologias de esquerda?
Graças a matemática dois mais dois ainda se configura num raciocínio lógico e científico onde esta somatória não foi ainda convertida pelas trevas da esquerda fanática e população adormecida pela ignorância.
Moinhos de vento racionalizam o vento tornando-o energia eólica ou em moinhos, amassando grãos de trigo ou milho, mas até quando?
Nestes momentos os discursos radicais se tornam extremos, e podemos estar vivendo uma nova era dos extremos, de ditaduras de direita ou esquerda com a omissão política dos corrompidos, que neste momento se tornam parasitas e oportunistas.
Certo é que o rei está nú(Hans Christian Andersen), mal fala bem o português, indica mentecaptos para cargos públicos nacionais e internacionais e se alia a China e Rússia para justificar uma nova Guernica em trânsito.
Viva Picasso, Eistein Cervantes e Hans!!!( Na ordem ou desordem que desejar), afinal a ciência da física, da matemática, da história, social, das imperfeitas e parciais humanidades darão seu veredito e farão justiça aos heróis reais, anônimos ou vultosos.
A percepção no final é conduzida pelos meios de comunicação, quem não vai na fonte nunca saberá o real gosto, formato e conteúdo da água e beberá suas versões ou metáforas.
A mentira se tornará verdade, mas nunca realidade.
Einstein conseguiu dar um passo adiante em direção à concepção acima da percepção.
Conseguirá o povo brasileiro dar este passo, e melhor tornar o Brasil um país mais humano, justo, científico e educado, educação que liberta e não aquela criadora mitológica, mas da racionalidade lógica, ponderada, e do bom senso?
*Jules Henri Poincaré foi um matemático, físico e filósofo da ciência francês.
**O jogo, que quer dizer vamos " brincar"!
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livrosemepub · 4 years
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A Bruxa Não Vai Para a Fogueira Neste Livro - Amanda Lovelace
Descrição do livro
Aqueles que consideram "bruxa" um xingamento não poderiam estar mais enganados: bruxas são mulheres capazes de incendiar o mundo ao seu redor. Resgatando essa imagem ancestral da figura feminina naturalmente poderosa, independente e, agora, indestrutível, Amanda Lovelace aprofunda a combinação de contundência e lirismo que arrebatou leitores e marcou sua obra de estreia, A princesa salva a si mesma neste livro, cujos poemas se dedicavam principalmente a temas como relacionamentos abusivos, crescimento pessoal e autoestima. Agora, em A bruxa não vai para a fogueira neste livro, ela conclama a união das mulheres contra as mais variadas formas de violência e opressão. Ao lado de Rupi Kaur, de Outros jeitos de usar a boca e O que o sol faz com as flores, Amanda é hoje um dos grandes nomes da nova poesia que surgiu nas redes sociais e, com linguagem direta e temática contemporânea, ganhou as ruas. Seu A bruxa não vai para a fogueira neste livro é mais do que uma obra escrita por uma mulher, sobre mulheres e para mulheres: trata-se de uma mensagem de ser humano para ser humano – um tijolo na construção de um mundo mais justo e igualitário.
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nonsensemarcos · 3 years
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Idiot Waltz
Vida,
nú estuquistão não exigem sorrisos, as conversas de elevador tendem a se assumir como grandes conquistas da personalidade. Geralmente alguém puxa um assunto e o outro replica uma frase totalmente diferente do que estava sendo proposto. A Discussão se encerra imediatamente tão logo cheguemos ao andar esperado. Meu pacote niilista completo me permite sacar, quer dizer, posso continuar fingindo que acho arte contemporânea o troço mais inteligente da estação. Posso queimar poemas em praça pública. Todos esboçam hai-kais em seus respectivos bocejos. Uns fazem alarde de suas crostas, outro pedem perdão pela falta de humor. Humor uma coisa necessária. O lawfare praticado pelos advogados, os jornalistas que se apresentam com as grandes novidades, nada disso importa minha querida, nada disso escapa da fogueira de vaidades que atiça o andar térreo de cada sublime construção arquitetônica. Paramos atônitos para cada corrente de ar que se apresente, ficamos indignados com atores que policiam o pensamento. Os aplicativos de relacionamento nos forçam a ter contato íntimo com as pessoas mais terrivelmente chacais. Um saco ter se tornado alguém vitimado pela bravura do tédio pensante. Sua estética clean oriental, suas tentativas fracassadas, as minhas fundamentalmente contam mais porque eu tenho um adorno do patriarcado meticulosamente plantado entre minhas pernas. Insetos trovejadores masturbam figuras distintas de pinturas rupestres feita por pigmeus colonizados pelo gosto poético da justiça feita. Os vegetarianos me olham emputecidos porque seus gatos se alimentam de carne e o sangue que jorra dessa jornada de eventos literários me serve enquanto combustível da alucinação. Sangue, suga sangues, sugar sangues, gangues. Termino com uma fábula marginal que me foi apresentada por um estudante de cinema obcecado por Tarantino.
