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#literatura hebraica
petiteblasee · 1 year
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"De que lhe adiantava tanta vida se não havia nada a ser vivido, nenhum sonho a ser sentido, nenhum choro ou insatisfação?"
*:・゚✧ Os Salmos de Eva e Lilith - Max Leite.
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cmatain · 2 years
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Literatura hebraica en la Navarra medieval: Abraham ibn Ezra y Benjamín de Tudela
Literatura hebraica en la Navarra medieval: Abraham ibn Ezra y Benjamín de Tudela
Tras Yehuda ha-Leví, cuya figura evocamos en una entrada anterior, el segundo judío tudelano ilustre es Abraham ibn Ezra (Tudela, h. 1092-Londres, 1184), erudito, poeta, astrónomo, astrólogo, bohemio y vagabundo, comentarista de las Escrituras… Cuenta en su haber con obras de muy variada índole: poéticas, gramaticales, de matemáticas, anatomía y astronomía, filosofía, exégesis bíblica y…
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talhupsel · 9 months
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Tecerei, mui preguiçosamente, algumas considerações sobre minha treta recente em grupo fechado do ICLS, Instituto Cultural Lux et Sonolên... Sapientia.
1. Objetivos de um instituto cultural
Sendo um tipo de instituição comum no mundo muçulmano, um instituto cultural não tem o objetivo de realizar atividades de caráter confecional. É uma iniciativa dedicada ao estudo de ciências tradicionais, por isso o largo interesse em astrologia por parte dos membros do ICLS, com destaque para os conteúdos sobre cosmologia e simbolismo. Não é um objetivo desse instituto trabalhar as religiões em termos catequéticos. A acusação de o ICLS ser um agente islamizador é completamente injusta e inferida do interesse de seus prodessores/donos em religião comparada, ciência estabelecida por Fritjof Schuon, notório estudioso muçulmano e líder de tariqa. Este sim interessado nas políticas islamização do ocidente em conjunto com sua maior influência, Renè Guenon.
Feito o grosseiro resumo, é notável a extensão dos conhecimentos do prof. Gugu (cria de Olavo de Carvalho) nos campos de religião, religião comparada, símbolismo, astrologia, cosmologia e uma caralhada de assuntos que ainda não tomei conhecimento. Fora as aulas oferecidas por outros professores. Mas fica o aviso: para entender o que é veiculado pelo ICLS é necessário uma propedêutica, fundamentada no conhecimento de sua própria religião (se a possuir), acompanhada de práticas piedosas frequentes, o conhecimento de história das civilizações, o contato com o melhor da literatura universal etc, etc.
2. Da treta em si
Nunca gostei de grupos. Sem entender direito o que eu podia perguntar naquele, fiz meu questionamento a respeito de missa piedosa numa postagem de alguém e lá veio o Tales de Carvalho dizer que meu comentário era tapado etc, etc. Respondi, não satisfeito publiquei uma série de postagens em modo de zueira, ao que a pléiade de puxa-sacos reagiu. O melhor deles foi um vídeo de uma palestra de Olavo de Carvalho concedida à Hebraica, onde ele abordava a situação de Irael falando um moooonte de verdades incômodas para sua filharada iceletista.
Não queria que fosse assim, mas foda-se. Não tenho paciência, a essas alturas, p'ra me submeter a teste de melindre. Sabendo que eles evitavam mais que o diabo confrotarem o pai, resolvi fazer essa gracinha. Porque, afinal, ali não se pode justificar Israel, porque o Tales tem conhecidos palestinos que afirmam ter antepassados enterrados naquela região por 800 anos! Por essa lógica eu sou português e alemão simultaneamente.
E é isso aí.
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claudiosuenaga · 1 year
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youtube
Regresso ao Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley: A distopia totalitária plenamente realizada (nova amenizada)
Cláudio Tsuyoshi Suenaga
Esta é uma versão amenizada do mesmo vídeo anterior, que foi banido pela plataforma. Mas você ainda pode assisti-la no Rumble:
Bem antes do 1984 de George Orwell (1903-1950), Aldous Leonard Huxley (1894-1963) já antecipava em seu Brave New World (Admirável Mundo Novo), um dos maiores clássicos da literatura do século XX, escrito em 1931, o distópico futuro totalitário que hoje já se realizou plenamente.
O futuro que Huxley projetou para sete séculos adiante, veio muito antes, portanto. E foi por reconhecer, ele mesmo, esse seu acerto preditivo, menos por ser propriamente um profeta do que um excelente escritor que soube romancear os planos dos senhores do mundo de que tomou conhecimento, ele que pertencia à Sociedade Fabiana (fundada em 1884 no Reino Unido) tal como aquele outro "profeta", Herbert George Wells (1866–1946), e como tal e tal como este agiu como um porta-voz dela, descrevendo a distopia por ela proposta, da implantação gradual de um socialismo planetário, em 1946 lançou a revisão de seu Admirável Mundo Novo, lançado apenas 15 anos antes.
Nesse Regresso ao Admirável Mundo Novo, Huxley foi muito mais além, antecipando o globalismo ou a Nova Ordem deste nosso século, o seu estatismo, controle e centralização de poder sem precedentes. Mais do que uma revisita à sua sociedade ficcional, o Regresso foi o lançamento de um plano estratégico que propiciaria o surgimento de uma Nova Ordem e que deverá culminar com um Governo Mundial.
Música: Desert Planet, de Quincas Moreira.
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angelanatel · 12 days
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Curso "Bíblia Hebraica (Antigo Testamento): formação e conteúdo (panorama histórico e literário)" – aulas gravadas para assistir quando quiser.
Conteúdo Neste curso iremos usar as ferramentas da arqueologia, da historiografia, da linguística, da literatura, da teologia e da história antiga para compreender o que é a Bíblia Hebraica (Antigo Testamento), como se deu sua formação e seus processos de redação, seus usos, funções dentro do contexto histórico de seus redatores e responder aos maiores questionamentos quanto aos seus usos na atualidade.
Métodos de ensino e aprendizagem 10 horas de curso, gravadas. Material digital para pesquisa interdisciplinar.
O curso inclui: Atendimento personalizado. Certificado de conclusão.
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Ao adquirir, você contribui para meu sustento, tratamento médico e acompanhamento terapêutico. Obrigada.
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jaimendonsa · 24 days
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e-book grátis JUDAÍSMO, Israel Abrahams
Israel Abrahams foi um proeminente estudioso e autor judeu que fez contribuições significativas para o estudo e a compreensão do judaísmo. Nascido em 1858 em Londres, Abrahams esteve profundamente envolvido na erudição judaica ao longo de sua vida, tornando-se uma figura muito respeitada no estudo acadêmico do judaísmo, particularmente no mundo de língua inglesa.
Israel Abrahams é mais conhecido por seu papel como estudioso e educador no campo dos estudos judaicos. Ele atuou como leitor de literatura talmúdica e rabínica na Universidade de Cambridge de 1902 até sua morte em 1925. Seu trabalho em Cambridge foi fundamental para estabelecer os estudos judaicos como uma disciplina acadêmica respeitada no Reino Unido.
Uma das obras mais famosas de Abrahams é seu livro "Jewish Life in the Middle Ages", publicado em 1896. Este livro é uma exploração abrangente da vida cotidiana, costumes e práticas religiosas das comunidades judaicas na Europa medieval. O livro continua sendo um recurso importante para a compreensão dos aspectos sociais e culturais da vida judaica durante este período. Abrahams usou uma ampla gama de fontes históricas para pintar um quadro vívido de como os judeus viviam, trabalhavam e adoravam durante a era medieval.
Abrahams coeditou o Jewish Quarterly Review, um dos periódicos acadêmicos mais influentes no campo dos estudos judaicos. Esta publicação forneceu uma plataforma para artigos acadêmicos sobre uma ampla gama de tópicos relacionados ao judaísmo, história judaica e literatura hebraica. Seu trabalho no periódico ajudou a elevar os padrões da erudição judaica e a disseminar pesquisas importantes para um público mais amplo.
Engajamento com o público em geral: embora Abrahams fosse um acadêmico rigoroso, ele também acreditava em tornar o conhecimento judaico acessível ao público em geral. Ele escreveu muitos ensaios e deu palestras com o objetivo de educar judeus e não judeus sobre tradições, história e pensamento judaicos. Sua capacidade de comunicar ideias complexas de forma acessível ajudou a promover maior compreensão e apreciação do judaísmo entre públicos diversos.
