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#foram as minha preferidas hoje
dianalandia · 2 years
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Inês Lopes Gonçalves: votas em ti própria?
Cláudia Pascoal: eu não tenho dinheiro no telemóvel
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projetovelhopoema · 2 months
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Fórmula de Bhaskara
Na desesperança de ser quem eu costumava ser, eu estou me afastando cada vez mais de mim. Olhar vazio, mais calada, inerte, perda de peso brusca, insônia. Foram muitos acontecimentos um em cima do outro que me atingiram de uma forma negativa. Antes, falante. Hoje, tenho receio de incomodar, não quero ser um problema, quero ser uma solução, como a resolução da fórmula de Bhaskara, que você pergunta para que vai lhe servir, mas mesmo assim a estuda, a decora. Quem dera, eu ter meus traços sido decorados por alguém, como a pinta embaixo do queixo ou a minha marca de nascença do lado esquerdo da barriga. Quem me dera, que a minha voz fosse como uma canção de ninar que te recorda a infância. Quem me dera, eu ser os primeiros acordes da música preferida de alguém. Quem me dera, eu ter sido tudo enquanto o tudo era o nada. Quem me dera, ser inesquecível mesmo que seja nos sonhos quando se dorme profundamente. Quem me dera, ser um lar mesmo não sendo devidamente uma estrutura. Quem me dera, ser a fórmula de Bhaskara, nem que fosse para ser decorada mesmo tendo ciência que o futuro fosse completamente incerto e que não soubesse que ficaríamos juntos, assim como não se sabe na escola se um dia usará a fórmula quando adulto.
— Jessy em Relicário dos poetas.
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distanciastes · 2 years
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Hoje eu não chorei ao acordar. Não me senti totalmente entalada pelas coisas não ditas e por todos os sentimentos que guardo dentro de mim para que ninguém os descubra. O choro matinal estava tão presente rotineiramente nos meus dias quanto levantar e ir trabalhar. Hoje foi diferente: consegui comer, dormir, e me divertir muito ouvindo o novo lançamento da minha banda preferida, e quase a decorei! O dia me parece leve, e apesar de como os últimos foram catastróficos e repletos de dor vinda de todos lados... dessa vez, eu não acho que venha algo muito ruim, eu realmente acho que mereço momentos assim, onde a minha companhia e os meus gostos me bastam e me curam.
Cordélia.
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pips-plants · 9 months
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TASK 1: Minhas 10 camadas
"São muitas perguntas? Ah... Okay, não parece tão ruim... Vamos logo com isso"
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CAMADA 1: BÁSICO E PESSOAL
Nome: Pietra Venancio, mas me chamem de Pips okay? Bem melhor
Idade: tô com 24 anos logo 25!
Gênero: Sou mulher? Não! Isso não foi pergunta. Sou uma mulher tá?
Pronomes: ela/dela
Altura: Da ultima vez que medi tava 1,64 e meio!!!
Parente divino e número do chalé: Mamy Hécate- Chalé 21
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CAMADA 2: CONHECENDO OS SEMIDEUSES
Idade que chegou ao Acampamento: 14 aninhos, eu era uma baby quando vim aprender a me controlar. Mas foi bom, eu sei que poderia viver tranquila la fora, mas não é a mesma coisa
Quem te trouxe até aqui? Meu pai me deixou na porta, ele é um babão. Até hoje é, se eu ligar pra ele agora ele vem me buscar sabia?
Seu parente divino te reclamou de imediato ou você ficou um pouco no chalé de Hermes sem saber a quem pertencia? Olha, se não me reclamasse quem reclamaria ia ser eu. Imagina o caos um ser mágico com os filhos de Hermes! Com certeza esse acampamento já estaria no chão.
Após descobrir sobre o Acampamento, ainda voltou para o mundo dos mortais ou ficou apenas entre os semideuses? Se você ficou no Acampamento, sente falta de sua vida anterior? E se a resposta for que saiu algumas vezes, como você agia entre os mortais? Eu até saio, bastante até, tem uma floricultura maravilhosa aqui perto que sempre que posso vou para lá. Também visito meu pai de vez em quando, ele sempre tá viajando, mas quando tá por aqui a gente sempre faz alguma coisa. Só não fazer magia que tá sussa.
Se você pudesse possuir um item mágico do mundo mitológico, qual escolheria e por quê? UM GRIMÓRIO COMPLETO COM LETRA LEGÍVEL!!!!
Existe alguma profecia ou visão do futuro que o assombra ou guia suas escolhas? Nha! O meu futuro aos deuses pertence, vou aproveitando enquanto tô nessa terrinha.
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CAMADA 3: PODERES, HABILIDADES E ARMAS
Fale um pouco sobre seus poderes: Bem, se eu ler um encantamento ele funciona. Tipo, se alguma bruxa ou sei lá descobriu que uma magia funciona, escreve e eu consigo o feitiço ai eu consigo reproduzir, então gente LETRA GRANDE E BONITA!! Bora pra caligrafia bruxinhos, tia Pips agradece. Mas ainda não consegui criar minhas próprias magias, a maioria das coisas já foram criadas ai né... Se alguém quiser me dar ideias, podemos tentar.
Quais suas habilidades e como elas te ajudam no dia a dia: Depois que consegui uma de arrumação de quarto e conjuração de uma xicara de café eu nunca fui a mesma.
Você lembra qual foi o primeiro momento em que usou seus poderes? Sabe quando você zoa seus amigos no Halloween só para ver todo mundo se cagando de medo? Então... O meu deu meio certo. Li um grimório em uma casa abandonada e bem, descobri que funciona.
Qual a parte negativa de seu poder: Eu preciso ler certinho o que tá escrito, se eu errar pode ser que não funcione... Ou pode ser que uma coisa aleatória aconteça. Ainda não consegui pegar o macaco-abelha, mas tá vivo aqui na floresta fiquem tranquilos.
E qual a parte positiva: Cê acha que eu arrumo cama? Acha que eu fico com desejo? CHOCOLATE INFINITO!!!
Você tem uma arma preferida? Se sim, qual? OBEVEO! Espera, o grimório conta como arma? Posso fazer magia com ele ou dar uma livrada na cara também
Acredito que tenha uma arma pessoal, como a conseguiu? Eu tenho um par de adagas negras, não é fácil encontrar minha mãe nas encruzilhadas da vida, mas quando toma os caminhos certos tem seus benefícios. Sou apaixonada nelas, nem minto.
Qual arma você não consegue dominar de jeito algum e qual sua maior dificuldade no manuseio desta? Odeio espadas. O-D-E-I-O! Peguei raiva quando fui procurar uma que ficasse confortável e me zoaram falando que era um palito de dente de metal. Era pequena, mas vou enviar esse palito de dente no seu ... e vamo ver se não funciona
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CAMADA 4: MISSÕES
Qual foi a primeira que saiu? Foi quando tinha um idiota que tava arrumando problema no mundo mortal. A gente foi resgatar o imbecil que se achava autossuficiente o suficiente e acabou atacado, preso e sequestrado.
Qual a missão mais difícil? Olha, acho que foi quando tive que ir na ilha de Circe. A magia lá é tão forte e é quase como se faltasse ar. Foi ótimo depois que voltamos com o artefato roubado, até me ofereceram para ficar, mas muito sufocante.
Qual a missão mais fácil? Fácil? FÁCIL??? Não existe fácil na vida de um semideus. Menos custoso ai tá okay, mas fácil? Nem se eu um dia chamar alguma coisa de fácil eu tô maluca, biruleibe da cabeça, mamada de flor de lótus.
Em alguma você sentiu que não conseguiria escapar, mas por sorte o fez? Teve uma vez que eu perdi meu grimório em batalha contra um ciclope. Não sei explicar, caiu. Fui encurralada em um canto, sangrando e sem muito o que fazer para me defender tive que escrever no chão um encantamento que sabia com sangue! Funciona? Funciona. Eu quero passar por isso de novo? NUNCA!
Já teve que enfrentar a ira de algum deus? Se sim, teve consequências? Ira não, mas não posso dizer que Perséfone tá muito feliz comigo roubando as plantas do chalé dela. Se eu ganhasse de presente não iria ser roubo!!!
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CAMADA 5: BENÇÃO OU MALDIÇÃO
Você tem uma maldição ou benção? Não, mas to aceitando se Atenas quiser me ajudar na leitura.
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CAMADA 6: DEUSES
Qual divindade você acha mais legal, mais interessante? Todo mundo acha que é Apolo o deus da medicina, mas não! É um filho dele, Esculápio. Se eu pudesse gostaria de conhecê-lo, bater um papo e descobrir os limites da medicina.
Qual você desgosta mais? Olha, desgostar é pesado demais
Se pudesse ser filhe de outro deus, qual seria? Eu sei lá! Apolo? Acho que eu teria mais gingado se fosse, mas sabia que eu sei cantar e tocar violão? Já to no meio do caminho!
Já teve contato com algum deus? Se sim, qual? Como foi? Se não, quem você desejaria conhecer? Incrivelmente conheci Circe. Ela é fo-da! Se eu pudesse eu seria a aprendiz dela... Mas bem, eu fui em uma missão e passei na ilha dela e bem, foi legal. Ela me deu um grimório em branco para eu poder criar meu próprio caminho.
Faz oferendas para algum deus? Tirando seu parente divino. Se sim, para qual? E por qual motivo? Cla... Ah, tirando minha mãe... Olha, de vez em quando eu peço para Afrodite, de vez em quando para Circe mesmo sabe? As vezes para Apolo. AH! E tem para Hades. Quando se quer ser médica cê quer os pacientes vivos né? Se eu posso ter uma ajudinha por que não?
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CAMADA 7: MONSTROS
Qual monstro você acha mais difícil matar e por qual motivo? O que vive dentro da minha barriga, porque oh! Tô sempre com fome 🤣
Qual o pior monstro que teve que enfrentar em sua vida? Já teve que lutar com uma mantícora? Então, não queira ter. Cada segundo dessa luta é um inferno!
Dos monstros que você ainda não enfrentou, qual você acha que seria o mais difícil e que teria mais receio de lidar? Olha, nunca enfrentei uma hidra, mas acho que seria bem complicadinho... Se bem, fazê-la explodir não seria de todo ruim... Nha! Hidra ia ser bad.