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garota-geekotaku · 3 years
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Boa tarde meus amores Bora de Resenha 😁 Livro: A Bruxa não vai pra fogueira nesse livro Autora: Amanda Lovelace @ladybookmad Editora: Leya @editoraleyabrasil Páginas: 208 Sinopse: Aqueles que consideram “bruxa” um xingamento não poderiam estar mais enganados: bruxas são mulheres capazes de incendiar o mundo ao seu redor. Resgatando essa imagem ancestral da figura feminina naturalmente poderosa, independente e, agora, indestrutível, Amanda Lovelace aprofunda a combinação de contundência e lirismo que arrebatou leitores e marcou sua obra de estreia, A princesa salva a si mesma neste livro, cujos poemas se dedicavam principalmente a temas como relacionamentos abusivos, crescimento pessoal e autoestima. Agora, em A bruxa não vai para a fogueira neste livro, ela conclama a união das mulheres contra as mais variadas formas de violência e opressão. Ao lado de Rupi Kaur, de Outros jeitos de usar a boca e O que o sol faz com as flores, Amanda é hoje um dos grandes nomes da nova poesia que surgiu nas redes sociais e, com linguagem direta e temática contemporânea, ganhou as ruas. Seu A bruxa não vai para a fogueira neste livro é mais do que uma obra escrita por uma mulher, sobre mulheres e para mulheres: trata-se de uma mensagem de ser humano para ser humano – um tijolo na construção de um mundo mais justo e igualitário. Minha Opinião: Um livro sobre se amar acima de qualquer pessoa, como nos mulheres temos o poder pra mudar a nossas vidas, e como no primeiro livro dela, está cheio de socos na cara e a cada poema, conseguia me amar um pouco mais. #livros #leitura #literatura #books #ler #livro #bookstagram #amoler #book #livrosemaislivros #instalivros #leitores #livroseleitura #amolivros #igliterario #amor #instabook #romance #leiamais #livraria #euamoler #instabooks #leituras #literaturabrasileira https://www.instagram.com/p/CN-U8OXDCvu/?igshid=gqc5rimkd5v1
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lobamariane · 3 years
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Britney Spears
O ano de 2007 foi marcado pelo chamado burnout (combustão, queima completa) de Britney Spears, ápice de uma queima lenta que consumiu a cantora desde muito antes do seu primeiro grande sucesso.
Britney Jean Spears nasceu em Kentwood pequena cidade rural de Louisiana. Kentwood abriga o delta do rio Mississipi e está localizado bem no meio do chamado Bible Belt (Cinturão da Bíblia), região que abarca boa parte do sul e centro sul dos EUA onde a religião protestante exerce forte influência sobre a comunidade, coordenando escolas entre outras atividades de formação e serviços. Foi nessa cidade que aos 3 anos Britney começou a sua profissionalização fazendo aulas de voz e dança e praticando ginástica, ganhando diversas competições e shows de talentos. Sua estreia como cantora solo foi aos 5 anos, na formatura do jardim de infância.
Na minha rua - e, portanto, no meu mundo - quando uma menina demonstrava talento artístico dançando, cantando ou atuando, o destino pensado pelos adultos era certo: ir para a TV. Sendo uma menina nordestina da Bahia, embora o apelo fosse muito forte, a concretização desse caminho não era exatamente algo sério. Era só uma brincadeira e também forma de dizer onde sua Magia se encaixa, pra quem você deve trabalhar. Mas isso é o Brasil. Britney Spears nasceu no país que inventou o entretenimento e a indústria musical pra quem ela trabalhou desde criança e que viria a queimá-la em praça pública por anos e anos.