Abrahams também se envolveu em diálogos inter-religiosos, particularmente entre judeus e cristãos. Ele buscou promover a compreensão e o respeito mútuos por meio de seu trabalho e interações com acadêmicos de outras tradições religiosas. Seus esforços nessa área foram parte de um movimento mais amplo no final do século XIX e início do século XX para melhorar as relações entre diferentes comunidades religiosas.
Legado: Israel Abrahams deixou um legado duradouro no campo dos estudos judaicos. Sua bolsa de estudos continua a ser respeitada e referenciada por historiadores e estudiosos do judaísmo. Seu trabalho lançou as bases para futuras gerações de estudiosos judeus e ajudou a estabelecer o estudo acadêmico do judaísmo como uma disciplina séria e respeitada nas universidades.
As contribuições de Israel Abrahams para o estudo do judaísmo, particularmente seu trabalho sobre história e cultura judaicas, tiveram um impacto duradouro. Sua bolsa de estudos não apenas enriqueceu a compreensão da vida judaica em contextos históricos, mas também desempenhou um papel fundamental na redução de divisões culturais e religiosas. Por meio de suas realizações acadêmicas e engajamento público, Abrahams continua sendo uma figura significativa no estudo do judaísmo e da história judaica.
Leia, gratuitamente, JUDAÍSMO, Israel Abrahams:https://tinyurl.com/ytdtjkvt
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Resumo dos livros da Bíblia - Daniel (8)
outubro 11, 2023
Graça, Paz e Alegria!
Mensagem do Portal Evangélico Compartilhando Na Web.
O livro de Daniel é um dos mais conhecidos entre os livros dos Profetas no Antigo Testamento, pelo menos em sua parte histórica. Mas tem uma parte profética que o transforma, para muitos, em um dos textos mais complexos e de difícil interpretação. Estaria apontando para fatos futuros apenas para os "próximos dias" de Israel? Ou para fatos futuros do ponto de vista escatológico? Ou ainda: para ambos?!? Comentaremos isso no devido tempo nesta sequência de mensagens.
Nessa parte histórica, O livro fala sobre um jovem que é levado à força para acabar integrando a equipe diplomática durante o Exílio Babilônico. Daniel, abençoado por Deus, mostra aptidão e se destaca.
Da mesma forma que o livro do profeta Ezequiel, o livro de Daniel também faz parte da literatura apocalíptica, já que utiliza-se de visões misteriosas para transmitir a mensagem divina.
Na Bíblia Hebraica, ele nem faz parte dos livros dos profetas! Figura entre os "Escritos", como Esdras e Neemias.
Seguimos na próxima semana, permitindo o Senhor!
Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor
OBS - Caso o player não toque a mensagem até a execução da música no final, você pode clicar nos "três pontinhos" (...) no próprio player e ouvir direto no Spotify. Aproveite e siga nosso Podcast por lá ou em outra plataforma que agrega podcasts! Pesquise "Ministério Compartilhando"!
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O Livro dos Salmos e suas Interpretações Musicais
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COMUM ÀS LITURGIAS, HISTÓRIAS E O ESPÍRITO DO JUDAÍSMO E DO CRISTIANISMO,  o Livro dos Salmos é um dos livros mais conhecidos e citados da Bíblia hebraica. 
Como literatura, os Salmos também são básicos para a cultura ocidental. 
Apenas em termos de música notada, seu continuum como inspiração para interpretações e expressões musicais remonta no tempo há mais de dez séculos; e suas tradições não anotadas de interpretação musical antecedem o cristianismo, estendendo-se à antiguidade judaica e à era do Templo.
Conteúdo Literário e Religioso
Leia Mais, acesse AGORA >> https://poderdossalmos.blogspot.com/2022/01/Salmos-suas-Interpretacoes-Musicais.html
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Quando a internet era tudo mato
Segue mais velharia esoterica do final dos anos 90, comeco dos 2000. Se bem me lembro foram textos recebidos pelos grupos do Yahoo - vovo das redes sociais - Meu Deus, to ficando velha.
Stregha
Mais coisa legal no terra, secao 'cranios e colunas'. :)
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Bruxas
por Monica Buonfiglio A palavra inglesa witch (bruxa, feiticeira) é derivada da palavra anglo-saxônica wicce, da alemã wissen (saber, conhecer) e wikken (adivinhar). O termo em português vem da expressão latina plus sciat (que sabe mais). Antigamente, as bruxas eram chamadas de mulheres sábias, até a Igreja colocá-las como uma degradação, uma mulher dominada pelos instintos inferiores. As bruxas nada mais eram do que mulheres que conheciam as ervas medicinais para a cura das enfermidades do vilarejo onde residiam. Também eram aptas para realizar partos e preparar os ungüentos medicinais. Com o advento do cristianismo, as mulheres foram colocadas em segundo. A elas, coube o silêncio e acatar todas as ordens do seu amo ou marido. Claro que algumas mulheres se rebelaram. Essas eram dotadas de um poder espiritual, inclusive passados de mãe para filha, e isso passou a incomodar o poder religioso. Para as bruxas do mundo inteiro, o dia dois de fevereiro e 31 de outubro têm um significado muito especial. Nesses dias, o deus que representava a natureza (dotado de chifres em sinal de poder) saía da infância para ingressar na adolescência, tornando-se jovem e aventureiro (símbolo do alce nas pinturas alquimistas). Essas mulheres, então, homenageavam a deusa Gaia (terra) em sintonia com esse deus (fecundo) para obter cada vez mais conhecimento, gerar filhos saudáveis e criar entendimentos entre os familiares.
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Lilith
Lilith é vista, inicialmente (e freqüentemente) como uma criação direta de  Deus, não nasceu da costela de Adão. Porém, não admitiu ser submissa e  inferior, preferindo ir para o inferno, tornando-se sua Rainha e o lado escuro da Lua, a serpente do pecado. Isto é o que diz a Torah e outros textos apócrifos assírios-babilônicos e hebraicos. Resgatar a verdadeira imagem de Lilith e enxergar o que realmente há por trás deste mito é uma tarefa, não só para bruxas, mas para todas as mulheres (e homens, é claro): é o resgate do feminino, não como apresentado nas escrituras ou pelas culturas de alta dominação masculina, mas o feminino independente, forte, corajoso, sensual. Entretanto, a complexidade que permeia o mito é enorme e, praticamente, inesgotável. Este mito está presente na Torah, na mitologia suméria ligada à Inanna, nos panteões assírio-babilônico, egípcio e grego-romano. A mitologia é composta (entre outras coisas) pelas analogias às fases lunares. Praticamente, todos os panteões indicam isto. A Lua Nova e a Lua Negra foram, aproximadamente, desde 3000 a.C, associada ao lado escuro dos Deuses e do ser humano, onde brotam as paixões, o desejo e o sexo. Todas essas emoções são contrárias à vontade de Deus, portanto demoníacas. As escrituras judaico-cristãs são bastante claras neste sentido. E é óbvio que há uma relação direta com a fase escura da Lua aos demônios. Lilith está ligada aos desejos, à sensualidade, à mulher que não esconde suas vontades nem as subjulga, exige igualdade, logo Lilith é o "supra-sumo" de tudo isto. Lilith é o próprio tabu. Numa representação suméria, Ela é retratada com serpentes saindo de sua nuca: é a própria Kundalini. Mas, não só as escrituras depõem contra Lilith e as mulheres que expressam este arquétipo, mas tb oradores e filósofos famosos da História contribuem para isto. Vejamos, por exemplo, Sêneca que diz: "Quando uma mulher pensa, pensa somente coisas malvadas" e Catão: "Quando chora, uma mulher trama ardis com suas lágrimas. Quando chora, uma mulher está tramando um modo de enganar o homem.". Na Era Medieval, esta posição ganhará mais força. O cristianismo coloca a alma e o corpo em posições opostas, os apelos do corpo tornam-se domínio de Satã e a mulher é a principal vítima deste processo. Isto todos conhecemos. Tudo isto representa a visão patriarcal da sociedade e, especificamente, da mulher.
E para nós, bruxas (os)?
Lilith é uma Deusa Lunar, patrona das bruxas, princípio feminino do Universo, está relacionada com a sabedoria, a regeneração, a feitiçaria, a sedução feminina e aos sonhos eróticos. Quando trabalhamos com Lilith, o fazemos com nossa própria Sombra, aquele lado que escondemos, sufocamos e negamos. Todas temos Lilith dentro de nós, escondida em maior ou menor grau, mas Ela está lá. Minha intenção inicial era falar de forma simples, direta e objetiva, mas percebi que não me considero capaz o suficiente para discorrer sobre Lilith (principalmente, sem fazer uma análise deste arquétipo) com profundidade que merece.Reproduzo, abaixo, uma antiga msg da Márcia Bianchi que, de forma brilhante, fala sobre esta Deusa.
