Tumgik
#homens com uniforme
ricardolima · 1 year
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fragiledollette · 11 days
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blue jeans and ballet shoes - oneshot larry
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louis tomlinson é um pai dedicado e protetor que, desde a morte da mãe de harry, se esforça para ser o melhor pai possível, e a festa de aniversário de sua filha reflete seu amor incondicional. a festa é um sucesso, até que louis percebe os olhares indesejados de antigos colegas de futebol sobre sua filha. dominado pelo ciúmes, ele confronta os homens, deixando claro que harry é a sua prioridade. desse dia em diante, louis se vê determinado em ser o primeiro a ensinar tudo o que harry precisa saber, protegendo seu bem mais precioso de qualquer tipo de perigo que o mundo exterior pudesse colocá-la.
inocência • dirty talk • hcisgirl • perda de virgindade • manipulação leve • desuso de preservativo • incesto consanguíneo entre pai e filha • harry18 | louis40 •
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Era terça-feira, e isso significava que Louis estava sentado na sala de espera da academia de dança, junto com outros pais e mães, esperando sua filha terminar sua aula de balé para poderem voltar para casa.
Louis era um papai super babão, do tipo que vivia com o celular lotado de fotos da sua filha vestida com collant, tutu e sapatilhas de balé nos pés. A parte do uniforme que Louis menos gostava era o momento de fazer o coque nos cabelos encaracolados. Harry não parava quieta, então ele sempre se atrapalhava na hora de passar o gel com brilho e colocar os grampos e a redinha.
Desde a morte da mãe de Harry, quando ela ainda era uma bebê de colo, Tomlinson prometeu para si mesmo que sempre daria seu máximo para cuidar da menina.
Foi pensando nisso que Louis viu sua pequena vindo correndo em sua direção, com sua bolsa nas costas e um sorriso no rosto, fazendo Louis sorrir na mesma proporção que ela.
— Papai! — Ela se jogou nos braços de Louis, dando um abraço apertado. — Nós temos uma professora nova, papai! — Contou animada.
— É mesmo? E qual é o nome dela?
— É Angelina, e ela tem um vestido tão bonito. Eu queria uma roupa igual a dela. Parece a bailarina da história do Quebra-Nozes que nós fomos assistir no teatro nas férias.
— Seu aniversário já está chegando. Que tal eu comprar uma roupa bem linda de bailarina para você igual à da bailarina que nós vimos?
Louis quase riu de como os olhos verdes de sua menina cresceram de tamanho e tampou a boca com as mãos. Ela tinha a quem puxar por ser tão dramática assim.
— Sim, sim, sim! — Ela parou um momento, como se estivesse pensando em alguma coisa muito importante. — Papai, minha festa poderia ser de balé? Por favor. — Ela juntou as duas mãos e fez uma carinha fofa. Louis não tinha como negar nada àquela carinha.
— Ok, tudo bem, Hazzy. Sua festa vai ser a festa de balé mais linda do mundo!
౨ৎ
Como prometido, a festa de aniversário de Harry foi com o tema escolhido por ela, tendo a aniversariante vestida com sua roupa nova de balé, que foi presente de seu papai.
A decoração da festa de Harry era um espetáculo à parte. A mansão de Louis estava completamente transformada em um verdadeiro palácio de balé. As paredes foram adornadas com grandes murais de cenas do Quebra-Nozes, enquanto balões rosa e branco flutuavam pelo teto. No centro da sala, um grande bolo de três andares, decorado com miniaturas de bailarinas e flores de açúcar, chamava a atenção de todos.
Mesas com toalhas de renda estavam cobertas de doces delicados, como macarons e cupcakes decorados com sapatilhas de balé. As crianças da família que haviam sido convidadas também estavam vestidas com roupas de balé, e havia uma pequena pista de dança onde podiam mostrar seus passos.
As mesas dos convidados estavam cobertas com toalhas de renda branca, e cada lugar tinha um pequeno arranjo de flores frescas e um cartão de agradecimento em formato de sapatilha de balé. Havia também uma área especial para as crianças, com atividades relacionadas ao balé, como pinturas e pequenos tutus para vestirem.
Todos os convidados ficaram maravilhados com como Harry estava vestida, seu vestido de balé profissional com tutu deixando todas as primas crianças que foram convidadas de queixo caído. Louis também não estava muito diferente. Olhava admirado para sua garotinha que posava para fotos e dava completa atenção para todos os convidados, com sua simpatia de sempre e sorriso que nunca deixava o seu rosto.
Como Louis era jogador de futebol profissional antes de se aposentar, alguns de seus antigos parceiros de time também foram convidados. Mas, a partir do momento em que ele percebeu os olhares e comentários que os ex-jogadores trocavam entre si quando olhavam para Harry, decretou ter sido uma péssima ideia, uma vez que ele sabia da fama de pegador que alguns deles tinham.
Olhando aquela cena, onde aquele grupo de homens parecia estar comendo Harry com os olhos, Tomlinson sentiu uma chama em seu interior, um sentimento que nunca havia sentido antes. Sua vontade era de ir até eles e dizer que sua filhinha pertencia unicamente a ele. Que ele era o único homem que podia tocá-la, e vice-versa.
Havia possessão. Seus olhos observavam tudo aquilo, tão afiados quanto fogo, como se ele pudesse queimar aqueles jogadores até virarem cinzas.
Louis estava tão absorto em seus pensamentos, já decidido a expulsar os homens de sua casa, que não reparou em Harry vindo ao seu encontro. Tomlinson sentiu vontade de rir quando viu sua filha se aproximar com o cabelo todo desgrenhado de tanto brincar de pega-pega com as crianças.
— Papai — Ela chamou com um beicinho nos lábios. — Posso trocar de roupa? Estou com medo de rasgar minha saia.
— Pode sim, boneca. Quer ajuda?
— Quero sim, papai! Preciso que me ajude com meu cabelo também, por favor.
— Tudo bem, princesa. Me espere no seu quarto. Preciso fazer uma coisa antes, ok? Não demoro.
— Tá bem, papai! — Harry ficou nas pontas dos pés e deixou um beijinho na bochecha do pai, rindo baixinho quando sentiu a barba fazer cócegas em seus lábios.
Quando Harry sumiu de sua vista, Louis marchou em direção aos ex-jogadores, as mãos em punhos ao lado do corpo.
— Hey, Tomlinson — Um dos jogadores dos quais Louis reparou estar encarando sua filha chamou. — Sua filha está linda, hein? Você não fica com ciúmes dos menininhos da classe dela? Tenho certeza que ela faz muito sucesso na faculdade.
Louis se sentiu incendiar. Queria provar para todos aqueles homens que ele era o único na vida de Harry, que eles nunca teriam a mínima chance com sua menina. Ele é e será o único homem na vida dela.
Dando uma risada falsa, Louis disse:
— Minha filha é linda mesmo, Matt. Mas já que estamos falando sobre família, como vai Karen? Se me lembro bem, vocês estavam tentando engravidar, certo? — Matt abriu a boca para responder, mas Louis continuou. — Como é bom começar uma família, você não acha, Josh? — Josh, um dos que também estava comentando sobre sua filha, olhou confuso para Tomlinson, não sabendo onde ele queria chegar com isso. — Não seria uma pena se eu acabasse com tudo isso? Não seria uma pena se eu contasse para a mulher de cada um dos senhores que vocês estão há horas olhando e comentando sobre a minha filha? Não seria, Josh? Afinal, enquanto você está aqui secando a minha filha, sua mulher está em casa cuidando do seu filho recém-nascido. Então, se os senhores não quiserem que eu abra a minha boca, eu sugiro que todos deixem a minha residência neste momento, ou eu não respondo por mim.
Louis não esperou uma resposta e nem ficou para ver as reações dos jogadores, apenas virou e caminhou em direção ao quarto de sua garotinha.
Tomlinson subiu as escadas com passos firmes, sentindo a adrenalina ainda pulsar em suas veias. Quando chegou ao corredor, parou por um momento, respirando fundo para se acalmar antes de entrar no quarto de sua garota.
Ele abriu a porta devagar, espiando o interior do quarto. Ao entrar, Louis sempre se encantava com o quão mágico era aquele espaço. O quarto de Harry parecia um cenário de conto de fadas, como um verdadeiro quarto de boneca. As paredes eram pintadas em um tom suave de rosa pálido, com detalhes em branco e dourado, e havia uma coleção de pôsteres de bailarinas que decoravam o ambiente.
No canto esquerdo, havia uma cama de dossel com cortinas de tule branco e luzes de fada que se acendiam suavemente, criando um brilho aconchegante. A colcha de retalhos rosa e branca, feita à mão, estava cheia de almofadas fofas e bonecas de pano. Em uma das almofadas, estava a bailarina de pelúcia favorita de Harry, com a qual ela dormia todas as noites.
Espalhados pelo chão estavam os bonequinhos Sylvanian Families de Harry, organizados em pequenas cenas de vilarejo. Havia uma família de coelhos preparando o jantar, uma família de esquilos brincando no parque e uma família de ursos descansando em suas casinhas.
O quarto também tinha um estilo coquette, com móveis antigos restaurados. Uma penteadeira de madeira branca com um espelho oval estava repleta de escovas, pentes e pequenos acessórios de cabelo, incluindo as redes e grampos que Louis usava para fazer o coque de Harry. Uma pequena prateleira ao lado da cama exibia uma coleção de livros, todos organizados cuidadosamente. Era um quarto de boneca, e parecia refletir perfeitamente a personalidade de Harry. No entanto, naquele momento, Louis não conseguia apreciar a beleza do ambiente.
Ele estava tomado pelo ciúmes e raiva. Ver aqueles homens olhando para sua filha como se ela fosse um objeto de desejo despertou nele uma necessidade de proteção que ele não sabia que tinha.
Harry estava sentada no chão, tentando desatar o laço do seu tutu, quando percebeu a expressão séria no rosto do pai.
— Pai, você está bravo? — Ela perguntou, chateada, enquanto tentava esconder a preocupação em sua voz.
Louis respirou fundo, tentando afastar a raiva antes de responder.
— Não com você, meu amor. Eu só... fico preocupado. Você é minha filha, Harry, e eu sempre vou querer te proteger. — Ele se ajoelhou ao lado dela, ajudando-a a tirar o tutu com cuidado.
Harry olhou para o pai com um sorriso triste.
— Eu sei, papai. Mas eu já sou grande. Você não precisa se preocupar tanto assim. Eu também posso me cuidar.
Louis sorriu, apesar de ainda sentir o coração apertado.
— Você sempre será minha menina, Hazzy, não importa quantos anos tenha.
— Eu sempre vou ser sua, papai — disse ela, segurando a mão de Louis. — Você sempre vai me proteger, e eu sempre vou precisar de você.
Louis sentiu o coração se apertar. Mesmo Harry tendo feito 18 anos, ele ainda a via como sua menina, aquela que ele prometeu proteger desde o dia em que sua mãe faleceu. Ele sabia que precisava deixar Harry crescer e explorar o mundo, mas a ideia de perdê-la para qualquer tipo de perigo o deixava aterrorizado.
— Eu sei, Hazzy — disse Louis, acariciando os cabelos da filha. — E eu sempre estarei aqui para você, não importa o que aconteça.
౨ৎ
Era uma noite tranquila de sábado, uma semana após a festa de aniversário. Harry estava em seu quarto de boneca, mas o sono parecia distante. As luzes de fada penduradas em torno da cama de dossel brilhavam suavemente, lançando um brilho mágico no ambiente. Ela olhou ao redor, observando cada detalhe do espaço encantador. As paredes rosa pálido, a cama de dossel com cortinas de tule e a colcha de retalhos rosa e branca, tudo parecia perfeito e acolhedor.
Ela pegou seu laptop da mesinha ao lado da cama e abriu uma pasta cheia de vídeos antigos de seu papai, nos tempos em que jogava pelo Manchester United. Com um sorriso nostálgico, ela deu play em um dos vídeos. O som das torcidas e dos comentaristas animados encheu o quarto.
O vídeo mostrava Louis em uma partida importante, driblando adversários com uma habilidade incrível antes de marcar um gol espetacular.
Harry observava atentamente, encantada com a destreza de Louis, até que sua atenção se voltou para o volume entre as pernas de seu papai, que a cada corrida, ficava ainda mais evidente.
O corpo de Tomlinson, mesmo agora, carregava as marcas de sua carreira no futebol. Seus músculos eram bem definidos, fruto de anos de treinamento intenso e disciplina. Os braços fortes, cobertos por tatuagens, mostravam a força e a determinação que ele sempre teve. O peito largo e o abdômen tonificado eram evidências do trabalho árduo que ele dedicou ao esporte, e suas pernas musculosas revelavam a potência que ele tinha em cada chute e corrida.
De repente, Harry sentiu uma dorzinha estranha em sua florzinha. Ela franziu o cenho e tentou ignorar. No entanto, toda vez em que a câmera focava no rosto sério e determinado de seu papai, a dorzinha parecia a aumentar.
Ela fechou seu MacBook e resolveu chamar por seu papai.
— Papai! — A voz dela saiu mais fraca do que pretendia, então ela tentou novamente, com mais força. — Papai!
Louis, que estava no andar de baixo, organizando algumas coisas, ouviu o chamado de sua filha e imediatamente correu escada acima. Ao entrar no quarto, encontrou Harry encolhida na cama, com um semblante preocupado
— O que aconteceu, meu amor? — Louis perguntou, ajoelhando-se ao lado da cama e segurando a mão dela.
— Estou sentindo uma dor estranha, papai — disse Harry, tentando conter as lágrimas.
Louis imediatamente entrou em modo de proteção. Seu instinto paternal tomou conta e ele colocou a mão na testa de Harry para verificar se ela estava com febre. Ela estava quente, mas não febril.
— Vou chamar um médico, querida — disse Louis, pegando seu celular para ligar para o médico da família.
Harry segurou a mão de Louis, tentando acalmá-lo.
— Não papai, você sabe que eu não gosto de médicos. — A garota disse, manhosa.
— Harry, você está quase chorando de dor. Eu preciso fazer alguma coisa!
— É que eu nunca senti essa dorzinha na minha florzinha, papai. Por isso eu fiquei preocupada.
Louis parou de procurar o contato do médico na mesma hora. Ele reuniu todo o seu auto controle antes de perguntar onde era a dor de sua filha, torcendo para que tivesse escutado errado.
— Dor onde?
— Na minha florzinha, papai. — Harry respondeu, e como se não fosse o suficiente, ela afastou as pernas e apontou para sua bucetinha.
Louis engoliu em seco, não conseguindo parar de olhar para o dedo paradinho entre o meio das pernas da filha.
— Papai, como eu faço para essa dorzinha passar? Me ajuda?
Louis respirou fundo, tentando manter a calma. Ele sabia que precisava ajudar sua filha, mas também sabia que isso cruzava uma linha que não deveria ser cruzada.
— Hazzy, meu amor — começou ele, com a voz suave mas firme —, eu sou seu pai. Eu prometi proteger você e cuidar de você, mas isso... não é algo que eu possa fazer. Não desse jeito.
Harry olhou para o pai com olhos cheios de lágrimas, uma expressão de dor e confusão no rosto.
— Mas, papai, você sempre disse que cuidaria de mim. Sempre disse que faria qualquer coisa para me proteger. Por favor, eu preciso de você. Eu não sei o que fazer.
Louis sentiu o coração apertar. Ele nunca quis ver sua filha sofrer, mas ele sabia que se cruzasse essa linha, não haveria mais volta.
— Hazzy, eu sei que você está sentindo dor e que está assustada. Vamos encontrar outra forma de resolver isso. Vamos ligar para um médico para você entender o que está acontecendo ou...
Harry interrompeu, agarrando a mão do pai com mais força.
— Não! Eu não quero um médico! Eu só quero você. Você prometeu que sempre cuidaria de mim. Por favor, papai, eu preciso de você.
Louis estava dividido entre o desejo de ajudar sua filha e o conhecimento de que isso não era algo que ele podia fazer. Ele sabia que precisava ser forte, tanto para ela quanto para ele mesmo.
Harry começou a chorar, soluçando desesperadamente.
Louis sentiu-se despedaçar por dentro. Ele não queria ver sua filha chorar, mas ele sabia que cruzar essa linha traria consequências irreparáveis. Mas Tomlinson havia prometido, e ele leva suas promessas muito a sério.
— Você confia em mim?
— Eu confio em você, papai! Eu não quero outra pessoa. Eu só quero você. Por favor, faça a dor passar.
E como ele poderia negar alguma coisa para a filha quando a mesma estava chorando desesperada? Mas antes, ele precisava tirar algumas dúvidas.
— Eu sei como ajudar essa dorzinha passar, mas antes preciso saber de algumas coisas. Tudo bem?
Harry assentiu e Louis respirou fundo.
— O que você estava fazendo antes dessa dorzinha aparecer, princesa. — perguntou, cuidadosamente.
— Hum, eu estava assistindo alguns vídeos antigos seus, papai.