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CAMADA 8: ESCOLHAS
Caçar monstros em trio ( 🌼 ) OU Caçar monstros sozinho ( )
Capture a bandeira ( 🌼 ) OU Corrida com Pégasos ( )
Ser respeitado pelos deuses (🌼 ) OU Viver em paz, mas no anonimato ( )
Hidra ( ) OU Dracaenae ( 🌼 )
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CAMADA 9: LIDERANÇA E SACRIFÍCIOS
Estaria disposto a liderar uma missão suicida com duas outras pessoas, sabendo que nenhum dos três retornaria com vida mas que essa missão salvaria todos os outros semideuses do acampamento? Depende. Alguma garantia que vai ser uma morte rápida? Porque tipo, ir lá para cair na lava que nem o Darth Vader eu não quero não
Que sacrifícios faria pelo bem maior? Bem maior? EU SOU SEU BEM MAIOR! Mas agora serio, não sei, depende muito da vibe. Não sou o ser mais inconsequente do mundo, mas também não sou um poço de egocentrismo sabe?
Como gostaria de ser lembrado? Não sei, por ser uma pessoa boa. Por ter ajudado as pessoas...
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CAMADA 10: ACAMPAMENTO
Local favorito do acampamento: No meio da floresta durante a noite. É bom demais. Ficar no silencio da noite repondo as energias, deitada vendo as estrelas... É bom demais.
Local menos favorito: No chalé de Hermes. OH COFUSÃO! Tive que pisar lá uma vez para ter uma conversinha com um ladrãozinho e foi péssimo!!!
Lugar perfeito para encontros dentro do acampamento: PIQUINIQUE NA PRAIA!!! ME CHAMEM!!! EU AMO!
Atividade favorita para se fazer: Tem muita coisa que eu gosto de fazer, eu amo tocar violão na praia ou ficar desenhando o pessoal lutando. Minhas plantinhas eu preciso falar? Porque tô fazendo uma hortinha atrás do chalé de Hécate, nunca se sabe quando vamos precisar fazer algum ritual ou sei lá
@silencehq
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1dpreferencesbr · 1 year
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Imagine com Harry Styles
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Falling in love
n/a: Eu amei taaaaanto escrever esse imagine, vocês não tem noção! Espero que gostem tanto quanto eu!
Lista de diálogos Masterlist
Contagem de palavras: 2,535
— Você é a S/N, certo? — Harry falou encarando a nova funcionária de sua casa. Sem deixar de notar que mesmo vestido o uniforme era muito bonita. Ela tinha um sorriso tímido nos lábios e as bochechas pareciam coradas. Era um efeito ao qual Harry estava acostumado, depois de ver tantas vezes nos fãs. Mas tinha alguma coisa naquela cena que deixava a garota a sua frente adorável.
— Na verdade, é S/N, senhor Styles. — Ela corrigiu, em voz baixa.
— Ah, não. Pode me chamar de Harry. — Ele sorriu. Harry repetiu várias vezes o nome da garota, até acertar a pronúncia e ela sorrir dizendo que estava certo. — Você não é daqui, certo? Marta me disse que viria mas não falou mais nada sobre você. 
— Sou brasileira. — Ela mordeu o lábio inferior, chamando a atenção de Harry para a boca muito bonita e desenhada.
— Eu adoro o Brasil, já fui algumas vezes e todas as estadias foram incríveis.
— Fico muito feliz com isso, sen- Harry. — Ela se corrigiu quando ele ergueu uma sobrancelha. Em algum lugar da casa, Mitch gritava o nome do amigo, eles já estavam atrasados para o ensaio há algum tempo. 
— Bom, S/N. Eu preciso ir agora, fique a vontade. Nos vemos outra hora. — Sem conseguir conter o lado galanteador, Harry piscou um olho antes de sair do recinto, deixando uma S/N atônita depois disso. 
A garota já havia ouvido falar sobre Harry, e quem não havia no mundo inteiro? Mas não podia dizer que era realmente uma fã. Conhecia algumas músicas, aquelas que tocavam em festas e em algumas lojas na sua cidade natal, mas sequer sabia a letra. Mas algo não se podia negar, Harry Styles era um homem de presença. Ele parecia preencher o ambiente inteiro com seu sorriso, trazendo um calor confortável e fazendo todos se sentirem bem. 
S/N ficou confiante com o novo emprego. 
Por dois dias os dois não se viram, mas na manhã de terça-feira Harry desceu de seu quarto para o café da manhã.
— S/N, bom dia! — Ele disse sorrindo ao entrar na cozinha.
— Bom dia! — Ela falou animada. As manhãs eram sua parte preferida do dia, sempre acordava com disposição e sentia que tudo fazia mais sentido quando era feito pela manhã. Assim como ele.
— E então, como tem sido a sua estadia? — Harry perguntou se encostando na bancada da pia, levando uma torrada até a boca.
— Tem sido ótimo, todos são muito receptivos. — Ela sorriu, e depois fez uma careta. Harry ergueu uma sobrancelha, perguntando em silêncio o motivo. — Desculpe, o inglês não é a minha primeira língua e eu ainda fico um pouco insegura. — Ela admitiu. Harry gostava quando as pessoas admitiam suas inseguranças, geralmente todos que o rodeavam pareciam perfeitos demais para serem reais, enquanto a garota a sua frente parecia um retrato perfeito dele mesmo. 
— Você não precisa se desculpar. E se tiver alguma dúvida sobre o idioma, pode falar comigo. Ficarei feliz em ajudar. — S/N abriu um sorriso que mostrava todos os seus dentes, o que fez o coração de Harry dar um salto, fazia algum tempo que não via algo tão verdadeiro.
— Eu fiz um curso antes de me mudar. Mas a realidade é um pouco diferente. — Ela projetou os lábios para o lado, enquanto passava uma esponja cheia de espuma em um prato. 
— Eu te ajudo com o inglês e você me ajuda com o português, o que acha? Tenho certeza de que meus fãs ficariam felizes se eu souber falar algumas frases a mais quando voltar lá. 
S/N não tinha muitas dúvidas sobre a língua inglesa, ela apenas dizia as frases fazendo uma careta enquanto o moreno ria e dizia que ela estava falando certo. Já Harry aparecia com uma frase nova todos os dias para que ela traduzisse, então passavam minutos treinando e rindo.
A melhor parte das turnês para Harry era se sentir livre, saber que dormiria em uma cidade hoje e amanhã antes que amanhecesse poderia estar em outro país, no entanto, nas últimas semanas ele se viu ansioso para a volta, sabendo que seria recebido com um sorriso lindo e uma risada gostosa assim que arranhasse um "bom dia" no português escasso. 
— Você quer? — Ele ofereceu enquanto se servia de uma xícara de café. S/N como sempre sorriu gentilmente e negou com a cabeça. — Não gosta de café? — Perguntou dando um gole no líquido quente.
— Eu adoro. Mas não o daqui. — Ela enrugou o nariz enquanto crispava os lábios para o lado. Simplesmente encantadora foi o que Harry pensou.
— Está dizendo que o nosso café é horrível? — Perguntou cerrando os olhos, fingindo indignação. E então rompeu em uma gargalhada quando o vermelho atingiu as bochechas da garota enquanto ela gaguejava procurando palavras para se desculpar. — Eu estou brincando.
— Não é que seja ruim. — Ela disse um pouco mais calma. — Só é diferente. — Deu de ombros. — Na verdade, eu trouxe um pouco quando vim. Gostaria de provar? — O brilho que apareceu nos olhos junto do sorriso ansioso foram motivos o suficiente para ele aceitasse de pronto. 
S/N correu para o quartinho ao lado da lavandeira, trazendo consigo o pacote com o café e mais alguns utensílios.
Harry observou com atenção enquanto ela moía os grãos, colocava dentro do filtro de pano e por fim adicionava a água. Ela fechou os olhos, inalando o perfume que se espalhou quando a fumaça começou a subir, sentindo algo que não sentia há algum tempo: se sentiu em casa. O coração de Harry errou as batidas, sem conseguir tirar os olhos da cena, querendo guardar cada detalhe. 
— Você está certa, nosso café é horrível. — Harry disse depois de dar um gole na xícara que ela se estendeu. S/N deu mais um de seus sorrisos devastadores, soltando um suspiro de prazer depois de sorver o líquido.
Sem que ela notasse, Harry tirou uma foto da marca do café, a fim de providenciar mais para que aquele momento se repetisse mais vezes.
E então, chegou a hora de partir mais uma vez em viagem. A garota se despediu com um sorriso e votos de que a viagem fosse segura e que o trabalho fosse satisfatório. Harry queria abraçá-la, mas temia assustar a garota, então, simplesmente foi. Torcendo para que os dias passassem voando e ele pudesse voltar para aquele lugar onde ele finalmente se sentia em casa depois de tanto tempo.
Quando a assessora avisou que o show do dia seguinte fora cancelado por mau tempo, Harry pediu que ela marcasse o primeiro voo possível para casa. 
Ele chegou logo de manhã, ninguém o esperava. E ele agradeceu a dádiva quando entrou na cozinha, dando de cara com uma cena no mínimo engraçada. 
O chão inteiro estava molhado e cheio de espuma, S/N estava no meio do lugar, agarrada em uma vassoura enquanto balançava a cintura com o ritmo que tocava em seus fones de ouvido. Ele ficou parado, apenas observando. Ela se virou para continuar o trabalho, tomando um susto tão grande com a figura do patrão que escorregou e caiu.
Harry correu até ela, sem se importar em molhar as meias que usava e a encontrou rindo tanto que os olhos lacrimejavam, foi impossível não acompanhar a risada, e então, como um karma, ele também caiu.
— Você pode ouvir música no som, sabia? — Harry disse voltando depois de trocar de roupas. A cozinha agora já não estava mais molhada e tinha um cheiro suave de eucalipto. — O que estava ouvindo? 
— É um cantor brasileiro, acho que não conhece. — Ela disse alisando o uniforme recém trocado. — Me desculpe pela bagunça. — Mais uma vez seu rosto tomou o tom de vermelho que passava a ser o preferido do moreno. 
Harry insistiu até que a garota se rendesse e colocasse a música na Alexa. O ritmo animado preencheu o ambiente, enquanto ela cantava apenas mexendo os lábios e balançando levemente a cabeça no ritmo, mesmo sem perceber.
E assim se iniciou o novo ritual de domingo dos dois. Toda semana S/N escolhia uma música de um cantor diferente de sua terra natal, eles ouviam em silêncio e então ela traduzia a letra para ele.
Antes os finais de semana de Harry eram preenchidos por festas regadas à bebida e muitas mulheres, agora ele não conseguia pensar em uma forma diferente de passá-los além de conversar o dia inteiro com a funcionária. Aprendendo mais sobre sua vida no Brasil e contando um pouco de sua história também.