Antes, porém, gostaria de dar um conselho: não é fácil trabalhar com Lilith, pois Ela desperta sentimentos profundos, acorda nossa Sombra de forma implacável que, por vezes, é um processo muito dolorido. Gostaria que a Márcia B. me corrigisse se eu estiver errada, mas rituais com Lilith devem ser celebrados por quem já tenha alguma prática e já esteja familiarizado com as energias da Lua Negra. Segue, portanto, a reprodução do texto da Márcia: "Na verdade, Lilith é uma Deusa, ou um dos aspectos da Deusa. Ela é a Dark Maiden - ou seja, o lado negro da face Donzela da Deusa. Para os que não estão familiarizados com o panteão cultuado por nós, bruxas, faço um parênteses para explicar que veneramos a Deusa tríplice - Donzela, Mãe e Anciã - e o seu filho e consorte, o Deus Cornífero. Lilith correspondendo, como todos sabemos, à Lua Negra ou Minguante/Nova, seria identificada com o aspecto de Anciã, ou seja, a Senhora da Morte e do Renascimento...Mas, pelas características de apelo sexual, não a identificamos com a velha sábia, mas sim com a donzela sedutora, embora seu reino, indiscutivelmente, seja das sombras. Por isso a chamarmos A Donzela Escura. Porém, muito antes da mitologia hebraica, Lilith já era cultuada na Suméria como o aspecto donzela da Deusa Innana. Era uma imanência da Deusa Pássaro, com suas grandes e acolhedoras asas de proteção. Ela era um benfazejo Espírito dos ventos, também conhecida como a Deusa sumeriana dos grãos, Ninlil, Senhora do Ar, que pariu a Lua no escuro e adquiriu o direito divino de possui-la.
A história que podemos lembrar de Lilith começa com Innana, a neta da Deusa Ninlil, conhecida como a "Rainha dos Céus". A história de Innana e Enki nos fala dos costumes sexuais sagrados, que são a dádiva de Innana para a humanidade. Em seus templos se praticava a prostituição sagrada e suas sacerdotisas eram conhecidas como Nu-gig. Os homens da comunidade buscavam a Deusa nessas sacerdotisas e o ato sexual era sagrado, proporcionando a cura física e espiritual. Nessa época, o nome de Lilith era o da Donzela, "mão de Innana", que pegava os homens nas ruas e os trazia ao templo de Erech para os ritos sagrados. Entre 3.000 e 2.500 antes de cristo, os sumerianos passaram a ter contatos com culturas patriarcais. Estas, para dominar aquele povo, sabiam que deveriam atacar seu maior centro de poder: o templo do sexo sagrado. Para que a conquista dos sumérios pudesse ter lugar, as culturas patriarcais interessadas começaram a disseminar as idéias de repressão sexual, combatendo como malignas as práticas sexuais milenares dedicadas à Deusa. As práticas sexuais se tornaram então parte da sombra, o poder da mulher foi identificado com o mal e o demoníaco. Daí, através dos séculos, a Donzela Lilith, que buscava os homens para o Templo de Innana, se tornou no patriarcado símbolo do mal supremo. Ela encarna de todas as formas e por milênios o medo atávico do homem do poder sexual da mulher. Mais ou menos em 2.400 ac Lilith, o Espírito do Ar, foi distorcida como um demônio, provocadora dos desastres naturais como tempestades e furacões.
A flor de Lilith é o lótus, que representa a genitália feminina e a magia do sexo feminino, que é antigo arquétipo da forma virgem da Deusa Tríplice. Uma placa sumeriana de 2.300 ac mostra Lilith como Senhora dos Animais e Mulher Pássaro. Ela é linda, com um belo corpo nu, asas abertas como um véu protetor e acolhedor, e poderosa com os pés da Coruja da sabedoria. Sua cabeça é adornada com uma coroa de múltiplos chifres, que representam os cornos da Lua crescente, usados por todas as grandes divindades, e ela segura um anel e um bastão - os símbolos do poder. Cercada de leões que são seus protetores e corujas que encarnam sua natural sabedoria noturna, ela é a Alma do Mundo, que participa da essência de todas as criaturas vivas, associada com todas as coisas selvagens e pagãs.
Lilith, na tradição matriarcal, é uma imagem de tudo o que há de melhor na sexualidade feminina - a natureza da mulher, o poder do sangue menstrual, que é o poder da Lua Escura. Isto se afirma porque, em estado de natureza, as mulheres acertam seus ciclos menstruais com a Lua e menstruam quando a Lua está entre minguante e nova... assim, o poder da Lua escura é o poder do sangue, é o poder do ventre e Lilith sua mais legítima representação... Ela hoje é encarada como a mulher positiva e rebelde, a que não aceita os padrões patriarcais que marcam a menstruação com dores e vergonha. Conhecer a figura de Lilith é lembrar de um tempo no passado antigo da humanidade em que as mulheres eram honradas pela iniciação sexual, onde expressavam sua liberdade e paixão natural.
O que significa reivindicar os poderes de Lilith para a mulher de hoje? Na literatura mítica antiga haviam 3 Liliths - que refletiam as fases de lua crescente, cheia e escura. A Lilith crescente era Naamah, a donzela sedutora; a Lilith Mãe era a consorte do Deus e nutridora; e havia a Lilith anciã, a Destruidora, portadora de catástrofes. Esses aspectos influenciaram a astrologia onde também há 3 Liliths: um asteróide, a controversa lua escura (dark moon) (que seria outro satélite da Terra) e a lua negra (black moon) que é definida como um ponto focal na órbita da Lua em torno da Terra. Imagens de humilhação, diminuição, perda e desolação são comumente associadas a esses corpos astronômicos, porque abundam na mitologia de Lilith. Porém nos cabe buscar a redenção desse arquétipo como parte de nossa redenção interna. E isto é um processo em 3 partes: na primeira, devemos confrontar as maneiras pelas quais nós somos reprimidos, buscando recuperar nossa dignidade. Na segunda, devemos integrar o desespero que vem de nossa rejeição, angústia, medo, desolação, e, na terceira, descobrimos o poder da transmutação e da cura dela decorrente, uma vez que ela corta nossas falsas pretensões, desilusões e nos ajuda a encontrar nossa essência livre e selvagem." Por Mavesper Ceridwen, em 11/08/99 É isto. Espero que todas nós reflitamos sobre Lilith e o que Ela tem a nos dizer. Que Ela desperte em cada uma de nós.
"... E certamente, as bruxas eram bem descritas pela autoridade; nos "Catálogos sobre harpias e feiticeiras", pode-se encontrar a perfeita caracterização das bruxas: "Aquela que faz mal a outra; a que tem iniciativa daninha; a que olha de esguelha; a que olha de frente com descaro; a que sai à noite; a que cabeceia de dia;  a que anda com ânimo triste; a que rí em excesso; a dissipada; a devota; a espantadiça; a valente e grave; a que se confessa com frequencia; a que jamais se confessa; a que se defende; a que acusa com o dedo em riste; as que têm conhecimento de fatos longínquos, as que conhecem os seguedos da ciência e das artes; as que falam diversidade de idiomas." Federico Andahazi - O Anatomista   OU seja, todas as mulheres podem merecer a fogueira, é facil encontrar uma forma que se adapte a qualquer uma. Grande livro.
De Mago e Bruxa todo mundo tem um pouco. Por Tettê Schmidt "Não creio em bruxas, mas que elas existem, existem...." Ditado popular
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grimoriosmisticos · 5 years
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O Estudo da Cabala
Existem diversos estudos sobre a Cabala, e muitos estudiosos do assunto, o estudo da Cabala é incrível, e existem um grande universo de conhecimento em livros de autoridade.
Cabala (também escrita como Kabbalah, Qabbala, cabbala, cabbalah, kabala, kabalah, kabbala) é um sistema religioso filosófico que reivindica o discernimento da natureza divina. 
Q(a)B(a)L(a)H (קבלה QBLH) é uma palavra hebraica que significa recepção, que vem da raiz Qibel (“receber”).
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A Qabalah divide-se em quatro partes principais:
Qabalah prática: trata dos talismãs, rituais e cerimônias mágicas;
Qabalah literal: para conhecê-la, é necessário ver suas três matérias (logo abaixo);
Qabalah não-escrita: conhecimento oral, a tradição;
Qabalah dogmática: parte doutrinal da ciência, sendo que suas principais fontes são o Sepher Yetzirah, o Zohar, o Sepher Sephiroth e o Asch Metzareph.