Louis ficou paralisado. Não é possível que Harry tenha descoberto os vídeos íntimos que ele mandava para suas ficantes, os quais ele guardava com tanta segurança.
— Quais vídeos, querida? — Ele disse, tentando não perder o controle da situação.
— Os vídeos dos jogos de futebol.
Tomlinson gostaria de ter ficado aliviado, mas outro detalhe o chamou atenção: como sua menina conseguiu ficar excitada com tão pouco? Oh, ela era tão sensível…
Seu pau fisgou com a constatação.
— Papai? — Harry chamou sua atenção, só então Louis percebendo que ficou olhando para o meio das pernas de sua menina por tempo demais, onde a bucetinha estava coberta pelo shortinho de pijama delicado, confeccionado em um tecido de cetim suave, rosinha, mal cobrindo a metade de suas coxas, decorado com uma rendinha branca, quase translúcida.
— Tire o seu short, Harry — ordenou, com um tom que misturava seriedade e urgência. E foi nesse momento que todo o seu autocontrole se esvaiu, como areias que escapam pelos dedos, sem que ele pudesse impedir.
Harry se assustou com o tom sério e autoritário de seu papai, mas obedeceu prontamente. Afinal, faria qualquer coisa para que aquela dorzinha passasse. Ela deixou o short deslizar por suas pernas, sentindo uma mistura de alívio e nervosismo, sem saber o que esperar em seguida.
Seus pequenos dedos tremiam ligeiramente enquanto ele olhava para cima, buscando no rosto de seu pai algum sinal do que viria a seguir. O ambiente ao redor parecia envolto em uma tensão silenciosa, como se o tempo tivesse desacelerado, fazendo cada segundo parecer uma eternidade.
Louis finalmente olhou para aquela bucetinha, agora livre de qualquer tecido, já que a garota não vestia calcinha.
— Arreganha as pernas para o papai, meu amor. — disse, voltando com o tom doce usual para falar com sua filha. — Isso, deixa elas assim, bem abertinhas. Vou cuidar de você.
Harry já se encontrava toda bagunçada na cama, com seus cachos espalhados pelo travesseiro e suas mãos agarradas na barra da regatinha, demonstrando sua ansiedade. Louis olhando aquilo, deixou escapar um suspiro, encantado com a cena.
A garota sentiu seu coração acelerar e novamente aquela sensação engraçada voltando a queimar em seu baixo ventre quando seu papai se inclinou em sua direção, deixando beijinhos molhados por todo o rosto inocente. Sua respiração ficou ainda mais acelerada quando sentiu os lábios do mais velho próximos aos seus. Ela sentia seu corpo cada vez mais entregue, tão extasiada que nem conseguia se mexer naquele ponto, como uma de suas bonequinhas de pano.
Ela estava tão inerte, que demorou para que sua mente se despertasse para a realidade ao seu redor. Em um segundo ela sentia as mãos de seu papai acariciando seu cabelo, e no outro, sentia a pegada firme em sua coxa.
— Tão linda, minha boneca. — Louis disse enquanto descia seus beijos para o pescoço da garota, que se retorcia na cama sentindo a barba em um tom ruivo queimado se esfregar na pele macia de seu rosto, causando uma fricção deliciosa. — Minha bailarina perfeita. — continuou os elogios após deixar um chupão na pele alva.
— Papai! — ela gritou sussurrado, como se não tivesse forças nem mesmo para pronunciar uma palavra, deixando claro para Louis que ela precisava dele, naquele momento.
— Shh, o papai ainda nem começou. — disse suavemente, acariciando seu rosto com ternura. — Vou fazer sua dorzinha passar, mas preciso perguntar de novo. Você confia em mim?
Ela olhou para ele com olhos umedecidos, encontrando confiança em seu olhar. Com um leve aceno, ela respondeu, quase em um sussurro: — Sim, papai, eu confio.
Louis não esperou nem um segundo antes de avançar na menina e recomeçar os beijos, dessa vez na barriguinha, levantando a regatinha para lhe dar livre acesso. Beijos, lambidas e mordidas depois, seus lábios foram descendo cada vez mais, até que estivesse de frente com aquela buceta lisinha, que a essa altura já estava encharcada e vermelhinha.
— Tão molhadinha para o papai. — elogiou, dando a primeira lambida no clítoris sensível. Harry choramingou alto pela sensação que até então era desconhecida, levantando seu quadril para que Louis entendesse que ela precisava de mais. — Shh, quietinha — disse, o polegar se esfregando naquele montinho no topo dos grandes lábios.
Se Harry já achava aquela sensação nova maravilhosa, a menina entrou em êxtase quando Louis começou a brincar diretamente com seu clitóris. Seu rostinho corado e com uma leve camada de suor se contorceu em uma expressão de puro prazer.
Sua boquinha rosada soltava gemidos gritados que soavam como música para os ouvidos de Tomlinson, que encarava com os olhos brilhando, louco para foder a garganta de sua garotinha até que estivesse chorando e engasgando ao redor de seu pau. Mas ele não faria isso. Não hoje.
Louis aumentou a velocidade, dessa vez com os cinco dedos esticados, maltratando o grelhinho esfoladinho. A estimulação era muito para Harry, que nunca havia experimentado nada parecido antes, e toda essa inocência parecia atiçar ainda mais Louis, que não lembrava de ter ficado tão duro assim em toda sua vida, pré-gozo vazando de sua fenda em intervalos muito pequenos.
A menina estava tão agitada, perdida em um turbilhão de novas sensações, que não percebeu o braço livre de seu pai se movimentando em direção da xotinha, e muito menos no dedo médio circulando sua entradinha virgem, que contraia a todo segundo. Tomlinson penetrou somente a pontinha de seu dedo, reprimindo um gemido alto ao que a buceta se contraiu ao redor do mesmo, pensando como seria quando fosse seu pau no lugar.
Harry já não media mais a altura de seus gemidos, não estando mais tímida como no início, gemendo tão alto que por um momento Louis ficou apreensivo que seus vizinhos pudessem escutar, logo pensando que se fosse o caso, daria a desculpa de que Harry tinha passado mal e esse era o porquê dos gemidos.
Os movimentos continuaram, agora o dedo médio sendo engolido ao poucos pela xotinha enquanto Louis o mantinha parado, apenas aproveitando para sentir o calor apertado. O mais velho verificou o rosto da filha, se certificando de que ela não estivesse sentindo nenhum tipo de dor, mas estava tão molhada que dificilmente sentiria algum incômodo. Ele começou os movimentos de vai vem, a buceta sensível se movendo sob o dígito com um barulho molhado de tão excitada que estava a garota.
Acrescentou outro dedo, ainda masturbando a com a outra mão. Acelerou os movimentos ainda mais, o que fez com que Harry agarrasse seu pulso imediatamente, apertando ali com o corpo tendo pequenos espasmos, tentando se acostumar e lidar com a sensação.
— P-Papai! — gritou a menina, os olhos girando em órbitas. — M-Minha florzinha e-está estranha, papai!
Louis cessou os movimentos na mesma hora. Sabia que se continuassem por mais alguns segundos sua filha gozaria, e ele não iria admitir que seu primeiro orgasmo não fosse ao redor de seu pau.
Por isso, Tomlinson começou a desafivelar o cinto depressa para em seguida abrir o botão da calça jeans azul e deslizar o zíper. Harry se encontrava acabada na cama, com cachos embaraçados ainda mais espalhados e vestígios de lágrimas em seu rosto por tamanho prazer que estava sentindo. Ela permaneceu quietinha, olhando curiosamente Louis deslizar a calça junto com a boxer, arregalando levemente os olhos verdes quando o pênis de seu papai pulou para fora.
Louis não deixou de notar a feição surpresa da filha, com os lábios levemente separados. Aquele reação fez com que o pau de Tomlinson fisgasse, totalmente excitado com o quão pura Harry era.
— Você quer tocar? — ele se viu falando, tamanha a vontade de ter a mão de Harry ao redor de seu falo grosso. — Pode tocar, ele é todo seu.
Harry mordeu o lábio inferior, incerta de como continuar. Ela apenas olhou para seu pai, que a incentivou sorrindo e balançando a cabeça. Sorriu de volta e deixou sua vontade falar mais alto.
A garota ficou um pouco chocada quando a ponta de seus dedos esbarram na virilha de Louis, continuando a tatear ali em curiosidade. Era tão duro.
Louis continuou ali, parado, permitindo que Harry continuasse tocando sua ereção do jeito que quisesse, com grandes olhos verdes curiosos, lábios entreabertos, fascinada.
— É tão grande. — ela observou, olhando para o pênis com devoção. Sua mão finalmente se fechando ao redor do membro, passando seu polegar com cuidado no topo cabecinha sensível.
— Porra. — Louis fechou os olhos e respirou fundo, tentando inutilmente se acalmar. Ele não podia esperar nem mais um minuto, ou entraria no seu estado mais primitivo, e ele não podia perder o resto de sua sanidade agora.
Sem falar nada, Tomlinson empurrou a filha pelos ombros, fazendo com que ela se deitasse na cama como antes. Louis se sentiu culpado quando a viu com uma expressão preocupada e os lábios projetados em um biquinho, com medo de que tivesse feito algo errado e seu pai estivesse irritado com ela, afinal, Harry não era acostumada com esse seu lado.
Deu um beijo rápido em sua testa, como se dissesse que estava tudo bem, antes de abrir mais as pernas de sua filha e se acomodar entre elas, segurando próprio pau pela glande avermelhada.
— Princesa, agora o papai vai fazer sua dorzinha passar, tudo bem? — ele explicou enquanto investia os quadris para frente, o pau deslizando para cima e para baixo, com a cabecinha se esfregando no clitóris dela.
— Não vai doer, papai? — Harry perguntou chorosa, o biquinho ainda presente nos lábios.
— Pode ser que doa um pouco, mas só um pouquinho. Se você relaxar, não vai doer nadinha. — convenceu.
— Okay…
— Minha garota corajosa. — Louis elogiou, deixando mais beijinhos pelo rosto da garota, fazendo-a rir adoravelmente, nem parecendo que estava chorando de prazer a alguns segundos atrás.
Ele retoma sua posição entre as pernas dela e beija seu pescoço levemente antes de agarrar seu pau e colocar apenas a ponta na xotinha de Harry, esfregando novamente entre os lábios dela antes que ele empurrasse para dentro, esticando-a.
Lentamente, ele começou a se empurrar para dentro de Harry, observando atentamente suas reações.
A sensação do seu corpo dando espaço para ele, um centímetro de cada vez foi quase esmagadora. Lentamente, os músculos tensos da menina se ajustaram a ser esticados por ele, permitindo que empurrasse mais para dentro.
— P-Papai, por favor… — Harry choramingou, sentindo o pau grande a alargando. Louis saboreou a sensação de suas coxas macias ao seu redor e o conhecimento de que ele estava tirando a virgindade de sua preciosa filha. Ninguém nunca a tocou do jeito que ele estava a tocando, e ninguém nunca o faria. Harry pertencia a ele.
— Shhh, não se preocupe. Papai está com você. Papai vai te tratar tão bem, querida.
O calor úmido embalou sua cabeça com força, e assim que ele percebeu que ela não estava com dor, Louis segurou os quadris e lentamente começou a empurrar para dentro e para fora, movendo apenas a ponta dentro dela. Ele estava apenas na abertura dela, mas já podia sentir o quão apertada sua filhinha era.
Louis ficou completamente extasiado com a sensação. Ela estava molhada, apertada, e tão quente para ele. Era quase impossível controlar o impulso de empurrar completamente para dentro dela. Tão, tão impossível, que ele lentamente começou a perder o controle e se aprofundar um pouco mais em Harry.
A menina já estava suada e respirando pesadamente, seus peitos saltando de acordo com seus impulsos fracos, uma vez que Louis havia levantado sua regatinha para cima, libertando-os. Ela estava balançando abaixo dele enquanto ele se movia sobre ela, e logo a garota estava sentindo sua bucetinha ardendo quando ele a penetrou um pouco fundo demais, esticando seu hímen com seu pau ao máximo, até sua ruptura. Não foi particularmente doloroso, mas ela deve ter vacilado, porque Louis parou completamente para deixá-la se acostumar com seu comprimento, antes que ele continuasse se forçando a entrar nela.
Louis, prestou muita atenção à deliciosa sensação de seu calor úmido se abrindo para receber sua grande masculinidade pela primeira vez em sua vida. No exato momento em que ele finalmente sentiu todo o seu pau embalado dentro da xotinha, ele deixou um gemido agonizante escapar de sua garganta. Tinha sido pura tortura para ele se afundar nela lenta e gentilmente, cuidando da promessa que ele lhe havia feito.
Mais uma vez, então, ele ficou parado, enterrado dentro dela por alguns segundos, esperando que ela se acostumasse com sua intrusão, mesmo que sua buceta pulsante ao seu redor mostrasse para avançar.
Louis enterrou a cabeça em seu pescoço enquanto ele empurrava para dentro dela, começando a vagar as mãos por todo o corpo da garota enquanto ainda a fodia com seu pau duro e grosso, esfregando e apertando todos os lugares certos.
— Bom, princesa? — Ele perguntou, empurrando-se para dentro e para fora dela. Harry miou em resposta, sentindo pequenos formigamentos de prazer correndo do fundo de sua buceta e então se espalhar por todo o corpo.
— Sim... — Ela sussurrou, em êxtase, e Louis se alegrou com seu comportamento. Seu corpo estava balançando para cima e para baixo, de acordo com seus impulsos, junto com seus belos seios que tremiam tentadoramente. — Mais, papai, por favor.
Sorrindo, Louis colocou as mãos de volta em seus quadris e começou a se empurrar com mais força para dentro dela, rápido e mais fundo. Ele sabia que deveria ser mais gentil com seu corpo inexperiente, mas a maneira como a pequena estava gemendo e soluçando abaixo dele tornou muito difícil para ele ser gentil. Além disso, ela estava pedindo mais, e como o cavalheiro que era, Louis entregaria a ela.
— Assim? — Ele perguntou, observando a maneira como seus olhos se abriram para olhar para ele daquela maneira lasciva e embriagada. — Você é deliciosa, gatinha… — Naquele momento, Louis não se importou que ela provavelmente ficaria machucada e muito dolorida, apenas se importando como ele estava deslizando deliciosamente em seu calor, se importando como o som da pele molhada batendo contra a pele molhada estava ressoando ao redor deles enquanto ele agredia sua buceta incrivelmente apertada.
— Humm... — Ela gemeu, ainda mais quando os lábios de Louis finalmente se fecharam em um dos mamilos eriçados. Cada terminação nervosa que existia dentro de Harry pegou fogo com essa sensação, ainda mais quando ele mordeu um de seus biquinhos. Ela gritou, sentindo a leve dor provocada por sua mordida, misturando-se com o prazer que sua língua estava proporcionando a ela, juntamente com a sensação do pau tocando lugares em seu interior que ela nem sabia que existiam. Desesperada para sentir ainda mais, ela agarrou o cabelo de Louis para puxá-lo para ela. — Sim, assim... Mais, papai, mais...
— Tão desesperada, princesa... — Ele ronronou, deixando o mamilo sair da boca dele para que ele pudesse falar com ela novamente. O pau dele, no entanto, não parou nem um pouco para entrar e sair de sua xotinha.
Harry choramingou quando ele começou a meter mais profundamente e mais rápido, seu pau acariciando lugares deliciosos que imediatamente enviaram arrepios de prazer por todo o seu corpo excitado.
Profundamente extasiada com o excesso de prazer que ela estava sentindo, Harry sentiu as sensações mais deliciosas rasgando por todo o corpo de uma maneira alucinante que ela nunca tinha sentido antes. Suas paredes internas da buceta estavam fortemente inchadas, com se estivesse pronta para explodir, queimando com sensações deliciosas.
Sobrecarregada, ela cavou as unhas no pescoço e nos ombros de Louis, e ele arqueou os quadris com mais força, pressionando-se para dentro dela e mudando ligeiramente o ângulo das estocadas.
A nova posição fez seu pau deslizar perfeitamente implacável contra aquele pontinho, e ela abriu a boca para pedir-lhe desesperadamente para fodê-la com mais força, mais rápido, para destruí-la completamente, mas apenas palavras ininteligíveis saíram de seus lábios no auge do prazer.
Louis, de alguma forma, entendeu o que ela queria e começou a fodê-la com mais força, mais fundo, de uma forma que ela pudesse senti-lo até a parte inferior de sua barriga. Enquanto ele continuava brutalmente enchendo-a dele, lágrimas de prazer começaram a escorrer de seus olhos, borrando sua visão já nublada.
Sentindo suas unhas cravando em sua carne, Louis grunhiu e empurrou duas vezes para dentro dela, profunda e com força, fazendo-a sentir a onda mais palpável de êxtase rasgando seu corpo, levando-a ao ponto onde a tensão que estava construindo dentro dela aumentou para um nível absolutamente insuportável.
— Papai! Papai! Eu... algo está acontecendo. Papai! — Harry estava respirando pesadamente, movendo seus quadris estreitos vigorosamente.