Aos 10 anos Britney já estava na TV encantando o público. Aos 10 anos também ela já questionava se tinha namorado ou não e se aceitava o apresentador idoso como pretendente.
Através de uma agente de talentos mirins, Britney saiu da pequena Kentwood para a gigantesca Nova Iorque e em 1992, aos 11, estreava no programa da Disney The Mickey Mouse Club.
O programa Mickey Mouse Club foi uma das primeiras séries de TV idealizadas por Walt Disney, lançada em 1955, cujo objetivo era financiar e promover a construção da Disneylândia. O programa seriado desde sua origem era apresentado por crianças e adolescentes e foi cancelado e retomado diversas vezes, enquanto o império da Disney crescia sem parar. Britney participou do terceiro revival do Mickey Mouse Club que pela primeira vez recebia o público no estúdio e contou com um elenco notável: além da então futura princesa do pop, o programa apresentava Christina Aguilera, Ryan Gosling e Justin Timberlake. O formato do Mickey Mouse Club logo seria absorvido pela TV brasileira, tradição enraizada desde os tempos do rádio. Por isso assistir a um dos episódios ou números musicais pode causar uma sensação muito familiar pra nós.
O Mickey Mouse Club foi cancelado mais uma vez e depois desse primeiro grande trabalho, sem a perspectiva de um próximo, Britney retornou para a sua cidade natal e finalizou os estudos no estado ao lado, o Mississipi. No entanto Britney continuava querendo cantar, como ela diz em uma das suas primeiras entrevistas, aos 17 anos, quando consegue fechar um contrato com a gravadora Jive Records “eu canto desde bebê, eu sempre soube que isso era algo que eu queria fazer. Tudo realmente começou quando eu cantei na igreja, no coral e depois passei a performar em vários lugares”. -
O local escolhido para a divulgação do primeiro álbum da ainda desconhecida e muito jovem artista pode ser considerado como uma daquelas metáforas que só a vida pode dar: entre as lojas e suas vitrines de um shopping, numa pracinha fechada no ar condicionado, se você estivesse passeando com suas crianças poderia encontrar duas dançarinas vestidas como estudantes colegiais com Britney ao centro também de colegial, dançando e cantando uma música chamada …Baby One More Time em um pequeno palco que anunciava a turnê Hair Zone Mall Tour e estampava a marca da patrocinadora, a empresa multinacional de cosméticos L’Óreal. Na época da primeira turnê os pais de Britney não podiam estar presentes pois cuidavam da filha mais nova. A mãe então convocou uma amiga de Kentwood que conhecia Britney desde o 5 anos pra cuidar da jovem na turnê, e assim, após os shows, fotos e autógrafos as duas saíam juntas pelo shopping fazendo compras. A turnê durou apenas poucos meses, mas foi o suficiente para que o público começasse a ir pro shopping não pra passear mas para ver Britney.
De shopping em shopping foi um pulo para que a nação inteira se apaixonasse pela garota doce dançando nos corredores da escola. O crítico Wesley Morris comenta essa primeira explosão de Britney para o mundo no documentário Framing Britney Spears, “para uma garota de 12 ou 13 anos não é a parte sexual que era legal mas sim o controle de si mesma e o domínio do espaço”.
Se em 1992, Britney é a criança que aos 10 anos que precisa responder se tem namorado, em 1998 ela se torna a figura que captura o enredo de transição feminina tratada como “natural” da menina que deseja ser uma mulher, mas ainda é uma menina. Enredo esse capturado pelo fotógrafo David LaChapelle em 1999 no famoso ensaio da moça para a revista de música Rolling Stone que evidencia um outro público consumidor de Britney, um público de pensamento claramente pedófilo, afinal qual seria a outra razão por trás de colocar uma adolescente seminua num cenário infantil, abraçando um teletubbie na capa de uma revista lida pelo público adulto, em sua maioria homens?