A Origem da Cabala
A “Cabala” é uma doutrina esotérica que diz respeito a Deus e o Universo, sendo afirmado que nos chegou como uma revelação para eleger santos de um passado remoto, e preservada apenas por alguns privilegiados.
Formas antigas de misticismo judaico consistiam inicialmente de doutrina empírica. Mais tarde, sob a influência da filosofia neoplatónica e neopitagórica, assumiu um carácter especulativo.
Na era medieval desenvolveu-se bastante com o surgimento do texto místico, Sepher Yetzirah, ou Sheper Bahir que significa Livro da Luz, do qual há menção antes do século XIII.
Porém o mais antigo monumento literário sobre a cabala é o Livro da Formação (Sepher Yetzirah), considerado anterior ao século VI, onde se defende a idéia de que o mundo é a emanação de Deus.].
Transformou-se em objeto de estudo sistemático do eleito, chamado o “baale ha-kabbalah-kabbalah” (בעלי הקבלה “possuidores ou mestres da Cabala “).
Os estudantes da Cabala tornaram-se mais tarde conhecidos como “maskilim” (משכילים “o iniciado”). Do décimo terceiro século para frente ramificou-se em uma literatura extensiva, ao lado e frequentemente na oposição ao Talmud.
Grande parte das formas de Cabala ensinam que cada letra, palavra, número, e acento da Escritura contêm um sentido escondido; e ensina os métodos de interpretação para verificar esses significados ocultos.
Alguns historiadores de religião afirmam que devemos limitar o uso do termo Cabala apenas ao sistema místico e religioso que apareceu depois do século XX e usam outros termos para referir-se aos sistemas esotéricos-místicos judeus de antes do século XII.
Outros estudiosos vêem esta distinção como sendo arbitrária. Neste ponto de vista, a Cabala do pós século XII é vista como a fase seguinte numa linha contínua de desenvolvimento que surgiram dos mesmos elementos e raízes.
Desta forma, estes estudiosos sentem que é apropriado o uso do termo Cabala para referir-se ao misticismo judeu desde o primeiro século da Era Comum.
O Judaismo ortodoxo discorda com ambas as escolas filosóficas, assim como rejeita a idéia de que a Cabala causou mudanças ou desenvolvimento histórico significativo.
Desde o final do século XIX, com o crescimento do estudo da cultura dos Judeus, a Cabala também tem sido estudada como um elevado sistema racional de compreensão do mundo, mais que um sistema místico.
Um pioneiro desta abordagem foi Lazar Gulkowitsch.
A Qabalah literal
A Qabalah literal possui três matérias principais:
Gematria (GMTRIA): baseada nos valores numéricos das palavras;
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Notariqon (NVTRIQVN): em uma de suas formas, as letras de uma palavra são usadas como iniciais de outra; e na sua segunda forma, a letra inicial de várias palavras forma uma só;
Temurá (TMVRH): as letras de uma palavras são permutadas com outra, conforme uma tabela de substituição.
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Antiguidade do misticismo esotérico
Formas iniciais de misticismo esotérico existem já há 2.000 anos. Ben Sira alerta sobre isto ao dizer: “Você não deve ter negócios com coisas secretas” (Sirach) ii.22; compare com o Talmud Hagigah 13a; Midrash Genesis Rabbah viii.
Literatura Apocalíptica pertence aos séculos II e I do pré-Cristianismo contendo alguns elementos da futura Cabala e, segundo Josephus, tais escritos estavam em poder dos Essênios
E eram cuidadosamente guardados por eles para evitar sua perda, o qual eles alegavam ser uma antiguidade valiosa (veja Fílon de Alexandria, “De Vita Contemplativa”, iii., e Hipólito, “Refutation of all Heresies”, ix. 27).
Estes muitos livros contém tradições secretas mantidas ocultas pelos “iluminados” como declarado em IV Esdras xiv. 45-46, onde Pseudo-Ezra é chamado a publicar os vinte e quatro livros canônicos abertamente.
De modo a que merecedores e não merecedores pudessem igualmente ler, mas mantendo sessenta outros livros ocultos de forma a “fornece-los apenas àqueles que são sábios” (compare Dan. xii. 10);
Pois para eles, estes são a primavera do entendimento, a fonte da sabedoria, e a corrente do conhecimento.
Instrutivo ao estudo do desenvolvimento da Cabala é o Livro dos Jubilados, escrito no reinado do Rei João Hircano, o qual refere a escritos de Jared, Cainan, e Noé, e apresenta Abraão como o renovador, e Levi como o guardião permanente, destes escritos antigos.
Ele oferece uma cosmogênese baseada nas vinte e duas letras do Alfabeto Hebraico, e conectada com a cronologia judaica e a messianologia, enquanto ao mesmo tempo insiste na Heptade como número sagrado ao invés do sistema decádico adotado por Haggadistas posteriores e pelo “Sefer Yetzirah”.
A idéia Pitagórea do poder criador de números e letras, sobre o qual o “Sepher Yetzirah” está fundamentado, o qual era conhecido no tempo da Mishnah (antes de 200DC).
Gnosticismo e Cabala
A literatura gnóstica dá testemunho da antiguidade da Cabala. 
Gnosticismo — isto é, a “Chokmah” cabalística (חכמה “sabedoria”) – parece ter sido a primeira tentativa por parte dos sábios judeus em fornecer uma tradição mística empírica, com ajuda de idéias Platônicas e Pitagóricas (ou estóicas), um retorno especulativo.
Isto conduziu ao perigo da heresia pela qual as personalidades rabínicas judias Akiva e Ben Zoma esforçaram-se por libertar-se
Dualidade Cabalística
O sistema dualístico de poderes divinos bons e maus, o qual provêm do Zoroastrismo, pode ser encontrado no Gnosticismo; tendo influenciado a cosmologia da antiga Cabala antes de ela ter atingido a idade média.
Assim é o conceito em torno da árvore cabalística (Árvore da Vida), onde o lado direito é fonte de luz e pureza, e o esquerdo é fonte de escuridão e impureza, encontrado entre os Gnósticos.
O fato também que as Qliphoth (קליפות as “cascas” primevas de impureza), os quais são tão proeminentes na Cabala medieval, são encontradas nos velhos encantamentos babilônicos, é evidência em favor da antiguidade da maioria das idéias cabalísticas
Doutrinas Místicas nos Tempos do Talmude
Talmude
Nos tempos do Talmude os termos “Ma’aseh Bereshit” (Trabalhos da Criação) e “Ma’aseh Merkabah” (Trabalhos do Divino Trono/Carruagem) claramente indicam a vinculação com o Midrash nestas especulações; elas eram baseadas em Gen. i. e Ezequiel i. 4-28; enquanto os nomes “Sitre Torah” (Talmude Hag. 13a) e “Raze Torah” (Ab. vi. 1) indicam seu carater secreto.
Em contraste com a afirmação explícita das Escrituras que Deus criou não somente o mundo, mas também a matéria da qual ele foi feito, a opinião é expressa em tempos muito recentes que Deus criou o mundo da matéria que encontrou disponível — uma opinião provavelmente atribuida a influência da cosmogênese platônica.
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Eminentes professores rabinos palestinos conservam a teoria da preexistência da matéria (Midrash Genesis Rabbah i. 5, iv. 6), em contrariedade com Gamaliel II. (ib. i. 9).
Ao discorrer sobre a natureza de Deus e do universo, os místicos do período Talmúdico afirmaram, em contraste com o transcedentalis,o Bíblico, que “Deus é o lugar-morada do universo; mas o universo não é o lugar-morada de Deus”.
Possivelmente a designação (“lugar”) para Deus, tão frequentemente encontrada na literatura Talmúdica-Midrashica, é devida a esta concepção, assim como Philo, ao comentar sobre Gen. xxviii. 11 diz, “Deus é chamado ‘ha makom’ (המקום “o lugar”) porque Deus abarca o universo, mas Ele próprio não é abarcado por nada” (“De Somniis,” i. 11).
Spinoza devia ter esta passagem em mente quando disse que os antigos judeus não separavam Deus do mundo.
Esta concepção de Deus pode ser panteísta. Isto também postula a união do homem com Deus; ambas as idéias foram posteriormente desenvolvidas na Cabala mais recente.
Até em tempos bem recentes,teologos da Palestina e de Alexandrei reconheceram dois atributos de Deus,”middat hadin”,o atributo da justiça,e missa ha-rahamim”, o atributo da misericórdia(Midrash Sifre,Deut.27);e esse é o contraste entre misericórdia e justiça,uma doutrina fundamental da Cabala.