Apertando os olhos fechados, ela jogou a cabeça com força contra o travesseiro e arqueou seu corpo contra o dele quando uma sensação deliciosa e alucinante irrompeu de sua barriga e se espalhou por todo o interior, acendendo todo o seu corpo em chamas, desde o topo da cabeça até a ponta dos dedos dos pés. Ela estava tão envolta em sensações naquele momento, com os olhos fechados, seus lábios rosados se separando em um oval enquanto gemia, desesperada para ter mais, para sentir mais. Totalmente possuída pela explosão de seu orgasmo, Harry convulsionou nos braços de Louis, balbuciando incoerentemente enquanto tentava chamar seu nome, seus músculos internos freneticamente pulsando ao seu redor.
— Assim mesmo. Boa garota. — Louis foi rápido em enche-la com seus elogios.
Ele ainda metia em seu interior, dentro e fora, dentro e fora, enquanto usava sua buceta para perseguir seu próprio orgasmo. Seus grunhidos soavam sujos em seus ouvidos enquanto ele enchia seu pescoço com lambidas, chupões e mordidas.
— Querida... Estou tão perto. Vou te encher tão bem. — Louis gemeu, seu hálito ofegante agitando os cachos ao lado do rosto de Harry.
Com um gemido profundo, todo o corpo de Louis convulsionou quando seu orgasmo atingiu, os dedos apertando os quadris finos com força, enchendo aquela boceta apertada com sua porra.
Ofegando alto, Louis lentamente se retirou de dentro da xotinha, mal percebendo o choramingo de desconforto de Harry, seu olhar focado na beleza dela e em sua porra escorrendo do buraco abusado e inchado, que ainda pulsava pelo orgasmo recente. Ele bate a ponta de seu pau amolecido contra o clitóris de Harry, se divertido com as pequenos contrações de seus quadris para fugir da dor causa da pela sensibilidade.
— Eu fui bem, papai? — Harry perguntou suavemente, ainda ofegante.
Escovando os cachos suados de sua testa, Louis assentiu com a cabeça.
— Você foi muito, muito bem, querida. Fez o papai vir com tanta força.
Harry se inclinou contra a mão de Louis com um pequeno sorriso sonolento e satisfeito.
— Você pode fazer mais uma coisa por mim, querida? Mantenha sua bucetinha aberta para o papai, certo? Eu quero que você veja o quão bem você fica depois de ter sido fodida.
Harry gemeu baixinho, seja por que ela estava excitada ou por que estava cansada, Louis não tinha certeza. Mas Harry fez o que lhe foi pedido e abriu os lábios da xotinha, abrindo-se e se exibindo para Louis.
Abrindo o aplicativo da câmera, Louis focou em seu buraquinho se contorcendo um pouco como se soubesse que era o centro das atenções.
— Tão lindo, querida. A bucetinha mais bonita.
Finalmente satisfeito depois de tirar algumas fotos, Louis guardou o telefone e se aninhou à filha na cama. Harry se ajeitou nos braços de Louis, encolhendo-se contra o peito dele. Louis passou os dedos pelos cabelos dela, sentindo o cansaço que pairava no ar.
— Vamos dormir. — Sussurrou ele, apertando-a com carinho.
Harry apenas murmurou algo baixinho, já quase adormecida, enquanto Louis se permitia relaxar. Em poucos minutos, ambos estavam entregues ao sono, aconchegados no calor um do outro.
౨ৎ
Louis acorda em sua cama, piscando contra a luz suave que entra pelas cortinas do quarto. Ele se espreguiça, tentando afastar o sono, as lembranças da noite anterior vindo como flashes em sua mente, e é então que nota um pequeno envelope em cima do travesseiro ao lado dele. O envelope é delicadamente cor-de-rosa, com o nome dele escrito em letras cursivas: "Papai".
Com um sorriso, Louis abre o envelope e tira um bilhete que foi claramente escrito com cuidado:
“Bom dia, papai! Fui treinar para o festival de ballet. Por favor, venha me ajudar no estúdio quando acordar. Te amo muito!"
Ele passa os dedos pelas palavras escritas, sentindo o calor e o orgulho que sua filha sempre traz. Sua garotinha é uma bailarina talentosa, sempre foi dedicada ao ballet. Louis sabia o quanto isso significava para ela e como ela estava se dedicando, treinando todas as manhãs.
Louis coloca o bilhete de volta no envelope e o guarda na mesa de cabeceira. Ele se levanta, vestindo uma camiseta e uma calça de moletom, pega seu celular e segue para o estúdio de dança que havia construído para Harry dentro de casa. A melodia clássica suave subia pelas escadas e preenchia a casa com uma sensação de elegância e tranquilidade que fazia o coração de Louis bater mais rápido, não apenas pela beleza da música, mas pela expectativa de ajudar Harry com seus exercícios de dança.
O estúdio de ballet era um espaço especial dentro da mansão, decorado com um cuidado que refletia a paixão de Harry pela dança. As paredes eram pintadas de um branco suave, com detalhes em tons de rosa pastel e branco. Grandes espelhos cobriam uma das paredes, permitindo que Harry observasse cada movimento com precisão. Abaixo dos espelhos, uma barra de balé de madeira clara corria ao longo da parede, perfeitamente ajustada. No chão, um tapete de tecido acolchoado e macio estava coberto com uma superfície de madeira polida, projetado para garantir que os passos de Harry fossem suaves e seguros.
Ela vestia um collant rosa pastel e uma meia-calça da mesma cor, complementados por sapatilhas de ballet também rosas, tudo perfeitamente coordenado. A roupa simples e ajustada permitia que ela visse claramente cada movimento de seus músculos, cada linha do corpo. Louis observava todos os detalhes da filha atentamente.
— Papai! — Harry exclamou com um sorriso radiante, tirando Louis de seu devaneio. Ela estava tentando manter o equilíbrio em uma perna, com a outra estendida para o lado. — Você pode me ajudar com os exercícios de equilíbrio? Estou tendo dificuldades para manter a posição.
Louis aproximou-se e a observou por um momento, encantado com a dedicação de sua filha. Ele se posicionou ao lado dela, estendendo a mão para segurar a cintura de Harry com cuidado. A sensação de ter a menina tão perto trouxe um calor conhecido ao seu corpo.
— Claro, Hazzy. Vamos lá, coloque a mão na barra e mantenha a postura. — Louis ajustou a posição de Harry, guiando-a gentilmente para garantir que ela estivesse bem alinhada. — Lembre-se de manter o tronco ereto e o olhar focado à frente.
Harry assentiu, olhando para o pai com confiança. Ela tentou novamente, e Louis sentiu a leveza do toque de sua filha enquanto a apoiava. Com as mãos firmes em sua cintura, ele ajudava a ajustar sua postura, certificando-se de que ela estivesse confortável e segura.
Ficaram algum tempo assim, até que as imagens de horas atrás voltassem com força, fazendo Louis apertar a cintura da filha com mais força. Ele pode ver através do espelho que Harry mordeu seu lábio inferior e fechou os olhos, como se tentasse a todo custo reprimir um gemido. Isso só fez com que seu papai apertasse de novo, agora com mais força para comprovar sua teoria. E ele estava certo. Imediatamente Harry repartiu os lábios rosinhas em um gemido manhoso.
Louis não aguentou e prensou sua menina na barra, encaixando seu pau coberto pela calça moletom no meio das bandas de sua bunda, aproximando sua boca do ouvido de Harry.
— Sua vadiazinha, olha o que você faz comigo. — Louis sussurrou, segurando a mão dela para levar até sua ereção. — Como me deixa.
Os dois se olhavam pelo espelho, e Harry já se encontrava com o rosto quente e corado, ofegante, seu peito subindo e descendo rapidamente. E se tudo aquilo já estava deixando Louis pirado, ele sentiu sua cabeça girar quando sua filha se inclinou para frente e rebolou em sua ereção, tomando o controle da situação.
Louis retomou a dominância ao agarrar a garota pelos braços e jogá-la no chão revestido pelo tapete alcochoado, a olhando de cima com superioridade.
— Vou te explicar o que vai acontecer agora. — Louis disse com falsa empatia. — Você vai ficar de joelhos, abrir bem a boca, e você vai chupar o pau do papai igual você faz com os pirulitos de cereja que você gosta. Entendeu?
Harry balançou q cabeça em concordância várias vezes, como um animal de estimação ansioso, tamanha era a vontade de agradar ao seu papai.
— Venha. — o mais velho chamou, vendo a filha se ajoelhar obediente.
Louis endireitou a postura, enquanto puxava o pau duro para fora da calça. O olhar de Harry focou na ereção de Louis, salivando na nova sensação de precisar chupá-lo o quanto antes. Seu papai observou a garota umedecer seus lábios inconsciente, usando isso para começar a se masturbar em sua frente, enquanto sua filha encarava vidrada cada movimento de sua mão.
Harry já conseguia sentir seu melzinho escorrer, molhando a meia calça e o collant. Louis teve vontade de rir quando notou a garota esfregando uma coxa na outra, tentando de alguma forma aliviar sea excitação, mas na verdade só a deixando com mais vontade.
— Você que o pau do papai, amor? — Louis perguntou, afagando os cachos da menina, enquanto a outra mão se movia preguiçosamente da base até a glande, o polegar pressionando a fenda, causando um pequeno barulho molhado, antes de voltar a se movimentar para cima e para baixo.
— Sim, papai, por favor.
— Então abre a boquinha, abre. — Louis instruiu.
A menina o faz quando Louis agarra sua mandíbula com uma mão e a aperta, fazendo com que seus lábios se abram um pouco mais, deixando espaço suficiente para ele se inclinar mais perto e cuspir diretamente em sua boca, fazendo com que um pouco de saliva deslize para fora da borda de um dos cantos.
Antes mesmo de poder dizer qualquer coisa, Louis agarra seu cabelo novamente e o puxa mais perto de sua ereção, segurando-a com a mão oposta para que ele possa trazê-la para a boca em um movimento.
Harry gemeu satisfeita ao fechar lábios na glande rubra e molhada de Louis, sentindo o gosto salgado e levemente adocicado de seu papai, fechando os olhos como se estivesse provando de seu doce favorito. Ela continuou assim, chupando a cabecinha e sempre continuando a dar lambidas preguiçosas na glande, gemendo quando sentia a fenda expelir pré gozo em sua língua.
Chupou a glande rosada com força, criando sulcos em suas bochechas, ficando orgulhosa de si mesmo ao ouvir Louis gemer, apertando mais ainda seu cabelo entre os dedos.
Decidiu testar ir além, dessa vez chupando até onde ela conseguiu, contornando as veias saltadas com a língua, engasgando um pouco quando a glande atingiu o fundo de sua garganta. Ela continuou nessa ordem, deixando o pau babado quando se afastou para regular a respiração.
Louis segurou as laterais de sua cabeça com força para mantê-la parada quando começou a estocar contra sua boca. Harry engasgou, posicionando as mãos nas coxas de Louis para tentar empurrá-lo, olhos lacrimejando pela ardência e a falta de ar. Louis, porém, continuou as estocadas sem piedade, deslizando o pau com agilidade.
— Porra, princesa. — Louis gemeu com a cabeça inclinada para trás. — Você está indo tão bem, querida. — elogiou, tirando alguns fios de cabelo do rosto da menina para juntá-los no rabo de cavalo.
O elogio pareceu incentivar a garota, como um gatilho para se dedicar ainda mais em chupá-lo com mais afinco e deixar seu papai orgulhoso.
Louis continuou fodendo sua boca em um ritmo em constante mudança. Às vezes, com impulsos rápidos e superficiais, pouco mais do que a cabeça de seu pau na boca de Harry, ou ele apenas segurava seu pau na metade da boca da mesma, a fazendo lamber e chupar o melhor que pôde sem ser capaz de mover a cabeça graças ao aperto de Louis em seu cabelo.
Todos os sentidos da garota estavam focados em Louis, em ser usada para o prazer de Louis. Não havia mais nada que importasse, até mesmo sua própria excitação não era importante, podia esperar.
— Você deveria se ver assim. — a voz de Louis era rouca, sua respiração saindo bastante irregular. Sua garotinha gemeu ao redor de seu pau e foi recompensada com outro impulso duro e profundo que lhe tirou o fôlego. — Se olhe no espelho, minha princesa. Veja como você fica linda tendo a boca fodida por mim.
Harry, que olhava para seu papai diretamente nos olhos desviou sua atenção para o grande espelho, que praticamente tomava a parede inteira, gemendo ainda mais quando viu sua imagem completamente destruída ali.
Sons molhados enchiam a sala, as respirações duras de Louis e os grunhidos ocasionais misturados com eles e os próprios gemidos de Harry completaram a sinfonia de ruídos incrivelmente sujos e totalmente maravilhosos.
Harry estava lutando para ficar quieta. Ainda não era hora de se tocar, ou Louis pararia de foder sua boca se ela o fizesse antes de ter permissão. E Harry não queria que ele parasse, não importa o quão desesperada ela estivesse por libertação. Sua mandíbula doía, seus olhos estavam lacrimejantes, sua bucetinha doía com a necessidade de vir, e ainda assim ela estava exatamente onde queria estar.
Harry não reclama. Ela simplesmente aceita. Ela se força a tomá-lo, suprimindo o rosnado em sua garganta que vem tentando sair há minutos. A garota não faz nenhum som além do murmúrio de um gemido obviamente abafado, e isso faz Louis ofegar alto.
Os gemidos de Louis enchem o estúdio em uma serenata lasciva que o faz perder a noção do tempo, extasiado pelo contato constante em sua cavidade, pela maneira como sua baba escorre cada vez mais, fazendo sons cada vez mais úmidos à medida que o pau desliza para dentro e para fora de seus lábios.
— Não consigo aguentar mais, querida. — ele expira, jogando a cabeça para trás. — Você vai ser minha boa garota e deixar seu papai encher sua boquinha de leitinho, não vai?
Harry não pensa muito, apenas envolve uma de suas mãos na base do pau torcendo o pulso repetidamente de um jeito que pareceu certo, enquanto escava as bochechas e deixa sua boca fazer seus últimos esforços para agradar o homem por quem ela está de joelhos.
É apenas uma questão de segundos antes de Louis gemer e proferir uma grande lista de palavrões, e em seguida, sua porra encher a boca de Harry, enquanto flui pela garganta em jatos grossos que a faz engasgar e puxar para trás instintivamente, a ponta do pau de Tomlinson finalmente descansando em uma de suas maçãs do rosto e continuando a derramar mais bagunça esbranquiçada em sua pele.
Permitindo que sua mandíbula descanse, Harry percebe preguiçosamente a porra em sua boca e depois a engole lentamente.
Antes mesmo de se recompor, Louis a agarra agilmente pelas axilas e o levanta para se sentar em seu colo, como se não pesasse nada.
Louis não resiste em beijá-la e fazê-la compartilhar um pouco de seu próprio gosto com ele, a garota molhando seu papai com a baba que está em seu queixo e os restos de sua porra que se juntam por apenas alguns momentos antes de ela se afastar, murmurando o melhor que pode.
— Seu leitinho tem um gosto bom, papai.
O homem sorri para ela enquanto ouve a deterioração de sua garganta que ele causou e provavelmente se orgulha, e dá um beijo na ponta de seu nariz que a faz suspirar.
— Você foi tão boa, querida. Engolindo o leitinho do papai sem que eu te diga. — diz ele extasiado. — Você me fez sentir tão bem, foi perfeita. — Louis a elogia com ternura, deslizando os dedos pelo rosto para limpar os restos de sua porra, trazendo para os lábios da filha. — Nada mais justo do que eu te recompensar agora.
Ele empurra Harry pelos ombros, fazendo a menina deitar sobre o chão acolchoado. Se inclina sobre ela, puxando as alcinhas do collant rosa pelos braços, puxando até que o retirasse por suas pernas, deixando Harry apenas com a meia calça, já que a garota não usava sutiã e nem calcinha, o que deu a Louis a visão do tecido fino encharcado entre os lábios da xotinha.
Louis praticamente rosnou com a cena, louco para comer aquela buceta. Não perdeu nem mais um segundo, imediatamente rasgando a meia-calça com as duas mãos na região da buceta, o barulho do tecido, tão frágil e elástico se espalhando pelo ambiente, deixando Harry levemente apreensiva, mas ao mesmo tempo ainda mais excitada.
— Agora eu vou comer sua linda buceta, certo? Seja boa para mim. — Louis disse, assistindo Harry acenar rapidamente.
Louis finalmente se inclina, dando uma única lambida na xotinha como se fosse um sorvete, a língua saboreando de seu buraco para o clitóris pulsante. Tomlinson não tinha certeza de quem gemeu primeiro, ele ou Harry, mas sabia que era boa a maneira como sua cabeça foi subitamente espremida entre as duas coxas, ambas as mãos trêmulas de sua filha segurando seu cabelo.
— Caralho. — ele rosnou, as mãos se estendendo para segurar as coxas de Harry grosseiramente e separando-as, expondo a carne rosa a ele mais uma vez. — Você tem um gosto bom, não é, querida?