Ainda em 1999 outro fio é alinhavado, quando Britney começa a namorar com Justin Timberlake, ainda integrante da banda de garotos 'N Sync. Tendo um namorado, a pergunta seguinte dentro dessa narrativa era óbvia e agora Britney precisa responder para o mundo se ela ainda era virgem.
Britney e Justin eram o casal americano perfeito. Jovens, corpos brancos e magros, cabelos loiros e olhos claros, conhecidos por toda nação desde pequenos, o casal logo viria a se tornar uma febre nos Estados Unidos e por todos os países que consumiam a cultura pop estadunidense na primeira década dos anos 2000. Aqui no Brasil as notícias chegavam para as garotas através de revistas adolescentes como Atrevida e Capricho. As revistas adolescentes tem essa característica de fazer parecer que as famosas são nossas amigas, são gente como a gente, então a gente acompanhava meio que “de perto” a vida da princesa do pop. Em 2001 Britney e Justin estavam em terras brasileiras para o Rock in Rio e a entrevista concedida a revista Capricho na época continha exatamente as perguntas que as adolescentes queriam fazer: você é romântica? quem é mais ciumento, você ou o Justin? Você trouxe alguma de suas amigas pro Rio? Enquanto isso, jornais como O Globo abordam a apresentação da cantora no famoso festival por outro caminho ao colocar na manchete os dizeres: “Quando o rock cede às lolitas”. O texto da manchete em questão se inicia com: “vai ter muito marmanjo usando as filhas e filhos como álibi pra dar uma espiadinha”. Na matéria ao lado, sobre a chegada de Britney no Rio, ela é denominada como “musa virgem”.
Sendo consumida por todos os lados, em 2001 Britney, como destacado em uma matéria para a revista Época, estava “no topo do mundo”.
Nesse mesmo ano Britney lançava o videoclipe da música “I’m Slave 4 U”, citado pela Sereia Mística no Notícias do Imeditado da RCA.
Muito embora na entrevista sobre os bastidores do clipe para a MTV ela diga ser escrava da música, na cadeira de direção do clipe um homem segura a câmera, ditando o olhar e, portanto, o discurso. Na mesma matéria podemos ver o direcionamento do coreógrafo com foco na sexualização máxima de tudo o que rodeia a cantora que então contava 19 anos. Todo o clima do Making of é esse: vários homens surpreendendo Britney com suas ideias de sexualização. O produto final é, como Amanda destacou no Notícias: a exposição de uma mulher coberta de açúcar, produzida para ser consumida.
Mas a condenação de Britney como vadia precisava de mais um elemento pra se concretizar e isso acontece no ano seguinte: Britney e Justin terminam o relacionamento.
Se juntos eles já eram motivo de curiosidade de muita gente e fonte de lucro para a mídia, a separação foi um banquete para os abutres, começando não pelos tabloides mas pelo marketing de Justin que no mesmo ano saiu do 'N Sync para começar a carreira solo. Seu primeiro single não ia muito bem nas paradas e então ele escolhe como estratégia de divulgação falar de Britney em todas as oportunidades que aparecessem, entrevistas para TV, revistas, jornais. E, para fixar ainda mais a história que ele queria contar - e que o público e a mídia estavam mais do que prontos pra aceitar - ele lança o clipe do single Cry Me a River, colocando uma mulher muito parecida com Britney numa história que confirmaria a traição por parte dela, alimentando perguntas sobre a relação entre a música e a realidade, perguntas que ele faria questão de responder de forma evasiva, deixando a lacuna para que a misoginia fizesse o seu trabalho e carregasse a história por si só.
As declarações do homem traído são utilizadas com maestria pela mídia para atacar Britney. Em uma entrevista “sem censuras” com a cantora, Diane Sawyer faz a pergunta-afirmação que é o resumo dessa história: “você fez algo que causou a ele tanto sofrimento, tanta dor… o que você fez?”