Cabala no Cristianismo e na sociedade não-judaica
O termo “Cabala” não veio a ser usado até meados do século XI, e naquele tempo referia-se à escola de pensamento (Judaica) relacionada ao misticismo esotérico.
Desde esses tempos, trabalhos Cabalísticos ganharam uma audiência maior fora da comunidade Judaica.
Assim versões Cristãs da Cabala começaram a desenvolver-se; no início do século XVIII a cabala passou a ter um amplo uso por filósofos herméticos, neo-pagãos e outros novos grupos religiosos.
Hoje esta palavra pode ser usada para descrever muitas escolas Judaicas, Cristãs ou neo-pagãs de misticismo esotérico.
Leve-se em conta que cada grupo destes tem diferentes conjuntos de livros que eles mantem como parte de sua tradição e rejeitam as interpretações de cada um dos outros grupos.
Principais textos judaicos
O primeiro livro na Cabala a ser escrito, existente ainda hoje, é o Sepher Yetzirah (“Livro da criação”).
Os primeiros comentários sobre este pequeno livro foram escritos durante o século X, e o texto em si é citado desde o século VI.
Sua origem histórica não é clara. Como muitos textos místicos Judeus, o Sefer Yetzirah foi escrito de uma maneira que pode parecer insignificante para aqueles que o lêem sem um conhecimento maior sobre o Tanakh (Bíblia Judaica) e o Midrash.
Outra obra muito importante dentro do misticismo judeu é o Bahir (“iluminação”), também conhecido como “O Midrash do Rabino Nehuniah ben haKana“. Com aproximadamente 12.000 palavras.
Publicado pela primeira vez em 1176 em Provença, muitos judeus ortodoxos acreditam que o autor foi o Rabino Nehuniah ben haKana, um sábio Talmúdico do século I. Historiadores mostraram que o livro aparentemente foi escrito não muito antes de ter sido publicado.
O trabalho mais importante do misticismo judeu é o Zohar (זהר “Esplendor”). Trata-se de um comentário esotérico e místico sobre o Torah, escrito em aramaico.
A tradição ortodoxa judaica afirma que foi escrito pelo Rabino Shimon ben Yohai durante o século II.
No século XII, um judeu espanhol chamado Moshe de Leon declarou ter descoberto o texto do Zohar, o texto foi então publicado e distribuído por todo o mundo judeu.
Célebre historiador e estudante da Cabala, Gershom Scholem mostrou que o próprio de Leon era o autor do Zohar.
Entre suas provas, uma era que o texto usava a gramática e estruturas frasais da língua espanhola do século XII, e que o autor não tinha um conhecimento exato de Israel.
O Zohar contém e elabora sobre muito do material encontrado no Sepher Yetzirah e no Sefer Bahir, e sem dúvida é a obra cabalística por excelência.
Ensinamentos cabalísticos sobre a alma humana
O Zohar propõe que a alma humana possui três elementos, o nefesh, ru’ach, e neshamah.
O nefesh é encontrado em todos os humanos e entra no corpo físico durante o nascimento.
É a fonte da natureza fisica e psicológica do indivíduo. As próximas duas partes da alma não são implantadas durante o nascimento, mas são criadas lentamente com o passar do tempo; Seu desenvolvimento depende da ações e crenças do indivíduo.
É dito que elas só existem por completo em pessoas espiritualmente despertas. Uma forma comum de explicar as três partes da alma é como mostrado a seguir:
Nefesh (נפש) – A parte inferior, ou animal, da alma. Está associada aos instintos e desejos corporais.
Ruach (רוח) – A alma mediana, o espírito. Ela contem as virtudes morais e a habilidade de distinguir o bem e o mal.
Neshamah (נשמה) – A alma superior, ou super-alma. Essa separa o homem de todas as outras formas de vida.
Está relacionada ao intelecto, e permite ao homem aproveitar e se beneficiar da pós-vida.
Essa parte da alma é fornecida tanto para judeus quanto para não-judeus no nascimento. Ela permite ao indivíduo ter alguma consciência da existência e presença de Deus
A Raaya Meheimna, uma adição posterior ao Zohar por um autor desconhecido, sugere que haja mais duas partes da alma, a chayyah e a yehidah.
Gershom Scholem escreve que essas “eram consideradas como representantes dos níveis mais elevados de percepção intuitiva, e estar ao alcance somente de alguns poucos escolhidos”.
Chayyah (חיה) – A parte da alma que permite ao homem a percepção da divina força.
Yehidah (יחידה) – O mais alto nível da alma, pelo qual o homem pode atingir a união máxima com Deus
Tanto trabalhos Rabínicos como Kabalísticos sugerem que haja também alguns outros estados não permanentes para a alma que as pessoas podem desenvolver em certas situações.
Essas outras almas ou outros estados da alma não tem nenhuma relação com o pós-vida.
Ruach HaKodesh (רוח הקודש) – Um estado da alma que possibilita a profecia. Desde o fim da era da profecia clássica, ninguém mais recebeu a alma da profecia.
Neshamah Yeseira – A alma suplementar que o Judeu demonstra durante o Shabbat. Ela permite um maior prazer espiritual do dia. Ela existe somente quando se observa o Shabbat e pode ser ganha ou perdida dependendo na observação do Shabbat da pessoa.
Neshoma Kedosha – Cedida aos Judeus quando alcançam a maioridade (13 anos para meninos, 12 para meninas), e está relacionada com o estudo e seguimento dos mandamentos da Torah; pode ser ganha ou perdida dependendo do estudo e prática da Torah pela pessoa.
Predizendo o Futuro
Um pequeno número de Cabalistas tentou predizer acontecimentos pela cabala. A palavra passou a ser usada como referência às ciências secretas em geral, à arte mística, ou ao mistério.
Depois disso, a palavra cabala veio a significar uma associação secreta de uns poucos indivíduos que buscam obter posição e poder por meio de práticas astuciosas.
Outros termos que originalmente se referiam a associações religiosas mas que passaram a se referir de alguma forma a comportamentos perigosos e suspeitos incluem fanático, assassino, e brutamontes.
Cabala e a Tradição Esotérica Ocidental
A Tradição Esotérica Ocidental (ou Hermética) é a maior precursora dos movimentos do Neo-Paganismo e da Nova Era, que existem de diversas formas atualmente, estando fortemente intrincados com muitos dos aspectos da Cabala.
Muito foi alterado de sua raiz Judaica, devido à prática esotérica comum do sincretismo. Todavia a essência da tradição está reconhecidamente presente.
A Cabala “Hermética”, como é muitas vezes denominada, provavelmente alcançou seu apogeu na “Ordem Hermética do Alvorecer Dourado” (Hermetic Order of the Golden Dawn), uma organização que foi sem sombra de dúvida o ápice da Magia Cerimonial (ou dependendo do referencial, o declínio à decadência).
Na “Alvorecer Dourado”, princípios Cabalísticos como as dez emanações (Sephiroth), foram fundidas com deidades Gregas e Egípcias, o sistema Enochiano da magia angelical de John Dee, e certos conceitos (particularmente Hinduístas e Budistas) da estrutura organizacional estilo esotérico- (Maçônica ou Rosacruz).
Muitos rituais da Alvorecer Dourado foram expostos pelo legendário ocultista Aleister Crowley e foram eventualmente compiladas em formato de Livro, por Israel Regardie, autor de certa notoriedade.
Crowley deixou sua marca no uso da Cabala, em vários de seus escritos; destes, talvez o mais ilustrativo seja Liber 777.
Este livro é basicamente um conjunto de tabelas relacionadas: às várias partes das cerimônias de magias religiosas orientais e ocidentais; a trinta e dois números que representam as dez esferas e vinte e dois caminhos da Árvore da Vida Cabalística.
A atitude do sincretismo demonstrada pelos Cabalistas Herméticos é planamente evidente aqui, bastando checar as tabelas, para notar que Chesed corresponde a Júpiter, Isis, a cor azul (na escala Rainha), Poseidon, Brahma e ametista – nada, certamente, do que os Cabalistas Judeus tinham em mente.