Harry deu um choro silencioso, puxando o cabelo de Louis novamente.
— Eu poderia comer sua buceta o dia todo. — Disse, empurrando a cabeça de volta para baixo entre aquelas coxas delicadas e traçando suavemente a ponta da língua sobre seu pequeno botão escorregadio, saboreando a maneira como as coxas de Harry tremiam.
A garota choramingou, empurrando os quadris para cima para ter ainda mais da boca de Louis.
Ele levou seu tempo, provocando a filha enquanto alternava entre longos e quentes arrastos de sua língua e movimentos ásperos e apressados de sua língua contra o clitóris. Quanto mais ele fazia isso, Harry jorrava ainda mais seu melzinho, cobrindo seus lábios e língua, seu queixo ficando liso com toda vez que ele pressionava o nariz e mergulhava a língua no pequeno buraco quente.
Harry estava um desastre, soando cada vez mais desesperada quando ela soluçava “papai, papai, papai” agoniada com a barba arranhando de um jeito gostoso a região sensível, enquanto ao mesmo tempo tentava empurrar a cabeça de Louis para mais perto, como se ela quisesse sufocá-lo com sua boceta e, francamente, Louis não se importaria se esse fosse o caso.
Tomlinson se dedicava no trabalho de chupa-lá, lambendo o grelinho gordo e esfoladinho para dentro da boca. Quando parava, era apenas para poder meter a língua sem dó na buceta estreita, as vezes usando dois dedos para separar os lábios molhados da xotinha, dando pequenas lambidas ali.
— P-papai! — Harry choraminga quando seu papai deu um tapa em sua buceta, fazendo-a gritar, voltando a chupar a xotinha.
Pouco depois, um gemido alto e arfante preencheu o estúdio, e Louis pôde senti-la convulsionando abaixo de si, os tremores violentos tomando conta do corpo delicado. Os quadris de Harry arquearam e sacudiram, e ela ficou ainda mais molhada, encharcando seus dedos e sua boca, embriagando-o e fazendo dele nada mais do que um refém do prazer dela, enquanto o prendia entre suas coxas.
Se afastando lentamente, Louis deixou seus dedos molhados se fecharem ao redor de seu quadril, apertando-o com firmeza ao mesmo tempo em que deixava sua língua escorregar por ela mais algumas vezes, permitindo que ela aproveitasse as últimas reverberações de seu orgasmo antes de se levantar, orgulhoso.
Sem resistir, ele dobrou o corpo novamente, chupando com força o clítoris, sorvendo os últimos resquícios de seu prazer e arrancando mais um pequeno suspiro ofegante.
Harry estava uma completa e irresistível bagunça quando seus olhos se encontraram, e Louis sabia que seu estado não podia ser melhor do que o dela, considerando o que ele havia acabado de fazer. Oferecendo um sorriso, ele esfregou as costas da mão ao redor da boca e pela barba rala, limpando o melzinho da garota.
— Harry? Como você está? — Louis perguntou em um tom suave enquanto escovava a franja suada de Harry de sua testa.
Harry choramingou.
— Cansada.
— Podemos dormir, querida. — disse Louis com um sorriso. Ele abriu as pernas de sua filha uma última vez para tirar mais uma foto de sua buceta para se masturbar mais tarde e a adicionou ao seu álbum de fotos secretas, vendo a que havia tirado no dia anterior. — Você trabalhou muito hoje.
Ele a envolveu em um abraço apertado, sentindo a respiração de Harry desacelerar enquanto o cansaço finalmente a dominava.
Com cuidado, Louis a pegou no colo, levando-a para fora do estúdio de ballet.
— Eu sempre estarei aqui para você, meu amor. — sussurrou, enquanto apagava as luzes e fechava a porta atrás deles.
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tbthqs · 2 months
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FIM DO HALLOWEEN AFTER DARK
Depois da troca de corpos, você finalmente pôde aproveitar a festa da maneira que imaginava, mas sempre olhando por cima do ombro, em busca de algo suspeito. E não, não tinha nada a ver com o cara vestido de Michael Myers ou com o Gandalf do bar de poções, que você resolvera evitar o resto da noite depois da pequena brincadeira de Jean Luc Dragna.
Havia algo estranho no ar, e você não sabia dizer direito o que era. Talvez fossem as celebridades que apareceram na festa, lá por volta das duas da manhã. Você tem certeza de que era o Henry Cavill por trás daquela máscara do Jason com uma camisa do Brasil, mas também poderia ser Liam Hemsworth, ou qualquer um desses bombadões que andam fazendo filme de heróis em 2024, mas que há dez anos trás eram apenas frangos...
Enfim, essa sensação de que algo ruim iria acontecer se confirmou realidade quando as altas sirenes tocaram a plenas alturas, com as luzes vermelhas e azuis invadindo as janelas da casa da Kappa Sigma, com o local rapidamente sendo tomado por homens de uniformes pretos. Um sorriso de felicidade surgiu na cara de Ben O'Leary (@thedelinquentoleary), que você não sabia se era alegria ou se era constipação, só sabe que era bem fora da caixinha, até mesmo pra ele. No final quem não conseguiu fugir, acabou num carro de polícia. Você mesmo, se não fosse o punhe..., bem, se não fosse o esquisitão do Leonard Hofferson tentando passar a mão na perna de Malina Calloway (@thelcser), enquanto você tentava fugir, ou se Blaise, aquele francês enorme e metido, não estivesse atrapalhando a única porta de saída, metendo um "você sabe com quem está falando?"
Estava sendo levado para dentro do carro quando você balançou a cabeça percebendo que Gwen Vickers (@nascitadiveneres), Vincent Kingsley (@thefallen), Jacob Harris (@jacobisalive), Celeste Lockheart (@thebclly), Emma Dashwood (@emmadhw), Jocelyn Jenkins (@pretxnder), Harper Wang (@chefhwang) e Harvey Wang (@thxversatile) conseguiram fugir quando Riley Kalman (@thepartyanimalkalman) e Lucien Dragna (@thetrickxter) entraram numa das viaturas e ficaram dando derrapadas na entrada da rua, enquanto os policiais corriam atrás, desesperados, sem saber como algo assim havia acontecido. É claro que os dois foram presos, mas deu tempo suficiente para boa parte da festa conseguisse sair do local.
O que ninguém contava era que todos iriam se encontrar nas celas da Polícia Universitária da UCLA, que já havia sido prontamente avisada por alguma denuncia anônima. Todos os alunos foram liberados pela manhã, após uma bronca e uma advertência do Reitor Robertson-Smith. Você achou curioso que ele estivesse com os pés de sapatos trocados e meias diferentes, algo bastante peculiar para um homem como ele e notou quando Victoria Griffin (@vicgriffinn) tirou uma foto discretamente em seu celular.
Quando acordou, ainda com uma ressaca horrível de bebida barata, praguejando por George Wheeler, presidente da Kappa Sigma, ser tão mão de vaca. Não pode deixar de reparar na foto ao lado do seu celular. Balançou a cabeça algumas vezes, esfregou os olhos, e respirou fundo antes de olhar a foto mais uma vez. Era uma polaroide da foto de registro que você tirou quando entrou na cela da Polícia do Campus. Mas não era bem você, era seu eu do futuro... 10 anos envelhecido. Como isso era possível? Você não tem muito tempo pra pensar, diante dos seus olhos, uma marca de queimadura de revelação surge no canto da foto. Você tem certeza absoluta que viu isso acontecendo naquele exato momento. Parecia que alguém havia superexposto a foto durante a revelação, ou a tinta estava muito velha e saindo da foto.
Um SMS chega no celular e você reconhece o número como da Dra. Quarks:
Seus idiotas! Olha o que vocês fizeram! Nosso tempo está se esgotando. Tratem de terminarem as missões o mais rápido possível. Se essa foto se queimar por inteiro, significa que vocês não terão mais um futuro para voltar!
Tomado por um misto de pavor e coragem, você decide se vestir e deixar de brincadeira. Em alguns dias, você teria um trabalho a fazer, e dessa vez, você tem certeza absoluta que seu futuro depende disso
Informações OOC
O evento se encontra encerrado. Vocês podem continuar as interações com a inscrição de "Flashback Halloween After Dark" nos turnos.
Os Personagens que não receberam as fotos estão com seus futuros intactos
Marcelo Dragna (@mdragna) recebeu APENAS a foto.
As fotos de Marcelo Dragna, Riley Kalman e Harvey Wang estão mais queimadas do que as outras.
Vocês podem voltar as interações normais.
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ficjoelispunk · 1 year
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The coffee of Love - Capítulo 01 - Sábado.
Avisos da fic: Bom este é o primeiro episódio, aqui não há nada além de tensão, ansiedade, e mais tensão. E lógico, nosso querido Marcus Pike sendo um galanteador, cavalheiro, charmoso, e brincalhão.
PRÓLOGO.
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Resumo: Mais um dia comum em sua vida, se não fosse pela presença de um homem que você nunca viu na vida, mas que alterou a química do seu cérebro em segundos. Marcus o nome dele. Você não pode evitar ser atraída como um cachorrinho por ele.
A brisa do mar mediterrâneo é seu melhor despertador. Sua cama fica posicionada num local estratégico, e quando sua janela fica aberta, a brisa fresca da manhã entra no seu quarto sem pedir licença. É bem cedo ainda, mas você gosta de fazer as coisas no seu tempo, sem pressa, então quando sentiu o vendo fresco invadindo o quarto e refrescando seu corpo, você se espreguiçou. Esticou todos os músculos o máximo que pode, sentou-se ainda na cama, o sol ainda não tinha aparecido no céu.
Se arrastou até a beirada da cama, e levantou-se preguiçosa, levantando os braços acima da cabeça, e ficando nas pontas dos pés, se espreguiçando mais uma vez. Deu pulinhos até a sua janela, ela era grande, o pé direito do seu apartamento era alto, e a janela quase batia em suas canelas, do lado de fora, tinham flores que caíram por toda a lateral dela, como se fosse uma cortina natural, com flores rosa pink. Você se encostou no vidro aberto, observou o mar, as casinhas abaixo de você e sorriu. Feliz em estar ali, naquela pontinha de pedra europeia, olhando para a imensidão do mar mediterrâneo.
“Boungiorno” um casal de senhores que passaram pela viela gritou para você.
“Boungiorno” você acenou.
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Trocou de roupa, colocou um vestido lilás de alcinha, que fazia um decote simples em seu peito, não era vulgar, mas despertava desejo em quem tivesse interesse, nos pés um Oxford batido, mas confortável. Amarrou o cabelo em um rabo de cavalo desleixado, alguns fios ficavam soltos na frente do seu rosto, fazendo as ondas do cabelo contornarem suas bochechas. Não se importava muito com a roupa, porque chegando na cafeteria você teria que vestir o uniforme para trabalhar.
Colocou alguns itens essenciais numa bolsa de ombro, e desceu as escadas. O caminho para a cafeteria era tranquilo, você precisava descer algumas ruas, a volta para casa sempre era mais difícil, você precisava subir, e por passar muito tempo em pé, as pernas pesavam.
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Chegando na porta do Café, você vasculhou a bolsa pela chave, abriu a porta, e entrou. Como você era apegada aquele cantinho. Olhou no relógio, 7:20 a.m. Fechou a porta atrás de você, acendeu as luzes, e foi para a área de serviço trocar de roupa.
Lorenzo, já estava lá preparando todas as delícias que vocês vendiam na cafeteria, ele arremessou um Zeppole para você, enquanto você ainda estava distraída amarrando o avental.
“Ei!” você gritou, mas conseguiu segurar a tempo, analisou a obra de arte de Lorenzo em suas mãos.
“Bongiorno” Ele falou pra você rindo, e organizando as assadeiras.
“Bongiorno” você respondeu e mordeu um pedaço da rosquinha, “hmmmm” você mastigava de olhos fechados, “Eu te amo Lorenzo” você falou ainda enquanto mastigava e ergueu o Zeppole como um troféu. Lorenzo sorriu e balançou a cabeça revirando os olhos.
Quando chegou no salão, Sr. Francesco já estava posicionado na sua mesinha, ele morava em cima da cafeteria, então era só descer as escadas e já estava pronto para o trabalho.
“Bongiorno mia bella” Ele falou te olhando por cima dos óculos, com o jornal já aberto em sua frente.
Você sorriu, “Bongiorno Sr. Fran, quais as novidades no mundo?” você perguntou enquanto já agilizava o café para ele.
“O de sempre, empresários ficando mais ricos e destruindo mais o planeta, crianças com fome, e homens fazendo coisas estúpidas de homem.”
Você se aproximou da mesa, deixando a xícara de café para ele, e mudando a página, apontando para as chamadas rápidas das matérias, “Após decepção em lançamento de livro, escritor tem reviravolta graças à bondade de um completo estranho.” Apontou para outra “Estudo internacional com pele de tilápia auxilia em cirurgia de córneas de cachorros.”
Sr. Francesco olhou para você, e sorriu, você mostrou as palmas das mãos e sorriu também. “O mundo não te merece mia bella”. Você o escutou falando enquanto você andava em direção ao balcão, sorrindo.
“Ainda existe bondade no mundo sr. Fran”
“Você vê bondade porque você é bondosa.” Ele pontuou com uma frase de efeito, como sempre.
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O dia passava como todo e qualquer dia na cafeteria, você atendia os clientes da casa, e alguns outros que estavam só de passagem, desconhecidos. Era corrido, mas sempre havia um horário da manhã que ficava mais tranquilo, você aproveitava para sentar-se no banco atrás do caixa.
Você estava lendo um livro, l’Arte Italiana de Gloria Fossi, Mattia Reiche e Marco Bussagli, com as pernas cruzadas sob os joelhos, completamente imersa naquelas imagens incríveis que você gostaria de tatuar em seu cérebro. Era incrível como alguém conseguia construir catedrais, murais, vitrais, em desenhos perfeitos, aquilo era um superpoder?
Você foi sugada para o mundo real, quando alguém bateu sobre a caixa registradora te chamando a atenção. Você levantou a cabeça, e se deparou com uma arte?! Sua boca caiu levemente, enquanto olhava para o homem em sua frente. Cabelos castanhos levemente cacheado, alto, braços definidos, musculosos, barba um pouco desleixada, mas era um charme, lábios carnudos, um olhar profundo, ligado diretamente no seu olhar, e, uma covinha que apareceu quando ele começou a sorrir para você com as sobrancelhas arqueadas, tentando entender o que você estava pensando completamente congelada encarando-o.
Você lembrou de respirar. Soltou o ar com um sorriso, enquanto balançava a cabeça, tentando organizar as ideias, você não sabia nem seu nome se ele perguntasse.
“Desculpa eu...” você inspirou o ar pela boca, enchendo os pulmões, e olhou para o livro na sua mão “me distraí” balançando o livro pra ele ver.
Ele assentiu, ainda sorrindo meio torto, o que dificultava muito a sua vida. Você nunca tinha visto aquele homem. Era certeza absoluta, porque o efeito que ele causou em você, você iria se lembrar com certeza, se já tivesse o visto.
“Arte Italiana é realmente uma distração.” Ele falou com uma das mãos no bolso, enquanto a outra ainda estava descansando em cima da caixa registradora em sua frente, ele olhou para trás, e procurando por algo. A voz rouca e grossa, fez você sentir um frio na barriga. “Então...” ele falou se inclinando para você, com as sobrancelhas arqueadas novamente.
Foi quando você se lembrou que você estava numa cafeteria, e que você era garçonete, e que ele era um cliente, e estava na sua frente, querendo fazer um pedido.
“Oh” você se endireitou no banco como em um susto, descruzando as pernas, e pulando para o chão, deixou o livro cair, “droga”, você passou as mãos no avental para ajeitar e olhou para ele “Desculpa, como posso te ajudar? Temos espresso, descaffeinato, doppio, cappuccino, Latte macchiato” foi falando enquanto entregava o cardápio para ele, “se preferir escolher um lugar para se sentar, posso anotar seu pedido quando você escolher.”
Ele ficou te olhando com um sorriso, reparando na sua ansiedade e nervosismo, mas assentiu e escolheu a mesa ao lado do Sr. Francesco. As duas mesas eram posicionadas bem no canto da cafeteria, em frente a janela que dava uma visão da rua.
Depois que ele se sentou, abriu o cardápio e passou os olhos por todo o menu. Você estava ainda respirando de forma completamente irregular, com a boca aberta, enquanto encarava o homem, um formigamento no estomago, uma ansiedade descabível.
Sem pretensão, olhou de relance para o Sr. Francesco, que estava te olhando por cima dos óculos, as sobrancelhas unidas em rugas pela testa, completamente confuso, pois nunca havia visto você agir daquela maneira. Nem você sabia o que estava acontecendo. Ele se moveu para olhar por cima dos ombros, o homem sentado de costas para ele. Olhou de novo para você, e ergueu as sobrancelhas como quem perguntava “você gostou dele?” o que te fez sorrir e balançar a cabeça, desviando o olhar. Porque dentro da sua cabeça você estava, certo, meu Deus, o que está acontecendo? Eu gostei dele? Eu gostei dele. Ele é lindo. E tem olhos lindos, e um sorriso perfeito.