Harry descobriu que S/N trabalhava desde muito novinha para ajudar os pais, que boa parte do salário era enviado para eles, que ela sonhava em poder voltar a estudar um dia e exercer a carreira de corretora de imóveis. Ele prometeu que a ajudaria, e que seria o primeiro a comprar uma casa dela. 
Ele lhe contou sobre o trabalho na padaria da adolescência, que crescera em uma cidade pequena, o medo que o assolou quando sua banda acabou e ele achou que o sonho chegara ao fim. 
O tempo parecia passar muito rápido quando os dois estavam juntos, as conversas eram intermináveis, divertidas e interessantes.
— Vai fazer algo no sábado? — Harry perguntou em uma manhã. A garota negou com a cabeça, lhe lançando um olhar de dúvida enquanto estendia o prato com o queijo quente recém feito. — Vou te levar em uma balada brasileira. — Sentenciou antes de morder seu pão.
— Sério? — Ela arregalou os olhos em animação enquanto o moreno sorria e assentia. — Eu não quero atrapalhar seu final de semana. 
— Não vai atrapalhar nada. Eu quero ir com você. 
Harry precisou respirar fundo quando viu a garota em sua sala, com um vestido preto não muito curto, mas colado ao corpo revelando cada uma das curvas. Ela estava com os cabelos soltos e uma maquiagem leve. Por mais que em suas tardes ele a visse fora do uniforme, a visão em sua frente parecia ter sido pintada pelo melhor dos artistas, moldada perfeitamente para arrancar o ar de seus pulmões e fazer seu coração pular tão alto quando o fazia no palco.
Os dois entraram no ambiente cheio de luzes sorrindo. Ela estava radiante e Harry não conseguia tirar os olhos da acompanhante. 
S/N se permitiu beber um drinque ou dois, mesmo sabendo que era fraca para bebida. E quando a melodia conhecida tocou alto os dois sorriram. Harry segurou a mão da garota e a puxou para a pista de dança lotada. Ele colocou os braços dela em seus ombros e posicionou as mãos em sua cintura, balançando os corpos no ritmo agitado. 
— E eu tô na flor da idade! — S/N cantou alto. — Melhor se arrepender do que passar vontade. — Harry conhecia aquela letra, entendia o que dizia. Talvez fosse o álcool em sua mente dizendo que aquilo era uma boa ideia, e ela estava tão linda, com o corpo tão perto que ele podia finalmente sentir seu cheiro depois de tantos dias se perguntando qual era. Era doce, mas não muito. O perfume o envolvia, marcando em sua mente e ele torceu para sentir muitas outras vezes. 
Harry colocou subiu uma das mãos até o meio das costas da garota, a aproximando mais. Os olhos expressivos encaram os dele e foi como se uma bolha se formasse em sua volta. Como um mundo onde só os dois existiam.
Harry aproximou o rosto lentamente, dando a ela tempo o suficiente para se afastar, mas ela não o fez. Em vez disso, S/N umedeceu os lábios pintados de um rosa quase no tom natural em expectativa e fechou os olhos. Com o coração na garganta, Harry encostou a boca na dela, com suavidade. E ele podia jurar ouvir fogos de artifício explodindo no fundo de sua mente. Com a ponta da língua, pediu passagem, sendo recebido de bom grado em um beijo tão doce que Harry teve certeza que ficaria viciado naquele sabor. 
Muitos outros casais se beijavam naquele lugar, eles até mesmo haviam feito piadas sobre isso antes, mas nenhum com a mesma intensidade dos dois. Eles tinham certeza de que com apenas um beijo seria possível incendiar aquele lugar em apenas um segundo.
O beijo se quebrou pela falta de ar, Harry abriu os olhos esperando uma represália, um tapa, qualquer reação negativa. Mas foi recebido com um olhar tão intenso que foi impossível não colar sua boca na dela mais uma vez. 
Essa era a sua melhor noite em muito tempo. Se fosse possível sair voando por aí, Harry definitivamente conseguiria. 
Eles voltaram para o apartamento enorme durante a madrugada, ele a acompanhou até a porta de seu quarto, onde se despediu com mais um beijo de amolecer os joelhos e sussurrar um "boa noite" contra os lábios doces. 
Harry acordou exultante. Geralmente, após uma festa ele acordava com uma ressaca horrível, se sentindo um ser humano apenas depois de um café reforçado e um par de aspirinas. Muito diferente daquele instante. Ele decidiu malhar antes de ir para a cozinha. Depois de um banho revigorante, ele vestiu o conjunto moletom verde claro, espirrou um pouquinho de perfume e foi ao encontro daquela que não saia dos seus pensamentos. 
S/N estava em meio a cozinha, colocando água no filtro do café. Harry entrou exitante, mas assim que ela abriu um sorriso ele se aproximou mais, tomando-a em seus braços e grudando seus lábios nos dela.
Eles não mencionaram a noite anterior nas semanas que se seguiram, mas a relação estava muito diferente. Agora, sempre que estavam sozinhos Harry fazia questão de roubar beijos longos, abraçá-la tão forte que podia sentir seu cheiro impregnado na roupa quando ia se deitar à noite. Os domingos passaram a ser ainda melhores, eles se deitavam abraçados no sofá da sala, assistiam filmes, riam e namoravam. Nada podia ser mais perfeito.
— Harry! — A figura pequena da garota entrou no quarto como um mini-furacão, parando instantaneamente ao ver o moreno sem camisa no meio do lugar, vestindo apenas uma calça de moletom preta. — Meu deus, desculpa! — Falou rápido e se virando.
— Está tudo bem. — Ele disse sem se importar, se aproximando e a abraçando por traz, inalando seu cheiro enquanto a apertava em seus braços. — O que aconteceu? 
— Eu fui aceita! — Ela se virou, e só então Harry notou o papel em suas mãos. Já fazia algum tempo que S/N tinha feito uma prova para tentar a faculdade dos sonhos. Ele a tomou em seus braços novamente, rodopiando pelo quarto em comemoração. 
— Eu sabia que você ia conseguir, meu amor. — Ele sussurrou em seu ouvido, fazendo o corpo da garota tensionar no mesmo segundo. 
— Meu amor? — Ela perguntou em um fiozinho de voz, ainda erguida, se afastou o suficiente para olhar para ele. Harry assentiu com a cabeça, já havia aceitado que estava profundamente apaixonado por aquela garota, apenas não havia dito isso a ela ainda. — Eu gostei. — Ela disse antes de colar os lábios nos dele em um beijo casto. — Obrigado por todo o apoio, amor. — A palavrinha em português fez o coração de Harry bater tão forte que ele podia sentir no corpo inteiro. Em um beijo de verdade, eles comemoraram as duas coisas. O sonho da garota, e o amor confesso entre os dois.
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dana-places · 1 month
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Escrevendo de novo
Depois que alguém da minha vida, alguem muito importante pra mim, se foi me sinto sem entender como vai ser daqui pra frente.
Eu me sinto sem chão para pisar. Era alguém muito fundamental pra mim.
Acho que pintar a parede da sala pode fazer eu me sentir levemente melhor, ainda mais se for de um tom de verde bem agradável.
Verde éimha cor preferida. Nunca mais fiz pão artesanal, também não pintei aquelas e nem bordei nada em tecidos.
Tenho planos ousados para o futuro próximo. Acho que mergulhar em uma rotina que me distraia da falta que essa pessoa me faz pode ser útil, agradável eu duvido muito que seja.
Ontem outro gatinho preto veio aqui em casa, achei que era pra ficar e já nomearam ele Trovão, mas ele voltou para sua casa, só estava dando uma volta. Eu já tenho seis gatos, mas sempre há espaço para mais um. Hoje fico sem medicação, na verdade amanhã, não vou preocupar ninguém com essa notícia.
Tomo antidepressivo e estabilizador de humor.
Eu estou me sentindo sem ânimo e só vou comprar meus remédios na segunda feira porque preciso ir ao médico pegar uma nova receita.
Temhouutas flores no quintal e gostaria muito de ler um livro ficcional muito empolgante, mas não encontrei nada parecido.
Em todo caso melhor estudar o que eu tenho que estudar para chegar onde eu desejo estar daqui a pouco.
Essa semana começa a disciplina de latim pela milésima vez. Não me empolgo, mas deveria.
Tomei um grande café agora a pouco e estou evitando ritalina.
Quero dar conta só com café.
Adoro quando meus pés estalacios e limpos. É melhor sensação já sentida depois do orgasmo múltiplo.
Falando em orgasmo ontem tive dois e outro hoje de manhã. Foram solitários. Vou estudar. Até depois.
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amaralim · 8 months
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𝐚𝐦𝐚𝐫𝐚 𝐥𝐢𝐦 . 𝑡𝑎𝑠𝑘
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"tá de sacanagem, né?! precisa ser agora?" fez uma careta imediata quando a resposta foi afirmativa, bufando dramaticamente enquanto se ajeitava na cadeira. "tudo bem, tudo bem, mas que seja um papo rápido porque, como pode ver, estou muitíssimo ocupada no momento."
CAMADA 1: BÁSICO E PESSOAL
Nome: Amara Lim
Nome coreano: 임애리 ( Lim Ae-ri )
Idade: 28 anos
Gênero: mulher cis
Pronomes: ela/dela
Altura: 1,68 cm
Parente divino e número do chalé: Éris / Chalé 30
CAMADA 2: CONHECENDO OS SEMIDEUSES
Idade que chegou ao Acampamento: 15 anos
Quem te trouxe até aqui? Vim sozinha. Meu pai já havia me informado onde era.
Seu parente divino te reclamou de imediato ou você ficou um pouco no chalé de Hermes sem saber a quem pertencia? Já sabia quem ela era desde que nasci, mas fui reclamada somente um mês depois de chegar no Acampamento e precisei ficar no chalé de Hermes porque ficaram receosos que eu estivesse errada sobre meu parentesco divino. (achavam que ela era de Ares)
Após descobrir sobre o Acampamento, ainda voltou para o mundo dos mortais ou ficou apenas entre os semideuses? Se você ficou no Acampamento, sente falta de sua vida anterior? E se a resposta for que saiu algumas vezes, como você agia entre os mortais? Desde que vim para cá somente saí para missões ou idas rápidas para tratar de algum assunto urgente. Não sinto falta da minha vida anterior, pois eu era imensamente infeliz nela. Mas existe, sim, alguma parte sádica e melancólica de mim que sente algum estranhamento por ter acabado.