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rochadomarcio · 5 years
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Perspectivas Cristãs Primitivas e sua Matriz Judaica: Narrativas de Evangelhos e Atos Universidade Hebraica de Jerusalém "O cristianismo nasceu do judaísmo". Esta é uma declaração amplamente usada que supostamente explica as origens cristãs. No entanto, quando você olha mais de perto, descobre que isso significa muitas coisas diferentes para pessoas diferentes, incluindo estudiosos. Este curso irá explorar as raízes judaicas do cristianismo. É verdade que quando os primeiros seguidores de Jesus sugeriram que seu mestre era o ungido, o Messias, prometido por profetas antigos que trariam a redenção a Israel, eles aplicaram a Jesus o que era definitivamente uma crença messiânica judaica mais ampla. Mas naqueles dias os judeus estavam alimentando uma variedade de ideias messiânicas. Em geral, era uma expectativa messiânica um ponto de vista predominante ou marginal? A quais grupos judeus os primeiros seguidores de Jesus se sentiram próximos e de quem eles estavam separados? O movimento que havia começado na Terra de Israel, no entanto, chegaria em um estágio inicial ao mundo greco-romano mais amplo, tanto para judeus como para não-judeus. Quanto os primeiros textos cristãos, vindos daquela fase de fala grega, foram influenciados por seu novo ambiente cultural? Eles ainda refletem fielmente as crenças iniciais dos seguidores de Jesus? Eles os reinterpretam dramaticamente? Ou eles ainda dão as costas para eles? Essas são questões complicadas, que são cruciais para entender corretamente o nascimento do cristianismo a partir da matriz judaica, bem como as metamorfoses do cristianismo posterior ao longo da história. Eles estarão entre as perguntas feitas durante nosso curso, e nossa consulta pode nos levar a algumas respostas inesperadas. Neste curso você aprenderá: • Reconhecer a importância de contextualizar o cristianismo nascente no judaísmo tardio do Segundo Templo. • Citar os principais gêneros das fontes cristãs sobreviventes e descrever o processo que eventualmente levou à canonização do Novo Testamento. • Descrever as circunstâncias históricas do nascimento do cristianismo e configurações variadas das primeiras décadas de sua existência. • Compreender a transição da mais antiga tradição centrada em Jesus no caminho de seu estágio semítico oral para composições gregas escritas. • Discernir várias estratégias empregadas pela tradição sinótica (Mateus, Marcos e Lucas) para definir a messianidade de Jesus em face da variedade de crenças messiânicas judaicas do Segundo Templo. • Reconhecer o caráter multifacetado das referências aos “judeus” no Quarto Evangelho e reconhecer as explicações variadas da dura postura polêmica do Evangelho levantada na pesquisa. • Discernir as raízes da noção da pré-existência do Messias na literatura judaica do Segundo Templo e sua metamorfose em fontes rabínicas. • Discernir o relato de João da tradição sinótica dos milagres de Jesus na narrativa de sinais e maravilhas, usando a história Êxodo como seu ponto focal de referência. • Reconhecer o conflito dentro do movimento de Jesus sobre a inclusão dos gentios e suas obrigações para com a observância da Torá como reflexo de diferenças de opinião no judaísmo do Segundo Templo. Instrutor: Prof. Serge Ruzer Universidade Hebraica de Jerusalem Certificação Márcio Monteiro Rocha: https://drive.google.com/file/d/14sU8ye89wJEduoWkUgOetxj1tQpotD_F/view?usp=sharing #bibliahebraica #messias #cristianismo #judaismo #igrejaprimitiva #evangelho #redencao #reinodedeus #ressurreicao #jerusalem #universidadehebraica
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cmatain · 2 years
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Literatura hebraica en la Navarra medieval: Yehudá ha-Leví
Literatura hebraica en la Navarra medieval: Yehudá ha-Leví
La ciudad de Tudela, y en concreto su judería (la más importante de Navarra), fue el lugar de nacimiento de tres navarros ilustres y universales: Yehudá ha-Leví, Abraham ibn Ezra y Benjamín de Tudela. Hemos de tener presente que la cultura hispano-judía alcanzó un gran desarrollo en torno al reino de taifa de los Banu Hud en Zaragoza y que Tudela sería una prolongación de la taifa zaragozana…
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mauricio1954 · 5 years
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JESUS É POESIA.
Texto do Livro: PALAVRAS DE FOGO
Reflexões sobre Jesus de Nazaré - OSHO
 PERGUNTA:
Osho, a Bíblia usa a palavra “arrepender”. Às vezes você traduz essa palavra como “retornar”, às vezes como “responder”; e às vezes você a deixa como “arrepender” mesmo. Você muda o significado à medida que precisa?
 Eu não estou falando sobre a Bíblia absolutamente. Estou falando sobre mim. Eu não sou confinado pela Bíblia; não sou escravo de nenhuma escritura. Sou totalmente livre, e me comporto como um homem livre.
 Eu amo a Bíblia, a poesia dela, mas não sou cristão. Nem sou hindu, nem sou jainista. Sou simplesmente eu. Eu amo a poesia, mas a canto do meu jeito. Onde eu devo enfatizar e o quê, é finalmente decidido por mim, não pela Bíblia – eu amo o espírito dela, não a letra. E a palavra que eu traduzo às vezes como “arrepender”, às vezes como “retornar” e às vezes como “responder”, significa todas as três coisas. Essa é a beleza das velhas línguas. Sânscrito, hebraico, árabe – todas as velhas línguas são poéticas. Quando você usa uma língua poética, ela significa muita coisa. Eu digo mais do que as palavras contêm e isso pode ser interpretado de diferentes modos. Há muitos níveis de significado.
 Às vezes a palavra significa “arrepender”. Quando estou falando sobre pecado e uso a palavra “arrepender”, significa “arrepender”. Quando estou falando sobre Deus chamando você, então a palavra “arrepender” significa “responder” – significa responsabilidade: Deus chamou, você responde. E quando digo que o reino está próximo, a palavra “arrepender” significa “retornar”. Todos os três significados estão presentes. A palavra não é unidimensional, é tridimensional. Todas as velhas línguas são tridimensionais. As línguas modernas são unidimensionais, porque nossa insistência não é na poesia, mas na prosa. Nossa insistência não é na multiplicidade de significados, mas na exatidão. A palavra deve ser exata: deve significar somente uma coisa, de modo que não haja confusão. Se você estiver escrevendo sobre ciência, a linguagem tem de ser exata, caso contrário, a confusão é possível.
 Aconteceu na Segunda Guerra Mundial: o general americano escreveu uma carta para o imperador do Japão, antes de Hiroshima e Nagasaki. A carta era em inglês e estava traduzida para o japonês, que é mais poético, mais florido – e em que uma palavra significa muitas coisas...
 Certa palavra foi traduzida de certo modo. Ela podia ter sido traduzida de outro modo também; dependeria do tradutor. Agora que eles estão pesquisando sobre isso, chegaram à conclusão de que, se tivesse sido traduzida daquele outro modo possível, não teria havido nem Hiroshima nem Nagasaki.
 O general norte-americano queria dizer outra coisa, mas o jeito como foi traduzido foi percebido como um insulto. O imperador japonês simplesmente declinou de responder – era demasiadamente insultante. E o desastre de Nagasaki e Hiroshima aconteceu, a bomba atômica foi jogada. Se o imperador tivesse respondido ao general norte-americano, não teria havido necessidade da bomba sobre Hiroshima e Nagasaki. Basta uma palavra traduzida de modo diferente e cem mil pessoas morrem em segundos. Muito caro – por uma única palavra. As palavras podem ser perigosas.
 Na política, na ciência, na economia, na história, as palavras devem ser lineares, unidimensionais. Mas se toda a linguagem se tornar unidimensional, então, a religião sofrerá muitíssimo, a poesia sofrerá muitíssimo, o romance sofrerá muitíssimo... porque para a poesia, uma palavra deveria ser multidimensional, deveria significar muitas coisas, de modo que a poesia tenha uma profundidade e você possa continuar lendo-a infinitamente.
 Eis a beleza dos velhos livros. Você pode ir lendo o Gita todos os dias, você pode ir lendo os evangelhos todos os dias, e todos os dias você tropeça num novo e rejuvenescedor significado. Você pode ter lido a mesma passagem milhares de vezes e nunca ocorreu a você que aquele pudesse ser o significado. Mas nesta manhã ocorreu, você estava num estado diferente de ânimo – estava feliz, fluindo – e um novo significado surgiu. Em outro dia, você não estará tão feliz, não tão fluente... – o significado muda. O significado muda de acordo com você, de acordo com seu humor, com seu clima interno.
 Você tem um clima interno, que vai mudando, exatamente como o clima externo. Você já observou isso? Às vezes você está triste e olha para a lua, e a lua parece triste, muito triste. Você está triste e uma fragrância vem do jardim, e ela parece muito triste. Você olha para as flores: ao invés de o deixarem feliz, elas o deixam triste. Então, noutro momento, você está feliz, vivo, fluente, sorrindo – a mesma fragrância vem e o circunda, dança ao seu redor, e o deixa tremendamente feliz.