“Mia bella...” Sr. Francisco te chamou, te fazendo erguer a cabeça, e notar que o homem estava pronto para fazer o pedido.
Você assentiu com a cabeça. E se direcionou a mesa dele. “Posso ajudar?” você falou meio ofegante, o que te deixou meio sem graça.
Ele sorriu, e apontou para o cardápio “Vou querer um espresso duplo, e o que seria esse Bomboloni?”
“hmmm, boa escolha, Bomboloni é como se fosse um donuts,  mas sem o furo no meio...” ele não deixou você terminar.
“Perfeito, quero um Bomboloni” ele falou olhando para você e imitando seu jeito de falar o nome do alimento.
“Ok, eu volto em um minuto com seus Bomboloni” você falou imitando o jeito dele de falar. E sorriu enquanto anotava na comanda. O que te impediu de ver a forma como ele te olhava, de cima em baixo, como se quisesse gravar sua imagem no cérebro dele, como você queria tatuar as artes italianas no seu cérebro.
Marcus nunca tinha visto uma mulher como você. Você era lindíssima, traços fortes, jeito leve de se mover, mãos bonitas, cabelo perfeito, sorriso impecável, simpática, tinha algo em você que era diferente de tudo que ele já viu. A viagem dele era para esquecer um amor. Mas ele nunca pensou que poderia ser tão rápido, aquele era o primeiro lugar que ele tinha entrado assim que saiu do hotel. Mas ele agradeceu por nada ter dado certo, e por ter entrado na primeira cafeteria, e pelos seus olhos terem sido abençoados com sua imagem.
Você foi buscar o pedido dele. E fez todo o trabalho sorrindo, feito criança. Voltou para a mesa para servi-lo, com muita concentração, você estava um pouco distraída demais essa manhã. Quando terminou de colocar todos os itens na mesa, levantou o olhar para ele. Ele já estava te olhando. Estava te estudando, os olhos cravados no seu rosto, piscando lento, passou a língua nos lábios. Tombou a cabeça de lado.
Do jeito que você se inclinou para servir o pedido dele, vocês ficavam bem próximos, Marcus conseguia sentir o cheiro do seu perfume, Frutal, fazendo com que ele quase se inclinasse para respirar você com mais atenção. Você só se deu conta da proximidade de vocês quando endireitou o corpo, e reparou nele também. Você assentiu com a cabeça, e deu um sorriso.
“Algo mais?” Você perguntou baixinho. Se demorando mais tempo do que o comum para atendê-lo.
“Sim...” ele respondeu olhando para você, como se quisesse pedir algo sem saber como. Você tombou a cabeça para o lado e ergueu a sobrancelha. Ele abriu a boca, fechou, olhou para o café o Bomboloni na frente dele, balançou a cabeça “Não, é isso mesmo. Obrigado.”
Você mordeu o canto da bochecha, os braços cruzados atrás do seu corpo, você ficou na ponta dos pés enquanto assentiu para ele, e voltou para seu posto. Nesse meio tempo, várias pessoas entraram, tomaram cafés rápidos, comprar pães, doces, e o homem ainda lá. A sua sucessora chegou, e você foi trocar de roupa, colocou seu vestido lilás, prendeu o cabelo em um coque desajeitado. E saiu.
O homem não estava mais na mesa. Você chegou perto do Sr. Fran para se despedir, “Até amanhã sr. Fran, não esqueça de fazer o pedido dos queijos por favor, e amanhã chega os frios, vou chegar mais cedo...”
“Não, mia bella, pode deixar que eu recebo, bom descanso, e cuidado na rua, qualquer coisa grite.” Ele dizia enquanto segurava sua mão.
Marcus ficou observando você, e a forma como você se comportava. Sempre tão educada e gentil com todos. Carinhosa, e cuidadosa com esse senhor.
Você tombou a cabeça com curiosidade, e ele balançou a cabeça para trás. Mas você não entendeu. Colocou a mão no ombro dele. E assentiu. Quando se virou para trás, entendeu do que ele estava falando. O homem lindíssimo por quem você se derreteu em 5 segundos de convivência, por pura carência, estava atras de vocês segurando a porta para você. Um grande cavalheiro. Você pensou enquanto passava por ele, mordendo os lábios.
“Obrigada.” Você agradeceu quando já estava na rua.
“Por nada.” Ele deu um passo ao seu lado, e você parou para olhar.
“Sabe, esse livro que você está lendo, você não acha que seria muito melhor conhecer os lugares, e as obras pessoalmente, já que você já está aqui na Itália?” Ele perguntou enquanto fazia sinal para você seguir seu caminho porque ele iria te acompanhar. Você hesitou.
Quando olhou para trás, Sr. Fran estava de pé olhando pela janela da cafeteria, o que fez você querer sair correndo dali. Você só deu passos largos, para sumir do campo de visão dele. E quando percebeu que estava em uma distância segura, voltou sua atenção para a pergunta do homem.
“Meu nome é Marcus, por falar nisso.” Ele disse virando o corpo de frente para você e dando passos de costas pra rua.
“Eu adoraria conhecer pessoalmente, mas no momento os livros me satisfazem”. Você não iria assumir que era uma quebrada para ele.
Ele olhou para o céu e balançou a cabeça indignado. “Isso é besteira!” ele soltou os braços no corpo.
Ele iria atravessar a rua de costas, e quase foi atropelado por uma vespa, mas você segurou as laterais dos braços dele, em um movimento de urgência, e puxou ele para você, impedindo o acidente.
“Pazzo!!!” o piloto buzinou e gritou depois de passar a milímetros de corpo de Marcus.
O corpo de vocês estavam um ligado ao outro. Marcus era bem mais alto que você, e grande, as costas largas, os ombros delineados. Você o puxou segurando em seus bíceps, e suas mãos não conseguiam nem chegar no meio da circunferência do braço. O cheiro dele era inebriante, e o corpo quente.
Marcus passou os braços por você e segurou seus cotovelos, as mãos grandes seguravam as costas dos seus braços também, forte, firme. Ele estava olhando para o rapaz da vespa enquanto você estava perdida nele. “O que ele disse?” ele perguntou, mas você não conseguiu responder.
Você levantou sua cabeça para olhar para ele “Você está bem?” perguntou limpando a garganta.
Ele estava empurrando você gentilmente para trás, e sua voz o fez olhar diretamente em seus olhos.
“É, estou bem.” A distância era mínima entre seus rostos, você sentiu o hálito quente dele na sua cabeça. Sua respiração ficou irregular, seu corpo começou a formigar, não conseguia entender o que estava acontecendo, mas seu corpo estava reagindo a ele.
Querendo se livrar da confusão mental e corporal que ele estava te causando, você o empurrou devagar, fazendo com seus corpos se afastassem, você olhou para o chão, abaixando a cabeça, deu mais um passo para trás, se separando dele, segurando seus braços na frente do seu corpo.
“Isso” você falou indicando para a rua, “é besteira”.
Ele riu, e concordou balançando a cabeça. “De onde você é?” Ele perguntou, te olhando com as mãos no bolso.
O cara estava realmente querendo conversar com você. Você passou a mão abaixo dos olhos, para não estragar seu rímel, e sorriu, olhando para rua.
“Desculpa não queria ser chato, nem te importunar.” Ele falou abaixando a cabeça e se afastando.
“Não, tudo bem. Não está sendo chato. Eu sou daqui, moro aqui, trabalho na cafeteria caso você tenha se esquecido, e vivo aqui.” Sua mão ajeitou sua bolsa no ombro, estava pesada por conta do seu livro que estava lá dentro.
“Você estuda arte, ou algo assim?” Ele perguntou apontando para sua bolsa, indicando o livro.
“Não...” você fez uma pausa, se envergonhando um pouco por não ter uma graduação. Mas aproveitou a oportunidade por se tratar de um desconhecido, e sem ser audaciosa completou “Mas sou pintora, eu pinto telas.”
“Ual, estou diante de uma artista.” Ele falou sorrindo. O sorriso dele era contagiante, Marcus era expansivo, caloroso, charmoso, simpático, educado.
Você apontou para seguirem o caminho. Ele te acompanhou e estendeu a mão se oferecendo para segurar sua bolsa. Como não tinha nada a ser roubado ali, você entregou.
“E você? Está de passagem? O que faz para viver?” Perguntou dando uma chance para a oportunidade.
“Eu trabalho com Arte, moro em Washington e estou de férias.” Ele disse dando de ombros.
“Com arte?” Você se virou para ele, “O que você faz? Trabalha em museu ou algo assim?” perguntou com animação.
“Algo parecido com isso...” Ele não quis aprofundar. “Então, como você mora aqui, seria muita audácia pedir para que você me ensine o que fazer nesse lugar?”.
Vocês estavam quase chegando na sua casa, você parou um pouco antes das escadas, no seu apartamento, a escada de acesso era do lado de fora. Assim separava-se a casa de baixo, com a casa de cima.
Você suspirou. “Eu não posso, vai que você é um psicopata e me sequestra para tráfico de mulheres.”
Ele sorriu, “Eu jamais faria algo do tipo, a não ser que você quisesse.”
“Então você é um psicopata?” você perguntou encenando uma cara de medo.
“Não, eu sou um cara do bem. Posso provar.” Ele disse procurando algo no bolso.
“Se você vai me oferecer dinheiro, eu juro por Deus que vou socar a sua cara. Ou se você estiver armado, eu quero avisar que também estou.” Você falou em tom de brincadeira, mas se ele oferecesse você iria ficar realmente muito ofendida.
Ele tirou uma carteira, e mostrou o distintivo do FBI. E você gargalhou, jogando o corpo pra trás.
“É isso que você usa para seduzir as mulheres?” você estava rindo muito.
“Ei, isso aqui é de verdade” Ele disse enquanto conferia o distintivo para ver se era a mesma coisa que vocês dois estavam vendo.
“Você quase foi atropelado por uma vespa a minutos atras, que tipo de agente do FBI é você?”
“O tipo que cuida do setor de Artes” ele falou balançando o corpo na última palavra para enfatizar.
Você ainda estava sorrindo, colocou a mão sobre a boca, para se controlar e balançou a cabeça para dar um certo mérito a ele. “É, faz sentido, afinal, como poderia ser perigoso né? Alguém te atingir com um pincel.”
“ha ha ha, muito engraçadinha. Para seu governo, nós combatemos quadrilhas que roubam e matam por quadros, e vários artefatos de arte raríssimos, que valem fortunas.” Ele estava palestrando, e balançando o dedo como quem dá uma bronca.
“Certo, agente. Me perdoe, você realmente é um agente que combate o crime e salva a cultura de milhares de países.” Você falou séria. Tentando segurar o sorriso e o sarcasmo.
Ele te deu um empurrãozinho leve.
“Meu trabalho também é muito importante, eu mantenho pessoas sãs e felizes com doses de cafeínas, eu entendo a responsabilidade, por isso não consigo ser sua guia.” Você indicou o caminho atrás de vocês com a mão.
“Eu sei, e isso é maravilhoso. Mas você tem a tarde livre não tem? Não custa nada, um ou dois dias me mostrar o que tem de bom nessa cidade, embora eu acredite que já tenha visto.” Ele falou com os olhos maliciosos, escurecidos.  “E, eu corro perigo nas ruas desse lugar, se não fosse por você eu estaria esmagado no chão de Positano”
O jeito que ele falou fez seu estomago gelar, era estranho pensar ou supor que ele estava se referindo a você. Seus lábios se separam, e você piscava, como se estivesse enfeitiçada. Mas, voltou a si, e fechou os olhos, balançando a cabeça, ignorando o que você supôs ser uma cantada.
Você cruzou os braços, olhou para o chão, chutou o ar, e se rendeu. “Ok, eu saio da cafeteria...”
“14:15.” Ele te interrompeu.
Você ergueu as sobrancelhas em desdém, “Muito bem, sr. Agente do FBI” você pediu para ele a bolsa que estava pendurada nos ombros dele “esteja lá esse horário, e vista algo fresco, feliz, praiano.” Você se virou para subir as escadas.
“Você acha que eu não estou com roupas adequadas?” Ele esticou a camiseta abaixo dele para olhar.
Você fez um sinal com o dedo subindo e descendo pelo corpo dele, “Só se você quiser cozinhar embaixo dessa roupa de Agente que nunca tira férias.”
“Ai.” Ele respondeu como se estivesse com dor.
“Vejo você amanhã, tente não ser atropelado por nenhuma vespa”. Você estava entrando no apartamento.
“Tão engraçadinha.”
Você passou pela porta, encostou as costas nela. Jogou a bolsa no chão. E ficou olhando pro nada, repassando aqueles minutos que passou com Marcus o agente do FBI, que trabalha com artes. O mundo é completamente maluco. Você estava com um sorriso persistente no rosto, mordiscando as peles soltas do seu lábio. Vamos ver o que pode acontecer.
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guidanceoflove · 18 days
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Chained up Scarlet- Capítulos 1-5
    Aviso!! Estou lendo as história utilizando o google lens, algumas informações podem não ser precisas. A história se inicia com duas vozes de dois garotos, um deles estava rindo um pouco nervoso e pergunta “ Por que você está me filmando “, recebendo risos e a resposta “ Eu só quero registrar o seu canto, Tao. O que você vai cantar agora?”, o então Tao responde em um tom brincalhão que se fosse assim o outro garoto, Kinari, também deveria cantar assim a gravação teria a voz dos dois.   Essa introdução então termina e é mostrado um monólogo de Tao, falando sobre viver e não viver, questionando seus deveres neste mundo até que o monólogo acaba e somos apresentados a um oceano com uma ilha ao fundo, um figurante gritando “Ah!! Então aqui que fica Monkey Cage…”, com outro respondendo incrédulo com a localização da prisão de segurança máxima da região.
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  Assim que o barco chega ao presídio,Kodama o chefe principal responsável por tomar conta dos prisioneiros dá a eles suas informações, uniformes e números de identificação, Tao sendo 500010 ( ou apenas 10 !! ).
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Alguns prisioneiros tentam contestar Kodama mas são rapidamente detidos oralmente por sua autoridade, encerrando seu discurso se direcionando ao prisioneiro 500017 ( ou apenas 17 !! ). O prisioneiro de número 17 começa a falar de uma forma como se estivesse lendo, repetindo as informações dadas pelo general provocando uma reação irritada da parte dele, enquanto Tao entra em choque ao ver o garoto de aparência delicada, em seus pensamentos dizendo “Impossível…Aquele rosto só pode ser-”
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Sendo acordado de seu pequeno transe por Kodama que manda todos os prisioneiros irem para os quartos e dormir. Tao vai atrás de 17 o chamando de Kinari, mas o outro não responde. Tao então recebe um aviso de Kodama novamente e vai para seu quarto, encontrando seus companheiros de cela que perguntam a razão do garoto mais jovem ter se juntado a eles naquele local, Tao diz que foi preso por roubo, o que gera o riso dos outros prisioneiros dizendo que é impossível que um crime bobo desses tivesse levado Tao a ir para aquela de todas as prisões, o chamando assim de azarado e todos vão dormir, exceto Tao que está preso em seus pensamentos refletindo sobre o quão azarado ele sempre foi desde a infância, apenas estando grato por ter um local para dormir agora junto do quanto o prisioneiro 17 é idêntico ao seu ex colega de turma durante a época da escola, sonhando com suas memórias de Kinari.   No dia seguinte, Tao recebe a responsabilidade de limpar o pátio da prisão, o que ele faz de bom grado não querendo problemas ou pensando em possibilidades piores de trabalho, quando ele avista o outro garoto que seria parecido com “Kinari”. Sem hesitar ele se aproxima do outro garoto
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perguntando se ele se recorda de ser seu colega de turma, até mesmo dizendo seu nome completo: Tao Kinouchi, para extrair alguma reação do outro, que apenas dá de ombros e diz que não se lembra, dizendo que conversa não fazem parte de seu trabalho. NO PRÓXIMO PARÁGRAFO SERÁ APRESENTADO ASSÉDIO SEXUAL!!!! Após a próxima imagem a história seguirá normalmente.     Tao, enquanto realizava suas tarefas ouve vozes elogiando Kinari porém de um suspeito, o que chama a atenção de Tao, que vai até onde eles estão posicionados e então se depara com a cena de dois homens flertando com Kinari, que não parecia conseguir se defender propriamente, apenas dizendo coisas não muito condizentes com o contexto quase como se não estivesse ali, o que instigou ainda mais os outros prisioneiros ase aproximarem do garoto enquanto o chamavam de lindo igual uma princesa. Tao então entra no meio do diálogo defendendo Kinari dizendo que ele não estava interessado neles, os homens então sorriem e tiram sarro de Tao por ter entrado ontem e já estar se achando tanto para confronta-los, sugerindo que ele poderia se divertir com a “princesa” também.