Se você pudesse possuir um item mágico do mundo mitológico, qual escolheria e por quê? o que possuo já é muito útil pra mim. é uma areia mágica feita por hipnos.
Existe alguma profecia ou visão do futuro que o assombra ou guia suas escolhas? meu tempo com os daemons sempre está em minha mente. a morte do meu pai e a morte de meu primeiro namorado, achilles, também.
CAMADA 3: PODERES, HABILIDADES E ARMAS
Fale um pouco sobre seus poderes:
Quais suas habilidades e como elas te ajudam no dia a dia: força e agilidade sobre-humana. isso me ajuda com quase tudo, seja com os treinos, missões ou até coisas bobas como carregar alguma coisa ou desviar.
Você lembra qual foi o primeiro momento em que usou seus poderes? sim, tive uma crise de raiva e, como não tinha alvo, ficou tudo em mim e passei quase três dias seguidos sem conseguir conter.
Qual a parte negativa de seu poder: quando não estou bem concentrada a aura acaba se misturando a mim e me atingindo também então ficamos tanto eu quanto o adversário em completo surto.
E qual a parte positiva: ganhar, óbvio.
Você tem uma arma preferida? Se sim, qual? minhas espadas gêmeas
Acredito que tenha uma arma pessoal, como a conseguiu? meu pai ganhou do pai dele, Ares, quando venceu uma grande batalha. eu peguei pra mim quando fui vingar meu pai e, após isso, Ares a abençoou para que eu usasse em nome dele.
Qual arma você não consegue dominar de jeito algum e qual sua maior dificuldade no manuseio desta? detesto arco e flecha. acho que sou bruta demais e nunca consigo direito. sou ótima em arremessos, mas de flechas não, definitivamente.
CAMADA 4: MISSÕES
Qual foi a primeira que saiu? eu não exatamente conto como a primeira algo aqui do acampamento já que meu pai me treinou para participar de diversas missões bem antes que eu chegasse aqui.
Qual a missão mais difícil? até hoje nada superou a dificuldade que foi buscar vingança pela morte do meu pai. mas as missões durante as guerras contra cronos e gaia foram muito difíceis também.
Em alguma você sentiu que não conseguiria escapar, mas por sorte o fez? em quase todas. acredito que sempre esperam que a gente acabe morto.
Já teve que enfrentar a ira de algum deus? Se sim, teve consequências? nada muito absurdo até agora, na verdade. o que me surpreende já que os xingo o tempo inteiro.
CAMADA 5: BENÇÃO OU MALDIÇÃO
*a maldição da amara é FALSA! NÃO EXISTE! mas ela acredita que sim porque mentiram pra ela e ela estava frágil demais para desacreditar ou pensar direito
Você tem uma maldição ou benção? tenho uma maldição. Todas as pessoas que me amem ou que nutram sentimentos amorosos, platônicos ou muito afetuosos a meu respeito começam a sofrer acidentes graves e que, eventualmente, levarão à morte deles.
No caso de maldições, se não foi um deus que te deu uma maldição, que situação ocorreu para você receber isso? fui amaldiçoada pelos espíritos daemons, principalmente os que acompanham meu avô, Ares, em batalha. Eles se juntaram a mim na minha caçada para vingar a morte do meu pai.
Existe alguma forma de você se livrar de sua maldição? Não que eu saiba, mas posso evitá-la ou atrasá-la.
CAMADA 6: DEUSES
Qual divindade você acha mais legal, mais interessante? Nenhuma. Por mim, explodiriam.
Qual você desgosta mais? Detesto todos, mas minha mãe tem um lugar de desprezo especial no meu coração.
Se pudesse ser filhe de outro deus, qual seria? Nesse caso, preferiria não existir.
Já teve contato com algum deus? Se sim, qual? Como foi? Se não, quem você desejaria conhecer? Sim, meu avô, Ares. Ele me presenteou com uma arma quando vinguei meu pai. Disse que estava orgulhoso. Não que a opinião dele fizesse alguma diferença em comparação a todo silêncio durante os anos.
Faz oferendas para algum deus? Tirando seu parente divino. Se sim, para qual? E por qual motivo? Não faço oferendas a eles a não ser que seja estritamente necessário. E definitivamente não faço qualquer prece a Éris.
CAMADA 7: MONSTROS
Qual monstro você acha mais difícil matar e por qual motivo? A Hidra sempre me soou muito irritante de se batalhar. Não sei se isso é porque tenho algum gosto estranho sobre cortar cabeças, mas... é.
Qual o pior monstro que teve que enfrentar em sua vida? Já foi picado por uma Quimera? É horrendo e traumatizante!
Dos monstros que você ainda não enfrentou, qual você acha que seria o mais difícil e que teria mais receio de lidar? Novamente, a Hidra.
CAMADA 8: ESCOLHAS
Caçar monstros em trio ( ) OU Caçar monstros sozinho (X)
Capture a bandeira (X) OU Corrida com Pégasos ( )
Ser respeitado pelos deuses ( ) OU Viver em paz, mas no anonimato (X)
Hidra ( ) OU Dracaenae (X)
CAMADA 9: LIDERANÇA E SACRIFÍCIOS
Estaria disposto a liderar uma missão suicida com duas outras pessoas, sabendo que nenhum dos três retornaria com vida mas que essa missão salvaria todos os outros semideuses do acampamento? Sem nem hesitar. S
Que sacrifícios faria pelo bem maior? Certamente faria, mas o bem maior na minha concepção raramente coincide com o dos deuses, então...
Como gostaria de ser lembrado? Não desejo ser lembrada. Prefiro que me esqueçam e me deixem em paz. (ooc: ela se sente assim porque se sente como um fardo por conta da maldição)
CAMADA 10: ACAMPAMENTO
Local favorito do acampamento: Meu chalé, a arena e a floresta.
Local menos favorito: Praia, não sou fã de mar.
Lugar perfeito para encontros dentro do acampamento: Encontros para duelo, certo? Porque encontros românticos eu passo! Definitivamente.
Atividade favorita para se fazer: Treinar, duelar e Caça a Bandeira.
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sobreiromecanico · 19 days
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A descoberta de Björk e a redescoberta da música
Estávamos no Outono de 2019. Em escassos meses chegaria a Covid-19 e viveríamos todos a bizarra experiência colectiva dos confinamentos e do distanciamento social, mas em Outubro ninguém imaginava quão desfasadas da realidade viriam a estar todas as nossas resoluções de ano novo para 2020. A divagar pela Internet dei por mim no The Guardian, e deparei-me com o artigo "Björk - Her 20 Greatest Songs Ranked!", parte de uma série ocasional de artigos nos quais o diário britânico classifica 20 ou 30 canções, livros, filmes - enfim, uma abordagem própria às infames e batidíssimas "listas". Por curiosidade, e talvez também por estar em modo zapping, espreitei o artigo. Afinal, o nome de Björk será sem dúvida familiar a toda a gente que passou pelos anos 90 a ouvir música, como eu passei - mesmo que as suas canções não tenham integrado alguma das centenas (não exagero) de mixtapes que a minha irmã gravou, e que devem estar perdidas algures num caixote no sótão lá do Alentejo; a haver alguma música da islandesa nas cassetes, será a inevitável "It's Oh So Quiet", aquele caso raro de cover que transcende a canção original para se tornar na versão mais conhecida. Acontece que a lista do The Guardian não incluiu "It's Oh So Quiet", e ao ler as escolhas do jornal surpreendeu-me um pouco ser incapaz de identificar qualquer uma daquelas canções pelo título.
Haverá talvez um universo paralelo no qual eu terei seguido para o próximo link e nunca tenha descoberto a música de Björk (talvez esse universo não tenha conhecido a pandemia, quem sabe?). Não seria difícil: bastar-me-ia prosseguir o zapping e não regressar àquele momento para a islandesa regressar ao recanto da minha memória onde residem inúmeras referências difusas da década de 90, e para a minha experiência a ouvir música ser muito diferente daquela que tenho hoje. Mas naquela ocasião a curiosidade, aguçada também pelos comentários ao artigo, falou mais alto (as listas, com a sua subjectividade inevitável, são excelentes para promover engajamento junto dos leitores). Fui ao Spotify, fiz uma playlist com todos os discos da cantora até à data - do Debut de 1993 até ao Utopia de 2019 - coloquei o programa em modo aleatório, e cliquei em play.
O que ouvi deixou-me absolutamente maravilhado.
A primeira canção que a playlist lançou foi "Mutual Core", do sétimo disco de Björk, Biophilia (2011) - uma batida electrónica hiper-sensual que usa conceitos geológicos (no caso, tectónica de placas) para explorar a atracção e o amor, uma mistura que só poderia mesmo ocorrer a uma artista natural da Islândia. Por estranho que pareça - lá chegaremos à incongruência -, eu nunca fui especial fã de música electrónica, mas naquele momento aquela sonoridade cativou-me logo aos primeiros acordes. Não me lembro de que canção sucedeu a ""Mutual Core", mas pouco importa: nos dias, nas semanas que se seguiram ouvi praticamente tudo o que havia para ouvir de Björk. Percebi por que motivo o The Guardian nomeou "Hyperballad" como a sua melhor canção: é um tema magnífico e uma composição incrível pela sua simplicidade; será sem dúvida uma das minhas preferidas, mas há outras, tantas outras. Os álbuns em formato mp3 cedo foram parar ao meu telemóvel, e fui continuando a ouvir todos os dias, descobrindo a cada deslocação de e para o trabalho, a cada pausa com música, um pouco mais da vasta discografia da cantora islandesa.
E essas descobertas foram constantes. Por exemplo, recordo-me com exactidão do momento em que percebi quão assombrosa é "Unison", canção de Vespertine (2001): estávamos no início de Março, na altura em que surgiram os primeiros casos da doença no país; eu estava na aldeia, saí de casa depois de jantar para ir beber um copo com um amigo, e ao descer a rua com os auscultadores nos ouvidos a música apanhou-me na curva. Ouvi-a até chegar ao café, e não mais me saiu da memória. Foram os últimos dias que passei na aldeia com os meus pais em muito tempo, demasiado tempo; já desconfiava de que a Covid-19 iria dar para o torto que teria de passar algum tempo longe da terra, mas estava longe de imaginar quão prolongada viria a ser essa ausência. Como não podia deixar de ser, Björk foi parte significativa da minha banda sonora pessoa dos longos meses da pandemia. E pela primeira vez em duas décadas o topo das minhas preferências musicais deixou de ser um top 2 para se tornar num top 3, com a islandesa a juntar-se aos britânicos Radiohead e Portishead, bandas preferidas desde a adolescência e que ouço com frequência há mais tempo do que me lembro. Mas a descoberta de Björk, para além de a ter tornado numa das minhas artistas preferidas, teve um outro efeito transformador na forma como ouço música: com ela descobri o álbum, o disco.