A mesma flor... e quando você a vê se abrindo, algo se abre dentro de você também. A mesma lua, e você não pode acreditar em quanto silêncio e quanta beleza descem sobre você. Há uma profunda participação: vocês se tornam parceiros em algum mistério profundo. Mas depende de você. A lua é a mesma, a flor é a mesma – depende de você.
 Velhas línguas são muito fluentes. Em sânscrito há palavras... uma palavra pode ter doze significados. Você pode continuar brincando com ela e isso revelará muitas coisas a você. Ela mudará com você, ela sempre se ajustará a você. Eis por que grandes trabalhos de literatura clássica são eternos. Eles nunca são exauridos.
 Mas o jornal de hoje será inútil amanhã, porque não tem nenhuma vitalidade de significado. Ele simplesmente diz qual é o significado; não há mais nada ali. Amanhã você parecerá tolo lendo aquilo novamente. É prosa comum; ela lhe dá informação, mas não tem nenhuma profundidade, é fixa.
 Dois mil anos se passaram desde que Jesus falou e suas palavras ainda permanecem vivas e rejuvenescedoras.  Elas nunca serão velhas. Elas não envelhecem, permanecem frescas e jovens. Qual é o segredo delas? O segredo é que elas significam tantas coisas, que você pode sempre encontrar uma nova porta nelas. Não se trata de apartamento de quarto e sala. Jesus diz: “A casa de meu pai tem muitas moradas” – pode-se entrar por muitas portas, e há sempre novos tesouros a serem revelados, descobertos. Nunca se chega à velha paisagem novamente. Ela tem certa infinitude.
 Eis por que eu vou mudando. Sim, sempre que eu sinto, eu mudo o significado. Mas esse é o jeito que o próprio Jesus fez a coisa.
 Na tradução da Bíblia hebraica para o inglês, muito foi perdido. Na tradução do Gita para as línguas modernas, muito se perdeu. Na tradução do Alcorão, a beleza se foi, porque o Alcorão é uma poesia. É algo para ser cantado, é algo para ser dançado. Não é prosa. A prosa não é a maneira da religião; a poesia é.
 Lembre-se disto sempre e não fique confinado.  Jesus é vasto, e a Bíblia traduzida é muito pequena. Posso compreender a resistência dos antigos a ter seus livros traduzidos. Isso tem profunda significância. Você pode traduzir a prosa, não há problema. Se você quiser traduzir um livro sobre a teoria da relatividade em qualquer língua, pode ser difícil, mas a dificuldade não é a mesma se isso for feito com a Bíblia, o Gita ou o Alcorão. O livro sobre a teoria da relatividade pode ser traduzido, nada será perdido; não há poesia nele.
 Mas, quando você traduz poesia, muito será perdido, porque cada língua tem seu próprio ritmo e seu próprio modo de expressão. Cada língua tem sua própria métrica de música e isso não pode ser traduzido noutra língua. Aquela música será perdida, aquele ritmo se perderá. Você terá que trocá-lo por outro ritmo ou outra música. Assim, é possível... a poesia comum pode ser traduzida, mas quando a poesia é realmente soberba, do outro mundo... quanto mais profunda e grandiosa ela for, mais difícil será traduzi-la – quase impossível.
 Eu trato Jesus como um poeta. E ele é. Falando sobre ele, Van Gogh disse que ele é o maior artista que já existiu na terra. E é. Ele fala por meio de parábolas e poesia, e quer dizer muito mais coisas do que suas palavras podem transmitir. Permita-me dar-lhes a sensação dessa infinitude de significados.
 A poesia não é tão clara – não pode ser, ela é um mistério. É exatamente como de manhã cedo... por todo lado você vê uma névoa... fresca, recém nascida... como no interior de uma nuvem. Você não pode ver à distância, mas não há nenhuma necessidade: a poesia não é para o distante. Ela lhe dá um insight no olhar para o que está próximo, perto, para o íntimo.
 A ciência continua buscando pelo distante; a poesia continua revelando para você um novo modo para perceber o íntimo, o perto, aquilo que você sempre soube, que é familiar. A poesia revela o mesmo caminho que você tem percorrido a vida toda, mas com um novo matiz, uma nova cor, uma nova luz. De repente, você é transportado para um novo plano.
 Eu trato Jesus como um poeta. Ele é um poeta. E isto tem sido muito mal compreendido. As pessoas continuam tratando-o como um cientista. Uma tolice tratá-lo como um cientista. Ele parecerá absurdo, a coisa toda parecerá milagrosa. Então, se você quiser acreditar nele, tem de ser muito supersticioso, ou terá de jogá-lo fora completamente – o bebê junto com a água do banho. Porque ele é tão absurdo... Você pode acreditar, mas então tem de acreditar muito cegamente, e essa crença não pode ser natural, espontânea. Você tem de forçá-la por amor à crença e tem de forçá-la sobre si mesmo. Ou, então, você o joga fora completamente.
 As duas atitudes estão erradas. Jesus deve ser amado, não acreditado. Não há nenhuma necessidade de pensar a favor ou contra.
 Você já observou? Você nunca pensa a favor ou contra Shakespeare. Por quê? Você nunca pensa a favor ou contra Kalidas. Por quê? Você nunca pensa a favor ou contra Rabindranath. Por quê? Porque você sabe que eles são poetas. Você se deleita com eles; você jamais pensa a favor ou contra.
 Mas com Jesus, Krishna, Buda, você pensa a favor ou contra, porque você pensa que eles estão argumentando. Deixe-me dizer-lhe: eles não estão argumentando. Eles não têm nenhuma tese para provar, não têm nenhum dogma. Eles são grandes poetas – maiores que Rabindranath, maiores que Shakespeare, maiores que Kalidas, porque o que aconteceu a Rabindranath, Kalidas e Shakespeare foi apenas um vislumbre. O que aconteceu a Jesus, Krishna e Buda foi uma realização. O mesmo que é um vislumbre para um poeta é realidade para um místico. Eles viram. Não apenas viram – eles tocaram. Não apenas tocaram – eles viveram. Trata-se de uma experiência viva.
 Olhe para eles sempre como grandes artistas. Um pintor simplesmente pinta um quadro; um poeta simplesmente escreve um poema... Um Jesus cria um ser humano. Um pintor muda uma tela: ela estava limpa, era uma coisa comum; tornou-se preciosa pelo seu toque. Mas você não pode ver que Jesus toca pessoas muito comuns? Um pescador, Simão chamado de Pedro – ele o toca, e pelo seu próprio toque este homem é transformado num grande apóstolo, num grande ser humano. Ele ganha uma altura, uma profundidade. Este homem não mais é comum. Ele era apenas um pescador jogando sua rede no mar. Ele fez isso a vida toda, ou até mesmo durante vidas, e jamais pensou, imaginou, sonhou o que Jesus transformaria em realidade.
 Na Índia temos uma mitologia sobre uma pedra chamada paras. A pedra paras é alquímica. Você toca o ferro com a paras e ele é transformado em ouro. Jesus é uma paras. Ele toca o metal comum e imediatamente ele vira ouro. Ele transforma seres comuns em deidades. E você não vê a arte nisso? Maior arte não é possível.
 Para mim, os evangelhos são poéticos. Se falo muitas vezes sobre um mesmo evangelho, eu não direi o mesmo, lembre-se. Eu não sei em que estado de ser, em que clima eu estarei então. Eu não sei por que porta eu entrarei então. E a minha casa de Deus tem muitas moradas. Ela não é finita.
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claudiosuenaga · 2 years
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O Retorno de Aldous Huxley ao Admirável Mundo Novo, a distopia totalitária plenamente realizada
Por Cláudio Tsuyoshi Suenaga
Bem antes do 1984 de George Orwell (1903-1950), Aldous Leonard Huxley (1894-1963) já antecipava em seu Brave New World (Admirável Mundo Novo), um dos maiores clássicos da literatura do século XX, escrito em 1931, o distópico futuro totalitário que hoje já se realizou plenamente.
O futuro que Huxley projetou para sete séculos adiante, veio muito antes, portanto. E foi por reconhecer, ele mesmo, esse seu acerto preditivo, menos por ser propriamente um profeta do que um excelente escritor que soube romancear os planos dos senhores do mundo de que tomou conhecimento, ele que pertencia à Sociedade Fabiana (fundada em 1884 no Reino Unido) tal como aquele outro "profeta", Herbert George Wells (1866–1946), e como tal e tal como este agiu como um porta-voz dela, descrevendo a distopia por ela proposta, da implantação gradual de um socialismo planetário, em 1946 lançou a revisão de seu Admirável Mundo Novo, lançado apenas 15 anos antes.