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Um loiro, Raito Kitakata entra no meio da conversa se introduzindo aos novatos e diz que eles estavam em sua facção, deixando os homens atordoados por essa informação e diz que é injusta a velocidade em que o “Rei” consegue mais membros. Kinari não responde, apenas identificando Raito como alguém importante no ambiente da prisão, enquanto Tao o questiona se eles estão mesmo na mesma facção e outras perguntas, Raito, o Rei da prisão, responde que o convite está sim aberto mas eles não são obrigados a entrar, continuando que existem várias outras mas que deveriam tomar mais cuidado, assim deixando o o local.   O No dia seguinte Kinouchi é mandado para limpar uma das celas solitárias, uma tarefa perigosa, pensa o garoto, mas ele vai mesmo assim e pretende terminar isso rápido.
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Ao chegar na cela, ele vê uma garrafa de vinho e fica surpreso por terem isso na prisão, mas aproveitando que não havia ninguém lá, Tao limpa o local rapidamente e de repente dois homens aparecem, Kuguri Doumeki, o prisioneiro na qual a cela pertence. O homem estava acompanhado de um oficial de polícia que o estava elogiando e massageando, Tao assiste a cena congelado pela sua excentricidade. Ao ser notado, Kuguri se aproxima de Tao e parece interessado no mais jovem, até o dando um apelido, “macì”, urso de pelúcia em hungraniano, até pedindo para que Tao se junte a ele, oferecendo o “privilégio” de que ele poderia tocar em seu corpo enquanto se mostrava, deixando o outro extremamente envergonhado e intimidado.
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Tao então diz que não tem interesse e se desculpa antes de sair, retirando risos de Kuguri, que em resposta diz que seria ótimo para ele se eles ficassem juntos, dizendo que a vida de Kinouchi iria mudar completamente e ser inundada por uma enorme quantia de desespero e isso seria de uma grande diversão para ambos.   Após a interação conturbada, finalmente Tao está liberado para ir ao refeitório para almoçar, então ele segue até o local e percebe uma certa comoção, e novamente se depara com uma cena peculiar: um outro garoto, não parecendo tão mais velho que ele mesmo, falando com algo, um telefone, apresentando a sua comida para os espectadores, falando em um tom extremamente alegre e inocente, até comentando que eles haviam feito sua sobremesa favorita, pudim.
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Os outros prisioneiros presentes no refeitório começaram a murmurar sobre o quanto eles desgostam do garoto em questão, vendo a confusão de Tao ao vê-lo, e explicam que ele era muito exibido e sempre era tratado diferente por ter uma influência grande online, não entendendo como esses privilégios existem em um local como a prisão. Dando de ombros para a comoção, Tao apenas come seu almoço quieto, até que o garoto se aproxima dele e se apresenta como Chihiro Natsuyaki, surpreso por Tao não o conhecer ou olhar com desgosto. Tao pergunta como Chihiro possuía um telefone em mãos e a qualidade em almoço, Chihiro ri e diz que deixaram ele continuar seu trabalho como influenciador digital para”melhorar” a reputação do local ou algo assim, ele não se importa muito.
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Chihiro então pergunta se TaoTao, ( apelido dado por Chihiro )  gostaria de algo do prato dele, e Tao nega por já ter terminado sua parte, e também por preocupação ao fato de Chihiro não ter comido praticamente nada indo direto para o doce, mas Chii, como Chihiro se refere a si mesmo, diz que está tudo bem e ele não estava com fome, e pergunta se Tao queria gravar um vídeo com ele, Tao diz que não se sente confortável com câmeras. Mudando o assunto para as faccções, eles debatem sobre se aliar com Raito e Kuguri por serem fortes e bem respeitados no local, mas Tao parece inseguro enquanto Chihiro se sente mal de escolher um lado, tratando isso deforma descontraída como se fosse amigo de ambos mesmo não sendo. Chihiro revela que ouviu que algo grande vai acontecer em breve, similar a uma guerra, o que deixa Tao confuso tanto sobre Chihiro quanto sobre suas intenções.
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  O segmento da prisão é interrompido pelos administradores da HAMA Tours, Kafka, O jogador e os demais condutores sobre os planos de formação do terceiro grupo, Kafka querendo recrutar alguns dos prisioneiros e os dando a chance de trabalhar como Idols na empresa, se divertindo com a perspectiva de tornar pessoas odiadas em pessoas admiradas e amadas pelo público, houveram algumas discussões e contratempos entre todos os membros mas a ideia foi aceita, Nayuki e o jogador aceitando cuidar das negociações com a prisão e vão até lá, recebendo orientações de Kodama que já estava ciente dos planos de Kafka e diz que foi organizado um jogo de sobrevivência entre os prisioneiros, e apenas 5 poderão sair do local, sendo dadas a eles armas de choque de vários modelos para um duelo mais justo com suas habilidades. Nayuki e Hamasaki, o jogador se acomodam na sala de comando e aguardam o início das atividades.   Voltando para o ponto de vista de Tao, no amanhecer todos os prisioneiros são comunicados e levados para os arredores da ilha em que a prisão se localiza, podendo escolher entre cinco tipos de armas, shotgun, pistola, revólver de mão, sniper e um rifle. Tao surpreendentemente conhece bastante sobre armas e parece extremamente animado com o “jogo de sobrevivência” se sentindo dentro de um videogame de verdade e ficando surpreso com as tecnologias do presente. O garoto debate um pouco mentalmente sobre a melhor arma a ser escolhida e acaba escolhendo o revólver de mão que é mais cauteloso e não retira toda a sua mobilidade. Após todos escolherem suas armas, Kodama, explica as regras do jogo: todos estarão soltos pelo território com apenas algumas localizações podendo ser usadas como área de descanso, as armas atiram uma tinta que eletrocuta e paralisa o oponente assim o removendo do jogo, o jogo se encerrará quando houverem apenas 5 finalistas, e esses 5 finalistas ganharam um prêmio.     Tao Kinouchi então abre um sorriso e se prepara para o “battle royale”, ansioso para ser um dos vencedores. 
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lucasa94 · 2 months
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Classe: Personagem.
Nome: Duende Verde.
Gênero: Masculino.
Ocupação: Super Vilão.
Aparência: O Duende Verde se utiliza de uma máscara e uniforme com o tema de duende, além de um planador que o permite voar sobre Nova York.
Personalidade: O Duende Verde é o alter ego de Norman Osborn, e sua personalidade é louca e genocida que não se importa em matar pra conseguir seus objetivos.
Habilidades: força, velocidade, agilidade, reflexos e durabilidade sobre-humanas, vigor super-humano, fator de cura acelerado, mestre em combate corpo-a-corpo, intelecto genial, grande estrategista, exímio inventor (entre suas invenções: o planador que o permite voar, as abóbora-adagas e bombas para fins ofensivos).
Biografia: Norman decidiu ter total controle da Oscorp quando Mendel foi preso por práticas ilegais. Enquanto lia algumas anotações de Mendel, ele encontrou uma fórmula secreta que o faria superpoderoso. No entanto, seu filho Harry, cansado de ser ignorado e rejeitado por seu pai, trocou os compostos da fórmula, o que a tornou verde e acabou explodindo no rosto de Norman. Mais tarde no hospital, Norman se encontrou pensando mais claramente que antes, sem saber que isso o tornaria insano. Objetivando mais poder, ele planejou se tornar o maior chefão do crime de Nova Iorque, unindo todos os grupos criminosos para que, assim, ele pudesse ter total controle sobre a criminalidade de Nova Iorque. Para provar seu poder e estabilizar sua reputação, ele escolheu o Homem-Aranha como vítima e mandou dois criminosos atrás dele. Ambos foram derrotados pelo super-herói, então Norman decide fazer algo com suas próprias mãos. Lembrando-se de um gigante e monstruoso duende verde que aparecia em seus pesadelos quando criança, ele criou para si um visual baseado nesse monstro e, assim, nasceu o Duende Verde.
Criadores: Stan Lee e Steve Ditko.
Primeira Aparição: The Amazing Spider-Man #14 (julho de 1964).
Opinião: Embora goste muito do Venom, acredito que o grande nemesis do Homem Aranha seja mesmo o Duende Verde, ele causou muita dor a Peter e o deixou mais a beira da loucura, sendo um inimigo macabro e tão forte e poderoso quanto o Homen Aranha, e sempre é um problema quando aparece.
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thefallen-archive · 2 months
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KINGSLEY'S MISSION || PREP HEIST POV
Roube o PEM (Pulso Eletromagnético) que está no laboratório de Física da UCLA, no prédio de Física Aplicada 2. O objeto se encontra dentro de uma van branca, estacionada na lateral do prédio, que deverá sair de lá por volta das 14h para ser emprestado para o Departamento de Física da USC
@tbthqs
STATUS: SUCESSO
Quando Vincent viu a mensagem da sua missão, ele amaldiçoou tantas gerações de Quarks que talvez Harvey Wang estivesse certo em chamá-lo de bruxo.
Filha da puta. FIlha da puta, filha da puta, mil vezes filha da puta.
Enquanto outros tinham missões como comprar roupas (e nem conseguiam cumprir com isso), Vincent foi designado para roubar um Pulso Eletromagnético. O problema principal de se enviar uma mensagem desse calibre para justo Kinglsey entre todos os viajantes era que ele tinha uma mania terrível de fazer as coisas sozinho. Mesmo no futuro, na clínica; sua sociedade com Ringo só deu tão certo porque suas fortitudes se complementavam, e, o mais importante: cada macaco ficava no seu próprio galho, fosse conseguir clientes ou as cirurgias. Agora, o galho de Vincent era uma van branca estacionada no prédio de Física Aplicada 2, e não se sentia confortável o suficiente para erguer a mão e pedir ajuda. Principalmente não depois de caçoar de Ringo ao forçá-lo a se unir com o pior dos Dragnas– e ainda perder a maldita aposta no processo. Era ele por ele mesmo. Que merda.
Tinha de ser esperto, acima de tudo. Não poderia deixar transparecer um grama de ansiedade que fosse quando tivesse de mentir.
Foi utilizando os benefícios como vice presidente do Governo Estudantil que descobriu quem eram os tais empregadores que viriam buscar a van. Descobriu por essa lista também quem era o supervisor daquela seção, o modelo do veículo e os nomes de outros possíveis motoristas escalados, incluindo um recém-contratado. Não foi nada complicado depois daquilo de encontrar quais eram os uniformes que eles utilizavam, e de comprar um igual para ele mesmo junto com um boné também, da mesma cor do uniforme, e uma capa de carro para a van.
Então, o derradeiro dia que precisava roubar o objeto chegou. Se o caminhão fosse transportado às 14h, Vincent estava esperando lá às 13h, para esconder a lona do carro debaixo dele junto de uma troca de roupa, no momento vestido com o uniforme, um óculos escuros, o boné e um crachá falsificado que imitava o do supervisor. Ficava olhando para o relógio de pulso ou para a prancheta que havia trazido, fazendo questão de parecer irritado (até aí, não muito difícil e bastante condizente com sua postura normal). Um pouco ansioso? Talvez, mas até aí, tranquilo. Quando finalmente os motoristas chegaram (14h07, ele notou), subiu o olhar incomodado para eles.
─ Ótimo, finalmente. ─ folheou bem irritado os papéis com as escalas de trabalho que havia conseguido antes, deixando os homens verem que ele tinha alguma credibilidade no mínimo. ─ Espera... Nenhum de vocês é o Tristan Valois, é? Ele chegou a falar algo com vocês? Deus, esse novato folgado já está me dando nos nervos. ─ falava com a confiança de quem havia estado à frente da gerência de uma clínica por anos. ─ Seguinte, mudança de planos. O treinamento do Tristan vai envolver esses transportes intrauniversitários, e que inclusive já era pra ele estar aqui por ordens do sr. Hall... ─ olhou para eles por cima dos óculos escuros. ─ Vocês por acaso sabem onde ele está? Não estão cobrindo pra ele, né? ─
Os dois motoristas recuaram e pediram desculpas, que não sabiam onde o tal Tristan estava, que ele tinha acabado de se juntar, e que aquilo não era culpa deles. Vincent quase sentiu pena de estar envolvendo trabalhadores honestos no meio daquela mentirada sem fim- mas se dissesse que sentiu compaixão por mais de um segundo, estaria mentindo. ─ Sem desculpas, por favor. Isso aqui precisa ser entregue já, e se ele não estiver aqui em quinze minutos, é o pescoço dele que roda... E eu não quero falar o de vocês também, mas se a escala dele mudou... Não checaram as de vocês? ─ os homens ficaram brancos como papel. Desculpe, senhor, desculpe. Vincent pediu as as chaves da van e eles as entregaram, saíram correndo para checar suas novas escalas sem mais perguntas.
Vincent suspirou aliviado quando deram as costas. Depois de alguns minutos que eles foram embora, pegou a capa e as roupas debaixo do carro e entrou na van, dando a partida e indo embora. A estacionou nos fundos do estacionamento coberto e reservado que os Kingsley tinham direito por conta das doações, se trocou dentro da van e cobriu o veículo com a capa comprada, saindo do estacionamento sozinho e sem levantar mais suspeitas, apenas digitando no celular para avisar a Dra. Quarks do sucesso na missão. Teria de estacionar o próprio carro na casa de Jacob até o heist acabar? Teria, mas... Bem, ali a van estaria segura. Ninguém seria louco de mexer na propriedade dos patrocinadores da universidade.
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amor-barato · 10 months
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Vez por outra, indo devolver um filme na locadora ou almoçar no árabe da rua de baixo, dobro uma esquina e tomo um susto. Ué, cadê o quarteirão que estava aqui?! Onde na véspera havia casinhas germinadas, roseiras cuidadas por velhotas e janelas de adolescentes, cheias de adesivos, há apenas uma imensa cratera, cercada por tapumes.
Fecho os olhos, abro de novo, penso se não seria o flashback de um ácido tomado nos anos 60. Lembro-me que então eu não existia nos anos 60 e, portanto, aquilo é exatamente o que parece: uma imensa cratera, cercada por tapumes. As janelas, as roseiras, as casinhas, tudo foi levado em caçambas de entulho — as velhotas e os adolescentes, espero, conseguiram escapar.
Em breve, do buraco brotará um prédio, com grandes garagens e minúsculas varandas, e será batizado de Arizona Hills, ou Maison Lacroix, ou Plaza de Marbella, e isso me entristece. Não só porque ficará mais feio no meu caminho até a locadora, ou até o árabe na rua de baixo, mas porque é meu bairro que morre, devagarzinho.
Os bairros, como os homens, também têm um espírito. Uma espécie de chorume transcendental que escorre pelo meio-fio, soma de suas construções e seus personagens, sua história e sua paisagem. Perdizes é o bairro da PUC e de palmeirenses que gritam pela janela a cada gol, ensandecidos, de poetas concretos e de deliverys que vendem pizza de muzzarela mais barata a cada ano que passa, é o bairro do TUCA e do Tom Zé — que, dizem, é o jardineiro do prédio onde mora.
Da mesa do árabe em que almoço, vejo estudantes de moda da Santa Marcelina, de cabelo azul, esperando para atravessar a rua, ao lado de freirinhas que cursam pós em teologia na PUC; vejo meninos e meninas de uniforme escolar mascando chicletes, ouvindo iPod e provocando uns aos outros, daquele jeito que meninos e meninas se provocam, um segundo antes de nascerem peitos e barba; vejo um cara que vende cocada, vindo diretamente do século XIX, batendo a sua matraca. No ponto da Cardoso tem o Adão, taxista que conhece não só todas as árvores frutíferas da cidade como ainda sabe em que época cada uma delas dá seus frutos.
Às vezes, no fim da tarde, quando ouço o sino da igreja da Caiubi badalar seis vezes, quase acredito que estou numa cidade do interior. Aí saio para devolver os vídeos, olho para o lado, percebo que o quarteirão desapareceu e me dou conta de que estou em São Paulo, e que eu mesmo tenho minha cota de responsabilidade: moro no segundo andar de um prédio. É um prédio velho, tem o simpático nome de Maria Alice, mas e daí? Ali embaixo, onde agora fica a garagem, já houve uma cratera, e antes dela o jardim de uma velhota e a janela de um adolescente, cheia de adesivos.
Antonio Prata – Meio Intelectual, Meio de Esquerda in “Perdizes”
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grcckgoddess · 2 years
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▷ now playing COME UNDONE by DURAN DURAN.
Leander Lykaios Vlahakis, KING OF GREECE. 58. Father. — fc: john stamos.
Olhos perspicazes, gentis, azuis como as águas do mar Egeu. Leander é um rei que prioriza o bem estar de seu povo, move mundos e fundos, faz o impossível, e, como resultado, não é de se estranhar que a Grécia possua IDH tão elevado. Apesar das constantes transgressões de Lyra, nunca a puniu severamente — parece compreender suas necessidades num grau elementar, mais do que qualquer um, mais do que ela própria. A relação entre pai e filha é pautada em admiração, cumplicidade e respeito; mais cumplicidade do que Lyra gostaria, teme, desde que a iniciação na ordem desbloqueou do subconsciente uma memória turva de sua infância.