Justin Timberlake continuou usando a mesma estratégia ao longo do tempo. Em 2018, promovendo o lançamento da sua autobiografia ele conta que escreveu Cry Me a River 2 horas depois do término entre ele e Britney. Em fevereiro de 2021 ele relembrava (pedindo para o público não lembrar) do conjuntinho jeans que ele Britney usaram no prêmio estadunidense de música VMA (Video Music Awards) de 2001. Logo depois da audiência em que Britney finalmente pode falar sobre o sofrimento que tem vivido como prisioneira e escrava do seu pai, Justin escreve uma mensagem de apoio no twitter. E esses são apenas três exemplos de uma lista longa de 20 anos em que Justin Timberlake utiliza Britney Spears para se autopromover.
O início dos anos 2000 é marcado pela ascensão dos paparazzi, parasitas que ganhavam muito dinheiro fotografando pessoas famosas em seu cotidiano sem a devida autorização com o objetivo de expor a vida privada do alvo em questão. Não se tratava exatamente de uma carreira, como explica o paparazzo Daniel Ramos, entrevistado pelo jornal New York Times.
“Eu nunca quis ser considerado um paparazzo, eu queria ser um cineasta, mas isso te consome completamente e é difícil de sair a partir do momento que você consegue fazer esse tipo de dinheiro”
Daniel Ramos é responsável pelas fotos da noite de 2007 em que Britney, após várias tentativas frustradas de ver os filhos que estavam na casa de Kevin Federline, ataca os carros dos paparazzi com um guarda-chuva. Mais uma noite na qual Ramos ganhou muito dinheiro não sendo um cineasta.
Uma foto não autorizada de Britney Spears naquela época poderia valer um milhão de dólares. Tudo ficou ainda pior - ou mais lucrativo - quando Britney se casou com Kevin Federline e teve seu primeiro filho. Assim os paparazzi repassaram aos tabloides provas para mais uma acusação contra a moça: fotos em que ela dirige com o bebê no colo confirmam que Britney Spears, além de vadia, é uma péssima mãe. Mais um motivo pra queimar.
A romantização da maternidade é um fato assim como sua exploração como trabalho não remunerado, uma realidade para milhões de mulheres ao redor do mundo e publicizar a “má atuação” de Britney nessa função era, além de uma forma de queimá-la, também uma forma de fixar o exemplo.
Não é como se ela estivesse escondendo algo. Por mais de uma vez, depois do final do relacionamento com Justin e de todos os ataques, Britney chorou em frente às câmeras, disse que seu sonho era que os paparazzi a deixassem em paz, disse que não queria expor o filho daquela forma. Mas enquanto o sofrimento da cantora desse lucro, quem faria algo pra parar? Muito pelo contrário. Os paparazzi a perseguiam 24 horas por dia, 7 dias por semana, sem parar. Não havia intenção alguma de parar.
É importante lembrar que Britney estava nessa indústria desde os 10 anos de idade, o que me faz pensar, num exercício de imaginação, que os acontecimentos que se sucederam incluindo o burnout de 2007 eram muito mais do que ações de alguém que estava “perdendo a sanidade” como a narrativa vigente nos fez acreditar. Quando retratada por dançarinos, colegas de trabalho e pessoas próximas, Britney é descrita como uma mulher muito inteligente, esperta e trabalhadora, uma mulher que sabia exatamente o que queria. Sendo assim, acredito que o movimento de Britney era para sair do jogo. E não cabe a mim dizer se foi uma estratégia boa ou desastrada, como supõem alguns. Em qual gabarito começar a sair com Paris Hilton e Lindsay Lohan, mulheres tão super-expostas pela mídia quanto ela própria, é uma escolha ruim?
Em Fevereiro de 2007, Britney vai até um salão de beleza. Os paparazzi, é claro, acompanham a saída da moça. Ela entra no salão e o que se sucede é o acontecimento que marca pra sempre o ano de 2007, o auge da queima de Britney Spears. Ela raspa completamente a cabeça. Embora, muitas pessoas lembrem da imagem, poucas lembram do registro do que ela disse dentro do salão.
“Eu não quero ninguém me tocando. Estou cansada de ser tocada por todo mundo.”
Disse a Princesa do Pop. Não me parece uma fala de alguém que ficou maluca. Parece a fala de alguém que percebeu a extensão das grades da sua prisão e a força das correntes que a privavam de sua liberdade.