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Aqui chegado, tenho de recuar um pouco mais (sim, a divagação vai longa, mas ando para a escrever desde o primeiro dia deste blogue; e se em 2024 um blogue não serve para divagações, então não sei para que servirá). Aludi mais acima às mixtapes que a minha irmã gravava da rádio - as cassetes de gravação eram compradas numa loja de electrodomésticos que já não existe na aldeia -, e foi com elas que fui descobrindo música nos anos 90, nessas idades formativas que vão dos cinco aos quinze anos. Ou seja, uma mistura constante de músicas e de artistas. Mais a meio da década ela foi comprando alguns CD, e mais tarde eu também; mas o CD, sendo já digital, permitia saltar com facilidade para as faixas preferidas, pelo que o álbum completo só se ouvia nas primeiras vezes. Depois seguiu-se o advento sísmico do Napster e dos seus sucedâneos, das quais se descarregavam músicas isoladas, ao sabor das preferências (as ligações à Internet eram lentas, sacar discos inteiros era demorado). E assim, nos rudimentares leitores portáteis de mp3 que iam aparecendo ou nas playlists do WinAmp no computador reproduzia-se em enormíssima escala a experiência das cassetes sem nenhum dos inconvenientes analógicos. Com isto quero dizer que nunca tive o hábito de ouvir discos completos, de fio a pavio; ouvi alguns, claro, mas não era a norma. Mesmo Radiohead e Portishead, que conhecia bem, e de quem tinha todos os álbuns em mp3, ouvia quase sempre em modo aleatório, e saltava com frequência para as faixas predilectas. Lembro-me, por exemplo, de durante vários anos ter saltado sempre a canção You and Whose Army?, de "Amnesiac" (2001); por algum motivo aqueles acordes iniciais repeliam-me. Até ao dia em que não saltei, em que deixei a música tocar até ao fim, quando dei por mim a pensar como é que eu nunca tinha ouvido isto antes?. Hoje, é a minha canção preferida da banda de Thom Yorke.
Estas descobertas e surpresas constantes mantiveram-me interessado durante anos - durante décadas -, sem sentir necessidade de mudar a forma como interagia com a música. Foi com Björk, e com as suas canções tão radicalmente distintas entre si, quase ao ponto da dissonância, que pela primeira vez tive curiosidade de explorar a música disco a disco, ouvindo as canções na sequência pretendida, sem saltos, procurando compreender a experiência musical mais abrangente que o registo pretende criar junto do ouvinte; e assim desvendado a evolução artística das letras, das composições, das sonoridades, numa discografia de três décadas. Isso, como é bom de ver, em nada mitigou a descoberta de novas canções preferidas de forma quase aleatória; bem pelo contrário, possibilitou a audição atenta de músicas a que talvez não tivesse ligado tanto no passado, agora com todo um contexto - o disco como mais do que um mero conjunto de canções - capaz de as elevar acima da sua qualidade individual. Falei acima do momento exacto em que descobri "Unison", e foi também assim que cheguei à belíssimas "Anchor Song" de Debut (há uma versão ao vivo em islandês que é das coisas mais belas que ouvi Björk cantar), "The Modern Things" de Post (1995), ou "Unravel" e "All Neon Like" do aclamadíssimo Homogenic de 1997. "Pleasure Is All Mine", uma das minhas três canções preferidas da cantora, abriu-me as portas de Medúlla (2004), dos onze discos o meu preferido; "Vertebrae by Vertebrae" é o meu ponto alto de Volta (2007), um disco no qual descubro alguma coisa nova sempre que lá volto. Em Vulnicura (2015) encantei-me com a pesadíssima "Black Lake"; sobre Utopia falarei mais à frente. E poderia concluir este parágrafo com um longo etc.
Esta mudança reflectiu-se tanto na musica que já ouvia como naquela que viria a ouvir depois. Quando, entre 2021 e 2023, descobri e redescobri Fiona Apple e PJ Harvey (respectivamente), já as ouvi disco a disco; agora que penso nisso, tenho uma certeza quase absoluta de que nunca as ouvi em modo aleatório, e já não é expectável que o venha a fazer. E todas as bandas que me acompanhavam até ali - Portishead e Radiohead, claro, mas também Joy Division, The National, Warpaint, Florence + The Machine, Magazine, Arcade Fire, Muse - passaram a ser ouvidas de outra forma. Com outros ouvidos, se quisermos.
Daqui ao interesse pelo vinil é um pequeno passo, como é fácil de imaginar; as características analógicas do formato, incluindo o seu carácter pouco prático, potenciam a experiência musical que procuro hoje em dia. E o disco, enquanto artefacto, é irresistível para quem, como eu, tem apego a formatos físicos e retira prazer de coleccionar algo de que gosta. Mais do que isso, o vinil permitiu-me redescobrir a música como uma actividade completa em si mesma, e não como mera banda sonora de qualquer outra coisa que se esteja a fazer. Com isto não quero dizer que não ponha um disco a tocar enquanto, sei lá, estou a cozinhar. Mas colocar um disco a rodar, sentar-me no sofá e ficar apenas a ouvi-lo, sem me preocupar com mais nada, é um prazer inexcedível.
Não por acaso, a discografia de Björk foi a primeira que completei em vinil, antes mesmo de Portishead (que já está completa - é curta, mas deu-me um trabalhão encontrar Third, entretanto reeditado, claro) ou de Radiohead (de quem ainda me faltam três álbuns). Quando Fossora saiu há dois anos pude comprá-lo e ouvi-lo logo no dia de lançamento; para isso fui a várias lojas de discos em Lisboa, outra experiência gratificante que descobri entretanto, e que a música digital ou o comércio online não proporcionam. E no início de 2023, quando comprei os bilhetes para o concerto no Pavilhão Atlântico, defini como objectivo ter todos os discos até àquela data. Resolução cumprida, e ainda bem: Utopia, álbum central do conceito da tour Cornucopia, com as suas flautas e os seus territórios sonoros oníricos, causou-me sempre alguma estranheza; e foi já no Verão, a ouvi-lo cá em casa, em que o disco fez click nos meus ouvidos e se tornou no meu segundo álbum preferido de Björk (lá está, mais uma vez, a descoberta constante).
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Chegamos por fim ao concerto, que na verdade é o objectivo original desta longa divagação - um dos motivos que me levou a regressar à blogosfera foi querer escrever este texto em particular e publicá-lo algures, e o plano era tê-lo escrito logo nos primeiros dias. Mas mete-se sempre alguma coisa, falta inspiração, falta vontade, dão-se muitas falsas partidas. Enfim, cá estamos; não está perfeito mas está feito, e isso é que importa. Sobre o concerto: é um privilégio absoluto podermos assistir a uma actuação ao vivo quando nos encontramos absolutamente embrenhados naquela música, estarmos na plateia no exacto momento em que aquelas canções mais nos tocam. Björk regressou a Portugal ao fim de quinze anos - a última vez que cá tinha estado foi, imagine-se!, num concerto em 2008 no Festival Sudoeste, a 30 quilómetros da minha aldeia -, e deu no Pavilhão Atlântico um concerto magnífico. A noite foi inaugurada pelo Coro Hamrahlíð, que a acompanha em digressão, que cantou versões lindíssimas de "Sonnets/Unrealities XI" e de "Cosmogony", aquecendo o público para Björk e para o tremendo espectáculo visual e musical que trouxe a Lisboa. O alinhamento, a base conceptual da Cornucopia Tour, está em Utopia, e nem o lançamento de um novo disco entretanto alterou o projecto: algumas músicas de Fossora, como "Ovule", "Victimhood" e uma fusão de "Fossora" com "Atopos" foram misturadas nas flautas envolventes e na natureza idílica de Utopia, álbum tocado quase na íntegra. Claro que houve espaço para alguns clássicos - Bjork trouxe a Lisboa "Isobel", "Hidden Place", e para os fãs de Medúlla como eu, duas pérolas: uma lindíssima versão acapella de "Show Me Forgiveness", e a enorme e enérgica "Mouth's Cradle". Tudo isto, uma vez mais, imaculadamente tecido no ambiente sonoro de Utopia, com um conjunto de flautistas incríveis em palco a elevar cada canção, e a fazer magia em momentos inesperados - a transição de "Pagan Poetry" (outro clássico) para "Losss" foi das coisas mais belas que vi e ouvi em concertos, feita com uma harmonia tal que quem desconhecesse as canções não imaginaria que estão separadas por dezassete anos e quatro discos.
E a magia manteve-se até ao final magnífico ao som de "Future Forever", último tema de Utopia, terminando a noite numa nota onírica e esperançosa. Não era canção que eu imaginasse para um fim de concerto - "Notget", que a anteceu, teria mais pujança -, mas estando lá rendi-me às evidências: nenhuma outra seria mais adequada. Não sei se o concerto de Björk foi o melhor a que já assisti - ocorrem-me outros dois ou três memoráveis. Mas foi sem dúvida o mais incrível espectáculo musical a que já assisti, uma conjugação perfeita de música, cenografia, e artes performativas, tudo tão bem feito que nem se deu pela acústica duvidosa do Pavilhão Atlântico (nesse aspecto foi de longe o melhor concerto que lá vi). Seria tão fácil para Björk fazer uma digressão só à passar pelos seus greatest hits, e a deixar os seus fãs maravilhados a ouvir e a cantar as suas músicas mais conhecidas, de "Human Behaviour" a "Jóga", "Earth Intruders" até, sei lá, "Lionsong". Eu sei que lá iria de bom grado, mas também sei que não seria bem a Björk que tanto gosto de ouvir se se limitasse a isso. O que ela fez na Cornucopia Tour foi exactamente o mesmo que fez em cada disco que compôs e lançou, e sobretudo na segunda metade da sua carreira: construiu um conceito, um tema, um registo sonoro, sem cedências ou compromissos, e convidou-nos a acompanhá-la. Quem foi com ela não terá decerto dado a viagem por perdida.
Eu sei que não dei.