▷ now playing KILLER QUEEN by QUEEN.
Marisa Lykaios Vlahakis (née Narváez de Ramos), QUEEN CONSORT OF GREECE, third princess of Puerto Rico. 53. Mother. — fc: jennifer lopez.
Marisa sabia que jamais teria a coroa de seu país, então permitiu ao coração acalento em um reinado com outros tipos de súditos: as platéias teatrais. A ópera era sua vida, e assim foi durante anos, dividindo o palco com várias estrelas, construindo uma legião de fãs dentre nobres e burgueses, até o acordo matrimonial ser selado. Sozinha em um continente estrangeiro e estranho, endureceu para não ser engolida. Há verdade quando afirmam que a rainha consorte tem pouco apreço genuíno pelo povo grego, que raramente sai às ruas senão para as mostras de arte as quais estrela e financia ou, a convite de seus amigos monarcas do tempo da Academia, para os esporádicos recitais que cruzam fronteiras. Foi ideia sua o nome dado a Lyra, e foram seus também todos os sonhos que buscou implantar na cabeça infante. Lyra tinha seus olhos, seu tom de pele, era uma cópia quase perfeita de si mesma no exterior; mas o interior… ah, o interior. Esse, até hoje, Marisa tenta curvar.
▷ now playing ME AND MR. WOLF by THE REAL TUESDAY WELD.
Mikonos Lykaios Vlahakis, SECOND PRINCE OF GREECE, master of security. 55. Uncle. — fc: costas mandylor.
Lyra gostava de Mikonos… sim, gostava. O tio incentivava suas fugas, indicava boas festas, era divertido e despojado, orgulhoso, viajava. A família descendia de Arcádia, ele contava, antes mesmo da invasão romana; o nome, Lykaios, proveniente de uma época na qual deuses caminhavam dentre os homens e fartavam-se em banquetes na companhia dos Reis. Ou assim rezava a lenda, ele ria, com um rasgar de lábios áspero e um ronronar gutural que Lyra demorou a entender pertencer a alguém de índole cruel. Pois que o príncipe, nomeado mestre da segurança, executava sem piedade e aconselhava atrocidades à mesa do irmão, e a cada não recebido, passava a desejar mais e mais o poder de autoridade que vinha da coroa. Sua presença, hoje, causa desconforto em Lyra. São uma pedra no sapato um do outro, ela diria. Caso renuncie o direito ao trono para perseguir o sonho da música, Mikonos assumirá, o que seria o equivalente a deixar a Grécia nas mãos de um carniceiro. Em contrapartida, sabe que, para que o tio assuma, também bastaria a Lyra simplesmente… morrer.
▷ now playing I LOVE ROCK N' ROLL by JOAN JETT.
Lyra Hellas Lykaios Vlahakis, HEIR OF GREECE. 25. — fc: alexxis lemire.
A herdeira da Grécia tem coturnos e jaquetas de couro como signature look, ao menos quando está fora do palácio ou despida da obrigação do uniforme da Academia (esse, personalizado com detalhes em azul-ciano). Seu coração pulsa na batida das musicas que escuta, agitado, elétrico. A label "the will o' the wisp" ("ignis fatuus", ou "fogo fátuo") poderia facilmente descrevê-la como uma pessoa astuciosa, evasiva, de vontades que atiçam tão rápido quanto desaparecem, que está constantemente desviando de onde é suposto que devesse estar; mas, também, pela perspectiva de alguém que segue por um caminho traiçoeiro, perseguindo um objetivo, aparentemente, impossível de ser alcançado.
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rafaahsblog · 1 year
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" Papai ama" 😂😂😂😂😂😂😂
Papai ama só na legenda da foto, papai ama mais papai não cuida, papai ama mais papai não paga pensão, papai ama mais papai manda mamãe trabalha pra cuidar do filho. Papai ama mais papai prefere gastar o dinheiro com bebidas caras. Papai ama mais papai não vê q a criança precisa das coisas. Papai ama mais quando mamãe liga pra pedir o que o filho precisa papai fica loko e como sempre diz que não tem dinheiro. Kkkkkk o dinheiro só aparece na hora da farra. Papai cag@ pra criança e a família do papai apoia ele, não dá um leite, não compra um uniforme, não ajuda com um calçado, não lembra nem do aniversário da criança, não liga pra saber se a criança tá viva, não corre atrás nem de ver a criança.
Ah mais vcs "tem que escolher melhor o papai para o filhos de vcs" ... se viesse escrito na testa que "papai faz mais papai não cuida" se acha que teria mãe solteira batalhando pra cuidar do filho sozinha então parem de julgar mães solteira que cuidam dos filhos sozinha.
Porque as mamães não tem culpa de existir esses tipos de homens no mundo. 👍👊
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ricardolima · 1 year
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ninaemsaopaulo · 11 months
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Barbie: para o filme do ano, uma análise afetiva
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Em setembro de 2019, eu trabalhava em uma loja de roupas femininas e tinha tudo para ser um dia perfeito: era o evento de lançamento da primavera-verão, meu uniforme era composto por peças da coleção (escolhidas por mim) e eu me entupiria de doces, pois as clientes estavam sempre de dieta e a empresa encomendava doces para servi-las. Cheguei pouco antes do início do expediente, por volta do meio-dia. Mas, às três da tarde, quando subi para almoçar, peguei o garfo, arrastei a comida nele e não consegui colocar na boca. Comecei a chorar, desenfreadamente. Uma sensação terrível de que estava prestes a morrer, pois de uma coisa eu tinha certeza: aquilo era um infarto. Eu não conseguia falar, estava sufocando e parecia ter uma sombra muito alta atrás de mim, me abraçando e me puxando para baixo. A gerente nunca viu aquilo acontecer. A supervisora saiu às pressas de uma reunião para me socorrer. Toda a situação era inédita para mim. Fui levada ao hospital, e na frente da médica aconteceu novamente. Ela conseguiu me acalmar com um exercício respiratório. E quando terminamos, perguntou: “você já teve uma crise de pânico antes?”. Aquela foi a primeira de muitas.
E é exatamente assim que o filme Barbie começa: Margot Robbie é a Barbie típica, estereotipada. Ela é loira, sorridente, magra e veste cor de rosa. Foi a primeira Barbie criada. Vive na Barbielândia, com as outras Barbies e os Kens. Em um dia perfeito, Barbie acorda em sua casa sem paredes, cumprimenta suas vizinhas Barbies, escolhe o que vestir, toma café da manhã de mentirinha e voa do telhado direto para o seu carro (um Corvette 1956 customizado em rosa, obviamente), rumo à praia. O dia da Barbie só é atrapalhado pelo Ken de Ryan Gosling que, para impressionar a companheira, tenta performar como surfista e falha miseravelmente. Ken pede para visitar Barbie em sua casa mais tarde, no que ela o convida para uma festa com dança coreografada e muitas outras Barbies ao redor. Ele concorda e comparece. No entanto, durante uma dança, Barbie comemora com suas amigas sobre o quanto esse dia foi perfeito, assim como o dia de ontem e o de amanhã, que também será perfeito. E no fim, ela questiona: “vocês já pensaram em m0rr3r?”
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Na manhã seguinte, o dia da Barbie não é perfeito: ela acorda com mau hálito, o leite está vencido, o pão queimou na sanduicheira e ela cai do telhado. Chegando na praia e tirando o salto alto (sim, a Barbie usa salto até na praia e a areia é cor de rosa), percebe que seus pés tocam no chão e é a primeira vez que isso acontece. Conversando com outras Barbies, a Barbie é convencida a buscar conselhos sobre tudo que está acontecendo com a Barbie estranha. A Barbie estranha, uma das personagens mais surpreendentes e cativantes desse filme (interpretada por Kate McKinnon e descrita por Margot Robbie como “uma mistura de David Bowie com gato sem pêlos”), é uma Barbie underground: reza a lenda que ela ficou daquele jeito, toda suja de canetinha, com o cabelo curto e irregular e fazendo espacate o tempo todo, depois que uma criança do Mundo Real brincou demais com ela. Ela é a mais feia e destruída das Barbies, por isso mesmo responsável pela manutenção da beleza e comportamento das bonecas. Barbie estereotipada procura a Barbie estranha, que lhe conduz ao Mundo Real, onde ela deve encontrar a menina que brinca com ela, que está triste, para que o portal entre os dois mundos seja fechado. Pois a humanidade da menina está afetando na bonequice da boneca. Barbie parte com Ken em sua jornada de heroína, na qual ambos viverão aventuras inusitadas: descobrirão que o Mundo Real, diferente da Barbielândia, é governado por homens. A Mattel tentará capturar a Barbie. E Barbie encontrará a menina que brinca com ela, mas terá uma surpresa muito desagradável ao retornar para a Barbielândia.
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Em 2020, com as crises de pânico frequentes e toda a mudança brusca que a pandemia proporcionou, senti que perdi o controle da minha vida e procurei um psiquiatra. Depois de quinze minutos chorando ininterruptamente, consegui explicar o que sentia, tudo que aconteceu desde a primeira crise de pânico. Recebi um diagnóstico e três remédios: um antidepressivo para o dia, um comprimido para a noite e outro para as crises. Deveria tentar por três meses, junto com acompanhamento psicológico. Me afastei do trabalho para os primeiros quinze dias de tratamento. Telefonei para os meus pais e “contei a novidade”.
Foram os três piores meses da minha vida. Comecei com a sertralina, o mais comum dos antidepressivos, o mais indicado para quem inicia o tratamento-combo de pânico-ansiedade-depressão. Meu médico era ótimo, fez questão de me afastar pelo máximo de tempo permitido para não ter que enfrentar o INSS, e ainda me explicou os efeitos colaterais e benefícios da medicação. O problema é que tive todos os efeitos colaterais. Todos. Incluindo os mais raros. Experimentei a enxaqueca pela primeira vez na vida e nunca mais escapei dela. O sono e cansaço me consumiram, ainda que eu não fizesse esforço algum. Eu não sentia fome, mas me sentia tonta. Minhas mãos tremiam e meus olhos viviam vermelhos e lacrimejando. Eu vomitava e odeio vomitar. Mas nada vai superar a fase do esquecimento. Nada mesmo, pois os três meses de sertralina afetaram meu cérebro para sempre no campo da memória, tenho certeza. Eu não sabia como tinha chegado aos lugares, uma vez desmaiei na frente do trabalho. No momento mais humilhante, telefonei para um ex-namorado perguntando qual era meu endereço, pois não sabia voltar para casa. Minha cabeça, em termos de recordações, nunca mais foi a mesma.
Resultado: fui demitida. Na mesma semana, voltei ao psiquiatra, que alterou minha medicação para a fluoxetina. Depois de quinze dias, eu era outra pessoa. A mesma Nina, só que melhor: produtiva, alegre, capaz de acordar pela manhã sem reclamar. Cinco meses depois, no início de 2021, minha mãe faleceu de infarto fulminante aos 54 anos de idade.
No início de 2022, perdi meu pai para a doença degenerativa que ele enfrentava há anos. Nessa época, eu já não fazia terapia com uma das pessoas mais legais que já conheci (obrigada por tudo, Rafael). Mas entrei em um emprego dos sonhos, que eu amava muito. A m0rt3 do meu pai, que já era esperada, me desestabilizou demais e meu corpo reagiu: adoeci muitas vezes, por consequência faltei ao trabalho muitas vezes. Em dezembro, veio outra demissão e essa doeu mais que tudo. A fluoxetina parou de fazer efeito e eu não exatamente percebia que estava, outra vez, perdendo a vontade de viver. Em janeiro de 2023, troquei a fluoxetina pelo escitalopram que, apesar do nome, não me excitava em nada. Continuei sem vontade de viver, mas pensei que estivesse bem porque isso não transparecia externamente: eu não chorava assistindo filmes dramáticos, por exemplo. Eu não me apaixonava mais quando me relacionava com alguém, eu não sorria se estivesse sozinha e visse algo engraçado. Eu não tinha reação para coisa alguma, nada me comovia. E, na minha cabeça, eu estava ótima.
Nesses três anos de tratamento, tentando acertar a medicação, perdendo pessoas e colecionando diagnósticos (recentemente mudei de psiquiatra e ganhei “depressão recorrente” enquanto a química do meu corpo se equilibra na base de desvenlafaxina, até que ela também pare de fazer efeito), conheci o meu novo terapeuta. Eu o chamo de “terapeuta-gato” porque ele é muito bonito mesmo. E tenho certeza que sou o amor da sua vida, mas ele se encontra em estado de negação, coisa que precisa resolver em sua própria terapia, não comigo. Falando sério, o terapeuta-gato está me salvando, sem necessariamente ser um desses terapeutas de série americana, que se envolvem demais e chegam a abraçar o paciente. Mas também, se fosse assim, eu iria gostar. Ele conversa comigo. Como se eu fosse uma pessoa muito interessante e eu não me sinto esmagada e subestimada como me sinto perto de todo mundo. Nem sempre sou o assunto, prefiro quando o assunto é ele. O que ele fez durante a semana, como foi ter sido criado por pais terapeutas, ou sobre sua estranha adolescência como metaleiro-carnavalesco. Às vezes ele lê para mim e eu choro. Comprei alguns livros por indicação dele. Não gosto quando meus pais são o assunto, por sentir que já esgotei esse assunto. Ele ri. Meus pais sempre serão os antagonistas na minha terapia — as pessoas que odiei, amei e perdoei; ainda que estejam m0rt4s e que tenham me prejudicado tanto que hoje minha autoestima foi destruída, considero-a irrecuperável e costumo me sabotar como uma viciada em drogas. E o terapeuta-gato é freudiano, imagino que demonizar nossos pais na frente de um freudiano seja algo comum.
Nesses três anos, além dos meus pais, também sofri outras perdas: uma amiga com pouco mais de trinta anos foi contaminada pela água na Índia e o sonho dela era viver lá, tudo foi muito rápido. Outro amigo, após todas as vacinas, faleceu de covid. Tive um grande amor e deixei ele ir embora porque a minha doença, então desconhecida, prejudicava nosso relacionamento. Eu não queria que alguém quatro anos mais jovem e que nunca tinha namorado na vida carregasse esse trauma. Depois, traí alguém que me amou muito e isso tem a ver com a auto-sabotagem citada no parágrafo anterior. Então prometi que nunca mais namoraria enquanto fosse uma pessoa mentalmente instável. Depois caí na real de que provavelmente não tenho cura, mas consegui passar um ano sem me comprometer. De maio para cá, conheci alguns homens, graças ao advento dos aplicativos de relacionamento. Fiquei próxima de três, mas com um deles tenho maior e melhor convivência. Ele comprou um bolo de aniversário para mim, no que fiquei bastante comovida. E, recentemente, me fez chorar em uma das conversas mais importantes que tive com alguém, me fazendo enxergar que estou viva apesar de tudo que passei e o que existe é olhar para a frente ao invés de ser uma versão pior de mim e cheia de lamentações. É muito importante ouvir as pessoas mais velhas, elas realmente sabem de tudo.
Depois de unir mãe e filha e salvar a Barbielândia do domínio dos Kens que instauraram o patriarcado no mundo das bonecas, Barbie conclui que talvez ela não deva ter um final, como se tivesse que segurar a mão de um Ken arrependido, perdoá-lo e viver feliz para sempre. Quando a criatura encontra sua criadora, Barbie percebe que não quer ser uma ideia, ainda que os humanos tenha só um destino (a m0rt3), enquanto ideias vivem para sempre. Ela quer fazer parte das pessoas que pensam e executam ideias. Barbie quer ser humana. E ela consegue.
Barbie é exatamente a comédia que eu escreveria sobre uma mulher com depressão. No X (ex-Twitter), o usuário @ababeladomundo escreveu: “eu fui ver Barbie semana passada com uma amiga que toma antidepressivos e ansiolíticos há muito tempo, e o melhor comentário dela foi que o filme é basicamente a história de uma mulher que de repente parou de tomar sertralina”. Em julho, a revista Galileu publicou em seu site um artigo cujo título é “5 temas sobre saúde mental retratados no filme”. Barbie contém uma história muito própria de sua geração: Greta Gerwig, a diretora, é uma típica millennial. Os millennials viram seus sonhos despedaçados pelo capitalismo e avanço tecnológico, mas parcialmente reconstruídos por esperança de dias melhores e muita nostalgia. Estamos revivendo o passado anos 90/2000, algo evidente também no figurino de Barbie. Após uma pandemia, em que a saúde mental de todos nós foi arrasada (sou apenas um entre tantos exemplos estatísticos), um evento como Barbie, a nível mundial, quebrando recordes em bilheteria e levando famílias ao cinema vestindo rosa — era exatamente o que precisávamos. Com roteiro de Gerwig e seu marido, Noah Baumbach, Barbie é sagaz inclusive quando aborda transtornos mentais. Há uma cena inteira dedicada a isso, pois o que acontece na Barbielândia começa a afetar o Mundo Real e, enquanto a Barbie de Margot Robbie sofre uma crise existencial com a mudança de seu próprio universo, no Mundo Real a Barbie que passou o dia inteiro vendo fotos do noivado da ex-melhor amiga no Instagram enquanto assistia Orgulho & Preconceito (meu filme favorito, detalhe, só que na versão de 2005. Me senti MUITO contemplada) é ofertada às meninas. Ansiedade e crises de pânico vendidos separadamente.