Em 2016, Madonna recebeu o prêmio de Mulher do Ano da Billboard, ferramenta reguladora da indústria e mercado musicais nos EUA. Em seu discurso de aproximadamente 5 minutos a Rainha do Pop descreve exatamente o jogo do qual Britney parecia querer sair ao abrir mão do símbolo que seus cabelos carregavam. Madonna também fala sobre como ela própria percebeu as correntes que a seguravam.
“Eu lembro de me sentir paralisada. Levou um tempo para que eu me recompusesse e continuasse com a minha vida criativa. Pra continuar com a minha vida.”
Acontece que Britney não teve essa oportunidade, ela não teve esse tempo. Depois de raspar a cabeça, Britney é internada diversas vezes contra a sua vontade, perde a guarda dos dois filhos e, aos 26 anos, perde o direito sobre a própria vida, passando a ser tutelada pelo pai que tem permissão da justiça estadunidense para tomar todas e quaisquer decisões no lugar dela.
Britney vive o seu retorno de Saturno, dos 26 até hoje trabalhando 24 horas por dia, 7 dias por semana. Uma mulher super ativa, capaz de gravar discos inteiros, realizar turnês, gravar comerciais e atuar em episódios de séries, mas que é incapaz de cuidar da própria vida ao ponto de precisar de uma tutela judicial do pai?
No dia 23 de junho de 2021, Britney fala à corte, com transmissão para o mundo inteiro sobre o sofrimento que tem vivido ao longo de todos esses anos, com detalhes.
Dois dias antes da audiência o Sol tinha entrado em Câncer e Amanda falou sobre essa coordenada astrológica no Astropapo, programa das manhãs de quinta-feira, na RCA. Muito além de pensar em como podemos nos encaixotar em arquétipos de signos criados pelo Sistema Vigente, Amanda, que além de irmã na revolução, é minha Guia, me ensina que a astrologia é uma forma de ver o mundo e que cada olhar é único. Com o Sol no signo regido pela Lua, pela memória, maré e ciclos, Amanda falou sobre trazer do passado o que pode nos fortalecer em nossa versão atual, no aqui e agora.
Eu ouço essa provocação e ouço Britney em seu depoimento revivendo tudo o que lhe aconteceu com o objetivo muito claro de se ver livre desse acordo de escravização de uma mulher.
Eu também vejo a mídia revirar o passado de Britney, esmiuçar cada acontecimento. A revista Rolling Stone Brasil faz uma matéria gigantesca que chega a criticar muito levemente a sua chefe, a Rolling Stone estadunidense, e ao mesmo tempo que estampa na manchete o “nós somos culpados” se dá ao trabalho de detalhar cada “mau passo” de Britney, num grande vale a pena ver e julgar de novo.
É um erro imaginar que Britney é um produto que perdeu a utilidade e foi descartada, como propõe um artigo da revista TPM. Ela continua muito útil ao Sistema Vigente, seja como lembrete do que acontece com garotas que ousam não dançar conforme a música da indústria, seja como o pirulito, o doce, como bem disse Amanda na RCA, eternizada em videoclipes e ensaios fotográficos para sempre disponíveis na internet, seja como alvo do grande mea culpa mundial.
O mundo hoje é outro, no entanto é o mesmo. Tabloides e paparazzi já não são mais tão necessários já que o Sistema Vigente conseguiu criar uma forma de fazer a gente desejar ser nossos próprios paparazzi nos autopromovendo e expondo na rede social dos quadradinhos. Todo mundo hoje fala sobre saúde mental e o mesmo Sistema lucra apontando terapias e tratamentos “alternativos”. Os feminismos existem e com força, mas com muitas barreiras, afinal ainda apontamos quais mulheres merecem e quais mulheres não são dignas da nossa sororidade.
É muito triste que Britney precise da pressão da opinião pública - e, portanto da mesma mídia que a destruiu ontem e hoje pede perdão - para lograr êxito em seu pedido pelo término da curatela. É nojento ver os mesmos veículos e as mesmas pessoas que lucraram (ou apenas se divertiram) ridicularizando, violentando, abusando, pisando em Britney Spears hoje lucrando com pedidos de desculpas e matérias especiais, dizendo “olha como a mídia era feia nos anos 2000”.