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(As fotos do concerto são de Santiago Felipe, na produção do concerto. A dos discos, como se nota sendo tão tosca, é mesmo minha)
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podtudo · 2 years
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• podtudo de hoje com @petitgetou !
bom dia, boa tarde ou boa noite tudinhos do perfil! no podtudo de hoje, trouxemos a ilustre presença da ella, @petitgetou ! sentem-se que lá vem tudo e mais um pouco!
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1. Nos conte um pouco sobre você, tudinho da vez! Faça uma pequena biografia sua para nós.
R: Meu nome é Rafaella, mas por algumas razões pessoais eu prefiro que me chamem de Ella. Tenho 15 anos e em 17 de novembro faço 16. Sou nordestina e moro no RN, meu sonho é passar no concurso e ser estudante da IFRN (o resultado sai esse mês🙏), sou apaixonada por Harry Potter, principalmente os marotos, e por isso tenho orgulho de dizer que sou corvina! Meu temperamento é sanguínea-melancólica, e eu não entendo muito sobre mbti, mas pelo que estudei sou INTP.
Recentemente descobri uma paixão por futebol, nunca tinha me interessado por algumas razões aí, mas um pouco antes da copa fiquei fissurada e hoje acompanho a premier league torcendo para o arsenal. Minhas flores preferidas são lírios e jacintos. Amo filmes de ação e comédia romântica e sou apaixonada por livros de fantasia e distopia, mas também de livros que mostram a realidade e me ajudam a ver a vida por outros olhos.
Livros são minha verdadeira paixão, ler me leva para um universo diferente, onde os problemas que me cercam não me afetam e eu posso ser livre, viver como eu quiser sem o julgamento das pessoas. Gosto muito de assistir analisando as decisões e personalidade dos personagens, principalmente os anti-heróis, vendo o quanto o trauma deles afetou seu julgamento, e atualmente estou me aprofundando nesse assunto estudando um pouco de psicanálise.
2. O que ou quem te incentivou a postar esses posts maravilhosos do seu blog? Adoro!
R: Eu entrei no amino em 2018, quando conheci o kpop, e lá fiz vários amigos, e alguns deles tinham dificuldades em montar perfil, por psd e esse tipo de coisa, então eu criei o meu primeiro blog aqui (se não me engano o primeiro nome foi softiconsgirlss, e depois rainbowsstuffs). Com o tempo eu fui descobrindo outros tipos de edições e posts, e em setembro de 2021 eu abri o petitgetou. Antes o intuito era postar somente icons, mas com uns dias percebi que queria tentar fazer moodboards, e estou aqui até hoje!
3. O fav também tem favs fora do tumblr? Se sim, nos conte tudo sobre eles!
R: Eu já admirei muitas pessoas aqui, algumas delas foram embora, e outras delas me decepcionaram bastante, então eu considero muito poucos como favoritos.
@minipizza @v6mpcat @dearspnik @nyugore @oikawazitos @fairymiese acompanho essas desde 2022 e com muito orgulho! Também admiro meus amigos @sun-kiwis @cattzitos @choerrybombz @lilixbby e essas pessoas também @poetiqe @dahypoems @s-heon @j4pan @tookio e @furtaccor.
4. E sobre músicas, curte? Adoraria saber sobre as suas preferidas.
R: Minha artista favorita desde 2021 é a Taylor Swift, escuto ela religiosamente todos os dias🙏
As minhas músicas mais ouvidas no momento são The great war - Taylor Swift; Mine - Taylor Swift; Te amo com voz rouca - Jorge & Matheus; You're so vain - Carly Simon; Leão - Marília Mendonça. E de menção honrrosa Sure thing - Miguel, não queria dar muito destaque para traidor mas a música dele é realmente boa (saibam separar o trabalho do artista, por favor).
5. Tem inspirações aqui ou fora do aplicativo? Nos conte sobre também!
R: Minha inspiração tem sido o que eu leio e as músicas que eu escuto! Acho que fiz uns 3 moodboards inspirados na minha trilogia favorita (jogos de herança) e atualmente estou tentando fazer alguns inspirados em personagens de anime!
6. E vamos de um top 5, seus maiores favs da edição icônica do tumblr!
R: Ter que marcar só 5 dói na alma mas @oikawazitos @dearspnik @sun-kiwis @minipizza @dahypoems
7. Poderia explicar mais sobre seu estilo de post? É tudo muito lindo e a curiosa que me habita quer saber tudo sobre essas maravilhas.
R: Eu geralmente faço o que dá na telha
Geralmente quandi eu começo a montar algo eu já tenho uma visão fixa do que eu vou fazer, nem sempre combina com o estilo do último moodboard que fiz, mas eu acho tão lindo que não consigo não fazer. Só sei que gosto de fazer coisas mais escuras.
8. E na sua vida pessoal, tem hobbies? Uma lenda como você com certeza deve curtir fazer algo.
R: Acho que já falei de tudo na introduçãoKKKKKKK
Gosto de ler, idependente do que for (livro, webtoon, mangá, HQ), escutar música, cozinhar, pesquisar sobre assuntos estranhos e bem específicosKKKKK
Cuidar de mim tem sido minha prioridade desde 2022 e eu posso facilmente passar 3h trancada no banheiro fazendo skin care, cuidando do meu cabelo e me maquiando.
Estudar e limpar se rornaram meus alidos em horas de estresse no último ano, meus melhores amigos 🫶
9. Indique alguns blogs fenômenais para os telespectadores!
R: Todos que eu mencionei anteriormente são sensacionais! Se quiserem, podem me pedir na ask para abrir meu seguindo, sigo poucos mas muito talentosos.
10. Tem alguma pauta para os seus haters sem senso? Nos diga algo sobre esses sem noção aqui!
R: Não se pode agradar a todos né? Sempre vão ter pessoas que nao não gostam de você, não importa o quanto você tentar. Nos dias de hoje, as pessoas tem levado o não gostar muito a sério e usado as redes sociais para atacar os outros de forma infantil, exagerada e doentil. Não me levem a mal, pessoas erram sim, tenho mais de 10 pessoas bloqueadas que sei que fizeram coisas ruins, mas não acusem outros sem provas, especialmente se tudo for apenas especulação. E parem de projetar suas inseguranças em forma de ódio e mandar para outras pessoas, isso só faz de você um babaca, não uma pessoa bossal top das galáxias. Vão para a terapia por favor.
11. E por último, alguma situação constrangedora que já passou, todo mito de verdade já passou por uma dessas, não é? Vai ser incrível escutar alguma história de sua vida.
R: Eu sou a rainha de passar vergonha
Eu vivo dizendo boa tarde de manhã, já disse senha de cartão em voz alta, já falei umas coisas extremamente constrangedoras pro garoto que eu gostava e ele ficou me olhando tipo "eu aviso ou não?"
O pior de tudo é que depois de anos eu ainda olho pra essas coisas e fico com mais vergonha ainda.
Agradeço sua presença ilustre aqui no podtudo!!! Volte sempre lenda, a Nayara a qualquer momento estará de braços abertos a você!
dep: muito obrigada pela oportunidade, tava muito animada com o projeto e participar me fez muito feliz!
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happybirthdaysirah · 2 years
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Happy Birthday, Sirah!
Eu tô há algumas horas pensando em como começo esse texto, são tantas palavras, para tentar expressar um pouco do que tu significa para mim, e de como estou feliz por passar o primeiro (oficialmente sendo sua amiga) aniversário ao teu lado. Hoje mais uma fase se completa, e com a retrospectiva de 2022, posso afirmar, que a cada dia eu te vi ser cada vez mais forte, enfrentando tudo que surgia, reclamando, claro, mas nunca desistindo. Quando tu me disse que era minha amiga, que eu podia contar contigo, que tu iria me ouvir independente da hora, que eu podia te ligar pra conversar, enfim, nunca passou pela minha cabeça, que ali estava nascendo uma grande amizade, ou melhor, uma relação mãe-filha. Os dias foram passando, e como a gente foi grudando e nos encontrando cada vez mais. Mas independente de qualquer coisa, tu me protege e eu te protejo, mesmo que eu seja péssima nisso, e acho que por saber que eu vou sempre ter o teu colo, e você o meu. Não me canso de dizer, que o teu bom dia, faz parte da minha rotina, tu é alguém que eu me recuso viver sem, tu é a minha nenê. Eu te admiro muito, admiro a forma que tu enfrenta as coisas, que tu passa por cima delas, de como é persistente, eu sou um exemplo, até hoje não desistiu de mim. Sinto um orgulho imenso, e uma honra maior ainda, por acompanhar a cada dia, a mulher admirável, maravilhosa e incrível que tu é. O mundo pode desabar, as coisas podem mudar de lugar, pode o tempo passar, o quanto ele quiser, mesmo que tudo seja incerto, eu tenho certeza que a nossa amizade vai ser para sempre, eu vou continuar sempre ao teu lado, segurando a tua mão, vou te oferecer o meu ombro, caso ele seja necessário, os meus conselhos péssimos, te ofereceria o mundo se eu pudesse, mas tudo o que eu puder fazer para te ver feliz, eu vou tentar fazer, mesmo que eu fracasse milhares de vezes, eu não vou desistir, independente do que aconteça, tu sempre terá a mim. Eu te amo, amo muito, tenho um jeito estranho de demonstrar, mas tu é essencial na minha vida. Hoje é o teu dia, e espero que ele seja especial. Tu é o meu amor. Tu se tornou uma das minhas pessoas preferidas no mundo, te quero pra sempre comigo! Feliz aniversário, que essa nova fase que se inicia, seja repleta de coisas boas, de felicidade, de muito eu, de realizações e que tu continue enfrentando tudo, sem desanimar, caso desanime, eu tô aqui, pra tentar te ajudar.
From: Sophie Agronsky 🎈
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kamilaeilert · 1 year
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Eu venho escrevendo algumas coisas, desde o dia em que te beijei, naquela terça feira, depois de comer suas uvas. Você tinha cheiro de dentista misturado com o cheiro bom que só você tem. Eu não soube decifrar a cor exata dos seus olhos e me lembro de olhar cada detalhe, de cada uma das suas tatuagens, enquanto você coçava e dizia ter alergia da cerveja, eu escolhi a minha preferida e ela continua sendo a mesma até hoje.