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Barbie proporcionou cenas belíssimas, talvez inesquecíveis para o cinema. Como quando ela encontra, na rua, uma mulher idosa e diz: “você é tão bonita!”, essa cena diz tanto… já revela o quanto Barbie admira a humanidade. Admiração que se transforma em desejo, posteriormente. Nenhuma outra atriz faria melhor esse papel do que Margot Robbie. Ela só queria produzir o filme, mas foi a melhor protagonista possível. Pois Margot é Barbie e Barbie é Margot; depois desse ponto, ficou impossível desassociá-las. Margot tem o sorriso da Barbie e, mesmo quando chora, ainda é a Barbie. Uma Barbie que é pura beldade, mas nada sexualizada. Margot tem a mesma qualidade de Audrey Hepburn no auge de sua beleza (o que durou sua vida inteira, praticamente): ela também tem o rosto de um anjo. Margot tem 6 letras, Barbie tem 6 letras. Coincidência? Acho que não.
Da mesma forma, outra grande surpresa do filme foi a dedicação de Ryan Gosling em contar a história do Ken. Na vida de todo mundo que foi criança e brincava de Barbie, Ken nunca teve relevância, era só um acessório da Barbie e, como todo acessório, também era opcional. Todos os comentários fazem jus a atuação de Gosling: de fato, é o papel da vida dele. Gosling nunca esteve tão expressivo, fez o Ken ser bobão e companheiro enquanto sombra da Barbie, mas também ambicioso para liderar sua revolta. Quem assistiu em IMAX teve a oportunidade de vê-lo nos bastidores e é notável o quanto ele se divertiu e divertiu a equipe.
Outra ótima cena é quando Barbie acredita não ser boa o suficiente em nada, no que o discurso de America Ferrera é forte o bastante para fazer dela ao menos candidata ao Oscar de atriz coadjuvante. Barbie deve ganhar todos os prêmios da próxima temporada. E se não, valeu pelo evento, a espera, todos os looks que preparei um ano antes do filme e a superação de expectativas. Eu sabia que seria bom, mas não esperava que fosse TÃO bom. Barbie tocou em feridas atuais e impressionantes. Nenhuma pessoa envolvida na produção desse filme acreditava que ele sairia do papel, afinal, a história do filme tem cara de algo só permitido após se tornar domínio público, mas a Mattel aprovou a zombaria até com ela mesma. A autocrítica está lá, servindo para vender bonecas ou não. O lucro do hype do filme da Barbie não está apenas no cinema: milhares de produtos licenciados foram criados, assim como bonecas inspiradas no filme. Aqui em São Paulo, uma casa da Barbie em tamanho real foi montada, também uma loja da Barbie e estive nesses eventos. Se eu sobreviver a tudo isso e tiver filhos um dia, gosto de pensar que mostrarei minhas fotos vestindo rosa aos trinta e um anos de idade sem me importar com o quão ridículo isso parecia na época, não me arrependo. Barbie foi meu hiperfoco de 2023, que me levou ao cinema oito vezes. Fui uma criança privilegiada e tive muitas bonecas Barbie, então, esperei por esse live-action desde que nasci — que bom viver em um momento em que isso foi possível. Mas espero que Barbie fique datado em breve, com relação aos seus temas. É sim um filme feminista, que fala sobre como a opressão em cima das mulheres afeta nossa saúde mental. Nenhum outro blockbuster ou série da Netflix conseguiu abordar tão bem esse assunto e de forma tão leve, capaz de arrancar risadas. Sendo otimista: em vinte anos, espero que as próximas gerações não vejam sentido em Barbie tanto quanto a minha vê agora. Também é importante dizer que Barbie não é um filme para crianças — é um filme para mulheres de trinta anos ou mais, bem-sucedidas ou não, à beira de um ataque de nervos, tentando tocar suas vidas, fazendo o melhor que conseguem. Barbie é uma declaração de amor feminina e feminista, uma bandeira hasteada cheia de ressignificação. Barbie is everything.
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lepresse · 1 year
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MATÉRIA: Cuckold: o fetiche que conquistou os brasileiros
Viver uma realidade fetichista não é fácil. O fetiche, seja ele qual for, é muitas vezes considerado uma anomalia da sexualidade. Práticas sexuais mais “ousadas” foram consideradas promíscuas por muitos anos ao longo da história e são, até hoje, motivo de olhares cautelosos e envergonhados. Como em todo tipo de fantasia, os fetiches se moldam aos desejos e vontades de cada um, se tornando variáveis. As temáticas fetichistas são um sucesso na literatura e no cinema, e trazem nas artes o espelho da busca real pelo prazer através da fantasia. Segundo uma pesquisa feita pela blogueira Mayumi Sato, o fetiche mais popular no Brasil é uma variação do ménage masculino, o "cuckold" (do termo em inglês), quando um homem gosta de ver sua mulher transando com outro homem. “Como em todo tipo de fantasia, há inúmeras variações possíveis. Casais que curtem o fetiche com outros casais (e não com um solteiro), aqueles onde os homens não têm o menor contato físico, e casos onde esse contato está liberado ou é até desejado”, diz a blogueira. Apesar de ser envolto de tabus, essa prática vem crescendo entre os casais, sobretudo entre homens héteros, acima de 30 anos. “A maior parte também curte, durante a realização da fantasia, a inclusão de elementos de submissão e humilhação (predominantemente verbais), mas isso também não é uma regra fixa”, conclui. Entre outras fantasias comuns no imaginário brasileiro, as mais populares são o exibicionismo, uso de uniformes e roupas sensuais, podolatria e o ménage feminino.
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soldierbrekker · 1 year
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A floresta tinha se tornado um labirinto úmido e frio. A alguns metros dali, as montarias esperavam, atadas a árvores, prontas para uma partida veloz.
Christopher monitorava os limites do acampamento havia uma hora.  O vento forte soprava gélido e úmido e a noite já era alta quando os três guardas ingleses finalmente se aproximaram, com as armas em punho, prontos para dar início ao plano que tinham elaborado.
O primeiro teste seria o mais perigoso: precisavam passar pelos  cinco guardas que flanqueavam os limites do acampamento. Eram cinco, mas estavam despreparados e distraídos e a distância entre eles era grande o bastante para que houvesse tempo para se livrar de um e só então de outro. 
E assim o fizeram, sem alarde, nem gritos ou estampidos agudos. Os únicos sons que se fizeram ouvir foram o alçar do voo dos pássaros das árvores mais próximas e o baque surdo dos soldados caindo sobre a terra úmida, banhando-a com o sangue quente que vertia dos cortes mais novos de seus corpos já sem vida. Cinco homens mortos e a entrada do acampamento estava livre.
E em algum lugar ali, em meio a homens cruéis e ébrios, estava a princesa. Ele, é claro, não era assim tão distinto daqueles que julgava impuros. A raiva perpassava seu olhar ao pensar na jovem mantida contra sua vontade por um jogo político, é verdade, mas ele mesmo tinha sangue manchando as vestes. Sangue fresco. 
Observou o líquido rubro e viscoso no uniforme com um muxoxo descontente. Então, ele, Haymitch e Bram atravessaram. Estavam dentro.
Tinham analisado o acampamento por dois dias inteiros, mapeado as entradas e saídas, as trocas de guarda, a posição das tendas. Tinham visto a tenda onde o general se instalava e onde parecia mantê-la presa. 
Enquanto estudava o acampamento com olhos analíticos, as distâncias não tinham parecido tão longe quanto pareciam agora, aumentadas pela expectativa e apreensão.  Seus pés se moviam ligeiros e silenciosos, embora as botas deixassem marcas na terra lamacenta. Talvez, se estivesse noutra missão, aquilo fosse uma preocupação, mas não nesta. Não quando saberiam, de uma forma ou de outra, que ele havia estado ali quando a princesa tivesse desaparecido de seu cativeiro.
A tenda do general se ergueu diante de seus olhos, como uma besta no centro do acampamento e, ao seu lado, Kit notou, havia uma tenda menor, menos chamativa, menos suntuosa. Tinha que ser aquela.
Kit e seus dois companheiros estavam separados, margeando a área das tendas como haviam combinado. Bram e Haymitch dariam cobertura enquanto ele vasculhava o lugar.
A hora da noite funcionava em sua vantagem. Os soldados ainda acordados estavam envolvidos em atividades horrorosas diversas… Ou de guarda, desejando participar dessas atividades. O resto dormia, uns ressonando profundamente dentro de suas próprias barracas, outros derrubados pela bebida aos cantos, escondidos pelas árvores. 
Tomado por uma determinação irredutível, mesclou-se às sombras das árvores, cortou para a direita desviando de uma tenda e, disparou na direção da tenda, rezando para que sua intuição estivesse certa e não fosse um golpe do destino.
Sorrateiro, abriu a tenda e deslizou para dentro. Na penumbra, vislumbrou o contorno quase fantasmagórico da jovem. Estava sozinha, para seu alívio, e os olhos assustados pousaram sobre ele, arregalados. Brekker se apressou a cobrir-lhe os lábios com a mão enluvada, sem dar a ela a chance de denunciar sua presença. 
“Shhh”, sussurrou, sustentando o olhar assustado com seus próprios olhos. A voz carregava uma doçura que, até então, desconhecia. Mal se encaixava em sua voz. “Está tudo bem. Não vim machucá-la. Venho em nome do príncipe da Inglaterra.”
Ele se calou, dando a ela dois segundos inteiros para processar a informação. Dois segundos, percebeu, era tempo o bastante. Tempo o bastante para buscar nela sinais de ferimentos graves, para notar que sua pele estava fria e trêmula e seus olhos assustados graças a ele — e que Deus o punisse por aquilo.  
Kit deslizou a mão devagar, libertando os lábios que antes mantinha cativos, ainda tremendo que ela gritasse.
“Está ferida?”
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@featcordelia
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kreecomics · 1 year
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Ms. Marvel (1977) - Review
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Finalmente terminei de ler a primeira HQ de Carol Danvers, à época com sua primeira identidade secreta: Ms. Marvel. Vale a pena observar que antes disso a personagem já havia aparecido muitas vezes como uma soft sidekick do Capitão Marvel, inclusive sendo em uma dessas participações onde ela entrou em contato com o material Kree que deu seu poder (história de origem da época levemente rebootada atualmente, já que sabemos que Carol não ganhou poderes Kree, eles apenas foram despertados).
Olha, eu não curto muito hqs antigas de super heróis, elas são sempre muito expositivas, com vilões muito pastelões e voltado muito para crianças daquela época — essa última parte sendo completamente compressível, afinal essas hqs são escritas para crianças. Outra coisa que me deixou com o pé atrás é que a revista a partir da edição de número #3 era escrita pelo Chris Claremont e eu não sou nada fã de seus vícios de linguagem, mas... eu até que gostei dessa run!
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Após ter sofrido um acidente enquanto trabalhava para NASA, Carol decide se aposentar de seu antigo emprego e procura algo no Clarim Diário (afinal ela também é escritora), acaba sendo contratada como a nova editora chefe da revista "Mulher". Nessa época a Carol ainda não sabia que tinha ganhado poderes, na verdade sua personalidade tinha se dividindo em duas, a de Carol e a da Ms. Marvel, quase que uma referencia ao Capitão Marvel, que de certo modo também era duas pessoas: O Rick Jones, um adolescente terráqueo que "trocava" de lugar com o Capitão Marvel — um conceito bem parecido com o de Shazam — o capitão Marvel original (se quer entender esse fuzuê da um google, pois é muita coisa, treta e rivalidade de editoras). No caso de Carol, ela perdia a consciência quando se transformava em Ms. Marvel, embora o inverso não acontecesse. Consequentemente ela acaba descobrindo sobre Ms. Marvel e bem mais à frente se da conta que as duas são apenas a mesma pessoa dividida.
A HQ de Ms. Marvel chegou em uma época onde os protestos e revolução feminista estavam em alta nos Estados Unidos da América e a revista pretendia beber dessa fonte, pois a Marvel sempre se viu como uma editora "para frente". Por isso a personagem utilizava "Ms." em vez de "Miss", afinal nos EUA se usava "Miss" para mulheres solteiras e "Mrs." para casadas. O movimento feminista decidiu se apoderar do "Ms." para mulheres que queriam ser vistas como um ser humano completo e independente, e não apenas se baseando no seu status matrimonial com um homem. Apesar de parecer "pouco", isso causou raiva em muitos leitores e isso se vê nas abas de "cartinhas" que acompanha todas as edições originais dos gibis. Em uma das cartas uma mulher diz que a Marvel está sendo feminista demais ao usar o "Ms."
No entanto a revista não para em apenas "atos" simbólicos como o uso de pronomes. Carol luta constantemente dentro do Clarim contra o machismo de Jameson, em sua vida social também, além de ter que aturar vilões que se acham superiores a ela só por serem homens. Claro que ainda existe a questão da sexualização, né? Que infelizmente é algo presente e normalizando nessa revista. Mas eu acredito que é um passo de cada vez e atualmente a personagem não passa pelo vexame de usar um maio como uniforme de super-heroína.
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A HQ de Ms. Marvel tinha bastante ação, luta de sexo e empoderamento feminino, uma Carol que desde cedo precisava se impor para conseguir o que almejava, sem apoio de seus pais que a via apenas como mais uma mulher criada para se casar e procriar. Mesmo ainda tendo um texto expositivo, as histórias são legais, a ação não é chata (como eu geralmente acho em revistas antigas). No entanto eu senti falta de um Nemesis, uma inimiga ou inimigo só dela, criado para ela. Como Claremont escrevia X-Men, Carol acabou sendo uma personagem bastante utilizada na run dele dos X-Men e tendo Mística inserida aqui como uma possível inimiga, culminando no fatídico dia que todos nós conhecemos: quando Vampira roubou os poderes e personalidade de Ms. Marvel, não apenas a deixando sem poder e memoria, mas também moldando o caráter de Vampira, a fazendo se torna uma X-Men e largar a vida ao lado de Mística. Mas claro que isso tudo acontece nas páginas dos X-Men, afinal Ms. Marvel foi cancelada em sua 23° edição.
O que é uma pena, pois Claremont estava preparando uma trama bacana, sobre um affair dela que iria tentar manipula-la e tentar curar a "loucura" de ser Ms. Marvel. Acaba sendo um tópico muito interessante para o que a revista propunha: homens querendo moldar mulheres para o que eles acreditam ser o certo. Mas essa trama não ficou em aberto. Anos depois foi lançado a edição 24° e 25° na revista Marvel Super-Heroes #10 e #11 onde Claremont bota um fim nesse personagem e culmina com o fim de Ms. Marvel a fazendo perder seus poderes para Vampira.
E aos fãs do Claremont não me odeiem... eu até gosto da run dele nos X-Men quando ele trabalhava junto do Byrne, muitas histórias incríveis saíram daquela parceria. Mas temos de concordar que após Dias De um Futuro Esquecido os X-Men deram uma caída na qualidade, né? Em Ms. Marvel isso não acontece. É uma run solida, de uma personagem novata que vai ganhando terreno com sua personalidade impulsiva e explosiva, super vale a pena dar uma conferida para quem quer saber como foi as primeiras aventuras de Carol Danvers como uma super-heroína e editora chefe de uma revista.
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euvalente · 2 years
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assédio. medo. culpa. criança. adolescente. adulta. medo. culpa. na rua. em casa. na escola. na universidade. no trabalho. na parada de ônibus. no ônibus. medo. culpa. sozinha. acompanhada. medo. culpa. roupas longas. roupas de banho. uniforme escolar. uniforme do trabalho. qualquer roupa. medo. culpa. andar rápido. não olhar para os lados. não manter contato visual. medo. culpa. de manhã. de tarde. de noite. medo. culpa. velado. descarado. medo. culpa. homens. nojentos. monstros. medo. culpa. a pé. de moto. de carro. medo. culpa. “era só um elogio”. “era brincadeira”. “o que é bonito é pra se mostrar e elogiar”. “adolescente com corpo de adulta”. quer uma carona?”. “vem com a gente”. medo. culpa. “que mal educada”. “que mal amada”. “que louca.” “dá confiança e depois fica assim.” “hoje em dia não pode falar mais nada”. medo. culpa. vítima (?) “tava na hora errada, no lugar errado, com gente errado”.  medo. culpa. “tem certeza que isso aconteceu mesmo?”. “tu não está confundindo as coisas?”. “mas aonde tu estavas?”. “mas tu estavas sozinha?”. “mas o que tu estavas fazendo lá?”. medo. culpa. naquela época eu não sabia. mas hoje eu sei. assédio.
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