Em 2007 um fã da cantora, Chris Crocker, gravou um vídeo em que expressava sua revolta com a queima pública que estava acontecendo e todo o dinheiro gerado a partir dela. O vídeo viralizou e virou piada instantaneamente.
Em Maio de 2021 esse mesmo vídeo foi vendido como obra de arte, por R$ 235 mil.
Meu clipe favorito de Britney Spears é o de Me Against the Music em que ela divide a cena com Madonna. Embora as duas tenham sido separadas em suas trajetórias pelos acontecimentos ao longo dos anos e que a mídia tenha estimulado a competição como se o destino de Britney, a princesa do pop, fosse o de destronar Madonna, sua rainha, as duas sempre expressaram o amor e admiração que tinham uma pela outra. E embora possa parecer que Madonna venceu onde Britney foi derrotada, é possível ver, no mesmo discurso de 2016 para a Billboard, Madonna repreendendo o próprio choro com um cortante “Não.” enquanto contava sua história, assim como Britney tentou segurar o choro com um “eca! Seja forte, Britney!” na nojenta entrevista feita por Diane Sawyer.
Nenhum dinheiro no mundo te priva da maldição de ser uma mulher.
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13lordluck · 5 years
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101 things in 1001 days
Início: 3 de janeiro de 2020
Final: 30 de setembro de 2022
A Casa
Decorar as paredes da cozinha
Decorar as paredes da sala
Decorar as paredes do quarto
Decorar o banheiro
Montar minha área de pintura na área de serviço
Fazer um altar na porta de entrada
Criar uma placa para a porta de entrada
Maratona de filmes em casa
Noite de jogos
Montar minha parede de stickers
Organizar meu guarda roupa
 Organizar uma festa de trocas
Pendurar os fios de luzes em casa
Plantar minha espada de São Jorge em um vaso na entrada de casa
Preencher as paredes do corredor com fotografias
Ter quantos vasos de plantas forem possíveis
O Mundo
Andar a cavalo
Andar pela beira do mar
Colher fruta do pé
Doar sangue e levar o máximo de gente junto
fazer uma fogueira
Viajar sozinha para algum lugar do Brasil
Ir a 12 espaços culturais diferentes a Grande São Paulo
Ir a 12 museus/exposições diferentes na Grande São Paulo
Ir a uma roda gigante
Cantar no karaokê
Conhecer um assentamento do MST
Ir sozinha ao cinema
Jardinagem de guerrilha
Participar do Postcrossing
Road trip
Seed bombing em grupo
Viajar para a Alemanha. (sozinha)
A Cozinha
Jantar de Ano Novo Chinês
Comprar uma lava louças
Escrever pelo menos 20 receitas no meu fichário de cozinha     
fazer cookies
Fazer licor
Fazer picolé
Jantar da entrada até a sobremesa só com receitas que nunca tentei antes
Fazer uma semana de alimentação vegana
Jantar só com pratos retirados de filmes ou livros
A Mente
Fazer autorretratos todos os dias por um ano.