Você nunca soube, pq na época eu era orgulhosa demais pra assumir, mas eu descobri no passar das sessões de terapia, que você fez muito por mim, que você ocupou muito rapido um lugar no meu coração e que eu só tinha medo de deixar você saber. Na época eu não sabia como lidar com aquele seu olhar de quem enxergava até o fundo da minha alma, ainda assim, você parecia gostar de todos os meus inúmeros defeitos. Me apavorava saber o quanto de coisa ruim existia dentro de mim, e ainda assim você queria ficar. Você não imagina o quanto causou em mim. Não imagina o quanto eu falei (e chorei) por você. Me parecia injusto demais te ter só pra mim. Muita coisa mudou desde o dia em que tomei banho com você naquele quarto de hotel, muita coisa mudou desde o dia em que você me disse, enquanto tirava minha blusa, que me amava. Muitos medos foram embora depois do jeito com que você segurou firme minha mão e me apresentou entre seus amigos. Muita coisa se firmou após nossa primeira viagem, os momentos em silêncio que lá eram muito mais silenciosos e que ainda assim me causaram conforto (logo eu a tagarela). Muita coisa você me faz sentir, toda vez que vai embora e reaparece. Eu não sou o amor da sua vida, mas é incrível demais estar no lugar em que você faz questão de me colocar, até nos dias ruins, até nas crises, até com a distância.
Você não vê, os inúmeros sorrisos que dou toda vez que te vejo perto da sua avó ou quando você me faz carinho com os pés.
Você é uma daquelas pessoas que me tira do sério mas logo em seguida enche meu coração de paz. Eu nunca pensei que seria tão confortável viver numa relação, nunca pensei o quão incrível seria ser parte dos planos de alguém.
É bom te ter aqui. É bom dormir sentindo seu cheiro. É bom estar em paz. É bom mais do que gostar de você, sempre foi.
-kamila, 09/05/22.
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01298283 · 1 year
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O amor é um remédio para a alma
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Ontem foi Dia dos Namorados e eu passei ao lado do meu love,comemos pizza e ele me presenteou com minha linha de cosméticos preferida! Eu realmente estou muito feliz em tê-lo ao meu lado e estar vivendo algo que sempre sonhei pela primeira vez,embora ele mal tenha tempo para ele mesmo porquê ele trabalha e estuda ele sempre se faz presente na minha vida e da um jeito em tudo. Estava comentando com minha irmã mais velha há alguns dias atrás o quanto esse relacionamento está me fazendo bem em todos os sentidos e que é a primeira vez que vivo ao lado de alguém que realmente me ama e me trata muito bem independente das estações, principalmente porquê tenho problemas de saúde mental eu desenvolvi Borderline por causa dos abusos que sofri no passado e terei que fazer tratamento por toda a vida,mas hoje em dia estou bem melhor e ele sempre esteve ao meu lado nos momentos ruins me compreendendo,dando apoio e amor... Principalmente nas minhas crises,eu nunca pensei que fosse encontrar alguém que fosse me compreender assim e estar ao meu lado nos momentos ruins,ele sempre procura me ajudar de todas às formas possíveis e isso me deixa tão feliz,ele não me agride quando estou em crise ele me oferece muito carinho e compreensão e isso ajudou-me em muitos aspectos,é uma relação onde me sinto segura,amada e acolhida. Por isso, às vezes me assusto e me pergunto se estou vivendo um sonho, porquê eu realmente não acreditava que iria viver algo assim, principalmente por causa dos meus transtornos dos quais eu sofro muito preconceito, porquê às pessoas não conhecem minha história,o contexto menos ainda tem conhecimento suficiente sobre essa doença mas mesmo assim crêem que tem o direito de me julgar ou condenar por isso,como se eu tivesse culpa de ter sido abusada e tivesse pedido para ficar doente,mas a vida me mostrou que existem pessoas diferentes e melhores,embora seja difícil de encontrá-las,foi meu primeiro Dia dos Namorados junto a ele e o melhor que já vivi.
Não existe nenhuma relação perfeita é claro,mas vivemos algo equilibrado e saudável,somos muitos transparentes um com o outro e estamos construindo um futuro juntos e saber quem tenho alguém ao meu lado onde eu posso ser eu mesma e não preciso ter medo de expor o que eu estou sentindo é reconfortante,temos um lema entre nós que além de um casal somos melhores amigos também e isso é muito importante em uma relação,ele me acorda com beijos e abraços,acorda dizendo que me ama e sempre me elogia então isso já transforma meu dia.
Meus relacionamentos passados foram conturbados,nenhum me valorizava, nenhum me dava apoio menos ainda elogiava,pelo contrário me rebaixavam o tempo todo e muitos estavam comigo por interesses físicos,alguns sofri agressões e traições várias vezes e permaneci um bom tempo sozinha, principalmente me curando por dentro e fazendo terapia para então entrar em outro relacionamento,eu nunca procurei por relacionamentos e o meu atual aconteceu de forma natural e espontânea. Então sim,demorei muito tempo para viver o que sempre sonhei,mas penso que antes esperar um bom tempo ao que envolver-se com qualquer um por carência e no final estar vivendo um pesadelo e aparências.
Foi fazendo tanto tempo de terapia que pude observar o quanto minhas relações passadas me faziam mal,acúmulos de traumas e o quanto eu me submetia a coisas das quais apenas me adoeciam e me levavam ao fundo do poço por pessoas que não valem o mínimo do meu esforço ou bondade,não me refiro apenas a questões de relacionamentos amorosos mas amizades também,costumes,crenças,etc.
Então eu pude acordar para muitas coisas, principalmente em o quanto é anormal e absurdo você continuar ao lado de uma pessoa que maltrata você,agride,mente e trai porquê a sociedade romantiza essas questões principalmente religiões como o cristianismo, romantizam e normalizam abusos e ensinam que é sinônimo de vitória você lutar por alguém assim, quando na verdade é apenas abuso e não é uma vitória você permanecer ao lado de alguém assim,pelo contrário, é sinônimo de morte e fracasso e principalmente falta de sabedoria e amor próprio, é como dizer a si mesmo que você não merece coisa melhor, é defender questões indefensáveis em nome do moralismo,"bons costumes" e religião. Se você aceita migalhas,migalhas é o que você sempre terá.
Conheci muitas mulheres que sabem que são traídas e também agredidas porém chamam isso de propósito,chamam isso de relacionamento e lutam por coisas assim isso pode ser qualquer coisa mas amor nunca será,menos ainda uma vitória a ser aplaudida,é digno de pena apenas e sinônimo de infelicidade e ilusão.
Então,toda essa experiência que estou vivendo é nova para mim e me faz muito bem,ele não é meu companheiro apenas nos momentos bons e sim nas tempestades da vida também,ele ajudou a curar muitas questões dentro de mim e me traz paz e segurança. Juntos vamos construir uma vida e ajudando um ao outro nos momentos e fases que teremos que atravessar,sou grata por tê-lo encontrado e mais grata ainda por saber o quanto ele me ama e me apoia,assim como eu também amo-te com todo meu coração.
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brenomachado · 1 year
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A vida é uma série.
" #Meusdezenove ” é um projeto documentário pessoal com o objetivo de me entender e me descobrir cada vez mais. Se inscreva e tenha em mãos os meus aprendizados documentados e escritos direto na sua caixa de email principal. (Link na Bio).
Parecia simples viver a vida de acordo com o passar das horas, dias, semanas, meses e anos. Mas tudo se tornava um breve recomeço após o outro.
Pessoas se partiam a cada novo ciclo, amores foram beijados pela última vez, a dor da morte precisou ser sentida de quem partiu, e apesar dos pesares aqui estou eu: o protagonista que ainda luta por uma vida digamos modesta mas intensa dentro de minha exclusiva e original "série de televisão".
A série em que os episódios são baseados em minhas decisões e experiências.
Em que a cada nova decisão tomada é encontrada uma nova experiência. Um novo roteiro com novos personagens, melodias, sensações e memórias.
A série com tem tempo de duração de quase cem anos (ou talvez até mais), sem spoilers, apenas episódio por episódio.
Lembro-me claramente de meus episódios vividos favoritos como a primeira vez que beijei e senti aquela sensação de todos os filmes romancistas clichê, ou também quando minha mãe presenciou a minha formatura e me despedi de meus grandes amigos.
Episódios como quando sentia a picada de uma abelha arder a cada segundo pela primeira vez ( a dor de sentir) e minha avó estava lá para curar aquela dor desconhecida que só ela sabia qual o remédio;
Aquele episódio em que precisei me despedir pela primeira vez de minha mãe para ir em direção ao primeiro dia de escola (onde a dor da despedida precisou ser sentida pela primeira vez);
Episódios com participações especiais de pessoas que amava profundamente tê-las em minha companhia eram mais do que meus favoritos.
Não importa o quanto eu deseje saber como o fim de um episódio ou temporada vai acabar, esse resultado só dependerá do como o meu eu como protagonista agirá.
Todas as vezes que me rebaixei me tornando apenas um mero figurante em minha própria vida era como se não mais parecesse certo continuar a trilhar o próprio roteiro em busca de um fim feliz.
É como se outras pessoas parecessem mais importantes do que eu mesmo (o próprio protagonista da série).
Mas ao longo dos episódios eu me conhecia cada vez mais e lutava ainda mais a favor da minha própria percepção de importância.
O quão importante eu me tornei ao ponto de necessitarem de minha existência para continuar o roteiro.
O roteiro precisa continuar, disseram eles.
E a partir deste momento de renascimento eu escrevia e vivia meus próprios roteiros, aqueles mais profundos e mais intensos.
Estou em uma temporada na qual eu preciso entregar a versão mais madura de mim mesmo.
— Temporada 19
Episódio 157
Hoje, dia 1 de julho. Se inicia mais um mês próspero e repleto de novas aventuras nas quais eu não temerei o fim.
Porque digo isso de temer um fim?
Nunca gostei de fins, principalmente fins que envolvem despedidas trágicas nas quais posso nunca mais ver alguém ou sentir algo.
Mas hoje, eu vejo o fim como o encerramento de uma temporada e o início de outra.
Outra trilha sonora;
Outros personagens;
Outras aventuras;
Outros sentimentos;
Outras dores que precisam ser sentidas;
Outro fim.
A temporada 19 chegou com a notícia de que eu precisaria vivê-la com minha versão mais madura de mim mesmo.
E eu vivi.
Vivi ao internato de quase um mês do exército brasileiro ao.lado de minha versão mais madura;
Vivi ao acampamento de uma semana do exército brasiliero ao lado de minha versão mais madura;
Vivi meus medos, angústias e desafios ao lado de minha versão mais madura;
Amadureci.