Nesse Regresso ao Admirável Mundo Novo, Huxley foi muito mais além, antecipando o globalismo ou a Nova Ordem deste nosso século, o seu estatismo, controle e centralização de poder sem precedentes. Mais do que uma revisita à sua sociedade ficcional, o Regresso foi o lançamento de um plano estratégico que propiciaria o surgimento de uma Nova Ordem e que deverá culminar com um Governo Mundial.
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angelanatel · 12 days
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naluzdoespiritismo · 5 years
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Estudando a Gênesis bíblica por Haroldo Dutra
                                  Propósito do Estudo de Gênesis
Ao estudarmos a codificação espírita podemos perceber que nela, Allan Kardec, fez uma abordagem prática de todos os assuntos de grande relevância para as pesquisas espíritas. Observando mais detalhadamente notamos que ele fez referência direta com a Bíblia em dois livros: No Evangelho Segundo o Espiritismo, elucidando sobre os ensinamentos de Jesus; e no livro a Gênese, onde ele aborda a formação do planeta Terra, as energias as predições e os milagres de Jesus.
Apesar de na Gênese, Kardec realizar uma abordagem profundamente científica e espírita sabemos que nada acontece por acaso e acredito que ele tenha apenas iniciado os seus estudos sobre a formação do planeta Terra. Amigos leitores observemos que ele utiliza o mesmo título do primeiro livro bíblico e com certeza isso tem uma explicação.
Assistenciado pelos espíritos da Falange Verdade, Kardec sutilmente nos induz a buscar explicações espíritas para o livro bíblico de Gênesis, estudo este que Haroldo Dutra vem realizando com grande dedicação. Baseado em Kardec e nas pesquisas de Haroldo iremos aqui tentar sintetizar uma compreensão espírita do primeiro livro da Bíblia.
No estudo do livro Gênesis procuramos buscar os valores espirituais do texto de Moisés.Este livro tem um grande número de personagens, cenários e acontecimentos. É preciso ver a estrutura geral da obra para não ficarmos perdidos nestes aspectos.
Esta visão nos dará uma leitura mais prudente, contextualizada, menos absoluta deste do início da Torá.
Quando nos damos conta da complexidade da obra e a trabalhamos com humildade, veremos que estamos diante de um monumento. São 50 capítulos, de grande beleza, poética e literária.
O nosso objetivo é estudarmos esse livro procurando fazer uma conexão com outros conhecimentos, buscando encontrar um novo entendimento, ampliando concepções com a ajuda do Novo Testamento e da Doutrina Espírita. Para isso é preciso ter uma visão geral da obra, buscando não nos perdermos em seu estudo.
A literatura segue alguns princípios, tal qual o da música. O livro Gênesis também é assim. Todos os livros da Bíblia vão dialogar diretamente com o livro Gênesis. Apocalipse por exemplo, retoma muitos aspectos de Gênesis, pois, fala em "uma nova criação".  
A moda hoje são os comentários bíblicos que exploram a estrutura literária destes livros. Gênesis é a pedra fundamental da Bíblia. É uma obra literária que se estrutura em temas e se conseguirmos identificar e entender os principais assuntos do livro Gênesis, parcialmente deciframos toda a Bíblia e as coisas passam a ficar mais claras. Obviamente isto ocorre gradualmente e passo a passo vamos percebendo que tudo é um desdobramento dos temas básicos.
Quais os principais temas do livro Gênesis?
A resposta para essa pergunta seria: criação; aliança; exílio; êxodo; redenção. Para não nos perdermos no estudo é preciso estarmos atentos as temáticas acima informadas. Criação e Aliança são os termos principais do livro Gênesis. Exílio no livro Gênesis já está presente no capítulo 3, um exílio arquetípico; o do Jardim do Éden.
O Êxodo de Moisés é um desenvolvimento de pequenos êxodos, que acontecem no livro de Gênesis. O Êxodo arquetípico é Adão e Eva quando saíram do jardim do Éden. Podemos visualizar outro quando Caim e todos os seus descendentes saem num caminho de peregrinação. Este é o êxodo de Abraão que peregrinou em busca de uma terra prometida.
A Redenção é quando algo de muito ruim acontece e somente seremos felizes quando isto for resolvido. Redimir é como libertar e na perspectiva bíblica este problema nos tornou escravos.
Os grandes temas da Bíblia já estão resumidos e veremos que irão se repetir em outros livros de maneira ampliada. Se fossemos sintetizar a Bíblia, poderíamos resumi-la em dois segundos com esses cinco temas que aqui apresentamos.
O povo hebreu e suas interpretações: falando sobre as nuances da interpretações bíblicas do povo hebreu.
A gêneses é o primeiro livro da bíblia e foi escrito pelo povo hebreu, assim precisamos estudar estes livros com a interpretação hebraica. Sabendo que todos os povos possuem seus livros sagrados, então se um dia resolver estudar outros livos sagrados tem que ser com as civilizações que os produziram. Precisamos entender que não basta somente uma boa leitura do texto para uma boa compreensão, pois entenderemos apenas, parcialmente e nos apegaremos somente ao que for entendido.
Na visão profética de Jeremias, O todo poderoso compara sua palavra como um martelo que despedaça a rocha.(Jeremias cap.23 vers.29). E o TALMUDE COMENTA ASSIM, tal como a rocha que se despedaça em mil pedaços com uma batida de um martelo, assim cada palavra do santíssimo, bendito seja Ele, foi dividida em 70 expressões (tratado de shabat, pag.83B)
Cada texto tem 70 interpretações, 70 é um número místico do judaísmo, quer dizer inúmeras vezes. Quer dizer um versículo da torá pode ter múltiplos significados, portanto,a torá tem 70 faces, assim disse Midras. Isso quer dizer não existe interpretações, existe uma interpretação de muitas. O povo Hebreu interpreta o gêneses há 3.500 anos; ocatolicismo há 1.700 anos; o protestantismo há 500 anos; o espiritismo há 150 anos.
Então quando Kardec colocou no evangelho que veio destruir a lei, é que a doutrina não destrói, não despreza os trabalhos dos missionários protestantes, católicos, hebreus ou espiritas, estamos reunindo não desprezando. Não devemos desrespeitar as tradições.
A linguagem da TORÁ, tanto a linguagem escrita ou a oral, afinal os hebreus diferenciam ambas. A Torá oral é tradição milenar e multifacetada. Escrita é literatura.Gêneses é literatura, não é literal, não pode ser obra meramente humana, mais inspirada.Olhares embrutecidos lhe profanaram os textos.A bíblia foi escrita pelo povo hebreu, por camponeses, poetas, não por cientistas.Não é ciência, nem filosofia é religião. É fé que experienciou Deus. O livro de gêneses é poético e estamos abordando ele à luz da doutrina espírita, afinal que precisamos entender o que está por trás da letra, para podermos interpretar o conteúdo da obra.
O livro de gênese tem uma multidão de assuntos nos quais podemos nos perder na leitura, em um detalhe, e não chegarmos na estrutura da obra. Ele possui 50 capítulos, portanto é um livro grande e que necessita muitos estudos para melhor compreendê-lo.
Estrutura geral do livro Gêneses
Tal qual na música a literatura tem alguns princípios. Principalmente o Gêneses de Moisés, ele é a pedra fundamental da literatura bíblica. A base dessa literatura é o tema, se conseguirmos identificar os temas do livro,teremos melhor compreensão..Haroldo Dutra inicia relembrando que a Torá tem 70 faces, explicando que cada religião entende uma da faces da Torá e que cada um se aprofundando no estudo verá muitas de suas interpretações. Ele segue ressaltando também que a religião cristã é muito nova  para querer ter o entendimento absoluto.
Haroldo também vem nos explicando os níveis literários da Torá:1-Pexades- a puresa e a simplicidade do texto2-Remez- é o mundo das metaforas3- Daresh- associção de textos com outros textos4-Sod- aspectos espirituais da interpretaçãoExplicando também que a criação tem um padrãoAnuncio- E disse Deus; significa que basta Deus dizer que tudo acontece.Ordem- Sua vontade. Ex: haja luzDeus deseja e os Cristos executam através dos princípios de DeusAvaliação- e Deus viu que isso era bom, em cada criação.
Obs:  os hebreus chegaram à conclusão que a palavra de Deus é o messias que está junto ao  criador no momento da criação: Deus diz e o Cristo executa.
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