criar uma lista de 100 coisas que me deixam feliz
Criar uma lista de 365 citações que me inspiram
Escrever uma carta para meu eu do futuro
fazer o unicórnio de origami do Blade Runner
Fazer um álbum de fotografias meu, contando a partir da mudança
Fazer um desafio de Random Acts of Kindness no meu aniversário
Ler e fazer os exercícios do Caminho do Artista ou livro similar
Ler 12 livros de autoras brasileiras contemporâneas
Montar um kit de bem estar para momentos de stress
Montar um quebra cabeça de pelo menos 1000 peças
Tatuar minha coxa direita
Tatuar o pássaro preto e a andorinha
A Escrita 
Publicar e-books no Amazon
Publicar o Alma
Escrever a primeira temporada de A Cor das Luzes
escrever e ilustrar um livro infantil
Manter funcional o Unicórnio Inventor
Manter um blog
Fazer um fanzine
O desejo
Pintar pedras
Pintar pelo menos 6 telas/lonas/similar
Preencher o caderno vermelho até o fim
Preencher um caderno com mandalas
Completar o mermay
Completar o inktober
As mãos 
Completar um livro de colorir
Produzir bonecos
Tear manual
Fazer um bordado pra pendurar na parede
fazer guirlandas
Ir até o fim em um Wreck this journal
Costurar roupas para mim
A Cidade
Pintar um labirinto no chão de um lugar público
Deixar bilhetes escondidos em livros de biblioteca
Deixar frases inspiradoras no metrô
Desenhar com giz na calçada
Enfeitar uma árvore em um lugar público
Fazer sticker arte
Colar meus stickers pela cidade
Fazer e colar lambe-lambes por aí
A Diversão
Assistir 12 filmes musicais
Assistir todas as temporadas de um seriado
Bolhas de sabão gigantes
Day spa
Fazer um barco de papel e soltar no meio fio em um dia de chuva
Receber e fazer pintura corporal
Respirar hélio e cantar
O Aprendizado
aprender a andar de bicicleta
Aprender a tocar ukulele
Fazer aulas de Lind Hop ou Authentic Jazz
Fazer aulas de yoga
Organizar meu material de arte e artesanato
As Coleções
Criar um ex libris
Aplicar o Ex-Libris nos livros
Deixar meus unicórnios expostos
Expor minhas miniaturas e action figures
Organizar meus livros 
Ter um registro dos meus livros
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girlwithout-reason · 6 years
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O mal do século.
By: Eu mesma. 😂❤
Dizem que a Depressão é o mal do século, mais eu não vejo assim, o mal do século é a sociedade preconceituosa que não aceita as diferenças das pessoas, a mesma sociedade que levou diversas supostas "bruxas" a fogueira entre os séculos XV e XVIII. A sociedade nazista que executou cruelmente negros, judeus e gays no século XX. A mesma sociedade que briga por religião desde antes de Cristo. A sociedade que na Era Contemporânea colocou magreza e riqueza como padrão de beleza, a sociedade que desde do inícios dos tempos da valor ao que você tem e não quem você é.
Então eu digo meus amigos,o mal do século ainda é o mesmo,a Depressão é só a consequência do verdadeiro mal do século : a sociedade.
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ana-goncalves · 2 years
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"RAFAEL, 32 ANOS, PODENCE, ARTESÃO
Conheci a Paula no Carnaval de Podence por causa dos caretos.
Ela tinha chegado naquele dia e veio perguntar-me o significado dos caretos. Ela era bailarina de dança contemporânea na Bélgica e estava cá a fazer uma dança em Macedo de Cavaleiros. E foi assim. Ano e meio e tal e nasceu o Galileo. A minha sogra veio depois a Portugal, achava eu que era para visitar a família, mas elas decidiram partir com o meu filho para a Costa Rica… eu não estava a contar com isso.
Peguei no meu fato de careto de que a Paula gostava tanto, peguei no meu carro, um Toyota dois lugares comercial, pus a mercadoria toda lá dentro, as latas de comida, os fatos, a gaita de foles e pus-me a caminho do Algarve. Passei três meses a correr as praias todas, a dormir ao relento, cobria-me com uma mantinha, tomava banho naquelas casinhas de duche na praia, levava uma panela e fazia arroz e cogumelos, quando podia fazer uma fogueira, às vezes comia num restaurante barato, passava dois, três dias em cada sítio. Começava o dia aí às 13 horas, vestia o fato, punha os chocalhos, punha a máscara para trás, pegava na gaita de foles e começava a tocar e não parava até à 1 da manhã…”
Fonte: “II - OITO HISTÓRIAS”, in Selvagem de Marco Martins, folha de sala do espectáculo que decorreu na Culturgest, Lisboa, entre os dias 25 e 27 de Março de 2022, p. 8.
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exotismos · 3 years
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Consegue dissertar sobre ele?
A bruxa não vai para a fogueira neste livro, de Amanda lovelace.
É um livro de poesia contemporânea envolvendo o tema do empoderamento, especialmente feminismo. A Amanda discorre em poesia, sobre as fogueiras modernas. A fogueira do machismo, do abuso. Também abrange o transtorno alimentar.
Todos nós (especialmente as mulheres) deveriam ler essa obra magnífica.
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