Metamorfose
Quando assisto às minhas séries preferidas como Diário de um Vampiro ou Friends vejo como a cada novo episódio os pequenos detalhes de cada personagem os leva a sua melhor versão, de pouco a pouco, de uma pequena ação a uma grande experiência.
E o mesmo acontece comigo, com você e o mundo.
Estamos em uma metamorfose constante a cada novo episódio e cada dor sentida.
A minha série é colorida, cheia de vida e de personagens icônicos, de amores ardentes, de amores tristes, de mortes tristes e de finais felizes e tristes. Mas eu não teria presenciado nada disso se eu não fosse o meu protagonista da minha própria série original e exclusiva.
A cada novo episódio e temporada transcendo em direção a uma nova transformação.
Breno Santos SINOPSE
Empreendedor, escritor e compositor nas horas vagas Breno Santos imita a arte dentro de sua vida buscando uma dose de cafeína a cada nova visita em sua favorita cafeteria quando lhe sobra tempo para presenciar uma delícia dessas.
Vivendo intensamente como militar na temporada 19 já pode se dizer que viveu de tudo e mais um pouco.
24 de junho;
Breno Santos.
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nosso inferno astral acabou há quatro dias
apaguei tudo que tinha parcelas de você ontem. foi como esfregar aquela borracha colorida no erro de caneta em consequência do senso comum. foi como ouvir minha música preferida uma última vez, sabendo que lembraria de você — afinal, ela só se tornou favorita por te ilustrar no meu hipocampo — porque nos próximos meses vou desejar sons novos, gêneros que não ouço frequentemente e uma obsessão num artista que nunca cruzaria o infinito dos seus fones de ouvido. foi como tentar desfazer uma tatuagem com água e sabão, e por todo esse tempo você esteve tatuado em lugares que a tinta deveria ser extremamente tóxica.
ter que apagar você de mim é um lembrete de que você existiu.
digo isso porque confesso que às vezes prefiro cair no conforto do sofá e atribuir toda a culpa para mim. como se você nunca tivesse pregado os olhos na minha estrutura e sentido certeza, amor e febre. como se meu peito operasse a orquestra que o seu sempre teve o sonho de tocar sozinho. como se eu despejasse meu íntimo em mares profundos sem a mínima noção de como nadar até a superfície. e eu sei que, em todos os momentos — os que deram certo e os que foram atingidos por terremotos — você desejava estar ali. nunca fui uma história de amor de uma carne só. existia a lábia, o script, a efervescência: você só não queria se sentir pronto para um universo prestes a colidir.
e tudo bem. tem noites que as estrelas cadentes choram suas promessas sobre os corpos errados.
apagar você é como ignorar os cafés-da-manhã queimados nos momentos que te invadi os pensamentos. seria o mesmo que dizer que a rua da farmácia não existe. que a casa 307 foi demolida e que esse número nunca existiu. também é o mesmo que dizer que você nunca me deu nenhuma estrela e, consequentemente, eu nunca te perpetuei como a primavera.
eu tô criando toda essa coragem só um ano depois. eu sei que você nunca vai sumir daqui. vez ou outra você sempre aparece em um texto meu. nós fazemos aniversário no mesmo dia. nascemos sobre um mesmo céu, morreremos debaixo das mesmas constelações e debaixo da mesma fúria divina. nem sempre precisa ter um final feliz. um dia me esquivarei de cada lacuna deixada aqui.
você me fez odiar as estrelas, mas convivo diariamente com elas. inclusive, hoje é uma noite estrelada, acredita?
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da5vi · 1 year
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Olivia Rodrigo algum tempo depois
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Sour foi, e continua sendo, realmente um álbum muito interessante para alguém ainda em contrato com a Disney. Mesmo não sendo mais um lançamento Hollywood — talvez porque hoje essa não seja mais a prioridade do rato —, o projeto de Olivia Rodrigo é um marco interessante do que penso ser a última era do Disney Channel, uma vez que mesmo os Disney Channel Original Movies estão mais realistas e menos moralistas, como Prom Pact.
No entanto, embora Sour tenha essa energia interessante e seja regado de angústia juvenil suficiente para se tornar um trabalho transcendental, talvez não estivéssemos discutindo seus méritos se não fosse o viral de Drivers License, e é aqui onde minha reflexão começa.
Taylor Swift hoje é uma de minhas artistas preferidas, e suas letras simplesmente me impressionam de um jeito… quando ouvi o Lover pela primeira vez e realmente parei para ouvir Get Better Soon, não tive outra reação a não ser chorar. Ser confrontado com a mortalidade de entes queridos enquanto lavo a louça do café da manhã certamente não estava nos planos. E esse tipo de reação é algo muito inerente de “ouvir taylor swift”.
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No entanto, nunca fui muito fã de toda essa movimentação que a imprensa fazia (e que ela alimentava) sobre suas músicas e os ex namorados. O relançamento de Red, um álbum simplesmente MARAVILHOSO, ser completamente ofuscado por um cachecol que Jake Gylleenhal deu ganho é tipo, irmão… arruma um emprego.
Mas assim como Miley Cyrus lida hoje com o aspecto negativo de sua performance no VMA em 2013, Taylor tem que lidar com esses resquícios de seu posicionamento público questionável no passado. Sobre esses dois atos, porém, uma coisa não dá pra negar: o interesse público vendeu muitos álbuns…
Então por que outras celebridades não fariam o mesmo pacto de Fausto para entrar na história? Foi isso que Olivia pensou ao seguir os passos de sua grande artista preferida, fazendo mudanças pequenas, mas drásticas, em Drivers License antes do lançamento: coloca uma loira e tira todo o sentimento de culpa por ter feito algo errado na letra.
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Foi assim que a artista deu um prato cheio para o “jornalismo” de fofocas, alfinetando a possível existência de não apenas um triângulo amoroso comum, mas um triângulo amoroso… entre celebridades… da Disney. E o que há de mais bombástico? Foi a maior revelação dos bastidores teen da empresa desde as aventuras de Miley Cyrus, Selena Gomez, Demi Lovato e os Jonas Brothers!
O resultado não poderia ser outro: a música viralizou entre os jovens e se tornou um ícone do TikTok, gerando interesse massivo pelo álbum, que também foi um enorme best seller.
Mas talvez o fato mais interessante envolvendo o Sour seja que todas as músicas entraram no topo dos topos das mais ouvidas no Spotify após seu lançamento, mostrando que sim: há interesse por álbuns entre o público jovem (anota aí, Anitta).
Por um bom tempo, membros da cultura pop foram discípulos de Olívia Rodrigo, consumindo os frutos de sua angústia juvenil como água. Olivia prontamente se torna um dos nomes mais promissores da nova leva de artistas pop. Mas enquanto o DETRAN colhia os bons frutos dessa empreitada certeira, as ervas-daninhas começavam a se espalhar: uma galera achou que, assim como nos relacionamentos da Taylor, as músicas abriam as portas para que eles também se inserissem na narrativa, gerando uma onda de ódio extremamente grotesca para Sabrina Carpenter e Joshua Bassett.
Sabrina já havia comentado em diversas entrevistas anteriores sobre viver com ansiedade, e a situação apenas escalou negativamente com as ameaças de morte e comentários horrendos deixados em suas redes sociais.
Joshua, por outro lado, talvez tenha sido a parte mais machucada da história: as palavras o fizeram reviver traumas de infância, culminando num mal súbito de saúde quase fatal. Para amenizar o ódio, mesmo sabendo que sua família é extremamente conservadora, saiu do armário como Queer e falou sobre seu crush em Harry Styles.
Ainda assim não foi o suficiente.
Hoje Josh diz que enfim se encontrou, mas o encontro ter acontecido numa igreja que aparentemente tem responsabilidade por alguns dos abusos que o mesmo sofreu e ainda apoia aquela história de cura gay, obviamente, tem preocupado os fãs mais atentos.
Então por mais que goste muito de Sour, não sei se foi justo o caminho percorrido por Olivia Rodrigo para transformar o disco em hit. Embora Taylor tenha deixado sua própria bagunça no caminho (algo que já estabelecemos lá em cima), ela NUNCA saiu como a errada nas relações… e fica claro não só pela demo de Drivers License, mas por outra não lançada (Victim), que Olivia realmente omitiu sua culpa da narrativa pública para sair como a “prejudicada”. Consequentemente, com todas essas outras pessoas vindo à tona com suas versões me fazerem questionar se vale a pena ou não acompanhar a carreira dela daqui pra frente.
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O trabalho artístico falará sobre isso quando o novo álbum chegar, mas será que colocar a saúde emocional de tantas pessoas na linha vale a pena no final?
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eudaimoniante · 1 year
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Eu tenho um puta gatilho vovó, não lembro a última vez que vi minha vó lúcida, ou quando ela não andava com ajuda de muletas, ou quando fez comida pela última vez, não me recordo de mt coisa, não lembro quando ela me disse pela última vez lúcida que me amava, não lembro da nossa última conversa, da última vez que a vi fumando um cigarro e tomando chá cmg as 01h da manhã, ou da última vez que assistimos sessão da tarde, da última vez que me ensinou uma de suas receitas. Eu já sinto saudades dela como se ela tivesse partido mas ela ainda tá aqui, as vezes eu queria que ela fosse curada de tudo que a atormenta só para poder aproveitar o final de sua vida e poder guardar todas as lembranças que me escaparam da memória.
Vó a senhora foi a mãe que não encontrei na minha, a aminha amiga de vida, seus conselhos me tornaram a mulher que sou hoje, eu smp te admirei pela força da mulher que vc é, infelizmente essa doença tirou de você a sua identidade, sua essência, sua personalidade mas eu guardo vc em mim todos os dias, seu que não sou a neta preferida,mas você é única pra mim não só por ser a única avó que tenho mas por ser a mulher que me criou e me tornou quem sou, tudo que herdei de conhecimento em culinária eu devo a senhora, obrigada por tanto, por todos os sacrifícios, por ter se abdicado da sua vida pra me criar junto a meu irmão, por ter nos amado primeiro, me desculpe por todas as respostas que dei, nossos gênios são fortes e é comum acontecer, eu sinto tanto pela senhora não ter tido a melhor vida, foram tantos sofrimentos que as pequenas alegrias são espaçadas, quero agradecer a Deus por me permitir ter te conhecido e te amado por muitos anos, queria dizer que te amo, que dói no meu coração qnd sinto sinais que a senhora se vai, não será fácil lidar com sua ausência msm que já se faça ausente há um tempo. TE AMO VÓ WALQUÍRIA
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